Tumgik
#mudar de rota
giseleportesautora · 10 months
Text
Caminho Interrompido [Poesia]
Caminho Interrompido [Poesia] - Um raio dividiu incandescente minha alma. Direita ou esquerda: qual lado escolher? Um tem lábios doces e uma mão que me acalma. O outro tem a chave do paraíso no qual quero me perder. #poema #mudança #rota
[Leia com o Áudio da Poesia!] Um raio dividiu incandescente minha alma. Direita ou esquerda: qual lado escolher? Um tem lábios doces e uma mão que me acalma. O outro tem a chave do paraíso no qual quero me perder. Vejo que a estrada que segui acaba em lugar nenhum. Na minha frente só a névoa do desconhecido. Meu caminho interrompido por fato incomum. Um mapa mentiroso ou cego, todo traço já…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
void-blxck · 11 days
Text
O Rádio de Bentley - Good Omens
Tumblr media
Sinopse: Depois da partida de Aziraphale, o demônio Crowley desamparado encontra conforto em Bentley, para ser precisa, no gosto musical do velho carro.
Good Omens | Anthony J. Crowley
Classificação: Livre
Idioma: Português
Categoria: Good Omens (Belas Maldições)
Personagens: Crowley, Aziraphale (apenas menção), Maggie (apenas menção), Nina (apenas menção), Bentley.
Avisos: Spoilers
Gêneros: Comédia, Conto, Drabs, Drabble, Doubble (Minicontos), Universo Alternativo
Capítulo Único
Tumblr media
Crowley dirigia pelas ruas do Soho, como se procurasse algo, ou alguém, Nina e Maggie viam que ele passava por aquela rua mais de 50 vezes ao dia, elas sempre se entre-olhavam e suspiravam tristes ao ver o demônio procurando pelo seu anjo.
O rádio do Bentley tentava tocar algo para animar seu dono mas nada adiantava, Crowley mantinha o olhar baixo e vazio, sempre demorando muito para sair do caminho dos outros carros ou apenas indo para a contra-mão e quando um carro estava prestes a bater nele, o Bentley puxava a direção, sozinho, para a outra pista.
Crowley suspirou se recostando no banco, tirando as mãos do volante, o carro apenas continuou sua rota, até mudar seu som deprimido e colocar uma música mais animada, “Lady Of Ice” de Fancy.
O demônio franziu a testa enquanto o tom animado cruzou seus ouvidos, ele bufou e disse.
— Sério isso? Que droga de música! – Quando Crowley tentou trocar o carro acelerou, o jogando de volta no banco.
Ele bufou novamente e apenas murmurou um “que seja”, o carro parecia animado, balançando os limpadores de parabrisa em ritmo da música, dirigindo devagar e indo de um lado para o outro.
Crowley riu levemente por um momento, vendo que suas emoções foram tão grandes ao perder Aziraphale que ele fez seu carro criar vida, praticamente. Ele sorriu brevemente, passando as mãos pelos cabelos ruivos, agora mais volumosos e grandes, como quando era o ano de 2009.
O demônio sem perceber colocava as mãos no volante e mantinha o controle do carro, e ao passar novamente na rua da livraria, Maggie e Nina ao invés de ver o demônio triste, viram ele dançando, cantando e batendo no volante do Bentley, animado pela primeira vez desde a partida de Aziraphale.
— “A lady of ice, in a desert zone. Where a web of lies, has turned to stone!” - ele cantou alto pela janela do carro, assustando Muriel que derrubou os livros das mãos enquanto estava saindo da livraria para pegar um café.
20 notes · View notes
encorajador · 2 years
Text
decidi parar de esperar o apoio que eu tanto quis receber das pessoas em quem mais depositei expectativas... fui apenas frustrado por isso e já chega também de viver num carrossel de decepções. não quero mais deixar que ditem os meus caminhos e que me julguem quando eu resolver mudar a minha própria rota. a vida de marionete não foi feita para mim.
— encorajador
359 notes · View notes
notdiabolika · 2 months
Text
Laito sendo CAFAJESTE!
(Na rota do Ayato em MB)
Tumblr media Tumblr media
[English]
▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
Aqui está um lindo momento em que ele conforta Yui, que está abalada pelo comportamento horrível de Ayato desde o aparecimento dos Mukamis.
Tumblr media
E é isso que ele diz para Ayato quando o irmão dele é quem fica incomodado com o comportamento de Yui 💀
Tumblr media
Ah, ainda não se convenceu?
Bem, podemos apontar a lealdade dele em contar para o Ayato assim que avistou Yui prestes a traí-lo com Ruki:
Tumblr media
Que bom!
Porém, em um final alternativo onde seu irmão está em coma, podemos ver a abordagem dele mudar um pouco.
Tumblr media
Conclusão: 1) Laito não é confiável 2) Ele é definitivamente a dose de entretenimento que preciso para ler a rota More Blood de Ayato (é um inferno) 😭
Créditos da tradução vão para @dialovers-translations & Sakamakilândia, eu só adaptei.
19 notes · View notes
omeninodooutrolado · 8 months
Text
CORPO INCENDIADO
O centro da cidade borbulhava entre os batuques ferozes de tambores junto a um cortejo empurra-empurra de milhares de pessoas.
As ruas estavam caóticas, o trânsito intenso e os bares lotados preenchiam as cenas das esquinas. Na garupa da moto, sinto o vento frio penetrar e arrepiar minha pele. Os postes surgiam rápidos e iluminavam meus olhos com os flashes contínuos que embaçavam minha mente.
A cada segundo o destino requerido se aproximava e meus ossos rangiam em um uníssono trêmulo e tenso. O nervosismo rapidamente se fez morada e aquela sensação era inexplicavelmente boa e prazerosa.
Meus pés tocam o chão da rua estranhamente silenciosa e mal iluminada. Parado em frente ao portão ouço a casa explodir em música. Em um simples toque na tela do meu celular, seu contato ilumina meu rosto e faço a ligação.
A ligação não é atendida, mas a porta é aberta com rapidez. O lugar estava curiosamente quente e um cheiro desconhecido pairava sob o ar. Fiquei estranhamente quieto na frente do seu computador. Não era medo ou desconforto, só queria me sentir ingênuo e controlar os desejos que passavam em minha mente.
Mas como controlar? A regata deixava seus braços curiosamente nus, seus cachos eram um emaranhado de perfeitas ondulações e seu sorriso deslumbrante desarma qualquer guerra. O cheiro singular invadia minhas vias nasais e as batidas da música preenchiam meu peito entre goles do líquido absurdamente gelado.
Algumas palavras depois seus dedos me tocam. Cada toque descarrega uma sensação elétrica no meu corpo, me incendiando a cada segundo. Você está curiosamente irradiando uma eletricidade atraente e profundamente perigosa.
Nossos lábios se encontram ferozes, intensos e macios. Será que posso te morder? A boca estava adocicada, levemente ácida e saborosa. Seu hálito levemente alcóolico entorpecia meus sentidos e acelerava minha pulsação. Olho nos seus olhos e eles estão curiosamente baixos e penetrantes. Estávamos em sintonia. Desejávamos rebeldia.
Na cama agora deitava-se o desejo. Nossas mãos tocavam lugares com fúria e as línguas dançavam em uma sede insaciável e erótica. Sua mão agarrava minha nuca me puxando para perto e o toque que se seguiu não era doloroso. Minhas curvas se encaixavam perfeitamente ao seu corpo e seus movimentos preenchiam minha carne com vontade. Fazer silêncio é complicado quando estamos rendidos ao prazer.
Seus beijos eram hipnóticos, os toques estremeciam meus ossos e tento respirar enquanto massageia firme e delicado ente as pequenas montanhas existentes em mim. Você está curiosamente gelado e minha carne está quente. O choque térmico é sensual e esmagador.
Suas notas musicais são delicadas e às vezes intensamente poderosas a ponto de me fazer perder o sentido. Seus caminhos nas minhas montanhas são perfeitos e meus movimentos são uma tentativa de mudar suas rotas. Sem sucesso. Você encontrou o lugar secreto e não queria perder aquilo.
Queria mais. Recebia mais. Precisava te fazer sentir o extremo êxtase. Estávamos incendiados. Você apagou o fogo da minha pele. Estava curiosamente aquecido. Era curiosamente seu.
— escrito por O Menino do Outro Lado.
37 notes · View notes
soldadodecristofg · 11 days
Text
Deus muda o caminho,altera a rota e nos dá sempre uma nova direção.Ele pode até nos fazer mudar de ciclo ou nos fazer viver uma nova estação,mas o propósito d��Ele para nós não muda.Lembre-se:o processo é temporário. A promessa é permanente, mas o propósito é eterno!
10 notes · View notes
itacoisa · 3 months
Text
Tumblr media
23 de junho de 2024. Domingo.
Voltei.
Quando decidi compartilhar minhas leituras neste fracassado perfil desta vazia rede social, não imaginava que também serviria como um incentivo para ler. Por isso, decidi voltar. Estou precisando de um gás após uma leitura pra lá de decepcionante...
Então, para botar em dia o assunto acumulado nestes 6 meses que fiquei off, vou comentar as poucas leituras que fiz esse ano:
1. Palavras de Radiância de Brandon Sanderson: Por enquanto, o livro do ano. Amei que foi mais focado na minha personagem preferida (Sharlan Davar) e me deixou muito empolgado para o terceiro livro. No começo deste ano fiz uns posts (bem mais ou menos) comentando a leitura, por isso não vou me estender.
2. O Problema dos Três Corpos de Cixin Liu: Quando terminei a leitura, dei 4 estrelas. Só que, desde então, eu penso tanto nesse livro, que acho que ele merecia as 5! Em resumo, a história narra as consequências do contato da raça humana com uma civilização alienígena. Tem uma vibe bem Arthur C. Clarke, só que melhor! O começo você fica bem perdido, mas mesmo não entendendo nada, não conseguia deixar o livro de lado, queria muito saber o que aconteceria. E o que falar daquele final? Desesperador. Esse livro já nasceu como um clássico e é melhor do que qualquer clássico de sci-fi perdido por aí.
3. Death Note #5: Olha... Nesse momento em que tenho que escrever sobre esse volume, percebi que ele não foi muito marcante, já que nem lembro o que aconteceu, haha. É mais do mesmo, mas sem prejudicar a série do mangá. Falta apenas um volume para terminar a saga e... não sei o que achar. Sinceramente, acho que superestimei um pouco esses mangás... Mais tarde, quando concluir a série, eu penso mais sobre isso.
4. Moby Dick de Herman Melville: A meta de leituras que estipulei esse ano foi de apenas 12 livros lidos, já que a intenção era ler alguns calhamaços que estavam empacados na estante... Mas já mudei de ideia. Eu demorei uns 3 meses para terminar Moby Dick e nem gostei tanto assim... Para cada capítulo MUITO BOM, existem dois tediosos. Assim, considerando que esse livro tem umas 700 páginas, conclui-se que a leitura não foi tão prazerosa assim... Talvez a tradução tenha uma parcela de culpa e até mesmo a minha falta de tempo, mas, de qualquer forma, ele foi bem decepcionante.
Tumblr media
Por causa do impacto de Moby Dick, decidi mudar de rota e evitar as leituras dos calhamaços em 2024. O foco agora é ler o que estou a fim mesmo (e sem gastar nada). Inclusive, esse ano estou bem controlado nas minhas compras, só comprei as continuações de Os problemas dos três corpos e Death Note.
Para finalizar, já que falei sobre metas, esse ano ainda pretendo ler O Processo do Kafka, além de iniciar o #embuscadosuspensedoano2024. E é isso, beijos.
14 notes · View notes
refeita · 2 years
Text
doré
Uma mudança de caminho, uma mudança de ideia. Encontrando conforto em meio ao mundo acabando, sem saber que virar naquela rota diferente me levaria direto a você. Trocando palavras, sorrisos e madrugadas. Não menciono expectativas ao falar de nós, pois não poderia ter esperado algo além da surpresa quando te encontrei. Nossa queda foi rápida, mergulhando um no outro cheios de curiosidade. Acasos de um destino sutil amarraram nossas falas antes de nossas mãos se tocarem. Me foi natural querer mais do teu amor, nem mesmo os quilômetros poderiam mudar meu intento. Quando encarei teu rosto tão atento quanto o meu, capturando traços e constelações, pude ver de relance a linha dourada contornando seus dedos. Brilhando sob o sol, contrastada ao seu amor escarlate, dando contorno e por fim entrelaçando nos meus dedos. Pulsando em mim e crescente em você, maior que poderíamos pensar e que qualquer um pudesse prever. Quis te ter tão logo te vi, ou até mesmo antes, porque teus olhos se tornaram minha fonte maior de certeza. Nas noites de tristeza, solidão e dúvida, era a lembrança de seu abraço quem me mantinha com os pés firmes onde deviam estar. Me pego pensando se haviam pistas, um plano maior, ou até mesmo se durante todo o tempo havia esta linha dourada amarrando você a mim.
[one single thread of gold tied me to you]
Sobre brisas, amores e coisas não ditas. Baseado na história de @viverais​
226 notes · View notes
criador · 1 year
Text
delusional
Não queria transformar isso em uma questão existencial, quando é muito mais um sentimento expatriado. Mas eu não sei outra forma de colocar isso senão como essa dificuldade extemporânea de encontrar o meu lugar. É um sentimento que apesar de repentino, me acompanha boa parte do tempo. Tento me conectar com as coisas que gosto, desenvolver minhas paixões, procurando um lugar que me pareça propício ou ideal para fixar meus pés, esparramar-me no prado, tocar o chão e fincar minhas raízes. Mas parece que meu alicerce é feito de barro molhado, que eu afundo e com pouco tempo, a lama começa a subir por minhas pernas. Eu não sei se a vida é feita dessas vielas estranhas, de veredas cruzadas e caminhos tortos. Por que o caminho que sigo nunca é reto, mas também não tem subidas ou degraus; não é uma escalada. É mais como um pântano úmido, que me mantém deslizando, até o ponto em que se forma essa crosta de lodo sob minha pele. Eu prometi mudar a narrativa da minha vida há um tempo atrás, e fiz todos os esforços nesse sentido, mas a ciclicidade que me permeia sempre me traz de volta para lugares comuns, lugares onde eu não sou quase nada. Ou pelo menos não sou nada mais do que aquilo que já fui. Me ver assim no meio de uma frase de um texto que já foi escrito, de uma página que já foi rasgada, de uma rota que já foi traçada, é como reviver um tempo ruim que se foi, como desaguar num rio que já secou. Sinto meu espírito se perder num limbo físico, palpável, onde a alma não é capaz de evoluir, não tem fluidez. Ela apenas absorve a nuvem fumegante de poluição do ar quente que eu respiro. O mesmo ar que me mantém vivo, mas que está infestado e intoxicado pela ação direta do homem sobre aquilo que não é domínio do espírito. A natureza e o homem já foram uma coisa só, e não dois opostos que não podem coexistir. Mas se eu conheço bem a minha natureza, como encontro lugar para o meu corpo nessa cama de gato criada pelo tempo? O tempo, que nós costumamos enxergar como linear, mas que nos mostra que os pontos de intersecção ligam tudo que existe agora, neste momento, para um outro lugar no tempo, uma realidade distante onde várias coisas coexistem, assim como esse sentimento de inabilidade sobre o meu próprio destino. Afinal, o que eu quero hoje, se o que eu quis ontem não é o mesmo que irei querer amanhã? Como desvendar o mistério do manto calmo da morte acerca das escolhas que ainda não fiz? Se eu não consigo interligar a minha mente e o meu eu àquilo que eu sou e o que eu quero, qual o sentido de estar aqui? No meu peito não cabe a sina que é existir, pertencer, estar. Esses lugares que percorro não são meus, não são de ninguém. Mas essa sensação, esse sintoma que é fazer parte de algo, fazer parte do todo... Isso existe mesmo ou não passa de algo delusional?
77 notes · View notes
carlosdmourablog · 10 months
Text
Tumblr media
Há momentos em que a gente não sabe onde se perdeu, onde escondeu os sonhos, em quais esquinas ficou a alegria dos dias mais bonitos.
E, houve um tempo em que eu não sabia que os amores vão embora, que a gente, às vezes, se abandona, e que a vida faz escapar pelos nossos dedos tudo aquilo que desejamos aprisionar.
Eu não sabia que os amigos podem ser incontáveis como as estrelas no céu, e que poucos permanecerão ao nosso lado quando a vida não for mais festa e a música parar de tocar.
Eu n��o sabia que "gastar" tempo com o que nos traz paz é o melhor caminho para se viver mais.
Que gargalhar até a barriga doer nos faz esquecer as dores.
Que o sucesso que tanto almejamos pode estar bem aqui, no agora, e que, não importa o que aconteça, sempre haverá outras maneiras de inventar felicidade.
Naquele tempo eu não sabia que as nossas maiores certezas um dia se dissolvem.
Que é permitido mudar de ideia, de plano, de rota, de opinião.
Que todas as nossas experiências são válidas, porque são elas que vão costurando a enorme colcha de retalhos que somos.
Eu não sabia que somos seres inacabados.
Que o lugar perfeito não existe, e que a nossa desconstrução vida afora é o que nos faz crescer.
-Eunice Ramos
42 notes · View notes
dreenwood · 7 months
Text
Tumblr media
Entre milagres e desastres, a vida sempre encontra forma de nos surpreender. O importante é estar pronto para mudar a rota quando isso acontecer. 🌎Nesse mundo, é preciso ter muita força para não se perder de quem realmente é. ✨
Boa Noite 🥱
Tumblr media
7 notes · View notes
cartasparaviolet · 1 year
Text
Complexo de Atlas
Meus ombros seguiam doloridos e exaustos de carregar o peso do mundo nas costas. O meu mundo, o mundo de outros. O peso das cobranças, expectativas e das responsabilidades que desde cedo me deparava mesmo quando queria apenas me permitir ser uma criança. Hoje, ser eu mesma.
O peso do que deveria ser.
O peso do que não fui.
Cresci com esse complexo de que devia me esforçar mais do que a minha essência suportava. Em todos os sentidos. Desde cedo nos é transmitido tais ensinamentos, que pessoa iluminada você é por priorizar terceiros. Na teoria soa esplêndido, na prática é suicídio. Mas a gente quer acreditar nessa ilusão. Pessoas cegas guiando outros cegos. Fatigada, permanecia sustentando os céus alheio. Não havia limites. Extrapolava-os constantemente. Porque limitações significavam fraqueza e tempo perdido. O desumano sacrifício válido que te garante uma recompensa no final. O pote de ouro no fim do arco-íris que você jamais alcançará, pois desiste exaurido no meio do caminho.
A recompensa era continuar numa espiral de martírio e desespero.
A roda precisava girar.
Aquela rotina maçante não valia mais a pena. A vida encarrega-se de por tudo no seu devido lugar, inclusive te obriga a desacelerar e mudar a rota caso precisar. Quando a consciência expande é chegada a hora de despertar e vislumbrar novas formas de ser. Novas conexões vão sendo estabelecidas para mostrar que aquele não é mais um caminho a ser trilhado. Alguém misteriosamente te lança uma boia salva vidas e te resgata daquela tormenta.
Aprendi da forma mais dolorosa a dizer não. Diversas vezes a contra gosto. Colocar-se em primeiro lugar e preservar-se deveria ser um dos 10 mandamentos. Soa egoísta aos olhos da maioria, mas quem ultrapassou seus limites e navegou contra a correnteza compreende que isso se denomina amor próprio. E essa virtude foi completamente distorcida.
Limites saudáveis bem determinados e um bom uso de meu discernimento passaram a deixar a minha mente sã e meu espírito em paz. Meu físico também agradeceu pelas cargas removidas de meus ombros calejados. O problema é que quando você delimita espaço, as pessoas tendem a incomodar-se.
Compreendi que ser justo e ser bonzinho são coisas distintas, algumas fichas quando caem soam como cintilar de sinos da liberdade.
O fardo era tamanho que não havia espaço nesse ínterim para ser feliz.
@cartasparaviolet
46 notes · View notes
Text
Eu sei sobre sua coleção, e todas as vezes que vejo algo relacionado, me pego pensando no quanto eu gostaria de te presentear com tal objeto e consequentemente, te ver feliz por conseguir mais uma antiguidade. É tão difícil ver outro alguém fazendo coisas que eram pra eu fazer, sei que tenho que mudar e te esquecer mas como quer que eu faça isso se você foi o único que conseguiu tocar meu coração como se fosse um simples acorde de um instrumento? Você ainda continua aqui dentro, do lado esquerdo de um lugar que ninguém vai conseguir te substituir ou te tirar; Os dias passam e eu não consigo dizer adeus a sua figura, é mais doloroso a cada dia, parece que o peso nunca fica mais leve.
Eventualmente, tudo vai acontecer; E ansiosamente, ainda espero você voltar pra poder fazer com que você se sinta seguro nos meus braços, mesmo que você tenha o dobro do meu tamanho. Era pra ser eu segurando suas mãos, era pra ser eu te levando aos lugares mais inusitados que nunca passou na sua cabeça em ir, era pra ser eu tocando todas as músicas que você gosta e dedicando todas elas pro nosso amor.
Fecho meus olhos e te sinto aqui, seu perfume surge e exala a casa inteira toda santa vez. Não aguento mais abraçar meu travesseiro desejando que fosse você, queria poder tanto voltar pros nossos momentos preguiçosos, onde ficávamos apenas deitados, aproveitando a companhia um do outro. Às vezes, a esperança surge e acredito que você vá bater na porta em que saiu sem olhar pra trás enquanto eu gritava seu nome pedindo pra você não ir embora. Mal sabia que essa seria a última vez que você sairia sem data pra retorno; Mas, caso queira recalcular a rota, ainda estarei aqui.
36 notes · View notes
vtrwriter · 2 months
Text
Ídolos de Aço - Parte 1
— Nós vencemos, droga! O que mais você quer? — o guerreiro disse.
— Quero continuar vivo — o cientista respondeu.
— Não vamos nos extinguir, seu paranoico! Agora sem a Dama…
— A Dama mantinha a paz.
— Ela ia matar todos nós!
— Heh. Irônico, não é? Com ela, morreríamos, sem ela, mataremos uns aos outros. Dois séculos de paz, e sem a Dama, voltamos a ter assassinatos e brigas de gangues a céu aberto. Falta pouco para termos guerra. E com a nova tecnologia que temos hoje em dia… Bem, vou nessa.
— Vai aonde? Vai ser se aqueles seres são melhores que nós? Eles também têm máquinas de guerra.
— É, e ainda assim colonizaram mais de um planeta. Melhor que nós.
Com o apertar de um botão, a porta da nave se abre. O cientista entra e se ajusta na câmara de suspensão espacial.
— Então é isso? — o guerreiro se apoia no batente da porta da nave — Vai simplesmente abandonar tudo pelo que lutamos?
— Sim. E um dia, se for esperto, vai entrar em uma das outras naves que fiz e dar o fora também.
Pressionando um botão próximo, o cientista fecha a porta da nave, iniciando o processo automatizado que iria lhe induzir ao sono. Tudo estava nas mãos da máquina agora. Se satisfez por não ter colocado janelas ou câmeras externas. Não queria correr o risco de olhar pra trás e se arrepender.
—————
Constelação do Sabre, ano 1863 do Calendário Espacial
A humanidade desbravou o vácuo do espaço, terraformando planetas, mapeando sistemas solares, avançando na ciência e tecnologia. Mas com o avanço, muito ficou para trás: o próprio planeta Terra foi esquecido da história, sequer sendo uma lembrança distante. Até onde se sabe, a humanidade sempre explorou o espaço.
Mas os humanos não vivem em harmonia nessa era. Apesar dos esforços do Imperador Silas Falconeri em unir os dezenove mundos da Constelação do Sabre sob um mesmo ideal, nobres conspiram uns contra os outros pelo poder, riqueza e pobreza são desproporcionais, e mercenários lutam em guerrilhas e operações de silenciamento envolvendo vilas e cidades inteiras.
Para proteger e servir o povo, Falconeri criou a Brigada Ligeira Estelar, um exército composto de diversos e bravos soldados, escolhidos por uma rigorosa seleção, para servir os interesses do povo acima que qualquer coisa. A Brigada possui inimigos poderosos, como a alta nobreza, que enxerga na Brigada uma ofensa e uma ameaça ao seu poder.
Ainda assim, existem nobres que não esquecem que o seu propósito é justamente liderar o povo, e alguns até mesmo se alistam na Brigada para mudar essa imagem manchada. Em um cruzeiro, na rota planetária de Inara-Montalban, uma jovem nobre recém-alistada na Brigada é um desses exemplos.
—————
— … E não precisava ter mandado meu hussardo pra cá. A Brigada providencia seus próprios robôs — Sunna conversava no celular com seu pai.
— É que você está mais acostumada com o Lenda de Ouro. Você aprendeu a pilotar com ele.
— Como é que eu vou ser reconhecia por meu esforço se você continuar me mimando? Nem sei como a Brigada autorizou isso. Você chegou a perguntar para alguém se isso é permitido?
— Eu mexi alguns pauzinhos, pedi alguns favores, só isso. Eu só quero que esteja segura, filha. Desculpe minha cautela.
Sunna fechou seus olhos azuis em frustração.
— Tudo bem, pai. Eu vejo o que eu faço com ele depois. Só me promete que vai me avisar antes de fazer esse tipo de coisa.
— Prometo, filha. Apenas se cuide. Eu te amo.
— Também te amo, pai. Tchau, até mais tarde.
A jovem desligou o celular. Soltou seus cabelos pretos e os reajustou em um rabo-de-cavalo.
— Não sou uma criança, pai — resmungou em voz baixa.
Em um alto-falante próximo, um som de microfone sendo levemente batido lhe chamou a atenção. Após ajustar seu uniforme branco e azul, ela abriu a porta do corredor de manutenção para retornar ao salão principal. Havia um trabalho a ser feito.
— Saudações, meus ilustres passageiros — um homem de elegantes roupas verdes com detalhes dourados falou a todos pelo microfone, sua voz demonstrando firmeza e confiança. Seu cabelo castanho médio e barba bem aparados, mais seus olhos verde-claro passavam a imagem de alguém independente e nobre. — Uma coisa que meu pai sempre dizia era que nunca se devia pedir desculpas pelas suas ações. “É um sinal de fraqueza”, ele falava. Nunca concordei com ele nessa questão. Não se desculpar, para mim, era um sinal de ego inflado, nada mais e nada menos. A força está no que o indivíduo faz, não no que deixa de fazer. Dito isso, peço sinceras desculpas pelo atraso. Um pequeno erro de contagem de suprimentos, alguns tripulantes a menos devido ao feriado, passageiros de última hora, enfim, o que tinha que dar errado deu errado.
O homem então acenou para dois tripulantes próximos de uma porta de serviço dupla, que as abriram para deixarem passar diversos garçons e garçonetes empurrando carrinhos de bebidas diversas.
— Peço então que aproveitem os sucos e refrigerantes que estamos oferecendo a todos os interessados, conheçam novas pessoas, passeiem um pouco pelo cruzeiro — o homem elegante continuou. — Qualquer dúvida ou necessidade, dirijam-se à tripulação. Em caso de problemas maiores ou mais graves do que ‘preciso ir ao banheiro’, podem se dirigir ao meu amigo de longa data, Capitão Patrick James, da Brigada Ligeira Estelar, à minha adorada esposa e chefe da segurança, Leona Silveira Calatrava, ou a mim, seu anfitrião, Tauno Flavius Calatrava. Obrigado pela atenção.
O nobre entrega o microfone a um tripulante e o agradece antes de se juntar aos convidados.
Embora tivesse o nome de “cruzeiro popular”, não havia se economizado na estética do cruzador Inara-Montalban. Enfeitado com tapeçarias vermelhas, candelabros e corrimãos dourados, e muitas, muitas luzes, o salão principal era acolhedor e seguro. Os que entravam pelo corredor de acesso eram surpreendidos ao olhar para uma gigantesca janela para o espaço, gradeada por grandes e espaçosas vigas douradas, dando a ilusão de ser um pássaro cósmico preso em uma gaiola chique. Para os que quisessem ver o espaço mais do alto, ou talvez descansar na viagem, três andares com passarelas encontravam-se no lado oposto, cada um deles contendo centenas de elegantes portas levando a quartos particulares.
O imenso salão principal estava abarrotado com centenas de pessoas de todas as classes sociais. Apesar do salão aberto e sem divisas, os grupos geralmente tinham seus “cantos” preferidos, clubes exclusivos cujas paredes eram os próprios corpos de seus integrantes. Poucos ousavam sair de seus locais de conforto para visitar o território de outras classes, e menos ainda eram bem-vindos. Ainda assim, apesar destes continentes hostis, haviam ilhas de paz, onde indivíduos diferentes encontravam coisas em comum para conversar, uma troca de ideias aqui, uma conversa ali, e até mesmo novas amizades duradouras.
Para garantir a tranquilidade de todos, os seguranças estavam bem equipados e bem atentos a todos os possíveis suspeitos e causadores de distúrbios. Estava presente também, além de Sunna, alguns outros integrantes da Brigada Ligeira Estelar, embora os jovens soldados estavam menos preocupados em estarem atentos e mais engajados em conversar e tirar fotos com admiradores.
Uma das mais populares naquele momento era Cassia, amiga de infância de Sunna. Apesar de Cassia ser um animal de companhia, geneticamente modificada para ter inteligência humana, ainda era um pônei de 1,20m, o que chamava a atenção da criançada. Mais ainda por sua pelagem azul-claro, com crina e rabo de um azul-esbranquiçado.
Em um andar acima, Sunna esfregava o indicador no corrimão enquanto olhava para Cassia. Ambas fizeram os mesmos testes no mesmo dia para entrar na Brigada. A pônei apenas fez o teste por pedido do pai da humana. Cassia era praticamente sua irmã, cresceram juntas, e Sunna ensinava para Cassia tudo o que aprendia na escola. Então como Cassia havia se saído tão melhor nos testes? Como ela havia conseguido de cara o posto de segundo-tenente, enquanto Sunna ficou como alferes, um posto abaixo?
Não era como queria se sentir, mas como poderia evitar? Entrar na Brigada era o sonho de Sunna, não de sua quase irmã. Por que as coisas acabaram dessa forma? O que ela fez de errado? Ou foi algo que não fez? Mas o que mais poderia ter feito?
— Novata? — seu superior, Patrick James, lhe chamou a atenção. Ele era um homem de porte mediano, com cabelo loiro perfeitamente aparado e brilhantes olhos azuis. Apesar de estarem em serviço, seu capitão segurava um copo do suco grátis como alguém em um ambiente informal.
— Capitão Patrick, senhor! — Sunna prontamente bateu continência ao seu superior – Nada fora do normal a relatar.
— Olha, não precisa me chamar de “senhor”, isso faz eu me sentir velho. Só Patrick está bom. A não ser que estejamos em uma base ou quartel, daí eu tenho que manter a aparência de hierarquia.
— Mas senhor…
— Não não não. Ordens são ordens.
— Hã… Tudo bem. A propósito, já falei com meu pai sobre meu hussardo. Assim que chegarmos em Montalban, vou achar algum serviço de frete para levá-lo de volta.
— Bom saber. Sabe, eu posso não ser pai, mas meio que entendo o seu. A constelação é perigosa, e gente como nós quer que todos estejam seguros.
Patrick olhou para baixo, na direção de Cassia. A oficial pônei se despedia de uma criança com a qual havia tirado uma foto. Notando o olhar dos dois no andar de cima, Cassia acenou para eles. Sunna fez um leve aceno com a mão, e Patrick brindou com o copo.
— Sabe, – o capitão continuou – nada impede você de estar lá embaixo com sua amiga. Não estamos “exatamente” trabalhando hoje.
— Eu sei – Sunna respondeu. — Mas acho que ela merece celebrar um pouco sem mim. Não são muitos que conseguem fazer o que ela fez.
— Celebrar, é? Não é outra coisa?
— Senhor?
— Mesma casa. Mesma educação. Mesmo teste. Uma se torna alferes, a outra, segundo-tenente. E você não está junto dela para que ela comemore?
— Eu… não sei o que o senhor…
— Você está raspando o dedo no corrimão. Notei que você faz isso quando está nervosa. E quando mente também. Não gosto de segredos na minha equipe, Sunna, e sou muito bom em encontrá-los.
A coluna da jovem gelou.
— Por favor, não conte para ela. Cassia sente um pouco de culpa por ter sido melhor. Não quero que se sinta mais culpada ainda.
— Não se preocupe, também sei guardar segredos. Só não quero que isso atrapalhe a dinâmica do grupo. Animais de companhia são programados para proteger seu dono. E oficiais superiores às vezes põem seus comandados em risco. Não quero que essa situação gere conflitos.
— Estou ciente, senhor. E me preocupo muito com isso também. Não farei nada que possa prejudicar nossa relação ou nossos postos.
— É o que eu queria ouvir — Patrick começou a ir embora, mas deteve-se — Ah, e você me chamou de “senhor” três vezes sem perceber. Tô de olho, hein?
— Oh, perdão se… se… certamente não vai se repetir.
— Bom saber – o capitão dá um gole no seu suco, e imediatamente faz uma expressão de repulsa. — Credo. Agora sei porque o Tauno não perde dinheiro com esse cruzeiro. Já comi plástico com gosto melhor.
Patrick jogou discretamente o suco no lixo e dirigiu-se para as escadas. Sunna decidiu interrompê-lo.
— Patrick. Acho que eu deveria perguntar. Por que estamos aqui?
— Um dos grandes mistérios da vida, não é? Por que estamos aqui? Somos frutos de uma coincidência cósmica, ou há um propósito maior? Os dançarinos das estrelas dizem…
— Por que estamos de serviço nessa nave, capitão? A nave já tem sua própria força de segurança. Parece um tanto redundante estarmos garantindo a segurança de algo que já está seguro. E você diz que não estamos “exatamente” trabalhando, então o que estamos…
— É sempre importante questionar, novata. É um traço admirável. Mas se preocupar com tudo não faz bem.
O capitão acena e começa a ir embora.
— Divirta-se um pouco, Sunna. Dê uma volta. Tire umas fotos. Beba um suco, ou seja lá o que for esse negócio colorido. Deixe esse assunto pros “de cima”.
Sunna respirou frustrada.
— Eu não sou uma criança – falou em voz baixa.
2 notes · View notes
effecttbutterfly · 3 months
Text
Um suspiro profundo me invadia, um pequeno alerta cósmico de uma atitude fora da rota de costume, de fato, após o banho não fazia a menor ideia do que vestir, então optei por algo mais simples e confortável, os cabelos soltos, a fragrância do perfume era sutil mas levemente floral e adocicada, o sol e todo o céu começavam a mudar sua tonalidade, era um sinal de que o meu horário estava prestes a badalar, num ultimo impulso resolvi pegar um dos poucos vinhos que havia na adega, verificando o rótulo e me recordando do que havia dito mais cedo sobre o que pensou para o seu jantar, “O que combinará melhor?” questionei-me encarando duas das garrafas “Talvez este aqui” decidi por fim. Passando pela sala peguei uma pequena bolsa contendo apenas itens importantes como os documentos e um dos convites que o pretendia entregar no decorrer da noite, as minhas mãos se ocupavam com os objetos a porta de entrada a casa se abria e era fechada atrás de mim assim que eu passava por ela, o carro estava estacionado logo a frente, após destravado abri a porta do motorista entrando no veiculo e colocando as coisas que pretendia levar no banco ao lado, tateei o celular a bolsa, vendo o endereço que havia mandado por mensagem, não seria tão difícil, a única missão seria chegar lá antes que a noite cobrisse o céu totalmente. A estrada estava livre, o céu se moldava como uma das pinturas de Van Gogh viva, a cada quilometro que diminuía sentia um nervosismo arrepiar a minha espinha, foi uma das vezes que menti para mim mesma tentando me convencer que tal sensação seria pela rota, ou qualquer motivo que fosse, e não pelo encontro em si, meu lábio inferior deslizava entre os dentes, quando a noite enfim caiu, os faróis iluminaram uma cabana no fim da estrada, e eu simplesmente perdi o fôlego, talvez pela vista que envolvia a cabana, ou por estar a alguns passos de estar adiante de você, a velocidade do carro diminuía conforme ia estacionando o carro, respirei fundo a plenos pulmões, tateei a garrafa junto ao convite logo que o motor era desligado, parecia uma verdadeira eternidade os poucos passos até do carro até a porta de entrada. Algumas dúvidas sobre a minha aparência surgia, se o vinho lhe seria agradável, eram tantos pensamentos desalojados decidi apenas ignorá-los antes de bater a sua porta, duas suaves batidas com as costas da mão, algo dançava dentro do meu estômago fazendo o meu coração girar igual o motor do carro que mesmo desligado ainda rugia em calor, podia ouvir os passos firmes vindo de encontro a porta até que ela se abriu, revelando a sua face quase que pela metade, gostaria de saber como uma boca poderia ter ficado seca em fração de segundos como a minha ficou, “Porra” o palavrão gritou em minha mente já que os outros pensamentos engoliram o que eu tinha planejado dizer. – Olá, Wilde. – Um sorriso de lábios selados surgia. – Não quis vir de mãos vazias. – Falava erguendo sutilmente a garrafa.
2 notes · View notes
arkynhaddock · 1 year
Text
Tumblr media
            ৻ 𝘦𝘷𝘦𝘳𝘺𝘣𝘰𝘥𝘺'𝘴 𝘨𝘰𝘵 𝘢 𝘥𝘢𝘳𝘬 𝘴𝘪𝘥𝘦___                   𝒄𝒂𝒏 𝒚𝒐𝒖 𝒍𝒐𝒗𝒆 𝒎𝒊𝒏𝒆? ‹
𝑝𝑙𝑜𝑡 𝑑𝑟𝑜𝑝 : 𝑑𝑟𝑎𝑔𝑜𝑛 𝑟𝑎𝑐𝑒 _ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘!
Os olhos de Arkyn se estreitavam ao olhar para cima, os raios de sol ainda intensos, mesmo que já fosse quatro da tarde. Pelo viking, ainda estava tão cedo assim? O dia parecia se arrastar e uma inquietação queimava dentro do Haddock. Não via a hora daquela maldita corrida começar, pois quanto antes começasse, antes ela terminaria e ele voltaria ao conforto do seu quarto. Um suspiro escapou de seus lábios, o peito descendo com o esfaziar completo dos pulmões. Ele levou a mão a frente do rosto, tentando amenizar o incomodo da luz enquanto localizava os competidores em suas posições. Dois nomes lhe importavam bastante, Hazal Charming e Beren Of Corona. Das duas, só tivera tempo de desejar boa corrida para uma delas. Mas não importava, torcia por ambas igualmente.
Ainda era estranho para Arkyn não estar na pista com Safira, ou até mesmo ter o pensamento dela enquanto assistia os competidores. Ela provavelmente estaria xingando tudo e todos por não estar competindo. Adorava competir. Distraído em seus pensamentos solitários, o Haddock não notou o terceiro sinal se acender, apenas ouviu os fogos e a atenção subitamente voltou para a pista. Dedos cruzados, olhar atento e fixo nas suas favoritas naquela competição. Os lábios se moviam e um murmuro baixinho saída deles: vamos! vamos! por favor, batam essas asas forte. Torcia e pedia para que Seasmoke e Deniz fossem mais rápido, mesmo sabendo que os animais não poderiam ouvi-lo. Mas nada parecia mudar. A quinta volta colocava Beren em último e Hazal ainda distante dos primeiros colocados. Ao menos Calithea conseguia uma boa posição, e involuntariamente Arkyn se viu sorrindo para o feito da ruiva. Um segundo de distração foi o suficiente para que tudo começasse a ficar cinza.
𝘈 𝘱𝘢𝘳𝘵𝘪𝘳 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘦 𝘱𝘰𝘯𝘵𝘰 𝘰𝘴 𝘧𝘢𝘵𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘦ç𝘢𝘮 𝘢 𝘴𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘧𝘶𝘯𝘥𝘪𝘳
As chamas vinham de todos os lados, os gritos, a correria, tudo parecia um pouco embolado, mas não para Arkyn. De onde ele estava os acontecimentos pareciam correr em câmera lenta. As chamas de Seasmoke se alastrando pelos céus, teciam desenhos, rotas na direção dos outros competidores e dragões, antes de se deslocarem ao chão, para as arquibancadas e restante da ilha. A agonia de quem estava perto do Haddock podia ser sentia no olhar, nos corpos trêmulos e tropeçantes que tentavam a todo custo de salvar dali, no ar que lhes parecia pesado demais nos pulmões, forçando tosses e engasgos. A pequena visão desse caos instaurado abruptamente, fez com que uma fagulha que ele não entendia muito bem, e que por tantas vezes o incomodava, queimasse um pouco mais forte dentro do Haddock.
Ele respirou fundo e sacudiu a cabeça para os lados algumas vezes, tentando se livrar daquela sensação, tentando se livrar dos pensamentos do quanto aquilo parecia bom, certo e divertido. Mas a sensação apenas crescia, começava a tomar forma e até mesmo adquirir uma voz, que começava a ecoar na sua cabeça lhe dizendo para não lutar: se entregue garoto, esse é o seu destino, aproveite o agora e quando chegar lá será mais fácil, prometo! E por mais que ele quisesse lutar, Arkyn se sentia fraco, vazio, desolado e vulnerável sem Safira. A chama continuava a crescer, na mesma proporção que o caos a frente dele, tornando impossível combater a si mesmo, aquela sensação quase primitiva dentro de si.
Ele sentiu quando cedeu, quando o corpo simplesmente se entregou. O sorriso começou a ficar mais largo em seus lábios, os olhos não sabiam para onde ir, queriam apreciar cada momento, cada mínimo resquício de desespero. E por mais atípico que isso fosse, por mais estranho que parecesse, a sensação era incrivelmente boa e Arkyn só mergulhava mais e mais nela, abraçando-a e deixando que finalmente tomasse conta de si. Chega de lutar, de fingir que não sentia prazer na desgraça acontecendo. Pedaços de roupas queimados, pessoas pelo chão da arquibancada, estruturas se desfazendo, e ele? Rindo. Até que o inesperado aconteceu e um pensamento o atravessou tão forte, que foi capaz de desmontá-lo por completo: Lovisa.
De repente o sorriso pareceu amargo e a cabeça pesada. Como poderia ter esquecido da irmã? Precisava encontrá-la, assegurar que estava bem, que estava inteira. Ela e seu dragão. Tão rápido como veio, a sensação de prazer com a confusão se foi, e Arkyn correu, varrendo as arquibancadas com os olhos na busca dos fios loiros, ou de qualquer traço que fosse, qualquer sinal da irmã mais nova. Não encontrar nada ali foi um alivio e também um desespero. Precisava ir além, precisava encontrá-la a qualquer preço...
14 notes · View notes