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#mulher desconto
crachaprofissional · 2 months
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Você sabia que as profissionais do sexo feminino registradas no CREA/CONFEA podem obter um desconto incrível na anuidade? Este desconto é destinado para engenheiras,arquitetas ou agrônomas registradas no sistema CREA/CONFEA. Você já conhecia esse desconto exclusivo para mulheres? Comente abaixo e compartilhe com suas colegas! ções
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riffstore · 1 year
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promoosdaguii · 2 years
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Guarda roupa casal 6 portas 2 gavetas Corre nao perde tempo o link esta no stories e nos destaques. Marque aquela amiga (o) que vai amar esse achadinho. Siga- me @promoosdaguii para mas ofertinha como essa. Curte e Comenta ! . . . #guardaroupa #guardaroupa #guardaroupacasal #quartocasal #quarto #menorpreço #mulheres #mulher #natal #blackfriday #desconto #achadinhos #preçobaixo #promoção #presente #ofertas #compras #comprasonline https://www.instagram.com/p/Clv9IiFuzlz/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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thwreco95 · 1 year
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meme bios 🏋️
por motivos pessoais vou começar a manifesta tminha morte
Chorando por mulher de novo mas eu juro que eh a última vez
Infelizmente nao tem cura vai ter que sacrificar
Eu quero ser seu aspirador de pó
Depois perguntam pq a Rihanna matam os homens nos clipes
Perdi meu tempo pra ver essa emomdica, cruzes
É o acopalices
Sla, meu sonho é entrar no seu quarto escon- dido com vc dormindo, ai eu vou pra cima da sua comoda e dobro todas suas roupas bem qui- etinho pra vc não acordar. Antes de eu ir embora dou um beijo na sua testa e deixo um cupom de desconto das casas bahia embaixo do seu travesseiro.
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lindademais · 6 months
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"E a gente tem desconto para quem tem mais de um perdido na história, viu? É, eu sei que está sendo um período estressante e eu quero ajudar com isso!" Era difícil ter que ficar agradando um monte de gente da realeza que a humilharia ao primeiro sinal de uma mudança na expressão de Cinderela, mas Anastasia estava fazendo isso por uma razão. Chega de tentar arranjar um casamento. Agora ela era uma mulher de negócios. Iria redecorar todos os castelos dessa maldita cidade até conseguir um só dela. E daí iria esfregar na cara da mãe. E da irmã. E daqueles ratinhos, só pra eles pararem de rir quando ela saía de perto. Ela entregou o folder para a pessoa, que prometeu pensar e se afastou, antes de se virar para entregar para outro frequentador da festa. "Oi! Posso te ajudar? Já pensou em ter a casa mais linda da rua toda?"
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meustextosedevaneios · 10 months
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Meu amor,
Acordei agora e estava pensando em tudo o que somos juntos e o que ainda seremos e me deu uma vontade imensa de te falar as coisas e te responder o seu texto de ontem.
Primeiro quero dizer que aquele texto me impactou e me deixou extremamente feliz, muito obrigada por isso.
Meu neném, eu te amo muito!
Eu espero que a gente possa estar sempre em sintonia, sempre juntinhos e apaixonados. Que a gente não esqueça tudo o que vivemos e todos os dias tenhamos ainda mais vontade de continuar a nossa caminhada juntos.
Sei que vamos passar por algumas situações complexas, como você mesmo disse, mas saiba que eu não vou embora, que eu vou ficar aqui! Não vou soltar sua mão ❤️
Sim, não somos namorados mas sim casados como você diz. Nossa conexão é surreal e eu não vejo a hora da gente morar juntos e ter nossa vidinha ✨
Obrigada por me dar segurança quando eu estou surtando e por escolher todos os dias em estar comigo!
Eu sempre faço o melhor que posso por nós, mas sozinha eu nunca conseguirei nada. Tudo o que nos tornamos é algo que fizemos em conjunto.
As vezes eu tenho medo, muito medo. Mas espero que cada vez mais a gente tenha a certeza de quem ninguém vai embora.
Te amo amo amo amo e sou muito feliz contigo.
Amo quando você é fofo, me manda músicas, me liga e quando dormimos juntinhos. Cada momento juntos me faz te querer ainda mais! Obrigada por me conquistar todos os dias.
Eu sei que as vezes te pressiono e te cobro as coisas, mas saiba que não é na intenção de ser chata mas sim de eu entender o que acontece e saber que tá tudo bem entre nós.
Desculpa as vezes ser repetitiva nos assuntos, mas sabe que o papel da mulher é incomodar também né?😂😂
Muito obrigada mesmo pelo texto e pelas tuas atitudes ontem, por ser meu amor e cuidar de mim. Obrigada por existir.
Obrigada por FICAR ❤️
Eu que gastei toda a minha sorte quando te encontrei.
Sou muito grata por ter você ✨❤️
Te amo demais! Quero que você seja o pai das gêmeas e da coreaninha 😂💁🏻‍♀️
Quero que a gente descubra ainda o mundo juntos e compartilhe muitas aventuras! Obrigada por sempre topar tudo comigo 🫰🏻✨❤️
Eu vou te amar mesmo quando tudo parecer difícil
Eu vou te amar mesmo quando o mundo estiver desabando
Eu vou te amar pra sempre, até o fim.
Eu te escolhi e vou recolher sempre!
Amor da minha vida! Meu neném! ✨❤️
E eu acabei de acordar então dá um desconto 😣
Depois tem mais textinhos também 🫰🏻✨❤️
Muaaaa minha vida! 💫💫💫❤️❤️❤️
Sempre nós!
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Segue de um post sobre a vontade que muitas garotas trans sentem de desistir, principalmente no início
Achei as reflexões levantadas em um fórum no Redidt muito ricas no sentido da qualidade e me identifico com muita coisa, resolvi escrever
Hoje estou com os meus 44 anos( 2 meses de th) e a disforia secreta sempre me acompanhou, também tive sempre pensamentos de que em tal idade anterior teria sido melhor ter feito a transição, foram siclos de fugas e crises constantes, dois casamentos tentando vestir uma pele masculina pelo fato de gostar de mulher. Hoje estou no início da transição a 2 meses com TH usando adesivo ( monoterapia) sendo acompanhado por um endócrino especialista na monoterapia cheio de ótimos resultados, e uma psicóloga incrível especializada. Estou casado com uma mulher cis 20 anos mais nova que eu, em um emprego estável a mais de 18 anos e tenho em minha estratégia fazer meu plano de saúde pagar por uma cirurgia de feminização facial e tudo mais que precisar, a jurisprudência na atualidade está a nosso favor, a poucos anos atrás não tínhamos essa possibilidade legal e isso mudou tudo para as transições mais tardias. Embora meu corpo esteja dentro de um padrão bem masculino meu bumbum já está totalmente diferente em vista do que era, a pele mudou um pouco, peitos doloridos e mudando, tenho várias dúvidas em minha cabeça pelo fruto da insegurança, talvez eu não possa mais sair sem camisa na praia daqui p frente, talvez eu não alcance um ideal de passabilidade, agora seria a hora de parar e voltar tudo atrás novamente mas a verdade é que é tudo tão cedo, penso em desistir assim como vc pensou mas daí lembro o preço que paguei por ficar na zona de conforto, por tentar me ajustar pela questão de agradar os outros ou ser atraente para as mulheres, por exemplo a minha mulher me ama pela forma masculina que apresento, conversamos muito sobre isso, ela sempre soube que eu era diferente, nunca escondi e só vivendo tudo isso para saber onde vamos terminar, a vida é assim... um fenômeno com muitas perguntas e experiências a viver , a cada dia que passa sei melhor quem sou.
também pela crítica da sociedade, vejo os mecanismos de defesa que criei por tantos anos para negar a mim mesmo. O que move de verdade a vontade de desistir? Fazer a transição antes teria sido melhor, mas hoje tenho mais estrutura e maturidade, na verdade o tempo certo é agora, meu tempo não vai voltar e existe muita vida para viver, hormônios também tem muito a ver com a nossa auto aprovação, nossos sentimentos, por ser assim hoje, não binário de verdade não sei até onde vou e se vou transicionar socialmente, entendi no meu caso que preciso viver essa realidade, cruzar a linha e não desistir tão cedo. A coisa que mais trabalho com a minha psicóloga são os meus mecanismos de auto preservação, de sobrevivência baseados na insegurança, em agradar o outros, culpas, sabotagens, necessidade de pertencimento a uma sociedade, necessidade de aprovação, limpando tudo isso o que sobra? As vezes faço um exercício imaginário onde só exista eu e mais nada, lá naturalmente sou mais ela, lá limpei ao ponto de não ter os ruídos de tudo isso.
Nos dias que acordo mais inseguro, desmotivado por estar desconstruindo uma identidade e ainda por não ter a nova , textos como esse são o meu porto seguro, são aquele momento de por o pé no chão e dar um desconto para mim mesmo, aceitar minhas vulnerabilidades, e acolher e tá tudo certo, segue o barco
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f0xysthings · 4 months
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Lion-o x reader headcanon
Language: Portuguese- Brazil
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Lion-o é um cara muito fofo, porém as vezes ele é muito bobão, desde do começo vocês se davam bem e ele foi o primeiro que se acostumou com sua presença, vocês conversavam dos mais diversos assuntos possíveis e inimagináveis.
Os outros thundercats perceberam que havia um clima rolando entre vocês dois, era notório o olhar apaixonado de Lion-o sobre você, não demorou muito para Tygra e os gêmeos começarem a zoar vocês dois, as vezes eles empurravam você em cima de Lion-o e as vezes eles empurravam Lion-o em cima de você, essas brincadeiras eram bem humilhantes, mas você logo se acostumou, diferente de Lion-o que toda vez que isso acontecia ele virava um verdadeiro tomate, com seu rosto do mesmo tom do seu cabelo, era engraçado ver ele tão envergonhado.
Após alguns meses, Lion-o decidiu se declarar para você, ele já esperava o pior, afinal, em toda sua vida ele foi rejeitado e iludido por mulheres, você não é capaz de descrver a felicidade do rosto de Lion-o quando você o aceitou, seu rosto estava ainda mais vermelho fazendo ele parecer um tomate ambulante e ele gaguejava ainda mais do que antes, o jovem rei não conseguia dizer "obrigado" sem gaguejar.
Quando vocês começaram a namorar, nenhum dos thundercats estava de fato supreso, para eles era óbvio que isso ia acontecer, mais cedo ou mais tarde. Os gêmeos pararam com as piadinhas e as brincadeiras de empurrar você em cima do rei e vice-versa, porquê agora que vocês namoram essas brincadeiras perderam a graça.
Lion-o é um namorado muito amoroso, sempre beijando e abraçando você, obviamente em público ele não desmostra tanto seu amor, ele não gosta dos olhares desconfiados dos outros enquanto vocês estão apenas desmostrando o amor que sentem um pelo outro.
Agora que vocês estão namorando, Lion-o se tornou mais protetor do que antes, se você tiver com um mínino arranhão sequer, ele vai te obrigar a descansar, é um pouco bobo da parte dele? Sim, mas dê um desconto, não é culpa dele ser muito preocupado e protetor. Quando você estiver doente, ele vai ficar mais protetor e preocupado e mais preocupado que o normal, ele vai ficar o dia inteiro cuidando de você, ele fica tão centrado cuidando de você que esquece de dormir e esquece das outras responsabilidades que ele tem como rei, e quando isso acontece Tygra aparece para intervir.
Vocês dois sempre dormem juntos e as vezes o aperto de Lion-o é sufocante, principalmente quando ele está tendo um pesadelo, e quando isso acontece você é obrigado a acordar ele para morrer sem ar, as vezes o rei esquece da força que tem. No calor você sofre, porquê é muito difícil fazer com que Lion-o pare de te abraçar, ele é um cara carente e as vezes nem percebe que estava abraçando você enquanto dormia, você já acordou dirvesas vezes soando por conta do calor. Já no frio, é simplesmente maravilhoso ter uma bola de pelos ambulante para abraçar, os pelos de Lion-o são mais macios do que qualquer lençol que você já usou e o abraço dele é como uma pequena chama, então no frio vocês nem precisam usar cobertas.
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keliv1 · 6 months
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Como criar (e retratar) memórias em São Miguel Paulista?
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Cartografia Periférica – Histórias de São Miguel Paulista, mapa produzido pelo Passeando pelas Ruas e exposto na biblioteca – foto: Keli Vasconcelos
Keli Vasconcelos*
 Escrevo este texto de um jeito, digamos, pitoresco: em vez de digitá-lo, primeiramente eu escrevi, literalmente, à mão para depois montá-lo no note. Penso eu que esse trâmite se deu por conta da experiência vivida durante o Festival da Memória, promovido na sexta-feira, 22.03, na Biblioteca Raimundo de Menezes.
A ideia foi do coletivo Passeando pelas Ruas, composto por três historiadores, Philippe Arthur, Paola Pascoal e Renata Geraissati; e uma pedagoga, Paloma Reis, que há uma década se dedica a mapear por meio da Arte uma zona leste de SP tão rica de histórias e potências.
Tive a alegria de ser uma das contempladas a participar da primeira mesa, que contou ainda com a pedagoga Amanda Silva, que falou de sua experiência dos Quadrinhos para quebra de estereótipos em sala de aula, no caso a Escola Arquiteto Luís Saia (já falei aqui), e da professora e futura historiadora Leticia Queiroz, autora do livro ilustrado “São Miguel Paulista, meu bairro, minha história”, que retratou com mais proximidade a Capela de São Miguel Arcanjo, patrimônio histórico não só de São Paulo, mas também do Brasil.
“Nosso objetivo com a intervenção com o uso das HQs da Mulher de Ferro na escola [a atividade foi em 2017] não era mudar o mundo, mas mudar o olhar em relação às questões de gênero e de raça na cultura pop”, expressou Amanda em sua apresentação.  
Vale também lembrar que Leticia Queiroz fez parte da RAP (Residência Artística Periférica), uma das ações do Passeando nesse resgate de memórias, resultando na publicação. “Antes, não entendia bem o que era aquela igrejinha em meio à praça do Forró (como é conhecida a praça Padre Aleixo Monteiro Mafra), depois da residência vi a sua importância e como precisa ser valorizada”, disse ela em sua fala.
E por falar do tema, após a apresentação de Amanda e a fala de Leticia, Philippe me perguntou da experiência que vivi como oficineira em 2019, quando promovi a ação de escrita afetiva e que também me ajudou a escrever “Alguns verbos para o jardim de J.”
Não contei apenas a história de Jéssica e Joia, as crônicas escritas em “São Miguel em (uns) 20 contos contados”, meu primeiro livro, mas falei da importância em criarmos e compartilharmos nossas vivências, experiências e descolonizarmos nossos conceitos, e reverberam futuramente.
Eu disse que quando (re) conhecemos como pessoas em nossas individualidades, consequentemente questionamos nossos territórios, nos vemos como (a) gentes no mundo e entendemos nosso passado, verificarmos nosso presente e podemos propor mudanças hoje para vislumbrarmos um futuro. Não é fácil, mas é um passo possível.
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As publicações feitas pelo coletivo, além dos livros que escrevi e de Leticia Queiroz. Quem participou recebeu um voucher de desconto oferecido pela ed. Hortelã, que publicou meu segundo livro – foto: Keli Vasconcelos
Falando em territórios, a segunda mesa tratou de passado e presente, com Rogério Rai, cicloativista do Pedale-se, Diógenes Sousa, Doutor em História, e Paola, do Passeando, que além de falar do mapa exposto na biblioteca, frisou outro trabalho produzido pelo coletivo, a digitalização dos trabalhos do historiador Paulo Fontes, que fez um extenso levantamento sobre a Nitro Química, fábrica existente no distrito de Jardim Helena, cujo material estava na biblioteca.
“Durante esse processo de pesquisa documental, além do trabalho de Fontes, encontramos muitos materiais que ele coletou, como recortes de jornais, falando da atuação das mulheres em S. Miguel para a vinda do Sistema Único de Saúde, a luta operária e expansão do bairro e até mesmo questionamentos sobre a fundação do bairro”, expressou ela em sua fala.
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Rogério Rai (Pedale-se), Diógenes Sousa (Dr. em História) e Paola Pascoal (Passeando pelas Ruas) – foto: Keli Vasconcelos
Já Rogério levantou várias questões sobre a mobilidade e também deu gancho para a relevância de S. Miguel para o país: “São Paulo não começou no Pátio do Colégio, começou aqui. E a Capela de S. Miguel não é importante só para São Paulo. É importante para o Brasil”, frisou ele.
Já Diógenes, que também faz parte do Bloco Fluvial do Peixe Seco, que também há 10 anos não somente leva o carnaval de rua, mas também mapeia os rios “escondidos” pela cidade, defendeu o acesso da população às pesquisas acadêmicas. “Nós como historiadores também devemos sair dos muros da academia e levar nossos trabalhos para o maior número de pessoas. Atividades como este festival, passeios de bicicleta, a pé, tudo isso é parte do processo”, destacou ele.     
Houve mais uma palestra, com o CPDOC Guaianás, coletivo de teatro Estopô Balaio e projeto Arte e Cultura na Kebrada, mas infelizmente não pude ficar.
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Agradeço demais ao Passeando pelas Ruas, à sempre solícita biblioteca Raimundo de Menezes e claro a todes que estiveram nesse evento tão potente e necessário.
Ururaí, como era chamada pelos indígenas Guaianás (ou Guaianazes) a aldeia que hoje é a São Miguel Paulista, agradece.
Mais fotos do evento (crédito - Passeando pelas Ruas).
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* Keli Vasconcelos (ela - SP) é jornalista freelancer, pós-graduanda em História Pública, arrisca-se no bordado, desenho e na poesia. Autora de “Alguns verbos para o jardim de J.” (romance, editora Hortelã 2022), “São Miguel em (uns) 20 contos contados” (crônicas, 2014), HQ “VooOnda” (online, 2021), além de participar de antologias. Mais pelas redes: Bluesky, X-Twitter, LinkedIn, YouTube, Minus e Tumblr
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ratosa · 1 year
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lembro-me do início de tudo. tinha 16 anos... entrei numa casa onde vivia uma família feliz, hoje maior, e onde morava - sabia lá eu - um amor com mais anos do que eu havia já feito - sincero, despido, (ui) completamente despido, daqueles em que se pensa logo “eles são uma equipa invencível”. esse amor ainda mora. eu ia experimentar fazer um treino numa de 327 equipas de futebol/futsal por onde já passei (mais um de muitos sonhos). pus o pé dentro daquela casa, avistei um teclado ao longe. juro que chamou por mim. provavelmente ainda nem sabia o sítio do dó, mas o contacto visual existiu. que surreal eu admitir que um teclado fez contacto visual comigo, mas aquele íman meio fora da caixa foi sentido por mim, e foi inevitável. já estava equipada para o treino. estava à espera da hora de sair, sou amiga da cunhada do treinador e a irmã estava equipar-se. sentei-me a tocar (por intuição, uma peça que se aprende a tocar nas aulas de primeiro contacto com o instrumento)
- “tocas?” ouvi ao fundo, a voz grossa do mister, hoje um amigo para a vida, uma pessoa a quem dava os meus testículos se os tivesse.
- “ah não, dou uns toques. na guitarra também toco uns acordes. mas este não é o meu instrumento. toco violino.” respondi com a intenção mais genuína de me escapar e desprender da pressão habitual que nos é colocada nos ombros quando pegamos num instrumento. eu só não queria responder a perguntas difíceis. nunca fui de me gabar.
- “ei.. violino? queres vir fazer um ensaio lá na minha banda?”
conclusão: ia fazer um treino à experiência, saí de lá com um casting (quase garantido) marcado. claro que fui, mas tava tão cagadinha de medo. mais do que isso, estava completamente à toa. eu sabia lá o que significava um casting para uma banda. nem me preocupava com isso. naquela altura a música não estava nos meus planos (que burra). não me achava capaz, e queria o caminho mais fácil.
no sábado seguinte lá estava eu, com cifras à minha frente (graças a Deus que as sabia ler. já viram uma gaja de conservatório sem saber ler cifras? pois, é o q mais há, a nós ensinam-nos a ler pautas, não cifras, mas quem não sabe disso, acha até ofensivo. agradeço ao meu rico pai por me ter ensinado), com um violino elétrico comprado pelos donos da banda e uma guitarra eletro-acústica na mão. yamaha 560 madeira amarela. nunca mais me esqueço daquele pedaço de mulher em forma de instrumento. fodeu-me as pontas dos dedos de uma forma que eu só de me lembrar encolho a cara com as dores q me lembro de sentir. sangrar era quase peremptório, porque eu tocava sem limites. afinal de contas achava que estava a viver o sonho. “que se foda, meto um penso e siga”. existe uma foto minha com esse pedaço de mau caminho nas mãos (ainda estou a falar da guitarra, sim). nessa foto eu estou com a língua de fora. os meus tiques faciais a tocar começaram aí. encontrei a culpada disto tudo.
era uma banda de baile. eu já sabia. só não sabia o nível nem o contexto onde me estava a meter. se fui? fui. eram 60 músicas. sessenta! no mínimo. imaginam quanto tempo de concerto isso dá? façam as contas: 3 x 60. e tou a ser amiga.
- “vais ganhar muita bagagem aqui. apesar de ser baile, isto dá-te muito traquejo” a assumirem que eu ia ficar. em momento nenhum tive o meu espaço para decidir. a decisão estava tomada. eu era de ideias fixas. e sou. sempre fui dona de mim. mas por algum motivo não tive poder de escolha e não me lembro de me sentir mal com isso.
estiveram meses na esperança que eu sacasse uma música tocada por 4 violinistas para ser o momento da entrada do concerto. eu era só uma, gente, dêem-me lá um desconto. e deram. pq até hoje não a saquei.
no meu primeiro concerto não me cabia um feijão no cu. já tinha tocado em orquestras. já tinha feito inúmeras audições a solo. mas só Deus sabe como eu estava. e eu. também sei, e sei bem. era passagem de ano. estava um frio de rachar canecas. nessa altura ainda não sabia que sou homossexual: usava vestidos, maquilhagem (não que isto seja categórico, mas não é a minha praia), e olhava para os rapazitos que estavam do lado de fora a ver o concerto. enfim.. estava a dizer que estava um frio de morrer. e sofri tanto. ou então não sofri nada, porque o nervosismo estava a tomar conta de mim e nem me lembrei do gelo que estava. ainda não estava com o violino, estava na época da adaptação, só tocava guitarra de acompanhamento. não tirava os olhos das notas. não me queria enganar. e a minha guitarra estava baixíssima. podia tocar uma tonalidade toda ao lado que ninguém ia perceber. mas na minha munição estava muito alto, e eu queria cumprir o meu papel.
ao fim de 3h em cima do palco a malhar naquelas cordas de aço que me atrofiaram os músculos da mão esquerda e me foderam os dedos todos: “e então gata? como te sentiste?” nem me lembro da resposta que dei. só sei que cheguei a sentir-me uma estrela mais à frente. e, claro, só queria dormir. quem me tem, sabe-me amante de cama.
quando o violino finalmente fazia parte da estrutura da banda, passei então, (finalmente para eles pq eu dava-me bem lá atrás a cumprir o meu papel) a ser eu o momento da entrada dos concertos. eu, bronzeada, com um vestido espampanante (que deu vista privilegiada para as minhas cuecas a tantos rebarbados), um colar que mais parece uma coleira de tão apertado ao pescoço que era, luvas pretas sem dedos (pra dar aquele ar descomprometido), maquilhagem até às raízes do cabelo, sabrinas que dão vergonha alheia a qualquer um, e um violino elétrico preto.. a tocar uma melodia medieval (mais exequível do que aquela loucura que me pediram para tocar no início), a solo, com acompanhamento instrumental.. mas eu era a estrela naqueles 3 min. era eu dona e detentora da atenção, já que o concerto iniciava comigo, na linha da frente do palco, com uma luz de 1 metro de diâmetro branca virada pra mim. se gostava? nhé. se me sentia bem com isso? nhé também. não nasci com necessidade de ter protagonismo. e se o tenho, calha, pq dou-me muito bem lá atrás onde as luzes não chegam. só quero soar bem. parecer bem e bonita, só ao espelho, e aos olhos da minha mãe e da mulher que me levar.
(mais uma vez, não decidia. convenciam-me que aquela era a melhor escolha de roupa, de performance, e eu, como qualquer criança que vê um adulto como exemplo, dizia amém como se diz na missa ao padre sempre que ele manda.)
nunca fui forçada a nada. nunca me senti sexualizada. mas como não sabia bem o que era aquilo tudo, eu só ia. eu era a menina dos olhos dos patrões. fui sempre tratada como uma rainha. o valor que sempre deram à formação e dom que tenho, foi sempre o meu às de copas. {entretanto acho importante realçar que nos últimos 5 anos nesta banda, escolhi sempre o que vestir, o que calçar, se me maquilhava ou não, entre outros. pelo meio disto tudo fiz as pazes com a minha sexualidade e assumi-me como aquilo que sou, e comecei também a entender que performance não implica necessariamente desconforto. aceitaram as minhas ‘exigências’ na hora. “o que interessa é o que tocas e como tocas. se desempenhas o teu papel, é isso q interessa. estás liberada para usar o que mais conforto te dá” obrigada família sampaio. por tudo.}
ainda na ignorância, comecei a namorar com um rapaz (mais velho 6 anos) que fazia parte do staff da banda. super querido, atencioso, apaixonado por mim. (mas meu amor, eu gosto de mulheres. foste-te apaixonar pela miúda errada. e tanto q te fiz sofrer. perdoa-me.) eu não sabia. aos 16 anos ninguém sabe nada. eu achava que não gostava de pêssego e hoje sou apaixonada. quanto mais se queria um homem mais velho, ou usar vestidos, ou sequer se gostava de homens. porra. tirem-me deste filme.
enfim..
já estava na banda há uns 3 anos e até que, entre ensaios, me quiseram dar um teclado para as mãos. a dada altura eu tocava os 3 instrumentos no concerto. era a polivalente do grupo. e não, não me estou a gabar. fazia cada merda que só mesmo eles para me perdoarem e continuarem a apostar em mim.
e eis que esta foto começa a fazer sentido. (entrem na viagem comigo).
fazia acompanhamento de strings e cenas. la pelo meio fazia um solozito. ajudava o joão (o mister e amigo de quem falei em cima) a sacar solos pq tenho bom ouvido imediato, e ele deixava-me tocá-los em vez de os aprender. mais uma aposta. “muito bem ritjinha”. sim, era com sotaque brasileiro só porque sim. a adriana, na altura namorávamos, e namorávamos há 3/4 meses, veio ver um ensaio porque companheirismo foi característica q nunca lhe faltou, até que a carina (uma de 3 cantoras) lhe perguntou se queria fazer um ensaio de bailarina. eu lembro-me de sentir um desconforto: “como assim ela dança? e ta a dizer que sim a um ensaio na minha banda? que confusão que aqui se pôs” mal eu sabia q ia ter um dos melhores anos da minha vida com ela e naquela banda.
{mas isto não é sobre a adriana.. amo-a com a minha vida mas deixo para outro dia.}
estive no teclado a acompanhar durante esse ano, com violino e guitarra à mistura.
num jantar antes de um concerto, o joão - culpado disto tudo, um dos donos da banda, teclista, cantor, e amigo - pq nunca é demais falar dele e mencionar que é amigo - ainda com comida na boca, deu o seu último gole no vinho verde com sabor a limão estragado, e disse-me: “Rita, eu sei que tu és capaz, por isso vais assumir as teclas a 100% no próximo ano. quero ir para a frente só com o micro, e sei que posso confiar nas tuas capacidades.” note-se que eu não estudava, ia para os ensaios sem saber que músicas era para ensaiar, e o homem nunca perdeu o orgulho nem a confiança em mim. não é tolo? (ainda hoje sou assim. que nenhum diretor musical leia isto)
se assumi? sim. se desempenhei bem o papel? perguntem aos entendedores pq eu cá tenho as minhas dúvidas. mas empenhei-me.
hoje tenho 29 anos, quase a sentar nos 30. e sou teclista principal da banda R desde então. ou era. ainda não falei sobre isso, mas já lá vou.
posso dizer com firmeza que o que me diziam estava certo. o traquejo e a experiência que tenho, foi aqui, nesta banda maravilhosa, que ganhei. ao longo das tantas calçadas que conheci. dos incontáveis montes que avistei. dos calores quase africanos que vivi. dos problemas mecânicos que aquela carrinha (mais velha que qualquer avô) nos deu. foi nesta bonita estrada que aprendi a gerir os nervos antes de um concerto. a aceitar esses nervos como motivo para maior concentração. e as gargalhadas que dei? acho que de todo o bom que tive, as vezes que me fizeram rir, são a melhor memória que levo comigo.
se começasse aqui a contar as experiências que tive com todas as pessoas que entraram e saíram da banda.. isto passava a ser quase um blog de “levanta-te e ri”. mas não vai acontecer.
hoje ainda é o dia em que me valorizam, me admiram, que me ouvem, que prestam atenção a tudo o que digo. sou mulher, mas valho ali tanto como qualquer homem. o sentimento de igualdade é uma realidade entre os músicos daquela banda. não só daquela, mas agora o foco são eles. sinto que serei admirada até aos últimos dias da existência da Banda R. mas não é isso que me interessa. interessa-me um dia poder agradecer-lhes um a um, com um abraço apertado, por toda a bagagem que me ajudaram a colocar nas costas. por todos estes anos de foda-ses e caralhos pra cima e pra baixo. e por saber que se um dia quisesse voltar, faziam das tripas coração para ter o meu lugar de volta.
serve então este momento de reflexão para me despedir. sinto que tenho que me despedir com dignidade desta jornada tão grande e cansativa mas tão gratificante apesar de tudo. esta roda viva de viagens pelo norte do país, onde em alguns sítios nem rede tinha para avisar a minha mãe de que estava viva. e vou-vos contar uma novidade: lembro-me do início de tudo, e repetia tudo de novo. voltava aos 16 e fazia isto tudo outra vez. chamava a minha malta para ver os meus concertos e no fim ia beber copos e acabava a noite agarrada a uns manos que ouvi tocar ao longe. porque eu não parava. mas estou cansada. vida de músico parece um sonho, mas pode ser um pesadelo. cansei as pestanas, cansei o fígado, cansei as costas, as pernas, e, pior do que isso, cansei o psicológico. cheguei ao momento da virada de página. e esse momento apesar de difícil, tem que acontecer. sinto como se tivesse chegado ao momento em que o pássaro salta do ninho e começa a voar. isto custa como o caralho, mas eu tenho que voar.
uma palavra ao (tão mencionado) joão: por todas as vezes que me cobriste, me protegeste e ajudaste, obrigada. e por tudo e mais alguma coisa: amo-te
se algum dia algum de vocês ler isto, saibam que vos amo e não me arrependo de coisa nenhuma que tenha abdicado por momentos convosco.
{aqui entendo porque é que não me senti mal com o facto de não ter tido grande poder de escolha quanto a entrar numa banda de baile. se calhar estava escrito e destinado. e eu só percebi isso passado mais de 10 anos. e tinha que ser aqui, com eles}
comecei a escrever este texto com a intenção de refletir sobre mim, sobre o meu percurso na música. (porque hoje, ao contrário do que pensava aos 16 anos, a música é a locomoção da minha vida. sem música não sou nada. se um dia não a puder ouvir mais, levem-me com ela. se um dia não a puder tocar mais, façam-me esquecer que algum dia nos pertencemos. a minha música sou eu. e se não posso ser eu, não quero existir.) mas acabei a despedir-me. porque o que tem que ser, tem muita força. e se há uns meses disse à mulher por quem estou apaixonada “hoje é o primeiro dia do resto da tua vida” no dia em que se formou, hoje digo isso para mim: hoje é o primeiro dia do resto da minha vida. e confio o meu futuro totalmente a Deus, porque estou confiante de que o meu momento chegou. quero e posso acreditar nisso. e quem quiser que venha comigo.
vemo-nos nos palcos, nem que sejam os da vida.
os amigos não precisam de bilhete. entram à borla ou pelo backstage 🤍
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vexxhere · 7 months
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Who: Rose & Remus (@silversprngs) Where: From the Vault Records
Rose esperava do lado de fora da loja, com os braços cruzados, vez ou outra olhando no relógio em seu pulso. Remus estava atrasado, o que parecia emanar da alma dele constantemente, mas era algo que somente a mulher pensava, nunca chegou a externar. Assim que o viu se aproximar, um sorriso pairou em seus lábios; sua forma de cumprimentá-lo. "So, here’s the thing." Começou ela, tirando de dentro do bolso de sua jaqueta um papel. "Eu ganhei um cupom de desconto para essa loja e não sabia o que fazer. Então eu resolvi te chamar e cada um escolhe um CD pra cada um. Topa?"
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promoosdaguii · 2 years
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Armario de cozinha 8 portas 2 gavetas Corre nao perde tempo o link esta no stories e nos destaques. Marque aquela amiga (o) que vai amar esse achadinho. Siga- me @promoosdaguii para mas ofertinha como essa. Curte e Comenta ! . . . #armariodecozinha #armariodeparede #cozinha #menorpreço #mulheres #mulher #natal #blackfriday #desconto #achadinhos #preçobaixo #promoção #presente #ofertas https://www.instagram.com/p/Clv8vmhO3Xf/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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me-conte · 1 year
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Carta de uma mãe que perdeu a filha
Você não vai deixar para trás sua vida de menina. Não vai comemorar seus vinte e cinco anos. Não vai dançar músicas lentas. Não vai ter bolsas nem cólicas menstruais. Não vai usar aparelho nos dentes. Não vou ver você crescer, engordar, sofrer, se divorciar, fazer regimes, engravidar, amamentar, amar. Você não vai ter acne nem DIU. Não vou ouvir você mentir. Não vou ter que proteger nem defender você. Você não vai roubar dinheiro da minha carteira. Não vou abrir uma poupança para você, para evitar que fique sem dinheiro.
Você não vai tomar pílula. Não vou ver suas rugas nem suas manchas aparecerem, suas celulites, suas estrias. Não vou sentir cheiro de cigarro nas suas roupas, não vou ver você fumar, depois parar de fumar. Nunca vou ver você bêbada nem chapada. Você não vai estudar para o vestibular assistindo ao Roland-Garros, não vai ter raiva da Madame Bovary, “aquela coitada”, nem de Marguerite Duras, nem dos professores.
Não vai ter moto nem sofrer por amor. Não vai dar beijos nem gozar. Não vamos comemorar sua formatura. Jamais vamos brindar alguma coisa. Você não vai usar desodorante, não vai ter apendicite. Nunca vou ter medo de você entrar no carro de estranhos. Isso você já fez.
Não vai ter dor de dente. Não vamos correr para a emergência no meio da noite. Você não vai procurar a agência de emprego. Não vai ter conta no banco, carteirinha de estudante, desconto para jovens, CPF, nem cartões de fidelidade. Nunca vou conhecer seus gostos, suas paixões. Que roupas, livros, músicas e perfumes gosta mais.
Não verei você fazer cara feia, bater portas, sair escondida, esperar alguém, pegar um avião. Você não vai sair de casa. Não vai mudar de endereço. Nunca vou saber se você rói as unhas, se usa esmalte, sombra ou rímel. Nem se tem talento para aprender idiomas. Seu cabelo nunca vai mudar de cor. No seu coração, você vai manter sempre Alexandre, seu namoradinho da escola.
Você nunca vai se casar com alguém. Sempre vai ser a Srta. Léonine Toussaint. Você vai gostar para sempre de rabanadas, omeletes, batatas fritas, macarrãozinho, crepes, peixe empanado, ovos nevados e chantilly.
Vai crescer de outra maneira, no amor que eu sempre daria a você. Vai crescer em outro lugar, nos murmúrios do mundo, no Mediterrâneo, no jardim de Sasha, no voo de um pássaro, ao nascer do sol, ao cair da noite, espelhada em uma moça que vou encontrar por acaso, nas folhas de uma árvore, na oração de uma mulher, nas lágrimas de um homem, na luz de uma vela. Vai renascer mais tarde, um dia, sob a forma de uma flor ou de um menininho, com outra mãe. Você estará em todos os lugares que meu olhar pousar. Onde meu coração estiver, o seu vai continuar batendo.
// Água fresca para as flores
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drivingetvwaycar · 1 year
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@featmara (isla)
o dia dos namorados não carregava uma grande importância para boston. fato era que suas relações não tinham a tendência de serem consistentes ou sérias o bastante para que a data representasse algo tão importante. se gostasse mesmo de alguém, não esperaria uma data específica para comemorar. talvez fosse um fato que o levasse a não estar comprometido nessa data, mas quem ligaria, afinal? porém, a figura mudava de forma quando a questão estava relacionada a qualquer oportunidade de economizar o dinheiro que ganhava trabalhando wyatts e ao saber que um restaurante chique da cidade estava com pratos com 50% de desconto para casais. ele só precisaria de uma companhia para a ocasião, e obviamente, a melhor amiga foi a primeira pessoa que boston pensou. basicamente não pensaria em outra pessoa que pudesse fingir estar em um relacionamento amoroso, mesmo que por poucas horas. o cardápio que estava sobre seu rosto desceu, as íris azuis deixando as letras miúdas para se atentar a companheira sentada em sua frente. “eu nunca imaginei comer um filé mignon por menos de cinquenta dólares.” comentou em seu humor característico. pelo volume da música, que era irritantemente melosa, boston se inclinava levemente na direção da mulher.  “e você? o que vai pedir? acho que podemos até pedir um vinho pela data especial.” brincou, piscando ao findar da frase.
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ninaemsaopaulo · 1 year
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Não sei até hoje a causa do meu problema mental, mas, pensando na época em que tudo começou, consigo lembrar de um potencial gatilho. Ela era jovem e tinha nome próprio, vamos chamá-la de Camila, nome fictício.
Fiquei dois anos trabalhando numa marca de moda feminina, e Camila passou sete meses lá. Os sete piores meses da minha vida, sem dúvida, pois o nível de estresse é inenarrável - mas vou tentar.
Eu já sabia que Camila não daria certo porque ela apareceu, no dia da entrevista, totalmente vestida de jeans, like a iconic look de Britney Spears e Justin Timberlake quando namoravam, segue foto ilustrando. Ela estava de saia jeans longa com barra desfiada, top jeans, jaqueta jeans e CHINELO JEANS. E você pode pensar o que quiser sobre, mas dress code existe, faz parte das empresas; principalmente se você trabalha no ramo da moda, da beleza; e, sobretudo, se a loja em questão fica em um dos bairros mais nobres de São Paulo.
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Camila nada tinha a ver com a marca.
Ela fazia a vibe maconheira-hippie, todo um discurso motivacional na ponta da língua, misticismo e astrologia de revista de banca, vegana que só usava cosméticos veganos e comia planta, tipinho que usava desodorante natural, livre de alumínio. Era uma versão jovem da Lady Feng Shui, uma chefa muito doida que a Rita Alves teve. Muito diferente da mulher sofisticada que comprava a marca e de todo o quadro de vendedoras. A razão da gerente ter contratado Camila permanece sendo um mistério.
O primeiro dia de trabalho de Camila, lembro como se fosse hoje: era início de coleção, estávamos trocando as araras da loja para receber as peças de inverno. Camila escolhia seu uniforme, enquanto eu passava as roupas. Pedi gentilmente que ela experimentasse as peças do estoque, pois eu estava passando as roupas para as clientes. Entrou por um ouvido, saiu pelo outro. Isso se repetiria muitas vezes.
Camila roubava "a vez" de atendimento das vendedoras. Desrespeitava a lista de quem "estava na vez". Um dia, com a supervisora em loja, passou por cima da minha saudação para uma cliente porque, na cabeça dela, a vez era dela. Esse dia era domingo, bicho. Eu não precisava me estressar, sabe.
Icônico quando Camila fez Carol sair do controle, nunca tinha visto. Carol tão calma, tão centrada. Mas Camila, no provador, prometia descontos, brindes e parcelamentos inexistentes para as clientes. Aí chegava no caixa e Carol tinha que resolver o pepino. Uma cliente, com razão, ficou indignada ao saber que "não era bem assim" como Camila tinha informado - e quase quis cancelar a compra toda. Camila mentia para as clientes sobre vantagens de comprar naquela marca, achando que faria com que tomassem decisões mais rápidas sobre a compra. Era chamada a atenção, no grupo de WhatsApp dos funcionários, a gerente revisava conosco os procedimentos de loja. Camila concordava, para depois "errar" novamente.
Na loja, realizavam-se ajustes de peças. Ajustes bem simples: diminuir uma barra de calça, uma alça de blusa - nada que modificasse a peça original, a ideia do estilista. Certa vez, a gerente pegou uma calça que tinha retornado ajustada, e descobriu que a mesma estava sem um detalhe com botões decorativos na barra. Telefonou para o ateliê, reclamou horrores. Quando falou com Camila, porque a peça era de uma cliente dela, recebeu da bonita a resposta: "ah, é que a cliente não gostou dos botões, então eu fui lá e tirei". A gerente fez ela ligar para o ateliê, se desculpando.
Mas eu nunca, JAMAIS ESQUECEREI quando soube a razão do painel de LED ter parado de funcionar. A loja tinha um espaço com vários pequenos painéis de LED formando uma única tela (não sei explicar de forma melhor), na qual era exibido o filme sobre a coleção vigente. Essa tela era "quentinha" e, como era loja de rua, no inverno, com o frio, gostávamos de encostar ali para esquentar um pouco o corpo. Pois Camila não só encostou como ficou CHUTANDO um desses painéis, até quebrar. Nesse dia ela tinha que ter sido demitida, cara. Mas não. Rendeu um prejuízo de quase mil reais, que até hoje não sei se saíram do bolso dela.
Mas do meu bolso saiu um valorzinho sim, referente a um erro de Camila. E isso me deixa obviamente puta até hoje. Eu costumava ficar com a arara de roupas em promoção, que surge na transição de uma coleção para outra; porque todos os dias, sem falta, eu consultava todos os valores das peças para saber o que tinha sofrido alteração de preço. Um grande erro dessa empresa era fazer a mudança de preço de forma manual. Pois, se o valor estivesse errado, a equipe de vendas pagaria. Logo, é um trabalho que requer atenção e dedicação, então eu sempre ficava com essa arara, por escolha mesmo. Mas a gerente resolveu colocar a novata para cuidar. Ela cuidou? Não. Chegou o domingo, eu estava na escala junto com a subgerente. Uma cliente entrou, escolheu um casaco em promoção que, na etiqueta, custava menos da metade do valor original. Bateu o pé, com razão, que levaria pelo valor da etiqueta, apesar do sistema apontar outro preço. Na segunda-feira, em reunião, eu e a subgerente tivemos que pagar pela diferença de valor. Já a responsável pela alteração de preços saiu ilesa. 🙃
A cada trimestre, existia uma reunião, o "one a one" entre funcionário e gerente, procedimento de avaliação de desempenho com o qual eu estava acostumada. Nos três primeiros meses de Camila em loja, passei TRÊS FUCKING HORAS nessa reunião deixando claro e cristalino para a gerente: "eu vou surtar. Minha relação com ela é apenas profissional. Eu não quero ser amiga dela, eu não puxo assunto com ela, embora ela tente se aproximar. Só preciso que ela faça o trabalho direito, de forma correta, para não prejudicar a equipe. E ela não consegue fazer o mínimo. Eu não quero chegar aqui para te dizer - ou ela, ou eu. Mas eu vou surtar, a qualquer momento vou abandonar o bom senso e apenas surtar".
E o surto veio mesmo, semanas depois de Camila ter sido demitida, finalmente, após destratar uma cliente - porque era só o que faltava, visto que ela tinha quebrado das regras até a própria loja e nada aconteceu, feijoada. Meu surto veio, meu diagnóstico veio, a pandemia veio e hoje estamos aqui, "comemorando" três anos de TAG e depressão.
Camila, apesar de todo o papinho namastê com incenso na mão, quando nervosinha, fazia questão de informar que estava no varejo há dez anos, portanto não tinha mais o que aprender; não precisávamos repetir que ela estava errando, nem ensinar o jeito certo. A essa pérola, respondi: "incrível que você esteja no varejo há dez anos, errando tanto por todo esse tempo. Isso que é jogar experiência no lixo".
Tenho certeza que Camila mentiu no currículo, sobre ter gerenciado uma loja bem posicionada no mercado. Ela não tinha o menor tato com pessoas e o menor senso de comunicação e seguimento de regras estabelecidas. Também costumava ser a última a chegar nos treinamentos da empresa, eventos importantes para conhecer as próximas coleções e vendê-las com propriedade.
A vida pessoal de Camila foi um mistério tão absurdo quanto a sua contratação e permanência de quase um ano por lá: ela era divorciada e tinha um filho pequeno. Casou muito cedo. O filho morava em outra cidade, com os pais dela. O sonho de Camila era trazer o filho para a capital, mas os pais não deixavam, sabem a filha que tem, né. Camila, todo fim de semana, não ia ver o filho, ia ver o macho que lhe agredia, na praia. E teve um fim de semana que ela decidiu não trabalhar para ficar com esse macho. É isso.
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rezende53 · 2 years
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Desabafo I . Trabalho
Não faz muito tempo desde tudo desmoronou. Com a demissão por conta daqueles vídeos, muita coisa desandou. O mercado de trabalho se tornou exigente, se tornou mais difícil de ingressar, e o aperto dentro de casa se agravou mais ainda.
Fui entender que o cheque especial não era benefício, mas sim atraso. Aprendi tarde demais. Hoje reflito sobre o quão bom era trabalhar como fotógrafo de militar. É incrível quantas histórias você pode conhecer e o tanto de injustiça que se pode ver dentro de um estabelecimento tão profissional.
Lidar com um chefe que zoa, mas não gosta de ser zoado, e que é mais bipolar que mulher em período de alerta vermelho, é difícil. Cada dia foi angustiante. Acho que foi aí que minha ansiedade se desenvolveu
Porque é difícil você ver alguém cobrar de você, algo que nem mesmo ele é capaz de fazer. Vi ele sair por cima de várias pessoas, de mentir pra elas, de entregar produtos de péssima qualidade e a pessoa não poder reclamar, porque ele colocaria a culpa na câmera. Eu vejo uma pessoa que quer sair por cima das outras, se sentir superior a tudo, achar que nunca está errado e que por isso pode tratar e enganar a todos como bem entender.
O mundo se tornou injusto e cruel, o Brasil se tornou um lugar onde, pra que você consiga trabalhar, você precisa abrir seu próprio negócio. Ou então, perca 4,5,6 anos da sua vida em uma faculdade, para ingressar no mercado de trabalho e ganhar 1200 reais e com descontos. Infelizmente, não estou vivendo, mas sim sobrevivendo. Essa não é a vida que eu tanto sonhava em viver na adolescência, esse mundo não é o mundo que eu gostaria que meus filhos vivessem.
E está, não é a situação onde eu esperaria estar. Sem dúvida nenhuma, isso está bem longe de melhorar, ainda.
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