Tumgik
#pensei nisso antes de dormir
renhy6ck · 2 years
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ideia perfeita pra praticantes de cnc/somnophilia: um quadro preso na parede do quarto (ou alguma derivação como por ex: um brinquedo preso na maçaneta, algum objeto específico etc), onde tem uma marcação de cor específica pra quando estiver ok ter sexo dormindo ou sem estar necessariamente esperando por ele. quando você não está a vontade, sem libido, a cor marcada é outra – em um aviso implícito para o dom não a tocar dessa forma.
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creads · 5 months
Note
cami pensei num cenário bem específico, fale sobre ele!!!!
penso mt na loba indo levar algum dos meninos pra conhecer os pais (pra mim o esteban se encaixa muito aqui), eles vao passar um final de semana na casa dos pais dela e chega de noite ela fica cheia de tesao querendo muito dar mas o esteban ta com o cu na mao de fazer qualquer coisa pq seus pais estao em casa e quer passar a melhor impressão possível. então ele fica se negando de fazer qualquer coisa nem um beijinho pq ele sabe q se fizer nao vai aguentar.
acaba que ela provoca taaaanto que ele vai ficando duro e ela fica falando “pra quem nao quer ate que ta animadinho hein” e ele ja ta ficando puto com essa situação
por favor de uma desenvolvida nesse cenário 💋💋
AFFFFFFF ANON você me destruiu nessa! todo cenário que tem a leitora seduzindo o esteban até ele perder a sensatez que tem na cabeça me pega muito…
pensei aqui💭💭
no primeiro dia que eles chegam, o esteban tá todo nervoso pq vai conhecer os pais, quer realmente deixar a melhor impressão possível: leva uma bebida argentina para seus pais experimentarem, ajuda sua mãe a fazer o almoço, sempre que estão na frente dos pais ele dá só um beijinho no topo da sua cabeça. ele é um príncipe, e é aí que as coisas começam a ir água abaixo pra você, você que sabe que ele quer muito impressionar seus pais, então a última coisa que ele deveria fazer é te comer embaixo do teto deles né? mas ele fica tão gostoso sendo tão prestativo, brincando com seus priminhos que foram visitar, e ainda por cima com a pele vermelhinha e cheia de sardinhas depois de ter passado só um dia sob o sol brasileiro. mas você consegue dar uma segurada durante o dia.
já a noite, o esteban não queria nem que vocês dormissem no mesmo quarto para o seu pai não achar ruim, mas o esteban é tão bonzinho né? claro que seu pai não se importou. então quando vocês tavam deitadinhos, você pede um beijo de boa noite, ele te dá um selinho muito rápido, aí você toda dengosinha fala “ahhh não amor um beijo de verdade”. e ele realmente não vai dar☝🏻☝🏻vira pro outro lado e fala que não vai transar na casa dos seus pais, aí você vai até meter uma marrazinha “ihhh convencido, só queria um beijo euheim boa noite então chato”. mas aí ele fica todo 🥺🥺”não vida desculpa me perdoa”, e aí vai te abraçar, ficando de conchinha com você. você aproveita pra dar uma mexidinha na bunda contra a virilha dele, aí ele fica assim🧍NÃO boa noite.
no dia seguinte, cria uma missão de fazer o esteban te comer, e aproveita o dia de sol e piscina pra colocar o plano em ação: além do fato de você estar de biquíni, o que já deixa ele 😵‍💫😵‍💫, quando ele tá de costas na cozinha fazendo alguma coisa, abraça ele por trás, amassando os peitos contra ele e descansa a mão na barriga dele, pertinho do happy trail, e vai descendo até chegar o elástico da bermuda, brincando com essa parte, e antes dele poder falar alguma coisa você só sai do cômodo, como quem não fez nada. quando estão na piscina sozinhos, pede pra ele passar filtro solar nas suas costas e solta gemidinhos enquanto ele faz o que você pediu. a noite que você realmente parte pro ataque, deita a cabeça nos braços dele e vai falando “amoooor, kukuuuu…” enquanto beija o pescoço dele. ele só faz um não com a cabeça, pq tá lutando contra todas as vozes da cabeça (do pau) dele.
e você toda pimposinha só vira e fala: “quer saber? não preciso de você mesmo…” e tira a coberta de cima, tira o shortinho de dormir ficando só de calcinha. enquanto ele te olha confuso, você vira o rostinho pra ele e chupa seus dois dedinhos, nisso aí ele já sabe o que você vai aprontar. desce até a sua buceta e começa a fazer círculos lentinhos no clitóris, o único barulho que existe no quarto são os sons molhados de você se tocando ATÉ você começar a gemer baixinho, tudo isso enquanto olha pra ele. e ele sente que o pau tá prestes a explodir de tão duro, a respiração fica tão pesada que você consegue até ouvir. “dale, esteban, sei que você quer também…” e aí ele “não… não quero…” tentando resistir contra.
então você diz “ah é? nossa… imagina se quisesse então…” e só tira a coberta de cima dele, pq☝🏻 por ele não estar usando cueca por baixo da bermuda fica em pé que nem literalmente uma barraca, então ele não tem nem o que falar. você passa a palma da mão só na cabecinha dele, ainda por cima da bermuda, ele passa a mão no rosto em frustração. a gota de água é quando você fala “tá tão gostoso, amor… mas sei que seus dedos seriam tão melhor…”
e isso aí é o fim de esteban kukuriczka que decide te virar de bunda pra cima e enfiar sua cara no travesseiro porque
A) ficou puto com a provocação o dia todo e o “pra quem não quer até que tá animadinho em/imagina se quisesse então”
B) estava literalmente com o pau doendo de tão duro
C) vc é uma putinha que não consegue nem ficar dois dias sem levar pica (e ele vai te falar isso no seu ouvidinho enquanto te come)
D) pq você falou que não precisava dele
E) pq vc é mt gostosa e ele não resiste
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xolilith · 8 months
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Favorite (Vampire) - Karina
n/a: sei lá, eu pensei nisso antes de deitar e não consegui dormir até vir aqui escrever isso. São 06AM agora, eu to sem limites...
Karina se sente irritada enquanto organiza alguma das próprias roupas, sente o humor ruim correr pelas veias quando o estômago ronca mais uma vez.
Estava faminta desde que seu arranjo com Winter havia chagado ao fim. Tinham uma relação simples, ela deixava Karina beber um pouco de seu sangue, e em troca Karina dava algumas aulas extras de decisões e preferências.
Porém as coisas não sairam como o esperado, Winter havia arrumado um casinho que não estava muito feliz em ter alguém sugando o pescoço de sua companheira.
Karina entende a situação, mas não deixa de sentir cada vez mais azeda, não sabe se pela situação com Winter ou pela fome exacerbada. Sente o humor piorar quando percebe, mesmo de costas, a presença silenciosa se pôr no cômodo.
Indaga, sem nem olhá-la.
– O que você quer?
– Caramba! – Você começa sarcástica. Põe a mão sobre o peito, dramática. – Não posso mais saber se tá tudo bem, não vi sua cara hoje nas aulas.
Karina respira fundo, larga os tecidos e vira-se para encará-la com os olhos sérios e indaga, mais seca dessa vez.
– O que você quer?
– Giselle me contou o que aconteceu entre você e a Winter.
Responde rápido. A vampira inclina a cabeça e ri falsamente, cruza os braços.
– Eu sabia que você era obcecada por mim, mas não no nível de ser tema das suas conversas com a Giselle.
Você revira os olhos pelo tom debochado e desvia o olhar para qualquer lugar do quarto, como não quer nada.
– Eu quero oferecer ajuda. Eu sei que você não come a, o quê? – Finge pensar. – Uns dois ou três dias? Você deve estar faminta.
Quatro dias. Quatro dias que Karina não se alimentava.
– E o que te faz pensar que eu aceitaria a sua ajuda?
– Bem, além de todo esse tempo sem tomar uma gota de sangue, o fato de você ser uma universitária falida demais para conseguir comprar bolsas de sangue. Eu não acho que você tenha outra opção além de morrer de fome.
Karina pondera, estreitando os olhos.
– E você não quer nada em troca?
Você balança a cabeça em negação. Observa-a se aproximar.
– Você não pode acreditar que eu tenho um coração, – Pisca os olhos, doce. – e me compadeço com a sua situação?
A vampira nega, agora perto o suficiente escuta seus batimentos mais nitidamente, um pouco acelerados, a pulsão do sangue que faz as presas coçarem.
– Eu não confio em você.
Você arregala os olhos, ofendida.
– O que eu posso fazer contra você? A vampira aqui não sou eu...
– É, você deveria ter cuidado comigo mesmo... – Tenta soar ameaçadora, sustentando o olhar no seu, mas a voz sai num tom quase inofensivo. Suspira vencida, desviando as íris. – Onde você quer que eu morda?
Você penteia os cabelos para trás, inclinando a cabeça ao expor o pescoço para ela. Karina umedece os lábios, e se pergunta mentalmente se é uma boa ideia, mas não resiste quando o cheiro ligeiramente doce do seu perfume e sangue ficam mais acentuados.
Primeiro estende a ponta da língua, como se sentisse a textura. Regojiza-se como seus batimentos se elevam, o estremecimento que te corre. Por fim, crava as presas, ouvindo seu choramingo dolorido, então lambe outra vez, como se tentasse consolá-la, antes de sorver o líquido viscoso.
A primeira sensação que você tem é dolorosa, depois a estranheza, que é logo substituída por um prazer estranho. É prazeroso sentir o próprio sangue sendo sugado, os lábios famintos e quentes, ávidos, fazem com que você feche os olhos e o seu corpo seja envolto por um frenesi.
Karina compartilha da mesma sensação, sente na ponta da língua como seu nervosismo diminui e a situação se torna mais agradável quando seus batimentos ficam calmos e o gosto do sangue fica mais doce, muito mais soboroso porque você também está aproveitando.
Porém, é retirada disso quando um ofego baixinho e prazeroso é soado por você. Então ela se afasta, limpando os lábios com as costas da mãos enquanto observa seu rosto confuso, os olhos enevoados retomarem consciência.
Você pressiona a mordida com os dedos, piscando os olhos rapidamente.
– Você está satisfeita? – Indaga e Karina apenas consegue acenar positivamente. – Ótimo. Me avise quando precisar de mais.
Sai tropeçando do quarto, fechando a porta num baque.
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sunnymoonny · 10 months
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que tal, rowoon no nosso primeiro encontro??
rowoon + primeiro encontro 🩷
Por muito tempo, você e Rowoon se encontravam frequentemente, apenas para conversar ou para pedir algum ingrediente para um prato, afinal, vocês eram vizinhos.
Mas hoje, aconteceu algo diferente. Você estava sentada em seu sofá, o pijama e a tv ligada em um canal de comédia eram a combinação perfeita para aquela noite de domingo, porém, batidas na porta se fizeram presentes. Você se levantou e foi em direção a porta, abrindo a mesma e dando de cara com Rowoon.
"A que devo esse honra?" Disse brincando, cruzou os braços por cima do peito e olhou para o homem. "Hoje será xícara do que?"
"Não estou aqui para pedir nada...na verdade, quero pedir algo sim." Rowoon disse, te olhando de cima a baixo. "Já estava indo dormir?"
"Eu? Não, não. Eu fico de pijama a partir de um certo horário, vou dormir bem mais tarde que isso. Mas pode pedir..."
"Então, eu fiz uma jantinha bacana e queria saber se você não topa ir lá pra casa."
Espera, aquilo era algo novo. Nunca tinha ido até a casa de Rowoon passando além da porta.
"Posso me trocar? Te encontro lá." Viu Rowoon sorrir e concordar, se virando e indo até o outro lado do corredor.
"Ham...tipo, você quer jantar comigo?" Você perguntou receosa e, a partir daquele momento, seu pijama pareceu um traje super inadequado. "Isso, claro, se você estiver confortável para isso e..."
Assim que fechou a porta, se viu em uma situação de desespero. Que roupa usaria? Deveria tomar outro banho? Ah meu Deus...
Saiu correndo para o quarto e abriu seu guarda roupa, revirou todas as suas roupas, encontrando um conjunto de moletom adequado para o momento. O vestiu, passou um perfume, ajeitou o cabelo e saiu em direção a casa de Rowoon.
Antes mesmo de bater na porta, sentiu o cheiro da comida feita pelo homem. Ansiosa, bateu na porta, esperando o mesmo abrir a porta.
"Foi rápida...pode entrar." Rowoon te deu passagem e você o fez.
A casa dele era parecida com a sua, em questão de espaçamento e cômodos, porém, a decoração era completamente diferente. Tons minimalistas, tudo combinando com tudo, a organização impecável, assim como o dono da casa.
"Sua casa é bonita."
"Sério? Acho a sua bem mais animada." Rowoon disse trazendo os pratos para a mesa de jantar. "Pode sentar, aproveita enquanto ainda tá quente."
Se sentou na cadeira na frente de Rowoon, percebendo o olhar dele em você.
"O que foi?"
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"Nada..." Rowoon disse, vendo você dar a primeira garfada na comida, levando até a boca. "Podemos considerar isso como um encontro, certo?"
Na hora que Rowoon disse aquilo, você não pode deixar de quase engasgar com a comida. Um encontro? Rowoon pedindo para considerar aquilo como um encontro?
"Sei que fui repentino, mas sabe...sempre pensei em você como mais do que uma amiga, e ver você tão confortável aqui em casa, comendo comigo, não pude deixar de pensar nisso." Rowoon disse calmo, o olhar passando da comida para você, o rosto vermelho de vergonha. "É...podemos comer agora e..."
"Não! Quer dizer...podemos comer, e também podemos considerar isso um encontro." Você disse vendo o menino sorrir e estender a mão para você em cima da mesa. Você colocou a sua em cima da dele. "Da próxima vez, só me avisa com antecedência, talvez eu não vista um conjunto de moletom."
"Qual foi, meu bem... você é linda de qualquer jeito." Disse beijando o dorso da sua mão.
E aquele foi o começo de uma noite maravilhosa.
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inccontrollabile · 1 year
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carta aberta ao meu amor.
eu te amo de tantas maneiras que é difícil explicar. foram tantos momentos que sinceramente, eu nunca vou esquecer, porque a gente tava junto, não vou me lembrar de shows e festas, vou sempre me lembrar de quem tava comigo, você. e por mais difícil que seja admitir, não acho que eu consiga engolir tudo e simplesmente esquecer, se antes eu não sei como perdoar. e eu não quero parecer egoísta ou maldosa, mas posso afirmar que os momentos que eu fiquei triste conseguem, de alguma forma, anular os bons. toda a desconfiança não é legal e nem saudável pra qualquer relacionamento, então, eu espero que você realmente ache alguém que você ame tanto, que não consiga pensar em mais ninguém, que você se apaixone perdidamente e simplesmente não queira sequer conversar com outras pessoas, que você demonstre esse amor da forma mais pura e gentil, faça ela se sentir querida e amada, faça surpresas daquelas que você não precisa gastar dinheiro algum. fotos, mensagens, bilhetes, desenhos, listas. trate ela com a maior sinceridade e nem repense se a verdade, por mais que suja, deveria ser escondida, porque não vale a pena, e se doer, que doa, mas que doa partindo da boca de quem você mais quer e ama, porque se ela vier de qualquer outra maneira vai ser a pior coisa do mundo. eu sei que sua infância não foi fácil, sua adolescência não foi fácil e talvez esconder e mentir seja a forma que você aprendeu, mas as coisas mudam, o tempo muda, e as pessoas são outras, você não lida mais com seus pais, é sua futura família e o respeito necessário pra se abrir é a base disso tudo, não posso garantir que a reação de quem ouviu o desabafo vai ser boa, mas melhor que isso é só uma boa noite de sono sabendo que todos os detalhes foram postos na mesa. segundas chances existem sim, mas elas são raras, e infelizmente, aquela que eu te concebi, não cabe mais. o que mais temia era que a mentira se tornasse recorrente e que nossas vidas fossem baseadas nisso, a falta de confiança e falta de entendimento partindo de mim. desde o primeiro momento eu falei e deixei claro que qualquer dúvida, qualquer insegurança ou qualquer medo seriam conversados e arquitetados, me dispus a te escutar e a te entender, mas de alguma forma não serei eu a quem você confia o suficiente pra me contar “a história toda”, porque sempre tem mais, né? 
a confiança é delicada e frágil, uma vez que se quebra nunca vai ser a mesma, quando você amassa o papel e em seguida desdobra, ele confia feio e enrugado, é assim que funciona. 
não sei quanto tempo vou demorar pra conseguir entender que a rotina que levei desde agosto/22 não vai ser a mesma, vou precisar entender que nenhuma sexta a noite vou te ver e dormir com você, que todos os sábados não serão de ansiedade por saber que logo você vai chegar na minha casa e me dar um baita de um abraço, vou precisar entender que, toda vez que eu entrar no meu quarto, você não vai mais estar la, ver um arroz doce ou um anime, fazer waffles e não guardar num pote pra você, fazer um macarrão e lembrar como você se gabava de fazer o melhor e mais delicioso macarrão.
mas vai passar. 
do jeito que vai passar pra mim, vai passar pra você. 
eu pensei que seria a pessoa que te ajudaria, te curaria e te mostraria o que amar e ser amado de verdade significa, mas se chegamos a nos conhecer, tinha uma razão, e porque temos que nos afastar agora, com certeza tem outra. 
eu espero que você seja feliz de verdade amor, e falo isso do fundo do meu coração, porque sei que você foi a pessoa que eu mais amei, e escrevo isso chorando e amarrando parte do meu coração aqui, porque você sempre vai ter isso, carregue contigo as melhores partes de mim, seja compreensivo e aberto, mostre que o seu eu passado não existe mais, mostre que você é mais do que pensam quando te conheceram, que você cresceu e amadureceu, leve contigo todo meu amor e faça alguém feliz como eu fui, seja carinhoso e dedicado, corra atrás e ache alguém que valha a pena, porque eu sei que vai.
a gente se vê, talvez algum dia. 
com amor, seu maior amor.
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Capitulo 204
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Já se passaram alguns dias desde que o Nathaniel e a Nina foram mortos pelo Lysandre.
Por um lado, estamos bem na medida do possível com o Armin do passado tentando arrumar  a máquina que abre portais dimensionais.
Por outro lado… Tá sendo difícil de superar tudo que aconteceu…
Saber que o Lysandre se encontra na linha que era pra ser segura, saber que ele sabia do nosso plano desde o início, tudo isso doí muito…
Sophie está arrasada, nunca pensei que teria pena dela, mas eu a entendo perfeitamente, se o Armin morresse eu acho que perderia minha mente completamente.
Ela com certeza quer traze-lo de volta, não tenho dúvidas, e não a impedirei, sinceramente. Cansei.
Acordei cedo hoje de manhã, sentindo-me um pouco inquieta. Não consegui dormir bem na noite anterior, não consegui dormir bem noite alguma… Só piora.
Armin estava dormindo, então deixei ele, ele tem estado muito exausto ultimamente, não o julgo…
Pra ser bem sincera, hoje foi um dia estranho e assustador. 
Desde que Lysandre apareceu no nosso mundo, as coisas têm sido diferentes e confusas. 
Não que já não fossem, mas parecem estar pior sabe?
Parece que ele trouxe com ele um monte de problemas extras, e nós estamos lutando para lidar com eles.
Seria fácil sem ele, só iriamos pra dimensão dele, pegaríamos aquele portal e iriamos pro bunker, acabou, mas ele complicou tudo!
E hoje, foi o dia de dar um ponto final nisso tudo…
Vi o Armin do futuro sozinho na cozinha jogando PSP como sempre, meu pai Eliott tinha acabado de sair de lá.
Decidi me aproximar dele.
“Você tem andando bem distante ultimamente.” eu puxei a cadeira já me sentando do lado do Armin.
“Estou pensativo apenas. Mas não acha que quer muito não? Antes o problema era o Armin do presente não falar com você, agora sou eu que não falo e ele voltou a falar contigo. Você quer todos os Armins pra você dona Boreal?” ele falava em tom de piada.
“Querer você sabe que eu quero, mas de todo modo, eu não posso querer que todos falem normalmente comigo?” falei devolvendo a piada, ele riu, claramente.
“Já que quer todos os Armin, esse Armin aqui eu posso te providenciar, o que acha?” ele apertava meu queixo.
Nem parecia que estava todos esses dias sem dirigir uma única palavra a mim, muito menos que nossos companheiros tinham morrido.
“Dúvido que consiga convencer o Armin que namora comigo a uma loucura dessas.” falei provocando.
“Eu me referia a eu sozinho mas posso tentar essa proeza. E se eu conseguir ganho o que?” ele dizia rindo.
“Ué, eu não sou um bom premio?” eu tava com fogo no cu como diz o Alexy, por causa das provocações dele, não vou mentir, mas eu sabia bem o que estava fazendo, e definitivamente eu não estava com as segundas intensões que ele pensava.
“Oh! Vou me empenhar agora mesmo então.” ao ouvir isso eu mordi os labios enquanto me aproximava de seu rosto lentamente de forma sedutora.
“Sabe, podíamos ter uma prévia.” eu puxei sua gola.
“Uma prévia? Que tal, agora?” ele falava me provocando de volta. Foi quando mandei a alfinetada que eu queria.
“Pode ser… Mas vai ter que me excitar antes. E eu to com vontade de algo muito específico…” eu pude notar que ele estava cada vez mais empolgado com a ideia.
���Fala no meu ouvidinho, o quanto você sabe da merda toda que estamos vivendo?” eu falei bem baixo com meu labio colado em seu ouvido.
Pelo seu silêncio ele claramente estava se controlando, tanto no estrago que fiz com seu corpo ao deixa-lo animado com a ideia de fazermos algo, quanto com o estado que deixei seu psicológico com minha pergunta.
Armin pareceu um pouco tenso com a pergunta e fez uma pausa antes de responder, voltando a sua postura inabalável, provavelmente imperceptível pra quem o conhece pouco do quanto de sofrimento ele estava escondendo. 
"Eu sei o suficiente para saber que precisamos agir rápido e com cuidado. Mas também sei que não podemos fazer nada sem um plano sólido", ele finalmente respondeu. 
Sua expressão era séria e preocupada, o que me fez perceber o quanto ele realmente se importava com o que estava acontecendo. 
Depois de um breve momento de silêncio, ele continuou: "Nós precisamos encontrar uma maneira de pegar o Lysandre de surpresa e neutralizá-lo antes que ele possa causar mais estragos." Eu concordei com a cabeça, sabendo que ele estava certo. Precisávamos agir rapidamente e com cuidado, ou então mais vidas seriam perdidas. Mas no fundo, eu ainda estava com medo do que estava por vir.
“Tá Armin, mas eu quero saber o quanto você sabe sobre tudo que aconteceu. Você quer que eu acredite que você não pensou nada a respeito do Nathaniel, amigo do Lysandre ter se juntado ao nosso grupo? E de estarmos em outra DIMENSÃO? Você não comentou nada a respeito até agora.” questionei.
Ele me olhava sério e em silêncio absoluto.
Enquanto eu falava com o Armin, pude sentir a tensão em seu rosto e em seu corpo. 
Ele parecia estar lidando com muitas coisas ao mesmo tempo, e eu não queria sobrecarregá-lo ainda mais. 
"Desculpe, não era minha intenção te deixar mais preocupado", eu disse, colocando a mão em seu ombro em um gesto reconfortante. 
"Eu só estou tentando entender a situação toda." eu não acreditava nele, não completamente. 
Sinto que por algum motivo ele estava escondendo o jogo pra mim do quanto ele sabia.
Armin respirou fundo e pareceu se acalmar um pouco. 
"Eu sei, e você tem o direito de saber", ele disse. 
"Mas a verdade é que no momento atual, independente disso tudo, ainda estamos juntando as peças do quebra-cabeça. Temos que focar no problema atual e não sabemos exatamente o que o Lysandre está planejando ou o que ele já fez. Tudo o que sabemos é que ele é uma ameaça e que precisamos detê-lo o mais rápido possível." Eu assenti, entendendo a situação. 
Era difícil lidar com um inimigo que parecia estar um passo à frente o tempo todo. Mas não podíamos desistir. Tínhamos que continuar lutando.
“Mas e sobre mim? Não pensa nada a meu respeito? Sobre meu envolvimento com tudo? Não tem nenhuma pergunta pra fazer pra mim?”
Ele continuou calado, só se levantou.
“Eu não acredito que não pensou nada a respeito. Não tá em choque com o Nathaniel? Você não falou nada sequer a respeito dele ter se unido a gente” insisti mais uma vez.
“Você sabe muito bem que eu não sou idiota.” Armin falou puxando meu queixo e me dando um selinho antes de sair do ambiente.
Ele sabe mais do que ele fala, isso eu podia ter certeza, e eu fui atrás dele.
Eu queria respostas.
Nesse momento, quando me levantei pra ir atrás do Armin do futuro e segurei seu pulso, a porta da cozinha se abriu e entrou o Armin do presente, que ficou visivelmente surpreso ao nos ver tão próximos. 
“Tá tudo bem?” ele falava com tom de dúvida, claramente notando a tensão no ar. 
“Oi Armin, tudo bem sim.” falei tentando amenizar o clima. 
“Sim, sim. Só estava pensando em algumas coisas e me retirando.” Armin do futuro respondeu, parecendo ainda meio desconfortável. 
A atmosfera não era a mesma de antes, muito menos agradável.
Armin do futuro saiu da cozinha sem dizer nada depois disso e eu e Armin do presente ficamos lá, um pouco sem saber o que fazer. 
“Ei, você tá bem? De verdade, o que houve?” ele perguntou.
“Só to tentando obter respostas, nada de mais. Ele sabe das coisas e não quero abrir o jogo sem que ele abra antes pra saber o quanto ele sabe.” 
“Boa sorte. Se ele sou eu mesmo que minimamente você dificilmente vai conseguir respostas se ele não quiser dar.” Armin do presente dizia pegando um chocolate em cima da mesa.
“Eu sei tirar respostas de você, por que não vou saber tirar dele? Aliás, Armin do passado teve avanços com a máquina dimensional?” perguntei mordendo um pedaço do chocolate na mão do Armin.
“Sim, depois que o Azriel pegou as peças com a Sophie foi mais fácil. E você? Vai tirar dele como as respostas?”
Quando o Armin perguntou isso, eu segurei o cabelo dele por trás e dei um beijo no pescoço dele. Eu tava disposta a tudo nesse dia, e eu ia descobrir o quanto o Armin do futuro estava disposto a ajudar.
“Ah não… você não vai seduzir ele vai?! BOREAL! ELE NÃO SOU EU!! ISSO É TRAIÇÃO!!” Armin gritava enquanto eu só acenava e me retirava até o quarto do Armin do futuro. Já fechando a porta atrás de mim.
Ele não ia ter escapatória.
Eu sabia que precisava ser cuidadosa. O Armin do futuro era diferente, e eu não queria fazer nada que pudesse prejudicar nosso relacionamento, isso poderia ruir o grupo todo. 
Mas eu precisava de respostas, e ele parecia saber mais do que estava dizendo.
Quando entrei no quarto, ele estava sentado na cama, parecendo perdido em pensamentos. Eu me aproximei lentamente, sentando ao seu lado. 
Ele me olhou no meu olho e, por um momento, eu vi a tristeza em seu olhar. 
"Por que está tão triste?" perguntei, colocando minha mão em seu rosto. 
Ele suspirou, passando a mão pelo cabelo. 
"Não é fácil saber o que o futuro reserva, especialmente quando se sabe que algo ruim está por vir. Eu não quero que você se machuque, mas não sei como impedir isso." Eu me aproximei mais, abraçando-o. 
"Eu sei que é difícil, mas precisamos lutar juntos. Eu confio em você." Ele me abraçou de volta, e por um momento, tudo parecia certo. Mas eu sabia que ainda havia muito a ser discutido. "Armin, eu preciso saber o que você sabe. Por favor, me ajude. Eu preciso saber como me portar contigo." Ele se afastou um pouco, olhando-me no olho. 
"Eu não posso dizer tudo. Mas eu posso te dar algumas dicas." 
"Porque você tem que ser tão complicado… Enfim, qualquer coisa é melhor do que nada." Ele respirou fundo, pensando por um momento. 
"O Armin do passado não é confiável. Ele tem suas próprias motivações, e elas não são as mesmas que as nossas." Eu franzi a testa. 
"O que você quer dizer?" 
"Ele quer a máquina do tempo para si mesmo. Ele quer mudar o passado para seu próprio benefício." Eu fiquei chocada. 
“O quanto conhece e sabe sobre ele Armin? Como pode me convencer que está?”
“Como ele te convenceu que ele está do nosso lado?” ele perguntou rapidamente me cortando.
“Ele me provou me ajudando ativamente esse tempo todo e me protegendo do Lysandre.” Armin ficou quieto por uns instantes.
“Quanto tempo vocês estão se ajudando embaixo do meu nariz?” essa pergunta dele parecia genuína, e ali eu notei que ele não tinha noção total das coisas, se soubesse de algo era por alto.
“Meses.” respondi.
Ele se calou e ficou com o olhar distante e pensativo.
“Eu só quero saber o quanto você sabe e o quanto está disposto a nos ajudar Armin.” repeti parando na frente dele e segurando seu rosto o direcionando a meu olhar.
Ele ficava calado só me encarando.
Eu fiquei quieta o encarando de volta.
Armin então começou a acariciar meu rosto. Ele estava com um olhar melancólico, eu queria muito estar dentro de sua cabeça pra saber o que ele estava pensando naquele momento exato.
“Quanto tempo ainda temos?” ele perguntou.
“Do que se refere?” 
“De vida.” ele perguntou. Eu não sabia o que responder, obviamente, eu não sabia a resposta, então me mantive em silêncio.
“Você tá nessa situação vai fazer 3 anos. Eu estou nessa situação vai fazer seculos. Eu perdi as contas dos dias, horas, anos e meses. Quanto tempo ainda me resta? Quanto tempo resta pra realidade antes de se desfazer completamente?” eu continuei olhando nos olhos dele sem ter respostas.
“Karma existe? Você acredita nisso Boreal?” ele perguntou, eu só balancei a cabeça negativamente, eu não acreditava em karma, afinal, pessoas feito o Ken que nunca fizeram nada de errado sofrem por quê? Não tem sentido…
“Espero que esta certa… Pois tenho medo de tudo isso que está acontecendo ser meu karma por ter brincado de Deus e tentado controlar o tempo e a morte.” Armin falava desviando o olhar.
Ele estava muito, MUITO melancólico.
Só tinha uma luz leve da vela do quarto em seu rosto, e ela refletia bem seus olhos azuis que estavam mais azuis do que nunca devido à umidade excessiva, claramente ele estava sufocado e quase chorando.
Eu me sentei de frente pra ele em seu colo e segurei seu rosto pra me olhar.
“Armin, eu preciso que você seja sincero comigo pras que possamos seguir em frente. Se tiver qualquer plano ou algo em mente que nos ajude, por favor, exponha.” repeti.
Armin parecia segurar algo dentro de sua boca, ele parecia engasgado querendo por algo pra fora.
Foi quando ele repentinamente me beijou.
Meu coração disparou de tal forma que parecia que nunca tínhamos nos beijado antes.
Eu não esperava por isso.
Sei que entrei no quarto pra seduzir ele e conseguir informações, mas eu já não via espaço pra isso, há que ele foi receptivo sem a necessidade disso.
Eu me entreguei aquele beijo, aquelo momento era mais do que um beijo pra mim, era conforto, era consolo, era descanso.
Eu só queria tirar a mente desses problemas todos por um momento, e acredito que ele estava da mesma forma.
Armin me beijava intensamente e ele me virou pra cama rapidamente, tudo aconteceu rápido demais, e era algo que sendo muito sincera, eu não esperava que fosse acontecer naquele momento, naquela ocasião especifico em que tudo estava acontecendo.
Tudo foi rápido demais e intenso demais.
As carícias, os toques, os beijos.
E por fim, eu me entreguei completamente a ele, depois de todo esse tempo sem contato com ele, parecia que nunca tínhamos parado de nôs falar.
Nosso momento foi intenso e passou rápido, mas foi o suficiente para nos deixar mais próximos do que nunca. 
Após nos recuperarmos, Armin se levantou da cama e se vestiu rapidamente, como se tivesse acabado de acordar de um sonho. 
Eu o observei enquanto ele se arrumava, ele estava tenso, era notavel e perguntei: "O que foi isso, Armin? Você não tinha nada a me dizer?". 
Ele suspirou e olhou para mim com os olhos tristes novamente. "Sinto muito, eu não deveria ter feito isso. Eu sei que é errado e que temos problemas maiores para lidar no momento", respondeu ele. 
Eu sabia que ele estava certo, mas eu também sabia que o que aconteceu entre nós foi mais do que apenas um momento de fraqueza. 
"Armin, eu não me arrependo do que aconteceu. Foi intenso, mas eu precisava disso. Precisava de um momento de conforto e de esquecer os problemas por um instante. E eu sei que você também precisava", disse eu, tentando acalmá-lo. 
Ele se aproximou de mim e me abraçou com força. "Eu também não me arrependo, mas precisamos pensar no que isso significa para nós agora. Não podemos deixar nossos sentimentos pessoais interferirem na nossa missão", falou ele, com a voz embargada. 
Eu sabia que ele estava certo, mas era difícil ignorar o que acabara de acontecer entre nós. "Eu entendo, Armin. Mas eu preciso de você, agora mais do que nunca. Precisamos trabalhar juntos para resolver essa situação", respondi eu, tentando ser forte. 
Ele me soltou e olhou no meu olho com determinação. 
"Você tem razão. Precisamos focar em resolver essa situação e depois podemos ver o que acontece entre nós", falou ele, com a voz firme. Eu sabia que ele estava certo e que precisávamos focar em nossa missão. Mas não conseguia deixar de pensar no que aconteceu entre nós e no que isso poderia significar para o nosso futuro.
Não por causa da transa em si, mas porque eu sabia que ele poderia estar se despedindo por algum motivo interno ou externo que fosse… eu tinha medo de descobrir.
Eu comecei a me vestir, foi quando o Armin começou a falar olhando pra chama.
“A força do pensamento é a capacidade que a mente humana tem de influenciar a realidade por meio de pensamentos e emoções. 
É como se a nossa mente tivesse um poder criativo capaz de moldar o mundo ao nosso redor. Uma analogia que pode ajudar a entender a força do pensamento é a da semente. 
Quando plantamos uma semente, temos a expectativa de que ela cresça e se torne uma árvore. Esse pensamento positivo influencia a semente, e ela acaba crescendo de acordo com as nossas expectativas. Da mesma forma, quando temos pensamentos positivos e acreditamos que algo pode acontecer, isso cria uma energia que influencia a realidade ao nosso redor. No contexto religioso, a força do pensamento é frequentemente associada a milagres. Por exemplo, quando uma pessoa reza fervorosamente e acredita que pode ser curada, isso cria uma energia positiva que pode ajudar a melhorar sua condição, o Nathaniel eleva isso ao extremo. Dessa mesma forma, a fé pode influenciar a realidade, fazendo com que coisas aparentemente impossíveis aconteçam. Tempos atrás eu te expliquei que as lendas urbanas também podem ser explicadas pela força do pensamento. Quando um grande número de pessoas acredita em uma história assustadora, isso pode criar uma energia negativa que alimenta a lenda. Com o tempo, essa energia pode se tornar tão forte que a lenda parece ganhar vida própria, levando as pessoas a acreditarem que ela é real. Em resumo, a força do pensamento é uma capacidade poderosa da mente humana que pode influenciar a realidade ao nosso redor. Seja por meio de pensamentos positivos, fé ou lendas urbanas, nossas crenças e emoções podem moldar o mundo ao nosso redor e até mesmo criar coisas que parecem ter vida própria.” ele voltou com esse papo.
“Armin, como pretende usar força pensamento pra nos salvar? Eu já te perguntei inúmeras vezes e nunca tenho uma resposta concreta. Você já testou isso pra saber que funciona?” perguntei.
“Eu não, mas o Nathaniel, Thomas e até mesmo o Castiel sim.” quando ele falou isso eu comecei a conectar os pontos.
“Os 3 tem uma fé que move montanhas e os 3 conseguem o que querem só acreditando. Assim que a fé do Nathaniel estremeceu ele perdeu seus poderes, e agora que o Nathaniel do passado e da sua linha estavam ajudando ele a reconstruir sua fé, ele voltou a ter as tais habilidades.” eu estava começando a entender, finalmente.
“E como pretende usar isso?”
“Eles creem em um Deus cristão e em um Diabo cristão certo? Eu quero ter tanta fé quanto eles pra criar meu próprio Deus que irá nos salvar.” ele falando, a ideia me parecia cada vez mais absurda e fantasiosa.
“Armin, isso não é algo palpável, você sabe né?”
“E os poderes sagrados do Nathaniel são?” ele me calou ao falar isso.
“Eu estou trabalhando minha fé esse tempo todo pra conseguir isso. Eu não tenho outra esperança Boreal, mas a crença de que isso irá funcionar é o que me mantem de pé. Se um novo Deus surgir, um Deus que eu consiga ter contato direto surgir, vou poder pedir como se fosse um gênio da lampada pra que ele conserte tudo.” ele dizia. Apático.
“OK, e vê algum resultado? Você consegue acreditar em uma entidade divina que você sabe que é criação da sua cabeça dessa forma?” perguntei.
“Não… E por isso foquei em algo que existe. Deus cristão é a razão para que muitos se mantenham vivos. Eu só fiz o mesmo…” tudo soava confuso, mas ele parecia falar coisas obvias.
“Você é minha razão de viver.” ele me olhava enquanto falava.
Eu não sabia como responder a isso. 
Por um lado, era bonito que ele se importasse tanto comigo, mas por outro, sua fé em algo que ele sabia que era uma criação de sua própria mente me preocupava.
Eu precisava pensar sobre o assunto antes de dar uma resposta.
“Armin, eu entendo que você está lutando para encontrar uma solução para nossa situação, mas você precisa entender que acreditar em algo que é apenas uma criação da sua mente pode não ser a resposta. Eu quero ajudá-lo a encontrar uma solução realista e prática para o nosso problema, mas precisamos trabalhar juntos para isso.” Armin me ouvia atentamente enquanto eu falava, e eu podia ver a dor em seus olhos. 
Ele sabia que o que eu estava dizendo era verdade, mas não queria desistir de sua fé. 
Depois de um momento de silêncio, ele finalmente falou: “Eu entendo o que você está dizendo, Boreal. E eu quero encontrar uma solução realista para nosso problema também. Mas, por favor, não me peça para desistir da minha fé. É a única coisa que me mantém de pé nessa situação já que não vejo outra solução até o momento.” Eu olhei para ele por um momento, vendo a sinceridade em seus olhos, e finalmente assenti. 
“Tudo bem, Armin. Eu não vou pedir que você desista de sua fé. Mas vamos continuar trabalhando juntos para encontrar uma solução realista, e se no final sua fé ajudar, então estaremos gratos por isso.” Ele sorriu para mim de forma melancolica, porém,, parecendo aliviado. 
Eu sabia que essa não era a solução perfeita para nosso problema, mas era um começo. Juntos, poderíamos encontrar uma solução para salvar nossa linha do tempo e aqueles que amamos.
Eu não fiquei mais no quarto, depois do que fizemos eu me retirei, eu não via sentido em continuar naquele quarto, não no momento.
Eu estava voltando pro meu quarto quando ouvi um grito na sala e corri desesperada pra baixo.
Era a Chani.
Lysandre estava segurando ela pelo pescoço.
“Então estavam aqui esse tempo todo? Como não os achei antes?” ele dizia apertando ela mais e mais.
Todos correram pra sala apreensivos.
“CHANI!!” Thomas gritava direcionado a ela enquanto ela pedia por socorro.
Foi quanto Nathaniel do passado pulou em cima de Lysandre com um terço em mãos, como se quisesse usar algum poder religioso, mas só serviu para que Lysandre o arremesse longe usando a propria Chani como arma, assim, deixando ambos inconscientes e sangrando no canto.
Ambre e Thomas foram correndo na direção dos dois.
"Olá, Boreal", disse ele, com um sorriso sinistro no rosto. 
"O que você quer aqui, Lysandre?" perguntei, tentando manter a calma. 
"Eu vim atrás de você. E você sabe muito bem o porquê", respondeu ele.
Nós o encaramos em silêncio e desespero, mas Lysandre não pareceu se importar com tanta gente ao redor. 
Ele se aproximou de nós com um sorriso no rosto, como se soubesse exatamente o que estava acontecendo. 
O coração começou a bater mais forte. Como ele havia conseguido nos encontrar? 
"Fique longe de mim, Lysandre", disse, tentando me afastar dele. 
"Você não pode mais fugir, Boreal. Eu sou o seu destino", respondeu ele, avançando em minha direção. Foi quando Nathaniel manifestou seus poderes. Ele nunca mais havia feito isso antes, mas parecia saber exatamente o que estava fazendo. Ele criou uma barreira de energia que nos protegeu do ataque de Lysandre, mas Lysandre pacientemente parou e sorriu.
"Vejo que encontraram a minha casa. Afinal, eu construí essa cabana anos atrás usando o receptor. Inclusive, Armin, se terminou a máquina dimensional, eu a quero de volta.", disse ele, Armin do passado ficou assustado e ficava o encarando com raiva, isso mostrava claramente que ele estava contra o Lysandre. 
"De qualquer forma, Eu sabia que não demoraria muito para que descobrissem a verdade." Eu levantei minha arma, apontando para ele. Desde sempre ando com essa arma, mas eu evito usa-la. Não tem porque me conter quando o assunto é o Lysandre. 
"O que você acha que vai fazer Boreal?" Lysandre riu. 
Eu o encarava com raiva.
Daniel então começou a gritar.
“O QUE FEZ COM A NINA?! ELA TE IDOLATRAVA! PORQUE FEZ AQUILO!?” Daniel não se segurou nenhum pouco.
"Ah, ela? Eu simplesmente a removi do jogo. Ela era uma distração desnecessária. Além do mais, ela estava se unindo a vocês. Não precisa ter 2 neurônios funcionais pra entender o porquê de eu te-la matado." Eu senti uma raiva tão grande que mal conseguia controlar minha respiração. 
"Você não pode simplesmente fazer isso com as pessoas! Ela tinha uma vida, uma família!" Lysandre encolheu os ombros. 
"Vida, família... tudo isso são apenas conceitos. Coisas que nos impedem de alcançar a grandeza que buscamos. E vocês, meus queridos, são apenas peões no meu jogo." Eu não aguentei mais. Disparei minha arma em direção a ele, mas Lysandre era rápido. Ele desviou facilmente e avançou em minha direção em um momento de fraquejo do Nathaniel.
Ele ainda estava despreparado mesmo conseguindo manifestar seus poderes novamente. 
Eu me preparei para o confronto, mas Lysandre era mais forte do que eu imaginava. 
Mesmo com super força, ele era infinitamente mais forte que eu. Como ele chegou nesse ponto?
A luta foi intensa, mas finalmente eu consegui jogá-lo no chão, apontando a arma em sua cabeça. 
Ele tratava com total naturalidade, como se fosse nada. Ele realmente não se sentia ameaçado, e aquilo me deixava apreensiva.
“Tá com medo Boreal?” ele sorria sadicamente pra mim.
Eu podia sentir meu corpo tremer num misto de medo e raiva, mas eu tentava não transparecer.
Mesmo com a arma em sua cabeça, ele foi mais rápido e me empurrou contra a parede, e com certeza meu medo foi o que me atrapalhou.
Eu comecei a chorar, sentindo meu pescoço ser cada vez mais pressionado contra a parede.
Todos estavam estáticos, eles sabiam que qualquer passo em falso eu seria morta.
Armin gritava meu nome ao ponto de ficar rouco.
Eu tentei me manter forte e acordada, mas a dor e a falta de ar tomavam conta de mim.
Quanto mais o Lysandre falava, mais ele apertava meu pescoço.
“Eu queria te torturar, mas torturar MUITO antes de te matar. Mais do que qualquer pessoa.
Eu queria te manter viva em carcere e te torturar das piores formas possíveis, de formas que talvez nem existam registros de alguém que chegou a fazer no mundo. Eu iria cuidar de todas as suas infecções assim, como fiz com minha mãe pra te manter viva o maior período de tempo possível só pra poder continuar te torturando. E se você se atrevesse a morrer eu te traria de volta só pra fazer o triplo de horas de tortura. E quem sabe eu ainda não consigo isso? Você vai se arrepender de ter nascido e estar se mantendo viva esse tempo todo.” ele falava com muito ódio.
Eu sentia urina descer de tanto desespero que meu corpo estava com a situação, e o ar estava cada vez mais escarço.
“Me leve contigo, por favor.” Armin dizia direcionado ao Lysandre.
Eu nunca o vi agir assim, Armin? Justo o Armin?? Ele sabe que seria inútil, por que ele fez aquilo?
Claro que não era difícil de pensar no desespero que ele estava passando…
Lysandre olhava pra ele com desprezo e nojo.
“Você não tem utilidade alguma pra mim.” ele dizia aliviando um pouco meu pescoço.
"Por que você fez isso?" Eu perguntei a Lysandre, com lágrimas nos olhos. "Por que você matou Nathaniel? Ele era seu aliado!" 
"Ele estava no meu caminho", foi a única resposta que Lysandre me deu antes de me encarar no fundo do olho. 
Eu não sabia o que fazer. Eu não conseguia processar o que estava acontecendo. 
Nathaniel estava morto e Lysandre estava vivo. 
Nina também estava morta. Ela tinha lutado até o fim para nos proteger, e acabou pagando com sua própria vida. Eu sabia que tínhamos que fazer algo. 
Nathaniel do nosso tempo parecia estar tentando descobrir uma maneira de parar Lysandre antes que ele causasse mais danos. 
Nessa hora o Ariel se soltou de Priya que tentava leva-lo pra fora discretamente.
“PARA!!” ele gritava abraçando a perna de Lysandre.
“Suspeitei que estaria aqui.” Lysandre falava.
“Por favor papai… Não machuca a Boreal.” Ariel falava chorando.
“Eu estou fazendo isso pro seu bem, pro nosso bem, então saia daqui agora.” Lysandre dizia empurrando o Ariel que não soltava sua perna.
“Não! Por favor!” ele gritava mais e mais.
Por algum motivo o Lysandre hesitava, aquilo me fazia pensar que talvez ele não fosse de todo mal, como a Sophie disse, cada um tem seus motivos individuais.
“Eu to te protegendo!!” Lysandre gritava aliviando meu pescoço, isso foi suficiente pra que eu me soltasse e corresse pros braços do Armin, deixando Lysandre muito irritado.
“VIU!? ELA FUGIU!!” Lysandre gritava com Ariel.
“Papai, vamos pra casa, por favor…” Lysandre parecia hesitar ao ouvir o Ariel falar.
“Não até eu acabar com a Boreal. É a única coisa que me falta.” Lysandre dizia irritado.
“PORQUE ESSA OBSESSÃO COM ELA?! SÓ POR CAUSA DA IRIS?!” Azriel se meteu.
“Cala a boca Azriel. Você está sendo poupado, aproveite minha gentileza. E não se meta.” Lysandre encarava Azriel friamente.
“Eu sei que tudo que tivemos não vale de nada pra você. Você só me usou, cada beijo e caricia nossa era tudo manipulação sua, mas por favor, pense Lysandre… Você conseguiu tudo que queria! Nos deixe ir embora!” Azriel gritava chorando num misto de raiva e tristeza.
“Nunca. Não com a Boreal. Me entreguem ela que os deixo sair com vida. Essa é minha proposta. Mas sei que não vão dar o braço a torcer, vocês todos são escravos dessa desgraçada e preferem morrer do que acabar com o próprio sofrimento.”
“Lysandre, isso é porque ela te aconselhou a deixar a Iris falar com o Ken?” Rémy se meteu.
“Pensem um pouco, quando a vida de vocês se tornou miserável? Foi após conhecer essa vadia.” ele falava com muita raiva.
“Minha vida era miserável antes dela, eu tentei suicídio varias vezes já e sempre tinha alguém pra me salvar, e só depois da Boreal entrar na minha vida que eu consegui enxergar as coisas ao meu redor com olhos melhores. Ela não me causou nenhuma miséria.” O Armin do futuro dizia.
“Eu vim de um futuro distópico em que eu morreria de uma doença mortal, e foi graças a maquina que o Armin criou pra salvar a Boreal que eu agora estou aqui, vivo, passar isso tudo pela Boreal não representa metade do agradecimento que eu gostaria de dar pra ela.” Nathaniel completou.
Eu me sentia tão feliz…
“Você veio do lixo, e isso não tem nada a ver com a Boreal seu merda…” Castiel dizia baixo.
“VOCÊ FOI LITERALMENTE ENCONTRADO NA PORRA DE UMA CAÇAMBA DE LIXO PELOS SEUS PAIS!! COMO PODE VIR FALAR DA MISÉRIA DE ALGUÉM AQUI SEU FILHO DE UMA PUTA?! EU FIQUEI FAZENDO RITUAIS POR ANOS POR CULPA SUA QUE ME ENFIOU NESSA MERDA! MESMO QUE QUEM TIVESSE COMEÇADO ISSO FOSSE O NATHANIEL, VOCÊ QUEM ME TRANSFORMOU NA MERDA DE UM ASSASSINO SEU PSICOPATA FILHO DA PUTA!! QUEM TROUXE MISÉRIA PRA MINHA VIDA FOI VOCÊ!!” Castiel então entrou em cena levantando o Lysandre que estava muito assustado.
Ariel chorava intensamente enquanto era puxado por Priya, assim causando certa distração em Lysandre que olhava preocupado.
“ME SOLTA CASTIEL!” Lysandre por mais que estivesse com raiva e claramente pronto pra matar o Castiel, ele evitava.
No fundo dos olhos do Lysandre, Castiel viu algo que o surpreendeu, e mais tarde ele falou pra mim que por pouco ele não desistiu de tudo: era medo. 
Era a primeira vez que ele via Lysandre demonstrar medo, e isso o fez recuar um pouco.
Porém, ele seguiu em frente.
“Acabou Lysandre, chega. Assim como você não tem piedade de ninguém, eu não vou ter de você. Obrigado pela merda de vida que me deu.” e assim Castiel sem enrolar nada enfincou seu braço na barriga do Lysandre o atravessando.
Lysandre tinha força pra se soltar, mas ele abaixou completamente a guarda, ficou totalmente vulnerável, e isso levou sua derrota. 
Ele cuspia sangue, Castiel e ele estavam com seus rostos a 3 dedos de distância apenas.
Eles se encaravam.
“Porque tem que acabar assim Lysandre…?” Castiel falava com a voz tremula. E ficando cada vez mais sujo do sangue de Lysandre.
“... Cuide do Ariel… Não me permita sofrer o que sofri novamente…” Lysandre dizia fechando os olhos.
Castiel estava ofegante, sua mão estava cheia do sangue de Lysandre e alguns pedaços das entranhas dele. Era nojento de olhar.
Castiel se jogou no chão e encarava o corpo morto do Lysandre, foi quando ele começou a chorar, mas chorar MUITO mesmo.
“Você foi meu melhor e único amigo por anos… como isso terminou assim…?” Castiel chorava mais e mais, ele gritava grunhidos que transmitiam toda a dor que ele estava sentindo.
Era como ver sua alma ali, nua, mostrando sua maior invulnerabilidade.
Todos estavam em silêncio só ouvindo os grunhidos do Castiel.
Ele matou seu melhor amigo com as próprias mãos, no literal.
Ele encarava o corpo do Lysandre com muita dor.
Azriel se retirou do local querendo vomitar e aos prantos, sendo carregado por Rémy e Violette.
Azriel amou o Lysandre, e eu tenho certeza que ele ainda acreditava que dava pra fazer algo por ele.
Ariel foi retirado do local por Priya, infelizmente ele viu o Lysandre morto, aquilo pra uma criança pequena feito ele ia deixar sequelas pra sempre.
“Como vai ficar o Ariel…?” perguntei baixinho e tremendo com a situação.
“Ele vai ficar bem, só temos que ficar de olho em como isso vai afetá-lo, não podemos deixar o Lysandre se repetir.” Armin do passado dizia.
“Não vai, Ariel é doce, diferente do Lysandre que nunca foi.” Castiel falava de costas.
“Não sei Castiel… Sei que escondi isso por muito tempo, mas, o Ariel, na verdade, é o Lysandre gente… Desculpa falar isso só agora. O Lysandre tava tentando dar uma vida boa pra ele mesmo. Ele tava tentando incansavelmente dar boas memorias pra ele mesmo. Lysandre tem muita autopiedade.” todos ficaram em silêncio ao som do choro de Ariel na outra sala com a Priya.
Ariel claramente não sabia que ele era o próprio “pai”.
Castiel se levantou e foi até o banheiro se lavar em silêncio.
O clima estava de grande tensão, mas acho que finalmente esse arco do Lysandre acabou por completo.
Foi um alívio ver que finalmente tudo havia acabado. Mas eu sabia que nunca esqueceria o que havia acontecido.
E por agora, vamos apenas voltar pra outra linha após dormir um pouco antes de finalmente partirmos pro bunker… Estamos perto do fim, seja da nossa existência, da nossa jornada ou somente dessa aventura.
Mas finalmente… vai acabar…
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cordeanil · 1 year
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minha casa ta me fazendo muito mal
por todo problema de convivência com pessoas que não respeitam o espaço do próximo e às vezes acho que faz de propósito mesmo pra te sabotar kkkkk
também porque parece que to revivendo minha infância vendo a criação da catarina e percebendo todas as violência, revivendo tudo de novo
eu tinha medo da minha mãe de apanhar igual meu irmão apanhava que eu simples era uma pedra, era perfeita, não reagia, queria passar despercebida
eu não consigo lembrar quando foi a primeira vez que notei como era minha voz, eu conversando com alguém, acho foi quando comecei a pré escola porque eu não falava em casa por sempre estar com medo
e pensei isso esses dias porque tava discutindo com minha mãe por causa de uma frigideira, e ela irritada que a frigideira estava em cima do fogão e não guardada, mas estava la porque eu ia lavar em seguida, e ai ela começou já ai pq depois que eu te bato ai vou te bater para de me responder
tipo eu não conversava porque não existia diálogo por isso eu tinha medo, e até hoje não existe, tudo pra ela é resolvido na base da porrada, tudo quer resolver com as mãos
e quando vi aquela casa eu sei la pq senti que ia me mudar, que ia sair de casa agora, que é o meu momento, tudo bem trancar a pós, já tava aceitando a ideia, mais ou menos tbm pq as motivações de eu aceitar não são boas, mas acredito que não vá se for por esse emprego porque eles não parecem que vão me efetivar pois já perguntei de novo segunda e não me respondem sobre
pior que mesmo fazendo a planilha e vendo que não estou preparada pra sair, sei nem como comeria mês que vem se comprasse as coisas pra casa, nem adianta saber disso tudo porque de novo 6 meses depois aconteceu tudo de novo
comprei um tênis e fui demitida, ainda não fui, não quero manifestar isso de jeito nenhum, eu gosto desse emprego até, ele me possibilita desenvolvimento minha vida, mas se isso acontecer eu não sei como vou lidar com essa frustração de novo
e se acontecer é um péssimo presságio comprar tênis e juntar dinheiro, toda vez isso
e na pós eu to naquele ponto de ok essa aula aqui tbm é legal mas eu preciso me dedicar pq não consigo terminar tudo em aula por ser lerda
e ai eu fico tão tomada de coisas quando chego em casa que meu olho tá tremendo eternamente, comecei a anotar quando treme pq antes eu achava que era só na tpm, e ai percebi que é sei la a cada 1 dia e meio
e ai minha única reação é ir pra academia
e virou um negócio meio absurdo se eu falto na academia eu fico extremamente mais irritada, mas eu preciso faltar pra fazer as coisas da pós, mas o que ta me fazendo faltar nem é isso é o estresse da minha casa que eu tenho que sair pra simplesmente parar de ouvir as pessoas gritando, pq nem consigo fazer nada com tanto grito, nada rende
outra questão da pós é que eu não to muito motivada a tentar desenvolver nada na minha vida profissional ultimamente pq simplesmente sei la sonhos são caros é um investimento alto, eu não acredito que eu seja capaz tbm, e preencher sua vida de hormônios, exercícios, saúde, descanso, te deixa quase feliz e te toma muito tempo desconsiderando os 19 pensamentos intrusivos do dia (isso acontece muito ainda em 1 segundo eu tenho um pensamento terrível tipo esse negócio de que 61 mil pessoas morreram do nada nessa onda de calor e aí eu pensei nossa imagina que livramento seria ir nessa leva, ou saindo da academias mesmo e do nada bater uma bad totalmente fora do ligar sendo que tava cheia de seratonina, de que nossa eu só to fazendo tudo isso pq fiquei lelé da cabeça, que triste), ainda tem dias muito melhores. e eu me desenvolver na vida pessoal nisso que encontrar o equilíbrio entre ser flexível e ser muralha, ta tirando meu foco da vida profissional pq todo tempinho que me sobra eu sei la vou ler um livro, fazer uma corrida, tomar um sol, dormir. ver minhas amigas. ao invés de ir la estudar e planejar uma marca, pesquisar fornecedores, fazer documentação. isso com dinheiro tbm, apesar de agr estar juntando, mas só juntei pq o objetivo mental passou a ser sair de casa, era ambos os objetivos ne, mas senti que só desenrolou quando me comprometi a sair de casa mesmo.
e tipo isso dos pensamentos intrusivos é muito exaustivo, ficar o tempo todo se distanciando do pensamento pq eu sei já o quão absurdo é na maioria dos casos, e ficar pelo amor de deus pare de pensar merda do nada, ce ta caminhando na rua qual sentido de pensar em nunca mais fazer nada e ficar em posição horizontal olhando pro teto pra sempre. (esse pensamento e acontecimento é muito recorrente mesmo, já comentei, essas ideias de "nunca mais quero tentar nada, fazer nada, me esforçar em nada, só quero ficar parada, sumir") se eu sei que não tenho que me levar a sério e que esses pensamentos são intrusivos, como isso acontece tanto ainda?
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cacholadabeauregard · 2 years
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e... voltei!
o tumblr sempre foi o meu lugar de desabafo com a falsa ilusão de que ninguém nunca vai ler pra dar coragem de postar
mais uma vez, tomei no cu! três noites quase sem dormir, três dias quase sem comer, tentando me machucar ao menos 30 vezes ao longo do dia, cabeça a milhão, já saiu da casa dos mil... o caos, mas nada novo, só mais uma fase da minha vida, e achei que seria uma fase melhor dessa vez, que teria boas histórias pra contar, mas definitivamente eu não nasci pra conto de fadas, na real, minha vida daria um belo documentário fracasso de bilheteria
eu sei que prometi não me apaixonar mais, e já havia falhado no último post falando de amor, mais uma vez da ex que intitulou todos os outros, mas hoje em minha defesa, esse não vai ser pra essa ex, vai ser pra ex que não precisou de 4 anos pra me destruir como ninguém nunca vez
então... essa é uma carta aberta a você
eu nunca vou esquecer do dia que eu te vi pela primeira vez, e eu nunca vou esquecer da última vez que eu for te ver também, engraçado que eu nunca achei que teríamos uma última vez, já que pra você eu me doei de uma forma que eu nunca dei a ninguém, e olha que eu já dei muito de mim pra alguém antes, mas eu podia apostar de olhos fechados que com você seria diferente, e imagina o quanto alto eu perderia
eu nem preciso fechar meus olhos pra lembrar do seu sorriso porque era a coisa que eu mais amava em você, costumava falar que me fazia ficar fraquinha, eu nem preciso dormir pra sonhar com você, e isso foi bom por um tempo porque eu não lembrava de observar a realidade enquanto vivia imaginando uma vida perfeita pra nós duas, o nosso mundo desmoronava aos pouco enquanto eu insistia em acreditar no nosso final feliz na minha falsa esperança de finalmente viver um conto de fadas
é, eu tentei, até meu último porcento de bateria, e olha que eu me recarreguei várias e várias vezes pra fazer todo mundo acreditar que eu era invencível, eu orei milhões de vezes implorando força pra Deus, e tenho certeza que Ele não deve ta me aguentando mais, eu me ajeitei pra caber na sua caixinha, eu me adaptei pra caber na sua tomada 110w, eu fiz por você coisas eu nunca pensei em fazer por alguém, e realmente nunca tinha feito antes, que foi me desfazer de mim pra você assumir
não, não era saudável mesmo, mas fomos felizes por algum tempo, numa balança sempre bem desnivelada, mas bastava você olhar pra mim que eu entendia que talvez, só talvez, fosse com e pra você, e eu acreditei mesmo nisso, acreditei que era você, eu fiz planos, eu te entreguei meu futuro, eu cogitei ter uma filha com você, e meu Deus! que loucura! você chegava perto de mim e eu sentia o que eu nunca senti antes na vida, e são 26 anos de vida, eu confiei na frase "eu só vim pra te conhecer" e no fim, eu tô indo embora pra tentar te esquecer
é o nosso fim, e eu briguei muito contra isso, me aplicando várias doses de adrenalina pra me manter forte e não deixar a cabeça fraquejar no pensamento de que "tudo vai melhorar", agora sem as doses de adrenalina, e completamente sóbria eu vejo que não dá pra lutar tanto por alguém se ela não ta disposta nunca a lutar por mim, eu preciso de alguém que me ajude a ser forte, que me ajude quando eu preciso, não que me largue o dia todo achando que briguei por causa de um jogo idiota, enquanto todo o mundo cai na minha cabeça, uma vez você falou que isso pra você não era namoro, e hoje eu concordo com você, não era mesmo
fico feliz com a sua mudança, pena que não entendeu que toda essa mudança foi o mínimo dentro de um relacionamento, e sinto muito que não tenha entendido que só isso não bastava, você fez comigo o que sua ex com você, e você vai terminar como ela, arrependida quando ver o que perdeu, só espero estar bem longe pra não assistir isso
como eu preciso escrever pra me libertar, e pra seguir em frente, essa é pra você, e antes de finalizar, quero que saiba que eu amo você, amo demais, tanto que vai ser impossível te esquecer, eu te disse isso na última vez que quase terminamos, tempo nenhum vai me fazer te esquecer ou deixar de te amar, mas é meu ponto final pra tentar te entender, então fica bem, e obrigada por todos os bons momentos que me proporcionou, te desejo amor, paz e sucesso
com amor, seu ex amor
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satopia · 3 months
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Tumblr media Tumblr media
olá diario eletrônico,
acho que tem umas duas semanas do último post, desde de então, fiz tranças (ficaram bem bonitas), mas isso me deu dores nos ombros e parei de caminhar por alguns dias, com o objetivo inicial de que seria apenas para não forçar o corpo além da conta, mas uma sucessão de um grande desanimo com a vida, acabei murchando por essas duas semanas e hoje mesmo voltei novamente a caminhar.
acho que foi uma junção de desanimo, dor e mudanças minha rotina.
desanimo pois descobrir que vão diminuir o salario da minha mãe pela metade e isso me entristece por ela, porquê ela já faz muito por tão pouco. Ela merecia mais, me doí passar na cozinha e ver ela arrumando o currículo. Sei que ela está se agarrando aos outros caminhos e não quer complicar as coisas pra ela, então também estou tentando entregar currículos e pensando em outras alternativas. Sei que não faria alguma diferença com qualquer salário que alguém como eu poderia oferecer, mas ao menos quero pagar meu cartão e o da minha irmã, para dar algum alivio a mamãe.
dor porquê aconteceu de novo, ouvir uma música e pensei nela. mas foi um pouco pior, porquê me pegou tão desprevenida, não estava triste antes, tinha passado duas semanas desde do termino e até estava conseguindo ouvir laufey com mais tranquilidade. mas, tocou once in a moon e isso me atingiu, simplesmente sentei e chorei até a música acabar.
a mudança de rotina foi, sem querer, mudar meus horários de sono. ok, dormir 21h e acordar 5h é bastante saudável, mas gostava de acordar 1 ou 2 da manhã, cochilar as 12h e dormir novamente as 21h, há algo que só o silêncio da madrugada é capaz de me dar. Também tem minha mãe, que dia sim e dia não passará as manhãs aqui em casa e isso é um tanto estressante pois gosto do silêncio e principalmente da não-socialização pela manhã. Mas posso lidar com tudo isso, com tempo.
meu foco agora é me recuperar nas caminhadas, estudar coreano e resolver algumas pendencias, como documentos de histórico escolar e principalmente, conseguir uma renda pessoal. também começar o treinamento de "lesserafim workout adaptado para sasa".
ah e comprei uma apostila para aprender coreano básico e hoje avancei até a página 08! além de que tô tentando escrever mais, quero focar nisso.
Tumblr media
mas deixando a parte literal de relato diario, queria pensar sobre algo, não acho que chegarei em alguma conclusão, mas quero soltar isso.
o contexto (ainda) não importa, mas estava numa conversa com belly, minha irmã, e ela levantou um ponto do quão direta e brutalmente honesta eu era. ela exemplificou uma situação que faço bastante que é deixar muito claro quando não gosto de algo. Numa festa de aniversário, o bolo tinha recheio de coco e eu não sabia, quando peguei, minha irmã e puxou pro canto e falou "tem coco, mas não surta, finge que tá comendo" e ao voltar a essa cena, ela disse que se não tivesse feito isso, teria comido o recheio e simplesmente largado o pedaço de bolo, indo embora. e o pior, ela está muito certa, mas odiei siso, porque na maneira que ela me explicou, essa brutalidade honesta é brutal demais, mesmo que genuinamente sem intenção de ser rude como parece.
isso me fez pensar e repensar minhas atitudes e no que quero ser, não quero ser assim, não quero preocupar minha irmã mais nova em cuidar de mim como se eu fosse um bebê. eu gosto de ser honesta e falar o que penso, mas acho que devo agora equilibrar isso, achava que fazia isso, mas devo fazer mais. Provavelmente eu já faça, mas não com todos e quero aplicar a todos.
quero ser honesta, mas com educação, leveza e gentileza.
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também quero falar sobre um poema que li, chamado let go july be july", refletir muito sobre aquele sentimento no inicio de um mês, semana, ano. aquele sentimento de "starting", de começar, de dar os primeiros passos. mas e a pressão quando se começa tropeçando? é dolorosa e desanimadora. só queria refletir que são apenas meses, dias, semanas, não devemos desistir porquê deu errado na segunda feira, mas melhorar no seu próprio tempo.
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creads · 6 months
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cami, essa smutzinha do matí me deixou TÃO doente, porque eu (como mulher de 23 anos) e que já ficou com uns caras mais novos preciso dizer que alguns são tão animados e cheios de vida e da até uma vontadezinha a mais de se aventurar. indo mais além fico imaginando, se fosse um cenário onde a lobita é cinco anos mais velha e caiu numa rotina e o matias recalt o aluno que a princípio tirava umas notas medíocres na matéria dela (porque não liga mt pra validaçao até ent, já que fazendo o mínimo sabe que passa sem dp) até ser chamado pra fazer iniciação científica e tê-la como tutora... nisso ele se apaixona primeiro, fica meio possessivo até🥵 do tipo arrumar confusão se algum outro aluno ou professor dá em cima dela e a loba só descobriria (em parte pq n queria reconhecer a possibilidade antes e pq sempre achou que n seria atraente pra ele) quando matías dissesse com todas as letras debaixo de uma chuva torrencial no estacionamento da faculdade.
nao e eu consigo me estender ainda mais dizendo que se eles viessem a ter um relacionamento, seria com algumas atribulações, porque o matí seria infantil em alguns aspectos e a loba seria cética em outros, e a maioria das discussões terminaria com ele chegando perto dela cheio de dengo, pedindo pra conversar "me ensina", "eu te mostro, se você deixar", "tá tudo bem", e isso seria bem particular dele já que tá perdidamente encantado por ela e quer fazer dar certo. mas as brigas feias terminariam com certeza com os dois chorando, acho até que ele tentaria n dormir em casa (casa=apartamento dela q ele se mudou naturalmente sem uma conversa já que andava ficando mt por la)
to triste e com tesao faça algo
loba de wallstreet geniousbh, tenho que admitir que nunca fiquei com um cara mais novo, mas depois de ter canetado aquela do Matias e essa revelação sua… estou tipo… hold awnn- ☝🏻💡
e achei esse cenário seu saborosíssimo amiga, ainda mais pelo fato do Matias ser todo atrevidinho, então flertaria descaradamente com ela e faria questão de colocar defeito em tudo que os outros alunos fazem só pq tá com ciúmes da prof gatinha ☝🏻☝🏻.
“nossa olha aqui, ele nem deixou a mistura descansar”
“mas não pode descansar mesmo não, Matias”
“ata. mas ah ele nem confirmou com você antes, certeza que deu sorte só”
a nossa lobinha também adora o Matias, gosta quando ele demora pra arrumar as coisas só para ser o último a sair da sala e se despedir dela, sozinho. mas quando ela se pega sorrindo boba com isso, corta na hora: tá maluca? é seu aluno. e ela vai reprimindo esse sentimento, até o fatídico estacionamento. ela fica chocada ao descobrir que não é só o jeitinho charmoso dele, ele realmente quer ela. e é difícil não o querer de volta.
essa parte deles pós briga eu infelizmente pensei com a xota. concordo muito que ele de vez em quando vai ser infantil: é ciumento e as vezes não sabe se expressar direito. ele sempre quer entender seu lado e saber como melhorar, mas isso acontece no aftercare. as brigas são encerradas com um beijo intenso, com ele te pegando pela nuca, e na cama te devora todinha. parece que Matias tem prazer em te dar prazer, até mesmo nas brigas com choro, mas nesse caso o sexo é lento, com ele se declarado no seu ouvido e beijando seus olhinhos ainda molhados de lágrimas. depois dos dois terminarem, ele te puxa pros braços dele e pede desculpas, pergunta como você se sentiu e o que ele pode fazer pra isso não se repetir mais. ele é abusadinho por natureza, mas de vez em quando esse lado mais sério dele sai, ele te valoriza muito e não quer correr o risco de te perder.
poxa agora eu também tô triste e com tesao
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devoidof-meaning · 3 months
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falling in despair
O que eu estava fazendo? Agarrei meus cabelos, em desespero, sem saber o que fazer. Para onde estava indo minha vida? Aquilo era desespero ou apenas tédio? A linha era tão tênue que eu já não sabia mais. Subitamente, agarrei minha mochila e a joguei no meio da rua, no meio dos carros. Perdido, perdido. Como aquilo era difícil. Eu já era um adulto, mas não entendia coisa nenhuma, não tinha força nenhuma. Só queria me distrair por tempo o bastante para esquecer tudo o que eu precisava fazer mas não tinha vontade. Acho que eu era aquilo que chamavam de imprestável, alienado, inconsequente, retardado. Era a única explicação. Apesar de estudar, trabalhar, assim que me encontrava sozinho, não enxergava sentido nenhum naquilo. Na escuridão do meu quarto, toda a minha vida se diluía até eu encarar nada além do plano de fundo cinzento da realidade. Havia algo de fundamentalmente errado comigo, eu sabia. Mas saber não era o bastante. Eu tinha 28 anos e nenhuma perspectiva de futuro. E quer saber, no fundo, eu sequer me importava. Apenas antes de dormir, em súbitos surtos de consciência, eu percebia como estava me dirigindo para o fundo do poço, só que não havia nada que eu pudesse fazer, pois assim que eu acordava no outro dia, todo esse sentimento evaporava e novamente eu seguia minha rotina como um autômato. Eu costumava acreditar que eu era alguém destinada a coisas importantes, alguém especial, um ser humano único. Era uma das únicas crenças que eu tinha. Era o que me mantinha em frente. Contudo, até mesmo isso eu havia perdido no caminho até ali. Tudo que me restava era minha consciência. Eu era consciente de tudo. Da minha inutilidade, da nulidade de tudo, da fragilidade da existência, da efemeridade das relações, do desespero de viver. E durante o dia eu só queria me livrar dessa consciência. Eu só queria me tornar um humano normal, com preocupações normais, com a capacidade de me esforçar por algum objetivo, de dar o melhor de mim e acreditar em algo. Durante um tempo acreditei que a escrita seria minha salvação. Pensei que finalmente havia encontrado aquilo que daria um sentido à essa existência miserável e repleta de futilidade. Contudo, logo percebi que não possuía o necessário sequer para colocar palavras em um papel em branco. Não era capaz de acreditar nelas. No fim, por mais belas que fossem, elas, também, não tinham valor algum. Tédio, melancolia, solidão, terror, preguiça. Eu estava com medo. Medo de viver uma vida repleta de arrependimentos. Medo de não ser o bastante. Medo de fracassar. Medo de ser ninguém. Medo. Medo. Medo. Medo. Medo de morrer. Medo de deixar de existir. Medo da eternidade após a morte. Medo da absoluta nulidade. O tempo passava tão rápido. Cada vez mais rápido e eu continuava no mesmo lugar. Eu não havia mudado. Eu continuava sendo aquele mesmo imprestável. Eu continuava fugindo, fugindo de minhas responsabilidades, fugindo das pessoas, fugindo, fugindo, e eu não sabia se algum dia seria capaz de retornar. O que eu era? Como uma pessoa chega a tal ponto? Quão complacente e covarde ela precisa ser para cair tanto? Haveria salvação? Algum dia? Eu pensava nisso enquanto encarava a mochila sendo esmagada pelos pneus dos carros. Então me virei e fui embora.
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sacuober · 6 months
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MEU DIA HOJE 09/04/24
ACORDEI AS 5 DA MANHA, ME ARRUMEI, TOMEI CAFÉ, OUVI A ORAÇÃO DO BISPO, E SAÍ. O BUZÚ PASSOU MAIS CEDO HOJE, AS 6:14, O NORMAL É AS 6:20, MAS NÃO DEMOROU MUITO VEIO OUTRO. CHEGUEI BEM NA FACULDADE, CONFESSO QUE A AULA HJ NÃO TAVA ESSA COCA-COLA, MAS FIQUEI ATÉ O FINAL. DEPOIS FOI RUIM, TENHO UM HORÁRIO VAGO, E É PÉSSIMO FICAR ESPERANDO, MERENDEI, E FIQUEI ANDANDO, LEVANTANDO E SENTANDO. ESTOU MUITO INQUIETA.
MAS AS 10:40 COMEÇOU A AULA, TAMBÉM NÃO TAVA MUITO BOA, SÓ NO FINAL QUE MELHOROU UM POUCO. AÍ FUI ALMOÇAR UMAS 12:40 E TIVE QUE COMER GELADO, POIS A ENERGIA ESTAVA OSCILANDO E O MICROONDAS NÃO DAVA PARA LIGAR. MAS FOI DE BOA. DEPOIS MAIS TEMPO ESPERANDO A AULA DA TARDE AS 14:00 COMEÇAR, POIS AINDA ERA 13:00. E CONFESSO QUE QUERIA VIR PARA CASA, DURANTE ESSE PERÍODO ESPERANDO AS AULAS, CHEGUEI A PENSAR EM TRANCAR O CURSO, POIS A DEPRESSÃO ESTÁ PIOR A CADA DIA, ESTOU TOTALMENTE DESANIMADA, DESINTERESSADA, NÃO TEM COMO FAZER FACULDADE COM A MENTE ALOPRADA DE DEPRESSÃO, EU TÔ INSISTINDO SABE-SE LÁ PORQUE. COMO EU JÁ DISSE AQUI, EU ESTUDO MAS É COMO SE EU NÃO TIVESSE ESTUDADO, A PSIQUIATRA DISSE QUE É POR CONTA DOS REMÉDIOS. O QUE EU SEI É QUE TODA VEZ QUE EU LEIO É UMA FRUSTRAÇÃO, PORQUE EU NÃO ENTENDO, FICA TUDO CONFUSO.
MAS AÍ PENSEI O QUE MINHA MÃE VAI ACHAR, SE ELA ME VER DESISTINDO DA FACULDADE QUE SEMPRE FOI UM SONHO PARA MIM, O QUE ELA VAI DIZER?? E TAMBÉM ESTOU DESEMPREGADA, ENTÃO EU VOU FICAR SEM TRABALHAR E ESTUDAR?? PORÉM, REALMENTE ESTÁ MUITO DIFÍCIL DE CONTINUAR, TÁ MUITO RUIM, ERA PARA EU ESTAR FELIZ, VIVENCIANDO A UNIVERSIDADE COM TODO VIGOR, MAS COMO É QUE EU VOU TER VIGOR TENDO DEPRESSÃO?? A QUEM ESTOU QUERENDO ENGANAR?? SÓ QUE VEIO O PENSAMENTO NA MINHA MENTE AGORA POUCO, DE QUE SE EU PARAR VAI SER PIOR, A DESGRAÇA DA DEP= DEPRESSÃO SÓ VAI PIORAR. ENTÃO EU VOU TER QUE CONTINUAR, MAS É MUITO RUIM TER QUE FORÇAR O TEMPO TODO PARA FAZER TUDO SABE, EU NÃO SEI COMO É VIVER SENTINDO VONTADE DE VIVER, COM ÂNIMO, SENDO FELIZ, E NÃO É PENSAR QUE SEREI FELIZ O TEMPO TODO, POIS SEI QUE ISSO NÃO DÁ, MAS VERDADEIRAMENTE EU SÓ QUERIA VIVER ALGO DE BOM NA MINHA VIDA, ANTES DE ENCARAR MAIS DOR E SOFRIMENTO, SÓ QUERIA VIVER ALGO NORMAL COMO AS OUTRAS PESSOAS É PECADO QUERER ISSO?? É PEDIR DEMAIS?? A RESPOSTA É SIM!! EU NÃO TENHO O DIREITO DE SER FELIZ, DE VIVER A VIDA, POIS ISSO QUE EU LEVO NÃO PODE SER CHAMADO DE VIDA.
MAS CHEGUEI DA FACULDADE, TOMEI BANHO, COMI E ASSISTIR A NOVELA, TAVA COM VONTADE DE COMER UMA COISA SALGADA, ENTÃO MINHA MÃE DISSE PARA FRITAR UM POUCO DE CALABRESA, AÍ FRITEI E COMI. ARRUMEI A PIA, TINHA POUCA COISA, MAS SEM NENHUMA VONTADE DE ESTUDAR. AÍ SUBI, LIGUEI O COMPUTADOR, COLOQUEI UMA MUSICA PARA ELIMINAR PENSAMENTOS NEGATIVOS, MAS ELES CONTINUAM AQUI.
AÍ RESOLVI ESCREVER AQUI NO MEU CANTINHO, NO MEU DIÁRIO VIRTUAL. AGORA SÃO 20:10 E NÃO SEI SE VOU CONSEGUIR ESTUDAR. SÓ QUERIA DORMIR E NUNCA MAIS ACORDAR, QUERIA NUNCA TER SIDO CRIADA POR DEUS, CONTINUO SEM VER SENTIDO NA VIDA, ANTES ERA: NASCER, CRESCER E MORRER É ISSO?? FICAVA ME QUESTIONANDO, AÍ DESCOBRI A DOUTRINA ESPÍRITA, ME TROUXE RESPOSTAS COMO EU JÁ DISSE, MAS NÃO VEJO SENTIDO NA VIDA QUE AGORA É: RENASCER, PASSAR POR PROVAÇÕES RUINS, SOFRER, SOFRER, SOFRER, ACEITAR, MORRER=DESENCARNAR, E DEPOIS DE UM TEMPO RENASCER DE NOVO, E TUDO DE NOVO, ATÉ ALCANÇAR A PERFEIÇÃO RELATIVA, PORQUE A PERFEIÇÃO ABSOLUTA SÓ DEUS A TEM. SABE QUE GRAÇA QUE TEM NISSO?? DE QUE ME ADIANTA SER UM ESPÍRITO IMORTAL SE EU NÃO POSSO FAZER O QUE EU QUERO? SE EU ME SINTO PRISIONEIRA DE DEUS?? EU NÃO SOU LIVRE NEM EM PENSAMENTOS, PORQUE DEUS SABE DE TUDO, JESUS TAMBÉM, OS OUTROS ESPÍRITOS MESMO IMPERFEITOS COMO EU TAMBÉM, EU NÃO NENHUMA LIBERDADE.
EU ESTOU COM SONO, VOU ESCUTAR O SALMO 91, ESCOVAR OS DENTES E DORMIR, QUE É ÚNICA PARTE DO MEU DIA QUE EU GOSTO PORQUE EU ESQUEÇO QUE EU EXISTO, QUANDO ESTOU DORMINDO EU NÃO PENSO, A HOSPÍCIO MENTAL ME DÁ UM DESCANSO, MAS INFELIZMENTE O DIA AMANHACE E VOLTO PARA O INFERNO. É ISSO VOU DORMIR.
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dontcallmeamelia · 6 months
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Porra eu queria ter escrito a ultima sessao de terapia aqui
Pq agora eu quero lembrar, mas nao lembro
O que ficou foi: eu e minha cabeça não somos duas, eu só não quero ser a minha cabeça
Ah lembrei
E sobre ceder e ser reativa agora que não quero ceder
E sobre assistir filmes com vc
Meu analista me perguntou uma parada e eu queria responder uma coisa, mas acabei respondendo sobre filmes. Que também fazem muito sentido, claro. Não era invenção. Mas a terapia foi online e eu não queria falar sobre sexo com a casa cheia
Queria ter essa deixa dnv
Queria estar naquele momento e falar sobre sexo naquele contexto, pq eu acho que era o que eu precisava
Ai ai, enfim. Sexta vai ser presencial.
Ia ser online e hj, mas conseguimos organizar
O que será que sairia disso, ne?
Mas enfim, passou. Outro dia, qualquer coisa, quem sabe
E é engraçado pq ontem vc queria
(Não é engraçado não)
E eu não
E eu dormi
Mas que noite de sono ansiosa que eu tive. Acordei assustada algumas vezes. Tive pesadelo.
A ultima vez que eu acordei, abraçada no bichinho de pelúcia que vc me deu (que neném carinhosa), me bateu um desespero DESESPERO PELO AMOR DE DEUS SOCORRO
Pq se a gente não é mais a gente
Como que ia ficar?
Como eu ia ficar?
Como seria?
Meu deus
Eu não consigo nem descrever aqui o desespero ENORME a sensação de solidão de nao ter mais vc de não saber se ainda poderia dormir com meu bichinho??????? E as outras coisas? E as memórias? Como eu ia pros lugares e faria as coisas e não teria vc? Meu deus que loucura que surto
Que sensação de vazio
Sensação de perda
Meu deus
Deu um nó na garganta só de pensar
Que confusão
Que loucura
Depois eu dormi
E acordei
E não pensei mais muito sobre isso
Só um pouquinho hihih
Mas o que que eu posso fazer também, ne?
(Muita coisa, nessa inércia que não dá pra ficar, meu anjo)
O tanto que já cutuquei meus dedos hoje
E eu teria a terapia, só que seria online, e eu não queria
Mas fiquei com essa sensação confusa
De imaginar os espaços sem a sua presença na minha vida
Agora eu to deitada pensando nisso e resolvi escrever
Mas também tem outra coisa
(Sempre tem, ne?)
Minha mae me mandou mensagem falando que queria conversar comigo. Ela ta fazendo isso com muita frequência e nunca fala nada, ou não fala o que realmente quer... e eu fico ansiosa mesmo assim, igual uma criança que fez merda, todas as vezes
Francamente, dona mãe, em pleno 2024???
Quantas vezes fiz merda quando era criança?
Foram poucas, pq agora adulta eu olho pra tras e percebo
Mas pareceram tantas
E tao ruins
Será que foram?
Talvez tenham sido
Eu sei que eu não tirava nota baixa na escola, apesar de mamãe cismar que sim. E brigar cmg por isso. Enfim, na cabeça dela a média pra passar era 8... fazer o que
Nunca fui de sair
Sempre fui de beber só em casa, junto com meus pais
Eu brigava com minhas irmãs, mas que irmã não briga
Eu brigava com minha mae, pq eu tinha muito raiva
Eu chorava pq papai queria voltar e pq eu não conseguia fazer isso?
Eu já briguei feio com mamãe e me arrependo. Tem uma vez que eu não gosto nem de falar o que fiz
Mas será que é isso?
Pq antes eu já entendia que eu era mau exemplo. Eu nunca fui exemplo. A nao ser quando entrei num curso de prestígio na faculdade, mas fora isso...
Que culpa é essa
Eu sempre me culpo, e eu sempre choro
E nem sempre, mas com frequência, eu lembro de mamãe falando que são lágrimas de crocodilo
Eu já falei aqui que eu prendo a respiração quando eu choro? Pra ninguém perceber. Pra acabar logo o choro.
É isso, sexta tem mais
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fanfiiction-world · 6 months
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•| ⊱Capítulo 16: Noites sombrias - Parte 1⊰ |•
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Pov de Alexs
Tudo estava acontecendo muito rápido, o ataque surpresa que sofremos não estava deixando ninguém pensar direito, mas de uma coisa eu tinha certeza, eu não queria perder o Louis. Eu sei que nossa amizade é de pouco tempo, mas eu já o considerava muito e perdê-lo sabendo que temos a chance de ainda o termos ao nosso lado, não me fez nem questionar.
_ Faça Harry! Rápido! Nós vamos perdê-lo! - Eu disse tentando manter o controle.
Então sem pensar em mais nada, Harry levou seu pulso em sua boca, mordeu e assim que seu sangue começou a descer ele colocou nos lábios de Louis.
_ Beba Louis...
Nisso, Louis bebeu e não demorou muito para que ele começasse a gritar, era como se ele estivesse sentindo muita dor e depois de algum tempo em agonia ele simplesmente desmaiou.
_ Deu certo? - Perguntei afoita. Eu estava muito agitada.
_ Vamos embora. - Harry disse pegando-o no colo.
Rapidamente saímos do lugar e em vinte minutos estávamos chegando a mansão do Styles. Ele teve todo o cuidado com Louis e o levou até seu quarto. Fui pra cozinha beber água, eu estava tremendo de nervoso.
_ Hey, calma. Tudo vai se resolver. - Josh disse colocando sua mão sobre a minha.
_ Se ainda quiser continuar vivo, tire suas mão dela. - Liam disse em um rosnado.
_ Agora não Liam. - Eu disse irritada, é serio que ele vai ter um ataque de ciúmes logo agora? Eu estava vendo que nossa noite seria longa.
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Pov de Harry
Ver Louis deitado desacordado em minha cama era surreal, nunca pensei que isso aconteceria. Antes de conhecer Alexs, eu notava como Louis era um humano lindo, delicado, nem preciso dizer que seu sangue sempre me deixou louco, não é? E por causa disso sempre mantive distância dele e vê-lo assim tão vulnerável estava sendo demais pra mim.
Ele vem de uma família grande, como ele faria pra ficar longe pra manter o nosso segredo? Eu estava pensando nisso quando finalmente ele abriu os olhos.
_ Oi. - Eu disse em um sussurro. - Você está bem?
_ Oi... - Ele disse tímido, o que era novidade pra mim. - O que aconteceu? - Ele disse olhando ao redor.
_ O que você lembra?
_ De uns doidos que apareceram do nada e nos atacaram... Dor... Muita dor... Seus olhos... E depois tudo ficou escuro.
_ Você tem noção do que ocorreu? Do que atacou você?
_ Sim...
_ Você foi atacado... Não queríamos te perder...
_ Então você me transformou? - Ele disse em duvida.
_ Sim. - Eu disse com receio.
_ Puta merda! - Ele disse sentando-se rápido e batendo a mão na testa. - O que eu vou falar pra minha mãe?
_ Calma. - Eu disse lhe fazendo carinho no rosto. - Eu posso dar um jeito nisso, mas preciso saber se você está de acordo em vir morar aqui na mansão comigo.
_ Minha mãe não vai deixar, ela vai surtar!
_ Eu tenho meus meios, não se preocupe quanto a isso.
_ Por mim tudo bem.
_ Liga pra sua mãe e diga que você vai dormir na casa da Alexs e deixe o resto comigo.
_ Você não vai machucar minha família não é?
_ Você confia em mim?
_ Sim...
_ Então deixe tudo comigo. Descanse agora e mais tarde você liga pra sua mãe, eu vou ter que sair e resolver algumas coisas, mas o pessoal está na sala. Por enquanto fique aqui, não queremos você entrando em briga com o Liam.
_ Ok e obrigado.
_ Não por isso. - Eu disse dando um beijo em sua testa. - Agora descanse que mais tarde vamos sair pra caçar.
Logo ele se deitou e eu saí do quarto o trancando, não quero um Louis faminto andando pela casa. Passei na sala e deixei recado com o pessoal e logo saí, eu precisava resolver a questão da família de Louis.
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Pov de Alexs
O que foi que eu fiz? O que passou pela minha cabeça quando aceitei que Louis nos acompanhasse em uma investigação sendo ele um humano normal? O que vou dizer a ele agora? E a família, como vai ficar? Eu estava em um conflito interno terrível quando sinto braços quentes me envolverem em um abraço de conforto.
_ Foi minha culpa. - Eu disse começando a chorar.
_ Não foi... Ele foi porque ele quis, ele tinha a escolha de pegar as coisas dele e ir pra casa.
_ Eu como amiga tinha que impedir. Agora com que cara eu vou olhar pra ele? Eu levei ele pra morte, você entende isso?
_ Com a mesma de sempre. - Louis disse aparecendo na nossa frente.
_ Me perdoa Louis! - Eu disse me soltando de Liam e o abraçando. - Eu juro... Se eu soubesse o que iria acontecer eu jamais te deixaria ir.
_ Relaxa garota! Agora que estou no meio dessa bagunça o jeito é continuar e eu jamais deixaria uma amiga na mão.
_ Não era pra você estar no quarto? - Liam disse desconfiado. - Você é recém criado.
_ Só estou com a garganta queimando, fora isso de boa, não é como se eu quisesse matar vocês. Sem contar que estou ansioso demais pra dormir.
_ Seu autocontrole é incrível. - Josh disse se aproximando.
_ Certo, mas não vamos abusar. - Liam disse o afastando de mim.
_ Para com isso Liam, já está me irritando esse seu ciúmes besta.
_ Agora entendo o porque do Harry te chamar de cachorro... - Louis disse fazendo uma careta.
_ Olha o respeito defunto, eu ainda mando nessa cidade.
_ Liam, já chega! Para de ficar com essa pose de macho Alpha! Temos coisas mais importante pra resolver no momento!
_ Tudo bem amiga, eu não ligo pelo o que ele fala e não tenho medo também. Ele não é louco de encostar um dedo em mim.
_ Tá me provocando, baixinho?! - Liam disse começando a tremer.
_ O Louis está certo, o Liam não seria louco de encostar nele. - Harry disse se aproximando da gente. - E o que você está fazendo aqui em baixo?
_ Não consegui ficar lá trancado... E por falar nisso... Me desculpe, acho que quebrei a maçaneta da porta.
_ Não esquenta. Agora eu tenho que sair pra caçar com você e te ensinar algumas coisas, Alexs, leve o Liam daqui antes que ele faça alguma besteira, mais tarde eu te procuro.
_ Ok.
Então apenas peguei na mão de Liam e fui o tirando dali, eu só queria evitar algo pior.
『Próximo』
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aportavermelha · 8 months
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Capítulo 16 - A Festa da Porta Vermelha (parte 1)
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A sala de reuniões da Hanson Advertisements estava cheia, clientes de Rhode Island vieram fechar uma campanha para uma rede de concessionárias. Da cabeceira, Isaac observava muito sério a última apresentação da equipe de criação ao mesmo tempo que estudava a expressão no rosto dos clientes.
Isaac levantou com um sorriso, abotoando o terno – E então, senhores? 
Homem 1 – Muito bom, Hanson. Acho que vai pegar.
Isaac – Feliz que gostou.
Homem 2 – Por que não almoçamos pra acertar uns detalhes, hã? Jogar um papo fora. Meu voo só sai daqui a quatro horas.
Isaac – Pensando nisso é que já fiz reservas. (Abriu o braço direito, indicando a porta) Por favor. Britney, as reservas estão confirmadas? 
Brittany – Sim, senhor. (Cochichou) E é Brittany.
Os clientes, dois homens de meia-idade mais velhos que Isaac, engravatados e com os rostos corados foram na frente, de táxi, Isaac fez reservas num refinado restaurante espanhol. Durante a refeição, choveu forte e muito passageiramente do lado de fora. Os três conversaram sobre os negócios da concessionária, de Rhode Island e um pouco sobre família.
Homem 1 – Quando me indicaram a sua agência, pensei que fosse enrolão como o pessoal de Los Angeles.
Homem 2 – Aqueles surfistas não sabem o que é um prazo e são mercenários.
Garçom – Com licença. Alguma bebida pós-refeição?
Isaac, olhando o cardápio – Fico lisonjeado, senhores, obrigado. Vocês preferem vinho ou conhaque?
Homem 2 – Eu não estou bebendo.
Homem 1 – Quero uma taça de branco seco.
Isaac – Eu recomendo o chileno D’Alfonso. Uma delícia. Vou acompanhá-lo, até.
Homem 1 – Entendedor de vinhos também?
Isaac – Aprendi com minha esposa, ela gosta bastante.
Homem 2 – É casado há muito tempo?
Isaac, girando a taça sutilmente– Oito anos. Tenho dois filhos, gêmeos. Brad e Kyle. Eles têm sete anos.
Homem 2 – Devem ser uns danados. Acabei de ter meu primeiro filho.
Isaac – Ah, foi mesmo? Parabéns!
Homem 1 – É, esse aqui demorou a se aquietar. Mas foi a melhor coisa que fez, era um maluco uns anos atrás, Hanson, só se metia em confusão. (Isaac sorriu).
Isaac – E você tem cara de pai babão, com perdão da piada.
Homem 1 – Com uma conversa dessa, fica difícil esconder, não é? (Riu). Sou casado há 22 anos, tenho dois filhos que estão na faculdade. (Mostrou fotos no celular) O garoto está na faculdade de Direito, em Tulane, a garota está terminando Biologia, lá em Rhode Island. Meus preciosos. Está é minha esposa.
Isaac – Sua família é muito bonita.
Homem 2 – É a única coisa que temos, rapazes, a única. Todo o resto passa, perde o valor, família não.
Após o almoço e duas taças de vinho, Isaac se despediu dos clientes que acabaram de pôr U$140.000 dólares na conta da agência. Quando Isaac conseguia fechar um contrato daquele era sempre um bom dia, mas ele não ficou tão empolgado assim. Lembrou dos dois dias seguidos que Nicole o obrigou a dormir no sofá e mesmo depois que voltou a dormir no quarto, ela não estava cheia de carinhos como antes. De volta ao escritório, pediu que a assistente encomendasse um buquê de rosas vermelhas, o maior que tivessem e que entregassem no seu endereço para Nicole. No bilhete, mais um trecho de música de James Brown.
No começo da tarde, Taylor, Becky e Noah aproveitavam o tempo ameno brincando na frente da garagem da casa, onde tinham uma área livre e fixado logo acima do portão, um aro de basquete.
Taylor – E aí, amigão, está ansioso pra escola mês que vem?
Noah, arremessando a bola – É, até que sim.
Taylor, pegando o rebote – Como ‘até que sim’? Você adora ir pra escola. 
Noah– Acho que não vão gostar muito de mim por lá…
Taylor – Por que não gostariam? Você é o garoto mais legal do mundo, sabe até enterrar.
Pegou então Noah no colo e o estendeu o máximo que pôde, até que o menino enfiasse a bola na cesta e se pendurasse no aro.
Taylor - Isso aí, Noah, camisa 10!!!
Noah, rindo – Papai, você é péssimo fazendo essas comemorações!
Taylor, apontando pro bebê que ria e batia palmas imitando o pai – Becky discorda.
Noah – Nós vamos ver a mamãe hoje?
Taylor, arremessando – Sim, e como combinamos, deixo vocês láe na segunda à noite eu vou buscá-los no hotel da sua mãe. Você gostou de passar aqueles dias com ela, da última vez?
Noah, quicando a bola – Sim, foi legal, a mamãe tá diferente…
Taylor – Como?
Noah – Ela é mais legal agora, mais carinhosa e gosta de brincar.
Taylor, arremessando novamente – É, eu também acho.
Noah, pegando a bola e batendo no chão – Por que vocês não voltam a ficar juntos?
Taylor – Filho, é… É difícil. Eu e a sua mãe já demos um grande passo ao sermos amigos. Você não está muito apressadinho? Calma, campeão. As coisas vão se ajeitar da melhor forma.
Noah, rindo, passou a bola para o pai. – Desculpe.
Taylor, indo para o extremo da calçada – Vou tentar fazer uma daqui.
Arremessou e errou.
Noah, pegando o rebote – Nossa, pai, você é ruim de pontaria, hein. (Parou) Mas eu não quero vocês brigando como antes. 
Taylor – Nem eu, filho.
O ronco de cano de descarga da moto de Zac se fez ouvir pouco antes de ele virar a esquina. Estacionou na rua mesmo e abriu a jaqueta, caminhando até os dois.
Pegou Becky no colo, que brincava sentada numa toalha posta no gramado, próxima do pai e do irmão, que jogavam basquete.
Zac, pegando a mãozinha de Becky – Vocês não jogam nada.
Taylor – Vai se catar.
Zac – Aposto que eu e a Becky acabaríamos com vocês dois. (Beijou a cabeleira loura do bebê, que tirou os óculos do rosto dele) Ah, isso não, querida, isso aqui custa muitos dólares. Então você vai deixá-los com a va… Bethany?
Taylor, franzindo o cenho – Sim, eu trabalho hoje e ainda tem a sua festa, né?
Zac – Nossa festa.
Taylor – Minha nada.
Noah, olhando pra cima – Ah, papai, por que eu não posso ficar pra festa? 
Taylor – Porque não é festa pra criança, filho.
Noah – Mas pai…
Zac, entregando Becky para Taylor – Aguenta mais uns dez anos, Noah, tio Zac vai te levar numas festas bem legais.
Noah– Mas tio, você vai ter uns 36 anos, vai estar velho.
Zac – Enquanto houver peitos, haverá Zac.
Taylor – Zac!
Zac, rindo – Desculpe.
Noah – Mas qual é a graça de peitos? Todo mundo mamou quando era bebê.
Taylor – Depois a gente tem essa conversa, tá?
Derek e Mitch trocaram poucas palavras, conversando o básico depois do encontro fracassado. Mas Derek não aguentava mais aquela situação. Ela estava, finalmente, meditando no quintal, como fazia antes nos seus dias bons. Ele largou o notebook e as coisas que estava estudando e foi até lá. Não disse nada a princípio, apenas sentou-se ao lado dela.
Mitch, abrindo os olhos – Eu não estou brava com você, espero que saiba disso. Minhas energias estavam muito negativas naquele dia e eu peço desculpas pelo jeito que reagi.
Derek, sem olhá-la – Forcei a barra.
Mitch – Um pouco.
Derek – Não dá pra gente morar na mesma casa com esse clima.
Mitch – Derek, (levantou-se) você é um cara muito legal, eu já te disse isso muitas vezes, e não é por você ser homem, eu já fiquei com homens antes, mas eu não acho que sou uma boa escolha de companhia agora. Meus mantras estão bagunçados, e…
Derek, levantando e falando incrivelmente sério – Mitch, para, tá bom? Para. Dispenso seu discurso prolixo dessa vez. (Virou-se e deu dois passos, mas parou). Eu gosto de você.
Mitch – Derek. Eu recebi o aval de transferência.
Derek – O quê?!
Mitch – Quando eu e a Nat terminamos, eu estava muito mal e… Mandei uma aplicação pra California University, eles têm um programa parecido com o nosso aqui… Eu queria ir pra longe, não estava pensando direito. 
Derek – E você vai? Como você vai embora assim, do nada?
Mitch – Não sei ainda se ou quando vou, D.
Derek olhou-a mais uma vez, e em seguida fitou os próprios pés.
Virou-se e começou a andar em direção à casa.
Noah jogava no tablet sentado na toalha com a irmã, que mordia um brinquedo de borracha, enquanto Taylor e Zac se driblavam com cotoveladas. Uma pick-up parou em frente à casa e um sujeito barrigudo desceu e gritou para os dois.
Entregador – Aqui que pediram 40 caixas de Budweiser e 40 caixas de Corona?
Zac, levantando a mão, ofegando – Sim! É aqui mesmo!
Noah – 80 caixas de cerveja, tio? Caracas, vocês vão beber 480 cervejas? 
Taylor, olhando surpreso para Noah – Filhão, leva sua irmã lá pra dentro e não fica pensando em cerveja não, tá?
Zac, seguindo para o quintal – Isso é pra começar, bro, você acha mesmo que só esse pouquinho dá pra 700 pessoas?
Taylor – Como vai caber tanta gente nessa casa? (Pegou duas caixas e seguiu Zac).
Zac – Vamos afastar os móveis, deixar a sala e aqui na frente livres, a sala é bem grande, e tem o quintal, onde tem um puxadinho que eu fiz especialmente pra guardar o sofá, mesas de centro, estantes e objetos quebráveis ou roubáveis. DEREK!
Taylor – Quanta inteligência.
Zac – Teremos dois freezers grandes e coolers espalhados pela casa, o andar de cima está restrito, o banheiro de baixo é o que fica livre e o meu quarto e o do D é onde o pessoal reveza pra, você sabe. O pequeno palco e o DJ ficam ali no fundo do quintal também. Cabe todo mundo aqui. Além do mais, não FICAM 700 pessoas, tem um rodízio de galera, tem os que ficam, vão embora, chegam mais tarde, chegam mais cedo, e tudo mais.
Taylor – E a vizinhança não reclama?
Zac – Não, porque vai estar aqui.
Taylor – Pô, no meu tempo não era assim.
O entregador ia levando quatro caixinhas empilhadas num carrinho, Zac, Taylor e Derek levavam duas de cada para agilizar. Logo depois, Taylor entrou para dar banho nos filhos e organizar suas mochilas para levá-los para Bethany. Ela ficaria o fim de semana e voltaria na terça-feira cedo.
À beira do lago perto do campus da Florida Tech., John e Rachel passeavam de mãos dadas. Pararam numa lanchonete, onde Rachel pediu um sundae e John resolveu acompanhá-la. A brisa estava fria, e o sol era coberto pelas nuvens, findando mais um dia.
Rachel – Fazia tempo que não saíamos assim.
John – Você tá gostando?
Rachel, mexendo o canudo – Arram.
John – Na verdade, Rae, eu te chamei aqui porque queria um lugar tranquilo pra falar.
Rachel – Falar o quê?
John, sorrindo – Eu recebi uma proposta. (Rachel arregalou os já grandes olhos verdes, com a atenção toda no namorado) Do Bulldogs de Houston, no Texas. É um time de segunda divisão, mas já é profissional.
Rachel, com as mãos na boca – O-o quê?! Sério?! Meu pai e meus irmãos adoram esse time! Que maravilhoso, amor! (Debruçou-se sobre a mesa e beijou John animadamente). Parabéns!
John, parecendo mais bonito agora – Eu recebi a ligação ontem, eles falaram com meu treinador.
Rachel – Mas e a faculdade? Ainda falta um semestre pra terminar.
John – Pois é, eu tenho esse semestre pra fazer ótimos jogos e tentar ter a melhor pontuação individual possível.
Rachel – Isso é fantástico! Estou mesmo feliz por você. (Acariciou o rosto sorridente dele, e depois voltou-se para o milk-shake). Nunca pensei em morar no Texas, mas eu tenho certeza que eles devem ter boas escolas lá onde eu posso ensinar literatura, não é?
John, cruzando os braços sobre a mesa e olhando ao redor – Ah. Sim… Sim, claro.
Rachel – Tudo bem?
John, forçando um sorriso – Claro, claro.
Rachel, desconfortável – Você se… Eu falei demais?
John sorriu amarelo, passando a mão no cabelo quase raspado.
John – Não! É… Vamos conversar sobre isso outra hora?
Rachel tentou disfarçar, mas aquela atitude de John foi como um soco na boca de seu estômago. O comentário foi proposital, já que a intenção de morar com o namorado era algo por ele sabida, porém, John nunca alongava o assunto. Desconversava, adiava, perguntava algo totalmente irrelevante. Rachel terminou seu milk-shake e sentiu, como nunca antes, que estava perdendo seu tempo.
Taylor estacionou o jipe na frente do hotel em que Bethany estava e segundos depois ela desceu, toda sorrisos, pegando Becky no colo e beijando Noah no rosto.
Bethany, lhe beijando a bochecha rapidamente – Tudo bem com você? 
Taylor encostando-se no carro – Tudo ótimo.
Bethany – Não vai trabalhar hoje?
Taylor – Sim, mas prometi que ajudaria o Zac nos preparativos pra festa dele. Parece que ele tem uma coisa aí pra arrecadar uma grana durante a noite, então eu não perderia nada.
Bethany – Não consigo imaginá-lo numa festa de faculdade, Taylor.
Taylor – Ah, vai ser engraçado. Por que não dá um pulo por lá?
Bethany, com desdém – Taylor, menos.
Taylor – Você tá experimentando novas coisas, não está?
Bethany, rindo – Eu já estive em festas de faculdade. Muitas, aliás. As ressacas já foram péssimas da primeira vez.
Taylor – Uma coisa é ir a uma festa dessa aos 20, outra coisa é ir aos 30. 
Bethany – Sim, verdade, todo mundo me olhando como se eu fosse uma velha.
Taylor, cruzando os braços, sorrindo – Todo mundo vai estar bêbado. 
Bethany – E o Zac? Se ele me vê por lá vai ficar de olharzinho.
Taylor – O Zac será o mais bêbado de todos. Isso, na verdade, me preocupa. Eu vou ter que cuidar dele.
Bethany, fingindo estar surpresa – Você está insistindo.
Taylor sorrindo, jocoso – E você está quase aceitando.
Bethany - Taylor, não vai rolar. Mas divirta-se! Beba bastante água. E falando em água, cuidado com umas tais “águas coloridas”. (Virou-se para entrar no hotel).
Noah - Que águas coloridas, mãe?
Bethany, entrando no hotel com os filhos - Nada, meu amor, vamos indo? Pedir serviço de quarto, dar uma volta no parque mais tarde?
Derek, Florence, Zac e mais umas três pessoas, estavam reorganizando o espaço da casa. Dali a algumas horas, o pessoal começaria a chegar e eles ainda não tinham acabado. Alguns já haviam passado lá para deixar bebida ou algo que ajudasse no som. O DJ era um conhecido de Zac, que tocava de música eletrônica a indie rock. A sala ficou sem nenhum móvel, exceto por alguns pufs e um tapete no estilo japonês. A mesa da cozinha permaneceu, onde grandes vasilhas cheias de Doritos e Chips foram postas. As cadeiras foram guardadas no fundo junto do sofá, estante e demais móveis da sala. Uma cesta cheia de preservativos e pirulitos foi posta no balcão que dividia a sala da cozinha. No alto, atravessando o cômodo, pendiam luzes pequenas e coloridas foscamente, a iluminação não era tão forte dentro de casa. O quintal largo estava livre, mas passaram uma fita policial na escada, vetando a entrada no andar de cima. Agora, era só aguardar.
[20:00, República]
Para a festa, Zac escolheu uma camiseta de malha fina azul-marinho, de gola V bem aberta que valorizava seus braços. Puxou as mangas até a metade e soltou o cabelo que já tocava os ombros. Derek estava de camisa social preta, abotoada, com uma gravata verde escura. Resolveu folgar um pouco a gravata para não parecer tão engomado. Mitch ainda não havia descido, mas Taylor estava à caminho do Dirty Albie de jeans surrado e justo, botas por baixo da calça, uma camiseta branca e uma jaqueta de couro. Os dois se analisavam no espelho do quarto de Zac. 
Derek, olhando para a própria roupa – Estamos parecendo rockstars, cara. 
Zac, apertando o nariz de Derek – Não, você parece que dança no High School Musical.
Derek, esfregando o nariz – Vai se ferrar.
O Dirty Albie nunca estivera tão vazio, além de Rachel já atrás do balcão, a clientela não somava dez pessoas. Taylor entrou e olhou ao redor, ponderou e sentou-se no bar.
Rachel – Antes que pergunte, o pessoal do bairro tá todo fazendo o esquenta pra festa daqui a pouco.
Taylor – Não sabia que dava tanta gente assim lá.
Rachel – Festa de república é a única coisa que esvazia esse bar e a da sua casa é a maior, todo ano tem algum coitado que vira meme no YouTube. Você quer beber alguma coisa?
Taylor – Só um copo d’água, por favor. (Rachel virou-se para pegar o copo). E o seu dedo?
Rachel – Já tá bom, foi superficial.
Taylor, engolindo água – Você vai?
Rachel – Sim, faz muito tempo que não vou a uma festa. Acho que por trabalhar em bar e ter sempre barulho e gente, eu acabo cansando.
Taylor – Ih, te entendo, eu sou muito caseiro. Nem na adolescência eu curtia muito isso de balada. Ficava mais em casa, ou na casa de amigos.
Rachel – Não curtia ou não era convidado? (Taylor riu).
Taylor, constrangido – Não era convidado (Rachel gargalhou), mas não é essa a questão! Eu gostava de ficar em casa, tocando piano, ensaiando. 
Rachel – Aww. Você era o garoto estranho que tocava piano todos os anos no recital de inverno?
Taylor, mexendo os ombros – Não… Sim, esse era eu. E você, deixa eu ver… Líder de torcida?
Rachel, limpando o balcão – Isso é insultante.
Taylor, rindo – Você tem muito cabelo. Líderes de torcida têm muito cabelo e namoram os gatos do time.
Rachel – Pois saiba você, garoto-do-recital-de-inverno, que eu era presidente do Clube de Literatura.
Taylor, fingindo surpresa – Nãão.
Rachel – Meu artigo sobre Shakespeare, no terceiro ano, foi o que me pôs na universidade e me concedeu uma bolsa parcial.
Taylor, rindo – Você não é absolutamente brilhante?
Rachel, fazendo uma pose – Uma estrela.
Taylor – Mas aposto que usava aparelho e um penteado esquisitão.
Rachel – Que nada. Chinelos e vestidos longos, calças bem largas, cabelos soltos. Tava mais pra integrante de banda tributo à Woodstock. 
Taylor, terminando o copo d’água – E olhe só onde você chegou. Nós vencemos na vida, Rae, definitivamente.
Albie, gritando lá do fundo – Ei, o que tu tá fazendo aqui?
Taylor – Eu vou to…
Albie – Tocar pra quem? Não vai dar ninguém aqui hoje, vai conseguir nem 20 pratas, se manda daqui.
Taylor – Você pode… (virou-se para Rachel) Ele pode fazer isso?
Rachel – Ele tem razão.
Taylor, dando um tapinha no balcão e levantando-se – Hum. Tá bom então. Te vejo mais tarde.
Rachel – Até mais.
[20:15, apartamento de John]
Pete – Você não vai?
John – Como que eu vou, cara? Detesto aquele mané que é dono da casa, e também vai estar cheio de meninas que a Rachel não pode ver.
Gary – Que besteira é essa?
John, entre os dentes, rindo – Porra, as meninas dos esquemas.
Gary – Oooooh.
Pete – Não esquenta, Trevor, nós vamos aproveitar por você.
John, bebendo um gole de cerveja – Foda-se.
[20:20, suíte de Bethany]
Bethany – Está gostando do filme, filho?
Noah – É legal, mas acho que a Becky tá gostando mais que eu.
Bethany – E o que você está fazendo?
Noah – Brincando.
Bethany – Hum, eu pedi umlanche pra… (chegou na sala e viu Noah rabiscando) Que brincadeira é essa? Aaah, palavras cruzadas.
Noah – Tô quase terminando.
Bethany, fazendo um cafuné – Você é um garotinho muito inteligente. 
Noah – Obrigada, mamãe. Você vai pra festa na casa do tio Zac?
Bethany – Não, filho, vou ficar com vocês.
Noah – Quer jogar xadrez ou damas comigo?
Bethany – Você ainda lembra como joga?
Noah – Claro, mamãe, eu pratico quase todos os dias.
[21:15, República]
Aproximadamente 100 pessoas já estavam pela casa. Alunos de Computação, Jornalismo, Filosofia, Engenharia e outros de Direito. Aliás, havia gente ali que nem Zac nem Derek tinham visto antes, mas essa era a graça da festa, sempre dava para conhecer gente nova.
Mitch estava sentada nos puffs com um pequeno grupo de pessoas, e a nuvem espessa de fumaça branca sobre eles denunciava.
Garota 1 – Você está muito melhor sem ela, Mitch. Sério.
Garota 2 – Até hoje não sei o que você viu naquela menina.
Garota 3 – Será que ela vai aparecer aqui hoje?
Garota 2 – Só se ela for muito cara de pau.
Garota 1 – Nada a ver ela chegar aqui.
Taylor, a tocando no ombro – Ei, Mitch.
Mitch, soltando fumaça e sorrindo – Oi, Taylor! Pessoal esse aqui é o Taylor, irmão do Zac.
Taylor – E aí, gente.
Garota 3 – Oi, tudo bom?
Garota 2, levantando-se – Eu não sabia que o Zac tinha um irmão tão bonito.
Taylor – Ahn, obrigado. Eu acho. Mitch, cadê o Zac? Eu o procurei em todo lugar lá fora.
Mitch – Se o Derek também sumiu, sabe-se lá.
Taylor – Vou deixar meu violão lá em cima e desço já. Isso é maconha? 
Mitch – Você quer um pouco?
Taylor – Nossa, faz anos que eu não fumo isso. Eu já volto.
[Música de fundo: We Don’t Care – Akon – 00:00 – 01:02]
Taylor passou por baixo da faixa amarela e preta que atravessava a escada e subiu até seu quarto. Deixou o violão e deu uma olhada no espelho. Ligou para Natalie, que disse estar tudo bem com as crianças. Passou uma água no rosto barbeado e desceu. A música lá fora estava alta e as vozes das pessoas estavam muito misturadas, ininteligíveis. Taylor foi até o jardim pegar algo para beber no freezer, passando por entre a pequena multidão que crescia a cada momento. Sentiu sua bunda ser apalpada umas duas vezes, mas não dava para ver quem era. Suspirou e chegou ao freezer, abriu a cerveja e tomou um longo gole.
Zac, batendo de leve nas costas de Taylor – Cabeça!
Taylor – Ei! Eu tava procurando vocês.
Derek, arrotando baixinho – Estávamos descolando uma parada.
Taylor – Sei. O Albie me dispensou, já que não ia dar ninguém por lá hoje. 
Zac – Não se estressa, bro, tu não vai ficar de mão abanando não. Mais tarde, mais tarde.
Taylor – Derek, você tá bem?
Derek – Estou, estou. Só um pouco… Tonto.
Taylor, rindo – Mas já?!
Zac – Não se preocupa com ele, o Derek ainda tem mais algumas horas antes de desmaiar.
Derek – Ei!
Zac – Ano passado tu morreu antes de 1h da manhã, porra, nem vem com essa de “ei”.
Derek – Eu misturei muita bebida.
Taylor – Entendi. Eu vou lá pra dentro conv…
Zac – Na-na-não. Vem cá, deixa eu te apresentar essas moças. Hey, ladies. (Duas garotas loiras e muito maquiadas se viraram, sorrindo). Esse é o Taylor.
As duas – Oi, Taylor.
Taylor – Oi, prazer.
Zac – Essa é a…
Loira 1 – Melanie.
Zac, passando o braço ao redor da cintura dela – Isso, Melanie, e essa…
Loira 2 – Christie.
Zac, sorrindo cinicamente – Christie. Garotas, ele é meu irmão do meio e faz muitos anos que não curte uma festa assim. Ele tem dois filhos, paizão, e as crianças vivem com ele porque a bruxa da ex-mulher largou todo mundo.
Taylor, constrangido – Zac! O que v…
Zac, batendo no peito de Taylor – E agora ele precisa se divertir. Vocês podem ajudá-lo nisso?
[Música de fundo: We Don’t Care – Akon – 02:24 – …]
As garotas se entreolharam, sorrindo, e começaram a tocar Taylor à medida que Zac se afastava sob o olhar surpreso de Derek. Christie, que era ligeiramente menor que Taylor e tinha volumosos e cacheados cabelos loiros, acariciou o rosto de Taylor e lhe beijou lentamente. Melanie, o abraçava por trás e lhe beijava o pescoço e mordiscava sua orelha. Taylor demorou uns dois ou três segundos para corresponder, mas suas mãos trêmulas logo puxaram Christie para mais perto. Da cintura de Christie, à mão esquerda de Taylor agarrou a coxa de Melanie. Ele virou o tronco para que pudesse alcançar sua boca e, ficando de costas para Christie, lhe mordiscou o lábio inferior. Os beijos seguiam lentos, quase no ritmo da música. Melanie desceu as mãos do peito de Taylor para o volume entre as pernas dele.
Ao redor, ninguém parecia notar o agarramento dos três, pois casais ou trios se beijando não era surpresa. Derek e Zac pegaram mais cerveja e saíram pela festa, rindo.
[21:58, Casa de Rachel e Jay]
Rachel, gritando ao telefone – Eu não sei qual é o seu problema, John! É só uma droga de festa!
John, gritando do outro lado da linha – Eu não quero que você vá! O que diabos vai fazer lá?!
Rachel – Me divertir, que tal isso?! (Respirou fundo) Olha só, eu te avisei dessa festa há dias. Não sei p…
John, batendo na coxa e levantando da cama – E eu não aceitei ir, porque lá não é lugar de mulher comprometida, Rachel! Vou levar minha namorada numa festa vagabunda daquela pra ficarem dando em cima de você, pra passarem a mão na sua bunda?! É isso que você quer?
Rachel, passando a mão no rosto, nervosa – Não estou pedindo sua permissão, John! Eu estou a fim de dançar e vou dançar com as minhas amigas já que meu namorado HIPÓCRITA não quer ir junto!
John, rindo – Hipócrita?! Por que que eu sou hipócrita, meu Deus?!
Rachel, quase chorando – Você fala de compromisso quando não consegue sequer me convidar pra me mudar com você! (John ficou em silêncio por alguns segundos). Onde é que isso vai levar, John?
John, fungando – Não é a hora nem o jeito de…
Rachel – Quando, hein? Quando será esse dia em que você se dará ao trabalho de discutir o nosso futuro? Eu estou cansada pra caralho de esperar por você.
John – Rachel, o que isso tem a ver com a festa?!
Rachel – E também não me aparece lá pra acabar com a minha diversão não, fica aí onde você tá. John, boa noite.
John – Rachel! Rac… (ligação cortou). Porra!
Rachel, virando-se para Jay e pegando o casaco – Vamos.
[22:20, suíte de Bethany]
Bethany terminava de cobrir Noah, que dormiria na cama com ela, quando ouviu duas batidas rápidas na porta. Estranhando, pois não esperava visitas àquela hora, surpreendeu-se ao ver Nicole pelo olho-mágico com um semblante não menos que atarantado.
Bethany, abrindo a porta – Nikki! O que foi?!
Nicole falando muito rápido – Bethany, eu preciso de um favor.
Bethany, olhando para ver se as crianças continuavam dormindo – Ok, e por que não ligou? Aconteceu alguma coisa?
Nicole – Eu precisava sair de casa. Não estava conseguindo dormir. 
Bethany – Vou pegar um copo d’água pra você.
Nicole – Você por acaso… Por acaso você conhece algum detetive particular? Um investigador. Você é criminalista, não é?
Bethany, entregando o copo – Sim, claro, por quê?
Nicole tomou metade da água do copo e fechou os olhos, respirando fundo duas vezes.
Nicole – Eu preciso que alguém siga meu marido. Acho que o Ike está me traindo.
[22:15, República]
[Música de fundo: 2gether – Far East Movement – 00:00 – …]
Vários carros e motocicletas estacionados lotavam ambos os lados da Frost Street. Pessoas sentadas (ou apagadas) no gramado frontal. Do lado de dentro, a música se ouvia abafada pelas tantas risadas e conversas simultâneas. No quintal cheio de gente, o jogo de luz piscava e as mãos de todos se agitavam no ar, seguindo a batida eletrônica da música. Zac fez um sinal para o DJ, pegou um microfone e subiu no pequeno palco e saudou os convidados, que gritaram e bateram palmas quando ele subiu. 
Zac, com um sorriso largo – Obrigado a todo mundo que veio, espero que todo mundo se divirta e saia daqui recarregado pra mais um semestre (risos coletivos). Então vocês querem música? (A multidão gritou). VOCÊS QUEREM MÚSICA, PORRAAA?
[Música de fundo: 2gether – Far East Movement – 02:15 – …]
Os convidados gritaram ainda mais alto e o DJ aumentou a música novamente, soltando a batida frenética que fez todo mundo pular ao mesmo tempo. No mar de mãos erguidas e luzes vacilantes, Zac e Jay, que acabara de chegar ao fundo da casa, trocaram um olhar que pareceu ter sido em câmera lenta - a festa, afinal, estava só começando.
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pocrix · 8 months
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Sexta-feira, 02 de fevereiro de 2024
De ontem pra hoje tive alguns altos e baixos, não sei se pelo período menstrual em si e a privação de hormônio num geral, ou se picos normais de uma pessoa tentando lidar com o que acontece.
Ontem a noite nas trocas de memes com o Maurício ele mandou uma coisa que não era um meme e como todas as vezes me perguntei se ele não tinha mandado errado, pra pessoa errada. Era um vídeo que dizia o seguinte – vou colocar o que se seguiu e fazer considerações:
Vídeo:
Ela diz: “Ele não se abre comigo”
Pensamentos dele: “Nem eu sei o que estou sentindo” / “Não quero ser só mais um” / “Vou resolver primeiro pra não deixar ninguém preocupado”
Ela diz: “Ele só pensa no trabalho. Não me dá mais atenção”
Pensamentos dele: “Esse mês talvez falte dinheiro pra tudo” / “O trabalho foi mais estressante que o normal” / “Não vou falar do meu dia porque foi uma merda”
Ela diz: Quando chega em casa só fica no celular”
Pensamentos dele: “Tô insatisfeito com meu corpo” / “Será que sou um bom homem?” / “Preciso parar de beber/fumar” / “Quase bati naquele cara”
Ela diz: “Como assim você ta cansado? Não fez nada o dia todo!”
Pensamentos dele: “Não fez mais que sua obrigação” / “Seja homem e da teus pulos (Tive poucos exemplos masculinos) / “Disse que dei o meu melhor mas sei que poderia ter feito mais”
Aqui meu primeiro pensamento foi: por que ele mandou isso pra mim? Claramente não é algo que eu tenha que saber. Mandou errado, será? Decidi fingir que era pra mim mesmo e se não fosse ele que lutasse. Pensei também que a pessoa que ele deveria mandar isso, era pra Naiana. Não pra mim.
Cris: Você é assim?
Mau: Acho que todos nós rs
Cris: Imagino rs
As vezes por pra fora ajuda, vocês deviam tentar de vez em quando
Mau: Sim eu sei, mas não é fácil se não tem o costume
Cris: Sei mais do que gostaria
Mas caso um dia você ache válido e queira falar sobre algo, sem querer uma conversa, só pra por pra fora mesmo, tô aqui
Mau: Gerar camadas rs
Sim, obrigado por isso docinho de coco
Pensei que ele poderia ter receio de comentar algo sobre o que anda acontecendo lá por ter a sensação de que isso me faria criar camadas. Não está errado e achei até bom ele pensar dessa forma, mas na hora real nem pensei nisso. Pensei que uma amizade é feita de conversas sobre a vida, independente disso gerar camadas na outra pessoa ou não. Não é uma amizade se não falamos sobre as coisas que acontecem. Na verdade, não é uma amizade da mesma forma que não é nada.
Cris: Ah não necessariamente
Eu faço uma coisa com a Débora de vez em quando que a gente precisa falar sobre algo, e não necessariamente quer a opinião da outra então a gente se avisa e tem o momento de exclusão do resto
Mau: Entendi
Parece interessante
Cris: Funciona, não tem como criar camadas se a outra parte tá lá só pra ouvir
No máximo tentar conversar de uma forma neutra
Mau: Podemos tentar qualquer dia desses
Agora vou jantar e partir
Tô só o pó
Beijinhos
No popo
Aqui tenho algumas pontuações a fazer. Primeiro fiquei feliz dele me ver como alguém possível de conversar de fato sobre alguma coisa, mesmo que seja pra ele desabafar e eu só ouvir. Talvez isso aconteça um dia, num futuro próximo talvez. Pelo menos é o que eu pensava ontem antes de dormir. Hoje já não tenho mais tanta certeza disso, e quem sabe, no final das contas seja uma coisa boa.
Segundo: Caso isso de fato aconteça, vai colocar muito em cheque a minha capacidade de não criar camadas. Pelo menos não que ele perceba, porque vou estar na posição de quase terapeuta. E caso eu crie camadas se isso acontecer, pode ser que isso crie um efeito rebote pra ele pessoalmente, no sentido dê: tentei me abrir pra alguém, esse alguém criou camadas desnecessárias e agora não me sinto mais confortável de fazer isso.
Terceiro: Beijinhos no popo – vulgo bunda. É uma coisa bem intima que brincávamos e era uma forma de demonstrar uma espécie de carinho. Não entendi de novo. Acho que nem ele.
                Agora já voltando para o relato normal, perguntei se ele tava bem e disse que mais ou menos. Perguntei o que houve e ele disse “situações com a Naiana. Mas já resolvemos. Logo melhora”. E isso me deixou bem mal, o que por sinal eu não esperava. Não falou mais nada sobre e eu também não perguntei. É o tipo de coisa que se não tem solução, solucionado está sabe?
                Mas depois disso o meu dia todo foi perdendo um pouco da cor.
                Comecei a pensar que não estou preparada pra ficar 1 semana sozinha por conta do feriado de carnaval, e talvez até mais tempo porque a Dani vai tentar pleitear o home office na quinta e sexta.
                Saindo da empresa, começou a tocar um podcast, totalmente aleatório que chama Vamo junto? E o episódio era nada mais, nada menos que: solidão vs solitude. E quero dissertar sobre isso aqui.
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