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MIGL
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Photosampling + Music + Life + Words. I Leça - Portugal I
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mynameismigl · 4 years ago
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✍️ O livro “o último cabalista de Lisboa” de @rczimler levou-me ate #belmonte. Não que a história do livro tenha algo a ver com esta aldeia histórica de Portugal mas sim porque Lisboa e Belmonte partilham uma coisa em comum : a presença judaica. Belmonte é descrita nos relatos históricos como uma aldeia no centro de Portugal que acolheu, durante centenas de anos, uma comunidade de judeus que, para fugir à perseguição da Inquisição, escolheu isolar-se do mundo e viver em segredo. Estes “Cripto Judeus” fingiam ter hábitos cristãos mas na verdade, na sua privacidade, mantiveram as suas crenças e práticas religiosas e quem sabe até os métodos esotéricos da cabala. Quem percorre a antiga judiaria de Belmonte dificilmente não sente o peso da história sobre si. As ruas estão mudas mas o silêncio ê ensurdecedor. Nestas ruas o silêncio é como uma cortina invisível que oculta os mistérios judaicos, mas curiosamente, esta mesma cortina aguça os sentidos para desvendarmos os pequenos sinais gravados nas portas, fachadas e recantos. Se os sinais estão la, então estão lá com certeza os últimos sefarditas da península ibérica. Foi no silêncio do isolamento que a comunidade judaica sobreviveu à inquisição e foi em silêncio que as suas práticas religiosas se perpetuaram e floresceram É mais do que justo que seja o também o silêncio a grande porta de entrada para a descoberta dos segredos de Belmonte #mynameismigl #photography #photo #post #writing #travel #viajar #iphoto #crónicas #instadaily #life #odisseias #frames #pensamentos #portugal #belmonte @turismoportugal @centrodeportugal @centro_de_portugal (em Belmonte, Portugal) https://www.instagram.com/p/CObL9XNF0Uh/?igshid=zwnfw6xjfkz4
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mynameismigl · 4 years ago
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| Marsaxlokk | 🇲🇹 “INDONÉSIOS EM MALTA” Em 2019 visitei #marsaxlokk uma pequena vila situada no extremo sudoeste da ilha de Malta. Foi aqui que conheci um pescador indonésio que vivia da reparação de redes e da venda de peixe no mercado local. Perguntei-lhe se o podia fotografar, ele ficou surpreso mas sorriu e disse-me que sim. Enquanto o observava a trabalhar naquelas redes rasgadas, lembrei-me do meu avô. O meu avô é algarvio e foi, durante grande parte da sua vida, mestre de redes. Lembrei-me de quando era criança e costumava brincar no quintal dos meus avós com os mesmos chumbos, linhas soltas, boias e agulhas que estava agora a fotografar. Disse ao pescador que tinha estado em Bali e ele voltou a sorrir. Logo a seguir perguntei-lhe se gostava de viver em Malta e ele disse-me que sim, que ali se vivia bem melhor do que na aldeia indonésia onde nasceu. O meu avô fez o mesmo, deixou a vila de Monte Gordo para vir para Matosinhos trabalhar. Trouxe com ele a sua arte e tornou-se um dos melhores no seu ofício. As linhas, as boias e as agulhas são só instrumentos. A arte, esse é o grande segredo dos seres humanos. A arte que liga-nos, diferencia-nor de toda a vida neste planeta e sobretudo, nos dá essa maravilhosa possibilidade de sermos “Indonésios em Malta” Terminei as fotografias agradeci e despedi-me do pescador. Ele sorriu pela última vez e continuou a trabalhar. Hoje ao reencontrar estas imagens, pensei no pescador indonésio. Onde estaria agora? Em Malta ou noutro sítio qualquer, tenho a certeza que está bem Aquele que domina um ofício com mestria, terá sempre na sua rede o peixe fresco para ser vendido no mercado. /////////////////////////////// @natgeo_revistaportugal @natgeo.portugal @nomad_viagens_aventura @fujifilmxpt #miguel #migl #photo #photography #instadaily #travel #life #path #discover #frames #life #myeyes #odisseias #discover #iphoto #malta #marsaxlokk #ujixt100 (em Marsaxlokk, Malta) https://www.instagram.com/p/CNvajnll8nU/?igshid=yhgzedccawfj
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mynameismigl · 6 years ago
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TANGER, DESTE LADO NÃO SE ESCONDE QUEM SE É
Do meu último reduto europeu, a cidade espanhola de tarifa , entrava expectante num ferryboat da Frs lines com destino à minha primeira experiência em África,. Tanger, as portas escancaradas de Marrocos, com os olhos fixos em nós, os europeus.
Em 45 minutos atravessava o mar mediterrâneo e na minha mochila trazia apenas uma garrafa de água gelada e muito espaço para carregar as cores, os cheiros e o misticismo deste país. Com alguma sorte,talvez também a possibilidade de encontrar ali recantos autênticos, crus e sem filtros para turistas. Claro que, quando vais em excursão, num “One day tour” não podes esperar muito,, ou melhor, no máximo quase nada. Felizmente enganei-me pois tanger está mesmo ali à nossa frente, autêntica , de cara deslavada, descalça na rua e sorrindo orgulhosamente de braços abertos para nos receber.
Entramos nas ruas em direção ao Kasbah, a fortaleza da cidade, orientados pelo guia local, Rasheed um expert nestas andanças, hábil comunicador e um poliglota, que nunca saiu de Marrocos. Um Clássico. Aqui, nesta zona do casco antigo, rompiam as paredes brancas, rematadas grosseiramente com cores azuis e amarelas, intercaladas por portas de madeira, adornadas com metais e cores vibrantes. Vislumbrava-se aquilo que eu procurava trazer na minha mochila. À Medida que percorríamos o labirinto de Tanger, as portas iam-se mostrando diferentes umas das outras e saltavam à vista vasos coloridos repousando nas janelas indiscretas, repletos de flores e plantas, cujos perfumes emolduravam a rua, entranhando-se no ar quente que nos atravessava como uma lança.
Rasheed pouco falava, talvez soubesse que a esta hora, Tânger dispensava tradutor.
Deambulamos por ali mais alguns minutos e cruzávamo-nos agora com mais frequência com as gentes locais. Estes, Indiferentes, olhavam para nós sem grande importância, claro, éramos apenas mais uns estrangeiros que espreitavam curiosos para dentro das suas casas escancaradas e rapidamente se davam conta que ali a história era outra, Tanger não se assemelha à maioria das nossas cidades, Tanger é mais pobre, suja e mais confusa mas tanger também se sabe fazer bela à sua maneira Lá no alto, na zona privilegiada, há um rei que a quer mudar rapidamente, usando para isso uma massiva construção de habitações sociais. Mas cá em baixo, a cidade parece não ter grande pressa em mudar os seus hábitos. Tanger é Tanger, crua, sagaz, fervilhante, antiga e malandra, tanger está na rua e não esconde quem é .
Recordo uma parede pintada com palavras árabes em cor verde. Pensei que fossem graffittis, ou outro tipo de arte urbana, mas não eram, rasheed não falou sobre isso, mas soube depois que se tratavam de mensagens radicais islâmicas que se propagam em silêncio pela cidade quando a noite cai. Caiu-me a ficha, tanger é também dura e sombria, um farol para os desventurados, capaz de transformar jovens inocentes em mártires sem nada a perder.
Chegávamos depois à Medina onde as ruas respiram o frenesim das lojas e bazares. Enquanto passava por mim um tuareg com um macaco ao ombro, Rasheed fazia sinal ao grupo e foi glorioso no seu discurso. Avisou-nos que nesta zona de compras seríamos assolados por inúmeros vendedores que tudo fariam para nos impingir algo, por isso, não devíamos vacilar, o truque era escolher bem e regatear o preço sem perdão. Depois, apontou para as “duas melhores” lojas da cidade, e seguimo-lo sem sabermos que o nosso guia nos levava primeiro para a loja da sua mãe, depois para a loja da sua sogra, e por fim para o doce regozijo da sua própria comissão. É o sentido tangeríano a vir ao de cima, rasheed como todos os vendedores de rua que nos apanhavam nas redes finas da Medina, era um verdadeiro mestre da sua arte. Após uma hora de compras, regateios e outras tantas tentativas de venda, o grupo reunia-se de novo em volta de rasheed para terminar a jornada. Até à entrada no bus fomos perseguidos pelos vendedores da Medina que em último lance trocavam o “isto custa 100 dihrams” pelo “quanto me dás por isto? Toma leva, dá o que tens!”
Tanger ficava para trás, Rasheed sorria orgulhoso e eu trazia a mochila recheada. Deixava apenas o espaço para regressar um dia.
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mynameismigl · 8 years ago
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TANGER, DESTE LADO NÃO SE ESCONDE QUEM SE É
Do meu último reduto europeu, a cidade espanhola de tarifa , entrava expectante num ferryboat da Frs lines com destino à minha primeira experiência em África,. Tanger, as portas escancaradas de Marrocos, com os olhos fixos em nós, os europeus.
Em 45 minutos atravessava o mar mediterrâneo e na minha mochila trazia apenas uma garrafa de água gelada e muito espaço para carregar as cores, os cheiros e o misticismo deste país. Com alguma sorte,talvez também a possibilidade de encontrar ali recantos autênticos, crus e sem filtros para turistas. Claro que, quando vais em excursão, num “One day tour” não podes esperar muito,, ou melhor, no máximo quase nada. Felizmente enganei-me pois tanger está mesmo ali à nossa frente, autêntica , de cara deslavada, descalça na rua e sorrindo orgulhosamente de braços abertos para nos receber.
Entramos nas ruas em direção ao Kasbah, a fortaleza da cidade, orientados pelo guia local, Rasheed um expert nestas andanças, hábil comunicador e um poliglota, que nunca saiu de Marrocos. Um Clássico. Aqui, nesta zona do casco antigo, rompiam as paredes brancas, rematadas grosseiramente com cores azuis e amarelas, intercaladas por portas de madeira, adornadas com metais e cores vibrantes. Vislumbrava-se aquilo que eu procurava trazer na minha mochila. À Medida que percorríamos o labirinto de Tanger, as portas iam-se mostrando diferentes umas das outras e saltavam à vista vasos coloridos repousando nas janelas indiscretas, repletos de flores e plantas, cujos perfumes emolduravam a rua, entranhando-se no ar quente que nos atravessava como uma lança.
Rasheed pouco falava, talvez soubesse que a esta hora, Tânger dispensava tradutor.
Deambulamos por ali mais alguns minutos e cruzávamo-nos agora com mais frequência com as gentes locais. Estes, Indiferentes, olhavam para nós sem grande importância, claro, éramos apenas mais uns estrangeiros que espreitavam curiosos para dentro das suas casas escancaradas e rapidamente se davam conta que ali a história era outra, Tanger não se assemelha à maioria das nossas cidades, Tanger é mais pobre, suja e mais confusa mas tanger também se sabe fazer bela à sua maneira Lá no alto, na zona privilegiada, há um rei que a quer mudar rapidamente, usando para isso uma massiva construção de habitações sociais. Mas cá em baixo, a cidade parece não ter grande pressa em mudar os seus hábitos. Tanger é Tanger, crua, sagaz, fervilhante, antiga e malandra, tanger está na rua e não esconde quem é .
Recordo uma parede pintada com palavras árabes em cor verde. Pensei que fossem graffittis, ou outro tipo de arte urbana, mas não eram, rasheed não falou sobre isso, mas soube depois que se tratavam de mensagens radicais islâmicas que se propagam em silêncio pela cidade quando a noite cai. Caiu-me a ficha, tanger é também dura e sombria, um farol para os desventurados, capaz de transformar jovens inocentes em mártires sem nada a perder.
Chegávamos depois à Medina onde as ruas respiram o frenesim das lojas e bazares. Enquanto passava por mim um tuareg com um macaco ao ombro, Rasheed fazia sinal ao grupo e foi glorioso no seu discurso. Avisou-nos que nesta zona de compras seríamos assolados por inúmeros vendedores que tudo fariam para nos impingir algo, por isso, não devíamos vacilar, o truque era escolher bem e regatear o preço sem perdão. Depois, apontou para as “duas melhores” lojas da cidade, e seguimo-lo sem sabermos que o nosso guia nos levava primeiro para a loja da sua mãe, depois para a loja da sua sogra, e por fim para o doce regozijo da sua própria comissão. É o sentido tangeríano a vir ao de cima, rasheed como todos os vendedores de rua que nos apanhavam nas redes finas da Medina, era um verdadeiro mestre da sua arte. Após uma hora de compras, regateios e outras tantas tentativas de venda, o grupo reunia-se de novo em volta de rasheed para terminar a jornada. Até à entrada no bus fomos perseguidos pelos vendedores da Medina que em último lance trocavam o “isto custa 100 dihrams” pelo “quanto me dás por isto? Toma leva, dá o que tens!”
Tanger ficava para trás, Rasheed sorria orgulhoso e eu trazia a mochila recheada. Deixava apenas o espaço para regressar um dia.
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mynameismigl · 9 years ago
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“LA CUBA LIBRE” MIGL
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mynameismigl · 9 years ago
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Às Gaivotas & Às Andorinhas!
Estou sentado numa das mesmas cadeiras da mesma esplanada da mesma praia de sempre. A areia, as madeiras, as chávenas e os copos permanecem aqui neste refugio de um tempo infinito. Só nós é que não, nós fomos embora.
Recordo-me do tempo em que fomos gaivotas; fazíamos desta praia a nossa casa, o.nosso quintal, o nosso parque de diversões, o nosso restaurante e sei lá mais o quê… Nesta praia fomos um bando de 10 , 100, 1000, descansando debaixo do sol, mergulhando na espuma do mar,.Era simples a vida das gaivotas : voar juntas, troçar da vida em grupo. A praia,  o nosso território, foi o nosso mais que tudo, e as outras gaivotas que por aqui aterravam, sabiam disso. Cada metro quadrado era guardado por mini bandos, uns mais velhos outros mais novos mas todos debaixo da mesma regra : isto é leça!
Estou agora a olhar para esta praia. Hoje não esta cá ninguém a não ser o bom velho de sempre, o titã. Disse - me que as gaivotas já partiram, e quando regressarem não serão mais as mesmas. Um novo tempo chegará em breve, radiante e esplendoroso fará destas Gaivotas de Verão algo maior, as Andorinhas da Primavera. Não se voará mais em bando, mas em família. Debaixo das suas asas trarão com eles uma nova geração a esta praia. Ah!Aí serão baptizados neste mar e apresentados ao refúgio desta esplanada. E depois chegará o momento do Titã. Imponente e intemporal, o bom velho olhará por esta nova geração, tal como o fez connosco. Não tardará também eles serão gaivotas e em bando descansarão debaixo do sol e mergulharão na espuma das ondas Um novo tempo chegará em breve..Bem vindas novas Gaivotas! Voem juntas, trocem da vida porque Isto é Leça!
MIGL
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mynameismigl · 9 years ago
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"There is nothing here but war, where the murderin' cannons roar And I wish I was at home in dear old Dublin"
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mynameismigl · 10 years ago
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Amêndoa do Douro
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mynameismigl · 10 years ago
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LEÇA FC I O Relvado da minha memória
O Leça FC fez sempre parte do meu imaginário de criança. Assim como qualquer miúdo que morasse por aqui, os nossos sábados eram sempre mais felizes quando íamos ao leça. Não me lembro muito bem dos jogadores, das equipas que defrontamos ou sequer quem era o treinador. Lembro-me apenas de 3 coisas, a música, o Serifo e o cheiro da relva.
A música era infernal. Hoje sempre que oiço um bombo a tocar sou atirado para curtas memórias que tenho da mítica claque do clube, completamente embriagada mas sempre pronta a berrar e a entrar em conflitos para defender a honra da equipa. Uma claque como todas as outras não fossem algumas personagens que as tornavam tão nossas, mesmo à leça.
O Serifo era o maior, não porque jogava como o Cristiano Ronaldo mas porque toda a gente dizia que era o maior. Até os velhos da bancada frontal (a única que tinha cobertura) , o diziam. E se eles diziam, não havia que enganar era mesmo o maior. O meu primeiro autógrafo pedi-o ao Serifo, o herói local, adorado pela cidade e que agora treina comigo no ginásio. 20 anos depois estamos ali lado a lado e de facto, mesmo sendo só um homem que jogou futebol, fê-lo bem, com amor e por isso é o que o Serifo é tão nosso, é mesmo à leça.
Agora. à medida que escrevo lembro-me também que o meu pai, nos intervalos dos jogos comprava-me um saco de pistachos. Nunca tinha visto aquilo, aliás achava que só ali é que havia.  Se calhar é por isso que hoje quando como pistachos me sabe tão bem,  sabe-me a ser criança outra vez e isso, perguntem a quem quiserem, é mesmo á leça. 
Houve um dia em que o leça jogou a subida de divisão. Antes do jogo terminar, preparou-se uma mega invasão em campo. E assim foi, o arbitro apitou já quase dentro dos balneários e a claque invadiu o campo. Primeiro levaram os equipamentos, depois as bolas e as chuteiras.  O Serifo ficou depenado, e foi levado em ombros como um herói local deve ser levado. 
Perguntei ao meu pai se podia ir ao campo e ele disse-me para esperarmos até todos se acalmarem. Fiquei ali à espera e vi pela primeira vez um arrastão.  Uma cidade inteira naquele estádio a lapidar o que podiam, a assegurar que cada um levava recordações daquele dia. Até as bandeiras de canto levaram e os placards de publicidade. Depois , o meu pai deu-me a mão e entramos no relvado. Nunca tinha pisado um relvado, era um tapete gigante com uma baliza monstruosa. Como todas as crianças eu também quis levar  alguma coisa para recordação mas já não havia mais nada para trazer. 
Achei eu que tinha voltado para casa de mãos abanar até que ontem, tantos anos depois, voltei aquele estádio e percebi que tinha trazido algo mais valioso do que chuteiras e camisolas, comigo, naquele dia, veio o cheiro da relva do leça e esse cheiro é a memória que eu nunca perdi…mesmo à leça!
Migl
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mynameismigl · 10 years ago
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Setembro
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mynameismigl · 10 years ago
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"Paperboat"
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mynameismigl · 10 years ago
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TRIPS
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mynameismigl · 10 years ago
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IMAGINE IF
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mynameismigl · 10 years ago
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Church in the Wild
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mynameismigl · 10 years ago
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- SAGRADA TRINDADE ANDALUZ - #art #photography #blog #migl #youngking #photo #photosampling #artist #sevilla #life #travel #photosampling #miglyoungking #instaart #tumblrart
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mynameismigl · 10 years ago
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MUSIC IS THE ANSWER - MIGL
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mynameismigl · 10 years ago
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Growing Up
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