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#a mae de todas as lutas
oocslt · 11 months
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Oii gente, bom dia!
Eu sou a Vit, ooc da Luniê, tenho 21 anos e sou super nova no rp do tumblr entao ainda estou perdidinha, peço paciencia e compreensão. Vou deixar o plot da Luni aqui! Por favor, venham de cnn e interação com ela eu imploro 🥺
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Resumão pra quem tem preguiça de ler o plot inteiro!
Lunie cresceu no Brasil e era uma criança muito meiga e carismática, ate o dia que seus pais morreram em um acidente quando ela tinha 17 anos, desde entao ficou amargurada com a vida. Seus pais eram ricos e sua mae famosa por isso decidiu entrar no mundo artístico apenas para ter vingança pois nao acha que o acidente de seus pais foi realmente um "acidente". Fora isso ela é muito receptiva com todo mundo apesar de ser carrasca, ela só é uma pessoa quebrada! sz
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Plot com mais detalhes
Nascida na Coreia porem criada no Brasil desde os 5 anos, Choi Luniê cresceu com muita facilidade e carinho dos pais sendo filha única tão sonhada e planejada. Morando na grande cidade de São Paulo cresceu de forma leve e tranquila, tendo direito as melhores escolas da região e as maiores regalias por conta do sucesso dos seus genitores, seu pai: Empresario multiempresarial e sua mãe modelo internacional, entretanto a fama e o conforto nunca subiu a cabeça da garota, sempre sendo alguem sorridente e bastante simpática, fruto da educação que teve e das experiências de luta e superação de seus pais.
Se passaram anos de paz e harmonia na vida da garota, até que aos seus 17 anos em uma viagem para a Coreia do Sul com seus pais um terrível acidente. Ao acordar em uma cama de hospital, sozinha e sem suporte recebeu a notícia de que seus pais infelizmente não resistiram e o óbito foi revelado a garota, desde então não pôde sair da Coreia pela sua menoridade. Não tinha parentes próximos e muito menos distantes para que pudesse lhe cuidar. Teve que crescer antes mesmo do que imaginou, dali em diante seria apenas ela por ela.
Passou um ano em um orfanato até completar a maioridade e conseguir morar em um pequeno Loft em Seoul, foi ai que começou seu processo de estudos da arte, música e dança. Luniê estava com sede de vingança, tinha certeza que o acontecido nao foi acidental, prometeu a si mesma que iria honrar a vida e morte das pessoas que mais amou e mais lhe deram afago durante sua vida.
Com o passar do tempo fez a audição e foi recrutada para seu processo de Treinee na Phoenix Media em um grupo que tinha o conceito que procurava para se destacar dentre tantas artistas da maior rede de entretenimento mundial. Durante esses 4 anos, sem dúvidas Choi era uma das que mais se esforçava, passava noites em claro produzindo, treinando e estudando sobre a história da arte musical. Não deixaria que ninguém a parasse e muito menos a travasse de conseguir o que queria, também nao era de conhecimento público ou até dos empresários e colegas de trabalho a sua história. Com o tempo foi criando gosto pelo que se propos a fazer, mas sem nunca esquecer o real motivo das noites de treinamento, estudos e investigações.
A noite de seu Debut foi uma noite de realizações, todas do grupo se dedicaram e foi impossivel que a maioria delas nao caíssem em lagrimas ao chegarem no camarim, mas la estava Luniê firme e forte, apenas com um sorriso no rosto tentando consolar as garotas que passaram por tudo aquilo consigo, estava apenas começando a jornada do grupo. A garota se tornou alguem bastante amado pelo público, apesar de nao ser mais tão sorridente e feliz como era em sua adolescência a vida a fez ser menos carismática, entretanto de certa forma as pessoas viam veracidade em quem era a menina.
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matoskarinaa · 4 months
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HOME SWEET HOME
Sao 01:15 da manhã, e eu vou começar a arrumar minhas coisas pra voltar pra casa. Perdi a batalha, mais uma. A sensação que eu tenho é que só perdi, todas as batalhas que eu me propus a lutar, eu perdi. E isso me consome. O sentimento de perda, de que não sou boa o suficiente em nada é de dar pena, mas eu não quero me maldizer e ser uma coitada. Eu não quero ser mais um problema na vida das pessoas e é por isso que eu aceitei essa decisão, de voltar a estaca zero e fazer as coisas diferentes dessa vez. Agora que eu vi com meus próprios olhos como a vida aqui fora é ingrata e cruel, e o que ela pode fazer com a gente. Ela suga tudo de bonito e vivo que a gente guarda dentro de si, a beleza da vida. E hoje eu nesse lugar, consigo entender tudo o que ele passou, e pra ele foi pior. Eu tinha o direito de assumir a derrota, catar meus restos e voltar “pra casa”, mas ele não tinha. Ele não tinha quem fizesse por ele, assim como eu tinha ele pra fazer por mim, e mais outras pessoas que fizesse. Ele me tinha, sempre me teve, mas mesmo assim era como se não tivesse nada, por que o que eu poderia fazer por ele, e o que eu fiz nāo foi de grande ajuda por que eu não poderia ajudar da forma que ele precisava. Eu só podia dar apoio, e amor incondicional, e foi isso que eu dei, todos os 3 anos, até quando ele não sabia retribuir, até nos dias que ele nāo merecia, até nos dias que ele não sabia aceitar. Mas eu sempre estive ali, como uma constante, e eu sempre acreditei no que ele me dizia “um dia eu vou ser capaz de retribuir tudo o que voce e sua mae fazem por mim”, e ele foi mais do que capaz, mais rápido do que qualquer um acreditou ser possível. E ainda bem que eu o tinha, foi por conta dele que eu consegui durar 7 meses longe, se não eu já teria perdido a luta muito tempo antes.
Hoje me apareceu a metáfora do sequilhos, “o problema não era a goiabada nem o padeiro, era eu. fui eu que, amando o que amava, queria do meu jeito, sem entender que eu gostava era do jeito que era”, coincidência né? Parecia a vida me jogando na cara mais uma batalha perdida, que escorreu entre meus dedos e eu não consegui conter. Eu fui até a casa dele com o discurso pronto na minha cabeça das coisas que eu tinha pra falar, achando que eu seria capaz de falar, mas não fui. E ainda bem que eu não falei por que ai as coisas não teriam o fim que tiveram e eu não teria a percepção que eu tive voltando pra casa.
Eu o amo, isso é incontestável e inegável. Eu só não tinha percebido até estar no mesmo lugar que ele, o quanto ser amado faz diferença. E amar quem não se sente amado é um desafio diário, e eu também não sei receber amor, apenas dar. Como deve ter sido difícil pra ele, fazer o que fez, ser corajoso a ponto de deixar tudo pra trás - medos, achismos, comportamentos - e se arriscar em uma vida nova. Em uma vida onde ele era capaz de amar e ser amado. Eu nunca conheci alguém tão forte quanto ele, que mesmo passando pelo o que passou ainda consegue ser uma das pessoas mais carinhosas e altruísta que eu tive a sorte de cruzar nessa vida. E eu não entendi isso antes. Eu amando o que amava, não percebi que o amava por ser ele, como ele sempre foi. Independente de qual situação estivermos, seja amigos ou namorados. Eu não amo a idealização dele, ou o que ele pode vir a ser. Eu o amo pela pessoa de bom coração que ele é, amo o pai que ele é, e a filha que ele educou, amo o trabalhador exemplar, o jogador de lol, o maconheiro que aperta becks perfeitos, o cozinheiro prodígio que faz o melhor feijão. Eu sinto muito não ter percebido isso antes, a história do é preciso perder pra aprender a valorizar é real.
E eu fui até a casa dele pra dizer que eu estou disposta a lutar por nós, e melhorar no que é preciso, que assim como ele eu também sou capaz de melhorar e me dedicar a alguém pra construir algo melhor juntos. Que eu quero construir algo bonito, mas com calma e sem atropelar as coisas. E se eu tivesse coragem o suficiente, pediria uma chance, pra fazer diferente. Assim como ele teve a dele, é justo que eu tenha a minha. Mas não posso obrigar alguém a me aceitar em seu coração. Ainda mais que eu sei que vou errar muito ainda, e meter os pés pelas mãos muitas vezes também, é normal, somos humanos, assim como ele vai cometer os dele. Eu não tenho nada além de medos na bagagem que eu trouxe comigo e a vontade de fazer diferente de tudo o que já vivi e tive como exemplo. O caminho é tortuoso e isso faz tudo ser mais difícil pra gente, mas me conforta saber que no final eu tenho a ele, e ele a mim, é o que me dá esperança pra acreditar que a vida pode ser boa.
Como eu disse la em cima, um dos motivos de estar voltando pra casa é pra poder fazer diferente, pra construir algo melhor, com uma rede de apoio dessa vez. E a motivação maior foi a esperança de poder e conseguir correr do lado dele, pra poder um ajudar o outro igualmente, por que eu aqui e sozinha só seria mais um problema pra ele se preocupar, mais um peso pra ele carregar. Quero poder dividir a vida com ele e voltar a ver beleza na vida, conhecer lugares e novas experiências com ele ao meu lado. Quero poder estar com ele quando andar de avião a primeira vez, quero conhecer a Bahia com ele também, não existe ninguém no mundo que eu veja ao meu lado nesse cenário que não seja ele. Quero o ajudar com os trabalhos da faculdade e o incentivar quando ele pensar em largar tudo. Quero que a minha familia seja a dele, pra ele saber que a minha casa, também vai ser sempre uma casa pra ele, e que comigo ele sempre terá pra onde voltar e receber o amor que o negaram por muito tempo. Ele me faz ser uma pessoa melhor todos os dias, e eu não posso o perder. Eu já perdi tantas pessoas na vida, não quero que ele seja mais um.
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secretxorld · 6 months
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tenho que esquecer . sera que vale a pena ? não vale .. sei que é quando se ouve esta palavra que o meu coração pára, sinto que não tem mais motivos, e a minha autoestima rebenta e desiste. as palavras deixam de fazer sentido, e tudo o que vivi, passa de novo, segundo a segundo na minha cabeça, como se fosse um rodapé de emoções. é quando sinto que tenho de seguir uma palavra que não quero seguir mas tenho que seguir. mas sabes? ninguém merece as tuas lágrimas, e quem as merece ? jamais te fará chorar, e quando estiveres a cair, agarra-te a qualquer sonho, ou a um filho agarra-te a um objectivo, porque a tua vida foi desenhada ao promenor e tu és o autor dessa história. porque que achas que cais tantas vezes ? azar ? não. sorte. e o sofrimento que te levanta e te faz sonhar mais alto, chegar mais alto. e tu sabes isso melhor que ninguem .. que se sentes tisto não fiques para assistir a queda .. pois se ficares, tudo isto, toda a dor, todo esse sufoco ? vai repetir-se sempre, até que aprendas. os pés no chão poucos os teem, e quem já teve de aprender a lidar com esta palavra ? é um lutador. porque também é preciso ter coragem para desistir e seguir em frente. amanha vai crescer o teu filho e vai te fazer a pessoa mais perfeita que podias ser, se não deixares ir quem te faz mal, jamais terás algo que te faça bem. segue algo que te mova, não sigas algo que te faz parar na vida, porque a vida ? só tens uma. e se aquela pessoa não merece a tua presença ? SAI. é mais facil sofrer sozinho que sofrer a lutar, pois é nesses momentos que a tua força desiste, e te faz sentir fraco. é nesse momento que pelo teu rosto vai escorrer lágrimas, é nesse momento que o teu reflexo no espelho te vai parecer o mais imperfeito do mundo. mas lembra-te. se não gostares de ti ? quem gostará ? vai estar o teu filho ah tua espera que precisas de ti, e sabes o que significa ? ESQUECE. vai doer, vais cair, vais chorar. dentro do teu peito, vais sentir o que sinto neste qmomento, porque se quando te apaixonas nascem borboletas no estomago ? quando tiveres de seguir em frente, elas vão andar aos trambulhoes no teu estomago, borboletas mortas. o silêncio não é a melhor opção. solta-te, vive, esqueçe, desaparece da vida dessa pessoa. se ela não te merece, o que que tu fazes aqui ? diz-me ! vais chorar todas as noites novamente ? (....) o que é teu ? volta sempre, o que não volta ? nunca foi teu, a vida poe-te a prova a cada segundo que passa, mostra que consegues ultrapassar tudo. tu és forte e por o teu filho tu consegues lutar contra tudo e todos. Agarra te a ele como eu me estou a agarrar ao meu! nao passo um segundo que seija longe dele, porque nao ah amor mior que um amor de uma mae por um filho. um dia vais olhar para tras e vais perceber que a tua decisão foi a melhor porque o que tens de melhor na vida é o homem que o teu filho se vai tornar lutar para que ele seja sempre melhor que tu própria foste! educa o teu filho melhor que te educarão foca te nele e nao arranjes mais ninguem pois o homem da tua vida é e sempre vai ser o teu filho, e nao ah prazer maior que veres o teu filho feliz! ninhum homem sera capas de trazer maior felecidade que ele e sabes porque? porque ele saio de ti ele vai ser sempre parte de ti! vai ser sempre o melhor que teras na vida! Luta por ele vive por ele SE FELIZ POR ELE !
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diariodemayj · 9 months
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05 de janeiro
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Oi amores! Tudo bem?
Ontem ganhei AÇAI e grata irmã CELLY é maravilhosa.
Hoje é um dia tranquilo mas muito calor ontem também. AVISO: EU ODEIO SUADA ahahah.
Tete ja foi embora, Irma e mãe saiu por isso medico. Eu estou acordei sozinha em casa mas com empregada domestica Balbina e neto dela na casa. Só isso! Hoje eu livre sozinha no meu quarto HAHAHAH! Tete roubou meu ventilador e eu suada. Mds! Socorro, mas ela ja embora. Ainda bem, eu posso sozinha paz. Hahaha Avó só voltando em fevereiro. OBA!
Sabia que hoje vai saber ter participantes serão no BBB24.
Eu pensando ir sine MAS todo mundo disse quer não é boa porque muito demora ou não funcionaria. Só isso, gente! Deixa la, eu enviei mensagem mas obrigatório presencial que eu acho que é chato.
Pintei unhas cor PRETO, lindo e chique. Hahaha! Só fico em casa e assisto filme e twitter sobre bbb24. Gosteeeei! BBB raiz diferente do passado. Já estou ansiosa vem segunda-feira oBA!!!
Minha mae me ajudou resolveu app carteira do trabalho e cadastrei nova senha. Só Isso! simples.
Conversei com dorameiras surdas no wap sobre vaga de trabalho Cas, Asma e Sine são difíceis. Mas melhor eu luta mesmo e procurando empresas vagas. Deus me dar que eu consigo trabalho em nome JESUS. Amém? Amém.
Minha mãe me mostrou email dela hospital informou adiou dia 10 de janeiro oftalmologista era amanhã mas mudou dia. Aff! mas tudo bem, avisei Celly. Só isso! Já passou quase 1 ano sem óculo precisa mudar grau e primeiro medico.
Celly comprou de novo, comi churrasco delicia.
Deus é bom, pedir Deus te abençoe a vida Celly.
Chegou irmã Manu ainda não decidir ir casa de pai, Ela me explicou meu pai é complicado, Celly quer ir só ver avó e não quer conversar com o pai mas ele nao quer que ela entra só quer expulsa. Mds! Que pesado! Precisam perdoar, só orar.
Eu não sei ir amanhã mas não gosto de Celly sozinha. Porque ela é minha irmã, sabe? eu sou mole. Eu pensando que amanhã vou conversar com pai. Meu namorado disse que Celly não melhor ir casa porque a toda familia obrigar. Eu acho que concordo. Só não quero confusão de família. Importante lugar mente bem, viu?
AGORA EU SUADA. VIU? HAHAHA
LOGO VEM CHUVA HAHA
Boa noite a todos!
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bradley-julian · 1 year
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Kylian Mbappé mantém em segredo seu próximo destino, deixando os fãs em suspense. Em uma recente entrevista à 'NCI Sports', a estrela do PSG expressou sua admiração pelo futebol africano e condenou firmemente todas as formas de racismo. Enquanto aguardamos ansiosamente por um anúncio oficial sobre seu futuro, as palavras de Mbappé mostram seu compromisso com o esporte e a luta contra o preconceito. 
https://game.multicanais1.live/2023/07/kylian-mbappe-mantem-a-mae-no-futuro-enquanto-abraca-o-futebol-africano/
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davidmuitolouco · 2 years
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Dia Internacional da Mulher - 8M A Mulher da Minha Vida Mãe, obrigado por ter se tornado o melhor Ser Humano do Mundo! Dizem que o Amor mais próximo do amor de Deus, é o Amor de Mãe! Deve ser verdade mesmo, porque a Sra. fez o que podia e o que não podia para nos ver felizes! Obrigado por nunca ter desistido de acreditar em nós! Ser Mulher é demonstrar que ainda nesta sociedade de então, a luta pelos direitos deve ser empenhada todos os dias com todas as possibilidades, correlação de forças aliadas às consciências de classe. A Sra. sempre foi exemplo de coragem, determinação, vontade de viver, bondade! Mais uma vez, obrigado! TE AMO! 🌹 #david #solange #mother #mom #mae #woman #mulher #wonderwoman #mulhermaravilha #mulheresempoderadas #8m #diainternacionaldamulher #love #amor #celebration #celebração #freedom #liberdade #wednesday #quartafeira #fashion #rayban #youcom #zara #instagram #instagay #gay #lgbt #lgbtqia #traaa (em Pinheiros) https://www.instagram.com/p/CpjQFOwuGuM/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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cinemaparasempre · 2 years
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psicoonline · 3 years
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Hoje é o Dia Internacional das Mulheres. Neste dia, em especial, é muito difícil escrever um post. A primeira coisa que vem é um explosivo: Feliz dia das Mulheres, saudemos este dia e as conquistas que ele representa.
Na sequência, contudo, vem um: como assim feliz? Essas conquistas vêm de uma batalha diária, alicerçada por dores, sofrimentos, desigualdade, violência que permanecem e ainda são gritantes?
Ainda assim, como profissionais da psicologia, somos majoritariamente mulheres e, embora seja desafiador no dia a dia, lembramos que toda a luta diária, também precisa comemorar conquistas.
Neste instante há aquelas que amam e amariam receber flores e felicitações mas também há extremos onde o desejo é que as flores e felicitações dessem lugar a dignidade, respeito, equidade ou nenhuma violência. Utopia? Não sei. Trabalho, luta, ações: com certeza.
O dia das mulheres serve para isso: para lembrar que toda luta precisa de um momento para avaliar e comemorar suas conquistas, mas também planejar novamente suas ações e lutas.
Desejamos sim um feliz dia das mulheres, mas desejamos também que a violência diminua, que a diversidade seja respeitada, que não caia no esquecimento as mulheres da Líbia, as brasileiras que enfrentam um conservadorismo patriarcal violento todos os dias.
Desejamos que as ações na sociedade e a moral sejam trabalhadas e que a consciência deste dia mostre que homenagear é excelente, mas que respeitar e trabalhar para reduzir a desigualdade e os resultados nocivos do machismo, patriarcado, violência são ainda mais urgentes.
Esse é o ponto: lembre-se que este dia é um marco para parar e pensar: estamos no caminho certo?
Psico.Online
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indeciisao · 3 years
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quando você aborda o assunto “ RELACIONAMENTO ABUSIVO”  todos ja criam opniões sem ao menos terminar de ouvir o que você está falando ,gente ainda tem um tabu , ou um certo medo das mulheres falarem sobre suas experiências,  eu mesma  achava que nao iria conseguir falar sobre , e realmente eu não consigo , mas  eu consigo escrever, então cá estou falando sobre esse tema dificil e tenso!
Bom ... sim  eu passei por isso sim , nao vou falar o nome nem nada sobre a pessoa , mas falarei de mim e tudo que eu passei envolvendo esse tema , gente é um pouco dificil pq e uma coisa muito seria , você nunca imagina que irá passar por isso , é mais facil pra quem esta de fora do relacionamento  perceber esses abusos , por incrivel que pareça isso é verdade ! 
minha mae sempre estava de olho e me alertava sobre algumas coisas mais ninguem esta junto por 24hrs para saber o que realmente acontece , tudo começa um mar de rosas e você acha que ganhou na loteria , ate que começa a regrar o celular , com quem voce conversa , as senhas da sua rede social ,e tem gente que acha isso normal , bom cada um com sua opnião ! ... 
As mulheres precisam entender que , gritos , chingamentos , se bater na parede nos moveis em locais perto de voces , empurrões , se rasga suas roupas vigia suas redes socias  , regra as pessoas que você segue  È ABUSO SIM !
abusadores tem o dom de te machucarem e ainda tentarem colocar na sua cabeça que a culpa é sua , que tudo que acontece e tudo oq ele faz e por que você provoca ! 
eu era uma que sempre acreditou que o problema era comigo, eu aceitei algumas coisas absurdas , quando estavamos na frente dos amigos  eu sempre era a mais  feia e sem estilo , a com os dentes tortos que nao podia sorrir ,eu so podia usar calça jeans pq minha bunda era grande de mais e no short ficava em relevância e deixava ele com raiva em pensar que outras pessoas iriam  me ver e isso fazia ele ter raiva e descontar em mim , e eu acreditava e nao usava , eu sempre fui de comer bastante , quando tinha almoço pra ir eu nao podia repetir nem colocar muita comida pq era falta de educação , eu nao podia usar piercing pq era coisa de favelada, meu cabelo sempre tinha que estar solto , eu sempre gostei de luta de jogar bola e era apaixonada em andar de skate , e eu parei pq ele disse que nao gostava pq era coisa de maria homem , eu tive que me afastar dos meus amigos , tive que parar de contar as coisas para minha mãe pq era ameaçada,  eu sempre pedi colo pro meu pai pra receber um conselho um carinho em algum momento dificil , ou so por querer um momento com meu pai, e ele nao gostava dizia que mulher nao tinha que sentar no colo de pai nem de ninguem , eu ja fui trancada em um quarto e tive que ouvi uma briga de familia na qual estavam falando mal de mim , eu apanhei , varias vezes , em lugares nao visiveis que as roupas podiam tampar, e eu não podia contar para minha mãe pq eu tinha medo do que podia acontecer , eu era forçada a ficar queta e sempre ficava sofrendo ameaça e pressão psicologica , passei por momentos que eu não consigo contar , depois de ir atras de ajuda da propia familia , eles me disseram que mulher tem que ser submissa do home que home e o dono da vida da mulher, eu nao acreditei e tudo piorou  todos ficaram contra  e tudo ficou muito muito pior !  
todos os dias tinha gente na minha casa na minha porta , me seguiam em todo o lugar e eu fiquei com um medo tão grande , que parei de sair , nao consigo fazer novas amizades , nao consigo confiar com tanta facilidade , eu saio ja observando tudo , todas as pessoas que se aproximam eu ja vejo como ameaça ! 
gente isso é a pior coisa  eu sofri muito ate tomar coragem  pela minha vida e terminei com tudo fiquei escondida em casa por meses ninguém me viu , minha mãe sempre perguntava  e eu nunca consegui contar e isso durou anos , até eu milagrosamente conversar com um amigo que me fazia sentir segura e eu conheci um amigo dele , e ele foi tão gentil , tão carinhoso e atencioso , eu no começo fiquei travada nao conseguia conversar direito mais eu nao sei como esse amigo vulgo Leonardo Favato Maia Oliveira , conseguiu driblar minhas barreiras de defesa emocional , e veio do nada na  minha casa , ele pegou uma brechinha na minha vida que eu nem sabia que existia e me ajudou , conseguiu abrir o livro da minha vida e eu contei a ele todas essas coisas e com muita ajuda dele eu consegui contar para minha mãe tudo que aconteceu e depois pro meu pai  e eu posso dizer que me libertei !!
mas o passado de anos e anos atrás me assombra todos os dias , eu continuo com o medo dos homens aletorios na rua , mas nao deixo mais nenhum homem gritar comigo nem levantar a mao pra mim , e eu sei que nao e facil essa caminhada e precisamos de um apoio para conseguir  e nao e facil contar isso para ninguem mas é preciso , so assim voce vai conseguir superar isso , se você que esta aqui lendo isso e passa por algo parecido e nao tem com quem contar ou conversar fale comigo !!
Essa foi minha experiencia pessima mais a cada dia  que passa estou superando mais e mais !!
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sapphoserver · 3 years
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Conheça uma das sáficas que foi tocada pela Deusa Sappho! ISIDORA MAE-CALLIS, nascida em 1996, foi inspirada no Arquétipo Diplomata.
Nome da Personagem: Isidora Mae-Callis Faceclaim: Sejeong (gugudan) Arquétipo: Diplomata Data de Nascimento / Idade: 28/08/1996 | 24 anos Nacionalidade: Grécia Orientação Sexual / Romântica: Lésbica Comportamento Sexual: Alossexual Identidade de Gênero: Cisgênero
Biografia
Quando um importante diplomata coreano pisou em Creta, Grécia, foi amor à vista por uma importante boxeadora olímpica. Entretanto, a família não foi a melhor coisa que poderiam lhe ocorrer. Após uma injúria no pulso e ser aposentada à força, o pai não mais queria continuar alternando entre a Coréia e a Grécia. Um divórcio muito conturbado, fazendo com o que o homem apenas desaparecesse aos olhos da família. A mãe, praticamente abandonada e a filha, apenas uma criança que nunca entendeu a situação como um todo. De todo modo, eram apenas as duas agora e continuaria assim por muito tempo. Para conseguir toda a renda necessária e criar a filha, a mulher começou a lecionar em uma grande academia de box, onde Isidora passou a maior parte de sua vida. Da lábia aos punhos, a vida de Dora era assim enquanto traçava seu caminho como uma excelente oradora, poetisa e filósofa após se formar na Universidade de Seoul. Tudo pelo singelo motivo de um dia fazer o pai se arrepender da filha que ele abandonou e nunca mais trocou um contato sequer. Sabendo que ele tinha investido na carreira política, com os anos que foi ascendendo ao papel da mulher forte, impecável, influente e estudiosa aos olhos da onda feminista coreana. Ela era agressiva, mas sabia acolher todas aquelas que sofreram com as suas palavras. E, inspirada por grandes movimentos por todo mundo, ela recrutava mulheres que se comprometiam com a causa para o que chamava de Panteras Cor de Rosa, com influência direta aos Panteras Negras de Bobby Seale e Huey Newton. Um movimento que avançava como auto-defesa para as mulheres, onde além de inspiração, eram ensinadas aulas gratuitas de luta para aquelas que não aguentavam apenas gritar, mas precisavam agir de forma rápida e efetiva. Assim era Isidora, uma líder nata que cada vez mais juntava as pessoas em um só coração, mesmo as convicções dela sendo puramente pessoais e distorcidas. Ela faria de tudo para acabar com a injustiça, tornando-se uma figura polêmica na sociedade coreana.
Qual a ligação da personagem com Coletivo Ode to Sappho?
Quem ajudou Isidora a começar e crescer em sua carreira foi o coletivo. Para uma menina que apenas fazia poesias genéricas e continuava tentando conscientizar as pessoas à cerca do que acreditava, não se via espaço para as obras puramente feministas e sáficas da qual ela é conhecida hoje em dia. Dora foi acolhida, foi colocada no caminho que seu coração necessitava e, em gratidão a isso, ela se propôs a tornar-se o principal nome na mídia quando se pensava em mídia lésbica. Em um país marcado pelo tradicionalismo e conservadorismo, onde quem saísse da curva padrão era linchado ou simplesmente colocado na marginalização, Isidora não se importava. Ela queria chegar nas pessoas iguais a ela e mostrar que elas tinha um local a pertencer e, sem mal perceber, era ela quem trazia meninas sem rumo para o coletivo. Porque, assim como ela, imaginou que precisassem pertencer a um lugar que não as matasse por dentro (e por fora), um local em que elas podiam ser elas mesmas e serem amadas desse jeito.
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Menos um dia
 Todos os dias tem sido uma tortura viver sem saber qual vai ser o  dia de amanhã. 
Sabe, eu cometi uma sequencia de falhas e erros na minha vida, eu acho que nao consigo me perdoar por isso..  Eu em culpei quando minha mae morreu quando deixei ela aqui em casa só e fui pra casa do meu pai, passar o dia la, eu nao tratei ela tao bem nos seus ultimos meses de vida. Eu nao fui carinhosa como deveria, sabe.Eu quis ter feito diferente porque ela era meu tudo... Meu pai em um dia que brigamos quando eu tinha 14 anos e ele me disse isso recorrentes vezes.. Depois que minha mae se foi minha vida se transformou num inferno pois meu pai é uma pessoa perversa, narcisita, aproveitador, manipulador. Ele destruiu minha vida dos meus 13 ate meus 17 anos. Eu consegui me reerguer quando consegui trabalho e logo na sequencia consegui iniciar a faculdade. 
Sempre ouvi que era uma vagabunda, safada, e outras palavras de baixo calão, sempre ouvi da minha familia que seria uma perdida, que iria arrumar barriga cedo, que iria me envolver com coisa errada que seria uma desviada na vida. Mesmo sabendo desde tao cedo que temos ter o máximo de cuidado ao lidar com pessoas e o quanto elas podem ser nocivas na nossa vida, o quanto podem destruir e envenenar nossa alma, o quanto podem arruinar nosso proposito, eu ainda escolhi depender e acreditar nelas.
Hoje eu vivo sem saber se vou conseguir realizar meu sonho de ir pra Europa, (coisa que nem sei mais se vou fazer mesmo), se vou conseguir fazer minha prova, se vou conseguir usufruir da minha festa de formatura, se vou conseguir advogar um dia... Claro que é notório que a pandemia nao vai durar pra sempre, nem por muitos anos assim a ponto de impedir todos meus planos, mas aí eu penso: será que eu vou sobreviver a tudo isso? Sera que eu vou ter vida ate quando tudo isso amenizar? Pq as vezes parece que essa situação toda tende a durar por mais algum tempo, e nao sabemos o dia de amanha. Ontem mesmo tive vontade de me cortar, e tenho um pouco de medo de ver como minhas emoções oscilam. Sabe o que é? Eu nao cuidei do meu coração direito. Eu nao cuidei da minha saude emocional e psicologica como deveria, eu nao me protegi de gente que podia me devastar mesmo após tantas experiencias com pessoas... Eu nao estudei e me formei antes de começar tudo isso pq eu deixei pessoas ruins fazer parte da minha vida e entrarem no meu coração e fazer um estrago em tudo, ai tive que me tratar e atrasei o processo.. Eu nao tive foco, eu nao cuidei dos meus planos como deveria, eu atrasei tudo e estou vivendo a Deus dará hoje pq eu falhei muito em busca de afeto, de carinho, por dependencia emocional. Primeiro arruinei o tempo que eu tinha, depois arruinei minha vida financeira, e por causa disso me envolvi com um narcisista que só tirou proveito enquanto eu poderia oferecer algum ego, e eu dependia de carinho e acolhimento dele, e quando eu nao servia mais, ele me descartou como se eu nao fosse nada... Assim eu conheci alguem que me trouxe uma nova perspectiva de vida, que me trouxe uma visao nova sobre tudo, que esta em outro pais, que me ajudou com varias questoes emocionais e me trouxe um plano de fuga incrivel, que só nao foi concretizado em razão da pandemia, essa pessoa parecia perfeita, ate eu descobrir que 80% da visao que eu tinha sobre ele na minha cabeca era totalmente distorcida, que houve trairagem e mentira, ai eu tentei seguir minha vida aqui no BR. Machucada, decepcionada e frustrada 2x. Conheci alguem que me deu em 2 semanas o que eu nao tinha recebido na vida de ninguem e mais uma vez permiti que essa pessoa tivesse a permissao pra mergulhar nos lugares mais profundos do meu coração, mas mais uma vez eu errei pois era algo que eu nao deveria ter permitido pois nao era a ordem natural. Dias depois, eu fui demitida. Falhei mais uma vez, por mais que eu quisesse ser mandada embora, nao queria que fosse exatamente nesse momento, mas queria me distanciar de la o mais rapido possivel pois queria ter tempo pra me dedicar a minha prova. Mas queria que tivesse sido em outro momento, eu fui demitida pois cai em erro em manter proximo uma pessoa ardilosa e asquerosa, que armou contra mim, mesmo sabendo que ela nao era confiavel, ainda pra ajudar, estou cumprindo aviso. Nunca fui tao sugada por uma empresa. Mas a culpa de ter caido naquele lixo de lugar foi minha por nao ter me dedicado a oab e nem estudado mais pra ter me formado antes. Mas cai mais uma falha pra por na conta do meu caderno de falhas e fracassos. Eu achei que tinha aprendido a lidar com a dor de falhar, mas hoje eu vejo que eu sangro muito com isso. Mesmo tentando me proteger das coisas que mais me causava aflição que era a questao financeira, eu vi que falhei comigo, falhei com meu psicologico, meu emocional, meu espiritual, falhei com Deus. Falhei mais umas 10x depois de 1 dos meus maiores tombos... Sabe todos os dias tem sido uma luta viver, continuar viva, continuar respirando e cumprindo com minhas obrigações como se nada tivesse acontecendo. Todos os dias tenho vontade de procurar o J. para tentar consertar as coisas (pq mesmo sabendo que a culpa nao é minha e que realmente muitas coisas teriam que ser acertadas e que eu nao sou a unica interessada, eu me culpo), todos os dias tem sido uma tortura trabalhar naquela loja sabendo que eu nem deveria estar la se eu fosse mais disciplinada, que eu ja poderia estar advogando a muito tempo, todos os dias tem sido uma tortura ser humilhada em casa sabendo que se eu nao tivesse sido fraca quando vivi num relacionamento abusivo e perdido um baita dinheiro eu poderia estar em outro patamar da minha vida, (casada, com carro, com a vida feita, sei la...)
Eu sei que a vida é feita de erros e acertos, e desde ontem tem algo que tem me perturbado a mente, eu sei que há uma dor que nao consigo lidar. E isso nao tem haver com ninguem, isso tem haver só comigo, pedi muito a Deus que me desse uma direção, pra entender um pouco do que se passava, por algum tempo achei que a origem do meu sofrimento com meu ultimo relacionamento frustrado tinha mais haver com o que tava mal resolvido no meu inconsciente com meu penultimo relacionamento, mas lembrei-me que antes do meu penultimo relacionamento haviam outros problemas. Havia rejeição, autocobrança excessiva, abandono, sensação de falha todos recorretes.
Minha ideia de ir pra Portugal deriva da crença de que minha cota de falhas aqui acabou (mas é mentira, pq olha eu aqui falhando de novo, de novo e se pá quase de novo, que vou fazer de tudo pra nao permitir).
Isso foi so uma reflexao de alguem que esta quebrada e tentando curar-se. Espero que consiga entender e trabalhar nisso daqui em diante
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bluesgirl · 4 years
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De repente me sinto sozinha
Mas acho que um bom sozinha
Talvez um sozinha não tão ruim
Já é noite
Não vejo a lua daqui
Vejo o céu escuro e uma única estrela olhando pra mim
Penso sobre estar só nesse momento
Sobre essa sensação de não ter ninguém por perto
Pela primeira vez acho que não tenho a necessidade de me distrair
É bom estar aqui
Penso no que passei nos dois últimos anos
Nas coisas que fiz e não fiz
Nas pessoas e lugares que conheci
Acho que o céu sorri pra mim
Me sinto em paz
Verdadeiramente em paz
Como se o universo me desse um caloroso abraço de recepção
Sim!
Recepção!
Acho que por muito tempo eu estive virando de costas
Estive fingindo que as coisas não aconteciam
Me deixando ser machucada e magoada
Machucando e magoando
Hoje não
Hoje eu tomo posse do meu poder sobre a minha vida
Sobre minhas decisões e escolhas
Sobre quem eu sou
Eu choro enquanto escrevo isso
Um choro de alívio
Depois de 21 anos me procurando em lugares
Descubro que estou em mim mesma
Ninguém além de mim me faz feliz
Ninguém além de mim me faz triste
Essa é a minha vida
As decisões que tomei, as que deixei tomarem por mim
Deixei por tanto tempo que me dissessem o quanto eu era inferior e eu escolhi acreditar
Quando olho pro meu corpo, vejo principalmente cicatrizes
Cicatrizes que me doeram também a alma
Cada corte, machucado ou até mesmo estria
Quase me fazem sentir aprisionada
Mas não estou
Estou livre
Cada cicatriz, cada história, cada marca
Elas fizeram parte de quem fui
E eu nunca mais vou me arrepender de quem fui
Então eu me orgulho
Me orgulho do que carrego, me orgulho do que deixei pra trás
Minhas cicatrizes não falam por mim, mas muitas vezes eu falei através delas
Acho que sou feliz
Loucura?
Mesmo com tudo que passei, com o que passo e vou passar
Eu realmente me acho feliz
Me acho ciente
Quando eu vejo acontecimentos atuais e passados, vejo que estou no caminho certo
Eu chorei por amigos que perdi que não eram meus amigos
Eu chorei por um pai que não foi tão pai assim
Eu chorei por amores que não foram amores
Eu chorei por não ser amada mesmo sendo
Eu chorei por não encontrar a felicidade que achava que devia ter mas não devia
Acho que eu vivi dores que não eram dores e vivi dores que eram ainda mais dolorosas do que me pareciam
Ultimante tenho pensado muito sobre todas essas coisas
Meus pensamentos ainda estão confusos e tudo bem
Estou passando por um processo de amadurecimento
Tento respeitar o meu tempo e ter paciência comigo
Por mais humilhada que eu tenha sido nessa vida, ninguém me humilhou mais do que eu mesma
Ninguém me agrediu mais
Ninguém me cobrou mais
A vida é uma escolha
E eu já escolhi não viver
Algumas vezes
Eu não estou falando das tentativas de suicídio
Falo de realmente se importar com a vida
Essa coisa de "deixar acontecer" me é deprimente
As coisas acontecem, mas você se movimenta
Você luta
Você faz algo a respeito
Você não se cala
Eu tenho me observado com admiração
Coisa que jamais fiz
Eu tenho lutado pelas coisas que quero
Tenho dado passos curtos e lentos
É assim que se começa a caminhar
Estou caminhando
Em direção a mim mesma
Ao meu futuro e a quem quero ser
Eu me orgulho
Eu me orgulho de mim
Eu queria poder sentar de frente a Larissa de 7 anos
Olhar em seus olhos, pegar em suas pequenas mãos e dizer:
Eu me orgulho de você
Eu me orgulho da criança que você é
Eu me orgulho dos seus pequenos sonhos e da sua boa vontade
Me orgulho do seu coração
Me orgulho e não quero que sinta medo
Você não está sozinha
Você não é a única triste
Você é bonita
Você é inteligente
Você não precisa tentar imitar outra pessoa
Você não precisa satisfazer ninguém
Você não precisa escolher um lado
Você não é culpada
Você é apenas uma criança
Brinque de barbie
Veja seus filmes de princesa
Esqueça os adultos
Eu queria poder sentar na frente da Larissa de 13 anos
Tirar a franja da sua cara, abraçar muito forte e dizer olhando pra ela:
Eu juro que vai passar
Eu me orgulho de você
Eu me orgulho de você
Eu infinitamente me orgulho de você
Eu me orgulho por você ser inteligente
Eu me orgulho por você se importar tanto
Eu me orgulho por você amar demais
Eu me orgulho por você assumir quem é
Eu me orgulho por você a sua maneira, tentar pedir ajuda
Eu me orgulho por cada vez que você botou seu coração no bolso e foi ajudar um amigo
Eu me orgulho por você se sujeitar ao desprezo para poder ser quem realmente é
Você jamais irá ser uma fracassada
Você erra
Você é uma adolescente
Se apaixone
Dance
Ria
Se divirta
Ninguém pode ditar quem você é ou será
Você é dona da sua vida
Você não precisa se esforçar pra receber amor de pessoas que deviam te amar
Você não devia passar por situações precárias e duvidosas só por achar que não é digna de coisas boas
Se permita amar e ser amada
Se permita dar limites as pessoas
Só você dita quem pode fazer as coisas com você
Novamente
Me orgulho
De cada erro e acerto seu
Eu queria poder sentar na frente da Larissa de 30 anos e dizer:
Eu não faço ideia do que está acontecendo
Mas...
Eu me orgulho de você!
Eu me orgulho pois eu sei melhor do que qualquer outra pessoa
Você sempre deu seu melhor
Nos piores momentos
Nos melhores momentos
Você se manteve
Eu me orgulho de você!
Acho que com todo esse grande desabafo
Deixo para trás
Escolho deixar
E escolherei todos os dias
Escolho deixar para trás e me perdoar
Perdoar por não ter me dito isso antes
Eu sou uma adulta agora
E sou incrivelmente feliz
Eu amo minha família fodida e problemática
Amo meu pai que me causou tanta dor
Amo minha mae que fez tudo que pode
Amo meu irmão que é o ser mais incrível e inteligente do universo
Amo minha vo que me aceitou e amou, que me disse algumas dessas coisas
Amo minha vida
Amo viver
Amo meus amigos
Amo meus antigos amigos
Amo minha história
Respeito minha história
É com alívio que digo
Eu me amo
Eu me orgulho
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littlegotbrooke · 4 years
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              A JORNADA DE UM
                          ✘ ✘ ✘   H E R Ó I (?)  ✘ ✘ ✘    
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        “I'ma say all the words inside my head. I'm fired up and tired of”  
                                                                                                                     ▀ ▄
Ooc: Vamos começar. Essa task foi bem difícil de fazer, por isso demorei horrores para terminar o da Brooke. Tentei transmitir o máximo o que aconteceu com ela para explicar como será a menina nas próximas situações. Eu quero agradecer ao meu namorado - que me aguentou chorando quase todo dia porque eu não tava achando isso bom e ter me ajudado nas criaturas, ele vai ver isso depois - e a @tresdedoze por ter lido e revisado e me ter guiado nesse contexto. Perturbei muito ela e só agradeço mesmo de coração. Também agradeço a central por ter concordado com o novo poder da Brooke que vai ajudar no desenvolvimento da minha char! E peço perdão pela demora! Bem, algumas informações abaixo necessárias:
Criaturas envolvidas: Doppelgangers: “são humanoides monstruosos, famosos por suas habilidades de mudança de forma que lhes permitiam imitar quase qualquer criatura��humanoide. Gnomos: “Tanto quanto gnomos estão em causa, estar vivo é uma coisa maravilhosa, e eles espremer cada gota de prazer de seus três a cinco séculos de vida. Embora gnomos amam piadas de todos os tipos, em particular trocadilhos e brincadeiras, eles são tão dedicado às tarefas mais sérias que assumem. Muitos gnomos são engenheiros qualificados, alquimistas, funileiros e inventores. Eles vivem no subsolo, mas obter mais ar fresco do que anões fazer, apreciando o natural, mundo vivendo na superfície sempre que podem. Curioso e impulsivo, gnomos pode levar até aventurando como uma forma de ver o mundo, ou pelo amor de explorar. Bruxa Verde: “As miseráveis e odiosas bruxas verdes habitam em florestas moribundas, pântanos solitários e charcos nebulosos, fazendo seus lares em cavernas. As bruxas verdes adoram manipular outras criaturas para que façam suas vontades, mascarando suas intenções atrás de camadas de enganação. Elas atraem suas vítimas para si ao imitar vozes clamando por socorro ou dispersando visitantes desatentos ao imitar o grito de bestas ferozes.” Infectados: “Plantas despertas dotadas de poderes de inteligência e mobilidade, os infectados empesteiam as terras contaminadas pelas trevas. Alimentando-se das trevas do solo, um infectado carrega a vontade de um mal ancestral e tenta espalhar esse mal por onde quer que vá.” Bullywung: “Esses humanoides anfíbios com cabeça de sapo devem ficar constantemente úmidos, habitando florestas chuvosas, brejos e cavernas úmidas. Sempre famintos e completamente malignos, bullywugs subjugam oponentes com superioridade numérica quando podem, mas eles fogem de ameaças sérias em busca de presas mais fáceis “
Inspo: Dungeons & Dragons, The Witcher. Músicas utilizadas: Born to Be Brave - HSMTS, Gritarle al Mundo - Julio Peña, Fazer o que é Melhor - Gabi Porto, Dias de Luta, Dias de Glória - Charlie Brown Jr., Warriors - Imagine Dragons, Cuál - Teen Angels e Believer - Imagine Dragons.
Tw: bullying, sangue, animal ferido, ansiedade, ataques de pânico, violência, abuso psicológico, ataques a seres de aparência animal, violência à mulher, agressão rápida ao corpo, automutilação.  Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar.
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Capítulo 1: tw: bullying e menção rápida de sangue. Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar. 
Querido diário, eu devo parar de criar expectativa.
   Don’t need a hero.To the lift me off ground. I know who I am inside. And I won’t apologize
A mudança repentina na atmosfera dos ataques foi percebida imediatamente por Brooke quando parou de escutar os gritos e os barulhos de coisas quebrando. Ela não sabia quem havia causado aquilo, mas nutria uma certa esperança, não tão grande nem tão pequena, que fosse o nosso querido diretor Merlin. E estava certa no final. No momento em que saiu, para se organizar com os outros, seus músculos pararam de se mover, virando-se uma estátua de mármore. Não sabia quanto tempo havia passado naquela forma, congelada; apenas sabia que, ao conseguir recuperar seus movimentos, o castelo tinha mudado - se reconstruindo dos destroços. Choque, pânico em silêncio, comoções eram vistas em diversos rostos, incluindo na garota. O susto havia finalmente passado ou não?
Então, a nova notícia chegou como impacto. Uma redoma em volta do instituto, trancando todos ali dentro. Professores, aprendizes e agentes presos em um só lugar que não tinha como sair nem como entrar. O pânico de não saber se sua casa seria colocada dentro da redoma tomou conta de vários estudantes da Anilen, incluindo a filha de Gothel, até que o próprio diretor confirmou que aquele limite estava “seguro”. Deveria se sentir aliviada, mas, o fato da floresta assombrada estar dentro do mesmo local que o resto do lugar - mesmo se fosse apenas uma parte dela - causou uma sensação de desconforto que Brooke não conseguia explicar de onde vinha. No entanto, aquela sensação foi deixada de lado quando a dor do seu tornozelo acabou lhe chamando atenção; e. então, lá estava ela na enfermaria para que melhorasse logo. Voltar ao normal era um dos desejos que Brooke mais queria naquele momento, embora tivesse uma intuição que as coisas não voltariam tão cedo, ou nunca, ao eixo. 
Uma prova disso era sua insônia voltando a ficar presente. Dois dias após o incidente dos ataques, Brooke deveria continuar a dormir normalmente, mas seus olhos não  conseguiam se manter fechados, principalmente após algumas visões indecifráveis. 
Naquela madrugada de sexta, seus olhos se encontravam encarando a janela que mostrava várias árvores e um céu bem limpo com suas estrelas brilhando intensamente, enquanto se enrolava com seu cobertor de cor roxo e branca com flores e bolas brancas espalhadas. Suas colegas de quarto, como Mae, pareciam estar em um sono incrível e calmo - e Brooke queria algo do tipo; mas, toda vez que fechava os olhos, a imagem de sangue escorrendo aparecia e lhe acordava imediatamente. Assim, sua única solução foi encarar a paisagem de fora do seu dormitório, enquanto esperava o sono chegar. Ela se perguntava como estaria Karou e Bart em sua busca de um conto. Torcia para que tivesse dando certo, mesmo sentindo falta de ambos. 
— Ou eles estão comigo… —
Ao escutar uma voz trêmula, mas, ao mesmo tempo, confiante, Brooke virou sua cabeça para trás verificando se alguma das meninas havia acordado, mas nada. Resolveu deixar aquela situação de lado. Talvez sua privação de sono estivesse lhe fazendo escutar coisas, como acontecia quando estava quase dormindo dentro da sala. Seu olhar, assim, voltou a prestar atenção nas árvores que balançavam fortemente até conseguir adormecer. 
(...)
Despertou naquela manhã tomada por um grande desejo de viver do jeito que lhe era possível, mesmo com o pé enfaixado.Um novo dia nasceu e ela acordou com uma força grande de viver do jeito que conseguia com o pé enfaixado. Tudo parecia a voltar caminhar para a normalidade e Brooke tentaria o seu máximo para continuar assim, não iria querer nada de ruim atrapalhando seu dia - muito menos, sua semana. Então, lá estava ela com um suéter de listras rosa e preto variadas em cima de uma blusa xadrez e uma calça jeans indo para uma nova sala até que uma voz lhe parou: 
— Não sei como Merlin pôde deixar esses filhinhos de vilões andando por aí. Deveriam voltar para o lugar deles. —
Desde que se lembre, Brooke sempre tentou sair da imagem que sua mãe causou em todos os habitantes, principalmente aqueles vindo Corona. Às vezes conseguia, outras não, e se sentia mais fracassada do que uma vitoriosa, já que considerava mais importante os insultos do que os elogios - mesmo não querendo fazer isso. 
Então, primeiramente, ela ignorou aquilo; não valeria a pena perder seu tempo para rebater aquele insulto que não tinha como acabar tão rapidamente devido ao fato de que era uma prática de violência enraizada e até mesmo estimulada. Ver os erros dos pais em seus filhos parecia algo tão comum, mas tão errado ao mesmo tempo. Embora tivesse decidido ignorar a fala, não foi suficiente para que parassem. 
— Olhem! A filha da Gothel ou a mesma, ninguém sabe o que a bruxa pode estar tramando, não quer nos escutar! Meu bem, estamos falando apenas a verdade. Ela dói, né?!. —
O tom era de deboche. Poderia reconhecer de longe por ter se acostumado com aquilo. Mais uma vez, resolveu ignorar. Era melhor manter a calma e ficar calada; se respondesse da mesma forma, poderia dar o gostinho da “verdade” deles para os mesmos. Então, sentiu um movimento em sua direção. 
Seus livros foram para no chão com um simples tapa e seu corpo foi o próximo quando a garota foi empurrada em direção ao piso do corredor. Uma sensação de desespero começou a florescer em seu coração, enquanto sentia seus olhos encherem de lágrimas e seus músculos tremerem de nervosismo. Seu queixo foi erguido por um dos valentões com intuito de encarar os olhos do mesmo. Havia uma maldade ali e Brooke reconheceu no mesmo instante; era do mesmo tipo que via no olhar de Gothel quando a mesma lhe maltratava depois das tarefas não terem sido feitas  de acordo com o que ela mandava.
— O que foi?! Está com medo? Ownn’, que bonitinho… Isso é uma mentira! Você é uma bruxa assim como sua mãe é! — A fala dele foi encerrado com uma cuspida dada em sua cara.
Imediatamente, os olhos de Brooke soltaram suas lágrimas e ela se perguntava o que fez para que recebesse aquilo. Foi para uma casa que não tinha nada a ver com o mal - de acordo com o chapéu -, sempre é simpática com os outros e, mesmo tendo opiniões divergentes com outras pessoas, nunca havia desejado o mal para as mesmas. Brooke não era nada igual a sua mãe e tentava apresentar isso a todos. 
— M-m-e-e dei-i-i-xe-em em paz! —
— Ela sabe falar, garotos! Que bonitinho! Bem, eu acho um pedido bem impossível de se realizar! —
Ela não entendia o porquê daquilo. Os ataques de bullying tinham diminuído bastante há mais de um ano e sempre que acontecia algo, ela conseguia fugir no mesmo instante. Talvez fosse uma vingança que estava sendo preparada há meses e tivessem desistido depois, mas com os últimos acontecimentos, as intenções poderiam ter mudado; Ou, talvez , sempre tinham e ela apenas tinha a sorte de surgir algum imprevisto que impedia o ataque. Brooke tinha parado de andar sozinha, mas, naquele dia, não tinha como ser acompanhada por alguém visto que  as meninas já tinham saído. Além de que evitava corredores vazios, porém, precisou pegar para chegar logo na aula… Péssimas escolhas hoje. 
— O que foi? O gato comeu sua língua? Humpf, acho que fizemos nosso trabalho aqui, garotos. — Olhou rapidamente para eles e depois voltou sua atenção para garota que ainda estava no chão. — Só quero que se lembre que não vai escapar da gente mais, vilãzinha. E que seu lugar não é aqui! Você não e nunca será uma heroína, entendeu?! — Soltou o queixo dela e levantou-se, chutando seus livros e saindo de lá com os outros dois garotos dando altas gargalhadas.
Brooke encolheu-se no piso do corredor e deixou as lágrimas saírem. Não se importava chorar em público, já que o medo estava sendo maior que qualquer vergonha. Ela não queria acreditar que aquilo era verdadeiro. Sabia que tinha nascido para outra coisa, não para o mal como sua mãe queria, e desejava ser isso. Uma heroína. Uma pessoa que ajuda os outros e não que prende em torres por questões de beleza. Ou talvez tivesse se enganado como sempre acontecia.
— Eles estão certos. Você é uma vilã como sua mãe e isso não vai mudar. Nem mesmo salvando seus amigos você seria vista de outra forma. —
A mesma voz voltou a falar. Aqueles significados deveriam ter um sentido certo?! Não iria ouvi-los se não fossem verdadeiros, mas e aí? O que fazer? Concordar e virar uma vilã? 
— Não! Você está errada como eles estão! Eu posso ser sim uma heroína! E nada pode me deter! — Levantou-se irritada olhando para todas as direções para que pudesse achar de onde vinha aquela fala, mas não viu nada.
A voz gargalhou altamente e continuou em seu tom de provocação e deboche: — Se acha que está certa, então por que não me prova? Prove-me que estou errada, que eles estão errados, que Gothel está errada… Quer ser uma heroína, então, siga-me! Salve-os! Seja uma heroína salvando seus amigos, Brooke Light Gothel! —
Seus olhos voltaram-se para uma janela onde conseguia ver as árvores da floresta assombrada balançando e abrindo um caminho (?). Um chamado era isso? Não sabia. Ela estava sentindo o medo começando a controlar seus músculos; era uma boa ideia? Aquilo fazia sentido? Seu cérebro parecia querer dizer não, mas, ao mesmo tempo, queria aceitar aquela proposta. Mas, como assim salvar seus amigos? Será que alguém estava encrencado? 
— Oh sim! Karou e Bart precisam de sua ajuda! Venha, Brooke. Venha atrás de mim.  —
Aquilo não fazia sentido. Tinha recebido uma carta de Karou dizendo que ambos estavam bem e conseguindo resolver seus objetivos, tinha que acreditar naquela prova e nada mais. Não era verdadeira aquela voz. Não era. Seu cérebro começou a alertar ainda mais para que não fosse e iria seguir aquele novo alerta. Era mentira. Desviou seus olhos, apanhando seus livros. Antes que pudesse seguir seu caminho rumo ao banheiro, falou: 
— Você não existe. Eu encontrarei uma forma depois, mas não lhe seguindo.  —
Falando aquelas palavras, Brooke limpou seu rosto com suas mãos e começou a andar - ignorando qualquer coisa que aquela voz pudesse lhe dizer. Mas, no fundo, tinha intuição que ela voltaria.
Capítulo 2:
Querido diário, eu só queria não sentir medo.  
Diciendo que todo está bien, pero es mentira. Por eso piensan que no sufro, que soy valiente
Dois dias depois do bullying, durante a noite…
Brooke estava deitada em sua cama, enquanto lia as anotações das aulas que havia feito durante o dia. Sozinha em seu quarto, ela tentava se concentrar nas explicações para que pudesse deixar sua mente quieta e intacta sem qualquer memória do que aconteceu nos dias anteriores. Por algum motivo, não tinha visto mais aqueles garotos - bem, o fato de evitar os corredores vazios tinha aumentado depois do ataque - nem mesmo escutou aquela voz. Brooke, depois de um tempo, começara a pensar que tudo foi um delírio e nada ocorreu; talvez só quisesse enganar sua consciência para não criar nenhum alerta. Acreditava que era melhor fingir estar bem  que estimular preocupações.
Com um suspiro escapando de seus lábios, ela deixou de lado o material de estudo e voltou o seu olhar para janela. Apresenta um clima chuvoso do lado de fora. Não sabia se era de noite ou apenas tinha escurecido agora a pouco, já que ninguém tinha chegado no dormitório. Na verdade, a casa parecia quieta demais para muitos alunos que viviam ali e isso causou uma inquietação na garota. Pegou seu transmissor, mas notara na mesma hora que não estava ligando, estranhando no mesmo instante. Com uma lanterna que guardava debaixo de sua cama, para utilizar em emergências - alguns truques de família nunca são esquecidos, Brooke levantou-se e caminhou em direção à saída do quarto para verificar se estava acontecendo alguma coisa.
Nada. Foi o que ela achou percorrendo uma boa parte de sua casa. Nenhum sinal de uma alma viva. Aquilo estava estranho, e parecia que iria piorar. Ainda assim, aproximou-se para abrir a porta principal e encarar as árvores que balançavam fortemente com a chuva pesada que caía . Levantou a lanterna para iluminar diversos cantos da região até que parou em um canto específico, escutando uma voz lhe chamando:
 — Venha até mim... — pedia. —Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim resgatar seus amigos… Venha até mim ou os que ama serão os próximos, Brooke… —
Um calafrio percorreu pelo seu corpo todo, fazendo fechar a porta imediatamente. Não é real, isso é coisa de sua cabeça. Ficava repetindo diversas vezes em sua mente, mas não estava fazendo nenhum efeito. Aquilo estava estranho demais. Não fazia nenhum sentido. Correndo para o seu dormitório, Brooke trancou a porta e se enfiou debaixo das cobertas em sua cama . Não ia aceitar aquilo, não ia ouvir. Repetia frequentemente que não era real, enquanto suas mãos taparam seus ouvidos mesmo tremendo pelo nervosismo. Queria que aquela sensação de medo passasse logo, ou poderia enlouquecer caso  continuasse a escutar aquela voz. Oh, a voz continuava lhe chamando para vir. Para se aventurar  na floresta, para salvar seus amigos, para ser uma heroína… 
— Para! Por favor! Eu só quero silêncio.  — Suplicava a garota para o nada, porém, não aparecia efeito algum. A tranquilidade só veio quando Brooke adormeceu em cima de seus materiais e toda encolhida. 
No outro dia, as coisas pareciam estar melhorando, ou deveria apenas mostrar sem mesmo estar. Quando acordou, Brooke notara que todos estavam na casa como se nada tivesse acontecido, incluindo suas companheiras de quarto; na mesma hora, ela refletiu se o que havia ouvido e visto tivessem sido apenas um sonho. Era melhor deixar aquilo de lado. Não era real.
Como era um dia de sábado, Brooke não tinha nenhuma aula obrigatória, então resolvera ficar apenas dentro do seu quarto com seu ukulele em suas mãos para treinar algumas músicas que estava compondo. Mas, no instante que começaria a tocar as cordas, escutou um som atraindo-lhe. O mesmo tipo de tom que escutava nas outras vezes, mas, dessa vez, parecia cada vez mais atraente. Então, como tivesse hipnotizada, seu instrumento foi deixado em cima de sua cama e seus pés rumaram em direção à saída, ou melhor, as partes proibidas da floresta assombrada. 
O vento continuava forte, balançando os cabelos de Brooke e as árvores para formar uma passagem. Ela não sabia no que estava acontecendo, era como se seus músculos estivessem no automático e deveria continuar. Apenas isso. Como acontecia toda vez que Gothel lhe chamava. Gothel! O pensamento veio com força quando se lembrou  de sua mãe e fez com que a garota parasse imediatamente, evitando continuar andando. Parou na frente da entrada de sua casa, e as árvores estavam quietas novamente como se nada tivesse acontecido. 
Aquilo só poderia ser sua mãe querendo brincar com ela como acontecia sempre que Brooke não atendia aos seus caprichos. . Gothel começava a cantar e lhe atrair cada vez mais; era ela, só podia ser. Mas como? Com aquelas dúvidas, ela voltou para seu quarto com o intuito de refletir mais sobre aquela situação.
— Só deve ser minha mãe tentando me atrair, mas a redoma já está aqui há um tempo, como ela conseguiria entrar?!  — Questionou a si mesma, enquanto mantinha seu olhar fixo em sua janela. — Apenas se Merlin ajudou-a! Aquelas teorias que escutei talvez fazem senti… — Parou por um segundo e enterrou seu rosto em suas mãos. Estava ficando louca. Escutava vozes, falava sozinha demais, dava atenção para as teorias conspiratórias… Não! Chega! Não posso pensar assim! Isso é falta de sono! Brooke não queria acreditar que seus comportamentos chegariam a isso: culpar alguém por seus delírios. Não ligaria para aquela voz nem para o sentimento de medo que crescia em seu coração.
Seus olhos voltaram-se a se concentrar nas árvores de lá de fora, enquanto ela engolia em seco - sentindo todos os pelos de seu corpo se arrepiaram com apenas a lembrança rápida do tom atraente da voz. Aceitar… Ou negar? Não sabia. Só sabia que estava com medo e muito assustada sobre o que estava ocorrendo, embora não soubesse muito bem o que era. Mas não poderia falar com ninguém ou a pessoa poderia achar que tinha ficado louca. Era melhor fingir estar tudo bem e ignorar aquelas sensações de pânico, antes que pudesse fazer alguma besteira. Esse seria o novo plano. 
Capítulo 3: tw: Animal ferido na pata.
Querido diário, eu acho que vou fazer uma coisa corajosa e estúpida.
Mas escuto alguém sussurrar pra mim. Eu não sei como agir. Mas eu vou seguir
Voltando para sua casa, Brooke caminhava com os pensamentos distraídos. Não conseguia focar em nada por muito tempo, já que sua mente logo trocava as informações para outras com um assunto totalmente diferente. Apenas voltou para a terra quando escutou um barulho perto de si que atraiu rapidamente sua atenção; seus movimentos cessaram e sua cabeça virou em direção ao local do barulho. Hesitante, ela demorou alguns segundos para se aproximar, mas quando fez, notou na mesma hora um animal machucado.
Era um coelho de pele marrom e olhos castanhos que, com suas orelhas abaixadas, demostrava que sua pata estava machucada. Brooke abaixou-se o suficiente para tocar devagar no animal que se retraiu um pouco e sussurrou para o mesmo: 
— Pobrezinho, quem fez isso com você?! Deixe para lá, vou lhe ajudar. — Devagar, começou a pegar o animal, mas escutou um barulho de uma flecha passando perto de seu ouvido - fazendo com que colocasse o coelho de volta no chão. Brooke encarou a flecha pequena cravada na árvore perto de si e depois voltou a procurar com os olhos o dono da arma. — Quem está aí? — 
Silêncio. Talvez não tivesse sido nada, mas, de qualquer forma, era melhor pegar o coelho e levá-lo logo para a enfermaria. Quando ia fazer isso, escutou um barulho vindo da moita do lado e um som em seguida:
— Não se aproxime do animal mais, humana! —
Por um instante, Brooke pensara que tinha inventado a nova voz que escutava, mas quando seus olhos voltaram para a moita, ela conseguiu identificar uma pequena gnoma pronta para luta e parecia estar falando sério sobre a ordem que havia dado. Engolindo em seco e por instinto, Brooke levantou os braços e tentou dar um pequeno sorriso gentil - como forma de mostrar que não era uma ameaça - enquanto falava em um tom baixo e calmo.
— Eu não quero machucá-lo. Na verdade, quero ajudá-lo. Ele está sofrendo, a patinha dele está machucada. — Parou, encarando a gnoma. — Como consegue falar comigo? — Perguntou, franzindo o cenho. 
— Eu sei que está! Escutei o barulho dele antes! Você o machucou! E não tente mudar de assunto; gnomos conseguem falar a língua dos humanos também!... Isso não vem ao acaso, afaste-se agora! — Como era característico à espécie, os gnomos falavam extremamente rápido. Antes mesmo de um pensamento ser formulado, já se encontravam tagarelando.
— O quê? Claro que não! Eu não fiz nada, acabei de chegar aqui. Por que está achando isso? — 
— Porque você sequestrou meus amigos e ainda machucou o coelho durante sua fuga! Agora, você vai me dizer onde eles estão! — 
— Não! Eu não sei quem você é nem quem são seus amigos, muito menos no que está falando! Está me confundindo. — O desespero começou a tomar conta da voz de Brooke. Mais desaparecimentos; porém, isso poderia ser coisa da floresta, certo? Alguma rixa ou algo assim entre os moradores do local - Brooke sempre ouvia histórias sobre esse assunto. 
— Por que está dizendo isso? Está escutando ou vendo algo também? — 
A pergunta paralisou rapidamente. Será que, na verdade, não estava louca e o que escutava era real? Mas o fato da criatura revelar rapidamente aquela informação que parecia ser valiosa foi bem estranho. Franziu o cenho, desconfiada sobre aquele assunto surgindo tão rápido. — Por que eu estaria escutando algo? — 
Foi a vez da gnoma ficar mais paralisada. Talvez tivesse revelado demais, mas não podia mais voltar atrás. Se quisesse saber a verdade, teria que pedir ajuda e talvez a humana poderia saber de alguns truques para sobreviver. Abaixou o arco e suspirou levemente, sentando-se no chão: — Qual o seu nome, humana? Me chamo Zanna do clã Nigel e sou uma gnoma da floresta.  Uma grande engenheira e patrulheira. Sua vez. — 
Brooke, notando que a criatura havia relaxado e querendo bater uma conversa sobre o novo assunto interessante para ambos, acabou aceitando a oferta e sentou-se também no chão. — Brooke Light Gothel, filha da Mamãe Gothel e de Lou Light. Sou, bem, uma humana e uma grande… Desastrada, talvez? Bem, é isto. — 
— Bem, Brooke Light Gothel, eu necessito de sua ajuda. Mas, acho melhor cuidar do coelho primeiro. Você pode ir buscar os primeiros socorros, mas vá rápido! — Gesticulou para que ela fosse buscar o que tinha mandado. Brooke franziu o cenho e olhou para o coelho, concordando com a cabeça e depois levantou-se indo rapidamente em direção à enfermaria. 
(...)
Depois de ter buscado os primeiros socorros e ter cuidado da pata do coelho, Brooke, Zanna e o animal que a garota decidiu adotar e dar o nome de Patinha, eles se afastaram adentrando mais a floresta para ter uma conversa sem interrupções. Sentada com Patinha em seu colo, enquanto fazia carinho em sua cabeça, ela encarava Zanna que estava terminando de contar suas flechas e depois guardou-as: 
— Bem, vamos começar. Alguns dias atrás, amigos meus foram à floresta  quando escutaram um barulho e não voltaram mais. Estou os procurando há dias, mas sem um sinal deles. Achei que você pudesse estar envolvida quando vi que estava perto do coelho machucado; os animais são nossos amigos, então cuidamos deles quando eles precisam. E você? — 
— Eu… — Brooke não sabia se realmente era uma boa ideia desabafar com uma criatura sobre o que estava ouvindo nem no que está sentindo. Talvez não fosse uma boa ideia, podendo ser chamada de louca ou algo semelhante; no entanto, por achar estar perto de um ser da floresta, poderia conseguir alguma resposta no que acontecia, então resolveu tentar: — Estou ouvindo uma voz me chamando. Dizendo que meus amigos estão em apuros e preciso salvá-los. Também fica falando que se eu fizer isso, vão acreditar que posso ser uma heroína, mas não quero agir por interesse! Se eles estão em apuros, eu vou salvá-los por causa disso! —
Brooke nunca foi uma pessoa muito corajosa, mas, desde que começou a receber aulas de boxes com vários estudantes - como Atlas -  ela começara a desenvolver uma forma de defesa que poderia ser útil. Ademais, precisava criar confiança em si mesma e o treinamento parecia uma boa forma de alcançar o objetivo. Sentia-se desconfortável ao pensar que estava negando sua essência em alguns momentos, mas era necessário. A gnoma escutou a humana, então, uma ideia lhe ocorreu:
— Vamos juntas! Se seus amigos estão presos e os meus também, podemos ajudá-los. Você sabe para onde devemos ir? — 
A proposta da criatura mexeu com a menina; Brooke não sabia se tinha essa confiança toda para se aventurar ao lado de uma gnoma na floresta assombrada. Aquele lugar já lhe dava calafrios mesmo não indo para as profundezas e ficando apenas em sua casa. Ela estava com muito medo, mas muito; não sabia se voltaria viva ou se deixaria alguém vivo - assim, como havia muitas possibilidades de tudo acabar bem mal. No entanto, mesmo sentindo o pânico tomando seu sangue, ela não queria deixar seus amigos em apuros. Não queria perder nenhum deles. Antes que pudesse responder à  gnoma, escutou a mesma voz que lhe dava calafrios por todo o corpo:
— Venha até mim... — pedia. —Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim… Venha até mim resgatar seus amigos… Venha até mim ou os que ama serão os próximos, Brooke… Escute a gnoma e seja o que você quer ser! Ou nunca mais vai vê-los... —
Fechou os olhos, com muita força, desejando que aquele som parasse. Queria parar de escutá-la e só sabia uma solução para conseguir isso: salvar seus amigos. Então, por impulso e com um olhar sério na gnoma, Brooke respondeu: 
 — Não. Mas iremos descobrir, só vamos seguir a voz. Antes… O que vamos precisar, Zanna?  —
Capítulo 4: tw: ansiedade, ataques de pânico, violência, sangue, menções de baixa estima. Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar. 
Querido diário, eu acho que nada de ruim vai acontecer.
   Histórias, nossas histórias. Dias de luta, dias de glória
A noite não tinha sido o que Brooke tinha imaginado: um descanso na medida certa para poder seguir o plano formado no dia anterior com a gnoma. Toda vez que ela fechava os olhos, imagens aterrorizantes apareciam  em sua mente, fazendo com que a mesma abrisse seus olhos com  o teto como o primeiro alvo de sua visão. Diante  dessa situação, Brooke só conseguiu dormir em pequenos cochilos e levantava na mesma hora que aparecia uma mão ensanguentada, fazendo-a  levar um susto. Quando o sol começou a amanhecer, Brooke já tinha saído de seu dormitório sem fazer nenhum barulho e foi em direção ao encontro de Zanna. Enquanto caminhava, Brooke tentava manter sua mente sã para evitar  pensar na voz que parecia lhe atrair cada vez mais a chamando para dentro da floresta. Brooke esperava não estar indo para uma armadilha. 
Quando avistou a criatura, notara que a gnoma já estava lhe esperando  há tempos para a aventura que fariam, que provavelmente poderia dar muito errado, mas era uma questão de vida ou morte. Seu olhar encontrou com o dela no momento que ela virou a cabeça e assentiu levemente.
— Você chegou, finalmente! E com a vestimenta adequada… — Analisou rapidamente a humana que possuía uma capa escondendo uma camisa e uma calça feitas de couro, juntamente com uma bota; além de estar carregando uma mochila com mantimentos necessários. — Você sabe usar alguma arma?  — 
— Na verdade, não muito bem. Eu peguei uma adaga feita de prata do ginásio  ontem a noite, mas não sei usar muito bem. Eu não sou uma lutadora com armas, Zanna, meu poder é mais cantar.  —
— Você está falando sério?! — A gnoma encarou-a incrédula e soltou um suspiro alto, estendendo a mão dela em direção à humana. — Me dê a sua adaga. —
Brooke não entendeu a indignação dela de primeira, mas atendeu o pedido e entregou a arma que estava carregando. Ficou em silêncio enquanto a gnoma pegava a adaga e dava uma olhada rápida para depois começar a realizar uma série de golpes que Brooke sabia que não tinha visto em nenhum canto. Por fim, a gnoma devolveu a arma a garota e falou:
— Vamos evitar combater alguns monstros. Eu consigo acertá-los com meu arco e com minha espada, você fica no canto mais escuro e pronto para agir como defesa usando seu poder aí e a adaga; mas! Só quando for necessário. É melhor assim, estamos entendendo? — 
Balançou a cabeça concordando com tudo e guardou a arma ao lado esquerdo em sua cintura. Então, a aventura delas começou. 
(...)
Não sabia quanto tempo tinha se passado desde que ambas saíram do arredores da Anilen. Por alguma razão, Brooke não estava ouvindo a voz como acontecia normalmente nos últimos dias; era como se aquele som tivesse decidido fechar o bico assim que entrou cada vez mais a floresta. Ela não sabia se era dia ainda ou era noite, visto que as copas das árvores estavam se tornando cada vez mais fechadas, dificultando a entrada de qualquer luz que pudesse ajudar naquele desafio. Sua mão esquerda então, tinha escolhido pegar a lanterna para iluminar o caminho já que poderia escorregar em qualquer instante. Brooke observava a gnoma andar na frente com a maior determinação que tinha visto em sua vida e desejava ter um pouco daquela característica. Na verdade, ela se sentia bem irrelevante perto da criatura que parecia saber de muitas coisas. 
O que ela poderia fazer? Cantar? Jogar a adaga? Não parecia que nada disso iria ter alguma ajuda no final. Aos poucos, encontrava-se começando a duvidar de sua capacidade. O porquê de estar ali, afinal. Não seria uma heroína, e vários disseram isso sobre ela. Era uma verdade que Brooke sabia que não adiantava fugir. Seu sangue era de uma vilã, uma das mais perigosas, e não podia fugir do seu destino. Era uma filha de uma vilã e seguiria os passos como sua mãe fez. Não adiantava fugir do seu sangue; do seu verdadeiro sangue.
Seus pés pararam de se movimentar, encarando suas mãos que tremiam diante do pavor que ela sentia por estar ali e ter demorado tanto para ver a “verdade”. Ela merecia ter vivido aquela situação, ter escutado aquelas coisas que diziam inúmeras vezes que ela era uma vilã. Uma pessoa ruim. Mas não queria ser assim. Não queria ser uma pessoa ruim. Suas pernas desabaram rapidamente para o chão, atraindo a atenção da gnoma que estranhou aquela situação. Parecia que seu sangue havia congelado nas veias, sua respiração cada vez mais curta como se não houvesse oxigênio no ambiente para suprir essa carência. Seu coração estava acelerado e parecia prestes a deixar o seu corpo a qualquer momento..
Queria deitar no chão e ficar ali para sempre, abraçando-se até que tudo parasse - mesmo sabendo que não iria parar. Estava doendo. Não queria ser assim. Não queria ter que enfrentar qualquer situação que fosse ser sua mãe. Parecia ser clichê, mas era como se sentia. Seguir os passos de Gothel, matar pessoas por um objetivo pessoal, ter em suas mãos um sangue alheio... Eras as últimas coisas que ela poderia se imaginar fazendo. Nem mesmo conseguiria pensar sobre isso. 
Suas mãos fecharam-se em punhos, sentindo as unhas afiadas cravaram-se em sua pele. Seus olhos estavam liberando lágrimas que Brooke segurava todo dia - até mesmo quando passava por uma situação desagradável; ou  quando sentia que estava certa, mas não poderia falar nada porque ninguém acreditaria nela. O mundo parecia estar caindo ao seu redor; o seu mundo. Dor, aflição, medo, desespero, lhe davam sentimentos de que ela iria explodir a qualquer minuto. Não estava bem e não era de hoje. 
Enquanto a crise de pânico da garota se alastrava cada vez mais, Zanna tentou se aproximar dela e perguntar  o que houve - visto que, para gnomos, aquelas sensações eram humanas demais para serem compreendidas - no entanto, foi na mesma hora em que um par de mãos pegou seu corpo e puxou-a para cima sem fazer ruído. Zanna estava presa numa rede, enquanto Brooke sofria com seus sentimentos negativos.
Devagar, o ser que pegara Zanna, aproximou-se de Brooke. No entanto, antes que chegasse a tocá-la, suas feições do rosto e do corpo se transformaram, imitando as da garota no chão. Olhos castanhos e lábios mais femininos, uma pele mais lisa, um cabelo liso amarrado com as roupas que Brooke vestia. Parecia uma cópia perfeita, um clone dela, se não fosse a falta de todas as informações sobre como a aprendiz era e o que havia passado. Agora, mais perto da original, o doppler encarava a garota com um certo teor de curiosidade para saber o motivo dela estar com aquelas feições enrugadas. No entanto, mesmo interessado na garota, precisava seguir ordens.. Então, suas mãos, de uma forma tranquila, segurou as da menina, fazendo com que a mesma o encarasse - quebrando por um instante sua crise, pensando que Zanna estava do seu lado agora e não queria que a gnoma visse sua situação. A descendente levava um susto ao notar que sua expectativa fora quebrada, afastando-se para longe do doppler. 
 — O que houve, Brooke? Não me reconhece? —
— Eu… E--eu… Como isso é possível? O que está acontecendo? — As perguntas saíram atropeladas com o nervosismo bem evidente na voz. Ela estava confusa; onde estava a gnoma e como conseguia ver a si mesma?! Só pode ser um delírio, pensava com seus braços ao redor do seu corpo. No fundo, achava que poderia estar se tornando sua mãe ao ficar vendo coisas irreais demais. 
— Eu sou você, apenas. Pensei que era uma vilã como nós  planejamos ser… Será que a gente se enganou? —
— Eu não sei do que está falando! — A voz tentou sair confiante, mas, no final, tremeu. Aqueles seus pensamentos estavam se tornando reais e não tinha como fugir. — Eu preciso sair daqui! Você não é real! — Levantando-se do chão, tremendo as pernas, Brooke tentou dar alguns passos para frente e longe de seu clone, no entanto, quando escutou uma risada vindo do seu lado, ela parou drasticamente. 
— Acha mesmo que vai conseguir fugir? Ah, doce e iludida Brooke, seu destino como vilã já está feito! Só aceite e venha me seguir. Tenho muito planos para nós. Não tente lutar, é em vão. — 
Brooke estava começando a sentir tão cansada de ter aqueles sentimentos lhe sufocando que o que desejava era poder ficar quieta e descansar, mas, parecia que não havia uma escapatória para essa escolha. Tudo que fazia para mostrar que não tinha nenhum laço com sua mãe, com o lado ruim da magia, era esquecido quando um desastre acontecia no mundo místico. E era lembrada disso quase frequentemente. Perguntava-se qual o motivo de continuar lutando contra aquele tipo de pensamento se nenhuma vitória vinha; de tentar mostrar que era outra pessoa quando alguém lhe provocava e lhe dizia outras coisas… Estava cansada fisicamente e mentalmente; só desejava ficar bem - um pedido quase impossível naquele mundo. 
— Isso! Continue, pense nisso. Fique comigo, Brooke e vamos fazer muitas coisas juntas. Afinal, eu sou você, lembra? Está na hora de escutar sua mãe e cumprir o que ela deseja: você é o futuro dela. Da vingança dela contra Coroas, a cidade da Rapunzel e está na hora! — 
Escutando aquelas palavras, Brooke concordava cada vez mais com o seu clone. Realmente, não tinha outro caminho a seguir se não fosse aquele que Gothel havia planejado para sua vida, no entanto, no exato segundo que escutou o nome familiar à cidade da Rapunzel, mesmo não sendo o verdadeiro, a mente da garota parou por um segundo. Não fazia sentido, visto que a sua antiga cidade onde morava também os heróis do conto de sua mãe se chamava de Corona e não Coroas. Um erro que fez com que a garota arregalasse os olhos e começar  a encaixar os pedaços do quebra-cabeça sobre aquela situação. Aquilo não era real, e aquele clone não era ela de verdade. Não mentalmente, embora fisicamente tinham vários traços semelhantes. Seu olhar desviou do rosto daquele ser em busca da gnoma que deveria estar ali, mas não via nenhuma sombra da criatura. Narrador, o que ocorreu?! O desespero começava a tomar conta de seu ser, começando a imaginar o que poderia ter acontecido com Zanna e como tiraria elas daquela situação. 
Voltando a encarar de novo seu “clone”, que tinha um sorriso sinistro nos lábios, Brooke sabia que precisava de mais informações antes que pudesse fazer alguma coisa e precisava agir rápido, antes que fosse tarde demais. Então, limpando as lágrimas do seu rosto, ela aproximou-se do doppler retribuindo o mesmo sorriso.
— Talvez esteja certa! Mas, eu não sei como fazer isso. Imagino que sabe como atingir o objetivo, mas me diga. Diga-me qual a sua, quer dizer, a nossa meta, Brooke. — A última frase saíra em um tom cantado, utilizando-se do seu poder de persuasão; tinha que ter coragem agora. Quando o doppler começou a escutar cada palavra cantada, seu sorriso ficou petrificado e seus olhos hipnotizados nas íris escuras da original e não hesitou em falar: 
— A nossa meta é levar você para o esconderijo da Bruxa Verde e ela vai te transformar em escrava ou comê-la, caso se canse de você. Você é ingênua demais ao entrar nessa parte da floresta; ela está de olho em você desde que veio para cá. —
Mordeu o lábio inferior para controlar sua agitação intensa e tentou focar em seu poder no seu canto: — Onde está a minha amiga gnoma? —
Mesmo hipnotizado, o doppler conseguiu dar uma risada sarcástica e dar de ombros: — Simples! No galho daquela árvore. — Apontou para árvore do lado esquerdo que Brooke encarou rapidamente, desconcentrando rapidamente. 
— Zanna! — Gritou, mas não obteve nenhuma resposta, então, correu para a árvore indicada, tentando ver a criatura. — Zanna, onde está você? —
 O efeito da voz de Brooke foi rapidamente cortado quando se voltou para a procura por Zanna. O doppler a encarou e com uma expressão irritada em sua face. — Eu não gosto que me fazem agir contra a minha vontade, garota! — O monstro rugiu em direção à garota, atraindo sua atenção que o encarou totalmente assustada. — Você vai morrer agora! Vai servir como um belo lanche! — O monstro começou a aproximar-se voltando a sua aparência normal e seus dentes afiados ficando  a mostra. A garota engoliu em seco e sabia que precisava agir rápido antes que fosse tarde demais; então, lembrou-se da sua adaga e devagar pegou a sua arma. 
— Afasta-se! Ou, eu vou te atacar! —
— Que piada engraçada! — Exclamou dando risadas, aproximando-se ainda mais. — Você é fraca demais, Brooke!  Dá para ver sua fraqueza quando estava daquele jeito com rugas… O que era?! Uma emoção complexa humana? Eu não lembro o nome… Isso não é importante porque você é minha agora! — Então, o monstro pulou em direção a Brooke no exato instante que - sem pensar em nada - ela colocou sua adaga na frente de seu peito para  se proteger - um reflexo - contra o ataque. 
Seus olhos fecharam-se como resposta para não lhe ver morta, mas quando não escutou mais nenhum som vindo do doppler, ela abriu-os devagar e encarou o monstro tão perto de si sem mexer nenhum membro. Estava morto, talvez, não sabia como confirmar, mas o sangue que saiu da boca dele confirmava que o doppler tinha falecido. Largou rapidamente a adaga, gritando assustada e afastando-se  da criatura. Seu corpo tremia. Tinha matado uma pessoa, ou um ser… Lágrimas desciam de volta em seu rosto, sentindo-se totalmente assustada e em choque; nunca que aquela situação tinha lhe passado pela sua cabeça. Sentou-se no chão e abraçou-se, chorando como nunca havia chorado na sua vida; então, sentiu mãos segurando na sua e olhou em pânico achando que aquele monstro ainda estava vivo, mas notou que era Zanna e relaxou um pouco os seus ombros.
— Você o matou… —
— Eu não queria, eu juro, Zanna! Ele me atacou e eu só queria me proteger! E agora eu sou uma assassina e… — A gnoma abraçou a humana do jeito que podia e fez carinho em sua cabeça. 
— Está tudo bem. Você não fez nada errado, era sua vida ou a do monstro. Acredite, você nos salvou. Eu demorei demais, a corda dele era muito dura… Brooke, você ainda quer continuar? —
Ela não sabia. Tinha ido até aquele ponto, mas valia a pena continuar?! Era uma dúvida bem constante. Não queria enfrentar outra crise, outra morte acontecendo, no entanto, não poderia decepcionar Zanna que estava contando com sua ajuda. Então, balançou a cabeça positivamente. Ficar bem? Ela não tinha certeza sobre isso, porém, precisava tentar. Terminar logo aquele pesadelo. 
— Então, vamos lá. Acho que sei para onde temos que ir, mas vamos rápido! — Com a ajuda de Zanna, Brooke se levantou e começou a caminhar na direção que a gnoma apontava com uma dor apertando seu coração.
(...)
Elas estavam correndo, fugindo para ser mais específico. Desviando de galhos caídos no chão, raízes grossas demais presentes na superfície do solo, até mesmo uma árvore caída, enquanto, escutava uma voz gritando com raiva:
— SAÍAM DO MEU TERRITÓRIO, ANIMAIS SUJOS! OU EU OS PEGAREI! 
— O que é isso? — Questionou Brooke para gnoma desviando de outra raiz. 
— São os infectados! Monstros que perseguem aqueles que eles acham que vão contaminar o verde! Bem raivosos quando querem. —
Brooke soltou um suspiro alto e segurou a mão da gnoma para ajudá-la a virar no lado esquerdo: — Por aqui! — Assim que adentraram mais dentro daquela parte da floresta, avistaram uma casa um pouco longe e então, passaram a escutar alguns gritos. Zanna começou a correr mais ainda e gritou para Brooke: 
— Meus amigos! Vamos! — Brooke não hesitou e acompanhou a gnoma; poderia estar perto daquela voz, mesmo não ouvindo ela há um bom tempo. 
Capítulo 5: tw: abuso psicológico, ataque a seres de aparência de animal, violência à mulher, violência de forma geral, automutilação, ansiedade. Se caso for sensível a algum desses assuntos, recomendo a ter cuidado na leitura ou não continuar. 
Querido diário, talvez eu não volte.
   The time will come. When you'll have to rise    
Uma casa pequena, de madeira, se encontrava apresentada para ambas com uma pequena fumaça saindo da chaminé (talvez) e com uma decoração considerada exótica para a população de Mítica . Diversas lanternas com iluminação coloridas prostradas em cada canto, animais exóticos andando livremente pelos arredores, velas acesas eram alguns elementos principais que pudessem ser vistos. Na frente da casa, encontravam-se sapos com lança, ou melhor, os Bullywug - seres com aparência de anfíbios bípedes portando trapos de couro em seu corpo pegajoso; em suas mãos lanças rústicas improvisadas com pedras lascadas - em um silêncio com atenção concentrada nos arredores do local.
Brooke foi puxada na barra de seu capuz pela gnoma lhe chamando para mostrar um arbusto grande o bastante para se esconderem. Com os olhos focados nos guardas, Brooke analisava se havia alguma fraqueza, como uma brecha em suas roupas. Sentiu alguém lhe cutucar e sua atenção voltou para a gnoma que lhe falou em um sussurro audível apenas para ela:
— Eles devem ser os lacaios. Você tem um plano, humana? — 
—  Eu pensei que era você a patrulheira?! — 
—  Sim, eu sou. Mas, preciso saber o que pensa em fazer antes que eu faça minha parte. — 
Brooke engoliu em seco e deu uma olhada rápida em quantos seres tinham ali; contabilizando apenas quatro. Talvez fosse fácil, pensou. Mas precisava ter ideia se tinha algum prisioneiro ali e, então, como resposta para aquela sua dúvida, gritos de pedido de socorro foram ouvidos de dentro da casa. Imediatamente, Brooke arregalou os olhos e tentou identificar se eram as vozes de seus amigos, mas notou que a linguagem tinha um idioma diferente do seu, então, olhou para Zanna que rapidamente assentiu.
—  São eles! São eles! Meus amigos: Zook, Eldom e Nyx. Eles estão dentro da casa. Brooke, precisamos fazer algo urgente. — 
— Eu sei. Mas como vamos passar por eles? —  Perguntou, apontando discretamente com a cabeça pros sapos.
— Você está com sua adaga ainda? — 
Brooke a encarou espantada com a menção da arma que, pensando agora, havia deixado cravado no corpo do doppler por não ter tido coragem de pegar depois do que houve. —  E-e-eu… Não está comigo, ficou lá. — Abaixou sua cabeça em um tom de decepção consigo mesma, enquanto soltava um suspiro. As coisas pareciam estar piorando para o seu lado toda vez que pisava na bola e um medo de que se continuasse aquilo, poderia fazer com que o plano falhasse por um erro seu. Então, de repente, Zanna pegou em suas mãos fazendo com que Brooke levantava sua cabeça para olhá-la.
— Está tudo bem. Eu vou distrair eles, enquanto você corre para dentro da casa e salve meus amigos, posso contar com você heroína Brooke? — 
Um sorriso fraco surgiu em seus lábios e mesmo sentindo medo em seu coração, Brooke tinha que tentar por eles. Pelas pessoas. —  Eu vou fazer o meu melhor. — 
— Isso que importa, humana! Então, prepare-se! — A gnoma soltou suas mãos humanas para pegar o seu arco e flecha, preparando-se para atacar. —  Quando eu contar até três, você corre para lá! — Brooke concordou com a cabeça e então, em uma simples ação, a gnoma disparou a flecha, atingindo o sapo o suficiente para um pedaço de pele ficar exposta, e, então, gritou três.
Brooke começou a correr atrapalhada o máximo que conseguia em direção à casa, enquanto olhava pelo canto do olho Zanna pular e atirar mais uma flecha em outro lacaio. Dois estavam no chão com flechas encravadas em vários lugares do corpo enquanto um atacava Zanna com sua lança. A gnoma respondia às investidas com sua espada demasiadamente pequena para um ser humano, mas imponente para ela . Mas, faltava um sapo que não estava ali perto até que algo pulou em sua frente. Os pés da Brooke fizeram um ótimo freio parando poucos centímetros da lança e encarou o lacaio que emitia sons de gotejo.
Ela recuou, as mãos levantadas para demonstrar rendição. O desespero voltou a tomar conta de seu corpo, imaginando que agora não teria mais volta para casa. Sua aventura terminava. Todavia, os olhos da garota observaram o sapo cair para o lado, o sangue escorrendo pelo corpo; era possível ver algumas flechas cravadas em sua pele. Ao erguer o olhar, Brooke notou Zanna com o arco empunhado. Sorriu-lhe em agradecimento, voltando a andar em direção à porta com a gnoma à  sua frente. Então, algo aconteceu de forma inesperada: quando Zanna segurou na maçaneta, um choque percorreu pelo seu corpo fazendo ela ficar incapacitada e derrubar sua espada no chão. Antes que Brooke pudesse lhe ajudar, uma rede surgiu do piso e capturou-a, sumindo com a mesma.
A garota encarou aquilo tudo com os olhos arregalados e sem reação alguma. Tinha perdido sua amiga e estava sozinha com a espada pequena de Zanna agora em suas mãos. E agora? O que fazer? Então, a porta da sua frente se abriu sem ela ter encostado um dedo, escutando uma gargalhada vinda de seu interior. Engolindo em seco, Brooke refletiu por um segundo se era uma boa ideia seguir, olhou para trás e vasculhou o local até que seu olhar cravou nas flechas do sapo mais perto.  Dirigiu-se até lá e pegou uma, a ponta com o sangue verde, escondeu-a em suas costas - como forma de guardar uma arma secreta. Assim, rumou para dentro da casa.
A primeira visão que teve de dentro da casa foi uma jaula que continha três seres acordados em volta de um ao chão. Imediatamente, identificou que era Zanna e seus amigos - mas, assim que insinuou avançar, escutou algo vindo do seu lado esquerdo:
—  Se eu fosse você, não me aproximaria. — Ela olhou para o ser da voz e visualizou uma bruxa com cabelos brancos e um vestido de couro, sentada numa cadeira com as unhas de uma mão batendo contra a madeira do móvel, enquanto outra segurava um cajado. — Ainda quero provar você, honey. — 
— Solte-os agora, sua...sua...vilã! — A bruxa começou a dar uma gargalhada com a fala da garota e depois encarou Brooke sorrindo sarcasticamente. 
— Vilã?! Pensei que era uma também, ah, espera, você é! Isso não um insulto para mim! Rende-se e você não sofrerá… Não agora, é claro. — 
Brooke engoliu em seco - sua garganta estava começando a ficar bem seca - pensando no que deveria fazer. A bruxa parecia bem poderosa e talvez ela tenha deixado a derrota de seus lacaios acontecer por pura diversão; Brooke via nela a característica predominante de Gothel: pensar que o mocinho não tinha alguma chance de vitória. 
Apertou o cabo da espada com força só de pensar em sua mãe; por causa dela, Brooke tinha que viver com o preconceito em cima, mesmo tentando mostrar que a última coisa que faria era agir como sua mãe. E, agora, tinha uma chance de salvar pessoas e provar quem era. . Seu olhar recaiu rapidamente para os gnomos e depois ela voltou-se para bruxa, então, em um ato inesperado, Brooke jogou a espada em direção à criatura.
A espada, rapidamente, parou no ar e sumiu quando a bruxa contra-atacou levantando sua mão e proferindo um feitiço: “ÁRECERAPASED OTNACNE O, SIAM ÁRAÇNAVA OÃN, ARODAOV ADAPSE (Espada voadora, não avançará mais, o encanto desaparecerá). Brooke olhou assustada e tentou afastar-se da bruxa, mas, rapidamente, sentiu seu pescoço sendo segurado por uma das mãos da mulher. — Você acha mesmo que vai escapar? Você é fraca! Eu vi o jeito como ficou na parte da floresta! Eu mandei o doppler para te seguir e trazer uma nova carne fresca! Principalmente, com a gnoma que faltava na minha coleção! Humana fraca! IREI COMER VOCÊ TODA! —  Uma gargalhada saiu da sua boca, afrouxando o aperto no pescoço de Brooke que não estava conseguindo respirar. Agora, com o  fôlego se recuperado, lembrou-se da sua última arma e levou sua mão até lá. Porém, a bruxa voltou a apertar de novo seu pescoço.
— Irá sofrer e seus amigos também! FRACOS! TODOS VOCÊS SÃO! E nada vai me impedir. Você é uma vilã fraca, nunca será o que sempre sonhou, honey. Uma inútil, fraca, medrosa, incompetente… Você irá morrer! — Suas unhas cravaram na pele da garota, lágrimas desciam pelo rosto da aprendiz. 
Sentia-se um lixo de pessoa, de ser humano que não consegue nada. Tentara tanto, mas não adiantou de nada. Não adianta ser uma pessoa esperançosa em um mundo que só traz maldade por cima de maldade; é inútil. Ela apenas queria ter planejado um destino próprio. Um destino que não seguisse regras de ninguém. Crescer, sair da sombra da maldade de sua mãe, ser feliz como foi  com seu pai vivo, orgulhar seu falecido pai, seus amigos… Amigos. Seu olhar voltou-se dificilmente para a jaula que continha todos os gnomos tentando não encarar aquela cena… Zanna a olhava em uma profunda tristeza, o mesmo olhar que Brooke tinha quando seu pai morreu. Um homem que via mais do que um gene, mais do que um passado vilanesco. Via esperança, amor onde poderia florescer com os cuidados certos, uma simpatia que Brooke tentou dar para todos. Uma luta talvez totalmente perdida.
Seus dedos começaram a afrouxar em torno da flecha e Brooke começava a ver a imagem de seu pai formando em sua frente, mas antes que pudesse se entregar a derrota, escutou a voz dele. A voz serena dele: 
— Você sempre será minha heroína, ursinho. — 
Heroína. Seu pai lhe achava uma. Um sorriso apareceu em seu rosto, enquanto ela via a imagem de seu pai desaparecendo e com todas as suas forças, Brooke apertou o cabo da flecha e tirou, atacando o olho da bruxa. 
Gritando, a criatura largou Brooke no chão que começou a tossir, mas sabia que não poderia demorar. Chutando com força as pernas da criatura, ela viu a bruxa cair de cara no chão e levantou-se, procurando alguma coisa que pudesse lhe ajudar. Então, notou um pedaço de madeira no canto esquerdo e foi até ele rapidamente, segurando-o com firmeza.  
A bruxa já começava a se levantar com a mão nos olhos - devido ao sangramento do mesmo - quando arrancou a flecha e grunhiu de raiva; antes que pudesse ir em direção a Brooke, a garota foi mais rápida e conseguiu levantar para atacar a criatura por trás.
Quando houve seu ataque, Brooke largou o pedaço de madeira cansada e notou que a bruxa havia apagado e caído direto no chão. Sentou-se no piso com a sua respiração ofegante e descontrolada, sentindo a adrenalina percorrer por todo seu corpo. Até que escutou um chamado: 
— O livro dela! Quebre o encantamento e a gente sai daqui, antes que ela acorde. — Ela encarou e viu que era um dos amigos de Zanna apontando para um livro que estava do lado da cadeira onde ela estava. Brooke levantou-se com dificuldade e foi até lá, começando a folheá-lo. 
— O que eu procuro?! — 
— Feitiços de aprisionamento, rápido, Brooke. Ela está se movendo! — Brooke começou a procurar pelo que ouviu e, quase no final do livro, achou a sua meta. Pegou o livro e se aproximou da jaula, encarando os gnomos, curiosa.
— E agora? — 
— Você faz o que manda! Zanna comentou que você é filha de Gothel, então, tem sangue mágico. Liberta-nos, Brooke! — 
Ela concordou com a cabeça e soltou um suspiro alto. Eles tinham razão; o sangue mágico era a única coisa boa que adquiriu com Gothel e pretendia usar aquilo para ajudar as pessoas, e não machucá-las. Brooke, então, pegou a flecha que estava caída no chão e cortou sua mão, o suficiente para pegar um pouco de sangue para desfazer a prisão. Olhou para a página do feitiço e leu tudo de novo e decorando a imagem que precisava desenhar, para voltar sua atenção para frente e começar a desenhar um símbolo formado por uma linha com dois triângulos de lado, significando liberdade, e murmurou para que no final apertasse sua mão contra o símbolo desenhado: 
— “ADAREPSENI ATLOVARIV AMU ME ATLVO ED ÁRITNES, ADARIT IOF ELH EUQ EDADRBIL A”. (A liberdade que lhe foi tirada, sentirá de volta em uma viravolta inesperada). — 
Então, após proferir o feitiço, uma luz brilhou e a porta da cela se abriu na mesma hora em que a bruxa começava a se despertar. Sem mais delongas, os gnomos agradeceram Brooke - que não ouviu nada por causa do cansaço - e pegaram sua arma para atacar a bruxa desorientada, mas que recuperava sua consciência aos poucos. Zanna e Nyx que ficaram para trás seguraram Brooke do jeito que conseguiram e arrastaram a garota até um canto, esperando a hora de ir embora. A última visão que Brooke teve antes de desmaiar foi ver sua mão sangrando no piso como aconteceu nas imagens de seus sonhos. 
Epílogo:
… (Sem menções ao diário)
   Cuál es la forma más clara y segura. De elegir bien y que no queden dudas  
(...)
Brooke não acordara até estar de volta na enfermaria. 
Após os gnomos terem matado a bruxa, ajudaram Zanna e Nyx a carregarem o corpo da aprendiz até uma carroça que se encontrava nas propriedades da bruxa. Estavam cansados, portanto, rumaram para o Castelo Dillamond vagarosamente. Quando chegaram no castelo, Zanna se prontificou a procurar um curandeiro, encontrando uma mulher que levou Brooke para a enfermaria.
Agora, a garota se encontrava com a mão enfaixada, hematomas em seu pescoço e corpo, tal como alguns ossos fraturados. Mas nada se comparava à sua mente. Ninguém sabia dizer se a garota se recuperaria completamente da situação pela qual passara. Nem mesmo o Narrador.
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mariaedbosquini · 5 years
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O mãe por onde começar em... sua luta acabou, você não precisa mais sofrer, não precisa mais sentir tantas dores como estava sentindo, nao precisa mais fazer esforço pra ficar viva... eu queria ter lutado mais pra você ficar comigo, pra você me ajudar com meus irmãos, ajudar com o pai, a tata não sabe como seguir em frente sem você por perto, está me fazendo tanta falta, eu olho as fotos, lembro dos momentos e tudo que eu quero é você aqui comigo novamente, a tata sabe que de uns tempos pra cá você já não tava tão bem, já não conseguia mais, você chegou ao seu limite, até o último suspiro você lutou, você foi guerreira fia e Agora tem que ser guerreira aí no céu, pra me ajudar a seguir com as crianças, e ajudar a guiar eles e me ajudar comigo e com o pai, trás as respostas certas aí do céu... mãe a nossa relação ninguém poderia entender, você era e sempre será minha melhor amiga, você é a melhor mãe, melhor mãe que alguém poderia ter, eu sou grata por você sempre estar ao meu lado, grata por sempre me arrumar e cuida de mim, mas chegou um tempo que eu tinha que cuidar de você, porque você virou meu bebê, e eu falhei nessa missão e te deixei ir.... a tata como que vai ser agora em ? Com quem eu vou cantar as músicas no carro ? Com quem eu vou brigar pra ver qual roupa usar ? Com quem eu vou deitar pra assistir filme em ? Quem vai me abraça quando eu fizer a coisa errada em ? Quem vai me dar os conselhos e falar “eu avisei” ? Em ? Em ? Era pra você estar aqui poxa, pra você ir comigo no cinema e gritar, era pra você tá aqui pra gritar as pessoas na rua, era pra você ficar e me amar mais um pouquinho.... como fia ? Como a tata vai conseguir sem você ? Como você pode me deixar assim? Era pra ter sido mais tarde, não agora sabe, eu estou morrendo por dentro, essa dor está me acabando, eu não consigo pensar em outra coisa que já penso em você mãe, eu largaria tudo só pra ter mais um momento contigo, só pra ouvir mais um “te amo bebezinha”. Tá tudo tão estranho aqui sem você.
Mãe nos tivemos nossas brigas, nossos problemas, você quebrava meus celulares, e eu machucava seu coração, acho que aos poucos eu fui te matando, mas me desculpa por não ser a filha perfeita e eu vou sempre me culpar por isso, eu tentava mesmo não brigar kkk mas nos duas tínhamos o mesmo gênio e tudo igual, mas brigávamos porque o que você queria eu não gostava e sempre brigava, tata me desculpa tá ? Eu queria ter mais tempo com você, pra recompensar tudo, e te falar que te amo mil milhões, queria ter mais um tempo pra deitar no seu ombro e chorar, assistir algum filme né.
Sabe eu sempre pensei que quando você morresse eu ia me matar sabe, eu ia junto, mas eu percebi que você lutou pela vida e eu tinha que lutar pelos seus filhos e ser forte por eles, mostrar as coisas certas pra eles como você me mostrou, ensinar tudo pra eles como você me ensinou, mãe eu estou sendo forte e você sabe, não tenho mais nem lágrimas, todos aqui estão nos ajudando, falando que vai ficar do nosso lado e eu sou grato a todos, pois espero mesmo de coração que eles nos ajude, porque eu não to preparada pra perder mais alguém, eu não quero ser abandonada mãe e nem as crianças e o pai.... a o pai mãe, como ele tá ? Ele não tá nada bem, acho que a ficha ainda não caiu sabe, ele está sendo tão forte, ele chorou tanto, mas acho que quando ele pegar pra chorar de verdade ele não vai aguentar sabe, porque perceber que perdeu o amor da sua vida, é a pior coisa, mas vocês viveram, viveram momentos incríveis, mas tinha mais coisas pra vocês viverem, e mais coisas pra vocês construírem juntos... mãe você foi e deixou tudo aqui pra nós, vamos cuidar como você cuidou ta? A tata vai realizar todos os seus sonhos e ainda mais, vou lutar muito igual você. Mãe a Sarah, a Sarah ela está forte, ela segurando as pontas todas e conseguindo, ela está me consolando e a todos, mas quando ela pegar pra chorar, acho que meu coração não vai aguentar, por isso você precisaria estar aqui, pra me ajudar a segurar ela, ela está sempre falando que Deus quis você com ele, lá do lado dele, que um dia nos vamos se reencontrarmos, e um dia vai acontecer né mãe ?. O isaac, aaaa ele não entende muito né, ele está o mesmo, brincando e gritando do jeitinho dele, mas ele é um anjo, e você me ajuda aí de cima em, porque não vai ser fácil.... a mae, a tia Eliana desabou, ela não vai conseguir seguir em frente sem você, assim como ninguém vai, a tia Eliana te ama tanto mais tanto que não cabe nela, você era a força dela e a do pai, a minha e a das crianças, você tem que mandar forças pra nos aí de cima tá ? Promete? Jura juradinho ? Eu vou cuidar das coisas por você, vou ajudar a tia Eliana, cuidar dos seus irmãos, dos seus sobrinhos, das cunhadas e cunhados, das vo e dos vo, do pai e dos seus filhos, dos seus amigos, das suas tias e suas primas, porque a tata é forte igual você, mas o seu lugar aqui nunca será substituído porque você vai me ajudar aí do céu né.
Mãe, a tata chorou tanto que não tenho mais lágrimas pra sair, a tata ficou do seu lado até a hora do funeral, mas a tata não aguentaria te enterrar e ver você indo embora sabe, por que a tata ia sofrer mais ainda e eu queria guardar o seu rostinho comigo e seus momentos sabe, eu estou sofrendo tanto que eu nunca desejaria essa dor pra ninguém, doi demais, por isso mães amem seus filhos e filhos amem suas mães, porque quando ela se for... a quando ela se for seu mundo acaba e você tem que descobrir como viver sem ...
Mãe acho que eu já sabia que estava acabando, mas eu queria acreditar que Deus ia fazer um milagre e ia te deixar comigo, eu desabei mil vezes, mas quando soube que você se foi, ai sim que meu mundo acabou, mas a tata não acredita até agora, mas eu entendo o porque você foi, você não teve como escolher, porque você lutou, mulher guerreira igual você não tem, você fez isso por nós, por você, mas infelizmente você não aguentou né bem? Mas a tata entende e você pode ir em paz, porque eu sempre vou guardar suas memórias comigo, sempre vou guardar você comigo, e relembrar tudo de você e não deixar que você seja esquecida, porque você nunca vai ser esquecida por ninguém tá benzinha ? Espero que onde você esteja olhe por mim e por todos aqui na terra, olhe pelas pessoas aqui que te amam e ajuda eles tá ? A tata não vai conseguir seguir em frente, mas vou continuar indo, e não fica triste por eu não estar aí com você tá, eu sei que eu era a pessoa que você mais amava nesse mundo, e você é a que eu mais amo, eu vou sempre te contar como está as coisas por aqui e sempre vou te contar como eu vou conseguir tá ? Por que eu vou ser forte igual você e lutar igual você tá . Eu queria te falar mais coisas, te escrever mais, mas não sei como me expressar mãezinha, mas você aí do céu está sabendo como eu to me sentindo e eu vou te contar todos os dias como estão as coisas tá ?
Aaa mãe eu te amo demais tá, te amo amos que o infinito e saudade só vai aumentando, mas eu só queria o seu ombro aqui comigo pra chorar, e você me abraça, só isso não é pedir muito né? Te amo e luta aí em cima em, lembra de mim sempre e de todos aqui. 😭😭❤️
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maevcst-blog · 5 years
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IC
Alias e blog: Illya, (https://bckwrdc.tumblr.com). Vou enviar o blog do personagem depois.
Triggers: estupro, pedofilia e violência contra animais.
Banned fcs: Jared Leto, Michaael Fassbender, Cole Sprouse (pessoas no geral que foram acusada de abuso ou violência) e a Dove Cameron (disse umas coisas pesadas sobre saúde mental)
Atividade: posso entrar todos os dias durante à noite, com exceção dos fins de semana em que fico meio sumida.
seu personagem estará     ocupando alguma conexão requerida da lista? qual? Não, apenas a vaga de irmã     mais nova da Helena Sutherland.
seu personagem estará     ocupando alguma prompt da lista? qual? Sim, o “ um personagem que esteve internado no     Bernard Rose por abuso de drogas”.
seus most wanted fcs para serem adicionados na lista: Lulu Antariksa, Jenny Boyd, Gavin Letherwood, Alex Fitzlan e Natasha Liu Bordizzo.
suas wanted connections para     serem adicionadas na lista (podem incluir sugestão de fcs e dados básicos     obrigatórios // idade, gênero, etc):
sugestão de prompts: nenhuma
OOC
faceclaim: Maya Hawke
nome completo: Maeve Sutherland
apelidos: pelos corredores do colégio Maeve é chamada     de “delinquent princess” simbolizando a perfeita mescla de seu status     social e os problemas que causou. Quem é mais próximo da garota achava     chamando está de May, ou Vee, apesar da mesma odiar o último.
idade: 18 anos
data de nascimento: 18/04/2001
signo solar/lunar/ascendente: áries/virgem/sagitário
gênero: cisgênero feminino
orientação sexual e afetiva: bisexual e biafetiva
principais características positivas: corajosa, segura, genuína, independente,     sagaz e franca.
principais características negativas: agressiva, cínica,     colérica, impertinente, desequilibrada e pessimista.
labels: the loose canon + the recluse + the delinquent     princess
títulos e ocupações: capitã do time de     atletismo, integrante do time de natação, funcionária no boliche     (meio-período) e integrante de um clube de boxe clandestino.
grupos sociais: esportistas + delinquentes     + malucos
fatos e curiosidades (mínimo     três // temas obrigatórios listados abaixo, máximo ilimitado).*
1. vida familiar:
{TW: VIOLÊNCIA; SUICÍDIO]
Caçula da conhecida Helena Sutherland, Maeve é uma ovelha negra desde que se conhece por gente. Tão terrível que matou a mãe de desgosto no mesmo dia que veio ao mundo. É isso que alguns comentam pela cidade. A verdade é que a matriarca – uma médica renomada na região – apresentava problemas de saúde desde o princípio da gestão, segurando a pequena Maeve por alguns instantes antes que seu coração parasse. Já o pai, um corretor de imóveis mais do que rico que batalhava com a depressão desde o colegial, tivera uma severa piora em seu quadro após a perda da esposa.
Vendo tudo desabando diante de si, Helena, a irmã mais velha, tomou frente e assumiu o papel como o pilar de sustentação daquela família – se é que podia ser chamada assim. Tinha dezesseis mas era um prodígio dedicado a fazer as coisas funcionarem. Ajudava o pai, cuidava de Maeve e balanceava os estudos com o estágio que conseguiu na prefeitura, visando uma carreira como advogada que viria a desembocar na política anos depois.
Conforme a carga horária da mais velha aumentava a atenção dedicada a família diminuía, e os problemas engoliam o lugar. O pai das garotas se tornava mais desequilibrado a cada dia, incapaz de deixara morte de esposa para trás este culpava a pequena Maeve pelo ocorrido. Impaciente com a menina de apenas cinco anos, o homem costumava gritar com está quando Helena estava fora, intimidando Mae o suficiente para que ela sequer mencionasse a irmã.
A violência verbal prosseguiu por meses até o dia em que o homem se perdeu de uma vez por todas. Avançando na própria filha ele bateu e chutou a mesma até que está perdesse a consciência. Pensou que havia matado a garotinha mas nem por um segundo chegou a cogitar chamar um ambulância, ao invés disso deixou Maeve largada na sala, foi até a cozinha, pegou uma faca e cortou os próprios pulsos.
Helena chegou quase uma hora depois, seguida pela ambulância e polícia que chamou ao se deparar com a cena, seu pai já estava morto, mas por algum estranho milagre Maeve sobreviveu. Passando por uma cirurgia de emergência a garota escapou sem sequelas, permaneceu uma semana na UTI e pode então retornar a casa junto de Helena, carregando mais cicatrizes do que apenas as cobertas pelos curativos.
Os anos seguintes foram uma bagunça que até hoje May não consegue explicar. A carreira de sua irmã deslanchou e elas se mudaram para o condomínio Lancaster em busca de um recomeço – palavras de Helena – que desde o ocorrido fazia de tudo para cuidar de Maeve, incluindo arrastá-la para as sessões com a psicóloga. Estas e todo o cuidado da irmã ajudavam, mas não impediram a piora no comportamento da garota. Agressividade, impulsividade, falta de paciência, sinais que de primeira pareciam apenas parte do TEPT, levaram ao diagnóstico do TEI (Transtorno Explosivo Intermitente) e a rápida prescrição dos antidepressivos para May.
2. vida escolar:
[TW: OVERDOSE]
Usando os esportes para lidar com seu transtorno, Maeve se envolveu com o atletismo aos treze anos, conhecida pelo mesmo no colégio ela é a atual capitã do time, praticando também natação, e boxe – este em uma academia fora do colégio onde lutas clandestinas ocorrem – ocupa lugar no grupo dos esportistas, mas não somente este. A personalidade naturalmente forte somada ao transtorno – que apesar de ser tratado permanecia lá – levaram a garota a causar as mais diversas confusões durante toda a adolescência.
Brigas com rapazes que aparentavam mais fortes mas sempre perdiam, confusões com garotas que implicavam com seu jeito, afrontas a professores, coisas pequenas mas que levavam May a explodir e criar uma fama no colégio. Eventualmente ela não era apenas só mais uma esportista, mas sim uma delinquente, até mesmo maluca para aqueles que viam seu transtorno como um atestado de que a garota não era nada mais que uma louca vagando os corredores.
Isso se confirmou para muitos há um ano e meio atrás quando Maeve teve uma overdose em uma festa graças a uma mescla de drogas que nem mesmo sabia o nome. Causando pavor a irmã mais velha – que como vice-prefeita tinha de presar pela imagem – está resolveu internar May no Bernard Rose, no qual a garota permaneceu por seis meses. Não, eles não havia curado Maeve, porque ela nunca sequer foi uma dependente, acreditem se quiser, mas aquela vez era apenas a segunda em que May usara algo mais do que um beck.
Maeve tinha medo das drogas e como estas a deixavam propensa a fazer besteiras, prometeu a si mesma que nunca mais usaria algo além de um cigarro e se mantém firme no juramento. Sabe que isto não vale de nada para terceiros, e até a própria Helena que vasculha suas bolsas e gavetas diariamente. Na visão de muitos é uma maluca, e não tem energia alguma par tentar provar o oposto, então se aproveita do rótulo.
Temida por alguns e ignorada por muitos, May tem alguns poucos amigos e vive como pode, esperando o fim do colegial para que possa deixar a cidade. Mantém notas medianas pelo puro interesse em estudar, alguns dizem que poderia ser tão boa quanto a irmã mais velha, mas Maeve não quer isso, então se contenta apenas com o necessário, sabendo que isso lhe tirara da cidadezinha num futuro próximo.
3. vida interior:
Uma confusão, é isso o que Maeve é. Gentil e educada com alguns, agressiva e detestável com outros, complicada de se lidar, May não é o tipo de pessoa amada por muitos. Encoberta por um exterior de grosserias ela pode não admitir, mas prefere mil vezes ser odiada por alguém do que alvo de pena pelo passado bem conhecido pela cidade.
Dificilmente intimidada a garota não liga para dinheiro ou para as aparências, o cargo que sua irmã ocupa lhe parece vazio assim como metade da cidade, mas talvez isso se dê ao fato que o lugar lhe trouxe mais sofrimento que qualquer outra coisa. Para a maioria ali, May é uma garota problemática e vai morrer assim, mesmo que ela tenha aceitado o rótulo, não pretende carrega-lo para a eternidade.
Não é uma boa pessoa, nem almeja isso, gosta de causar confusões e estaria mentindo se dissesse que não adorou entrar em brigas pelo colégio e socar alguns dos rapazes. Gosta da adrenalina e da calmaria que vem logo depois, mesmo que está viesse acompanhada de alguns machucados. Estes que por sinal, sempre marcam presença na forma delicada de May. Pode ser violenta e grosseira, mas não é preconceituosa, tampouco vai ser vista fazendo bullying, por ouvir muito sobre sua condição mental, tem verdadeiro pavor deste tipo de situação.
É bissexual assumida, e para sua sorte sempre foi muito bem acolhida por sua irmã, ainda que tenha uma verdadeira dificuldade em se abrir para pessoas ela namorou uma garota por cerca de um ano, infelizmente o relacionamento acabou depois que May sofreu a overdose.
Se a perguntarem ela vai dizer que pretende cursar engenharia, graças as sua facilidade extrema na área de exatas, ainda assim, Maeve não tem certeza de que está será sua escolha. Teme não ser capaz de levar uma vida normal mesmo que vá morar em outro estado, então é algo que pondera muito.
Seus passatempos incluem andar de skate pelas ruas vazias durante à noite, ler livros de terror, ver chickflicks (esse é segredo), ficar chapada, comer qualquer besteira, assistir os outros jogando boliche (o único pró do trabalho dela) e praticar esportes.
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s3cr3t · 5 years
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me desculpa mãe
eu sei eu tenho tentado
os cortes em meu braço me dizem o contrario
minha alma clama
que apague
essa chama do passado
que queima, me corrói
mas eu n sei o que faço
a cada queda
mais eu percebo o quanto eu sou fraco
me desculpa Mae
a luta tá intensa
cada dia que passa
não tem diferença
a vida tem levado
a única crença
de que tudo ficaria no passado
que eu teria aguentado
toda essa doença
não são os desafios Mae
que me matam
é minha cabeça
que me lembra do passado
que destrói
corrói
me maltrata
n é meu corpo que me mata Mae
são as lembranças presentes
decorrentes do meu trauma
trauma que me mata
assim como a corda
que enforca
a faca que corta
como aquela mão que me sufoca
não mais na pele
mas na alma
teu carinho não me acalma
me paralisa
como aquela noite fria
em que meu corpo
não mais me pertencia
eu sei Mae
eu tenho que lutar
mas a cada respiração pesada
minha mente clama em me julgar
por um feito não meu
mas de quem teve que me matar
por um prazer sujo
que insiste em doer
na casca de um coração
onde a ansiedade
é como canção sofrida
e a verdade
uma mentira
sem nexo
como os meus pensamentos mais complexos
onde a tristeza faz abrigo
e a ausência não me faz mais companhia
o meu ultimo suspiro foi em um ato de covardia
onde eu não morri por fora
mas minha alma
a que mais sofria
se foi naquele dia
em que eu só sorria
por não saber o mal que me fazia
mas hoje minha alma vazia
me lembra a felicidade que havia
numa carcaça de 7 anos
que ali morreria
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