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#ayahuasca significado
laestoica · 1 year
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Creo que si algo nos caracteriza a quienes vivimos en Tumblr es la búsqueda: de sentido, identidad, empatía, significado, comprensión...
Buscamos sin poder encontrarnos.
Acabo de terminar este libro, de los más significativos en mi vida.
Hace dos años comencé a escuchar el podcast "El Estoico", de Pepe García, y me dió un esquema bastante sencillo y accesible sobre el estoicismo, pero poco a poco Pepe comenzó a convertirse paradójicamente en un mero producto.
Leí a Epicteto, a Marco Aurelio y a Séneca.
Obviamente Ryan Holiday me guiñó el ojo, pero bastó con ver los precios de sus libros y leer un poco de su biografía para saber que utilizaba el estoicismo como si fuera una marca.
Inevitablemente, llegué a Massimo Pigliucci, escuchaba su podcast, entrevistas, conferencias, etc. En casa me bromeaban porque todo el tiempo estaba escuchándolo o viendo su videos, me encantaba. Comencé a leer "Cómo ser un Estoico" pero algo me incomodaba, con el tiempo comprendí que aunque no se tratara de un libro de superación personal, también era un texto regurgitado.
Hasta que llegué a William Irvine. Éste es un libro sustancioso, con fundamentos filosóficos, un esquema lógico plagado de referencias, pero dirigido a lxs no filósofxs, aquellxs que buscamos una filosofía de vida alejada de la religión y la mística. Y fue aquí donde me encontré. Se los recomiendo de todo corazón.
Medito y practico mindfulness desde el 2020, un año después comencé a interesarme en el estoicismo e intentar aplicarlo intermitentemente, pero fue apenas hace unos meses que lo tomé en serio y finalmente estoy comenzando a experimentar una vida plena y serena.
En mi juventud, me apodaban Daria y yo me sentía orgullosa, pensaba que se trataba de una personalidad excepcional, una chica inteligente, distinta a las masas. Pero ¿qué sentido tiene ser inteligente e infeliz? Eso no es una virtud, es una reverenda estupidez.
Viví deprimida desde mi infancia. Después de una inmensa travesía, por fin, a los 30 años comencé un tratamiento psiquiátrico, posteriormente me diagnosticaron TLP y TDAH. En unos años logré salir de la depresión, aunque su esencia ya era parte de mí. Probé con la terapia psicológica en varias ocasiones y hoy sé que nunca más lo volvería a hacer.
Soy alcohólica, fumé mota durante distintos periodos de mi vida, la Ayahuasca me hizo ojitos, me obsesioné con el erotismo, probé con el tarot y la astrología, pero nada me complacía.
En mi insaciabilidad, llegué al punto de abandonar a mi familia, me arriesgué y lo perdí todo, me quedé sin hogar, sin sustento y aún sin motivos para vivir.
Pero el estoicismo me ha cambiado, hoy amo mi vida, cada persona con la que cuento, los momentos, las oportunidades, el viento, la luz, los sonidos... Todos y cada uno de los elementos que me conforman.
Por supuesto no estoy 100% complacida y no soy perfecta, pero dejé de buscar y me esfuerzo a cada momento por disfrutar lo efímero de mi existencia. Nunca creí leerme de una forma tan positiva, pero el día llegó y me siento serena.
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rhenancarvalho · 8 months
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Hora de tomar o Daime e ficar na santa paz da floresta encantada, essa Ayahuasca veio tão forte que não tive coragem de tomar mais que uma vez em uma sessão, viva a sagrada medicina da floresta.
A bandeira da paz é um símbolo universal poderoso que foi adaptado pelo artista visionário Nicholas Roerich para servir como um emblema para o desejo da cultura humana de se levantar acima da guerra. Esta bandeira foi mostrada global, como um sinal da paz e da cultura, desde os anos 1930.
A Bandeira da Paz, como é bem conhecida, é o símbolo do Pacto de Röerich. Esse grande ideal humanitário estabelece, na área das realizações culturais da humanidade, uma proteção semelhante a da Cruz Vermelha no alívio do sofrimento físico do homem, conforme o estabelecido nos Artigos I e II do Pacto de Paz: (vide Pacto Röerich).
As instituições educacionais, artísticas e científicas, as missões artísticas e científicas, o pessoal, a propriedade e coleções de tais instruções e missões serão consideradas neutras e, como tais, serão protegidas e respeitadas pelos beligerantes. A proteção e o respeito serão devidos às instituições e missões acima mencionadas, em todos os lugares sujeitos à soberania das Altas partes Contratantes, sem nenhuma discriminação quanto à lealdade ao Estado por parte de qualquer instituição ou missão, em particular. As instituições, coleções e missões assim registradas, poderão apresentar uma bandeira própria que lhes darão direito à proteção especial e respeito por parte dos beligerantes, dos governos e pessoas de todas as altas partes contratantes.
O desenho da Bandeira da Paz apresenta três esferas rodeadas por um círculo em cor vermelha escura sobre um fundo branco. Das muitas interpretações nacionais e individuais deste símbolo, as mais usuais são, talvez, as da Religião, Arte e Ciência como aspectos da Cultura que é o círculo que as está envolvendo; ou as realizações da humanidade, no passado, presente e futuro, guardadas dentro do círculo da eternidade. Estas duas interpretações são igualmente boas, pois representam uma síntese de vida que é um preceito verdadeiro e justo de governo.
BANDEIRA DO SÍMBOLO DA PAZ
Este símbolo da tríade, que pode ser encontrado em todo o mundo, pode ter vários significados. Alguns o interpretam como o símbolo do passado, do presente e do futuro, encerrado no anel da eternidade; outros consideram que se refere à religião, ciência e arte, reunidas dentro do círculo da Cultura. Mas não importa qual seja a interpretação, o próprio símbolo é de caráter universal. O mais velho dos símbolos hindus, Chintamani, o signo da felicidade, é composto por este símbolo e podemos achá-lo no Templo do Céu, em Pequim. Aparece nos três tesouros do Tibete; no peito do Cristo, no quadro bem conhecido de Memling; na Madonna de Estrasburgo; nos Escudos dos Cruzados e nos Brazões dos Templários. Pode ser visto nas lâminas das famosas espadas caucasianas conhecidas como “Gurda”.
Aparece como um símbolo em vários sistemas filosóficos. Pode ser encontrado nas imagens de Gessar Khan e Ridgen Djapo, na “Tamga” de Timurlane e no Brazão dos Papas. Pode ser visto nos trabalhos de antigos pintores espanhóis e no de Ticiano, e no antigo ícone de São Nicolau, em Bari, e no de São Sérgio e da Santíssima Trindade.
Pode ser encontrado no Brazão da cidade de Samarcanda, em antiguidades Etíopes e Coptas, nas rochas da Mongólia, em anéis tibetanos, nos ornamentos de peito de Lahul, Ladak e em todos os países do Himalaia, e na cerâmica da era neolítica.
É visível nas bandeiras budistas. O mesmo símbolo é marcado em cavalos mongóis. Nada, então, poderia ser mais apropriado para reunir todas as raças do que este símbolo que não é um mero ornamento, mas um símbolo que carrega com ele um profundo significado. Existiu por imensuráveis períodos de tempo e pode ser encontrado pelo mundo todo. Ninguém, portanto, pode pretender que pertença a qualquer seita específica, confusão ou tradição, e ele representa a evolução da consciência em todas as suas variadas fases.
Quando se trata de defender os tesouros do mundo, não poderia ter sido selecionado um símbolo melhor, pois ele é universal, de antiguidade ilimitada e carrega com ele um significado que deveria encontrar um eco em cada coração.
Helena Röerich escreveu, no livro “Cartas de Helena Röerich”, Volume I, Tomo II: A nobre idéia da Bandeira da Paz deve gradualmente tomar a vida e, como diz um escritor, “Cada cientista, cada criador, cada professor, cada estudante, cada um que pensar sobre o significado da História, deve apressar-se em responder à convocação de Nicholas K. Röerich, que ergue a Bandeira da Paz por sobre todo o mundo. É claro que esta paz é também luta. Mas não é uma luta pelo bem-estar pessoal, mas sim uma defesa contra as forças obscuras, que estão atacando os tesouros do espírito…” Não são os estatutos que importam, e sim a vontade individual dos trabalhadores culturais. Eles não estão unidos ainda, mas precisam fundir-se numa corrente, num rio que flui, engrossando-se ao desaguar no grande oceano de idéias… A idéia de defender as criações do gênio humano é tão bela e tão essencial que é imperativo pô-la em prática o mais cedo possível. Pense quantos anos terão transcorrido antes que a consciência das massas esteja preparada para respeitar o que a Bandeira se propõe, mas o tempo não espera. Na Espanha foi recentemente destruída uma igreja antiga, juntamente com as pinturas de alguns dos melhores mestres. É longa a lista dos inestimáveis tesouros que têm sido destruídos. Está na hora de pôr cobro a este vandalismo.
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eupisciana · 3 years
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O SIGNIFICADO DE CADA TIPO DE LIMPEZA COM AYAHUASCA
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• O mais comum é o vômito. O vômito é uma limpeza física, geralmente causada por impurezas no seu corpo. Você que geralmente consome muita carne, gordura, cigarros, bebidas alcoólicas, comidas industrializadas, etc, deve passar por isso. É a mais comum das limpezas. Isso se dá ao fato de vivermos num mundo onde é muito difícil não ter contato com tais substâncias.
• Outra limpeza são as lágrimas. Essa já está ligada ao lado sentimental... Sentimentos às vezes repreendidos. Muitas vezes até esquecidos ou guardados. Todo tipo de sentimento que lhe traga dor e sofrimento: tristezas, rancores, timidez, vergonha, etc. Muitas vezes no ritual, você pode estar chorando e não saber o motivo. Apenas chora! É algum sentimento que está sendo limpo, ou está sendo libertado.
Também se pode chorar por sentimentos de alegria, quando se vivencia momentos bons e felizes da vida onde um sentimento gigantesco de amor e gratidão inundam nossa alma.
• O bocejo também é uma limpeza. Nesse caso, uma limpeza energética. Somos bombardeados o tempo todo por energias nocivas, energias de baixa frequência, energias malignas, espíritos não evoluídos e afins. O bocejo vem para limpar essa energia. Tanto que quem possui clarividência consegue até mesmo enxergar insetos e/ou fluídos saindo junto ao bocejo.
• O xixi é uma limpeza que está ligada a raiva e ao stress. Ele vem libertar você disso.
• O Número 2 tem à ver com bloqueios, objetivos pendentes, planos que não consegue concretizar. Às vezes você tem muitos objetivos e planos e não consegue concretizar porque essa energia está bloqueada, e essa limpeza vem para lhe auxiliar nisso.
• O frio não é bem uma limpeza. Nos rituais com ayahuasca, temos contato com algumas entidades e divindades curadoras que vivem nos planos espirituais. Eles são seres que chegam trazendo o frio por serem habitantes de uma outra dimensão com outra densidade de tempo, espaço e de baixas temperaturas: o chamado "Plano Astral". Sempre que num ritual de Ayahuasca sentirmos frio, podemos estar certos de que ali está acontecendo um trabalho de cura.
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vcbarrera · 3 years
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Sobre la espiritualidad
Me parece bastante interesante ver cómo hay un nuevo grupo de intelectuales y bohemios que se llaman a si mismos ateos pero buscan significado a sus existencia en antiguos ritos paganos y religiones paganas, en la numerología, la astrología, el tarot, el Reiki, los cuarzos, los péndulos, la adivinación con caracoles,los baños purificadores, libros de autoayuda sobre el secreto, los seis grados de separación, los que el universo conspira a su favor, los que leen runas, los que buscan espíritus guías, el Ayahuasca,la marihuana, comer hongos, lamer sapos o cualquier cosa que los haga sentir en un estado alterado de la conciencia y la personalidad.
Buscando lo que tan ansiosamente niegan.
Está bien no compartir las ideas de las religiones tradicionales pero buscar respuestas en lo que tampoco ha dado nunca respuestas, no es ser mejores o superiores moralmente a los que practican religiones tradicionales.
Yo en cambio entiendo que la espiritualidad es un viaje individual, pero no tiene sentido abandonar religiones tradicionales para volver a aquello que tampoco no nos dió resultado en el pasado.
Por siglos la gente a mirando hacia arriba, hacia abajo, hacia los lados e incluso hacia adentro de si buscando conectarse con eso que mueve el universo y que da sentido a la existencia y todo lo anterior al igual que las religiones tradicionales no lo hemos conseguido.
Al menos no la mayoría.
Buda, Jesús, zaratrusta, Mahoma, bhrama o quienes ustedes quieran creer que lograron esa conexión no están más.
Cómo lo espiritual es un camino personal, por eso durante siglos la gente ha intentado erróneamente a mi parecer seguir los caminos trazados por los anteriores y millones han fracasado.no por qué les falte voluntad por qué muchos santos si lo hicieron, pero ellos también eran exepcionales
Mientras que aceptemoslo, el 99% de nosostros somos comunes.... únicos pero comunes.
Pero no te desanimes tal vez interpretar cartas del tarot no nos dirá si mañana no habrá más sufrimiento en el mundo o si moriras al dormir. Así como ningún libro sagrado te dirá cuándo enfermaras o cuando al fin dejaras de sentirte tan solo y vacío.
Pero no estás solo en ese viaje.
No me mal entiendan sea el camino que elijan ya sea el Wicca o el judaísmo o las leyes de bhrama o los cristales o los crucifijos y los mandamientos que sea tuyo. Que nadie lucre de tu fé.
Que nadie lucre de tus creencias
Pero sobretodo que nadie juegue con tus sentimientos sobre lo que debes o no creer o sentir espiritualmente hablando
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maya-terra · 4 years
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O Movimento Trance Psicodélico
Trance é uma palavra inglesa que significa transe ou êxtase, experiência definida por estados alterados/elevados da consciência, induzidos pela meditação ou pela estimulação dos órgãos sensoriais do organismo.
O termo “psicodélico” foi criado pelo psiquiatra canadense Humphry Osmond, em 1953, sendo posteriormente adotado pelo movimento político-cultural dos anos 60.  Uma das definições, feita por Carneiro em 1994 é:
“Como expressão da contracultura, o movimento hippie (psicodélico) representou uma defesa política da autonomia sobre a intervenção psicoquímica voluntária contra a política oficial do proibicionismo estatal que retira do indivíduo o direito de escolha sobre a estimulação química do espírito”
Evolução da música psicodélica
Durante a evolução do movimento psicodélico nos anos 60 e 70, quando os jovens se “rebelaram contra a sociedade e reivindicaram a extensão dos direitos de livre-disposição do corpo e de autonomia sobre si próprio”, muitos jovens foram em busca dessa liberdade.
Os jovens hippies fugiram da vida nas cidades industriais, buscando integração e harmonia com a natureza, escolhendo Goa, na Índia, como local para realizarem suas festas psicodélicas nas areias das praias, com trilhas sonoras que iam de Janis Joplin a Pink Floyd, fazendo uso do LSD (ácido lisérgico) e muita experimentação musical. Estes jovens, ao adotar uma posição contrária ao sistema, promulgaram formas de vida alternativas e contraculturais, opondo-se aos valores dominantes na sociedade capitalista, como o trabalho, dinheiro, materialismo, conformismo, burocracia, propriedade privada, repressão, segregação racial, distinção de classe social, etc.
No início dos anos 70 ocorreram em Goa as primeiras free-parties, tornando-se conhecidas mundialmente a partir dos anos 80. Nos anos de 86 e 87, dá-se início às primeiras free-parties européias em Ibiza, na Espanha, coincidindo com a explosão da acid house (estilo de música eletrônica).
O estilo musical Goa Trance (precursor do Psy Trance) surgiu no início dos anos 90 em Goa, com base nos efeitos do Acid House, sendo um dos pioneiros o artista Goa Gil. Sua evolução surgiu da mistura de gêneros musicais como New Beat, New Wave, Electro e Rock psicodélico, resultando em uma ressonância que levava os ouvintes a estados elevados da consciência.
Grande parte dessa cultura inclui elementos do hinduísmo, budismo e xamanismo, fazendo referência à India, berço do trance. O trance psicodélico que conhecemos atualmente deriva diretamente do Goa trance, desenvolvendo-se a partir de sons únicos e complexos com características específicas. À sua poderosa base rítmica juntam-se elementos eletrônicos e 2 Free-parties são festas ao ar livre em que a entrada é livre.
Festas e festivais de trance psicodélico
Os Festivais de Trance Psicodélico são celebrações multicoloridas preparadas pelos amantes da cultura psicodélica, os neo-hippies. Os neo-hippies são a evolução dos hippies dos anos 60 e 70, porém, houve uma constante renovação tecnológica na música, na computação gráfica que contribuiu com as artes, que antes eram somente estáticas e agora são animadas, e na qualidade dos aparelhos de som. Contudo, a ideologia psicodélica é a mesma. As festas de “psytrance”, surgiram há mais ou menos 20 anos no Brasil, porém o investimento em arte e cultura são encontradas nos festivais deste mesmo estilo de música.
Em entrevista para Nascimento (2005), Dario, organizador do festival de trance psicodélico “Universo Paralello”, realizado anualmente na praia de Pratigí, na Bahia, diz que o objetivo do festival é despertar as pessoas para a ilusão causada pela engrenagem gerada pelo sistema controlador que manipula toda a sociedade e, com isso, contribuir para um mundo com mais preservação, mais cultura e mais respeito entre as pessoas.
As festas trance são celebrações onde se atravessa diferentes estados espirituais sob o efeito estimulante das cores, luzes e movimentos, sendo realizadas em lugares considerados centros energéticos, como praias, florestas, ruínas, etc. A decoração alude a divindades totêmicas, egípcias, pré-hispânicas, hindus, psicodélicas e cósmicas. A característica principal dessas festas é que elas não se baseiam apenas na música, incorporando também elementos locais e ancestrais, e criando, dessa forma, todo um movimento cultural em que se baseia o conceito e planejamento do evento, em uma atmosfera de tolerância e aceitação. A organização de uma festa trance é, portanto, semelhante a um ritual, onde o elemento primordial é a harmonia entre as pessoas, para que assim se possa alcançar os estados elevados da consciência, convertendo-se a festa em um ser vivo e inteligente, em completa harmonia com a natureza e o cosmos.
Por trás dos festivais de trance psicodélico existe um “Movimento Global da Cultura Psicodélica”, envolvendo a música, a dança e o uso de variados tipos de psicoativos, buscando através da arte, do conhecimento e da espiritualidade, ampliar a consciência das pessoas para atitudes e sentimentos de amor, paz, união e respeito.
A estrutura de um festival envolve: chill-out, local de descanso com música ambient; a pista de dança e a decoração psicodélica “que envolve muitas cores, símbolos, formas geométricas, e luzes fluorescentes. E também acontecem as projeções de imagens visuais, podem direcionar a experiência, pois colocam as pessoas em contato com muitos simbolismos e mensagens implícitas através das imagens e formas”.
Todos esses elementos podem ser pensados como direcionadores das experiências transcendentes que ocorrem quando se faz uso de substâncias psicoativas, as mais usadas entre os participantes são: o cacto São Pedro, o Peiote (mescalina), cogumelos, várias espécies de cannabis, a ayahuasca (chá), e também o DMT sintetizado.
A arte psicodélica em transformação
O artista Marcelo Jaz, em entrevista para Nascimento (2005) durante o festival Universo Paralello, aponta o movimento psicodélico como um movimento estético e artístico. O código estético é baseado na amizade entre todos os participantes do movimento, na preocupação com o planeta, com o corpo, com a mente, com o espírito, enfim, são pessoas com um nível de comunicação mais sensível, mais predispostas ao diferente.
A estética concebida durante os festivais vem do sentido original do termo, aisthètikos, de aisthanesthai, “sentir”. Portanto, este estado trata-se de um transe de felicidade, de uma emoção, uma sensação de beleza, de admiração, de verdade e, no parodoxismo, de sublime. Essa estética aparece tanto nas artes e nos espetáculos (música, canto e dança), como também nos odores, no paladar, na natureza, no encantamento diante do espetáculo da natureza, como no nascer e no pôr do sol.
Seguindo com o artista Marcelo Jaz, que faz a decoração do Festival Universo Paralello, diz que suas referências são retiradas do eletrônico, do cibernético e da natureza, fazendo uma analogia entre a cidade e a natureza. Além trabalhar com símbolos que contenham significados intrínsecos.
Ao pensar no movimento trance como expressão de uma ‘cultura estética’, pode considerá-lo como proposta de uma nova realidade. Na qual, a natureza e o mundo objetivo não são mais experimentados como um domínio sobre o homem (tal como na sociedade primitiva), nem como dominados pelo homem (como na civilização atual); mas pelo contrário, são experimentados como objetos de ‘contemplação’ que libertam o ser humano da escravidão, transformando-o em livre manifestação de potencialidades.
Nos festivais de trance psicodélico as pessoas podem jogar com suas potencialidades, podem trabalhar com seu corpo, com a sua imaginação. Para isso são oferecidas oficinas de arte, como mandalas, massinha, malabares, entre outras. Além de acontecerem performances na pista de dança. Priscila, uma das organizadoras destas atividades no festival Universo Paralello, relata que nestes festivais as pessoas podem ser elas mesmas, podem ser personagens, seja numa roupa, seja numa performance, trabalhando e jogando com a imaginação interior de cada uma delas.
Os festivais são uma “forma de resistência poética à civilização atual, uma maneira de dizer não à economia, ao tempo, às leis, ao mundo material, à igreja; e entregar-se à magia, ao imaginário, ao mito, ao jogo, ao rito, e a tudo o que está enraizado nas profundezas do ser humano”.
As imagens utilizadas nos elementos artísticos dos festivais remetem a uma ”viagem interna”, voltada para o psiquismo e para os registros ancestrais contidos na mente humana, os quais dizem respeito ao inconsciente coletivo da humanidade. Vão desde simbologias de diversas religiões e crenças mundiais, além de outros elementos da natureza, tecnológicos, passando a mensagem de que cada um é cada um com suas crenças, até imagens que dizem respeito à relação do homem com a natureza e com a animalidade, mostrando que tudo o que existe está de certa forma interligado por uma energia que muitas vezes vai além da compreensão humana. A arte, portanto, ainda remete atualmente ao que os seres humanos possuem de mais primitivo e arcaico.
E por fim…
Os precursores do movimento psicodélico no Brasil trabalham grupalmente para desenvolver a consciência ecológica, a arte, a cultura e a espiritualidade. Nesse contexto, buscando finalizar um tema que por si mesmo é infinito, visto que a música é infinita, a dança é infinita e o uso de psicoativos é infinito enquanto existirem seres humanos nesse planeta.
“Cabe dizer que o uso de substâncias psicoativas nos Festivais de Trance Psicodélico dizem respeito à liberdade de experimentar o corpo, a mente e o espírito em suas diversas possibilidades”.
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seashellproject · 4 years
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dia 2 de sol na casa 12
Hoje me reconheci espontânea, e às vezes o falar dessas coisas me faz sentir impostora na minha própria pele, e a única medicina que conheço que ajuda com isso é a Ayahuasca. Não é a toa que escolhi estudá-la. Preciso me reconhecer humilde, e ler meus escritos. Mas nos dias de fazer e descanso, que a minguação do corpo pede, e eu nem sempre escuto, talvez seja melhor ir onde o corpo pede. Trazer o lado racional para escrita talvez seja meu ideal-atual exercício. Meu cabelo cresce, e penso em deixar a franja crescer junto até que ultrapasse meu queixo e meu cabelo possa traduzir outras formas pro meu rosto. Que não é coisa pouca. 
Meu quarto não obedece ao feng shui e sinto que devo explicações internas, para apaziguar a crítica. Mas talvez a tradução de cura seja imaginar com outros olhos, brincar de exercícios imaginativos, apaziguar, ser brincante. Resgatar o corpo brincante. Reconhecer o impulso da coluna. Escrever e exercitar e ser todas as vezes que for preciso. Ensinar pro meu corpo que tá tudo bem, que estamos juntas. Ensinar pro meu corpo que tá tudo bem, que estamos juntas. Ensinar pro meu corpo que tá tudo bem, que estamos juntas. Ensinar pro meu corpo que tá tudo bem, que estamos juntas.
Me recolher no espaço palco que eu montei de quarto. A cama perto da janela, pra eu ver a lua e pra eu tomar sol deitada no meio da tarde. A cama nesse lugar me lembra da primeira vez que o Arthur veio aqui e eu vi o sol entrar nos meus olhos e o sol sair de mim. Realismo mágico. A benção, a permissão. Abertura de caminhos. A gira como caminho de feitura, eu aprendendo o feitio do jeito que eu sei, que é fazendo. Me vendo menina teimosa.
Me resgatando menina, me dando a mão nos lugares escuros da memória, ainda escondidos no corpo. Levando um copo d'água, graças a Deusa. A Bênção das águas. Salve minhas mães. Acalento em arrepios. Pro lugar que meu umbigo quiser ir eu devia levar. Meio esquecida ainda lembro que nunca estive só. Acalento onde eu quiser tecer acalento, minhas pontas dos dedos e meu sopro como forças da natureza. Eu que me sinto filha de sonho e fogo, filha de água.
Busco a firmeza da Terra que me acalenta, pra eu voar mais alto, pro meu coração bater mais forte, eu ser mais coragem e menos medo. Resgatar a menina. Meu deus, resgatar a menina. Que que a menina quer? Menina quer brincar. Menina quer sempre brincar.
Brincar de sonho grande, de poder todas as coisas.
Do balanço, voar mais alto que o mundo, ultrapassar todas as nuvens, encontrar os bichinhos todos na Celestina. Saber que bisa virou estrela. Que biso me dá a mão quando eu sei que vou morrer, que canta comigo. Biso era brincadeira, riso solto e coração grande. Mesmo que contido no quarto quando eu conheci. Minha vó sabia degustar muito bem, mas eu já tava ansiosa. Tinha medo de ocupar aquele espaço, me sentia incabível e descabida desde cedo. Mas eu brincava mesmo assim. Quero até me lembrar melhor. Biso falava baixinho e eu não entendia muita coisa. Ele tocava a sanfona e deixava eu e minha vó brincando no teclado. Ali podia qualquer coisa, me era estranho. Na outra casa não podia. As paredes eram mais pesadas.
Doia o peso das paredes. Eu fugia pra brincar e eu brincava de correr mais rápido que o vento, de patinete. Eu brincava de sair escondido. Tinha muito lugar de descabimento, nem sei onde eu cabia. Mas na casa da minha vó ela sempre abria espaço, do jeitinho dela. Lá sempre tinha papel e tinta. Qualquer coisa podia. Eu só não gostava dos olhos grandes dela, na verdade eu amo que eu tenho olhos grandes também, que nem ela. Mas eu não gostava dela querendo traduzir significados pras minhas obras, coisas de psicanalista, talvez coisa de vó. Eu não gostava da narrativa de que minha mãe não era legal. Até porque era sempre minha mãe e nunca meu pai, e na verdade verdadeira era meu pai também. Olha os anos de linha guardada desenrolando no não-papel. Na casa da minha vó tinha brincadeira e eu podia cantar o que eu quisesse. Ela me levava a sério, ainda leva. Me ensina sobre amor até nos dias que eu tô mais fechada, armada e teimosa. Lá tinha cantoria e se eu quisesse companhia ela arrumava. E meu prato tinha que estar bonito, e eu podia comer no meu tempo. Brincar do que eu quisesse. A gente fazia teatro. Ela contava história. Preciso esfregar os olhos, respirar fundo, e olhar pra ela de novo. Com calma. Sem o impulso das pedras nos rios que querem desaguar, sem o impulso das armas e dos escudos. Sem o impulso da explicação racional, da grande inteligência. Estar no corpo e no coração, não prestando atenção nas nuvens, prestando atenção nela.
Tenho mais brabeza guardada no peito que muita gente sabe. Meus macios guardados por coisas duras, e eu, agora, buscando amaciar. Como se amacia? Se amacia com água e voz doce. Com risada. Com abraço. Com brincadeira, com cambalhota. Brabeza caricata, doçura feroz. Ser viva até que é bom.
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marxtrevino · 5 years
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De mi muerte
El día primero de Enero de este año experimente un tipo de muerte, la premonición (una paloma) cayó en la nieve en el patio de la que era mi casa, yo sabía que tenía un significado ya que en invierno no hay aves y me asuste recuerdo haberle dicho a mi ex novio que me preocupaba esa señal ya que estaba todo fuera de lugar y no era lógico.
En esa víspera de año nuevo murió mi esencia
Yo no me di cuenta hasta después hasta que llegue a experimentar mi muerte en el plano espiritual con la hermosa medicina de la ayahuasca y el bufo alvarius (sapito, o sapo de sonora)
En lo que va del año hasta el día de ayer, viví experiencias muy tristes, vibraba bajo, era codependiente de mi ex novio, hacía todo para complacerlo y tenerlo contento, viví la depresión como nunca, tenía ataques de pánico, me apegue a la ansiedad, perdí mi trabajo, estaba cansada de vivir, traté de suicidarme 7 veces con diferentes métodos, fui a dar al hospital por sobre dosis del medicamento controlado que me habían recetado, estuve al borde de morir físicamente y de verdad lo deseaba, mi actitud, mi vibración y mi situación mental alejaron de mi al que era el amor de mi vida, experimentando encima de eso el abandono, el rechazo y los pisotones del dolor sentía que era injusto que yo no merecía eso lo único que quería era amar y ser correspondida.
La vida me arrastro, porque permití que me arrastrara, perdí lo más importante que es a mi misma, dejé de quererme, me reprimí para que otros fuera felices conmigo, dejé de hacer lo que más me gusta reemplazándolo por estar con mi ex, dejé mis amistades, mis ganas de estar con otras personas por cuidar el pedestal en el que tenia a mi ex.
El día de ayer, mori
Me asomé al más allá y experimenté la belleza más pura que en la vida me llegue a imaginar, viví una vida en la ayahuasca, honre a mis antepasados, me reencontré con los que ya dejaron este plano, pedí perdón a mi hija no nacida y baile con ella y la solté al fuego.
Le di su rosa negra a mi ex y lo perdone por la parte que el jugo, me perdone a mi misma y mori, me despedí de todas las bellas personas que forman parte de mi vida y me dejé ir, despertando así en el paraíso donde estábamos todos siendo los locos que somos, sin juzgar a nadie en esa fiesta eterna en la que bailamos frente a la fogata con la música sanadora tan hermosa que nos purificaba a todos y a todo no podía llorar así que me dediqué a reír de la felicidad de el viaje de todos de mi misma de Ali complicada que hice mi vida reí y reí y reí de felicidad y fue en la risa donde solté lo negativo lo hice pequeño y le di una patada en el culo y fue ahí cuando empecé a amarme y al mismo tiempo amar a todos los que estaban ahí (hasta el hombre desnudo que me paso por un lado y que tenía mucha sed) conecte con todos y cada uno de ellos desde mi risa, cuando sentí si esto es morir, cuando me toque lo tomare y lo abrazaré porque es lo más bello que cualquiera pueda experimentar es ese sentimiento de paz absoluto sin preocupaciones sin que la mente te ataque sin que tengas que pensar en los demás.
Ayahuasca no solo es una medicina, es vida, es amor, es lo puro y lo hermoso que nos regala el universo.
Estoy eternamente agradecida con Dios de tener todo lo que me rodea, mi familia, mi casa, agradezco por todos los que vivieron esta experiencia conmigo porque conectamos y somos uno solo y pudimos sanar y encontrar la felicidad desapegándonos del dolor y del sufrimiento.
Somos todos perfectos para este universo
Soy feliz de estar viva
Me amo y los amo a todos!
Gracias!
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17 de janeiro de 2022.
Hoje fui tomar ayahuasca, pela segunda vez. Fui em canoa quebrada e, para falar sobre isso, preciso trazer duas memórias recentes para exemplificar as coisas.
A primeira é a sensação de me sentir constantemente boicotado pelo lugar, pelo Ceará. Sinto que todos os projetos com os quais me envolvi, aqui, terminaram todos frustrados, seja no profissional, com a implantação do sistema, cuidando do pse, organizando campanhas de dia estes e hipertensão, nada saiu de acordo com o planejado, ou de acordo com o que eu queria, no final. Na vida secual, inúmeras as vezes que procurei sexo neste estado, e em toda vez a sensação era de que era pregada uma peça em mim, não achava, a energia sexual de repente não bateu com a do cearense (vide a diferença, onde fiquei com mais de 20 caras em 4 dias quando fui ao rio grande do Norte) e, durante o ano passado todo, foram raras as vezes que transei com alguém (em Icapuí, uma vez que tenho lembrança na contagem, e afirmava demais que minha energia sexual aqui é reprimida). O pessoal e emocional, onde me envolvi sentimentalmente com dois caras comprometidos e a sensação foi exatamente a mesma, estava ali e era incentivado por eles a estar ali, nesta posição de paixão e, no fim, eu reforçava a parte do ego deles que queria se sentir amada, desejada, às custas de abrir mão do meu amor próprio, de colocar meu sentimento, eu, numa posição de inapropriedade, de local errado, bem comum na vida do gay. Ao fim, ambos disseram que era "coisa da minha cabeça", que nenhum correspondia "as minhas expectativas (uma sendo falada em um contexto de extrema vulnerabilidade minha, onde não tinha mais expectativa, só mágoa e a vontade de me afastar), mas um deles me beijou neste processo, com a fala no dia seguinte. Meu pensamento, lá no fundo, sempre foi de que eu que confundi as coisas, estava louco, mesmo com tanta evidência. Não estava louco, me afastei de ambos e hoje, apesar da falta, vejo que foi uma decisão bastante acertada, que me devolveu a vontade de viver.
Este foi o segundo ponto: ano passado eu queria demais consagrar ayahuasca, por me sentir completamente sozinho e perdido, tendo nada a perder. Hoje, em 2022, eu sigo de decisões tomadas em 2021 (graças a deus me afastei de Andrei, que me deu um abraço super demorado hoje, como se o que eu tivesse conversado com ele não tivesse significado nada e, apesar de eu querer ficar com ele a todo custo, ele gosta muito de mim e quer minha amizade, risos rsssss), que foram muito difíceis mas no sentido de querer devolver a minha vontade de viver. E ela veio, e hoje sinto que estou me reerguendo de uma maneira sólida, embora ache que esteja com o ego muito exacerbado neste processo, com medo de cair a todo momento. Mas, hoje, eu teria coisas a perder com uma consagração ruim, com visões que não queria ver.
Pois bem, usei e, ao fim da primeira dose, estava começando a ver a psicodelia promovida e fui tomar a segunda dose. Aí tomar a segunda dose, vomitei. Ao vomitar, era como se a psicodelia estivesse passado e assisti o restante da cerimônia normalmente, até canteiros hinos entoados pela igreja do santo daime, que são interessantissimos, com ensinamentos lindos, mas que não correspondem a minha fé, que hoje defino como a minha maneira de conversar com Deus.
Fiquei altamente frustrado, como se o estado do Ceará tivesse pregado mais uma peça em mim, e ter cortado o efeito bem na hora que achei que tivesse próximo de realmente promover a reflexão. Quase não conversei com ninguém após o ritual, pegaram o violão e continuaram a cantar a cantigas mas longe de mim querer ficar ali, queria ir embora e ficar na minha. Fui no primeiro carro que apareceu. Comecei a pensar sobre as frustrações e, com certeza devido a força, que eu achava que não estava ali, pensei sobre minhas atividades aqui, que, ao fim, não me trouxeram o resultado final esperado, mas que me trouxeram várias coisas boas no processo. O trabalho me deu conhecimento de causa e possibilidades de atuação, embora não tenha sido contratado ou o serviço de assistência farmacêutica no município continue ruim. No sexual, conheci alguns lugares novos e bem bonitos procurando pegação (Sabiaguaba, em Fortaleza, foi o lugar mais bonito de lá, embora o estado tenha retirado toda a pegação de lá quando fui). O emocional, embora com todo o sofrimento e ainda esteja lutando contra a autodeprecoacao, me trouxe coisas muito positivas ao lidar com eles e decidir que meu carro motor seria as minhas emoções. Motor, movimento, não prisão. E consegui me libertar, ainda estou no processo, mas só de não querer morrer por causa do meu amor já é ótimo. No fim, até por falta de opções, vi que a expectativa foi o problema de todos esses processos, e que se não tivesse, talvez tivesse aprendido até mais (ou talvez fizesse coisas sem perspectiva o que poderia atrasar). Aprendi muito com meus "fracassos" e vi, ou tirei forças para continuar seguindo, apesar dos pesares, dos muitos pesares. A própria frustração com a ayahuasca me trouxe a ideia de me preparar melhor para uma próxima vez, não comer carne, não beber, tudo conforme manda o figurino.
Tinha, também, dúvidas em relação ao meu trabalho, em que foi dito, ou referido, que estava tudo bem, a ponto de que eu não caluniasse os outros para fazer o trabalho acontecer, que não precisava disso. Foi bom pois sempre me questiono, essa coisa do ego exacerbado, se não estaria arrumando problemas para mim. Ao esperar o ônibus para Icapuí no dia seguinte, aproveitei e acompanhei o final de uma missa, onde, se estava com a força, foi o momento de conversar com deus e pedir desculpas por processos onde possa ter causado dor, ou me causado dor, e também de onde vem essa dor e as minhas atitudes. No fim, pedi a benção para que eu passasse no concurso que farei em maio e ele as deu.
Chega do estado do Ceará, não consigo conviver em um local que boicota minhas energias. Tá na hora de procurar um novo canto, trabalhando a carga horária que acho que todos deviam trabalhar, recebendo um salário justo para isso, estando próximo da floresta amazônica. Meu próximo cantinho, que quero passar no concurso, é Manaus, e vou fazer de tudo para passar. Tá na hora de aplicar o conhecimento aprendido no semi-arido, para a floresta amazônica. Tá na hora de ir para a natureza mais poderosa do universo, que além de poderosa, é frágil, e corre risco. Vou estudar, quero estudar, quero passar, e vai dar certo!
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jaipur108 · 4 years
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Sarvamangala Nitya, a Deusa da Liberdade
Encontrando liberdade nos limites
13° Noite, lua quarto crescente - 3° dia menstruação - Lua em Virgem
Sarvamangala é uma cor dourada, adornada com pérolas e uma coroa de rubi na cabeça. Ela tem apenas dois braços, e uma das mãos está erguida em vara mudra, o gesto de dar e receber presentes, e a outra segura a matulunga, que pode ser uma romã ou uma fruta cítrica de cura frequentemente usada no Ayurveda. Seu nome significa "todo benéfico" ou "todo auspicioso". O Tantraraja chama os olhos de Sarvamangala, suaves e cheios de misericórdia, "Sol e Lua",  enquanto Eric Stoneberg a descreve em suas palestras com o deus do sol, Surya, o deus do fogo, Agni, e o deus do lua, Soma, de pé atrás dela.
Diz-se que ela confere a qualidade de khecara, o estado de Shiva que visitamos com Nitya Nitya, mas a tradução é alterada aqui, para "aquele que se move através do firmamento"  no Tantraraja, e “Flutuando livremente sob a abóbada do céu” nas palestras de Stoneberg. Sarvamangala segura muito pouco nas mãos e não há armas pesando sobre ela. Ela é doce e leve, e sua energia é muito ampla. Há, no entanto, muita coisa acontecendo ao seu redor. Ela está cercada por setenta e seis outras divindades que “se originaram das letras solar, lunar e ígnea”, representando as consoantes, vogais e ditongos do sânscrito. Algumas dessas divindades são nomeadas, incluindo Bhadra (propício), Bhavani (existência), Bhavya (futuro), Visalaksi (olhos grandes ou cujos sentidos são grandes), Suvismita (maravilhada), Karuna (pena), Kamala (Desejoso) e Kalpa (Competência).
Sarvamangala está no centro de muitos estados mentais diferentes, sem armas, encontrando liberdade no meio de uma multidão. Não importa quem somos e o que fazemos em nossa vida cotidiana, temos que encontrar espaços, mesmo que sejam apenas em nossa própria mente, onde possamos flutuar livremente, sem os limites daqueles vários eus. Esses são espaços de cura e podem ser acessados de qualquer lugar, a qualquer hora, não importa quanta loucura esteja acontecendo ao nosso redor. Sarvamangala quer nos dar ferramentas para acessar esses estados alterados de consciência. Ela é a deusa da liberdade em nossa própria mente.
Em alguns rituais tântricos canhotos, os participantes usavam mudra, um tipo de grão fermentado que provavelmente era uma substância psicoativa de origem vegetal chamada soma. Entrar nesse estado alterado de consciência pode permitir que o participante flutue para longe de sua realidade cotidiana, de seu papel na família ou no trabalho, até mesmo da casta da qual fazia parte, para saborear a unidade no coração de tudo.
Alguns médicos modernos, incluindo o Dr. Gabor Maté, perceberam o benefício de tomar drogas psicoativas em um ambiente seguro e ritualizado para ajudar os pesquisadores a obter informações sobre o que quer que os preocupe. Maté usa a ayahuasca para tratar o vício em drogas, e alguns estudos preliminares mostraram que essas drogas podem beneficiar pessoas que se esforçam para superar o vício e curar traumas. Na primeira vez que ele tentou, Maté diz, ele sentiu como se os laços do vício, os medos e as velhas histórias que o definiam tivessem se dissolvido. “A experiência com a ayahuasca acabou de dissolver minhas defesas”, diz ele. “Eu experimentei um profundo sentimento de amor, lágrimas de alegria correndo pelo meu rosto.” 
Se pudermos encontrar uma maneira de entrar no espaço da liberdade, com Sarvamangala, poderemos aprender como afrouxar os laços que nos prendem em nossa vida cotidiana. Da perspectiva de muitas tradições espirituais, nossas vidas nada mais são do que escravidão. Nosso trabalho espiritual, a partir dessas perspectivas, é romper os laços opressores de ter um corpo e viver em uma realidade física para que possamos chegar à bem-aventurança que existe em outro lugar. De uma perspectiva tântrica, o corpo não é um problema. Já somos livres, já somos divinos, e nosso trabalho neste mundo é decidir que vínculos queremos cultivar, a que trabalho e relacionamentos escolhemos nos conectar para que possamos viver nossa curta vida com o melhor de nossa habilidade.
“Não somos seres presos tentando nos libertar”, diz Stoneberg. “Somos seres livres tentando ser limitados.”  A verdade é que não queremos realmente ser livres. A liberdade pode ser assustadora e muito solitária. Como humanos e chefes de família, as coisas mais valiosas em nossas vidas são aquelas que nos unem: nossos amantes, nossas famílias e nosso trabalho. Ansiamos por ser amarrados. Queremos saber se as pessoas que amamos ainda estarão lá amanhã. Adoramos rotinas, como o café da manhã ou o brunch de domingo. Queremos ser mantidos perto.
Esquecemos o tempo todo, entretanto, que nossa natureza é ser livre. Sarvamangala quer nos levar a um lugar onde possamos olhar para nossas vidas de uma perspectiva diferente, como se do alto, e pensar sobre os laços que escolhemos. Temos a tendência de presumir que estamos presos às nossas vidas como elas são e esquecemos que temos muito mais escolha e poder do que pensamos. Esquecemos como acessar uma perspectiva diferente que pode nos dar uma pista sobre como abrir mão de quaisquer laços que se tornaram opressores e nos comprometer novamente com as rotinas e relacionamentos que são realmente importantes para nós. A ayahuasca pode ser uma forma de alterar a realidade o suficiente para que, quando voltarmos, possamos ver tudo um pouco diferente, com mais poder sobre nossas próprias escolhas.
O sexo é outra maneira de acessar este estado alterado de consciência que foi às vezes envolvido no ritual tântrico. Como manifestações de desejo e energia erótica, essas deusas sabem o quanto o sexo poderoso pode ser. Como Jonathan Margolis aponta em seu livro O: Uma história íntima do orgasmo, mesmo quando não estamos em um ambiente tântrico sacralizado, o sexo pode ser transcendente: "A palavra mais comum que até mesmo os ateus exclamam quando têm um orgasmo é" Deus! "
Margolis continua: Não deveria ser de admiração, na verdade, que a sensação arrebatadora da consequência imediata do orgasmo foi reverenciada como algo paralelamente com uma experiência religiosa desde o momento em que os seres humanos começaram a desenvolver a espiritualidade - A crença, muitas vezes provocada por tempos de crise, que há significado, propósito, inspiração e respostas sobre o infinito para ser na vida. Nestes momentos de felicidade sexual e conexão, parecemos esquecer os limites entre si e outro. A energia sexual pode ser a melhor metáfora que temos que incorporar, poderosas caóticas, brincalhonas. Desejando, não limitando Shakti, imbuindo a todos e tudo.
Muito parecido com Shakti, no entanto, o sexo pode ser perigoso e precisa de limites para ser contido de forma adequada. Nos rituais tântricos, isso era feito sob a supervisão do guru e com regras e regulamentos altamente controlados. Hoje, quando pensamos em sexo tântrico, pensamos em uma atitude liberal, orgasmos sem fim e nas muitas posições do Kama Sutra (que, aliás, não é um texto tântrico). Na realidade, a popularidade contemporânea do sexo tântrico decorre de um profundo mal-entendido de seu significado tradicional. Além disso, Robert Augustus Masters argumenta em seu livro Spiritual Bypassing que muitos de nós usamos esse mal-entendido para evitar nossos problemas reais com intimidade, sexual e outros.
“As práticas sexuais espiritualizadas”, escreve Masters, “são tipicamente consideradas boas para nós e até libertadoras, libertando-nos das restrições da sexualidade convencional, transportando-nos para zonas onde sexo e espiritualidade coexistem de forma satisfatória, livres das fronteiras do sexo cotidiano . ” Quando fazemos isso, perdemos a oportunidade de trabalhar com uma área de nossos relacionamentos que pode estar repleta de medos, ansiedades e inseguranças. A sexualidade é, sem dúvida, uma zona onde vivem algumas de nossas sombras mais profundas e escuras.
É o lugar onde somos convidados a ser mais vulneráveis, mais presentes conosco e com o outro. Masters argumenta que é muito comum “erotizar nossas mágoas não resolvidas e necessidades não satisfeitas”  do reino não sexual e, portanto, usar o sexo simplesmente como uma forma de reencenar essas mágoas antigas. Isso pode ser muito perigoso e pode nos levar a usar o sexo como mais uma forma de contornar o difícil trabalho de ser humano e encarar quem realmente somos.
O sexo pode certamente ser transcendente, mas apenas quando é aberto, honesto e abordado com verdadeira profundidade. Ele argumenta: “O sexo mais profundo é o sexo que não requer fantasias (internas ou externas), estratégias estimulantes ou rituais de excitação, mas precisa apenas do amor, abertura, transparência e integridade da intimidade desperta.”  Existe nada de errado em usar brinquedos e ferramentas, é claro, mas talvez valha a pena considerar a intenção por trás desses apetrechos sexuais. Eles são uma forma lúdica de melhorar a experiência sexual para ambas as partes, ou eles estão nos pesando, nos impedindo de flutuar livremente no conhecimento de que está tudo bem ser quem somos?
Quando os limites apropriados também estão estabelecidos, o reino sexual pode ser uma forma altamente eficaz de resolver alguns desses problemas. Em um mundo obcecado pelo poder, muitos de nós vivemos com as restrições enfraquecedoras criadas por gênero, raça e classe. A professora de psicologia June Rathbone argumenta em seu livro Anatomy of Masochism que uma sociedade verdadeiramente saudável também seria uma sociedade onde o amor estivesse livre da vontade de poder. “A igualdade sexual não é apenas um princípio fundamental da democracia, mas também relevante para a felicidade e a realização”, escreve ela. Um mundo saudável seria cheio de bons relacionamentos, onde “um bom relacionamento está livre de poder arbitrário, coerção ou violência”.  Até que vivamos em um mundo assim, no entanto, precisaremos de ferramentas para enfrentar e curar da dinâmica de poder que oprimir-nos em nossas vidas.
Rathbone descobriu que, quando um relacionamento sexual tem limites saudáveis ​​com um alto grau de confiança, o envolvimento em práticas sexuais alternativas pode ser profundamente curador. As pessoas têm a oportunidade de explorar e repetir seus traumas em um ambiente onde o consentimento é fundamental e a confiança é a chave. Rathbone podia ver que os assuntos que ela estudou estavam todos envolvidos na “reencenação de situações, há muito tempo, nas quais eles eram desamparados, mas que agora dominam”, escreve Rathbone. Em suas encenações atentas e explorações baseadas no consentimento, eles podem dizer em voz alta: "Estou no comando agora!" 
Sarvamangala sabe que precisamos encontrar a cura em liberdade e, para acessar essa liberdade, precisamos de limites. “A verdadeira liberdade não se importa com as limitações”, escreve Masters, “e na verdade não é limitada por elas.” No espaço que podemos criar com Sarvamangala, estamos livres da opressão e esta experiência pode nos lembrar que temos escolhas. Pode acontecer que muitos dos limites em nossas vidas sejam auto-impostos e, à medida que saímos deles por um momento, descobrimos que temos mais controle do que pensávamos.
Existem muitas maneiras de fazer isso sem ter que se envolver em um ritual de sexo tântrico ou tomar uma droga psicoativa. Viajar para um novo país, fazer aulas de ioga ou ouvir música com fones de ouvido com cancelamento de ruído pode nos ajudar a sair dos laços de nossas vidas apenas o tempo suficiente para que as coisas pareçam um pouco diferentes quando voltarmos. Às vezes, adoro ir ao cinema por esse motivo - estar em um quarto escuro onde não há nada além da história na minha frente e nada para fazer a não ser sentar e assistir pode ser completamente transportador - como ser um outro eu por duas horas.
A meditação pode ser uma maneira simples e cotidiana de sair de nossas vidas e explorar os mundos imaginários por trás de nossos olhos. Às vezes, em minhas meditações, especialmente quando fica tranquilo, me sinto um pouco como Sarvamangala, sentada em sua flor de lótus. Todas as divindades da minha mente, o Sol e a Lua, meus milhões de pensamentos, todas as pessoas que eu acho que deveriam ou não deveriam estar nas bordas, ainda estão lá, apenas não em meu espaço, não interrompendo ou definindo minha experiência no centro. Até a leitura deste livro é, à sua maneira, uma técnica para sair dos laços dos valores e expectativas que podemos ter sobre espiritualidade e relacionamentos.
Muitos ocidentais pós-cristãos são atraídos pelas religiões orientais, eu acho, porque explorar uma concepção do universo que é tão diferente daquela com que crescemos nos dá a chance de considerar quais convenções e limites adotamos como garantido em nossas vidas. Isso pode nos ajudar a reconsiderar o que realmente importa para nós. Nós não lemos livros como este para que possamos nos tornar praticantes tântricos e usar drogas círculos em nossos porões.
Tudo o que precisamos é saber que existe uma outra perspectiva lá fora, e isso é frequentemente o suficiente para desfazer os laços que ligam e nos permitem fazer escolhas mais conscientes sobre quem queremos ser e como queremos viver nossas vidas. Seja através do sexo, drogas ou rock 'n' roll, todos nós precisamos de meios para flutuar livremente sob a abóbada do céu.
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ayahuascaabc · 4 years
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Namastê é um cumprimento ou saudação falada popularmente no Sul da Ásia principalmente por hindus, sikhs, jainistas e budistas Literalmente significa “curvo-me perante ti” Quando dito a outra pessoa, é normalmente acompanhada de uma ligeira vênia feita com as duas mãos pressionadas juntas, as palmas tocando-se e os dedos apontando para cima, no centro do peito. O gesto também pode ser realizado em silêncio, contendo o mesmo significado. “O Deus que habita no meu coração, saúda o Deus que habita no seu coração. Mais radiante do que o Sol. Mais puro que a neve. Mais sutil que o éter. Esse é o Ser, o Espírito dentro do coração de cada um de nós. Esse ser sou eu, esse ser é você. Somos todos nós, Está em você, está em tudo.” #cxmasa #namaste #om (em Círculo Xamânico Maria Ayahuasca Santo andré SP) https://www.instagram.com/p/CHaHE-vHFCM/?igshid=19m4mxuv28kd6
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orimystyco · 4 years
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Plantas Sagradas ou Ervas de Poder
O que são plantas sagradas ou ervas de poder?
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As plantas sagradas ou ervas de poder são consideradas uma parte essencial do Xamanismo e de muitas das religiões antigas. Desde a antiguidade, têm sido usadas como "tecnologia do sagrado", são substâncias vegetais ou derivados capazes de produzir grandes mudanças em nosso corpo. Eles geralmente agem no sistema nervoso central (SNC) causando alterações específicas em suas funções. Por isso, são conhecidas como substâncias psicoativas. De acordo com a ação que exercem sobre nós, são considerados "remédios sagrados", sejam para o corpo, a alma ou o espírito. Algumas dessas substâncias psicoativas também são encontradas em alguns animais, e ambas podem ser sintetizadas em laboratórios químicos.
Para que servem as plantas sagradas ou ervas de poder?
É precisamente o caráter sagrado atribuído a esse tipo de plantas que as torna objeto de reverência e adoração, ao mesmo tempo em que lhe confere um profundo significado simbólico. Em muitos casos, eles são usados ​​para recuperar a saúde, física ou psíquica, recebem orientação antes de uma decisão importante, se conectam com a parte mais profunda de si mesmo e em quase todas as culturas, é praticamente usado em todos os ritos de iniciação. O uso ritual dessas plantas permite o autoconhecimento e a integração do indivíduo com sua comunidade, sua cultura e seu ambiente. Em quase todas as tradições ancestrais de qualquer continente, o fenômeno do Xamanismo ocorreu e com ele o uso de plantas sagradas. Apesar das diferentes línguas e origens, existem múltiplas coincidências dadas pela estreita relação cultura-natureza, na qual as plantas sagradas ocupam um lugar central.
Como as plantas medicinais são diferentes das plantas sagradas ou ervas de poder?
Plantas medicinais são todas aquelas que têm propriedades curativas - na verdade, praticamente todas as plantas as possuem. Por outro lado, as plantas sagradas, embora elas também sejam medicinais, distinguem-se por terem a propriedade de serem psicoativas, isto é, permitindo estados ampliados de consciência que permitem que os Xamãs - e pacientes - acesse os outros planos diferentes da realidade nos quais e/ou a partir dos quais a cura é realizada. É impossível separar as visões de mundo originais da espiritualidade. O mundo indígena é essencialmente espiritual, inclusive nessa perspectiva a medicina ancestral, cujo conceito central é que a doença é o produto de um desequilíbrio espiritual da pessoa e cuja restauração, ou seja, a cura, é alcançada retornando a pessoa para o seu equilíbrio. Saiba mais sobre nosso curso online de Terapias Xamânicas
Que outros nomes que as plantas sagradas ou ervas de poder recebem?
Essas plantas também são conhecidas como: plantas-mestre, plantas de poder, plantas dos deuses, usinas de energia, plantas mágicas, plantas luminosas, plantas visionárias, plantas leves, plantas da consciência, plantas alucinógenas, plantas enteogênicas, plantas psicodélicas ou psicodélicas, plantas psicotrópicas, etc. Atualmente na literatura científica, a palavra, é usada com maior sucesso e consenso entheogen, proposta pelos pesquisadores Carl AR Ruck, Jeremy Bigwood, Danny Staples, Jonatthan Ott e R. Gordon Wasson. O termo enteógeno é muito mais apropriado para se referir a substâncias cuja ingestão causa uma alteração da consciência comum, causando estados de transe "místicos" ou estáticos. Em grego, entheos significa literalmente "deus interior" e é uma expressão usada para descrever o estado em que o sujeito está quando ele tem uma visão divina ou se sente possuído por uma divindade. A raiz gene- significa a ação de passar de um estado de consciência à outro: o significado de enteógeno significa então o "que nos aproxima de nosso deus interior" ou "que mostra nosso deus interior". Assim, podemos falar de enteógenos e, como adjetivo, de plantas ou substâncias enteogênicas ou enteógenas. Outros termos amplamente utilizados são: psicotrópico (do grega psique: 'mente' e tropeína: 'tornar'), ou psicodélico (que revela a mente). São agentes químicos (naturais ou sintéticos) que atuam no sistema nervoso central, o que resulta em mudanças temporárias na cognição, humor, estado de consciência e comportamento. Essas substâncias exercem sua ação modificando certos processos bioquímicos ou fisiológicos do cérebro. Nesse sentido, a maioria dos psicotrópicos ou psicodélicos age alterando o processo de neurotransmissão estimulando ou inibindo a atividade. Saiba mais sobre nosso curso online de Shaman Self Healing
Quem usa as plantas sagradas?
Ao longo da história, esses tipos de plantas têm sido utilizados como um meio de conhecimento e conexão com o divino por muitas culturas e civilizações antigas, desde os astecas, olmecas, maias e incas até minóicos, persas e gregos, entre muitos outros. . Hoje, no mundo Xamânico, eles ainda são usados ​​por muitas culturas indígenas em todo o planeta. Em algumas tradições, o uso de plantas sagradas é reservado àqueles que cumprem o papel sacerdotal e, em certas ocasiões especiais, seu uso é compartilhado com toda a comunidade. Outras vezes, é o apenas o curandeiro, "o homem da cura", que usa essas plantas. Geralmente, o Xamã cumpre as duas funções: sacerdote e curandeiro.
Diferentes tipos de plantas sagradas
As plantas sagrada contêm substâncias que modificam temporariamente a bioquímica, especialmente a do cérebro e do sistema nervoso, para que possam influenciar nossa psique, modificando a maneira como pensamos e sentimos ou alteramos as percepções sensoriais. Estas são algumas das mais conhecidas:
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Ayahuasca
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Peiote
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Cogumelos Sagrados
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Cactus São Pedro
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Amanita muscaria
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Ibogaína
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Salvia divinorum
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Jurema Preta
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Cannabis
Por que elas também são consideradas plantas-mestre?
Essas plantas nos fornecem ensinamentos e idéias sobre nós mesmos, além de nos ensinar como viver em harmonia com o meio ambiente. Eles trabalham sutilmente através de intuições, visões e sonhos, desenterrando memórias profundas, ativando emoções, confrontando-nos com nossos medos e limitações, podendo até intensificar a dor física e depois curá-los permanentemente. Essas plantas conectam o ser humano com a consciência universal, com o que ele realmente é, com a verdade e a infinita sabedoria que todos carregamos por dentro e que, devido à nossa educação, estilo de vida e excessivo diálogo mental, confinamos da maneira mais profunda no nosso inconsciente. Saiba mais sobre nosso curso online de Cartas Alquímicas - Animais de Poder
Como as plantas sagradas são usadas?
Geralmente plantas sagradas são usadas em contextos rituais e cerimoniais, sob a mão de um especialista e em um contexto muito específico. Esse especialista pode ser um guia, padre, curandeiro, psicopompo ou Xamã. Atualmente, existem também guias treinados com os nativos e provenientes de medicina, antropologia, psicologia e etc. Há também o oposto: Xamãs e curandeiros que estudam medicina ou psicologia como a entendemos no Ocidente, para expandir seus conhecimentos e aplicar plantas sagradas de maneira mais eficaz.
Todos podem tomar plantas sagradas?
Como todas as coisas, as plantas não são boas nem ruins, sempre depende de como uma pessoa se relaciona com esses tipos de plantas: conhecimento e respeito, como consumi-las ou com que finalidade. Mesmo assim, obviamente nem todos estão preparados para viver essas experiências com plantas sagradas. Existem pessoas que, devido ao seu modo de pensar, estilo de vida, dieta, estado de espírito ou bioquímica do cérebro, podem tomar essas plantas e ser muito prejudicial a elas. O mais aconselhável é procurar o especialista que lida com eles e perguntar se estamos qualificados para aceitá-los.
As plantas sagradas são perigosas?
Tanto a atitude correta quanto a preparação e o contexto ao usar as plantas sagradas terão ótimos resultados. Esses fatores são conhecidos como set and setting. Caso contrário, se usadas incorretamente, serão classificadas como substâncias tóxicas, amaldiçoadas, proibidas e até diabólicas. Também é necessário revisar e até descartar nomes pejorativos como medicamentos alucinógenos, amplamente utilizados profissionalmente na mídia. Essa definição carrega uma conotação de estado patológico (doença ou loucura) e que, ao mesmo tempo, associa essas plantas à idéia de "substâncias perigosas". Read the full article
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okdav · 4 years
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PSICODELIA: Fué una palabra inventada, por el psicólogo británico Humphry Osmond. 🤓 Pero, los Chamanes ecuatorianos🇪🇨, ya conocían su significado, centenares de años atrás. Se la puede definir como una experiencia real a ojos del experimentador. También se la define como una comunicación electro química del sistema nervioso, estimulada por un agente psicodélico. El uso medicinal 💊 es parte de la psicoterapia psicodélica. by. @psicologiaecuador6 . . . #psychodelicart #psicologiaecuador #psicodelia #ayahuasca #shaman #inspirationalsoul #ecuador #quito #terapia #psychodelic #mandelbrot #fractal #amazonas #awakening #despertardaconsciência https://www.instagram.com/p/B_VL9f0gZCg/?igshid=9r0n8hudfdm
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pnkyg · 4 years
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Terence McKenna e a linguagem do cosmos
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O cientista psiconauta só queria que todo mundo se tornasse um xamã
Para Terence McKenna, viver sem experiências psicodélicas é como viver sem sexo. Segundo o filósofo e etnobotânico, essas substâncias guardam a programação da linguagem da mente e do cosmos. 
“Não há verdade mais profunda”, disse ele à revista Wired. Mckenna dizia que sua missão era dar permissão às pessoas. 
Ou como define o futurólogo Mark Pesce na mesma revista: “Tudo o que McKenna está pedindo é para nos tornarmos xamãs, fazer uma jornada ruma à transcendência e tirar nossas próprias conclusões”.
No contexto da Guerra Fria dos anos 1970 e 1980, era como se a sociedade precisasse de uma fogueira que esquentasse as tensões e a fizesse enxergar para além da cortina de ferro. McKenna era essa fogueria. Suas chamas alimentavam o inconsciente de frequentadores de raves e acadêmicos que se recusavam a viver sob uma realidade construída na base de dor e sofrimento. E sua fumaça se espalha pelos quatro cantos do mundo até hoje.
O escritor repudiava a forma como o governo tenta controlar o uso de substâncias psicodélicas, porque isso significa um controle sobre a própria mente das pessoas. “Se essas coisas expandem de fato a consciência, não é preciso muita inteligência para compreender que é precisamente a ausência de consciência que está causando nosso flerte com a extinção e com o desastre planetário”, disse ele, na palestra Tempos de Mudança. “Se houver alguma forma de elevar consciências, seja com dietas, drogas, máquinas, práticas sexuais, mantras, yantras, ou o que quer se seja, deveríamos estar furiosamente explorando e aplicando isso.”
Não à toa McKenna mergulhou fundo no oceano dos psicodélicos e do xamanismo e voltou de lá com ideias fluidas demais para uma sociedade acostumada à rigidez das instituições. Nos próximos textos, vamos viajar por parte de seu legado mais importante, como suas ideias sobre o tempo e a relação dos cogumelos com a evolução da consciência humana, contemplando a fonte dos mistérios que McKenna jamais abandonou.
Nunca acreditou muito no conceito de realidade que era imposto a ele. Para o filósofo e etnobotânico, tudo poderia ser questionado, inclusive o que concebemos como tempo. Uma das primeiras ideias que o tornaram conhecido por alguns — e visto como louco por outros — está no livro The Invisible Landscape. Na obra, ele detalha sua teoria sobre o tempo, baseada no I Ching e nas experiência que viveu com ayahuasca e cogumelo, na Colômbia.
Se para outros cientistas usar um oráculo místico chinês como o I Ching para revolucionar a física soava estranho, para McKenna isso fazia todo sentido.
“Pense nas dunas de areia e repare como elas se parecem com o vento”, explica ele, em um vídeo. “O vento é um fenômeno de pressão variável que flutua no tempo. De certo modo, as dunas que se movem pelo vento são como uma fatia dimensional mais baixa do próprio vento. Analisando imagens das dunas, é possível calcular a duração e a velocidade dos ventos que as criaram.”
Em seguida, ele pede para, em vez de dunas, imaginar o gene, e, em vez de vento, imaginar milhões de anos de evolução. A evolução transforma o gene humano, que seria uma fatia dimensional mais baixa da própria força que o transformou. “Em outras palavras, em todo organismo vivo existe a pegada da dimensão superior que o criou.” Ele poderia estar falando de Deus, mas como cientista McKenna diz que isso é o DNA, que é baseado em um sistema de 64 combinações diferentes. Exatamente igual ao I Ching.
Para o escritor, todos os eventos que acontecem no mundo seriam variações destas 64 combinações. Não se trata de previsão do futuro, mas de cálculos matemáticos. “O I Ching não é um livro de misticismo chinês, mas um livro de dinâmica molecular que vê através da física e que permite a biologia existir”, diz ele.
“Nós podemos acender o fogo que queima no coração das estrelas”, dizia McKenna ao afirmar que a ciência ocidental é fascinada pela energia — um processo que terminou em explosões nucleares. Já os orientais dirigiram todo o seu conhecimento para o entendimento do tempo. Energia e tempo são duas questões diferentes a serem entendidas, que exigem equipamentos distintos para sua compreensão. Enquanto aqui nós usamos aceleradores de partículas, a ciência oriental usa a meditação e mergulha dentro de si mesma para entender suas questões.
Quem persegue o entendimento do tempo alcança uma relação tão sofisticada com esse conceito quanto quem persegue o entendimento da matéria e desenvolve a habilidade de desencadear fissões e fusões nucleares. É uma questão de foco, não de misticismo. “A junção destes dois pontos de vista nos dá um entendimento completo do Universo, do espaço-tempo, da matéria e da energia”, diz McKenna.
Na década de 1990, ao unir o I Ching com a matemática, o escritor criou o site Timewave Zero, com um software que, segundo ele, seria capaz de prever acontecimento futuros.
A ideia pode soar absurda, mas não se lembrarmos que o que consideramos tempo, na verdade, é só uma convenção. A medida de hora, meses e anos, por exemplo, não corresponde ao tempo “real” do Universo. São apenas maneiras criadas pelo homem para se organizar — um marciano não teria a mesma noção de ano que alguém na Terra.
É importante lembrar que absolutamente TODAS as forças científicas que conhecemos do Universo são apenas maneiras que a humanidade descobriu para tentar entender os mistérios que nos cercam, com base em nossa consciência limitada.
As ideias de Einstein de que o tempo e o espaço são a mesma coisa, de que o tecido do tempo-espaço se deforma com o peso da gravidade (como uma bola de boliche sob o tecido de uma cama elástica), e que o tempo não é o mesmo em todos os lugares do cosmos são bem aceitas pela física. Mas não são definitivas. Porque não temos como comprovar tudo isso em laboratório. Questionar é o trabalho do cientista. É o que McKenna faz.
Parte 2
A parte da ciência que explica a evolução humana tem um problema. O filósofo e etnobotânico Terence Mckenna propõe uma solução, que, segundo ele mesmo, nem é a sua ideia mais absurda (mas, com certeza, é uma das mais interessantes). Apesar de ser amplamente aceita, a teoria de Charles Darwin — que explica como os seres humanos passaram de macacos atiradores de cocô a macacos superdesenvolvidos com capacidade para criar o iPhone XS Max — não explica de onde vem a consciência.
Como o punhado de carbono que forma os seres humanos do nada acordou uma manhã e pensou: ‘“Que dia bonito para colher flores no campo e me conectar com a natureza”? Ninguém sabe.
O que se sabe é que a capacidade da linguagem deu uma forcinha aí. Como explica o escritor Tom Wolfe, no livro O Reino da Fala: “A capacidade de conquistar o planeta inteiro para nossa própria espécie é a realização menor do grande poder da fala. A realização grande foi a criação de um eu interno, um ego. A fala, e somente ela, dá ao homem o poder de fazer perguntas sobre a própria vida… e de tirar a própria vida. (...) Só a fala dá ao homem o poder de inventar religiões, com deuses para animá-las”.
Segundo o escritor, o poder da fala sozinho foi o suficiente para mudar o curso história do planeta em seis casos diferentes. E esses casos têm nome: Jesus, Maomé, João Calvino, Marx, Freud e Darwin.
Então, de onde surgiu nossa capacidade de dar significado ao mundo e de nos deprimirmos com as próprias regras que criamos? Ou mesmo de sermos imensamente gratos pelas próprias regras que criamos? De onde vem a consciência, afinal?
Terence McKenna responde: dos enteógenos. Mais precisamente, dos cogumelos, que foram incluídos na dieta dos nossos ancestrais há milhares de anos. Trata-se de uma teoria apelidada carinhosamente “The Stoned Ape” (ou “O Símio Chapado”). No livro O Alimento dos Deuses, McKenna explica que a desertificação da África fez com que os hominídeos da época passassem a explorar mais o ambiente que os cercava, até encontrarem o pequeno fungo que crescia no esterco de animais.
Basicamente, depois de testados, os cogumelos teriam trazido uma série de mudanças nos comportamentos sociais e sexuais, como maior acuidade visual e disparo de fenômenos como a glossolalia — a capacidade de falar línguas desconhecidas em transe espiritual. Essas características teriam garantido uma vantagem evolutiva sem igual para os seres humanos.
“Estes são catalisadores suficientes e dramáticos, que, inculcados num estilo cultural, penso que explicariam muita coisa sobre de onde viemos e sobre quem somos”, explica McKenna, na palestra Tempos de Mudança.
“Estamos a procura de algum tipo de fator que possa ter explodido o tamanho do cérebro humano a uma escala dez vezes mais rápido do que o decorrer normal da evolução. Por isso, teria que ser uma situação incomum. (...) Se não fosse incomum, não teria levado um bilhão e meio de anos para este planeta introduzir sua primeira espécie inteligente”, diz o etnobotânico.
Para ele, o mais irônico é que vivemos em uma sociedade que transforma qualquer discussão subjetiva, como é o caso da consciência, em algo ilegal, imoral ou sequer debatido, já que foge do racionalismo científico. “O que essas substâncias fazem são dissolver limites. A razão para isso provocar tanta ansiedade social é que todas as sociedades existem devido à manutenção de barreiras. E qualquer coisa que dissolva essas barreiras e introduza o relativo no modelo cultural é considerado uma ameaça”, completa ele, na palestra.
No Fórum “A Neurociência dos Psicodélicos”, feito na Unicamp, em setembro, o psiquiatra Luís Fernando Tófoli, uma das maiores autoridades do Brasil nos estudos com substâncias psicodélicas, comentou sobre a teoria de McKenna. “Ela é tentadora, mas não conseguimos comprová-la”, disse.
O problema então, além do preconceito social com a substância, é aquele encontrado por qualquer um que já tentou explicar como é a experiência com enteógenos para alguém que nunca viveu uma. A característica inefável, essa que torna a linguagem insuficiente para descrever, fez com que McKenna afirmasse que as únicas pessoas que poderiam entender sua teoria são aquelas dispostas a viver experiências do tipo. Enquanto isso, seguimos sem nenhuma explicação científica razoável para o surgimento dos nossos questionamentos mais profundos.
A NASA tinha acabado de fazer o seu terceiro pouso bem sucedido na Lua, em 1971, quando o filósofo e etnobotânico Terence Mckenna, seu irmão Dennis e mais quatro amigos iniciaram uma jornada pela Amazônia colombiana. Enquanto os limites da astronomia eram esgarçados com a missão Apollo 14, McKenna e sua equipe buscavam romper com outro tipo de barreira: a da mente.
Foi na cidade de La Chorrera que o filósofo teve suas primeira experiências com ayahuasca e cogumelo. "A única coisa que eu sabia era que os cogumelos seriam o melhor psicodélico que eu experimentaria e que me trariam um senso de vida que eu nunca senti antes", escreveu ele em seu último livro "Alucinações Reais", lançado em 1993. "[As experiências] Parecem ter aberto portas para lugares que eu sempre achei que estariam fechadas para mim por causa da minha insistência na análise e no realismo."
No livro, McKenna narra suas experiências telepáticas, de distorção temporal e com alienígenas. Mas é sua relação com os cogumelos que mais merece destaque. Foi depois dessa jornada que o etnobotânico lançou, em 1976, o primeiro guia de cultivo de cogumelo dos Estados Unidos. Chamada "Psilocibina: O Guia de Cultivo para Cogumelos Mágicos", a obra ajudou a trazer luz à medicina indígena, em um momento no qual as pesquisas e o consumo de substâncias psicodélicas haviam sido proibidos pelo então presidente Richard Nixon, no início de sua Guerra às Drogas.
“Nossa opinião sobre o assunto não deriva da opinião de outros, nem de nada escrito em qualquer livro. Em vez disso, se baseia na experiência de tomar 5 gramas secas de cogumelo; nesse nível um fenômeno peculiar ocorre. É o surgimento de uma relação Eu-Tu entre a pessoa que toma a psilocibina e o estado mental que ela induz. [O psiquiatra Carl] Jung chamou isso de ‘transferência’, é uma condição necessária para os primeiros homens primitivos e suas relações com deuses e demônios. O cogumelo fala, e nossas opiniões são formadas pelo que ele diz eloquentemente de si próprio na noite fresca da mente”, escreveu o filósofo no prefácio do guia.
McKenna sabia que, ao expandir a mente, os psicodélicos tinham a capacidade de dissolver barreiras e ameaçar o poder. “Todas as nossas instituições foram construídas pressupondo hierarquias de ego e dominância, o futuro se trata de desconstruir isso”, disse ele, em uma de suas aulas.
Mas antes de trazer ameaças a conceitos externos, enteógenos como os cogumelos ameaçam nossas próprias bases. Isso porque, eles são uma excelente ferramenta para acessar a chave que nos liberta do medo.
Ou como disse Mckenna: “A natureza ama a coragem. Você se compromete e a natureza vai responder a isso removendo obstáculos impossíveis. Sonhe o sonho impossível e o mundo não vai te atrapalhar, ele vai levantar. Esse é o truque. É isso o que entenderam todos esses professores e filósofos que realmente importaram, que tocaram o ouro alquímico. Essa é a dança xamânica na cachoeira. É assim que a mágica é feita, se atirando no abismo e descobrindo que ele é um colchão de penas.”
Acessar essa coragem é um exercício de persistência que poucas pessoas estão dispostas a fazer. É também um risco porque o preço que se paga para dar vida a um novo eu é a morte dos conceitos antigos que uma vez moldaram nosso eu do passado. Foi nisso que Terence McKenna acreditou até o dia 6 de abril de 2000, quando terminou sua aventura na Terra por conta de um câncer no cérebro.
*Por Nathan Elias-Elias
Este texto foi originalmente publicado no blog do projeto Serpente Sagrada. 
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xamanezquerro-blog · 5 years
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Xanga
Meditación con medicina Xanga.
Pedidos via e-mail [email protected]
La experiencia con medicina Xanga es analoga a la Ayahuasca, mucho más a conectada con la madre tierra y perceptiva que solo fumar cristales de DMT, es mucho más suave, menos extraña, dura poco tiempo y es muy profunda, muy introspectiva.
Funciona en tres niveles: 1. Personal: En este nivel las personas tienen acceso a sus propios procesos físicos y mentales mediante imágenes altamente simbólicas, parecidas a los sueños. Se pueden resolver problemas personales difíciles y sentirse mejor. Entra en marcha el proceso básico de la medicación: “Pensar, Reflexionar, Sentir y Conectar Emociones con Ideas”.
2. Transpersonal: Engloba las experiencias cercanas a la muerte o de contenido espiritual, se puede llegar a experimentar una "completa y radical" separación de entre conciencia y cuerpo; se puede tener experiencias de muerte y resurrección y experiencias místicas.
3. Invisible:A falta de un mejor calificativo, se puede experimentar viajes a realidades tan creíbles como ésta, y tener encuentros y a veces conversaciones con inteligencias propias de esos planos de existencia. Se vislumbran "entidades", "seres", "alienígenas" y “aliados”.
Al momento de consumir la medicina, el cuerpo aumenta la produccion de los neurotransmisores como serotonina, melatonina (triptamina) y enzimas que favorecen a la sanacion y regeneracion del cuerpo, provocando con esto la liberacion de una cantidad considerable de estress (inconscientemente acumulado), logrando asi, desbloquear al sistema inmunologico y provocando que los padecimientos fisicos, mentales y/o emocionales se puedan autocorregir y sanar gradualmente.
Uno de los beneficios de una meditacion con esta medicina es que las personas son entonces capaces de seguir adelante con sus vidas con más perspectiva y muchas veces más motivación. DMT es un catalizador muy poderoso de cambio, la medicina Xanga además de ser un liberador de estrés, puede abrir la mente y permite una experiencia especial y novedosa.
A continuación una lista de los beneficios comprobados de la medicina. • Liberador de cargas conscientes o inconscientes. • Permite un descanso mayor al dormir. • Relajación física y mental. • Ayuda a curar enfermedades psicosomáticas. • Puede atacar padecimientos físicos, desde el plano astral. • Ayuda a entender el significado de la meditación. • Enfrentar los temores, ira, celos, envidias, etc. • Profunda liberación de cargas traumáticas emocionales. • Se activa y se desintoxica la glándula pineal. • Estimula el sistema inmunológico. • Te reconecta con tu Alma y la integra dentro de tu cuerpo. • Dejas a un lado los miedos y programaciones negativas. • Liberas tu pasado. • Das libertad y paz a tu mente. • Abres tu corazón profundamente. • Sentimiento de volver a Nacer: • Reseteo de Mente, Espíritu y Cuerpo. • Descubrir el propósito de tu vida. • Controlar tus pensamientos. • Mejorar las relaciones. • Activación del tercer ojo. • Aumento del amor propio. • Alivio del Dolor físico y mental. • Eliminación de estrés. • Encuentro con respuestas reales y verdaderas desde el fondo de tu ser. • Comunicación con otras entidades espirituales. • Da claridad mental y de ideas hasta muchos meses después de probar una dosis. • Da confianza y fuerza de voluntad. • Descubres a Dios dentro de ti mismo. GRAN AYUDA EN TRATAMIENTOS PARA : • Bloqueos Mentales, Emocionales y Espirituales. • Fatiga Crónica. • Adicciones a Drogas fuertes. • Adicciones a Heroína. • Adicciones a nicotina. • Adicciones al Alcohol. • Adicciones a Pastillas para el Dolor. • Adicciones a comportamientos Psicológicos. • Adicciones Emocionales o Amorosas. • Adicciones a la Comida y al Azúcar. • Estrés. • Depresión. • Depresión postparto. • Desorden hiperactivo y déficit de atención. • Toxicidad del Cuerpo. • Adicciones a Antidepresivos. • Desamor. • Endometriosis. • Candidiasis. • Parásitos. • Despersonalización y desrealización. • Hepatitis. • Desequilibrios hormonales. • Ansiedad Social. • Fobias. • Herpes. • Complejidad y Disfunción Sexual. • Trastorno de Ansiedad. • Trastorno de Pánico. • Trastornos de Personalidad. • Desordenes Obsesivo Compulsivo.
Entre muchos otros beneficios.
Como toda medicina debe ser tratada con respeto, así como utilizarla de manera correcta, no consumir alimentos 5 horas antes de una experiencia con medicina Xanga, y abstenerse de su uso si se consumen antidepresivos , antigripales o medicamento psiquiátricos
Pedidos via e-mail [email protected]
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Azul playera
Hay voces que te despiertan de los mejores sueños y hay otras que te colocan en un trance perfecto. América del polvo; Ojos que arden, taxi sin llantas, mejores lenguajes. Da otra hora y no puedo evitar preguntarme si la hora pasada realmente dio. Veo mi piel y se que, al menos esta vez, yo soy el extraño Mi cuerpo ya no se mueve, cleopatra Dejo que el día caiga sobre mi Me imagino dentro del barco a escala sobre la mesa Durmiendo mar adentro- Las cosas que te he dicho, Cleopatra. Las cosas que te he dicho. Salimos al balcón Y vemos los cohetes irse uno por uno. El mar aquí es gris Y parece el cielo la mayoría del tiempo. A veces veo este barco desde afuera cuando duermo Y se pierde entre la noche mientras intento despertar- ¿Para que, Cleopatra? ¿Para que sirve? Hace semanas que estoy tomando esta ducha He estado esperando algo más Un juego Un juego encerrado Durante demasiado tiempo le he dado significado a tantas cosas Y ahora solo quiero quedarme amarrado Y morir sin testigos Pasto verde, casa alta Pasajero, las cadenas Las campanas, mi querida. Siento algo doloroso alrededor de mi cuello Y me hace sentir como un perro de departamento Me recuerda como es querer abandonarse a uno mismo en un terreno baldío. Déjame ir, todo lo que quiero esta debajo de esta cama deshecha. Es tiempo de que pueda reírme de ello. Podrías ser mi amiga Podrías ser mi borracho atorado en un baño Podrías ser mi piedra de rio esquina con esquina Algo grosero bajo la luz azul azul azul azul azul azul azul verdadero azul cleopatra ella descanso su cabeza sobre mi pecho y se hundió en mis pulmones y grito desde el fondo de mi garganta que faltaban pocas horas. Autobús a casa, ocho de la mañana El asiento se siente como un tronco Y la ventanilla abierta Deja que entre un viento remojado Estoy incomodo, pero me siento en el lugar preciso. Me gustaría poder pensar que vengo de otro planeta o un lugar diferente a este, pero no, solo estoy triste. Estoy apuntando mis armas al suelo, esperando mi hermoso diluvio. Preguntas por mi Estas azul de nuevo Toma ayahuasca No hay nada que juzgar Porque soy igual de estúpido que siempre El cereal, el café, el azúcar, la madera, la mantequilla, las uñas. Puedo escuchar mis huesos fríos castañear Y mi cuerpo flanquea de izquierda a derecha como una bandera Todavía soy un niño a partes, déjame terminar mi cena Así que sacudo mis dientes flojos Y me meto al armario de una vez. Porque necesito aprender a estar solo de nuevo Hay un aullido que corre y se resbala sobre los techos Respira conmigo Escoge el capitulo con cuidado Estaremos libres de impurezas A pesar de todo, no somos monstruos aún Tenia ocho años y desde mi cama de hospital vi perros negros entrar en la recamara, intentando alcanzarme. Tenia quince años y me asegure de quedarme con un poco de magia nerviosa para después (Siempre tendrás magia nerviosa) No necesito advertencias; Las cartas siguen llegando. Veo un agujero en el cielo. ¿Crees que haya alguien allá? ¿Tienes secretos? Me gustan tus luces Me gusta no poder verte cuando me ves Me gusta que no puedas verme cuando te veo Muestra fuerza Ignora el resto La sensación de haber dejado ir algo Aún cuando nunca perdiste nada de vista Intentara cojerte cada noche ¿Por qué tengo mirar hacia el otro lado? Tengo miedo de los detalles Pero si apagas la vela Tal vez podamos hablar. Todo toma tiempo en 2017. Ahora le tengo rencor hasta a los cubiertos caros Y a las canciones de cuna que recuerdo a partes Y a los vampiros durmiendo También a mis zapatos. Aquí los zorros tienen que correr de todo el mundo Aun cuando no los están cazando. He borrado tantas fotografías de mi celular sin pensarlo antes Y por eso, se muy bien Que la memoria se va corriendo Podrías masticar metales Y abrir la puerta de la bodega Pero en silencio Tengo que estar en otro lugar Vamos de vuelta a casa Acelera Da la vuelta lo mas rápido que puedas Avanza mas allá del semáforo Toma otra mano diferente Esquiva cada botella Cada piscina embrujada Cada abrazo Cada vela Cada puño Cada mano que tomo tu cuello Cada mano que tomo tu cara Cada mordida Cada intento Cada video Cada vuelo Cada tormenta Cada sudadera con sangre Cada fantasma Cada pincel Cada sofá Cada encendedor Cada bosque secreto Cada visitante nocturno Cada vuelta a casa mareado Cada mañana con laureles Da la vuelta lo mas rápido que puedas Veo gente en el suelo, de abajo a arriba Y veo a sus problemas encontrándolos Tus amigos no te encontrarán Tu estomago estará lleno de arena Y otra vez Tendrás que ponerte la mascara Y ser algo parecido a un hombre. Hay voces que te despiertan de los mejores sueños y hay otras que te colocan en un trance perfecto.
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piranot · 4 years
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Alok, mais famoso DJ do país, foi batizado por guru indiano e morou em cortiço hipster
Alok, o DJ, não conhecia até uma semana atrás, a música “Evidências”, uma das canções mais populares do Brasil, da dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó. “Fui conhecer agora, acredita nisso? A galera pediu na live, fui ver e toquei sem saber a letra.” Transmitida em parte pela Globo, sua live no último fim de semana alcançou 27 milhões de pessoas na TV, com luzes e pirotecnia, além da música, na sacada de sua casa, em São Paulo. No YouTube, Marília Mendonça e Jorge & Matheus bateram recordes com mais de 3 milhões de acessos.
Foto: Divulgação.
Mais do que mostrar a diferença de alcance entre TV e YouTube, a transmissão apresentou o DJ para muita gente que não o conhecia. Mas Alok não ficou famoso agora.
O ápice de seu sucesso aconteceu há quatro anos, quando ele lançou a música “Hear Me Now”, um pop com piano no estilo Coldplay e assobios que não saem da cabeça, e a faixa acabou sendo ouvida em todo o mundo. Desde então, ele só ficou mais conhecido.
Alok também se apresentou no Rock in Rio no ano passado e agradou tanto que é o único nome confirmado na próxima edição do festival. Mais do que isso, costuma transitar entre festivais de funk e de sertanejo, faz sucesso na Ásia e já teve suas músicas lançadas por um selo holandês.
Mas a história de como um DJ de música eletrônica chega a um espaço tão tradicional como o domingo da noite da Globo não é tão improvável quanto sua própria trajetória. “Para mim, o que é natural às vezes não é para você”, diz Alok, em quarentena, em seu estúdio caseiro em São Paulo, falando pelo Zoom sobre a criação incomum que teve na infância. “Era minha realidade, não achava que era fora da curva. Só comecei a entender isso quando entrei de fato para a sociedade, com 12 anos.”
Ele fala sobre quando se mudou de Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, para Brasília. Lá, começou a frequentar um ambiente mais urbano. Nascido em Goiânia, em 1991, Alok Petrillo teve uma vivência bastante incomum, incluindo o período nas cachoeiras e outro na Holanda, quando ele, a mãe, a tia e o irmão gêmeo moravam numa espécie de cortiço cosmopolita, ocupando um hospital abandonado.
Foi essa viagem que mudou a história da família. Adriana Peres Franco, mãe do DJ, trabalhava limpando banheiros numa balada chamada Trance Buddha. Ao mesmo tempo, sua tia começou a namorar um funcionário de gravadoras.
“Ela gostava do som, e o cara dava vinis a ela”, diz Alok. “Um dia, meu irmão quebrou o violão de um cara que morava ali. Meu pai, que tinha ido até lá, deu a guitarra dele e trouxe os vinis. É literalmente isso -largou a guitarra pelo vinil.”
Sua mãe, Adriana, ou DJ Ekanta, e seu pai, Juarez Achkar Petrillo, o DJ Swarup, acabaram sendo pioneiros do psy trance, estilo de música eletrônica, no país. Eles fundaram e tocam até hoje o Universo Paralello, festival eletrônico com pegada hippie e alternativa que acontece todo ano na praia de Pratigi, na Bahia.
Quando Alok foi a Brasília, os pais já eram separados. “Foi quando comecei a entender que, na real, de onde eu vim que era diferente. As pessoas apontavam o dedo e eu caí nessa armadilha. Comecei a querer um pai que tivesse uma vida normal. Perguntavam ‘seus pais fazem o quê?’, e eu dizia que eram DJs. ‘Como assim DJs?’ Aí comecei a mentir que meu pai era empresário.”
Ele se lembra da casa em que morava nessa época. “Era meio hippie mesmo. Não tinha sofá, era só tapete. Som alto. Meu pai chegando na hora que a gente estava acordando.”
O nome de Alok, assim como o do irmão, e os codinomes de DJ dos pais, foram dados pelo guru espiritual Osho, hoje bastante conhecido pela série “Wild Wild Country”. “É uma visão distorcida. Igual a minha história contada por alguém que não gosta de mim”, ele diz, sobre a produção da Netflix. Em viagem à Índia, os pais de Alok encontraram Osho, que sugeriu os nomes.
A primeira vez que Alok discotecou foi aos nove anos, e o ambiente de festas, a vida de DJ e os programas de produção sempre foram próximos. Mas ele chegou a cursar dois anos de relações internacionais antes de seguir a carreira de DJ.
“Chega uma hora que você passa a questionar. Meu pai passando dificuldades, minha mãe passando dificuldades, todos os amigos DJs deles passando dificuldades. Será que eu vou seguir esse caminho?”
Alok e o irmão, Bhaskar Petrillo, foram a Londres com a ideia de se estabelecer na cena com o duo Logica, tocando psy trance. Mas a aventura não durou muito –Bhaskar desistiu da ideia. “Eu queria ser mais comercial e ele queria ser mais underground.”
O DJ acabou não conseguindo as apresentações solo que queria. “Estava cheio de shows lá fora, minha música estava no top três global de psy trance num site que era referência. De repente, me vi trabalhando no bar. Não tinha mais a dupla, meu pai tinha tomado muito prejuízo no Universo Paralello, estava quebrado. Trabalhava na mesma balada em que eu tinha tocado.”
De volta ao Brasil, há dez anos, ele iniciou o projeto que leva seu nome. Foi quando começou a se aproximar mais do pop e do house. A música que mudou sua vida era uma composição indie do músico paulistano Zeeba -vocalista da faixa do DJ, de 2016- que se transformou nas mãos de Alok.
Com mais de 300 milhões de acessos no YouTube e outros 400 milhões no Spotify, “Hear Me Now” se tornou um dos poucos hits brasileiros a ultrapassar fronteiras continentais.
Chegou ao top 200 do Spotify de 45 países, incluindo os Estados Unidos e vários da Europa. Fora o sucesso dele na China, onde faria turnê neste ano -fama que, junto ao nome, fez com que ele fosse confundido com gringo muitas vezes.
A música foi rejeitada por grandes gravadoras no Brasil, até que ele a ofereceu ao selo holandês Spinnin’. “DJ nacional lançar música por eles era algo inalcançável”, diz. A faixa acabou transformando a vida de Alok, não só por viabilizar a carreira, mas pela carga emocional envolvida em seu lançamento.
“Achava que era muito pop. Era um som que eu queria fazer, no estilo Coldplay, mas tinha medo de ser julgado pela cena. Foi depois de ‘Hear Me Now’ que comecei a tocar no [festival sertanejo] Villa Mix, a migrar para outros lugares. Foi ali que falei -vou fazer uma parada minha, do meu coração.”
Dois meses antes da faixa sair, Alok vivia sua última crise de depressão. “Tive algumas depressões meio punk na vida. Sempre vinha a mesma pergunta -o que vem depois da morte? Não tinha resposta. Na minha última depressão, percebi que não estava com medo de depois da morte, eu já sabia que existe algo. Eu queria saber o sentido da vida.”
“Hear Me Now” foi a entrega definitiva de Alok ao pop, quando ele percebeu que se sentia mais realizado em animar uma plateia enorme do que estar na vanguarda de algum movimento. Hoje, seus sets contam até com remixes de músicas brasileiras muito conhecidas, de Alceu Valença a Legião Urbana –além de Chitãozinho & Xororó.
O sucesso de Alok é resultado de transformações da música pop. Está atrelado ao crescimento de DJs muito populares no mundo, de David Guetta a Tiësto, que passaram a ocupar o centro do palco. Festivais de música eletrônica mainstream, como o Tomorrowland, vieram ao Brasil, enquanto o Lollapalooza começou a dedicar palcos maiores só ao gênero.
Por aqui, os DJs são centrais em movimentos populares como o funk 150 BPM carioca e o do funk-rave paulista.
Hoje, Alok tem pouca relação com o underground de onde veio e onde ainda estão os pais -nem com a cena de festas de techno e house dos grandes centros urbanos do país. “Ele não entraria tocando o set dele no circuito underground. Não teria espaço, a não ser com outro tipo de som”, diz o DJ carioca Millos Kaiser, que integrava a dupla e a festa Selvagem. “Ele ganhou esse espaço por uma série de fatores, mas cumpre muito bem esse papel de maior DJ do Brasil. E ele desejou estar lá -o que faz toda a diferença. Tem muitos DJs muitos bons que não querem estar nesse espaço. Não querem ir ao ‘BBB’, estar na Globo.”
Mesmo assim, Alok continua emplacando no circuito mainstream da música eletrônica. Até criou o selo Controvérsia para lançar suas músicas menos comerciais, enquanto mantém parcerias com as grandes gravadoras para as mais pop.
Hoje, ele ajuda 20 mil crianças em países da África. Acredita em Deus, é fã de Chico Xavier como humanista e crê que sua missão -tal qual o significado do seu nome- é iluminar as pessoas, levar alegria a elas com sua música. Também não usa drogas. Tomou ayahuasca duas vezes -uma quando tinha nove anos de idade- e bebe vinho de vez em quando.
“Não tem como esconder isso [o uso de drogas]. É a minha verdade. Não julgo quem usa, acho que é uma escolha individual. Venho de uma criação em que tive acesso a tudo, nunca foi um tabu. Então, nunca tive curiosidade de ir atrás porque não era nada proibido.”
Seu perfil, é inegável, o torna palatável a espaços mais tradicionais como a Globo e eventos de classe média, longe do estereótipo de libertinagem ainda atrelado ao circuito eletrônico.
O objetivo é fazer música eletrônica para todos -as crianças e os idosos, os sóbrios e os crentes. “Acima de tudo, as pessoas seguem o Alok não porque é eletrônico ou forró. É pelo Alok, a pessoa”, diz o DJ, falando em terceira pessoa. Não precisa ser espírita para curtir o Chico Xavier. Não precisa gostar de droga nem de eletrônica para curtir o Alok.”
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