Tumgik
#mesquinho
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Ela nem queria um último beijo, só queria que ele fosse sensível e lhe abraçasse por uns dez minutos no último adeus,nem precisava falar nada, só ficasse alí grudado até que ela sentisse a mensagem,que iria ficar tudo bem mesmo depois do fim,que mais adiante as razões seriam entendidas e que as coisas iriam se acertando até que a felicidade voltasse a vida dela,mas ele não deu,agora fica a pergunta, como pode dar amor alguém que nega um simples abraço?
Jonas R Cezar
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encorajador · 8 months
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custou caro, mas acabei tendo que aprender a dosar o meu perfeccionismo. antigamente eu achava que tudo teria que ser o mais perfeito possível, ou não serviria, pois no meu pensamento não teria futuro algum se fosse o contrário.
eu vivia moldando tudo e todos nesse padrão mesquinho e hostil. briguei, me machuquei, machuquei outras pessoas, fiquei sozinho e muito mais coisas vieram a ruir. até que aprendi que a perfeição tão sonhada jamais poderá ser alcançada, porque simplesmente ela não existe.
então, obviamente não se pode ter aquilo que sequer existiu um dia. aquilo que é perfeito para mim, pode ser defeituoso para alguém e está tudo bem as coisas serem dessa forma; tão divergentes no modo de ser e pensar.
a minha realidade não desmerece a sua e vice-versa.
— encorajador
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idollete · 5 months
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Xará, eu acabei de ver um post tão bonitinho do kuku como pai de menina 😭 Eu sempre imaginei o Fran ou o Enzo como pais também. Como você acha que eles reagiram se a filhas deles se machucassem na escola ou se outra criança estivesse incomodando a filha deles? (Sei lá, eu imagino os três nesse tipo de situação, mas também imagino o Matias sendo mesquinho com a outra criança 💀)
esteban: o coração dele parte em mil pedacinhos sempre que a filha se machuca, principalmente se for na escola, onde ele não viu acontecer e não pode ter certeza dos fatos. vai buscar a filha, porque sai correndo do trabalho, desesperado, e a enche de beijinhos onde está doendo, diz que se ela apertar os olhos com bastante força e contar até 100 bem rápido isso vai fazer a dor passar na hora, adora inventar esses "joguinhos" para fazer esquecer a dor. é do tipo que compra band-aid bonitinho e de desenho animado para colocar e diz que eles têm super poderes especiais que curam em segundos. ele passa o resto do dia paparicando a filha depois disso, faz todas as vontades dele e, no final da tarde, já virou um total capacho e quando a mulher chega em casa é para encontrar um monte de brinquedos espalhados pela sala e a filha emperiquitando o esteban da cabeça aos pés. plus: quando o machucado é por causa de algum coleguinha, ele vai tirar satisfações, sim! não está chateado com a outra criança em si, porque sabe que isso é absurdo, mas com a escola, pela falta de supervisão, e com os pais da criança, vai sair reclamando da falta de educação dele e dizer que esse tipo de gente deveria ser proibida de ter filhos.
enzo: quando tem outra criança incomodando a filha, o enzo prefere ter uma conversa primeiro, acredita que educação vem de berço e a melhor estratégia para combater situações assim é tentar instruir a criança da melhor maneira possível, diz que ela não deve reagir, que precisa sempre reportar à situação aos adultos do local e que, acima de tudo, não pode fazer com os outros o mesmo que fazem com ela. é claro que ele fica chateado, mas a primeira opção vai ser tentar resolver o problema dentro de casa. porém, quando a filha chega novamente com reclamações ou com o rostinho riscado/faltando material/chorando, o enzo entra no modo besta enjaulada. não vai demonstrar na frente da filha, mas desabafa com a mulher o quanto é absurdo que isso continue acontecendo e que amanhã mesmo eles terão uma reunião com a coordenação. quando isso acontece, o enzo não eleva a voz em momento nenhum, mas as palavras são completamente afiadas e ríspidas, é classudo e educado, porém não esconde o quão puto está. diz que se a escola não se responsabilizar e conversar com a outra família, ele é quem vai fazer isso. agora com a filha, o enzo tem um momento muito doce de acolhimento. se ela está sendo alvo de bullying, ele chama para uma conversa e explica como nenhuma daquelas palavras são verdadeiras e que o importante é aquilo que as pessoas que a amam de verdade dizem, como ele.
fran: em ambos os casos, o fran sente vontade de derrubar a escola. não espera nem o dia seguinte chegar, se ele vai pegar a filha e ela aparece chorando, ele já está na coordenação no segundo seguinte querendo entender o que foi que aconteceu. perde um pouco as estribeiras e sai resmungando, com a filha no colo, incrédulo com tudo que aconteceu. manda um áudio de 10 minutos para a mulher reclamando também, dizendo que imagina exatamente quem é que está mexendo com a filha deles e aposta que é a filha daquele casal sem graça que está sempre olhando para todo mundo com inveja. quando o fran se acalma, ele tem uma conversa bastante séria com a filha, sobre a importância dela confiar nos pais para contar o que está acontecendo com ela na escola e para nunca repetir isso com outra pessoa. também vai dizer que está orgulhoso por ela não ter brigado de volta e que por isso ela ganhou um ticket de infinitos beijos. passa o resto da tarde paparicando a filha, porém com limites, e começa a sempre levá-la para a escola todos os dias, faz questão disso.
matías: esse aqui vira o cão quando vê a filha chorando na saída da escola, pergunta exatamente o que aconteceu e nem se dá o trabalho de falar com a direção, vai direto no carro do pai da criança que está de implicância, todo petulante, para esculachar o cara e dizer que é melhor que o filho dele fique bem longe da princesinha dele, porque ele não vai gostar das consequências disso. arma um verdadeiro barraco no estacionamento da escola e ainda faz cara feia para a outra criança, diz que o que ele fez foi extremamente feio e que crianças que fazem essas coisas acordam com os dentes todos caídos no dia seguinte, assim elas nunca mais podem comer doces na vida. pega a filha no colo e tem um momento bem dona florinda com o o kiko, uma coisa bem vamos tesouro não se misture com essa gentalha. é bem capaz dele mandar a filha reagir se o garoto fizer isso de novo, vai dizer que ela pode morder ele de levinho, mas só uma vez, que é o suficiente para ele aprender a nunca mais mexer com um recalt.
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louiswtsatellite · 1 year
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Hotel Room
Louis terminou mais um show e só quer chegar ao seu quarto de hotel para dormir abraçado com seu namorado, mas encontra um par de algemas em cima da cama. ou Os fãs de Louis são apaixonados por ele, mas ele só tem olhos para Harry.
Harry sentia seu corpo esquentar no quarto de hotel que dividia com o namorado. Namorado esse que não estava com ele no momento, apenas para deixar claro. O namorado estava fazendo um show para milhares de pessoas com direito a se jogar na plateia e tendo mãos desconhecidas por seu peito, pescoço e até rosto, além de uma camisa de botões aberta com um puxão. Apesar da situação, o publicitário (que trabalhava em cima da carreira do artista) não sentia ciúmes: ele sabia que Louis rolava e dava a patinha se ele pedisse.
Os dois se conheceram quando Harry estava no penúltimo semestre da faculdade, há dois anos, em uma festa de gente rica — o mais novo era bolsista e não sobrava muita grana do salário que recebia no café que trabalhava meio período, quando não estava no estágio — com contatos influentes e é aí que Louis entra.
O estudante estava na cozinha, procurando alguma coisa para comer nos armários, quando um universitário mesquinho achou que poderia passar a mão na sua bunda sem mais nem menos. O garoto acabou com o nariz quebrado, sentado no chão e depois também com um hematoma no estômago, já que o homem que estava na porta viu a cena acontecer e resolveu dar uma forcinha para o menino bonito de cabelos cacheados, chutando o tórax do assediador enquanto ia em busca de uma bolsa de gelo para a mão de Harry no freezer.
— Foi um belo soco, cachinhos, mas tente não fechar os dedos em volta do polegar se precisar fazer isso alguma outra vez. — Harry lembra de ter achado ele o cara mais gostoso que já tinha visto enquanto pegava cuidadosamente a sua mão direita e posicionava o material gelado onde estava começando a ficar avermelhado. — A propósito, meu nome é Louis.
— Obrigado, mas espero não precisar dar outro soco na minha vida. E eu sei quem você é, tenho uma prima que tem um pôster com a sua cara no quarto. Você é bem fotogênico, hein? — O cantor deu de ombros enquanto sorria de lado. — Meu nome é Harry.
Ao final da noite, os dois foram encontrados pela melhor amiga do mais novo dando um amasso ainda ali na cozinha, com Louis entre as pernas de Harry, que estava sentado na ilha e tendo sua cintura agarrada com força. Antes de se despedirem, trocaram os números de telefone para marcarem de repetirem os beijos. Não demorou três meses para começarem a namorar.
Harry sempre soube que Louis era famoso e tinha milhões de fãs espalhados pelo mundo, então estava tranquilo sobre isso, desde que não tivesse sua vida exposta. Suas redes sociais eram fechadas e isso nunca o incomodou. As únicas coisas que as fãs do seu namorado sabiam sobre ele eram o seu nome, que ele trabalhava junto com Louis, o que possibilitava que fosse junto em turnê, e sua aparência por algumas fotos que o cantor postava — sejam elas segurando sua mão, beijando sua bochecha ou até segurando sua bunda enquanto estavam bêbados no elevador do prédio luxuoso em que moravam.
Eles estavam em Bogotá, capital da Colômbia, para um show da turnê do quinto álbum de Louis. Foi um dos únicos shows em que Harry não estava presente, já que havia sentindo fortemente os efeitos da grande diferença de altura da cidade que estavam anteriormente. Isso não o impediu de acompanhar o show pela internet, entretanto.
O publicitário é uma pessoa ciumenta, ele não pode negar, mas, às vezes, apenas algumas vezes, ver o namorado sendo tão desejado por seus fãs e tendo mãos pelo seu corpo faziam algo… diferente com ele. Ele sabe que Louis o ama e sabe que não vai ser trocado por uma das garotas que está gritando na grade de um show — quer dizer, na maioria dos dias isso não é um problema. Saber que tantas pessoas querem Louis, mas Louis só quer Harry, faz o corpo de Harry ficar quente. Muito quente.
🔗
Louis estava animado ao final do show. O público havia sido incrível e a energia que ele havia sentido era coisa de outro mundo. Apesar disso, não pode deixar de sentir falta de olhar para a lateral do palco e ver Harry enquanto cantava uma das músicas que escreveu para ele. Estava louco para chegar no hotel e ver como seu namorado estava, já que quando saiu para o local do show ele estava sentindo vertigem e dificuldade para respirar — o que deixou Louis realmente preocupado, já que as crises de asma do cacheado poderiam ser mais graves nessa situação.
Por esse motivo, não demorou muito na comemoração depois do show e foi ao encontro de Harry. Chegando no hotel, pegou a chave extra na recepção e subiu até o último andar, onde ficava a suíte master, pelo elevador, pensando que o publicitário estava dormindo e que gostaria de tomar um banho antes de deitar-se com ele.
Ao entrar no quarto, se deparou com a cama feita, sem um travesseiro fora do lugar, sinal de que seu namorado estava acordado. Bem acordado, se fosse levar em conta as algemas que estavam em cima dos cobertores. Riu levemente enquanto negava com a cabeça, incrédulo com a atitude do cacheado. Menos de meio segundo depois, a porta do banheiro é aberta e Louis quase baba com a visão que tem. Harry estava usando um robe de cetim vermelho escuro que contrastava com sua pele clara e tinha os cabelos presos em um coque.
Ele foi em direção a Louis sensualmente enquanto soltava o penteado e deixava os cachos compridos caírem pelos ombros. Quando estava perto o suficiente, teve sua cintura agarrada e seu corpo puxado bruscamente pelo namorado, de modo que seus troncos ficassem encostados.
— Oi. — Louis falou em um sussurro, como se estivesse soltando a respiração.
— Oi, amor. Assisti ao show pela internet e você foi incrível como sempre.
— Fico feliz que tenha gostado, mas senti sua falta. Cantar sobre sua bunda não teve o mesmo impacto sem você lá. — Conta sorrindo cafajeste, arrancando uma risada de Harry, que foi seguida por um beijo dos dois.
Louis ergueu Harry no colo, com uma perna em cada lado do seu quadril, enquanto ainda se beijavam e levou-o para a cama, deitando o corpo esguio com cuidado no colchão macio. Ao separarem o ósculo, o mais velho desceu sua boca para o pescoço praticamente livre de marcas — só havia um resquício de uma marca avermelhada da última vez que transaram — e quase enlouqueceu com o cheiro que estava ali: Harry sabia que Louis gostava de sentir o próprio perfume no namorado.
— Então, amor, eu notei aquelas algemas que estão perto do seu quadril. — O cantor falou entre os beijos que deixava no pescoço e colo do publicitário. — Você quer algemar suas mãos nas costas ou quer que eu algeme elas na cabeceira da cama? — Louis perguntou e estranhou quando sentiu as mãos do mais novo afastarem seu corpo poucos centímetros pelos ombros.
— Você realmente acha que quem vai ficar preso vai ser eu, querido? — Harry sussurrou no ouvido do namorado, que teve seu corpo empurrado para cair deitado e sentiu o peso do outro corpo sentado em sua virilha. — Você não tem ideia de como eu fico vendo todas aquelas pessoas desesperadas tentando tocar em você, passando as mãos pelo seu peito, — ele leva suas mãos para o peito de Louis, como se estivesse mostrando como as fãs faziam com ele, e segue para os outros lugares citados — seus ombros, seu pescoço… Você realmente não sabe o que faz comigo sendo um filho da puta gostoso sendo quase enforcado por aquelas garotas. — Harry levou as mãos do namorado para as costas deste, que arregalou levemente os olhos. Realmente era uma nova experiência. — Posso te algemar, amor?
— Eu.. eu acho que sim. Pode, claro! — Começa gaguejando, mas se anima depois de pensar por alguns segundos e tira a camisa que usava. — Desde quando você tem essa vontade, bebê? — Fala enquanto suas mãos são presas juntas pela algema na base de suas costas.
— É uma coisa nova, na verdade, mas eu realmente gostaria que você usasse sua boca para outras coisas, a não ser ficar me perguntando porque eu quero foder até desmaiar.
Isso bastou para os dois voltarem a se beijar. Louis estava inquieto, não acostumado com as algemas, por querer segurar a cintura de Harry e ficar no comando. O outro percebeu isso e deu um sorriso de lado, mordendo o lábio inferior, antes de começar a rebolar, esfregando sua bunda cheia no pau duro abaixo de si.
Harry tentava ser o mais silencioso possível, já que queria escutar os gemidos e grunhidos de Louis e sentir que ele quem estava fazendo aquilo. Era para ele que Louis estava praticamente implorando por algo mais concreto. Ele não sabe de onde isso surgiu, mas agradece por Louis ser tão devoto a si que tenha acatado a ideia.
— Lindo, por favor, não faz assim comigo. Deixa eu te dar prazer, amor. — O homem algemado disse em meio a gemidos provocados pelas reboladas do namorado
— Você vai fazer o que eu quiser e quando eu quiser, meu bem, mas acho que você pode fazer algo por mim. — Harry saiu de cima do cantor. — Eu vou sentar na sua cara e depois te usar como a porra de um dildo, está me ouvindo? Você vai ser um brinquedinho nas minhas mãos. — Falou enquanto segurava as duas bochechas de Louis com apenas uma mão, fazendo sua boca formar um biquinho. Ao soltar o rosto dele, vira-se de costas e senta sobre o peito tatuado.
— Sim, babe, eu vou ser o seu brinquedinho. Por favor, amor, eu preciso de você.
— É claro que precisa. — Harry responde enquanto vira-se de costas e sobe em cima do namorado novamente, logo deixando a bunda em cima do rosto dele, que salivou com a visão que tinha.
Quando o mais novo se abaixou, demorou menos de um segundo para Louis começar seu trabalho. Ele se sentia no paraíso ao penetrar o outro com a língua enquanto escutava alguns gemidinhos baixos e manhosos, como se estivessem escapando enquanto Harry tentava prendê-los.
O último citado realmente tentava prender os gemidos a todo custo porque seu objetivo era escutar Louis, mas não conseguia cumprir a tarefa com êxito, levando em conta que Louis era incrível com a boca e seus quadris não ficavam parados de jeito nenhum. O mais velho adorava isso, na verdade. Ver Harry saindo da posição de poder por sua causa era ótimo.
Quando sentiu as pernas começarem a vacilar e uma sensação já conhecida no baixo ventre, Harry decidiu que precisava se abrir melhor, por isso alcançou o lubrificante na mesa de cabeceira, derrubou uma boa quantidade em seus dedos e começou a penetrar-se enquanto Louis continuava fodendo-o com a língua, o que levou o mais velho a lambê-lo com mais afinco, tentando disputar espaço com os dedos finos e compridos.
— Esse lubrificante tem gosto de melancia, mas nada é melhor que o seu próprio, Harry. Eu poderia comer essa sua bunda enorme por dias a fio, nunca iria me cansar. — O cantor falou com a voz rouca algum tempo depois, cuspindo no orifício já alargado com três dedos e sua língua.
O mais novo soltou um gemido choroso com a fala do namorado e quis agradá-lo um pouco. Deitou-se por cima dele sem tirar seu quadril do lugar e baixou as calças de Louis até seus joelhos, de modo que seu rosto ficasse extremamente próximo ao pau que estava implorando por toques. Colocou a língua para fora e lambeu a cabecinha, colocando-a inteira na boca em seguida e fazendo alguns movimentos de sucção, o que fez Louis parar de lamber sua bunda para soltar um grunhido e se remexer, tentando se soltar. 
O publicitário não gostou dessa atitude, então levou uma das mãos para o cabelo do outro e puxou, fazendo com que ele enterrasse o rosto novamente entre suas nádegas, começando a rebolar com ainda mais vontade enquanto, com a mão livre, segurou o membro rosado e o bombeou lentamente, mas com o movimento firme.
— Eu tento te agradar e é assim que você me retribui, Louis? Tentando me desobedecer? — Ele solta a cabeça do namorado enquanto olha para ele, conectando seu olhar com o olhar sôfrego do homem abaixo de si.
Harry vira de frente para o cantor e o faz sentar, deixando seus rostos próximos novamente. Ele não consegue segurar e soltou uma risadinha boba vendo o olhar de devoção de Louis sobre si, deixando um beijo leve se for considerado o contexto em que estava inserido. O selar de bocas virou um beijo ávido não muito tempo depois, o que distraiu o homem mais velho do que seu namorado estava fazendo e só ficando ciente quando sentiu seu pau ser apertado pelas paredes quentes do namorado.
— Porra, amor. Você é tão gostoso! — Joga a cabeça para trás e sente uma mão se fechar em volta do seu pescoço, fazendo-o voltar toda a sua atenção para Harry, que apenas sorri de canto enquanto morde o lábio inferior, aguardando alguns segundos e começando a sentar com força. 
— Acho que descobri que você gosta de ser enforcado também assistindo o seu show por uma live. — Diminui um pouco o ritmo dos quadris, priorizando mexê-los para frente e para trás, se esfregando na virilha e bolas de Louis. — Você fica tão lindo assim, amor, não tem ideia. — Solta um gemido e beija o namorado, ainda segurando seu pescoço com força, mas não o suficiente para causar algum problema.
— Não importa quantas vezes eu te foda, parece que você é sempre tão apertado. Tão bom pra mim, o melhor de todos. — Fala entre gemidos depois de separar o beijo, ficando cada vez mais inquieto com as algemas.
— Não é exatamente você quem está fodendo, amor. Você só está servindo a mim, eu estou fazendo o trabalho aqui. E eu sei que sou o melhor, meu bem, a sua carinha de quem não vive sem a minha bunda já mostra isso. — Ele volta a subir e descer, fazendo com que a boca de Louis encontrasse seus mamilos, que ficaram à mostra quando o robe vermelho escorregou pelos seus ombros, e começasse a lamber um deles.
O cantor estava lamentando por não poder tocar o namorado, mas não podia deixar de apreciar a obra de arte que ele era enquanto se acabava em cima de seu corpo. O cabelo solto balançava e já havia grudado em algumas partes do rosto levemente suado, seu colo estava avermelhado por causa da fricção com a sua barba que estava por fazer e sua cintura fina ficava marcada pela peça que estava amarrada naquela altura.
Algum tempo depois, Harry sente suas pernas começarem a tremer e suas coxas doerem pelo esforço que estava fazendo, além de sua respiração começar a ficar escassa, tendo que diminuir o ritmo dos quadris por esse motivo, deixando o descontentamento estampado em sua cara.
— Me solta, amor, deixa eu te ajudar! Posso fazer você ter o orgasmo que merece, sabe disso. — Com a fala, ele se rende e alcança as chaves das algemas na primeira gaveta da mesa de cabeceira. Assim que a trava é desfeita, seu corpo é deitado na cama com rapidez sem que seu corpo se separe do outro.
Louis sorri com o que o cacheado chamaria de sorriso cafajeste e ergue as pernas do namorado até seus ombros, começando a meter com força logo em seguida, arrancando uma série de gemidos e gritos dele. A mão de Harry continuava apertando seu pescoço e dessa vez puxou sua cabeça para ficar o mais próximo possível para que eles compartilhassem um beijo desajeitado pela posição em que estavam.
— O seu cuzinho é o melhor que eu já comi na vida, Harry. E você é tão responsivo gemendo desse jeito, como se fosse um virgem, até parece que não estava sentando igual uma vagabunda pouco tempo atrás.
Uma chuva de frases desconexas elogiando o corpo do outro deixou a boca de Louis, fazendo Harry sentir-se nas nuvens e, junto com a sua próstata sendo acertada a cada segundo, fez a sensação em seu estômago parecer cada vez maior. Ele sentia que iria explodir de prazer e seu orgasmo foi quase isso. Suas costas arquearam e sua boca abriu, mesmo que nenhum som tenha saído dela. A única coisa que conseguia prestar atenção era o pau de Louis mexendo dentro de si e o aperto que ele deixava em sua cintura.
A sensação do outro ficando ainda mais apertado deixa o mais velho fora de si, fodendo-o com mais força, o que fez seu pau começar a marcar na barriga de Harry. Ao observar isso, pegou uma das mãos trêmulas dele e o fez encostar onde a saliência aparecia. Seus rostos estavam próximos o suficiente para que compartilhassem mais um beijo, que tinha gosto das lágrimas que Harry deixava escapar por causa da enorme onda de prazer que parecia não acabar.
As pernas do publicitário desceram para a cintura de Louis e suas mãos do foram para os ombros e depois para as costas dele, puxando-o para perto e arranhando-o para descontar o turbilhão de sensações que passavam por seu corpo. Ele sentiu os movimentos do namorado começarem a ficar erráticos e, sabendo o que aquilo significava, trouxe a cabeça dele para seu pescoço, sentindo alguns beijos naquela área. Aproximou sua boca do ouvido dele e disse:
— Eu estou quase vindo mais uma vez, você está sendo tão bom pra mim. Por favor, amor, goza dentro de mim, eu quero ficar cheio com a sua porra.
A fala surtiu efeito em Louis, que grunhiu e soltou seu peso em cima de Harry enquanto derramava seu gozo dentro dele. Esse, ao sentir o pau começar a pulsar dentro de si, teve um novo orgasmo, que o fez revirar os olhos e os dedos dos pés contraírem. Os dois ficaram em silêncio, tentando normalizar suas respirações que estavam descompassadas.
— Amor, você tá me esmagando. — O publicitário falou algum tempo depois, fazendo com que o cantor saísse de cima de si e deitasse ao seu lado, logo puxando seu corpo para abraçá-lo. 
— Está tudo bem? — O de olhos azuis perguntou, passando as mãos pelos cabelos do outro.
— Tudo ótimo. Só as minhas coxas estão tendo alguns espasmos. Acho que vou pular o treino de perna essa semana. — Os dois riem da fala do cacheado.
— Você realmente ficou com tesão por ter me visto sendo apalpado pelos fãs, bae? — Louis questionou um pouco incrédulo depois de alguns segundos de silêncio. Harry sentiu suas bochechas esquentarem e isso respondeu a pergunta, incitando uma risada alta do namorado.
— Não ri de mim! Você estava lá todo gostoso e queria que eu fizesse o quê? Dormisse quando você voltasse pra cá? Faça-me um favor!
— Você estava com dificuldade de respirar, Styles! Achei que estaria descansando, não bolando um plano pra esfolar o meu pau de tanto sentar! — Harry soltou uma risadinha pelo nariz e enfiou mais o rosto no vão do pescoço de Louis. — A gente deveria tomar banho. Você está todo suado, porquinho.
— Só se você me carregar. Estava falando sério quando disse que minhas pernas estavam tendo espasmos.
🔗
Alguns minutos depois, eles estavam sentados na banheira cheia de água quentinha e com alguns sais de banho que Harry sempre tinha na mala. Louis estava lavando o cabelo do namorado, que estava quase dormindo com a massagem que recebia nos cachos. Entretanto, foi tirado de seu estado de dormência quando a mão parou de mexer no seu cabelo e o produto capilar começou a ser retirado.
— Sabe, eu acho que você deveria casar comigo. — Louis fala como se estivesse falando sobre o tempo e Harry chega a trancar a respiração, segurando o pulso dele e tirando a sua mão da sua cabeça, virando para ele devagar e com os olhos arregalados.
— Isso é o que eu tô achando que é? — Pergunta com a voz baixa e trêmula, denunciando o bolo que estava em sua garganta.
— Depende. Se você for aceitar, é sim. — Ele sorri. — Se não for, definitivamente não é.
— É claro que eu aceito, seu idiota! — Ele ri e se joga em cima de Louis, beijando-o e esperando que isso passe todo o turbilhão de emoções que ele está sentindo.
Os dois dormem abraçados na cama como sempre depois de Louis achar o anel dentro de uma meia muito bem escondida em sua mala. Os fãs tiveram uma surpresa quando viram a mão de Harry nas fotos dos paparazzis enquanto o casal estava indo para o aeroporto no dia seguinte.
espero que você tenha gostado! caso tenha interesse em ler mais das minhas obras, pode acessar meu wattpad ou meu ao3
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macsoul · 22 days
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não tenho interesse em
"pessoas bem sucedidas"
se não percebeu sou um caos caindo aos pedaços, porque me interessaria quem trocou de carro?
cara, a futilidade humana me quebra e olha que já não tenho mais nenhum pedaço inteiro
me mostra alguma coisa que tenha alma antes de eu partir
com certeza isso me interessa mais do que esse mimimi consumista onde ninguém nunca é bom o bastante pra nada
não tenho interesse em pessoas bem sucedidas, só no que tem alma, longe de crachás de status, de pés descalços mesmo, sem as máscaras sociais que não me dizem respeito, tudo aqui é tão mesquinho, me sinto sozinha em um mundo plástico cheio de pessoas vazias, as tais "bem sucedidas".
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magicwithaxes · 1 month
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤNatalia não sabia explicar, ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤmas quando começou a recitar os feitiços, ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤsentiu-se inabalável.
savorㅤㅤthe taste,ㅤㅤsavorㅤㅤthe pain i don'tㅤㅤexpectㅤㅤyou toㅤㅤrelease me
Mas havia temor. Seria isso suficiente para ajudar? Estava apta? Não seria mais um empecilho e talvez pudesse servir de auxílio aos outros amigos que se ocupavam em proteger os demais, empunhando armas? No entanto, quando se uniu ao coro dos irmãos, sentiu-se segura o bastante para prosseguir, entoando cada verso como uma canção que precisava ser perfeita, que precisava surtir efeito. As palavras fluíram de sua boca sem preocupações, e a mente, antes em frangalhos, não dava espaço ao que os olhos enxergavam. Os monstros eram visualmente reais, mas os pensamentos, agora munidos de uma súbita coragem, a impediam de acreditar neles. Não podia. Não daria a vitória a Hécate, não seria vítima mais uma vez. As memórias dos últimos dias invadiram sua mente, flashbacks que deixariam mais uma marca em sua história. As dores do luto, os pesadelos e a sensação de trauma que cada um deles causou em seu consciente, as acusações direcionadas a ela e aos irmãos, o enfraquecimento… Tudo isso serviu de motivo, de combustível, para continuar ali, parada, mas aos berros, recitando o que parecia ser a única alternativa que todos tinham para pôr um fim.
Fim... Como definir aquilo? Por tanto tempo foi objeto de desejo, mas sempre pareceu inalcançável, difícil demais para as mãos ávidas de qualquer semideus. A paz finalmente reinaria? Não ter mais que se preocupar com os deuses, voltar a uma vida pacata... Seria ingenuidade demais. Contudo, ela era ingênua, cheia de esperança, alguém que sonhava com dias melhores. E depois de Hécate, se ela não voltasse a atormentá-los, quem seria o próximo? Algum deus ressentido pela falta de atenção dos grandes? Apenas para chamar a atenção e ser lembrado? Ela não sabia, mas não duvidava. Agora, Natalia acreditava piamente na falta de escrúpulos dos deuses, em como eram mesquinhos o suficiente para causar o caos, mais um capítulo sendo escrito em seus dias infinitos de vida, onde, pelos anos seguintes, seriam lembrados por tal armada. O pensamento a enfurecia. Não era justo! Quantos mais morreriam por poder?
Pensamentos, pensamentos... Eles consumiam sua mente enquanto a cena se desenrolava. Ver o irmão e a filha de Circe, mais duas peças do jogo da deusa e protagonistas daquele terror sem fim, foi o primeiro golpe em sua determinação. Natalia sentiu as pernas fraquejarem, e a mão estendida em direção à fenda caiu ao lado do corpo. Ela queria desabar no chão, e sua mente, antes tão confiante, parecia aceitar a ideia. A sensação familiar de enfraquecimento tomou conta dela. Mesmo assim, manteve-se firme. Se parasse o que estava fazendo, poderia prejudicar os outros. Ela não podia permitir erros. Por alguns instantes, ouviu a voz grossa e áspera do pai ecoar em seus pensamentos, um incentivo que gerou o efeito esperado: "Você é uma Pavlov! Honre seu maldito sangue!" Não havia mais espaço para dúvidas. Ela lutaria ali, daria o seu melhor, sem deixar margem para contratempos. Todavia, tudo ao redor começou a se fechar. Os sons desapareceram, restando apenas um zumbido frenético, mas insignificante, com sua visão focada apenas na abertura que dividia dois mundos. Ela ignorou o pequeno teatro criado pelo grimório ao se desmanchar em gosma. Seu corpo parecia ser atraído pela magia que emanava dali em profusão, crescendo, tornando-se intoxicante. Natalia gritava, cegamente acompanhando os irmãos que faziam o mesmo, entoando a plenos pulmões os encantos que haviam aprendido.
Até que houve a última explosão.
Cambaleando alguns passos para trás, Natalia fechou os olhos por instinto, mas logo os abriu a tempo de ver a poeira descendo ao chão lentamente, como se o tempo não importasse. Ela não dizia mais nada, estava hipnotizada, sentindo o corpo mergulhar em êxtase, cumprindo o propósito, pronta para, enfim, descansar. A fenda não existia mais. Havia desaparecido. Era o fim, então? Estavam livres? Poderiam, finalmente, respirar em paz?
A atenção voltou para o céu, mais uma vez encantada com o verde, tão próximo do seu tom favorito. Ela tentou sorrir, esboçar uma reação animadora, aquela que havia ensaiado para si mesma por tanto tempo. Por que não estava feliz? Por que não podia ficar feliz? Por que algo a inquietava, sugerindo que algo estava errado? Quando se deu conta da realidade, Natalia assumiu uma expressão de exasperação. A visão dos três traidores da magia, desmaiados no chão, lhe causou enjoo. Contudo, não era repulsa. Seu âmago estava ferido, e a sensação de culpa a invadia aos poucos enquanto seus olhos recaíram sobre a figura desacordada do filho de Afrodite. Ao irmão, alguém que ela tanto adorava. A filha de Circe, por quem nutria nada além de admiração. Ela precisava pensar. Recuar, esconder-se, refletir, organizar-se e, então, reaparecer. Natalia precisava de tempo. Precisava ficar a sós. Antes que pudesse se afastar, lançou olhares para rostos conhecidos. Viu Kitty e, para a amiga, ofereceu um olhar gentil, mas não deixou de notar o seu desespero. Fez o mesmo para Love, aproximando-se e tocando-lhe o rosto de forma amável, mas sem expressar qualquer emoção. Até que seus olhos encontraram o par de azuis acinzentados de Raynar, e para ele, Natalia conseguiu oferecer um sorriso. Triste, mínimo, mas ainda assim um sorriso, antes de, finalmente, partir.
Estava exausta. Pensou em correr bosque adentro. Precisava gritar, deixar que todos os sentimentos acumulados escapassem do corpo, criando espaço e aliviando a agonia. No entanto, não tinha forças para isso, não naquele momento. Antes que pudesse se afastar completamente da multidão vibrante com a vitória, ouviu falar sobre os desaparecidos. O coração pesou dentro do peito, mas continuou caminhando. Os nomes conhecidos bastaram para encher seus olhos de lágrimas, que, contudo, não caíram como esperava. Se ficasse, entraria em desespero, mesmo sem forças para isso. Natalia caminhou sem rumo, passando por todos os chalés e apreciando a quietude. Seria considerada egoísta por dar as costas, sem oferecer ajuda aos feridos ou por não comemorar junto? Não importava. As reflexões a conduziram a um único propósito: descansar. Talvez, ao acordar, enfrentaria a nova realidade. Seus pensamentos a levaram diretamente ao chalé dezessete, após um convite inesperado da conselheira, mas que foi apreciado e aceito sem hesitação. Natalia entrou no recinto sem cerimônia. A cama que lhe fora prometida estava pronta, esperando por ela naquele momento tão aguardado. A filha de Hécate caminhou lentamente até o móvel, retirando desleixadamente os sapatos e a jaqueta que cobria o corpo.
“Finalmente. Todos merecem. Você merece.” 
Uma voz masculina ecoou em sua mente, mas ela pouco se importou. Talvez fosse o costume. Já havia testemunhado tanta magia que não se surpreenderia se estivesse alucinando.
“Durma, você está precisando.”
A voz feminina, rouca e conhecida também se fez presente, e Natalia reconheceu como a da avó. Claro, a senhora russa havia sido peça principal para que a semideusa não entrasse em surto, guiando-a do melhor jeito que podia durante todos os pesadelos. Quando se deu por si, já estava deitada, deixando que o corpo fosse bem recebido pela maciez do colchão. Movendo-se, ela puxou a coberta disposta, embalando-se no calor, aninhando-se tão confortavelmente, procurando a melhor posição que pudesse receber o corpo ao estado de inércia que tanto buscava.
“Finalmente, finalmente.”
A voz masculina soou novamente, agora mais clara e lúcida, permitindo que fosse reconhecida. Natalia, por fim, deixou-se chorar.
“Durma, você merece. Todos merecem.” Flynn falou como se estivesse presente, embalando o sono da semideusa. A sensação de sua mão acariciando os cabelos, embora a sensação sendo imaginária, foi recebida com uma pequena comemoração, expressa pelo remexer na cama e um suspiro seguido de um baixo gemido de satisfação. Poderia ser uma alucinação, um desfecho que a mente cansada havia criado para encerrar aquele dia. Finalmente, paz.
“Fim, Nati. Fim.” 
O falecido filho de Tânatos pronunciou suas últimas palavras, cuja voz se transformou em eco até se perder no silêncio. A voz do amigo foi o último som que Natalia ouviu antes de, finalmente, esquecer a realidade, mergulhando na escuridão e na certeza que apenas o sono poderia proporcionar.
personagens mencionados,ㅤㅤ@maximeloi, @somaisumsemideus, @stellesawyr, @kittybt, @lottokinn, @zeusraynar, @vitorialada, @fly-musings
@silencehq e @hefestotv
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desmaterializandose · 3 months
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“Todos somos uns egoístas mesquinhos” — o sábio disse — “não há sequer um entre nós que não veja tudo de dentro de si mesmo”. “Se fosse só isso” — reprimiu entre suspiros um outro sábio que estava ao seu lado, mais velho e mais puído — “Ah, se fosse…” — lamentou — “Somos ainda uns desesperados, sim, somos todos uns egoístas desesperados”.
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zeusraynar · 2 months
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⸤ ☁️ ⸣ ⸻ DON'T SAY THANK YOU OR PLEASE. I DO WHAT I WANT WHEN I'M WANTING TO.
TASK 3: defeito fatal + maior medo = teimosia + menosprezo
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disclaimer: finjamos que kit connor tem olhos azuis. Obrigada. @silencehq
É uma verdade universalmente conhecida que um garoto na adolescência, em posse de péssimo gênio, deve estar procurando uma de explodir.
Não se enganem pelo rostinho bonito daquele filho de Zeus. Aquele pequeno cupido que dormia no chão do chalé de Zeus, quase embaixo do colchão do chalé vazio. Ou daquele olhar distante e cheio de charme, olhos azuis brilhando em reflexão silenciosa e secreta. Raynar Hornsby era uma fera incontrolável, um semideus revoltado em toda sua razão e justificativa. O pai tinha proclamado como filho no ano anterior e sua insubordinação só tinha começado.
A voz poderosa ficava pior quando usada em voz alta, o dedo indicador enfiado em cada ponto do mapa com a força de quem usava uma adaga. “ 🗲 ━━ ◤ Essa é a ideia mais estúpida que eu já ouvi de um de vocês hoje. ◢ E era desconcertante, de verdade. Ver alguém que tinha um potencial incrível, envolvido numa belíssima embalagem, ter um comportamento tão terrível. Os semideuses à volta exibiam emoções diversas.
Medo pelo colar brilhando ao redor do pescoço, feixes saltando da pele. Pulando de um canto para o outro. Enchendo o ar com cheiro de ozônio e queimado. Medo de falar uma coisa errada e ser o novo alvo do olhar penetrante cinzento. Desprezo. Raynar o reduzindo a nada com um torcer de lábios, um esgar horrível, e o soltar de respiração de desinteresse.
Irritação com quem tinha acreditado que era uma excelente ideia ter chamado o filho da prole menos confiável do acampamento. Ele nem queria ser filho de Zeus! Poderoso e descabido, procurando cada oportunidade para soltar os punhos e não usar a cabeça. A reunião de estratégia com filhos de Atena e ele quem dava as ideias?
Raynar chutou a pedra na caverna escura, lembrando de cada um daqueles detalhes com a vividez de estar passando por eles novamente. “ 🗲 ━━ ◤ Por que eles não me escutam? ◢ Sem ninguém ao lado, o Hornsby dava vazão aos pensamentos em voz alta. Ou melhor, quando conseguia vencer a igualmente irritante mania de morder o lábio inferior até arrancar sangue.
O frio da caverna ativou os sentidos. Uma mão cadavérica enfiado num poço de lembranças e puxando as piores. O primeiro dia. A rejeição do pai. O ano sendo julgado. Os olhares por onde ia. A forma como era tratado. Não precisava do raio sobre sua cabeça para saber quem era o progenitor. E tampouco precisava do seu símbolo para tomar papéis sem o levar em consideração. Raynar era egoísta e mesquinho, uma criança jogada num ambiente impróprio para quem era.
O punho fechado encontrou a pedra da parede, pó e sangue voltando na pele rompida do golpe. “ 🗲 ━━ ◤ Eu os farei ver. Esse é o melhor caminho para chegar lá. ◢ E a reunião voltava com força. Sete semideuses contra um único teimoso, que insistia no caminho inexplorado para chegar do outro lado. Eles não tinham tempo de dar a volta na montanha e era perigoso demais pegar os pegasus e passar por cima.
As mãos torciam no sinalizador do filho de Hefesto, fogo frio e duradouro marcando o caminho que desbravava. Poucas vezes precisou usar a lança de duas pontas e aquilo só alimentava a raiva que borbulhava dentro de si. “ 🗲 ━━ ◤ O que você quer? ◢ Os passos do intruso não causaram reação alguma além de... Irritação. Ele o vinha seguindo desde o início da jornada e só agora, quando estava perto o suficiente para ouvir o que Raynar dizia, atreveu-se a diminuir a distância.
"Por favor, Ray. É perigoso demais ir por aí. Não ouviu a profecia de Rachel? Na escuridão da não-sombra, a gota pinga sem encontrar obstáculos. É obviamente sobre aquele lugar." Seu cabelo escuro como a pena de um corvo brilhava na luz produzida. Figurinha encolhida e medrosa agarrada à espada.
E Raynar sentia a raiva baixar dentro. Amainando com a visão de alguém que deveria ser protegido. Mas era demais. O pensamento logo virando para um irritado de quem sabia do que se tratava. Eles sempre faziam isso. Minar suas escolhas, mandar alguém para provocar sua insegurança. Não dessa vez. “ 🗲 ━━ ◤ Anos falam disso e quando aconteceu alguma coisa? Nunca. ◢ Girou sobre os calcanhares e apontou o caminho que tinham vindo com a lança. “ 🗲 ━━ ◤ Volte para eles e diga que não vou ouvir. Eles estão errados. ◢
"Mas Raynar, o segundo verso-." Dentro da caverna, o relâmpago estourou na lateral e brilhou, cegando-os por um segundo. Uma das lâmpadas explodindo em milhões de pedaços. Elas ainda não estavam perfeitas. "Eu o ouvi! No meio do caminho! Ele sussurrava! Raynar, por favor!" Agora ele implorava na voz miúda, medo estampado em seus olhos. Do que ele estava falando. A vontade, antes tão resoluta, quebrava e duvidava. O rosto pétreo assumindo aquela beleza de querubim.
Raynar ajustou o equilíbrio nos pés e sentiu a garganta dar um nó. Ele não poderia estar ali por... Sim, só poderia ser. Quem em sã consciência teria ido atrás de si de maneira tão despreparada? O que ele tinha na cabeça para brincar com as vontades de um filho de Zeus? E ele dava um passo na direção do garoto alto, a mão estendida em súplica. "Eu não quero voltar sozinho." E ele caía...
Os olhos desfocando para si num helicóptero, gritando pela mão enquanto tentava se desvencilhar dos sátiros que o seguravam. Esperneava e arranhava, emitia fagulhas de relâmpagos quebrados. E a mão se abraçava, preparando para a sombra escura que descia com a avalanche de neve. O mundo apagando com a agulha enfiada na perna, o sonífero fazendo efeito.
Quando voltou a enxergar, o semideus estava mais perto. Lágrimas brilhando nos olhos. “ 🗲 ━━ ◤ Você veio sozinho. Você volta sozinho. ◢ Algo coçou dentro de si, incontido. Uma bola elétrica batendo em todas as superfícies e mais, ativando as luzes e alarmes de emergência. A frieza tomou as feições, seriedade de guerreiro honrado na primeira fila da guerra. “ 🗲 ━━ ◤ Não me importo. Não me siga. ◢ Deu as costas no primeiro passo. A garganta reverberando um rosnar tão intrusivo que... Os passos foram embora.
Assim como qualquer sinal de que tivera companhia.
Raynar continuar a trilhar a caverna. Passos. Monstro eliminado. Sinalizador. Vozes. Passos. Passos. Sinalizador. Raynar...
A mesma voz... A mesmíssima voz. Quando Raynar tirou os olhos da mãe e viu a encosta da montanha... Ele achou ter ouvido algo no vento... No atrito de neve contra neve, sussurrando melódica do desastre natural com algo criado por poderes antigos. Uma linguagem sem palavras, gutural, chamando um monstro sem feições.
Sem forma.
Piche escuro maculando o branco da neve e o verde brilhante das árvores esguias.
Na escuridão da não-sombra, a gota pinga sem encontrar obstáculos.
Raynar correu no sentido oposto sem prestar atenção a mais nada além do som. Do seu nome sendo ecoado pelas paredes que pareciam se fechar. Um sussurro que crescia em alarme e atenção. A voz era mais forte, urgente. E quanto mais chegava... Mais o tom aumentava... Transformando em gritos de desespero. "RAYNAR! RAYNAR! RAYNAR!"
Ele nunca odiou tanto seu nome quanto naquele momento.
Nem a insensatez de ignorar uma ranhura desenhada na parede.
Ou o espaço oco do outro lado, um poco fundo que vibrava com uma respiração milenar. O cheiro pútrido que subia da criatura escura no fundo. Um enjoado, ardente aos olhos, e frescos de sangue. A risada retumbava, circulava e rebatia, crescia e perdia ainda mais o pouco que carregava de humanidade. "RAYNAR!" Agora era zombado, o tom de riso de quem tinha... ganhado.
O corpo sem vida foi cuspido para fora e ele mal teve tempo de segurar. O equilíbrio abandonando-o, caindo para trás com o corpo do semideus nos braços. Enxágüe. Sem vida. Tão frio quando a lâmina esquecida de sua lança.
Oh, aquela criatura o acompanhava desde o berço de sua parte imortal. Negra, consumidora de luz, inexorável. Um lembrete constante de que NUNCA teria paz naquela vida.
E a gota?
A gota escorria de seus olhos, caindo pelo rosto e escorregando para fora. Sem obstáculos. Sem a frieza de suas feições ou a inabalável crueldade de sua forma de falar. Uma gota que contornava o gênio e desprezava suas tentativas de se manter distante.
Uma gota que trazia outra. E mais outra. Formando uma corredeira que não lavaria as consequências de todas as suas escolhas e palavras.
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E Raynar acordava do estupor com respirar profundo. De joelhos no gramado, na posição que tinha avaliado ser a melhor para defesa.
Com as mesmas gotas escorrendo na face.
E aquele mesmo monstro, a não-sombra, rindo. Rindo. À espera da próxima refeição.
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nominzn · 11 months
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replay | j.jh
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notas: terminei manifest ontem e só consigo pensar na série. fiquei obcecada, então talvez eu reassista pq amei. totalmente inspirada nesse universo.
parte II
Cinco anos e meio desde que você se foi, e Jaehyun ainda não consegue acreditar. Parece que ele vive uma realidade distinta — e bastante cruel, se ele puder opinar.
Todos os dias, o pobre menino repete a mesma rotina. Acorda, lembra-se de você, culpa-se por ter permitido que viajasse sozinha e por terem brigado ao telefone, trabalha no modo automático, caminha pelas ruas conversando com você, volta para casa e dorme. Diria que dorme para esquecer, mas até nos sonhos se lembra.
Maldita briga, maldita viagem, maldita companhia aérea que ofereceu quatrocentos dólares para compensar o overbooking do voo 827.
Maldito voo 828 para Nova Iorque que arruinou 191 vidas, assim como a de seus familiares, amigos e... o que eram mesmo?
Jaehyun tinha quase a expulsado da própria vida, mas bastou seu desaparecimento para ele perceber o quão pequeno e mesquinho seu medo de compromisso era diante da grandeza do coração que o amava na cidade que nunca dorme, na Jamaica, no avião da Montego Airways.
Naquela manhã rara, cheia de Sol, Jaehyun caminha até o trabalho como sempre. Passos calmos, olhos pesados, jazz abençoando seus ouvidos. Mas algo está diferente.
Há um alvoroço incomum, uma comoção estranha. Grupos e mais grupos disparam na direção dos telões da Times Square, alguns até permitem que o pranto transborde nos olhos.
As saídas do metrô mais do que nunca assemelham-se a formigueiros, pessoas saem dali correndo para um lugar em comum. Vencido pela curiosidade, Jaehyun remove um lado do fone, escutando o barulho caótico.
"Como isso é possível?" "Onde eles estavam?" "Eles são um milagre!"
Eles quem?
Não teria respostas ali. Desliga os headphones e apressa os passos para o trabalho, batendo a porta esbaforido. O chefe acolhe Jaehyun com os olhos assustados e as mãos trêmulas.
— Meu filho, você já... como você está? — o senhor pergunta com preocupação evidente, tirando a mochila das costas do garoto.
— O que aconteceu? Por que estão todos agindo estranho assim?
O mais velho então percebe que Jung nada sabe. Controlando os dedos inquietos, aperta o botão Power no controle da TV, apontando para o noticiário urgente que está sendo transmitido diretamente do aeroporto JFK.
O cenário não é nada bonito. Atrás da repórter estão inúmeros policiais federais e civis, o aeroporto está blindado nos portões três, quatro e cinco. Os passageiros estão sendo remanejados para outras saídas.
A tela é dividida com outro jornalista, mas este tem o cenário mais limpo. Atrás dele há apenas um grande galpão, alguns seguranças fortemente armados passeiam calmamente pelo local.
Assimilando a situação aos poucos, o coração frágil de Jaehyun aperta ao pensar na possibilidade de um acidente grave.
Não é nada disso.
Ele se aproxima do televisor para ler melhor, os óculos não ajudavam sua visão turva de adrenalina.
VOO 828 POUSA EM NOVA IORQUE APÓS 5 ANOS
— Não... não é possível.
"As 191 almas que perdemos estão a salvo. Em algumas horas, a investigação inicial será finalizada. Familiares ou amigos poderão vir até o local para buscar os passageiros."
— Você precisa ir buscá-la, meu filho. — o chefe declara desesperado. — Ela não sabe o mundo que vai encontrar.
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todo7roki · 1 year
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oi anjo quando q ce vai providenciar pra nós uma smut do sunghoon bem gostosinha? se puder fazer ele ser um namorado frio/gelo porém um tremendo gostoso tesudo q beija seu corpo por inteiro te deixando marcas do amor dele já q esse king é o príncipe do gelo e eu amo tanto ELE 😫😫😫queria encontrar mais coisas dele aqui porém N SEI MEXER AINDA LKKKK
RUN BABY RUN — PSH.
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gênero: smut, angst (com romance), sunghoon!corredor de rua
avisos: sunghoon pode ser um pouquinho mesquinho, mas nosso hoonie também tem coisinhas passando na cabeça dele, alguns palavrões, oral!f, menção de jay, ciúmes, marcas no corpo, dirtytalk, jay é um fdp que quer a mulher dos outros.
n/a: oii, peço perdão pela demora na realização desse pedido e espero que esteja de seu agrado e espero não te decepcionar!!! e eu me diverti muito escrevendo isso aqui :)
Sunghoon era uma pessoa tranquila, odiava confusão e lugares agitados. Porém ele sempre estava estressado consigo mesmo, ele sabia que era um dos melhores corredores da cidade e estava determinado a se superar a qualquer custo, porém o custo era dedicar todo seu tempo em treinos e mais treinos.
Era uma noite fria, você acordou com o som do seu telefone e logo viu o nome de sua amiga no identificador de chamadas e logo em seguida atendendo a ligação.
— Eu não sei em qual lugar você está, mas a corrida vai começar em menos de uma hora e seu namorado é um dos corredores principais da noite. — Ela falou com voz alta, a música no fundo era agitada e você conseguia ouvir as vozes no fundo.
— Eu não sabia que a corrida era hoje, Sunghoon só me disse que estava treinando para a grande corrida mas ele nunca me disse quando era. — A realidade é que você e seu namorado não estavam mais tão comunicativos quanto antes, depois da chegada de conseguir um adversário a altura dele, o foco de sunghoon aumentou e atenção dele sobre você apenas diminuiu.
...
Você sabia que estava frio, mas a sua vontade era usar o vestido que Sunghoon te deu no aniversário de namoro de vocês. Mas foi uma péssima escolha.
Seus braços estavam arrepiados, e suas pernas tremendo por conta do vento gelado que batia sobre elas. Suas mãos passaram por seus braços na tentativa falha de aquecer o local.
— Esse vestido ficou lindo em você, mas vale a pena sofrer tanto frio assim? Você é tão bonita.
A voz baixa e calma falou perto do seu ouvido, sua cabeça virou para a o lado e viu Jay, o novo corredor da cidade.
— Obrigado, mas eu consigo suportar o frio. — Você falou e logo em seguida outro vento forte bate contra sua pele e você se encolhe um pouco, fazendo Jay rir.
— Menina bonita, aqui, pegue minha jaqueta.
Ele estava prestes a tirar sua jaqueta, quando a você sente uma mão gelada em seus ombros desnudos.
— Não precisa de tanto esforço Jay, ela já tem alguém para cuidar dela. — Sunghoon estava com sua expressão de sempre, sem demostração de raiva, ele era apenas ele.
— Não parece muito, você nem estava aqui para receber sua dama. Uma bela dama.
...
Depois da corrida, vocês dois estavam no carro dele e seus olhos estavam focados nas mãos de sunghoon e o silêncio era quase ensurdecedor. — Você não falou comigo depois da corrida, na verdade você não fala comigo ultimamente. — Sua voz saiu baixa e você até cogitou a ideia de sunghoon não ter escutado o que você disse.
— Era isso que eu queria evitar. — Ele disse sem contexto, você se virou para ele e os olhos dele ainda estavam na estrada.
A verdade era que Sunghoon era um homem inseguro e que recebia pouco afeto das outras pessoas, e depois de encontrar você, ele não queria te perder. Ao ouvir Jay falar sobre você em uma roda de conversa antes das corridas, ele ficou com medo de você abandona-lo como os outros tem feito.
Ele queria você longe das corridas, longe de Jay e perto dele.
— Hoon, você precisa me dizer o que se passa na sua cabeça. Eu te amo.
Isso desestabilizou ele, um simples "te amo" fez ele voltar para realidade.
— Eu quero você, eu quero mostrar para todos que você é tudo que eu tenho e tudo que eu preciso.
...
O pequeno apartamento de Sunghoon era aconchegante e naquele momento estava quente, vocês deixaram o ambiente ainda mais quente.
— Você é tudo que eu preciso, seu corpo, sua boca, seu amor é o que me mantém vivo. — As mãos de seu namorado percorria pelo seu corpo, os lábios molhados dele forma de encontro com seu pescoço e com certeza você iria trabalhar muito para esconder a mancha roxa que ele deixou.
— Hoon eu te amo tanto, não esconda nada de mim e nem me afaste de você.
— Porra como eu poderia te afastar, você é literalmente minha vida.
As roupas no chão, os lençóis espalhados e os travesseiros no chão, Seu homem estava segurando suas pernas que insistiam em fechar enquanto ele te chupava com todo amor e vontade. — Amor por favor... — Você não conseguia completar a frase, suas mãos agarravam os lençóis e outrora agarram os cabelos de Sunghoon.
Ele parecia não te ouvir, era como se a vida dele dependesse disso. Após fazer você gozar, ele queria te sentir e fazer você senti-lo.
— Eu quero fazer você chorar no meu pau, quero que você sinta todo meu amor dentro de você. — Ele te comia com vontade e com amor, mãos frias nas suas costas, a boca perto de sua orelha soltando ar quente no se pescoço. — Você consegue gozar mais uma vez para mim?
— Eu faço tudo por você, Hoonie.
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tyongbrat · 1 year
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[park jisung filho do namorado da leitora! Enemies to fuckers, tem bastante palavrão, tem um jisung bem cretino irresistível... Dividi em duas partes pra não ficar muito longo]
Parte um...
Quando seu atual namorado revelou que tinha um "filho", você imaginou uma criança, não um bebê, nem um adolescente, contudo também não imaginou um garoto apenas três anos mais novo que você.
Você soube desde o primeiro momento em que colocou os olhos em Park jisung que vocês dois não teriam uma boa relação. Não houve esforço nenhum da parte dele pra gostar de você, muito pelo contrário, ele foi rude e mesquinho.
— quando disse que a sua namorada era mais nova não comentou que tava namorando uma ninfetinha, realmente se superou na sua escolha dessa vez.
O choque das palavras ásperas não te deixaram reagir, em contrapartida seu namorado tentou contestar com o próprio filho, chamando atenção do mesmo na sua frente, o que irritou ainda mais o garoto.
[...]
Frequentar a casa dos park's não parecia uma missão fácil quando em todos os cantos vocês dois esbarravam, e todos os cômodos pareciam não serem grandes o suficientes pra vocês.
— bom dia, jisung. — parecia um bom dia pra tentar amenizar o clima entre vocês dois. Então você sentou o mais perto o possível dele — pode me passar o leite?
— acho que você consegue pegar, não? — o garoto levantou bruscamente, rangendo a cadeira contra o chão.
Você não queria perder o controle, precisava ser madura o suficiente pra levar aquela situação de forma tranquila, mas jisung te tirava tanto do sério que você respirou pelo menos umas três vezes antes de segui-lo pelo saguão da casa. E como uma criança que foge do banho, ele apressou os papos, subindo rápido as escadas e te obrigando a praticamente correr atrás dele.
Antes que ele pudesse fechar a porta do quarto, você coloca o pé, impedindo o garoto de continuar.
— olha aqui — você toma todo o fôlego que perdeu durante o caminho — eu tô me esforçando, ok? Eu entendo que você não goste...
— não, você não entende — ele te corta, você faz menção de continuar com o seu discurso, mas ele prossegue — se você me entendesse deixaria o meu pai, e não voltaria mais aqui em casa.
Como ele podia ser tão maldoso? Nem ao menos cogitou no quanto aquelas palavras poderiam magoar, você tenta se conter, mas o nó na garganta aperta, como se algo começasse embolar ali, os olhos lacrimejando, você quer chorar, mas não quer fazer na frente dele. Você tem o seu orgulho, não quer que jisung te veja de forma patética.
— eu vou ficar bem aqui, park jisung! Você querendo ou não! Não ligo pro que você pensa — e por mais humilhante que fosse, você começou chorar — mas também não vou mais tentar ir até você, chega!
E você marcha em direção às escadas, não vai dar pra ele o direito de resposta, ele não merece. E antes de alcançar o segundo degrau da escada tem o vislumbre dos olhos escuros parados na porta, a confusão no olhar do garoto, ele não moveu um músculo, te olha como se quisesse pedir desculpas, mas nunca fez.
[...]
O clima escaldante possibilita o uso de shortinho de malha curtinho, e você não vê problema em usá-los, já que seria apenas você e você em casa, sem seu namorado, sem o filho problemático dele, apenas você e suas novelas coreanas.
Leva o copo com suco de morango até os lábios, degustando o sabor natural da fruta, estica o corpo contra o sofá e fecha brevemente os olhos, só volta abri-los quando escuta uma risada exageradamente alta, a voz femina continua soando cada vez mais irritante, até seu campo de visão ser coberto por jisung e uma garota loira.
Vocês se encaram por breves segundos, a garota tem a confusão estampada no olhar.
— quem é ela? — ela ignora totalmente a sua presença, as mãos apoiadas na cintura indagando de forma grosseira o garoto — você me convidou pra sua casa e então tem outra garota deita no seu sofá, park jisung.
— é a porra da minha madrasta — responde impaciente, também ignorando a sua presença — nem fodendo você acha que eu sairia com ela, né, porra.
Você conhece jisung, sabe que por mais abominável que ele seja raramente ele fala palavrões ou comportar-se como se estivesse na quinta série, mas agora diante da garota ele está agindo como um adolescente.
— ah — a garota morde a ponta do próprio dedão — não me falou que ela era assim.
— assim como? — você levanta de supetão, cansada de ser maltratada e ignorada pelos dois — ein, garota — para de frente pra ela.
Jisung tem a postura relaxada, como se estivesse se divertindo com a sua reação, você olha pra ele e ele devolve o olhar afiado, a garota entre vocês dois permanece imóvel, observando os dois.
— é que você é bem mais nova do que eu pensei — seu olhar só volta pra ela quando tem por fim a resposta da pergunta que você nem esperava mais resposta.
Jisung finalmente se move pra puxar a mão da loira.
— e onde os dois pensam que vão? — não quer ser intrometida, mas aquela situação te tira do sério, se ela pensa que você vai deixar ela transar com jisung na sua casa, ela tá muito enganada.
— desculpa, como? — une as sobrancelhas em sinal de confusão, tem que admitir que você acha incrivelmente bonito quando ele faz essa cara.
— onde vocês dois pensam que vão? O que vocês...
— olha, não é da tua conta — ele empurra as costas da garota pra subir as escadas, te deixando ali parada como uma idiota, sem resposta.
E você fez de tudo pra ignorar os dois. Aumentou o volume da tv, usou fones de ouvido, tentou dar um passeio pelo pátio amplo, embora fizesse esforço pra se manter afastada, era quase impossível não ouvir de longe os gemidos irritantes da garota.
Não quer imaginar, mas a sua cabeça te traí, na escuridão dos seus pensamentos consegue facilmente imaginar qual o tipo favorito de posição do jisung, consegue vislumbrar ele entre as pernas dela, o corpo magro suado, a cabeça pendida pro lado e o sorrisinho traiçoeiro no canto dos lábios.
Você bufa irracional, aperta uma almofada contra o rosto, imaginando que a qualquer segundo pode se fundir com o material do sofá e desaparecer.
Não tem como você aguentar mais um segundo daquela tortura. Sobe as escadas decidida a dar um fim naquilo, bate com tanta força na madeira da porta que jura que a qualquer momento ela pode quebrar, mesmo vive sabendo que não tem força o suficiente pra isso, quer dar a próxima batida, mas Jisung abre a porta.
O corpo magro apoia-se entre a porta e o vão nela, te impedindo de olhar pra dentro do quarto, mesmo que você tente não consegue enxergar.
— não tá vendo que eu to ocupado — o timbre de voz rouco te prende. Aperta as pernas, tenta limpar a mente, mas sabe que é um jogo perdido pra você.
— só faz menos barulho, por favor — seu olhar corre pelo corpo dele, a Calvin Klein preta mal vestida, o abdômen bem definido, os braços magros tencionados.
Ele ri, uma risada gostosa de ouvir, quase contagiante se vocês dois não estivessem nessa situação.
— eu não sou barulhento, amor — o apelido te acerta em cheio, jisung nunca agiu dessa forma com você, e isso te pega desprevenida — ela que é! E se você estivesse ali no lugar dela também seria.
Quer retrucar, você quer! Mas não tem o que falar, abre a boca várias vezes procurando uma boa resposta, mas não encontra uma, simplesmente não tem.
Vira-se de costas pro garoto andando na direção contrária, bate com força a porta do quarto que divide com o pai de jisung, e só quando deita na cama solta a respiração, tenta amenizar o sentimento de queimação no peito, o meio das pernas grudando no tecido da calcinha.
[...]
Os barulhos do quarto cessaram gradativamente ao cair da noite, você não viu, mas sabe que a garota já foi embora.
Passou a tarde ansiando pelo momento que seu namorado chegaria em casa, precisava se aliviar, mesmo que pudesse fazer isso por você, queria que alguém fizesse. Entretanto, é como se o destino estivesse tentando te enlouquecer quando lê a mensagem no visor do celular.
"bebê, não volto hoje, tenho que resolver algumas pendências e vou chegar quase ao amanhecer. Aproveite a noite, durma bem"
Você não pode esperar, então recorre a única coisa que você tem: a sua imaginação. Fecha os olhos, desliza a mão direita pelo seu corpo, amassa uma das mamas, um arrepio gostoso, uma pontadinha lá embaixo são respostas, volta deixar os dedos correrem pelo seu corpo, o indicador pressiona seu ponto de prazer.
Geme manhosa, geme alto, a idéia de irritar jisung tanto quanto ele te irritou é o combustível necessário pra continuar, a imagem dele nu na porta do quarto paira livre na tua mente, mete um dedinho, e o corpo espasma ao sentir as digitais geladas te acariciando por dentro.
Se seu objetivo era ser barulhenta você estava atingindo com exito, jisung conseguia ouvir do outro andar da casa, e o moreno estava enlouquecendo aos poucos, passou as mãos pelos cabelos tentando conter a vontade de subir, queria te mostrar o quanto necessitado de vive ele era, queria que você soubesse os motivos de odiar você tanto.
— ah, jisung... — o corpo em chamas quando você gozou gemendo o nome dele, sem pudor algum, sabendo que ele estava ouvindo.
Ele empurra a porta com mais força que necessário, você não se deu o trabalho de trancar mesmo, tenta cobrir o corpo nu com os lençóis da cama, mas tudo que consegue é fechar as pernas.
Jisung não desvia o olhar de você, ele não consegue.
— jisung, saí daqui agora — você ordena.
— tava gemendo meu nome igual uma cadelinha e agora quer que eu saia — ele puxa teu tornozelo pra te colocar mais perto do fim da fama, você não tenta lutar contra, você quer também, quer tanto que dói — tem noção do que você tá causando em mim, garota? Eu vou enlouquecer se não te comer.
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delirantesko · 3 months
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O outro lado da ponte (texto, Oniriko, 2024)
"Tudo que você procura e merece está do outro lado dessa ponte aqui." o guia começa.
Você vê uma ponte de madeira, longa, formada por cordas e seu tabuleiro, composto por peças de madeira.
Só a travessia por ela já assusta. As peças se movem simplesmente com o vento que ressoa forte, a madeira é antiga, a corda, mesmo grossa, mostra os sinais do tempo.
Poucos conseguem chegar do outro lado.
Mas o guia explica que não é por causa dela.
E então ele aponta para um buraco na ponte.
Está vendo esse ali? Alguém caiu exatamente naquele ponto.
Então você questiona a resistência da ponte mas o guia, como que lendo seus pensamentos, já se adianta e responde:
A ponte é perfeita para sua função. Ele serve para ser atravessada, e isso ela sempre fez. Mas ela não trabalha sozinha.
Perceba: nada nesse mundo funciona sozinho. Todos colaboram pra alguma coisa, fazendo algo pra alguém, recebendo algo de alguém.
A ponte serve como um filtro também. Assim como muitas coisas nesse mundo também são filtros que quando você tem a percepção.
O problema, explica o guia, está atrás de você.
Você olha assustado, como se houvesse alguém ou algo atrás de você.
O guia esboça um pequeno sorriso e continua.
Isso que você carrega nas costas.
Você dá um passo pra trás, como se quisesse proteger sua bagagem.
Sim, exatamente isso. Sua bagagem é o problema. É ela que quebra a ponte. Ela é a anomalia, ela que distorce o funcionamento da ponte.
Entenda, o trabalho da ponte é transformar você. E porque você quer se transformar? Porque essa versão de você agora não consegue chegar onde quer, que é do outro lado da ponte.
Vem comigo mais perto da beira do precipício.
Com medo, você se aproxima. O medo de cair é grande, mas você também está curioso.
Afinal, você chegou aqui não é? Vai desistir na frente da ponte, como fez tantas outras vezes?
Suas pernas tremem e sua respiração falha, mas o guia diz que quando o pássaro sai do ninho ele não sai voando, ele primeiro cai.
Logo depois ele percebe que nasceu pra voar. Nossos corpos não voam como os pássaros, mas nossa mente, nossa percepção de que não somos só corpo é que voa. Pode chamar de imaginação.
Ah, seria o que muitos chamam de al....
Preciso que pare agora.
Assustado com a violência do pedido, você se afasta um pouco e decide ouvir o que o guia irá dizer.
É exatamente isso que impede você de atravessar a ponte. A sua bagagem não é algo que pode ser visto.
Mas ela aparece: ela rege a forma como você age, pensa e fala.
Ela polui sua natureza, você percebe? Você se tornou um autômato, uma criatura anti-natural, que não segue mais seus próprios instintos, que perdeu a independência e precisa sempre de apoio e ajuda.
Eu? Eu não sou especial. Eu sou você ontem. Só estou aqui porque nosso dever é sempre ajudar aqueles que irão passar pelo que nós passamos.
Mas eu sou como você, apenas outro ser humano. Não sou melhor ou pior que você. Eu apenas atravessei a ponte antes de você. Por isso estou aqui na porque sei que você pode atravessar também.
Você não precisa de nomes entende? Eles só confundem, dividem.
Eu e você, todos os outros seres humanos, somos habitantes desse mundo. Assim como os animais, as plantas, os minérios.
A única coisa anti-natural do mundo são as histórias levadas a sério demais, cheias de nomes e regras, rituais complexos que inferiorizam você perante outros, que irão vestir roupas cerimoniais e exigir que você pense, fale e aja diferente da sua real natureza.
Esqueça o "amor" e o "perdão" que propagam, que dizem representar.
Eles não passam de iscas numa armadilha, tentando fisgar aquilo de mais profundo, original e autêntico que você tem a oferecer ao universo.
É como um teatro entende? Mas as pessoas decidiram viver como se fossem apenas os espectadores de sua própria vida, entregando a direção dela para quem tem interesses mesquinhos, egoístas, completamente desinteressados do seu progresso.
Assistindo os atores e imaginando como seria bom estar lá, vivendo aquilo, ao invés de realmente viver, o que você pode, desde que se livre dessa bagagem.
Todos esses nomes, essas regras, esses medos e culpas que você carrega transformam você numa versão domesticada de si mesmo. Útil para alguns apenas, para quem te vê apenas como animal de estimação.
Essa bagagem na verdade é sua coleira. Você só pode ir até ali. Você só pode observar a distância.
Mas, eles enfeitaram sua coleira com bugigangas coloridas, com medalhas feitas de tampas de garrafa, e você se orgulha tanto delas, porque disseram pra você que o que você faz é bom, justo e correto.
Mas, antes que você me pergunte, que bagagem exatamente é essa... Se você precisa realmente perguntar isso eu não posso dizer.
Revelar a você seria como carregar você nas costas, de mãos dadas, como se você fosse uma criança.
E isso eu não posso fazer, porque você já viveu a sombra por tempo demais, provavelmente toda sua vida antes de ter visto a existência da ponte.
Você só vai poder se orgulhar de si mesmo quando se levantar por conta própria.
A pergunta é: você realmente quer?
Essa bagagem, por mais perniciosa que seja, te ajudou a passar por certas coisas. Em alguns momentos ela pareceu o mais certo, o mais bonito... Mas é tudo falso entende?
Admitir a bagagem é o mesmo que assumir que os fins justificam os meios. É deitar numa cama cujo lençol foi feito com a pele dos derrotados, com travesseiros forrados com os cabelos deles.
Que sono tranquilo você teria dormindo dessa forma?
Parece assustador e macabro não é? Você não percebe por causa da bagagem. A bagagem é uma capa de travesseiro com flores e anjos bordados. O lençol foi pintado de ouro, com sorrisos e promessas impossíveis, das quais apenas crianças acreditam.
Ao se libertar da bagagem, você se livra dessas fantasias, enxerga a realidade, vê como funciona o golpe deles e se enoja, porque percebe o quanto eles exploram como aves de rapina.
Você aprende também uma ferramenta importante pra lidar com essas pessoas.
Você deixa de reconhecer a existência da bagagem. Você olha pra bagagem agora como olha as crianças usando capas fingindo que são super-heróis.
Você percebe eles brincando, e você acha graça. Mas não interage, não reconhece os nomes, despreza toda a seriedade que aplicam aos ritos do golpe. Do grande esquema.
Você fica atento sim é com os insatisfeitos. Com aqueles que olham pro vazio e suspiram.
Como Fausto, você está insatisfeito com esse jogo que todos jogam. Como Bovary, você se recusa a aceitar a vida mundana.
Você está pensando agora, "Ah, mas você está falando nomes agora!" mas deixa eu explicar a diferença: esses nomes não te tratam como criança, ameaçando com castigos ou recompensando com doces quando você se comporta do jeito que eles querem.
Não há nada errado com a ficção ou a mitologia. Elas são fruto da criatividade humana, que é uma das maiores forças que nós humanos possuímos. Os sonhos que movem o progresso não existem, não fisicamente, mas eles nos movem a conquistar mais, e a criatividade vem daí.
O erro está em vestir a roupa dos personagens dessas histórias como se fosse a sua. Lembre-se, você está aqui para descobrir a si mesmo, não para imitar alguém, não para agradar alguém que acha que está um degrau acima de você.
Por exemplo, eu não exijo que você atravesse a ponte. Eu explico detalhadamente as circunstâncias que envolvem o antes e o depois dessa jornada.
Uma escolha que não é sua é o que? Uma ordem? Uma ameaça? Quanta violência está na bondade daqueles que se acham superiores?
Só você pode responder, só você pode entender, mas só através da experiência própria.
Algumas pessoas se cercam de dinheiro, posse, fama, porque não sabem que a sua independência é o bem mais valioso que existe.
A riqueza só pode criar mais distrações numa vida miserável.
A fama, a adulação, é uma mendicância, é você precisar da aprovação de outros.
As posses deixam você preocupado com o roubo e o desgaste.
Quem possui o que?
Até seu corpo vai ser desocupado uma hora, retornando ao ciclo natural das coisas vivas. Mas tem gente preocupada com aquilo que nem existe. Mesmo que existisse, não poderia estar nas mãos de gente mesquinha.
Mas voltemos a falar sobre a criatividade. Você já se perguntou porque existem tantas artes com esses temas baseados em nomes daqueles que estariam acima de você?
Porque eles são ladrões muito espertos. Em algum momento eles perceberam que a arte é terapêutica. Ela ajuda a revelar as coisas que a mente consciente, desperta não pode, pois ela está ocupada mantendo você vivo, alerta dos perigos imediatos.
Tente imaginar agora toda essa arte apenas como arte. Sem os nomes, sem a reverência, sem machucar seus joelhos, sem olhar pra baixo como se você fosse culpado de algo que nem sabe o que é.
Porque eles adoram explorar a culpa. Eles são experts em fazer você se sentir mal. Não é a toa que o símbolo deles é alguém torturado.
E algumas pessoas nem pensam muito a respeito (eles detestam pessoas que pensam muito, porque quem pensa muito questiona, e eles não gostam de responder, de explicar), mas imagine uma criança sendo imposta desde os primeiros momentos em que começa a criar concepção a respeito da realidade que a cerca, e aquele símbolo ali, e a criança ouve "viu só o que você fez?" e pronto, uma criança cabisbaixa e domesticada pelo resto da vida.
Mas não você. Levou tempo mas você começou a perceber algo de errado. E você encontrou por exemplo, amostras do outro lado do mundo. De repente você percebeu que não existia apenas uma história só, que haviam muitas histórias. E você percebeu que também havia beleza, profundidade, amor, perdão e outras coisas que a suposta "original" gosta tanto de monopolizar.
Atravessar a ponte é abandonar a história que os outros criaram, e elaborar uma nova, a sua, original, a única que pode existir. Claro, você pode se inspirar nas outras histórias também, mas nunca conseguirá compartilhá-la, nunca conseguirá ver a beleza real na história dos outros.
Do outro lado da ponte existe um trabalho árduo, o de se levantar do chão onde você está rastejando e ver além do horizonte.
Você vai tirar essas rodinhas que acha que suportam você, vai cair, tropeçar, até se machucar, mas vai aprender a andar sozinho.
E a sua jornada é uma jornada silenciosa. Não há a necessidade de ninguém mais ocupando esse espaço. Assim como eu acabei de fazer com você, você vai fazer com aqueles que se aproximarem com um interesse genuíno.
Mas cuidado, eles vão roubar inclusive essa história. Eles vão atrelar nomes, irão mudar os significados, irão distorcer as ideias, como sempre fazem, porque é assim que os fracos agem.
A ponte lê você como uma balança, ela mede o peso da sua decisão, da sua vontade real. Quando atravessar a ponte, não haverá volta. Mesmo que retornasse, sua bagagem teria perdido todo peso e significado que tinham.
Qual sua decisão? Você atravessará a ponte? Arcará com as consequências dessa decisão?
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inutilidadeaflorada · 3 months
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Saturno IV
Eu vestia a lua em minha própria pele Com repulsa completa a quem eu era Derramei por quinze longos anos Lágrimas enlutadas de sentimentos mesquinhos
Permanece calvário antes da exposição Fundindo Sybil Vane e Orfeu, em um único corpo Momento biológico onde a vida se arrasta da verdade E uma herança finda superficialmente tais impasses
Dancei com a língua por um viveiro de aves mortas Gaiola forrada de carne e possibilidades Um lembrete, cada novo mergulho é um labirinto Desmoronará todos os Elísios aparentes
Decora a estima como se fosse reza Associar coragem e dote como elegantes dragões Sobreviventes dos restos de fios hipersensíveis Onde se postula uma tradição natural à indústria
Trouxe duas aversões para cada prática Regência rígida empilhando feridas Tramando o auto perdão como um amor Que deveria ser devorado todos os dias
Pela paz, eu bebi cada uma das carcaças de ampulhetas Esperei, equilibrando gratidão e ingratidão Perfilando a performance de narradores implícitos A cada desnível do muro de lamentos que eu ergo
Atendo aos chamados que preciso ser rio Domino minha instabilidade para conduzi-los Conheço meus excessos para que possa purifica-los Nunca perecerei diante a qualquer cólera despejada
Me dignifica, me suporta Não espero complacência Mas meus sentidos urgem Fundir-se a um encanto displicente
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sussurros-do-tempo · 5 months
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Tumblr media
Na lama da existência, o ser se arrasta, Um espetáculo macabro, onde a vida contrasta. Crueldade nua, sem máscara, sem véu, Apenas o eco do riso de um deus cruel.
No abismo dos dias, a esperança é um lamento, O vórtice da desilusão, o desencanto no vento. O coração pulsante, uma ferida a sangrar, A existência é um fardo difícil de suportar.
Nas entranhas do caos, o sentido se perde, Cada passo é um gemido, cada gesto inutil. Não há redenção, nem resgate ao final, A vida é um escarro, um ato descomunal.
O céu, um vazio sem estrelas a brilhar, Apenas sombras dançando num eterno azar. A carne se desfaz, a alma se despedaça, Num palco de desespero, onde a vida embaraça.
A verdade é o veneno que corrói a razão, Não há clemência, nem piedade, na vastidão. Somos restos de um sonho que nunca foi sonhado, A vida, um pesadelo cruel, um destino traiçoeiro.
O ser maior, se é que existe, é indiferente, Observa nossa agonia com olhos ausentes. A vida é apenas um escarro, um arremesso, No abismo da existência, somos meros lampejos.
Assim seguimos, na dança macabra do viver, Cruéis, náufragos de um mar que nunca quisemos escolher. Nada resta além do eco do riso divino, A vida é um escarro, um destino mesquinho.
Paulo de Brito
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macsoul · 2 months
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Algo irremediavelmente selvagem
Há algo em mim que simplesmente não se encaixa, que desliza para fora de todas as convicções humanas que me engano ter, meu coração pode amar intensamente ainda assim há algo em mim que se recusa pertencer ao amor mesquinho e possessivo das criaturas humanas, fecho meus olhos e sinto ver essa parte correndo a esmo à beira do abismo da existência e nada a prende, nada a têm, és a alma atrelada a meu corpo e ser, parte de mim se manifesta aqui, mas essa outra não pertence a esse mundo e a nada conhecido, gosto dela, sou ela e o que tento ser aqui é um pouco mais de mim mesma, mesmo que de forma sufocante e limitada tento ser fiel a ela.
Nada me tem de verdade, porque não sou algo que se possa ter.
Sinta, veja, ame e sempre deixe-a selvagem como é.
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only0kcal · 10 months
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O seu corpo é mesquinho, egoista, só pensa no prazer dele. Controle-se!!!! Domínio próprio!!!
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