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#os contextos
angelanatel · 2 years
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valdesenhatdm · 9 months
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Franjinha manda a real
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kerimboz · 2 months
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         ⠀⠀⠀⠀  — 𝘛𝘰 𝒍𝒊𝒗𝒆 𝒇𝒐𝒓 𝘵𝘩𝘦 𝒉𝒐𝒑𝒆 𝑜𝑓 𝑖𝑡 𝑎𝑙𝑙.
𝑃𝑙𝑜𝑡 𝑑𝑟𝑜𝑝: 𝑡𝑎𝑠𝑘 003 (𝑡𝑟𝑎𝑖𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑔𝑖𝑎) _ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘! @silencehq
O remexer do corpo do semideus era incomodo até para o mesmo. Virando-se de um lado para o outro no colchão, incapaz até mesmo de manter as cobertas no lugar. Já tinha desforrado e forrado a cama mais vezes do que conseguia contar. Suspirou, sentando-se sobre o colchão, mirando o outro lado do quarto e a cama vazia de Kit. Esperava que ele estivesse bem, e sendo confortado onde estivesse. Foi tudo o que conseguiu pensar antes do soar do alarme que acelerou seu coração. De novo não! Num sobressalto, Kerim colocou-se de pé, dispensando a busca pelas vestes, não havia tempo para isso e não era tão importante assim, já que o poder gerava sua armadura. A porta do chalé já estava aberta, sinalizando que os irmãos já tinha atendido ao chamado de alguma forma. Melhor assim, pensou enquanto atravessava a porta. O corpo reluzia ao lugar, a fisionomia em aço orgânico, era coberta apenas pela calça moletom que usava para dormir.
Kerim não teve tempo de se afastar o suficiente do chalé, chegando no máximo até o coreto de Afrodite, antes que caísse de joelhos no chão úmido.
Atenção: o texto protegido por read more contém relatos de incêndio, destruição e a perda de entes queridos (incluindo crianças). Evite continuar em caso de desconforto. Boa leitura.
O cenário mudou abruptamente diante de seus olhos. O corpo não era mais a armadura que tinha ao sair do chalé, e nem mesmo poderia pensar que estava no acampamento meio-sangue. Diante dele, tinha o vislumbre de algo que sempre sonhou, a praia onde ele cresceu na Turquia, seus tios montando a grande mesa do almoço, seus primos de primeiro e segundo grau. Kerim fechou seus olhos, pensando que aquilo poderia ser um sonho, mas ao abri-los outra vez, o cenário continuava lá. Ele avançou, caminhando com os pés na areia, quando foi notado pela criança. "Baba!", gritou, correndo em sua direção. Os cabelos claros ao vento e o sorriso sapeca, ao se lançar nos braços de Kerim. "Minha vida.", ele a respondeu, apertando em seus braços antes de cobrir-lhe o rosto de beijos. "Hayır baba! Sua barba espeta.", respondeu-lhe a criança com o ar risonho, arrastando os dedos entre os fios da barba do pai.
Em seus braços, Kerim tinha tudo o que poderia desejar. Nem mesmo se recordava da existência dos deuses, dos monstros, ou qualquer outra coisa referente a esses. Sua vida parecia comum e mortal, como sempre desejou. Ele seguiu, com a criança serelepe em seu colo, enquanto era recebido pela tia. "Oğlum. Você demorou, onde estava? Esta aqui não deixava de perguntar por você.", comentou a mulher, cutucando a criança com os indicadores, fazendo-lhe cocegas. E todos riram ao que ela se contorcia nos braços de Kerim, tentando desviar-se dos dedos rápidos daquela que conhecia como avó. "E-eu. Eu estava...", ele simplesmente não conseguia lembrar-se onde estava antes dali. Seu cenho franziu-se por alguns segundos, enquanto a filha pulava de seus braços para juntar-se aos primos que corriam e brincavam de pega pela praia. "Esqueça, filho. Venha, vamos comer.", replicou a mulher, puxando-o pela mão em direção a mesa. Os olhos de Kerim desviaram-se para o contato nesse instante, curioso e intrigado. Ele não sentia o toque em sua pele, apesar de reconhecer que os dedos estavam envolta de sua mão, e que algo o puxava para seguir. Era estranho, tudo ali estava muito estranho.
A sensação se arrastou ao longo do dia, enquanto eles comiam, conversavam e riam. Logo, o sol já tinha se posto e todos voltavam para a cabana a beira-mar. Lá dentro, o tio de Kerim acendeu a lareira e todos seguiram conversando, até que finalmente as crianças adormeceram, talvez por exaustão de um logo dia correndo na areia. Kerim pegou sua criança e a colocou no seu antigo quarto, tudo parecia tão igual ao que era na sua infância. Quantos anos não ia até lá? E onde exatamente ele estava para não ter voltado? "Baba, seni seviyorum.", a doce voz se fez presente, sonolenta, manhosa, virando-se para agarrar sua pelúcia. E Kerim sorriu, acariciando seu pequeno rosto antes de beijar-lhe a testa. "Também amo você, minha vida.", respondeu ao despedir-se, voltando a sala. Enquanto descia as escadas, pode sentir o odor inconfundível de enxofre. "Mas que merda é ess...", não tivera tempo de completar sua frase. As paredes pareciam arder em chamas que subiam até o teto. Seu olhar acompanhou as labaredas e só uma coisa lhe veio a mente: onde estavam todos? Provavelmente do lado de fora, ele torcia. Voltou correndo as escadas até o antigo quarto, o mesmo tinha deixado a filha instantes atrás. Ao abrir, deparou-se com o lugar vazio. "Baba!", o grito veio do outro lado da casa.
Kerim tossia pela fumaça que já invadia seus pulmões, o braço era usado para cobrir porcamente as narinas enquanto ele tentava fazer seu caminho até a criança. As vigas começaram a despencar, a casa estava cedendo, mas ele não poderia desistir, jamais se perdoaria por não conseguir salvá-la. No entanto, quanto mais avançava, mais distante os gritos pareciam ficar. Ela continuava a chamá-lo, e junto a sua voz, vieram a de todos os outros. Os tios chamando pelo filho, os primos pelo irmão, tio e assim por diante. Kerim não conseguia alcançar nenhum deles e seu corpo já demonstrava debilitado o bastante. Os joelhos cederam e ele despencou ajoelho, ambas as mãos no piso quente, quando passos calmos saíram do fogo em sua direção. "You can't have it both ways!". Aquela voz, ele conhecia aquela voz, mas de onde? Seu rosto se ergueu, avistando a figura de Hefesto diante de si. Existia fúria na expressão do deus, seus olhos pareciam duas fendas em chamas. Por mais complicada que fosse a relação dele com o parente divino, jamais encarou que se encontrariam naquele ponto. "Eles vão morrer de qualquer jeito, filho.". O indicador do deus apontou para o lado.
Ao virar o rosto, Kerim se deparou com todos os seus entes queridos enfileirados, corpos desfalecidos e chamuscados pelas chamas. Uma corda parecia apertar seu coração no momento em que avistou a criança, e o choro foi instantâneo. "Por favor, por favor, traga-os de volta. Por favor.", implorava, as mãos tentando alcançar os pés de Hefesto que se afastou do contato. "Essa vida não é sua, garoto. E você vai morrer se continuar desejando por ela.", foi o mesmo alerta que Kerim recebeu dele anos atrás, quando decidiu afastar-se do acampamento e do mundo dos deuses. "Você não nasceu para isso.", completou, distanciando-se cada vez mais dentro do fogo, enquanto observava a teimosia de Kerim em se reerguer e avançar na direção de sua família que ficava cada vez mais longe. O corpo não aguentava mais o calor, as chamas e a fumaça. Foi, instantes antes de finalmente ceder, que ele conseguiu agarrar o frágil corpo de sua filha já sem vida. Ele pereceu abraçado a ela, e todos foram tomados por chamas.
Ao despertar, o semideus não estava mais em seu estava mais em seu estado de aço, era carne e ossos. Suor se misturava com as lágrimas em seu rosto, enquanto ele apoiava-se no chão, fraco demais para levantar-se. A grama era apertada entre os dedos, fechando-se em punho, até que um último grito de agonia rompeu seus lábios, findando-se num soluço.
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apavorantes · 2 months
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POV ⸻ a potion for healing, part one.
@silencehq Citados: Filhos e Aprendizes da Magia.
Bishop estava sentada na própria cama, as pernas cruzadas e, entre elas, um livro que provavelmente não via a luz do sol há alguns anos. Antes dela desenterrá-lo de uma pilha bagunçada e esquecida em um dos cantos mal iluminados da biblioteca, estava coberto por uma camada de poeira tão espessa que ela teve que limpar a capa e bordas com um pano antes de lê-lo, do contrário espirraria incessantemente até o dia seguinte.
O livro não era uma mera coletânea de histórias da mitologia grega ou um registro de tempos passados. Fazia parte da limitada, mas preciosa coleção de grimórios do Acampamento Meio-Sangue, deixados para que seus usuários de magia e feitiçaria os estudassem e se aperfeiçoassem em suas habilidades. Este era o motivo para Bishop nunca tê-lo encontrado antes, embora tenha passado uma parcela significativa de sua adolescência e do início de sua vida adulta enfurnada na biblioteca, ao ponto de ter decorado o sistema de divisão e organização das prateleiras — até alguns meses atrás, não tinha envolvimento algum com usuários de magia. O interesse pela criação de poções e elixires, embora presente há anos, foi deixado de lado quando a semideusa optou por mudar-se para Nova Roma e começar uma graduação em História na universidade dos semideuses romanos. 
Muito havia mudado depois de sua entrada nos Aprendizes da Magia, no entanto, e a dúvida se a satisfação de sua curiosidade valera a pena toda aquela dor de cabeça estava sempre pairando sobre ela. Queria fazer poções para ser mais útil para o Acampamento, mas, no fim das contas, apenas tornara-se uma pária, mais uma na lista de suspeitos de serem o traidor. Não se sentia mais segura na estufa e os olhares tortos sobre ela enquanto andava pela colina não passavam despercebidos. 
E então o ataque. A madrugada em que o traidor pôs todos os semideuses sob ilusões terríveis, visões de seus maiores medos e defeitos. Não estivera com os outros quando a armadilha foi plantada, mas soube do que aconteceu — gritos de horror, olhos revirados, dezenas de campistas levados ao chão, inconscientes. Uma cena de filme de terror.
O problema, porém, era exatamente esse: Bishop não estava lá. Ela estivera na biblioteca, desenterrando livros e fuçando grimórios como o que estava bem à sua frente. Adormecera o estudando e, no instante seguinte, também estava presa em uma das ilusões.
Ela supunha que não havia acordado porque estava tendo um pesadelo. Antes das visões do traidor se esgueirarem para dentro de sua mente, ela era atormentada por visões diferentes, os sonhos pavorosos e distorcidos que a acompanhavam desde criança. Sempre suspeitara que os pesadelos vinham diretamente de seu pai, fosse sua forma doentia de se comunicar com a filha ou somente de perturbá-la; naquela noite, acreditou ter suas suspeitas confirmadas, pois nenhum sonho comum teria a impedido de ouvir a comoção do lado de fora.
O quão suspeita parecia ser era até cômico: uma das únicas pessoas que não estavam presentes, também uma Aprendiz da Magia? Para os que estavam dispostos a apontar dedos e lançar acusações sem prova alguma, aquilo era mais que o suficiente. Reservar-se ao chalé 33 e aos espaços com poucas pessoas era o melhor que fazia por si mesma.
Mas, em meio a ilusões e acusações, uma informação crucial: o grimório. Nele, uma página havia sido destacada por Bishop com uma fita, que revisitara após a derradeira madrugada e um resto de noite mal dormida. Poção de cultivo mágico. Essas eram as palavras no topo da página, em seu restante coberta por desenhos e esquemas explicativos acompanhados de parágrafos e anotações avulsas sobre a preparação do tônico. Em outros termos, uma poção de fortalecimento.
Bishop enfrentava a cruel dúvida entre arriscar produzir a poção por conta própria, o que poderia acabar em, no mínimo, um desperdício de tempo e ingredientes e, no máximo, uma explosão na estufa ou um efeito colateral desagradável que a deixaria ainda mais deplorável do que já se encontrava; ou pedir ajuda a um Filho da Magia experiente, na ameaça de ser exatamente o traidor. 
As chances sequer eram pequenas: os Filhos da Magia eram um grupo restrito e criado especialmente para os filhos de Hécate e Circe. Seus membros também eram irmãos entre si e protegeriam um ao outro, independente de serem cúmplices diretos do traidor ou não. O risco era alto e poderia colocar muitas coisas em jogo, não só ela mesma.
Ainda assim, enquanto estudava as anotações do grimório e fazia suas próprias no caderno ao lado, mais a filha de Fobos criava certeza de que não conseguia fazer aquilo sozinha. Há quantos meses treinava a criação de poções? Três, quatro? Estava só agora aperfeiçoando a fórmula dos elixires mais simples, então como poderia confiar em si mesma para fazer algo tão importante? Algo que, potencialmente, recuperaria a magia de todos os Filhos e Aprendizes da Magia e anularia a vantagem do traidor contra eles. 
Havia, claro, uma terceira opção: Quíron. Entregar a receita ao centauro parecia uma escolha segura, afinal, seria da responsabilidade dele que a poção fosse produzida com sucesso e distribuída entre os campistas. Contudo, o diretor também não era detentor de magia própria, e, sem o contato dos deuses, ele só voltaria ao mesmo ponto que Bishop: precisaria de um semideus para prepará-la. Ao menos, se a própria garota lidasse com isso, escolheria alguém em quem confiava.
Alguém em quem confiava. A lista era curta e, recentemente, repleta de exceções: Veronica era sua mentora e havia perdido as memórias em sua última missão, mas quem poderia afirmá-la que tudo não se passava de um teatro para que não suspeitasse dela? Pietra era a conselheira do chalé de Hécate com um talento para plantas, mas aparentava abalada com os últimos acontecimentos. Maxime, como ela, era um Aprendiz da Magia e uma das pessoas com quem investigava os suspeitos, mas não tinha magia própria e estava tão fraco quanto ela. Héktor, Estelle, Natalia, Lipnia… muitíssimo poderosos, sem dúvida alguma, mas, por isso, igualmente perigosos.
Bishop libertou um suspiro. Se os deuses ainda respondessem a oferendas, talvez fizesse uma a Tiquê para que ela a abençoasse antes de fazer aquela escolha.
Bateu as abas do grimório uma contra a outra, fechando-o. Depois, fechou também o caderno e enfiou os dois e sua caneta em uma bolsa.
Teria que escolher, e o que quer que fosse a resposta viria com possíveis consequências. Fugir delas era impossível, então que pelo menos escolhesse a opção mais inteligente. Sabia de alguém que havia sido alvo específico do traidor e, embora a mesma lógica usada em Veronica também fosse aplicável, correria o risco. Se tudo desse errado, ao menos teria Rakshasa embainhada na cintura.
Ela apanhou a bolsa, passou-a pelos ombros e destrancou a porta do quarto. Precisava procurar Natalia Pavlova.
Continua…
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mensagemcompoesia · 4 months
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Os fatos dentro do contexto
Os fatos dentro do contextoÉ armadilha insistir que Deus existe É também verdadeiro negar sua existência Quem melhor para nos dizer sobre esse fatoAlém dos fatos que nos rodeiam de fato.Neste vasto laboratório aberto Existe um contextoExiste um fatoFatos da vida. É preciso ter coragem Pausar e olhar a realidade Confrontar a realidade dos fatos dentro do contextoE, discernir quem é Deus em minha…
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cuchufletapl · 2 years
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Yo sólo digo que si lo de la adaptación de La casa de Bernarda Alba pasara con una obra de cualquier otra cultura hoy en día, las redes sociales se echaban al cuello de Hollywood en masa. Pero como es de España el Twitter guiri no va a decir ni mu, ya veréis.
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aplatonic-ryo · 22 days
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eu encontrei um danmei novo q parece mo bom mas em vez de le-lo do aqui ME PREPARANDO PARA A DROGA DE UM SEMINÁRIO A8AHABSKSOSJSNSJSISISJS
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milfbro · 3 months
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QUE
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dubiousdisco · 3 months
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lula criticando a greve dos professores e servidores técnicos diz que é mentira
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susie-dreemurr · 7 months
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Btw eu assisti madame teia ontem. Foi ruim mas a versão re-escrita que existe na minha cabeça é ótima. A protagonista meio que carregou o filme kkkkkkk
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lelemuseslist · 1 year
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the naive dancer - emma vanity
(socorro não tenho fc kkkkkkk usava um de instagram. enfim!! fc aberto, provavelmente loira, na casa dos 19/20/21 anos, bem baby girl)
Nascida em um berço de ouro, Emma sempre teve tudo que sempre quis. Mimada por ambos pais desde muito nova, a filha única de Nikandros e Mikaella foi ensinada desde sempre dos valores de uma garota de boa família. O homem era um administrador de sucesso, dono de uma grande companhia de contabilidade e finanças, a qual a garotinha nunca entendeu bem do que se tratava. Sua mãe, em compensação, ela entendia muito bem: era uma modelo aposentada, que teve de deixar a carreira logo depois de engravidar. Estava com pretensões de voltar ao trabalho, mas, após receber uma grande herança, acabou deixando a ideia pra lá. Conservadores como eram, ensinaram Emma como ser delicada, recatada e muito obediente, afinal, ela era uma garota! Garotas deviam ser assim, para se tornarem mulheres de classe, uma perfeita dama. E de fato, foi tratada como uma princesa, recebendo todos os mimos e brinquedos que queria. Em seguida, todas as maquiagens, roupas e livros. Os sapatos de salto chegaram, tal qual os sutiãs rendados e as jóias caríssimas. O dinheiro sempre foi tudo que moveu a família, assim como a uniu.
Desde muito novinha, a garota era tratada como uma princesa: tinha estilistas que vinham lhe vestir, professores de etiqueta para lhe ensinar a se comportar, até mesmo aulas em casa! Para que ir para a escola e se misturar com pessoas de tão baixo nível? Não, não fazia sentido, não tinha motivo pra isso, não quando conseguiam pagar pela melhor educação em casa possível. Superprotetores e até um pouco neuróticos, tinham medo de que o mundo corrompesse sua pequena garotinha.
O único espaço de libertação de Emma, então, era o ballet - e mais a frente, a internet também se encaixaria ai. Começou a ter aulas de ballet clássico aos seis anos, foi onde fez suas primeiras amizades. Era seu hobby favorito, dentre todas as coisas que aprendia. Na dança ela sentia que possuia uma forma única de se expressar. O que começou apenas como diversão e um local pra fazer amigos, foi se tornando cada vez mais sério pra si. Aos treze anos, ela já começava a participar de recitais e espetáculos, adorando a forma como sempre conseguia olhares atentos sobre si e uma salva de aplausos no final de cada apresentação. A dança percorria seu corpo perfeitamente, cada detalhe era calculado. Ballet era seu estilo favorito justamente por isso: pela perfeição exigida, pela rigidez e precisão. Ela gostava daquilo. Passava horas e horas com as sapatilhas de salto, para que pudesse conseguir fazer tudo e ir além, sempre queria ser a melhor em tudo.
Com o aumento da carga de treinos e a vontade de pegar testes internacionais para se formar pelas academias de ballet, Emma, que tinha planos de pedir para começar a frequentar uma escola de verdade durante o ensino médio, acabou optando por permanecer com aulas em casa: daquela forma exigiam menos tempo. Ela não podia ter nada tirando seu foco do que realmente importava. Não tinha muitos amigos. Além dos colegas da academia de ballet, restava-lhe o celular. Viciada em instagram e fotos, ela sempre teve bastante alcance, já que usava diversas hashtags e sempre tentava se divulgar por ai: seus vídeos de dança chegarama viralizar. Dessa forma, era natural pra ela perder horas do dia gravando stories e vlogs para o canal, contando de sua vida, de forma que ela acabasse bem menos solitária do que se sentiria normalmente.
Enfim, os dezoito anos chegaram. Terminou a escola remota, mas nunca teve o tão sonhado baile de formatura que via nos filmes. Apesar disso, foi logo por essa época que conseguiu finalmente o diploma da academia de ballet, se formando como bailarina profissional. Era o orgulho de seus pais, uma verdadeira dama! Refinada e delicada como só ela, Emma conquistava a todos com o sorriso gentil e os vídeos de dança e maquiagem na internet. Podia não ser tão famosa, mas a pouca atenção que recebia já era o suficiente para suprir certa carência que vinha de si. Uma pequena sub celebridade que logo depois da escola, estava indo para a sua primeira aventura: um intercâmbio. Foi para a Rússia por um ano e meio, onde fez workshops e pequenos cursos de aprimoramento junto das professoras de sua academia. Apesar de ser a primeira vez tão longe dos pais, se virando sozinha, acabou se escondendo completamente sob as asas dos acompanhantes, para não ter que lidar com nada  nem ninguém. Além disso, ela não falava russo, não precisava conversar com tantas pessoas diferentes assim. Quando voltou, estava decidida: queria se tornar bailarina profissional. Sabendo que o campo era disputado, além do diploma oficial de ballet, ela sentia que devia ter mais no currículo, conhecimento nunca era demais. Decidiu então ir para uma das universidades com o curso de Dança mais bem reconhecido na europa, a Universidade de Hogwarts. Esperou seis meses para que as matrículas se abrissem e logo se jogou naquilo - ao mesmo tempo que se inscrevia em uma academia profissional de bailarinos - afinal, queria ser a melhor. Seu pai havia frequentado a universidade e, também, sido integrante da fraternidade Slytherin, portanto sua entrada na mesma era bem esperada.
PERSONALIDADE
Emma tem um coração bom, é claro. Mas por ter sido criada um tanto quanto reclusa e na companhia dos pais, acabou se tornando um pouco sem noção. Ela diz tudo que pensa, sem muito tato na hora de medir as palavras. É um tanto quanto esnobe e tem um pouco de dificuldade de se colocar no lugar dos outros. Não é má, mas as vezes pode soar uma pessoa ruim justamente por essa falta de percepção. É muito perfeccionista e controladora - principalmente consigo mesma. Odeia falhar e dificilmente se abre para os outros. Tem uma superfície gelada mas sempre sorridente: é simpática com absolutamente todo mundo pois gosta da aprovação alheia. É bastante falante e egocêntrica: em toda a sua vida ela foi o centro de tudo e não sabe lidar com ambientes diferentes daquele. Não percebe bem os problemas do mundo e é muito alienada. É bem carente de atenção e faz de tudo para que o foco seja ela mesma.
HEADCANONS
Tem o pé muito feio e sempre machucado por conta dos anos de práticas de ballet
Geralmente a veem no campus da universidade vestindo collant, mas quando não, provavelmente está com um vestido florido e rodado
É bem ingênua e acredita facilmente nas pessoas, o que a faz muito manipulável
Adora maquiagem e moda, fala bastante disso em seu instagram
É muito ativa, está sempre praticando algum esporte, treinando ou dançando.
Faz corridas matinais todos os dias
Já tentou ser vegana duas vezes, atualmente é vegetariana
É muito preocupada com a aparência, raramente vão a ver descabelada ou descuidada
É bastante medrosa e se sente muito sozinha
Se preocupa muito em manter uma alimentação saudável e balanceada, chegando a ser um pouco noiada com isso. Parte disso veio pela cobrança do corpo perfeito que venho do ballet.
Quando tinha onze anos viu uma aluna de ballet mais velha recebendo uma bronca da professora porque o corpo dela não se encaixa com o padrão do esporte, por ter seios grandes. Conforme Emma foi entrando na puberdade, foi começando a colocar faixas sobre o peito para esconder os seios que começavam a se desenvolver.
Carrega um colar com a inicial “E” no pescoço. É uma corrente fina e delicada, com a letra cravejada em pequenos diamantes
Ainda não se descobriu bissexual, mas sabe que fica um pouco nervosa na presença de garotas muito bonitas.
Não usa roupas curtas demais e nem decotadas - a não ser que tenha um objetivo. Não tem uma boa relação com a própria sexualidade, é bastante insegura nesse sentido
Se cobra muito e às vezes surta
É viciada em apps e faz tudo com ajuda deles: uber, ifood, calendário, controle da menstruação, app que ajuda arrumar mala de viagem, compras, jogos, notas pessoais, organização geral, lembrar de beber água, marcar passos e km andados.
Se deixar ela no quarto, vai ficar o dia inteiro conversando com a Alexa, leva ela pra todas as viagens porque não consegue viver sem.
Tem uma cicatriz na sobrancelha da única vez quando era novinha que conseguiu sair de casa pra se divertir como uma criança normal. Depois de cair e se machucar num parquinho perto de casa, sua mãe lhe disse que aquela marca a deixaria feia e era uma lição para ouvi-la mais. Hoje, na verdade, Emma ama sua cicatriz e acha que é um charme em si mesma.
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mverickz · 1 year
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blood - lixue&jieli
actions speak louder than words ♡ aceitando !
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cw: sangue, luta e assassinato.
apesar de ser a filha do imperador, lixue estava longe de querer viver uma vida tranquila e confortável, isso não era mais uma surpresa para ninguém. entretanto, muitas pessoas ainda a subestimavam e não aceitavam que a chinesa se apresentasse como guerreira ou estrategista de guerra. mesmo que muitos tivessem medo de discutir com alguém como ela, uns e outros não pareciam ter esse receio.
"você é fraca demais" foi o que escutou enquanto se mantinha sentada em uma das pontas da mesa, o conselheiro um pouco mais ao seu lado mais uma vez buscava a convencer de desistir de se meter com a política "e para piorar, trouxe aquela mulher para dentro do castelo e ainda a fez sua esposa. o imperador apenas concordou com isso porque ele não sabe dizer não para a filha." a menção sobre jieli a fez erguer seu olhar, não estava dando muita atenção a nada do que ele dizia até agora. "pelo menos ela logo vai deixar de ser um empecilho". se levantou de forma súbita, colocando uma de suas mãos sobre a mesa — o que você quer dizer com isso? — questionou, fechando um pouco do seu punho ali. não era como se carregasse sentimentos por jieli, não poderia, certo? só que agora ela era sua esposa e não deixaria que outras pessoas dissessem seu nome em vão. menos ainda a ameaçassem. lixue era a única que podia tocar na mulher e queria deixar isso claro.
não precisou ouvir muito mais para que entendesse exatamente qual era o plano. muitos não concordavam com ter a outra ali dentro e a feng até poderia entender os motivos, só que não ligava. fazia parte do seu plano fazer tudo desse jeito e não deixaria que contrariassem suas vontades. queriam envenenar a mulher e fazer parecer que ela apenas adoeceu, algo sobre isso fez seu estômago se revirar e a princesa mal se percebeu quando já estava pulando sobre o homem em sua frente. ele ainda estava sentado e não seria muito difícil o imobilizar, mesmo com o tamanho alheio o treinamento da mulher e suas posições a deixavam na vantagem. a adaga que carregava consigo já em suas mãos, lixue nunca começaria uma briga que não pretendesse terminar.
a luta por poder a fez se machucar só que ela conseguiu o golpe final, cortando o pescoço do maior enquanto se colocava sobre ele, gastando a sua raiva um pouco mais com ataques que já não eram necessários. seus braços e algumas partes de seu rosto estavam machucadas, só que nada muito grave. entretanto seu corpo e suas vestes sujas com as manchas vermelhas. — e a minha esposa não cairia em um plano tão estúpido. — lixue se ergueu, um shizong estava morto e aquilo lhe daria problemas com seu pai, mas ela não pensava sobre isso no momento.
só tinha uma coisa em sua mente.
se apressou até os aposentos de jieli, sabia que ela estava bem, era impossível que algo tivesse acontecido, porém algo dentro de si queria ter certeza. só queria a ver por um momento. não bateu na porta enquanto a abria com pressa. — jieli?! — a chamou um pouco ofegante, olhando ao redor. conforme entrava no local, um discreto sorriso surgiu nos cantos de seus lábios ao ver que a outra continuava do mesmo jeito que ela imaginava. era óbvio que algumas perguntas sobre o que era todo aquele sangue surgiram e lixue balançou sua mão. — eu estou bem. apenas surgiu um problema com o qual eu tive que lidar. a maior parte disso... não é meu. — comentou, mas foi obrigada a se sentar. seu olhar seguia os movimentos da outra e por algum motivo a chinesa agora se sentia tranquila. as mãos alheias começaram a tocar seu rosto, o qual a maior limpava e a ajudava a tirar toda aquela sujeira de si. a mulher falava algo consigo, só que por um momento a princesa se perdeu; sua visão fitava o rosto alheio tão próximo a si, aproveitando do toque suave que ela tinha misturado ao seu perfume no qual ela aos poucos se sentia viciada por e, ao perceber que encarava demais, desviou o seu olhar. realmente tinha algo na outra. era claro, afinal ela acabou de matar um homem por ela. por que havia o feito? ela era tão importante assim? talvez mais do que lixue pudesse imaginar. — nos próximos dias eu quero que você faça todas as suas refeições comigo. — pediu, sorrindo de canto para a outra. não ia explicar o motivo e no momento só queria que ela a obedecesse, com o acontecido achava improvável alguém realmente agir, entretanto queria pelo menos por um tempo se certificar que não perderia a mulher.
@jffstr
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globodamorte · 2 years
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eu tô com tanto medo.
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stuckwthem · 8 months
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in the world of boys, he's a gentleman. | enzo v.
summary: después de verte perder el tiempo con otros tipos, tu mejor amigo tiene algunas cosas que confesarte. puro fluff.
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nunca pensaste que ir con vestido en una bici fuera una experiencia tan emocionante, pero ahí estabas, agarrada al cuerpo de enzo e intentando mantener el equilibrio en la parte trasera de su bicicleta mientras reías como una loca. 
para ponerlo en contexto, enzo era tu mejor amigo hacía algún tiempo, desde que habías alquilado una habitación en su piso a dos años, por lo que la convivencia se convirtió inevitablemente en una genuina amistad. de vez en cuando, su mejor amigo y compañero de piso era también su superhéroe. ya fuera leyéndole el pensamiento cuando se moría de hambre y no quería cocinar, o llegando siempre a casa con sus dulces favoritos, o salvándole de emboscadas.
cuando antes llegaron sus mensajes al móvil de enzo, quejándose de una cita que iba de mal en peor con un tipo un poco arrogante, no dudó en levantarse y subirse a su bici para recogerla. la sola idea de imaginarte en una cita con un tipo horrible, y peor aún, un tipo que no era él, le ponía nervioso, así que ahora te encontrabas en esa situación tan improbable pero completamente cómica. no te había dado opción.
"no puedo creer que haya hecho eso", dijiste, estallando en risas, que enzo correspondió negando con la cabeza. "¡imagínate su cara cuando vuelva a la mesa!".
"lo siento mucho por él", responde enzo con ironía y una sonrisa que indica que no, que no se arrepiente de habérsela robado.
"apuesto a que sí", apoyando la cabeza en la espalda de el moreno, respondiste en el mismo tono. su cuerpo está caliente y un poco sudado, pero su aroma es bueno y familiar.
enzo conducía la bici calle abajo, mientras tú te sujetabas rodeando su cintura con los brazos, la brisa nocturna los envolvía. el silencio se hizo un momento antes de que decidieras romperlo.
"enzo, en serio, no tenías que hacer eso. ya iba a estar bien. iba a durar unos minutos más".
se rió, lanzándote una mirada esquinada. "bueno, a juzgar por tu desesperación en los mensajes, diría que 'bien' es una palabra bastante generosa".
bufaste, fingiendo indignación. "lo estaba dramatizando un poco, ve".
"lo sé, lo sé. pero, sinceramente, no podía dejar que mi amiga pasara una noche horrible con un tipo idiota. después de todo, ¿quién más va a aguantar mis estúpidas bromas?"
"oh, ¿para eso estoy yo? ¿una compañera que tolere tus bromas?".
enzo sonrió, divertido. "entre otras cosas, claro. pero en serio, no iba a dejar que te salieras con la tuya una vez más".
puso los ojos en blanco como ofendida, pero no pudo contener una sonrisa.
"¿a dónde quieres ir?" preguntó de repente, dejándote un poco confundida.
"creía que íbamos a casa", te encogiste de hombros.
"¡no puedo dejar que te vayas a casa tan arreglada sin haber tenido una cita decente!". exclama enzo, girando ligeramente la cabeza, lo que te permite ver su expresión indignada.
procesas lo que acaba de decir y sientes que el corazón te da un vuelco. estaba suponiendo cosas o...
"¿así que vamos a tener una cita?", es tu réplica automática, y entonces, tratando de disfrazar, te aclaras la garganta, preocupada por estar leyendo las líneas equivocadas.
quizá, además de compañero de piso, mejor amigo y superhéroe ocasional, enzo era también un pequeño flechazo tuyo. uno que habías intentado olvidar a base de citas terribles que siempre te devolvían a la casilla de salida: enzo. enzo, que te compró tu helado favorito cuando te dieron una patada en el culo cuando os conocisteis, aunque nunca le hablaste directamente de tu sabor favorito. enzo, que siempre te esperaba en casa con una sesión de cine y una manta calentita. enzo, que siempre escuchaba todo lo que decías. enzo, que era tu punto débil.
"si quieres llamarlo así, tendremos una cita, sí", dice, e involuntariamente tus manos se aprietan alrededor de su cintura. 
tras unos minutos pedaleando por las tranquilas calles, te das cuenta de la ruta conocida, la de todos los días. puede que enzo haya cambiado de opinión. realmente estabais de camino a casa y todas tus expectativas se habían venido abajo. hasta que, lentamente, se detiene, y lo siguiente que sabe es que están frente a una pizzería de la esquina. la misma pizzería nueva que había abierto hacía unos días cerca de su casa y de la que no paraba de hablarle a enzo.
"¿pizza?", pregunta como si esperara tu aprobación.”
enzo te tiende la mano para que te bajes de la bicicleta y él te acompaña en seguida. es curioso cómo contrastas, mientras el mayor lleva ropa casual y sencilla, tú vas arreglada con ese estúpido vestido. dentro de tu cabeza, maldices el momento en que aceptaste salir con ese idiota de antes. realmente no se merecía todas tus joyas, pero enzo, uau. realmente parecía estudiar cada parte de ti y admirar cada aspecto. desde la forma más inocente en que algunos hilos sueltos de tu moño desordenado enmarcaban tu cara hasta la forma más indecente en que se fijaba en lo bonitas que te quedaban las piernas con aquel vestido ajustado. 
los dos tuvisteis que sentaros fuera, ya que dentro estaba lleno, y cuando te sentaste en la pequeña mesa de la acera frente a enzo, tu mejor amigo dejó escapar un largo suspiro mientras te miraba fijamente. un suspiro que decía: por fin. 
"pero para serte sincera ahora, no sabes el alivio que supuso verte fuera de aquel restaurante", confesaste, con una risa ligera y sincera.
"¿tan mal estaba el clima?", preguntó el chico con expresión incrédula.
"¡simplemente no había humor! el tipo no paraba de hablar de las lecciones de vida que aprendió cuando su papá dejó de darle dinero durante un mes, o de cómo no debía sentirme especial si me llevaba a su piso después de cenar. y acabábamos de llegar!", exclamaste asombrada a enzo, que de repente parecía serio. demasiado serio. "¡no me ha hecho ni una sola pregunta en 45 minutos!".
"¡qué imbécil!", murmuró el moreno, poniendo los ojos en blanco. la mirada de enzo se apartó de ti por un momento, siguiendo su propia mano mientras jugueteaba con las salsas y arrancaba trozos de servilleta de la mesa. "¿por qué sigues saliendo con tipos así?".
preguntó, sin mirarte aún, y de repente la sangre te hirvió, subiéndote a la cabeza. respiraste hondo, sintiendo que una punzada de decepción te golpeaba el pecho, sin creerte lo que enzo acababa de decir. 
"¿estás insinuando que es culpa mía? soy responsable de que los hombres sean totalmente egoístas y..." cierras los ojos, colocando involuntariamente la mano contra tu propio pecho. indignada.
"¡no! no es eso a lo que me refería, mi vida". enzo levantó la cabeza rápidamente, encontrándose con tu mirada, dolida y traicionada. 
se sintió como un completo idiota, desesperado por la forma en que le mirabas, sin saber muy bien cómo dar marcha atrás. se irguió en su silla, inclinándose sobre la mesa para alcanzar tu mano, listo para defenderse cuando un camarero se detuvo justo a su lado.
"¡buenas noches, parejita! ¿qué les sirvo?", preguntó el hombre, con un tono amable y alegre, en contraste con los ánimos encendidos en la mesa.
te reíste irónicamente de la confusión del camarero, algo habitual cada vez que salías juntos, y te cruzaste de brazos, alejándote de enzo.
"ahm, hola", se rascó la nuca desconcertado, y entonces se dio cuenta de que ni siquiera había mirado el menú. tanteó las hojas, no sabía qué pedir y de repente parecía perdido.
"dos pedazos de marguerita, de la opción vegana, por favor", tu dije, enderezándose. "y una coca-cola, con limón, para él".
enzo te mira ansioso mientras el hombre toma su pedido, su pierna colgando bajo la mesa, rozando la tuya sin darse cuenta. el contacto hace que todo tu cuerpo se estremezca, pero sigues sin mirarle. el camarero se retira de la mesa y anuncia que te servirá en breve.
"mira, no digo que sea culpa tuya. en absoluto, chiquita", dice, con voz grave y tono preocupado. te miras las uñas, haciéndote la indiferente. un poco dramática. 
enzo suspira y junta su rodilla a la tuya. entrecierras los ojos, indiferente, mientras él se humedece los labios como si tratara de encontrar las palabras en la punta de la lengua. 
"estoy intentando decirte que te mereces algo mejor que estos tíos. tú lo sabes, yo lo sé." la forma en que conduce lo que dice es lenta y cuidadosa, continúa. "te mereces a alguien que realmente te aprecie, que vea todas las cosas increíbles que yo veo en ti. estos tipos que ves claramente no ven a la increíble persona que tienen delante y pierden por completo la oportunidad de conocer a la mejor persona que podrían tener en la vida."
sus ojos se elevan automáticamente al oír lo que dice, y sus pulmones parecen no realizar su acción rutinaria. su labio tiembla nervioso. se le acumulan las lágrimas en la comisura de los ojos, porque tiene que decirse a sí misma que sólo lo dice porque quiere su bien, porque es lo que diría un mejor amigo. y tienes que luchar con todas esas palabras antes de irte a dormir, tragándote todos tus sentimientos.
"sabes, eres amable, increíblemente inteligente, aunque sigas pensando que puedes ganarme jugando al mortal kombat apretando todos los botones a la vez". enzo continúa, suavizando su sermón, haciéndola reír por lo bajo. "eres divertida, talentosa, real. linda."
sin poder resistirte más, vuelves a encontrarte con la mirada del moreno, que te dedica una pequeña sonrisa al notar que te rindes poco a poco.
"por no hablar de tu paciencia, sobre todo cuando decido cocinar y dejar la cocina como un campo de batalla" 
esta vez no puedes contener la sonrisa que se extiende por tu cara, recordando la última vez que enzo había intentado preparar la comida. realmente, una negación para la cocina. 
"como cocinero, eres un gran actor", murmuras, lo que hace que enzo se ría y aproveche el espacio que le estás dejando.
"y cuando tienes esos estallidos creativos, escribiendo o creando tus propias recetas. es fascinante ver tu mente en acción, y siempre me pregunto cómo alguien puede ser tan... única. cómo iluminas allá donde vas, cómo haces que las cosas parezcan mucho más fáciles cuando estás cerca y...".  
enzo parece estar en medio de un gran descubrimiento. se ríe para sí mismo, sacudiendo la cabeza, como si se arrepintiera de haber dicho todo eso y sus cejas se levantan, casi en un gesto de desesperación.
"ya lo tengo", dices, un poco tímida. tus mejillas se calientan y de repente te sientes como una adolescente.
"de todos modos, supongo que lo que intento decir es que eres una persona apasionante". enzo parece ceder, y su cuerpo se ablanda en la silla. "y cualquiera que no vea eso no merece estar contigo".
su respiración sale como si alguien acabara de darle un puñetazo en el estómago. tus manos corren por la mesa, buscando las suyas, que te agarran los dedos con suavidad. no decís nada durante un largo rato, durante el cual vuelve el camarero y os sirve en completo silencio. 
su confesión da a la atmósfera otro tipo de tensión. antes de que pudiera responder, enzo desvió la mirada, como si intentara escapar de la intensidad de la situación.
"¿sabes qué? olvida lo que he dicho. disfrutemos de la cena y olvidemos que he dicho todo eso. ¿qué soy yo? ¿shakespeare? ¿don juan?", bromeó, tratando de aligerar la situación gesticulando exageradamente. él da un sorbo a su coca-cola, disimulando su desesperación.
"enzo", su nombre en los labios sale como una súplica. todo le golpea a la vez. la conciencia de sus sentimientos, la conciencia de los tuyos. menea la cabeza negativamente y te suelta la mano.
"está bien, no tienes que intentar consolarme y decirme que somos amigos, lo sé. lo he aceptado". enzo se precipita, pasándose las manos por el pelo, nervioso.
"enzo", le dices, más firme ahora. "¿por qué no me lo dijiste antes? ¿por qué no me llevaste a una cita antes?".
parece ahogarse en su propia respiración, con las narinas inflamadas y el pecho subiendo y bajando rápidamente. enzo te mira con una mezcla de sorpresa e incredulidad. sus ojos buscan los tuyos, como si tratara de leer tu expresión y comprender si aquellas palabras eran reales. ¿cómo puede alguien conocerte tan bien y no tener ni puta idea?
"porque yo... no sabía cómo. siempre fue más fácil ser tu amigo. quedarme en la comodidad de no arriesgar demasiado. no sentir el rechazo. llevarte a una cita parecía cruzar alguna línea invisible, y tenía miedo de estropearlo todo". 
escondió la cara entre las manos, riéndose para sus adentros. enzo parecía al punto del colapso, asustado. nunca le habías visto así. te levantaste rápidamente, sentándose en la silla junto a él, tocando tranquilamente sus muñecas.
"qué estúpido eres", afirmas, riendo. él te mira con expresión ofendida y confusa. "¿de verdad no te has dado cuenta en todo este tiempo?".
la cara de tu mejor amigo se llena de algo parecido a expectación y espanto. esperando el golpe fatal en cualquier momento.
"espera, quieres decir que... que tú...", empieza a balbucear, pero tú le interrumpes con una sonrisa.
"sí, enzo. yo también" tu confesión hace que su rostro se ilumine y luego se sonroje. ¿de verdad tenía 30 años? porque le estabas haciendo sentir como un niño.
"nunca pensé...", murmura, y tú completas la frase.
"¿que yo pudiera sentir lo mismo? pues ahora ya lo sabes. era obvio". te ríes, acercándote un poco más a él. "¿cómo podría no enamorarme de ti?".
enzo siente tu susurro en los labios, provocándole escalofríos. su cálido aliento se mezcla con el de él, la incertidumbre se cierne entre ellos, un territorio desconocido por atravesar. la mirada de enzo examina su rostro, buscando cualquier rastro de indecisión, pero no lo encuentra, y entonces sus ojos bajan hasta la boca su boca.
"si me dejases mostrarte todo esto antes", susurra él también, mientras una de sus manos, grande y cálida, se posa en su muslo, bajo la fina tela de su vestido, y la otra descansa detrás del respaldo de su silla.
"todavía estás a tiempo" 
y con su confesión, es como si perdiera el control. sus pupilas, más oscuras y dilatadas ahora, son lo último que ve antes de sentir unos labios suaves contra los suyos. se te corta la respiración de golpe y una descarga recorre tu cuerpo, desconectando todo tu sistema nervioso durante milisegundos. te besa con ansia, como si recompensara todas las demás oportunidades que había perdido. la mano detrás de tu hombro se mueve rápidamente hacia tu nuca y se te escapa un jadeo. su boca tiene un gusto dulce, a cola y limón mezclados con su propio sabor.
enzo apenas puede contenerse, el resto del mundo deja de existir cuando tu lengua pasa por sus labios, como pidiendo permiso, y casi pone los ojos en blanco ante la sensación. dios, cómo había soñado con eso. lo había repetido en su mente un millón de veces y luego se había culpado por aquello. se sacudió los pensamientos cuando sintió los dedos de ella recorriendo su cuero cabelludo, mientras su otra mano le acariciaba suavemente la mejilla. como si un tornado de emociones no estuviera sucediendo en su interior en ese momento. todo lo que había pasado hasta entonces hacía que este momento valiera la pena. 
después de casi cinco minutos, el mundo real parece volver, al igual que la necesidad de oxígeno, inútil, en la percepción de enzo. los sonidos de la calle vuelven a resonar en sus oídos, todo vuelve a tener sentido poco a poco. el mundo deja de girar mientras os miráis con amplias y tontas sonrisas en los rostros. se lleva el dedo a la comisura de los labios de enzo, limpiando con cuidado los restos de carmín. le dan ganas de arruinar el resto que queda en sus labios bien delineados.
"entonces, ¿qué hacemos ahora?", preguntas, todavía un poco sin fuerzas, intentando no reírte. la sensación de besar a tu mejor amigo, algo que se te había pasado por la cabeza un millón de veces antes, parecía lejana. de hecho, era algo mucho mejor de lo que podría haber soñado.
"supongo que podríamos empezar con una primera cita", sugiere enzo, fingiendo cierta despreocupación, sacudiendo los hombros. sus dedos se pasean por su cara, apartando algunos hilos de cabello sobre sus ojos. es tan dulce y tranquilo que quieres atesorar sólo ese momento entre todos los demás.
durante el resto de la noche, comes esa pizza fría como si fuera la mejor que has comido en la vida. el resto de la cena se desarrolla con naturalidad, con ligereza, con besos y suspiros, conversaciones y confesiones, como todo lo que necesitabas. como si todo estuviera por fin en su lugar. una alineación milenaria. era tan fácil estar allí, junto a él, sin necesidad de máscaras ni disfraces, estar frente a él era poder verse de adentro hacia afuera. sin ocultar nada, sin ningún deseo de huir. completamente inmersos el uno en el otro. era como soñar medio despierta.
era lo perfecto, simplemente. había incertezas, guardadas para un futuro lejano, era aterrorizante perder esa conexión que tenían. mas tal vez no fue la manera mas correcta, tal vez fue imprevisto y completamente caótico, pero fue la mejor y última primera cita de su vida.
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hola! :)
español no es mi primer idioma (que es el portugués), así que ¡perdónenme los errores!
si quieres, hazme asks para fics con el cast de lsdln <3
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hansolsticio · 3 months
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✦ — "frustração". ᯓ johnny s.
— marido ! johnny × leitora. — 𝗰𝗮𝘁𝗲𝗴𝗼𝗿𝗶𝗮: smut (+ contexto). — 𝘄𝗼𝗿𝗱 𝗰𝗼𝘂𝗻𝘁: 3736. — 𝗮𝘃𝗶𝘀𝗼𝘀: pai de família ! john, size kink & size training (big dick johnny), sexo no carro, john soft dom, breve discussão e um leve angst [não me joguem aos lobos], creampie & superestimulação. — 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: realisticamente, sexo no carro não seria muito confortável com um homem desse tamanho...
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Acompanhou com os olhos quando Johnny finalmente saiu do escritório, ficou tentada a continuar com a guerra do silêncio que você mesma havia estabelecido com ele, porém lembrou que precisava intimá-lo de algo:
"A Amélie tem balé agora a tarde.", tentou soar indiferente — mas admitia que soava mais como desprezo. Ele concordou com a cabeça, ainda fuçando as gavetas da estante de livros.
"E você quer que eu leve ela?", questionou, o tom era neutro.
"O que você acha?", ácida, nem você sabia explicar porque rebateu dessa maneira. Percebeu o homem hesitando, ainda que estivesse de costas.
"Foi só uma pergunta.", finalmente se virou, o semblante calmo demais para o seu gosto.
"Claro que foi...", resmungou, falando consigo mesma. Levantou aborrecida, deixando o homem sozinho para ir até a cozinha.
Johnny estava te dando nos nervos nas últimas semanas. E era difícil explicar o porquê, você só se via constantemente incomodada com a mera presença do homem. Isso pode ser considerado, no mínimo, peculiar. Especialmente pelo fato de você agora compartilhar o mesmo sobrenome que ele. Não achava que se veria em pé de guerra com o seu marido tão cedo assim no casamento. Porém havia uma questão: essa guerra só existia dentro da sua cabeça.
Do outro lado da moeda, seu marido se sentia quase um monge. Sempre julgou a própria paz como imperturbável, porém recentemente havia descoberto que só era desse jeito porque você nunca havia tentado pertubá-la. Não entendia o que havia de errado e em todos os momentos que ele conseguiu revisitar na memória, também não se lembrava de ter feito nada para te deixar desse jeito. Tinha noção de que a rotina de vocês era agitada e que mal havia tempo para relaxar, mas, caramba, parecia tão injusto ser tratado dessa maneira. Ele também possuía as próprias questões, mas fazia o máximo para deixá-las de lado.
Tudo o que fazia, fazia por vocês duas. Sempre deixou explícito que vocês eram a vida dele. Queria ser melhor, mais amoroso do que já era, mais presente. Tanto que até moveu a maior parte do trabalho que fazia para casa, tudo uma tentativa de ficar mais perto de você e Amélie. Só que nem isso aparentava ser suficiente, as horas que ele passava no escritório eram retribuídas com a mesma atitude fria pela sua parte. O homem nunca se sentiu tão frustrado.
Tentou todo tipo de estratégia. Nunca foi de fazer arrodeios, então claro que a primeira delas foi te confrontar — o fez com calma, pois ainda era super paciente com você —, mas tudo que conseguiu foi aumentar a parede que você havia construído entre vocês dois.
Desde o fracasso, ele mudou a abordagem. Resolveu te dar tempo, respeitar seu espaço. Presumiu que era o melhor a se fazer e, por mais compreensivo que fosse, não tinha ânimo para solucionar um problema que ele sequer sabia qual era. E Johnny era bom até demais nisso de respeitar seu tempo, porém não parecia funcionar. O jeitinho tranquilo e sempre muito comedido parecia te irritar mais ainda — o homem parecia um santo e isso te dava nos nervos. A relação de vocês dois nunca esteve tão fragilizada. Obviamente, não deixavam isso transparecer para mais ninguém — especialmente para Amélie —, só que não era preciso ser um gênio para perceber.
𐙚 ————————— . ♡
A sua risada misturada à da sua colega de trabalho era a única coisa que se ouvia no hall de entrada da empresa. Discutiam de forma alegre, já que finalmente a sexta-feira havia chegado ao fim e estavam livres de todas as responsabilidades por cerca de 48 horas. Você já estava prestes a acompanhá-la até o carro dela quando bateu os olhos numa figura alta e um tanto esguia na recepção, o rostinho era inconfundível. Seu sorriso se fechou um pouco, mas tentou disfarçar, despedindo-se da outra mulher com carinho.
"Você não deveria estar buscando a Amélie do balé nesse exato momento?", aproximou-se, admirando o jeitinho casual que ele estava vestido — não era usual, visto que ele também deveria ter saído do próprio trabalho a não muito tempo. Johnny fez basicamente o inverso, apreciando o jeito que a sainha corporativa abraçava suas curvas, não costumava te ver no uniforme de trabalho — os horários de vocês definitivamente não eram muito compatíveis.
"Deixei ela com meus pais hoje mais cedo. A professora dela adoeceu.", explicou. "Já 'tava indo buscar de novo, mas resolvi passar aqui 'pra te pegar também.", finalizou com um selinho rápido assim que você chegou perto, você sequer reagiu — era natural retribuir.
"Hm.", concordou. E foi a última 'palavra' que você deliberadamente falou. Uma vez que, assim que caíram na estrada, a maior parte do percurso não foi nada confortável — o silêncio entre vocês dois estava corroendo a mente do homem. Johnny até tentou amenizar a situação, fazia perguntas simples sobre o seu dia, só para ser quase que imediatamente interceptado por respostas rápidas e que não davam curso para diálogo algum. O ciclo doloroso se repetiu por algum tempo, até ele finalmente desistir.
[...]
Você não notou o exato momento no qual a mudança de rota aconteceu, afinal as árvores em volta do percurso pareciam todas iguais. No entanto, uma estrutura diferente chamou sua atenção, finalmente situando-se quando se viu num grande estacionamento vazio. Johnny tinha dirigido até o local onde, alguns anos atrás, funcionava um antigo cinema drive-in.
O espaço, ainda que muito desgastado, te trazia memórias vívidas de quando você e ele visitavam o local quase religiosamente todos os fins de semana — sequer prestavam atenção nos filmes, muito mais preocupados em ficar de namorinho. Você encarou o homem ao seu lado, esperando uma explicação para o fato de estarem ali. O esclarecimento não veio, Johnny mantinha os olhos nos espelhos, estacionando o veículo numa baliza muito cuidadosa.
"A gente não é meio velho 'pra isso?", você rompeu o silêncio, questionando as ações do seu marido. Ele finalmente parou o carro, o ruído ininterrupto do ar condicionado ficando em primeiro plano.
"A gente também é velho demais 'pra ficar fazendo birra.", enfim se virou para te olhar. Você não negava que a entonação áspera te chocou um pouco, estava tão acostumada com a paciência interminável do seu marido que qualquer sinal de irritabilidade te tirava do eixo. "Conversa direito comigo. O quê tem de errado com você? Juro que tentei te dar espaço 'pra relaxar, mas pelo visto não funcionou.", ele não queria ter soado tão rígido, só que a frustração que ele próprio sentia tomou conta da situação. Você evitava o olhar dele a todo custo, pois apenas mencionar a possibilidade de falar sobre isso te estressava. Suspirou exaltada, deixando claro que não pretendia abrir a boca. "Isso é sério mesmo?", soltou um riso sem humor. "Eu tô tentando resolver um problema entre a gente, 'cê acha mesmo que é uma boa hora 'pra agir feito criança?"
"Não tem nada 'pra conversar.", resmungou.
"Então você estar me tratando como se eu fosse um intruso na sua vida não é nada? Porque eu tô de saco cheio. Se foi algo que eu fiz, 'tá na hora de me dizer. Você só tá me afastando agindo assim.", era dolorido admitir — assim como doía escutar —, mas o homem sentia como se lentamente estivesse deixando de fazer parte da sua rotina, de fazer parte de você. Você hesitou por bons segundos, finalmente criando coragem para sair da defensiva.
"Foi você quem se afastou primeiro.", a voz já embargava. Virou o rosto, decidida a não chorar na frente dele. O homem só precisou disso 'pra amolecer completamente, não sabia ser duro com você por muito tempo, nunca soube.
"E como que eu fiz isso?", era curiosidade, em seu mais puro estado.
"Eu não sei."
𐙚 ————————— . ♡
'Não saber' não era o caso. Definitivamente não. Na verdade, acontecia que certas coisas não podiam ser colocadas em palavras, não sem antes refletir sobre elas adequadamente, coisa que você não fazia. Pois pensar sobre como o relacionamento entre vocês dois estava se deteriorando nos últimos dias doía muito, doía ao ponto de você evitar pensar sobre.
Johnny sempre assumiu um papel de liderança no relacionamento de vocês de forma espontânea. Ele não exatamente quer ser seu dono ou uma espécie de dominador, na verdade, ele só gosta de te guiar e aprecia que você confie no julgamento dele para decidir as coisas. Johnny sempre foi um protetor por natureza. E essa era uma configuração muito confortável para vocês dois. Porém, com a rotina pesada, a experiência de pais de primeira viagem e todo o estresse que vem junto com tudo isso, ficou complicado deixar a dinâmica de vocês fluir naturalmente.
Estavam presos numa espécie de "fase de adaptação" interminável, tentando voltar ao jeitinho que eram no começo. Se sentiam fora do lugar, Johnny não se via mais tão apto a se doar tanto quanto antes e você se sentia deslocada demais sem tê-lo cuidando de você como sempre fez. É só somar tudo isso a um volume bem relevante de frustração sexual e boom! Era a receita perfeita para a primeira crise no casamento de vocês.
𐙚 ————————— . ♡
O homem suspirou, vendo você brincar com a aliança no próprio dedo.
"Vem aqui.", tentou afastar mais o banco, criando espaço para você se sentar. Seus olhos encararam as pernas dele de forma hesitante, era orgulhosa e não gostava dar o braço a torcer assim tão fácil. Mas até a ação de te chamar pro colo dele despertava memórias demais — de quando, até brigados, vocês resolviam as coisas juntinhos, incapazes de se afastar. Não sabe se foi a carência ou o fato do local te lembrar de um monte de coisas, só sabe que cedeu.
Evitava olhá-lo, se sentia minúscula no colo dele, os braços te envolveram num enlace apertado — fazendo você parecer menor ainda. Deixou-se ceder mais uma vez, agarrando-o com toda a necessidade que sentia. O cheiro dele te embriagava e pela primeira vez em muito tempo você achava que entendia o motivo da sua chateação. Naquele momento a saudade apertou tanto — não tinha como não notar.
"Eu sinto sua falta.", sussurrou contra o pescoço dele. E seu marido sabia que não havia nada que ele pudesse te dizer naquele momento, ainda que fosse um homem muito vocal quanto as coisas que sentia — especialmente com você. Te abraçar com mais força e selar o topo da sua cabeça foi o que pareceu certo de se fazer, mas era insuficiente. Tomou seu rostinho, te colocando no campo de visão dele.
Passaram tempo demais mapeando o rosto um do outro, as testas coladas. Ele acariciava suas bochechas com os polegares o tempo inteiro, também sentia saudades. Você foi a primeira a não suportar a proximidade, avançou no rosto do homem, beijando-o com urgência. Ele retribuiu com mais intensidade ainda, como se tivesse esperado por anos para finalmente te ter de volta — como se você realmente tivesse o deixado. Pareciam dois desesperados, o contato não sanava a vontade.
"Eu te amo tanto. Não faz mais isso comigo, ouviu?", ele confessava contra a sua boca, entorpecido demais para parar de te beijar. Você concordava atordoada, buscando pelos lábios dele, balbuciando um "eu também te amo" quase ininteligível. Investiam um contra o outro involuntariamente, o corpo grande encaixava tão bem contra seu — era como se sentir em casa novamente. John parecia afobado, adentrou uma das mãos na sua saia, acariciando o pontinho sensível por cima do tecido. Você, que era tão apressada quanto, subiu a peça, deixando-a enrolada na parte mais baixa da sua cintura e afastou a calcinha de ladinho.
Três dedos ameaçaram te invadir, roçando nas dobrinhas meladas que circundavam sua entradinha. O homem ergueu a mão rapidamente, cuspindo nos dígitos — ali você teve a confirmação de que ele realmente iria fazer. Johnny não tirou os olhos dos seus quando retornou os dedos molhados para a sua bucetinha. Você cravou as unhas nos braços do homem, temerosa. Fazia algum tempo desde a última vez que ele havia te aberto assim.
"Amor-", a vozinha trêmula balbuciou. Na mente só havia o fato da mão do seu marido ser grande demais.
"Shhhhhh. Não adianta reclamar, meu amor. Você sabe que precisa.", o homem tentou te consolar, acariciando seu cabelo com a outra mão. Você não discordava, sabia que o tamanho dele era meio... excessivo e poderia acabar machucando sem preparação alguma — especialmente depois de tanto tempo.
Foi cuidadoso, inicialmente enfiando só um dos dedos. Estocava vagarosamente, assistindo você relaxar em volta do dígito. Te enlaçou num beijo molhado, colocando o segundo quando percebeu que te distraiu. Enfiava mais fundo, espaçando-os para conseguir te abrir mais. Você impulsionava a cintura contra ele, amando o carinho gostoso.
"É tão pequenininha, amor. Nem parece que engole meus dedos.", elogiou, sorrindo amoroso ao ver sua carinha de tesão. Mordeu sua boquinha, sugando e lambendo seus lábios enquanto colocava o terceiro dígito. Você suspirou manhosa, sentindo as pontas dos dedos se esfregarem lá no fundo. Puxava os fiozinhos curtos da nuca dele, descontando a sensação.
Incrivelmente, não era o bastante. A buceta babadinha implorava por outra coisa. Suas mãos foram até o meio das pernas do homem, apertando o volume evidente entre os dedinhos. Johnny jurou que ia perder a cabeça quando te sentiu bater uma para ele por cima dos tecidos. Não se aguentou, tirando o pau da calça de um jeito atrapalhado. Você puxou a mão que estava dentro de você, assistindo-o chupar o líquido viscoso que escorria entre os dedos antes que pudesse fazê-lo primeiro. Posicionou-o no lugarzinho certo, as veias grossinhas e o aspecto molhadinho te fazendo pulsar.
"Devagar.", ele alertou, te dando um selinho para assegurar. Os olhos não saíram do seu rostinho, absorvendo cada uma das reações. Você desceu com cuidado, sentindo a glande avantajada te abrir. A boquinha abriu junto, arfando contra o rosto do homem. Johnny acariciava suas costas com zelo, como se estivesse te encorajando a continuar. A extensão parecia não ter fim, você sentia ele praticamente te partindo em dois pedaços — uma queimação gostosinha se espalhava por todo seu quadril.
"Johnny...", soluçou o nome do homem, cravando as unhas afiadinhas nos braços dele.
"Tá quase lá, linda. 'Cê 'tá indo tão bem.", ele pulsava. Detestava te causar qualquer tipo de incômodo, mas você ficava tão gostosinha tentando aguentar ele por inteiro — era difícil resistir à cena sem sentir vontade de te comer sem dó. Sorriu todo orgulhoso quando você finalmente encaixou tudo, selou seu rostinho um monte de vezes, enquanto você tentava regularizar a própria respiração. "Relaxa essa bucetinha 'pra mim, amor.", sussurrou contra a sua boca, te roubando para um beijo lentinho.
Seu corpo retesou assim que sentiu os dedos dele no clitóris inchadinho, te estimulando com cuidado. O carinho misturado ao ósculo gostoso foram suficientes para tirar sua tensão, passou a se mover molinha no colo dele, acostumando-se com a pressão quente na sua entradinha.
Foi rápida em relaxar de verdade, pois querendo ou não aquele era o seu homem — já tinha dado conta dele mais vezes do que podia contar. Agora rebolava como se ele fosse um dildo, nem parecia a mesma pessoa que reclamou horrores para conseguir encaixá-lo direitinho. A cinturinha tinha consciência própria, empenhada em matar toda a saudade que você sentia. Seu rostinho fervilhava, queria chorar de tesão. Gentilmente apoiou as costas no volante atrás de você, abrindo mais as pernas para se mover num vaivém gostoso.
Johnny observava a cena completamente hipnotizado, apaixonado no jeitinho que você se fodia nele. As mãos grandes apertavam suas coxas, mas não influenciavam o movimento, queria deixar você se satisfazer da maneira que sentisse vontade por enquanto. Você apoiou o antebraço em cima dos olhos e a outra mão apertava o pulso do homem, estava sobrecarregada com o estímulo — mas era incapaz de parar. O rostinho se contorcia, embebido em prazer.
"Tá tão fundo, porra...", choramingou. Ele não sabia mais por quanto tempo conseguiria resistir ao jeitinho manhoso sem fazer nada. Suas perninhas começaram a tremer, sabia que iria acabar gozando rápido desde o início — estava a tempo demais sem senti-lo. Você tentou impedir, parando de se mover assim que percebeu o orgasmo começando a se formar e era dolorido se atrapalhar assim.
Seu marido não demorou a notar, a pulsação incessante no meio das suas pernas te entregava. Sorriu maldoso, os dedos grandes não perderam tempo em brincar com seu clitóris — os movia com rapidez, te forçando a gozar. Seu corpo não aguentou a sensação, praticamente se jogou em cima do homem. Tentava agarrar o braço dele, mas era fraquinha demais para impedir. Gemeu desesperada finalmente se redendo ao próprio orgasmo.
"Isso foi tão sexy, amor.", sussurrou após assistir toda a cena. Você ainda ofegava, a cabeça apoiada em um dos ombros dele. "Gozou gostoso 'pra caralho. Porra, que saudade que eu tava.", não houve tempo para você deixar os elogios te afetarem, as mãos fortes já agarravam a carne da sua bunda, te impulsionando para sentar nele. A sensibilidade bateu, mal havia superado o primeiro orgasmo.
"Jonh-"
"Você aguenta. Eu sei que aguenta.", afirmou, soava totalmente certo. Suspendia e abaixava o seu corpo como se não pesasse nada — fazia o trabalho todo praticamente sozinho. "Vai ser boazinha comigo e vai deixar eu te comer gostosinho, não vai?", inclinou-se para falar no seu ouvido, você concordou contra o pescoço dele — ainda que o homem não conseguisse ver. Johnny sabia que também tinha muito tesão acumulado e era incapaz de se segurar.
Por um tempo, o barulhinho molhado das peles se chocando somados aos sons obscenos que sua garganta produzia eram as únicas coisas ouvidas dentro do carro. Seu marido comprimia os próprios olhos, a boca abertinha soltava um ou outro palavrão. Descontava o tesão na sua pele, apertando impiedoso. Te fazia sentar forte, a glande vermelhinha já expelia um líquido abundante — te sujando inteirinha por dentro.
Chegou ao clímax uma segunda vez, perdendo todas as forças que ainda tinha em cima do homem. Johnny terminou de usar seu corpinho fraco, grunhindo enquanto esporrava bem no fundo. Precisaram de uns bons minutos para voltarem a si, quase cochilaram abraçadinhos — entorpecidos demais com a intensidade da situação. Especialmente você, que sempre ficava sonolenta depois de gozar.
Vocês dois compartilharam um suspiro aflito assim que ele saiu por completo. Sua entradinha espasmava contra si própria, a sensação de vazio que ficava toda vez que ele saía de você era sempre meio incômoda. Seu marido sabia desse fato, tanto que envolveu seu íntimo com a palma — a mão grande cobria sua bucetinha quase por inteiro. Fazia certa pressão no local, tentando consolar o buraquinho carente. Ficaram assim por um tempo, você aspirando o cheirinho do pescoço dele enquanto o homem acariciava o lugarzinho sensível.
"Deixa eu arrumar essa sainha, amor?", questionou quando te sentiu relaxar mais, já era hora de ir — ainda precisavam buscar a filha de vocês. Você levantou preguiçosa, ajoelhando no banco ainda em cima do homem, o quadril ficando na altura do torso dele — teve que se curvar para não bater com a cabeça no teto.
Ele puxou alguns lenços do porta-luvas, fazendo o máximo para limpar todos os fluídos que escorriam de você, ajeitou sua calcinha, voltando o tecido para o lugar original. Abaixou-se para deixar um beijinho na sua buceta antes de descer o tecido da saia. Assim como também aproveitou a posição para guardar o próprio pau dentro da calça. Você sentou-se novamente, agora vestida.
"Eu não acabei com você, hm? A gente tem muito o que conversar.", beijou sua boquinha mais uma vez, cheio de dengo. "E eu ainda tô morrendo de saudade.", murmurou contra o seus lábios te assistindo sorrir sapeca antes de te 'expulsar' para ir sentar no seu lugar.
[...]
Mal entraram na casa e a pequenina já apareceu correndo na direção de vocês. O homem se abaixou, abrindo os braços para aparar o corpinho veloz. A vozinha animada falava sobre tudo ao mesmo tempo, era difícil resgatar qual o era o assunto, mudava o foco a cada frase. Mas Johnny parecia entender tudo, reagindo a cada uma das palavras que saíam da boca da pequena. O timbre, que era geralmente mais másculo, involuntariamente subia alguns tons, ainda que John cismasse que não usava voz de bebê para falar com a filha de vocês — o homem havia visto em algum lugar que isso atrapalhava o desenvolvimento da fala e desde então tentava se policiar.
Você assistia sorridente, ouvindo a criaturinha dissertar sobre como 'o balanço que o vovó construiu no quintal era legal', até que a voz doce da mãe de Johnny chamou sua atenção.
"Você tá tão mais relaxada hoje, querida. Comentei com o John que tava super preocupada com você.", a mulher te olhou amorosamente, te puxando para um abraço rápido. Você ficou meio mortificada por alguns segundos, não tinha ideia de que era tão perceptível assim.
"Ah, é que eu tirei um bom cochilo no caminho 'pra cá. 'Tô bem, juro 'pra senhora.", desconversou, culpando o temperamento anterior no cansaço.
"Que maravilha então.", sorriu, arrumando alguns fios do seu cabelo. Os trejeitos eram exatamente iguais aos de Johnny — ele tinha a quem puxar. A conversa dos outros dois roubou a atenção de vocês duas novamente, Amélie parecia empenhada em conquistar a permissão do pai para alguma coisa — com direito a beicinho e tudo.
"Mas eu já pedi 'pra vovó!", exclamou, era meio afobada — e essa parte ela aprendeu com você.
"Então pode. Mas só se a vovó disser que você se comportou direitinho.", o homem virou-se para vocês duas, olhava para cima, visto que já estava sentado no chão.
"Vovó! Eu me comportei?", encarou-a cheia de expectativas. A mulher achava uma graça, teve que refrear a risadinha.
"Ah, sim. Foi uma mocinha super obediente hoje. Até ajudou a vovó na cozinha.", exagerou no tom complacente, só para ver o rostinho satisfeito da pequena.
"Ajudou, princesinha?", seu marido questionou surpreso, vendo Amélie concordar orgulhosa com a cabeça.
"Fiz bolinho."
"Bolinho?!", ele imitou a pronúncia bonitinha da palavra. "Deixou um pouquinho pro papai provar?", a pequena concorda uma segunda vez, agarrando o braço de Johnny para levá-lo até a cozinha.
"O que 'cê acha, amor? Tudo bem a Amélie dormir aqui hoje?", ele te oferece um sorriso sugestivo, de um jeitinho que só você era capaz de entender. Seu rosto queima, mas você sorri de volta.
"Tudo bem."
n/a²: sempre que eu escrevo com alguém pela primeira vez eu fico um tiquinho insegura, então me mandem feedback sobre o meu johnny (pra saber se eu tô no caminho certo) 🫡.
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# — © 2024 hansolsticio ᯓ★ masterlist.
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