Tumgik
#solidão da alma
little-blurry · 2 months
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ofilhodohomem2023 · 6 months
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Se estamos em guerra não podemos estar sozinhos nela!
Só Deus sabe o quanto estamos sós nesse mundo. Alguns dizem q não importa mesmo se temos alguém por perto, no final, vamos morrer sozinhos. Na igreja é colocado q isso é bom pq isso e aquilo... mas não é bem assim. Só pq somos cristãos não quer dizer q somos de ferro. Pelo tempo q estive na igreja, vi exaltarem o sofrimento mas se esquecem de amar! Como se a porcaria do sofrimento fosse melhor do q ter ajuda e não precisar passar por tanta dificuldade!
É ruim vc precisar de alguém pra lutar por vc e não ter nos momentos em q nem vc consegue achar um motivo pra lutar. Quando o amor próprio acaba, quando a autoestima acaba, o coraçãozinho endureceu pela dor.
Te arrebentaram e vc pensa q talvez é o q mereça, se Deus q é amor parece não se revoltar então deve estar certo.(isso é assunto pra outro texto mas p/nao dar a impressão de q culpo Deus, explicarei; ele se importa).
Quando se está em guerra, seja cristão ou seja não cristão todos têm de lutar. O sofrimento vêm de qualquer maneira. E como seria bom se tivéssemos amigos. Como o bom samaritano. Só q um q ficasse em nossas vidas sempre pra quando superar àquele problema, ter com quem comemorar.
1reis 5;3 É difícil levantar altar com tantos ataques.
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Meus pensamentos estavam meios nublados nos últimos dias.
A insônia se fez presente e me peguei lembrando de nós e do que quase fomos. A confusão que me causou pensar nos “E se's” que poderia viver ao seu lado me fez perceber o quanto o amor é egoísta.
Duas almas tão parecidas e conectadas sem a menor possibilidade de um talvez.
Fiquei a imaginar quantos sorrisos seus eu poderia ter arrancado, ou quantos lugares iríamos conhecer e até mesmo quantas coisas novas iríamos descobrir juntos.
Você saberia lidar com as minhas loucuras? Saberia acolher minha carência em dias chuvosos ou numa caótica segunda pela manhã. Você viria no meio da semana se eu dissesse que só queria um beijo teu?
Ficamos sempre no quase… Quase paixão, quase amor e no fim a solidão.
A solidão consegue ser, ao mesmo tempo, triste e tão acolhedora, acolhendo-me para dentro de mim, para eu poder organizar tudo que estou sentindo, tudo o que poderíamos viver juntos se déssemos mais um passo.
Somos almas parecidas, porém, não somos almas gêmeas, a sua alma por mais que eu queira não completa a minha, não preenche o vazio que a solidão não consegue, não preenche o amor que necessito.
Você até acalma o meu desejo, mas não consegue acabar com o fogo dentro de mim, você é calmaria enquanto eu sou o caos.
Quero que meus pensamentos se tornem cada vez mais reais, e para isso acontecer preciso me desvincular de você, para assim encontrar alguém que conecte nossas almas, nossos corpos, para queimarmos juntos durante o caos.
Necessito de uma alma forte como o vento para apagar ou incendiar toda essa minha intensidade, toda essa chama dentro de mim.
Cansei do quase, quero o agora, quero o para sempre, quero viver fora da solidão. Encontrar o meu lugar de conforto com alguém que não viva no “quase”.
Não me entenda errado, eu ainda lhe amo, porém, agora será de uma forma diferente, será um quase amor.
Um quase amor - Thadeu e Gabriela
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omeulirico · 2 months
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tem dias que eu almejo tanto a solidão, o silêncio e a sensação de que nada e nem ninguém pode me machucar, que chega a doer.
tem dias que eu almejo a plenitude de estar na companhia de alguém, do som da risada misturada a minha e a sensação de estar recebendo aquele abraço que cura tudo, que chega a doer.
e tem dias que eu almejo não almejar nada, dias esses que eu enrolo na cama o máximo que posso, dias esses que deixo livre todos os pensamentos negativos que azedam a essência de ser quem sou.
acho que hoje é um dia desses, não quero aproveitar minha própria companhia e não quero estar na companhia de ninguém. eu só quero fechar os olhos e cair em um estado de inércia completo, sem corpo, sem alma, sem nada.
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froghazz · 11 months
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Misty
Hcisgirl: 18
Lcis: 39
•plot Louis motoqueiro•
💘
Você consegue se lembrar de algum dia em sua vida aonde nada parece estar certo? O vento que sopra é vazio, o sol brilha como costumeiro mas não parece esquentar quando toca sua pele. Os pássaros que cantam demais, hoje, cantam de menos. As pessoas que andam e seguem seus caminhos e suas verdades, dessa vez, não se mostram no mundo. Não há nada interessante e você percebe que dentro de você há uma necessidade de sentir-se vivo, aquilo que queima em seu peito chamando pela vida, pelo sentimento. Seja qual for ele.
Harry estava se sentindo assim e o grande ponto de ruptura era que esse sentimento de busca pela vida era a única coisa que a garota sentia à anos. Ela se lembra quando começou, ela tinha seus quatorze quando sua mãe se apaixonou e se casou com seu padrasto, o causador de seu vazio. Ela morava em uma casa bonita, tinha sua gatinha Misty, sua amiga Anna e incontáveis livros na estante. Tinha os melhores materiais escolares, assim como as melhores roupas. Seu uniforme sempre estava passado em seu guarda roupas, a cama arrumada e o cheiro de panquecas domingo de manhã. Tudo era perfeito e ao mesmo tempo, representava a maior solidão que a garotinha sentia. Seu padrasto não era ruim e sua mãe não lhe negava absolutamente nada, mas ela sentia falta, falta de alguém que nunca esteve presente. Seu pai.
Aos seis anos, sua mãe lhe contou que ele havia ido embora e nunca mais voltado.
Aos dez, que ele trabalhava em outro país e eles perderam contato.
Aos quinze, que ele tinha sido apenas um caso de uma noite.
E agora, aos dezoito, ela chorava em seus lençóis com a nova resposta. “Eu não sei onde ele se enfiou, Harry. Ele nunca te quis e sendo sincera, nem eu queria você. Eu tinha dezoito anos, ninguém deveria ser mãe nessa idade, muito menos com alguém da idade do seu pai que tinha vinte e dois na época. Achei que ele era o certo e, quando vi, estava grávida e sozinha porque ele tinha fugido da cidade. Ao longo dos anos eu tentei ligar pra ele e na única vez que me atendeu, me disse que não queria saber, que não era sua responsabilidade. Então, por favor, filha. Pare de tentar achar seu pai e principalmente algo que faça ele não se assemelhar com alguém ruim, é o que ele é, Harry. Ruim.”
A garota se sentia muito mais só, agarrada em seu urso de pelúcia tentando entender como sendo tão pequena pôde ser a causadora de uma rejeição tão grande. Ela compreendia o mundo dessa forma porque sabia que não era o suficiente para sua família, nunca conseguiu que seu padrasto se tornasse seu pai postiço, nunca teve ele em suas apresentações escolares e era a única que fazia esses bilhetes para a mãe. E com sua idade, tentando lidar com a solidão intrínseca, sua única saída era se afundar em aventuras, sentindo medo, dor, experimentando o perigo. Constantemente saía de madrugada e frequentava lugares caóticos na esperança de sentir algo novo, buscando o choque elétrico da vida passando em suas veias. Dessa vez, ignorou o convite de Anna para que fossem à uma festa de madrugada, esqueceu-se do seu modus operandi e decidiu que o mundo lhe guiaria até aonde ela deveria estar. Levantou-se e secou suas lágrimas, respirou fundo e tomou um banho demorado. Finalizou seus cachinhos um por um, fez sua skincare e passou um corretivo tentando disfarçar os olhos vermelhos e chorosos. Rebelando a alma aprisionada tirou a saia jeans curta do fundo da gaveta e a vestiu, junto à sua blusinha favorita. Nos pés colocou seu all star rosa surrado – que sua mãe odiava, e por isso era tão bem escolhido. Abriu sua mochila e colocou uma muda de roupa, sua escova de dentes e o fofinho, o seu ursinho que era seu maior companheiro. Deu um beijo na cabecinha de Misty, prometendo que voltaria. Saiu pela sacada e pulou a janela, caindo mansa ao chão por tanta experiência em fazê-lo.
Olhou a vizinhança calma, os pássaros mudos, o sol brilhante e gelado. Mais um dia vazio, mais um dia em busca de se preencher de vida. Começou a caminhar até o metrô e sua mente pouco a pouco se esvaziou, andou e andou, procurando o sinal que o universo era obrigado à dar-lhe. Ele não tinha outra escolha se não respondê-la.
Parou para procurar seu fone de ouvido, percebendo que havia esquecido, se sentindo mais frustrada que o costumeiro. Decidiu parar em uma loja de departamento, comprando fones novos e sentindo gratidão pelo cartão sem limite que sua mãe lhe dera tentando compensar a falta. Conectou em seu celular e abriu o aplicativo, dando play em sua playlist favorita. Ela tirou seu cigarro do bolsinho da mochila e acendeu, ouvindo a conversa de um grupo de velhos em cima de motos gigantescas. Eles falavam sorrindo e pela primeira vez no dia ela sentiu que ali havia um resquício de vida. Pausou a música e prestou atenção, aparentemente todos eles iriam numa espécie de festival de motos na cidade ao lado e ela percebeu o perigo, contestou suas escolhas de vida, sorriu para si mesma.
 
- Ei, bom dia. – Ela se aproximou do grupo, engolindo em seco e sorrindo contida. – Me desculpe, eu ouvi a conversa de vocês. Me interessei no evento, podem me dizer aonde vai ser?
 
- Oi, gatinha, você tem cara de novinha, tem certeza que tem idade pra viajar sozinha? – Um moreno respondeu e Harry sentiu medo.
- Tenho sim, já tenho dezoito. – sorriu nervosa. – Só me diga qual trem eu devo pegar e eu vou até lá.
- Sobe aqui, estamos indo pra lá. Prometo não sequestrar você. – outro homem respondeu, este parecendo mais gentil.
- Hm, acho que prefiro o trem. – Harry tragou o cigarro, enchendo seus pulmões.
- É perigoso, menina. Eu tenho uma filha da sua idade, prometo que te levo até lá em segurança. Veja. – Ele abriu a carteira, mostrando a foto de uma garota loira e simpática. – Sério, me deixe te ajudar.
- Ok. Quanto tempo até lá? – Harry concordou, sabendo dos riscos. Adorando eles.
- Talvez vinte minutos. Aqui, seu capacete. – ele tirou o capacete pendurado do guidão, lhe entregando.
- Obrigada... Qual é seu nome? – sorriu.
- Martin, e o seu?
- Misty. – ela jogou o cigarro, colocando o capacete.
- Que bonito. – ele subiu na moto, esperando que ela subisse. – Se segure em mim. – avisou, dando partida.
 
Durante o trajeto, Harry se concentrou na música em seus fones. Vienna – Billy Joel soava agora, seus pés firmes no suporte da moto de um desconhecido, seus braços trêmulos o abraçando, a estrada lisa, o frio na barriga, o vento gelado e todas as árvores que ali corriam com a velocidade, tudo que seus olhos eram capazes de tocar. O sol ainda gelado, seus olhos ardendo ao olhá-lo.
Ela quis se perguntar, refletir, se questionar. Ela decidiu que não queria sanar suas dúvidas e que o caminho poderia ser pacífico e que, se o destino fosse ruim; a estrada seria seu sentimento de vida.
 
Xxxx
 
O lugar era no mínimo... Insalubre. Harry o descreveria como um grande lote aberto, não havia nenhuma estrutura construída. As barraquinhas eram de lona, o banheiro era químico e a única coisa realmente interessante eram as grandes motos, todas diferentes e igualmente bonitas. Elas estavam enfileiradas em grupos, era uma grande exposição, talvez até rolaria algum tipo de competição, mas ela não teria como saber. Ela desceu da moto, entregando o capacete para Martin e agradecendo.
- Vamos beber, querida. Se veio sem ao menos saber do que se tratava, acredito que não tenha companhia. – ele sorriu ladino e ela respirou fundo, assentindo.
- É, você está certo. – ela riu, recorrendo ao maço na mochila, acendendo seu cigarro.
- Vem, vamos pegar um chopp e aí você pode me contar o que uma garota de dezoito anos fazia perdida. – ele riu fraco ao que ela negou
- Você jamais vai saber. – Harry riu, passando a andar ao seu lado.
- Você deve ser um pé no saco. – Martin implicou, rindo. – Vou garantir que não morra hoje a noite.
- Que cavalheiro. – Harry riu de volta, parando em frente à barraca. – Bom dia, quero um Session Ipa, por favor. – se referiu à atendente.
- Gostei. – Martin sorriu. – Dois, por favor. – completou, colocando o dinheiro em cima do balcão.
- Não precisa pagar minha bebida, senhor. – provocou.
- Senhor é seu cu. – ele brigou, rindo. – É só uma gentileza, a próxima é por sua conta.
 
A atenção de Harry foi chamada pelo barulho alto de uma moto cortando o vento. O homem estacionou e Harry sentiu uma curiosidade grande demais para ser ignorada, se desconectando da voz de Martin e olhando fixamente para a moto. O homem usava um jeans surrado, coturno e uma jaqueta de couro. Retirou o capacete e o pendurou no guidão, fazendo a respiração de Harry engatar. Os cabelos dele era castanhos, porém os fios grisalhos apontavam entre eles, assim como na barba rala. Ele tirou as luvas de direção e empurrou pra dentro do bolso da jaqueta, esfregando as mãos provavelmente suadas no jeans. Harry suspirou sentindo borboletas no estômago e um gelo percorrer sua coluna quando o homem virou o rosto para si e seus olhos azuis oceânicos grudaram aos seus. Sentiu Martin tocando seu braço e pulou assustada, virando para ele.
 
- Seu chopp, Misty. – Martin ofereceu o copo e ela pegou, brindando com ele antes de dar o primeiro gole. – Estava prestando atenção em que?
 
- Nada. – Harry disse tragando o cigarro. – Porque não vamos encontrar seus amigos de novo?
 
- Beleza, mas eu vou no banheiro antes, se importa? – Ele se afastou assim que Harry negou.
 
Harry olhou em direção à moto de novo, procurando o homem bonito que vira mas ele já não estava mais ali. Ela continuou fumando seu cigarro, se afastando da barraquinha só o suficiente pra fumaça não incomodar.
 
- Bom dia. – Uma voz rouca soou em seu ouvido e ela se virou assustada, seu semblante se tranquilizando e o coração palpitando.
 
- Bom dia. – ela respondeu olhando no fundo dos olhos azuis.
 
- Te assustei? – O homem perguntou, um sorriso de lado que fez as pernas de Harry amolecerem.
 
- Na verdade sim. – Admitiu, rindo.
 
- Qual seu nome? – Ele acenou para a moça da barraquinha, que prontamente acenou de volta.
 
- Misty. – Harry respondeu, tratando de acender mais um cigarro. – E o seu?
 
- Louis. – O homem bonito que agora tinha nome sorriu para ela, fazendo o pequeno coração saltitar. – Você é linda, Misty. Mesmo que eu saiba que esse com certeza não é seu nome. – Ele tirou um cigarro do próprio bolso, acendendo e jogando a fumaça pra cima. – O que acha de andar por ai comigo?
 
- Andar por aí? – Ela riu. – Vai me sequestrar?
 
- Só se você quiser. – Louis respondeu levando a mão livre até o rosto da garota, colocando um cachinho atrás da orelha. – Você quer?
 
- O que você tá fazendo, Tomlinson? – Martin parou atrás de Louis, cruzando os braços.
 
- Conversando com ela. Não está vendo? – Louis respondeu se virando minimamente.
 
- Ela veio comigo. – Martin rebateu, bravo.
 
- Mas vai embora comigo. – Louis deu de ombros, tragando o cigarro.
 
- Misty. – Martin estendeu o braço pretendendo segurar Harry, logo sendo impedido por Louis que segurou o mesmo com rapidez.
 
- Ela vai embora comigo, Martin. Não me faça repetir. – Louis grunhiu irritado. – Você vai ficar comigo, não é, boneca? – Ele soltou Martin e deu dois passos pra trás, parando ao lado de Harry e envolvendo o braço em sua cintura fina.
 
- Sim. – Harry respondeu baixinho, sentindo o corpo todo formigar pela presença de Louis tão perto. – Desculpa, Martin. – Harry observou ele bufar se afastando bravo, virando pra Louis. – Porque fez isso?
 
- Ele não era bom pra você. – Louis deu de ombros.
 
- E você é? – a menina respirou fundo, tentando entender o porquê estava se mantendo sob as ordens de um homem que acabou de conhecer e porque estava gostando tanto disso.
 
- Não. – Louis sorriu. – Mas eu não vou te foder e te largar no meio da estrada no final da noite.
 
- E o que te faz pensar que eu transaria com ele? Ou com você? – Harry tragou seu cigarro.
 
- O que te faz pensar que ele pediria pra você deixar ele transar com você? – Louis perguntou repetindo a mesma ação que a garota. – Quero conhecer você, quem sabe descobrir seu nome, saber sua história. Se quiser transar comigo eu genuinamente vou amar, se não, ainda terei te conhecido. – Louis deu de ombros.
 
- Então, aonde vamos? – Harry sorriu ladino, vendo Louis apontar o caminho e soltar sua cintura, a fazendo arrepiar da cabeça aos pés, passando a seguir o mesmo ao seu lado.
 
- Quantos anos você tem?
 
- Quinze. – Harry respondeu séria, caindo na gargalhada logo após Louis se espantar. – Estou brincando. Tenho dezoito, e você?
 
- Trinta e nove. – Louis respondeu olhando nos olhos brilhantes da garotinha. – Sou muito velho pra você?
 
- Definitivamente não. – respondeu após alguns segundos, sorrindo para ele. – Faz tempo que frequenta esses eventos?
 
- Sim, acho que desde a sua idade. Sempre fui apaixonado por motos, é como se elas liberassem nossa alma, saca? – Ele deu de ombros, cumprimentando a dona de uma barraquinha. Harry parou na mesma, encantada com as pulseirinhas de miçangas.
 
- Entendi. Meu Deus, elas são lindas. – Ela dedilhava uma em específico, trancada com fio preto e com uma pedra da lua ao meio.
 
- Gostou dessa? – ele perguntou vendo-a assentir. – É sua. – Ele sorriu, pegando dinheiro no bolso e entregando pra velha conhecida.
 
- Claro que não, homem! Você nem me conhece. – Ela riu, nervosa.
 
- Considere como um jeito de você lembrar de mim. – ele sorriu pegando a pulseira e apoiando o copo de chopp em cima da banquinha, pegando sua mão livre e colocando a pulseira em seu pulso. Harry observava com atenção o homem atando dois nós nos fios, reparando as tatuagens postas neles. – Pronto. Ficou linda.
 
- Obrigada. – ela corou, olhando a pulseirinha. – Compra pulseiras pra todas as garotas que pretende transar?
 
- Meu Deus. – ele riu. – Não, Misty. Não compro.
 
- Hm, então eu sou especial? – ela brincou, determinada a ouvir a risada do outro mais uma vez.
 
- Talvez. – ele riu fraco, percebendo o sorriso da menina aumentar. – Vamos, tem um lugar que eu quero te levar. – ele pegou seu copo e piscou pra dona da barraquinha, voltando a andar com Harry em seu encalço. – Você bebe algo além de cerveja?
 
- Tudo, menos cachaça. – respondeu.
 
- Ok. – ele sorriu. – Quer me contar o porque está aqui?
 
Harry suspirou, refletindo sobre os prós e os contras de contar sua história triste. – É meu jeito de fugir da minha realidade. – começou. – Ouvi muitas histórias do porque meu pai me abandonou ao longo dos anos, mas hoje, meu aniversário, minha mãe resolveu me contar de um jeito nada simpático e gentil que ele simplesmente nunca ligou pra minha existência, que diz que não tem filha e blá blá blá. Minha mãe é incrível e meu padrasto é ótimo, mas ele nunca quis agir como meu pai, sabe? Enfim, agora você sabe que eu tenho daddy issues. – ela riu, recorrendo ao humor como defesa.
 
- Não sei como alguém escolhe ficar longe de uma filha, sinceramente. – Louis respondeu incomodado, segurando Harry pela cintura e a desequilibrando, a mantendo parada ao que beijou sua mandíbula, sussurrando em seu ouvido. – Mas eu posso ser o seu papai, huh?
 
- Louis. – Harry engoliu em seco, cravando as unhas em sua nuca. – Golpe baixo. – ela riu, nervosa.
 
- Só o começo, gatinha. – ele mordeu o lóbulo de sua orelha, voltando a andar tranquilo como se nada tivesse acontecido, segurando na cintura de Harry com possessividade.
 
- Ok, e a sua história triste? – Ela perguntou dando outro gole em seu chopp.
 
- O que te faz pensar que eu tenho uma? – ele sorriu.
 
- Todo mundo tem. – Harry deu de ombros.
 
- Estou sóbrio demais pra falar sobre. – ele brincou. – Quem sabe mais tarde.
 
💘
 
- Ok, a gente chegou. – Louis sorriu olhando o sorriso da menina olhando o horizonte.
 
Louis havia passado com Harry e comprado dois engradados de cerveja e uma garrafa de vinho na barraquinha lá em baixo e, logo depois, obrigou a garota a subir consigo. Apesar de muito bem frequentada, a pedra que atraia a maioria dos turistas estava vazia. Era o ponto mais alto do lugar, podendo observar todo o evento acontecendo lá de cima e a vista incrível dos Pinheiros altos e o sol quente. Era como se nada pudesse os atingir, como se estivessem acima de tudo e todos. Pelo menos era a forma que Harry se sentiu até ser despertada pela mão esperta de Louis tocando a base de sua coluna.
 
- Gostou? – ele sussurrou na curva de seu pescoço, respirando fundo e sentindo o perfume da garotinha.
 
- É lindo. – ela disse tão baixo quanto ele, o deixando esfregar o nariz na pele quente de seu pescoço.
 
- Não tanto quanto você. – Louis deslizou as mãos até os lados da cintura de Harry, puxando ela contra si, deixando sua pelve pressionada contra a bunda redonda que quase escapava do tecido pequeno da saia.
 
- Está louco pra me foder, não é? – Harry levou uma das mãos até o pescoço dele, pressionando mais o seu rosto na pele pálida, o sentindo lamber e sugar ali. – Me quer de joelhos pra você, papai? – ela abriu um sorriso satisfeito quando o ouviu gemer baixinho. – Ou quem sabe deslizar sua mão até o meio das minhas pernas pra ver se eu já estou molhada pra você? Ou quem sabe levantar minha saia e me lamber até eu gozar na sua língua? – Ela gemeu ao que Louis entrelaçou os dedos nos cabelos de sua nuca e os puxou com firmeza pra trás, subindo os beijos até sua mandíbula. – Você me quer tanto, não é, Louis? – ela virou a cabeça, olhando direto em seus olhos por segundos que foram intermináveis em sua cabeça. Mergulhou nos azuis frios, deixou sua mente esvaziar e depositou em suas pupilas toda sua paz. Sorriu quando se deu conta de que ele estava olhando para os seus da mesma forma, desviando o olhar para a boca fina, expondo sua língua e lambendo os lábios semi abertos. Louis avançou nos seus e ela se afastou, rindo do seu descontentamento.
 
- Qual é, gatinha. – Louis suspirou, o sorriso ladino mostrando que não estava tão frustrado quanto queria parecer. Ele também gostava do jogo que Harry amava jogar. – Não vai me beijar?
 
- Não acho que você mereça, ainda. – a menina sorriu, puxando o lábio inferior dele entre os dentes.
 
- E o que eu posso fazer pra merecer você? – Ele mordeu o queixo ela, pressionando a pelve contra a bunda macia, a deixando sentir o cacete duro como pedra.
 
- Me diga quem você é, Louis. – ela se virou, adentrando a camiseta dele e arranhando seu abdômen com as unhas longas. – Me conte sua história triste, me diga o quão quebrado você é. Me faça querer consertar você. – ela desceu uma das mãos até a calça jeans, massageando o pau dele por cima dela.
 
- Quando eu te contar, você vai fugir de mim, boneca. – ele disse, tentando não gemer. – Quero te foder antes que você possa me odiar. – ele levou as mãos diretamente até a bunda da menina, apertando e descendo um tapa na poupa desnuda.
 
- Me conte e eu te falo meu nome. – Harry barganhou. – Assim você vai poder se masturbar chamando pelo nome certo. – provocou, gemendo baixinho.
 
- Você tá tão molhada, não é? – ele sorriu para si mesmo. Ao invés de obter uma resposta, apenas observou Harry levando a mão direita por baixo da saia, gemendo baixinho ao que tocou a boceta que pulsava. Ela trouxe dois dedos encharcados até os lábios de Louis e os esfregou ali, vendo o mesmo agarrar seu pulso e sugar ambos, deixando os completamente limpos. – Que gosto bom, princesa.
 
- Qual é sua parte mais fodida, Louis? – ela se afastou, alcançando a mochila abandonada no chão e pegando o maço de cigarros, sentando-se ali antes de acender um.
 
- Você realmente não vai desistir, não é? – ele riu nasalado, sentando-se ao lado dela e pegando uma cerveja para si e outra para ela, dando-lhe já aberta. – Eu tive uma filha, muitos anos atrás. – começou. – Eu e a mãe dela tivemos uma breve história e ela sumiu, depois descobri da gravidez e quando liguei, ela me disse que ela tinha morrido. Essa é minha parte mais fodida. – Louis deu de ombros, bebendo sua cerveja toda de uma vez.
 
- Você amava a mãe dela? – Harry observou ele pegar mais uma cerveja.
 
- Não. Nunca amei, na verdade, nem sequer me apaixonei. – ele respondeu, tirando um baseado do maço de cigarro e acendendo.
 
- Como ela era? – Harry puxou a mão de Louis que segurava o cigarro de maconha e o tragou ainda entre os dedos de Louis.
 
- Loira, olhos verdes, inconsequente e muito, muito metódica. – ele respondeu, olhando o horizonte. – Chata pra caralho. Mas as vezes eu penso que ela não saberia cuidar da nossa filha, penso que tenha sido melhor do jeito que foi. Não me entenda mal, eu faria de tudo pra ter minha filha comigo, mas um pai não consegue uma guarda alegando falta de amor, saca? – ele suspirou. – Essa é a história triste da minha vida.
 
- Qual era o nome dela? – Harry soltou a fumaça da maconha, olhando diretamente para a boca de Louis.
 
- Da minha filha, nunca soube. Da mãe dela, Catherine. – Respondeu, ainda fitando o horizonte. – Eu queria ter sido um pai, um bom pai. Ser o que eu nunca tive. A parte fodida não é que eu não tenha nunca mais tido filhos, a parte fodida é que eu tive quando menos podia ter e simplesmente ela morreu. Por isso eu disse mais cedo, eu não consigo entender um pai que escolhe ficar longe da própria filha. – Louis tragou o baseado, entregando pra Harry logo depois.
 
- É, por alguns segundos eu cheguei a pensar que você era meu pai. – ela soltou, fazendo Louis cair na gargalhada.
 
- Seria péssimo, porque eu não poderia te foder mais. – ele olhou para a garota, sorrindo ladino.
 
- Mesmo? É, seria uma pena. Principalmente ter que conviver com você e ver você fodendo outras mulheres e saber que nunca seria comigo. – Ela rebateu tragando e devolvendo o baseado pra ele. – Mas porque achou que eu te odiaria?
 
 
- Sei lá, talvez porque eu devesse ter pelo menos sabido da existência da minha filha, não sei. – Ele deu de ombros.
 
- É, você é quebrado. – ela suspirou.
 
- Qual a sua tara com pessoas quebradas? – Louis perguntou, curioso.
 
- Não vale a pena se relacionar com alguém que não tenha que ser salvo. Eu gosto da sensação de cuidar de alguém e mais do que isso, gosto de sentir que sou a única coisa que a pessoa tem. Você só acha que não é bom pra mim porque não sabe que a única maneira que eu tenho pra me sentir viva é ser a âncora de alguém. – Harry terminou sua própria cerveja, deixando a garrafa vazia de lado.
 
- Você é terrivelmente fodida da cabeça, não é? – ele riu.
 
- Completamente. – afirmou.
 
- E qual é o seu nome? – ele questionou sorrindo.
 
- Harry. – ela sorriu, observando o sorriso ladino de Louis. Ela subiu no colo dele, cravando as unhas em sua nuca.
 
- Harry... – ele suspirou, segurando com firmeza em suas coxas.
 
- Shhh. – ela o silenciou, empurrando seu peito para que ele se deitasse. – Não diga nada. Eu vou cuidar de você. – ela sussurrou entre seus lábios, rebolando em seu colo. – Você é meu, papai. – Ela puxou seu lábio inferior entre os dentes, o sentindo lamber seus lábios antes de aprofundar o beijo, puxando a camiseta dele pra cima.
 
- Você tem meia hora pra fazer o que quiser. – Louis agarrou os cabelos da nuca da garota, virando sua cabeça para que conseguisse sussurrar em seu ouvido. – Depois eu vou brincar com você, do jeitinho que eu bem entender. – ditou, espalmando um tapa em sua bunda.
 
- Eu sempre domino, Louis. – ela rebateu, sentindo o tecido encharcado da calcinha ao se esfregar no jeans de Louis.
 
- Não comigo. – Ele sorriu ladino, subindo a mão livre até os peitinhos pequenos da garota. – Você vai ser minha bonequinha, bebê. Toda minha. – ele esfregou o dedão por cima de um dos mamilos durinhos, fazendo Harry gemer manhosa.
 
Harry assentiu devagar, beijando Louis e gemendo contra sua boca. Se afastou para abrir a calça dele puxando com seu auxílio ela até o início das coxas. Ela colocou a mão por dentro da cueca, puxando o pau grande e o grosso pra fora, sentindo seu baixo ventre retorcer com a visão. – Meu Deus. – gemeu, masturbando o cacete gostoso devagar, obcecada pela quantidade de pré porra que saía. Ela subiu a blusinha até acima dos peitinhos, os deixando expostos para Louis, os mamilos durinhos de tesão. Se ajeitou de novo, puxando a saia pra cima e a calcinha pro lado. – Vou cuidar do meu papai, sim? Ela esfregou a cabecinha em seu clitóris, melando ela toda com sua lubrificação.
 
- Porque tão apressada? – Louis sorriu ladino, apertando os peitinhos e a vendo revirar os olhos. – Tenho uma coisa tão melhor pra você, princesa. Vem aqui, monta no meu rosto. – ele agarrou sua cintura, a trazendo feito uma bonequinha de pano para sentar direto em sua língua.
 
- Não... – ela apoiou as mãos na pedra gelada abaixo deles.
 
- O que foi, gatinha? – Louis perguntou curioso, lambendo uma de suas coxas, apertando a bunda redonda e gordinha entre os dedos. – Não quer ser boa pro papai?
 
- Quero. – ela assentiu, nervosa. – É que...
 
- É que? – ele subiu a língua devagar, lambendo toda a virilha.
 
- Nunca... – Ela gemeu, rebolando inconscientemente, tentando dizer a Louis que nunca um cara havia a feito gozar assim.
 
- Nunca transou, princesa? – ele sorriu ladino.
 
- Não, eu já transei, só nunca... – ela gemeu baixo quando sentiu um beijo molhado bem acima do clitóris inchado. Arrepiando com a respiração dele tão perto da boceta encharcada.
 
- Nunca teve um homem de verdade. – Louis completou. – Cala a boca, pequena. Aproveita. – ele bateu na bunda gostosa, lambendo suave toda a boceta quente, aproveitando o gosto cítrico da lubrificação abundante. Ele lambeu o clitóris pela primeira vez, arrancando um gemido alto de Harry. Ele passou a sugar e esfregar a língua nele, deixando a menina cada vez mais insana e gemendo cada vez mais alto. – Vira.  Deixa eu te fazer gozar enquanto você aproveita a vista. – ele lhe deu um tapa na coxa, logo após a ajudando a se virar, a bunda arrebitada em seu rosto e o olhar diretamente pra paisagem tranquila. – Esfrega sua boceta gostosa na minha língua, boneca. Continua me molhando assim, igual uma cadelinha no cio.  – ele agarrou a cintura dela, a ajudando a rebolar em seu rosto, sentindo as unhas cravadas em suas coxas e ouvindo os gemidos escandalosos. Harry estava insana, a sensação de Louis mamando tão bem sua boceta pulsante era surreal, o sol descendo entre os pinheiros e o vento gelado em seus peitos, tudo era novo e a liberdade crua possuía cada poro de seu corpo.
 
- Papai. – ela soluçou, rebolando mais rápido enquanto Louis sugava seu clitóris.
 
- Goza, bebezinha. Deixa o papai orgulhoso. – Ele sorriu, mordendo o clitóris de leve antes de voltar a esfregar sua língua nele, de um lado pro outro, de cima pra baixo e movimentos circulares. As pernas de Harry começaram a tremer e ele apertou mais sua cintura, a ouvindo gemer alto e o clitóris pulsar forte, a boceta expulsando tanta lubrificação que escorria por sua garganta. Harry caiu deitada acima de seu tronco, o corpo todo tendo espasmos. Louis segurou sua bunda e a abriu, olhando o cuzinho pequeno piscando e o buraco da boceta brilhando na luz do sol, toda vermelhinha e judiada pela barba rala. Gemeu baixo, não aguentando a vontade e esfregando dois dedos na entradinha, sentindo Harry tentar se afastar. – Não seja mau criada, eu não vou te dar descanso. Vou abrir sua boceta com meu pau e você vai se foder nele como tanto queria. – Louis segurou firme em sua coluna, empurrando ela pra baixo e começando a bater na bunda branquinha de leve, até os gemidos se tornarem gritos e a carne branca se tornar vermelho vivo. – Gostosa do caralho, uma boa vagabunda que sabe apanhar. – Louis mordeu sua coxa, arrancando mais um gemido surpreso da garotinha. – Vai, Harry. Faça o que eu mandei.
 
Harry assentiu, virando o corpo e montando em Louis novamente, esfregando a boceta no cacete dolorido. – Vou cuidar do papai. – Harry disse ofegante, sentindo Louis enroscar os dedos na calcinha rendada e a rasgar nas laterais, puxando o pano miúdo e jogando no chão.
 
- Não gosto de nada me atrapalhando. – Ele sorriu ladino. – Cuida do seu papai então, bebê. Seja minha boa menina.  –  ele acariciou o rosto de Harry.
 
- Você acabou com a minha calcinha, ela deixava minha bunda incrível. – ela fez manha, recebendo um tapa leve no rosto.
 
- Eu te dou a porra de uma coleção inteira dessa merda, amor. Se preocupa em me fazer gozar no fundo da sua boceta. – Louis a observou assentir devagarinho, segurando na base do seu pau e posicionando na entradinha, começando a descer e gemendo a cada centímetro que engolia. – Cacete princesa, que boceta apertada do caralho. – Louis grunhiu, sentindo ela engolir tudinho, a borda esticada da boceta pressionada em sua pelve. – Senta, amor, se fode no meu pau. – ele puxou Harry pela nuca, a beijando intensamente, sentindo a boceta dela pulsar e sufocar seu pau no calor apertado. Ele separou o beijo para atacar seu pescoço a marcando até chegar na onde realmente queria. Ele lambeu os peitos de Harry, puxando um dos mamilos com os dedos e outro com os dentes, apertando e judiando dos montinhos macios.
 
A garota ficava cada vez mais insana, subindo e descendo o quadril pela primeira vez, os dois gemendo alto em uníssono. Ela subiu e desceu mais uma vez, logo após outra e mais outra, pegando seu próprio ritmo, gemendo alto com os olhos revirados. Ela se afastou, apoiando as mãos no peito repleto de pelos ralos bem acima da tatuagem dele. Seus quadris iam pra frente e pra trás, subindo e descendo, girando e voltando a se esfregar. Harry estava em outra dimensão, o pensamento limpo como não estivera à anos. Sua respiração era engatada e ainda assim, ela nunca tinha sentido seus pulmões tão cheios de oxigênio, o cacete de Louis a fazia querer explodir de dentro pra fora por tamanha sensação gostosa e, ainda assim, ela sentia paz. Sem medo de morrer, ela se permitia cair no limbo dos corações partidos, o gelo na barriga enquanto as borboletas voavam eram muito bem acompanhadas pelo relevo em seu baixo ventre. As mãos possessivas não lhe ditavam regras, lhe impunham mais prazer. O vento gelado não era desconfortável, era sinônimo de estar livre. Os gemidos do outro não eram irrelevantes, eles eram a motivação maior para continuar se fodendo e gemendo alto, era o som mais reconfortante que tivera em tempos. Harry não era uma garota com desejos comuns, ela desejava ser o centro do mundo de alguém, ela desejava possessividade e bagunça interior, queria o caos e marcas no seu corpo quando acordasse no dia seguinte. Ela queria que Louis a fodesse tão bem mentalmente quanto à fode agora, a pressionando pra baixo enquanto arremete o quadril em dó, dando tudo de si e tirando tudo dela. Harry abriu os olhos, olhando Louis obcecado por si, analisando cada pedacinho de pele que ela mostrava, sendo devoto à ela. Louis olhava sua boceta vermelha e inchada enquanto a fodia mais e mais.  A garota achava que sua boceta, seu corpo e seus buracos eram a cura para os corações partidos dos homens, deixava que eles dormissem em cima de si para que se sentissem melhores pela manhã. Harry era quebrada, fodida, usada. Ela era perfeita para Louis que, tão insano quanto, nunca deixaria a garotinha frágil e dependente escapar de si. Com talvez meia alma no lugar de uma, Louis era tão necessitado de cuidado quanto Harry e tão indiscutivelmente frágil quanto ela. Duas almas quebradas aproveitando uma da outra, dos medos, frustrações, confissões e desejos. Louis olhava a boceta de Harry com fome, maluco pra tê-la na boca mais uma vez e sentir o corpo da garota amolecer, maluco pra fode-la tantas vezes até a garotinha chorar. O que não foi necessário, já que só encontrar os verdes intensos da menina, ele a viu chorar. Ela se jogava contra suas estocadas e os peitos pulavam consigo, a boca semi aberta gemia alto e as sobrancelhas juntas serviam de moldura para o choro escancarado.
 
Harry foi jogada pro lado e colocada ajoelhada de frente ao por do sol. Louis agarrou seus cabelos e pairou atrás dela, metendo o cacete dentro da boceta que parecia nunca se alargar. Ele deixou a cabeça da menina jogada em seu ombro e firmou mais o aperto em seus cabelos, levando a mão livre até a boceta gostosa, massageando seu clitóris. – Chorando pro papai, minha garotinha? – ele sussurrou, começando a estocar, ela se arqueando e deixando a bunda mais empinada para si. – Uma garotinha tão, tão boa. Que boceta boa, bebê, sabe que agora ela é só do papai, não sabe? Se não, papai vai ter que matar quem tocar no seu corpinho. – Louis manipulou, a vendo chorar mais. – Você quer isso?
 
- Não, papai, Harry é só sua, sua princesinha. – ela gemia, sentindo os joelhos ralando pelo atrito forte mas pedras, devido as estocadas. – Goza dentro de mim? – Ela gemeu, agarrando a nuca dele.
 
- Quer ficar bem cheia de porra, bebê? – Louis deslizou a mão da nuca até o pescoço suado, apertando ali. – Quer o papai marcando você? Quer andar por aí com minha porra vazando? – ele sorriu, vendo Harry assentir desesperada. – Vai ser minha vagabunda, não vai? Você é perfeita demais, boneca. – Louis passou a esfregar o clitóris dela mais rápido e a beijou, os gemidos da menina abafados contra sua boca. Louis sentiu quando ela gozou, apertando seu pau pra caralho, pulsando enquanto ele esporrava em seu interior. – Está cheia, do jeitinho que queria. – Louis sussurrou entre seus lábios.
 
- Obrigada. – ela acariciou sua nuca, olhando em seus olhos.
 
- O que está agradecendo? – Louis mantinha o pau no fundo da boceta que pulsava forte, acariciando e beliscando os mamilos gostosos.
 
- Não sei. – Harry riu fraco, gemendo baixinho. – Me fode de novo. – ela engoliu em seco. – Não quero que isso acabe.
 
- Quem disse que vou deixar você ir embora, gatinha? – Louis sorriu, apertando o pescoço dela. – Se quer meu cacete te fodendo de novo, vai ter que usar sua boca esperta pra me deixar duro. – Ele firmou seus olhos no dela, apreciando o brilho bonito que eles tinham.
 
- Você vai me mandar embora, Louis. – ela respondeu com dificuldade, lágrimas gordas deslizando pelas bochechas coradas. – Me deixa te ter na minha boca pela primeira e última vez. – Ela se virou, o empurrando até que caísse sentado, se ajeitando entre suas pernas. Ela se colocou de quatro, empinando a bunda redonda e vermelha pro horizonte, deixando a boceta quente e molhada exposta no vento gelado, se arrepiando. Ela esfregou o nariz nos pelos ralos, inalando o cheiro de porra misturada com sua lubrificação e sabonete, lambendo uma faixa gorda sob o pau melado e semi ereto. Ela olhava para Louis fixamente, mamando a glande enquanto chorava.
 
Louis estava hipnotizado, fazendo carinho em sua bochecha molhada enquanto seu cacete inchava dentro da boca carnuda. Ele pegou um cigarro e acendeu, se apoiando nos cotovelos e aproveitando o momento, gravando cada milímetro do corpo de Harry em sua memória. A bunda arrebitada, a coluna arqueada, os peitinhos balançando conforme ela levava mais de seu pau pra dentro da boca e a sua glande macetava a garganta da garotinha, que apenas judiava mais e mais de si mesma, engolindo toda pré porra que escorria por sua língua enquanto mamava com vontade.
 
- Porque está chorando, pequena? – Louis perguntou, soprando a fumaça do cigarro em seu rosto. Harry não lhe respondeu, continuou o engolindo cada vez mais, sendo lenta em seus movimentos, fazendo que o momento durasse uma eternidade para si. – Me responda, Harry. O que aconteceu? – Louis perguntou novamente, sentindo-a negar. Ela cravou as unhas em suas coxas, engolindo o cacete todo e mantendo ela em sua garganta, os olhos sempre grudados nos de Louis. – Porra, gatinha. Você é tão boa pro papai. – Louis gemeu, segurando em seus cabelos e estocando pra cima como conseguia, fodendo a boquinha quente e gostosa dela. Ele levantou seu rosto e ela começou a tossir ao que ele deixou o cigarro entre os lábios pra abaixar mais a calça. – Deita. – ele tragou o cigarro à vendo obedecer, deitou-se na pedra gelada e abriu as pernas, esperando Louis fazer o que ele quisesse consigo. Ele se pôs entre suas pernas, apoiando uma mão ao lado de sua cabeça e segurando o pau com a outra, metendo pra dentro da boceta encharcada de lubrificação e porra. O cigarro foi jogado após uma última tragada e a mão livre posta no outro lado da cabeça de Harry. Ele arremeteu o quadril pela primeira vez, gemendo grosso e fazendo a garotinha gritar agarrando sua nuca.
 
- Porque está chorando, bebê? – Louis sussurrou entre seus lábios. – Conta pro papai, seja minha boa garotinha. – ele lambeu seus lábios, começando a estocar mais rápido e com força.
 
- Essa é a primeira e última vez. – Ela disse, entrelaçando as pernas no quadril de Louis e abraçando sua nuca força, não deixando ele se afastar. – Não tem problema, Lou. Eu estou acostumada. – Harry soluçou. – Por favor papai, só continua. Prometo que você não vai me ver nunca mais, só por favor, termina o que você começou. – Ela olhava nos olhos de Louis, que a olhava de volta com uma expressão indecifrável.
 
- Porque pensa isso, Harry? – Louis esfregou seus lábios aos dela.
 
- Não importa. – Harry respirou fundo, se acalmando. –Isso não significa nada. Continua me fodendo, por favor. – ela pediu, suas lágrimas ainda caindo insistentes. Ela firmou os dedos nos cabelos da nuca de Louis, beijando seus lábios com carinho e passando a rebolar devagar, sentindo o pau ainda fodidamente duro.
 
- Harry. – Louis sussurrou, os olhos grudados aos dela. – Você vai ser minha garotinha. Não vou deixar ninguém te machucar de novo. – ele acariciou suas bochechas molhadas, beijando seus lábios com carinho, passando a estocar contra a boceta que o apertava dolorosamente. Louis sentiu raiva por saber que Harry era tão só, sentiu o peito queimar enquanto percebia quão desesperada por amor a garota era. Era tão frágil que chorava só em pensar que ele iria embora, um cara vinte anos mais velho e que estava a fodendo ao ar livre cercado de bebida barata. Louis beijou seus lábios com fome, passando a estocar fundo e rude dentro da menina. – Assim como você precisa ser cuidada, eu preciso de alguém pra cuidar. Você vai ser minha, bonequinha.
 
- Só sua. – ela gemia alto. – Fode papai, fode. – ela gemia alto, chorando compulsivamente enquanto Louis tinha o rosto enterrado em seu pescoço, gemendo rouco em seu ouvido enquanto usava sua boceta com força. Harry estava insana, uma imensidão de sentimentos e sensações lhe arrebatando de uma só vez.
 
- Que boceta boa, amor. – Louis disse rouco, apertando a bunda de Harry com força. – Geme meu nome, Harry. – Louis começou a beijar todo o pescoço da menina, desejando-a tanto que poderia morder até que seu sangue estivesse em seu paladar.
 
- Louis, mais, me faz gozar de novo. – Harry implorou, sentindo o cacete de Louis em todo seu corpo, descobrindo que uma foda podia ser muito mais prazerosa do que imaginava. – Goza dentro, papai, bem lá no fundo. – Harry tinha as costas arqueadas e os olhos revirados, os gemidos escapavam altos de sua boca sem permissão.
 
- Feliz aniversário, Harry. – Louis soprou em sua orelha, gozando na garotinha e mantendo o cacete todo pra dentro, sentindo-a cortar a pele das suas costas com as unhas afiadas. Ele beijou as bochechas coradas e úmidas de Harry, beijando os lábios entreabertos dela com carinho, sentindo o corpo todo relaxar abaixo do seu. – Fica quietinha pra mim.
 
Harry assentiu devagarinho, sentindo os beijos de Louis descendo por seu pescoço, seguindo beijando seus ombros, sua clavícula, até os peitos aonde ele passou  a mamar, morder e chupar a pele, deixando suas marcas. Harry gemia manhosa, sentindo Louis mamar em seu mamilo enquanto seu coração explodia rápido no peito. Ela estava insana e apavorada ao mesmo tempo, sentindo que Louis iria à destruir para sempre, ao ponto de que nenhum outro conseguiria a fazer sentir bem sequer metade. Ele apreciava seu corpo, ele a fazia sentir desejada de verdade, a fazia sentir vista. Apesar de tudo estar acontecendo como sempre acontece, dessa vez o homem em cima de si não gozou, subiu as calças e foi embora. Louis, por mais quebrado que fosse, parecia descontar todo seu vazio consumindo seu corpo pra dentro do seu. Ele a tocava como se suas mãos fossem transpassar sua pele contradizendo a possessividade tão crua, a boca marcava como se quisesse expor a menina como uma boneca a qual lhe pertencia. Ele abandonou os peitos dela os deixando completamente arroxeados, deslizando a língua por toda barriga branquinha, marcando-a acima da mariposa tatuada em seu estômago. Mordeu e sugou a pele de seus quadris, sentindo a menina agarrando seus cabelos e o corpinho tremendo, ansiosa para ter sua língua quente na boceta judiada mais uma vez.
 
- Você é fodidamente gostosa, Harry. – Louis sussurrou contra a boceta encharcada, lambendo desde a entradinha até o clitóris inchado. Ele firmou as mãos em suas coxas que tentavam se fechar, a obrigando a manter as pernas bem abertas para ele. Ele engoliu a lubrificação misturada com sua porra que escorria, passando a esfregar a língua por toda boceta, devorando a garotinha que gemia alto e gritava seu nome. Louis soltou a coxa esquerda da menina e deslizou os dedos até a bocetinha, metendo dois dedos pra dentro dela sem aviso, tirando um grito alto dela e  passando à estocar rápido enquanto sugava e esfregava o clitóris sem descanso. – Deixa a porra das duas pernas abertas pra mim, Harry. – mandou, sentindo ela afastar as mesmas de sua cabeça. – Boa garota. – ele gemeu, voltando a mamar a boceta, curvando seus dedos enquanto metia.
 
- Me deixa gozar, papai? – Harry disse ofegante, empurrando a cabeça de Louis contra a boceta que pulsava forte. – Assim , continua, não para por favor. – Ela passou a rebolar contra a língua habilidosa, engasgando com os próprios gritos de prazer. – Porra Louis, que boca gostosa, mama sua bonequinha, judia de mim. – Harry tremia cada vez mais, sentindo o baixo ventre contorcer e o clitóris latejando pelos movimentos tão precisos. Ela pressionou mais a cabeça de Louis contra seu clitóris, fechando as pernas e o privando de oxigênio enquanto gozava forte em sua boca, o mantendo ali engolindo tudo de bom grado. Ela deixou as pernas caírem ao lado do corpo e afrouxou o aperto, fazendo carinho no couro cabeludo de Louis enquanto tinha espasmos. Ela sentia o homem beijando suas coxas enquanto tentava regular sua respiração assim como ela, os dedos de ambas as mãos fazendo um carinho delicado em seus quadris, quase como se nem ao menos ele percebesse o que fazia. Ela manteve os olhos fechados e sentiu Louis se desvencilhar de seu corpo, ouvindo o barulho do zíper da calça sendo fechado. Ficou com medo de abrir os olhos e vê-lo se afastando, por isso continuou ali, na esperança de que ele dissesse algo antes de ir embora ou quem sabe ficasse consigo mais um pouco. Se assustou quando sentiu sua saia ser abaixada e a blusinha ajeitada, cobrindo seu corpo.
 
- Vem aqui. – Louis chamou sua atenção, sentado ao seu lado. Ela abriu os olhos e o deixou ajeitar ela, ficando sentada no meio de suas pernas com as costas encostadas em seu peito. Ele a envolveu com seus braços, beijando sua bochecha. – Você trouxe blusa de frio?
 
- Uhum. – Harry respondeu, aproveitando o que achava serem os últimos minutos com Louis.
 
- Ótimo, é frio demais na estrada, principalmente quando estamos de moto. – Ele alcançou um cigarro acendendo, tragando e oferecendo pra Harry que aceitou.
 
- Vamos pra onde? – ela tragou o cigarro, olhando o sol se por.
 
- Pra minha casa, é numa cidade próxima. Você volta quando quiser, se quiser. – Louis respondeu, acendendo um cigarro para si quando percebeu que Harry não lhe devolveria, rindo sozinho.
 
- Tá rindo de que? – perguntou curiosa.
 
- Nada. – ele sorriu, cheirando os cabelos encaracolados.
 
- Então você vai me levar pra sua casa?
 
- Sim, se você quiser. – Louis tragou seu cigarro. - Você é muito mais que uma mulher gostosa e com uma boceta boa pra caralho, queria te conhecer. Eu não sou um babaca igual os outros. – justificou.
 
- Quando eu disse não, não era porque nunca me chuparam, era porque nunca tinham me feito gozar com a boca e era sempre um tédio. – Harry disse, dando de ombros.
 
- Fico feliz em ter sido o primeiro mas, não me conta de outros caras não. – Louis riu. – Quero imaginar que você é só minha, mesmo que não seja. – Ele sussurrou, beijando sua bochecha. – Vamos, as cervejas e o vinho cabem na sua mochila?
 
- Hm... – Harry suspirou, com medo do que Louis iria pensar dela. – Cabem.
 
Louis levantou, vestindo a jaqueta e entregando a mochila de Harry para ela, separando as cervejas que iriam levar.
 
- Lou. – Harry chamou, atraindo a atenção dele. – As cervejas cabem, mas aí não vai ter espaço pro fofinho. – Ela mostrou o coelhinho de pelúcia.
 
- Ele parece você. – Louis sorriu, pegando o coelhinho e colocando no bolso da jaqueta, a cabeça e as orelhinhas pra fora do bolso. – Veste a blusa, boneca.
 
Harry assentiu, tirando o moletom da mochila e vestindo, olhando Louis, mais velho, grisalho, todo marrento com jaqueta de couro e um coelhinho pequeno no bolso, nem sequer pensando no que os outros caras pensariam dele. Ela sorriu boba, sabendo que por mais idiota que fosse, ninguém faria isso por ela, nem pelo fofinho. Ela ajeitou as cervejas e o vinho dentro da mochila, fechando. Louis prontamente a pegou e colocou num ombro só, segurando em sua mão para que ela levantasse e a puxando pela cintura, lhe beijando com calma e carinho. Ele segurou em sua mão, e eles desceram em silêncio, andando em direção à moto.
 
- Ei! Tomlinson, aonde você se enfiou? Eu estava te procurando, não vai competir? – Um homem gritou, se aproximando correndo.
 
- Não vou cara, foi mal. – Ele olhou pra Harry e voltou o olhar pro homem. – Tenho coisas mais importantes pra fazer, quem sabe ano que vem. – Ele sorriu.
 
- Você compete à anos, Tomlinson, você sempre ganha!
 
- Eles não vão me vencer porque não irei competir, deixa eles serem felizes um pouco. Ano que vem eu acabo com eles de novo. – Louis puxou Harry, voltando a andar.
 
- Você não quer competir, Lou? Eu posso te assistir. – Harry perguntou.
 
- A única coisa que eu quero é ir pra casa, pedir comida e te foder de novo. – Ele respondeu, olhando o sorriso ladino de Harry querendo escapar. – Ano que vem você vem comigo, vestindo uma camiseta com meu nome.
 
- Combinado.
 
Louis ajeitou a mochila nas costas de Harry assim que eles chegaram na moto, ligando a mesma e pegando o capacete a mais no baú ao lado da moto. – Deixa eu colocar em você. – pediu.
 
- Se importa se eu for ouvindo música? – Perguntou, vendo ele negar. Ela colocou os fones e deixou ele ajeitar o capacete em si, não sem antes lhe roubar um beijo. Ele a ajudou a subir na moto, se ajeitando logo após e dando partida, saindo do evento e pegando a estrada fria rumo à sua casa.
 
 
Você consegue se lembrar de algum dia na sua vida em que nada está certo, mas de repente, o universo dá uma reviravolta e você nem consegue mais de lembrar do sentimento que te fez chorar pela manhã? Hoje era esse dia, para Harry, que abraçava Louis e brincava com a orelha do fofinho entre os dedos. A mesma música que ouviu quando chegou soava nos fones, ela olhava o céu alaranjado quase escurecendo por completo e sentia que Louis havia preenchido suas lacunas. Ela sabia que era perigoso, sabia que talvez esteja na situação mais inimaginável que poderia. Mas é o que parece certo e o que fez seu coração se acalmar. É o que fez suas dores diminuírem e seu peito oxigenar.
É o que lhe fez sentir vista e querida, como alguém que merece amor.
É o que é.
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quebraram · 1 month
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Eu só queria que isso tudo fosse um pesadelo, uma pegadinha adiantada de primeiro de abril, queria qualquer coisa, menos que fosse real. Porque não é justo, o amor não é justo, não é... E tudo está doendo de uma forma que nunca doeu antes, por favor, alguém faça parar, alguém desligue as torneiras da minha alma e abrace meu coração.
— O meu nome é solidão, D. Quebraram.
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amargurasdoamor · 6 months
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Quem és tu, de fato?
Quebra teus medos e mostra sua verdadeira essência. Mostra teus segredos, paixões, loucuras e diga quem realmente é.
A solidão não é uma má companhia, mas se quiserem ficar, saberão quem de fato é.
Mostra tua alma e tua essência. Fale sobre a mulher guerreira e a menina que pede colo no dias sombrios.
Descubra teu caminho, quem está contigo e faça valer cada segundo da sua vida.
G.
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cartasparaviolet · 3 months
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Não confie em minhas palavras, a verdade encontra-se em meu silêncio. Muitas vezes precisei omitir para sobreviver. Sabes bem o que quero dizer. Hoje falo através de meu olhar, pois poucos compreendem, mas as pessoas certas hão de notar. Entre nós há cumplicidade no ar. Não é necessário prosas nem versos, somente o coração batendo em uníssono transmite a mensagem final. Aprendi a ler nas entrelinhas de cada ser humano o que ele esconde. Vai por mim, isso não é nem de longe um dom. Às vezes, a mentira afaga e a verdade dilacera. Por que somos acostumados as ilusões? A realidade bate a porta bem diferente daquele príncipe em um cavalo branco e eu encaro minha imagem no espelho vestida com roupas inadequadas para uma verdadeira dama. O que importa como me apresento? Sento-me à mesa com meus demônios e brindamos à existência. O Universo colocou-me para dançar conforme a sua canção cósmica e o seu ritmo. Permito-me ser conduzida por algo maior que eu, pois o resto se perdeu. Ainda tenho fé no Divino, sei que Ele me acompanha. Em meus momentos de solidão, imersa em escuridão, era sua presença que me rondava. Está tudo bem, sorria. Confie mais na magia da Vida. Só não se esqueça, bebas as suas doses diárias de realismo, pois sua autenticidade chocará a muitos. O que pensa que estás fazendo escrevendo aos quatro cantos sobre liberdade e amor próprio? Quem dirá explicar sobre as dimensões que minha alma transita, em um dia estou em Marte e na manhã seguinte estou expressando minha arte. Piso em terra molhada, tomo banho de chuva, mas não sou bruxa, sou Natureza. Sou encanto e beleza que exala doçura em meus rompantes de loucura. Quanta dualidade habita meu ser? Uma alma que alça voos constantes e busca no horizonte um lugar para chamar de seu. Talvez você até se reconheceu. E, caso não, está tudo bem. O que importa é a centelha latente que desperta a chama da fogueira da eternidade que hibernava em mim. Ao abrir os olhos provavelmente tudo ao seu redor estará um caos total. Você passou muito tempo longe de si, afinal. Calma, você entenderá no final. Bem-vindo de volta. Eu te vejo.
@cartasparaviolet
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mariliva-mello · 7 months
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Gosto da solidão, do silêncio. Mas não só de silêncio de pessoas, mas do silêncio da alma. Aquele momento que você pode respirar fundo e sentir Deus. Sentir a paz que Ele produz no coração. Respirar fundo e sentir a vida percorrer os pulmões. Mesmo que tudo lá fora esteja agitado, você pode encontrar Deus no mais profundo do seu coração.
M a r i l i v a Mello
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almapisciana · 2 years
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Chore, chore de raiva, chore de amor, chore por nada, mas chore. Chorar vai além da sensação de lavar a alma, é mais que sentir o peito arder, é sentir todas as palavras guardadas indo embora, é abraçar a solidão por alguns segundos e sentir que ela não te faz mal, ela te fortalece. Seu ego não cresce no fundo do poço, por isso chore.
@iluminei /a.c
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little-blurry · 2 months
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Todos os dias eu penso " Mano eu só quero sumir , não quero mais acordar todos os dias sendo refém da minha própria mente, nem tento mais tô exausta pra caralho..."
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hashimoto3-14 · 29 days
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Rascunho de um pensamento confuso
Há muito que já não escrevo, mal tenho sobre o que escrever, ou talvez tenha perdido o jeito.
A vida tem se tornado comum, o poético já não me abala e o cansaço me consome, tenho lido livros novos para ver se surte algum efeito sobre meu estado letargico.
Me afastei de amigos, rompi com amores e não tenho mais paciência com meus gatos. Aprendi que meu nome é apenas um nome, não tem nada de errado em ser pronunciado pelas pessoas que eu tento amar miseravelmente.
Tenho falhado com todos e acima de tudo, tenho falhado comigo mesma e essa é a pior das dores. Aparentemente não aprendi com meus erros do passado, estou em um ciclo amaldiçoado em que eu sou a minha pior inimiga, tenho preencido meu tempo livre com músicas altas o suficiente para não dar espaço para meus pensamentos me torturarem…
Eu nem sequer consigo me lembrar da última vez em que vi algum familiar meu e por mais que me sinta extremamente solitária, entendo que isso faz parte de minha personalidade insuportável e complicada, já não sei mais conviver em sociedade e anseio a solidão.
Anseio controlete total e nada me é mais confortável que meu espaço seguro e solitário onde posso ser extremanente sistemática com tudo.
Hoje me peguei pensando sobre como amo meus avós, mas que talvez não os veja mais com vida por conta desse perverso estilo de vida que escolheu me levar…
Amo e amo profundamente, amo meus avós, amo meus pais, amo minha casa que só me da dor de cabeça, amo os livros que estou com dificuldade para ler por não ter mais concentração. Amo os poemas, os poetas, amo as músicas, as paisagens urbanas, amo escrever e amo o mundo, amo os pequenos momentos felizes que essa vida cretina pode nos oferecer sazionalmente. Amo quem parte meu coração, quem me faz sorrir e chorar. Amo a chuva que me alegra no serviço e também amo alguns dos meu companheiros de trabalho. Amo o sol que me esquenta a alma. Amo as flores que dão orgasmos a meu inútil coração. Amo a pessoa para qual nunca serei o bastante.
Eu amo, e amo muito e amo intensamente. Amo agora calada, amo com os olhos e o coração, amo com minha alma e amo sem fazer alarde. Amo como uma criança que chora baixinho e sozinha. Amo como uma criança que a m��e sempre proibiu de chorar alto e teve que "engolir o choro". Amo agora calada, amo acanhada pois já amei gritando e explodindo, já amei declarando orações de amor, promessas e juramentos, já amei com euforia e ansiedade. Amei de um jeito que quase me matou e muito me fez querer morrer, e por isso, agora amo tudo mas amo acanhada com o que me sobrou da pessoa que costumava gritar tudo que amava, amo hoje com a vergonha do que sou e do que me tornei….
Mas ainda amo, mesmo que com o peito ardendo e a mente gritando e me torturando.
Eu te amo e eu sempre te amarei, eu te amo agora baixinho de um jeito singular que nem eu saberei decifrar. Eu te amo, mesmo que tenha acabado de te dar meu último "adeus", eu te amo com as lembranças que sobrarão em meu tosco coração que de nada me serve se não para sofrer.
Eu te amo como amo meus pais, como nunca irei amar meus irmãos, e como um dia já amei minha tia. E agora te amei com mágoa e saudade. Amarei você com ainda mais distância e ainda menos tempo. Te amarei sabendo que agora o fim é oficial e nossa historia foi um amor juvenil e tolo… Te amarei desejando seu bem e indo atrás do meu…
Te amo hoje, sempre e por toda a eternidade mesmo que finita e númerada.
-Com amor, H.
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lembraciar · 2 months
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desde minha infância, eu sempre fui uma criança solitária, a diferença entre eu e meus irmãos de idade é grande por serem pré adolescentes quando nasci e minha irmã que tem uma diferença de idade de quatro anos. digamos eu não era a criança que ela gostaria de brincar, por terem as amigas dela e eu não tinha outra opção que brincar sozinha. tirando o fato de ter sido solitário de não ter outra criança pra brincar, era extraordinário a sensação de eu criar meu mundinho, brincando com meus brinquedos e criar histórias que só existia na minha mente ingênua. ao decorrer com o tempo, veio os machucados que toda criança sofre, acreditamos que um simples beijo poderia parar de doer e sarar. mal sabia nós que os machucados ralados no joelho, não se comparava os machucados de um coração partido, você aprender a lidar com a dor sozinha e em silêncio. e quando anoitecesse, você esperar a noite ficar calma pra poder derramar suas lágrimas sem ninguém ouvir. por medo de julgamentos, as palavras te ferir e se sentisse culpada por ser diferente, de se magoar por coisas bobas, querer que alguém olhasse pra você e demonstrasse um simples afeto ou uma gentileza. nada disso aconteceu, desde muito cedo aprendi o que é solidão, dor, rejeição e abandono. questiono a mim mesma, que quando a felicidade se aproxima de mim, tem aviso prévio de validade, em pouco tempo arranca de mim o motivo da minha felicidade, e eu novamente fico quebrada, me torno uma pessoa mais desconfiada sobre o ser humano e fria. porque quando nós achamos que vamos ser felizes e amor dará uma chance, a vida resolve dar uma peça e levar a pessoa que amamos embora. e por mais que eu seja a pessoa com a alma mais amorosa e coração bondoso, não há outra opção que escolher está sozinha novamente e conhecer alguém seja a última opção no momento, por medo de se machucar e torcer que não volte viver o pesadelo da depressão novamente.
lembraciar.
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swfpetrus · 17 days
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𝚄𝙼 𝙴𝙽𝙲𝙾𝙽𝚃𝚁𝙾 𝙸𝙽𝙴𝚂𝙿𝙴𝚁𝙰𝙳𝙾.
𝗦𝗘𝗚𝗨𝗡𝗗𝗢 𝗣𝗢𝗩.
A noite parecia mais fria no Acampamento Meio-Sangue. Os relógios marcavam 1h35, a névoa espessa tomava conta do local e o chuvisco fraco rotineiro da madrugada já começava a cair, os campistas há muito tempo já recolhidos após o toque de recolher; ambiente parecia quieto exceto pelo grito ocasional de uma harpia ou outra.
Uma sombra escura se mexeu no chalé treze, a porta pesada se abrindo sem esforço e sem barulho. Enquanto todos dormiam, alguém desobedecia o horário estipulado como regra. Petrus se aventurava pelas sombras, afastando-se sorrateiramente do chalé de Hades em direção ao bosque. Seus passos eram silenciosos como os de um daqueles fantasmas que rondavam os filhos do deus do submundo, ele percorria a trilha vazia, seu coração pulsando com uma mistura de medo e determinação. Não podia adiar mais, não quando as pessoas pareciam não aceitar sua presença.
A lua, oculta pelo véu de nuvens escuras que já havia apostas entre os campistas sobre aquilo ser uma situação permanente do satélite, lançava apenas uma fraca luz sobre o acampamento através de minúsculas frestas no céu, adicionando um ar de mistério à noite. As árvores do bosque tornavam o caminho escuro e Petrus estremecia porque o sussurrar constante da voz sombria que vinha da fenda mandava que usasse o item que pesava em seu bolso direito da calça jeans. Chame-o, ordene que ele traga um coração. Não. Cale-se. Permanecia focado no próprio plano, os passos sem titubear.
O ar estava impregnado com o cheiro úmido da vegetação noturna, uma mistura de terra por causa do chuvisco e a lama das poças que acumularam água. O silêncio da floresta era interrompido apenas pelo ocasional farfalhar das folhas ou pelo eco distante de um animal noturno, adicionando uma sensação de solidão ao coração do semideus. Petrus avançava determinado, sua mente tomada por pensamentos sombrios vindo da fenda, mas que apenas o incentivava a avançar para o meio do bosque… até que parou. Havia algo bem na sua frente, algo que não estava ali há segundos atrás. Uma figura escura, uma sombra que aos poucos tomava forma de um homem alto com sobretudo preto. As plantas ao redor secavam rapidamente, de verde escuro passavam a ser cinzas, sem vida. “Pai.” murmurou baixo, os olhos claros reconhecendo rapidamente a feição do homem que agora lhe encarava.
“Petrus. Quanto tempo.” a voz do deus era profunda, a mesma que o garoto ouviu no dia da festa dos líderes, sua primeira noite acordado no acampamento. “Depois de tanto tempo lá embaixo, é bom sentir o ar puro novamente?” o deus perguntou, a postura rígida não combinava com o sorriso que o mesmo exibia nos lábios finos. “Conviver novamente com Quíron não é tão chato depois da primeira vez, não é?” para a confusão do filho, ele acrescentou, a expressão se tornando maliciosa ao ver que o rapaz lhe encarava sem compreender.
“Eu não sei do que está falando.” Petrus admitiu. Pela primeira vez em dias, não havia vozes perturbando no fundo da mente. O silêncio era algo que não tinha conhecido desde que acordou, mas agora… tudo estava quieto.
“Ah! Eu vejo. É bom ver que a alma de Aidan serviu para alguma coisa útil. Seria um desperdício levá-lo, causar uma confusão com Apolo quando ele resolver aparecer sabe-se lá de onde está escondido e Hécate não ter cumprido a parte dela.” o deus se aproximou vagarosamente, os olhos frios esquadrinhando a figura do filho. “Desculpe pelos monstros em seu encalço no natal. Aquilo era seu presente de boas vindas, eles tinham que te guiar até a clareira.” Hades contou, fazendo um breve sinal com a cabeça na direção onde ficava a colina. Um lampejo de esclarecimento brilhou nos olhos de Petrus e o pai sorriu, assentindo. “Não podia mandar minhas Fúrias, seria óbvio demais minha mão por trás da sua vinda.” fez um movimento desdenhoso com a mão direita, revirando os olhos em seguida. “Todos aqui são tão desconfiados, não podia deixar alguma ponta solta.” ele estendeu a canhota para tocar um dos cachos do cabelo do filho, mas não era um gesto carinhoso e sim avaliativo. “Sinto muito por Hécate ter tirado suas memórias de casa também, eu achei que ela tiraria apenas do Acampamento para que Quíron não lhe reconhecesse. Quando a névoa se desgastar por completo, você lembrará de tudo… se é que ela cumpriu com louvor o favor.” garantiu.
“Tudo o quê? O que eu tenho que lembrar? O que Hécate escondeu na minha mente?” perguntou urgentemente, engolindo em seco. No peito, o coração batia acelerado e desesperado, não imaginava que a noite tomaria aquele curso.
“Não posso lhe dizer, criança. Se você souber, eles saberão e irão lhe impedir novamente.” Hades afastou-se do garoto, os olhos não se desviavam, o deus sequer piscava. “Enterre o apito. Não dê ouvido às vozes, Quíron sabe como fazê-las parar, essa não é a primeira vez que acontece. Mas ele não pode saber sobre o apito então faça o cão ir embora… e cuidado, você não está sozinho. Encontre a espada o mais rápido possível, o tempo está correndo e o silêncio está a espreita.” ao dizer aquilo, a figura do pai dissipou-se no ar misturando-se com a neblina local; a névoa escura mesclava-se com a cinza deixando o semideus sozinho, apesar da implicação do deus. Petrus estava ofegante, confuso, as palavras do pai não faziam sentido… mas ele não hesitou em se agachar e começar a cavar um buraco no chão. De dentro do bolso, o rapaz retirou um cilindro prateado, e, com hesitação, levou até os lábios para assoprar.
Silêncio.
Por alguns segundos, nada aconteceu.
Isto é, até que uma grande sombra preta começou a se movimentar dentro da fenda e sair dali de dentro, se misturando com as sombras das árvores e tomando a forma do cão infernal. A criatura imensa estava sem uma garra na pata esquerda, os olhos vermelhos encaravam Petrus como se estivesse esperando ordens.
Mande-o até os chalés, uma nova alma é requisitada. Não. Não. Agora não, cale-se!
As vozes estavam de volta, não havia mais sossego. “Vá embora, Hans. Você precisa voltar pra casa.” disse ao cão, ignorando as vozes. “Não pode mais ficar aqui, tem que ir embora.” completou, esticando a mão para alisar a lateral do corpo do cão imenso. Uma despedida. Petrus se agachou e enterrou o apito, não iria mais usar aquilo. “Adeus, amigo.” murmurou. Ao invés de sumir como o filho de Hades presumia que aconteceria, o monstro rosnou alto e latiu, dando-lhe uma cabeçada sem forças, mas começando a se afastar. Esperou que o cão se misturasse com as sombras assim como seu pai… mas a criatura apenas pulou de volta na fenda.
Ah não, não, isso não podia estar acontecendo. Temia que enterrar o apito não fosse o suficiente para mandar o cão embora e para confirmar seu medo, na mente pôde ouvir uma nova voz.
Ele não vai embora sem trazer o que queremos.
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pseudonimobeijaflor · 3 months
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Eu permiti que deuses consumissem minh'alma como oferenda noite passada. Noite passada há mil anos atrás. Nessa tal noite eu era a pagã mais procurada que caminhava pela terra, era a mulher apedrejada por errantes sentados em seus tronos de madeira, que sentiam-se em tronos do mais puro ouro do planeta. Eu ri de suas faces, sangrando, mas sem deixar de caminhar, eles já estão mortos, essa noite foi há mil anos, mas minha alma virou eterna aprendiz e a deles se desfez em hipocrisia. Noite dessas eu me permiti ser um peão em um jogo de xadrez, então indo contra todas as expectativas, dei xeque na rainha e pulei casas acima do rei, que ficou imponente perto da minha pequenez. Disseram que fiz tudo contrário as regras. Mas regras não se aplicam a almas consumidas por deuses. Então me safei de mais uma condenação. Dia desses minha pele quase virou cinzas andando pela luz ardente do dia, porque minha alma ardia e eu achei ser necessidade de enxergar o sol, e encontrar afeto em qualquer olhar perdido, em qualquer esquina. Mas não. Ela ardia por estar fria, e por pertencer a deuses que só gostam da escuridão.
Dias, tardes e noites dessas, eu me arrependi em ser oferenda e consumida por seja lá quais deuses que se interessaram pela minha fragilidade. Não perguntei seus nomes, nao quis me simpatizar com os semblantes, eu quis ser eterna por um instante e sentir o poder de dominar aquilo que está fora do meu controle. Mas ali nada mais valia. Eles eram a personificação dos meus demônios, não deuses, e eu deixei, em minha fraqueza, que tomassem contam de mim. Fui tão grande como minha ansiedade, fui tão forte quanto minha depressão. Fui tão infinita quanto minha tristeza. Mas aí percebi que a eternidade tem um preço alto de solidão.
Dia desses, há mil anos atrás, eu fui só um tanto humana demais, falhando em não conseguir exorcizar esses dragões, que reinam como deuses em meu coração.
Beija-Flor.
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quebraram · 1 month
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O que eu não falo, reclamo ou coloco para fora, vai se acumulando dentro de mim. E isso vai me deixando mais amargo, mais frio, mais quieto, mais triste, mais propenso a ter crises, mais fácil de desmoronar e mais distante de tudo e de todos. Falar sobre como eu me sinto ou sobre as coisas que me deixam triste ou chateado é como uma válvula de escape, porque eu sempre fui silenciado e passei a maior parte da minha vida juntando tudo, por isso que hoje em dia tenho tantas cicatrizes e traumas, juntei por tanto tempo que me cortei por dentro quando a granada estourou na minha cara. Meus sentimentos e problemas nunca importaram para as pessoas e sei que é tolice minha achar que um dia alguém vai querer entender porque tento jogar para fora tudo que posso, mas o som que a minha alma faz não é tão bonito, agradável e atrativo, então ninguém quer ouvir uma melodia tão melancólica, almas tristes nunca são as escolhidas. E todo esse acúmulo acaba se tornando um nó que fica preso na minha garganta, costumo chamá-lo de granada, porque uma hora ele cresce tanto que explode, nisso acaba adentrando estilhaços para dentro de mim e voando para fora e aí não tem muito o que fazer. Eu só queria ser ouvido quando fosse preciso, mas só quem me ouve são as palavras e folhas em branco, elas sim sabem tudo de mim, só é uma pena que não podem falar.
— O meu nome é solidão, D. Quebraram.
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