Tumgik
#ver fantasmas
valkyrievanessa · 2 years
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jogando monster roadtrip igual uma fanatica desde que consegui comprar ele e nossa, que jogo maravilhoso, perfeito, adoro demais hahaha. Já fiz varios finais e o mais recente é o do show de musica, com o evento especial da Summer, Macarena e o cheese
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Estou completamente louca por esses 3 fantasmas, especialmente a Summer, porque? não sei, acho que a vibe dela é tudo o que eu gostaria de ser hahaha (e ela é linda e fofa)
Mas bem seria, eu amei demais esse jogo, o meu favorito da franquia de longe, eu adoro a serie monster prom mas esse certamente me fez ficar obcecada. Só fico um pouco triste que os Hitchhikers são meio que aleatorios, estou um tempão querendo o final romantico do Damien (meu personagem masculino favorito) e ele só apareceu 1 vez para mim como hitchhiker e nunca mais, a Miranda foi outra que demorou para aparecer uma segunda vez e eu consegui todo o final do Merkingdom (chegar no local, final romantico da Miranda e o evento de estrada)
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eu ainda pretendo comprar as dlcs, embora eu jogue mais com a Vicky do que com qualquer outro personagem eu quero os outros mesmo assim. Mas serio, esse jogo é incrivel, me fez gostar ainda mais dos personagens que já gostava (miranda, vera, joy e Milo) e me fez gostar de personagens que eu não ligava tanto assim antes (Polly, Calculester, Aaravi).
Esse jogo (E a franquia como um todo) são bem unicos, perfeitos e que amo de paixão, adoraria uma serie de tv de monster prom (animação de preferencia) mas dificil isso acontecer, é uma franquia indie e tals, as empresas preferem adaptar jogos AAA mesmo que mal adaptado. Bom, alguns prints dos finais romanticos que consegui
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lilithnolily · 2 years
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HALLOWEEN PARTY:
— Lilith Barlowe Whitlock como Noiva Cadáver.
Flores envelhecidas e roupas produzidas por suas próprias mãos, somente não acompanha a maquiagem por não utilizar nada em seu rosto. A clássica coroa transformada em uma de flores.
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darlingmylady · 2 months
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Una película interesante cuánto menos, oscura y extraña con toques de fantasía y fantasmas.
Yo la disfrute bastante aún q hay algunas cosas que no tengan mucho sentido y los protas hacen bien su laburo, más que nada la hermana de la historia
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imninahchan · 7 months
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⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: felipe!namoradinho, rivalidade brasil x argentina, oral fem, strength kink(?), pussy spanking, masturbação fem, fingering, dirty talk, degradação, dumbification. Termos em espanhol — me vulve loco (me deixa louco), boluda (boba), perrita (cadelinha rsrs) ˚ ☽ ˚.⋆ ⌝
꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ pau no uc dos argentino
𓍢ִ໋🀦 NAMORAR UM ARGENTINO LOUCO POR FUTEBOL NÃO É A COISA MAIS SIMPLES NA SUA VIDA AGORA ─────
A faculdade te toma tempo, neurônios. A sua família e os traumas são uma soma instável. Mas Felipe... Pô, Felipe ganha de tudo.
Ele ama futebol. É apaixonado. Se não fosse pelo simples fato de que obviamente precisa fazer outras coisas no cotidiano além de estar num estádio, marcaria presença em todo jogo do time do coração. E não, os problemas não surgem quando é o River quem está buscando a taça do campeonato — nem quando é época de Libertadores, honestamente —, as coisas ficam sinistras ao se falar de nível nacional.
Entenda, ele é argentino... (respira fundo)... a camisa alviceleste combina com a cor dos olhinhos claros, está recitando junto dos outros hermanos os cantos de torcida para alfinetar o adversário enquanto termina uma latinha de cerveja. E você não abre mão da amarelinha. Pode até dizer um êeee parabéns, amor quando o River ganha um jogo, no entanto essa complacência não existe se falando da seleção. Você vai tietar os jogadores, gritar com a TV, jurar que dessa vez a gente ganha e jogar na cara o penta do país do futebol pra qualquer argentino que queira te peitar no bar.
Na última copa, você lembra, foi bem “intenso” pra vocês dois no Qatar. Não vamos falar daquela cobrança de pênaltis contra a Croácia porque desalinha os seus chakras, mas você chorou nas arquibancadas, não chorou? E quando Pipe te abraçou, fazendo acreditar que faria a linha namorado que vai oferecer muitos mimos, mas mandou um agora você pode torcer pra Argentina, cariño, você jura, só não jogou ele arquibancada abaixo pois ficou com medo de ser presa e deportada. Ah, mas o Messi merecia a... Pau no cu do Messi, cara!
Só que tudo ainda ficou pior, né? Implorou ao máximo pros franceses naquela final, oui oui mon ami, esquecendo toda a camaradagem latina, porém não adiantou muito. Felipe ficou insuportável, e como são um casal, bem... sabe como é... as dinâmicas dentro do quarto ganharam um toque especial, vamos dizer assim. Seu namorado começa com o pé direito, com a vantagem. A camisa dez alviceleste ficou o tempo todo no seu torso, mesmo que ele precisasse enfiar as mãos por baixo do tecido para apertar os seus seios. As circunstâncias pra chegar naquele estado, de quatro na cama do hotel pro canalha patife, não era a das melhores, porém o orgasmo foi tão, tão intenso que você esqueceu por um momento a melancolia.
Desde então, que vença o melhor.
— Adivinha quem a gente eliminou das olimpíadas hoje? — Ele sussurra ao pé do seu ouvido, surgindo feito um fantasma.
Você já está com a faca e o queijo na mão pra refutar. Mas a feminina tá classificada! Ele cruza os braços, o bonezinho virado pra trás.
— Mas aí não vale! — alega, pautado numa regra que ele mesmo deve ter inventado. — Ó, te espero no quarto em cinco minutos, bota a camisa dez.
E entre ganhar e perder, os humilhados também são exaltados. Deus é brasileiro, falha mas não tarda, você tem a sua vingança. Abre a porta do quarto, tira o headset da orelha dele, roubando toda a atenção do joguinho de vídeo game, para avisar: ‘tá na presença do novo campeão mundial, respeita.’
Ele descansa o console sobre as coxas, com a maior calma, a cabeça já fazendo que não, no automático.
— É futebol de areia, não vale.
— Independente, irmão.
— Já falei que não vale.
— É o hexa, pai, vai Brasil!
— Não vou fazer nada.
— É, em cinco-oito foi o Pelé~
A ordem é clara: ‘seguinte, bota o manto da nação do futebol que eu tô te esperando na sala, hermano’, e não demora muito pra você desviar a atenção do filme na televisão pra ver a figura do rapaz com o rosto encostado na parede, a carinha de cachorro que caiu da mudança, na esquina pro corredor do apartamento.
Não consegue segurar o sorriso, e ri ainda mais quando ele resmunga um para de rir, boluda. A amarelinha número nove foi comprada especialmente para esses momentos, nas costas largas o nome de Richarlison estampa onde geralmente você costuma ler algum sobrenome em espanhol. Infla o seu ego, não tem medo do perigo.
Felipe se ajoelha sobre o tapete, o corpo entre as suas pernas. Olhar caído, o jeito de estressadinho na forma com que suspira, segurando nos seus joelhos.
— Tá, o que você quer que eu faça? — já vai questionando. — Quer que eu te chupe? Tira o short.
— Calma, hermano. — Pega por cima das mãos dele, impedindo que possa alcançar o cós do seu short jeans. Está gargalhando, provocante. — Vai, dá uma voltinha pra mim. Deixa eu te ver — instiga. Tira o boné da cabeça dele para bagunçar os fios corridos. — Cê fica tão bonitinho de amarelo...
A expressão se fecha na face do argentino, imitando o som da sua risada, gastando. Se levanta, sim, só que é pra pegar nos seus pulsos, dominar o seu corpo por baixo do dele até te trazer pro colo. Ah, que engraçadinha... Tá tão acostumada a perder, né, vida, que não sabe aproveitar quando ganha. E porque é mais forte, facilmente te molda, a mão firma na sua coxa, aperta a carne. Apenas pela indelicadeza de ser manejada já te dá tesão.
— Eu te amo muito, tá? — ele diz. — Porque, senão, eu nunca vestiria uma camisa tão feia.
— Olha, como cê fala da pátria amada...
— Se os caras me virem com essa blusa eu vou estar sujeito a enforcamento em praça pública.
— Inclusive, vamo’ tirar uma foto?
Que foto!, ele estala um tapinha na sua coxa, com cara de bravinho. Os dedos rapidamente seguram no cós do seu short pra puxar abaixo junto da peça íntima. Vai se colocando mais uma vez de joelhos no tapete da sala, ainda sustentando a pose de irritado, de cenho franzido, ao passo que as suas risadinhas se somam. É lindinho de ver, te faz morder o lábio, danada, deixando o rapaz separar as suas pernas, encaixando a parte de trás do seu joelho no ombro dele.
Ele chupa o próprio polegar, antes de levá-lo até o seu pontinho sensível. Tá muito cheia de gracinha, murmura, sem tirar os olhos do que faz, os movimentos circulares lentinhos, Me vuelve loco, perrita.
Um sorrisinho repuxa no canto da sua boca. É um combo de estímulos — a sensação quente na boca do estômago que a masturbação causa, o tom emburradinho da voz masculina e, claro, o termo degradante com o qual já está acostumada a ouvir ecoando pelas paredes desse apartamento. Mas lamuria, fazendo você um dengo dessa vez.
Felipe ergue o olhar pra ti, o nariz empinadinho.
— Cê tá burlando as regras, eu não deveria aceitar — diz, e a voz fica mais baixa, charmosa, pra completar: ‘mas acho que vou ter peninha de você, okay?’
Os seus dedos vão parar nos fios dos cabelos dele assim que o argentino se inclina pra beijar a sua virilha. Enrola as mechas, escuta os estalidos dos lábios na sua pele. Os selares se arrastando pelo seu monte de vênus, até o indicador e o médio dele te separarem em v pra que a língua possa perpassar.
Hmmm, você se contorce de prazer, forçando de leve a cabeça dele entre as suas pernas. Morde na gola da blusa, na falsa crença de vai abafar os gemidos dessa forma. Cerra os olhos, o quadril ganhando vida sobre o estofado, inquieto, remexendo-se contra o carinho que ganha. ‘Lipe, o apelido soando abrasileirado mesmo, a voz mais doce que o normal nesses momentos.
— Hm? — ele murmura com a boca em ti ainda, a vibração da garganta te faz estremecer. — Fala — volta a te olhar, o polegar assumindo a posição que detinha sobre o seu clitóris inchadinho. Você aprecia a visão dos lábios masculinos cintilando de tão molhadinhos, a imensidão tropical nas íris clarinhas feito o mar límpido. Porra, se tinha alguma coisa pra dizer, até se esquece...
‘Nem sabe mais falar’, caçoa, lendo o seu estado aparente. A cara de decepção é fingida, faz parte de um teatrinho junto do tom manso. ‘Já te deixei bobinha, é? Poxa, normalmente você dura mais, nena...’
— Pipe — chama por ele mais uma vez, num sussurro. A natureza da sua personalidade te faz querer rebater cada baixaria que ele te diz, no imediato, apesar de nem saber o que retrucar.
O tapinha que ganha na buceta desencadeia um sobressalto, o seu rostinho de coitadinha para encará-lo. O indicador da outra mão dele colando na sua boca pra te calar, shhh, evitar um gemido depravado, eu sei, bebê, shhh...
— Já tô sabendo — te garante, chegando mais perto. Os lábios molhadinhos beijam na sua bochecha, terno, melam a região. — Tá querendo levar pica, não? Ou serve os meus dedos mesmo? — Desce o toque pra entradinha, desenha a abertura. — Quantos você quer? Dois serve, não serve? Assim, olha... — E uma dupla afunda pra dentro, desliza devagarinho, desaparecendo na quentura do seu corpo. Ele assiste o que faz, até as juntas impedirem de te tomar mais, e volta o foco pra ti. — Ou quer mais um? Se eu meter três talvez te deixo larguinha pra foder depois...
— Sim...
— Sim? — repete, gozando do seu tom. Estala mais um tapa entre as suas pernas, sorrindo quando te vê chiando, agarrada ao antebraço dele, com os músculos travadinhos. — Sou muito feliz por ter uma namorada tão cadelinha por foda assim, sabia? — Dá outro beijinho na bochecha, um afeto suave que contradiz com a penetração profunda dos três dedos de uma vez só. — Quando eu tô te fodendo, e você até baba na fronha do travesseiro de tão burrinha de levar pica, é a coisa mais linda... Até esqueço que tô namorando o inimigo...
— Felipe... — resmunga entre dentes, as unhas cravando na pele dele.
— É, cê não teve culpa de nascer no país errado — ele continua, descarado. O melhor ainda é a expressão de anjinho na face, os olhinhos claros brilhando, parecendo maiores. — Pelo menos, cê achou o cara certo pra te tratar direitinho, te comer bem. — Os dedos escorregam pra fora para que o indicador possa concentrar o carinho no seu clitóris. — Algum brasileiro te fodia assim, hm? Acho que não, né? Se teve que apelar pra um argentino... A gente não tem culpa de ser tão bom, gatinha.
— Felipe — a ênfase na pronúncia é um aviso duplo; as provocações estão fervendo seu sangue nas veias, e o corpo não vai tolerar muito mais tempo sem se derramar em breve.
— Aproveita a sua taça de futebol de areia — zomba, rindo, e vai chegando ainda mais pertinho do seu ouvido pra finalizar: ‘porque aquele seu Neymar vai aposentar sem uma copa.’
— Felipe, eu juro...
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hansolsticio · 5 months
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✦ — "ruína". ᯓ c. seungcheol.
— ex-namorado! seungcheol × leitora. — 𝗰𝗮𝘁𝗲𝗴𝗼𝗿𝗶𝗮: smut. — 𝘄𝗼𝗿𝗱 𝗰𝗼𝘂𝗻𝘁: 3630. — 𝗮𝘃𝗶𝘀𝗼𝘀: sexo desprotegido (é crime), penetração, consumo de bebida alcoólica, ciúmes ♡, linguagem imprópria, choking levinho, menção (indireta) à anal, tapinhas ♡, oral (f), o cheol é tóxico ♡. — 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: ele é uma red flag aqui, mas cês vão descartar o pobre só por conta disso? olha pra todas as outras qualidades que ele tem...
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Sete minutos. Faziam exatos sete minutos que sua noite havia sido arruinada. O nome da catástrofe? Choi Seungcheol. Suas amigas tentavam te convencer do contrário: não era o fim do mundo encontrá-lo aqui. Mas você era cabeça dura, pois uma coisa é ver os prints dos stories dele — que suas amigas casualmente te enviavam com a pura intenção de xingá-lo de todos os nomes possíveis — e outra coisa totalmente diferente é encontrá-lo pessoalmente pela primeira vez em três semanas.
Estava tudo indo muito bem, bem até demais — você deveria ter previsto que algo viria por aí. Num minuto você estava caminhando até o bar toda alegre, pronta para pedir mais uma daquelas bebidas coloridas que te faziam perder um pouco do seu senso moral, e no outro você estava dando de cara com um certo indivíduo que não parecia nada feliz em te ver ali. Era como ver um fantasma, tinha certeza que sua expressão estava mortificada.
Agora suas companheiras de festa tentavam te fazer voltar a si. Não havia motivo para se sentir intimidada com a presença dele: você é adulta e solteira, ponto final. Olhando de longe parecia a equipe do Rocky Balboa o instigando para mais uma luta. Você estava esperando o momento em que alguém te entregaria duas luvas e um protetor bucal, mas não aconteceu — uma pena, você adoraria deitar Seungcheol na porrada (ele merecia). Só que o ponto era: você não iria deixá-lo acabar com a sua diversão. Havia aceitado ir com a única intenção de seguir em frente, pois já estava na hora. Era isso, essa noite Seungcheol não existia.
Entretanto sua maior questão era provar para si mesma que ele "não existia". Tirá-lo do pensamento não era uma coisa muito fácil, não para você. Ele ainda te deixava desorientada sem sequer precisar falar contigo e isso era um mau sinal — mesmo com esse tempo longe, não parecia estar nem perto de superá-lo.
Precisava de uma distração. Qualquer rostinho bonito serviria, afinal não queria nada sério, só alguém que te fizesse parar de pensar um pouquinho. Desvencilhou-se de suas amigas com cautela, assegurando que estava bem e só estava indo se distrair. Achar um alvo interessante não foi uma tarefa difícil, logo avistou um moreninho apoiado em uma das paredes mais ao canto da boate. Ao julgar pelo olhar e pela postura ele parecia estar procurando o mesmo que você: diversão. No início, foi difícil se aproximar e puxar conversa. A última pessoa com a qual você tinha flertado era Seungcheol, havia perdido um pouco da manha. Mas como ele também parecia ter gostado de você, não demorou para retribuir suas intenções.
Papo vai, papo vem... você admitia que além de bonito ele também era engraçadinho — havia escolhido bem, não se importaria nada em dar alguns beijinhos nele caso a oportunidade aparecesse. Tomou mais um gole da sua bebida, ainda sorrindo com uma das cantadas descaradas que ele havia acabado de jogar para você. Estava vidrada no sorriso bonito, mas estranhou assim que a expressão do homem se tornou um reflexo de confusão. Havia algo errado no seu cabelo? Talvez tenha bagunçado um pouco. Levou uma das mãos para cima, tentando arrumar algum fiozinho que estivesse fora do lugar. O ar parou dentro dos pulmões assim que sentiu algo envolver seu pulso, seguido de um contato molhado na palma da sua mão — que você julgou ser um beijinho.
"Princesa?", a voz estava mais perto do que você havia previsto. Okay. Então a pressão que você sentiu em volta do seu corpo não era um espírito obsessor. Na verdade...
"Che- Seungcheol?", estar 'surpresa' era a descrição correta? Não, talvez 'em choque' se adequasse melhor à situação. Não entendia, você definitivamente havia visto ele — tinha até a impressão que ele fez questão que você soubesse que ele estava ali. Porém não achava que ele teria o atrevimento de vir até você.
"Te achei, hm? Tava se escondendo de mim, amor?", a música alta não te impediu de ouvir e sabia que seu novo 'pretendente' também era capaz de escutar. O comportamento constrangido do homem a sua frente não estava te ajudando a pensar. "Quer me apresentar 'pro seu amiguinho?", você não viu, mas o rosto de Seungcheol expressava desprezo em todos os detalhes.
"O que você 'tá fazendo aqui?", descartou todas as perguntas anteriores dele, optando por fazer uma você mesma. A mão dele já havia libertado seu pulso e agora descansava na sua cintura, um gesto automático.
"Tô cuidando de você, ué.", fazia algum tempo desde a última vez que havia escutado ele assim de pertinho e isso não estava fazendo bem para sua cabeça.
"Você conhece ele?", uma terceira voz furou a bolha que circundava vocês dois. Mal teve tempo de abrir a boca para responder.
"Claramente sim. E você? Quem é?", ele cuspiu as palavras como se a interrupção fosse totalmente indesejada — e realmente era.
"Não falei contigo. Você conhece ele, ____?", o homem pontuou sem tirar os olhos dos seus. Estava nervosa, se sentia colocada contra a parede. Concordou com a cabeça, murmurando um 'sim' baixinho. "Mesmo assim, quer que eu te leve daqui?", ofereceu com apreço. Seungcheol soltou uma risadinha baixa, um arrepio cortou sua espinha. Sentiu ele soltar sua cintura, como se te deixasse livre para escolher.
"Quer ir com ele ou quer conversar comigo, princesa?", deu um passo para trás, colocando as mãos nos bolsos. Era tudo teatral, nem por um segundo duvidou de você. Ele sabia que a escolha já havia sido feita assim que te viu pela primeira vez naquela noite.
"Desculpa.", você sussurrou para o homem a sua frente, depois de dissimular um rosto indeciso — como se realmente precisasse ponderar sobre o fato. Virou-se acanhada, fazendo de tudo para não olhar diretamente para a expressão vitoriosa de Seungcheol. Ele deu de ombros para o outro homem como se dissesse "pois é...". Você começava a se questionar se havia se rendido fácil demais — mas quem você queria enganar? era Seungcheol.
[...]
Deixou que a mão apoiada no fim da sua coluna te guiasse até o banheiro. Evitava levantar os olhos, tinha medo de dar de cara com as suas amigas te julgando. Foi a primeira a entrar no cômodo, apoiando-se no balcão da pia, ouviu Seungcheol trancar a porta.
"Seja rápido. Fala logo o que você quer me dizer.", cruzou os braços, finalmente havia respirado o suficiente para ser capaz de ao menos fingir não estar mexida com a presença dele.
"Ah, eu?", olhou para cima, fingindo pensar. "Eu queria dizer que...", se aproximou sorrateiro, como se você fosse atacá-lo a qualquer momento. "...que eu tô com saudades.", disse já bem pertinho, ameaçando pôr as mãos na sua cintura.
"Você fez aquela ceninha ridícula lá fora só 'pra me dizer que tá com saudades?!", questionou incrédula. Detestava saber que ele não tinha um motivo plausível para ter te arrastado até ali. Bem, ele até tinha um motivo, mas esse você não queria ouvir.
"Sentir falta de você não é o suficiente?", fez bico. Você tirou as mãos dele da sua cintura tão rápido quanto ele as colocou ali.
"Não. Não é."
"Você tá sendo muito cruel."
"E você tá sendo sonso. Fala, Seungcheol. Por que você me trouxe até aqui?", o vocativo era proposital, ele precisava se sentir contrariado para admitir suas próprias verdades. O homem suspirou exasperado, bingo!
"Porque eu não te queria perto dele. Era o que você queria ouvir?", forçou um semblante entediado e isso foi o suficiente para te deixar mais irritada.
"Esse é o caralho do seu problema. Você sente prazer em agir como um idiota por acaso? Foi exatamente por isso que a gente terminou.", Seungcheol era assim antes do relacionamento começar, você nem sabe porque esperava algo diferente da parte dele.
"E você acha seguro confiar num cara aleatório que você acabou de conhecer?", tentou virar a situação para você.
"Eu tenho idade suficiente 'pra saber o que eu faço com a minha vida. Já mandei você parar de tentar me controlar, é ridículo."
"Ridículo é você fingir que não queria estar aqui. Eu não te obriguei a vir comigo, então pra quê fazer esse drama todo?", te doía admitir que ele tinha um ponto, você poderia ter dito 'não'.
"E se eu não tivesse vindo, Seungcheol? O que você ia fazer?", vocês dois pareciam amar perguntas retóricas.
"Eu iria embora 'pra não acabar quebrando a cara daquele filho da puta. Simples assim.", a ameaça não te assustou, era de se esperar. Ver Seungcheol com ciúmes era como encontrar um garfo na cozinha: trivial. Não havia surpresa alguma nisso.
"Tá vendo o quão ridículo isso é? Não tem o menor sentido! Você não é meu dono. Se eu quisesse ficar com ele, eu ficaria."
"E você quer?", questionou de imediato, você virou o rosto com a pergunta — não era preciso responder. As mãos foram para sua cintura mais uma vez, só que você não as impediu. "Olha 'pra mim, princesa. Vai ficar disfarçando até quando? Eu sei que você também tá com saudades de mim .", o rosto dele estava tão pertinho, dava para sentir a respiração quentinha batendo na sua pele.
"Seungcheol-"
"Cheollie.", corrigiu. "Perdeu o costume, amor? Faz tanto tempo que eu te dei carinho, né?", selou seus lábios, sorrindo quando te viu se aproximar mais, querendo continuar o ósculo. A mão entrou mansinha no meio das suas pernas, fazendo um carinho singelo por cima da calcinha. "Sentiu minha falta, não foi?", se você fosse mais inexperiente acharia que o homem estava falando com você — mas tinha conhecimento suficiente para saber que ele estava falando com a sua buceta. "Seus dedinhos estão sendo suficientes, princesa?", agora sim era com você.
"Sim.", concordou com a cabeça, tentava ser convincente.
"Tem certeza que não 'tá mentindo pra mim?Dá pra ver na sua carinha, princesa. Se mela toda só de me ouvir falar.", levantou seu vestido e te suspendeu com cuidado, te colocando sentada em cima do balcão. "Qual foi a última vez que outra pessoa brincou com ela, hm?", já tirava sua calcinha com a sua ajuda, como se fosse costumeiro. Você não foi capaz de responder, crispando os lábios. "Eu fui o último, não fui?", disse entre risinhos, soava mais como uma afirmação que como uma pergunta. "Não tem graça foder com quem não sabe te comer direito, não é isso?", você começava a achar que Seungcheol falava demais e era muito presunçoso — parte disso era verdade e a outra parte era fruto do seu orgulho, detestava o fato dele estar certo. Franziu a testa, irritada. "Que foi? Acha que aquele desgraçado lá fora ia conseguir te deixar desse jeito?"
"Dá 'pra calar a boca e andar logo com isso?", arisca, quem ouvisse não diria que você estava escorrendo por causa dele.
"Ficou um tempinho sem mim e já voltou a ser mal criada?", os dígitos desciam e subiam em cima da sua intimidade, num carinho vagaroso. "Tá precisando apanhar um pouquinho.", estapeou seu pontinho, te alertando. Seu corpo retesou, acalmando-se quando sentiu os mesmos dígitos estimulando seu clitóris.
Colocou dois dedos dentro de você devagarinho, sem tirar os olhos dos seus. O homem sorriu assim que sentiu o quão molhada você estava. Estocou algumas vezes, vendo seu rosto franzir. Retirou-os devagar, colocando os mesmos dedos dentro da sua boca. Você não mostrou resistência, limpando os dígitos. Ele se abaixou com um rostinho sapeca, amando ver sua cara de expectativa. E foi a última coisa que você viu, os olhos se fechando assim que Seungcheol praticamente abocanhou sua buceta. A língua inquieta não sabia ficar paradinha num canto só, se enfiava na sua entrada sem dificuldade alguma, deixando tudo babadinho. Suas mãos se agarraram no cabelo do homem quando ele sugou seu pontinho entre os lábios, mamando de um jeito que te fazia arrepiar. Gemia dengosa, nem sabia como tinha conseguido ficar sem o seu Cheollie por tanto tempo.
Ele se levantou devagar, deixando um beijinho molhado por onde passava. Envolveu seu rosto entre as mãos, te puxando para um beijo cheio de saudades. O ósculo era uma bagunça, Seungcheol agia como se nunca mais fosse ser capaz de te beijar. Dava para sentir o desejo e o desespero misturados, isso deixava tudo ainda mais delicioso. Você fazia o que dava para retribuir, se sentia perdida agora que ele começava a roubar seu oxigênio. Ouviu um farfalhar, seguido de um barulho de zíper. O homem se separou por alguns segundos, só o suficiente para conseguir guiar a cabecinha para sua entradinha. Voltou a te beijar novamente, tão rápido quanto parou, vocês dois gemendo sensíveis quando ele entrou por completo.
O Choi parecia ter perdido a arrogância, grunhia vulnerável contra os seus lábios, estocando com necessidade. Parecia indeciso, dividido entre te beijar direito e te foder do jeito que ele queria. Seu corpo arrepiava com tudo, estava abertinha, podia sentir ele indo bem fundo. Também queria beijá-lo direitinho, mas havia outra parte de você que parecia estar muito mais carente por Seungcheol — e foi para essa parte que você resolveu ceder. Interrompeu o beijo com muita relutância por parte do homem que não queria te soltar. Você apoiou as mãos atrás do seu corpo, se abrindo mais ainda para o homem.
"Fode, Cheol.", pediu com a voz por um fio. Escutou o homem grunhir, ele tomou seu quadril com as mãos e te trouxe para a borda da superfície. Passou a estocar com afinco de um jeito quase animalesco. Você sentia seu corpo arder, o barulhinho molhado que soava quando os corpos se chocavam virando só um zumbido dentro das suas orelhas. Se surpreendeu consigo mesma quando gozou, a onda de prazer te levou sem avisar. As pernas tremendo, enquanto você jogava a cabeça para trás, sem saber o que fazer consigo mesma.
Chamava por Cheol manhosa com a sensibilidade. Seus braços já não tinha forças para sustentar o peso do seu corpo, sentia-os tremendo enquanto tentava se manter na posição. As mãos do homem forçando suas pernas abertas também não te ajudavam muito.
"Abre 'pra mim.", ouviu-o ordenar sem muito capricho. Ele nem precisava explicar, você já sabia o que significava — já estava acostumada, fez isso mais vezes do que era capaz de se lembrar. Apoiou totalmente o antebraço no mármore gelado, temia cair se tentasse se sustentar só em uma mão, o torso descendo mais como consequência. Sentiu-o retirando-se de você num movimento lento, o homem sabia que aquilo te dava aflição — fazia-o só para ver seu rostinho torcido. Sua mão desceu trêmula até sua intimidade assim que ele finamente saiu por completo. Usou os dedos para separar os lábios, realmente se "abrindo" para Cheol.
"Porra, assim...", ele passou a se punhetar com vigor, os olhos vidrados no meio das suas pernas. O vinco entre as sobrancelhas ficando mais evidente, enquanto a boquinha vermelha se abria deixando a respiração ofegante sair sem empecilhos. Observou ele guiar a glande para o lugar certinho, sabia bem o que estava por vir. Sua entradinha se apertou contra o vazio quando o homem finalmente gozou, fez questão de derramar tudo bem em cima da sua buceta — sequer fechou os olhos, pois adorava ver a porra escorrer. A mão grande se fechou no seu pescoço mais uma vez, mas sem pressão, somente com a função de te puxar para um beijo sujo.
O homem devorava seus lábios com destreza, mordendo e sugando como se realmente quisesse tirar um pedaço seu. Usava a língua de forma obscena, como se estivesse fodendo sua boca com ela — ele até mesmo sorria com a ação, pois sabia que você pensava de forma semelhante. Você estava zonza, quase não percebeu quando a outra mão escorregou para o meio das suas pernas. Sentia dois dígitos repetidamente recolhendo o líquido esbranquiçado e se enfiando dentro de você. Tentou agarrar o pulso de Cheol, ainda estava sensível demais. Não adiantou de nada, ele era claramente mais forte que você, continuou te estimulando sem dificuldade.
"Tá querendo desperdiçar, princesa? Vou ter que te dar mais um pouquinho então.", sussurrou contra os seus lábios, ainda sorrindo com o jeito que você tentava recusar os dedos dele. "Vira esse rabo 'pra mim.", te deu um tapinha na coxa para reforçar o comando. Você arregalou os olhos e ele teve a audácia de rir da sua expressão. "Não é isso que 'cê 'tá pensando, princesa. Quer dizer, hoje não.", arqueou uma das sobrancelhas. "E nem faz essa cara, eu sei que você tá com saudades disso também.", tentou conter o riso. "Fica calminha que eu só vou brincar com um buraquinho hoje.", te assegurou, enfiando a ponta do polegar na sua entradinha. "Anda logo."
Você suspirou, esforçando-se para erguer o corpo cansadinho da bancada. O Choi até te ajudou assim que perdeu a paciência com a sua lentidão. Não demorou para finalmente estar de frente para os espelhos, sentindo o corpo rígido colado no seu. Até se assustaria com o seu estado no espelho, mas o homem atrás de você já havia te arruinado tantas vezes que nem valia mais a surpresa.
"Você fica uma delícia quando 'tá desse jeito, princesa.", selou seu pescoço com carinho, os braços fortes rodeando sua cintura. "Toda acabadinha, o rostinho zonzo depois de tanto levar pau.", agora massageava seus seios de um jeitinho cuidadoso. "Você gosta de ficar assim, amor? Burrinha pela minha pica?", você admitia que isso fez você se molhar de um jeito vergonhoso. Seungcheol não estava bêbado, mas era perceptível que ele havia tomado uma dose ou outra — estava desinibido demais, cruel demais.
"Cheollie..."
"Gosta?", apertou seus seios de maneira dolorosa, exigindo uma resposta.
"Gosto."
"Ótimo. Vou te foder mais um pouquinho, princesa. Até você lembrar quem é o dono dessa buceta aqui.", desferiu dois ou três tapinhas, como se reafirmasse as próprias palavras. Usou as próprias pernas para forçar a abertura das suas, enfiando-se dentro de você sem dificuldade alguma — ainda estava molhadinha, a "contribuição" anterior dele ajundando no processo. Sentiu suas pernas fraquejarem. Sabia que não iria demorar a gozar de novo, então resolveu brincar com a própria sorte.
"Eu não tenho dono.", forçou as palavras entre arfares, sentir ele se enfiando em você por completo não ajudava muito na sua dicção. Era uma das poucas pessoas que, em sã consciência, tinham a coragem de brincar com ego de Seungcheol.
"Repete.", soou austero e isso só piorou sua situação. "Mandei repetir.", a força das estocadas aumentaram. Você teve que segurar o peso do próprio corpo com as mãos, senão cairia de cara no mármore.
"Cheol..."
"Não consegue nem falar e acha que pode decidir alguma coisa?", riu com escárnio. Você queria chorar de tesão, se empinava mais sentindo o estímulo gostoso bem no fundo na sua buceta. Choramingava baixinho, tentando se conter. Seu corpo foi puxado de solavanco, agora sentia o peitoral do homem totalmente grudado nas suas costas. Ele passou a meter com mais vigor, diminuindo a cadência — era lento e forte, perfeito para te deixar mais fraca. Seus olhos se apertaram, não sabia o quanto podia aguentar. "Abre os olhos.", como sempre, o comando veio acompanhado de uma mini tortura, dessa vez seu cabelo foi o alvo. Não serviu de muita coisa, a dorzinha só servindo para te fazer apertá-los mais. "Abre essa porra ou eu paro de meter."
Era argumento suficiente. Seus olhos se abriram com dificuldade, vislumbrando uma das cenas mais imorais que já havia visto. Seungcheol te olhava no reflexo de uma maneira completamente pervertida. Seu corpo balançava, os seios pulando enquanto ele te tomava, promíscuo. O som das peles se chocando ecoando pelo banheiro não ajudavam a melhorar a situação. A mão correu até o seu pescoço, novamente fechando-se contra a sua garganta.
"Eu não sou seu dono, é?", sussurrou, as orbes ainda encarando as suas através do reflexo.
"N-não.", não sabe de onde havia tirado forças para continuar provocando, estava prestes a se desmanchar de novo.
"Mas 'cê tá gozando no pau de quem? Hm?.", fez pressão no seu pescoço, muito satisfeito com a sua carinha. "Deu sua bucetinha 'pra algum outro filho da puta por acaso? Aposto que não.", a mão livre fez carinho no seu clitóris, seu olho quase revirou. "Cê não faria isso, 'né amor? Você não é putinha desse jeito...", cochichou a última parte, sabia que era degradante — e, pior ainda, sabia que te dava tesão. "Só sabe ser putinha comigo, não é, princesa? Nem precisei de muito esforço. Foi facinho te fazer dar 'pra mim.", estapeou suas coxas algumas vezes, como se te repreendesse pela ação — totalmente contraditório. "Mas é só porque você me ama, não é, princesa?", falou manso, se enfiando lá no fundo. Você concordou com a cabeça, os olhos fechadinhos, completamente rendida. "Ama o seu Cheollie?", rosnou pertinho da sua orelha, sentindo você gozando. Molhou-o novamente, tremendo enquanto chegava lá.
"Amo o meu Cheollie.", sussurrou fraquinha, mas sabia que ele havia escutado. O sorrisão que ele te deu pelo reflexo no espelho deixava isso bem explícito. Sentiu ele estocar mais algumas vezes, ficando bem juntinho quando finalmente te encheu, esporrando lá no fundo. Um selo casto foi deixado no seu ombro.
"Minha princesinha é tão linda.", observou seu estado arruinado no espelho. Parecia exausta, quem te visse saberia muito bem o que Cheol havia feito com você. "Eu amo tanto você, princesa... 'cê vai ficar comigo, não vai? Vai me deixar cuidar de você de novo?", o tom era de súplica, os olhinhos grandes pareciam brilhar mais do que nunca.
Você não precisou de muito tempo para pensar, essa escolha também havia sido feita junto com a primeira. Nunca esteve em posição de negar nada para Seungcheol, vocês dois eram a ruína um do outro.
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# — © 2024 hansolsticio ᯓ★ masterlist.
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deepinsideyourbeing · 4 months
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No te alejes tanto de mí - Enzo Vogrincic
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+18! Dom!Enzo. (Alusión a) Breeding kink, creampie, dirty talk, dry humping, face slapping, fingering, sexo oral, sexo sin protección, edades no especificadas. Uso de español rioplatense (y mucho diálogo otra vez).
El departamento que compartís con Enzo es, sin lugar a dudas, el lugar más tranquilo que conociste en tu vida. La armonía y serenidad son pilares fundamentales en su relación, así como la buena comunicación, y esto se ve reflejado en el espacio que ambos llaman hogar.
Enzo es silencio y calma y durante la madrugada se desliza fuera de la cama sin despertarte, siempre cierra las puertas con delicadeza y sus movimientos a tu alrededor son protectores. Siempre sabe qué decir y qué no, qué hacer y qué no, también sabe cuándo acompañarte y cuándo darte espacio, y vos podés presumir de saber hacer lo mismo por él.
La vida con Enzo es estar en constante sintonía, dos cuerpos y mentes diferentes siempre en la misma órbita.
O eso creías...
Las peleas comenzaron hace semanas, volviéndose cada vez más frecuentes y alejándolos de lo que solían ser. Enzo no parece comprender cuánto te hiere sentir que se distanció y jura que tal cosa no sucedió, pero luego prueba que tus palabras son ciertas cuando un pequeño desacuerdo provoca que se aísle y no deja lugar para una conversación sobre lo ocurrido.
Normalmente es fácil de ignorar cuando se trata de nimiedades como los platos sucios, ropa sin lavar o la cama deshecha, pero con todas esas pequeñas faltas acumuladas fue difícil contenerte cuando remarcó de la peor manera tu falta de cuidado con la maqueta de su actual proyecto.
-Si ordenás un poco entonces no me voy a chocar tus cosas cada vez que entre...- contestaste, arrojando sobre su escritorio un trozo de la maqueta.
-¿Qué tengo que ordenar? Si nunca estoy, el desorden es tuyo.
Fingió no notar tu expresión, una nueva costumbre suya para evitar disculparse o hacerse cargo de algo. El que te culpara del caos no fue la principal causa de tu disgusto, no... Te molestó que reconociera no estar lo suficiente en su propio hogar, recordar que en lugar de pasar unos días a tu lado escogiera marcharse a Bariloche con un amigo y que al regresar pasara horas encerrado.
Abandonaste la pequeña habitación donde organizó su oficina y pronto sus pasos sonaron a tus espaldas junto con su voz que no dejaba de pedir tu ayuda. Cerraste la puerta con fuerza y te sentaste sobre la cama, furiosa, percibiendo cómo la ira crecía y consumía tus entrañas.
Cuando Enzo abrió la puerta te dedicó una mueca de disgusto que pretendía comunicar algo, pero si alguna vez logró hablarte sólo con la mirada eso ahora parecía ser un recuerdo lejano que decidiste ignorar. Permaneciste en la misma posición, tus brazos y piernas cruzados, inconscientemente mostrando rechazo mientras él te observaba.
-Ayudame- arqueaste una ceja-. Vos lo rompiste.
-¿Qué somos? ¿Unos nenes chiquitos…?
-Parece que sí, porque si fueras un adulto responsable te disculparías y me ayudarías.
Soltaste una risa de frustración y apretaste los labios esperando así poder contener la ira y todas las palabras que deseaban escapar de tu boca, pero cuando te señaló con un dedo acusador tus deseos de mantener la calma se evaporaron. Haciendo alarde de su excelente comportamiento comenzó a enumerar las recientes faltas que tuviste con él.
La diplomacia pareció extinguirse cuando lo interrumpiste.
-Andá a cagar.
-¿Cómo…?
-¿Ahora además de ser tremendo fantasma también sos sordo, pelotudo?
-Fijate cómo me hablás porque yo jamás te traté así- señaló-. No sé qué mierda te pasa.
-¿A mí? ¿Vos no sabés lo que me pasa a mí?- gritaste, poniéndote de pie para acercarte a él-. ¿Y no se te ocurrió preguntarme? Porque por ahí tiene que ver con que no me hablás, no me mirás, no me cogés, no me preguntas ni cómo estoy.
-No podés estar así porque no cogimos en unos días.
Tu expresión podría haberse catalogado como un poema o como el relato más aterrador. Retrocediste un par de pasos, confundida y levemente aturdida por su capacidad de desentenderse de tal manera de la situación, esperando ver en su rostro un algo.
Pero sus labios no temblaban como solían hacerlo cuando contenía la risa y sus cejas no se curvaron en ese particular ángulo que adoptaban cuando esperaba ver tu reacción luego de contarte uno de sus pésimos chistes o anécdotas.
-Tomátelas.
-¿Eh?
-¡Tomátelas! No te quiero ver.
-No me podés echar de mi casa.
-Ah…- mordiste tu lengua-. Tenés razón, como es tu casa me voy yo.
Intentaste huir de la habitación pero él fue más rápido y lo impidió tomándote del brazo.
-Yo no dije eso- intentaste zafarte de su agarre pero no lo permitió-. Esta es tu casa, vos vivís acá también.
-Pero parece que vos no- reclamaste-. Soltame, Enzo.
-No, tenemos que hablar.
-¿Ahora querés hablar?
Su expresión pareció volverse más dura y juraste ver una arruga que antes no estaba allí.
-No podemos estar así.
-Yo no puedo estar así. Vos estás perfecto.
-¿Por qué todo es mi culpa?- gritó con voz entrecortada, soltándote de manera brusca-. Vos nunca hacés nada, ¿no? Siempre soy yo el responsable.
-Y sí papito, si…
El diminutivo y tu tono colmaron su paciencia.
-Cerrá el orto- se alejó de tu figura como si estar en tu presencia quemara-. Querías que me vaya, ¿eso querías?
-Sí.
-Perfecto entonces- abrió la puerta-. Porque me voy a ir bien a la mierda para no tener que verte.
Arrancaste tu anillo de compromiso de tu dedo y lo arrojaste a sus espaldas con la esperanza de golpearlo, pero –y luego agradeciste por ello- fue la puerta ya cerrada la que recibió el impacto y Enzo se marchó, completamente ajeno a tus acciones. Ignoraste las lágrimas que rodaron por tus mejillas cuando corriste para recoger la alianza.
Una hora más tarde notaste que olvidó su teléfono y su billetera, también sus llaves y el abrigo que lo habría protegido de las bajas temperaturas o el viento nocturno. Te preguntaste si estaría refugiándose en algún sitio con calefacción y por un breve instante consideraste buscarlo en el estacionamiento del edificio, pero descartaste la idea por puro orgullo.
-La concha de mi madre…- decís entre dientes.
Tus dedos están adheridos por el pegamento y tirar para despegarlos duele. Llevás un largo rato intentando reparar algunas partes de la maqueta y parece ser una tarea imposible: suspirás, te quejás, golpeás tu frente frustrada y ansiosa, pero continuás tu misión de unir los restos para evitar que tus manos vuelvan a jugar con el anillo en tu dedo. La mesa es un completo desastre.
Y Enzo aún no regresa.
Dejás caer tus hombros luego de ver el reloj, sin saber si es peor sentirte derrotada o sentir que te rendís. Reprimís todos esos pensamientos horribles y sin sentido que corren por tu mente y chocan con los muros de tu parte lógica y racional: se fue, está con alguien más, ya no va a volver, tuvo un accidente, lo acorralaron en La Rambla, se perdió caminando por ahí…
Desbloqueás tu teléfono esperando encontrar algún mensaje o llamadas perdidas y mantenés el suyo cerca sólo por si acaso, decepcionada cuando ambos permanecen en completo silencio. Tu oído escoge centrarse en el tictac del reloj y el sonido del adorno que golpea la puerta del balcón cada vez que el viento sopla. Siempre temés que esos pequeños golpes destrocen el cristal.
Y es que siempre son pequeñas las cosas que desatan el caos: la grieta que apareció mágicamente en tu taza, el pequeño agujero que terminó por deshacer el suéter favorito de Enzo, la alarma que postergaste estando aún dormida y lo hizo perder un vuelo, la comida quemada que intentó solucionar ordenando pizza, el abrazo que no correspondiste cuando regresó de los premios Goya, su falta de entusiasmo ante la usual noche de películas…
Evitás preguntarte qué sucederá porque la respuesta que ronda tu cabeza hace que tu respiración se entrecorte y te asfixia. No querés ser extremista, no sos una persona que se dé por vencida así como así y una pelea –incluso esta pelea, probablemente la peor que recordás haber tenido con Enzo- no te parece motivo para arrojar todo por la borda, pero… Las relaciones son de a dos, ¿no? Y no tenés idea de qué pensará o cuáles son los planes del otro lado.
Maldecís por lo bajo y esta vez es sin saber el motivo.
-No hace falta que lo arregles- dice una voz a tus espaldas-. Los materiales son una cagada.
Una sensación similar al pánico te recorre y volteás a verlo.
-Volviste.
Su rostro se tiñe de dolor y vergüenza por una fracción de segundo.
-¿Cómo no voy a volver?
-Dijiste…
-Ya sé lo que dije- se arrodilla a tu lado y toma tu mano-. No era verdad.
-Estás helado.
-Hace frío. Mucho.
-¿Querés un té?- intentás ponerte de pie y te detiene-. No cociné, pero si querés…
-Quiero que hablemos.
Suspirás.
-Sí, tenemos que hablar.
-¿Qué está pasando? Nosotros no somos así.
Limpiás las lágrimas que nublan tu vista y él se deja caer sobre las cerámicas frías, aún sosteniendo tu mano entre sus dedos y acariciando tus nudillos con su pulgar en un intento de ofrecerte un poco de consuelo. Espera pacientemente mientras te recuperás para poder contestar.
-Los últimos meses fueron muy raros.
-Es mi culpa- lamenta-. No sé cómo manejar… nada, todo, esto que está pasando.
-Y yo no sirvo como apoyo.
-No, no digas eso- toma tu mentón-. Siempre estás para mí, me cuidás y me ayudás en todo... Pero creo que desde hace un tiempo no estoy tan presente como debería y no es recíproco.
-No entiendo por qué- descansás tu rostro sobre tu mano-. Creo que, no sé…, por ahí ahora que anduviste por todos lados ya estás cansado de mí.
-Nunca.
-Pero…
-Jamás me cansaría de vos.
-¿Y por qué hacés de todo menos estar conmigo?
-Tengo miedo de arruinar las cosas- contesta con simpleza-. Tengo miedo de todo lo que está pasando y tengo miedo de arrastrarte conmigo cuando… ¿Y si me olvido de mí?
-Eso es imposible.
-Ya no estoy tan seguro.
-Yo sí- lo obligás a mirarte-. Creo que te conozco lo suficiente para saberlo.
Permanecen en silencio unos momentos y sus ojos jamás dejan los tuyos.
-Perdón- susurra-. Sé que hay mucho de qué hablar, pero…
-Yo también estoy cansada… Vamos a la cama y mañana temprano vemos.
-Lo vamos a solucionar.
-Sé que sí- y dejás salir una risa nerviosa-. Pero hoy no estaba muy segura.
-Me hubiera gustado tener esa discusión antes.
-¿Por qué?
Su mirada oscura es terriblemente sincera, muy Enzo.
-Porque cuando me fui me di cuenta de cuánto te extrañaba.
Cuando tomás su rostro entre tus manos para poder besar su frente él busca tus labios. Te besa lenta y suavemente, pero es incapaz de ocultar la desesperación que guía sus acciones y pronto deja de lado los delicados roces para invadir tu boca con su lengua, robándote la respiración y  aferrándose a tus muslos con sus manos.
-Extrañaba tus besos- decís cuando te regala unos segundos para respirar-. Te extrañaba.
 -Me tenés acá, ahora y para siempre.
Acariciás su cabello y él te observa desde su posición sobre sus rodillas, sus manos aún en tus piernas y sus pulgares dibujando figuras sobre tu pantalón. Te sonríe y la imagen te toma por sorpresa, pero también te sorprende el significado oculto en su expresión y la facilidad con la que puede hacerte saber lo que quiere.
-¿No te duelen las rodillas?- suelta una carcajada y lo ayudás a ponerse de pie-. Dale, vamos.
La distancia desde la cocina hasta la habitación es interminable ahora que ambos desean llegar cuanto antes. Atraviesan el oscuro corredor tomados de la mano y cuando llegan a la habitación Enzo toma asiento en la cama, te posiciona entre sus piernas y abraza tu cintura con fuerza para poder admirarte; deposita besos sobre tu abdomen y entre tus pechos, frustrado por tu ropa interponiéndose entre sus labios y tu piel.
Cuando sus dedos se deslizan debajo de tu camiseta suspirás y arrojás la cabeza hacia atrás, abrumada por la intensidad del contacto y por el rastro de fuego que sus manos dibujan en tu cuerpo. Te ayuda a desvestirte y en cuestión de milisegundos sus labios capturan tu pezón izquierdo, succionando y permitiendo también que sus dientes y lengua jueguen con vos.
Tu creciente desesperación te lleva a abrazarlo en busca de más contacto y cuando sentís sus gemidos contra tu piel tus dedos se dirigen por cuenta propia hacia su cabello. Sus párpados se cierran en contra de su voluntad cuando tus manos hacen arder su cuero cabelludo, sensación que no hace más que empeorar la erección que oculta su pantalón.
Se separa de tu pecho luego de morderte con la fuerza suficiente para hacerte gritar y te despoja del resto de ropa que te cubre, asegurándose de no romper ninguna prenda con sus movimientos rápidos y ansiosos. Se arroja sobre las almohadas y te deja sobre su muslo, complacido por ver tus mejillas enrojecidas ante la implicación de la posición.
-Te hace falta una buena cogida, ¿no?
-¿Y de quién es la culpa?
Te toma por el cuello para acercarte a su rostro.
-Fijate bien lo que me decís- pellizca tu pezón y el dolor te hace gemir-. Y lo que hacés.
Comenzás a rozarte sobre su pierna, muy consciente del significado de sus palabras y la amenaza que las adorna, tus manos en su pecho en busca de estabilidad y tus ojos sobre los suyos. Toma tu cadera para guiar tus movimientos, dolorosamente lentos, y no deja espacio alguno entre tu centro y sus jeans que comienzan a mancharse con tus fluidos.
El cosquilleo entre tus piernas y el dolor de sus uñas marcando tu cadera es suficiente para orillarte hacia tu orgasmo en cuestión de minutos. Cerrás los ojos, masajeando tus pechos tal como él suele hacerlo, pero no es suficiente y cuando comprendés que necesitás de sus manos un patético sollozo deja tus labios.
-¿Qué pasa bebé? No podés solita, ¿no?
-Quiero…
-¿Qué querés? Decime y yo te lo doy.
-A vos.
Enzo no puede hacer más que contemplar la imagen frente a sí, tu delicado cuerpo rindiéndose nuevamente bajo sus manos y tus dientes torturando tus labios mientras su mirada te recorre. Hace unos días sólo podía soñar con tenerte de esta manera y complacerte, así que ahora se pregunta cuánto tendrá que contenerse para que el momento no acabe demasiado rápido y cuánto tardarás en suplicarle que se detenga o en caer agotada entre sus brazos.
-Entonces ya sabés lo que tenés que hacer.
En pocos segundos abandonás su regazo y te recostás entre sus piernas, esperando su confirmación para poder tocarlo y prácticamente arrancando la ropa de su cuerpo cuando la obtenés. Ya está duro, muy duro, su punta brilla con las gotas de líquido preseminal que de allí brotan y las venas que recorren su extensión parecen pedir tu atención a gritos.
Comenzás a masturbarlo lentamente e intentás seguir el ritmo con el que movía tu cuerpo sobre el suyo, tu pulgar acaricia su punta y cuando lo separás de esta podés apreciar el hilo traslúcido que brilla con la luz. Te llevás el dedo a la boca y gemís cuando sentís su sabor en tu lengua, calmándote y a la vez haciendo que lo desees todavía más.
Dejás besos húmedos sobre su miembro y sus gemidos sólo empeoran la situación entre tus piernas. Cuando tus labios se cierran sobre la punta sentís su cuerpo tensarse, sus párpados se cierran por un breve instante y sus dedos acarician la comisura de tus labios, que se estiran a más no poder para recibirlo en tu boca.
-Qué linda que sos cuando me la chupás.
Sus palabras te resultan tan humillantes como excitantes y por un segundo considerás deslizar una mano bajo tu cuerpo para calmar tu necesidad. Tu saliva mancha tu piel, tus dedos y corre bañando todo su miembro antes de deslizarse entre sus piernas y caer sobre las sábanas, pero aún así te es difícil tomar más que la mitad.
Tu frustración crece minuto a minuto pero para Enzo, que sabe cuánto te cuesta, la imagen es una bendición… Y también una tortura, por lo que no encuentra más solución que tirar de tu cabello para alejarte de su cuerpo y evitar un muy necesitado orgasmo.
-Ya está, ya está- responde a tus quejas-. Lo hiciste muy bien, pero…
-¿Pero?
-Me toca a mí.
Te arroja sobre el colchón para luego posicionarse sobre tu cuerpo y acorralarte, su intensa mirada de pupilas dilatadas haciéndote sentir como una presa. En su camino hacia tu centro su aliento golpea tu mejilla, tu mandíbula, tu cuello sensible y tus clavículas, pero él sólo piensa en una cosa y cuando separa tus piernas se dedica a apreciar tus pliegues y entrada brillantes.
Te acaricia de manera superficial y cuando te retorcés rodea tu cadera con un brazo para inmovilizarte. Su pulgar presiona sobre tu entrada, que gotea lo suficiente para manchar las sábanas, juega con la piel que la rodea y sólo se dirige hacia tu clítoris después de ver que te contraés desesperadamente en torno a la nada misma. Se muerde los labios, impaciente.
Suspirás cuando sentís su ataque y los círculos que su dígito traza con una lentitud insoportable, deteniéndose de cuando en cuando para acariciar también tus pliegues húmedos y tantear tu entrada con la intención de provocarte todavía más. Gemís su nombre una y otra vez para tentarlo y suplicás por más, pero te ignora y prolonga sus tortuosas acciones otro rato.
Dirige un dedo a tu entrada y lo introduce con delicadeza, siempre atento a la reacción de tu cuerpo: tus paredes no oponen resistencia y el placer cuando curva su dedo para acariciar tu punto dulce se intensifica gracias a su lengua deslizándose sobre tu clítoris. Un gemido casi animal deja tu garganta y ante esto él decide acelerar sus movimientos.
-¿Así te gusta?- pregunta cuando gemís aún más fuerte, como si la respuesta no fuera obvia. Aprovecha tu estado y tu abundante excitación para deslizar otro dedo, haciéndote sisear por el repentino ardor que trae consigo la dilatación-. ¿Qué pasa, no aguantás ni dos dedos?
Cubrís tu rostro ardiente con una mano y evitás hacer comentarios sobre quién es el responsable de tu estado actual; no recordás cuándo fue la última vez que jugó con tu cuerpo y tu forma de tolerar su ausencia fueron tus propios dedos, más delgados y cortos que los suyos e inútiles cuando se trataba de obtener placer.
-Más.
-¿Más...?- y succiona tu clítoris con fuerza para oírte gritar.
Enzo conoce tu cuerpo mejor que nadie y sabe exactamente qué hacer para volverte loca. Los movimientos de su lengua no se detienen y las formas que esta dibuja hacen que tus manos tiren de su cabello, arruguen las sábanas y masajeen tus pechos, aferrándose con desesperación a cualquier objeto que se interponga en su camino.
Sus dedos no dejan de abusar de tu sensibilidad y la combinación de sensaciones, que parece ser muchísimo más intensa gracias a las semanas sin contacto, comienza a ser casi demasiado para tu cuerpo. Te llevás una mano a la boca y cuando tu orgasmo te golpea mordés tus nudillos desmedidamente, ahogando tus gemidos y los gritos que amenazan con irritar tu garganta.
Te lleva unos minutos regular tu respiración y dejar de temblar, minutos que transcurren con sus dedos aún enterrados en las profundidades de tu cuerpo mientras sus labios bañan tu centro y el interior de tus muslos con besos y alguna que otra pequeña marca producto de sus dientes. Bajo tu atenta mirada desliza sus dedos entre sus labios para no desperdiciar los restos de tu esencia.
Abandona la cama para deshacerse del resto de su ropa y cuando regresa vuelve a posicionarse sobre tu cuerpo para atacar tu boca con un beso hambriento. Tus piernas abrazan su cadera y cuando sentís su miembro caliente golpeándote no podés evitar gemir contra su lengua, tu mano buscándolo para poder masajearlo antes de guiarlo hacia tu entrada. Su punta te quema.
Toma tu rostro y te obliga a mirarlo.
-¿Querés que te la meta?
-Por favor.
Te quejás cuando comienza a penetrarte y aunque tus ojos arden jamás rompés el contacto visual. Enzo te distrae tirando de tu labio inferior con su pulgar y antes de notarlo estás succionando el dígito, con el cual parece imitar los movimientos de su cadera.
-Estás muy apretada.
-Es…- te interrumpís con un grito cuando introduce otro par de centímetros de manera súbita. Su pulgar manchado con tu saliva acaricia tu mejilla para calmarte-. No puedo.
-Sí, sí podés.
Sus labios abrazan los tuyos mientras realiza movimientos suaves y calculados que convierten tus quejas en gemidos y provocan que tus paredes se contraigan sobre su miembro. Suspira cuando por fin logra introducirse por completo en tu interior y besa tu cuello, tu perfume embriagador nublando sus sentidos y tus pequeños gemidos tentándolo a moverse.
Tus manos aferrándose a sus hombros son la única confirmación que necesita: te golpea con fuerza y tu grito es una mezcla de sorpresa y placer por el repentino ataque, el cual repite hasta convertirlo en un ritmo constante que resuena en toda la habitación y llena tus oídos. Sacude tu cuerpo con cada embestida y lo único que podés hacer es aceptar el placer, completamente a su merced.
Luego de una estocada particularmente profunda tus uñas se clavan en su piel y Enzo sólo lo sabe. Descansa su peso sobre sus piernas y sus manos en la parte posterior de tus muslos ejercen presión hasta que tus rodillas rozan tus pechos, el ángulo permitiéndole llegar hasta ese punto para abusar del mismo y convertirte en un completo e incoherente desastre.
Gritás su nombre y las palabras que le dedicás entre tus agudos gemidos son incomprensibles. Tu expresión es indecente y la vista entre tus piernas, donde su cuerpo se une con el tuyo y brilla con tus fluidos, lo es aún más… pero le encanta y no puede evitar jugar con vos, agregando otro estímulo que te hace cerrar los ojos con fuerza y sacudir la cabeza.
-Enzo- advertís-. Por favor.
El gesto es mínimo pero suficiente y en cuestión de segundos tus dedos se cierran sobre sus muñecas. Tu figura se sacude con la fuerza de sus embestidas y por los espasmos de tu orgasmo, el cual arquea tu espalda como si estuvieras presentándote ante él y hace que tus músculos se contraigan, dificultando sus movimientos y haciéndote llorar.
Jamás se detiene.
Lo mirás horrorizada, tu orgasmo prolongándose indefinidamente y haciendo del placer una sensación casi intolerable. Enzo continúa golpeando tu cérvix mientras su pulgar juega con tu clítoris y sus dedos presionan sobre tu abdomen bajo, forzándote a sentir cuán profundo llega su miembro y cómo estimula cada fibra de tu cálido y estrecho interior.
Te lleva al límite, pero antes de permitirte gozar de un segundo clímax se detiene.     
-No, no- protestás-. ¿Por qué? Quería…
Te interrumpe golpeando tu mejilla y cuando abandona tu interior mantenés la boca cerrada. Toma tus caderas y te obliga a voltear, dejándote sobre tu estómago y posicionándose sobre tu cuerpo para aprisionarte contra el colchón.
Rodea tu cuello con su brazo y te penetra con desesperación. En cuestión de segundos su pelvis golpea tus muslos y tus glúteos con la fuerza suficiente para arruinar tu piel, causando también un sinfín de sonidos húmedos y obscenos que acompañan sus gruñidos y tus gemidos.
Buscar refugio contra en el colchón tiene como consecuencia que la fuerza de su asalto vaya en aumento y la única opción que encontrás para ahogar tus gritos es morder las sábanas, húmedas con las lágrimas que corren por tus mejillas. La solución sólo dura unos minutos gracias a que Enzo, que en este momento prefiere no ser el único que oye cuánto gritás por él, endereza su postura y tira de tu cabello para hacerte arquear la espalda.
El nuevo ángulo te permite verlo y por un instante parece buscar tus labios con la intención de besarte, pero en su lugar escupe sobre tus labios entreabiertos y observa cómo tu expresión se transforma con la humillación y excitación. Le encanta tratarte como un juguete y sabe que lo disfrutás tanto como él, sobre todo cuando te toma por sorpresa.
-Sos una putita, ¿no? Mirá como estás- y remarca sus palabras con una estocada que te hace temblar violentamente-. ¿Querés que te llene toda?
Tragás saliva –sin saber cuánta es suya- para contestar pero todo lo que sale de tu boca son patéticos sonidos sin sentido. Sonríe satisfecho y vuelve a escupirte, esta vez asegurándose de manchar aún más tu rostro para ver su saliva deslizándose por tu piel junto con tus lágrimas.
Te libera de manera brusca y tu rostro impacta con el colchón, las sábanas oscureciéndose cuando entran en contacto con los fluidos en tu rostro y arrugándose aún más cuando te aferrás a ellas con una mano acalambrada. Tu otra mano se entrelaza con la suya y lo guiás hacia tu abdomen bajo, ignorando cómo los músculos de su abdomen se tensan con tu acción.
-Ahí- suplicás entre gemidos-. Adentro.
Enzo sólo quiere obedecerte y unos minutos más tarde cumple tus deseos: su semen caliente salpica tu interior y mancha tus paredes de blanco mientras el palpitar de tu miembro te lleva a otro orgasmo, menos intenso pero más duradero. Tus músculos se aferran a él y lo mantienen dentro tuyo hasta que la última gota de su liberación te llena.
Su boca roza tu frente y tu mejilla antes de besar la comisura de tus labios.
-Te amo.
-Te amo.
Intenta peinarte y cuando fracasa se limita a masajear tu cuerpo cabelludo con la yema de sus dedos. Evita alejarse de tu cuerpo, consciente de lo mucho que ambos necesitan la cercanía en un momento como este, y sonríe cuando tus dedos vuelven a entrelazarse con los suyos.
-¿Querés ir al baño?
-No- negás rápidamente y besa tu mejilla para calmarte-. ¿Podemos estar así un rato?
-Obvio.
Admira tu perfil y tus párpados cayendo sobre tus ojos vidriosos.
-¿Sabes qué vamos a hacer mañana?
-¿Qué?
-Nos vamos a levantar bien temprano y vamos a ir a desayunar al lugar de siempre, ¿querés?- propone-. Después podemos ir a pasear un rato al mercado de artesanos… y elegís una taza nueva.
Soltás una risa encantadora y asentís.
El título y la historia están inspirados en esta canción de Spinetta. Tiene muchas interpretaciones pero en mi opinión es una muy buena metáfora sobre el cambio constante que atraviesan las personas y por ende también las relaciones :)
taglist: @madame-fear @creative-heart @llorented @recaltiente @delusionalgirlplace @chiquititamia @lastflowrr ♡
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ittom2m · 5 months
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Poseyendo a mi mejor amigo
Alex ha sido mi mejor amigo desde hace varios años hemos sido inseparables hasta ahora que vamos en la universidad he comenzado a sentir cosas por él, no puedo dejar de pensar en que le diré hoy justo iba cruzando la calle cuando derrepente todo se nubló no recuerdo nada más que el sonido de un carro frenando hasta que abrí mis ojos estaba en el hospital podía ver mi cuerpo acostado en la cama y al lado estaba Alex, que estaba pasando? Me sentía tan perdido pero feliz de poderlo ver, creo que soy un fantasma
Trate de comunicarme con Alex hasta que vi que saco su teléfono, pase mi mano fantasmal por la pantalla creo que puedo escribir en su teclado
Alex al instante supo que era yo, supongo que de tantos años de conocernos tenemos algún tipo de conexión, empezo a preguntar Jon eres tu? Que esta pasando?
Jon: creo que estoy muerto soy como un fantasma no se como regresar a mi cuerpo
Alex: puede que sea algún tipo de proyección astral de tu alma,me alegra poder hablar contigo aunque sea de esta manera
Jon: a mi también me alegra que estes aqui pero ahora necesito volver a mi cuerpo
Alex: hablando de eso tu cuerpo esta en coma, no parece ser algo grave pero no sabemos cuando puedas despertar así que si vuelves a tu cuerpo talvez ya no podamos hablar
Jon: entonces que hago no me puedo quedarme así
Alex: déjame pensar Tu sabes que todos estos temas de fantasmas me gustan pero nunca me había pasado algo parecido
Jon: es cierto siempre me obligabas a ver esas películas de terror
Alex: tengo una idea es algo rara pero si funciona seria genial, por que no me posees?
Los ojos de Alex se iluminaron no podía creerlo que idea tan descabellada aun así cierta curiosidad nació en mi interior por que estaba tan emocionado por que yo poseyera su cuerpo, aun así no lo pensé mucho quería salir de ese hospital
Jon: estas seguro de esto alex, crees que funcione?
Alex: hay que intentarlo no perdemos nada, simplemente voy a cerrar mis ojos, me voy a relajar lo más que pueda y cuando sientas que es el momento trata de abrazarme yo te dejarte entrar a mi cuerpo
Jon: okey aquí voy
Me acerque a Alex mientas él cerró sus ojos y empezó a meditar se veía tan lindo así que fue fácil al instante quize abrazarlo Fue ahí cuando todo se nubló
Abrí mis ojos me sentía mareado todo me daba vueltas mire hacia abajo fue ahí cuando vi las manos de alex. No puede ser en verdad lo he poseído.
No recordaba lo bonitas que eran sus manos, sentía mi corazón latir me volví a sentir vivo en el cuerpo de mi mejor amigo corrí al baño a verme al espejo. En persona Alex es más guapo empeze a tocar mi cara mi pelo mis brazos hasta me quite la playera que bien se ve el cuerpo de Alex todas esas visitas al gimnasio le han dado resultado me di cuenta que podía hacer cualquier cosa con su cuerpo ahora que lo poseía pero solo tome una foto en el espejo.
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Ya iba a salir de baño cuando me entraron unas ganas de mear. No puede ser no quiero ver ahí abajo pero no puedo aguantar más, me la tuve que sacar, no podia creerlo tantas años siendo amigos y es la primera vez que le veo el pene a Alex no pensé que se lo vería estando en su cuerpo, su pito es de buen tamaño, sin circuncisión, es un poco más grande que el mio y vaya que necesita una rasurada
Al acabar Inconcientemente sacudi su pene para limpiarlo, había olvidado que este es el cuerpo de Alex en seguida empezó a ponerse duro no podía evitar ver su pito crecer sentida como su corazón bombeaba toda su sangre ahí abajo empezaba a incharse. Derrepente ya estaba viendo todas las venas de su pene, sentía que iba a explotar pero no podía martubarme que diría Alex aun así todo su cuerpo me lo pedía empeze a apretarlo se sentía tan bien que una cosa llevo a la otra cuando me di cuenta ya estaba masturbandome. Solté un gemido con su voz, esto fue lo que me puso aún más caliente y segui martubandolo hasta venirme
Pude sentir como salia toda su leche y escuria por mis manos. Un pensamiento intrusivo paso por mi cabeza y me lleve la mano a la boca sabia bastante bien su leche estaba caliente y bastante espesa Me sentía tan culpable pero a la vez tan bien en su cuerpo. Al final es como si Alex lo hiciera solo que soy yo quien controlo su cuerpo, solo pensar esto me ponía más duro pero antes tuve que limpiar todo el desastre que deje, ya se hacia tarde asi que guarde sus cosas en la mochila que traía y regrese a su casa
No había nadie en casa sus padres llegaban hasta tarde me sentía cansado y estaba bastante sudado por la caminata y lo que paso en el baño, sus axilas ya olían bastante fuerte aunque no me disgustaba ese olor tenía tenía que cuidar el cuerpo de Alex así que decidí meterme a bañar Me empeze a desvestir al quitarme los tenis me di cuenta que las axilas de Alex no eran lo único que olia fuerte no me imagine que los pies de mi amigo fueran tan bonitos no se por que pero comencé a ponerme caliente
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era raro ver que el cuerpo de mi mejor amigo desnudo pero aún más raro era ver como su pene se ponía erecto al ver sus pies, me sentía exitado pero antes necesitaba bañarme abrí el agua y comencé a tallar por todas partes fue toda una experiencia bañarme en el cuerpo de mi amigo estoy bastante agradecido con él y su cuerpo
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Ahora tengo que fingir ser él y ver como me puedo comunicar con Alex pero antes creo que me haré otra paja este cuerpo es muy caliente
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( hola esta es mi primer historia pienso subir más tengo varias ideas si tienen Algúna sugerencia o simplemente quieren platicar estoy feliz de escucharlos aquí en los comentarios o por DM)
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It's never over - Rhaenyra Targaryen x reader
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disclaimer these gifs are not mine, they belong to @targaryensource and divider @dingusfreakhxrrington
Resumo: Rhaenyra Targaryen x fem reader; Lover, You Should've Come Over; a rainha simplesmente vai buscar a mulher dela; angst and happy ending; não revisado ainda.
This story can be read alone but it is also a continuation of my other three works, but especially Place where I belong
So take a look if you want!
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"So I'll wait for you, love And I'll burn Will I ever see your sweet return? Oh, will I ever learn? Oh-oh, lover, you should've come over 'Cause it's not too late"
A Rainha Negra e Syrax cruzaram o céu nebuloso do vale, se forçando contra o vento gelado que vinha de longe e lhe queimava a face. Era seguro afirmar a tormenta no peito de ambas, voavam de forma agressiva e imponente, e embora não fosse possível ouvir sempre que Syrax bradava ao alto era acompanhada por Rhaenyra, um grito alto e raivoso por liberdade das malezas que a cercavam. Daemon causara uma baixa significativa nos verdes, mas sua própria queda era bem mais custosa. Jacaerys era um bom menino, um bom homem agora e viria a se tornar um bom rei, mas estava ferido e como mãe não conseguia não poupar a cria, ele era o seu futuro também. Seus homens a enxergavam como suas mães e filhas, não como regente, se amargurava do pai por não ter à criado com um rei. O pior? temia perder a guerra e com ela a cabeça.
Eram todos bons motivos e boas desculpas para buscar Maryssa, mesmo que a ideia não lhe trouxesse alegria, mas uma velha melancolia abafada pela urgência de possuir ao seu lado uma estrategista de guerra a qual confiaria a própria vida
Não podia causar uma grande comoção com sua chegada e não poderia correr o risco de ver suas crianças, apenas inflaria o medo e dor em seu peito, muitas perdas. Sobrevoando próximo ao ninho da águia começou a silenciosamente, agora, rondar os transeuntes. De fato, era um recanto de paz e pouco demorou para do alto reconhecer um ponto em movimento na paisagem, vinha das colinas a cavalo, ao se aproximar mais o fantasma de um sorriso surgiu em seu rosto, conhecia o balançar daqueles cabelos de longe....Maryssa.
Com a aproximação da grande criatura nos céus, Maryssa percebeu e olhou para cima, por um segundo temeu a invasão, mas mesmo ao longe reconhecia aquele dragão, voara nele há muito tempo abraçada a cintura de sua rainha, parecia ter sido em outra vida e talvez fora.
Maryssa desceu de seu cavalo, o amarrou em uma grande pedra, deu mais alguns grandes passos e esperou o pouso.
So I'll wait for you, love And I'll burn Will I ever see your sweet return? Oh, will I ever learn?
Rhaenyra pousou a certa distancia e caminhou em sua direção em passos largos. Agora, frente a frente, apenas com uma pequena distância entre elas, Maryssa não sabia como reagir, o que poderia trazer a rainha aqui? A derrota e a busca por fugir com seus filhos? Pois ela não parecia a mesma, mais triste e cansada, abatida.
O silencio não durou muito. Abruptamente a rainha fechou a distância, tomou seu rosot confuso nas mãos e com os olhos mais suplicantes e voz tremula pediu
“eu pre-ci-so de você ao meu lado mais do que nunca” Maryssa juntou suas mãos às dela. Isso era sério.
“o que lhe aflige, minha rainha?”
“sinto que vamos perder-“ foi cortada
“Não diga isso” pôs seus dedos sobre os lábios machucados de frio da Targaryen “possui um exército e homens leais”
“nós duas sabemos que nem sempre isso é o bastante” disse afastando a mão “todos os dias tenho lembrar a todos, inclusive a alguns dos meus de me temerem, é cansativo ser a rainha que não querem mas que precisam e eu nunca estive tão só, Maryssa, preciso de minha mão direita, de uma senhora de armas, de uma amiga para me apoiar quando eu ameaçar a ruir, que me faça enxergar a coroa acima da minha dor.....eu preciso de você de volta.....mesmo que eu já não possua um lugar em seu coração”
Rhaenyra com olhos altivos varria o rosto de Maryssa, que agora segurava as mãos, atenciosamente. Está estava confusa, o tom utilizado foi forte, de governante, ela havia de fato endurecido durante esse tempo, sabia que jamais recusaria uma ordem de sua rainha, mas mesmo assim não sabia como responder à sua Rhaenyra, cuja a voz vacilou em meio a tanta firmeza.
Notando a hesitação, a rainha largou as mãos e deu as costas suspirando “não se preocupe, não voei até aqui esperando sua pena ou que pudéssemos voltar ao que éramos, pois que se dane se esse amor se assim quiser, lady Maryssa “a firmeza se tornou grave e as palavras quase cuspidas “preciso de lealdade e força para se juntar a minha e não há outra pessoa mais apta para isso”
Virando-se novamente em busca de resposta se deparou com sua lady de joelhos com sua velha lamina sobre cabeça, aquela que carregava na cintura, seus olhos fitavam a o chão enquanto falava “já lhe ofereci minha espada em sinal de lealdade uma vez, hoje sob esse céu e sobre essa terra eu faço melhor” confusa Rhaenyra lhe ofereceu ajuda para levantar e sem que ao menos percebesse ela lhe cortou a palma da mão esquerda, rapidamente Maryssa afastou a retaliação fazendo um corte gêmeo em sua palma direita e tomou a esquerda da rainha em um aperto forte “lhe ofereço em sinal de lealdade meu sangue, a minha vida”
A rainha havia encontrado o que tinha vindo buscar, quis sorrir, mas não era o momento, se conteve em apenas se oferecer para fazer uma bandagem em ambas as mãos feridas. Duas marcas que atravessariam o tempo as unindo, queria sonhar com as implicações disso
“alguém sabe da vinda de vossa alteza?” perguntou enquanto a outra lhe enfaixava a mão
“cuidei para que não” a interação parecia artificial ainda, como se pisasse em gelo fino
“e quem irá assumir a responsabilidade pelas crianças?” se permitiu sorrir de leve “a cada dia se parecem mais com a mãe”
A rainha dragão se permitiu ao mesmo, porém de forma mais tímida, sentia tantas saudades delas “princesa Rhaena, mandarei uma carta quando voltarmos. Precisa pegar algo no castelo? Pois se for comigo partimos agora”
Havia tanta pressa e agitação, apesar dos motivos de sua partida, queria abraçar e beijar aquela mulher, expulsar a dor que via em seus olhos, mas não havia tempo para isso durante a guerra, apenas as lembranças servem de acalento.
A Targaryen se pôs a frente andando em direção a Syrax, vez ou outra olhando para trás de soslaio, temia ser um sonho, uma vontade gritando do inconsciente, mas ela estava lá lhe lançando um olhar de reconhecimento.
Subindo com ajuda de Rhaenyra, Maryssa se colocou atras dela e suavemente envolveu com os braços a cintura da rainha, se aproximando e apertando forte. Nada foi dito, mas a rainha suspirou alto e soltou o som de uma risada sufocada. Possuía muitas esperanças para o fim da guerra.....uma delas com certeza era reconquistar aquela que a abraça com tanta ternura.
"It's never over My kingdom for a kiss upon her shoulder It's never over All my riches for her smiles When I've slept so soft against her
It's never over All my blood for the sweetness of her laughter It's never over She is the tear that hangs inside my soul forever"
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Please let me know if you liked it!!!
xoxo!!
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sunshyni · 13 days
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wanna be mine
notinha da Sun: eu tava escutando “Can We Go Back” do Dojaejung, inventei na cabeça que é uma história complementar a “Roses” do Jaehyun, e ai lembrei de “Lost” também KKKKK Então como eu já tinha um pedido envolvendo “término”, resolvi desenvolver essa aqui!!
w.c: 1k
avisos: tá triste, mas provavelmente já li coisas mais tristes ainda, vindo da @dreamwithlost então, vish, nem se fala KKKKK
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Jaehyun havia se tornado o homem mais amargurado que conhecia. Ele mesmo havia desistido das redes sociais, sem saber se isso fazia bem para sua mente ou se só o tornava um senhor carrancudo. Mal saía de casa, exceto para o escritório onde trabalhava como arquiteto. Sua mobília havia adquirido um estilo frio, que jamais imaginara escolher. Antes, debochava de magnatas que optavam por preto, cinza e branco. Sempre incluía alguma cor em seus projetos para iluminar os ambientes, mas agora não mais. Sua casa tinha a aparência de um magnata arrogante; tudo era cinza, tudo era triste. Não havia fotos, não havia lembranças. Ele não queria mais pensar em você. Já fazia um ano desde o término, e ele ainda tinha a aparência pálida.
Jaehyun raramente sorria. Seus sorrisos eram tão bonitos e sinceros quando estava com você. Ele gostava de provocá-la em público, de sussurrar ao seu ouvido o que queria fazer quando estivessem sozinhos, e adorava ver seu sorriso contido, suas bochechas corando enquanto comia sua sobremesa preferida de morango. Ele nunca fora fã de doces, então sempre a observava, vendo-a fechar os olhos de prazer. Parecia que suas células eram formiguinhas de tanto amor ao açúcar.
Agora, porém, ele não podia mais te contemplar, não podia te ver, e isso o fez perder o interesse em ver outras pessoas. Não encontrava seus amigos mais próximos havia muito tempo. Quando eles marcavam algo, ele sempre inventava uma desculpa. Preferia o silêncio de seu apartamento, sozinho, acompanhado de um vinho e algum filme estrangeiro. Quando seus amigos o arrastavam para algum bar e seus lamentos já não tinham efeito, ele socializava minimamente, sorria pouco e se concentrava nos petiscos da mesa, na cerveja gelada. Morria de medo de te encontrar por acaso e que você percebesse que ele não estava bem, enquanto você, provavelmente, já havia seguido em frente há muito tempo.
Ele sabia disso, porque você detestava ficar sozinha. Amava a companhia, o toque, e Jaehyun sabia disso melhor que ninguém. Detestava sonhar com você. Eram nesses dias que ele acordava suado, com a respiração acelerada e o coração descontrolado. Definitivamente, não havia te superado. Não conseguia entender como vocês desmoronaram tão rapidamente, como de um casal amoroso, tornaram-se um casal que vivia discutindo, sem chegar a um consenso sobre nada. Jaehyun vivia preso em um ciclo louco de raiva e desejo.
Você o acendia como um cigarro, e ele queria tanto ser tragado de novo que doía.
O aniversário de Doyoung, um de seus melhores amigos, chegou naquele fim de semana. Eles reservaram uma mesa para três em um restaurante cinco estrelas, o preferido do aniversariante.
— Que bom que não deu bolo na gente hoje — comentou Jungwoo, enquanto Jaehyun segurava a taça elegantemente, balançando o vinho suavemente.
— Desta vez, não encontrei uma desculpa convincente. Afinal, é seu aniversário de quase três décadas — Doyoung lançou um olhar irritado, e Jaehyun sorriu de canto, gostando de provocá-lo.
— Para de me envelhecer, ainda falta um ano — resmungou Doyoung. Jaehyun desviou o olhar para além de Jungwoo, observando o ambiente. Notou quando Johnny, um colega de trabalho de Doyoung, entrou no local acompanhado de uma garota. Era claro que Johnny não estava ali para o aniversário, já que o plano era apenas para vocês três. No entanto, Jaehyun não conseguia parar de observar a garota que sorria brilhantemente para o homem alto. Quando seus olhares se cruzaram, ele teve certeza de que a mulher em questão era você, o fantasma que jamais deixaria sua mente e seu coração.
Você disse algo com um sorriso forçado para Johnny, mas ele obviamente não sabia de nada. Não sabia que estava no mesmo local que o cara que costumava te fazer se sentir tão bem, tão completa, tão real. Jaehyun definitivamente não queria parecer um perseguidor, mas te seguiu quando você desapareceu em um corredor que levava aos toaletes.
— Você sabia que Johnny é amigo do Doyoung, né? Podia escolher outra pessoa que não fosse do meu círculo para ficar se esfregando — ele disse, frio como nunca antes. Você o olhou com raiva, o mesmo sentimento que sentia em todas as brigas, pouco antes do relacionamento acabar. Ele conseguia ser tão egoísta, parecia que tudo girava em torno dele.
— Você continua o mesmo, né, Jaehyun? — Você sorriu sem humor, mas o encarou. Ele parecia mais magro desde a última vez que se viram, mas ainda estava lindo em sua roupa elegante, que te remetia aos velhos tempos, quando você tinha vontade de beijá-lo o tempo todo. — Eu não sabia disso. Não estou saindo com Johnny para te provocar, você sabe que não sou assim.
— Gosta dele? — Você o encarou, sentindo seu coração acelerar. Não sabia o que dizer. Não admitiria que sentia falta até das suas discussões. Não era de seu feitio, mas também não podia dizer que se sentia nas nuvens quando Johnny te beijava. Era vazio, frio, sem sentimento. Mas você odiava tanto se sentir sozinha que aceitava qualquer coisa para não ter que lidar com a falta do carinho de Jaehyun, do carinho que ele costumava ter por você.
— Pra que você quer saber? — Você perguntou, e Jaehyun se aproximou devagar. Seu olhar percorreu o rosto dele, seus lábios, os olhos que transmitiam saudade. Queria tanto beijá-lo, mas sabia que aquilo doeria. Agora poderia ser delicioso ceder à vontade, mas depois você choraria, e não estava pronta para encarar a dor da separação outra vez, com a mesma pessoa. Se tinha acabado uma vez, não havia motivo para voltar atrás.
Ele acariciou seu rosto e você quase choramingou, querendo mais, desejando-o de uma forma tão verdadeira que parecia proibido. Era como se ele fosse um ser celestial, intocável. Aquilo te destruía.
— Você não quer ser dele — ele murmurou, encostando a testa na sua. Ambos fecharam os olhos, entregues ao momento, ao sentimento proibido. Você estava comprometida. Jaehyun não deveria estar fazendo aquilo, te desejando com tanto ardor, querendo te ver nua novamente. Não apenas por desejo, mas porque ele queria te ver por completo, corpo e alma, mesmo sabendo que foi ele quem estragou tudo. — Você quer ser minha.
— Jaehyun, eu já fui sua — você sussurrou, o coração acelerado, a respiração descompassada. Ele segurou seu rosto, e você envolveu seus antebraços com as mãos, segurando-se para não chorar. Beijou-o tão delicadamente que Jaehyun se assustou com a possibilidade de você ser uma miragem, de não ser real, de que o calor que emanava de você fosse uma ilusão criada por sua mente saudosa para mantê-lo minimamente são.
— Mas você me perdeu.
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oinorinoyaiba · 3 months
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Miyabi es alto, pero bastante delgado y con facciones envidiables... Aún así nunca ha tenido problema para intimidar a nadie con su voz, con su actitud, con su expresión o con algo menos físico. Y hoy parece ser de esas noches en las que cualquiera con ojos, orejas y sexto sentido es lo suficientemente sabio como para apartarse de su camino.
El viejo casino de la calle Murata, uno de los primeros "negocios" a los que su padre le mandó para "ofrecer sus servicios" y cuyas deudas llevo al dueño a, según informes policiales, ahorcarse en su despacho... Allí se había asentado el enjambre de Takeuchi Daisuke bajo la idea de tener a hombres en ese barrio para lo que pudiera ser, una zona privilegiada no por la cantidad de clientela que hiciera vida nocturna si no por la "calidad" de esta.
Perfecto para que una rata sarnosa llenara los bolsillos de posibles alianzas, o influenciara a cualquier joven con malas ideas y peores notas.
Ahora no era más que un local con un par de paredes de pachinko funcionales, dos mesas de apuestas y una amplia barra de alcohol... Pero las coloridas luces del exterior le hacen entender rápidamente de que efectivamente, ese sigue siendo el nido de la serpiente.
Miyabi no es de sutilezas, Miyabi no es de pensar en estrategias ni mucho menos... Pero por la calle en la que va tiene justo delante la caja de fusibles del edificio y, en ese momento, le parece buena idea dejar que Kuroha la derrita.
En apenas unos segundos las luces del edificio saltan, dejando solo las parpadeantes luces de emergencia como única fuente de luz. Nadie parece especialmente alertado, la energía general parece ser la de una fiesta momentáneamente fastidiada.
A punto de demostrarles lo contrario, Miyabi entra en el edificio. No conoce tan bien el edificio como los que están en él, y eso le pone en desventaja. Pero tanto el factor sorpresa como su increíble sintonía con su perra son sus ases en la manga. Eso y el no estar borracho, no como sus contrincantes.
Desenvaina su espada y se queda con la saya en la mano izquierda. Corta la primera cabeza tras ver a su primera víctima en un destello de luz. Engancha a su acompañante usando su brazo y la funda, solo para clavarle la espada en la espalda.
Un grito, que le indica donde está su próxima víctima. Kuroha salta al cuello del primer idiota que, entre el pánico, se le ocurre disparar al aire revelando también su posición.
Entre gritos, disparos, golpes y ladridos, ninguno de los presentes es capaz de esconderse de Miyabi en la intermitente oscuridad. Y cada uno de ellos recibe la misma porción de ira que el anterior, la cual no parece tener fin y más parece crecer mientras la adrenalina se adueña de su cuerpo.
Porque cuanta más carne corta, más cerca está de Takeuchi.
Cuando finalmente está delante de esta se detiene. Sabiendo perfectamente que el jaleo ha sido oído de todos modos, manda a Kuroha a derretir la puerta. Las llamas reciben alguna que otra bala, de algún comensal intentando eliminar la amenaza, clavándose en las paredes y el techo.
Aparece, sin miedo ninguno, de entre las llamas una vez estas se han calmado un poco, como un espíritu colérico mandado desde el mismísimo infierno.
Para los presentes, de hecho, ahora mismo lo es. Porque el hijo del Oni está muerto, y lo que tienen delante no puede ser más que un fantasma.
De nuevo Kuroha, como si fuera invocada y creada desde las llamas, salta en escena a acabar con el primero que alza su arma. La espada de Miyabi acaba con los más sorprendidos y con aquellos que han creído que ahora es un buen momento para creer en Dios.
Takeuchi queda el último. Está sentado en el suelo, reculando con las manos, llorando. Tan patético como lo recordaba... Solo que con mejores camisas y un bigote bajo el que seguramente ha ido escondiendo su nueva sonrisa de soberbia ese último año.
E-Espera... ¡Espera! Podemos llegar a un acuerdo... ¡T-Te daré lo que sea! Su voz se vuelve más y más nerviosa al ver que los pasos del ahora ensangrentando Miyabi no se detienen. ¡Te diré lo que se-!
Ni siquiera le permite terminar la frase, deja que sea la hoja de su katana el que le interrumpe.
Miyabi yergue después del movimiento, sin dejar de mirar a los ojos de la ahora inerte cabeza del yakuza. Siente su sudor empapar su cuerpo, los golpes que ha recibido en algún que otro forcejeo arder, y la sangre ajena que tiñe su ropa gotear al suelo.
#rp
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ellebarnes90 · 3 months
Note
sua escrita é muitooo boa amg, parabéns!!
queria ler um one shot triste em que o Enzo e a reader são ex namorados e eles se reecontram depois de um tempo, ele era tóxico pra ela sabe? mas é obcecado por ela e só ela... aí um hot de saudade super emocional de ambas as partes...
aff meu sonho
NOSSA, MEU PONTO FRACO ISSO AI
eu n sei se ficou triste, mas fiz a primeira parte nessa intenção (postarei a parte dois em breve)
e decidi postar esse hoje como um especial de dia dos namorados, então vou dar meu máximo para postar a segunda parte hoje
edit: esqueci de agradecer ao elogio KKKKKKKKKKKKKKK obg meu amor🫶
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WARNINGS: sad oneshot, ex namorados, tóxico, reencontro, não revisado, parte 1 (eu não costumo fazer continuações, mas vou fazer nesse pq n queria que ficasse tão longo)
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Seu relacionamento com Enzo sempre foi perfeito aos seus olhos, ele era lindo, carinhoso, preocupado, dedicado, amoroso…mas conforme o tempo foi passando você notou que ele estava preocupado até demais, amoroso até demais, chegava a te sufocar. Mas nunca disse nada, pois achava que era apenas amor e de fato era, o problema era que era amor em excesso, Enzo te amava com todo o seu coração e alma,
Era louco por você, obcecado por você. Acordava pensando em você, dormia pensando em você, você era o centro do mundo dele e isso tudo desde antes de serem um casal, começou quando ainda eram “amigos”.
Chegou um certo tempo que Enzo se tornou ciumento, no início você achava fofo, um pouco atraente…Mas com o tempo ele se tornou mais possessivo, revirava seu celular quase todos os dias, ficava bravo quando te via conversando com um amigo que ele não conhecia…
Até que em um dia, você notou que aquela relação passou de perfeito — algo que passou a ser apenas em poucos momentos — para tóxica. O pedido do término foi difícil, Enzo chorou implorando para você não o deixar, alegando que não sabia que você se sentia assim, que iria mudar por você, por vocês, que seria alguém melhor e que nunca mais aconteceria, mas você já presenciou tantas relações tóxicas de suas amigas que no fim não acabaram bem, que não deu ao mais velho uma segunda chance.
Nos primeiros meses você chorava sentindo saudades, se arrependendo…tentava não ler as milhares de mensagens que ele mandava, não atender as ligações dele e de números desconhecidos, que você já sabia de quem era.
Anos se passaram e você ainda lembrava dele, desde Enzo você não se relacionou com ninguém, não conseguia. Sempre que estava com alguém você via o uruguaio no fundo da sua mente e sabia que nunca encontraria alguém como ele e com isso você não sabia se isso era algo bom ou não.
Já o próprio hoje fazia terapia, tentou ao máximo mudar com a expectativa de você voltar para ele, mas nunca voltou. Entretanto, ele sabia, ele sentia que um dia teria você de volta, não sabia como nem quando, mas sabia que você voltaria para ele. Os amigos do homem notaram a diferença nele, estava mais calmo, mais tranquilo, maduro…mas a obsessão por você ainda vivia da mesma forma dentro do coração dele. Sempre tentavam arranjar alguém para ele, mas o próprio sempre recusava, fugia da situação ou se prendia em casa só para não precisar conhecer outra pessoa.
Não era outra pessoa que ele queria, era você e era você que ele iria ter de volta uma hora ou outra.
Agora, hoje, andando pela cidade após sair da biblioteca, você caminhava calmamente, com sua mochila pequena nas costas, um cardigã bege e uma calça jeans clara. Passando em frente a uma confeitaria, você olhou para dentro dela através do enorme vidro e então seu coração gelou e seus olhos se arregalaram, voltando para trás onde não daria para te ver pela janela.
Era ele, ele estava lá olhando tortas com um amigo, o ar faltou por um momento, era como ver um fantasma, um fantasma que te assombrou por anos. Você não tinha visto errado, sabia que não, era ele ali, você o reconheceria em qualquer lugar do mundo. A expressão séria, o cabelo hidratado e agora curto — o que te impressionou já que quando namoravam ele se recusava a cortar, batia até no ombro —, as mãos nos bolsos…sentiu algo dentro de você, uma coisa no seu estômago que você não sabia descrever. Mas respirando fundo e tomando coragem, você repetia para si mesma que ele não iria te ver e que estava tudo bem, assim, você passou pela loja com passos firmes e com os olhos fixos na calçada na sua frente.
Já dentro da loja, no exato momento em que você passou, Enzo olhou para a grande janela vendo você e a expressão que antes demonstrava um pouco de tédio agora exibia o choque como se também tivesse visto um fantasma. E como se tivesse ligado o modo automático, ele saiu do lado do amigo que acabou nem notando, saindo pela entrada com certa pressa. Ao ouvir o sininho da porta você fechou os olhos com força ainda andando, sabendo que não havia passado despercebida e isso só se confirmou ainda mais ao ouvi-lo te chamar pelo seu nome.
Fechou os olhos com força, se corroendo por dentro.
— Oi — você disse com a voz um pouco arrastada, se virando
Ao olhar nos seus olhos, Enzo não conseguiu não sorrir, se aproximando de você com passos lentos.
— Faz tanto tempo…está tão bonita — a voz dele era um pouco triste e você percebia isso
— Obrigada — respondeu um pouco sem jeito — Eu tenho que ir, já tá escurecendo e você sabe, eu não gosto de andar por aí à noite
— Eu posso te acompanhar…ainda mora no mesmo lugar?
— Olha, não precisa, é sério, eu…
— (seu nome), eu mudei ok? Eu juro…deixa eu te acompanhar, por favor
Aquele olhar…aquela droga de olhar que ele fazia sempre quando queria algo e sabia que você não aceitaria, aqueles olhinhos brilhando imitando aquele olhar do gato de botas…você odiava.
Suspirando fundo, fechou os olhos assentindo.
— Tá bem, mas só até a entrada
— Ok — ele sorriu, se aproximando de você e andando ao seu lado
Segundos depois ele pegou o celular e fez um breve resumo ao amigo, que apenas visualizou e respondeu com um joinha. A caminhada ao seu lado era silenciosa, enquanto o moreno pensava no que dizer você torcia para ele não dizer nada. Sentia o olhar dele em você algumas vezes, sabia que ele estava reparando em você mas preferiu não dizer nada, até que enfim ele abriu a boca.
— Sinto sua falta
— Enzo..
— Olha, desculpa tá? Eu tento, eu realmente tento mas…eu te amo tanto, amor
Ele havia parado de andar, estavam a poucos passos do seu apartamento parados debaixo de uma árvore.
— Não me chama assim
O viu suspirar, esfregando a mão no rosto enquanto a outra estava no bolso.
— Eu juro que eu mudei, tá? Eu fiz e faço terapia, eu…eu — ele tentava procurar mais argumentos, mas seu olhar o deixava nervoso, o fazendo desistir
— Olha, eu acredito em você e também quero muito acreditar que você mudou, mas…
— Então me dê uma chance. Me dá uma chance de te mostrar e te fazer acreditar! Eu te amo tanto, mi amor
Por algum motivo você acreditava nele, acreditava naquelas palavras e mesmo que sua resposta fosse “não”, quando abriu a boca a resposta foi diferente.
— E como eu vou saber que não vai acontecer de novo?
Enzo tirou a outra mão do bolso, a levando até seu rosto e dando mais dois passos na sua direção.
— Eu prometo com todo o meu coração que não vai
O rosto do uruguaio estava próximo do seu, você conseguia sentir o cheiro do perfume dele…amava aquele perfume, amava o toque dele, amava ele e sabia disso.
Contudo, seguiu caminho até teu apartamento, junto ao uruguaio que de vez em quando encostava a mão na sua propositalmente.
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casos ilícitos
Matias Recalt x f!Reader
Cap 6
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E as lembranças se perderam há muito tempo. Mas pelo menos você tem belos fantasmas. E então, talvez meu lar não seja o que eu conhecia. O que eu pensei que seria.
Estamos no ponto de vista do Matias, e já digo: tenham paciência com ele🤭✊. Boa leitura 😚
Avisos: Smut, linguagem Imprópria, +18.
Palavras: 8,0 k
Tudo aconteceu tão rápido que o garoto mau teve tempo para reagir. Ainda parado em frente ao posto de gasolina, ele não escuta quando os rapazes se aproximam, ou quando o lançam uma enxurrada de perguntas em sua direção, ainda entorpecido olhando para o lugar em que o carro estava, e que te levou para longe dele. O telefone ainda está em sua mão, pesado, parecendo um objeto da cena de um crime. Ele o guarda no bolso com raiva.
- E aí? Falou com ela? – Pergunta Fran curioso, o despertando de seu estupor.
Bem, ele definitivamente fez alguma coisa com você. Mas conversar, não era bem a palavra. Mas não queria contar o quão rápido as palavras fugiram de sua mente assim que ficaram sozinhos. O quanto ele não queria ter que perder tempo conversando, ou o mais provável, brigando, quando poderia estar em cima de você, dentro de você. Te mostrando o quanto sentia sua falta, o quanto te queria, e tentando te transmitir o que não conseguia com palavras. Tudo para nada, pois assim que você teve o alívio que somente ele poderia te dar, o deu as costas e foi embora com outra pessoa, o fazendo se sentir usado, insignificante e pequeno.
- Vamos embora – Responde de mau humor, ignorando a pergunta do menino de olhos claros, e se dirigindo ao carro.
Os outros parecem ficar ainda mais confusos e desnorteados. Pensaram que a conversa, iria melhorar a situação, não que iria piorá-la. Enzo era o mais apreensivo, se Matías estava desse jeito, como você deveria estar?
- Como assim? O que aconteceu? – Questiona Enzo já ficando irritado com a falta de detalhes do garoto.
O clima começava a pesar entre eles. Steban e Simon começam a se preocupar com o aumento de ânimos de todos ali. Matias está exaltado, e Enzo está quase se juntando a ele. Antes que as coisas piorem, Steban decide se pronunciar:
- Enzo, calma aí, deixa ele quieto. – Tenta apartar a situação, colocando a mão no ombro do mesmo, como se pudesse transmitir calma a ele através do toque.
- Claro que não, ele diz pra gente distrair o cara e depois não quer dizer o que aconteceu? Ela é nossa amiga também. – Retruca, se possível, ficando ainda mais bravo.
Steban procura o olhar de Fran, pois por ser o mais calmo e sensato do grupo, poderia tentar botar juízo no mais velho, mas se surpreende ao ver que o mesmo mostra apoio a Enzo, e encara Matías, também esperando uma resposta.
- Só fala, ela está bem? Vocês brigaram de novo? – Fran questiona, juntamente preocupado com você.
O garoto de cabelos castanhos só revira os olhos, não estando no clima para ficar respondendo perguntas idiotas, que no fim só gerariam mais perguntas. Ele queria ficar sozinho, não pensar em você, ou em qualquer outra coisa.
- Ah ela está muito bem. Melhor do que eu, isso é certeza. – Diz com as palavras escorrendo de sua boca como veneno.
Os garotos ficam sem entender muito bom o que estava acontecendo, e o que ele está implicando. Mas finalmente uma chave parece virar na cabeça de todos ali, os fazendo enxergar a situação claramente, ou ao menos o mais claro que poderiam com a escassa informação que tinham.
- Então é isso? Você só tá putinho por que ela disse que tá com outro? - Simon diz, ainda não compreendendo o motivo de tanta comoção do mais novo.
- Vai se foder Simon, cala a sua boca – Avança para cima do mesmo.
Matias está cansado de ficar pensando em você junto com o outro sujeito. Em como o superou rápido, ou em como parecia leve e confortável com o mesmo. E Simon tratar o assunto tão levianamente, não ajuda em nada. Ele sabe que está sendo irracional, que não está pensando direito, mas não aguenta a pressão do ocorrido, e perdendo a razão, está pronto para descontar a raiva no primeiro que o contrariar. Mas antes que possa realmente encostar no garoto, Enzo e Steban entram no meio, o segurando e o prendendo no lugar, e Fran faz semelhante com Simon, que já estava se preparando para brigar se fosse necessário.
- Já chega! – Fran exclama, com o semblante sério. – Não vamos arrumar briga aqui. Todo mundo pro carro, agora! – Ordena, e olhando para Matias, continua – Você vai na frente comigo, Simon, você atrás, e sem provocarem um ao outro. – Repreende os dois, e troca um aceno de cabeça, com Enzo e Steban, avisando para que ambos ficassem atentos, e interviessem se vissem algo.
Enzo olha uma última vez para o garoto de cabelo castanhos, e avisa com um olhar cortante:
- Você está alterado agora, então não adianta conversar, mas isso não acabou. – E assim, com um clima tenso, todos se dirigem para o veículo e começam a ir embora.
No banco de passageiro, tentando colocar os pensamentos no lugar, o que ele consegue parcialmente, ele busca compreender o porquê de seu colega não conseguir o entender. Simon é um solteiro convicto, que nunca se apegou a nada e nem a ninguém, obviamente não entenderia a conexão que vocês compartilhavam. Você é importante, e ele te quer com ele. Mas começa a repudiar o sentimento devido aos recentes acontecimentos. Simon não parece ter preocupações em não se apegar a ninguém, talvez fosse assim que ele devesse ser também, te tratar apenas como mais uma com quem ele se envolveu, mesmo sabendo em seu íntimo que não era verdade.
Fran querendo acabar logo com o clima ruim no carro, e prevenir uma briga futura, deixa Simon primeiro, e depois os outros, e não direciona nenhuma palavra a Matías no caminho para casa. Quando chegam, o Recalt só dá uma desculpa esfarrapada, dizendo que precisa pegar alguns livros na biblioteca do Campus antes das aulas, e sai porta a fora, apenas com a carteira e um casaco, caso volte tarde. Seu colega de quarto não acreditou na justificativa fajuta, mas sabendo que era melhor o garoto se distrair e ficar um pouco sozinho, não questionou nada e deixou que o mesmo partisse.
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Ele ponderou muito se deveria mesmo ir ver a garota. Mas a raiva e rancor ainda eram presentes nele. Só queria se sentir querido, e se não fosse por você, então que fosse por outra pessoa. Chegando na casa de Malena, o lugar lhe parece familiar e ao mesmo tempo muito estranho. Ele já esteve aqui tantas vezes, em tantas ocasiões, e é engraçado como esse lugar não lhe traz o sentimento de conforto que ele pensou que traria.
A garota o oferece algo para ele beber, tentando puxar conversa, e se atualizar da vida do mesmo, já que o rapaz havia se comunicado muito pouco nas últimas semanas, e após o restaurante, esse pouco contato havia se tornado nulo.
- Você sumiu – Ela comenta, o entregando uma cerveja, enquanto ambos se dirigem para a sala.
- É, foi mal por isso. – Diz se desculpando, mas sem realmente dar muita atenção, e tomando a bebida em silêncio. Ele estava claramente de mau humor, e a garota não quis pressioná-lo.
- Quer mais uma? – Pergunta quando ele termina.
- Não, vamos direto ao assunto. – Fala impaciente.
Malena vendo que não arrancaria nada do garoto neste estado arrogante e cínico, decide o dar o que ambos querem. Ela não perde tempo em o empurrar até o sofá, querendo mostrar quem está no controle, fazendo com que o mesmo caia sentado, e aproveita esse momento de surpresa do rapaz, para montar em seu colo. Rapidamente, rodeia a cintura dele com as coxas, e começa a se esfregar em seu corpo, colocando as mãos atrás da nuca dele, o acariciando, e se aproxima, querendo juntar seus lábios ao do menino.
Ele sente quando ela se aproxima, e se depara com um desconforto, uma sensação de que tem algo errado, mas se obriga a continuar ali. Os lábios se chocam, e ele luta contra a vontade de se afastar. É um bom beijo, molhado, quente, e tão bom quanto ele se lembrava. O corpo dela esfrega em sua ereção por cima das roupas, o trazendo alívio, se movendo de uma maneira erótica e sensual, era muito bom, mas não da maneira como ele gostava. Era diferente de como você se movia, sempre indo no ritmo certo, e o tocando com luxuria. Então ele finalmente entende o que tem de errado, o motivo dos toques parecerem estranhos, e desconfortáveis. Simplesmente porque não era você.
Não era sua boca, nem os seus quadris e nem as suas mãos. Tudo parecia tão falso, e ele pensa em se afastar para acabar com isso, mas assim que o pensamento passa por sua cabeça, ele se lembra da forma como o deixou lá e foi embora com outro cara, o reduzindo a nada a não ser uma versão patética e solitária dele mesmo. Se ele não era tão importante para você, então você também não era tão importante para ele. Com isso em mente, ele retribui o beijo com vontade, envolvendo as mãos nos quadris da mulher mais velha, a apalpando e trazendo para mais perto. Ela parece satisfeita e solta um gemido com isso.
- Você não mandou mensagem, ou ligou, desde o restaurante – O beija no maxilar, fazendo um rastro e descendo pelo pescoço do mesmo – Achei que a gente ia sair – O cobra.
Aparentemente, ela achou uma boa ideia o confrontar sobre seu desaparecimento, enquanto estão se pegando, achando que assim ele estaria mais suscetível a respondê-la. Ele solta um bufo de irritação com isso:
- Tenho andado ocupado. – Diz, com um tom zangado.
- Ocupado com ela? – Questiona, parando com os beijos e o encarando.
- Por quê? Tá com ciúmes? – Provoca.
- Cala a boca. – Declara a mesma.
Ela mesmo o cala, voltando com a boca para cima dele e retomando o beijo de maneira ríspida. Esfrega as mãos nos cabelos dele, e os puxa de vez em quando, o provocando. É estúpido, e vai totalmente contra o que ele estava tentando provar para si mesmo, mas em determinado momento, ele finge que é você ali em cima dele. Isso o motiva, e faz com que ele se entregue ainda mais aos toques e beijos, se tornando até mesmo rude com a aspereza de seus movimentos. Ela retira o casaco dele, o jogando em um canto da sala, e ele faz o mesmo com a blusa da garota, mas quando se separam, e ela começa a tatear o colo do rapaz a procura do cinto, a fim de soltá-lo, e livrá-lo da roupa, ele para. Isso está errado, e ele não queria continuar com essa farsa. Não é justo ele se enfiar no meio das pernas de uma mulher enquanto pensava em você. Não é justo pra nenhuma das duas e nem com ele mesmo, se for sincero.
- Tira a calça- A mulher ordena, já frustrada com a falta de retorno dele em começar a tirar a roupa, enquanto o mesmo só fica pensativo.
- Não – Ele diz, e com as mãos tremendo em nervosismo, a tira de cima de seu colo - Isso foi um erro. – A garota não sabe se ele está falando com ela ou consigo mesmo, mas fica possessa ao vê-lo se levantando do sofá e começando a ajeitar a roupa que agora está amassada.
- O que você disse? – Ela está incrédula, não conseguindo assimilar o que acabou de ouvir.
- Eu tenho que ir – Diz simplesmente.
- Por quê? Por causa dela? Você parecia estar gostando a um minuto atrás. – Acusa, querendo uma explicação dele.
Ele fica quieto, sem saber o que dizer, e começa a procurar pelo casaco, tentando encontrá-lo e ir embora o mais rápido que der.
- A gente não vai voltar então? Achei que não estava namorando ninguém – Pergunta, tentando enxergar qual o motivo da partida dele.
- E não estou. - Concorda.
- Então? – Malena diz, erguendo o tom de voz.
- Eu posso ter seguido em frente sabia? - Diz com um grunhido.
Ele está na defensiva agora. Matías não queria ter que ficar dando satisfação para ela. Para começar, ela quem quis ir embora e deixá-lo por causa das próprias ambições, e tudo bem, ele respeita isso. Mas não acha que deva explicações sobre tudo o que faz desde que a mesma voltou.
Ela solta um sorriso de escárnio com a pergunta do garoto.
- Seguiu tão em frente que voltou aqui? – Debocha amarguradamente.
- Como eu disse, foi um erro. Não vamos voltar, sinto muito. – Ele desiste de encontrar a peça que trouxe, e se dirige a porta de entrada, mas quando já está com a mão na maçaneta, prestes a abrir, Malena pergunta:
- É por causa dela, não é? eu vi como olhava para ela no restaurante.
Isso o pega desprevenido. Ele não lembra daquela noite como sendo agradável, leve e em com um bom clima, pelo contrário, aquele dia foi o começo do fim. O dia em que você decidiu se afastar e por um fim em tudo, o deixando, e as coisas ficando progressivamente piores desde então, por isso não entende a afirmação da garota, insinuando olhares entre vocês dois.
- Não sei do que você tá falando, como eu olhava pra ela? – Pergunta ainda de costas para a mesma, não se atrevendo a encará-la.
- Do mesmo jeito que costumava olhar pra mim. – Responde com a voz embargada.
Ele se vira, e confirma suas suspeitas. A garota está segurando as lágrimas, e com os braços rodeando a si mesma. Nesse momento, ele não consegue não se lembrar de você no banheiro do restaurante, e de notar duas coisas importantes. A primeira, é que ele infelizmente está ficando muito bom em fazer garotas sofrerem, e a segunda, é que todos os caminhos da vida dele, levam a você.
-Não, não é verdade. – Nega rapidamente, tanto para consolar a garota, quanto para não admitir a realidade da situação.
Insinuar que o carinho que ele tinha por sua ex, era igual ao que tinha por você, a põe em um patamar muito mais significativo, o qual ele não quer aceitar ainda.
- Você está certo, não é verdade – Ela concorda – Você nunca olhou com tanta paixão pra mim. – Limpa as lágrimas em suas bochechas, e o fita, esperando uma resposta.
É isso. Não tem como escapar mais. Ele está apaixonado por você. Ele negou isso por tanto tempo, mas uma parte dele sempre soube que era verdade. Sempre soube que esse sentimento existia, só restava a dúvida se ainda tinha afeição por Malena, mas depois de hoje, e esse reencontro desastroso, está mais do que claro que não existia mais o amor que tinham antes.
A garota espera que o mesmo negue, diga que não é o que parece, que o coração dele ainda pertencia a ela, e somente a ela. Mas ele não vai. Agora que reconheceu seus verdadeiros sentimentos, não vai voltar atrás. E ela sabe disso:
- Você prometeu! – Acusa furiosa, indo até ele e dando um empurrão em seu peito, mas o mesmo não se move, o que a deixa mais alterada ainda - Disse que não ia se apaixonar por ninguém nesse tempo. – Se debate contra ele.
Ele quer dizer que tentou. Tentou arduamente. Tentou tanto que tinha vezes que doía por espaço e estabelecer limites entre os dois. Doía ver como você se decepcionava com cada impasse e indecisão dele. Que machucava não poder te dar o que você queria, pois nem ele sabia ao certo o que queria também. Mas como poderia não se apaixonar quando tudo o que você era com ele era doce, gentil, carinhosa, engraçada e o fazia se sentir especial pra caralho? Ele sabe que falhou com Malena, e o pior, falhou com você também.
- Não foi minha intenção. Só aconteceu, eu... – O garoto engole em seco - Eu mal tinha me dado conta de como me sentia até vir aqui. – Admite com pesar.
- Por quê? – Ela está genuinamente confusa.
- Porque agora eu tenho certeza de que não sinto mais nada por você. – Esclarece, e não ousa desviar o olhar, mostrando seriedade e verdade, mesmo que a machuque.
Ela finalmente parece entender e aceitar que está tudo acabado. Não tem como ignorar mais a falta de interesse dele, ou o porquê dele não a ter procurado nos últimos dias, já estava obvio, ele não a ama mais. Então por que droga ele está na casa dela? O que o motivou a fazer tudo isso?
- O que aconteceu Matias? por que você veio aqui? Me fala a verdade, me deve ao menos isto.
E assim, ele o faz. Conta como ficou indeciso e confuso, como ficou balançado quando a viu depois de tanto tempo, mas que não foi o bastante para fazê-lo renunciar de você. Conta como ficou com raiva te vendo com outra pessoa, e pensou em vir aqui, para provar que não estava tão afetado por você. E agora falando isso em voz alta, só mostra a quão infantil e estúpida foi essa ideia.
Ela escuta, é atenciosa, e o conforta, não com beijos ou sexo, mas sim com um abraço de amiga. Ela admite que está chateada, não gostou de ser enganada e usada assim, mas depois de uma generosa bronca e puxão de orelha nele, diz que entende que os sentimentos dele tivessem mudado depois de tanto tempo, mesmo não sendo a vontade dos dois. Ele se desculpa, sentindo que deve algo a ela, por causa de um acordo idiota, feito há pouco mais de um ano atrás.
- Me escuta bem, se o único motivo pra você querer ficar comigo, for por causa de uma promessa besta, então é melhor que não fiquemos juntos mesmo. – Diz séria – Esquece o que eu disse agora pouco sobre você ter me prometido que não ia gostar de ninguém, eu estava alterada. O que importa, é que você saiba que não me deve nada. – O encara, querendo passar segurança.
- Era difícil não te ter aqui, a saudade doía o tempo todo. – Confessa – Mas, depois que eu a conheci, foi melhorando, até que um dia a dor parou de existir. – E o amor também, ele queria dizer, mas estava implícito, e ambos sabiam.
- Acha que podemos ser amigos? – Pergunta depois de algum tempo em silêncio.
Ambos estão no chão da sala agora, sentados em cima de um tapete felpudo, e ele abraçando os joelhos, se encolhendo no canto. Ela está semelhante, ao lado dele e na mesma posição.
- Acho que precisamos de um tempo separados, eu ainda tenho sentimentos por você – Admite – E ela pode não gostar também da nossa amizade. – Fala, e o garoto solta uma risada, mas dá para ver que não tem humor nenhum nela.
- Ela nem olha pra mim agora. – Reclama, com acidez.
- Mas se ela pedisse, você daria prioridade pra ela, não é?
SIM! É claro que sim. Ele faria o que estivesse ao alcance dele para que você considerasse o ter de volta. Não que você quisesse é claro, não valia a pena trocar o homem maduro, mais velho, por ele, um garoto indeciso e teimoso, mas se tivesse uma chance, uma mínima fagulha em você que ainda o desejasse, ele lutaria por isso, custasse o que fosse.
- Sim – Diz simplesmente, e envergonhado.
- Estou aqui pro que precisar, mas acho melhor cada um decidir bem o que quer. – Diz, procurando o olhar dele.
- Eu quero ela. Sei disso agora. – Retribui o olhar, com calma, sem o tormento que havia neles a alguns minutos atrás.
- Então pronto. – Solta um suspiro resignado. Ela entende a situação, mas não significa que não esteja machucada por isso ainda.
- Juro que não queria te magoar. – Se explica mais uma vez.
- Eu sei – Afirma – Mas tem coisas que estão além do nosso controle Matías, não quero que fique se culpando por isso, já disse.
- Acho melhor eu ir embora. – Diz e se levanta do chão.
Estende a mão para ela, a dando apoio e a puxa para cima, para que se levante também.
- Sim, é melhor. - Concorda.
Ela o acompanha até a porta, e se despedem com um breve abraço. Parece muito uma despedida, e não do tipo: Até amanhã, ou até logo, mas sim do tipo sabendo que nunca mais vão se ver, e que as coisas nunca mais serão como antes.
Ele sai rápido de lá, fugindo como um garotinho assustado. E sem saber o que fazer. É você. Que droga, como ele demorou tanto tempo para perceber isso? Ele te quer, e precisa te ter de volta, e que se dane o outro cara. Se estivesse tão apaixonada por outro, não teria o beijado como fez mais cedo, não importa o que você disse a seguir, daquilo não ter significado nada, no fundo, sabiam que tinha significado tudo. E ele vai te fazer enxergas isso.
Chegando em casa, vai para o banheiro tomar um banho para tentar clarear os pensamentos e se acalmar, pronto para encerrar o dia. Não tinha ânimo para ver as aulas, ou energia para qualquer outra coisa. Já embaixo do jato de água quente, ele nota, que vergonhosamente ainda está duro. Soltando um suspiro frustrado, vê que não tem outra alternativa a não ser recorrer a ele mesmo. Envolve o membro em sua mão, e começa com os movimentos lentos de cima para baixo. Fechando os olhos e tentando te imaginar ali, com ele.
- Isso – Ele acelera os movimentos contínuos em seu pau – Assim, ahh, tão boa pra mim. – Geme baixo.
Mas a mente dele corre para um cenário muito mais perverso, e te visualiza no banheiro hoje cedo, com as pernas rodeadas na cintura dele, saia erguida na altura dos quadris, totalmente exposta, e com a calcinha afastada para o lado. Dessa vez, ao invés de se separarem e você ir embora, nessa versão ele te vira de costas, e te fode por trás, bem ali. Com o perigo de qualquer um poder entrar a qualquer momento, e flagrar vocês. Com seus amigos os esperando do lado de fora, junto com o seu novo amante. Isso o excita ainda mais. O pensamento dele te comendo enquanto outro cara te espera, nem imaginando a promiscuidade que está fazendo com ele agora.
Ele consegue visualizar vividamente seu pau entrando e saindo de você, te estocando com força, e ele tendo que te calar tampando sua boca, e controlando seus próprios gemidos dando mordidas em seu ombro. Ele gozaria dentro de você, sem se importar com a bagunça, ou com a mancha que ficaria em sua roupa. E você teria que retornar para casa, com um pouco dele em você, teria que encarar o cara mais velho, enquanto a porra dele ainda escorria por suas coxas.
Pensa em suas paredes quentes estremecendo ao redor dele, o apertando, sugando tudo dele. Ele desferiria tapas em seu traseiro, para te fazer gritar que nem uma puta, mas depois te confortaria com a mão ainda quente, fazendo carinho na área avermelhada, só para depois te dar outro ainda mais forte, te fazendo chorar, com lágrimas de tanto prazer. Ele não pararia, nem mesmo quando você atingisse o clímax, ele tiraria o máximo que pudesse de você. Uma, duas, três, quantas vezes fosse possível, até você implorar para que ele pare, pois está sensível demais.
E com esse pensamento, ele atinge seu orgasmo, e espirra sua excitação no chão do box, o qual é rapidamente levado pelo ralo. Ele está com a respiração falha, e corado, ainda mais exausto do que quando chegou em casa, mas não se arrepende nem um pouco. Não se orgulha de ter que bater uma, como um pré-adolescente na puberdade, cheio de hormônios, mas esse é o poder que você tem sobre ele.
Saindo do banho, enrolado em uma toalha vai para o quarto, ainda na onda pós orgasmo, com o corpo mole e relaxado. Veste qualquer coisa e vai para a cama, ainda pensando em você, mas dessa vez, não em seu corpo. Bem, tecnicamente é sim em seu corpo, mas não dessa forma crua e devassa. E sim, em você na cama dele, deitada, com os cabelos espalhados pelo travesseiro e seu cheiro se impregnando nos lençóis, com um olhar satisfeito o encarando. O abraçando, e querendo enterrar o rosto no peito dele. Você sempre ficava inacreditavelmente tímida após o sexo, nem parecia a mesma pessoa, e ele adorava se aproveitar desses momentos, para te provocar e dizer coisas mais sujas em teu ouvido, seja relembrando o que fizeram, ou o que ele ainda queria fazer com você. O que queria experimentar e tentar de novo. Novas posições, novos movimentos e em novos lugares, o que o rendia apenas uma repreensão e um olhar envergonhado.
Mas agora, tudo o que tinha a frente dele, era um espaço vazio, o qual um dia você ocupou, e ele esperava desesperadamente que ocupasse novamente. Ele se acomoda, e se obriga a cair no sono, torcendo para que você esteja pensando nele, tanto quanto ele está pensando em você.
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O dia seguinte, é gasto com a maior parte do tempo do garoto dentro do quarto. Saindo apenas para ir ao banheiro, ou ir à cozinha comer algo, o que foram poucas vezes, já que o mesmo estava se sentindo e parecendo um zumbi, totalmente deprimido e triste. É estranho, ontem ele tinha a certeza, de que iria te procurar e falar com se sentia, mas agora, já não estava mais tão seguro. E se você realmente estivesse melhor com outra pessoa? Ele não queria estragar tudo ainda mais para você, mas também não aceitava te ver com outro. Agora que tinha plena consciência de seu afeto por você, precisava se planejar em como, ou se iria te abordar.
Ele pensa, pensa e pensa. E com o chegar do entardecer, finalmente aceita que é sim egoísta e que vai atrás de você. E daí que você parecia feliz e radiante com outra pessoa? Despreocupada e leve em sua presença? Ele tinha chegado antes do velho que te acompanhava, isso deveria contar para algo certo? Ele nunca foi o tipo de pessoa que abre mão de algo por um bem maior, e não vai começar agora.
O garoto escuta vozes vindo da sala, sabendo que é o mesmo grupo de rapazes de sempre, que se reuniram para beberem no apartamento. Ele ainda não se resolveu com Simon, ou com Enzo, mas aparentemente eles não estavam mais tão bravos já que estavam na casa do mesmo. Matías determina que essa é uma boa oportunidade para falar com os garotos e aproveita a deixa.
Se dirige até o cômodo, e é saudado pelos mesmos. Simon e Enzo estão mais relutantes, mas ao menos Fran parece mais aberto e tranquilo, e Steban está atento caso tenha que interferir em uma possível briga novamente. Matias se acomoda no sofá, e todos o olham, tentando disfarçar a tensão no ar, se perguntando se vão ou não falar do elefante na sala.
- A gente se beijou – Ele diz, cortando a quietude do lugar. – No posto, nem conversamos nem nada. Só fomos pra um canto e nos pegamos um pouco. – Explica, sem dar muitos detalhes, a intimidade dos dois, cabiam apenas a vocês.
- E isso não é bom? Mostra que ela ainda gosta de você – Argumenta Simon.
- Gosta tanto de mim que depois de me beijar, foi embora com outro. – Diz amargurado, e sem deixar de lembrar, que ele fez o mesmo.
- Eu a quero de volta. – Declara, esperando as provocações que viriam a seguir. Mas é surpreendido com o que vê a sua frente:
- Sério? – Fran abre um sorriso de orelha a orelha com a confissão.
- Sim. – Confirma, ainda abismado e tentando entender o que está acontecendo.
Ele acha que é seguro afirmar que os rapazes estavam mais do que satisfeitos, no pensamento de vocês dois como um casal. Aparentemente, ele era o único que ainda não tinha percebido. Enzo tenta manter a faixada séria, mas depois abre um pequeno sorriso e diz:
- Que bom que finalmente abriu os olhos, e se decidiu. – O fita com um olhar gentil.
Mas ele ainda não entende. Talvez, no subconsciente dele, o mesmo esperava algum tipo de resistência por parte dos rapazes.
- Não que eu esteja reclamando, mas porque vocês parecem terem gostado tanto da ideia dela e eu juntos? Vocês nem sabiam que a gente ficava até a alguns dias atrás. – Pondera.
- Porque ela gosta muito de você, muito mesmo. E é bom ver que é recíproco, mesmo que você tenha demorado uma eternidade para ver isso. Ambos merecem ser felizes, ainda mais ela, que sempre foi uma boa amiga, e esteve presente sempre que precisamos – Explica Enzo.
E então olhando para o rosto dos outros presentes ali, ele percebe o motivo de tanto contentamento. Eles também gostavam de você. Não de uma forma romântica, mas certamente tinham um grande apreço por sua pessoa. Isso de alguma forma, fez com que ele se encantasse ainda mais por você. Saber que você era querida para as pessoas que ele gostava.
- Eu vou me resolver com ela – Diz com convicção - Não só porque fui um idiota, mas também porque quero ela aqui, comigo. – Ele se justifica – Caso ela aceite, as coisas vão ser diferentes, sabem disso, certo?
O garoto sente a necessidade de deixar tudo muito claro. Sabe que caso você o dê uma segunda chance, as coisas terão que mudar drasticamente, sem saídas escondidas, ficar se esgueirando pelos cantos, ou beijos roubados em momentos inoportunos. As coisas serão sérias, concretas, da maneira que talvez mesmo você não admitindo, no fundo você queria e almejava. E ele também.
- Sim
- De boa.
- Sem problemas.
Todos os meninos concordam, não incomodados nenhum pouco com a ideia de mudança na dinâmica do grupo, mas Fran, replica rapidamente:
- Ela pode ser sua namorada, mas ainda continua sendo nossa amiga, e vamos ter que dividir a companhia dela. – Ele é bem preciso em suas palavras.
- Sim, mas não entendi o que você quis dizer com isso. - Matias responde arqueando a sobrancelha.
Após a frase, ele é recebido por revirares de olhos e bufos impacientes dos amigos.
- Cara, você já era ciumento com ela sendo um caso, se namorarem vai ser pior ainda. – Explica Fran – Ela é nossa amiga, e como disse, vamos ter que dividir a companhia dela. – Enfatiza com fervor.
- Tá bom. – Concorda e cruza os braços meio emburrado.
Ele entende que houve situações em que talvez, ele tenha interferido de propósito e tivesse feito com que você negligenciasse sua atenção aos demais rapazes, mas não achava que era ciúmes. Ele só queria sua atenção o tempo todo, e somente nele, isso não era um crime.
Malena, nunca teve uma relação se não educada com os amigos dele, mas com você era diferente. Eles eram apegados e adoravam você, então mesmo não sendo completamente a vontade dele, sabia que teria que te dividir com os outros amigos. Mas teria certeza de te viciar tanto em estar em cima dele, ou embaixo, ou de lado, gritando o nome dele, que você não iria querer deixá-lo para ficar com outras pessoas. O que o levava para o problema atual, em como iria te fazer largar do outro cara e reconsiderar voltar com ele. Simon, traz esse assunto à tona:
- Ela já está com outro – Lembra a todos. – Mas se tem alguém que pode conquistar ela é você. Ela é louca por você, vai fundo – Incentiva enquanto abre uma cerveja. – Mostra pra ela que os novinhos são os melhores. – Pisca para o mesmo com maldade.
Steban, solta um bufo com isso:
- Ignorando o comentário super desnecessário do Simon, eu concordo de você ir atrás dela, to com saudade de ter ela por perto, e você tem sido um saco desde esse término. – Brinca no final, com um pingo de verdade.
E Matias concorda que foi realmente um saco, ele tem sido uma versão mais azeda dele mesmo sem você, e sabe bem como a saudade suas dói, ele a sente todos os dias queimando no peito, do momento em que acorda, até o momento em que vai dormir.
Os rapazes conversam mais um pouco, Matías e Simon se desculpam pelo tumulto no posto, admitindo que estavam exaltados, e perderam a linha. Agora, em um clima mais leve e acolhedor de sempre, voltam as pazes e discutem outros assuntos. Seja um jogo idiota que não gostaram do placar, a respeito dos treinos de Rugby, ou um professor que detestavam. E quando percebe, já é tarde da noite, quando Enzo, Steban e Simon se despedem.
Ele vai para a cama, ainda enérgico querendo falar com você. Decide que não pode esperar até o dia seguinte, e te manda uma mensagem.
Diz que precisam conversar, e a vontade dele era de ir até sua nesse instante. O que você barra na hora, pensando que o mesmo tem segundas intenções. Ele te afirma que não, a menos que você quisesse, é claro. Ele nunca te negaria sexo. Após algumas palavras trocadas, no combinado de se encontrarem no próximo dia, pela manhã, ele está mais tranquilo, e com mais esperanças de que possam reatar. Se aceitou se encontrar com ele, então ainda deve ter algo de você que queira algo dele.
Vocês podem consertar isso, você ficou com alguém, ele teve uma recaída com a ex, acontece, ele vai te contar tudo, você não vai gostar, mas não vai poder dizer muito já que também ficou com outra pessoa. Simplesmente podem esquecer que isso aconteceu e seguirem em frente.
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- Mas não, ele não é meu ficante, namorado, ou algo assim, ele é meu cunhado. - Você diz a ele com desgosto, e irritada por ser questionada.
Ele fica confuso, não se lembra de você alguma vez ter mencionado uma irmã, o qual você explicou que sempre foi por falta de tentativa dele. E o mesmo é rápido em se desculpar por seu comportamento. Mas então, ele sente um alívio e prazer imediato, ao saber que você não havia ficado com ninguém, ainda estranhava os apelidos e a história das camisinhas, mas sabia que você não era mentirosa. Mas então, junto com o alívio, vem a culpa e remorso. Ele soube que estaria tudo arruinado se você soubesse da Malena. Além dele ter ficado com outra pessoa, pra piorar era a ex dele.
- E você? Voltou com ela, ou ficou com alguém? – Pergunta receosa e com medo, ele pode sentir ambos em tua voz.
Ele fica sem reação. Deveria mentir? Queria ser transparente e verdadeiro, mas se soubesse a verdade, aí sim que não o perdoaria. Ele ainda estava se decidindo se deveria ou não te contar, mas quando vê que sua expressão muda, que está prestes a se levantar e ir embora, ele se decide, e sabe que faria de tudo pra ficar contigo, mesmo que envolvesse ocultar fatos.
- Não. – E ele tenta passar a maior convicção que pode.
Você está relutante, mas parece comprar a história dele, e após uma longa conversa, colocando tudo, ou quase tudo, as claras, vocês estabelecem que iriam tentar de novo, mas dessa vez em condições bem diferentes. O seu termo de se absterem de sexo, realmente o pegou de surpresa. Era algo que faziam sempre, mas se era sua vontade, pra ele provar que realmente te quer como algo a mais, não somente uma ficada ocasional, ele poderia fazer isso.
Enquanto você comia mais uma sobremesa, ele não conseguia parar de pensar em como os seus lábios estariam doces, no sabor frutado que sentiria se te beijasse e te provasse agora. Ele engole em seco e tenta afastar esses pensamentos. Sem beijo, foi o que você disse. Sem beijo. Sem toque. Sem tudo.
Vocês se despedem, e pela primeira vez em semanas, ele sente que fez algo certo, mesmo com a mentira pesando em seu peito. Mas ele vai compensar isso, jura a si mesmo.
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Ao decorrer do dia, mensagens são trocadas entre os dois, coisas bobas e não tão importantes, e outras, de extremo grande significado afetivo e emocional. Assuntos aos quais nunca haviam tocado antes. Ele é curioso por natureza, então não ter te perguntado tudo o que havia para saber antes, havia sido um grande desafio, mas agora, ele que adentrar e conhecer tudo de você. E em meio a isso, dúvidas que ele tinha são respondidas. O apelido carinhoso, você explica que se deve por conta de uma fantasia que usava quando era criança, a qual era fascinada por conta de um filme, e quando envia fotos a ele, o mesmo pensa que pode derreter com tanta fofura. E por um momento de delírio, imagina como seria uma junção dele com a sua em uma criança. Mas afasta rápido esses pensamentos, é muito cedo para isso. Relata também a respeito de seus pais, o quão estão ansiosos para o casamento, e de sua irmã mais velha, que está animada e tomando conta de tudo. Não menciona muito o cunhado, e ele entende que esse deve ser um tópico ainda complicado entre vocês.
Pensa o tempo todo em ir te ver, mas reconhece que o melhor movimento agora, é ir com calma. Então controla esse desejo, o reduzindo em seu interior, até mesmo quando conta aos amigos, que vocês estão “não tecnicamente namorando, mas tecnicamente juntos”. Depois das flores que você recebeu, estava claro que você era super-romântica, e ele queria te entregar um pedido que remetesse a tal.
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A determinação dele de te dar espaço e pegar leve, não vai muito longe, e no dia seguinte, decide te surpreender na biblioteca, trazendo um café gelado, já que era o seu favorito, enquanto a mesma está no grupo de estudos. Assim como tem estado religiosamente, sem perder um dia, desde que entrara no curso. No momento em que adentra o local, te avista de costas, sentada em uma mesa, repleta de livros e cadernos espalhados a sua frente. Com a cabeça baixa, se concentrando no que estava lendo, e anotando o que achasse importante. Ele se aproxima, e é silencioso em seus passos, para não incomodar os outros estudantes, e não te assustar.
- Oi – Ele diz assim que chega e para ao seu lado, em pé enquanto você está em seu acento.
Você tira a atenção do livro, a direcionando a ele, querendo saber quem havia te interrompido. E arregalando os olhos ao vê-lo ali, e o encara, parecendo surpresa:
- Oi – Responde, e além de espanto, ele não consegue ler mais nenhuma expressão em seu rosto. – O que está fazendo aqui? – Questiona tentando encontrar um motivo dele estar ali.
Ok, ele esperava ao menos um cumprimento de sua parte, você nem se levantou para um abraço, ou algo do tipo, ou ao menos deu alguma indicação de felicidade em encontrá-lo. Ele tinha te visto ontem, mas já estava morrendo de saudades suas, você não sentia o mesmo? ele tenta não se deixar abalar por sua falta de interesse.
- Vim te fazer companhia – Explica, e você não diz nada, não o convidando para que se junte a você na mesa. – Se você quiser – Ele continua, na esperança de que você o peça pra ficar, pois quer ele por perto, mas o mesmo só é recebido pelo silêncio.
Ele está começando a se sentir constrangido agora, achou que seria um gesto romântico, vir te ver e mostrar o quão empenhado ele está em te conquistar, era o que você queria, certo? Mas você não parece ter apreciado a surpresa. Ele já esteve no grupo de estudos com você em outras ocasiões, não pensou que seria grande coisa, iria ser como antigamente. Mas talvez você não o quisesse tanto em seu espaço como antes, e ele deveria saber disso.
- Eu posso ir embora, só vou deixar o café com você. – Oferece, e coloca a bebida com gelo a sua frente. Ele se sente um idiota agora, era óbvio que você não o queria aqui. O mesmo engole o orgulho, e te olha uma última vez- Vou indo então, bons estudos. – Diz, e começa a se afastar.
Mas é detido por uma mão em seu braço, o segurando levemente, então se vira e te fita, já em pé e com o rosto corado. E se dando conta de que ainda o tocava, o solta rapidamente, como se estivesse queimando pelo contato.
-Não! Pode ficar se quiser – Balança a cabeça para si mesma, se repreendendo - Na verdade eu quero que você fique. – Se corrige. - Eu só estou surpresa.
- Não precisa mentir, eu sei quando não sou bem-vindo. – Retruca.
- Não é isso, é que...hoje eu não estou com o pessoal de sempre, estou com algumas amigas, não acho que você vai querer ficar. – Explica envergonhada.
Agora ele entende o motivo de sua relutância. Quando suas amigas estavam presentes no grupo de estudos, era um momento super desconfortável, sendo repleto de piadas com duplo sentido e querendo jogar você para cima dele, já suspeitando de sua quedinha por ele. E na época, com o relacionamento dos dois sendo um segredo, era muito desagradável ter que passar por isso. Vendo pessoas dizendo como fariam um bom casal, e vocês nunca dando um passo a frente em seu relacionamento, fazendo com que ambos se sentissem insuficientes. Mas agora, que concordaram que estão sérios, ele sabe o que você está implicando, lendo as entrelinhas que dizem: “você vai me assumir hoje? ou vai ficar escutando e não dizer nada de novo? se for isso, pode ir embora”
- Tudo bem, eu quero.
- Tem certeza? - Questiona, ainda não convencida.
Ele puxa uma cadeira, que estava ao lado da sua e indica para que ambos se sentem, pegando em sua mão e olhando no fundo dos seus olhos diz:
- Eu quero ter um relacionamento sério com você, e isso vai envolver contar para as pessoas. Se quiser que eu vá embora, porque acha que é muito cedo, sem problemas, mas saiba que eu quero fazer isso, quero que saibam que você é comprometida, e tem alguém te esperando.
O rosto da garota se ilumina, e a mesma acena com a cabeça em concordância:
- Ok.
Assim que pronuncia as palavras, as meninas que ele conhece e já viu algumas vezes retornam, uma com uma enorme quantidade de livros nos braços, e outra com uma pilha razoável, e não fazem a mínima questão de esconderem a surpresa em vê-lo ali.
- Oi, Matias, tá fazendo o que aqui? – Uma delas provoca.
- É bom te ver também – Diz ironicamente.
- Se veio atrapalhar já pode ir embora. – Retruca com humor.
- Vocês adoram quando eu venho aqui que eu sei. – Responde, e largando sua mão, se levanta para ajudar com os livros, e dando um abraço gentil em cada uma. Assim que se acomodam na mesa, outras duas colegas que ele não conhece, retornam, e parecem confusas e curiosas, até que você se pronuncia:
- Gente, esse é o Matias, ele veio me ajudar com algumas matérias, já que faz o mesmo curso que eu e está avançado – Explica – Espero que não se importem.
- Sem problemas. – Respondem e acenam pra ele educadas, se apresentando.
Ele nota, que você não o apresentou como amigo, o que é bom. Mas odeia que não o apresente como algo a mais, mesmo que tecnicamente não sejam esse algo a mais. E ele espera mudar isso logo.
E é obvio, que os mesmos comentários de sempre iriam aparecer em algum momento:
- Sem problemas, mas controlem a tensão sexual por hoje, se quiserem um momento a sós, marquem um encontro. – Provoca a primeira garota, e ele aproveita a oportunidade:
- Na verdade – Ele passa um braço por seus ombros - A gente tá saindo agora – Com o outro braço, ele pega em sua mão por cima da mesa, para que todos olhem, e troca um olhar com você, meio que perguntado se está tudo bem, se foi muito rápido ou se te deixou desconfortável, o que você rapidamente o tranquiliza com um aperto leve em sua palma.
- Espera um pouco, esse era um dos caras gostosos que vocês estavam falando da última vez, e você disse que era como irmão para você? – Uma das meninas que ele acabou de conhecer pergunta.
- Em minha defesa, eles são como irmãos para mim - Você está vermelha, se encolhendo no lugar. – Só ele que não. – Admite ruborizando.
Ele te acha tão fofa nesse momento, que não pensa direito antes de te puxar para perto e lascar um beijo na tua bochecha. Ele sabe que está quebrando as regras, você disse sem toques, beijos e ele está fazendo os dois agora.
- Ahh eu sabia que vocês tinham uma quedinha um pelo outro, estava óbvio – Outra colega fala – E tipo, claro que você tinha que gostar de um deles, não tinha como ser amiga daquele monte de gostoso e não querer pelo menos um. – Diz com convicção.
O garoto não sabe muito bem como se sentir sabendo que suas amigas, tem te falado como os colegas dele são atraentes, mas se tranquiliza, ao lembrar de sua resposta, dizendo que os vê como irmãos.
- Obrigado, eu acho – O garoto responde.
- Você não Matias, to falando do resto – Revira os olhos.
- Ha ha foda-se também – Retruca, e abre um sorriso malicioso - Agora que estamos saindo sabe o que isso significa certo? – Olha para as garotas - Vai ter muito mais tensão sexual no ambiente. – Provoca, o que as meninas retrucam revirando os olhos, e outras imitando um vômito.
Entre piadas e mais algumas provocações, o tempo passa extremamente rápido no ponto de vista do garoto. Você era inteligente, era uma das coisas que ele mais gostava em sua personalidade, mas mesmo assim ele te ajuda com algumas explicações, aproveitando para ficar bem perto de você e sussurrar coisas sugestivas em teu ouvido, e depois fazendo cara de santo quando o olhava o repreendendo, mas não verdadeiramente brava.
Só quando todos estão arrumando os materiais, e devolvendo os livros as estantes, entre outras coisas para irem embora, que ele percebe que já está tarde. As garotas se despedem e deixam os dois sozinhos, e assim seguem para o estacionamento do local, que se encontra vazio.
- Eu posso te dar uma carona, se quiser – Oferece, apontando para o carro.
- Obrigado, mas não precisa – Agradece. – Meu cunhado vai vir me buscar.
- Tudo bem. – Concorda.
Vocês ficam em silencio, e ele não sabe como agir. Deveria ir embora? Te deixar em paz, enquanto espera sua carona? Ele não queria se despedir, não ainda. Adorou passar esse tempo com você, e queria repetir isso o mais rápido possível:
- A gente podia sair, no sábado, ver alguma coisa? - Ele toma coragem e pergunta. - Ou fazer outra coisa, o que você quiser – Acrescenta rapidamente.
Você solta um riso com o nervosismo dele:
- Um filme está ótimo, pode ser.
- Sábado, às sete?
- Combinado.
- É um encontro, caso não tenha ficado claro. – Esclarece, te fitando ainda nervoso.
- Eu não espero menos do que isso – Você retruca.
Ele se aproxima de você, testando as águas, e como você não se afasta, ele fica confiante em colocar as mãos em seus quadris, e te puxar para mais perto. Ele se inclina, trazendo o rosto perto do seu, o que você corresponde, entrelaçando os braços no pescoço dele e fechando os olhos, indo em direção ao garoto. Os lábios quase se encontram, mas no último segundo, ele desvia e beija sua bochecha, mais precisamente, o cantinho de sua boca.
- Eu até te beijaria, mas é muito cedo pra isso, nem tivemos um primeiro encontro ainda. – Ele provoca. – Tenho que ser um cavalheiro. – Ele brinca, usando suas próprias condições contra você.
- Você é muito abusado sabia? – Suspira frustrada.
- E é por isso que você gosta de mim – Aperta seus quadris, fazendo carinho em sua cintura.
Ele não sabe o porquê, mas espera fervorosamente uma confirmação sua:
- Sim, gosto mesmo. – Afirma.
E continuam assim, até que são tirados do transe pelo som de uma buzina. Ele te assiste de novo entrando no carro e indo embora, mas dessa vez, muito mais feliz, e satisfeito do que na vez anterior. __ __
Rivalidade feminina aqui não 👎, o Matias estava confuso, mas nós gostosas, não podemos culpar a garota, somente ele quem foi o babaca. Mas ele vai se redimir agora. Espero que tenham gostado e até o próximo 😚🩵
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historiasdeldivan · 6 months
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"No me dejes olvidarte"
Por favor, no me dejes olvidarte, no hagas caso a mis palabras, a mi tristeza disfrazada de olvido, a mis sonrisas después de ti, a mi voz no quebrantada luego de oírte, por favor, no lo hagas, no me dejes olvidarte.
Quiero conservar los buenos recuerdos, los que no duelen, tu mano en mi mano, el calor de tu cuerpo, tus caricias, el café por las mañanas, las charlas hasta la madrugada, las risas mientras nos mirábamos a los ojos, tu espalda y mi espalda liberando mil batallas.
No me dejes olvidarte, no quiero que esta tristeza que de vez en cuando siento haga que un día quiera arrancarte de mí por completo, y ya no sepa como regresar a ti. Sé que ya no somos, ni seremos, pero quiero guardar de alguna manera el sonido de tu voz en mi memoria, en un cassette, un disquete, un cd, un usb, un vinilo... no lo sé, pero quiero que sea algo tangible, que me recuerde que existes y que estás lejos de mi daño y de todos esos verbos que hablan de dejarte ir, de olvidarte.
Haré un compilado de música que guarde todas aquellas canciones que escuchaba mientras me enamoraba de ti, de esas que nos hacían cosquillas en los huesos y nido en las tripas. No quiero sembrar odio y convertirme en esa clase de chica que nunca quise ser, de esas que hablan mal de las personas que alguna vez amaron, de las alas que alguna vez la salvaron de la muerte. No quiero sentir como desapareces, como te desvaneces día a día entre mis recuerdos y mi rutina, no quiero enmudecer lo que hiciste en mí, la persona en la que me convertiste, hubiera deseado que te quedaras, que lo nuestro nunca hubiera terminado, así no hablaría como una loca dos por tres con tus fantasmas.
Por favor, no doblegues mi alma al desprecio, a mirar tus fotos con rabia e impotencia, a ver tu persona con desdén y decepción, por favor, no lo hagas, no permitas que te olvide, que olvide los fuimos y el sonido de nuestras risas juntas.
No me dejes olvidarte, no desaparezcas por completo de las esquinas de mi casa, de la oscuridad por la noche, de mis inviernos y veranos, de las noches estrelladas, de las tardes en la que lloro por alguna razón, por favor, al menos, no te vayas de aquí, que es el único lugar en el que te puedo tener.
- Jessica González -
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jupiterestrelado · 5 months
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Senti a dor da saudade por tanto tempo que se curou, já não vejo seus fantasmas nas ruas ou nas coisas que você gostava, já não me assombra o seu perfume e não me dói minha parte da história que em certo ponto se misturou com a sua, já não me fere suas atitudes porque minha atenção ficou na parte que ficou,demorou tanto pra esse fantasma me abandonar e só se foi quando eu decidi não ver mais, talvez se foi quando eu estava pronta pra caminhar sozinha e agora eu corro: olhando pra frente, livre, feliz.
-Paolla katryny
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idollete · 5 months
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ai ai meninas chicas girlies........ 💭 esse fernando aqui me faz pensar em coisas.
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JURO EU ACHO QUE SOU DOIDA MAS NÃO AGUENTO VER 1 MACHO FANTASIADO PEA HALLOWEEN/DE CAVEIRA QUE EU FICO NO CIO SUANDO FRIO .
penso muito em fer contigiani ex-namorado que nunca te superou de verdade e o término de vocês foi completamente sem pé, nem cabeça (na opinião dele). então, ele sabe tudo que você faz, tá sempre ligado em ti. em uma festa de halloween, quando ele pode se esconder com facilidade, ele passa a festa inteira só te observando e te deixando bem soltinha fazer o que der na telha. e você sabe. porque é impossível não sentir a intensidade do olhar dele te queimando por inteiro, mas não faz ideia de onde você, porque o fernando sabe muito bem como se esconder.
o fernando é um homem bem controlado quando quer, porque ele não faz absolutamente nada a festa inteira. só te observa. mas é na saída que as coisas começam a...acontecer. ele nem liga de dar um perdido nos amigos, vai atrás de ti no instante em que você deixa a boate. te persegue mesmo. observa da esquina quando você tenta abrir o portão velho do prédio e como é tão aérea que nem se deu conta que não o fechou direito. e é claro que ele se aproveita disso, tá?
nem fica surpreso quando encontra a chave reserva escondida no mesmo lugar de sempre, porque old habits die hard. vai entrar no apartamento de um jeito muito soturno, é até recebido pela sua gatinha, que morre de saudades dos cafunés dele, observa cada cantinho muito minuciosamente, percebe como nada mudou. inclusive a tua mania de tomar um copo de sujo e atacar o armário de doces depois de chegar de uma festa.
se encosta o batente da entrada da cozinha, as braços cruzados na frente do peito, o jeitinho flexionado faz com que os músculos parecem prestes a estourar a camisa. casual quando te diz que, "você deveria prestar mais atenção quando anda sozinha à noite, princesa". e a sua alma só falta sair do corpo, porque que porra é essa?!???!!!!! como ele entrou na sua casa? o que ele tá fazendo ali? ele te seguiu? ele tava lá o tempo todo? são tantas perguntas que ficam estampadas na sua carinha confusa e amedrontada. e ele acha isso adorável.
vai imitar o seu rostinho, cínico, ao mesmo tempo em que ri dos seus trejeitos. você não mudou absolutamente nada mesmo. e tem um momento bem ghostface da parte dele, "qué pasa, nenita? tá até parecendo que viu um fantasma..." (desculpa eu não resisti) e nem te dá tempo de responder ou reagir, tudo que ele faz é caminhar na sua direção, te faz recuar, assustada, "tá com medo de mim? poxa, assim você me ofende...", o que é a mais pura mentira, porque ele adora o brilhinho aterrorizado nos seus olhos.
quando você começa a balbuciar questionamentos que nunca se completam, ele já te encurralou contra a parede, pairando sobre ti. e ele é tão grande...te faz se sentir miúda, mesmo com aquele salto que te deixou uns centímetros maior. enrola uma mecha do teu cabelo no dedo, chega bem pertinho só pra sentir o seu aroma docinho, inala profundamente, quase rosna, faminto por ti. "sentiu minha falta, neném?"
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girassoldalua · 6 months
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Me desculpe, mas eu não vou voltar.
Você sabia que o boxe tem suas regras? Por mais que sejam duas pessoas se atacando ferozmente, há golpes que são proibidos e um limite para a violência. A gente não teve regras no ringue. Tudo valia no ringue, mesmo que o outro estivesse literalmente morrendo, os socos não paravam. Não havia um juiz, não havia uma plateia, éramos apenas nós dois se atacando com os ossos doendo, o nariz sangrando e dizendo que era tudo em nome do amor. Você queria a vitória e eu queria correr. Me lembro que a última vez que tive uma crise de ansiedade por sua causa, eu não quis me curar, eu só quis ter a certeza que você ainda me amava. Meu corpo somatizou de uma maneira tão assustadora que tudo o que eu conseguia entender dele era que o seu amor era minha única necessidade fisiológica para ele estar vivo. Eu tentei meu melhor pra ver além da discussão, do ódio, da raiva. Eu tentei parar a briga pra dizer que eu não conseguiria mais lutar, porém eu estava ocupada demais tentando estancar o que não deveria estar sangrando. Eu estava entre morrer ou lutar, você escolheu me matar. Tudo o que eu quis era que você levasse mais a sério o meu choro de desespero e não uma discussão cotidiana que hoje você nem se quer lembra mais. Eu queria voltar por tudo que era bom. Eu amava sua família, a sua risada, nossos passeios inesperados, a sua companhia e as conversas no final da tarde depois de um filme que você tinha assistido e me forçava a ver também. Me peguei tantas vezes enumerando o que era bom, apenas pra ignorar o mal que você me causou. 
Me desculpa. Eu não vou voltar porque se eu voltar, eu não vou ser sua lembrança favorita. Eu vou ser apenas aquela que deu mais de um milhão de chances jurando ser a última. Infelizmente, dessa vez, eu vou ser sua lição de vida. Eu vou ser o amor da sua vida, aquele que você perdeu. Eu vou ser a pessoa que poderia ter sido tudo, mas foi a metade. Eu vou ser aquela pessoa que você tinha libido, conexão, amizade e a certeza que me amou em outras vidas, mas terá de conviver com o fato de que  não estarei mais aqui. Eu vou ser a razão pelo qual você não vai machucar a próxima pessoa que se relacionar. Eu vou ser a pessoa que você vai esperar por anos uma mensagem, uma volta, um sinal de vida, mas tudo que você vai ter de mim, é meu fantasma, minhas lembranças, a pulseira que eu te dei no seu aniversário e meu cheiro em algumas roupas suas que eu usei.
Eu confesso que eu queria ter voltado, ter corrido pros seus braços pronta pra ser destruída novamente, mas se eu voltar, você nunca vai aprender. Você nunca vai sofrer, você nunca vai saber de verdade o que é perder alguém pra sempre por culpa das suas reações momentâneas. Você nunca iria entender que por mais que fosse um ringue, existia um limite, regras e alguém que poderia ser tudo, menos seu oponente. A sua raiva não significava que você tinha o direito de me fazer sangrar. Você fez um corte profundo por causa de problemas que se resolveriam com um abraço.
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