Tumgik
#<br> fic
sunshyni · 3 months
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(olha eu aqui na madrugada kkkkk é que eu estabeleci uma meta de que iria postar isso ainda hoje, então preciso cumprir 🙏)
Honey
Lee Donghyuck
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2. I'll be your honey in the honeymoon
Era um sábado à noite comum como qualquer outro, você estava relaxando vestindo seu pijama favorito depois de um longo banho com direito a sais e muita música, um notebook descansava no seu colo, você tinha uma apresentação de um produto novo na segunda-feira à tarde, mas não se importava de adiantar um pouquinho as coisas no sossego da sua casa, ou essa era apenas uma desculpa convincente para não te fazer refletir sobre o quanto você era solitária. Não é como se você não tivesse amigos, você até tinha, no entanto eles possuíam seus próprios cronogramas e afazeres, e você jamais atrapalharia o momento de lazer de alguém. Você trocou de janela para o gerenciador de e-mails da empresa quando o notebook fez um barulho notificando uma nova mensagem.
“Eu não sei o que rolou com aquele casal representante da empresa no mega evento de hoje, mas eles amarelaram. Esteja pronta em 30. Não precisa me dizer seu endereço, já tô ligado, e não se preocupa com o que vestir, você tá sempre impecável”
Esse era Lee Donghyuck, enviando um e-mail extremamente informal e suspeito sem dar a mínima para a ética – ou a falta dela – da empresa, vai saber se o presidente tinha alguém contratado apenas para checar os e-mails e mensagens trocadas entre os funcionários da NeoCosmetics.
Você se levantou rapidamente do sofá, quase perdendo o equilíbrio quando praticamente saltitou até o seu quarto, resolvendo responder ao e-mail do Lee pelo celular mesmo enquanto mordia o lábio inferior, indecisa sobre o que vestir, vejamos: se tratava de um evento beneficente organizado todos os anos por um cliente em potencial da empresa, sempre acontecia num prédio luxuoso da região e em boa parte do tempo reunia pessoas influentes e com certa grana no bolso. O vestido laranja de cetim, longo e com uma fenda lateral elegante teria que servir para a ocasião.
“O que que a gente vai fazer? Fingir sermos um casal?”
“Tem alguma ideia melhor?”
Vocês poderiam facilmente tentar uma outra abordagem com o cliente que tinha como princípio a família, mas aquele era o momento perfeito para agir e você estava começando a ficar entediada mesmo com a tela do computador, então não seria tão ruim assim ajudar dois colegas de trabalho e impedir que eles levassem um sermão do gerente.
Donghyuck apareceu na portaria do seu apartamento exatos trinta minutos depois que as mensagens entre vocês cessaram, apesar de vocês mal se esbarrarem na empresa por causa da agenda maluca do Lee que envolvia dele resolver pepinos nos lugares mais remotos possíveis, todo mundo sabia da sua exímia pontualidade. Você tratou de deixar os lábios bem unidos, com medo de babar quando o viu num smoking completo, ele não costumava ser atraente assim, tá bom, ele era bastante, mas você nunca vira de perto, sempre admirou de longe quando ele enrolava as mangas da camiseta para poder organizar a mesa e erguer uma quantidade obscena de contratos. É óbvio que sempre que ele te olhava de volta na sua sala, você desviava o olhar e fingia concentração no monitor, embora tudo que você estivesse fazendo com o mouse era abrir abas do navegador loucamente.
— Uau, 'cê tá um espetáculo — Ele disse, passando pelos seus cabelos molhados pelo banho recente e descendo até as sandálias de salto mediano que abraçavam seus pés — Agora me dá sua mão esquerda.
Donghyuck segurou sua mão com delicadeza e com a mão livre retirou do bolso da calça uma caixinha de jóia, ele retirou de lá uma aliança e a colocou no seu dedo anelar sem hesitar, suspirando de alívio quando percebeu que o acessório coube perfeitamente no seu dedo.
— São de namoro, mas acho que servem pra fingir um casamento — Ele mostrou a própria mão e você sorriu desacreditada, boquiaberta com todo o empenho que Donghyuck estava colocando sobre toda aquela farsa, ainda que o simples encostar de peles tenha feito seu coração disparar um bocado dentro do peito.
— Você pensou em tudo mesmo, né?
— Eu não brinco em serviço, princesa — Ele piscou ao passo que abria a porta do carro esportivo para você entrar, e você revirou os olhos para evitar fazer o sorriso crescer no seu rosto.
Felizmente, o prédio em que o evento se sucederia não ficava estupidamente longe da sua casa, então o Lee segurou sua mão novamente apenas vinte minutos depois, era evidente que vocês dois estavam envergonhados, fingindo intimidade um com o outro quando mal se falavam no escritório, mas Haechan sentia-se fissurado pelo seu perfume de rosas frescas e você não podia negar gostar da mão maior envolvendo a sua pequena. E mesmo no elevador, programado para o terraço onde aconteceria a festa, vocês não conseguiam evitar sorrir um para o outro.
— Tá. Jogo rápido. Onde a gente se conheceu? — Você questionou, tentando fazer Donghyuck se recordar de todo o roteiro que vocês inventaram no caminho até alí, ele fingiu refletir enquanto capturava duas champanhes das bandejas que não cessavam de passar entre vocês. Seu olhar recaiu para o pomo de Adão dele de forma involuntária quando Haechan fez questão de afrouxar a gravata, essa que no momento você sentia uma vontade insana de desatar.
— No escritório. A gente demorou pra ficar junto porque você é uma enrolona — Ele esboçou um sorrisinho de canto que era pura canalhice. Você correspondeu com um tapinha fraco no seu peitoral — Tá, a gente demorou pra ficar junto porque não achávamos apropriado nos envolvermos romanticamente trabalhando no mesmo setor. Mas, com a minha persuasão e persistência, eu consegui te convencer.
— A gente é casado há um ano e eu quero uma menininha — Aquilo com certeza não estava nos planos do roteiro de vocês, mas mesmo assim você se aproximou do corpo do Lee com um sorriso estampado no rosto quase isento de maquiagem dado o tempo mínimo que você teve para se aprontar. Haechan tombou docemente a cabeça para o lado ao complementar — E você quer um menininho. O que significa que ou a gente se esforça pra valer pra conceber gêmeos ou a gente se contenta com o resultado e encomendamos outro logo em seguida.
Donghyuck tinha um brilho na pele e no olhar que te fazia sentir um tanto quanto nauseada e extasiada, poderia olhá-lo por horas, dias, semanas, meses e anos e jamais se cansaria de conectar suas pintinhas como num jogo ponto a ponto, você até percebeu distraída com toda beleza que de dele emanava, que o desenho que as suas pintinhas formavam se parecia e muito com a constelação de Pégaso incompleta.
— É isso que a gente tá tentando agora?
— É claro. É por isso que a gente se atrasou. Porque não consigo tirar minhas mãos de você.
Você bebericou sua taça de champanhe, sem reação alguma diante a fala dele, no entanto internamente todo seu ser se agitava, até suas mãos suavam um bocado de nervosismo, mas você ficou com medo de secá-las no vestido novinho e acabar estragando o tecido, então se limitou a fingir plenitude diante do homem gostoso de smoking parado bem a sua frente.
— Ah, então são vocês os representantes da NeoCosmetics? — Provavelmente sua alma escapou do seu corpo quando a mão de Donghyuck pousou tranquilamente nas suas costas, nuas devido ao decote do vestido que você havia escolhido, o que te fez pensar que ele provavelmente sentiu sua pele arrepiar com a palma da mão, a lateral do seu corpo colidia com a dele e mesmo que você estivesse com todas as suas forças tentando prestar atenção no diálogo entre seu esposo apaixonado e o cliente tão esperado da empresa de vocês, você não fazia ideia de quais eram as palavras pronunciadas, focando nos lábios de Haechan não para leitura labial, e sim para afirmar consigo mesma sobre o quanto os benditos pareciam ser macios.
— Isso é com a minha talentosa esposa. Acho que vocês deveriam conversar sobre — Você voltou para si com a palavra esposa, se concentrando no questionamento do cliente e fazendo o possível para respondê-lo da forma mais agradável que encontrou, felizmente o homem na casa dos cinquenta anos era extremamente simpático e interessado tanto no seu trabalho quanto no trabalho de Haechan, que te roubava a sanidade vez ou outra que queria mostrar seu status de relacionamento com um beijinho inocente no seu ombro no meio da conversa ou um apertão súbito na sua cintura que ele achava que passaria imperceptível. Com certeza, sua linguagem do amor era do toque e você não reclamaria de maneira alguma disso.
Quando finalmente, com a união dos seus poderes, vocês conseguiriam adicionar o cliente na lista de investidores para uma linha especial que a empresa estava pensando em fundar, Haechan te arrastou até a pista de dança enquanto um cantor cantava uma versão de alguma música romântica famosa num violão, o ar frio da noite tocava os seus braços, mas não te deixava com frio e nem nada, considerando a pessoa que te abraçava com familiaridade, como se já tivessem balançado os corpos em sincronia daquele jeito muitas outras vezes.
Você sorria sem motivo aparente, podia ser pela bebida ingerida que começava a agir no seu interior só agora, ou podia ser também porque em muito tempo você não tinha uma noite como aquela, com alguém atraente e com conversa fácil que nem Haechan ao seu lado, talvez fosse a mistura de todas aquelas coisas, você não estava preocupada em desvendar esse mistério, só estava a fim de observar aquela pele dourada e a constelação que havia descoberto sem querer e que nomeara como “Haechan”.
— Por que você tá sorrindo assim, hien? Não quer me contar o que é tão engraçado assim? — Ele questionou baixinho, uma mecha de cabelo caindo suavemente no seu rosto esculpido por algum Deus grego, Apolo, talvez?
— Você é estupidamente atraente. A sua pele parece mel, e eu sei que existe todo um cálculo matemático de simetria pra definir um rosto perfeito, mas eu não preciso de nenhum desses parâmetros quando olho pra você — Donghyuck esbanjou um sorriso, achando adorável a forma que você encontrou para elogiá-lo e unindo um pouco mais seu corpo de encontro ao dele. Você queria arrancar os cabelos, porque ele não precisava fazer muita coisa para te deixar gamadinha, só o ato dele exibir aquele sorriso orgulhoso bastava.
— Você tá bêbada? Porque eu te proíbo de se arrepender de me dizer essas coisas quando ficar sóbria novamente — Haechan ergueu as sobrancelhas, testando o território em que vocês se encontravam. Você sabia que não estava bêbada, falara tudo aquilo com consciência porque não aguentava mais guardar todos aqueles fatos para si mesma — Ah, e eu achei que você não me achasse atraente, levando em conta aquela sua mensagem que foi parar acidentalmente no chat público.
Você gemeu baixinho, sussurrou um palavrão e tentou esconder o rosto de Donghyuck, mas isso foi em vão, então você só sorriu sem graça.
— Aquilo foi sem querer e eu não podia admitir pra uma colega de trabalho que te achava gostoso.
— Ah, é?
— Seria a maior fofoca, imagina o que diriam agora que tudo que consigo pensar é em desatar o nó dessa sua gravata e me auto declarar senhora Lee.
— Continua — Haechan pediu com cautela, envolvendo sua nuca com a mão e aproximando os lábios dos seus de propósito, só para te ver ansiando pela colisão um pouquinho.
— Você é coreano, né? Alguma coisa contra se casar com uma estrangeira? Porque eu quero muito me casar com você.
Donghyuck não suportou mais e uniu os lábios nos seus, te beijando lentamente e sem pressa, invadindo com a língua e fazendo todo seu corpo entrar em combustão num tempo recorde de alguns segundos. Realmente, às vezes, só falar uma torrente de pensamentos desconexos te levava a lugares que você jamais imaginou.
— Esse prédio é um hotel, né? — Você questionou e Haechan se afastou um bocado do seu corpo para olhar nos seus olhos que muito provavelmente brilhavam incandescentes. O Lee anuiu com a cabeça ao mesmo tempo que acariciava sua bochecha tal qual um marido encantador.
— Quer que eu reserve uma suíte pra gente, minha futura esposa?
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waddei · 1 year
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Theseus from butterfly reign by @tuesday-teyz
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less cropped version cus you bet I rendered his full head of hair for no reason
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wintyher · 5 months
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NA JAEMIN - HUGE.
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SINOPSE: — ❝Você está tão desesperada por Jaemin, mas ele é tão grande que é inevitável se perguntar se conseguirá levá-lo.❞
CONTAGEM DE PALAVRAS: 2.6K
[𓆩♡𓆪] - size kink, jaemin(soft) dom x reader sub, dacryphilia, uso de: anjinha, princesa, boneca (entre outros), uso excessivo de pronomes possessivos ao se referir a você, superestimulação, breeding kink e daddy kink.
©wintyher
Boa leitura amores! ♡
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— Mhm... Quietinha, quietinha boneca. — Jaemin murmura no pé de seu ouvido, distribuindo beijos pela sua pele cintilante de suor. O seu corpo tão pequeno, úmido no colo dele, apertando seus ombros largos em uma tentativa de descontar a sensação avassaladora que te atingia — Jaemin circulava docemente seu clitóris com o polegar enquanto sussurrava palavras doces para você.
Os dedos delgados dele te abriam com a intenção de te preparar para levar o pau dele, te preenchendo avassaladoramente, esticando suas paredes sensíveis o máximo que podia. O alongamento queimava tão bem quando ele separava os dígitos por dentro, o polegar contra o seu clitóris apenas te deixando mais molhada e delirante aos seus toques. As pontas dos dedos ásperos e calejados se curvavam perfeitamente para roçar em seu ponto mais doce — o ritmo dele era tão dolorosamente lento enquanto ele socava no seu canalzinho, ele era gentil, fazendo tudo com tanta calma, mas ainda sim era demais para você lidar.
— Se você não consegue nem levar meus dedos dentro dessa bucetinha apertada, nunca vai conseguir levar meu pau, princesa. — As palavras dele te atingiram rudemente em seu íntimo, seu ventre fervendo e lábios tremendo enquanto soluçava e repetia o nome de Jaemin como um mantra, a urgência de parecer muito, sua intimidade molhada pingando nos lençóis e nas coxas do garoto.
— Nana... Hmm- é, é demais, é muito, por favor! — Suas lamúrias bagunçadas e entre cortadas preencheram o ambiente, arrancando uma risadinha debochada do garoto.
— Pelo que você está implorando, hm? — A voz manhosa de Jaemin atingiu seu ouvido, sussurrando rouco enquanto chupava sua pele do pescoço, mordendo e lambendo o lóbulo de sua orelha enquanto apertava descontava mais força em sua cintura.
— Seu pau Nana, por favor, por favor, eu quero te sentir! — Seus lábios se arrastaram da mandíbula afiada para os lábios dele, colando suas bocas. O beijo era recheado de urgência, tão molhado e bagunçado… Você não conseguia conter os gemidos e arfares contra os lábios dele, se separando de Jaemin ao fôlego se tornar raso, um fio de saliva conectando suas línguas ao se afastarem.
— Você mal leva meus dedos, bonequinha. Acha mesmo que vai conseguir levar o pau do papai todo? — A voz rouca de Jaemin te fez choramingar, acenando com a cabeça como um sinal que poderia, ansiando que finalmente pudesse levá-lo.
— Hmm... Sim, sim, papai! Eu aguento, por favor, por favor! — Você afirma, os quadris se movimentando desesperadamente para manter os dedos de Jaemin dentro. — Eu aguento Nana! Quero tanto seu pau...
— Mhm... Minha garota é tão gulosa... — O nariz dele faz um rastro de fogo na curva de seu pescoço, inalando o cheirinho floral de seu perfume que exalava pelo ambiente, sentindo seu pau se apertar nas calças e a fricção de suas coxas não ser o suficiente para conter a excitação e urgência dele por você, que parecia tão desesperada, tão fofa com as bochechas coradas enquanto implorava tão gentilmente pelo seu pau.
— Por favor! Por favor, papai! Preciso tanto de você... — Seus apelos nem passavam pela sua cabeça antes de proferi-los, tão tonta com o desejo de prova-lo.
— Você ainda é muito apertada, princesa, eu tenho que te preparar direito pro meu pau... — Um terceiro dedo cutuca suavemente seu buraquinho, fazendo você soluçar e apertar os ombros largos de Jaemin com mais força, suas coxas trêmulas e seu corpo pequeno se contorcendo contra ele. Jaemin insere com dificuldade, lentamente deslizando para dentro. O alongamento é opressor, lágrimas manchavam seu rostinho que se apoiava na curva do pescoço do Na — a sua bucetinha estava tão cheia, recheada e transbordando dos dígitos grossos dele, bêbada na sensação delirante de estar tão cheia. — Acha que pode levar outro, boneca?
— Oh- é demais, demais! — Você afirma manhosa, mas Jaemin não escorrega os dedos para fora, em vez disso, continua a empurrá-los para dentro e para fora do seu buraco mais rudemente. — Nana... Ah!.. É demais, devagar, devagar!
Mas Jaemin não consegue desacelerar, não consegue nem começar a parar enquanto aprecia o quão bem sua buceta leva seus dedos, tão quente e escorregadia enquanto ele te prepara. — Tem certeza que pode aguentar, princesa? Se você puder levar meus dedos, eu posso te dar meu pau, hm? Apenas relaxe, tenho certeza que vai conseguir aguentar tudinho como a boa garota que você é pro papai.
Você aperta com força os braços torneados de Jaemin, tomba a cabeça para trás enquanto ele continua pressionando as pontas dos dedos delgados em seu pontinho mais doce — você quer desesperadamente se desvencilhar do toque dele ao sentir a estimulação ser demais, gemendo e choramingando para que ele fosse um pouco mais devagar, mas é uma tentativa falha dando em conta que estava presa no colo dele, com as suas mãos atadas pelas palmas maiores do Na. A sensação de estar tão cheia, com a buceta latejando enquanto Jaemin te leva a sua libertação, seu corpinho menor fervendo e uma onda de espasmos tomando conta de seu corpo; seus dedos dos pés se curvando e gemidos rasgando sua garganta. Com um sorriso de escárnio, Jaemin desliza os dedos para fora em um estalo molhado antes de você cair contra o peitoral rígido dele — seu corpo exausto e peito inflando e desinflando rapidamente após o orgasmo forte, suas pernas trêmulas e sua respiração rasa batendo no ombro desnudo do garoto.
Jaemin rapidamente te manuseou para deitar no colchão logo abaixo dele, a mão grande espalmada pela sua barriga enquanto ele arranca o restante de roupas que enfeitavam seu corpo. Você gemeu em ansiedade e excitação, tentando abrir um pouco mais as pernas para ele ao observá-lo ajoelhar entre as suas coxas, arfando ao ter a visão sedenta de sua buceta ensopada, ainda completamente encharcada e pulsando. O Na arrastou a mão pelo cabelo, os fios castanhos colados na testa pelo suor e suas sobrancelhas semicerradas de prazer, bombeando o falo rígido enquanto umedecia os lábios, se preparando para inserir o comprimento grosso na sua entrada.
— Preciso te foder bebê, não posso mais esperar... — Jaemin murmura, engolindo a seco e acariciando a carne farta de suas coxas; — Você aguenta, não é minha princesa?
— Mhm- sim! Sim papai, me fode, me fode. — O pau longo e grosso de Jaemin te deixou tonta, a glande molhada vazando pré gozo. Jaemin bate algumas vezes o falo em seu clitóris inchado e sensível de seu último orgasmo, a sensação fazendo suas pernas tremerem e seus ombros encolherem.
Jaemin solta um grunhido, misturando seus líquidos e lubrificando bem seu comprimento ao pincelar seu pau contra a sua buceta molhada, admirando como seu rostinho parecia tão adorável com as maçãs do rosto ruborizadas, lábios rosados e inchados devido a sessão de beijos que os levaram até esse momento e olhos brilhando em ansiedade ao fitar o local onde seus corpos se encaixavam.
O Na pressiona a glande em sua entrada — Jaemin parecia tão avassaladoramente grande, grande demais, muito para você aguentar. Você mordeu seu lábio inferior ao refletir em como aquilo tudo aquilo caberia dentro de você. A ideia só serviu para te deixar mais molhada, excitada demais para se importar, soluçando e apertando os bíceps rígidos do garoto como uma forma de descontar o que sentiria ao vê-lo se preparar para deslizar para dentro.
— Não quero te machucar, bebê... — Jaemin ofega, empurrando seu comprimento em sua entrada, o ritmo desesperadamente lento. O Na poderia enlouquecer em como seu calor o apertava e engolia com tanta pressão, tendo que se forçar contra seu canalzinho pela dificuldade de meter cada centímetro para dentro. — Porra princesa... Sua buceta aperta tanto...
Jaemin mal está dentro de você, mas já parecia demais para o seu corpinho pequeno, frágil. O alongamento em suas paredes é cru, queima e embaça sua mente com dor e prazer — você aperta o braço firme de Jaemin, gemidos entrecortados do nome do homem a sua frente era tudo que você conseguia vocalizar no momento para simbolizar que achava que não poderia levar mais, porém não era suficiente para fazê-lo parar de se empurrar para dentro do seu calor apertado.
— É muito! Muito grande Nana! Mhm- não consigo! — Você choraminga, sentindo sua buceta se esticar contra o comprimento duro de Jaemin. Era como se ele te rasgasse no meio, a ponta parecendo bater no colo do útero, por mais que soubesse que provavelmente não  havia levado nem mais da metade dele. Lágrimas manchavam seu rostinho, os olhos cintilantes brilhando para ele, que riu em escárnio ao te notar tão desesperada com tão pouco.
— Hm? Achei que você tinha dito que conseguiria me aguentar, princesa. — A voz dele diminuiu uma oitava, grave e entre arfares no pé de seu ouvido, murmurando rouco, a luxúria parecia exalar de suas palavras. Os quadris dele pararam de se impulsionar para seu interior, mas sem fazer nenhum movimento para sair. — Eu mal estou dentro de você e você já está chorando? Se sente cheia?
— Mhm- sim! Tão cheia... — Você afirma entre soluços, gemendo alto quando Jaemin retoma suas estocadas lentas, forçando seu pau na sua bucetinha. — Muito, muito! Ah- por favor Nana!
— Você aguenta anjinha, a sua buceta é tão boa. Porra, feita só pra mim. — Ele geme em seu ouvido. — Merda... Olha para você princesa! Posso ver meu pau na sua barriga... Oh! É tão bom, tão bom, não consigo parar.
As estocadas se tornaram mais rudes e ritmadas, ainda lentas, mas agora acertavam o seu pontinho mais doce com precisão — a extensão de Jaemin te esticava tão dolorosamente, era tão bom que você se sentia flutuando ao redor do corpo maior que te pressionava contra os lençóis. A mão delgada dele entrelaçou na sua, indo um pouco mais fundo, forçando contra o seu buraquinho apertado. — Nana! Papai... Por favor! Por favor, isso! Ah! É tão bom! — Você chora, sua voz quebrada e soluçada, lágrimas continuavam a escorrer pelo seu rostinho, te mantendo presa sob o corpo maior enquanto ele socava em seu interior até as bolas baterem contra a sua bunda — os barulhos de pele com pele soaram pelo ambiente, tão sujo, mas era tão excitante, uma bagunça de gemidos também ecoava pelo quarto, a névoa sexual nublando o seu redor.
— Você está indo tão bem minha pequena... Porra, você é tão linda, tão linda, minha boneca, só minha. — O uso demasiado de pronomes possessivos ao se referir a você o despertou um sentimento forte aflorando no peito — a sensação e vontade de te reivindicar para ele, grunhindo elogios no pé do seu ouvido, depositando beijos e chupões escuros pelo seu pescoço. Um rastro de fogo perseguindo sua cintura, te apertando mais forte e adorando como você parecia pequena quando as mãos grandes dele adornavam seu corpo. Jaemin parecia completamente fascinado pela visão da sua buceta, inchada, quente, parecendo lutar para levá-lo por inteiro.
Jaemin podia sentir seu pau se contorcer toda vez que olhava a protuberância em seu estômago, acariciando a área e pegando uma de suas mãos pequenas e a posicionando no local, te fazendo sentir cada estocada dele pela sua barriga. — Sente, consegue sentir meu pau destruindo a sua bucetinha? Olha até onde eu chego, princesa... Ah- você me aceita tão bem... Uma boa garota pro papai dela.
— Hmm, sim papai! Eu sou sua boa garota, é tão bom, tão bom. — Suas lamúrias manhosas pareciam gasolina para a chama do Na, gemendo rouco toda vez que seu pau alcançava o colo de seu ventre, tão profundo, tão quente. Os olhos de Jaemin estavam vidrados no quão molhada você estava, sua buceta pingando e latejando desesperadamente ao redor dele, sua cabeça tombando para trás, a mão se arrastando pelo couro cabeludo com intenção de tirar os fios de cabelo que grudaram em sua testa devido ao suor. Os dedos delgados do garoto pressionaram seu clitóris, te fazendo gemer alto, repetindo o nome dele desesperadamente ao sentir suas paredes rugosas se apertando, suas costas se arqueando e uma onda de prazer arrepiar seu corpo — seus olhos se reviraram, seu pontinho doce estava inchado, dolorido e ardia com o contato brusco, mas ao mesmo tempo a dor parecia tão boa quando Jaemin era a causa dela, o prazer parecendo se duplicar com o contato rude.
Suas paredes rugosas pulsaram ao redor do pau de Jaemin, o arrancando um grunhido, apertando seu corpo com mais força, seus olhos se tornando mais escuros ao observar como seu corpo parecia ensopado embaixo dele. — Minha garota é tão boa, leva meu pau tão bem... Porra, minha garotinha quer que o Nana te encha?
— P-por favor, por favor, me enche papai! Eu quero tanto! — Você implorou, seus olhos se revirando enquanto ele beija o canto de seus lábios docemente — era possível sentir cada veia, cada contração do pau grosso dentro de você, seu eixo roçava tão deliciosamente contra seu pontinho doce a cada movimento dos quadris de Jaemin socando contra a sua entrada, sua buceta apertava tanto e latejava ao redor dele com seu orgasmo cada vez mais próximo. — Vou te encher tão bem, princesa... Você vai ficar tão linda com a minha porra pingando dessa buceta apertada…
Você soluça entrecortado, geme dolorosamente quando Jaemin te manuseia facilmente, seu pau rígido atingindo seu ponto G perfeitamente todas as vezes, pressionando o suficiente para te levar aos delírios — o Na retirava todo o comprimento de dentro e empurrava novamente, as estocadas se tornando cada vez mais rápidas, suas paredes se comprimindo em um sinal que seu limite estava próximo. Suas unhas cravaram nas costas firmes de Jaemin, o ápice te acertando e fervendo seu ventre, seus gemidos altos preenchendo o ambiente enquanto suas coxas tremiam, seu corpinho cansado caindo sobre o colchão. Jaemin capturou seus lábios em um beijo bagunçado, molhado — as suas línguas se movimentavam com urgência, gemidos escapando durante o ósculo.
Jaemin agarrou sua mandíbula, seus lábios estavam entre abertos quando um fio de saliva despendeu da boca dele para a sua, satisfeito ao te ver engolir imediatamente, beijando a sua bochecha, sussurrando palavras doces enquanto seus quadris continuavam a estocar repetidamente, a superestimulação te torturando embaixo do corpo maior, sua buceta pulsando em torno de seu comprimento pelo orgasmo recente, arrancando um grunhido alto de Jaemin que revirou os olhos, te fitando profundamente enquanto tinha suas pupilas dilatadas, socando seu pau tão rapidamente dentro do seu interior, perseguindo seu próprio orgasmo.
— N-nana! Muito, muito, por favor, devagar! — Você choraminga, tonta e fraca enquanto tentava o afastar o empurrando pelo peitoral, mesmo que seja inútil dando-me conta que Jaemin nem ao menos conseguia escutar seus gemidos e lamurias para que ele fosse mais devagar, concentrado em atingir o ápice, bêbado pelo seu corpo. — N-não posso, bebê... Desculpa o papai, hm?
Jaemin acelera o ritmo, empurrando com mais força, mais rápido, batendo seu pau tão profundamente dentro de você que poderia jurar que ele estava fodendo seu útero, o sentindo tão profundamente em seu interior. Seu calor o esmagava enquanto as estocadas se tornavam mais erráticas, suspirando e grunhindo em seu ouvido a medida que ele atingiu um pico de velocidade ao alcançar sua libertação. Jaemin liberou jatos quentes em seu interior e você gemeu com o preenchimento, sentindo a porra quente te inundar, choramingando baixinho enquanto tudo que se podia escutar no quarto eram os barulhos de pele com pele pelas estocadas lentas que ele despendia contra você com a intenção de foder seu esperma dentro da sua buceta, o som alto das respirações rasas, seu corpinho mole, coxas trêmulas e os suspiros de Jaemin, que apertou os olhos antes de finalmente sair de seu calor, se sentindo vazia, esticada, sua buceta pulsando envolta do nada.
O corpo maior caiu sobre o seu no colchão, te envolvendo em um abraço carinhoso e beijando a sua testa, enquanto você sentia o líquido quente despender do seu buraquinho e molhando entre as suas coxas, suspirando cansada.
"Você é uma garota tão boa, minha garota tão boa~."
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leva-prava · 2 months
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“Defining the problem” (Wendy Cope)
Butterfly reign by @tuesday-teyz
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Let me psychoanalyse this piece:
Tommy is looking up at Philza’s statue - the first close up of eyes is the eyes of the statue. Looking forward, while Tommy is looking up, stuck in the shadow of the Emperor
The crest is inspired by the polish crest of Ślepowron
The nether star - because it belonged to Kristin, I sketched it looking like a part of woman’s jewellery. Something you can imagine a woman wearing
Then you have theseus looking at it, kinda mirroring the statue; just like Phil he’s looking forward, but instead of seeing anything around him he’s focused on only one thing (his revenge basically)
The last close up is Ranboo’s eyes. He’s looking down because he’s looking at Tommy, but Tommy is placed above him as a way to show that Ranboo’s not *looking down at him* (in the derogatory sense)
In the last two panels you can see Theseus’ childhood. The butterflies symbolise childhood, innocence and kindness; they’re touching him; in direct contact with him.
And when you look up, Theseus’ older self is also surrounded by butterflies - but never directly interacting with them.
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moonlezn · 10 months
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SLOW HANDS – park jisung
avisos. SUGESTIVO 16+
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Jisung não é nenhum bobo, te chamou para passar o dia com ele já com segundas intenções. Entretanto, ele não tem coragem de pedir teus beijos assim, de cara.
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Jisung já teve uns casinhos por aí, duas namoradinhas aqui. Mas nada como você. Desde o início, sabia que era diferente. Ele realmente não sabe explicar, porém, se fosse colocar em palavras… Você o fazia sentir coisas mais ousadas.
Quando se beijavam, ele podia jurar que o calor não era normal. Onde estivessem, ele teria de se segurar para não perder a postura. Lembra-se de uma vez específica quando estavam na casa de Renjun. A festa acontecia na sala, mas na varanda do apartamento foi o evento principal.
Você o levou até lá e fechou a porta, assim como a cortina, deixando o escuro envolvê-los. Jisung conhecia bem aquele sorriso travesso nos teus lábios e te observou achar lugar entre suas pernas, que já tinham se encostado na parede para te acomodar. Fugidinhas como aquelas eram tão frequentes, ninguém mais questionava, muito menos o próprio. Você sabia que ele não só já esperava, como ansiava que você o isolasse para dar uns amassos escondidos. Era uma delícia.
Poderia estar nevando, como hoje, que você o faria parecer estar em brasas. Jisung não é nenhum bobo, te chamou para passar o dia com ele já com segundas intenções. Entretanto, ele não tem coragem de pedir teus beijos assim, de cara.
Sabendo disso, você decidiu aproveitar a oportunidade para provocá-lo. Testar as águas, ver os limites… seria, no mínimo, divertido.
Na metade do filme super desinteressante da Netflix, nota que ele já está impaciente. Tinha escolhido qualquer merda porque queria você no colo dele no primeiro minuto. No entanto, não foi o que aconteceu. Exigiu muito do teu autocontrole, sendo sincera.
Tua imaginação já está longe agora, e resolve que é hora de arrancar algumas reações do garoto. Com os olhos grudados na televisão, escorrega as mãos para a coxa musculosa, como se fosse um carinho inocente. Jisung pula de susto. Teus dedos deixam um carinho bom por ali, bom demais. Ele relaxa, prevendo o que aconteceria logo.
Então, você se inclina levemente e distribui beijos desde o ombro até o lóbulo do rapaz, que tomba a cabeça para o lado, te dando todo acesso que precisa, rendido. Um dos braços te puxa para mais perto pela cintura, querendo mais, e então… você para. Volta os olhos para o filme, como se nada tivesse acontecido.
Jisung levanta a cabeça incrédulo, admira teu perfil. Você vê a boca abrir e fechar algumas vezes e desistir de dizer algo. Mas fica inquieto. A mão desliza para o teu quadril e repousa na bunda, deixando um aperto de leve.
— Ei… — Ele te chama com a voz baixa, grave, quase pidona. Você o olha, batendo as pálpebras. Experiente demais em se fazer de sonsa.
— Que houve, bebê? — Indaga, fingindo preocupação. Park te dá um selinho demorado, depositando a mão livre na tua mandíbula. E outro, mais outro… — Tá tudo bem?
— Sim, eu… — Olha nos teus olhos, tímido. Esperava muito que você entendesse o recado com os beijinhos.
— Quer me dizer alguma coisa?
Ele percebe na hora que você está brincando com ele. Foda-se. Ele tá doidinho pra te beijar de novo.
— Quero que você sente aqui. — Te puxa pelo quadril. Ri contigo quando te ajeita no colo dele, pondo uma perna de cada lado. — E que me beije até… — Você passa o polegar pelo seu lábio inferior, e ele para de falar para depositar um selinho ali.
Então se aproxima e o beija de uma vez. Lentinho, como deixava ele louco. As mãos grandes apertam tuas pernas com força. Desesperado, ele passeia por todo teu corpo, e não resiste acariciar tua bunda com vontade.
Você espalha beijos molhados por todo o seu pescoço, ouvindo o ar prender na garganta repetidamente. Alcança a barra da camisa, e ele mesmo lança a peça pra longe. O tal calor já insuportável.
Você guia os dedos dele a desfazerem teus botões, e ele te admira, hipnotizado. Não demora a apalpar a cintura, morde os lábios ao alcançar os seios por cima do sutiã de renda.
Começa a marcar a tua pele do peitoral, do colo, de onde conseguia, com sugadas longas e deliciosas. A língua quente se arrastava sobre a área sem piedade.
— Gostosa demais. — Ele sussurra mais para si mesmo do que para que você ouça. — Tá gostoso assim? — O rapaz indaga sobre o ritmo que guiava suas reboladas na intimidade rígida por cima da calça de moletom.
Você assente com as pálpebras semicerradas, entregue à tentação. Persiste em girar os quadris para incendiá-lo mais e mais. Toma uma de suas mãos e leva dois dedos até a boca, chupando com devoção, sem jamais desviar os olhos dele. A visão, a sensação, a imaginação… Muito inebriante. A mente de Jisung gira rápido demais e, sem controlar, ele geme alto.
— Tu me deixa maluco, puta merda… — Ele acompanha você mordiscar seus dedos, e deixá-los livres para voltar a segurar teu quadris tentadores.
— Você gosta, né, bebê? — Passeia as unhas pela barriga e pelos braços firmes do garoto. Ele sorri, meio fofo e meio safado. Exatamente a combinação que te atiça.
— Tá na cara? — Ele sopra no teu ouvido, muito afetado pela fricção. Esconde o rosto perto da tua clavícula, ou cometeria uma loucura.
— Só um pouquinho…
No final da noite, conheceu os desejos de Jisung. Prometeu provocá-lo mais vezes, e fazê-lo teu sempre que ele quisesse. A timidez, que tinha se desfeito naquele momento, deu as caras outra vez assim que ele cuidou de você como um príncipe, depois de tudo. Mas o segredo que compartilham agora os aproximou mais, e entrelaçou os corações.
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zarry-fics · 4 months
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Sempre foi você | Harry Styles [parte um]
Avisos: Uma leve angústia, Harry é o casado deste imagine
N/A: Não me julguem por isso, é só um imagine :))
♡ imagines antigos | masterlist nova
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── Não entendo porquê você tem que ser tão grudado com esta mulher. Não faz sentido pra mim, Harry! ── Nora comentou, enquanto passava as mãos pelos cabelos louros. Ela andava de um lado para o outro no quarto, enquanto eu segurava o porta-retrato que contém uma foto minha e de S/N. Aquela foi a nossa primeira foto, neste dia capturado, tínhamos acabado de nos conhecer.
Ela era (e continua sendo) uma grande fã do meu trabalho e naquele registro tão antigo, é perceptível a emoção em seu rosto. Quando a conheci realmente, esta se tornou a minha foto preferida, porque é a foto preferida dela também. Afastei um pouco os cacos de vidro do que sobrou do tal porta-retrato, porque a minha esposa fez questão de quebrá-lo em um milhão de pedaços quando o encontrou dentro de uma de minhas gavetas — que por sinal, eu escondi lá justamente para que ela não encontrasse.
── Nora, S/N é a minha melhor amiga. Eu a conheço desde os meus 18 anos. ── expliquei baixo, enquanto encarava o rosto angelical de S/N na foto.
── Melhor amiga? Não seja estúpido! Homem casado não tem melhor amiga, Harry Styles. Principalmente quando a melhor amiga é aquela vadia! ── ela murmurou alto, e eu a olhei finalmente. Seu rosto branco está vermelho e quando age assim, está muito brava.
── Não fale dela desse jeito. ── a defendi meio que sem pensar. Nora rosnou, ficou muito mais irritada.
Toda essa briga começou quando eu levei S/N ao hospital, porque ela acabou passando muito mal e como mora sozinha em Londres, não tinha condições de se "autosocorrer". Eu sei que posso ter errado com a minha esposa, mas não consigo evitar. É muito mais forte que eu.
S/N, ao contrário do que minha mulher pensa, tenta ao máximo evitar qualquer briga com ela. Por isso nos afastamos há alguns meses... Tivemos uma conversa dolorosa, onde minha amiga me explicou que não poderíamos mais viver tão próximos como antes, porque aquilo não faria bem ao meu casamento e ela não queria ser culpada pelo meu divórcio, caso acontecesse.
Eu achei que conseguiria levar esse casamento à frente. Achei mesmo. Dei tudo de mim para dar total atenção à Nora, ao nosso relacionamento. Mas foi só saber, através de alguns amigos em comum, que S/N estava doente, eu corri à casa dela (depois de ter mais de 300 ligações recusadas). Quando cheguei, encontrei a mulher que eu tanto amo deitada em sua cama, estava debilitada e eu quase enlouqueci.
A levei para o hospital sem nem pensar duas vezes e foi então que tivemos o seu diagnóstico: ela estava só gripada. Mas mesmo assim, não deixei de me preocupar. S/N estava com febre, os sintomas persistiam há alguns dias. O médico a receitou alguns remédios e a aconselhou a ficar em casa.
(Ignoro o fato de que eu me preocupei tanto que não percebi que ela não estava tão debilitada assim. De fato, a minha preocupação me cegou completamente).
Eu fiquei com ela, a ajudei a organizar a sua casa e me mantive ao seu lado. Foi só a ver chorando, admitindo que sentiu muito a minha falta que eu me senti ainda pior. Algo em mim reacendeu... Um sentimento que eu ao menos sei explicar direito, mas que não é algo novo. Desde que nos aproximamos eu sinto uma conexão surreal com S/N, sou genuinamente feliz quando estou ao lado dela.
Éramos muito grudados e eu confesso que um dia, pensei que nos casaríamos. Até porque tínhamos tudo para dar certo realmente. Mas quando eu saí em turnê, acabei conhecendo Nora e foi ai que meus sentimentos embolaram, eu fiquei confuso e quando dei por mim, já estávamos casados há dois anos.
Vivia com Nora em Miami. E enquanto morávamos lá, eu tinha plena certeza que a amava e que ela era a mulher da minha vida, mesmo não me sentindo 100% feliz e confortável. Porém, quando voltei para Londres, coloquei os meus olhos em S/N e tudo aquilo voltou para mim como um soco no estômago e agora já não consigo ter paz. Principalmente porque S/N não quer ficar perto de mim, não quer estragar o meu casamento e eu, por outro lado, quero, mais do que tudo, estar perto dela.
Mas tudo parece mais complicado agora.
Nunca imaginei que pensaria dessa forma, mas hoje me arrependo amargamente de ter casado com Nora. Se eu tivesse dado ouvido aos meus amigos quando me aconselharam a romper o noivado e seguir o meu coração... Mas eu estava tão revoltado por S/N estar saindo com um outro cara que acabei até apressando o casamento.
Meio que queria chamar a atenção dela. E consegui. Pois nos afastamos e eu me sentia incompleto, sem um pedaço de mim. Porque é desse jeito que eu me sinto quando estou longe da S/N. É como se eu não fosse eu mesmo.
── Eu deixei toda a minha vida em Miami por você. Deixei os meus amigos, deixei a minha família. E eu também tinha um melhor amigo, mas rompi com a nossa amizade por você! E o que você faz por mim? Nada! Você continua inserindo aquela maldita mulher nas nossas vidas como se ela precisasse estar entre a gente, mas não precisa, Harry. Ela não precisa estar entre a gente!
Arregalei os olhos, chocado. Como ela pode jogar na minha cara tudo isso? Eu não pedi para que ela viesse comigo a Londres! Eu vim aqui pela minha família, vim para me reconectar com o meu passado. Lembrei-me muito bem que, mesmo que ela seja a minha esposa, não a convidei para vir. Afirmei que poderia fazer isso sozinho. Mas foi ela quem insistiu.
Por isso mesmo a relembrei deste pequeno detalhe, mas Nora simplesmente me ignorou. ── Você é um maldito ingrato, eu nunca deveria ter me casado com você! Nunca!
── Se você quiser o divórcio, sabe muito bem que eu posso assinar os papéis, Nora. Eu faço isso sem nem pensar duas vezes, só não vou aceitar que você fique se envolvendo numa parte da minha vida que aconteceu quando nem nos conhecíamos! ── ditas essas palavras, eu saí andando rapidamente. Peguei as chaves do carro, a minha carteira, e simplesmente saí de casa sem sequer olhar para trás.
Estava muito bravo e não queria brigar ainda mais, provavelmente falaria algo que me arrependeria depois, disso eu tenho certeza. Porque não é de agora que Nora implica com S/N, isso acontece desde muito antes de nos envolvermos de fato. Porque nossa relação começou com uma simples amizade, mas ela já odiava S/N por alguma razão antes disso. As duas nunca se deram bem.
Envolvi a minha cabeça com o mesmo capuz que estava usando ao ir pro hospital com S/N. Não queria ser reconhecido, mas sabia que isso poderia acontecer a qualquer momento; aliás, meu rosto já deve estar estampado em várias matérias na internet, principalmente depois de estar com a mulher que, no passado, todos juravam que eu tinha um relacionamento.
Entrei no meu carro e depois de dirigir sem rumo por um tempo, optei por ir à casa de minha mãe, aproveitando-me do fato de ela estar morando mais perto de mim. Preciso muito de um conselho, palavras de alguém que eu confio. E se eu não estivesse tentando dar um tempo a S/N, eu com certeza iria atrás dela. Mas como faria isso? Ela já afirmou que não é certo nos encontrarmos.
Eu estou confuso. E essa confusão é por causa dela. Como a mesma me ajudaria? Ela com certeza iria pensar que eu estou ficando louco.
Enquanto dirigia, eu pensava no que fiz com a minha própria vida. Eu já estava em dúvida quando pedi Nora em casamento, mas tentava me convencer de que eu estava fazendo a coisa certa, mesmo que no fundo eu soubesse que só estava me enganando. Só não queria acreditar que estava apaixonado pela minha melhor amiga.
Fiquei tão bravo, principalmente depois de ela assumir um cara que eu nunca me dei bem também. Mas esse "relacionamento" não durou nem 5 meses.
Ou seja, eu me ferrei por ser tão estúpido.
• • •
Assim que cheguei na casa da minha mãe, estacionei e entrei praticamente correndo, desesperado pelo aconchego da mulher que me deu a vida. Quando ela me viu, tomou um susto. ── Meu filho! Você não me avisou que viria! ── depois de se recuperar do pequeno choque, ela me abraçou com muita força. Seu sorriso é iluminado, sinto a saudade que ela sente pelo nosso contato.
Somente esse abraço foi capaz de me aquecer o coração. E por um segundo, eu esqueci do real propósito da minha visita. Já faz tanto tempo que não vejo a minha mãe que deixei de lado por um momento a minha frustração, e conversei com ela sobre vários assuntos. Ela perguntou sobre a turnê, sobre os países que visitei, até chegar no tópico ''Nora". ── Ah, mãe. Então... Eu acabei brigando com ela. ── expliquei, num tom mais baixo. Estou envergonhado, e com temor pela reação dela ao descobrir os motivos.
Mas tudo o que ela fez foi enrugar as sobrancelhas. ── Como assim, querido? O que aconteceu?
Expliquei a ela a situação, contei que levei S/N ao hospital e isso não agradou nem um pouco a minha esposa, que descobriu isso antes mesmo de eu chegar em casa. Essa descoberta abriu margem para que ela mexesse nos meus pertences e encontrasse a foto polêmica, que estava exposta na minha cômoda há muitos anos; mas quando voltamos para Londres eu a escondi justamente para não haverem brigas, mas de nada adiantou. ── Filho... Eu não sei nem o que te dizer, de verdade. É um assunto delicado. ── ela comentou, embasbacada. ── Eu sempre soube, Harry, que você não iria conseguir ficar longe da S/N. Sempre soube que havia algo entre vocês dois,
Quando ela chegou nessa parte, eu cocei a garganta. ── Mas Nora não entende isso, mãe. Eu só queria-
── Justamente por eu ter quase certeza que havia algo entre vocês dois, não entendi a razão pela qual você se casou com Nora. Porque meu querido, sejamos francos, você não a ama. ── simplesmente cuspiu as palavras na minha cara. As verdades. ── Não consigo entender porque você preferiu se meter nisso. Está na cara que você está infeliz, meu filho. Sempre que você chega aqui com a Nora eu noto a sua expressão, totalmente diferente de quando está com a S/N.
── Não espere que a sua esposa entenda a conexão que você sempre teve com a S/A. Ela não vai entender, meu filho. Assim como você também não entenderia se estivesse no lugar dela. É sofrido para os dois; continuar em algo que não te faz bem é como abraçar um cacto. E você está sendo egoísta em manter Nora casada contigo, mesmo não a amando.
── Eu gosto da Nora, mãe. Mas acho que eu tomei uma decisão precipitada em-
── Você precisa admitir, Harry. Não foi só uma decisão precipitada... Você errou, e errou feio. Você está magoando a pobre Nora, você sabe que não a ama. Escolheu se casar com ela para, de alguma forma, tentar magoar ou atingir S/N por causa do seu relacionamento com o Kyle. Mas hoje, o único magoado é você por ter insistido neste relacionamento. O quanto mais cedo você admitir e consertar isso, será melhor para ambos.
Ela estava certa. Eu sabia que ouviria isso quando chegasse aqui... Mas a verdade é que tenho medo. Sinto medo de S/N não me aceitar depois de tê-la magoado, tenho medo de acabar tendo entendido tudo errado, que nossa relação é puramente baseada na amizade e nada mais; e se eu entendi tudo errado?
Além de todas essas questões, ainda penso nos meus fãs. Eles podem acabar me massacrando por magoar os sentimentos de Nora, massacrar S/N novamente depois que descobrirem que foi por ela que eu pedi o divórcio. Me preocupo, mesmo não me importando tanto com o que pensam sobre as minhas ações... Não por mim, mas pelas pessoas que amo. Adoro as minhas fãs, mas confesso que às vezes eu me decepciono com algumas atitudes das mesmas.
Lembro como se fosse ontem de qual foi a reação deles quando eu apresentei S/N como a minha melhor amiga. Eu tinha comentado que havíamos acabado de nos conhecer, mas mesmo assim, eles a massacraram. Por puro ciúmes. Foram dias difíceis, achei que a perderia, mas por sorte, isso não aconteceu.
Para a infelicidade de alguns dos meus fãs.
Conversei com a minha mãe por muitas horas e foi reconfortante para mim. Eu sempre me sinto tão melhor ao conversar com ela, suas palavras (mesmo que sejam duras, por vezes), me trazem conforto, de verdade. Me deram um norte do que fazer.
Mas hoje, já não quero mais pensar nesse assunto. Estou tão cansado, minha cabeça dói muito e eu preciso descansar. Por isso mesmo a minha mãe organizou um quarto para que eu pudesse passar a noite. E eu aceitei de bom grado, eu não queria voltar para casa, não queria lidar com os surtos de Nora. Ela não vai parar de me atormentar por hoje, mesmo se eu voltar agora. Ela é bem insistente.
Comi algo depois de minha mãe muito insistir, e logo em seguida tomei um banho e vesti apenas uma boxer. Esta e muitas outras fazem parte de uma coleção de roupas que eu trouxe há um tempo e por sinal, já estava me apertando um pouco, mas nada tão desconfortável.
Me deitei e antes de dormir, pensei por muito tempo na S/N. Na nossa amizade, em tudo o que vivemos durante esses anos e até mesmo no que eu deixei de viver com ela, por causa do meu orgulho. Eu deveria saber que Kyle era só um caso passageiro, mesmo que naquele tempo eu enxergasse os dois como um belo casal — mas nunca admitiria isso em voz alta.
Meu celular apitou algumas vezes indicando que alguém me mandava mensagens. Até pensei em ignorar, até porque poderia ser Nora me infernizando mais um pouco, senti muita curiosidade e chequei.
“Harry, está tudo bem?”
“Você disse que avisaria quando chegasse em casa mas não avisou. Aconteceu alguma coisa?”
“Por favor, me responde! Eu estou muito preocupada! Liguei para a sua esposa mas ela não me atendeu."
“Eu estou muito preocupada, H. Por favor, me liga quando ver essa mensagem!”
Eu sorri sozinho por imaginar e ouvir perfeitamente, dentro de minha cabeça, S/N falando aquelas palavras, no seu típico tom nervoso. Até mesmo ligou para Nora, que a odeia com todas as suas forças... De fato, deve estar mesmo preocupada.
“Oi, S/A. Está tudo bem :) Não ligue para Nora, brigamos.”
“Não precisa se preocupar comigo, estou na casa de minha mãe. Amanhã conversamos, pode ser?”
“Queria mesmo te falar algo.”
Dito isso, guardei meu telefone sem ao menos aguardar uma resposta. Voltei a me deitar e dessa vez tentei dormir, porque preciso descansar devidamente para o dia de amanhã. Preciso enfrentar a minha esposa, não posso evitá-la por muito mais tempo.
• • •
Acordei no dia seguinte bem cedo e tomei um banho relaxante. Vesti roupas que me couberam muito bem, mas precisei voltar a usar o mesmo capuz de ontem. Depois de estar devidamente vestido, eu saí do quarto com meu celular em mãos; minha mãe já estava na cozinha, e assim que o liguei para checar as novas notificações, choveram de ligações perdidas de Nora, algumas mensagens também.
Fiquei assustado com tudo aquilo, mas não por muito tempo, porque lembrei como Nora pode ser manipuladora quando quer. Ela sempre faz isso quando brigamos. ── Oi, filho. Bom dia. ── a minha mãe me cumprimentou e eu respondi, educadamente. Mas ainda tinha meus olhos fixos nas mensagens que recebi. Na madrugada.
“ONDE VOCÊ ESTÁ, HARRY STYLES? JÁ TE LIGUEI INÚMERAS VEZES!!!!”
“Para de me ignorar, amor. Por favor, me liga! Eu estou muito preocupada e arrependida por ter brigado contigo.”
“Baby, eu te imploro... Sei que não agi da melhor maneira possível, mas eu quero muito conversar educadamente desta vez. Volte para casa ainda hoje!!!”
── Nora me ligou várias vezes durante a noite. ── ela comentou quando percebeu que eu estava focado no telefone. Talvez até saiba o que estou vendo.
── A senhora atendeu? Por favor, diga que não! ── bufei. Estou de saco cheio de toda essa situação.
── Óbvio que não, meu filho. Sabia que você precisava de um tempo. ── deixei um pouco o celular de lado para observar a minha mãe se mover pela cozinha. Rapidamente ela preencheu uma xícara com café e me serviu. ── Não quero te pressionar nem nada, mas você sabe que não pode adiar esse momento por muito mais tempo. Precisa ser sincero com a sua esposa!
Quando ela falou isso, eu suspirei. Sei que vou precisar enfrentar isso o mais breve possível, mas não agora. Agora eu quero mesmo é conversar com a S/N.
Tomei café com a minha mãe e depois precisei vir embora. Avisei a S/N que estaria indo à casa dela, se poderia me receber e, para a minha (não) surpresa, ela aceitou e avisou que já estava me esperando. Por isso dirigi até mais rápido, e assim que cheguei, já corri para dentro. O porteiro sequer precisou avisá-la de que eu estava ali, porque já me conhecia.
── Harry! ── S/A me cumprimentou quando eu bati à sua porta, me tomando num abraço reconfortante. Sorri comigo mesmo quando a vi esticando os braços para alcançar o meu pescoço. ── Pelos céus, Nora me ligou ontem à noite! Ela estava preocupada com você.
Ao ouvir a menção do nome da minha mulher, revirei os olhos. Não é possível que mesmo a odiando, ela ainda teve a audácia de ligar para a mesma. Com certeza estava esperando que eu estivesse com ela.
── Ela não estava preocupada, só queria saber onde eu estava, S/N. ── respondi, e entrei na casa dela quando a mesma me deu espaço para isso. ── Brigamos feio ontem, e eu fui à casa da minha mãe. Não queria dizer coisas que me arrependeria, porque Nora estava insuportável.
Me joguei no sofá e S/N veio logo atrás de mim. Ela me olhou com olhos complacentes, sabe que meu casamento não vai bem há um tempo. Desde que voltei para Londres, para ser mais exato. ── Brigamos porque ela não suporta saber que você fez e faz parte da minha vida, muito antes dela. Nora não entende que eu não posso simplesmente te anular de mim, do meu coração.
Ao dizer essas palavras, já comecei a ficar bastante nervoso. O que não é de todo incomum, desde sempre. ── Harry, eu não estou acreditando que vocês brigaram por minha causa de novo. ── ela ficou com a voz mais nervosa, aumentou minimamente o seu timbre. ── Eu sabia, eu sabia. Por isso eu estava tentando evitar que você viesse aqui, que soubesse que eu estava doente. Não queria te preocupar e também não queria atrapalhar vocês. ── S/N passou a mão pelos cabelos, meio nervosa.
── Aliás, como você está? Eu estive-
── Não muda de assunto, Styles! ── ela rebateu, um tanto quanto irritada. Eu o fiz sem ao menos perceber.
── É só me responder. Eu também estava preocupado com você! ── fui sincero nas minhas palavras e ela, que até agora estava sentada do meu lado, se levantou. Ao mesmo tempo suspirou pesadamente.
── Não tá certo você brigar com a sua mulher tão frequentemente por minha causa, Harry. Eu só quero que você entenda isso... ── comentou, num tom de voz cansado. ── Eu quero o seu bem. Sério, se você perder a Nora vai acabar-
── S/N, eu não me importo! ── me vi na obrigação de a interromper, porque ela acabaria não parando de falar em nenhum momento e eu não falaria o que pretendo. Perderia a coragem.
Seus olhos fitaram os meus, em choque! ── Como assim? Ela é a sua esposa!
── Não me importo em perder a Nora, o que eu não quero é perder você. ── disse tudo muito rápido, aproveitando meus segundos de coragem. ── Eu já cansei de fingir que estou feliz, S/N. Eu cometi um erro ao me casar com a Nora, entendo isso perfeitamente hoje! Eu acabei tomando uma decisão precipitada por causa da raiva que eu estava sentindo em ver você com o Kyle, achei que tudo mudaria, que me casar com outra mulher me faria esquecer tudo o que eu estava sentindo, os sentimentos que eu estava reprimindo tanto por medo de estar enganado, de você não sentir o mesmo. Mas não dá mais.... Não dá, eu simplesmente não consigo permanecer num casamento em que não há amor. Não suporto mais. Não suporto mais estar com a Nora, dormir com ela, quando tudo o que eu mais quero é fazer toda essa merda com você.
Quando eu falei assim, ela arregalou os olhos. Abriu a boca umas duas ou três vezes, talvez buscando palavras, mas nada. Nada saiu. ── Pelo amor de Deus. Já cansei de viver uma mentira! Não quero mais fingir que amo a minha esposa, porque a única mulher que eu tenho amado desde os meus 18 anos é você.
S/N seguiu sem palavras. Ela só me olhava da mesma maneira, mas consegui notar as lágrimas preenchendo os seus olhos. Sendo assim, eu me levantei e abracei, com bastante força, como se ela fosse escorregar dos meus braços; como se eu a fosse perder mais uma vez. E, tendo a mulher que eu tanto venero e adoro entre meus braços, eu recostei meu nariz em seus cabelos e suspirei aliviado por, finalmente, ter colocado parte do que eu sinto para fora. Um grande alívio me preenche por isso.
Eu poderia afirmar que sinto como se estivesse caminhando em nuvens. Mas não ainda, pois quero ouví-la dizer que me ama da mesma maneira. Que sempre quis me falar tais coisas, mas não tinha coragem. Eu preciso ouvir ela falando isso.
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petra-vicx · 25 days
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Me ligue sóbrio
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Parte 1
Satoru finalmente tinha terminado aquela missão tão chata, sempre era entediante, ser o mais forte do mundo tinha suas desvantagens. O novo professor da escola de feitiçaria de Tóquio sentiu a vibração do celular no bolso, estava pronto para ignorar, mas algo no fundo pediu para atender.
 - “Sério, o que eles querem agora? Acabei de matar as maldições de grau dois que tanto pediram, o que mais tenho que fazer hoje?” - Pensou, colocando o aparelho no ouvido, sem falar nada, afinal os agentes já estavam acostumados com o homem, mas não escutou nenhuma resposta, apenas uma respiração misturada com um choro. Afastou o celular, olhando o contato “Número Desconhecido”- Alô?- Falou esperando por uma resposta.
- Satoru? - Sentiu seu corpo inteiro arrepiar com aquela fala - “Suguru?” - Resolveu não falar nada, na esperança que a voz continuasse, mas não teve mais nenhuma resposta novamente.
- Eu…- Suas palavras se perderam, não sabendo ao certo por onde começar aquela conversa. Gojo sabia disso, o outro sempre foi muito sarcástico e não parecia ser um clima para isso.
- Você me odeia? - Pela voz do homem, ele parecia bêbado… Isso deixou o albino em um grande misto de emoções, a lembranças de quando se afastaram invadiram sua mente. Por um momento, se sentiu feliz, pois depois de anos, teve uma notícia do homem de cabelos longos, mesmo que não tivesse muitas informações, pelos menos agora sabia que ele estava vivo.
- Suguru, é você? - Mesmo reconhecendo aquela voz, que agora estava mais grossa pela maior idade, queria a confirmação que não estava louco, que não era mais uma vez de sua mente pregando as peças, iguais às que gostava de pregar pela madrugada.
- Você me odeia? - Suguru ignorou a pergunta do outro, não estava com a cabeça no lugar para todas aquelas saudações.
- Não, não te odeio…Você sabe que eu nunca iria odiar você.
- A gente pode se encontrar? - O homem no celular revirou os olhos, lembrando da adolescência, quando brigavam e sempre recebia uma ligação com aquela frase no final, a briga não era resolvida.
- Você está bêbado.
- Não tô… - Geto podia falar o que quisesse, mas não podia fingir com as palavras começando a se embolar nelas mesmas, por conta da bebida.
- Me liga amanhã então… - O albino não quis esperar uma resposta ou qualquer outra reação do outro e desligou o celular. O telefone voltou a tocar e a ligação foi recusada, repetindo isso por incontáveis vezes, quando a paciência esgotou, Satoru desligou o celular e só ligaria no dia seguinte.
Ao amanhecer, ele desligou com força seu alarme, querendo dormir por mais uns minutos, mas ao se lembrar que tinha uma ligação que esperava, se levantou em uma velocidade, que seria surpreendente para aqueles que conheciam o professor. Finalmente o aparelho atualizou o horário e todos os aplicativos, seguido da bomba de notificação das ligações, todas da madrugada, daquele mesmo número. Gojo apartou o aparelho com raiva, lá no fundo, ele se arrependia de não ter aceitado ir encontrar Geto. Por mais que tenha feito aquilo pra evitar arrependimentos quando acordasse na cama do homem, de que adiantava se agora na mesma manhã que que poderia estar com ele, estava com o coração apertado do mesmo jeito? Arrependimento por arrependimento, que tivesse pelo menos o cheiro do seu moreno no seu corpo.
Sem pensar duas vezes, procurou o número desconhecido - agora conhecido - nas ligações, colocou o dedo sobre a tela, pronto para retornar a chamada perdida, mas será que Suguru atenderia? Ele já estava acordado? Com certeza não, dormiu tarde, não estaria desperto às oito horas da manhã em um pleno domingo. Ter a chamada não atendida por ele seria pior para si mesmo do que qualquer outra coisa, seu ego era grande demais para ter uma chamada ignorada.
- Pare de rastejar atrás dele, pare de ficar parecendo um adolescente, igual aquela vez. Você é um adulto, não tem tempo pra ficar brincando de faz de conta por uma noite que vai atrasar todos os seus próximos dias… meses - O albino deu de ombros, jogando o celular longe. Se ficasse preso naquilo, nunca iria superar o ex-namorado.
Enquanto passava seu café, que esperava tomar pela manhã, escutou a notificação do celular, se assustando e derrubando a água quente em si mesmo, mesmo gritando de dor, ao invés de jogar água fria, saiu correndo para o quarto pegando o celular. Abriu ele, se jogando na cama, na esperança de receber uma mensagem de Geto. A expectativa foi quebrada em seguida, vendo ser uma notificação de Yaga, nem se deu o trabalho de ler a mensagem e desligou a tela do aparelho novamente.
Durante o restante do dia, Gojo ficava olhando o celular, mexia em todos os aplicativos que poderiam receber algum tipo de mensagem, se certificava o tempo inteiro de que o som estava alto o suficiente, desligava e ligava a internet. Tudo na esperança de que o problema fosse no seu celular, era melhor se enganar do que pensar que Geto não ligou durante o dia inteiro.
Nas semanas seguintes, esses hábitos seguiram sua rotina, sempre olhando o celular, sempre na esperança de que em algum momento iria receber a ligação, do número que mesmo que não estivesse salvo, já estava nos contatos favoritos. Quando a noite apareceu, seu celular tocou, Gojo reconheceu o número e imediatamente atendeu.
- Alô?! - Quando a primeira palavra saiu de sua boca, se arrependeu imediatamente de ter atendido tão rápido, Geto poderia pensar que ele estava desesperado. Ele fingiu arranhar a garganta, ficando com a coluna ereta - Alô? Quem é? - Escutou uma risada baixa, era tão gostosa, exatamente no tom de quando se apaixonou pelo outro. O moreno sempre falou baixo, quase um sussurro, lembra de falar em algum momento que parecia que o ex-namorado estava ronronando com um gato.
- Oi Satoru - Maldita seja aquela voz, que agora, com certeza, não estava bêbada e fez seu corpo arrepiar. Ele inspirou fundo, sentindo o estômago começar a revirar, tinha sensações parecidas desde a última ligação, cada vez que pensava em seu Suguru, se buscasse em suas memórias, talvez encontrasse a mesma reação na adolescência, antes de pedir ele em namoro.
- Oi Suguru - Sua voz saiu de uma forma tão doce que provavelmente até o homem do outro lado da linha tinha percebido todos sentimentos e intenções. Um “Puff” foi escutado do outro lado, com o homem de cabelos brancos ganhando uma coloração rosada nas bochechas.
- Você quer vir me ver? A noite é linda da minha janela - Uma resposta não foi pronunciada em palavras, mas de alguma forma estranha, os dois sabiam a resposta do recém contratado professor - Vou te enviar minha localização.
“Chamada finalizada”
Durante algumas horas, Geto esperou, tinha esperança de ter entendido corretamente o que tinha nas entrelinhas daquela conversa e naquele silêncio. Quando já estava pronto para desistir, escutou o barulho da janela e viu uma pedrinha batendo contra, reproduzindo o som novamente.
- Poderia ter batido na porta - Abriu a janela, se escorando na batente, do segundo andar ele viu o albino com o punho cheio de pedrinhas. O homem abriu um sorriso bobo que foi compartilhado pelo outro, mesmo que não soubessem quem sorriu primeiro, ou quem copiou quem.
- Queria relembrar os velhos tempos - Geto soltou uma risada baixa lembrando da adolescência, quando Gojo ia o visitar no meio da madrugada, ele jogava pedrinhas na janela dele, e quando abria a janela o menino voava até ele. Por um momento se lembrou de quando poder falhou e ele caiu de cara no chão, acordando seus pais, nunca sentiu tanto medo de maldições, como sentiu de sua mãe durante aquela noite.
- Então se eu sair da frente da minha janela, você vai entrar voando?
- Acho melhor você vir abrir pra mim  - Ambos soltaram uma risada sincera e Geto saiu em silêncio da sua janela, indo abrir a porta para o homem. Quando abriu, viu seu albino mais de perto, ele cresceu, mas aparentemente não estava mais alto, nem mais baixo, ele estava mais forte, mas não chegava a ser musculoso, de qualquer forma continuava invejosamente atraente, com um sorriso mais arrogante do que quando era mais jovem. Pensou em falar algo, mas foi atacado com um abraço que o segurou firme.
Satoru segurava Suguru com as mãos abertas, como se buscasse pelo máximo de contato que podia, talvez tentando convencer seu cérebro que realmente era o homem em seus braços. Ele afundava o nariz no ombro dele, lembrando o cheiro dele, que agora parecia igual e diferente ao mesmo tempo. Enrolou os dedos nos fios longos, que antigamente estava um pouco abaixo dos ombros e atualmente passavam da cintura, tinha um pequeno coque que dividia o cabelo no meio, o dedos finos e longos pálidos soltaram o elástico, vendo de relance os longos fios extremamente lisos se alinhando ao restante.
- Eu senti sua falta.
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madorosenpai · 4 months
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Dia dos Namorados
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Summary: Não obstante, todos estavam bastante animados com exceção de um certo albino marionetista. Ele não suportava aquela data.
Notes: Apenas uma ideia que surgiu enquanto eu olhava algumas fan arts. Era pra esta fanfic ter sido postada no dia 14 de fevereiro porque como o próprio título aponta, seria o Dia dos Namorados. Eu sei que atrasei um tantinho, mas para todos os efeitos, vamos fingir que essa história foi postada no dia 14/02, sim?
Bom, sem mais delongas, boa leitura!
~*~
O clima não podia ser mais romântico na Easton. Com a chegada do Dia dos Namorados, todos os jovens estudantes estavam com os hormônios à flor da pele. Enquanto alguns criavam a coragem dentro de si para se declararem, outros ficavam na expectativa de terem seus sentimentos correspondidos. Não obstante, todos estavam bastante animados, com exceção de um certo albino marionetista. Ele não suportava aquela data.
Todo ano era a mesma coisa: tornava a se recordar do final trágico que teve sua mãe, o dia em que teve sua vida covardemente tirada pelas mãos de um necessitado faminto.
- No fim das contas eu também sou um fraco, afinal não pude salvar você... – Suspirou o albino em desolação ao encarar a pequena boneca que segurava em seus braços. Tudo o que mais desejava no momento era que o fatídico dia terminasse tão rápido quanto sua chegada.
- Seria incômodo eu te acompanhar em meio à melancolia? – Ao ouvir a pergunta, teve seu fluxo de pensamentos interrompido e virou-se para encarar o dono da voz.
Abyss esbanjava um sorriso terno em seu rosto enquanto aguardava a resposta de Abel à sua indagação, que não tardou a vir. A partir de um leve aceno do albino, o azulado teve sua confirmação e foi se aproximando timidamente do marionetista. Suas mãos pareciam esconder algo em suas costas.
- Sei bem como é. Certos acontecimentos nos fazem questionar a razão de nossa existência e o nosso valor como humanos. Será que vale à pena continuar vivendo? Eu honestamente acreditava que não até ter conhecido você...
Abel se sobressaltou com essa confissão. Sempre considerara o que fizera pelos integrantes do Magia Lupus o mínimo. Então, a sinceridade de Abyss aquecera seu coração. Era uma sensação aconchegante e acolhedora, que há muito não sentira e sequer cogitava fazer tanta falta a si. O azulado prosseguiu:
- Você não só me deu motivos para continuar existindo, como também me fez experimentar o que realmente significa estar vivo. Tudo pode ter começado como uma causa na nossa irmandade, mas é justamente ela que nos une como uma verdadeira família e por mais que tenhamos perdido a batalha, nada foi em vão. Quero que continuemos sendo uma família e que pudesse contar mais comigo nos momentos de vulnerabilidade... – Um rubor se instalou nas faces de ambos após proferir essas palavras.
- Somos humanos, Abel, temos nossos momentos de fragilidade e nada me dói mais do que não conseguir fazer nada a respeito. Não sou capaz de desfazer o ocorrido ou modificar suas memórias, mas ao menos, permita que eu seja seu esteio e a sua fonte de esperança inesgotável. – Após essa declaração, as mãos de Abyss deixaram suas costas revelando o que estivera escondendo até o presente momento: uma caixa de chocolates em formato de coração. Ao abri-la os inúmeros chocolates em formato de boneca contidos em seu interior foram revelados.
- Feliz Dia dos Namorados. – Disse enquanto levava uma boneca de chocolate até sua boca, deixando-a levemente presa aos seus lábios enquanto fechava seus olhos num convite discreto a um beijo.
Após captar a indireta lançada a si, os instintos mais primitivos de Abel pareceram despertar e não tardara a consumar aquele ato tão aguardado por ambos. No instante seguinte, seus lábios selaram-se levemente aos do azulado dando início a um beijo calmo, porém igualmente inebriante e repleto de significado. Todas as suas tristezas, medos, inseguranças e desabafos foram colocadas ali, abrindo espaço para que um novo e puro sentimento os preenchessem. 
Talvez o Dia dos Namorados não precisasse ser tão ruim assim. Enquanto tivessem um ao outro, não havia nada que não pudessem superar juntos.
~*~
Notes: Por mais que Abyss e Abel não sejam um casal canônico na obra original, a dinâmica existente entre os dois é tão maravilhosamente encantadora, que abre espaço para imaginarmos tantas possibilidades de cenários e interações entre eles.
Edit: @meinoart, sorry! I didn´t give the proper credits before! Dx
Found it on Pixiv quite sometime ago and didn´t remember the name of the artist, so I just put #credit to artist in the tags. I hope it´s not too late to give proper credits
Also, my other fanfics follow the same pattern. I´ll look again for the names of the artists and update the tags and the credits.
I´m really sorry :(
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akkivee · 3 months
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more of these flavours of gentaro pls 🥺🥺🥺
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mistiskie · 1 year
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❝ O jeito que vivenciamos memórias, às vezes, não é linear. Não contamos a história nós mesmos, já conhecemos a história, apenas estamos a vendo em flashes sobrepostos. ❞
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Avisos: essa é uma shortfic inspirada no álbum chamado "blond" do cantor e compositor Frank Ocean, recomendo escutar as músicas citadas aqui conforme for passando os quatros atos. Fanfic predominantemente angst, no entanto também tem alguns resquícios de smut. Trabalhei muito nisso daqui e fiz com todo meu coração porque Blond é meu álbum preferido, espero que gostem e tenham uma boa leitura.
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4 atos até o declínio.
1. nights.
2. close to you.
3. siegfried.
4. selfcontrol.
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Nights — 01.
Bebe mais do vinho, acordado novamente durante a madrugada, fazia mais de um mês que havia trocado a noite pelo dia e de como parecia estar entrando em um loop, porque a noite o abraça 'alto enquanto o dia beija seu rosto com ressaca e fechando os olhos tudo volta a se repetir, não parece ter um fim. A princípio Jaehyun reconhecia que não era para estar nessa situação, foi pacífico, tranquilo e apesar de ver as lágrimas mais verdadeiras que um dia viu saírem dos olhos brilhantes dela, ainda conseguiu manter-se firme no fim, no término.
Mas era impossível negar o quanto a presença feminina era cômoda em sua vida. Vivia as mesmas coisas que ela, quando chorava sabia que ela estaria lá para consolá-lo, quando ele fazia o jantar era ela quem estaria ali para saborear, quando ela chegava animada para conversar, ele sabia que era sobre o álbum favorito dos dois e Jaehyun sempre esteve disposto para ouví-la, quando ele chegava em casa banhado na luxúria era apenas ela quem recebia de bom grado e quando ela trazia purpurina era ele a companhia perfeita.
Perde o foco da agulha riscando o vinil, este que rodava sem parar no toca disco. Jaehyun bebeu mais do vinho, encara o celular, pensa bastante sobre o que cogitou fazer naquele momento, mas não faz, afasta a ideia, é orgulhoso, fora que foi ela que havia colocado um ponto final e só aceitou porque não fazia diferença, se sentia uma péssima pessoa em admitir que carregou todo aquele relacionamento por interesse.
Não o culpe, tudo era cômodo demais, foi inevitável.
── Acordado de novo? ── Não respondeu Johnny, o encarou impaciente, como se não fosse óbvio.
── Não, 'tô sonâmbulo. ── Johnny ri soprado, pega a taça de vinho e se senta junto a Jaehyun enchendo o copo com a bebida alcoólica.
── Qual é cara, tu disse que não tava sofrendo. ──
── E eu não 'tô, deve ser alguma coisa sobre beber vinho demais ou qualquer merda, não sei. ── Reclama baixinho.
── Conta outra, nunca te vi assim em outros términos. Admite, ela mexeu contigo. ── Mexeu? O aperto no peito toda vez que lembrava dela se enquadra em alguma coisa ou só é o peso de ter sido potencialmente alguém ruim pra ela?
── Foi ela quem acabou. Você sabe o motivo de eu ter aceitado isso, não me enche.
Para Johnny já era mais que claro, entortou a cabeça descrente, sabia que Jaehyun era orgulhoso e uma das piores pessoas para expressar e entender sentimentos, negligenciando até o próprio, mas não esperava que essa percepção limitada fosse capaz de não fazê-lo perceber o óbvio em meio a toda aquela situação.
── 'Tá com medo isso sim. Medo que ela tenha percebido que você foi egoísta durante todo o relacionamento e ter acabado por conta da sua negligência. ── Johnny bebe o resto do vinho e se levanta para deixar a sala de estar. ── Vou ser sincero com você, porque nenhum outro amigo teu é, Jaehyun. Pare de negligenciar sentimentos, seja o seu ou o dela. Não sou sommelier de relacionamentos, você sabe, mas sua ganância, comodismo, egoísmo e qualquer palavra que seja capaz de definir sua intenção com esse relacionamento foi o motivo de ter acabado. 'Cê tá sofrendo e não quer admitir porque teu orgulho ainda vai ser o motivo da tua morte. Kendrick fala.
Procura conforto nas batidinhas que sente no ombro, não o acha. Johnny deixa Jaehyun sozinho novamente, o obrigando a pensar sobre, nocauteado com as palavras e verdades na qual não queria encarar, não agora. Ele de fato não esperava por aquilo.
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"Então, o Daniel Caesar fez Freudian no intuito de confundir quem escuta, acredita? Porque 'cê não vai conseguir distinguir em algumas músicas se ele fala sobre o relacionamento tóxico dele com a mãe ou com a namorada. " Profere empolgada, assim que a música do álbum termina.
"Por isso que o nome do álbum leva o nome de Freud? Pra explicar como o relacionamento familiar afeta no relacionamento romântico?" Concorda engatinhando de volta para os braços de Jaehyun.
"Incrível" Ambos dizem ao mesmo tempo e caem na gargalhada logo em seguida.
Jaehyun achava sensacionalista demais todo o assunto envolta do álbum, família e relacionamento, ambos tóxicos, para ele era uma certeza absoluta que conseguia separar essas duas coisas, no entanto se interessava em como a menina conseguia explicar de forma tão eloquente um assunto na qual amava. Música e a genialidade por trás dessa arte era seu maior domínio, o mínimo que ele poderia fazer era escutar, potencialmente deslumbrado.
"Acha esse papo real? Do álbum e Freud."
"Claro, sua versão criança diz muito sobre isso. Às vezes é tão normal para ti que 'cê nem consegue perceber, Daniel fala do quão destrutivo pode ser para as duas pessoas no relacionamento. Muito apego ou pouco apego, falta de afeição ou a não percepção dela, tudo." Jeong pensa, cercado com possibilidades e incertezas acerca daquele assunto.
"E quem sai machucado no final?" Pergunta.
"Os dois sofrem, apenas um demora para perceber e talvez acabe sofrendo mais por isso… é um assunto delicado, não acha?" Responde reflexiva.
"Uhum, acho."
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── Diz, diz que sente minha falta…── Retém o gemido, ofega tanto que a frase falha mas ainda se mantém firme, perto o suficiente de sua orelha.
── Ah Jae… sinto muita falta… ── Admite, boba, com lágrimas nos olhos, perdida em seus próprios pensamentos e entorpecida na ritimagem perfeita que o pau tinha em meter fundo em sua bunda enquanto a mão grande massageava a buceta.
É judiada pra valer, vindo de Jaehyun naquele momento até gosta, a mão firme apertando o pescoço, os olhos castanhos encarando os seus de volta, via um misto de sentimentos com predominância no prazer, mas ainda sim ele era uma incógnita.
Maneja o corpo da forma como o agradava, sem parar os estímulos, apenas queria te ter de quatro, a ideia de poder observar o pau entrando e saindo por trás dela com perfeição e estímulo máximo infla o ego e aumentava o tesão existente naquele quarto. Agarra a pele da bunda feminina com urgência indo cada vez mais fundo. Por pouco seu corpinho permanecia equilibrado, gemia manhosa, deixa cada súplica escapar da boca sem ligar muito, sabia que Jaehyun gostava de ouví-la quando ficava burra por um caralho, especialmente o dele.
A porra do Jeong é despejada em todo o canal, é quase como uma carga elétrica, arrepia todos os pelos possíveis do corpo, não tem outra opção, goza logo depois, com as pernas tremendo, relaxa sob os lençóis gelados ainda aproveitando a sensação.
Ele a observa, em uma situação parecida, entorpecido com sua beleza, saberia expressar aquilo? Desvia o olhar, deita do seu lado sem falar uma palavra, não restava dúvidas, era diferente agora. O peito pesava, sua mãe sempre disse "O coração vai ser um fardo pesado" e passando tempos sem entender aquela frase, agora conseguia.
── Você sentiu minha falta também? ── Pergunta baixinho, esperando por uma resposta.
Jaehyun ficou em silêncio, a garganta secou e novamente se sentiu confuso.
── Fala sério. Bateu na minha porta às duas da manhã, me beijou antes de falar qualquer coisa e não sente minha falta?! ── O encara indignada, com a mente bagunçada.
── Eu… ── Suspira derrotado. ── Não sei.
── Por que quando se trata de mim, de nós, tu nunca sabe de nada? ── Caça a camisa do pijama que usava antes, a fim de vesti-la.
── Quer saber o por quê? ──
A sensação de prepotência, de mais uma vez não falar o que passa em sua mente o irrita.
── Claro que quero! É o mínimo depois que cê come alguém. ── Dispara igualmente irritada.
── Interesse, porra! Foi por interesse, comodismo. ──
── Ahn…?
── Ter você era cômodo pra mim! não entendeu? Eu não precisava de muita coisa, nem explicar muita coisa, nunca precisei. Você preenchia um espaço que eu era carente e por isso continuei… ── expele o ar, com os sentimentos a mil. ── continuei até aqui, porque eu precisava saber se tu sabia disso, se tinha acabado por esse motivo, eu tava com a consciência pesada.
Ela não disse nada, encarou Jaehyun com um desespero oculto, torcendo para que aquilo não fosse verdade, no entanto, pela primeira vez em todos os dias de relacionamentos que dividiram, ele falava a verdade. Talvez esse fosse o momento mais verdadeiro que presenciou junto a Jaehyun.
Os olhos que o admiravam choravam pela segunda vez, como uma menininha.
── Não sabia, terminei porque você nunca pareceu se preocupar comigo de verdade, sempre parecendo supérfluo. ── funga despedaçada, repudia está próximo dele, como também repudia a si mesma. ── Nunca percebeu que eu dediquei minhas melhores músicas para você? E o que tu me dava em troca? Um obrigado, era sempre assim. Não sirvo pra aguentar a ausência, agora eu entendo.
Jaehyun se cala, apesar da tristeza que pouco a pouco surgia dentro dele, não se sente arrependido, devia aquela explicação, aquele desabafo, sabia que machucaria, mas acreditava num machucado maior caso a menina descobrisse mais a frente. Incontestado com o momento, o que poderia fazer?
── Agora sua consciência deve tá limpa, né? Cê descobriu que eu acabei porque fui trouxa e pensava que você não gostava mais de mim, mal sabia que tu nunca gostou. ── Enxuga as lágrimas ainda insistentes em cair, caminha até a porta apenas para abri-la. ── Vai embora, a parte da sua carência já deve ter sido preenchida.
── Me entenda, por favor.
── Me entenda você, Jaehyun. Vá logo embora!
𝗰𝗹𝗼𝘀𝗲 𝘁𝗼 𝘆𝗼𝘂 — 02.
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"Minha mãe uma vez me disse como eu deveria me portar em sociedade." Jaehyun coloca os fios castanhos atrás da orelha de volta, encarando o rosto feminino parcialmente sonolenta que se esforçava para manter-se acordada. "Sempre bem polido, de postura soberba, ignorar definitivamente aqueles que não fossem capazes de me proporcionar algo e sobretudo ser indecifrável, a fraqueza está nos sentimentos."
De forma inconsciente Jeong entendia que havia canalizado o aprendizado forçado para dentro de si próprio.
"E você gostava de viver assim?"
"Nunca gostei."
"Então, seja você mesmo. Não seja o que os outros querem. Cê consegue ser mais lindo quando tá sendo você." Sorri por tão pouco tempo que você não consegue perceber.
"E quando eu tô sendo eu?" Sussurra calmo.
"Agora. Contando sobre sua vida."
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ────── 𝒃.
Roda a chave do carro entre os dedos, ignora qualquer aviso que Johnny tenha que dar justo naquele momento quando estava saindo, Jaehyun sabia que era para o seu bem, muitas coisas eram ditas para o seu bem, mas agora ele não queria ouvir nenhuma, ainda estava com raiva, inconformado e cheio de mágoas, dar conselhos por mais sábio que fossem naquele momento não era adequado. O destino no momento era o mais longe possível, curiosamente havia sido convidado para um encontro de amigos, se fosse um dia habitual como os outros ele negaria sem pensar duas vezes, por isso Taeyong ficou surpreso quando Jeong aceitou de imediato.
Afinal, Jaehyun tinha motivo para recusar agora? Talvez conversar com outros amigos fosse o fazer bem e se parasse para pensar, tinha tempos que não sentava na areia morna da praia e observava o mar, precisava daquilo. Fez isso da última vez acompanhado, por um momento as lembranças trouxeram um vislumbre daquele dia.
Passou a sexta-feira toda lá, depois de matar algumas aulas na faculdade, não precisava de muita companhia, apenas a dela já era ótima para Jaehyun. Lembrou de ter a elogiado pela primeira vez, muito provavelmente, porque havia ficado perfeita no biquíni e o ar praiano combinava tanto com ela, a alegria que as ondas transmitia podia ser vista facilmente no rosto feminino, na forma como corria pela areia, puxando ele pelo braço, a voz sempre melodiosa o chamando era tão gostosa de ouvir, "Vem amor… a água tá geladinha!" Como uma sereia e Jaehyun ia sem reclamar, deixava ser guiado enquanto fazia questão de capturar tudo para lembrar depois. No final, lembrou de ter ficado até o escurecer, beijou ela na água do mar, ouviu o primeiro eu te amo desde que nasceu e observaram as estrelas. Estava realmente lembrando depois.
── Cê veio! Quanto tempo mano. ── O abraçou de lado, Taeyong precisou falar um pouco mais alto por conta da música. ── Deve ter ficado ocupado por esses tempos.
── Fiquei, muita coisa aconteceu, ainda bem que tamo se vendo de novo. ── Senta de frente para a fogueira.
── Tá sendo de boa morar em Compton? Se mudar pra lá deve ter sido uma barra. ── Franzi o cenho discordando.
── Compton por incrível que pareça é tranquilo, tem coisas legais por lá. ── Pega um copo de plástico para colocar o máximo de álcool que o corpo suporta, bebendo um pouco. ── Continua a mesma coisa por aqui em Santa Mônica?
── Uhum, não tem nada de novo nessa merda. ── Ri e bebe junto com Taeyong.
Escutava a fogueira crepitar, dividia a atenção com as chamas e o mar escuro, vez ou outra enchia mais o copo até chegar ao ponto de se sentir tonto, o que era uma surpresa porque ele sempre foi resistente demais com bebidas.
O que estava fazendo ali?
Não era ali que queria estar.
── O Rapunzel reapareceu por essas bandas!
── Não vai encher o saco dele Yuta, parece que ele tá de coração partido. ── Taeyong brincou depois de saber toda a história ou uma pequena parte dela.
── Ih… Cê não veio aqui pra ficar desse jeito. ── O japonês se senta do lado de Jaehyun, passa os braços pelos ombros e oferece um cigarro bem boladinho. ── Toma, um desse daqui e você esquece essa mina. Dou cinco minutos!
Pondera, olha para o beck, depois para Taeyong que sorria divertido e por fim para o mar.
── Já fumei muito dessa, não vai bater legal.
Yuta nega, pegando o isqueiro.
── Não bestão, você fumou as de Compton, essa daqui é de Santa Mônica! Você vai ver como é diferente, vai por mim.
É convencido pelo papinho de mercador, assim que o cigarro é acendido Yuta oferece novamente, Jaehyun é o primeiro da roda a usufruir, da três tragadas e passa para o Nakamoto, tosse um pouco, não era inexperiente, apenas havia parado de usar, ficou desacostumado muito rápido.
── Cê vai adorar essa, daqui a pouco já bate. ── Decide confiar nas palavras de Taeyong, volta a encarar o fogo em sua frente esperando pela sensação.
"Já te disse pra parar de usar isso. A gente combinou. Do que você foge, amor?"
Olha para o lado assustado, não vê ninguém, de repente a voz não está mais do lado e sim ali no fogo, consegue ver perfeitamente o rostinho admirável, o sorriso, corpo, tudo. Jaehyun fecha os olhos, deixa um sorriso escapar mas aquilo estava mais pra descrença do que alívio ou alegria. Quando pararia de vê-la em tudo? Quando pararia de sentir falta? E aquele sentimento era saudades ou mais uma vez o ego e interesse próprio agindo?
"Não se aproxime de pessoas que não vão te oferecer nada de bom, seja interesseiro, o mundo é assim com todos, garoto."
── Te falei! Olha só como você tá alto já. ── A voz de Yuta sai distorcida e até engraçada para o momento.
── Bateu mesmo, cara?
Concorda rindo, aquela merda era diferente mesmo, não era mentira.
── Que merda, Yuta! Essa porra não é só maconha. ── É chacoalhado pelo Japonês que ria junto, não tão submerso porque com certeza já era acostumado com a erva ou qualquer besteira que aquilo fosse.
A partir dali tudo se torna um borrão pouco definido, ainda continua olhando para o mar, mesmo dançando junto com a música, fumando mais e misturando tudo com álcool. Como sempre o vazio que sentia fora preenchido e estava tudo bem até ali, não precisava se preocupar mais ou sentir aquele aperto no peito desde a primeira semana do fim, também não precisava se preocupar com o que a mãe acharia daquilo ou de sua vida, ela não estava lá para ver o filho único prodígio decair a cada minuto. Era um nirvana e Jaehyun podia jurar ser Buda.
── Agora, pra experiência ficar completa, eu quero te apresentar a Anya, ela tá disposta a te fazer esquecer de vez essa sua ex mina lá. ── Cambaleando Yuta trás uma garota consigo, também no mesmo estado que todos ali.
O Jeong a encara, duvidoso sobre a ideia, sobre a menina, era até bonita, parecia com ela, parecia tanto que ele estava começando a suspeitar que haviam trocado de rosto, mas não, ela se vestia mal e a menina que dominava seu coração não misturaria jeans colorido com jaqueta de couro.
"Cê vai me procurar em outros rostos, mas não vai me encontrar, nunca vou ser igual a elas, te marquei de forma diferente, Jae."
Desmancha o sorriso, ultrapassaram a barra, talvez demais. Era óbvio que ele estava chapado o suficiente para esquecer o próprio nome, as chaves do carro ou qualquer outra coisa, entretanto, tudo havia sido tão recente, se Jaehyun se esforçasse ainda conseguia sentir o calor da pele cheirosinha sob a dele e caso aceitasse Anya, estaria a usando, já havia usado pessoas demais.
Yuta entende o recado, dispensa a menina e deixa o amigo sozinho, mentalmente o chamando de cabaço, de qualquer forma, que seja, era a vida dele.
Os pés parecem pesados, Jaehyun não consegue ficar em pé por muito tempo, volta a se sentar perto da fogueira, expira sufocado, olha de novo a fogueira, sente conforto ali por breves segundos. Do outro lado, meio translúcido podia ver a silhueta feminina familiar e levantando um pouco o rosto via que ela o encarava de volta. Ah que merda, não conseguia fugir.
Não era real, nada do que via era real.
Se contentou com o efeito da droga, abraçando a ilusão de tê-la tão perto, Jaehyun não falou nada por muito tempo, estava ocupado demais encarando e encarando, preso em um loop. Talvez, o que queria não estava ali no meio e sim em outro lugar.
── Taeyong, acho melhor cê ajudar esse seu amigo, o cara tá parecendo uma estátua, talvez não seja mais legal continuar aqui. ── O Lee concorda, a primeira vez fumando aquilo nem sempre é uma experiência boa.
── Vou levar ele pra casa. Diz pro Yuta que não tenho hora pra voltar. ──
Os braços de Taeyong seguram Jaehyun forçando-o a se levantar dali.
── Não consigo cara, a minha bunda tá colada na areia. ── O Lee acha engraçado, mas levantar Jaehyun dali com certeza não foi uma tarefa fácil.
── Vou te levar pra casa, cê mora com um tal de Johnny, né? Me dá seu celular, deixa eu ligar pra ele. ── Jeong não pensa muito, tira o iPhone do bolso e entrega para o amigo enquanto andavam até o estacionamento.
Por coincidência vê duas chamadas perdidas de Johnny na barra de notificação, Taeyong pensou que precisaria pedir a senha e se estressar sabendo que Jaehyun com certeza não saberia dizer nada racional no momento, para sua surpresa o celular não tinha senha, deslizou o dedo para cima e já havia desbloqueado. Sorri com pena, observa a foto que o amigo tinha escolhido como tela inicial, era uma sua dormindo e abrindo a galeria, curiosos do jeito que era, encontrou mais fotos em uma pasta na qual carregava o apelidinho de godness, ali tinha mais fotos da suposta garota do que do próprio Jaehyun em todo o celular, parou para encará-lo, havia acabado para ele mesmo?
"Jaehyun, fui dormir. A porta tá trancada mas cê tem a chave. Se algum dos seus amigos irresponsáveis for te trazer de volta, o endereço do apartamento fica dentro de algum compartimento do teu carro, se vira idiota, eu avisei"
𝘀𝗲𝗶𝗴𝗳𝗿𝗶𝗲𝗱 — 03.
Pra conseguir entrar no apartamento a chave é derrubada várias vezes até finalmente abrir a porta, com passadas incertas vai até o próprio quarto e entra no banheiro, precisa de um banho. Havia perdido a noção das horas a partir do momento que cochilou e já acordou no estacionamento do residencial, agradeceu a Taeyong e até disse que o compensaria outro dia, permanecia feliz, até entrar no elevador e caminhar para o apartamento. Sentia novamente o peito pesar e a respiração ficar densa, suava frio também e se sentia sufocado com aquele tanto de roupa, ainda bem que conseguiu entrar a tempo.
"Pensa direito Jaehyun, talvez você esteja perdendo alguém que ama de verdade por situações do passado que te atormentam."
"Só não deixa de ser feliz por conta dela, você merece."
Afunda o corpo na água, pensando nas palavras ditas, a sensação gelada pouco a pouco traz sobriedade, tirando o efeito de tudo que usou o mais rápido possível. Abraça os próprios joelhos, talvez estejam certos, de Daniel Caesar sobre seu relacionamento podre com a mãe, até Taeyong o aconselhando depois de tanto tempo. Passou mais que a metade da vida sendo o que sua mãe totalmente autoritária e narcisista queria que fosse e acabou canalizando tudo para si mesmo, agia por interesse com os outros, não demonstrava sentimentos com medo de ser fraco, os bloqueava e negligenciava outras pessoas, isso tudo porque a própria progenitora havia o ensinado, o obrigado para ser mais verdadeiro.
E agora toda aquela merda guardada dentro de si misturada com os sentimentos após término, a culpa de ter acabado tudo e os resquícios de drogas em sua mente estavam prestes a sair como uma bomba, explodindo tudo de vez.
Ama, ama de verdade você, te venera secretamente como uma deusa, vive para ser o motivo do seu sorriso mais bonito. Era verdade que começou tudo por interesse sim, mas aprendeu a te amar, sentia o amor e friozinho na barriga aumentar cada vez que se encontravam pra passar tempos juntos, nem que fosse pra não falar nada e ficar apenas olhando a cara do outro. Foi de você que ouviu o primeiro "eu te amo" ou "cê é tão incrível" , por isso sua presença era algo indispensável para Jaehyun, tinha constância e certeza que era muito amado independente do que fosse e agora que havia perdido tudo, perdido você, nada mais fazia sentido. De repente se viu criança chorando por não ter o que observava em seus coleguinhas e como aquilo o machucava.
A barriga embrulhou e a angústia terrível subia do estômago até a garganta, inclinou a cabeça para fora da banheira e vomitou ali mesmo tudo o que tinha consumido, ficou minutos assim, desesperado sem conseguir parar enquanto tossia igualmente.
── Que barulho é esse Jaehyun, cê tá bem? ── Johnny abre a porta do banheiro, passa segundos entendendo a situação. ── Tu se drogou pra caralho né?
Suspira derrotado quando viu que nem o responder seria possível, sentiu pena, deveria parar de ser tão coração mole daquele jeito.
── Eu te acordei? ── O Jeong pergunta aéreo, entre tosses e respirações aceleradas. ── Sinto muito.. não queria ter feito isso…
── Tá tudo bem, você costuma ser irresponsável assim…
── Sinto muito Johnny… Eu sinto muito, não deveria ter te acordado… merda, sinto muito…
── Eu já entendi Jaehyun, tá tudo bem. ──
Não era sobre ter acordado Johnny.
O mais velho percebeu que Jaehyun não pararia com aquilo e o que parecia impossível tinha acontecido, pela primeira vez pode escutar o soluçar baixinho do amigo até se transformar em um choro embargado de sentimentos presos e outras coisas. Jaehyun chorou como um homem, foi corajoso para expor o que tanto sentia e não tinha coragem de explicar, contradizendo tudo o que sua mãe acreditava, era angustiante vê-lo assim e libertador ao mesmo tempo.
Johnny deixou tudo de lado, reclamações, avisos, desabafos e foi até ele, o abraçou porque via quanto precisava.
── Tá tudo bem cara, a gente limpa isso depois. ──
── Eu amo tanto ela, Johnny. Amo de verdade, como nunca amei ninguém, nem minha mãe. ── Agarra o amigo mais forte, o molhando com as lágrimas. ── Sinto tanto por ter a machucado com minhas palavras, eu fui um cuzão. Pensei que não a amava…
O Seo até pensou em falar, mas temia interromper esse momento de desabafo vindo logo de uma pessoa difícil de expressar seus sentimentos como Jaehyun, por isso se propôs a ficar calado e escutar cada palavra que ele tinha para falar.
── Me sentia incapaz de receber amor, minha mãe nunca me ensinou, nunca mostrou pra mim, eu confundi e não consegui falar nada até agora. ── Johnny permanece calado, lutando contra a vontade de chorar também. ── Eu não quero perder ela… não posso.
── E o que você vai fazer?
── Qualquer coisa, faço qualquer coisa por ela, até se for no escuro. ──
⠀ ⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀────── 𝒃.
Aceita o copo de bebida que oferecem a ele, a casa que a festa rolava era pequena e somando tantas pessoas num ambiente só deixava tudo claustrofóbico, Jaehyun havia acabado de chegar, mas já queria ir embora. Engoliu aquela vontade, ter novos amigos na faculdade deve servir pra alguma coisa.
Já que não poderá se mudar nem tão cedo de Compton, que pelo menos conheça novas pessoas.
Arruma um espacinho no sofá da sala, observa cada pessoa ali, era bom nisso, tão bom que às vezes poderia deduzir a próxima decisão da pessoa. Antes de ter uma vida independente, com muitas aspas, Jaehyun não podia fazer nada além de observar, dito isso fez dessa situação sua maior especialidade.
Entre todos ali apenas uma se destacava, talvez fosse sim por sua roupa com pedrinhas brilhantes, meio transparente, ousada demais, linda, pelo penteado diferente e a maquiagem criativa, mas não era só por conta disso, vendo você de longe conseguia sentir, de forma estranha, o quanto era parecida com ele. Não era a aparência, nem o jeito como falava com a amiga e se perguntassem o que era, naquele momento, Jaehyun não saberia responder, talvez mais tarde sim. Só que, droga…algo em ti chamava por ele.
Você o encara de volta, sorri toda bonitinha, Jaehyun bebe mais do álcool sem quebrar o contato dos olhos, sorri também, hipnotizado.
"Vem aqui, vem." Consegue ler os seus lábios junto com o gesto das mãos, por que negar aquele convite?
Levanta, caminha espremido pelas pessoas, segue a silhueta feminina, até as escadas e corredor, desacreditado, bobo com a risadinha divertida que saía dos seus lábios tão convidativos, percebe o quanto se diverte com a ideia de está sendo seguida naquele lugar.
"Gostou de me encarar?" Alfineta, já dentro de um quarto.
"Cê ainda pergunta? Eu não teria te seguido aqui por nada."
"Sabe aproveitar as oportunidades, né?" Vai se aproximando de Jaehyun até ficar perto o suficiente.
"Posso aproveitar mais."
"É?"
"É."
A cintura é rodeada, trás pra mais perto, gosta da sensação que o tecido translúcido causa na pele junto com o roçar das pedrinhas brilhantes. Jaehyun encara os seus olhos femininos, desce para a boca e volta a encarar os olhos, tudo isso de propósito, só pra deixar no ar um gostinho de desejo misturado com ansiedade. Beija com vontade, de forma mais gostosa impossível.
Aproveita a pegada maravilhosa, do quanto vai se tornando urgente e já não aguenta mais beijar só a boca, o Jeong desce pro pescoço, morde, marca, beija ali, sente o desejo crescer e o corpo esquentar.
Prende o corpinho feminino na parede, as mãos grandes saem da sua cintura e sobem até os seios, apertam por debaixo do tecido, desliza o polegar no biquinho durinho, você estremece, deixa um gemidinho baixo escapar, soa como música, uma das melhores. Não deixa barato, apesar do estímulo ainda sente forças pra provocar ele também.
É ainda mais ousada, espera Jaehyun vacilar, põe a mão por dentro da calça moletom que ele usava, expondo o cacete úmido, teve que esconder a satisfação de tê-lo assim.
"Caralho…" pausa a fala, vacila no que ia dizer pois a sensação da sua mão macia o punhetando faz perder o raciocínio."cê é perigosa, princesa."
E talvez fosse mesmo, talvez você gostasse de ter aquela pequena sensação de poder, mesmo que depois tudo fosse pro ralo junto com a postura de marrenta. Cruzou caminho com vários, entretanto, por algum motivo ele era diferente.
Desce e sobe mais rápido, sente a respiração ofegante e o hálito de menta de Jaehyun bater contra o seu pescoço, causa arrepios tão bons, aumenta o tesão. Da boca dele é capaz de ouvir mais alguns xingamentos seguido de um gemido rouquinho, sabia que ele estava perto.
Para a masturbação antes que Jaehyun pudesse gozar, leva os dedos até a boca, lambe alguns, limpando o pré gozo dali.
"Nem tão rápido, amorzinho. A gente acabou de se conhecer."
"Qual foi, linda…"
Admitia para si mesmo que sempre estava fugindo de algo, por isso nunca ficava fixo em algum lugar, passou por tantos lugares que até o inferno podia ser considerado como moradia em algum momento da própria vida. Mas, talvez ali, naquele momento, com aquela garota, com você, Jaehyun tivesse encontrado um motivo pra ficar em Compton mais um pouco.
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀────── 𝒃.
𝙨𝙚𝙡𝙛𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙤𝙡. — 04.
Jaehyun deixa a melodia do disco vagar por toda a sala de estar, troca o vinil de lado na medida que escuta todas as faixas o quanto achar necessário, nunca tinha parado pra escutar Lauryn Hill antes, mas sabia o quanto você gostava e agora era inegável não lembrar de ti.
Sorri, morrendo de saudades. Desbloqueia o celular, vai até seu perfil no Instagram pela primeira vez depois do término, o peito aperta, controla a felicidade em vê que nada mudou, sente uma pontada de esperança quando vê as fotos de vocês dois no feed, cada uma mais espontânea que a outra, mas era fato, a alegria era presente em todas, como pôde ser tão burro consigo mesmo para não perceber o quanto era feliz? As fotos não mentiam.
Por outro lado, se todas elas não estavam excluídas ou arquivadas e continuavam ali no perfil, significava que você ainda não havia aceitado o fim, não era? Cria coragem, pega no celular e com toda confiança que tinha clica no teu número.
Chamada sendo encaminhada.
"O número que você ligou está fora de área ou desligado"
Tudo bem que é madrugada e qualquer pessoa estaria dormindo agora, mas Jaehyun esperava por sua voz, nem que fosse um pouco.
"Eu sinto, eu sinto muito sua falta, linda."
"Perdão por ter demorado tanto, cê não sabe a falta que me faz te ter longe de mim."
Morde o interior da bochecha, aflito, vê perfeitamente a mensagem sendo visualizada, como também vê os três pontinhos, espera por um retorno, mas não o tem, então Jaehyun decide ligar de novo.
── Cê tá me escutando? ── Diz com urgência, mas tudo o que escuta do outro lado da linha é o barulho da TV e sua respiração por longos segundos.
── Não me machuca de novo, não liga pra mim se você vai me comer, dizer coisas horríveis e ir embora como da última vez, eu sofro com nosso fim e não mereço ser feita de escape. ── O timbre calmo não engana o Jeong, porque ele te conhece e reconhece quando sua voz fica embargada pelo choro.
Jaehyun também choraria.
── Eu também sofro, todos os dias eu sofro sem você comigo, eu tava confuso e fui um merda, mas me deixa te ouvir, deixa eu ir aí e te ver, quero falar com você, princesa. ── A linha fica em silêncio de novo, causando maior ansiedade.
── Não demora.
E não iria, Jaehyun foi rápido como um tornado, saiu de casa tão depressa que por pouco não deixou a porta aberta. Pôde perceber a semelhança com o dia que foi te ver na última vez, angustiante lembrar de como aquele cara era tão diferente do que costumava ser realmente. Agora Jaehyun sentia que seria diferente porque algo nele havia mudado, sido libertado, o importante ali não era a si mesmo como sempre foi convencido de que era e sim você, devia a verdade, os sentimentos sinceros e uma explicação.
── Sobre o que você quer saber? ── Pergunta com o intuito de quebrar o silêncio ali.
── Sobre o que eu quero saber? ── Você repete a frase, irritada com o questionamento. ── Já começa assim, Jaehyun?
── Não, olha. Cê tá entendendo errado. Tenho muito o que falar eu só não sei por onde começar, calma. ── Diz mais para si mesmo, passa a mão pelos fios de cabelo, atordoado.
Ao menos te ver o confortava, talvez na mesma medida que machucasse o coração.
── Eu senti sua falta. ── Admite de uma vez. ── Quando você me perguntou naquele dia e eu não soube responder, eu senti sua falta sim, o tempo todo. Não conseguia dormir direito, vivia bebendo, não tocava no meu celular porque eu sabia que ia ficar horas olhando pra suas fotos e me perguntando o que fiz pra ter acabado, mesmo sabendo o que eu tinha feito pra acabar.
── E por que não me contou, Jaehyun? Quer dizer, por que não me contava nada sobre o que sentia?
── Porque expor o que eu sentia me tornava fraco. ── Pausa a frase, Jaehyun respira fundo. ── Era o que eu pensava. Cresci com uma mãe que me proibia de várias coisas, inclusive de ter sentimentos, ela era horrível comigo, cê não tem noção. Então, o primeiro contato com o amor que eu tive veio de você. confundi o que eu sentia e pensei que era interesse, eu ainda tava preso no que minha mãe queria que eu levasse comigo pra sempre e não percebi de verdade o que ter você como minha namorada significa pra mim.
Ao encarar Jaehyun, percebeu o quanto estava sendo sincero, nunca tinha o visto tão sentimental daquele jeito, o olhando nos olhos via que todos os sentimentos vindo dele já não eram mais uma incógnita. Senta no colo dele e o abraça tão forte, matando uma de várias saudades.
Jaehyun a abraça de volta como um tesouro, chora nos ombros femininos como chorou nos de Johnny, estava aliviado.
Havia quebrado um ciclo.
Passa um tempo o consolando, faz carinho nos cabelos dele intercalando com batidinhas nas costas, não liga muito se o moletom está encharcado, na verdade prefere mil vezes o exagero de sentimentos do que a falta dele.
── Eu te amo, se você me der mais uma chance, prometo que nada vai ser como antes, eu quero te fazer feliz e quero que saiba disso todos os dias, sem mais confusões, machucados, nada. ── Jaehyun volta a falar assim que se acalma com as lágrimas.
── Eu também te amo, Jae. Não te quero mais longe, não é pra mim, não sei lidar com a saudade. ── Ri enxugando o rosto tão bonitinho que ele tinha.
── Vamos com calma, ok? Eu quero fazer do jeito certo agora, você merece isso. ──
Concorda, une os lábios em um beijo tão apaixonado quanto o primeiro que deram.
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀────── 𝒃.
"Você está equivocado, Jeong Jaehyun. Acha que sem mim você é capaz de viver sozinho? Você precisa de mim." A voz autoritária gritava da forma mais irritante possível.
Ela era possessiva e maluca, não o via como filho, via como propriedade na qual poderia desferir os piores xingamentos e ordens sobre-humana e ele estaria ali para cumpri-las e escutar calado. Crescer e perceber isso vindo de sua própria mãe era algo triste demais para suportar, mesmo assim Jaehyun suportava.
No fundo, viver com ela até o fim da adolescência e o começo da vida adulta tinha uma razão, era inconformado com o fato de não ser amado e adorado como qualquer filho tinha o direito de ser, sofria porque sabia o motivo desse ódio, não tinha culpa se de alguma forma era tão parecido fisicamente com o pai, ex marido de sua mãe.
"Eu já aguentei demais, vivi como um verme na casa que cresci, ninguém merece passar por isso, Mãe. Você é a pessoa mais horrorosa que eu já convivi" Cospe todas as palavras na cara dela enquanto arruma as próprias malas.
O rosto arde com o tapa estralado, fica estático, havia sido agredido diversas vezes, só que no rosto era a primeira vez.
"Desfaça sua mala e volte para o quarto, se me obedecer posso até pensar em um castigo mais brando. Eu sabia que esses seus amigos não seriam boas influência para você."
"Não caralho. Eu não vou desfazer nada, vou embora daqui e nunca mais vou voltar, você merece sofrer com o fardo de não ter sido nada na minha vida além de um empecilho."
Engole o choro, fecha a mala e a carrega para fora de casa, não quer olhar para trás, sabe que irá se arrepender de agir por impulso.
"Boa sorte então. Tudo o que tenho para lhe dizer é que realmente não volte, você não me dá orgulho em nada, nem foi digno de ter meu amor, não fará diferença longe."
Jaehyun precisava ter escutado cada palavra daquela para ter certeza que seu lugar não era ali, às vezes ter uma mãe não é sinônimo de conforto e confiança como esperava que fosse. Ficou ali até o momento porque esperava ser finalmente amado ou respeitado, fazia de tudo por sua mãe porque sabia que sem ela não teria mais ninguém, no entanto, até quando um coração é capaz de aguentar tanta individualidade? Não sabia, mas para o próprio coração, aquele dia já era o máximo.
"Não preciso do seu orgulho, nem do seu amor. Um dia Mãe, um dia eu vou encontrar alguém que sinta tudo o que a senhora se recusou a sentir de mim, vou ser amado sem precisar desmaiar de cansaço. Você verá."
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── Eu cumpri com o que disse, mãe. Não preciso do seu amor agora e finalmente sou amado, nem tudo é sobre interesse, de uma coisa eu tenho certeza, não quero viver sozinho como você, ter ela em minha vida já é suficiente. ── Jaehyun sussurra solene, observa o mar sem a angústia de antes resolvido consigo mesmo.
── Vai ficar sentado aí ou vem mergulhar logo?!
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sunshyni · 8 days
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não sou santo não
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ღNOTAS DA SUN: ontem eu tava escutando “Santo” do Jão e brotou esse plot na minha cabecinha pensante. Me inspirei também em “Surpresa” do Gaab, então pode-se dizer que esse é o primeiro texto daquela série “Haechan + músicas do Gaab” que eu acabei de inventar KKKKKK
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ღAVISOS: tá um teco sugestivo, br!au mais especificamente teatro municipal do RJ (tá orgulhosa, mamãe @moonlezn??? KKKKKK), Haechan sendo um grande gostoso e acredito que seja isso!!!
BOA LEITURA, docinhos!!! ♡
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não me ponha no altar, que eu sou meio desonesto
– Você tá bem? Parece trêmula – Jeno tocou seu queixo com os dedos, virando sua cabeça para a direção dele, você focalizou os olhos no bailarino à sua frente que cobriu as suas mãos com as palmas maiores dele – Tá assim por causa dos olheiros ou a sua preocupação tem nome e sobrenome, e sorriso fácil?
– Eu não gosto de ficar com assuntos pendentes prestes a ser protagonista de um espetáculo tão importante pra minha carreira, Jeno.
– Te avisei que se envolver com ele resultaria nessa mesma historinha.
Não era à toa que Lee Jeno era o seu parceiro nos palcos, ele conhecia seus movimentos dentro do balé e também conhecia sua mente muito melhor até que quem te colocou no mundo, tratou de deixar explícito que se relacionar com Lee Donghyuck seria como se banhar nas praias do Rio de Janeiro com um sol escaldante aquecendo o corpo e a alma, mas assim como toda estação do ano, o verão tinha começo, meio e fim, e o fim era inevitável.
– Tá bom. Esfrega na minha cara que você tava certo desde o início – Você se ouviu dizer, os olhos começando a arder com a anunciação de lágrimas que seu corpo tentava a todo custo conter, lembrar de Haechan, da conexão que tiveram desde que se encontraram pela primeira vez no último banco da igreja, numa quarta-feira cinza anual, fazia seu coração diminuir e doer dentro de si. Sentiram a textura e o sabor dos lábios um do outro naquela metade da semana mesmo, quando o Lee te beijou na orla da praia, tocando seu rosto com leveza e delicadeza como ninguém havia feito antes.
Faziam balé juntos, mas quase não se tocavam nos ensaios, após eles, saíam para algum barzinho próximo dali ou simplesmente optavam pela varanda do seu apartamento, onde poderiam relaxar achegados um no outro ao som de algum vinil enquanto assistiam aquela troca de personagens habitual, em que o sol se despedia para a lua entrar em cena. Você só não esperava que Donghyuck fizesse o mesmo, desaparecesse, desistisse do seu esplendor sem nem ao menos se despedir da sua platéia, vulgo você.
– Falando no diabo... – Jeno soltou as suas mãos que começavam a transpirar, pelo nervosismo para a apresentação e também porque sabia quem estava atrás de você, segurando uma única peônia solitária, os cabelos naquele aspecto natural que você era completamente gamada, os olhos brilhantes feito duas bolinhas de gude, a maquiagem suave ressaltando toda a sua beleza, as pintinhas que em hipótese alguma deveriam ser encobertas te deixavam com vontade de desbravá-lo mais uma vez como um náutico.
Você tinha mais do que consciência de que idolatria era um pecado, mas você poderia facilmente adorá-lo num altar, e não fazia ideia do que era preciso para parar de venerá-lo com todo corpo e alma.
– Lembrou que eu existo depois de duas semanas me ignorando? – Esperava que tivesse conseguido pronunciar aquela indagação de forma firme, mas alguma coisa te dizia que você havia tropeçado nas palavras. Dispensou a flor que ele te oferecia com um gesto de mão, com medo de tocar o caule e encostar nos dedos dele no processo – Não aceito presentes antes do espetáculo.
– É por isso que essa é do buquê que vou te entregar depois – Donghyuck justificou, deixando a flor em qualquer lugar para segurar seu pulso e te impedir de sair andando sem arrependimentos, ele te olhou nos olhos, depois desviou o olhar estrelado, sem saber como começar, como se expressar com dizeres, afinal ele sempre fora melhor na arte do toque – Conversa comigo. Não tô pedindo pra você me perdoar por ter te dado um gelo, só tô te pedindo por uma chance pra eu me explicar.
A mão de Haechan desceu do seu pulso, sentindo os seus batimentos cardíacos que evidenciavam o quanto ele mexia com a sua estrutura, para o centro da sua palma e finalmente seus dedos gélidos e os dedos quentes dele se encaixaram. Donghyuck te levou embora dos bastidores, mesmo que a apresentação começasse dali uns 12 minutos e você fosse a Julieta e ele, Benvólio, primo de Romeu.
– 'Cê lembra do que me disse quando a gente se beijou pela primeira vez? – Você afastou uma mecha levemente ondulada do rosto dele, o que serviu como um convite para que ele soltasse a sua mão e encaixasse a própria na sua cintura. É claro que se recordava do que havia sussurrado para ele no calor do momento e com medo de se ferir, depois de ter passado por um término complicado e delicado – Disse que eu te perderia se me apaixonasse.
– Isso ainda não explica o seu sumiço depois da gente...
– Depois da gente ter transado? – Você cobriu a boca de Haechan no mesmo milésimo de segundo que ele deixou escapar a questão, não era como se as pessoas já não soubessem que vocês estavam juntos e se distraiam um com o outro há meses, no entanto parecia falta de profissionalismo falar sobre aquilo no ambiente de trabalho. Donghyuck afastou sua mão, beijou os nós dos seus dedos e sorriu, aquele sorriso fácil que Jeno havia comentado antes, que chegava aos olhos e iluminava o rosto lindamente – Que foi? Ninguém pode saber que a gente fez amor e que foi perfeito?
– Escuta o que eu quero te falar. Eu não me apaixonei por você, fiz pior – Seu peito subia e descia numa velocidade que provavelmente não indicava saúde e sim a falta dela, quando Donghyuck encostou a testa na sua e você só pôde e só teve forças para admirar as pupilas que se expandiram e as íris se reduziram a um arco finíssimo castanho escuro – Eu te amo.
– Caralho, eu te amo – Ele repetiu a confissão, como se a frase resumisse tudo que estava sentindo por você, e realmente foi a única junção de palavras que uniu tudo que ele queria dizer com as outras milhões de frases que formulou na cabeça muito antes de te ter nua nos lençóis – Deixa eu te mostrar o quanto eu te amo, deixa?
– Se afastou de mim porque não queria me perder? – Haechan te beijou de leve, unindo os seus corpos quando enlaçou sua cintura de fato, uma das mãos a acariciar o seu rosto. Você sorriu em reação às cócegas que ele provocou ao cariciar o lóbulo da sua orelha entre o indicador e o polegar.
– Prefiro te observar de longe do que te perder – Ele afirmou confiante – Só, só me namora, pelo amor de Deus.
– Benvólio deveria ser tão impaciente assim? – Donghyuck revirou os olhos com a sua brincadeira e te beijou pra valer, pressionando o corpo no seu enquanto segurava sua nuca com firmeza, o dedão num carinho lento na sua garganta que te fazia perder a estabilidade nos joelhos.
– Não me olha nos olhos em cima daquele palco – Haechan estreitou as sobrancelhas docemente – Todo mundo vai perceber que Julieta Capuleto e Benvólio Montéquio estranhamente têm química.
Haechan chupou de leve o lóbulo da sua orelha, alí, a vista de todo mundo, sem vergonha alguma, ao contrário de você que sentiu as bochechas se esquentarem e provavelmente atingirem a cor púrpura. Se divertindo e muito com o seu constrangimento, ele sussurrou, os lábios rosados e inchadinhos roçando suavemente na sua pele.
– Infelizmente, vou ter que ser o Benvólio talarico então.
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@ sunshyni. Todos os direitos reservados.
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waddei · 11 months
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Tommy’s insides shrivel up like a paper crane in an unforgiving fist, while Theseus muses, with his eyes in crimson afterglow and a fur-trimmed cloak bathed in maroon, whether he looks like Techno or a monster of an entirely different kind.
from butterfly reign by @tuesday-teyz
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anonymous-dentist · 8 months
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mmmaybe something about bad romance!bagi? or the maybe the demon king celbit thing
Rumor has it the Demon King eats souls. He tears flesh from bone and eats it raw and sometimes even with salt. He tears the heads off of babies and uses them as footballs.
Today, the Demon King is hiding from his Demon Advisor in his library because he doesn’t want to go to work.
“Maybe Melissa would be willing to hide me,” Cellbit muses.
Roier coughs. “She’s busy.”
Cellbit’s cute little demonic cat ears flatten in disappointment. He moans in despair and drops his head onto Roier’s shoulder, audibly smiling as Roier puts an arm around him and teasingly coos at him.
“Aww, poor gatinho,” Roier pouts. “Maybe you should’ve been the one kidnapped instead. Melissa is very happy about not having to actually do any royal duties or anything.”
(Honestly, it’s been the best vacation Roier has ever gotten.)
Cellbit shakes his head sadly. “Someone has to be in charge.”
“Let Forever do it. He’s basically running the realm for you, anyway.”
Because he is, really. Cellbit hasn’t exactly told Roier to his face that he’s the Demon King yet, but Roier’s been sneaking around the Demon Castle long enough to know that the role of the Demon King is more of a figurehead than an actual ruler. There’s the Demon Advisor, Forever, and then there’s the Demon Council, and then there’s whatever in the hells Felps does in the castle as the Demon Cleric.
Cellbit considers. He considers so much, in fact, that he wraps his arms around Roier’s middle and starts pressing sweet little kisses to the joint between Roier’s shoulder and his neck.
Roier squirms happily. He’s considering, indeed!
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mcflymax · 8 months
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DOAÇÃO - Na Vitória e Na Derrota
♡ Jennie & Rosé - Blackpink ♥ status da capa: indisponível ✖ Copie. ✔ Se inspire!
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moonlezn · 11 months
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Jo Malone & Pinot Noir
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chenle x leitora gênero: fluff; friends to lovers. Chenle reconhece que ser amigo de infância teria suas vantagens: te conhece bem, sabe como te agradar e te faria feliz como ninguém; no entanto, até hoje a confissão está presa na garganta.  mlist wc: 1.2k a/n: essa aqui nasceu de um devaneio caótico com a @ncdreaming​. eu sou lelé pelo chenle. ele não queria parecer emocionado, mas falhou, viu? espero que gostem. :)
você: po aí 
você: nem p apresentar né
você: os de vdd eu sei quem são
Chenle revirou os olhos ao ler tuas respostas ao seu mais novo story, que contava com a menção ao instagram de mark, seu colega da faculdade. Foram almoçar juntos antes de iniciar um projeto cuja data de entrega se aproximava, e resolveu postar pra registrar o momento descontraído do outro. 
Sentiu seu interior borbulhar de ciúmes e respondeu com um emoji de sobrancelha levantada, sem coragem de falar a verdade. Quando o assunto era você, o chinês de confiança quase inabalável perdia a postura. Ele reconhecia que ser amigo de infância teria suas vantagens: te conhecia bem, sabia como te agradar e te faria feliz como ninguém; no entanto, até hoje a confissão estava presa na garganta. 
Nos últimos meses, esse lance tinha tomado proporções intoleráveis, e o menino começou até a evitar sair com você para festas, pois odiava ver o tanto de babaca que te dava mole. Era agoniante perceber seus risinhos forçados, acompanhados dos carinhos sedutores nos ombros de um qualquer… detestava ficar passando vontade.
Abrindo o arquivo, viu você acompanhada de Jaemin e Hyuck, no supermercado. O último escondeu o rosto com um hangloose e deu uma risadinha, enquanto o primeiro só tirou os olhos do celular pra fazer um biquinho e exibir uma piscadela. 
você: chama ele p hj
você: o jaemin disse q n liga
você: [vídeo]
Chenle xingou os amigos mentalmente. amigos da onça, isso sim. Os dois estavam bem cientes de como ele te enxergava, ainda assim deixariam um pseudo interesse amoroso, parceiro dele, ir na resenha e possivelmente pegar a mulher que queria para si?
Inspirou fundo, contou até dez, e a irritação momentânea passou. Recobrando a sobriedade, decidiu-se: essa enrolação acabaria hoje mesmo, no bendito jantar – para qual não convidara mark, obviamente. 
Despedindo-se do colega após finalizar a tarefa, entrou na X6 e suspirou pesado, jogando a mochila no banco do carona. Precisava bolar um plano de ataque. Caso chegasse na casa de Jaemin despreparado, a coragem repentina poderia evaporar.
Dirigiu calmamente pela cidade, necessitava colocar a cabeça no lugar e pensar em como chegaria em você. Tinha receio de parecer emocionado, mas, principalmente, não queria assustá-la. Com todo o estresse atrelado à tentativa de esconder os sentimentos, ele nunca se permitiu reparar o tanto que te queria. Como seria bom se vocês ficassem, puta merda. Agora vislumbrava com clareza o quanto era doido pra te ter assim; pretendia, todavia, fazer tudo com calma e deixar que você se ajustasse a ideia de vocês dois juntos. 
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Chenle não mediu esforços para se apresentar bem. Teriam apenas uma noite de pizza e vinhos, então seria desnecessário, e suspeito, usar peças mais refinadas; sabia, porém, como suas roupas casuais mexiam contigo. Vestiu-se de forma simples, all black, dando o toque final com teu moletom favorito dele, além do Jo Malone que também gostava – sempre elogiava seu cheiro. Dando-se por satisfeito, partiu em direção a tua casa, que não era longe dali. Haviam combinado a carona uns dias antes, você não precisou insistir pra que ele aceitasse.
“Tá cheiroso, Lele.” Disse ao entrar no carro, inclinando-se para depositar um beijinho carinhoso na bochecha do rapaz, que torceu o rosto bem a tempo do canto da boca roubar o contato. 
“Valeu, gatinha.” Sorriu trêfego, mesmo esforçando-se para fingir que nada tinha acontecido. O rubor na tua face acabou camuflado na meia-luz da bmw, e ele deu partida, retomando o caminho até o destino. 
Rapidamente chegaram, e o jovem se preparou para estacionar o carro largo numa vaga complicada, mas bem em frente à casa de Jaemin. Tirando o cinto de segurança, apoiou o braço direito no banco do carona e virou o pescoço pra trás. Sua mão esquerda se mantivera no volante, conduzindo facilmente. Teus olhos acompanhavam cada movimento, observando o cabelo desalinhado, a mandíbula definida e o pescoço exposto... tão lindo.
“Teu carro não tem câmera traseira?” Indagou rindo fraco, não imaginava que o chinês fazia de propósito. Ele bem sabia que julgava o ato atraente. 
“Que mané câmera, bebê.” Deixou o apelido escapar. “O pai sabe o que tá fazendo.” Completou, parando o automóvel com sucesso. “Tá maluco, sei muito!” 
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Mirando-se no espelho do banheiro, percebeu os lábios arroxeados pela bebida que lhe deixara leve. Tô meio alegrinha, concluiu para si mesma. Saindo do cômodo, notou o corredor escuro e logo franziu o cenho. Jurava que a luz estava acesa antes de entrar ali. 
“Procurando alguma coisa?” Surpreendeu-se com a voz mansa do melhor amigo, que enlaçou as mãos na tua cintura, sem permitir que o visse de frente. 
“Não, eu tava…” Ele pousou o queixo sobre um dos teus ombros, o bendito perfume atingiu teus sentidos e te impediu de racionar. “sei lá, nem lembro.”
“Vamo’ ali rapidinho?” Sinalizou com a cabeça, mas pegou teu dedo mindinho com o próprio, te conduzindo para entrar na varanda iluminada somente pelo luar. 
Chenle entrou primeiro e te observou cerrar a porta balcão. Sentou-se em um dos bancos altos e te trouxe para mais perto de si, posicionando-a entre suas pernas. Levantou uma de suas mãos para acariciar tua bochecha macia, fixando os olhos nos teus, em total silêncio. Você não se reconhecia capaz de desviar o olhar, e muito menos de se afastar do menino para voltar pros amigos. As conversas abafadas no andar de baixo já não eram mais importantes. 
Com toque sedutor, dedos cálidos seguiram até tua nuca, aproximando os rostos mais um pouquinho. Questionava-se se o tempo estava passando mais devagar, ou se Chenle mexia-se com lentidão. A verdade era que ele não queria que aquilo fosse imaginação, nem que terminasse.
Você apertou as pálpebras pesadas, então Lele aproveitou para afagar a ponta do teu nariz com o próprio. Estavam tão perto, isso estava te matando. Ele não tinha pressa alguma, testaria teus limites somente por provocação; não previu, entretanto, que você tomaria iniciativa.
“Me beija, Lele.” Declarou num sussurro suplicante, completamente envolvida.  
“Posso?” A voz grave perguntou baixinho. Não te beijaria sem uma resposta, mas, te esperando, não resistiu roçar delicadamente os lábios. 
Com isso, atingiu teu máximo. Capturou os lábios carnudinhos dele nos teus com paixão, e descobriu que era muito superior ao que já havia fantasiado. Beijavam-se vagarosamente, o gosto de lar e Pinot Noir nas línguas desfazendo qualquer pudor restante. As digitais acariciando teu quadril te incendiavam, enquanto as outras ainda te guiavam pelo pescoço; as suas, ora agarravam com força o capuz, ora os braços musculosos. 
“Duvido que outro te beijaria assim.” Murmurou no selinho demorado, como se te confiasse um segredo. Estava entorpecido não mais pelo vinho, mas por você. Como não recebeu resposta, afastou-se minimamente e indagou: “Fala pra mim. Quem, hm?” Mordiscou o lábio sensível.
“Só você, Lele.” Mal compreendia a própria fala, só ansiava voltar a beijá-lo. E o fez.
Contudo, ouviram um burburinho bem próximo da varanda. Exigiu muito de Chenle se separar de você e fazer de conta que estavam apenas trocando uma ideia esse tempo todo. 
“Vocês est��o bem?” Hyuck estava debruçado na porta, inclinando a cabeça para dentro da varanda. “Geral já tá indo embora.”
“Sim, sim, já vamo’ descer.” Você anunciou, admirando as unhas recém feitas, disfarçando o melhor que podia. 
Assim que o moreno fechou a porta novamente, você e chenle trocaram um olhar arteiro e reprimiram as risadas baixas, querendo discrição. Ele depositou vários selinhos cheios de carinho entre os sorrisos, sem acreditar que quase haviam sido pegos. 
A volta pra casa foi diferente, definitivamente. O polegar do chinês afagando sua coxa ao dirigir, e os risinhos ao se olharem nos sinais vermelhos, e a despedida prolongada dentro da X6 denunciavam: não importava quanto tempo havia passado, eles tinham apenas acabado de começar. 
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zarry-fics · 4 months
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Sempre foi você | Harry Styles [parte dois]
avisos: uma angústia "leve", brigas e um possível uso de palavrões, linguagem agressiva.
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S/N não me deu nenhuma resposta.
Ou melhor... Talvez eu não a tenha deixado me dizer nada, porque queria que ela pensasse sobre tudo o que eu falei. E isso foi o que ela queria, sei que gostou de me ouvir pedindo para que não falasse nada por enquanto... Ela estava em choque, sem palavras. Me encarava como se estivesse extremamente assustada. ── Veja... Eu preciso ir embora. Depois conversamos.
Eu sorri minimamente para ela e quando me afastei, lhe dei as costas para que pudesse caminhar até a porta. ── Vou acompanhar você até lá fora, Harry. Eu... Quero fazer isso. Por favor.
Não me opus a esse pedido.
Nós dois caminhamos juntos para fora do apartamento dela. O clima estava bem pesado, ambos calados; no elevador, eu podia ouvir a sua respiração pesada, como ela estava tensa somente por estar aqui comigo, eu sinto isso. ── Eu não queria te assustar, S/A. Falei tudo aquilo pois quero que esteja claro os meus sentimentos, não só para você, mas para mim também... Porque, mesmo que seja difícil acreditar, eu também estou muito confuso em relação ao que eu sinto e não é de agora.
── Está tudo bem, Harry. Eu entendo. ── ela me olhou finalmente e sorriu. ── Você não precisa se preocupar, ── ao dizer isso, colocou a sua mão na lateral do meu rosto e acariciou a minha bochecha. Havia algo diferente em seu olhar quando o fitei e analisei-o por um segundo. ── Não estou assustada, querido.
Nos afastamos quando as portas do elevador se abriram e já demos de cara com duas mulheres que estavam querendo entrar também. Elas olharam diretamente para mim e foi notório o choque no rosto das duas. Mas eu segurei a mão de S/N e a puxei para fora do cubículo metálico, uma reação impulsiva que acabei refletindo depois, me sentindo um pouco mal por transparecer que estava evitando aquelas duas que poderiam ser fãs.
Mas eu estava tão perturbado que não pensei nisso no momento. Com certeza, o medo de levar um fora da minha melhor amiga foi maior... Porque, se caso acontecer, eu sei muito bem que a nossa amizade nunca mais será a mesma.
E eu jamais me perdoaria por algo assim.
Do lado de fora, enfiei uma das mãos no bolso para puxar a chave do meu carro. Assim que o destravei e comecei a caminhar mais depressa em sua direção, ouvi a voz de S/N. ── Harry! ── ela chamou e quando olhei para a mesma, a vi caminhando bem depressa para chegar mais perto de mim.
Abri a boca para falar algo, mas não pude fazer isso. Mais uma vez, ela me abraçou e suspirou, profundamente. ── Você não me assustou. Eu só estou confusa também... Mas quero mesmo que possamos nos entender, ── nos afastamos e eu a olhei nos olhos. ── Harry, eu te amo muito. Você sempre foi a melhor pessoa para mim, sabe o quanto eu esperei para te ouvir me dizendo essas palavras?!
Sorri com mais vontade dessa vez. Ela foi aproximando seu rosto do meu, e eu senti meu coração parando de bater por um segundo, achei mesmo que ela me beijaria e não sabia nem como reagir, mas não me movi. Não sou bobo.
Entretanto, para a minha decepção, S/N não me beijou, pois o carteiro nos interrompeu. ── Srta. S/S, tenho uma correspondência destinada à você! ── ele disse em alto e bom som, o que a obrigou a se afastar de mim.
── Vá, H. Depois conversaremos melhor. ── e com um sorriso, eu a deixei. Com o coração quentinho... Porque de repente, eu fiquei cheio de esperança.
Talvez possamos ser aquele "algo" que eu sempre desejei.
Como nem tudo nessa vida dura muito, assim que cheguei na minha casa, minha alegria se dissipou quando eu encontrei-me com Nora. Parecia que ela já estava me esperando. ── Harry, meu Deus! Onde você esteve?! ── ela perguntou, assustada. Se jogou em meus braços e me abraçou, beijando o meu pescoço inúmeras vezes. ── Meu amor, eu senti tanta saudade, eu... Me perdoa! Me perdoa por ter brigado com você, nunca foi a minha intenção, eu-
── Nora, por favor... Você está me machucando. ── resmunguei, tentando a tirar de cima de mim.
── Oh, meu amor... Me desculpa. Eu só... Querido, só estou preocupada com você. Não me ligou durante a noite, eu deixei várias mensagens, ligações e você não me atendeu, não me retornou. Como eu deveria me sentir a respeito disso?!
Ela continuou me fazendo várias perguntas, mesmo que eu demonstrasse claramente não estar afim de responder nenhuma delas. Todavia, Nora adora ser inconveniente. ── Precisamos conversar. ── eu falei, tentando até mesmo evitar olhar nos olhos dela. Não sei, talvez eu acabe perdendo a coragem.
── Quer brigar mais, Harry? ── indagou-me, de fato se afastando. Ela até colocou as mãos na cintura e me olhou com os olhos semicerrados. ── Porque eu já me cansei de brigas! Certo, eu errei e pretendo nunca mais-
── Você não entende, Nora. Isso não está mais dando certo e não é nem a questão de eu querer brigar com você, eu só não suporto mais me manter preso em algo que não evolui, que não me traz felicidade! ── eu a interrompi, dessa vez olhando no fundo de seus olhos sem ao menos desviar por um segundo. Perdi completamente a paciência! ── Sempre vamos acabar discutindo sobre a mesma questão e eu quero parar. Já estou ficando velho, poxa, eu já tenho 30 anos! Não quero mais viver brigando, não quero viver sempre indo para lá e para cá, tentando evitar uma briga pior contigo, tentando não falar algo que possa lhe machucar enquanto você faz isso repetidas vezes. Toda esta merda está me cansando muito e eu sei que está cansando você também.
Falei tudo isso e já senti um nó se formando em minha garganta. Daria tudo o que eu tenho para não precisar estar passando por essa situação, não precisar destruir o coração de Nora, mas o meu já está destruído há muito tempo, eu não posso continuar me permitindo viver assim. ── O que você quer dizer com "isso", Harry? A gente? Você está rompendo comigo? Com um casamento de anos? ── ela questionou, seu tom de voz aumentava a cada frase e não foi possível manter-me neutro. Lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos.
── Me escute, Nora...
── Não, você está cuspindo em tudo o que a gente viveu e não está se importando com os meus sentimentos! Por que você está fazendo isso comigo? ── ela também começou a chorar. Seu celular começou a apitar, indicando várias notificações e ela não demorou a pegar o aparelho, checar quem estava lhe mandando essas mensagens.
── Estamos tendo uma discussão séria aqui e você vai mexer no celular? Pelo amor de Deus, Nora! ── agora fui eu quem aumentei minimamente o meu tom de voz, mas ela ergueu o dedo indicador, como se me pedisse para ficar em silêncio; sua expressão se tornou indecifrável e isso me trouxe um desconforto ao estômago.
Novamente!
── É por causa dela que você está acabando com o nosso casamento? ── questionou, apontando com a cabeça para o seu aparelho celular. Logo virou-o na minha direção e foi aí que eu vi fotos em que eu estava do lado da S/N, hoje mesmo, mais cedo.
── Ah, que ótimo! ── eu murmurei para mim mesmo, passando a mão nos cabelos, muito nervoso. ── Nora, precisamos conversar. Largue esse celular e me escute pelo menos uma vez na sua vida. Eu entendo que não é fácil para você e eu odeio estar magoando os seus sentimentos, mas-
── Você odeia estar magoando os meus sentimentos? Como assim? Você não parece odiar enquanto joga na minha cara que não me quer mais. E tudo por causa dessa vagabunda que só quer acabar com a nossa vida. Você não entende, Harry? ── ela gritou, sem se controlar. Mas eu precisava me controlar, por isso mesmo puxei com força o ar para dentro dos meus pulmões, uma vez que não queria incomodar os vizinhos, não queria que os paparazzis tivessem mais merdas para falar sobre mim.
── Não fale desse jeito com a S/N, Nora. Pelo amor de Deus! ── rebati, meio desesperado. Sinto meu corpo esquentando por causa do estresse que sinto. A cada dia que eu adio esse momento, fico ainda pior. ── Eu amo essa mulher. Que droga, eu a amo desde que a conheci. Eu venero esta mulher que você tanto odeia desde o momento em que coloquei os meus olhos nela pela primeira vez! E é por isso que eu estou terminando o nosso relacionamento. Não é por causa da S/N, é por mim... Porque eu a amo tanto que não suporto mais viver num casamento em que não há amor! Porque eu amo outra pessoa e não quero continuar te enganando... Não posso continuar fingindo que te amo, não posso continuar fazendo amor com você enquanto eu a vejo no seu rosto. Eu simplesmente não posso.... Sei que estou sendo horrível, mas céus, eu não consigo me conter. Não aguento mais guardar isso para mim!
Mais lágrimas escorreram do meu rosto e até um soluço escapou de minha garganta. A situação foi se agravando cada vez mais, porque mesmo que seja difícil para ela acreditar em mim, eu estou me odiando por fazer isso. Se o tempo voltasse atrás eu jamais teria me envolvido com ela para tentar magoar a S/N. Nunca! Mas eu era imaturo demais para perceber a merda que estava fazendo comigo e com uma inocente. ── Eu tentei, Nora... Juro que tentei ser bom o suficiente para você. Juro que tentei esquecê-la, eu tentei de tudo mas não consigo. Eu não consigo... S/N não sai da minha cabeça, por todos esses anos eu a amei em silêncio e imagine que agonizante foi para mim viver assim. Foi ainda pior porque eu estava te enganando, eu confesso que me odeio por isso. Você é uma mulher incrível e eu desejo tudo de bom na sua vida, mas meu amor... Não tenho mais como manter esta farsa, não quando tudo o que eu mais quero é viver com S/N, a mulher que eu sempre amei.
Ela arregalou os olhos e os notei vermelhos... Estava em prantos também. ── Me perdoe. Me perdoe por tudo o que eu te fiz passar, me desculpe por te obrigar a viver numa farsa comigo. Mas agora eu estou te liberando para seguir com a sua vida, seguir a sua vida, quem sabe, com o Bryan, que é o homem que você tanto amou na sua adolescência. E não adianta você tentar mentir para mim dizendo que o superou, porque ele foi o seu primeiro namorado e é óbvio que você nunca o esqueceu. ── ela negou com a cabeça, se afastando mais de mim. ── Não quero entrar em guerra com você, até porque você foi a minha esposa por muitos anos. Eu te respeito demais, Nora. Então, por favor... Facilite para nós dois e não me faça te odiar. É só isso o que eu peço.
── Você acha mesmo que tem direito de exigir algo de mim depois de tudo o que me fez? Depois de toda essa humilhação a qual me submeteu? E ainda falar do Bryan?
── Eu sei que não tenho o direito de exigir nada de você... Por isso mesmo só estou lhe pedindo, educadamente. Jamais vou tentar impor alguma coisa a você depois de tudo. Vamos nos resolver de maneira pacífica, você sabe que não precisamos brigar mais. Eu só quero poder estar com a S/N sem culpa, Nora. É só isso. ── ela chorou mais ao me ouvir.
── Você tem dormido com ela? ── perguntou, amargamente.
── O quê?!
── Você me ouviu, Harry. Transou com a S/N?
Respirei bem fundo antes de a responder:
── Não, eu não transei com ela. Nunca. ── falei, baixo. ── Não faria isso com você, eu-
── Ah, não fode! Não me vem com esse papo merda, você já me destruiu, não precisa mentir mais ainda. ── interrompeu-me furiosa, e tomei um grande susto quando ela passou as mãos rapidamente pelo balcão e derrubou os dois jarros de tulipas que havia ali em cima. ── Vou perguntar só mais uma vez e espero que você seja sincero... Transou com a S/N ou não?!
── Porra, Nora. Eu não transei com ela, caralho!
── Por que está se alterando? Você por acaso está mentindo?
── Não, Nora. Eu não estou mentindo, eu só estou estressado pelo fato de você estar me pressionando a falar algo que não fiz. Até parece que você queria ouvir uma resposta positiva!
Ela sorriu sem humor. ── Olha, quer saber? Foda-se essa merda. Quem não te quer mais sou eu. Se era o divórcio que você queria, então terá; aí poderá ser feliz com a sua amiguinha de merda. ── dito isso, ela saiu andando rapidamente até o nosso quarto. ── Não venha atrás de mim. Vou arrumar as minhas malas e estarei saindo desta casa em seguida. E depois, não quero mais falar contigo, meu advogado tomará a frente disto e prosseguirá com os trâmites para o nosso divórcio.
Eu não sei o que Nora esperasse que eu fizesse, mas não a segui. Estava me sentindo culpado o suficiente, e à essa altura só pedia que ela não resistisse e facilitasse para mim. Que fosse embora de fato.
• • •
~~ alguns dias depois
Nora foi embora e não me procurou mais. Confesso que fiquei aliviado por isso... Mas mesmo que ela não estivesse me torturando por eu ter agido de forma covarde ao respeito dela, a internet estava fazendo isso pela mesma. Várias manchetes, matérias saíram nesses dias que sucederam o nosso divórcio, não conseguia nem pegar o celular tamanho o desgosto que sentia.
Recebi uma ligação do advogado dela e o mesmo até marcou uma reunião para conversarmos a respeito do divórcio. É em uma semana, e eu já estou me preparando mentalmente para este dia.
Não falei com mais ninguém, tampouco com S/N. Não tinha coragem o suficiente.... De repente, me senti uma merda de ser humano.
Sentado no sofá, eu estava com o olhar fixo na televisão à minha frente. Meus olhos começaram a pesar repentinamente e eu acabei pegando no sono, sem nem perceber.
Acordei com uma movimentação na minha sala, o que me fez entrar em estado de alerta. Até que S/N apareceu na minha frente, com uma expressão nada boa. Todavia, este detalhe sequer me chamou tanto a atenção, até porque fiquei mais entretido em olhar para o seu corpo... Ou melhor, a forma como estava se vestindo. Ela está maravilhosa.
Está com roupas mais quentes, o que quer dizer que hoje Londres amanheceu mais fria. ── Pelo amor de Deus, Harry. Você está acabado! ── resmungou, me olhando com certo desgosto. ── Já faz quanto tempo que não sai desse sofá? ── perguntou, mas sequer me esperou responder. ── Ah, quer saber? Eu acho que já faz tempo. Você não atende as minhas ligações!
── Me desculpe, mas eu-
── Você me deixou extremamente preocupada. O que está sentindo? Está passando mal? ── fez as perguntas e já se aproximou, tocando meu pescoço para sentir minha temperatura corporal.
── Como entrou aqui? ── indaguei, de fato curioso. Até porque não lembro de ter dado a ela uma cópia das chaves.
── Isso importa? ── assenti. Não importa muito, até porque eu gosto da presença dela... Mas ainda quero saber como conseguiu entrar. Nora deixou as chaves dela, então não existem quaisquer possibilidades de ela ter dados as chaves à S/N. ── Bom, a sua mãe me deu a cópia da chave, fui até a casa dela. Porque eu, de fato, estava preocupada com você, Hazz.
── Eu sinto muito, mas estou me sentindo indisposto. Não tô muito bem...
── Quer conversar sobre isso? ── ela foi prestativa e cuidadosa ao me perguntar; eu encarei seus olhos e sorri minimamente.
── Você sabe muito bem o que eu fiz. Não preciso repetir.
── Tá, mas você não está feliz com essa decisão? Acha que errou?
S/N estava com medo da minha resposta. Pude perceber isso pela forma como seu olhar pesou sobre o meu, como a sua testa se enrugou, curiosa para ouvir a minha resposta.
Mas eu não me arrependeria... Poderia até acontecer, porém, se eu não tivesse pedido o divórcio e ainda estivesse preso à Nora enquanto amo esta maravilhosa mulher que está na minha frente.
── Eu não errei em pedir o divórcio à Nora. Só me sinto culpado por tê-la magoado, e também... Você já viu as notícias? Estão acabando comigo. ── bufei ao falar essa frase. Não quero imaginar o que estão dizendo sobre a minha pessoa por aí... Caso contrário, me sinto ainda pior. O que eu vi já me deixou mal o suficiente.
── Não era você que não se importava com o que os outros pensam ao seu respeito? ── indagou ela, se afastando mais de mim. ── Harry, querido... Levante-se daí e vá tomar um banho, você está acabado e cheira mal. E não permita que a opinião de pessoas que você ao menos conhece interfira na sua vida dessa maneira. Só você sabe o que estava passando, só você sabe o que é melhor para você. Um dia seus fãs entenderão isso e se não entenderem... Não importa!
As palavras dela me confortaram — surpreendentemente. Talvez pela forma como tenham soado ao sair de seus lábios macios, ou talvez por ser ela a me dizer tudo aquilo. Talvez eu estivesse esperando que a própria S/N viesse até mim me dizer palavras de conforto para que eu possa me sentir bem e seguro, para que eu possa sentir que devo seguir em frente, que a decisão que eu tomei foi a correta.
── Obrigado por vir, S/A. Obrigado por se preocupar comigo. Eu te amo muito... ── quando falei a última parte, ela me olhou assustada e as suas bochechas ficaram vermelhas no mesmo segundo. Foi uma cena tão fofa que se tornou impossível não sorrir minimamente.
── Eu também te amo, Styles. Agora vai tomar um banho... Vou preparar algo para você comer. Seus lábios estão pálidos, você não parece nada bem.
Quando ela pediu mais uma vez por isso, eu finalmente atendi a este pedido e me levantei, rumando para o banheiro. De fato, eu preciso de um banho... Desde que Nora foi embora eu me sinto perdido, não pela falta dela, mas pela culpa. Me sinto extremamente culpado por magoar não só ela, como a mim mesmo e à S/N. Tudo por causa do meu orgulho e de meu egoísmo. Jamais deveria ter me comprometido com uma mulher que não sinto nada somente para magoar a que eu verdadeiramente amo.
E ainda me torturei por ter usado as palavras que usei para romper com o nosso casamento. Mas não pude me conter... Eu sabia que tinha de ser sincero para que Nora me entendesse de uma vez por todas.
Tirei as minhas roupas, entrei embaixo do chuveiro e fiquei ali por um bom tempo, sentindo a água escorrendo por minhas costas, por todo o meu corpo até rumarem para o ralo no chão. Aos poucos, fui sentindo a tensão em meu corpo deixando-me e isso me aliviou muito. Suspirei profundamente, passando a mão nos cabelos.
Usei os primeiros produtos que encontrei para lavar o meu cabelo e assim que encerrei o meu banho, me apressei a vestir uma roupa. Queria estar com a S/N, meu peito arde pela ansiedade de poder, finalmente, tê-la comigo, para que possamos nos entender.
Da maneira correta desta vez.
Borrifei um dos meus melhores perfumes em áreas estratégicas do meu corpo e quando acabei, saí do meu quarto. ── Ahaa, sabia que você ficaria bem melhor depois de tomar um banho! Consigo até ver um sorriso nos seus lábios... ── ela comentou sorrindo muito, me olhando de uma maneira brilhante.
Ah, se soubesse que o meu verdadeiro motivo para sorrir é ela. A sua presença aqui.
── Pois é. Você não imagina o quanto foi revigorante!
Haviam algumas sacolas no balcão, ao que parece, ela saiu rapidamente para comprar algo enquanto eu tomava banho. ── O que você comprou? ── questionei, me aproximando.
── Comprei café quente para você. Está do jeito que gosta. ── respondeu-me, me entregando um copo. ── Precisa se alimentar, H.
── Obrigado por estar sempre do meu lado, você é incrível. Sabia? ── ela também se serviu com um copo de café, ao mesmo tempo se aproximando de mim.
── Você não precisa me agradecer. Eu sempre vou estar aqui, sempre que precisar de mim, Harry. Você é muito importante para mim, sabe disso... ── olhei em seus olhos enquanto ela me dizia essas palavras doces e acabei sorrindo.
Como o grande idiota que sou quando se trata dessa mulher.
── S/N eu não estava mentindo quando disse que te amava há uns dias atrás. ── comecei a falar o que está me incomodando há muito tempo. ── E eu te amo de uma maneira que muito se diferencia de um amor sincero entre dois amigos de verdade. Porque, por Deus, tudo o que eu mais quero nesse momento é te beijar até que esteja completamente sem ar e então precise parar para recuperá-lo devidamente.
Novamente, eu consegui a deixar sem palavras.
── Harry...
── E eu também sei que errei em me casar com a Nora. Errei muito feio... Se eu tivesse admitido para mim mesmo que te amava, há muito tempo poderíamos estar vivendo felizes, poderíamos estar casados. Por causa do meu egoísmo estamos nessa situação. A culpa não é de ninguém a não ser minha... Mas agora eu quero muito poder consertar tudo isso, quero muito poder tentar de novo! ── coloquei o meu café intocado de volta no balcão e dei mais alguns passos curtos na direção dela. ── Eu só preciso que você me aceite. Que você diga que concorda que precisamos pelo menos tentar, e aí eu vou fazer de tudo para te fazer feliz, ser o homem que eu deveria ter sido há muitos anos para você, S/A. Só preciso que me dê uma chance.
Não vou mentir e afirmar que não fiquei nervoso por causa do silêncio dela. Mas foi só notar que ela estava reprimindo um sorriso que meu coração disparou... Mas não parou por aí. S/N também colocou seu café de lado e colou os nossos corpos. Ela colocou as mãos em meu rosto e deixou um beijo em meu queixo. ── Eu quero, Harry. Sempre quis isso, e não sabe como estou feliz em poder finalmente mostrar para você, para o mundo o quanto eu te amo. Então, sim... A minha resposta para você, para nós é sim.
Era tudo o que eu precisava ouvir. Por isso não pensei demais, somente uni os nossos lábios no beijo que eu tento esperei por anos... Agora sim eu poderia afirmar que estava caminhando em nuvens, porque a sensação era parecida até demais. S/N sorriu entre o beijo e apoiou as suas mãos em meu peito, logo em seguida em meu pescoço e acariciou o pé do meu cabelo com a ponta dos seus dedos.
Minha pele se arrepiou com seus toques. Por isso mesmo nosso beijo foi aumentando cada vez mais a sua intensidade... A minha necessidade de estar mais perto do corpo quente dela também se tornou extremamente forte, e eu não conti os meus extintos. Não consegui. ── Harry, eu... ── ela tentou falar algo coerente ao afastar nossas bocas por milésimos de segundos, mas não conseguiu.
A peguei no colo e caminhei com a mesma até a sala. Quando me joguei no sofá, ela se encaixou em meu colo e então o clima foi esquentando cada vez mais. ── Eu te amo tanto, Harry. Que droga! Por que você tem que ser tão incrível assim?! ── indagou-me logo após a sua tentativa frustrada de falar alguma coisa. Seus olhos fitavam os meus de maneira profunda, quase como se estivesse observando a minha alma através dos mesmos, me deixando completamente sem jeito, como a merda de um adolescente.
S/N me ama... Ela disse isso em alto e bom som. ── Fala que me ama de novo, por favor. ── implorei, lhe dando vários selinhos, diversas vezes. ── Eu quero muito ouvir você me dizendo isso mais uma vez.
Ela riu baixinho e me abraçou. ── Eu te amo, Harry Styles. Amo como nunca amei ninguém em toda a minha vida! Sempre te amei...
Céus... Se ela ao menos imaginasse como esperei por esse momento. Como o meu coração está em festa por finalmente poder estar vivendo tudo isso.
Eu também te amo, S/N S/S. Também te amo... E não é de agora.
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