Tumgik
#Mas escapa com certa facilidade
mr-cactis · 8 months
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Ignorando a versão gakuen dele porque eu odeio aquilo
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strawmariee · 9 months
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Oioi, buenas noches. Primeiramente, eu queria dizer que eu realmente gosto muito das suas fanfics, e que têm sido até mesmo uma inspiração pra mim em alguns aspectos. Segundamente, eu sou muito boiolinha no Kakyoin. Sério. Poderia escrever uma fanfic onde o Kakyoin e a leitora estão desenhando juntos?
Buenas noches!! Ler isso me deixou muito feliz, juro! Muito obrigada pelo carinho, isso significa muito💕🥺 e me desculpe pela demora, estava meio desinspirada nessas férias e estou retornando aos poucos! Obs: Eu fiquei muito feliz com esse request, já faz muito tempo que não escrevo para nosso querido Nori! Espero que você goste e que você esteja bem, aliás!!💕
Desenhando Junto com Noriaki Kakyoin
Noriaki Kakyoin x Leitora
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Estávamos tão perto de finalmente encontrarmos DIO e salvarmos Holly de suas garras, e isso é algo que me deixa em uma mistura de ansiedade e alegria! Então agora já está virando rotina o meu coração estar mais acelerado conforme ficávamos cada vez mais próximos dele. Mas neste momento, o sentimento que dominava o grupo era a frustração, já que apesar de estarmos em Cairo, nós não conseguíamos encontrar a mansão do DIO de nenhuma forma e nenhum morador da cidade conseguia(ou queria) nos ajudar!
Então quando mais um fim de tarde se aproximou acompanhada de mais uma busca falha pela mansão, eu caminhei até o hotel em passos rápidos e até acabei deixando os Crusaders para trás antes de entrar em meu quarto e fechar a porta com raiva. Passei as mãos em meu rosto com força enquanto um grunhido escapa dos meus lábios.
Calma… Não adianta nada você perder a cabeça agora!
Digo em pensamento para mim mesma e acabei vendo minha mochila em cima de uma das camas de solteiro do quarto, então imediatamente me lembrei do meu caderno de desenho. Sorri e caminhei até a mochila e peguei o caderno, passando a palma por ele para retirar uns resquícios de poeira existentes ali. Olhei o pôr do sol através da porta de vidro e resolvi que iria desenhá-lo, afinal, era uma bela visão e eu precisava me distrair de algum jeito!
Matei dois coelhos em uma tacada só! Só queria que um desses coelhos fosse o DIO…
De qualquer forma, caminhei até a pequena varanda e me sentei em uma das cadeiras que haviam ali, então segurei o meu caderno e o meu lápis e comecei a desenhar. A vista da cidade de Cairo sendo iluminada pelo sol e em conjunto com o céu alaranjado e rosado era uma bela imagem para se desenhar, e talvez eu devesse pintá-la também. Consegui fazer as estruturas dos prédios e casas com uma certa facilidade, mas oque estava me frustrando era fazer aquele sol! Não sei o motivo, mas nunca conseguia fazer um bom círculo!
– Que ódio! - Grito de forma frustrada enquanto apago mais uma vez aquela réplica do sol e acabei amassando a folha sem querer.
– Calma S/n, desse jeito você vai ter um infarto. - Me assustei ao ouvir aquela voz, mas logo sorri ao ver que era apenas o Kakyoin. - Você está bem? Não deixei de notar que você está bem ansiosa e mais irritada do que o normal.
– Você sempre foi um bom observador, não é? - Dei uma pequena risada e continuei a encará-lo enquanto ele pega a outra cadeira e se senta ao meu lado. - É que… Eu tô tão preocupada! Temos poucos dias para conseguirmos derrotar o DIO e salvar a sra. Holly e nós não o encontramos de nenhum jeito!
– Eu sei, isso tem me frustrado também. - Kakyoin olha para o pôr do sol e sinto minhas bochechas esquentarem ao perceber que seus olhos violetas pareciam brilhar como pedras preciosas por conta da luz. - Mas não vamos perder as esperanças. Tenho certeza de que amanhã teremos mais progresso na nossa busca.
Senti a mão dele em minha cabeça, me fazendo um cafuné enquanto um doce sorriso surge em seus lábios. Meu coração começou a palpitar mais rápido, mas consegui sorrir para ele.
– Eu espero que sim! Eu gosto do seu otimismo, Kakyoin.
– Eu tento tê-lo. - Demos uma risada em conjunto, o clima com ele ali parecia muito mais leve e eu não conseguia parar de sorrir enquanto ainda encarávamos um ao outro. - Oh, então você também desenha S/n?
– Hum? - Vi que seu olhar agora estava no caderno em meu colo e logo sorri. - Bem, eu desenho de vez em quando! Meio que me ajuda a me acalmar.
– Não foi oque pareceu quando eu vi você. - Ele deu uma risadinha e eu o encarei com um sorriso envergonhado. - Oque acha de desenharmos juntos? Eu preciso também relaxar um pouco e… Eu queria ficar um pouco mais com você.
Ele virou o rosto para o outro lado, mas consegui notar a ponta de suas orelhas avermelhadas, e isso me fez sentir um frio na barriga enquanto ainda o encaro de costas.
– Ora, como eu poderia recusar? Eu adoraria ficar mais tempo com você também!
Kakyoin se virou para mim e vi que ele pareceu bem mais aliviado por conta da minha frase. Será que ele pensava que eu recusaria ou até mesmo poderia achar estranho? De qualquer forma, eu coloquei o meu caderno entre nós dois e virei uma nova página, para que pudéssemos desenhar algo do zero. Começamos a desenhar coisas aleatórias que cada um escolhia, eu desenhei uma cereja para ele e ele desenhou um gatinho para mim, e eu achei extremamente fofo.
– Você desenha muito bem, você tem talento S/n. - Ele disse e notei um tom orgulhoso em sua voz, e me senti mais confiante com o meu traço.
– Muito obrigada Kakyoin, você também desenha muito bem!
– Oque você acha de terminarmos juntos aquele seu primeiro desenho? - Ele propôs e eu logo sorri com animação.
– Eu adoraria!
Ele sorriu para mim e então eu voltei uma página do meu caderno, e ele observou oque eu tinha feito. Ele começou a me ajudar, me explicando e dando dicas de como melhorar o meu círculo e entre outras dúvidas que fui perguntando a medida que nossa conversa continua.
Logo eu e ele já estávamos pintando o desenho com os meus lápis de cor, e vi que o desenho estava ficando muito bonito. Meu olhar se desviou por um segundo para Kakyoin, o vendo com um sorriso suave enquanto continua a pintar, e isso me fez sorrir enquanto continuo a admirá-lo, mas especialmente os seus olhos que me lembravam uma ametista.
– A algo de errado S/n? - Quando menos esperei, Kakyoin virou o seu rosto na minha direção e me olhando levemente confuso.
– N-Não, eu apenas… Estava admirando os seus olhos. Eles têm uma cor muito linda.
Arregalei os meus olhos e meu rosto esquentou ao deixar aquilo escapar, mas eu não estava mentindo. Kakyoin ficou quieto por alguns segundos e eu já estava começando a me arrepender de ter dito aquilo, mas me aliviei quando ele sorriu.
– Eu não estava esperando por isso, você é realmente boa em me surpreender S/n. - Ele se aproximou de mim e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. - Mas seus olhos são muito mais bonitos do que os meus, eles refletem toda a beleza que você tem na sua alma.
Senti borboletas em meu estômago e também minhas mãos começaram a suar, e notei que ele também parecia nervoso com aquela situação. O que eu devo fazer? Devo apenas agradecer? Ou eu devo arriscar um contato maior?
– S/N! KAKYOIN! - Ouvimos a voz estridente de Polnareff do outro lado da porta do quarto, e dei uma risadinha quando o ruivo pareceu levemente emburrado. - O SENHOR JOESTAR ESTÁ NOS CHAMANDO PARA JANTAR!
– Já estamos indo! - Me inclinei levemente para trás e gritei na direção da porta, para que Polnareff soubesse que tínhamos ouvido.
– É melhor irmos logo, senão é bem capaz de todo mundo do hotel ouvir a voz dele. - Kakyoin deu um sorriso e segurou a minha mão enquanto me ajuda a levantar da cadeira. - Terminaremos o desenho depois, quando tudo estiver mais calmo, ok?
– Claro, eu acho melhor!
Sorrimos um para o outro e começamos a andar na direção da saída do quarto, mas antes de sairmos, Kakyoin me pegou desprevenida e beijou a minha testa com delicadeza antes de sair primeiro do quarto, enquanto eu continuei ali, plantada na entrada e sorrindo que nem uma abobada apaixonada.
The End
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nightstars5 · 3 years
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I Will Wait For Eternity
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Pedido: “|🍒| você pode fazer um que ela teve um relacionamento complicado com harry (mas nada ruim, só a pessoa certa na hora errada, porque eles estão em momentos diferentes, mas eles ainda tem muito carinho um pelo outro), então eles se afastam, mas ainda bem tem os mesmos amigos, mas quase nunca se veem. então, um dos melhores amigos dele (você pode escolher quem vai ser) começa a se aproximar dela e ela realmente tenta se apaixonar por ele, porque ele seria o cara que faria de tudo por ela e ela sabe disso, mas no fundo, ela tem medo de machucar ele por acabar voltando pro harry o que ela e todo mundo acredita que vai acontecer. então, ela meio que da um fora nesse amigo e depois de alguns meses ela encontra o harry em um evento com os amigos e eles acabam ficando de novo e ele fala pra ela que sabe sobre o fora que ela deu no amigo dele e ele sugere que eles tentem novamente e todo mundo fica muito feliz que eles voltaram, especialmente a anne porque ela sempre foi muito “fã” do casal e o h acaba pedindo ela em casamento quando eles vão visitar a anne”
Oii, aqui está seu pedido, espero que goste! Ficou bem grandinho porque me empolguei e quase não consigo parar hahaha (Não revisado)
Entro debaixo do chuveiro e deixo que a água morna escorra por meu corpo, me relaxando. Um suspiro escapa por meus lábios quando me lembro de como adorava quando Harry entrava no box sem avisar e me abraçava por trás, espalhando beijos do meu ombro ao meu pescoço me fazendo arrepiar com seus toques.
Meu peito dói com as lembranças ainda vivas e claras mesmo depois de quase 2 anos do nosso término. Erámos tão bem juntos, como as peças perfeitas de um quebra-cabeça, mas então, tudo pareceu sair do nosso controle, o famoso a pessoa certa na hora errada.
— Amor, vamos tentar mais um pouco, por favor... — Harry tinha os olhos cheios de lágrimas enquanto segurava minhas mãos. Meu peito ardia com a decisão dilacerante que havia tomado a uns dias.
— Por favor, Harry, vai ser melhor assim. — levo minha mão ao seu rosto e limpo a lágrima que escorre por sua bochecha corada — Não está dando mais certo, estamos em momentos diferentes da nossa vida agora, mal temos tempo para ficarmos juntos.
— Mas eu amo você. — sua voz sai fraca. Seus olhos me encaram e a mágoa que eles transmitem é a pior sensação que já senti em toda minha vida, eu não queria fazê-lo sofrer.
— Eu sei, e eu também te amo muito. Mas precisamos de um tempo e você sabe disso. — digo com dificuldade pelo nó que está formado em minha garganta. Harry afirma freneticamente com a cabeça e suspira. Seus dedos acariciam minha mão com carinho que acalenta meu coração por um instante — Se for para ficarmos juntos o destino dará um jeito de cruzar nossos caminhos novamente. — dou um meio sorriso, desejando do fundo do meu coração que fosse verdade.
Harry levanta a cabeça e sorri também, um sorriso fraco e doloroso, mas que faz uma pequena chama de esperança brotar em meu coração.
— Eu esperarei a eternidade por você. — promete e me puxa para um abraço apertado, nosso último contato.
Quando desligo o chuveiro, a realidade me atinge e me sinto estranha como todas as outras vezes. Meus olhos se enchem de lágrimas por ainda sentir aquela pequena chama queimar bem fundo em meu peito, talvez eu esteja sendo uma boba por nunca ter conseguido seguir em frente, por sempre ainda pensar nele mesmo quando nem mesmo quero.
Já enrolada na toalha, paro em frente ao espelho, passo a mão limpando o embaçado causado pela água quente e me encaro.
Está tudo bem, S/N. Já se passou muito tempo.
Com um suspiro fundo pego por meu estojo de maquiagem e faço algo simples em meu rosto. Procuro pensar na noite maravilhosa que tenho programada e no quão sortuda sou por ter alguém que me proporcione alguns momentos alegres.
Alguém que não é ele. Aquela vozinha chata no fundo da minha cabeça me alerta e eu a ignoro voltando para o quarto.
Ao terminar de me trocar, meu celular vibra sobre a cama e me viro para o alcançar, uma mensagem de Liam aparece na tela e sorrio fraco.
“Chego em 15 minutos, querida.”
Apenas mando um “ok” em resposta e termino de calçar minha sandália.
E como havia dito, Liam chega no horário marcado para me buscar, me enche de elogios e beijos carinhosos antes de seguirmos para seu carro.
Não vou negar que adorava seu jeito afetuoso e a facilidade em que tinha por demonstrar isso, Liam não poupava esforços para me agradar e me fazer sentir bem, estava realmente dedicado a me ter por completo e apesar de ser bom me sentir tão desejada não só como uma companheira na cama, mas como uma companheira para vida, eu também temia por o decepcionar no fim das contas.
— Ei, você está bem? Parece distante. — Liam comenta alcançando minha mão por cima da mesa do restaurante.
Desvio meu olhar da garoa que caia lá fora molhando um pouco o vidro da janela e o encaro, seu sorriso gentil e atencioso me faz sentir culpada por estar sendo tão ingrata com sua atenção para mim.
— Estou bem sim. — dou um meio sorriso e aperto meus dedos nos seus — Me desculpe, devo estar sendo uma companhia entediante, não? — digo sem graça.
Liam balança a cabeça e ergue minha mão alcançando com seus lábios deixando um beijo ali.
— Não está não, eu adoro ficar com você. — ele sorri, um sorriso bonito que poderia mexer com qualquer coração, com qualquer um, mas não com o meu e eu me odiava por isso.
Me odiava por não conseguir me apaixonar por outra pessoa que simplesmente estava disposta a fazer tudo por mim como Liam estava.
Eu sou uma idiota por ainda sim depois de 2 anos estar perdidamente apaixonada por Harry que nem mesmo na Inglaterra está.
Pelo restante da noite procuro ao máximo não estragar nosso encontro, depois do restaurante, Liam me leva ao Hyde Park onde caminhamos calmamente de mãos dadas conversando sobre amenidades e nossa semana.
Eu achava sim que poderíamos dar certo, tínhamos tantas coisas em comum, tantos interesses e gostos, mas no fundo, bem no fundo eu tinha medo de acabar o machucando. Apesar de Liam ser um homem lindo, inteligente e cativante eu não havia conseguido me apaixonar. Seu beijo era incrivelmente delicioso, mas não me transmitia o mesmo calor que o de Harry, nossas noites juntos eram maravilhosas, mas nossos corpos não se conectavam daquela forma especial e única que só com Harry acontecia.
Eu não podia mais negar, estava presa aquela pequena esperança de que o destino nos uniria mais uma vez e não era nada justo com Liam o prender a mim, o impedindo de realmente poder encontrar alguém que fosse reciproca aos seus sentimentos.
E por isso que dias depois do nosso último encontro o chamo para conversar e terminar tudo o que estava rolando, eu o adorava e com certeza havia amado tudo o que vivemos durante esses 3 meses, mas antes disso tudo éramos amigos.
— Por favor, não me entenda mal e não me odeie, eu adoro você Liam, mas...
— Mas Harry ainda é quem possui seu coração. — me interrompe e da um sorriso de lado.
Me sinto uma boba em sua frente, tanto ele quanto nossos outros amigos sabiam que se Harry voltasse agora e ainda me quisesse eu voltaria sem pensar duas vezes.
— Me desculpe por deixar você perder seu tempo. — baixo minha cabeça brincado com meus dedos sobre meu colo. Eu queria tanto ter conseguido me apaixonar por ele.
Seus dedos quentes encontram os meus e levanto minha cabeça para olhá-lo.
— Não perdi meu tempo, S/N. Eu quis isso, quis tentar ter seu amor mesmo sabendo que Harry ainda ocupava seus pensamentos. Todos esses meses não foram perda de tempo, não pense assim. Somos amigos ainda, independentemente de qualquer coisa. — ele me envolve em seus braços e o agarro o abraçando com carinho, me permitindo ficar ali por um bom tempo.
///
Atravesso a grande entrada do Museu Tate Britain sendo acolhida pelo calor dentro do local, hoje era um dia especial para Belle e como sua amiga e grande admiradora do seu trabalho eu não poderia faltar.
Hoje suas fotografias estavam sendo expostas no grande museu ao lado de vários outros artistas e eu não poderia estar mais feliz por ela.
— S/N, você veio! — ela corre em minha direção e me abraça, rio da sua recepção calorosa retribuindo seu afeto.
— É claro que eu viria, é sua primeira exposição. — sorrio, a admirando.
Belle estava linda, um vestido preto retrô de gola V, com mangas longas de tule cobria seu corpo e em seus pés uma sandália de salto preta de tiras. Seu cabelo loiro estava todo penteado para trás com aspecto de molhado e a maquiagem simples realçava perfeitamente seus olhos avelã.
— Eu estou tão animada, você está linda! Caramba, nem acredito. — ela ri nervosa, se atrapalhando com as palavras de tão eufórica — Pegue alguma coisa para beber, eu tenho que rodar um pouco, mas juro que me junto a vocês depois.
E depois de mais um abraço e dizer o quão feliz e orgulhosa estou dela, sigo para admirar suas obras.
No meio de tanta gente consigo encontrar Liam e sua nova namorada que é um doce de pessoa, conversamos por um tempo e depois nos separamos em um dos corredores.
E é na seção Preto&Branco que encontro o trabalho de Belle e a fotografia da qual disse que me surpreenderia.
Fico estática olhando para um grande quadro com uma fotografia minha tirada na biblioteca da universidade. Me lembro desse dia, eu estava estudando para uma prova quando Belle simplesmente apareceu e me chamou e assim que a olhei um “click” foi dado de repente. E apesar de não ser uma grande fã de me achar tão bem em fotos, essa estava simplesmente perfeita.
— É a minha favorita. — uma voz soa ao meu lado.
Sinto minha respiração falhar e meu coração acelerar ao reconhecer o dono dela, lentamente viro minha cabeça e lá está ele, parado olhando para a grande fotografia com as mãos enfiadas nos bolsos do sobretudo preto que cobre seu corpo alto e esbelto.
— Como vai, S/N? — sua atenção se volta para mim e um sorriso de canto surge em seus lábios me desconcertando como da primeira vez.
Aperto meus dedos ao redor da taça de champanhe percebendo que aquilo não era só mais uma alucinação minha, era real, Harry estava bem ali na minha frente.
— Não sabia que estava em Londres. — consigo dizer, surpresa demais por ninguém ter comentado comigo.
— Não perderia a primeira exposição da Belle. — revela.
Seus olhos correm por todo meu rosto como se quisesse guardar em sua memória cada detalhe de mim. Ele está lindo, elegante como sempre foi, seu cabelo agora está mais curto, mas isso só o fez mais atraente ainda.
Meu coração palpita como um louco em meu peito e me sinto uma adolescente descobrindo o amor pela primeira vez, quebro nosso contato visual e dou um grande gole no champanhe em minhas mãos a fim de acalmar o nervosismo que me atingira de uma hora para outra.
— Ah, vocês estão aí. — Belle se aproxima a passos largos e abraça Harry pela cintura — O que estão achando, hum? — o céu azul em seus olhos intercalam entre mim e Harry.
— Está incrível, você sabe que está. — Harry diz arrancando uma risada da garota — E com certeza vou levar algumas das suas fotografias. — seus olhos caem sobre mim e sinto minhas bochechas corarem.
Um suspiro me escapa e volto minha atenção para a artista da noite.
— Eu estou apaixonada por cada uma, Belle. Você merece tudo isso. — sou sincera.
— Ah, eu amo tanto vocês. — limpa uma lágrima que corre no canto de seu olho, Harry ri fraco e deixa um beijo no topo da sua cabeça.
— Belle. — um rapaz a chama um pouco atrás de nós, ela apenas afirma com a cabeça levantando a mão para que a espere.
— Hoje está tão corrido que mal poço lhes dar atenção, mas por favor aproveitem. E obrigada por estarem aqui, é importante para mim. — Belle deixa um beijo em nossos rostos e acompanha o rapaz que lhe mostra uma prancheta.
— Quer dar uma volta? — Harry pergunta com um sorriso fraco, indicando a saída da sala.
— Claro. — afirmo baixo, ainda me acostumando com a ideia de estarmos lado a lado.
Ainda dentro do museu olhamos todas as outras obras expostas, hora ou outra Harry comentava sobre alguma me explicando a história e os detalhes de cada uma. E é quando chegamos na última sala que resolvo falar sobre algum assunto que não seja obra.
— Quando chegou? — pergunto.
— Tem três dias.
— E vai ficar por muito tempo? — tento soar naturalmente, como uma pergunta simples que não me fosse importante.
— Eu deixei algumas coisas pendentes que preciso resolver antes de voltar. — ergue os ombros levemente, seus olhos fixos na figura de gesso a sua frete.
— Ah... — balbucio.
Olho ao redor do local sem saber o que fazer ou o que falar.
Eu sempre imaginei em como seria nosso reencontro, mas não esperava que quando acontecesse eu fosse me sentir como uma estranha para Harry.
Eram tantas as perguntas que eu queria fazer, saber sobre sua vida nesses 2 anos sem contato, saber sobre seus dias na cidade que nunca dorme, sobre suas novas amizades e se estava com alguém. Mas como eu poderia tocar em um assunto desses?
— Você ainda tem essa mania. — sua voz rouca me traz de volta.
Encontro seus olhos me encarando com diversão e franzo meu cenho confusa.
— Que mania?
— Roer as unhas quando está pensando demais. — sorri.
Balanço minha cabeça sem jeito e suspiro. Ele ainda se lembra das minhas manias.
— Eu senti sua falta. — diz de repente me pegando de surpresa.
— O quê? — pergunto buscando saber se não havia entendido errado
— Vem aqui. — Harry alcança minha mão e me puxa para fora da sala, me guia pelos corredores até estarmos totalmente afastados de onde acontecia todo o evento.
— Harry, o que houve?
— Você está com alguém? — procura parando na minha frente, me encarando nos olhos, suas orbes esverdeadas vasculham por todo meu rosto em busca de uma resposta.
— Por que isso te intere...
— Você está com alguém? — repete a pergunta, dando mais passo em minha direção, me deixando completamente embriagada com seu cheiro doce que invade meus sentidos.
— Não, Harry.
Seus olhos parecem brilhar com minha resposta, um sorriso bonito surgindo em seus lábios.
Seus dedos alcançam uma mecha do meu cabelo a colocando atrás da minha orelha, seu corpo se aproxima do meu devagar me fazendo atenta a cada movimento seu.
— Sabe, Liam me contou sobre vocês. — confessa baixo, acariciando minha bochecha. Seus dedos quentes aquecem minha pele me fazendo deitar a cabeça em sua palma — Me contou sobre tudo o que tiveram e você não tem ideia do quanto senti ciúmes. — abro meus olhos o encarando de volta. — E ele também me contou que você terminou tudo por não estar conseguindo retribuir os sentimentos dele. — seus dedos correm da minha bochecha e seu polegar puxa levemente meu lábio inferior para baixo — Eu preciso saber... Você ainda sente algo por mim? Por favor, seja sincera.
Um arrepio corre por minha espinha e me vejo sem saída, Harry sempre foi uma pessoa que gostava de sempre ir ao ponto, sem rodeios ou joguinhos, ele sabia que assim pegaria qualquer pessoa em mentiras ou confissões, como está fazendo comigo agora.
— Eu tentei, juro que tentei te esquecer, Harry. — baixo meus olhos envergonhada por parecer tão submissa a esse sentimento dilacerante.
— Que bom que não conseguiu.
E sem que eu esteja preparada seus lábios estão juntos aos meus, me envolvendo em um beijo desejado a tempos, esse beijo que esperei poder dar novamente desde o primeiro dia em que me vi sem sua companhia.
Suas mãos envolvem minha cintura me trazendo para mais perto de si, me prendendo em seu corpo, sua língua explora cada canto da minha boca com urgência e ao mesmo tempo com a delicadeza de aproveitar o momento. Minhas mãos agarram sua nuca, acariciando os fios sedosos de seu cabelo que tanto senti falta de sentir entre meus dedos.
Droga, eu o amava tanto e mal conseguia acreditar que realmente isso estava acontecendo, Harry realmente também esperava para que o destino nos juntasse outra vez.
///
Era uma ótima tarde de domingo na casa dos Styles, Harry e S/N haviam voltado a pouco mais de 4 meses e Anne não poderia estar mais feliz pelo filho e pela garota que tanto considera. Havia sentido falta da companhia da moça em sua casa, das conversas descontraídas e do doce de sobremesa que ela sabia fazer como ninguém.
Anne adorava observá-los de longe, se sentia completa por ver seu menino apaixonado, todo solicito e carinhoso e ela não precisava se preocupar se os sentimentos eram recíprocos, pois bastava observar como S/N o olhava com tanta admiração e paixão que sua resposta estava ali.
Enquanto todos conversavam na área externa da casa e aproveitavam para saborear a travessa cheia de doce que S/N havia trago, Harry dá um jeitinho de sair de fininho com a namorada para terem um momento a sós na companhia um do outro.
Eles caminham de mãos dadas pelo jardim de Anne e se sentam no bancada que há ali. S/N fecha os olhos sentindo o cheiro das flores e ouvindo os pássaros cantarem alegremente, a brisa bate balançando seus cabelos fazendo sua pele se arrepiar.
Ela era apaixonada pela natureza e Harry amava a observar tão inerte, tão serena e tão linda. Seu coração se aquecia e palpitava cada vez mais forte sempre que pensava em um futuro ao seu lado, ele já não se via mais sem ela, não outra vez.
Seu amor havia sido colocado a teste por 2 anos, se envolveu com outras mulheres, claro. Lindas, simpáticas e divertidas, mas nenhuma havia feito seu coração bater tão forte quanto a que estava ali sentada ao seu lado.
Sorrateiramente enfia a mão no bolso de sua calça e tira uma caixinha azul dali, se vira para a jovem e leva sua mão ao seu rosto, acariciando a face dela, que sorri ainda de olhos fechados.
— Casa comigo? — faz o pedido sem rodeios a fazendo abrir os olhos no mesmo instante e o encarar surpresa.
— Harry... — diz em alerta, acreditando ser alguma brincadeira.
— Casa comigo e vamos formar uma família linda. Eu amo você demais e quero ser seu para sempre. — se declara da forma mais doce e sincera que consegue, expressando com facilidade seus sentimentos.
Os olhos de S/N se enchem de lágrimas quando Harry abre a pequena caixinha e revela dois anéis prateados de noivado.
— Casa comigo, amor?
Uma risada de felicidade escapa da moça que se joga em seus braços com lágrimas de felicidade escorrendo por sua bochecha.
— É claro que sim! — responde eufórica, se afastando para o encarar, os olhos de Harry também cheios de lágrimas — Eu amo você mais que tudo!
— E eu a você. — sorri e a puxa para um beijo depois de trocarem as alianças.
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lilia-faure · 4 years
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Bazzi - Turnos GP - 15
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[small][small][color=#941717][i]original [color=#a8978e][b][u]design[/u][/b][/color][/i] —— por sally[/color][/small][/small]
[color=#a8978e]—————— [color=#941717]✹  ✹  ✹[/color] —————— [/color] [/center] [justify][color=#ffffff]___________________[/color][color=#a8978e][big][big]O[/big][/big] jovem Woolridge estala os dedos, um por um, conforme aperta as juntas entre as pontas do polegar e indicador, aproveita para raspar o sangue seco da pele, os machucados em alguns dos nós de seus dedos parecem insistentes em manter linhas finas e vermelhas coagulando. Os olhos vagueiam pelos rostos de seus colegas, a animação do time vermelho diante à vitória parece fazer com que rugas precoces surjam no rosto irritado de Aurora Privost, um riso anasalado escapa conforme observa a loira disparar incontáveis ofensas e pragas em francês em direção à quem quer que esteja próximo para ouvir. A dinâmica de colocar dois Privost como líderes das equipes na caça bandeira sempre soou um tanto caótica para Bazzi, poderia apostar que Aurora seria capaz de arrancar alguns dos dentes de Cass durante o processo do exercício, por outro lado se pergunta se o ruivo também teria o mesmo ímpeto brutal, no fim, resta agradecer por estarem separados. Lidar com Privosts afastados em duas equipes parece menos tenebroso do que enfrentá-los unidos, isso tornaria impossível conseguir uma vitória, até porque, qualquer um em sã consciência declina à ideia de os desafiar quando juntos, seria o mesmo de pedir para levar uma surra de graça. De toda forma, haverá uma nova oportunidade para conseguir retomar o troféu da caça bandeira, com esse pensamento, deixa de observar Aurora, sua atenção se volta para Lola ao vê-la quase correndo para alcançar um lugar vazio próximo a si, um sorriso se abre involuntariamente em sua expressão.
[color=#ffffff]___________________[/color][color=#941717]— Oi Lola! Não se preocupe, não havia ninguém sentado aqui.[/color] — O tom de voz reflete a cordialidade da L'Apple. Ouvi-la dizer [i]quase[/i] com naturalidade quanto terem passado perto de ganhar a caçada, traz automaticamente um sorriso ladeado e zombateiro para sua expressão, segundos depois, a sentença vai por terra conforme percebe o riso ser contido.  [color=#941717]— Não passamos [i]nem perto[/i] de ganhar dessa vez, Lola! Vamos precisar nos esforçar de verdade da próxima vez, talvez colocar as trapaças de Pippa como parte do plano principal e deixar que ela maquine sua vingança por cima da derrota da equipe vermelha, [/color] — Burlar as regras não é exatamente seu caminho preferido para alcançar a vitória, porém, uma vez que é impossível convencer Pippa a seguir [i]somente[/i] o plano, talvez esteja na hora de juntar sua genialidade trapaceira ao quadro todo e descobrir o que podem conseguir com isso. [color=#941717]— talvez até convencer [url=https://i.pinimg.com/originals/2b/31/c4/2b31c446fbb6e1a64b77e6b295f3a0a4.gif][color=#941717]Éris[/color][/url] a descobrir por [url=https://i.pinimg.com/originals/37/6a/5b/376a5bd8d565cec0d818a05af4995b17.gif][color=#941717]Travis[/color][/url] quais os planos de Cass, aposto que ela conseguiria arrancar absolutamente qualquer coisa dele.[/color] — Isso por sua vez, soa mais como [i]unir o útil ao agradável[/i]. [color=#941717]— Acho que se perdermos a caçada do mês que vem, é possível que Aurora tenha uma síncope… Ou melhor, a equipe verde teria uma síncope quase por completo.[/color] — O comentário descontraído vem com uma dose de diversão ácida.
[color=#ffffff]___________________[/color]Ouvir Rue perguntar sobre jogos de acampamento o leva rapidamente à conclusão de que qualquer atividade de acampamento capaz de sugerir não é exatamente aplicável durante a noite, mas não há com o que se preocupar, no próximo segundo Camélia se mostra empenhada em compartilhar com o grupo mais uma de suas histórias. Conhece o suficiente da menina Flamel para saber o quanto entende e gosta de tagarelar sobre todo e qualquer misticismo envolvendo as mais variadas e [i]mágicas[/i] nuances do universo peregrino, diferente de si, sempre tão descrente e desconfiado à respeito de tais coisas, ao fim do dia, Bazel se mantém apenas com a fé oscilante nos deuses. Ainda assim, ouvir sobre os supostos acontecidos dentro da floresta é interessante, no mínimo instigante, não é exatamente uma sensação calorosa relembrar das supostas lendas envolvendo a província, principalmente as envolvendo o Mundo Inferior e o seu senhor. O lábio do garoto é mordiscado, a peregrina parece perdida em sua própria voz e o olhar nublado pelo fogo o faz pensar no quanto ela consegue transmitir a energia de estranheza nesse momento, ao mesmo tempo, pega-se com um questionamento maldoso em sua mente: Se as história de Camélia estão certas, não há como ele saber, contudo talvez deveria arriscar acampar com seu pai, seria um alívio para toda a família caso apenas um deles retornasse.
[color=#ffffff]___________________[/color][color=#941717]— Camélia, você consegue deixar o treinamento de campo ainda mais preocupante. [/color]— Seu rosto leva um sorriso maquiado de descontração, treinado muitas e muitas vezes frente ao espelho, para as mais variadas situações. Trata de se afastar das ideias sórdidas envolvendo seu genitor, não é algo à se pensar, e ainda que fosse ele aquele capaz de trazer paz para seus si e os irmãos, conseguiria lidar com a responsabilidade direta ou indireta da morte de Mikael? A pergunta vaga para longe, não há espaço para ela quando ouve a voz de Caspian cortando o vento, alcançando todos os alunos e fazendo com que tivesse a incerteza de ainda estar sentindo o chão por baixo de seus pés. Foram anos de treinamento de lutas e manuseio de armas brancas até aprender a criar uma boa estratégia, como deve ser trabalho dentro de uma legião… todos esses anos parecem estagnados e congelados em sua mente, seu corpo entretanto, mantém a memória muscular, suas pernas o colocam de pé ao mesmo tempo que estende a mão para Lola. [color=#941717]— Precisamos ir para a formação, rápido.[/color] — Não reconhece o tom de sua voz, chiada e acuada.
[color=#ffffff]___________________[/color]Por sorte ou talvez por o destino ter tentado o avisar, deixou seu armamento próximo ao chegar da caçada, o cansaço foi tanto que não deu-se ao trabalho de guardar a espada e o escudo, logo, é rápido em os recolher e embainhar a espada. Observa de longe a segunda legião se formando, mas não encontra Lyra, morde o interior da bochecha em uma tentativa muito falha de conter o terror percorrendo cada célula de seu corpo, o gosto férrico cobre sua língua assim que toma conhecimento da presença corpulenta do lobo. A visão o faz ter certeza de que as histórias de Camélia estão certas, é difícil não acreditar que a floresta abriga uma criatura capaz de devorar um peregrino quando se olha diretamente para [i]aquele[/i] lupino. Um palavrão esquiva alto e exasperado por sua boca, apressa-se para assumir sua posição dentro da Legião, e ao o fazer, sente o frio na espinha o consumir pouco a pouco. O som da luta de Caspian com a fera o leva a retesar os dedos em volta ao cabo da espada, sua mente conduz uma dose quase letal de pensamentos moribundos, não consegue identificar o que acontece a sua frente com facilidade e isso apenas incentiva seu subconsciente a traçar um final mortal. Antes que consiga perceber, a formação da Segunda Legião se desfaz, a falta de compreensão da situação o mantém paralisado, todavia ao ver um outro lobo preso ao braço de Charlotte, a inércia é trocada por imprudência.
[color=#ffffff]___________________[/color]O ombro topa com o de Lola, o queixo aponta para a garota Denvers sendo arrastada para dentro da floresta e como se deixasse claro que precisam ajudá-la, abandona seu posto dentro da formação. Há agilidade ao correr em direção a mais velha, o peso da espada e do escudo não parecem tão relevantes para o seu desempenho no momento, a mente mal consegue assimilar as reações quase automáticas de seu corpo. A paralisia angustiante ainda tenta ressurgir em si, contudo consegue a empurrar para o fundo de seu âmago. [color=#941717] — Vou tentar o afastar com a espada, veja se consegue ajudar Charlie, precisamos fazer alguma coisa antes que aquilo arranque fora parte do braço dela.[/color] — Não possui nenhuma certeza do que está fazendo, jamais teve de lidar com um ataque de lobos, apesar disso, olha para a L’Apple com o máximo de confiança que possui antes de investir contra a fera, urrando e esbravejando conforme balança a espada em sua direção do modo mais articulado possível para não machucar mais a Denvers.[/color][/justify][center][img]https://64.media.tumblr.com/a1c113ad18ef4b0f30546e0281a92098/b1c05c6f2b1ce7d2-3c/s1280x1920/4391b8945d18d7d164745de82b3815dbe111cbc2.png[/img][/center]
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jkappameme · 5 years
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Acompanhante de Aluguel (Longfic 13/15)
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Jeon Jungkook Autora: Agness Saints Gênero: Comédia, Romance Sinopse: Parecia piada, quatro anos de um relacionamento frustrante havia chegado ao fim, mas Haneul ainda te atrapalhava a vida. Se ele não tivesse arranjado um namoro relâmpago, você não precisaria demonstrar que está bem também, que não ficou para trás. Você não precisaria, principalmente, contratar aquele maldito acompanhante de aluguel.
Moreno. 1,80 de altura. Porte atlético. Bonito. Inteligente. Educado. Agradável. Sabe estabelecer uma conversa. Sem compromisso emocional, apenas financeiro. Valor sob consulta. Interessados: [51] 5782-4158
Esquece o “parecia”, a vida é mesmo uma piada pronta. Contagem de palavras: 11.576 Avisos: +16.  A história faz parte da série puerlistae au. Parte: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 Playlist. | Playlist 2. | Playlist 3.
Tropeço nos últimos degraus. Meu corpo se perdendo no meio do caminho e indo de encontro à parede; o corrimão me acerta o quadril e minha bochecha se esmaga contra a superfície gelada. E por um instante, no meio tempo em que tranço meus pés e sofro as consequências, eu tenho um pensamento súbito e organizado. Ele é diferente de qualquer outro que tive até agora, até chegar aqui, porque ele é único no meio de uma imensidão bagunçada e angustiante demais.
Aonde é que eu vim parar?
Eu estaria mentindo se dissesse que nunca imaginei que as coisas chegariam a esse ponto. Porque pensei que fosse ser descoberta diversas vezes em diversos momentos. No aniversário de Eubin, no almoço com meus pais, no jogo de basquete, no jantar de negócios... Em várias situações eu consegui enxergar a verdade vindo à tona de um jeito sujo e imoral.
Mas eu não estaria mentindo se dissesse que nunca imaginei como. Nem que as coisas chegariam tão longe como chegaram. Tentando analisar a situação como um todo, mesmo que seja difícil agora, o caminho percorrido até aqui foi extenso demais para uma mentira curta demais.
Tudo o que eu nunca imaginei posto bem diante dos meus olhos.
Afasto-me da parede. Meu quadril doendo pelo impacto e minha bochecha ainda gelada pela superfície. O pensamento bem alinhado e de uma realidade cruel já não mais existe, ele se juntou aos outros tantos complicados, como fumaça branca em meio às nuvens. Em menos de dois segundos, volto a descer um novo lance de escada do dormitório feminino.
À medida que o caminho diminui, as luzes se acendem por sensores. A cada grupo de degraus que elimino, uma luz se acende pelo corredor. Não evito pensar em como isso é uma ironia esquisita, porque não me sinto iluminada; não me sinto clara, com pensamentos claros. O ambiente é frio e acendido, mas me sinto quente e no escuro.
É discordância pura.
Tento pensar outra vez de maneira coerente e objetiva, enquanto vejo meus pés se movimentarem em desespero e aflição. Tento também enxergar uma solução, uma saída. Mas nada, sou cheia de curvas. Minha lucidez veio e foi embora. Meu coração é uma bomba relógio no peito e meus ouvidos zonem de pavor, o maldito anúncio no fórum da faculdade é como um outdoor chamativo em frente a todos os pensamentos equilibrados que tento ter por agora. O post é de fevereiro e ainda constam os dizeres originais... O fundo azul claro, as letras garrafais em preto, duas curtidas e nenhum comentário. O nome de Jeon Jungkook encabeçando a postagem como o autor de toda aquela pequena imensidão.
Não deixa dúvida alguma sobre nada.
Inferno!
Sinto meu estômago se apertar consternado quando meus pés encontram o piso do térreo e meu cérebro encontra uma consequência extrema. Se eu não conseguir reverter essa situação, meus pais seriam capazes de me fazer voltar para casa? Meus dedos seguram com força meu celular contra o peito quando o pensamento me invade. Permaneço aqui, na divisa de cômodos, no fim da escada e no início do corredor principal. Sinto-me enjoada e fora da sequência. É como se o mundo estivesse perdido. Talvez ele esteja, não é?
Não sei exatamente o que fazer. Eu sou uma vastidão confusa, sou vulnerável, não sei o que é certo sentir. Sinto-me absurda, porque me tenho em meio a sentimentos demais. Não consigo enxergar o óbvio, não consigo enxergar de maneira unitária. Tudo vem como um emaranhado de angústia e frustração. E sei que me machuco de graça. Que vou e volto, me arranho duas vezes. Eu sei que existe uma solução bem pensada, uma solução prática e certa, mas não sou capaz de vê-la, pelo menos não agora. Eu sou tomada pelo desespero e pela urgência. Não tenho tempo, não posso esperar. Acabo caindo na questão...  Poderia existir jeito certo de lidar com isso, afinal?
Como um choque, aperto o passo e contorno um grupo de garotas pelo corredor. Não entendo se corro ou ando rápido. Eu perdi completamente a noção dos meus movimentos, percebo isso quando meu corpo sofre um solavanco e meu quadril outra vez recebe um impacto não planejado; ele vai de encontro agora à catraca não liberada. Olho por um instante o metal em contato com o tecido do vestido e demoro um tempo para entender o que preciso fazer. No meio tempo em que pego minha carteirinha e a libero, meus joelhos enfraquecem e a única sensação que carrego comigo é de puro pânico.
Há um incomum tumulto no hall dos dormitórios que me deixa confusa por um tempo, mas que não me forço a tentar compreender agora. Caminho por ali, passos incertos, imprecisos. As solas dos meus tênis dificultando todo o processo por, volta e meia, trancar no piso frio e me fazer tropicar em meio ao caos. Desvio de estudantes e funcionários, ouço sobre o fim do semestre e sobre o início das férias. Penso em me prender em um pensamento fútil e singular, em um pensamento aleatório que me tire do que sinto só por um instante. Tento resgatar então o motivo do movimento, lutando para alcançar a obviedade na ponta da minha língua. Foi me dado todos os dados, mas não consigo interligá-los. Desvio de mais um grupo. De pessoas e de pensamentos extremos tentando me desvirtuar do entretenimento que tento ter. Vou e volto.
Paro.
No meio de todo o alvoroço — interno e externo ­—, eu enxergo Jungkook; de costas, próximo à saída.
Por uma fração pequenina de segundo, eu sou nada e, no instante seguinte, eu sou tudo.
Desisto facilmente de tentar qualquer coisa que tenha pensado em tentar. Porque sou pega desprevenida por não entender o que sinto de repente; vejo-me à flor da pele. Ainda mais do que antes. Meu peito trepida e eu sou soluços de coragem. Vou e volto. De novo. Abrupto. Sou ultrapassada pelo acontecimento, sentimentos e palavras. Caminho em círculos e mais círculos dentro da minha cabeça, não vejo alternativas óbvias. Sinto-me exposta mesmo que ninguém me veja, sou indefesa, magoável, derrotável. Não entendo o que acontece de verdade e mesmo que eu tente ir de pouco a pouco, tentando perceber aonde vim parar, eu me perco no meio do caminho.
E por todas as vezes que fui caos, sou caos de novo.
Há tantas coisas em risco agora mesmo... Há centenas delas.
Não ouço mais nada além de vozes desconexas e as batidas no meu próprio coração. Estou parada em meio ao hall e não mais desvio; agora desviam de mim. O cenário de poucos instantes atrás não existe mais. Eu e Jungkook somos separados por meros minutos cretinos, uma descoberta filha da puta e a distância física no salão estudantil.
Penso em retomar o movimento das minhas pernas, um passo de cada vez. Reverter a situação e voltar a ser quem desvia e não quem é desviada. Mas continuo parada aqui. Sendo ultrapassada física e emocionalmente. E antes mesmo que outro pensamento prepotente me encontre em uma falsa coragem repentina, Jungkook se vira diretamente para mim.
Seus olhos são como dois céus estrelados em meio ao sol do início da tarde. Contraste puro e excepcional. Eles me encontram com tanta facilidade que por um instante sou convencida de que Jungkook sabe. Do início ao fim. Tudo acontece cedo demais, antes da hora. Mas sinto que minha preparação nunca foi uma prioridade da vida. Temo que ele entenda tudo o que se passa dentro de mim, mesmo que de longe. Temo ser transparente a esse nível, mas também anseio para que eu seja. Verbalizar parece tornar tudo isso ainda mais real do que já é. E não quero.
Não consigo respirar fundo como desejo fazer. Seus cabelos estão caídos sobre a testa vincada e sua boca abre um sorriso confuso. Penso em dar um passo, mas não o faço. Eu sou desordem e rancor. Um rancor crescente, doloroso e feio. A lembrança das mensagens de Haneul me tomam os pensamentos em dor em meio ao riso bonito de Jungkook; e não consigo repelir a raiva que sinto ao perceber que a situação escapa pelos meus dedos. É como grãos de areia, é como sentir. Num instante tenho tudo, no outro já não tenho nada.
Vejo Jungkook vir até mim, desviando de pessoas e me medindo com ainda mais curiosidade. Não consigo retribuir nenhuma versão do seu sorriso, porque a cada passo que ele dá em minha direção é como se a realidade fosse ainda mais clara. Isso me enfurece; enfurece porque ainda estou aqui, ainda estou enfiada nisso até o pescoço.
— Não quis me responder por mensagem?
Eu me perco no tempo, não pego mais detalhes ou sinais. Sua voz vem desconexa no ar e eu levo um tempo para entender que ele está parado em minha frente, finalmente. Por um instante, esqueço-me que antes conversávamos por mensagens de texto. Nego com um remexer de cabeça raso, quase imperceptível. Talvez eu devesse me considerar sortuda por ainda encontrá-lo aqui, mas não sou atrevida a esse ponto.
— Você... — Jungkook umedece os lábios com a ponta da língua, seus olhos estão atentos sobre mim. — Vai querer fazer algo depois?
Abro a boca por um instante, mas a fecho frustrada. Meu coração bate tão forte no peito que penso que posso morrer. O fato de ele nem sequer suspeitar de toda a bagunça dentro de mim agora me atordoa. É verdade que estamos em situações diferentes, mas sinto inveja por ele não sentir o que sinto. Puxo o ar com força, enfim; seu perfume tropical não me alcança, mesmo que essa vontade de senti-lo tenha sido percebida só agora.
— Tá tudo bem?
Com isso fico mais um tempo o olhando, enquanto suas palavras dançam sobre nós dois. Sua pele parece mais radiante, assim como seu sorriso aberto. Ele está lindo como sempre, mas não consigo me concentrar nele mais do que isso. Não consigo focar em suas particularidades ou seu cheiro que não vem. Passo meus olhos por suas roupas, mas não me prendo nelas.
Fecho os olhos por um instante, de maneira forte e irritada. Eu me sinto avulsa, fora de cenário. É uma sensação ruim e incomum, porque tento e tento entender em que ponto cheguei e em que ponto estou; da situação e do que sinto. Mas tudo é um emaranhado de fios da mesma cor, é praticamente impossível ver as coisas de maneira clara.
Abro os olhos depois de um tempo, há um zunido chato em meu ouvido e uma irritação mais forte do que antes. Aperto as mãos em punhos e travo meu maxilar por instinto.
— Jungkook, — Começo, impaciente. Tudo está errado! Não consigo me dosar, eu sou extremo, à flor da pele. — Você fez um post no fórum da faculdade?
Agora o que dança sobre nós dois é o silêncio; seus olhos me medem por certo tempo, parecendo perdidos na mudança de assunto. Ele se remexe no lugar, ajeitando a mochila em um dos ombros quando solta um riso esquisito antes de falar:
— Quê? Não fiz. Por quê? — Suas argolas balançam em suas orelhas e seus olhos se espremem em mais um sorriso. Ele espera um tempo e, quando percebe que não direi nada, volta a falar: — Hoje saiu as notas e os resultados do curso de verão. A gente achou que seria só na quarta, mas deu que liberou antes. O campus tá uma bagunça hoje porque todo mundo tá se preparando pro início das fé-
— Não to falando de hoje. — Interrompo-o sem rodeios, resgatando o que vim falar. Não me importa mais o tumulto pelos dormitórios ou o que quer que seja. Eu quero me livrar desse incômodo dentro de mim. — Eu to falando...
Paro, ficando ainda mais alvoroçada ao perceber que é inútil tentar explicar ou protelar. Desbloqueio a tela de meu celular e encontro a página logo ali. Eu a verifiquei dezenas e dezenas de vezes, li e reli como um karma. Analisei cada detalhe na esperança de encontrar uma falha que me dissesse que não era verdade. Mas infelizmente era. Ainda é. Solto um suspiro, erguendo o aparelho em sua frente.
— To falando disso.
Jungkook tem seu olhar fixo em meu rosto por um instante, o sorriso se esvaindo gradativamente. Talvez ele entenda agora que algo está errado por aqui. Talvez pelo meu tom de voz, pela minha postura, pela minha falta de sorrisos ou rubores nas bochechas. Talvez ele finalmente tenha entendido que nossos climas não são compatíveis. Não agora. Ele me olha por mais algum tempo, como se tentasse arrancar uma explicação no modo como o olho, mas logo desiste. Quando sua atenção é finalmente voltada para o que lhe apresento, sinto algo esquisito no peito. Penso em recuar e abaixar o celular, mas não o faço. Seus olhos parecendo correr por cada informação exposta na tela do meu aparelho, enquanto eu tento lidar com tudo o que tenho dentro de mim.
Quando parece entender, Jungkook se afasta um passo.
— Como você achou isso? — Parece incrédulo, mas envergonhado. — Já faz um tempo, eu nem lembrava mais.
Franzo o cenho consideravelmente, abaixando o telefone de imediato. Então ele ainda não entendeu? O questionamento vem como raio nos meus pensamentos. A informação pega pela metade me faz pensar que preciso verbalizar. E isso é o fim. O fim. A forma como ele não parece ligar os pontos me deixa desestabilizada. É tão difícil assim? Fico presa no desconforto e raiva por Jungkook não entender onde é que quero chegar; por não entender todo o peso que carrego agora mesmo.
Penso em mostrar as mensagens, mas eu as deletei num impulso de atordoamento e medo.
— O Haneul viu! — Solto, brava. — Ele viu seu post no fórum e me mandou. Ele sabe que você é acompanhante de aluguel!
Minha voz sai mais alta do que planejava sair, mas não me importo realmente com isso. Eu finalmente começo a sentir meu corpo inteiro reagir a toda essa situação. Sinto-me tremer da cabeça aos pés. Tudo parece sair ainda mais do meu controle, é algo que não consigo dirigir ou prever. Estou sendo ultrapassada o tempo todo, me perco no que é certo e no que é errado.
De novo.Existe o certo?
Não consigo organizar, sou posta zonza em meio a uma guerra. Não queria me comportar dessa forma, mas eu simplesmente soo, me movo, penso desse jeito. É como se eu estivesse escapando junto à situação inteira.
— Ele... — Jungkook começa, parece ainda enfrentar dificuldades para entender. — Ele o quê?
— Foi isso que você ouviu! — Rebato. O sol vindo da porta de vidro incomoda meus olhos por um instante e isso entra para a lista dos desconfortos do dia. — Haneul me mandou uma mensagem agora pouco com o link desse post.
Jungkook tem os olhos arregalados, atônitos. Ele me mede como se não conseguisse compreender. Como se eu estivesse falando algo completamente aleatório e ilógico. E talvez seja, não é? Talvez seja absurdo demais nós ainda precisarmos enfrentar toda essa porcaria depois de todo esse tempo. Depois de todas as coisas que já precisamos enfrentar.
— Ele mandou isso pra você?
Toda a sua aura leve vai embora como num passe de mágica.
— Mandou! — Respondo esganiçado. Vendo-o agora se remexer no lugar involuntariamente. — Mandou por um número novo, porque eu tinha... — Pauso, me perdendo no que quero falar outra vez. —Isso não vem ao caso agora!
Ficamos mais uma vez em silêncio, meus olhos fincados em seu rosto.
Eu preciso de uma solução, algo palpável que eu possa me segurar.
Jungkook parece se esforçar para ligar todos os pontos jogados tão de repente entre nós. Penso em tentar lhe explicar, mas não há muito que se falar. Está aqui, óbvio e certeiro. Também não é como se eu conseguisse dizer algo que faça sentido. Portanto fico aqui, observando Jeon ir e voltar. Literal e não literal. Seu corpo se remexendo de um lado a outro. Vejo-o pensar e repensar.
No fim, ele se volta para mim, a mandíbula marcada pela tensão e os olhos fincados e espremidos.
— Você acha que ele pode fazer algo? — Sua voz vem potente, furiosa. Por um momento, me prendo nisso, na sua reação. Mas só por um momento. — Acha que ele pode falar pros seus pais? Acha que ele pode... Falar para os meus?
Eu já havia pensado nisso antes. Para ser sincera, foi a primeira coisa que consegui concluir. Mas perceber que essa atitude é realmente uma possibilidade, que ela não é algo somente arquitetado pela minha cabeça insegura, me faz vacilar para valer. Nada é dito para suas perguntas, até porque não consigo verbalizar uma palavra sequer sobre isso. O choque por saber que essa também é uma dúvida de Jungkook me pega sem cautela. Mas basta nossos olhares se sustentarem por pouco mais de cinco segundos para ele entender minha resposta.
É sim para todas elas.
Ele se afasta alguns passos, vai e volta outra vez. Eu permaneço parada em meio ao hall dos dormitórios, vendo-o caminhar de um lado para o outro em minha frente. Não entendo o que acontece. Comigo, com ele, com a situação.
Jungkook passa as mãos pelos cabelos, mira o relógio, a porta escancarada e a mim. Ele faz isso por mais duas vezes seguidas. Respiro fundo o mesmo tanto de vezes, as mãos suadas e meu aparelho telefônico sendo pressionado contra a minha perna. Não sei o que fazer agora. Não sei o que fazer desde o início. Tudo parece turvo e sem sentido. Não entendo o porquê corri até aqui, não entendo o porquê de continuar aqui.
— Não... Não, a gente vai conseguir resolver isso. — A voz de Jungkook me desperta do transe. Ele está novamente em minha frente. Sua feição atordoada não passa confiança alguma, mas ele parece determinado. — É só a gente se acalmar e buscar uma solução, é fácil.
Levo um tempo para entender o que me fala. E levo mais outro para ligar com as informaç��es que já tenho. Assinto sem perceber, revelando em seguida a única jogada que tenho na manga:
— Haneul aceitou conversar comigo, to esperando ele agora. — Minha voz é urgente, inquieta. — Posso tentar convencer ele a não contar.
Quando meus olhos se erguem até seu rosto, vejo que Jungkook fica um tempo ali, parado. E não entendo de início. Não entendo sua perplexidade de repente. Talvez ele esteja percebendo a gravidade só agora? É isso? Sinto-me incomodada por não conseguir acompanhá-lo, por não conseguir o alertar de toda a urgência que essa situação precisa ser tratada. Jungkook precisa entender que isso é muito mais do que-
— O quê? — Ele vem horrorizado em meio aos meus pensamentos irritadiços, fazendo-me com que eu me perca na linha de raciocínio. — Você vai se encontrar com ele?
Seus olhos me medem em pavor e, por mais que eu me sinta exposta por sua atitude, chacoalho-me inteira por dentro.
— Sim, — respondo atravessada. — Foi a melhor maneira que encontrei pra resolver esse problema.
Ele vem em uma risada nasalada irônica e debochada. Seus cabelos se movendo pela testa quando ele nega veementemente. O que não faz sentido. Não faz. O que ele espera que eu faça? Que eu espere o circo pegar fogo? Que eu seja mandada de volta para casa? Que eu bote tudo a perder?
É verdade que eu, mais do que ninguém, gostaria de me libertar de toda essa parafernalha de namoro falso, porque isso me esgota de todas as maneiras possíveis. Mas não existe a menor possibilidade disso ser feito agora, muito menos nessas condições. Se antes eu já me via apavorada de contar a verdade, imagine agora no meio de tudo isso? Imagine tudo sendo contato pela boca sujo de Haneul? Jungkook deveria entender, não deveria? Eu não me sinto preparada, não me sinto pronta para dar esse passo.
— Ele infernizou a sua vida e agora você vai se colocar nessa posição? — Ele vem sem cuidado algum. — Você vai pedir um favor pra esse cara? Pra Haneul?
Sem perceber, estou hiperventilando. Meu peito sobe e desce de raiva e frustração. Porque entendo onde ele quer chegar e entendo ainda mais o quão certo ele está. Mas não me dou por vencida, não posso.  
Eu não consigo enxergar outra solução que não seja tentar convencer Haneul a não contar. Então seria de bom grado se Jungkook simplesmente falasse outra opção que não envolvesse contar a verdade, porque as minhas são escassas e desesperadas.
— Então tenta resolver você! — Jogo contra ele. — Hackeia o celular dele, não sei. Você mexe com isso!
— Eu faço design gráfico, não sei hackear computador!
Ele gira os olhos irritado e eu aperto minhas mãos em uma resposta silenciosa e secreta.
— Então o que você quer que eu faça? — Pergunto, fula. — Se você tivesse excluído esse post, nada disso ia tá acontecendo!
Jungkook é ofensa pura.
— Você tá dizendo que agora a culpa é minha?
— E a culpa é de quem? — Vocifero. — Fui eu que me esqueci de excluir aquele anúncio? Fui eu que postei ele?
Sua risada vem mais uma vez e eu sinto meu corpo todo tremer de raiva. Sua zombaria morre pouco tempo depois num silêncio ridículo e frio, no entanto. Eu tenho muito a dizer, mas não sei por onde começar. Sinto que eu deveria ser sincera com o que sinto, mas é muito mais complicado do que penso.
Gostaria de explicar que estou perdida, por mais que seja óbvio. Que me sinto sufocada e sem saída, que preciso de sua ajuda para entender o que acontece.
Jungkook ajeita a mochila nos ombros, mira o relógio, a porta e a mim. De novo. Meu peito está inflado, cheio de ar, mas sinto-o apertado, pequeno. Num relance involuntário, acabo olhando em volta. E não entendo quando exatamente aconteceu ou como aconteceu, mas todas as pessoas que antes aqui estavam, desapareceram. Pego-me na vontade de sumir também, do nada.
Só existe duas pessoas no hall dos dormitórios, nós, mas quando me viro para Jungkook novamente, percebo que logo restará apenas uma.
— Aonde você vai?
Minha voz vem em choque ao vê-lo caminhando em direção à porta. Penso que talvez ele tenha anunciado sua atitude, mas logo me convenço de que é muito provável que não.
Ele para então, virando-se para mim ainda distante.
— Eu preciso resolver uma coisa.
Pisco uma, duas, talvez três vezes. Atônita. Sinto-me vibrar internamente, talvez seja meu nervosismo ultrapassando meu estado físico e atingindo de vez meu estado mental., porque sinto-me brava fervorosamente.
— E vai me deixar sozinha aqui?
Jungkook solta a respiração de forma impaciente. E nesse instante, quando o vejo remexer os cabelos e dar mais um passo para trás, questiono-me se esse problema é dele também. Se toda essa situação só é grave para mim e somente para mim.
— A Minju tá me esperando. — Fala por fim, a voz não é mais tão afiada quanto antes. Mas não é isso que detém minha atenção. — É o último encontro que ela pagou, preciso-
— O quê? — Exalto, meus pés tomando vida e dando passos largos em sua direção, mas me freio involuntariamente antes de alcançá-lo. — Você vai encontrar a Minju? Aquela Minju?
Mas Jungkook não responde de prontidão. Talvez eu precise desenhar, montar um Power Point ou até mesmo a porcaria de um seminário para Jungkook entender o que se passa por aqui.
Ou quem sabe a situação seja grave somente para mim, de fato.
— Você vai se encontrar com ela? — Venho de novo. Minha voz é fina de descrença. — Vai se encontrar com a Minju e vai me deixar aqui?
— Qual o problema? — Jungkook volta até minha frente, o cenho franzido de ultraje. — Ao contrário de você, eu não to muito afim de olhar pra cara do Haneul.
— O que você quer que eu faça? — Solto outra vez, sou exaspero puro. — Eu não tava muito afim de ver a porra do seu anúncio no fórum da faculdade, mas a gente não pode ter tudo o que a gente quer, não é?
Eu venho em um humor ácido, venho rasgando todos os limites que nós estabelecemos em um contrato silencioso. Sei disso. Mas não consigo voltar atrás, sinto-me no limite, a ponto de ultrapassar meu próprio ser e explodir para todos os lados.
É o fim.
E não entendo, não consigo entender. Sei que nunca precisei me preocupar com Minju, sei que desde o início nunca houve um problema de verdade. Mas parece demais ter que aturar tudo isso agora, exatamente agora. É tão importante assim esse encontro?
Quero gritar de frustração, minha cabeça é um emaranhado imbecil e cheio de armadilhas. Não consigo me entender, não consigo entender o que sinto. É tudo ao mesmo tempo, mas também é nada. São dois extremos de uma mesma superfície. É ridículo. Ridículo.
Jungkook esfrega seu rosto com ambas as mãos, como se também não estivesse obtendo sucesso para se autoentender. Solta a respiração em uma lufada forte e, por fim, me olha. Sua boca se abre por um instante, logo se fechando; é como se buscasse palavras para dizer o que precisa dizer.
Penso em ignorá-lo, em desviar de seu corpo e marchar em direção à porta; resolver esse problema sozinha e mandá-lo para o raio que o parta, mas não consigo me mover.
— Nós dois estamos aqui agora, — Começa depois de um tempo. — Você tendo que contratar um acompanhante de aluguel e eu sendo um acompanhante de aluguel. Tudo, absolutamente tudo por causa dessa merda e você ainda vai tentar explicar pra ele? Vai tentar mudar a cabeça dele? — Há um resquício de um sorriso nada humorado no canto de sua boca, enquanto dentro de mim há um farelo de liberdade se remexendo de pavor. — Ele nos fodeu de formas diferentes e você ainda vai jogar conforme as regras dele? Você não percebe? Tudo isso aqui não estaria acontecendo se ele não fosse o maior babaca do mundo, se ele soubesse perder.
Jungkook pausa por um instante e, nesse meio tempo, meu celular vibra silencioso em minha mão. Penso em olhar para a tela, penso em sanar uma curiosidade que nem sequer existe, mas não consigo tirar meus olhos do rosto do cara em minha frente. Porque ontem nós éramos tudo — assim como eu, assim como os grãos de areia — e hoje nós parecemos uma imensidão de entulhos de desespero e problemas não resolvidos.
— Eu não vou ficar aqui pra ter que passar por isso de novo. — Ele retoma. Seu tom de voz é uma mistura de muitas coisas e quero acreditar que uma delas seja desculpa. — Eu não to indo embora por causa da Minju, eu to indo embora por causa de mim.
Abro a boca para retrucar, abro a boca para mal criações e discórdia. Mas abro e a fecho. Na minha garganta, enquanto o vejo virar as costas e andar para longe, está entalado coisas que ainda não consigo entender. Eu sinto raiva, mas também me sinto frustrada e triste. Queria gritar para Jungkook ir se foder. Queria gritar que se ele não se importa, eu também não me importarei. Mas eu nem sequer sei explicar sobre o quê.
No fim, só resta uma pessoa no hall dos dormitórios.
[...]
O sol brilha por todos os lados; alcança o topo das árvores, os pedregulhos do chão, os bancos de madeira. É forte e potente, um lembrete claro e objetivo de que as férias de verão estão logo aí. No entanto, eu não me sinto mais quente como antes; sinto-me fria, gelada igualmente as paredes do dormitório feminino. Sou peso sobre meus próprios ombros, sou arrependimento imediato.
Eu me sinto mal, pior do que antes. Pesada e errada. Porque continuo me lembrando do sorriso aberto de Jungkook, de seus olhos intergalácticos e de seu cabelo negro sobre a testa. Continuo me lembrando de nosso contraste grotesco e de como eu nos arrastei para o limbo rápido demais; de como seu sorriso diminuiu e seus olhos se tornaram opacos. Eu me sinto mal, porque, por mais que no fundo — mesmo que de forma involuntária e não proposital — a culpa tenha sido dele, o rumo que as coisas tomaram passaram longe do caminho que eu havia traçado mentalmente.
Só agora consigo encontrar as palavras certas para dizer, só agora consigo imaginar um contexto e uma explicação melhor antes de lhe erguer o celular; antes de despejar todo meu desespero e urgência de maneira tão crua e imatura. Não é como se eu já conseguisse me policiar, nem mesmo como se eu entendesse o que venho sentindo ou o que vem acontecendo. Eu ainda sou bagunça, um amontoado tenebroso de problemas jogados uns sobre os outros. Ainda sou desordem. Mas pelo menos sei o que eu não deveria ter feito.
Não quero mais gritar atrocidades para Jungkook. Não quero mais mandá-lo ir se foder. Não quando suas últimas palavras continuam me assolando a alma, continuam a gritar comigo no meio de todo o meu silêncio. Ouvi-las não me fez encontrar uma direção ou esclarecimentos, me fez erguer mais questionamentos do que antes.
Jungkook abriu mão de tudo, afinal?
Aperto meus braços em volta de meu corpo, enquanto meus olhos são fixos no portão de entrada da faculdade. A mensagem de mais cedo era de Haneul avisando que estava a caminho. Pressiono os lábios e solto um suspiro longo. Meu corpo já não mais treme, mas minha cabeça continua viajando por hipóteses e pensamentos na velocidade da luz.
Seria possível eu abrir mão de tudo também?
Eu caminho vagamente pelos pensamentos, volta e meia escalando as letras de todas as palavras ditas mais cedo. Minhas, de Jungkook. Queria poder ter controlado minhas emoções, mas continuo escapando de mim assim como a situação inteira. Sinto-me deturpada e agora assombrada pelo que foi entregue a mim.
A figura de meu ex-namorado surge como um fantasma agourento e macabro do outro lado da rua. Consigo enxergá-los entre as pessoas e carros, como também consigo me lembrar das palavras que Jungkook me disse. Não as de hoje, mas daquela festa de república; sobre minhas verdades e sobre como é importante eu acreditar nelas.
Qual é a minha verdade agora? Nesse exato momento?
Eu queria poder discordar de cada palavra que Jungkook me disse mais cedo, hoje. Gostaria de poder dizer de maneira rápida e óbvia de que ele está errado, de que não é assim que as coisas funcionam. Mas a cada passo que Haneul dá em minha direção, mais eu percebo o quão tudo é verdadeiramente real.
Talvez eu sempre soubesse disso... Nos meus pensamentos secundários, nos meus sentimentos secundários. Porque sempre foi mais complicado ter que viver em função de driblar problemas que envolvam meu ex-namorado do que entender para onde tudo isso estava me levando. Eu sempre entendi o caos que estava me enfiando, sempre entendi a teia horrorosa de mentiras que fiz e que eu própria me embolei. Mas nunca mergulhei a fundo sobre as consequências, sobre as amarras e sobre como eu ainda estava — estou — terrivelmente interligada a tudo aquilo que eu queria evitar.
— Quanto você pagou por aquele merda? — Haneul vem raivoso assim que para em minha frente. — Hã?
Olho-o por um instante, sem a intenção de respondê-lo. Minha vontade é de apenas ouvi-lo falar e falar, apesar de ter muito que dizer. Meus pensamentos ainda são idas e vindas; e agora, pensando sobre as consequências que nunca tirei conclusão alguma, entendo que talvez tenha sido só meu subconsciente tentando me proteger de algo difícil demais de lidar.
— Deve ter sido uma mixaria... Ha, eu sempre soube que eu tava certo. — Ele passa a língua pelos lábios e sorri. Um sorriso vitorioso e arrogante. — Você contratou um cara só pra me fazer ciúmes, incrível!
Engulo a seco, lembrando-me agora também da última vez que estivemos frente a frente. Foi naquele corredor, com suas palavras imbecis e eu me sentindo tão pequena e insuficiente. Tem sido assim há um bom tempo agora, não é? Haneul impondo sua verdade, seus pensamentos, seus ideais. Impondo uma vida e uma visão, enquanto eu só sigo as regras do jogo.
Vai continuar sendo dessa forma por mais quantas primaveras?
— Não vai dizer nada? Eu acabei de pegar você no pulo, descobri que você enganou todo mundo. — Vem cheio de segundas intenções, a boca proferindo palavras ridículas e meu peito crescendo em descrença. — Você não tem vergonha?
 — Você não tem vergonha? — Tento, eu sou tremedeira por inteira. Minha voz é incerta e vacila. — Eu contratei um cara pra tentar me ver livre de você e a única coisa que você consegue pensar é no seu umbigo egocêntrico e inútil.
As palavras saem sem qualquer agressividade, num tom de voz de pouca credibilidade. E me sinto mal, injustiçada pela vida e por tudo o que venho enfrentando. Tudo é mais fácil atrás de uma tela de celular. Foi mais fácil quando o bloqueei a primeira vez, foi mais fácil hoje. Mesmo que a última tenha sido regada em desesperação.
— Eu já tava em outra, pelo amor de Deus! Eu tava namorando e você contratou um cara pra me fazer ciúmes, só admita! — Haneul nem sequer titubeia em dizer, ele vem decidido. — Você tá querendo virar o jogo, sério? Nessas condições? Não pense que vai dar certo, porque eu tenho tudo na palma da minha mão.
Puxo o ar com força, horrorizada. Porque sei que existem falhas em seu discurso, sei que suas palavras podem ser revertidas facilmente e postas contra ele. Sei que tenho brechas pra contra-argumentar, pra me pôr em primeiro nessa discussão. Mas meu raciocínio lógico e certeiro é uma carta fora do baralho, não segue a frequência de todo o meu ser. O restante de mim, meu corpo, não me permite agir.
— Você é maluco! — É o que consigo dizer. Meu peito é um rebuliço de ódio e frustração. É um inferno. — Um petulante de merda!
— Você não tá ajudando muito na sua situação... — Haneul gira os olhos, debochado. — Sabia disso, né? Eu posso agora mesmo ligar pros seus pais, contar tudo o que eu sei.
— Vai contar também que se enfiou em um time de basquete só pra me observar?
Reacendo um questionamento interno e antigo, mas não sei o que fazer por agora. Com seu rosto me olhado incrédulo por um tempo e a oportunidade que tenho de dizer tudo o que preciso dizer. Porque ainda sou presa em mim, nele e nessa situação de merda.
Ele tem tudo na palma da mão, de fato.
— Caramba, — começa, atordoado. — Você foi atrás dele exatamente porque nós jogávamos juntos? Foi tipo uma vingança em dose dupla? Você é muito baixa!
Meus ombros murcham. Sinto-me apavorada. Haneul pegou o caminho que mais lhe valoriza, que mais lhe beneficia. Mesmo que não seja a verdade, mesmo que não seja o que eu quis ter dito; mesmo que passe longe de qualquer palavra que tenha saído de minha boca. O ego inflado de meu ex-namorado é um inimigo poderoso e inabalável.
— Vocês são inacreditáveis. — Ele ainda parece desacreditado, enquanto eu continuo aqui, parada em sua frente tentando engolir aonde tudo isso chegou. — Até diria que se merecem, mas sei que você não tá no seu melhor estado de espírito.
Estado de espírito.
Seu melhor estado de espírito.
— Não foi isso. — Falo, meio esquisita. A acusação é sem cabimento, mas por uma fração de segundos me pergunto se não foi isso mesmo que aconteceu. — Foi uma coincidência.
— E você quer mesmo que eu acredite?
Minhas têmporas se apertam em pavor e eu quero gritar. Isso é ridículo. Eu odeio estar aqui, odeio mais do que qualquer outra situação que já precisei enfrentar. Eu sei de como tudo aconteceu, eu sei como cheguei até Jungkook. Isso não faz sentido!
— O que seus pais vão dizer quando eu contar tudo isso pra eles? — Seu tom de voz é maldoso quando chega em mim com palavras afiadas e chantagistas. — Torça pra eles acreditarem que foi tudo uma coincidência.
Vejo-o se afastar um passo. É quase como a cena em que vi Jungkook ir para longe mais cedo, mas me freio de tentar comparar. Um desespero novo e imediato me toma o peito e, de novo, me vejo perdida, sendo ultrapassada por sentimentos e fatos. Deixo tudo escapar fácil demais. Sou derrotada pela miserável falha de não conseguir ligar os pontos, de não conseguir agir, dizer.
Acabo indo pelo costume, pelo que sempre acabo fazendo.
— Não, espera! — É o que digo, vendo-o parar de prontidão quando dá seu segundo passo para trás. — Vamos fazer um acordo, por favor.
— Um acordo?
— É, um acordo. — Falo sem pensar. — Foi pra isso que você veio, não foi?
Seus olhos se estreitam em minha direção, como se analisasse meu pedido. Isso só faz com que eu me sinta ainda mais inútil e minúscula. Não me sinto satisfeita em dizer, em embarcar mais nessa, mas estou de mãos atadas, não estou? O que mais eu poderia fazer? Qual outra alternativa eu tenho? Não são muitas. Pelo menos, não no caminho que quero pegar.
Depender de Haneul nunca foi tão doloroso quanto agora...
Ele respira fundo e olha para os lados apenas por olhar, talvez queira que eu sofra com a espera, mesmo sabendo da sua resposta. Há pessoas indo e vindo, mas nenhuma parece prestar atenção em nós dois.
— Eu não conto nada pros seus pais. — Fala por fim. — Mas você vai ter que pedir transferência de universidade.
Levo um tempo para associar o que me diz e, quando faço, meu queixo quase cai.
— Pedir transferência?
— É. — Concorda sem rodeios. — E se sinta grata que minha condição não é você desistir do curso.
Pisco algumas vezes, sem acreditar.
— Não... Entendi.
Haneul solta um suspiro impaciente e fico o encarando por algum tempo. Seu cabelo está jogado para trás e as sobrancelhas grossas quase se encontram em meio a sua testa.
— Eu vou finalmente voltar com você, vou te dar outra chance. — Explica como se fosse algo óbvio, escancarado. — Eu só tenho essa condição. Você seguindo essa condição, nós podemos voltar.
A situação se reverte mais uma vez. Minhas atitudes não são compreendidas ou são ignoradas por completo. Não sei ao certo qual de fato é o correto se afirmar. Desconfio que Haneul de fato saiba sobre toda a verdade das minhas atitudes que sempre julguei serem claras. Desconfio que ele saiba, mas que não queira admitir. Ou, quem sabe, perder...
Vai ser assim pra sempre, não vai?
Minhas atitudes distorcidas e sua verdade sempre imposta. Esse ciclo infinito de me querer ver livre, mas continuar presa. De achar que vivo, mas perceber que ainda sou interligada a ele. Porque de fato sou. Continuo fazendo as coisas pensando em Haneul, por causa de Haneul. Mesmo que superficialmente não pareça, no fundo eu sei que é. Nos meus pensamentos secundários, nos meus sentimentos secundários.
Vai existir o momento perfeito para eu me libertar disso?
Eu sempre preferi me boicotar ao invés de rebater a ideia matrimonial dele e de meus pais. Acabei me envolvendo em um contrato com um acompanhante de aluguel só para que eles não soubessem da verdade... E, por mais que isso seja a única coisa feita que me rendeu algo bom, ainda é desconexo. Não deveria ser dessa forma, eu não deveria me desdobrar para caber dentro de crenças que não são minhas. Eu criei dezenas de desculpas esfarrapadas na minha cabeça, porque no fundo eu sabia que era mais complicado, que o buraco era mais embaixo; que era um impasse mental meu. Que me faltava coragem para encarar tudo o que eu era contra, tudo o que eu não concordava. Talvez nesse meio tempo, eu acabei caindo na tentação inútil de pensar que a errada era eu, porque era mais fácil dessa forma. Preferi me afundar, me enrolar em mentiras — internas e externas — e acabar parando aqui.
Não posso mais usar Haneul como justificativa, não posso mais usá-lo para guiar minhas decisões e minhas preocupações. Nem ele e nem minha família.
Quero me desconectar da minha eu do passado, não quero mais me sentir como antes. Nunca mais. Não quero me sentir pequena e insuficiente. Entendo agora, entendo perfeitamente que essa não é minha verdade e nunca foi. Não quero retroceder, quero ir além.
Não quero mais me sufocar num pesadelo real.
Eu sou livre. Eu sou! Essa é a minha verdade, afinal. E quero me sentir assim.
Contra meus dedos, sinto meu celular vibrar e cantar com uma nova mensagem. E percebo que a sensação é realmente verdade quando Haneul volta sua atenção para o aparelho em minhas mãos. De maneira involuntária e sem pensar, meus olhos se voltam para a tela acesa, para a pré-visualização da recente sms.
Minha mente ainda é vaga e desconexa, ainda é um turbilhão de coragem e medo. Vou e volto pelo que deva ser a milésima vez nos últimos minutos. Ainda interligo pontos e me atordoo fácil pela constatação óbvia. Sou bagunça, mas não deixo de percorrer cada letra escrita ali.
— E então? — Haneul me tira do transe temporário, sua voz é mais alta do que antes. Parece urgente. — Vai pedir transferência ou não?
Respiro fundo, mirando seu rosto agora de uma forma diferente como media há dois minutos. Perceber o que vim fazendo nos últimos meses me fez enxergá-lo com outros olhos, numa outra perspectiva. Consigo entender agora. Ele foi um inferno por tanto tempo... E por tanto tempo lhe dei importância demais.
— Não.
Minha voz sai clara e espontânea. Ainda me sinto incerta sobre o futuro, mas pelo menos agora sei aonde não quero chegar.
— Não? — Ele vem em choque depois de um tempo. — Não vai pedir transferência?
— Também.
Seus olhos se apertam para mim, ele parece ultrajado e confuso. Meu coração bate forte contra meu peito e a sensação que tenho é que posso explodir outra vez. Mas o sentimento é diferente agora, é como explorar o novo.
— O que você quer dizer com também?
Meneio a cabeça, puxando todo o ar que consigo para meus pulmões, só para assim soltá-lo com as palavras que consigo dizer:
— Não vou voltar com você e nem pedir transferência.
Haneul parece não ter ouvido no primeiro instante. Seus olhos são fincados em meu rosto como se tivéssemos parado no tempo e seu entendimento tenha sido interrompido. Como um pause em uma cena que só funcionou para ele.
— O quê? — Ele finalmente fala. — Você tá se ouvindo? Você entendeu o que falei? Se você não pedir transferência, eu vou contar pros seus pais.
Luto comigo mesma, com o sentimento de me sentir pequena e estúpida mais uma vez. Não posso deixar isso acontecer, não posso. Remexo-me no lugar, uma rajada de vento nos atingindo e arrastando meus cabelos para trás. Ela também parece varrer, por um pequeno instante, meu medo.
— Eu entendi o que me disse. E a resposta é não.
A resposta imediata que recebo é um riso desacreditado, a primeira sílaba vindo ímpia e alta. Haneul vai de um lado para outro. Retorna. Quase consigo ouvir as engrenagens de seu cérebro trabalhando para entender o que digo.
— Eu to tentando te ajudar! — Ele agarra os fios de cabelo de sua nuca, parece transtornado com o rumo que as coisas tomaram. — Qual é o problema?
Não quero ter tempo para pensar. Não quero ter tempo para desistir e voltar atrás. Quero seguir com isso, porque, de repente, talvez essa seja minha única oportunidade de enfrentá-lo de verdade.
— Ok, ok. Caramba... — Haneul parece viver um confronto interno. — Não precisa pedir transferência, então. A gente vai vendo isso com o tempo, tudo bem?
— Haneul, — começo, quase em choque por ele ainda não ter entendido ou continuar fingindo que não entendeu. — Eu não vou voltar com você.
Finco meus pés no chão, inflando o peito. Quero e vou me manter aqui, determinada.
Haneul passa seus olhos mais uma vez pelo meu rosto, analisando cada mínimo detalhe. Quem sabe tentando captar alguma mensagem que não passei ou alguma brecha para reverter o que acabei de dizer. Ele gira os ombros para trás, seu semblante agora mudando para desconfiança e desafio. E acabo me perguntando como sua mente trabalha, se em algum momento ele acaba caindo nas suas próprias armadilhas.  
— Quem te enviou a mensagem? — Ele vem cheio de suspeita suja. — Foi Jungkook?
A mudança repentina de assunto me pega desprevenida. Sinto algo ruim no fundo do peito, não o respondo. Aperto o aparelho entre os dedos e o pressiono contra mim. De repente, sinto-me amedrontada.
— Foi ele? — Seu tom é acusatório. — Vocês tão tendo um caso?
— O quê? — Quase engasgo. Isso é novo e não combina em nada com seu discurso. — Você mesmo disse que nos unimos por vingan-
— Eu quero ver seu telefone. — Diz, interrompendo-me. Olho para sua mão estendida em minha frente. É fora da realidade. — Anda, quero ver!
Demoro um tempo para entender o que se passa, para entender que tudo de fato está acontecendo.
— Não! — Falo finalmente, espantada pelo pedido. — Não vai ver!
Mas antes que qualquer outra palavra seja dita, Haneul parte para cima de mim. Sinto meu corpo todo se eriçar de pavor e me encolho o que posso. Suas mãos tentam alcançar o aparelho telefônico preso entre as minhas e recuo um passo. Ele se aproxima dois. É tudo fora da realidade, absurdo. Sinto-me encurralada, no limite de uma situação que foi longe demais. Viro sobre meu próprio eixo, dando-lhe as costas. Penso em empurrá-lo e correr para longe, mas seu corpo todo está sobre o meu.
Meu coração se espreme dentro de mim e sinto-me sufocada de pavor, remexo-me para tentar me ver livre dele, mas não consigo. Ele continua me puxando pelos braços, agarrando minha pele.
Num instante de pavor, sinto seus dedos finalmente alcançarem os meus. Meu celular logo ali. Ele nos chacoalha para os lados na intenção de me fazer soltar. Seu peso sobre o meu e minha mente à mil. Vejo-me sem saída, vencida de vez. Começo a me debater, nos engatando em uma luta corporal esquisita e imatura. Meus braços se movimentando em desordem e desespero, de um lado para outro. De um lado para outro.
No meio do caminho, acerto algo.
— Não acredito!
Como num passe de mágica, os braços se Haneul desaparecem da minha volta. Sua voz reverberando alta e horrorizada. Viro-me assustada, ainda sem entender o que aconteceu por aqui. Quando o faço, no entanto, encontro o nariz de Haneul escorrendo sangue.
— Você me acertou! — Acusa. Fazendo-me com que eu tente entender como. — Você enlouqueceu de vez! Você é completamente pirada!
Sua voz é abafada pela mão que cobre seu nariz, mas consigo ouvi-lo claramente quando fala outra vez:
— Pode esquecer qualquer acordo entre a gente!
E, num instante absorto e delirante, sinto vontade de rir; é surreal demais para acreditar.
Vejo meu ex-namorado marchar em direção à saída do campus, levando meus problemas e todas as minhas consequências. Eu deveria fazer algo agora, não deveria? Não sei ao certo o que, mas acredito que sim. O problema é que ainda há muito coisa para se absorver por aqui...
O caminho tomado é completamente diferente do que eu havia traçado mais cedo.
E enquanto Haneul desaparece entre as pessoas do outro lado da rua, abaixo meus olhos novamente para a mensagem que recebi.
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Como fazer um CNPJ: passo a passo para isso acontecer
Quer saber como fazer um CNPJ? Se projetou um produto ou serviço inovador que pode atender às necessidades dos consumidores, então (se você acredita) terá sucesso!
Executou procedimentos de análise de mercado (embora informalmente), conduziu pesquisas e descobriu que suas ideias realmente têm um grande potencial? Perfeito! Este negócio parece muito promissor e o primeiro passo está feito.
No entanto, suponha que você nunca tenha pensado em como fazer um CNPJ. Suponha que você não esteja familiarizado com o processo de como fazer um CNPJ: “Como você está agora? Como posso colocar minhas ideias em prática?” Mas fique tranquilo: quase todo empresário enfrenta esse problema. Preparamos este artigo para responder às questões relacionadas a esta fase, da qual ninguém escapa.
São procedimentos e técnicas básicas que podem ajudar você (empresário) a como fazer um CNPJ com facilidade.
Você achará essas informações sobre como fazer um CNPJ mais introdutórias. O fato é que o assunto é vasto e, para tratar de todas as questões, precisaremos de mais espaço. A ajuda de um contador nesta etapa sobre como fazer um CNPJ é crucial. No entanto, antes de falarmos como fazer um CNPJ, como fazer um CNPJ MEI, como fazer um CNPJ simples, vamos falar sobre algumas questões do perfil empreendedor:
Como fazer um CNPJ: Perfil do empreendedor
Supondo que uma empresa possua os dados pessoais de seu criador, seria melhor se conhecer antes de iniciar este trabalho.
Com uma compreensão precisa das suas características, também poderá compreender melhor os seus motivos, o que facilitará o processo a partir dos seus dados pessoais. Alguns empreendedores têm imagens de herdeiros idealistas e naturais.
Paciência é a alma do processo
O primeiro fato que você deve considerar é que como fazer um CNPJ pode ser um processo longo, que exige muita paciência. Enquanto você quiser que seu negócio sobreviva o mais rápido possível, você tem que esperar pela definição de instituições públicas, o que geralmente leva tempo.
Comparado com o passado, o processo ficou (um pouco) mais ágil, mas o período para como fazer um CNPJ no Brasil ainda é um dos mais longos do mundo. Portanto, lembre-se: tente manter a calma durante esta etapa em como fazer um CNPJ.
Vamos prosseguir passo a passo de abertura de empresa para como fazer um CNPJ:
2- Pesquise o nome e endereço da sua empresa
Primeiro é preciso estudar a viabilidade do nome no registro comercial neste processo sobre como fazer um CNPJ. Em seguida, verifique com antecedência o endereço com a administração regional onde está localizada a sede da sua empresa. Isso é necessário para verificar se o endereço permite atividade econômica.
3- Encontre um contador de confiança
Não há dúvida de que levantar e validar os documentos utilizados na condução do negócio é a parte mais complexa do processo. Um bom contador o ajudará a qualquer momento em como fazer um CNPJ, principalmente ao recomendar o melhor sistema tributário para o seu negócio.
O contador também pode auxiliar na montagem do cronograma de sua empresa, que inclui dias fiscais e apuração de ativos e passivos.
4- Preparar um contrato social e registrar-se no comitê empresarial
Agora, alinhe-se com um advogado de sua confiança para os próximos processos em como fazer um CNPJ. Porque ele poderá auxiliá-lo na elaboração do contrato social da empresa em como fazer um CNPJ. Este é o documento de constituição da sua empresa, que contém informações como “destino”, “aspectos societários” e “formação de capital próprio”.
Como fazer um CNPJ e quanto custa
O projeto é fornecido pelo IRS e você pode solicitar online no site do IRS. No momento, também é interessante a ajuda de um profissional de sua confiança.
Porém, o processo é muito simples, e a própria Receita Federal também oferece cursos gratuitos a distância para quem deseja aprender mais sobre o assunto de como fazer um CNPJ, como fazer um CNPJ MEI, como fazer um CNPJ simples.
O primeiro passo é separar todos os arquivos necessários para iniciar o cadastro. Para cada tipo de empresa, o IRS fornecerá uma lista de documentos, no processo.
Você também pode ver os modelos de negócios mais comuns no país e os documentos necessários abaixo:
Microempreendedor Pessoal (MEI): Fundo de Previdência, número da última declaração de imposto de renda e número da cédula;
Sociedade Simples Limitada: Contrato Social registrado na RCPJ (Registro Civil de Pessoas Jurídicas);
SSPura (Sociedade Simples Pura): Para os escritórios de advocacia, os contratos sociais registrados na RCPJ ou na OAB;
Sociedade Anónima (S.A.): Estatutos anexados às atas da Assembleia Constituinte inscritas na Junta Comercial (JC);
Sociedade de responsabilidade limitada (Eireli): lei de registro de empresas registradas na RCPJ ou JC;
Empresários individuais: aplicações para comerciantes inscritos na Junta Comercial.
Aplicativo CNPJ
Não é mais necessário baixar o programa gerador de documentos CNPJ. Desde 2014, o aplicativo de cobrança online de Tributos Federais pode ser utilizado para o preenchimento de solicitações de cadastro, alteração ou cancelamento no processo.
Neste aplicativo, você deve preencher e enviar a ficha de inscrição de pessoa jurídica (FCPJ) contendo dados como razão social, setor e endereço. O sócio da empresa e o comitê de gestão (QSA) também devem ser apresentados, descrevendo todas as pessoas responsáveis ​​e suas respectivas participações no patrimônio.
Como dito antes, existem diferentes tipos de empresas e sistemas tributários. Portanto, antes mesmo de entender como fazer um CNPJ, você deve estudar o modelo de empresa que melhor se adapta ao seu negócio nos estágios iniciais de obtenção do NIRE.
Além disso, peça ajuda a um profissional de contabilidade. Dessa forma, você pode avaliar qual imposto é melhor para sua empresa nos processos sobre como fazer um CNPJ.
Na maioria dos casos, as etapas para obter a documentação são:
Contratos sociais;
Estabelecer um modelo de empresa;
Classificar atividades econômicas;
Escolha um sistema tributário;
Cadastrar-se na entidade de classe quando necessário;
Registre-se no Comitê Comercial;
Cadastre o projeto de como fazer um CNPJ na Receita Federal, prefeituras e governos estaduais.
Etapas offline
Depois de enviar a solicitação em como fazer um CNPJ, você receberá um recibo que permite acompanhar o andamento do pedido no site do IRS. Se houver pendências ou erros em como fazer um CNPJ, você será notificado sobre o problema e sua solução. Caso contrário, basta imprimir todos os documentos que foram preenchidos e considerados, como os documentos de entrada sobre como fazer um CNPJ.
Com este documento em como fazer um CNPJ, basta confirmar o nome e, em seguida, enviar todo o conteúdo para o setor de cadastramento pelos Correios ou pessoalmente em como fazer um CNPJ.
Não há prazo para conclusão do processo e obtenção em como fazer um CNPJ na legislação. Na verdade, o que acontece é que o processo em como fazer um CNPJ demora no mínimo 5 dias. Portanto, é melhor seguir o pedido no site até obter o número do processo de como fazer um CNPJ.
Escolha do sistema tributário
Esta é uma área que merece atenção em como fazer um CNPJ, pois no sistema tributário existe um intervalo de tempo entre a obtenção e a adoção do sistema.
Por exemplo, Simples Nacional é o caso. Após a compra em como fazer um CNPJ, você tem até 180 dias para entrar no plano, caso contrário, terá que esperar até janeiro do próximo ano fiscal.
Para simplificar o processo, é ideal para você pesquisar entre as opções disponíveis para predefinir o que foi selecionado para o seu negócio.
Como já mencionei, atualmente as três opções principais são “simples nacional”, “lucro real” e “lucro presumido”. Cada um deles é adequado para empresas de diferentes tipos e tamanhos em como fazer um CNPJ, e possui complexidade diferente.
A escolha certa em como fazer um CNPJ não é importante apenas do ponto de vista de como fazer um CNPJ, mas também permite que você pague menos impostos legalmente.
Microempreendedores individuais
Se você não for sócio, não terá ações de outra empresa, e a previsão de receita anual do seu negócio é inferior a 81.000 reais, você deve se registrar como microempresário individual (MEI) em como fazer um CNPJ.
Mas tenha cuidado! A fatura total pode ser atualizada de tempos em tempos em como fazer um CNPJ. O valor que trouxe é baseado em 2020, certo?
Para se tornar um MEI, a mensalidade que um empresário deve pagar hoje fica em média de R$ 55,00, que inclui todos os impostos e obrigações legais da empresa. Nesta categoria, ainda podem existir empregados com salário-mínimo ou salário-mínimo em como fazer um CNPJ.
Além da formalização em como fazer um CNPJ, a estrutura do MEI também traz benefícios da previdência social, permitindo que você se aposente e conte com benefícios de doença e maternidade, se necessário.
Como abrir o MEI
Muitos processos sobre como fazer um CNPJ são feitos online no portal do empreendedor. O site é muito ilustrativo sobre como fazer um CNPJ. No entanto, se achar necessário, você também pode procurar a ajuda de um contador sobre como fazer um CNPJ. Para quem está em dúvida, outra opção é o SEBRAE, que disponibiliza consultorias e materiais explicativos como brochuras e artigos em seu posto sobre como fazer um CNPJ.
Como fazer CNPJ MEI
Nesse caso, em comparação com os métodos tradicionais, a exclusão do CNPJ é mais simples e rápida em como fazer um CNPJ. Se a previsão de vendas anual da sua empresa permitir e você não pertencer a nenhuma outra empresa, é recomendável optar por se tornar um microempresário individual (MEI) para seguir um procedimento mais simples para registrar uma agência de registro.
Para obter o CNPJ MEI, basta entrar no portal do empreendedor e preencher as informações necessárias sobre como fazer um CNPJ. Além disso, certifique-se de que sua empresa esteja na lista de atividades econômicas que podem ser classificadas como tais. Além de ser gratuito, o registro leva alguns minutos.
No ato da inscrição, será necessário o CPF, o número da última declaração de imposto de renda e o número do título de eleitor. Usando essas informações, você pode preencher os dados necessários sobre como fazer um CNPJ.
Após a finalização do processo, será gerado imediatamente o CNPJ da sua empresa, registro na Junta Comercial e no INSS, e licença temporária de funcionamento. Todos estes são emitidos imediatamente na forma de um único documento, o certificado de status do microempresário individual (CCMEI).
Em algumas cidades, dependendo do tipo de serviço prestado, é necessário ir à prefeitura e obter a licença definitiva. Algumas pessoas têm mais sorte, moram em locais onde os procedimentos da prefeitura podem ser realizados via Internet.
Em qualquer caso, este processo final é muito importante para concluir a formalização do MEI e deve ser concluído no prazo de 180 dias após o registo online. Só depois disso os microempreendedores individuais podem emitir notas fiscais eletrônicas.
Quanto custa abrir um CNPJ no Brasil?
De acordo com o Global Doing Business Report 2017, o custo médio de abertura de uma empresa é de 1.518,16 reais.
Após a constituição da empresa, os custos iniciais no processo de como fazer um CNPJ são: aluguel, gastos com água e energia, ligações telefônicas, faturamento, impostos e gastos com pessoal.
Isso porque, além do custo comum à maioria dos CNPJs, existem vários outros valores que interferem no custo final.
Como formalizar uma empresa com mais praticidade e assertividade?
Agora que você já entendeu mais sobre os passos de como fazer um CNPJ, assim como já pensou em como fazer um CNPJ MEI, como fazer um CNPJ simples, com certeza deve querer saber como alavancar suas vendas.
Além de ficar totalmente tranquilo em relação a sua gestão financeira nos seus planos de como fazer um CNPJ, contando com a gestão tributária e fiscal, para estar em dia com as conformidades da lei, indicamos fortemente o serviço de um contador. Com este profissional você terá benefícios como:
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Gestão assertiva, pois no momento econômico que estamos vivendo, erros podem ser fatais para o futuro de seu negócio;
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theolympusrp · 3 years
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OOC: +18
IC:
Nome terreno: Ravi Matarazzo. Nome mitológico: Hélio/Ήλιος. Faceclaim: Wouter Peelen + Modelo - @wouterpeelen1 Nascimento: - Naturalidade: -
Ser: Deus do sol - personificação do sol - Titã secundário Nível: 11 Dormitório: Pegasus - 01
Twitter: @helio_olp Ocupação: Professor de Construção de Armamentos, Condicionamento Físico e Teoria e Prática de Combate.
Qualidades: Sincero, Alto astral, Empolgado. Defeitos: Inquieto, Fofoqueiro, Exigente. Plots de interesse: ANGST, ROMANCE, GENERAL, CRACK, SQUICK, SMURT e FLUFF
Biografia:
Segundo a mitologia grega, Hélio é a personificação do sol. Ele é filho do titã Hyperion com a titânida Teia, irmão de Eos (o amanhecer/o dia) e Selene (a lua). Era considerado um dos titãs, mas não participou da rebelião contra Zeus, escapando de ser lançado ao Tártaro.
O titã é um dos poucos de confiança do rei do Olimpo, então Zeus lhe pediu que pudesse trabalhar em uma nova tarefa, além do que já fazia. Essa tarefa correspondia em auxiliar e vigiar Selene em seu cargo de Diretora do Instituto já que o deus dos céus não tinha muito gosto pela deusa da lua por apresentar certa preferência pelos humanos causando seu distanciamento dos deuses. E para piorar a situação, Zeus revelou que não tinha curtido a ideia de Nêmeses deixá-la com o cargo mais alto do instituto.
Hélio não curtiu muito a ideia de vigiar sua irmã, pois de fato ele sabia que ela tinha enorme capacidade pra gerenciar um instituto e que aquilo iria contra o que pensava. Contudo, ele teve que aceitar a tarefa porque “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
Ele sempre indagou aos deuses olimpianos o porquê de o terem escolhido. Segundo os deuses, Hélio foi escolhido para lecionar, pois este circunda a terra em seu carro de sol, cavalgando o céu até o oceano para banhar os cavalos e por isso nada no universo lhe escapa de sua vista. Tanto que ele revelou pra galera a traição da Afrodite com Ares (esses dois tem um conflitos com o titã) e também contou pra Deméter do rapto de sua filha por Hades. Esses pontos podem ter sido cruciais pra galera do Olimpo mandar ele pro instituto pra fugir de suas fofocas.
Habilidades:
1. Hipercompetência: A Hipercompetência é a habilidade de ser naturalmente habilidoso em vários campos, em um nível sobrenatural, por ser um titã, Hélio demonstra um nível de percepção e eficiência incompreensível em diversas áreas, realizando proezas com grande facilidade. Seu nível inacreditável de competência realmente o coloca em uma própria categoria inalcançável, que escapa da compreensão dos outros.
2. Clarividência: Assim como sua mãe, Hélio pode obter informações sobre um objeto, pessoa, a localização física ou eventos que aconteceram, estão acontecendo, ou vão acontecer. Estas informações podem vir na forma de visão simples. Podendo ter, instantaneamente, consciência do que aconteceu, ou pode ser preciso expor a visão de alguma maneira, por exemplo, através de pinturas ou esculturas.
3. Empoderamento solar: Ele é capaz de se tornar mais poderoso em diversos aspectos ao se expor ou ter algum tipo de contato com o Sol. A energia solar se tornará uma fonte de poder para seu corpo, tornando-o mais forte e mais resistente, além de concedê-lo vigor e regeneração muito maiores. Além disso, todo e qualquer poder que ele possuir irá adquirir uma capacidade destrutiva muito maior do que o habitual.
4. Mimetismo solar: Hélio pode se transformar em um sol, podendo ser anatomicamente idêntico à sua forma normal, ou em uma forma arredondada.
5. Heliocinese: Como a personificação do sol, ele pode criar, modelar e manipular todos os aspectos de um sol, a partir do seu imenso calor, luminosidade, massa/campo gravitacional, campo magnético, energia nuclear bruta e reação, etc. Efeitos mais específicos incluem ventos solares, tempestades geomagnéticas e promoção de crescimento de plantas.
6. Manipulação de calor: Ele pode criar, formar e manipular o calor, aumentando a energia cinética dos átomos e, portanto, tornando as coisas mais quentes.
7. Manipulação da radiação Ultravioleta: Conhecido como Sol invicto, ele pode criar e manipular raios Ultravioleta. Estes poderão causar efeitos imediatos, tais como eritema (ou queimadura de pele), bronzeamento, produção de vitamina D e imunodepressão.
8. Pirocinese: Ele possui a capacidade psíquica que permite criar e controlar o fogo com a mente.
9. Manipulação de fogo cósmico: Hélio é capaz de gerar e controlar uma variação do fogo originária do espaço, comum em corpos celestes como estrelas, meteoros, planetoides, etc. Uma das principais características deste tipo de chama é o seu poder esmagadoramente maior do que o fogo comum. Além disso, por serem originárias do espaço, essas chamas não dependem de oxigênio para queimar, o que faz com que elas possam ser criadas em praticamente qualquer ambiente.
10. Luminocinese:  O titã pode criar, moldar e manipular a luz visível, comumente referida simplesmente como luz que é a radiação eletromagnética visível para o olho humano, e é responsável pelo sentido da visão.
11. Geração de luz: Hélio também é capaz de gerar luzes de várias intensidades.
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tsushimarp · 4 years
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Conheça mais de tsu_kaleb!
NOME: Kaleb Koyama. USER DO TWITTER: tsu_kaleb DATA DE NASCIMENTO / IDADE: 26 de outubro de 1987 / 32 anos.   GÊNERO: Masculino. NACIONALIDADE: Australiano. ETNIA: Japonês. OCUPAÇÃO: Ex-automobilista e bartender no Kariyushi Coffee & Bar. 
Residente SHUIRO desde 2019.
PERSONALIDADE Um filho da puta displicente e sarcástico. Ou assim era chamado pelos meus pais desde que me entendo por gente. A partir dos treze, era "delinquente do caralho" pra lá, "fracassado de merda" pra cá. Me perguntava se algum desses nomes constavam no meu registro de nascimento, eles pareciam gostar bastante. Adotei a postura de filho da puta desde então. Veja bem, nunca fui uma pessoa muito honesta. Nunca fiz nada muito honestamente na vida, na minha cabeça de adolescente tolo, eu podia me livrar de qualquer situação comprometedora se me empenhasse o bastante. E, de fato, se há algo do qual me orgulho, tem de ser a minha facilidade em masterizar a arte da tagarelice convincente. Pequenos delitos, furtos, vandalismo e afins foram grande parte da minha adolescência, não prestava o mínimo sequer... Em contraste com a minha sinceridade exacerbada, sempre metendo o nariz onde não me cabia, sendo xingando mais um pouco aqui, taxado de inconveniente acolá. Impossível manter uma convivência harmoniosa com tamanha volatilidade do garoto Kaleb Koyama.
Temo ter herdado alguns traços do meu pai. Sinto calafrios sempre que o pensamento atravessa a minha mente. Quer dizer, o cara era um grandessíssimo filho da puta - talvez essa parte eu tenha herdado mesmo -, mas um merda apático e coberto de preconceitos eu jurei que jamais seria. Vamos lá, vamos lá. Não sou de todo ruim, certo? Abandonei velhos hábitos duvidosos há muito tempo, hoje em dia reside um Kaleb menos impulsivo, embora a vida tenha me tornado um tanto mais ácido. Os meus anos como automobilista me botaram nos eixos, me alinhei às regras e levei pra vida. Longe de ser aquela pessoa extremamente positiva, mas me furaria os próprios olhos se de repente me tornasse um chato amargurado com todas as coisas ao meu redor. No fim das contas, sou bem mais fácil de lidar do que aparento e busco aproveitar ao máximo do que a vida tem a me oferecer.
PASSADO Não quero soar como a cópia barata e australiana de um antagonista de seriado clichê adolescente, mas talvez esta seja uma descrição muito semelhante ao que um dia fui, de fato. Me rebelava por aí pelas ruas de Sydney pela falta de atenção e afeto dos meus pais. Não sabia melhor. Quer dizer, nunca passamos por dificuldades financeiras, fui uma criança muito bem educada e polida até certa idade. Meu pai era um empresário bêbado ausente e minha mãe uma socialite egocêntrica, ou seja, nunca tinham tempo para o filho. E longe de mim bancar a vítima, mas passar tanto tempo tendo que se virar sozinho com a única companhia sendo as vozes da própria cabeça pode levar o homem a tomar algumas decisões erradas e cabulosas, certo? Ou talvez eu tenha sim uma falha no caráter, vai saber. No fim das contas, o meu lance mesmo era o esporte. Todos os tipos. Futebol, golf, baseball. No entanto, foi a Fórmula 1 que ganhou todo o espaço no meu coração e pôs um pouco mais de ordem nessa cabecinha, mesmo sendo um esporte um tanto caótico. Perfeito para mim.
Portanto, fui automobilista. Crê nisso? Profissional mesmo. Talvez tenha sido a melhor fase da minha vida. Corri pela Mercedes durante bons anos. Meti o pé no acelerador e de repente virei o orgulho da Austrália durante um bom tempo. Vivia uma vida de muito luxo, ambição, fama. A partir de então meus pais lembraram da minha existência. Azar o deles - ou o meu próprio - que sou rancoroso até o último fio de cabelo. Foda-se os malefícios. Noivei em algum momento do auge da minha carreira. Foi uma época gloriosa. E, no segundo seguinte, vi todos os meus sonhos a desmoronar bem diante dos meus olhos. Mil pedacinhos esmigalhados de conquistas e lataria de automóvel, cores quentes e vivas pintando tudo à minha volta com tonalidades de laranja e vermelho, fumaça negra a me intoxicar os pulmões.
Sim, sofri um acidente em uma das competições. Um grave acidente. Por pouco não perdi a perna direita ou até a própria vida. Acordei três dias depois, com algumas fraturas nas costelas e a notícia de que tiveram de amputar alguns dedos dos meus pés. Hoje tenho uma estatura um tanto desregulada, ando como um manco, algumas cicatrizes compõem meu corpo como constelações. Demorei a recuperar os movimetos da perna e até hoje sinto pontadas doloridas. Ah, e é claro, fui impedido de correr. Fui obrigado a abandonar a minha carreira como competidor de Fórmula 1.
PRESENTE Me fora dito que a minha carreira não estava arruinada de forma definitiva, que eu poderia retornar caso continuasse com a fisioterapia. É uma merda, sabe? É uma merda que contavam para me consolar. Nada mais do que uma mentira e eu sempre soube disso. O meu corpo não foi a única coisa a ficar fodida após o acidente, o psicológico se foi junto. Mas isso já faz um ano e alguns meses. Eu prometo que estou melhor agora. Melhor não é bem a palavra. Talvez conformado se encaixe corretamente. Decidi me mudar para Tsushima logo após receber alta do Hospital, minha mãe cresceu nessa ilha e eu não devia estar com o tico e teco funcionando direito quando tomei essa decisão, mas acabou sendo muito bom para mim. Um pouco de tranquilidade no meio do caos e agitação, longe dos holofotes e perseguições. Meu gosto por bebidas e experiência com bares me garantiram o emprego no Kariyushi Coffee & Bar, o faço por necessidade de manter a cabeça ocupada e ser muito bom em lidar com o público, pois dinheiro tenho de sobra. Peço inclusive perdão pela arrogância, às vezes me escapa. Juro que na maior parte do tempo me veem com um sorriso convidativo no rosto e uma habilidade imprescindível em manter conversas enquanto encho o seu copo com mais uma dose da braba.
FUTURO Por muito tempo não enxergava um futuro para mim. O negócio é que as coisas mudaram. As coisas sempre mudam constantemente e nem sempre será algo bom, mas podemos moldá-las para que se tornem. Dessa forma, passei apenas a me preocupar em me entregar de cabeça ao que a vida tem a me oferecer. Estaria mentindo se dissesse que no fundo ainda não me sinto amargo por ter perdido parte dos meus sonhos. Mas com tal perda também vieram muitos aprendizados e experiências das quais nunca imaginei que passaria. Portanto, o único lema que carrego é o de aproveitar ao máximo tudo o que eu posso, antes que seja arrancado de mim novamente.
ORIENTAÇÃO SEXUAL: bissexual. TEMAS DE INTERESSE: angst; Crack; General. FACECLAIM: Sen Mitsuji, modelo e ator.  
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bruxurso · 4 years
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Para resumir, a mediunidade é a sensibilidade ao extrafísico. É a capacidade que a nossa porção energia (que é a própria alma) tem de captar outras energias de natureza não física.
Vou resumir alguns sinais de despertar focando apenas nos aspectos positivos do aflorar:
Intuição para fazer ou não fazer algo e depois de feito saber que a intuição estava certa; Sonhos reveladores, que de certa forma conduzem suas atitudes para novos caminho, de prevenção de problemas ou de melhores resultados em todas as áreas da sua vida;
Tipos de mediunidade:
Neste caso, citarei as mais referenciadas na obra espírita. Contudo você verá diversas outras formas de mediunidade ao longo do seu estudo sobre o tema.
Tomei o cuidado inclusive, para transcrever os tipos, tal e qual na mediunidade de efeitos físicos:
Este tipo pode ser dividido em dois grupos, ou seja, os facultativos – que têm consciência dos fenômenos por eles produzidos – e os involuntários ou naturais, que são inconscientes de suas faculdades, mas são usados pelos espíritos para promoverem manifestações fenomênicas sem que o saibam.
Mediunidade: médiuns sensitivos ou impressionáveis.
São pessoas suscetíveis de sentirem a presença dos espíritos por uma vaga impressão. Esta faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir tal sutileza, que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do espírito que se aproxima, mas até a sua individualidade.
Mediunidade: médiuns audientes ou clariaudientes.
Neste caso os médiuns ouvem a voz dos espíritos. O fenômeno manifesta-se algumas vezes como uma voz interior, que se faz ouvir no foro íntimo. Outras vezes, dá-se como uma voz exterior, clara e distinta, semelhante a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, estabelecer conversação com os espíritos.
Mediunidade: médiuns videntes ou clarividentes.
São dotados da faculdade de ver os espíritos. Cabe salientar que o médium não vê com os olhos, mas é a alma quem vê e por isso é que eles tanto vêem com os olhos fechados, como com os olhos abertos.
Mediunidade: médiuns psicofônicos
Neste tipo o médium serve como um instrumento pelo qual o espírito se comunica pela fala; assim, há a acoplação do perispírito do espírito comunicante no perispírito do médium, permitindo, assim, que o espírito utilize o aparelho fonador do médium para fazer uso da fala.
Mediunidade de cura:
Este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel. Porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa.
A magnetização ordinária é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico. No caso que apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente diverso. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação.
Mediunidade: médiuns mecânicos.
Quem examinar certos efeitos que se produzem nos movimentos da mesa, da cesta, ou da prancheta que escreve não poderá duvidar de uma ação diretamente exercida pelo Espírito sobre esses objetos. A cesta se agita por vezes com tanta violência, que escapa das mãos do médium e não raro se dirige a certas pessoas da assistência para nelas bater. Outras vezes, seus movimentos dão mostra de um sentimento afetuoso.
O mesmo ocorre quando o lápis está colocado na mão do médium; freqüentemente é atirado longe com força, ou, então, a mão, bem como a cesta, se agitam convulsivamente e batem na mesa de modo colérico, ainda quando o médium está possuído da maior calma e se admira de não ser senhor de si Digamos, de passagem, que tais efeitos demonstram sempre a presença de Espíritos imperfeitos; os Espíritos superiores são constantemente calmos, dignos e benévolos; se não são escutados convenientemente, retiram-se e outros lhes tomam o lugar. Pode, pois, o Espírito exprimir diretamente suas idéias, quer movimentando um objeto a que a mão do médium serve de simples ponto de apoio, quer acionando a própria mão. Quando atua diretamente sobre a mão, o Espírito lhe dá uma impulsão de todo independente da vontade deste último. Ela se move sem interrupção e sem embargo do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa que dizer, e pára, assim ele acaba. Nesta circunstância, o que caracteriza o fenômeno é que o médium não tem a menor consciência do que escreve. Quando se dá, no caso, a inconsciência absoluta; têm-se os médiuns chamados passivos ou mecânicos. E preciosa esta faculdade, por não permitir dúvida alguma sobre a independência do pensamento daquele que escreve.
Mediunidade: médiuns intuitivos.
A transmissão do pensamento também se dá por meio do Espírito do médium, ou, melhor, de sua alma, pois que por este nome designamos o Espírito encarnado. O Espírito livre, neste caso, não atua sobre a mão, para fazê-la escrever; não a toma, não a guia. Atua sobre a alma, com a qual se identifica. A alma, sob esse impulso, dirige a mão e esta dirige o lápis. Notemos aqui uma coisa importante: é que o Espírito livre não se substitui à alma, visto que não a pode deslocar. Domina-a, mau grado seu, e lhe imprime a sua vontade. Em tal circunstância, o papel da alma não é o de inteira passividade; ela recebe o pensamento do Espírito livre e o transmite. Nessa situação, o médium tem consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento. E o que se chama médium intuitivo. Mas, sendo assim, dir-se-á, nada prova seja um Espírito estranho quem escreve e não o do médium. Efetivamente, a distinção é às vezes difícil de fazer-se, porém, pode acontecer que isso pouca importância apresente. Todavia, é possível reconhecer-se o pensamento sugerido, por não ser nunca preconcebido; nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e, amiúde, é contrário à idéia que antecipadamente se formara. Pode mesmo estar fora dos limites dos conhecimentos e capacidades do médium. O papel do médium mecânico é o de uma máquina; o médium intuitivo age como o faria um intérprete. Este, de fato, para transmitir o pensamento, precisa compreendê-lo, apropriar-se dele, de certo modo, para traduzi-lo fielmente e, no entanto, esse pensamento não é seu, apenas lhe atravessa o cérebro. Tal precisamente o papel do médium intuitivo.
Mediunidade: médiuns semimecânicos.
No médium puramente mecânico, o movimento da mão independe da vontade; no médium intuitivo, o movimento é voluntário e facultativo. O médium semimecânico participa de ambos esses gêneros. Sente que à sua mão uma impulsão é dada, mau grado seu, mas, ao mesmo tempo, tem consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam. No primeiro o pensamento vem depois do ato da escrita; no segundo, precede-o; no terceiro, acompanha-o. Estes últimos médiuns são os mais numerosos.
Mediunidade: médiuns inspiradores.
Todo aquele que, tanto no estado normal, como no de êxtase, recebe, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas idéias preconcebidas, pode ser incluído na categoria dos médiuns inspirados. Estes, como se vê, formam uma variedade da mediunidade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma força oculta é aí muito menos sensível, por isso que, ao inspirado, ainda é mais difícil distinguir o pensamento próprio do que lhe é sugerido.
A espontaneidade é o que, sobretudo, caracteriza o pensamento deste último gênero. A inspiração nos vem dos Espíritos que nos influenciam para o bem, ou para o mal, porém procede, principalmente, dos que querem o nosso bem e cujos conselhos muito amiúde cometemos o erro de não seguir. Ela se aplica, em todas as circunstâncias da vida, às resoluções que devamos tomar. Sob esse aspecto, pode dizer-se que todos são médiuns, porquanto não há quem não tenha seus Espíritos protetores e familiares, a se esforçarem por sugerir aos protegidos salutares idéias. Se todos estivessem bem compenetrados desta verdade, ninguém deixaria de recorrer com freqüência à inspiração do seu anjo de guarda, nos momentos em que se não sabe o que dizer, ou fazer. Que cada um, pois, o invoque com fervor e confiança, em caso de necessidade, e muito freqüentemente se admirará das idéias que lhe surgem como por encanto, quer se trate de uma resolução a tomar, quer de alguma coisa a compor. Se nenhuma ideia surge, é que é preciso esperar.
A prova de que a ideia que sobrevém é estranha à pessoa de quem se trate esta em que, se tal ideia lhe existira na mente, essa pessoa seria senhora de, a qualquer momento, utilizá-la e não haveria razão para que ela se não manifestasse à vontade. Quem não é cego nada mais precisa fazer do que abrir os olhos, para ver quando quiser. Do mesmo modo, aquele que possui idéias próprias tem-nas sempre à disposição. Se elas não lhes vêm quando quer, é que está obrigado a buscá-las algures, que não no seu intimo. Também se podem incluir nesta categoria as pessoas que, sem serem dotadas de inteligência fora do comum e sem saírem do estado normal, têm relâmpagos de uma lucidez intelectual que lhes dá momentaneamente desabitual facilidade de concepção e de elocução e, em certos casos, o pressentimento de coisas futuras. Nesses momentos, que com acerto se chamam de inspiração, as idéias abundam, sob um impulso involuntário e quase febril. Parece que uma inteligência superior nos vem ajudar e que o nosso espírito se desembaraçou de um fardo. Os homens de gênio, de todas as espécies, artistas, sábios, literatos, são sem dúvida Espíritos adiantados, capazes de compreender por si mesmos e de conceber grandes coisas. Ora, precisamente porque os julgam capazes, é que os Espíritos, quando querem executar certos trabalhos, lhes sugerem as idéias necessárias e assim é que eles, as mais das vezes, são médiuns sem o saberem. Têm, no entanto, vaga intuição de uma assistência estranha, visto que todo aquele que apela para a inspiração, mais não faz do que uma evocação. Se não esperasse ser atendido, por que exclamaria, tão freqüentemente: meu bom gênio, vem em meu auxílio?
Mediunidade: médiuns de pressentimentos.
O pressentimento é uma intuição vaga das coisas futuras. Algumas pessoas têm essa faculdade mais ou menos desenvolvida. Pode ser devida a uma espécie de dupla vista, que lhes permite entrever as conseqüências das coisas atuais e a filiação dos acontecimentos. Mas, muitas vezes, também é resultado de comunicações ocultas e, sobretudo neste caso, é que se pode dar aos que dela são dotados o nome de médiuns de pressentimentos, que constituem uma variedade dos médiuns inspirados.
Mediunidade: médiuns psicógrafos.
Transmitem as comunicações dos espíritos através da escrita. São subdivididos em mecânicos, semi mecânicos e intuitivos. Os mecânicos não têm consciência do que escrevem e a influência do pensamento do médium na comunicação é quase nenhuma. Como há um grande domínio da entidade sobre a faculdade mediúnica a ideia do espírito comunicante se expressa com maior clareza. Há casos em que o médium psicografa mensagens complexas conversando com outras pessoas, totalmente distraído do que escreve. Já nos semi mecânicos, a influência da entidade comunicante sobre as faculdades mediúnicas não é tão intensa, pois a comunicação sofre uma influência do pensamento do médium. Isso ocorre com a maioria dos médiuns psicógrafos. Com relação os intuitivos, estes recebem a ideia do espírito comunicante e a interpretam, desenvolvendo-a com os recursos de suas próprias possibilidades morais e intelectuais.
Médium espírita:
O espiritismo é a doutrina que mais se dedicou ao entendimento do processo da mediunidade, e por isso, o espírita seja o seguidor espiritual que figura entre os com mais capacidades de demonstrar habilidades a serviço do bem pessoal e coletivo. Contudo, você não precisa ser médium para desenvolver sua mediunidade, mas precisa de um sistema sério, coeso e adequado para que os potenciais da sua alma desenvolvam-se equilibradamente.
SINTOMAS DA MEDIUNIDADE:
Os sinais mais comuns do aparecimento da mediunidade são:
- Cérebro perturbado;
- Sensação de peso na cabeça e ombros, formigamento, adormecimento e inchaço nos braços, mãos e pernas, dores pelo corpo;
- Sensações ou idéias estranhas, mudanças repentinas de humor, crises de choro
- Sensação de calor, arrepios de frio, palpitações;
- Sensação de cansaço;
- Nervosismo, irritação, arrepios, insônia ou sono profundo demais, desmaios e síncopes inexplicáveis;
- Sensação de presenças invisíveis;
- Comprovada vidência ou audição no plano espiritual;
- Se dá o transe psicofônico ou psicográfico;
- Há produções de efeitos físicos onde a pessoa se encontre.
Nos casos de desdobramento há um aumento da acetilcolina (substância química que atua como neurotransmissor, transmitindo os impulsos nervosos entre as células do sistema nervoso)
a) Diminuição dos batimentos cardíacos
b) Queda da pressão arterial
c) Aumento dos movimentos peristálticos ( roncos na barriga)
- Médium de desdobramento exala muito ectoplasma e isso a torna interativa mentalmente ; sente a psicosfera, sente o que o outro sente.
- Quando não educa e reage, por medo ou desconhecimento, recolhe organicamente este ectoplasma formando cistos, tumores, miomas, sangramentos ou mesmo depressão incurável pelos medicamentos.
COMO EDUCAR A MEDIUNIDADE:
- Educar a mediunidade não é apenas dar comunicação aos espíritos.
- É apurar e disciplinar a sensibilidade espiritual, para aprender a empregá-la dentro das melhores técnicas e visando as finalidades mais elevadas.
Esse desenvolvimento deve começar por:
- Conhecer o mundo espiritual e tudo que se relaciona a ele, lendo e estudando.
- Exercício prático à luz do conhecimento espiritualista, para saber distinguir os espíritos, como concentrar ou desconcentrar, entender o desdobramento, controlar-se nas manifestações e analisar o resultado delas.
- É indispensável a reforma íntima para que nos libertemos de nossas obsessões.
- Orientação cristã à luz do evangelho, leva-nos à vigilância, oração, boa conduta e à caridade para com o próximo.
- Eliminação de vícios químicos ou comportamentais.
Quando essa mediunidade se transformou em doença orgânica ( seja pela falta de uso adequado ou pelo abuso) o médium deverá tratar o corpo físico através da medicina, buscar apoio psicoterápico e o exercício mediúnico correto. Precisa “doar de si” = caridade.
Mediunidade reprimida
- Mediunidade aflorada plenamente, mas não disciplinada. Quando o médium tem conhecimento de seu compromisso cármico com a mediunidade, mas em atitude escapista acaba em sério desequilíbrio psíquico.
Mediunidade nas mulheres
- O hormônio da reprodução é o mesmo hormônio da mediunidade.
- A mulher quando engravida, “recebe” um espírito. Único momento em que se “incorpora”, literalmente.
- No pré-menstruo, seu útero se prepara para receber o embrião; se não vem o espírito ( menstrua ) fica exposta a uma maior interferência espiritual com sua sensibilidade aumentada, com sintomas fisiológicos.
- Mulheres com TPM muito acentuada - sintomas físicos e emocionais – averiguar a possibilidade da manifestação de um quadro mediúnico.
- Na menopausa a mulher, por não mais menstruar, passa a ter uma maior produção de ectoplasma e consequentemente precisa doa-lo mais; precisa trabalhar com curas.
Nas crianças:
- Crianças: são um tubo de ensaio de experiências espirituais.
- Precisam ser acompanhadas em todos os sentidos, incluindo o espiritual.
A MEDIUNIDADE PODE SER O CAMINHO MAIS LONGO PARA SE ENCONTRAR A LUZ E O CAMINHO MAIS CURTO PARA AS TREVAS. TUDO DEPENDE DO LIVRE ARBÍTRIO DE CADA UM.
ㅤ— [✿🖤Meus Estudos✿] - -❀ೃ .
○°•°♡Bom esse foi o meu blog espero que tenham gostando. Que os Deuses nos abençoe sempre!♡°•°○
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ladytenebrarum · 5 years
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O Labirinto
Enquanto seus corações são puros e as estrelas no céu estão na posição correta, as crianças da aldeia conseguem escutá-la: a música. O belo som retumba pelo ar, tão melancólico e profundo que bebês derramam silenciosas lágrimas em seus berços durante a madrugada e moleques de rua sentem seus corações contraírem em solidariedade. Adultos não tem conhecimento das cantorias, apesar de sonharem esporadicamente com uma mulher solitária, vagas lembranças de suas músicas ouvidas durante a infância.
Os sábios anciãos contam a lenda da feiticeira no labirinto para os aldeões todos os anos no equinócio de primavera. E assim ela é:
“À beira do vulcão, longe ao leste, há um labirinto, lar da bruxa que tudo destrói. Ela senta à mesa construída com ossos humanos antes pertencentes a pessoas que ousaram um dia tentar conhece-la. Seus cabelos são negros e brilhantes como o próprio céu noturno estrelado, seus olhos de um forte e demoníaco amarelo, em suas mãos, ela carrega uma adaga afiada. Mais afiada ainda, dizem, é sua língua ferina. Diz-se que caso alguém corajoso o suficiente encontre o centro de sua prisão, a feiticeira o concederá um desejo, entretanto, não será um desejo qualquer. ‘A bruxa é sábia’, conta quem sobreviveu a tal tarefa, ‘ela só irá lhe conceder o pedido se for algo de suma importância para o desejante, caso contrário, o jovem morrerá’. A feiticeira, então, canta em luto por suas próprias vítimas, utiliza cada parte de seus corpos numa tentativa de honrar a alma que ali residia”.
Ao fim da anual contação de histórias, uma jovem anuncia à sua família seu desejo de atravessar o labirinto e enfrentar a bruxa. Todavia os únicos moradores da aldeia com permissão para aventurar-se de tal maneira eram os jovens e fortes rapazes, cheios de sonhos corajosos e heroicos nublando-lhes os olhos. Uma mocinha magricela jamais conseguiria tal feito diante da derrota devastadora de aldeões melhores do que ela. Entretanto, sozinha, a garota escapuliu pela noite.
Ela se lembra dos cantos, da voz, da melodia suave com gosto de infância que emanava da beira do vulcão adormecido. Ela se lembra de como a feiticeira ali sozinha causava em si uma dor esquisita no peito, um aperto. Ela se lembra de sonhar vividamente com cabelos negros e olhos amarelos realizando todos os seus mais íntimos desejos da alma e do corpo. Ela se lembra.
Um dia e uma noite de ininterrupta viagem foram necessários para que a jovem pudesse chegar à entrada verdejante do misterioso labirinto. Visto de cima, a bagunça de galhos e folhas tem grande forma espiral, não existem caminhos entrecortados por paredes. O labirinto é um jardim. Um jardim de folhas jamais tocadas por mãos humanas, tão verdes as folhagens que quase brilhavam na fraca iluminação do amanhecer. O jardim de uma deusa.
Não há dificuldade para atingir o centro do “labirinto”, entretanto, a donzela seguiu o caminho com precaução, amarrando pequenas tiras de tecidos em proeminentes galhos para que não se perdesse na jornada de volta para casa. O lugar parece fácil de se navegar, a menina não conseguia entender por que uma poderosa feiticeira permaneceria sozinha ali. Sua mente se enchia de perguntas deixadas por lacunas na lenda.
             A garota percorrendo o jardim pensa alto demais. Seus passos são desajeitados demais. Sua mente, ingênua demais. Não merece perecer entre as traiçoeiras paredes. Vira as costas, menina. Volta para a tua casa. Teu caminho traçado por tecidos logo desaparecerá. Tão inocente, tu és. Vá embora. O verde dos olhos malignos consegue te ver.
             A bruxa não se parece em nada com as descrições oferecidas pelos anciãos. Seus cabelos não são negros e brilhantes, são claros e sujos, rebeldes, adornados com folhas mortas emaranhadas por entre cachos. A mesa de ossos é inexistente. A mulher senta no chão vestida em velhos trapos do que um dia foi um vestido simples. Ao seu redor, em perfeito círculo, estão os ossos mencionados na estória. A bela adaga embanhada em um crânio entre suas coxas, o único objeto limpo na cena.
“O que você vê?” pergunta a feiticeira.
           Não há resposta audível. A donzela a observa como a um animal desconhecido. As delicadas mãos tremem, mas não de medo como as dos outros estremeceram antes; estas mãos tremem de excitação, de vontade, como as de uma criança que tudo deseja tocar. A menina deseja tocar na penugem do animal. Ela acha que ele não morde, ou acha que não a morderia. Em sua juventude, a garota não sabe: tudo que dentes possui, sabe usá-los. Essa ingenuidade a faz pensar em um rapaz, um visitante meio esquecido, porém ao mesmo tempo para sempre em sua mente. Ele possuía a honestidade necessária para conversar com ela e dali sair ileso, ele fez todas as perguntas certas e suas mãos tremiam de vontade enquanto sentavam juntos em meio aos restos mortais. Ele prometeu voltar para visita-la, prometeu uma maneira de tirá-la de sua prisão. Ela não acreditou. O rapaz voltou, entretanto, em pedaços. Um suspiro escapa de seus pulmões. A feiticeira cantou para ele por dias inteiros, era o mínimo que poderia fazer. E agora esta jovem teria o mesmo destino.
“Tu és versada na arte da linguagem, jovem? Se fostes, apresente-me suas indagações. Se não, volta pelo mesmo caminho que a trouxe.”
Os olhos grandes vagam pelo ambiente ao seu redor, incertos, evitando, porém quando a pequena voz se faz ouvir, ela está firme:
“A senhora vai me matar?”
“Não.” respondeu simplesmente. Ela nunca matou ninguém em todos os seus anos, apesar da morte ser uma velha e querida amiga, sua acompanhante.
“Então, voltarei para casa.” Concluiu a jovem, como se esta fosse a única outra opção disponível.
“Essa decisão não cabe a mim tomar.”
E de fato a decisão nunca foi dela. A feiticeira no labirinto tem suas próprias teorias sobre a razão pela qual seus visitantes não retornam ao lar. Talvez suas famílias tenham aceitado sua morte e, por isso, os deuses achem supérfluo manda-los voltar. Talvez aqueles belos jovens deixem no labirinto algo de si, algo que não devem deixar. Talvez as paredes tenham fome. Talvez... bem, não há como saber. A bruxa jamais deixa seus ossos, seus únicos amigos.
“A pessoa que tu serás quando sair daqui não será a mesma que entrou. De certa forma, já estás morta.” A feiticeira continua, conjecturando. “Este encontro mudará tanto a mim quanto a ti, minha jovem.”
“A senhora está tentando me assustar?”
“Tu estás assustada?”
“Não.” A mentira é clara. Todos os seres temem o desconhecido de uma forma ou de outra, não importa se a excitação se sobrepõe ao medo.
“Então, não posso fazer com que sintas uma emoção que não é tua.” Explicou brevemente. “Se não tens medo de mim, não poderei assustá-la. É simples.”
A jovem parece ponderar sobre a nova informação por alguns minutos, gostando da ideia. Por uma eternidade, a feiticeira foi analisada, sua mente explorada, sua língua ressecada. Esta criança não veio conversar, não veio prometer uma vida em liberdade ou um belo casamento. Ela é inteiramente diferente. Ela não merece morrer. A mulher precisou controlar o impulso de pedi-la para ir embora de uma vez, antes que tudo se estrague. A menina já está em sua presença, seu destino reside nas mãos dos deuses. Elas poderiam passar dias assim, aqui, olhando uma para outra, trocando ensinamentos, valores, sonhos e música e, ainda assim, a garota iria morrer.
Durante três dias, a jovem residiu no labirinto com a bruxa. Sobre tudo elas conversaram. A vida na aldeia foi detalhada minuciosamente com um sorriso no rosto iluminado pela juventude. A feiticeira tentou não olhar enquanto a garota umedecia os olhos no meio de uma história ou dormia profundamente num canto afastado, porém suas mãos tremiam. A mulher rogava para que a menina jamais se deixasse levar por sonhos de umas vida para as duas fora deste labirinto.
“A senhora pode deixar o labirinto?” os lábios rosados se movem, dando forma a pergunta.
“Não sei. Nunca tentei sair.” a resposta é rápida e defensiva. “O risco é muito grande.”
“Mas o que tem de tão importante aqui? A senhora está sozinha com uma pilha de ossos.” as pernas finas dobram-se quando a moça senta no chão o mais próximo que consegue sem adentrar o círculo protetor.
“Tu não entenderias.” a feiticeira retruca com facilidade, como se fosse óbvio. “Há coisas as quais não posso deixar sozinhas.” tocou delicadamente suas relíquias ao redor delas.
Nos dias que se seguiram a menina aproximou-se da mulher, seus dedos em tremelique tocaram a ponta do cabo da adaga e acariciaram o crânio onde reside a lâmina. Elas seguram as mãos uma da outra enquanto conversam, elas dormem agora no centro do círculo. Seus olhos não deixavam os da feiticeira até que fosse impossível deixa-los abertos. A jovem parecia entender agora; não por completo, mas ela entendia o suficiente.
“Eu não vou pedir que você vá comigo quando chegar a hora.”
“Obrigada.”
“Não vou prometer voltar, como os outros fizeram. Se os deuses quiserem que eu retorne para você, eu o farei.”
“Durma, criança.” as pontas dos dedos da mulher tocaram levemente o centro da testa da menina. “Amanhã tu me deixarás.”
De supetão os olhos da jovem se abriram novamente, “você me beijará amanhã?”
“Se esse for teu desejo.”
“É o teu desejo?”
“Pensaremos sobre isso pela manhã, querida.” os lábios finos da mulher encostaram no olho direito e depois no olho esquerdo da jovem à sua frente. “Agora durma.”
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Gêmeos
Perfil A melhor forma de definir Gêmeos seria: curiosidade e jovialidade. Vivos, alegres e comunicativos, estes seres geminianos, leves e desencanados, parecem estar sempre bem com todos, mas, na verdade, não estão nem aí com ninguém. Simpáticos como eles só, sempre darão a impressão que estão se interessando por alguém, mas só estão conversando e buscando informações. Os geminianos sempre são muito expressivos e falam muito com as mãos, sempre contando fatos que lhes aconteceram com muita vivacidade Seu andar é meio saltitante e alegre, e sempre fazem várias coisas ao mesmo tempo, como estudar vendo TV e falando ao telefone enquanto conversam com você. Eles são curiosos, muito curiosos. Fofoqueiros ?… Bem, digamos que são pessoas que têm como função deixar o mundo informado sobre os fatos. Gêmeos, junto a outros signos de ar (Libra e Aquário), é um dos signos civilizados. Além de civilizado, podemos classificar Gêmeos de urbano. Eles adoram a cidade. Ruas, avenidas, shoppings, etc. Claro que nascerão geminianos no meio do mato, mas eles darão um jeito de chegar perto da cidade. Claro que existem geminianos que resolvem morar no mato, mas com certeza levarão televisão, celular e o computador para se plugar na Internet. Eles não conseguem se desligar do mundo. Seus piores inimigos são o tédio e a rotina. A responsabilidade também é algo de que eles não gostam muito, mas se for preciso, ta bom, eles aceitam ordens. Meio moleques, eles demorarão a envelhecer, mental e fisicam ente. Parece que eles estão sempre acompanhando as últimas tendências. E estão mesmo. Na realidade não é que estão seguindo a moda: eles estão sempre na moda. Com seu aspecto juvenil conseguem encantar as pessoas que, infelizmente, envelhecem, ou se deixam envelhecer. Dizem que o geminiano tem duas faces porque ele é duplo. Mentira! Ele é múltiplo e tem várias formas de ser. O geminiano é capaz de se adaptar a qualquer situação, sem se envolver em nenhuma delas. Um tanto aéreo, parece que não toma partido de nada e, ao mesmo tempo, toma partido de tudo. Você vai precisar de fôlego se quiser ficar ligado a ele. Já ficou com uma criança num ambiente fechado por algumas horas? É assim que você terá que lidar com ele. Nem tente prendê-lo, ele não deixará. A qualquer lance de algo que o prenda, ele escapa. Dizem que é infiel e volúvel. Na realidade ele se cansa das pessoas, tão monótonas e previsíveis. O que ele busca é um par para acompanhá-lo nas suas andanças. Quanto mais você deixá-lo solto, mais ele se fixará em você. Algo que eles não suportam são pessoas que se lamentam da vida. Eles fogem mesmo. Com esse espírito eternamente jovem, o tempo não passa para eles, e lutam, mesmo que inconscientemente, contra o tempo, que poderá pegá-los a qualquer momento. Mais velhinhos, ainda estarão olhando o mundo sobre os óculos de grau para poder ver como está o mundo lá fora. Se Peter Pan tivesse um signo, não haveria dúvida: seria de Gêmeos.
Anatomia - Gêmeos está associado anatomicamente às mãos, aos braços, aos ombros e aos aparelho respiratório. O sistema nervoso periférico também está ligado a este signo. Os cinco sentidos, enquanto funções serão regidos por Gêmeos. Quando se estressam, os geminianos somatizam suas doenças nas vias respiratórias.
Homem (A pessoa) - O homem de Gêmeos é fascinante. Ele permanece com o aspecto juvenil por muitos anos, o que fará com que as Mulheres sempre se interessem por esse adolescente grande. Por conta de suas múltiplas facetas ele sempre reserva muitas surpresas às Mulheres que ele conquista. Junto a essa simpatia natural e charme constante, o geminiano tem um modo de falar ao pé do ouvido simplesmente irresistível, contando histórias incríveis e encantando a pessoa amada. Muito gentil, ele é muito curioso a respeito do que a Mulher gosta, parecendo estar preocupado em satisfazê-la. Até está, mas na realidade é curiosidade mesmo. Ele só não suporta amarras. Ele não quer uma namorada ou uma esposa. Quer uma parceria. Aí sim, ele pode ser mais fiel. Fique atenta. Ele se cansa facilmente e se interessa por outras pessoas rapidamente. Trate sempre de trazer novidades, surpresas e ser sempre jovial. Ele não agüenta relacionamentos com Mulheres que querem ser “mães”.
Mulher (A pessoa) - Representantes de uma nova Mulher, elas se interessam por tudo, desde política a esportes, religião a cinema, de amor a relacionamentos. Um tanto questionadora, você vai ter sempre que responder a perguntas. Por isso, ela prefere homens que gostem de conversar e que tenham coisas novas a ensinar. Para seduzir uma Mulher de Gêmeos é necessário estar sempre bem informado sobre as coisas do mundo. Nem pense em trocar informações sobre receitas ou presenteá-la com eletrodomésticos. Ela não n asceu para forno e fogão, muito menos para tanque e área de serviço. A geminiana se entedia com a rotina e espera que o parceiro a leve para dançar, passear e curtir a cidade nos cinemas e teatros, namorando e curtindo o mundo sem nenhum compromisso. Um tanto desencanada, ela não vai aporrinhar sua cabeça com as mesmas histórias, lembrando de suas desatenções com ela. Você jamais ficará sem assunto na companhia de uma geminiana e jamais terá uma dona-de-casa como parceira. O que você conseguiu foi uma namorada adolescente, para sempre. Bom, né?
Sexo - Como todo signo de ar, os geminianos não dependem muito do contato físico para desenvolver sua sexualidade. Antes de lançar-se num jogo erótico eles procuram se informar sobre todas as possibilidades de sedução através de leituras e conversa com amigos, desenvolvendo primeiro a teoria e depois indo à prática. Antes de ter vivido o sexo eles terão vivido mentalmente as situações (eles podem gostar de leituras eróticas…). Por isso, inicialmente os geminianos podem sentir-se inseguros num primeiro con tato, mas quando iniciarem será um verdadeiro jogo de sedução. A preparação lhes dá um enorme prazer, onde ele fantasia facilmente. O toque é algo que fascina o geminiano. Eles adoram descobrir o corpo da pessoa com a ponta dos dedo, e adoram ser tocados da mesma maneira. Então, prepare suas mãos e deixe-se descobrir pelas mão desse pessoal meio adolescente e curioso.
Presentes - Compre roupas de marca, sapatos, perfumes, relógios, aparelhos de som e CD’s, Pode até dar-lhe livros, que ele adora tanto. Mas não se fruste se alguém chegar com um pequeno objeto que muda de cor, um artefato qualquer que emita sons ou um aparelho que faz coisas inúteis ou simplesmente um enfeite de mesa pequeno e brilhante, e ele voltar sua atenção o resto da noite para esse pequeno presente, que pode ter sido comprado numa boa papelaria ou lojinha de coisa importadas. Ele simplesmente adora e ssas pequenas lembranças e cacarecos. Já viu criança ganhando roupa? E outra ganhando um jogo de quebra-cabeças? Pense nisso e você acertará em cheio no presente para o geminiano.
Conquista - Se você quer conquistar um geminiano terá que ter um certo jogo de cintura. Geminianos sentem-se atraídos por pessoas elegantes e requintadas, com as quais possam ter um bom papo sobre vários assuntos. Inclusive, quando eles querem conquistar alguém, farão quase que uma entrevista, perguntando sua opinião sobre vários assuntos. Não tente em hipótese alguma questioná-los: eles perguntam, mas não gostam de responder. Antes de tudo eles precisam sentir uma verdadeira amizade e depois avançar um pouco. Mesmo sendo galanteadores por natureza, e tendo uma desenvoltura enorme numa conversa, os geminianos têm uma certa dificuldade em abrir o jogo quando se trata de demonstrar seus mais profundos sentimentos. Eles são tímidos, por incrível que pareça. Ele ficarão muito inseguros e travarão uma luta interior muito grande para declarar-se. Não fique rodeando muito um geminiano. Aproxime-se mos tre seu interesse e se afaste. Ele virá atrás de você. Desperte sua curiosidade escondendo algumas informações, que você deve mostrar aos poucos. Ele precisa conhecer algo novo em você. Ao conquistar este ser geminiano, saiba que você tem, a partir de agora, mais de um namorado ou namorada, um diferente do outro a cada dia.
Amizade - Neste setor, o geminiano não terá dificuldades. Os geminianos fazem amizade com muita facilidade e, com a mesma facilidade, iniciam-se em novos grupos e esquecem os velhos amigos que ficaram para trás. Depois de um tempo pode reencontrá-los e parecerá que nunca esteve longe deles. Esses amigos serão dos mais variados tipos, cores, formas e modelos. Geminianos não têm nenhum preconceito com relação a grupos. Eles são do tipo que estão sempre em busca de novas contatos para trocar mais idéias e info rmações. Não espere exclusividade de amizade de um geminiano. Hoje ele está com você, amanhã pode estar com outros, mas não esquece de você, apenas dá um tempo. O que atrai muito o geminiano é uma amizade diferente e com alguns lances de flerte e sedução. Muito conversador, ele atrai muitas pessoas. Ao apresentar-lhe seus amigos, saiba que ele pode se encantar por tipos diferentes e pessoas interessantes e bonitas, pois ele tem muito bom gosto nas relações. É… não fique chateado se ele deixar você pelo amigo que você apresentou. Deixe estar… ele volta. Eles sempre voltam.
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signos000 · 5 years
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Curioso
Geminianos são filhos do ar e regidos por Mercúrio, o deus da comunicação e da mediação.
São leves, rápidos e extremamente inteligentes. Às vezes, podem ser acusados de superficiais, mas a mente geminiana pode ir muito longe. Quando se trata de mente, os geminianos caminham, correm, nadam, mergulham: eles estão em suas casas.
Escrevem bem, amam ler, decoram com facilidade poesias e textos e estão sempre em busca de mais conhecimento.
Geminianos são curiosos e não gostam de deixar que as coisas escapem de seu olhar. Por isso, muitas vezes, são considerados volúveis.
São sedutores e, em sua maioria, infiéis. A vida, para eles, é cheia de coisas e pessoas interessantes, e nada pode passar despercebido. Normalmente são emocionalmente imaturos, pois a adolescência é regida por esse signo.
Inquietos, impulsivos e ansiosos, precisam amadurecer e entender que as escolhas fazem parte da vida e, a cada uma delas, vivemos algumas perdas. Geminianos são democratas, polidos e muito sociáveis.
Também costumam morrer de medo da rejeição. São sedutores e dificilmente uma pessoa desavisada escapa de sua sedução. Acham extremamente difícil se envolver profundamente com alguém, pois adoram o jogo da sedução. Sempre encontraremos alguma irresponsabilidade em um setor da vida de uma pessoa desse signo, pois há certa displicência natural, que ele costuma deixar extravasar em algum momento. Inquieto, normalmente se dedica a várias coisas diferentes em todas as áreas de sua vida.
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revistazunai · 6 years
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Periscópio 5: Nepal Legal e Índia Derradeira: quais Orientes?
por Rafael Meire
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Não uma probabilidade repartida
por diversas vezes, mas todo
o acaso numa vez (...)
                               Gilles Deleuze
Não escrevo somente com a mão:
O pé também dá sua contribuição
Firme, livre e valente ele vai
Pelos campos e pela página
                                        Nietzsche
Da primeira viagem à Índia, que durou um mês, o poeta Lucas Viriato de Medeiros (era esse, então, o seu nome) nos deu um livro. Da segunda viagem, que durou também um mês e aconteceu no ano subsequente, ele nos deu outro livro. Passado algum tempo dessas publicações, seus leitores podem ter imaginado, talvez, que o escritor se tivesse dado por satisfeito, e que quando quisessem acessar aquela Índia interessante (vista em fragmentos nos muitos tons poéticos de Lucas), lhes bastaria revisitar as Memórias Indianas (2007) e o Retorno ao Oriente (2008).
Imaginaram mal. Ou, antes, não imaginaram o suficiente, o que dá no mesmo que dizer que eles teriam se descuidado de um detalhe notável, a saber, a presença teimosa (não neles mas no poeta) de um certo movimento de corpo; de uma vibração que, no mais, lhes seria coisa tão estranha quanto ver o barro sagrado da cidade de Sunauli grudar-se, em pleno Rio de Janeiro, nas barras de suas calças.
O movimento-vibração estava então para o autor assim como este para aquele: eram ambos arcos tesos no lapso temporal que calmamente se estendia após as duas primeiras publicações. Assim, no momento mesmo em que leitores se interrogavam, talvez, sobre o possível ocaso de suas poéticas indianas (estamos em 2013, ano de muitos deslocamentos), o escritor, em outras velocidades, já havia mudado de nome pelo menos duas vezes (uma para “Lucas Viriato”, outra para o curioso nome “Lokesh”, em poemas ainda inéditos).
Já havia, também, frequentado altitudes insuspeitadas em Besisahar, lá para os lados dos Himalaias. Arranjara, igualmente, um chapéu no Nepal, chapéu esse que depois fora perdido nos confins de algum hotel improvável e indiano; havia experimentado, por fim, novas proximidades com cidades, rios, gentes e pranas – experimentando-se a si mesmo pela enésima vez: Tal e qual chocalho de xamã, para falarmos com o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro , a Índia acelera partículas.
O poeta, como se pode notar, não descuidou do movimento. E eis que à força de iluminações (mas também de muita falta de luz elétrica, coisa comum por aquelas paragens), voltou para nos contar as histórias de sua nova viagem ao Oriente.
Que os leitores, desta vez, não economizem na imaginação, supondo que essa terceira expedição de 2013 teria como resultado lógico um terceiro livro. Seis ou sete anos corridos podem ser pouco para a eternidade, mas talvez sejam muito para um corpo que, nas palavras do próprio autor, viu nos roteiros orientais, antes de tudo, um “explosivo interno” capaz de “desencadear um processo de escrita que se desloca” – como lemos no prólogo de seu segundo livro, Retorno ao Oriente. A última incursão à Índia nos oferece, então, não um terceiro, mas um terceiro e quarto livros de poemas.
Publicados juntos em 2017, Nepal Legal e Índia Derradeira são fruto de três meses de viagem nesses países, cujas fronteiras, se do ponto de vista político-geográfico se fazem demarcar no mapa, do ponto de vista poético-político se desfazem. Onde a Índia, nos perguntamos, e onde o Nepal? Que ambos os livros venham juntos em um box tão negro quanto “a matéria negra invisível” da deusa Kali (Índia Derradeira, poema 91 | Kali), tal coisa é apenas o signo de uma oferenda que Viriato faz aos leitores, como se dissesse, em tom de feitiço: “Que dos dois se faça um só volume!”.
Isso porque, junto às formas consumadas (um livro, um poema, uma vaca, um deus ou uma simples rua indiana), há muito de matéria intensa que escapa, transborda, escorre e desfaz-se para, mais adiante, encontrar novos estados e afetos – um pouco como nos versos de outro poema do mesmo livro, em que tomamos conhecimento de uma certa “luta entre matéria e gravidade” a fazer com que potinhos de uma bebida local, o chai, retornem ao barro das margens do rio Ganges ao se desfazerem (Índia Derradeira, poema 9 | chá da chegada).
Do ponto de vista das experiências vividas e escritas por Lucas, é esse aliás o sentido (ou antes a perplexidade) desses roteiros poéticos, nos quais a palavra é ao mesmo tempo um meio de expressão e seu próprio limite. O corpo-palavra, se está presente no instante, torna-se ausente na distância. Dizendo de outro modo: em relação de proximidade e afastamento com as coisas mais imediatas, esse corpo é tão perene como o são os potinhos de chai no barro do rio que passa.
o que ele poderia querer com essa e outras palavras
que no longínquo não significam nada
sendo mais como uma barreira
do que uma ponte para as coisas? 
(Nepal Legal, 108 | a serventia de um mês no Nepal)
Assim é que, para Lucas Viriato, recriar poeticamente experiências que se dão nos interstícios, nas passagens entre o ocidente e o oriente, o eu e o outro, o escritor e a língua é operação que só se propõe à condição de que o poeta se indague (ao que o leitor não tarda em segui-lo) a respeito não apenas de sua condição de estrangeiro, mas de quão estrangeiros, a rigor, também são o Nepal e a Índia, suas cidades e templos, pessoas e objetos, bichos e deuses, desejos e dinheiros. É que de repente, num lance, numa associação inesperada, vemos justamente o contrário, quer dizer, deparamo-nos com zonas de aproximação, como no poema 21 de Índia Derradeira.
“Varando o caos” de uma agência dos correios (e a persistência implicante de sua rigidez institucional), uma “solitária solidariedade” se dá entre os bigodes do poeta-viajante, que pretendia então enviar objetos pessoais para o Brasil, e os bigodes do burocrata que o atende:
eis que do nada a solitária solidariedade
entre a classe dos bigodes –
você tem um belo bigode
as pessoas com seus padrões
mas e o estilo?
enfim de bigode a bigode
a exceção
(Índia Derradeira, 21 | embrulhos burocracias bigodes)
Mas não sigamos tão rapidamente, como se pudéssemos aproximar com tanta facilidade, num átimo-malandro de espaço-tempo, o Rio de Janeiro e a cidade indiana de Varanasi. A Índia impõe resistências... E por lá (será que também por aqui?) ninguém é suficientemente tolo para afrontar “o caos e sua ordem”, com os quais se traçam não apenas planos urbanísticos, mas também planos cosmológicos:
os rios criaram
as civilizações que criaram
os deuses que criaram
os deuses que são
os rios 
(Índia Derradeira, 8 | Varanasi)
Não sigamos, tampouco, de modo a esquecer o humor, operador crítico que anima não apenas a escrita de Viriato, mas também algumas tensões que, mais amplamente, se dão a ver em Nepal Legal e Índia Derradeira a propósito das relações entre o dado corporal e o dado espiritual; o sagrado e o profano; o material e o imaterial.
De saída, digamos com o poeta que “nada é muito fixo por aqui”, e que talvez seja o caso de nos perguntarmos: “por que precisamos ver as coisas como se fossem sagradas?” Esses versos-fragmentos dos poemas 55 e 99 de Nepal Legal referem-se, respectivamente, a uma certa “van da morte” de Kathmandu e à política cultural de um museu da cidade de Pokhara. Contudo, creio que podem se estender a coisas que costumamos pensar e viver em separado, a saber, os corpos-espíritos, as rezas-dinheiros, o prana-poluição, a luz da alma-luz elétrica e assim por diante.
De fato, ao longo dos 108 poemas-fragmentos de Nepal Legal e Índia Derradeira (mas também dos dois livros anteriores) , não é raro o leitor ir rapidamente ao encontro simultâneo de divindades e guias turísticos falsários; de rituais milenares e mãos que se estendem por dinheiro; de iluminações espirituais e macacos; de templos e falta de luz elétrica. Por fim, se for o caso, nunca é demais procurar um deus específico para resolver um problema de dor de dente; basta se informar, em meio à multidão, pelas vielas e becos indianos. O escritor nos previne:
adoro a Índia
nada dá certo 
(Índia Derradeira, 71 | planos e expectativas)
À essa altura, é preciso meditar, ponderar, considerar, reconsiderar e, muito calmamente (mas em estado de urgência), acrescentar, levando em conta o caos e sua ordem: na Índia, “nada dá certo” ao mesmo tempo, isto é, nada dá certo concomitantemente.
De modo algum essa é uma propriedade da Índia, do Nepal ou de onde quer que seja. Antes, faz parte do movimento, da vibração, da tensão que experimentamos no traçado poético que Viriato faz a cada livro, e não exatamente ao longo de 108 poemas, ou de 108 fragmentos, mas sim ao longo de 108 contas.
Entre prosa e poesia, prosa poética e fragmento, o escritor parece ter preferido o japa mala, signo de sua obsessão. Mas o que é um japa mala? – pergunta-se por sua vez o leitor viajante. Trata-se de uma “espécie de terço oriental, usado por budistas e hindus. Possui 108 contas”, informa-nos Lucas Viriato no texto de abertura de seu livro de estreia.
Assim, de Memórias Indianas a Índia Derradeira, de Retorno ao Oriente a Nepal Legal, o viajante obsessivo escolheu seguidas vezes o 108, cuja combinatória, ou melhor, cuja combinação fatal (mas alegre) cabe ao leitor fazer. Se nada dá certo ao mesmo tempo, cada um que viva, afirmando-as nietzschianamente, suas próprias experiências.
Embora mais maduros do ponto de vista formal (coisa natural, pois que fruto de reelaborações), não se pode dizer que os livros publicados em 2017 sejam mera continuação dos publicados em 2007 e 2008. Antes, formam um mosaico: japa mala que convida ao livre manuseio de suas contas. Mas estejamos atentos, pois escolher esse e não aquele poema, juntá-lo a essa ou àquela imagem, nesse ou naquele tempo, e conjurando tal ou qual força divina ou profana não é coisa que se faça sem consequências – em tais assemblages, sempre algum mundo se expressa, e mundos em movimento costumam prescrever pactos e preços a pagar, com humor ou sem humor. Talvez seja melhor com, e de preferência em poema:
para cada hora sem eletricidade
se acende um sorriso
 a poluição permite visualizar com propriedade
o que alguns chamam de prana
 os tijolos e madeiras debruçados
que dispostos lado a lado
de uma maneira única precisa e inigualável
formam Kathmandu
são Kathmandu
 e as pessoas e os objetos arrumados com precisão
dão aos que conhecem essa cidade
o palimpsesto das eras na palma da mão
pro bem e pro mal
tal como está
 tire um pombo sequer
e se esvai Kathmandu 
(Nepal Legal, 5 | o que faz Kathmandu)
Em semelhante contexto, há mesmo que se estar alerta. Seja a “calma alerta” que Helena Martins reclama no posfácio a Índia Derradeira, em referência a Octávio Paz; seja a soma entre raciocínio e alucinação que Marília Rothier propõe no prefácio a Retorno ao Oriente; seja, ainda, a aproximação com uma Índia que “não é a Índia” feita por Lucas Viriato, o fato é que em cada uma dessas atitudes exige-se daquele que escreve e daquele que lê (sejam estes poetas, prosadores, curiosos, ensaístas, viajantes, yogues ou roqueiros) que façam o seu próprio jogo – o que não é pouco.
Isso porque jogar, propõe-nos Gilles Deleuze, não é apostar . O apostador (que na verdade é um mau jogador) quer amparo, garantias: de suas muitas jogadas, ele imagina as combinações prováveis ou desejáveis, das quais sairá mais ou menos aguerrido. O jogador, ao contrário, rejeita não apenas a lógica das probabilidades, mas também a lógica daquilo que é apenas razoável. Lança seus dados uma única vez, e o resultado dessa jogada é por ele afirmado, pois tal resultado é da ordem de uma necessidade – não sua, privada e pessoal, mas da própria combinação entre os dados que o acaso tem a lhe oferecer. A operação é subtrativa: lançados os dados, lhe são devolvidos um número, uma sorte, um destino. Resultado de um processo anterior à sua atualização, número, sorte ou destino são identidades, mas em seu encalço está a multiplicidade da jogada e de seus movimentos imprevistos. O jogador, então, acolhe o acaso e sua necessidade, na mesma medida em que do múltiplo ele deduz o um – combinação fatal, ao mesmo tempo necessária, singular e afirmativa.
O ponto de partida, portanto, não é a unidade e a identidade, seja de um corpo, de um rio, de um deus ou de um chapéu, mas uma passagem de formas de tipo corpo-espírito, prana-poluição, cabeça-chapéu (os tabuleiros nos quais os dados caem, o céu e a terra, não são dois mundos, alerta-nos o filósofo). Assim, junto aos corpos individuados, todo um complexo múltiplo de forças em relação (o lance de dados) situa as formas desses corpos na perspectiva de um aquém e de um além de si mesmos: eu-outro que acolhe a fatalidade de um número ao mesmo tempo em que busca ser certeiro em sua jogada-artista: “calma alerta”, raciocínio e alucinação, diríamos.
Voltando às Índias, não espanta que o três vezes viajante – esse eu muito outro de si – tenha até ficado chateado quando da perda de seu chapéu nepalês na Índia, mas não muito: seu jogo é justamente aquele que diz
não sou assim tão eu
mas sim o que está sob
o que for meu chapéu 
(Índia Derradeira, 70 | o chapéu esquecido)
Era pra ser.
Assim como era para ser o pacto que Lucas Viriato (ainda com o “de Medeiros” no nome) fizera com o acaso antes de sua segunda viagem ao Oriente. Com a palavra, o autor: “Prometi a mim mesmo que, se conseguisse colocar o plano em prática, escreveria um novo livro (...)”.
O plano, no caso, era debandar de súbito de uma viagem programada à Europa (onde o viajante sentia estar “pagando caro para ver o que já conhecia”) e, em inesperado Plano B, angariar um visto no consulado da Índia em Paris para, em seguida, partir para o Oriente. Se na repartição parisiense o poeta encontrou algum bigode que lhe fosse solidário, não sabemos. O fato é que os dados – ou as contas do japa mala – estavam lançados. Quando deu por si, estava o poeta em Nova Deli, norte da Índia. Havia se dado um up grade: de “turista econômico europeu”, passou a “luxuoso turista ocidental no oriente”. Sim, o jogador é um artista.
Antes e depois disso, foram sempre as escritas: Memórias Indianas, Retorno ao Oriente, Nepal Legal, Índia Derradeira. Entre os dois primeiros e os dois últimos livros, como vimos, uma falsa pausa: em tensão mútua, o poeta e o movimento se retroalimentavam, criando as condições para o refinamento do olhar do viajante – dois tempos desses outros lados do mundo. Se após sua derradeira Índia o poeta deu-se por satisfeito (seja lá o que isto queira dizer), talvez não caiba a nós especular. Mas caso queiramos fazê-lo, que não nos contentemos com nada menos que um jogo, e lancemos nossas próprias contas, pois aqui como na Índia,
o tempo
dedicado
nunca é
perdido 
(Índia Derradeira, 103| seva)
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jkappameme · 7 years
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Tranque a Porta (Scenario)
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Min Yoongi (Suga) e Park Jimin Autora: Florence Rivers Gênero: Com toda certeza não é romance Sinopse: E mesmo que eu estivesse me preparando psicologicamente para esse momento desde o dia em que Jimin sugeriu a ideia, há algumas semanas, — a sua pergunta casual “Você acha que aguenta nós dois?” me fazendo passar noites em claro — eu tive a certeza de que nada me prepararia para isso. Contagem de palavras: 2.521 Avisos: Classificação +16 (quase chegando no +18). Eu nunca escrevi nada tão sujo na minha vida.
So that nobody can come in I’ll lock the door, baby we lock the door We are in need of that kind of day Baby we lock the door
Ainda que as vibrações do som excessivamente alto proveniente do andar inferior sejam incômodas, o pouco isolamento acústico do quarto de Yoongi é o suficiente para que sejamos capazes de ouvir um ao outro sem maiores dificuldades. Aquele não era o caso, contudo; estávamos em silêncio há incontáveis minutos — todos eles extremamente constrangedores —, e só o que é possível escutar é o sub bass da música que ressoa e faz com que alguns dos objetos organizados nas prateleiras do cômodo tremam levemente.
Me concentro nas oscilações por algum tempo, tentando ignorar a excitação que se alastra por todo o meu corpo, subindo por meus dedos dos pés descobertos até que cheguem a meu rosto que parece tão quente quanto as palmas de minhas mãos. Elas dão os primeiros indícios de nervosismo em forma de pequenas gotículas de suor que formam-se entre os dedos, e eu os esfrego na barra do vestido preto, o gesto não passando despercebido pelo garoto ao meu lado.
Yoongi se movimenta, discreto, e eu faço um esforço descomunal para não observá-lo, ainda que ele jogue todo o meu empenho pela janela quando desliza através do assoalho de madeira até que sua cabeça esteja confortavelmente acomodada sobre minhas coxas, seu corpo virado em minha direção. Seus fios de cabelo finos fazem cócegas na pele sensível do local, e quase sinto vontade de rir se não fosse pela tensão sufocante no ambiente por conta da antecipação crescente com o passar dos segundos.
— Jimin está demorando demais. — ele resmunga, seus lábios rosados curvando-se em um beicinho infantil. — Estou começando a ficar cansado.
— Talvez a festa esteja muito cheia. — respondo, inquieta, incapaz de agir confortavelmente devido à proximidade asfixiante de Yoongi.
— Se ele não chegar nos próximos 5 minutos, eu vou começar sem ele. — fala, casual, ainda que sua afirmação faça com que minha respiração fique presa na saída da laringe.
E pela forma como ele fixa os olhos escuros nos meus, eu tenho certeza de que ele capta com facilidade minha ansiedade desesperadora.
— Ei, relaxe. — diz, uma mão sorrateira subindo até alcançar minha cintura, apenas para dar um pequeno aperto que deveria me trazer algum conforto. — Você sabe que…
— Não. — interrompo, certa de quais seriam as próximas palavras a deixarem sua boca, soando surpreendentemente confiante. — Eu não mudei de ideia.
— Bom. — ele sorri, seus dedos ágeis escorregando pelo tecido do meu vestido até alcançar a pequena borda que o separava de minha coxa. — Ótimo.
Eu arrisco uma rápida olhada em seu rosto, apenas para encontrá-lo me observando com intensidade suficiente para que um calafrio desça por minha espinha, sentindo os fios de cabelo de minha nuca se eriçarem. Seu olhar faz com que eu permaneça imóvel, ainda que meu verdadeiro desejo fosse desviar minha atenção para outro ponto qualquer do quarto, e suas orbes castanhas passeiam por todo o meu rosto, parecendo levar algum tempo a mais em minha boca, antes de descerem audaciosamente até meu decote.
Antes que eu pudesse arriscar algum comentário sobre sua falta de pudor, sinto sua mão envolver uma de minhas coxas, as digitais gélidas contribuindo para que meu corpo dê um pequeno solavanco de surpresa. Seus dedos ásperos deslizam por minha pele em uma carícia irreverente, enquanto Yoongi não faz menção alguma de romper nosso contato visual, e a ansiedade atrelada à situação me impede de reagir de qualquer outra forma a não ser com os lábios entreabertos buscando por ar.
— Hm. — ele murmura em apreciação, sua boca se curvando em um sorriso libertino. — Você já está nervosa e a gente ainda nem começou.
Sinto o ambiente ao meu redor girar, meu corpo parecendo amortecido com a onda de excitação súbita, e, antes que eu seja capaz de registrar, Yoongi levanta de sua posição anterior, afastando minhas pernas para que ele possa se ajoelhar no chão e encaixar uma das suas entre elas.
Eu acredito estar prestes a entrar em colapso, presa entre o corpo de Yoongi e a beirada da cama na qual minhas costas estão apoiadas, e a mistura de seu perfume amadeirado com o hálito mentolado que exala de seus lábios estupidamente próximos são as únicas coisas que ainda me mantém ancorada à realidade.
Ele parece divertir-se em observar meu estado submisso quando em sua presença, e como que apenas para confirmar suas expectativas, ele apoia as mãos na cama atrás de nós, uma de cada lado do meu corpo, efetivamente me enjaulando entre seus braços. Sua língua desliza pelo lábio inferior para umedecê-lo, e eu instintivamente sigo o movimento com o olhar, impedindo os primeiros indícios de um gemido de escaparem de minha garganta.
O ambiente subitamente parece escaldante; o suficiente para que eu sinta a última gota de sanidade que restava em meu corpo evaporar quando os lábios de Yoongi finalmente entram em contato com os meus. Eles os movimenta com lentidão, quase delicadamente, mas não são precisos mais que alguns segundos para que eu derreta em seu toque e ele aproveite meu estado de torpor para que uma de suas mãos deslize até minha nuca, enterrando os dedos em meus fios de cabelo apenas para segurá-los em um enlace firme.
Minha resposta é imediata, na forma de um choramingo desesperado que vibra de minha boca colada na sua, e ele nos separa com um estalo vulgar, sem afrouxar o aperto próximo a raiz de meu cabelo.
Aproveito a pausa para tentar recuperar o fôlego, ainda que aquela pareça uma tarefa impraticável quando Yoongi parece não se importar com o simples ato de respirar e se aproxima novamente, propositalmente deixando seu rosto pairar a centímetros do meu, sem encerrar a insignificante distância entre nós. Eu estico o pescoço, sentindo meus olhos lacrimejarem ao que meus fios de cabelo continuam presos entre seus dedos, e tento ir de encontro à sua boca, mas ele permanece estoico, me segurando no lugar; e a julgar pelo sorriso cínico em seu rosto, aquele parece ser o motivo de seu divertimento.
Eu arqueio o corpo, consequentemente deslizando o quadril através do assoalho envernizado, e como em uma brincadeira cruel do acaso, a coxa de Yoongi se encaixa com perfeição no espaço desocupado entre minhas pernas. E não satisfeito, ele a pressiona contra mim, o tecido áspero da calça jeans fazendo com que eu puxe o ar com força.
— Yoongi, por favor. — seu usual semblante impassível parece finalmente vacilar ao que sussurro seu nome em um pedido desesperado para retomar de onde havíamos parado, minha mão trêmula subindo até envolver seu maxilar para tentar puxá-lo para mais perto.
Antes que ele ceda, contudo, a porta do quarto é aberta em um supetão, o som absurdamente alto da festa que continuava acontecendo com a mesma intensidade no andar inferior invadindo o cômodo, e ambos imediatamente desviamos nossa atenção para a origem do som.
Eu pisco diversas vezes, tentando enxergar através da neblina de desejo que embaçava minha visão, e quando finalmente sou capaz de focar meus olhos febris na figura parada a alguns metros, um gemido rouco escapa de minha garganta.
Jimin está parado no batente da porta, uma garrafa de soju barato em uma de suas mãos e a camisa xadrez escorregando por um de seus ombros, deixando sua camiseta branca justa à vista. Por algum motivo ele está usando um par de óculos escuros, ainda que seja noite, e ele apenas muda o ângulo de seu rosto de forma a enxergar por cima das lentes, arqueando as sobrancelhas quando é capaz de compreender a situação comprometedora que se desenrola entre eu e Yoongi.
— Ah, hyung! — ele resmunga, dando os primeiros passos pra dentro do quarto e fechando a porta com um chute desengonçando. — Não acredito que você não me esperou.
— Você estava demorando demais. — Yoongi murmura em resposta, seguindo seus movimentos com o olhar enquanto ele procura uma superfície vazia para colocar a garrafa. — Por que levou tanto tempo?
— Você já viu quanta gente tem lá embaixo? Foi quase impossível conseguir trazer essa garrafa sem ninguém notar. — sua voz transborda impaciência, e ele arranca os óculos escuros e a camisa xadrez em um piscar de olhos, arremessando-os no chão do quarto sem cerimônia.
— Tanto faz. — Yoongi rola os olhos, subitamente lembrando-se de soltar meus fios de cabelo quando percebe que eu continuo imóvel.
Caímos em silêncio enquanto o mais novo abre a garrafa, inaugurando-a com um grande gole, ao que minha respiração sai pesada enquanto tento assimilar o fato de que agora éramos apenas eu, Yoongi e Jimin. Apenas.
— Hyung. — Jimin desliza as mãos pelos fios de cabelo, seu olhar curioso inspecionando o corpo de Yoongi colado no meu, mantendo a garrafa próxima aos lábios cheios. — Como vamos fazer isso?
— Não sei. — suspira, pensativo, antes que suas vistas escuras fixem-se nas minhas mais uma vez. — Como você prefere?
— E-eu não sei. — gaguejo, minha ansiedade bloqueando qualquer tipo de pensamento que fizesse sentido, ainda que não houvesse sentido algum no que estávamos prestes a fazer. — Eu nunca fiz isso.
— Acho que você pode começar. — Jimin dá de ombros, notando a forma como meus olhos parecem saltar de suas órbitas quando compreendem o sentido de suas palavras. — Sabe como é, guardar o melhor pro final.
Yoongi rola os olhos, sua fisionomia permanentemente mal humorada contribuindo para uma reação genuína, antes que sua voz grave me puxe de volta à realidade.
— Ei. — ele me chama, rígido. — Suba na cama.
Eu engasgo com o ar, arrancando uma gargalhada de Jimin, e minhas mãos trêmulas se apoiam no chão para tentar levantar, ainda que meus joelhos pareçam fracos demais para obedecer os comandos que meu cérebro envia. Meus movimentos são instáveis, e quando eu finalmente me acomodo sobre o confortável edredom da cama de casal, apoiada na cabeceira com capitonê, meu olhar transita entre Jimin, que se empenha em chutar os tênis para longe dos pés, e Yoongi, que dá um pequeno gole na garrafa de soju antes de se concentrar em desafivelar o cinto.
E durante alguns segundos, eu sinto como se estivesse em um sonho lúcido, presa no limbo entre realidade e uma fantasia muito, muito obscena.
Me perco na visão surreal dos dois garotos ao pé da cama por alguns segundos e Jimin se aproxima sem que eu o note de imediato, meu estado aéreo prejudicando minha percepção do ambiente, e sua mão envolve um dos lados de meu rosto de forma afetuosa. Sua boca toma a minha, o gosto do álcool claro em sua língua, e eu suspiro, totalmente entregue ao contato sutil, e ele faz questão de compensar o gesto terno ao prender meu lábio inferior entre seus dentes até que eu chie em resposta.
E então ele desliza a boca até meu maxilar, a delicadeza do contato perdurando até que ele chegue ao destino de seu percurso, os lábios se entreabrindo para tocar a lateral de meu pescoço, sentindo meus batimentos cardíacos acelerados em minhas veias jugulares. Não satisfeito, ele os pressiona com mais força, o movimento de sucção repentino extorquindo um choramingo meu, e sinto o curvar de sua boca contra minha pele em um sorriso, parecendo satisfeito com minha reação, para em seguida repetir o movimento diversas vezes até alcançar a base de minha garganta; e ainda que eu soubesse que seria difícil esconder as manchas arroxeadas que floresceriam em minha pele muito em breve, naquele momento a ideia de ser marcada por Park Jimin parecia digna.
Ao sentir-se finalmente realizado com sua obra de arte feita utilizando minha pele como tela, ele pausa a ação para nivelar nossos olhares, suas pupilas dilatadas a ponto de tomarem quase todo o espaço de suas íris. Elas passeiam por meu rosto, absorvendo minha aparência já arruinada, e então suas feições se contorcem em pura diversão, os olhos transformando-se em duas pequenas luas crescentes e uma risada sincera escapando dos lábios já avermelhados.
— Eu queria que você pudesse se ver agora. — seu riso cessa aos poucos, ainda que o sorriso continue adornando sua boca. — Tem certeza que ainda quer fazer isso?
— Sim. — repito pela vigésima vez, ainda que tremendamente agradecida pelo constante pedido por consentimento de ambos. — Eu tenho certeza absoluta.
— Hm. — ele franze o cenho, parecendo ponderar minha afirmação. — Então por que você não mostra o quão certa está disso?
Seu pedido me pega de surpresa, e durante alguns segundos eu apenas o observo com os olhos ligeiramente arregalados — com toda certeza meu semblante parecendo dançar sobre a linha tênue que separa o espanto da insanidade —, até que ele desvia o olhar até a frente de sua própria calça e eu finalmente entendo.
E mesmo que eu estivesse me preparando psicologicamente para esse momento desde o dia em que Jimin sugeriu a ideia, há algumas semanas, — a sua pergunta casual “Você acha que aguenta nós dois?” me fazendo passar noites em claro — eu tive a certeza de que nada me prepararia para isso; não quando a simples visão de Jimin me observando com os olhos cheios de expectativas era o suficiente para que outra onda de desejo chacoalhasse meu corpo.
Parecendo agir por conta própria, minhas mãos consideravelmente mais trêmulas disparam até o botão da peça de roupa, e quando eu o abro, o som parecendo amplificado devido a antecipação crescente, me empenho em descer o zíper — com alguma dificuldade, já que sua calça parecia excepcionalmente mais justa. Eu prendo a respiração, lançando um último olhar em direção a Jimin, que me observava com o lábio inferior preso entre os dentes, mas antes que eu possa pôr fim ao nosso — ao seu — sofrimento, a voz de Yoongi estoura a bolha de excitação sufocante que nos envolve.
— Achei que eu fosse começar. — arqueia as sobrancelhas, e não deixo de reparar que seus olhos parecem ainda mais escuros que o usual. — A não ser que vocês tenham mudado de ideia.
— Não, não. — me apresso em clarificar, soando levemente desesperada, minhas mãos abandonando a calça de Jimin em uma fração de segundo. — Não mudei.
— Claro que não. — Jimin fala, seu tom e expressão teatralmente ofendidos. — Eu só queria que ela se ocupasse com alguma coisa enquanto você se preparava. Ela parecia entediada.
— Tenho certeza que sim. — a risada de Yoongi é aerada, e sua respiração parece tão pesada quanto a minha, com certeza pelo mesmo motivo. — Obrigada pela boa intenção, pode deixar que eu assumo daqui.
— Ela é toda sua, hyung. — pontua com uma piscadela, sustentando o sorriso ardiloso enquanto dá alguns passos para trás, sua mão escorregando através dos fios de cabelo e descendo até que estivesse acomodada sugestivamente na frente de sua calça jeans, agora parcialmente aberta. — Por agora.
E como que para acabar com a minha dúvida e garantir que aquela era, sim, uma situação incontestavelmente real, Yoongi se ajoelha no fim da cama, vindo preguiçosamente em minha direção. Antes que seu corpo me alcance, contudo, ele espia por cima do ombro, trocando um olhar significativo com Jimin antes de exigir, com um sorriso divertido:
— Jiminie, tranque a porta.
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A Leitora no cinema - Jogador nº 1 (Parte 1 - O livro)
Sexta-feira (30/03) fui assistir a Jogador nº1, adaptação do livro de mesmo nome, do autor Ernest Cline. 
Como a resenha está muito grande, eu a dividi em duas partes: 
Parte 1 - O livro;
Parte 2 - O filme.
  ATENÇÃO! A PARTIR DE AGORA O TEXTO CONTERÁ SPOILERS!!!
SE VOCÊ NÃO ASSISTIU AO FILME, NEM LEU O LIVRO, VOLTE DEPOIS DE TÊ-LOS FEITO! 
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Eu assisti ao filme e li o livro. Gostei de ambos, e tenho muitas considerações a fazer, sobre ambos. Eu pensei muito em como fazer a review desse filme, para o qual eu tinha grandes expectativas, e cheguei a conclusão de que seria melhor tratar aqui de ambas as obras (cinematográfica e literária). Começarei, então, pelo livro. 
                                 [Ready Player One - Ernest Cline]
Eu iniciei a leitura do livro como parte de um pequeno desafio pessoal: ler um livro em uma semana. Não era um desafio muito difícil, afinal, não se tratava de um livro de tamanho monumental, com trocentas mil páginas. 
Na verdade, eu baixei a versão digital do livro e ela tem 395 páginas. Como tive tempo livre essa semana, consegui completar meu desafio em 02 (dois) dias. O livro é bem interessante, o que ajudou muito. Chegou um ponto da estória em que eu simplesmente não conseguia largar o livro. 
Este é escrito em primeiro pessoa, um tipo de escrita que me agrada muito. Tenho a sensação de que consigo me conectar com os personagens e a estória com muito mais facilidade. 
A estória de Jogador nº 1 se passa em um futuro não muito distante do nosso (no ano de 2045, para ser mais precisa) e tudo começa com a morte de J. Halliday, criador do mundialmente famoso jogo OASIS. O game virou febre no mundo inteiro e começou a se expandir até virar um mundo virtual para o qual as pessoas escapavam quando queriam se desligar de suas realidades. E a realidade, nem sempre, era boa. No mundo caótico em que viviam, viciar-se num jogo onde poderia-se ser o que quiser (e com anonimato garantido) não é algo difícil. Basta lembrar de The Sims - quem nunca passou horas jogando sem se dar conta? E nem vivemos em uma situação caótica como os personagens do livro. 
Sua popularidade se deu, principalmente, pela gratuidade do jogo. Os usuários não precisavam pagar nada para acessar e criar uma conta no OASIS. Contudo, dentro do jogo existiam coisas pagas, como os teletransporte. Com a expansão do jogo e a “migração” de pessoas para o game, que deixou, então, de ser apenas um game, a vida real se fundiu com a virtual, sendo válido no mundo real até o dinheiro que se ganha no jogo. É realmente incrível a ideia, e não parece algo tão longe da nossa realidade. 
Explicado o jogo, voltemos ao criador. J. Halliday era um garoto introvertido e com grande dificuldade para se relacionar com as pessoas. Isso foi o que o levou a criar o jogo. Seu único amigo era O. Morrow, que um dia o convidou para participar das sessões de RPG de Dungeons & Dragons em sua casa. Nasceu então a amizade dos dois fundadores da Gregarious Games. Ainda na época de escola, Halliday e Morrow conhecem Kira, a eterna paixão de Halliday e futura esposa de Morrow. Halliday foi apaixonado pela jovem até o último dia de sua vida, o que causou, inclusive, um afastamento entre ele e seu melhor amigo.
Assim, dada a sua introversão, Halliday passou sua vida isolado em seu próprio mundo e, ao se aproximar o fim de sua vida - por conta de uma doença - ele decidiu por criar uma “caça ao tesouro” para determinar quem seria o herdeiro de sua fortuna, da empresa Gregarious Games e do OASIS. E é aí que a estória começa. Halliday deu as primeiras instruções para seu último jogo em um video transmitido a todos os usuários do OASIS, dando início a uma busca frenética pelo cobiçado easter egg, bem como à volta da cultura pop dos anos 80, época da infância de Halliday e sua paixão. 
Com a morte de Halliday e o lançamento de seu último desafio, iniciou-se uma caçada frenética pelas três chaves, que abrem os três portais, para finalmente se alcança o objeto de cobiça de todos os usuários. O tempo passou e a febre do desafio também, tornando-se o easter egg quase que uma lenda urbana. 
O desafio de Halliday consistia na busca por três chaves, que abrem três portais: a chave de cobre, a chave de jade e a chave de cristal. Cada chave contem um enigma que leva ao seu respectivo portal, que por sua vez contem um enigma que leva à próxima chave. Cada desafio estava relacionado a algo de muito apreço ou marcante na vida do criador do OASIS. 
Surgiram então os chamados caça-ovos, pessoas dedicadas a encontrar o easter egg de Halliday e os clãs de caça-ovos. Com o passar dos anos, e nenhuma pista da primeira chave, estes passaram a ser motivo de piada entre os usuários. 
Na briga pelo grande prêmio está também a empresa Innovative Online Industries (IOI), odiada pelos usuários da simulação por conta de suas intenções de monetizar o game. A empresa então criou um setor voltado única e exclusivamente para a busca do easter egg, dando origem ao grupo chamado de “Seis”, funcionários da empresa contratos para buscar pelas chaves e superar os desafios impostos até a obtenção do ovo.
A IOI não se vale de meios muito ortodoxos, chegando a cometer crimes em sua busca frenética. Ela se torna o maior desafio para os cinco do topo na busca pelo grande prêmio de Halliday. Quando o placar começa a mostrar nomes de jogares que descobriram a chave de cobre, a empresa busca entrar em contato com eles.
Parzival é o primeiro dos cinco a se encontrar com o líder do grupo dos “seis”, Nolan Sorrento, em uma sala de bate papo virtual na qual ele é apresentado a empresa e ameaçado de morte pelo executivo. Sua ingenuidade - ao acreditar que a ameaça de Sorrento era apenas um blefe - resultou na explosão da pilha de trailers em que vivia e na consequente morte de sua tia e outras famílias que viviam na pilha. 
Perturbado com o quão longe Sorrento é capaz de ir para conseguir o que quer, o rapaz reúne os outros quatro jogadores que estão no Top 5 do placar e os avisa sobre o perigo. Ele também fica paranóico, criando uma identidade falsa para si e isolando-se completamente do mundo em um apartamento em Columbus. No tempo em que passa nesse apartamento, temos duas fases do protagonista: a depressão, de ter seus sentimentos rejeitos pela garota que gosta, e a paranoia.
Parzival, só irá deixar seu apartamento depois de longos meses de isolamento, quando em um ato de desespero para deter a IOI - que já alcançara, então, o terceiro portão - se deixa ser levado para a empresa e forçado a trabalhar para ela como forma de pagamento da dívida que ele mesmo criara para sua identidade falsa. Dentro da empresa, ele coloca seu plano em prática, hackeando a intranet e roubando dados confidenciais referentes a busca pelo easter egg e os meios empregados pela empresa, bem como muitas outras informações. 
E então, quando ele escapa da empresa e se reúne junto com os outros quatro jogadores que formam o grupo dos “Cinco do Topo”, inicia-se uma enorme guerra entre usuários e a IOI. No final, é claro, a empresa perde, mas não direi aqui como as coisas acontecem. 
Explicada a trama - de forma geral - passo agora para os personagens. 
Parzival - É o protagonista do livro. Um garoto pobre, que vive em uma espécie de favela, formada por trailers empilhados e apinhados de gente. Órfão, foi acolhido pela tia, com quem não tem um bom relacionamento. 
Dado ao seu estado de pobreza, o garoto se vê prezo ao planeta onde fica sua escola, chamado de Ludus. Inconformado com sua realidade, o jovem se tornou o que chama de “caça-ovo”, dedicando-se totalmente a estudar os anos 80 e encontrar o tão cobiçado ovo. Ele se torna o primeiro jogador a conseguir a chave de cobre, que para sua sorte e alegria, se escondia no planeta em que ele estava preso. 
Art3mis - É a segunda a conseguir a chave de cobre, mas a primeira a encontrar o local. Art3mis é uma garota caça-ovo um tanto famosa por conta de seu blog, onde compartilha suas experiências na busca pelas chaves e também algumas opiniões a respeito de filmes, séries, jogos etc. dos anos 80. 
Ela é a paixonite cibernética de Parzival. É uma jovem muito retraída e desconfiada, por conta de seu passado sofrido. Possui uma grande marca de nascença que cobre boa parte de um dos lados de seu rosto (não me recordo qual agora). Quando Parzival confessa seu amor por ela, os dois se afastam, devido a dificuldade dela de confiar em outra pessoa. 
Aech - É o melhor amigo de Parzival e ganha dinheiro participando de lutas online. Aech, na vida real, é uma jovem negra e obesa que usa o avatar de um homem branco por influência de sua mãe - que descobriu ter muito mais oportunidades utilizando o avatar de um homem branco, bem como que era muito mais respeitada com esse “disfarce”. Devido a isso, ela tem uma certa insegurança sobre si mesma.
Shoto e Daito - São dois rapazes japoneses que se consideram irmãos, apesar de nunca terem se conhecido fora do mundo virtual. Ambos usam avatares de samurais e trabalhando juntos na busca pelo easter egg. Eles são os últimos a encontrar a chave de cobre. 
Tanto Shoto quanto Daito são o que se chama no Japão de Hikikomori, pessoas com comportamento de extremo isolamento social, passando a maior parte do tempo - se não todo ele - trancadas em seus quartos. Shoto e Daito também são os nomes japoneses das espadas curtas e longas que os samurais usavam. 
Os cinco personagens formam o grupo principal da trama e em torno dos quais gira a estória, bem como de Ogden Morrow e James Halliday (de quem já falei anteriormente). Além deles temos também:
I-roc - Um caça-ovo bobo que estuda com Aech na Ludus e que está sempre discutindo com Parzival. 
É graças a I-roc que os “seis” e todo o resto do OASIS descobrem a localização da chave de cobre, que espalha nos fóruns de caça-ovos que conhece Parzival e Aech e que ambos estudam no planeta Ludus. 
Os seis - São funcionários da IOI - Innovative Online Industries - que buscam pelo easter egg. O apelido foi dado ao grupo pelos caça-ovos devido ao padrão do número de funcionário da empresa, que continha seis dígitos e se iniciava com o numeral 6. Todos usavam o mesmo avatar de um homem musculoso, com um uniforme azul-marinho e com o número de funcionário como nome. 
O grupo e a empresa são detestados pelos usuários do mundo virtual, devido a intenção da empresa de monetizar o game, cobrando taxas mensais para o acesso à simulação, permitindo anúncios e de acabar com o anonimato e a livre expressão proporcionados pelo OASIS até o momento. Nolan Sorrento é o líder do grupo dos seis. 
Cada personagem possui sua ideologia e sonha em fazer algo diferente com todo o dinheiro herdado, mas todos querem manter o mundo virtual da forma como o conhecem, assim como todos os demais usuários da simulação. Dessa forma, ainda que possuam objetivos diferentes, há um ponto em comum entre eles e que os une na luta contra o domínio da gananciosa empresa IOI. 
A minha impressão final do livro é a de uma estória muito boa e de personagens cativantes, mas que me deixou, ao final da leitura, com a impressão de que foi um pouco apressada. Não que atrapalhe o entendimento de algo, e talvez seja eu que esteja acostumada a ler séries ou trilogias de livros. De qualquer modo, é um livro que recomendo e que com certeza será adicionado à minha coleção de livros físicos. 
Se você leu o livro, deixei sua opinião nos comentários, adorarei saber qual é! 
No próximo post falarei sobre o filme, não perca! 
With love, 
A Leitora. 
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theolympusrp · 4 years
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OOC: +18
IC: Nome terreno: Choi Yerim Nome mitológico: Cherry Faceclaim: Choerry (Choi Yerim, cantora do grupo LOONA) Nascimento: 24 de outubro de 1998 Naturalidade: Seul, Coreia do Sul
Ser: Semi-deusa, filha de Éris Nível: 02 Dormitório: Andromeda - 10
Twitter: @cherry_olp Ocupação: Ajudante na biblioteca e estudante de Psicologia
Qualidades: Simpática, muito dedicada nas coisas que decide fazer e tem facilidade de se encaixar em ambientes novos. Defeitos: Desastrada, às vezes causando problemas e situações difíceis sem que tenha a intenção. Não é temperamental, mas quando fica irritada, tende a ser bem grossa. Se distrai facilmente. Plots de interesse: Crack, Fluffy, General, Angst, Romance (esse não é prioridade).
Biografia:
A história de Yerim antes dos cinco anos não era muito certa. Sabia que havia nascido em Seul e foi entregada ainda bebê para a adoção. A primeira casa em que viveu era tranquila, mas a sua vinda para a casa resultou em um caos na família. Seus pais adotivos começaram a brigar, seu pai perdeu o emprego, o que fez com que ela voltasse ao orfanato apenas seis meses após sua adoção; e assim sucedeu a vida da garota.
Conforme foi crescendo, as coisas começaram a sair do seu controle. Às vezes, causava brigas que não tinha a intenção, ou não sabia como haviam começado. Na adolescência, chegou a morar com quase dez famílias diferentes, mas sempre acabava devolvida ao orfanato; e sempre com a história de que “ela era problemática”. Sua última família a acolheu com 16 anos, e quando viram que o caos parecia viver em torno da garota, a mandaram para um internato no Reino Unido, em Manchester.
Assim, Yerim viveu seus últimos anos como adolescente naquele internato, se isolando e evitando problemas ao máximo. O medo de gerar problemas tornou a garota uma pessoa isolada. Quando se formou, decidiu não voltar para a Coreia, arranjando um emprego que pudesse sustentá-la ali. Felizmente, mantinha em contato com seus pais adotivos, que apesar de tudo, prezavam pelo bem da garota.
Não sabia o que fazer da sua vida, pois não sabia o que ou quem era. Não era incomum que Yerim andasse pelas ruas de Manchester à noite, procurando uma resposta que não sabia como ou onde encontrar. Até que um dia, nessas suas caminhadas noturnas, encontrou-se com uma mulher de longos cabelos negros e uma vestimenta bonita, mais parecia ter saído de uma festa. Esta mulher se apresentou como Éris, dizendo que era a mãe de Yerim, que de início, achou que a mulher estava louca - ainda mais depois de ela falar que era uma deusa.
Só começou a acreditar nas palavras da mulher quando ela praticamente narrou a vida de Yerim, e as dificuldades que ela encontrou. Quando lhe falou do instituto, que poderia receber a garota e ajudá-la com os poderes que ela tinha, hesitou por um momento. E se causasse a ruína do lugar? E se fosse apenas uma pegadinha? Bem, sem nada a perder, a garota concordou em ir para o lugar, e espantou-se ao descobrir que o que Éris lhe falou era verdade.
O Instituto foi o primeiro lugar onde Yerim se sentiu confortável em estar, finalmente se tornando uma pessoa mais sociável e aberta para as outras. De vez em quando entrava em contato com os pais adotivos, e apesar de ter decidido que não os contaria a história toda, contou que estava na faculdade em um lugar muito bom, o que os mantinha despreocupados.
Habilidades: 01) Leitura e manipulação de ambiente: Ela consegue ler o sentimento das pessoas próximas em um ambiente, sabendo com facilidade quem está com raiva, quem está feliz, e etc. Isso torna mais fácil para ela de se relacionar com os outros, sabendo o estado de espírito das pessoas. Também consegue manipular os sentimentos daqueles presentes, apenas com o olhar.
02) Que se faça o caos: Às vezes, não é apenas “sem querer” que ela é “desastrosa”. Ela pode causar o caos no ambiente sem que sequer mova uma palha. Pessoas brigando, coisas quebrando, tudo isso poderia ser causado pela garota; que várias vezes fazia isso apenas pela diversão de ver as coisas dando errado ao mesmo tempo.
03) Mente Aberta: Você consegue destruir com facilidade uma barreira protetora mental, escudos mentais e outras formas de proteção que bloqueiam a mente do seu alvo do uso dos seus poderes. Quanto maior o nível da vítima desse poder em comparação ao seu nível, mais energia será gasta para quebrar a barreira. Inútil contra seres muito superiores.
04) Quem é mais bela do que eu?: A beleza dos filhos de Éris é notável, e Cherry não escapa disso, e se algo não lhe agrada, pode mudar. Tem a capacidade de mudar pequenas características em seu corpo, como fazer uma pinta aparecer e sumir, mudar a cor de seus olhos - algumas vezes, isto acontece sem seu controle -, mudar um pouco o tom do seu cabelo. Mas não importa a mudança, sua aparência continua chamando atenção das pessoas ao redor.
05) Má Sorte: Filhos de Éris podem fazer seus inimigos terem má sorte com um simples toque (poder controlado por eles, não é sempre que tocarem alguém que esse alguém terá má sorte).
06) Intangibilidade: Éris tinha fama de não poder ser tocada por nada e esse poder foi transferido a seus filhos. Podem tornar-se intocáveis com um mero pensamento.
07) Vocabulário Peçonhento: Filhos de Éris provam que palavras podem ferir, ou no caso, envenenar. Ofendendo e humilhando alguém, os semideuses terão a capacidade de criar um efeito de veneno na pessoa, como se uma serpente altamente venenosa tivesse picado o adversário. Pode ocasionar a morte, mas para isso exigiria enorme esforço do semideus, provavelmente o matando também.
08) Sugestão mental e mentiras: Você possui uma habilidade fora do normal de inventar mentiras para causar discórdia e graças a esse poder as chances de quem ouvir suas mentiras acreditar nelas aumentam em proporções catastróficas, e da mesma forma que você consegue mentir, consegue “implantar” uma ideia na cabeça de uma pessoa com facilidade. Isso também implica que você sabe bem quando lhe mentem.
09) Olhar Desvairante: Quase tão loucos quanto sua mãe, os semideuses de Éris podem utilizar seus olhos de íris caóticas para "transmitir" sua insanidade, confundindo ou até enlouquecendo alguém. Pode até mesmo colocar a maior loucura possível dentro da cabeça dos outros. Quando usa esse poder, o filho de Éris não pode se mover.
10) Alterar alvo: Filhos da deusa do caos, os filhos de Éris podem manipular qualquer ódio que seja direcionado a eles e transporta-lo para outra pessoa. Focando o olhar em certa pessoa ou criatura, o filho de Éris pode induzir um adversário que o ataque a mudar seu alvo. Nada pode impedir o uso desta habilidade. Criaturas mais poderosas podem ser afetadas e até mesmo Deuses são afetados, mas em baixa escala.
11) Asas Negras: Assim como sua mãe era uma deusa alada, a prole de Éris terá um ar de longas asas negras (nesse caso, penosas), que poderão se mimetizar em uma peça de roupa. Com essas asas, o meio-sangue pode se defender de quase qualquer ataque (já que elas são tão resistentes quanto o pelo do Leão de Nemeia), voar livremente pelos céus e mesmo controlá-los. Pode criar enormes tornados com o auxílio de suas asas e mesmo varrer áreas inteiras com seus ventos.
12) Força do Eclipse: Os antigos criam que os eclipses eram aviso de caos, destruição e do Apocalipse. Então, os filhos de Éris têm o poder de conjurar um eclipse (seja este lunar ou solar), que durará entre 5 e 10 minutos  e servirá de bateria para seus poderes. Todos aqueles dentro da área do eclipse tornam-se sujeitos à vontade da prole de Éris. Sua vontade será lei e seu poder será praticamente absoluto. Ineficaz em inimigos mais poderosos.
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