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#Rap Underground
stampedethegod903 · 11 months
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"I got war paint on my canvas, war ready no panic
War cry like magic, ancestors I channel" - StampedeTheGod
Vash Da Stampede's War Paint from Bars N Beats vol. 2
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gvmvsadness · 1 year
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A mi mente le suplico
No me muestres más su rostro
Que la soledad ahora es mi musa
Y no besa tan bien...
Estoy danzando entre las brazas sin quemarme,
Estoy tratando de estar solo sin herirme
Voy intentando no quererte sin mentirme.
Buscando la tranquilidad sin tener que colgarme
Como siempre termino en los rincones de mi cuarto
Donde hasta los muebles lloran, vivo al borde del infarto
Donde toda la agonía la camufló con mi canto
Donde surfeo las olas, vivo en este mar de llantos.
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selektakoletiva · 1 year
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MAPIANU Nº2
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Entre drills, traps e boombaps de fina estirpe, soltamo mais uma edição de MAPIANU com os lançamento do ano.
CHELSEA REJECT - BUBBLE GIRL
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Terceiro álbum de estúdio deste jovem talento de Nova York, berço de grandes nomes do Hip-Hop. Aqui nesse trabalho, segue o bom trato nas linhas e na escolha dos beats, que imergem em um universo própria da rapper.
Transitando entre o boombap, trap e beats mais experimentais do que o costumeiro, Chelsea deslancha entre uma das emcees mais embaçada, quando o quesito é flow e barras. E o híbrido repertório sem perder a postura só vem pra confirmar isso. 'Bubble Grl' tem 10 faixas e conta com a participação de CJ Fly, Anthony King, T'Nah & LIFEOFTOM.
BIG BLLAKK - ERREJOTACULTDRILL, VOL. 2
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Se formos falar de Drill no Brasil, temos obviamente que citar nome do rapper carioca Big Bllakk, uma das grandes referências nacionais. Mas nem tudo são flores, muito menos pra quem vem de baixo, e para que Bllakk chegasse até aqui, um longo e trabalhoso caminho teve de ser percorrido. Depois de singles com certo estrondo na mídia e feats com SD9 e produções de Apoena, foi com Derxan, em uma parceria digna de Romario e Edmundo para o Brasil Grime Shows, que as a melhoria começou a piar. Foi também com o mano Derxan que soltou sua primeira mixtape, 'Músicas Para Fumar Balão', lançada pela Pineapple Storm Records. Big Bllakk solta agora a versão 2.0 do EP 'Errejotacultdrill', que já tinha enxamiado a cena, em agosto de 2021. Com flow mais afiado e a dicção em dia, Bllakk retrata as noites e rondas pela 'cidade purgatório da beleza e do caos.'
O Extend-Play de 7 faixas e +1 bônus, com participações cirúrgicas de Juyè, LEALL, Sant e MG CDD. Já os beats, que trazem também um pouco a atmosfera da orla carioca, com sambas e bossas sampleadas e contrastando com as letras de Big. Os instrumentais são assinados em sua maioria por $amuka, que em collabs com produtores do calibre de Ávila No Beat, Erick Di, Nansy Silvvz, Babidi e Pedro Apoema, fazem o disco crescer ainda mais. Mais um bom lançamento do MC carioca, e mais uma da família Rock Danger!
KURT SUTIL - ME PERGUNTA COMO FOI MEU DIA
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"Pergunta Como Foi Meu Dia" é o terceiro disco do manaura Kurt Sutil, um dos artistas mais criativos da nova safra de rappers, se destacando no underground brasileiro, sobretudo nortista. Carlos Wendel, vulgo Kurt Sutil, 22, é um cidadão que como qualquer um tem suas ascenções e crises, mas como é sabido, as condições de raça, classe e geografia atravessam o globo. E no Brasil, terceiro mundo, não seria diferente. No álbum - o artista que se inspirou em Kurt Wagner, o Noturno dos filmes X-Men - desenha bem em linhas e flows agressivos as dificuldades de um jovem afro-índigena. Com 11 faixas, o terceiro disco do rapper não trata só de questão de raça e das mazelas do povo do norte, mas também de amores, relacionamentos, exaltando também a sua área, e os seus, consequentemente. Entre boombaps e traps, "Pergunta Como Foi Meu Dia" conta com participações pontuais de Keys Carvalho, Greeg Slim, Will o índio, Ligeirinho AM, Andreww e os camaradas Bêonin, Bukana e DaPortela em duas faixas cada. Beats de JXX$, RVL$, Vittor Clover, Wander Reiss e a parceria de Rob & Dotghostit. O seu faixa Custic também assina 4 faixas no disco, além do mago do norte VXamã Goldfingah. Abençoado por tupã, Kurt segue... de Tapuá pro mundo!
PUMAPJL (FT. SONOTWS) - AUTODOMÍNIO
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Mais um trampo da dupla do Febre90's, um dos grandes destaques da cena do Hip-Hop Brasileiro. Puma já se garante por demais, com Sono na retaguarda lançando as pedras, aí já é certeza de qualidade....
Com todos os instrumentais assinados pelo paulista de Jundiaí, o carioca do morro da Mangueira traz um flow de malandro posturado, como de praxe, tratando das vivências pós-sucessada do seu último trabalho, também com TWS, "Naturalidade EP".
O disco, apesar de curto, é objetivo. Se antes, em Naturalidade, pumapjl rimava sobre os balões no morro, e história de sua infância, personagens de sua vida e afins, hoje ele põe no papel as vivências de autocontrole e autodomínio nessa nova fase da sua vida artística e pessoal, com perspectivas totalmente diferentes de quando surgiu na cena. E segue contrariando estatísticas nessas 7 faixas, conseguindo dialogar com seu trabalho anterior, sem cansar flow ou lírica, e ainda estourar com um som não habitual entre o mainstream, sujo e mais orgânico, cheio de picotadas de jazz, música brasileira e batidas crocantes. Aliás, a drumkit do tio Sono, é brincadeira....
É isso, espero que tenham curtido. Até uma próxima!
Kelafé!
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d-sik · 13 days
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sera q tem rap underground com inspiração em musica emo trap lil peep codded em tailandes? i mean tem em coreano…. quero Me Aproximar mais da lingua tailandesa para entendela melhor
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yellodisney · 1 month
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thespectraltiger · 1 year
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Leikeili47 - Raperas en inglés que debes escuchar
Por Antonio Carlos
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En la entrada de este día les hablaré de la misteriosa Leikeili47. Esta rapera originaria de Brooklyn, Nueva York, es una de las figuras más enigmáticas de las recomendaciones que les he hecho en la última semana.
Hasta el momento la rapera no ha revelado su cara, nombre o fecha de nacimiento. En una decisión deliberada que cuestiona el culto a la personalidad en la industria de la música y también buscando poner la importancia en los temas de sus letras y su catálogo musical. El estilo musical de Leikeli ha sido comparado con el de M.I.A, Missy Elliot y al emplear una máscara también podemos pensar en la figura del talentoso MF DOOM.
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Escuchamos su estilo sobre cortes que van del noise rap, rap underground y experimental. 
Les recomiendo acercarse a esta rapera con "Money", corte en el que habla acerca de las adversidades que ha tenido que atravesar y los años de dedicación para desarrollar su arte.
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En "Tic Boom" habla de su individualidad y de la fortaleza interna implacable que posee, rasgos que le ayudarán a dejar un legado con el que otra gente podrá inspirarse.
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Con la canción "Girl Blunt", expresión que se refiere a un blunt liado con estilo y finura, celebra la independencia como mujer así como rechazar las expectativas sociales.
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Por último tenemos "No Reload", donde nos habla de mantenerse fiel a sus principios y la agencia para actuar y tomar decisiones, gracias a haberse criado con mujeres fuertes que la inspiraron. Todo con un coro pegajoso que se repite como mantra.
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almahiphop · 1 year
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Ill Bill - Ny State Of Smart (Smarten Up Remix) ft. NEMS
Ill Bill - Ny State Of Smart (Smarten Up Remix) ft. NEMS - Album Billmatic
Ill Bill y NEMS son dos raperos estadounidenses originarios de Brooklyn, Nueva York. Ill Bill es conocido por su trabajo como miembro del colectivo Non Phixion y fundador del sello discográfico Uncle Howie Records, así como por su carrera en solitario Ill Bill Medinah. Travis Doyle aka NEMS originario de Coney Island ha ganado fama por sus habilidades líricas y su trabajo como fundador de la…
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I JUST CAN’T EXPLAIN IT
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weareravershq · 5 days
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Rema and Ken Carson
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stampedethegod903 · 8 months
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"Dark Horse" from Bars N Beats Volume 2 (2022) out now. Volume 3 coming soon.
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hiphophardware · 1 year
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selektakoletiva · 1 year
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M3LHORD3TR3S #1 - 3 ARTISTAS/DISCOS SUBESTIMADOS DO HIP-HOP
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Salve, my selektas. A data de hoje é especial.
Em agosto de 1973, no Bronx, DJ Kool Herc reuniu a galera para uma festa de volta às aulas, mas o que ele não sabia era que ali, naquela Avenida Sedgwick, 1520, estava sendo semeada a raiz do movimento Hip Hop. Os elementos fundamentais – Breaking, DJ, Graffiti e MC – já se mostravam presentes e vivos, deixando assim o seu legado nesse meio século de movimento.
Não precisamos falar da importância social e racial do Hip-Hop, muito menos fundamentar aqui os grandes artistas de pavimentaram a cena, desde Avenida Sedgwick nº1520, NY, à estação São Bento em SP. Quem é sabe.
Enfim, o quadro novo, autoexplicativo...
Poderíamos trazer discos ali das raízes do Hip-Hop e sua evolução. Mas resolvemos trazer o alguns artistas e discos subestimados que não ganharam a notoriedade de outros nomes já bem destacado na cena.
SAAFIR - BOXCAR SESSIONS [1994]
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Esse primeiro, de cara, já trata-se de uma obra-prima esquecida do hip-hop. O álbum é bem produzido, com letras complexas e uma presença poderosa do espírito das ruas.
Nascido Reggie Gibson, Saafir era produto do renascimento do hip-hop underground da área da Baía, dos anos 90 até meados dos anos 90. Ele surgiu no coletivo Digital Underground, se ligando ao grupo através de seu primo, e teve destaque no terceiro álbum do grupo, muito criticado, mas totalmente ignorado, The Body-Hat Syndrome (1993), seguido por uma participação no álbum "Fear Itself" de Casual no início de 1994. Durante esse tempo, se tornou dançarino do D.U. Morou com o 2Pac por alguns anos antes de os dois brigarem por razões em grande parte não divulgadas.
Nascido Reggie Gibson, faria aniversário dia 23 deste mês de agosto, também é membro do grupo de rap "Golden State Project" (anteriormente conhecido como Golden State Warriors), juntamente com Ras Kass e Xzibit.
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"Boxcar Sessions" é a estreia do rapper californiano. E como soldado de rua certificado que era, tinha sua própria tropa, a Hobo Junction, que pegou o nome da música "Hobo Ho" de Charles Mingus. A Junction era um coletivo de MCs e produtores de todo o país que moravam na Bay Area (Área da Baía, Oakland) - J Groove, J.Z., Rational, Big Nose e Poke Martian. Nenhum com carreira musical, antes do lançamento do disco.
A composição musical das Boxcar Sessions é tão complexa quanto a entrega de Saafir. O álbum foi produzido por J Groove e Jay-Z. Não, não é o Sir Carter, mas sim seu DJ, Jeremy Jackson. Foi ele quem introduziu as paisagens sonoras densas e uma mistura de samples cacofônicos de jazz, batendo certinho o fim do loop com as batidas. Em outros, quase que um Drumless, com kicks e snares baixos. As nuances são muitas, e Saafir soa mais preciso conforme as faixas vão passando, ficam mais selvagens e agressivas, extraindo o melhor dos dois mundos. E pega-lhe no flow. Um amasso.
Assim como a vida nas ruas, empoderamento e militância, o rapper de Oakland também trata do amor e suas redes de conexões e relacionamentos, sobre amor próprio e independência emocional.
Saafir também desfruta de momentos de serenidade em "Boxcar Sessions". Um dos pontos altos do disco, vale destacar, é em "Can-U-Feel-Me?", com o MC narrando suas tentativas ecnontrar calma e equilíbrio enquanto dirige pelas avenidas da Área da Baía, tudo sobre um delicado loop de piano e guitarra, sample de "I Love the Girl" de Donald Byrd.
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Mas como segue o protocolo das ruas, Saafir diz não ser diferente pela Bay Area, pois não tinha muito tempo para isso e tratar de temas delicados, pois como relata nas letras, a vigilância era direta, ligado e alerta nos perigos que a cidade poderia apresentar em momentos de vulnerabilidade.
Saafir também mostra as habilidades de sua equipe ao longo das Boxcar Sessions. Muitos membros da Hobo Junction têm suas próprias interlúdios/mini-músicas, sendo os mais notáveis Rashinel e Poke Martian. Vários OGs da Bay Area também emprestam suas vozes ao projeto, incluindo o lendário grafiteiro Mike Dream, o famoso DJ e futuro líder de gravadora independente Beni B, e os afiliados do Digital Underground, Sleuth Pro e Pee Wee.
O álbum contém 19 faixas e foi lançado pela QWest Records. O debut e melhor disco do rapper, estimulante mentalmente e provocante, acabou virando uma espécie de tesouro perdido por sua experiência auditiva única. Saafir ainda gravou mais três discos, sendo um no pseudônimo de Mr. No No No. Hoje, infelizmente, após um incidente em um vôo, não atua mais na música diretamente, mas no empoderamento de jovens e adultos para com consciência social e racial nos bairros de Oakland.
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GANGSTA PAT - DEADLY VERSES [1995]
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Segundo da lista, este é um caso de espécie não muito rara.
Uma onda invade uma nova geração, e uma toda cena ferve e estoura. Alguns colhem os louros, outros não tem tanta sorte. E isso é independente de talento, acontece no mundo todo, e em todos os gêneros.
Gangsta Pat é algo similar, mas antes conseguiu sentir o gosto da fama e notoriedade, assim como os respeitos dos colegas de ofício. Além de conseguir virar o jogo a seu favor.
Patrick Alexander Hall, vulgo Pat, tem mais em comum com 8Ball & MJG e Three Six Mafia do que apenas serem da mesma cidade. Ele se destaca como um dos poucos artistas de rap de Memphis que assinaram um contrato com uma grande gravadora durante os anos 90. Enquanto seus colegas alcançaram sucesso no mainstream, Gangsta Pat permaneceu uma lenda underground. A vantagem disso é que ele conseguiu manter suas raízes hardcore após deixar a Atlantic, sem a pressão de criar hits de rádio em seus álbuns. Essa autenticidade parece ter atraído mais fãs após seu desligamento da Atlantic.
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Entre seus lançamentos desde 1991, "Deadly Verses" se destaca como o mais reconhecido e popular. Embora críticas anteriores tenham acusado Pat de imitar o gangsta rap da Costa Oeste, esse álbum é uma expressão verdadeira de suas raízes em Memphis. Na verdade, é o início de uma nova vertente. O sub-gênero do sub-gênero. Subcultura do underground. O Horrorcore ou Hardcore Rap, é um gênero muito ali pela virada do século pro início da década, com Necro e outros que trouxeram o jogo para um outro patamar, com instrumentais de boombap mais sujos e experimentais, influências do rock e afins. Mas foi Gangsta Pat que iniciou essa caminhada, em 1995, com letras cruentas no lançamento do single " Deadly Verses", que também dá nome ao disco.
Com apenas 10 faixas, o "Deadly Verses" marca seu quarto trabalho em estúdio, lançado pela Power Entertainment e conta com participações de Tha Villain e Psycho.
Oferece uma experiência curta, porém duradoura. Pat assumiu a produção inteira do álbum, que não é complexa ou inovadora, mas sim uma continuação da sonoridade ameaçadora popularizada pelo Three Six Mafia. Pat inicia o álbum com single homônimo do disco, incorporando samples de pianos do filme "Halloween" e uma linha de baixo funky para criar seu som característico. Suas letras são o foco, e ele as entrega com a mesma velocidade e energia de seus contemporâneos de Memphis na época.
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A habilidade de Gangsta Pat em rimar rápido, o vulgo speedflow, é evidente em faixas como "Deadly Verses" e "I Wanna Smoke", onde sua velocidade, controle de respiração e energia transformam letras simples em super-faixas.
Em resumo, Gangsta Pat mantém uma base de fãs fiel no cenário underground do rap hardcore e inspiro uma série de artistas ao longo desses quase 30 anos do disco. Fãs do mainstream podem não encontrar muito além de uma ou duas faixas que valham a pena, afinal, suas letras explícitas e cheio de ódio, afastam rádios e muito do que o setor fonográfico pode te oferecer, mas no fim, também explica por que Gangsta Pat nunca alcançou a mesma notoriedade de seus colegas de Memphis. Pat ainda lançou mais oito discos, somando 12 registros (discos, eps e lives) e segue em atividade a milhão pelo underground dos EUA. A fórmula pode não produzir álbuns estrelares, mas certamente é um dos clássicos do gangsta rap e percursor do Horrorcore rap.
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EDAN - BEAUTY AND THE BEAT [2005]
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Agora chegamos no final da lista e também, talvez, o mais diferenciados dos discos da lista. A grande viagem psicodélica dos beats experimentais de Edan.
"Beauty And The Beat" é uma verdadeira obra de arte única. Ela te escora com criatividade, imaginação e intelecto de uma forma que poucos álbuns fizeram antes ou depois. Como muitos dos melhores tipos de álbuns, ele honra suas influências enquanto continua a ser inovador. É eclético sem ser previsível. E 18 anos após o seu lançamento, ainda é algo extremamente satisfatório ouvir e falar sobre.
Pra começar, se você ainda não conhece Edan - que para além de o cara ser um despintado do underground, ninguém é obrigado, certo... - vamos à uma pequena introdução. Primeiro comecemos com um recorte importante; Crescido em Rockville, Maryland, Edan é Judeu e filho de israelenses. Edan é uma pessoa branca nos EUA, que viveu sua vida toda em condições de privilégio, nada novo mas também não usual para a época, que já contava com alguns grupos e artistas brancos e/ou de classe média. O que nunca foi questão, já que o talento e criatividade fazem o artista, é verdade. Mas é verdade também que antes disso, existem micro-recortes que na dimensão de quem não tem os acessos e tais privilégios, se torna macro. A estética, as letras e sonoridades da cultura refletem puramente isso, seja de forma mais militante, rataria ou consciência mais esotérica. Logo, pro Hip-Hop, de vez em sempre "mais um branquinho fazendo rap" é visto com certa desconfiança. Dito isso, o que na verdade pode parecer óbvio mas é algo interpretativo, vamos aos fatos e pitacos...
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Começando do início, se quer ter uma experiência mais satisfatória da audição de "Beauty And The Beat", lhe aconselhamos a reproduzir o disco de cabo a rabo, do início ao fim, sem interrupções. O fone é outra coisa que potencializa de forma absurda. O álbum tem muito valor de replay, porque mesmo com apenas 34 minutos de duração, parece um grande limbo, trajeto cheio de personagens e texturas mil.
Há quem diga que é um disco superestimado, outros que "Beauty And The Beat" é um dos melhores álbuns do século 21. Edan Portnoy consegue levar sua música para o próximo nível em termos de abrangência e ambição. É como se algum cientista maluco cruzasse uma fita cassete pirata do Cold Crush Brothers com Band Of Gypsy do Hendrix, ou uma collab de Lord Finesse com "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band". Nas produções, ouve-se também colagens de rádios e novelas, além de falas de filmes B de Hollywood.
E Edan continua a operar como uma ameaça tripla; rimando, produzindo e fazendo scratches para o álbum. Percebe-se no entanto sua maior evolução quando o assunto é rimar ou ou produzir. Em seu álbum de estreia, "Primitive Plus" (2002), ele canalizou o espírito do hip-hop do final dos anos 80 e início dos anos 90 em um incrível LP de 18 faixas. Mas, como ele mesmo admitiu, ele ainda era um "menino".
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No sucessor do debut, Portnoy traz referências reverente ao hip-hop da golden era e à psicodelia dos anos 60 e 70. No entanto, enquanto honra o passado, traz elementos e efeitos do futurismo na estética sonora, que faz sentido aos ouvidos até hoje.
O rapper de Rocksville faz uso de contrastes em estilos, tanto liricamente quanto musicalmente. Em "Making Planets", um dos pontos altos do disco, traz a conhecida batalha entre reinos do bem e do mal, já que Edan flui primeiro sobre uma faixa serena e suave, refletindo sobre a criação tanto da vida quanto da música, cantando: "A música é rap, minha cor favorita é matemática / O plano de ataque é abençoar um planeta com cera". Depois, após uma mudança de batida que parece um balanço tectônica, o MC de Boston, Mr. Lif, retorna de seu local de férias em Salem's Lot para dar um passeio no inferno. Ele descreve um cenário infernal de dor, desespero e condenação, pronto para dispersar "Dor, que você não pode explicar, paisagens de chamas / Molduras de inabitáveis são esmagadas nos minerais".
Edan se une ao também morador de Boston, Dagha, em "Rock & Roll", uma jam encharcada de influências do rock dos anos 60. Os dois rimam sobre grooves de guitarra e solos distorcidos, com Dagha moldando a batida a seu gosto. Edan transforma seu verso em uma lista inteligente de roqueiros proeminentes dos anos 60 e 70, de maneira semelhante a GZA em "Labels", fazendo referências inteligentes a artistas como The Doors, Jethro Tull, King Crimson e Blue Oyster Cult. Influências fortíssimas aqui.
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"Beauty" exibe um surrealismo puro do hip-hop e aparentemente é uma sequência de "Murder Mystery". A própria música é uma reinterpretação de "Rap Beautician", da compilação "Home - Boston Underground Hip Hop" (2001), onde começa com letras e cadência semelhantes, mas logo parte para o mundo louco de Edan. O segundo verso da música é uma obra de arte, evocando imagens de Salvador Dali, Pablo Picasso ou Frida Kahlo. Edan apresenta uma narrativa distorcida com museus bizarros, ladrões e cachorros alados. Ele canta: "Maletas abrem para expor partituras / O ladrão ouve a peça tocada e chora com ela / O mestre violinista toca o solo com uma mão / As notas na página se transformam em formigas que correm freneticamente".
No fim das contas, Edan conseguiu driblar alguns fatores negativos na sua visão, e com muita ciência e competência, foi visionário na cena independente e alternativa dos EUA, furando a bolha para com outros gêneros e países. Trouxe seus amigos de Boston, cedeu espaços e segue firme disseminando sua arte. Edan ainda lançou mais uma mixtape e um álbum em collab com Homeboy Sandman. Hoje atua como produtor e DJ, como bom audiófilo. Já "Beauty and The Beat", virou clássico indiscutível; traz os fundamentos do underground de MF Doom, a abstrato de Madlib e o experimentalismo de Madlib, fincado num grande mosaico de pinturas psicodélicas com aquele salve futurista na gravina. Discaço-aço!
é isso moçada, espero que tenha curtido! um grande salve ao Hip-Hop!!
Até a próxima...
kelafé!!
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yellodisney · 24 days
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cruxifyglitter · 2 months
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almahiphop · 2 years
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Pro Zay - U Aint Never
Pro Zay - U Aint Never - Second Single Off - Alley Muzik 2
Second Single Off “Alley Muzik 2” https://prozay.bandcamp.com/
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