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#clube dos otários
gikaayumi · 1 month
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Hey!! I made a thumb for Clube dos Otários, a PT-BR minecraft video!!
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anditwentlikethis · 8 months
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achas que aquilo que aconteceu na academia de alcochete com o bruno de carvalho foi um inside job?
meu deus esses tempos
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honestamente acho que não. Não sei se sou demasiado ingénua ou burra mesmo, mas não quero acreditar que alguém dentro do Sporting estivesse disposto a fazer uma coisa daquelas e a empurrar o clube para alguns dos momentos mais negros da sua história e para quê exatamente? Não faz sentido na minha cabeça.
Apesar de saber que o ambiente estava tenso entre o bruno de carvalho e os jogadores como é que isso iria resolver alguma coisa? Acho que era óbvio que nenhum adepto normal ia defender um ataque daqueles aos jogadores (como aliás se viu na altura, logo naquela noite com aquelas manifestações de apoio etc) independentemente dos resultados desapontantes.
Penso que foi mesmo a ação conjunta mas externa de 50 otários selvagens que não receberam amor em casa e portanto acharam que era válido e legítimo invadir a academia para dar porrada aos jogadores. As famosas palavras do bruno de carvalho (fOi ChAtO) acho que foram só infelizes, não acho que ele tenha tido algo a ver com nada daquilo tbh. até porque lá está, o que é que ele (ou outra pessoa qualquer da estrutura) teria a ganhar com aquilo? O homem literalmente acabou por ser destituído.
Sinceramente na altura tinha muitas questões que pensei que passados quase 6 anos (crazy) estariam respondidas, mas a verdade é que as perguntas que tinha na altura são as mesmas que tenho hoje, não se descobriu nada 🤷‍♀️
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baeksu-krp · 1 year
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Nome: Ryu "Eveline" Junsu Faceclaim: Kevin Moon, The Boyz Data de nascimento e idade: 30.04.1998 — 25 anos Gênero: Masculino Etnia e nacionalidade: Sul-coreano, Canadá
Moradia: Yongsan-gu Ocupação: Professor, Academia Pump Star Qualidades: Solícito, Atencioso Defeitos: Indiferente, Teimoso User: @bks_eve
TW: Bullying e abandono parental
Eve nasceu no Canadá, filho de pais imigrantes sul-coreanos. Seus pais eram empresários bem-sucedidos que se estabeleceram em Vancouver, buscando uma vida melhor para sua família. Desde cedo, Eve foi exposto à cultura e tradições coreanas, mas também se viu influenciado pelo ambiente ocidental em que cresceu. Como filho único, Eve passava a maior parte do tempo com seus pais, entretanto, em torno de seus sete anos, o casal passou por um divórcio. Desde então, Eve nunca mais viu a figura paterna. Aliás, seu nome canadense foi homenagem à uma amiga da mãe - que hoje em dia, ele desconfia de que pode ter sido uma das paixões dela, ou talvez, o motivo do divórcio.
Diante dessa situação difícil, Eve se fechou emocionalmente. Sua personalidade quieta se tornou ainda mais introvertida, escondendo sua dor e frustração por trás de um exterior tranquilo. Ele se esforçou para não deixar transparecer sua vulnerabilidade e aprendeu a lidar com as turbulências emocionais sozinho.
Sempre foi um dos otários que tinha a lancheira roubada ou que era o alvo de piadas sem nem pedir por isso. O motivo? Nunca entendeu. Mas digamos que crianças e adolescentes não precisam exatamente de um motivo para que desdenhem de outros. Talvez por ser um dos mais fechados e não ter tantos amigos assim? Quem sabe. Um belo dia decidiu dar o troco e reagir, pensou que levaria uma bronca imensa, mas foi apoiado pela mãe. Não importava quantas vezes ela fosse chamada pela direção, a sua dica era aprender a se defender sozinho. Digamos que aprendeu o que era "terapia" ali e repetiu diversas vezes, desde que isso significasse a sua sobrevivência naquele meio.
Quando o Ryu tinha 15 anos, sua mãe recebeu uma oferta de emprego irrecusável em Seul. Empolgada com a oportunidade de expandir seus negócios, ela decidiu se mudar para o país de origem. Eve, embora relutante em deixar seus amigos e a vida que conhecia no Canadá, acompanhou-a nessa nova jornada.
Apesar das dificuldades, havia algo que sempre trouxe alegria para a vida de Eve: a música. Desde criança, ele era fascinado pelos diferentes ritmos e melodias. Ele dedicava horas ouvindo músicas, tocando instrumentos e compondo suas próprias canções. A música era seu refúgio, onde ele podia expressar emoções que não conseguia colocar em palavras.
Conforme Eve se aproximava da vida adulta, se matriculou em uma faculdade de música em Seul, encontrando um novo propósito em sua paixão. Apesar de sua personalidade introvertida, ele encontrou um grupo de amigos com interesses semelhantes, que compartilhavam sua paixão pela música ou luta. Um desses, além de mestre e professor do clube de artes marciais da Universidade, também era um grande amigo. Recebendo apoio como aprendiz e vendo que levava um certo jeito em karatê, não demorou muito a mostrar sua habilidade e experiência (talvez, pode-se dizer, sangue no olho).
Trancou o curso mais ou menos no terceiro ano porque acabou arrumando emprego no outro hobby que mais gosta, mas até quando? Uma pergunta que nem ele sabe, é do tipo que se deixa levar pelo destino e pelos desdobramentos de sua vida.
Enquanto isso, Eve tinha um segredo obscuro que ninguém jamais imaginaria. Em Vancouver, ele organizava e participava de apostas em lutas clandestinas. O mundo das lutas era uma forma de escape para ele, uma maneira de liberar suas frustrações e sentir-se no controle. Mantendo essa parte de sua vida oculta, Eve encontrou uma maneira de equilibrar sua personalidade introvertida com uma paixão secreta, essa que talvez explicasse o porquê tinha se identificado tão bem com o karatê, mesmo que seu mestre jamais fosse saber disso.
OOC: +18 Triggers: N/A Temas de interesse: Todos
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Clube dos covardes
Em clube da luta, a ideia central é algo de rebeldia contra um sistema, não vou explicar o filme porque não é essa a minha intenção. Mas e se um grupo de pessoas pegou uma única ideia do filme, que é o lance do secreto que causa a sensação de encantamento por fazer parte de algo exclusivo "a primeira regra do clube da luta é não falar sobre o clube da luta" já dá a sensação de pertencimento a um grupo, todo mundo quer pertecem a algum lugar, se sentir aceito, a falsa sensação de ser especial que tanto precisam pra amaciar o ego. E fazem coisas no escuro sem nem saber o que é, obedecem a alguém que não sabem nem quem realmente são, como animais sedentos por pertencimento e alguma remuneração, sem questionar o impacto que isso pode causar no outro, e não como um ser humano que consegue raciocinar e medir as consequências de suas ações, algumas delas vão parecer inofensivas mas a intensão de quem está controlando isso tudo é induzir um suicidio. Isso é crime, você entraria pro crime? Vai achando que o crime tá só na periferia.
E óbvio, mas explico, se você participa de algo criminoso, você é um criminoso.
Enfraquecer o emocional da vítima é o principal objeto, quando ela se ver sem rede de apoio, traída por seus amigos, atacada e confundida pelos demais, estará mais perto do objetivo deles. Assim, ela automaticamente terá um perigoso isolamento social, num momento crítico de sua vida.
Com certeza não tem o mesmo objetivo do filme, diria que é quase o oposto do lado que eles acham que estão.
Acham que estão "se dando bem", porque conseguem um cargo melhor no trabalho, alguma facilitação num trâmite que já tinha interesse antes, ou qualquer outra coisa que possa ser acordada sem deixar rastros, mas em que realmente estão se tornando é em criminosos. E ainda vão chamar isso de vencer na vida.
Se para conseguir um benefício é necessário fazer mal a alguém, você já perdeu na vida independente de onde você esteja agora, do seu novo cargo importante, do seu salário e dos bens materiais que você tenha conseguido.
(Algumas pessoas seriam chantageadas e praticamente obrigadas a participarem, para essas que não teriam escolha, fazer o mal seria uma especie de punição pra elas - mas só as algumas, muitas entrariam por escolha mesmo)
A ideia do livro seria se aprofundar numa investigação sobre o quanto as pessoas se comportam como gados mesmo, obedecendo regras que não entendem as consequências em toda a sua complexidade, não porque querem o mal exatamente, mas porque são egoístas demais pra conseguir olhar além do próprio umbigo. Ou porque ostentar para elas vale mais do que uma vida, desde que não seja a sua própria. E também o quanto o sofrimento é romantizado pelas próprias pessoas que causam dor, mas claro, desde que elas não passem pelo mesmo.
Luta pelo que? Pelo ódio. Então, clube dos covardes faria mais sentido nesse caso, já que a luta é pelo sofrimento do outro, e em situações desiguais e injustas, típica de covardes. Se fosse de igual pra igual, eles estariam fudidos, sabem disso, e a prova é a própria inferioridade que eles mesmos reconheceram quando assumiram essa postura.
Brabo é quem bate de frente com com as injustiças, quem apoia é só otário mesmo. Havera personagens que tentaram inverter esses valores, apoiados pelas massas de manobra facilmente manipulável, constituídas pelos seres desprovidos de intelecto, porém com o ego altamente inflado, ao ponto de se sentiram superiores por serem covardes. Irônico. No fundo são coitados, que não tem noção da própria ignorância. Mas, só pra relembrar mais uma vez, covardes. Coitados, mas ainda assim, covardes.
[da série: ideias para um livro]
edit. escrevi esse post em outra data, e editei um post antigo pra não ficar lá em cima. Não sei a data exata, mas foi depois do Tortura silenciosa. Queria deixar ele mais perto da música do Sabota.
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marcuxsousa · 2 years
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Oi gente! Essa é uma arte muito especial para a tirinha, fiz assim que peguei o IPad! O Clube dos Otários se tornou o meu projeto mais produtivo e o meu favorito, a tirinha do Beto finaliza a introdução dos personagens principais e isso pra mim é uma conquista enorme já que comecei achando que ia flopar na segunda parte kkkk Obrigado a todos que compartilharam, comentaram e curtiram, só o fato de gostarem já me deixa muito feliz. Ainda tenho planos de fazer uma HQ redesenhada, já que é notável minha evolução aqui e com o apoio que recebo de vocês, acho que esse sonho é possível! Então vamo que vamo! #tirinhas #quadrinho #hq https://www.instagram.com/p/CoQaaT1gSs_/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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fredborges98 · 2 years
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Assista a "Originais do Samba -Tenha Fé - Mussum" no YouTube
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Bom dia!
Por: Fred Borges
Você tem fé? Exercite-a ao pensar por meio da sua participação no Clube de Leitura. Uma contribuição simbólica e de livre espontãnea vontade de praticar a fé ajudando seus semelhantes!
Me pergunte como!
Telefone de contato: 55( Brazil) 71( Bahia) 984010101 Whatsapp ou [email protected]
Quem tem fé vai a pé!!!
A fé é solitária, é caminhada no sol de meio dia, na lua da meia noite.
É entregar sua vida a Jesus, levantar ás três horas da manhã para preparar a refeição da mulher e do marido, dos filhos, é se contentar com simples alegrias, é seguir pela ruas vazias, é saber quais luzes dos postes estão precisando ser trocadas pela companhia de luz, sem compainha a fé brota na madrugada da insônia, do sono fracionado e fragmentado, do humanamente possível e impossível, do pai e mãe que cuida sozinho(a) de seus dez filhos pois companheiro partiu no mundo, sem dar beijos e bençãos na fonte família, nossa maior riqueza, fronte dos três olhos que tudo deveria ver e sentir, de frente, de olhos bem abertos das tarefas predecessoras, da antecessora amada e filhos amados, nunca existirão ex-filhos não é mesmo Pelé e Lula?Cujas filhas respectivamente: Sandra Regina Machado Arantes do Nascimento e Lurian Cordeiro Lula da Silva tiveram suas lutas em fé!
E assim o " marcho"ou " a fêmea" enveredou-se para viver sua imatura juventude sem compromissos!
Mas a comida requentada continua de continuísmo, de continuidade, só mudou a mudança do endereço, os cumprimentos amáveis aos já de costume cobrador e motorista do coletivo, das táticas de guerrilhas i.g.:colocando celular ou carteira e duplicando-as; uma para si e outra para o ladrão ou meliante, e correr o risco de entregar parte do salário do mês que estava na carteira que deveria ficar, se arrepender,se repreender,se acusar, chorar de dor, ser desprezado na delegacia e ouvir: perdeu cidadão!
Qualquer semelhança com um juiz do STF é mera coincidência!
Perdeu o que já nasceu devendo, devedor, nunca credor, mas cheio de credo, fé e louvor tem esperança de dias melhores.
Esperança que o feijão da marmita não azede, que a vida não torne-se amarga, tão amarga que a fé dê lugar a anestesia do alcool, das drogas, pois realidade é débil e cruel, mas o mel é doce, doce mel, não tendo mel, açucara o café, o refresco frisco, fricote de Luiz Caldas,fagote com doença pulmonar, flagrante da epopéia humana desvairada, tresloucada em ser brasileiro e sobreviver, pois quem tem fé vai a pé, vai a pé e conhece e reconhece que ás ruas de Salvador não são para pedestres pois quem paga IPTU anda de carro ou Uber , as ruas não são mais as ruelas do Pelourinho, das ladeiras, das fontes, das Igrejas, dos cinemas que morreram para os televisores de sessenta polegadas, os serviços de "streaming", de condomínios fechados, armados de cercas elétrificadas, paredes aumentadas, alargadas, diante da cidade se inunda a cada temporal.
Primeiro faz-de a rua, cobra-se os votos e impostos, e o cidadão otário subvenciona duplamente pagando em duplicidade o saneamento, pois obra que não é vista não gera votos!
Viadutos ou túneis que levam do nada ao nada pode! Logística invertida de valores pode!
Não é mesmo abomináveis elites de ambos lados da patologia da lateralidade ambiental política,"crème de la crème" financeiras e intelectuais soteropolitanas?
A fé é caminho só, mas é também a certeza que com ela, creditar e acreditar num Deus invisível, faz intangível o tangível, faz pernas, sem pernas da poliomelite, da talidomida, aliada, alada fé!
Agregada fé, nunca nos deixe!
Fé é amor que se sente calado, é entregar tudo que se tem de maior valor, para resgatar-se e resgatar ao próximo sem naufragar e muitas vezes não ser conhecido ou reconhecido, sem memória e sentimento de gratidão.
Mas fé é não alimentar espectativas, iludir-se e sabotar-se.
É alimentar-se de orações, canções, vozes, melodias proféticas, poéticas, simétricas e com sinergia às suas ações, construções, desconstruções e reconstruções!
Ter fé é cair e levantar, sem ajuda, sem apoio,sozinho, pois é conhecida a frase de Caetano Veloso da música “Dom de iludir”- “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é” e o quanto a fé em Deus e nos homens é testada!
Para muitos esta fé nos homens definha pelas ruas do meio dia e da meia noite, na madrugada escura e não acreditamos nem mais em ter plantas, animais domésticos, crianças em casa para não cansar-se de cansado, de viver fé nos humanos e na humanidade.
Mas, ter fé é ser e estar em eterno estado de prontidão, natural,sem ansiedade, pois se Deus criou o amargo do descompasso do amor, do desamor, do dissabor.
E os homens transformaram áquilo que é naturalmente doce, mais doce, acarajé sem pimenta apimentado, arroz sem sal, salgado, café sem açucar,adocicado com adoçante,amor sem sonhos, com pé sempre atrás,basta viver o que pode, quer, deve ser vivido.
Pois fé é resiliência, tolerância,perdão, reinvenção do reinventar-se, inventar, criar e inovar ou mesmo estabelecer seus, meus, nossos limites e chegar a um termo, termologia própria,pois felicidade não é fórmula que se compra em drogarias...falar baixinho só para eu, nós ouvirmos.
Porque ninguém vai querer compreender a dor e a delícia de ser, de sermos o que se é, o que somos, o que podemos ser com a fé!
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filmes-online-facil · 2 years
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Assistir Filme IT: Capítulo Dois Online fácil
Assistir Filme IT: Capítulo Dois Online Fácil é só aqui: https://filmesonlinefacil.com/filme/it-capitulo-dois/
IT: Capítulo Dois - Filmes Online Fácil
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Vinte e sete anos após o Clube dos Otários derrotar Pennywise, It está de volta. Agora adultos Os Otários seguiram com suas vidas, mas com os recentes desaparecimentos em Derry, Mike resolve reunir o grupo novamente. Perturbados pelo passado, eles precisam vencer seus medos para destruir Pennywise, que está ainda mais perigoso, de uma vez por todas.
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artherondale · 5 years
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It: A coisa, ( 1986 ) - Stephen King
Resumo:
           Durante as férias de 1958, em uma pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança... e do medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry.
Total de páginas: 1104
Resenha:
           It é um livro dividido em 5 partes e é narrado tanto no passado quanto no presente. Na primeira parte temos a introdução de um dos personagens fundamentais da drama, que após o corrido, a narração é direcionada ao outro ano, podemos assim dizer, futuro. Nesse livro é possível ver estórias diferentes, razões diferentes, ambientes completamente grande. Por conta disso, importante sempre prestar muita atenção no decorrer da estória pois devido a troca de ano e personagens pode deixar você confuso.
           Mesmo que o foco principal seja os losers (otários), Stephen não deixa de mostrar antes e o depois de modo bem cativante. Ao invés de se começar no início, ele começa no fim. Deixando ainda mais o leitor cativante pois com isso ele tem noção do que cada personagem sente em determinadas situações. Contando a estória deles e suas razões de estarem sendo "escolhidos".
           Em cada livro do Stephen ele nos proporciona personagens com personalidade únicas, no caso dos otários cada um tem sua peculiaridades. Como por exemplo Eddie Kaspbrak, um garoto/homem que sofre de hipocondríaco (Obsessão com a ideia de ter um problema médico grave, mas não diagnosticado). Tudo isso por um lado favorece o surgimento do Clube dos otários, cinco garotos e uma única garota nas férias de versão de 1957/1958 quando todos começam a ver aparição da Coisa. Nisso a cidade estava em alerta por conta dos desaparecimentos e morte por toda a parte, tendo assim um alerta na cidade. Todos viam a coisa não somente em versão do medo de cada um, mas em locais improváveis de se acontecer. Alguns já havia amizade, outros chegaram como no caso de Beverly, Mike e Ben. Eles também eram perseguidos pelo valentão da cidade, Henry Bowers e sua gangue.
           Ao decorrer, é mudado de ano/tempo conforme necessário dar ao leitor informações para prosseguir, como o futuro de Beverly em seu casamento. Uma consequência da infância difícil dela com seu pai. Mas eles não são os únicos que tem uma estória por traz de suas ações, King nos oferece também visões dos vilões de pensamento/estória de Henry e alguns membros de sua gangue. Existem muitos assuntos a serem abordado ao longo da trama, abuso sexual e infantil, racismo, homofobia e também relacionamento abusivo é contado. Conteúdo é de extrema sensibilidade, por conta disso é importante se informar do conteúdo antes de lê-lo.
           Por fim, King fecha a estória única da Coisa com mudança de tempo drástica envolvendo a determinação do clube dos otários em deter a Coisa tanto na infância quanto adultos.
Nota: ⭐⭐⭐ 3.0
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lxdear-blog · 5 years
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✨losers together✨
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isxmcfly · 5 years
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Metadinha do Clube dos otários.
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belacalli · 2 years
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Resenha: IT - A Coisa
"Crianças, a ficção é a verdade dentro da mentira, e a verdade desta ficção é bem simples: a magia existe." — Stephen King.
É verdade, a magia existe. Em It, acompanhamos uma cidadezinha no Maine que está sempre repleta de acontecimentos macabros e trágicos ao longo da sua história. É muito mais que um palhaço assassino devorador de criancinhas, nós acompanhamos o limite da mente humana e principalmente a sua força.
O título da resenha é, basicamente, um pensamento que estava presente na maior parte da leitura. Derry é uma cidade que, descrita inclusive algumas vezes por alguns personagens, "É um lugar ruim; um esgoto". As cenas que mais me chocaram não era sobre a Coisa, mas o quê os humanos eram capazes. As pessoas pareciam predispostas à loucura; à maldade; e pior: à apatia. Estranhamente omissas.
Mas, em meio essa mistura desumana de preconceitos e barbáries, acompanhamos sete crianças que descobrem o poder da amizade e da imaginação. Amigos que enfrentam suas próprias dificuldades e encontram, um nos outros, poder para transformar a realidade, força para superar os desafios.Crianças que acompanhamos de pertinho, brincando, sofrendo, gargalhando. Seus trocadilhos, suas provocações, suas ideias infantis mirabolantes. E seus medos... principalmente seus medos.
O livro é extenso e, por vezes, cansativo. Ele é intenso, envolvente, pesado. Algumas cenas são simplesmente indigestas. É arrastado, mas muito bem escrito, detalhado. Você entra no livro, se coloca no lugar, sente as emoções e se apega aos personagens. É como se você fosse mais que um telespectador... fosse parte do "clube dos Otários".
Foi o que senti... que voltei à infância.E acredito que o livro seja exatamente sobre isso, sobre a infância.A transição entre a imaginação fértil e a dura perspectiva da vida adulta que nos força, muitas vezes, a matar a criança interior. Como nós eventualmente nos esquecemos dos dias felizes e inocentes, só porque o tempo passa e a idade chega. Como esse processo tão natural pode ser tão triste e assustador.
Querendo ou não, o tempo passa e as coisas mudam. E esse contraste entre nostalgia e tristeza é tão forte, que você eventualmente pensa nas coisas que também esqueceu, nas mudanças ao seu redor que talvez nem tenha percebido.
Sim, o tempo passa, nós crescemos.Mas, sempre carregamos esses momentos em nós. Porque essas crianças "não são necessariamente a melhor parte de você, mas já foram o depósito de tudo que você poderia se tornar."
Compre o livro “IT - A Coisa” clicando aqui
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shield-o-futuro · 3 years
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Qual foi o sonho mais estranho que vocês já tiveram?
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Scarlett: Eu tenho tantos sonhos bizarros o tempo todo, que nem sei escolher qual foi o mais estranho.
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Logan: Acho que eu fico na mesma. Do nada eu tenho uns sonhos muito nada a ver.
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Aiden: Uma vez, enquanto eu estava passando uns dias com meu pai e os Guardiões, eu sonhei que eu tinha uma planta-vaca de estimação. E aí eu ficava andando com aquele treco pra todo lado e uma hora ela atacou o Drax e ele ficou puto e foi quando eu acordei.  
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Sam: Deixa eu ver... eu acho que o sonho mais estranho que eu já tive foi um em que eu fazia parte do clube dos otários de IT, e nós estávamos caçando o Michael Myers . Apesar de ter sido um pouco estranho foi um sonho bem legal.
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Megan: Não sei se quero contar meu sonho mais estranho aqui.
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Connor: Por que, Megan? Sonhou com o que ou quem? Bom, de qualquer maneira, já sonhei que um hamster gigante de gelo tava comendo minha perna, aí quando acordei eu vi que era o hamster do Mason que tinha escapado da gaiola dele durante a noite e tava mordendo meu dedão.
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Mason: Putz, eu não costumo me lembrar dos meus sonhos. É frustrante porque as vezes eu sei que tenho sonhos legais e interessantes mas ai eu acordo e já era.
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Abby:  Sou igual ao Mason, me esqueço rápido dos meus sonhos legais, engraçados e estranhos, mas infelizmente consigo me lembrar com clareza dos meus pesadelos.
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Hazel: Já aviso que o meu é bem estranho e até agora eu só tinha contado pra Scarlly. Depois daquele dia em que e o Mitch e eu acidentalmente acabamos no meio de uma missão com o Doutor Estranho e a Magia, eu sonhei que nós dois éramos de uma gangue de motoqueiros e caçadores de monstros mágicos, e que trabalhávamos junto com a Alex, o Matt, e o Draco Malfoy, com quem eu era casada.
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kritikei · 3 years
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IT - Capítulo Dois
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27 anos depois, Mike percebe que o palhaço Pennywise está de volta à cidade de Derry. Ele convoca os antigos amigos do Clube dos Otários para honrar a promessa de infância e acabar com o inimigo de uma vez por todas. Mas quando Bill, Beverly, Ritchie, Ben e Eddie retornam às suas origens, eles precisam se confrontar a traumas nunca resolvidos de suas infâncias, e que repercutem até hoje na vida adulta.
O segundo capítulo poderia aproveitar seu longo tempo para se aprofundar mais na entidade Pennywise, ao invés disso ele é dolorosamente longo preenchido por cenas que não levam a nada. 'IT: Capítulo Dois' decide recriar o modelo do primeiro, mas uma vez encharca a tela de efeitos especiais, apresenta um mundo gigantesco e fantástico, mas pouco aterrorizante.
Leia a crítica completa aqui: https://www.kritikei.com.br/post/it-cap%C3%ADtulo-dois-cr%C3%ADtica
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www.kritikei.com.br
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bibliotecadeparede · 3 years
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It: a Coisa - Novela de Stephen King.
Este foi um dos meus primeiros calhamaços e em 15 dias eu fui transportado para dentro desse universo singular e marcante. Eu gostaria de ser amigo dos clube dos otários.
Favorito do ano e cansagrou o King como um dos maiores autores da minha coleção de livros.
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entretenizando · 4 years
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Dê valor para as amizades que, assim como o grupo de amigos de #ItCapítulo2, estão com você para enfrentar qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo! Marque o seu Clube dos Otários aqui nos comentários para mostrar o quão #juntos vocês estão, mesmo separados. https://bit.ly/2yU6YCo
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sleeploverss · 4 years
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Elastic Hearts (Easiest to pull) - Part II
Trigger Warning: Menções de abuso físico, Homofobia
》 Parecia uma bomba relógio. Uma bomba que um daltônico tentava desatar o fio vermelho. É claro que recuaria e não imaginava o contrário, mas manter a calma e incisão quando minha amiga ainda estava contraditória era uma tarefa difícil. O toque dos lábios rachados tocando foram suaves, gentis e angustiantes. Uma analogia melancólica, lá no fundo.
— Isso não é opcional, Bev. Você vem comigo. - Não, nunca permitiria, não sob sua observação que voltasse pra sua casa. Não era uma questão de permissão, mas pareceu. Por favor, bom Deus, que ela não me odeie, mas Bev não vai mais pisar naquele apartamento sujo com ele dentro. — A melhor coisa que podemos fazer é limpar esses machucados hoje, e amenizar a dor. Vamos fazer isso juntos,tá? Um dia de cada vez, em passos de bebê, se quiser, mas eu preciso que você me deixe te ajudar.
》 Não queria discutir, nem tinha cabeça para isso, decidiu apenas ceder para o garoto das palavras tão acolhedoras.
— Está bem, eu deixo você me ajudar, Eddie. Eu deixo.
Ela confiava nele, realmente confiava, mesmo sendo alvo de abuso da pessoa que mais deveria a proteger, sua confiança nos losers continuava intacta. Bom, pelo menos com eles, sim. Só Deus sabia como seria dali para frente em relação à confiança. Uma certeza que Beverly tinha era de que demoraria um grande tempo para ela conseguisse lidar com as pessoas sem medo de todas a maltratarem e a abusarem. Por favor, tenha piedade.
– É bom que esteja malhando, Eddie, eu não tenho condições de andar sozinha, então terei que me apoiar em você. Já vou avisando, eu não sou muito magrinha. - Diz, com o sorriso triste estampado. Ela queria, realmente queria liberar algum tipo de humor. Dissera isso mais para provar pra si mesma que ela não estava morta por completa, tinha forças ainda para aguentar. Provavelmente não teria graça, mas era apenas seu mecanismo de defesa. A ruiva tentou manter o sorriso, mesmo sentindo mais algumas lágrimas correndo por suas bochechas, como se estivessem apostando uma corrida para ver quem chega mais rápido em seu ombro.
》 — Tá brincando, Marshall? Eu posso te levar nas costas. - Ofereceu a mão para guiá-la a escadinha e subiu em seguida, esperando dar apoio uma vez que estavam na parte de cima. — Sobe. Minha casa fica longe e não tô com a minha bike.
Eddie deu duas batidinhas nos próprios ombros. Ainda tinha um humor no fundo, como o seu, para não deixá-la sozinha. Não tinha conversa pelo caminho e não era necessário, também temia tirar sua lamentação; Queria poder calar os pensamentos – os dela e os seus – com qualquer coisa. Uma piada, droga, um conselho. Não tinha.
"Você não a deixaria, não é?"
"Mesmo ela fazendo tudo isso"
— Eu preciso te colocar no chão, ma cherie. - Avisou, assim que chegaram na porta dos fundos. Ele atravessou o braço por um dos vidros estourados cobertos com papelão rasgado e fita adesiva e virou com um olhar cúmplice de "Não conta pra ninguém"; girar a maçaneta nunca trancada foi tiro e queda, e rezei em silêncio para minha mãe não estar no caminho. Pelo som da televisão, poderia ter apagado na sala de estar, e Eddie focou em levar um braço da ruiva ao redor dos ombros em direção ao quarto, acompanhando seu ritmo.
— Viu só? Não foi tão difícil. - Atreveu soltar o ar em diversão. — Se eu passar cinco minutos no banheiro arrumando seu banho e preparando as coisas pra limpar você, promete ficar longe do meu Xscape? Eu literalmente acabei de comprar.
》 Beverly custou a subir as escadas do clube. Sentia que suas pernas iam cair, e logo veio um baque grotesco em sua cabeça quando saiu completamente do lugar. Não sabia quanto a conversa durou, tinha a impressão de que ficara lá em baixo o dia inteiro. Não quis omitir a fraqueza física, seu rosto exalava incômodo e angústia. Ela ficou com receio de subir nas costas do garoto, mesmo sabendo que ele a aguentaria com facilidade. Sorri uma última vez, apoiando os braços nos ombros dele e entrelaçando as pernas em sua cintura.
A garota apoiou o queixo no ombro dele, apertando os braços e deixando a brisa forte daquele dia bater contra o rosto. As lágrimas em baixo de seus olhos se tornavam mais geladas com o vento, e a garota passou a fechá-los até chegar na casa do garoto.
Ela abriu os olhos apenas quando finalmente chegaram. Franziu as sobrancelhas com o vidro estilhaçado, pensando em como estaria a situação de Eddie. Ele estava literalmente preso na casa, conseguiu confirmar isso com a trancas e cadeados que vira nas janelas da casa. Não queria imaginar o que acontecia quando ele fugia, só sabia que ela sentiu uma certa preocupação pesar em seu corpo.
— Eu não prometo nada. Sabe, esse é um dos meus álbuns favoritos dele, irei me esforçar o máximo para não levar pra minha casa. - Ela piscou, continuando em pé na porta de seu quarto, tentando fazendo o mínimo barulho possível para não acordar Sônia.  — Não se preocupe, vá tranquilo, manterei distância. Afirmou, demonstrando um sorriso e logo vendo o garoto se afastar.
Beverly deu mais um suspiro naquela tarde, levando a mão até a testa e massageando suas têmporas por alguns instantes. Começou a observar atentamente o quarto de Eddie. Passou os olhos por cada coisa, sorrindo ao se lembrar de vários objetos lá. Cada coisa que tinha lá mostrava claramente a personalidade do garoto, chegava a ser engraçado. Fitou os funkos que estavam apoiados na prateleira perfeitamente colocada na parede, logo sorrindo quando seus olhos, dessa vez, pousaram na prateleira de discos que ele tinha. Ela se aproximou do grande móvel, passando a ponta dos dedos delicadamente por eles, puxando dois deles – Abbey Road e Magical Mystery Tour – se lembrando perfeitamente de como os dois conseguiram ambos os discos. Era uma história bem engraçada, na verdade.
Eles souberam que teria algum concurso para ganharem quatro discos dos Beatles, e era em dupla. Na hora os dois pegaram suas bicicletas e pedalaram até o tal lugar, e, chegando lá, descobriram que seria uma competição e perguntas e respostas para ver quem conhecia melhor a banda. Pfff, fácil, eles com certeza ganhariam aquilo.
E realmente, os dois foram os finalistas. Estavam na frente de dois garotos, liderando por alguns pontos, mesmo se os dois acertassem as últimas perguntas, Eddie e Beverly venceriam e levariam os discos. Porém, em uma delas a pergunta era quem fora a esposa mais famosa de John Lennon. Sem exitar, os dois responderam na hora era foi o Paul McCartney. Sabiam que aquela não era a reposta, mas como eles estavam bem na frente, ganhariam da mesma maneira. Na hora que eles disseram aquilo, porém, as expressões de todos que estavam lá eram de puro desgosto e, de certa forma, pavor.
Nervoso, o garoto que fazia as perguntas tomou os discos e deu para os outros dois garotos, alegando que aquilo era nojento e inadmissível. Os dois amigos gritaram que aquilo era extremamente injusto, mas apenas os ignoraram e mandaram eles calarem a boca. Beverly e Eddie olharam um para o outro e, como se compartilhassem o mesmo neurônio, abriram um sorriso. Enquanto a ruiva inventava algo de improviso para ganhar tempo, o menor se agachou atrás do menino mais velho, fazendo assim, a garota empurrá-lo e o mesmo cair em cima de Eddie. Ele pegou dois discos da mão dele, e os dois tornaram a correr como se suas vidas dependessem daquilo. Tiveram uma crise de riso quando se deram conta do que tinham acabado de fazer. Eddie e falou para cada um ficar com um, mas seu pai a mataria se soubesse o que havia acontecido, então ela disse para ele ficar. A garota ficou rindo sozinha, por um momento, se esquecendo de sua situação.
》Uma coleção intacta e recém-abandonada de rótulos e embalagens preenchiam as prateleiras superiores do armário do banheiro. A primeira era reservada para analgésicos e sedativos, uma quantidade deles, junto com uma ou duas cartelas de antibiótico. Deslizou os dedos pela madeira até encontrar a caixa de Nimesulida e separar um comprimido. A segunda era de prontos socorros, que aprendeu a manter à mão depois do verão de 2015 – e um espasmo subiu da coluna até o pescoço com o pensamento –. Ataduras suaves, gazes, bolas de algodão guardadas em um pote de acrilico do lado de dois rolinhos de esparadrapos. Alcançou junto o vidro de Álcool Iodado. Tinha três caixinhas de band-aids dispostas. Eddie separou três compressas de gazes e deixou sobre a bancada da pra coberta com uma toalha descartável. Sabia fazer o procedimento de olhos fechados, de trás para frente. Isso não significa que gostava de saber. Ou que se tornava mais fácil.*
Quando a banheira encheu, despertou da espécie de transe enquanto estudava o rótulo guardado no fundo do armário quase escondido dos outros. A mão tinha tremido ao alcança-lo.
Kaspbrak, Edward
(pla-ce-bo)
— Merda. Merdinha. - Murmurei, atirando para o fundo de uma das gavetas para girar a torneira. Tinha espuma e água morna, com a luz tímida dos raios de sol no inverno entrando pela janela. Dobrada sobre o outro canto do armário, peças de roupa uma muda de roupas limpas e secas, contando com uma camiseta gigante e um short jeans – seu short, para começo de conversa.*
O garoto tirou a cabeça para fora do banheiro, encontrando uma Beverly entretida com os discos. Nossos discos. Sorriu imensamente, involuntariamente olhando para o chão, lembrando do fatídico dia que tinham conseguido o álbum. Precisou de dirigir até ela, segurando uma das suas mãos para cima e a girando.
— Little darling, it's been a long cold lonely winter.
Eu poderia me apaixonar por ela saiu no fundo da mente, e não entendia da onde viera. Beverly era linda, em todos os seus sentidos, uma mulher linda. Ela não podia saber da força que tinha, essa era a única explicação. Se soubesse, se ela soubesse, seria imbatível. Mais do que já é, hoje. Se soubesse, os otários talvez não seriam os únicos a conhecer seu poder. E isso despertou uma ponta de ciúme.
— Sabe o que eu acho? Eu acho que deveria arrumar o seu cabelo, hoje.
Provocou, tentando ao máximo afastá-la do acontecimento anterior. Sua vida era mais do que aquele capítulo. Valeria qualquer esforço. Acenou brevemente pro banheiro, em sinal para seguir. — Eu tenho uma coisa pra você, mas vai ter que me prometer que não vai contar para os outros.
》 A garota virou o rosto quando ouviu Eddie cantando, sorrindo, verdadeiramente, enquanto girava com ele. Aquilo tudo lhe trazia uma sensação boa, um sensação muito boa. Beverly, enfim, se pegou pensando que aquele seria o melhor lugar em que ela poderia estar. Ver Eddie em sua frente, cantando para a mesma, fizera ela confirmar tudo aquilo.
— Está dizendo que eu ando desarrumada, Eddie? - Se pegou questionando como ela mesma conseguia manter algum senso de humor mesmo com toda aquela angústia a correndo por dentro. E por fora também.
Ela coloca os discos de volta, entendendo que ele também se lembrara aquele dia. A garota caminha até o banheiro, encostando na banheira e levou os braços pra trás do corpo, entendendo que a mesma teria que mostrar os machucados.
Uma espécie de sentimento ruim subiu pelo seu corpo. Seria constrangimento, talvez? Expor seus hematomas e cicatrizes que ela tanto tentara esconder desde sempre? Não era algo no qual ela queria fazer, mesmo que soubesse que aquele era o Eddie, e não qualquer estranho. Estava longe de ser um estranho, muito longe. Talvez fosse coisa da sua cabeça, mas teve a leve impressão de que suas bochechas se ruborizaram com aquilo.
— Tem uma coisa para mim? - Franziu as sobrancelhas, tentando não aparentar o nervosismo. —  Eu prometo não contar. - O fitou, atentamente, sendo tomada pela curiosidade.
》 — É isso mesmo que eu quis dizer. Sua franja está tampando seus olhos.- Retrucou, mexendo com seus fios. Acompanhá-la até o cômodo fez com que uma linha de adrenalina cruzasse o estômago até a garganta. Se não havia caído a ficha antes, havia criado uma concussão e conseguia sentir a dor de cabeça crescer. Porra, não sabia como agir ou até onde agir.
— Eu vou te dar depois, se você sobreviver ao iodo. Ele dói um pouquinho, tá?
E tentou ao máximo não tremular a voz com o choque de realidade.
— Beverly, você tem que tirar a blusa?
Perguntou receoso, deixando a abertura caso recusasse ou mandasse sair. Entenderia, claro, mas preocupava a quantidade de hematomas ainda visíveis e daqueles que não estavam.
— Eu posso me virar, se quiser.
》 Naquele momento tivera certeza que, sim, seu rosto estava interno ruborizado. Sim, ela teria que tirar a blusa. Sim, ela teria que tirar sua calça também. Sim, haviam muitos hematomas. Não respondera com palavras, apenas dera um breve aceno com a cabeça, não conseguindo sustentar o olhar e tornando a fitar os próprios pés.
— Não precisa, Eddie, eu não tenho vergonha de você. - Realmente, não tinha. A vergonha era dela mesma.
Suas mãos, trêmulas como nunca, foram até a barra de sua camiseta de manhas e gola comprida. A peça de roupa subiu por sua cabeça, mostrando, enfim, novos hematomas que nunca foram vistos por ninguém que não fosse seu pai. Haviam pequenas marcas de unha pela sua barriga. Não eram muito profundos, se cicatrizariam rápido. Em seu tórax, uma marca roxa era visível, não muito grande, mas estava lá. Seu pescoço também não tinha nada muito grave, apenas marcas de dedos que sumiriam em poucas horas. Em seus braços estavam as mais "graves". Uma mancha esverdeada tomava conta da parte de cima do braço esquerdo de Beverly, enquanto no outro haviam marcas de mãos em seu pulso. Não olhou para Eddie, não tinha coragem.
Lentamente, encolhendo o corpo num estúpido ato quando achava que estava se expondo de mais, a garota retirou sua calça, novamente mostrando outros machucados. Sua cena estava rodeada se hematomas roxos, sendo extremamente sensíveis quando algo os tocavam. Ambas as pernas estavam assim. Não eram hematomas novos, estava acostumada com aqueles, sempre eram iguais. Enfim, a garota estava apenas com suas peças íntimas.
(Você está tão crescida, seu corpo está mudando muito, Bevvie)
As palavras voltaram a atormentá-la.
(Só eu que vejo isso, não é, Bevvie? Você não fica despida para mais ninguém, certo?)
Fazendo uma pequena contagem mentalmente, subiu seu olhar para Eddie. Era um olhar despertador, angustiante, um pedido de socorro.
— Pronto. - Atreveu dizer, crispando os lábios e prendendo o ar involuntariamente, sentindo a garganta se fechar.
》 A forma com que seu cérebro era incapaz de processar todas as informações era insigne. Tinha assentido com a cabeça, mas não manteve o olhar direto enquanto Bev se despia.
Soltou o ar pelos lábios, suprimindo todas as possíveis reações. A realidade muda, a realidade que todo o grupo conhecia parecia me assombrar. Todas as lembranças de que era real – e o mundo real não pode ser vencido acreditando que ele não existe. Existia e parecia rir da sua cara em uma exposição.
Se não se atravesse a segurar, o que aconteceria? Choraria em desespero e a faria se arrepender de ter confiado? Ou entraria em uma crise que o faria perder o foco, derrubando as coisas ao meu redor e gritando demais? Não podia descobrir.
Precisava descobrir como ser o elo forte daquela relação, e visualizou cada marca ao seu corpo com uma ansiedade descomunal. Marcas de unhas, cicatrizes recentes e hematomas cobriam seu corpo pálido. Sentiu uma parte da vitalidade se dissipar. Deus o ajude, como não preferia ter visto as marcas do pulso.
— Eu vou começar, tá? Me diz se quiser que eu pare. - Pediu, mantendo um contato visual confortável e dirigiu à bancada. Duas bolas de algodão foram embebidas em iodo para limpar as feridas abertas. Ardia como o inferno e o garoto foi cauteloso enquanto tocava a pele, manchando de cor de cobre. Caminhava em uma corda bamba percorrendo os mesmos caminhos do corpo que fora tão violentado pouco antes. Por favor, por favor que não esteja a assustando, implorei em silêncio, com dois dedos lambuzados de pomada anti-inflamatória com toques suaves nos hematomas dos braços. A parte mais difícil era a seguir, no tórax, e no pescoço, e com um timbre rasgado, pediu para que sentasse na privada, com a tampa fechada, antes de alcançar as suas pernas. Ele concebeu um padrão de levar a mão devagar o suficiente para certificar que ela pudesse recuar ou impedir se fosse demais. Apoiou uma das suas pernas no joelho, depois a outra.
A mente percorreu à lugares obscuros. "E ses" atormentavam a paz. _E se não tivesse a encontrado? E se ela não tivesse saído de casa? E se não tivesse pedido ajuda? Balançou a cabeça. "E ses" não iriam ajudar.
Entregou em sua mão dois comprimidos de relaxante muscular, para cessar a dor junto a uma garrafa d'água. Conhecia aquele bem o suficiente para saber que iria fazê-la dormir depois de algumas horas.
— Deveríamos fazer aqueles testes bobos depois. Eu tenho um monte de revistinha no fundo do armário — e não ouse fazer piada sobre o armário.
De novo, se amaldiçoou. Não era racional e manter o silêncio, quebrar o gelo com uma piada ou dar um conselho decente. Estendeu a mão novamente, para ajudá-la a entrar na banheira. — Tinha um patinho de borracha, em algum lugar, quando eu era mais novo. Vou ficar devendo essa.
》 A garota manteu o olhar firme sobre Eddie, evitando olhar para o espelho. Não queria olhar seu próprio reflexo, não quero olhar para seu corpo da perspectivas de outras pessoas, não queria ver os machucados que ela deixara que fizesse com ela.
Beverly afastou o braço bruscamente quando Eddie segurou o pulso para passar o remédio. Fora um ato de puro reflexo, não pensara antes de fazer, recuou rapidamente. Era estranho sentir alguém tocando tal área de seu corpo que vivia de machucados sem a intenção de realmente a machucá-la.
— Desculpe... vá em frente. - Porra, Beverly, precisava fazer esse show? É o Eddie, você confia nele, ele não irá te machucar. Ele já está cuidado de você, não seja uma estúpida mal agradecida. Ia continuar se culpando de estar agindo como uma criança indefesa – talvez, no momento, realmente fosse uma – quando sentiu a ardência dos machucados abertos por conta do remédio.
Isso fez a garota dar um pequeno grunhido de dor, trincando os dentes e fechando forte os olhos.
— Porra... isso arde, Eddie. - Resmungou, cerrando forte os punhos e fazendo uma careta de incômodo. — Arde pra caralho.
Tornou a dizer, mas logo se calando, deixando Eddie terminar de limpar os machucados.
A garota estava tensa. Não podia evitar, estava realmente muito tensa. Era muito contato e, bem, ela estava com poucas roupas, isso era.... errado.
(Eles não te tocam, não é, Bevvie?)
Beverly, pela última vez, você confia no Eddie, só não enxerga isso pois está cega pelas mentiras de seu pai. Ele está tentando te ajudar, francamente!
(Você sabe que só eu posso te tocar, querida)
Pare com isso. Disse para si mesma e se concentrou na sensação do remédio limpando os cortes. Era um incômodo muito grande, o que também o trazia algumas certezas. Quer dizer, como já pensara antes, nunca alguém tocou aqueles hematomas na intenção de ajudá-la. Nunca. Pode apreciar, por um momento, o quanto era algo... bom? Se sentir acolhida, ter alguém para cuidar dela era gratificante, era tão... verdadeiro.
— Eu não ia fazer, não se preocupe. - Realmente, não ia, não tinha muito raciocínio para pensar numa piada naquele momento. Porém, ela dissera aquilo com um pequeno sorriso.  — Eu gosto de coisas bobas, acho que será divertido.
Tomou o remédio que ele lhe dera, fazendo uma careta quando o sentiu dissolvendo em sua boca.
》Deixou que Bev mergulhasse na água e encostou a porta para fora, encarando os próprios dedos. Foi uma longa arfada de ar antes de correr para a primeira gaveta e alcançar a bombinha, apertando o botão e inalando. Duas, três vezes.
Eddie esperou que saísse do banheiro, vestida e limpa. Ofereceu o mínimo dos sorrisos à ruiva, jogando a bombinha de volta na gaveta quando a porta se abriu.
Acabou. Acabou. Ela está segura, agora. Ela vai ficar bem.
Vai?
Ela está longe do pai doentio, ela vai ficar bem.
Vai?
— Posso-
Não, não pode.
— Posso fazer uma pergunta?
Não. Não faça perguntas que não quer ouvir as respostas.
— Deixa pra lá
》 No momento em que Eddie saiu, Beverly deu um suspiro. Mergulhou mais o corpo e deu um longo suspiro, jogando um pouco de água em seu rosto. Permaneceu na mesma posição, serena, pensativa, olhando para o teto. Tendo um momento sozinha, ela tornou a chorar, era um choro de alívio, soltando coisas que a ruiva nunca imaginou sentir.
Pela primeira vez não tremera por uma pessoa simplesmente tocar em seu corpo. Não desejara arrancar sua própria pele por puro nojo de dedos – que não fossem dela – a tocasse. Era libertador, não ia mentir.
Não soube quando tempo ficou lá, mas puxou a toalha e se enrolou, sem se olhar no espelho, saindo do quarto com cautela para não escorregar.
— É claro que pode fazer, Eddie. - Franzira as sobrancelhas com tamanha curiosidade, inclinando a cabeça para o lado. — Vamos, você já começou, agora termine, quero saber o que é.
》Eddie, O que você está procurando?
(Eu não sei. Porra, para com isso)
Mas no fundo sabia, como um embrulho de Natal guardado no sótão esperando ser aberto por uma criança travessa, que não deveria estar ali para começo de conversa.
Havia começado quando foi arrastado para fora do quarto do hospital implorando para não ser deixado.
(Não me deixa com ela.)
Mas deixou, porque a morte não escolhia suas vítimas nos dados. E era idiota, muito idiota, a forma que esperava que Frank fosse diferente dos outros pais que já conheceu.
Não podia ser pior, ou era o que precisava acreditar.
O que você está procurando?
Lembra de como sua mamãezinha lhe sedava por dias para não sair?
Lembra de como ela te fez engolir seis pílulas diárias até seus treze anos?
Lembra de como ela fez você achar que era um fraco? Lembra disso?
Lembrava. Lembrava todos os dias. E doía lembrar como era consciente, como supostamente deveria odiá-la, mesmo que não houvesse forças. Eles não entenderiam.
Porque ainda queria sua aprovação. Porque ainda queria seu reconhecimento.
Porque ainda queria ser um bom filho. E bons filhos obedecem seus pais, não obedecem?
"Ele se deitou com um garoto, Doutor." Foi a primeira vez que não havia um escarcéu. O tom de voz era muito mais baixo do que já tinha ouvido. Constrangida, enojada, e podia jurar que os olhos vermelhos. Teria sido melhor se gritasse, porra, preferia que tivesse gritado. "Com aquele garoto imundo. Meu garotinho tem dezesseis anos e vai definhar como um aidético."
Aquele dia, a enfermeira a esperou sair.
"Sua mãe te bate, Edward?"
"Não!"
"Ela já te machucou?"
"Não!"
"Tem certeza?”
Ela não o batia, claro que não.
Ela só jogava peças de louças na cozinha quando chegava tarde em casa.
Ela não me batia.
Ela só apertava seu pulso até o meu quarto e me deixava pensar no que tinha feito.
Ela não batia. Ela só exagerava quando não obedecia suas ordens.
"Sim."
Mas o primeiro tapa veio, aos dezessete, no rosto. A humilhação havia ardido mais. Mas ela pediu desculpas, e ele havia passado dos limites. E não havia o porquê compartilhar. Eles não entenderiam. Nunca entenderam.
"Promete que vai ser um bom menino?"
"Prometo, mamãe."
Não cumpriu. Outro tapa veio, queimando a maçã do rosto em resposta a quando lhe respondia mal, quando pulava a janela, quando saía com as más influências.
Bill havia levantado uma sobrancelha no último encontro.
"Você enfrentou ela, não é? As coisas mudaram.
(Não)
"Sim"
Então houve a última discussão. Houve a última vez que voltara para casa.
“Ela só tá nervosa.”
"O que ela fez, agora?." 
(Nós vamos para Nova Iorque e esquecer essa bagunça…)
"Por que você não volta?"
(…Ou você vai pra terapia e terei uma conversa com os pais dos seus amigos.)
"Não tem essa de não ter escolha."
(O que os pais deles diriam, hein? Eles se importam o bastante com seus filhos para saberem das imundices que fazem juntos? E com aquela menina? E aquele judeu?)
"Eu vou resolver, sim"
(É isso que você quer?)
Não. Não é.
(Nós vamos, mamãe. Nós vamos ficar juntos, do jeito que a senhora queria.)
“O que você está procurando?”
*Ele queria fugir.*
— Como você conseguiu? Como você conseguiu correr?
》Foi pega de surpresa pela pergunta. Saberia responder qualquer uma, menos aquela. Abriu a boca para tentar dar uma reposta imediata, mas não sabia realmente o que falar. Assentiu com a cabeça, dando um sorriso pequeno e pegando o roupão de Eddie para se enrolar. Beverly segurou as mãos do garoto, o puxando para se sentar com ela na cama. O fitou, não mudando o olhar.
Com aquela pergunta, com aquela simples pergunta, Beverly conseguiu ver um pedido. Ele não perguntara aquilo apenas para puxar assunto ou algo do tipo, seus olhos diziam isso. As castanhas íris do garoto entregavam dor. Entregavam sofrimento, aclamavam por ajuda. Céus, como ela iria ajudá-lo se nem ao menos sabia o que fazer com a sua própria vida?
— Como eu consegui correr. - Repetiu as palavras para si mesma, tentando expressar o batalhão de coisas que sentia em palavras. A questão era: Ela não via aquilo como se tivesse conseguido. Ela não enxergava aquilo como uma coisa boa, uma conquista, um ato de coragem e exemplo. Beverly realmente via tudo aquilo como covardia, não havia aguentado o trampo, então fugiu de medo, era uma covarde. — Eu só... não queria morrer. - Nem de maneira física e nem de psicológica. — E-Eu não sei, eu só... pensei que eu merecia viver. -Dissera com cautela, receando dizer algo que só piorasse a situação.
— Eddie... - Fechou os olhos, suspirando fundo e finalmente organizando as coisas. — Foram 17 anos disso. 17 anos de pura tortura. Eram todos os dias, todo o santo dia, chegou uma hora que eu não aguentava mais. Eu não suportava olhar meu reflexo no espelho, porque eu simplesmente via as marcas da mão dele por toda parte. Eu andava pelas ruas mais perigosas de Derry quando eu voltava da escola porque elas eram as mais longas e eu demorava mais tempo para chegar em casa. Eu tenho medo até hoje de tocar no meu próprio corpo, Eddie... - Ela se assustou por estar falando aquilo em você alta. Se fosse dias atrás, estaria se culpando por pensar daquela maneira, mas as palavras apenas saíam, e a culpa que sempre sentia agora não era tão grande assim. — Eu arranco meu próprio cabelo porquê eu sei que é o que ele mais gosta em mim. - Era difícil falar aquilo, mas acha necessário, faria de tudo para ajudar Eddie. De tudo mesmo.  — Hoje, quando eu cheguei em casa, eu achei que eu fosse morrer. Quando ele disse que me viu entrando no Fliperama com vocês, eu vi algo aterrorizante nos olhos dele. Nunca senti tanto medo na minha vida quanto hoje. Fora que, os socos e chutes que eu levei não se comparavam à humilhação. Eu me sentia pequena a cada ardência em meu rosto, a cada chute em minhas pernas, a cada aperto em meus pulsos. Eu não tive outra escolha a não ser... fugir. Era isso ou eu morreria, e por pouco isso não aconteceu. Eu não sei o que teria acontecido caso você não tivesse me encontrado hoje. Eu provavelmente teria voltado pra casa e deixado ele terminar o trabalho. - Doía, realmente doía.
— Nos últimos segundos lá, eu percebi que eu merecia viver, Eddie. Nós merecemos viver. Poxa, você não acha que tudo o que eu passo, ou mais importante, tudo o que você passa, tem que um dia acabar? - Realmente tinha? Ela merecia ter sossego? Aquele sossego era necessário? Deus aprovaria aquilo?  — Você mesmo me disse, Eddie, pais não deviam fazer isso, isso não é amor.
(Eu faço isso porquê te amo)
Não é mesmo?
》 As mãos de Beverly entrelaçando as suas sempre foram reconfortantes. Tinha a menor da alteração em seu semblante que quase o tranquilizou.
Então o corpo do garoto enrijesseu quando ouvia sua voz, melódica, em contrapartida com a dureza do que dizia. Sentia o metal na base da língua quando a garota se referia.
Eddie afastou uma das mãos e levou à uma das maçãs do rosto, afastando as lágrimas involuntárias enquanto a ouvia.
Estava certa. Merecia viver, meu bom Deus.  Eddie não conseguia imaginar como seria acordar em uma realidade em que não a encontrasse. Era a mulher invencível de Derry e sequer sabia disso.*
"Nós merecemos."
E ele soube.
— Você não sabe o quanto eu tenho orgulho da sua força, Bev. Você merece viver longe desse inferno. Queria que nunca tivesse passado por isso.
Entrego um sorriso triste. Fechado e genuíno.
— Mas eu não passo por nada.
Levantou da cama até a penteadeira, hesitante em soltá-la. Uma caixinha pequena ainda guardava o que lhe queria entregar: A moeda de um quarto de dólar, que Beverly havia deixado com Eddie para começo de conversa.*
Começou da forma mais óbvia que deveria: uma competição boba, iniciada em uma tarde ensolarada de verão em um momento que sequer eram próximos. "Tá com medo de perder para uma garota?" ela perguntou com um sorriso imenso enquanto segurava um dos pés atrás do corpo antes da corrida. "Tá com medo de perder para um asmático?”
Tinha sido a última modalidade depois de tiro ao alvo, tomba-lata, uma partida de ping-pong escalada. Beverly tinha fôlego e apresentou bem quando mantinha um ritmo decente – Provavelmente, não exímio por conta dos cigarros – pelo menos, até entrar no caminho da gangue do Bowers. Foi uma simples troca de olhares para girarem os calcanhares e desistir da meta de chegada só pra fugir.
Graças ao destino, o beco que pararam foi próximo o suficiente da sorveteria e ele se dispôs a pagar um milk shake. Quando ousou usar uma das moedas conquistadas no jogo, foi impedido.
—  Essa é uma moeda da sorte, você não pode se desfazer dela.- Ela soou chocada e Eddie encarou incrédulo aquele centavo com um navio estampado. Quando a garota pagou, sentaram no meio fio, recuperando o fôlego da fuga, não conteve em comentar.
—  Você devia andar mais com a gente. Não fica com medo do Stan, às vezes eu acho que ele não gosta de ninguém. - deu de ombros.  — Mas o Richie falou que você é legal. E o Bill tá feliz em fazer aquela peça com você.  E viu o rosto de Beverly ficar tão corado quanto o seu cabelo ao citar o último. Foi engraçado, apesar de não tocarem no assunto pelo resto da tarde.
Ele não pode deixar de sentir um desconforto quando disse que precisava ir, mas assentiu; também tinha um toque de recolher mais cedo que os demais.
— Não perde essa moeda, cabeçudo. Você vai precisar dela se quiser me vencer ainda. E sumiu correndo rua abaixo. A primeira vez que veria. Esperava que a tarde passada fora a última.
— Acho que você precisa disso, agora.
》 E, novamente, as palavras de Eddie tocaram profundamente a garota. Ela se sentia grande com ele. Sentia que poderia mover montanhas, sentia que poderia enfrentar qualquer um que fosse, ele lhe passava confiança, coragem e esperança, algo que nunca tivera vindo de seu pai.
Eram tão bonitas que ela pensava que suas próprias palavras não faziam o menor efeito nele, nunca daria conselhos ou diria coisas tão bonitas quanto ele. Era por isso que sempre preferiria agir, ela se garantia mais nas ações do que nas palavras. Quando implicavam com ele, ao invés dela dar conselhos, ela socava as pessoas. Se os losers o o irritasse, ao invés de dar história de moral, puxava as orelhas dele.
Se o garoto ficasse triste, ao invés dela tentar dizer coisas que fizesse sentido, colocava um filme ou suas músicas favoritas no volume máximo. Era a coisa que mais admirava em Eddie, e esperava ter aquilo para sempre.
"Mas eu não passo por nada."
Ela se viu no garoto. Não era como se fizesse muito tempo, até dois dias atrás ela dissera para o garoto que o hematoma amarelo em sua bochecha era por ter batido na maçaneta. Não iria insistir, sabia como podia ser exaustivo e desconfortável, Eddie teria sua hora, um dia entenderia, e, céus, fosse mais fácil do que foi pra ela. A única certeza de Beverly é que ela só pararia quando o ajudasse completamente, e ficaria do seu lado quanto tempo precisasse, não seria tão fácil assim se livrar dela.
A ruiva franziu sorriu quando viu a moeda na mão de Eddie. Novamente fora pega pela nostalgia, levando a mão ao peito quando dava um sorriso singelo e simples. Sorria com os olhos. Franziu as sobrancelhas quando o mesmo a estendeu, fazendo um gesto de negação com a cabeça.
— Nada disso, Eddie. - Abriu a mão, recusando a moeda do garoto.  — Você ainda não a usou para me vencer. Só irei ficar com ela quando competirmos num próximo festival.
》 — Do que você tá falando?
Franziu o cenho em confusão, com meio sorriso no rosto. A breve lembrança de outro festival esquentava um lugar no seu peito e doía. Se tivesse uma lista de todas as coisas que queria fazer pela última vez em Derry, o festival estaria em primeiro lugar, como se, parte de si, estivesse pronta para se despedir. Não estava.*
Imaginava um cenário antigo, onde conseguia deixar tudo para trás, não olhar pelo retrovisor e sumir pela fronteira; Não existia mais.
Queria garantir que sim, ganharia no próximo festival, sem nem pestanejar; Por outro lado, não conseguiria pestanejar e mentir.
Será que algum momento naquelas semanas seria capaz de aprender? Ou se tornaria menos doloroso? A resposta era um imenso não no clarão da mente, mesmo que garantia a melhor das opções.
Em um súbito consciente, refletiu o seu sorriso, porque não havia semblante negativo que pudesse deixar que lhe marcasse, da mesma forma que lembraria diariamente do seu, doce e energético, e preferia assim manter.
Balançou a cabeça em negação, tirando a moeda do seu leito almofadado e pousando em sua mão, fechando-a sob a sua.
— Você venceu, sim.
Part I
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