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#construção do conhecimento
ribeisp · 8 months
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Andragogia: O Ensino Transformador para Adultos
Caros colegas, Hoje, gostaria de compartilhar com vocês um tema fascinante e muitas vezes subestimado no campo da educação: a andragogia, ou seja, o processo de ensino voltado para adultos. Em um mundo em constante evolução, onde a aprendizagem ao longo da vida tornou-se essencial, compreender como os adultos aprendem é crucial para o desenvolvimento pessoal e profissional.   O Que é…
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learncafe · 7 months
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Curso online com certificado! Construção do conhecimento nas ciências da natureza
Alfabetização Científica. O ensino de Ciências como investigação. O ensino por investigação. Os conteúdos de Ciências. Ser humano e Saúde. Recursos Tecnológicos. O Ensino de Ciências na Educação Infantil. E o nosso papel em todo este contexto? Refletindo sobre ações. Avaliação no ensino de Ciências e o papel do professor. Faça sua inscrição:
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omeulirico · 5 months
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faux
minha vida sempre foi uma incansável sequência de erros desde os meus dez anos, e depois de muito tempo eu admito que é por minha culpa. não que eu tenha idealizado me tornar uma casca vazia e fútil, apenas foi inevitável o contágio hollywoodiano na construção improvisada do meu eu.
por fora tão linda e fascinante quanto dentes brancos como pérolas incandescentes e por dentro, um buraco tão negro e vazio e desconhecido como aqueles estudados por cientistas que dedicam sua vida para entender os "segredos mais escuros do universo". mas o que poderia se esperar de uma garota criada no subúrbio, com uma coroa de plástico falsa, óculos vermelho com aro em formato de coração e filmes deturpados sobre a realidade famigerada da vida?
ao menos mamãe conseguiu me ensinar algumas coisas sobre viver, embora eu tenha desprezado receber tal conhecimento antes, agora entendo toda a analogia com cera de vela derretendo como a juventude de jovens arrogantes o suficiente para não perceberem que no fim das contas, alguma coisa sempre vai importar. não que eu seja velha o suficiente para entender sobre o mundo, só que é meio óbvio que até coelhinhos fofos podem ter dentes de ferro enferrujados esperando o momento certo para rasgar uma boa fatia de carne do predador.
às vezes eu tenho vontade de atirar fogo na doce mentira e nos sonhos dourados e inocentes da garotinha ingênua e incapaz que eu consegui me tornar, a questão é que eu sou egoísta o suficiente para admitir e tentar corrigir meus próprios erros, mesmo que eu seja a única sofredora do bizarro conto de fadas que eu transformei minha vida.
talvez meu egoísmo consiga me matar, não é como se vestidos, laços e cetim não fossem tão ofensivos quanto enguias elétricas gigantes dentro de pequenos aquários. uma hora ou outra a princesa cai da carruagem diretamente em uma cova rasa feita a colher. talvez eu consiga encontrar um pouco de alegria em uma daquelas fantasias debilitantes embaladas em pacotinhos plásticos em alguma banheira de hotel de quinta.
a questão é que, na verdade, não importa o quão fundo eu vá no abismo que eu me tornei, a imagem ilusionária de uma garotinha beijada por lábios flamejantes com a pura inocência sempre vai ficar sobreposta a carne pútrida. é mais fácil aceitar uma farsa criada por curtas de duas horas, do que dentes afiados banhados em toxina botulínica.
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humanaaa · 11 months
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CARAI então, eu achei um doc do word q me salvou no enem. Como eu sei q tem gente q me segue q vai fazer o Enem vou falar um negócio que eu aprendi quando eu fiz a prova: o Enem não se importa muito com o que vc vai escrever, e sim como você vai escrever
O que eu quero dizer: ele quer que você tenha 1 parágrafo de introdução, 2 de desenvolvimento e 1 de finalização. Meus professores sempre me avisaram que era bom começar a redação com uma citação, e na última frase do último parágrafo fazer referência a essa frase (tmb colocar uma citação em um dos de desenvolvimento vai parecer q vc tem repertório.) Tipo, se eu começar com, “tinha uma pedra no meio do caminho ”, no último parágrafo falar ”medidas devem ser tomadas, pois assim conseguiremos diminuir a quantidade de pedras no caminho da população brasileira).
Eu tô fazendo esse post pq eu achei um doc q eu fiz com um monte de citação aleatória q eu peguei pra usar no Enem, so estou repassando meu conhecimento passado 🫡:
Segundo MARTIN LUTHER KING, ATIVISTA POLÍTICO, aprendemos a voar como os pássaros e a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos.
Segundo JOÃO PAULO II, PAPA, a violência destrói aquilo o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano.
Segundo JOHN PIPER, TEOLOGO ESTADUNIDENSE, a marca da cultura de consumo é a redução de ser para ter
Segundo GEORGE ORWELL, ESCRITOR INGLES, alguns de nós são mais iguais do que outros.
Segundo GUIMARÃES ROSA, ESCRITOR E MÉDICO BRASILEIRO, apenas quando a água de boa qualidade acabar ela será valorizada.
Segundo PABLO PICASSO, ARTISTA ESPANHOL, a arte é uma mentira que nos permite conhecer a verdade.
Segundo CONFÚNCIO, FILÓSOFO E PENSADOR CHINÊS, se quiser prever o futuro, se deve estudar o passado.
Segundo NELSON MANDELA, LÍDER NA LUTA CONTRA O APARTHEID, a educação é a arma mais poderosa que pode ser usada para mudar o mundo.
Segundo GIACOMO LEOPARDI, POETA ITALIANO, nenhuma qualidade humana é mais intolerável do que a intolerância.
Segundo MILTON SANTOS, GEOGRAFO BRASILEIRO, existem duas classes socias: a dos que não comem e a dos que não dormem com medo da revolução dos que não comem.
Segundo PAULO FREIRE, EDUCADOR E FILOSOFO BRASILEIRO, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.
Segundo Barack Obama todos somos iguais e temos direito a perseguir nossa própria versão da felicidade
Segundo António Lobo Antunes, escritor e psiquiatra português, A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.
Segundo um provérbio indígena, Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último rio for poluído é que o homem perceberá que não pode comer dinheiro
Segundo a OMS, organização mundial da saúde, “Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença.”
Segundo Manuel Castells, sociólogo espanhol, “A internet é muito mais que uma tecnologia. É um meio de comunicação, de interação e de organização social.”
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jenniejjun · 1 year
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Aaa tua escrita é perfeita, não consigo sair do teu perfil!!🫶🏻🫶🏻🫶🏻
Gostaria de saber se você poderia escrever algo com a Irene?
YOU PAINTED ME GOLDEN — pt 1.
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PAR: bae joo-hyun (irene) x leitora!fem
GÊNERO: smut, fluff e um tiquinho de angst
avisos: inspirado levemente em “o príncipe cruel” de holly black, casamento arranjado, irene e leitora são princesas, elas se odeiam, irene é feérica, leitora é humana, tem uma referência pequenininha a "queen charlotte" da netflix, menções à sangue e um toquinho de leve no que é a construção patriarcal que se chama virgindade e tudo que isso envolvia na época mas eu nem me aprofundo muito (é mais um adendo caso você ache essas coisas meio bleh mas é uma fantasia então eu adaptei bastante coisa do nosso mundo nessa fic), masturbação feminina (irene recebe), voyerismo, uma orgia básica (leitora não participa), oral!fem (irene recebe). vai ter continuação, se vocês gostarem ❤️
ME PERDOA PELA DEMORA SÉRIO! primeiro, queria agradecê-los pelos 100k 😭😭 vocês são uns amores e eu adoro escrever pra vocês. em segundo lugar, obrigada pelos elogios!! queria pedir desculpas pela demora catastrófica que esse pedido levou pra ficar pronto mas estava sem ideias e precisei pensar em algo um pouco novo pra desenvolver o pedido. não sei se ficou exatamente como você queria ou se você conhece a obra no qual essa história foi inspirada mas eu espero que você tenha gostado! curtam o pornô de fada 💀
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Você era a princesa mais cobiçada do reino humano. Tão bela que parecia ter sido esculpida pelos próprios Deuses, cada detalhe. Desde o fio mais fino de cabelo até as perfeitas imperfeições que a tornavam tão real e individual. Desde pequena, tinha conhecimento de que seu grande dever seria casar-se bem, considerando que seu pai já possuía filhos homens para ascenderem ao trono. Sua tarefa era manter o status social da família. A graciosidade que carregava sempre ajudou nas milhares de propostas nas quais recebia.
Entretanto, sabendo que o pai nunca admitiria isso, uma das razões que explicavam a existência de tantas negativas em suas proposições matrimoniais era a falta de dinheiro que seu reino enfrentava. E nenhum dos reinos humanos ao seu redor parecia muito melhor do que o de vocês. Logo, requeria a combinação perfeita em seu casamento. Decente e rico.
A única esperança restante da parentela, seu irmão já casado não podia fazer muito pelas condição financeira de vocês. Você já não guardava rancor, mesmo que achasse engraçada a situação em que um futuro rei fosse tão impotente para com o próprio reino, até escolherem sua salvação por você.
"Vamos, irmãzinha, desfaça essa cara. Você sabe que papai vai ficar bravo se você receber a princesa Joo-Hyun assim", Taryn se senta ao seu lado, a camisa amassada é um indício claro que passou a noite fora. O pai de vocês ficará mais bravo com isso do que com qualquer careta que possa direcionar à princesa. "Entendo que a odeie, mas se lembre que estamos fazendo algo grande aqui. O Grande Experimento é como papai está chamando. Feéricos e humanos pela primeira vez em séculos."
"Não, você não entende porque não está casando com ela. Todos ouvimos os rumores de como eles são, creio que haja um motivo insanamente plausível pelo qual não nos misturamos há séculos", você rebate, irritada demais para distinguir que estava agindo feito criança. "Meu casamento deveria servir de segurança financeira para nossa família e não ser um experimento onde posso acabar morta."
O que poderia acontecer se alguma coisa desse errada? Seu irmão não lhe poupou esforços em responder mesmo que tivesse certeza de que nenhuma dúvida tivesse sido esboçada verbalmente.
"O pior que pode acontecer é ela acabar te matando", revelou ele zombeteiro.
Revirando os olhos, você respondeu: "Isso não parece muito desagradável pra você."
"Não diga coisas de tamanho descortês, querida", uma terceira voz se fez presente fazendo com que você e seu irmão virem suas cabeças em direção a ela. 
Thomas é seu pai e o único que consegue separar as alfinetadas entre você e Taryn por tempo suficiente até que ele se canse, é uma dádiva. Você sempre diz isso. O irmão ao seu lado faz uma careta pelo que você vê no canto do olho e seu pai logo o repreende. Em ocasiões assim você quase, e enfatizando o quase, fica com pena de seu sangue. Preso em um casamento sem amor e sempre procurando satisfação na calada da noite.
Contudo, seu pai estava assinando-a para um destino não muito dessemelhante. Não ocorriam-lhe motivos para ser diferente de Taryn agora.
"Você está fedendo a uísque, trate de se trocar antes que a família Bae chegue e resolva desmanchar o casamento de sua irmã por conta de seus comportamentos vis", o patriarca ataca com um semblante sério e você não consegue disfarçar a carranca. "Já conversamos sobre isso, tesouro, está feito."
É claro que estava. Você nunca tinha chance nenhuma de dizer nada nos últimos tempos, seu pai parecia empenhado em amenizar a repulsão entre humanos e feéricos e, com isso, destruir sua possível felicidade. Como uma jovem teimosa, você bateu o pé ignorando o farfalhar das saias de seu vestido.
"Acho que são nulas as chances de tentar convencê-lo do contrário, papai", você responde amargurada.
"Você sabe que não me traz ventura alguma mandá-la para aquela Corte, mas...", e honestamente precisaria de algum acréscimo após tal revelação? Não tinha dúvidas de que era amada, seu pai nunca havia sido uma má figura para si enquanto crescia. Mas não deveria existir um 'mas' ali.
Não importava o quão complicada fosse a situação.
"Mas sua alternativa de paz é enviar sua única filha para lá em troca de não morrermos de fome", resmungando você se virou para frente. De repente rezando para conhecer sua noiva logo e acabar de uma vez com tudo aquilo. "Foi para o que eu nasci, de qualquer jeito."
Sua cunhada, que raramente aparece, estava certa, afinal, você pensa. Poucas pessoas em sua pele deviam casar por amor, tinha de se acostumar com sua realidade logo. O que deveria ser um conto de fadas se tornou o tipo de história que suas amas lhe contavam antes de dormir afim de torná-la mais obediente. Existiu um período de tempo em que criaturas mágicas e humanos conviviam em harmonia, você deve achar, mas há muito teria deixado de ser como tal. O reino feérico e o reino humano eram dois mundos separados por um portal pequeno, no qual eram proibidos de atravessarem a não ser que desejassem a morte eminente.
Lá, conheciam apenas a escuridão da noite e eram tão infames quanto eram devassos.
Nenhuma alma viva sabia dizer exatamente quando o desprezo entre mundos teria dado início a uma era insaciável de guerras, mas rumores corriam que um deles teria exterminado uma vila mundana há milênios atrás. Desde então, era inconcesso o contato entre seres mundanos e seres mágicos. Seu trabalho era extinguir tal inimizade. Por isso, trajava vestes diferentes das costumeiras. Escutou histórias sobre o estilo de vida dos feéricos e como encaravam o código de vestimenta mundano.
Era impróprio mostrar mais que centímetros de sua canela, quem dirá ter tanta pele exposta como tinha ali. O vestido de mangas compridas era de uma tonalidade tão escura de azul que poderia ser confundida com a noite, um low cut que mostrava bem o formato de seus seios formados e a fenda lateral expunha sua perna causando-lhe arrepios de frio. Os cabelos caíam como ondas por suas costas com uma tira dourada e enfeitada de cobras, o dourado ornava perfeitamente com a vermelhidão aplicada nos lábios.
Uma maneira de agradá-los por irem até ali, coisa nada costumeira da Corte.
O som das portas se abrindo te fez despertar. A família real feérica era incrivelmente longa, você se deu conta, quando viu pelo menos quatro cabeças femininas adentrarem o cômodo após os mais velhos e atrás delas, três homens idênticos. Provavelmente trigêmeos. Eram apresentados em retrospecto, mas você mal podia ouvir alguma coisa. Sucedia-se de recordar dos contos sobre a beleza feérica, as orelhas pontudas e os traços mágicos que pareciam desenhos de tão surreais. Sem embargo, jamais urdiu tamanha beleza em seus sonhos mais selvagens.
Uma princesa em particular chamava sua atenção, como o canto de uma das sereis das histórias de suas amas. A pele tão pálida que podia assemelhar-se à luz do luar em um dia de lua cheia, os olhos castanhos, não tão escuros mas não tão claros tinham o desenho perfeito para suas pálpebras. Cada fio de sua sobrancelha cabalmente alinhado. Todos esses detalhes que pareciam se fechar com a boca que formavam uma carranca, aos seus olhos, intencional.
Contudo, sua maquiagem não remetia aos anjos para os quais rezavam todas as noites. O que seus olhos tinham de suaves, o delineado preto fazia com que se tornassem felinos e sua pele brilhava em cantos que jamais ponderou serem possíveis. Um brilho quase dourado, os lábios pintados de uma cor tão nude que remetiam ao marrom. Os acessórios em suas orelhas, braços e pescoço todos eram ouro puro.
O vestido preto continha uma fenda desde o vale de seus seios até o umbigo, com detalhes dourados cercando a abertura. Ombreiras auríficas portavam uma enorme capa preta, se conectando diretamente ao seu colar de serpente. Quase que por instinto, você tocou os cabelos indiretamente. Então, aquela seria sua noiva. Bae Joo-Hyun.
"E essa deve ser a adorável jovenzinha que estávamos falando durante todas essas luas! Oh, querida, é um prazer conhecê-la!", o que você assumiu ser a matriarca da família silvou em sua direção. Os olhos pareciam com olhos de cobra e você se assustou um pouco, não perdendo a forma como a mulher agarrou seus braços em um abraço apertado ladeado.
Você olhou desnorteada para seu pai, que sorria encorajando-a, e por isso, respirou fundo. Necessitava de aproveitar o máximo que pudesse, teriam um jantar onde conversariam sobre melhores formas de juntar os dois povos e então, não veria as paredes deste castelo por um bom tempo. Estaria presa lá, sabe-se quanto tempo permaneceria viva na Corte Feérica, tão diferente da sua.
Era sua última chance de estar em casa.
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Descobriu posteriormente, os nomes de suas futuras irmãs e irmãos. Ainda que a explicação viesse de uma forma um tanto confusa. O rei de Attadolon teria se casado cinco vezes, uma para cada herdeiro sentado em sua mesa. A última esposa era a mulher com cara de cobra e um silvar estranho em sua língua. Seu irmão parecia estranhamente atraído por ela ao seu lado. A cada cinco minutos, se lembrava de chutar distraidamente sua perna para que ele não causasse outra guerra entre raças.
Kim Yerim é a mais nova e, portanto, a mais entusiasmada de todos. A princesa sempre pareceu absurdamente interessada em quaisquer assunto mundano puxado por seu pai e, por isso, não admitiria mas teria ganhado seu coração. Um pouquinho. Com ela, talvez, não fosse tão difícil fingir sorrisos gentis e educados. Park Soo-Young era mais reservada e parecia conter Yerim continuadamente quando via que a irmã assustada algum de vocês com sua exultação. Existiam os trigêmeos, que não falavam muito, mas você teria descoberto seus nomes. Lee Taeyong, Lee Hong-gi e Lee Hyuk-jae. Kang Seulgi era a que encarava toda a situação com deboche e provocava um comentário ofensivo de vez em quando, era bastante bonita. Você era incapaz de notar, todos eles eram. Mas a beleza de Seulgi era semelhante a da irmã ao seu lado, algo quase mítico.
Referindo-se a ela, Joo-Hyun te encarava a todo o momento. Tinha a certeza de que previamente a se sentarem à mesa, os olhos castanhos dela já seguiam cada passo que ameaçava dar. Mas ao contrário de Kang, a princesa Bae não carregava um sorriso escarnioso em sua face. Permanecera com a mesma expressão impassiva de antes, a postura reta intocável lhe atraía ainda mais pela forma como seus seios quase pulavam pelo decote. Você sentiu seu rosto corando quando ela desceu o olhar lentamente de você para o próprio busto, notando seu particular interesse.
Foi a primeira vez que viu um brilho malicioso no olhar da feérica. Também tinha a certeza que teria sido a primeira vez em que ela veria seu rosto vermelho de vergonha, o que a fez notar que ela não era a única lhe olhando.
Falavam contigo.
"Sim?", quis saber desconectando-se de qualquer possibilidade de que tivessem visto qualquer interação entre você e a futura mulher que chamaria de esposa. As mãos em seu colo se apertavam tanto que os nós de seus dedos estavam brancos.
A rainha sorriu gentil. "Perguntei se está contente, querida? Afinal, logo partiremos para Attadolon!"
"Ela provavelmente nos odeia, mamãe, duvido que esteja animada para pisar os pés em uma terra no qual ouviu atrocidades sobre a vida inteira", Seulgi respondeu por você. A pequena sementinha do caos, você decidiu apelidá-la em sua mente.
Respirou fundo, vendo seu pai tomar partido.
"Não, jamais! Minha filha está apenas sem palavras, sempre foi uma criança quieta e tímida como lhe informei sobre nas cartas. Especialmente após a morte da mãe, pobrezinha. Se fechou tanto", continuou ele fingindo pesar. Desacreditada, você o encarou.
Ele mal tinha o hábito em mencionar a falecida esposa que lhe chocava a maneira natural como teria-na usado para uma desculpa tão banal, fazia sua respiração tropeçar e falhar visivelmente. A cena pareceu interessante para Joo-Hyun que se inclinou minimamente, os olhos presos em você. Queria gritar para que ela se virasse.
"Meu pai está certo, é apenas tudo muito novo para mim. Contudo, tenho certeza de que vou amar a Corte Feérica assim que a vê-la. Pelas histórias, parece encantadora", você retrucou encarando Kang Seulgi diretamente.
Ela riu alto. "Isso, eu vou gostar de ver."
Yerim, no entanto, pareceu pressentir a confusão se formando e interrompeu com sua voz suave e sobressaída perante ao mínimo murmúrio que se formava entre os trigêmeos.
"Talvez seja sábio que começasse a arrumar suas coisas, deixar tudo organizado para quando formos", ela proferiu gentil. E você, aproveitando a oportunidade de sair dali, assentiu.
Agradecendo e se retirando brevemente da sala de jantar, onde o clima era tão pesado que podia ser cortado com uma faca.
O caminho para seus aposentos não deveria demorar tanto quanto demorou, mas ali estava você abrindo a porta de tais e encarando as bagagens empilhadas. Não havia mais nada a ser feito, a não ser esperar a hora, mas gostava de fingir que precisava de alguma coisa daquele quarto para tornar aquele lugar mais parecido com sua casa. Portanto, permaneceu ali dedilhando seu espelho. O silêncio é bem recebido ao mesmo tempo que não é. Por um lado, você consegue respirar fundo agora, suas mãos secando rápido em comparação ao ar gélido. Pelo outro, você sabe exatamente quando passos contidos e elegantes são dados em direção a onde você estava.
Seu pai ou irmão.
Bae Joo-Hyun não podia ser vista com você, pelo menos não sem uma acompanhante. E os passos eram únicos. Contudo, sua futura esposa não assemelhava-se a alguém que se importava com regras, aparecendo de forma sobejante ao batente da porta. Despojava seus braços cruzados e as unhas pretas e gigantes eram visíveis agora.
"Não julgo necessário tantas malas assim", foram as primeiras palavras que proferiu em sua direção. A voz dela não era nada do que esperava, grossa ou sedutora como a de Seulgi. Sempre à espreita para atingi-la. Não obstante, era semelhante. Joo-Hyun continha um vocábulo suave e silencioso. Como se sussurrasse. Ser humilhada por alguém assim deveria ser bem pior. "Temos roupas para você em Attadolon."
A julgar por sua expressão nada surpresa, massageou o vão entre suas sobrancelhas disfarçadamente afim de dissipar o franze entre elas.
"Agradeço a gentileza, princesa, mas gosto das minhas roupas. Estarei as levando comigo", teimou. Joo-Hyun, todavia, suspirou expirou pesadamente. Mas se estava irritada, sua face não demonstrava.
"Não serão necessárias. Serão descartadas assim que chegarmos a Corte", ela insistiu tomando dois passos em sua direção. Os ornamentos dourados em sua orelha brilhavam, dando destaque perfeito a forma pontiaguda da mesma. Parecia uma figura direto de um livro infantil, sua expressão não afetada, no entanto, nada se assemelhava.
Seu choque, aparentemente, não surtia efeito ali.
"Como é?", questionou.
"Você se casará comigo, a herdeira do trono. Será a futura rainha consorte de Attadolon e deverá se vestir como tal", explicou a princesa. Deixando com que digerisse suas palavras, Joo-Hyun se aproximou de você levantando a mão fina e assustadora com suas unhas, que mais pareciam garras de perto, e enrolou alguns fios de seu cabelo no próprio dedo. "É metade feérica agora que entrou para a família real. Aconselho que se acostume com isso."
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O sendeiro pedregulhoso foi um obstáculo e tanto em sua viagem, mas vez por outra a voz de Yerim tagarelando durante todo o percurso foi uma boa distração. A carruagem que a levou não equiparava tamanha grandiosidade, porém, era de se esperar que a partir dali a magia fosse um detalhe obstinado de sua vida. Com certeza, maior por dentro, o condutor branco e dourado levava toda a família de Joo-Hyun e você.
As lágrimas da despedida ainda estavam secas em sua bochecha quando se virou lentamente e viu seu pai acenando ao longe, seu irmão continha uma careta que você já sabia reconhecer como choro e sorriu afetada com isso. Apenas carregava consigo uma pequena sacolinha com seu espelho favorito e colar de pérolas que pertenceu à sua mãe. Joo-Hyun estava certa, as malas foram dispensadas quando tomaram consciência de que suas necessidades ali eram roupas.
Deixava ali sua parte humana para trás.
“Você vai amar Attadolon, estão todos muito ansiosos para conhece-la”, tentou Yerim. Você esforçou um sorriso trêmulo, que claramente atingiu a boa fé da menina que pareceu receosa em ter te magoado. Soo-Young interferiu repousando sua mão sob a da irmã, com um sorriso contido indicando apoio.
“A fiança de que será uma incrível consorte para nossa irmã, princesa, é tamanha. Perdoe-me a falta de jeito de Yerim, estamos apenas tentando-lhe fazer sentir-se em casa”, a Park concluiu. Era a primeira vez que ouviu sua voz. Um pouquinho nasalada, mas te lembrava as breves melodias tocadas no piano por seu pai.
“Obriga…”, mas você foi interrompida antes que pudesse agradecer propriamente as duas. Pareciam tão gentis, mas Seulgi grunhiu deslizando brevemente em seu assento ao lado de Joo-Hyun.
“Essa distribuição concórdia entre vocês está me deixando nauseada. Hospitalidade não vai transfigurar o que somos para ela”, balbuciou entediada.
Um estalo foi ouvido e você viu a rainha sibilar algo em voz baixa para a menina antes de se virar para você, os olhos mais claros do que nunca. Eram como os de uma víbora pronta para o ataque, mas não carregavam maldade. Apenas irritação. Esperava que não fosse direcionado a si.
“Absolva-nos do julgamento por desmedida malcriação de minha filha, princesa”, ela silvou em questionamento. Você apenas assentiu tímida. Não existia uma escolha onde não os perdoava, seria parte daquilo agora. Facilitaria sua vida se não os fizessem odiá-la.
O rei de Attadolon suspirou vagamente colocando a mão no rosto e, rapidamente, você pôde ver marcas de queimadura em sua mão. Franzindo o cenho, divagou consigo mesma antes que sentisse um olhar em sua direção. Joo-Hyun tinha as mãos conjuntas em seu colo e lhe observava firmemente. A expressão vazia permanecia, mas por trás de tudo, via faíscas de raiva pegando fogo por suas irises escuras. Os lábios carnudos naquele tom caído de sempre apenas ajudando na carranca natural.
Quiçá, não seria somente os pedregulhos que dificultariam sua chegada.
Mas o castelo não era muito longe assim que atravessaram o portal, era visível há quilômetros de distância. A neblina o tornava mais macabro do que parecia assim como toda sua terra, mas ele tinha uma tonalidade mais preta quase que puxada ao verde e as torres eram infinitamente mais pontiagudas. Ao sair da carruagem com a ajuda do cocheiro, sentiu o cheiro pressentido de barro molhado mistura com lavanda. Era bom e ruim ao mesmo tempo.
O interior do castelo era mais amistoso, decorado em tons de dourado e vermelho, continha uma escadaria enorme que davam para os quartos e milhares de serviçais andavam para lá e para cá. Os trigêmeos já se dispersavam quando foram chamados pelo rei.
“Nem pensem em fugir dessa vez, quero todos os três prontos em duas horas”, foi a rainha quem se pronunciou. Um deles, o mais polido de todos, assentiu reverenciando a mulher. Um sorrisinho debochado adornando a face. “Taeyong..”
“Como queira, minha rainha”, zombou ele se afastando com os irmãos. Ao passar por você, assentiu brevemente com a cabeça. Você viu triplicado mas sabia que seria um hábito quando estivesse perto deles agora. “Princesa.”
“Ah, e você querida! Suas damas de companhia já estão à espera para prepará-la, peço que suba o mais rápido possível. Estão esperando”, ela pediu afobado. As mãos finas te empurrando escada acima.
Confusa, você olhou de um lado para o outro. Esperando? Tinha a noção de que a noite naquele lugar era infinita mas aquelas pessoas certamente deviam ter momentos de descanso, não? Ou saberiam esperar que sua futura rainha estivesse exausta da viagem? Teria de encará-los hoje?
“Me esperando? Pensei que fôssemos recebê-los amanhã”, murmurou. A monarca sibilou uma risada que mais parecia uma cobra aprontando o ataque.
“O tempo se move diferente aqui, preferimos nos referir somente em horas e minutos. Dias não são úteis para nós, olhe em volta, querida. Vivemos na noite eterna!”, ela cantarolou. “Agora, ande! Ande!”
“Vamos leva-lá, mamãe! Não acho que a princesa saiba chegar aos próprios aposentos sozinha num castelo desconhecido”, Yerim exclamou arrastando Soo-Young junto.
A mulher não pareceu discordar, deixando que fosse levada pelas duas outras filhas. De relance, você viu o momento em que Kang Seulgi enlaçou os braços com os de Joo-Hyun murmurando algo com um sorrisinho ladino. Ela retribui levemente, quando achou que ninguém estava olhando. Por alguma razão, você se sentiu ofendida. Era mais reação do que jamais poderia esperar dela. E não direcionada a você.
Contudo, era sua irmã ali. E você era uma humana estranha.
“Ficará a mais bela dama de todas, tenho certeza”, pulou Yerim.
“Vai assustá-la, Yeri. Se acalme um pouco”, pediu Soo-Young com gentileza.
Vocês subiam as escadas lentamente, os saltos mortalmente altos faziam suas pernas tremerem e se não fosse a segurança dos braços de ambas em cada lado de seu corpo, teria a impressão que rolaria aqueles degraus de forma patética. Soo-Young te lançou um olhar caloroso e gentil.
“Já fomos apresentadas mas pode nos chamar de Yeri e Joy, assim soa menos informal agora que seremos irmãs”, ela riu fraquinho. “Vossa Alteza, a rainha, pediu para que sua damas separassem três vestidos para que assim tivesse opções de escolha.”
“Eu não entendo, precisamos mesmo recebê-los hoje? Não me levem a mal, mas estou tão cansada”, você mentiu. Esperava que elas não conseguissem ver a fachada de insegurança por trás de sua primeira mentira, mas não imaginava como ver um povo pelo qual passou anos temendo e tendo de recebê-los de braços abertos como sua futura rainha pudesse acalentar seu coração inundado.
Joy e Yeri compartilharam um olhar antes de rirem juntas. Você franziu o cenho em balbúrdia.
“Perdão, mas o que é engraçado?”
“Você realmente acha que irá somente receber o povo?”, Yeri perguntou. Embasbacada com sua inocência, ela riu mais. “Eles esperam o casamento, princesa. Por isso, precisa se arrumar logo!”
Inesperadamente, você demonstra seu choque por meio de um engasgo em sua respiração. O coração acelerado mostra a forma repentina de como recebeu a notícia. Se casaria aquela noite. Certamente, havia algo de errado com aquelas pessoas. Reinos esperavam semanas para grandes casórios, a família completa se mostrava presente. Uma celebração de votos, uma comemoração da união entre duas almas. Mas ali não.
Joo-Hyun não brincara quando lhe aconselhou para que acostumasse com tal. Humana já não era mais, no momento em que teria deixado sua família nos grandes portões de seu reino.
Serviria de uma espécie de atração humana para aquele público feérico, a noiva da futura rainha de Attadolon. Teria de ser graciosa e aceitá-la sem ao menos conhecer sua cultura, seus costumes. Uma boneca para que investigassem se seria apta ao governo sem ao menos uma preparação ou teste antes. E não poderia reclamar. Resmungos seriam inúteis ali. Não a escutariam.
Sua vontade não seria feita. Você se casaria aquela noite.
A mão de Joy em sua cintura lhe trouxe de volta e você percebeu que haviam parado, nem mesmo a metade da escadaria havia sido percorrida mas a expressão de preocupação em seus traços asiáticos indicava de que sua fisionomia apaziguava o afligimento que tomava conta das irmãs ali. Dispensando toques, apresentando-se com uma sensação horrível de abandonamento quando viu o semblante triste de Yerim preencher seu campo de visão, você endireitou a coluna como seu pai havia te ensinado e sorriu.
"Está tudo bem, princesa?", ela ainda assim quis saber.
"Está sim, peço que continuemos, por gentileza. Eu odiaria deixar seus súditos esperando", firmou segurando as saias do vestido.
Desassociou-se do mundo pelo que pareceram-se horas, mas sabia captar vez ou outra o quarto ao seu redor. Uma cabeceira, uma cama grande o suficiente para caber você ali e um armário de madeira com pequenas fadas encravadas no desenho ali. Memoriou vagamente a sensação de cerdas sob seu rosto e uma consistência pesada que podia conhecer como o pó de arroz que usavam em seu reino. Entretanto, aquele tinha um cheirinho engraçado.
Quando foi posta sob a grande plateia, era como um pedaço de carne que eram apresentados no vilarejo. Aqueles novinhos que ainda não continham moscas onde eram passados. O lugar que deveria ser de seu pai era tomado por Lee Taeyong que acompanhava lentamente seu ritmo, o braço enlaçado ao seu.
"Talvez fosse de bom tom se lembrar de sorrir, princesa, todos estão olhando", ele sussurrou em seu ouvido com um sorriso dócil o suficiente para enganar as moças mais inocentes de uma aldeia qualquer. Taeyong era o que mais se destacava entre os trigêmeos, com sua áurea naturalmente bela e a pele que parecia vir com um brilho consueto em si. A cicatriz debaixo de um dos olhos deixava a aparência angelical com o toque perfeito de imperfeição. "É o dia do seu casamento, afinal. Não deveria estar infeliz."
Você teria lhe lançado um olhar se não estivessem em frente a milhares de criaturas mágicas, mas ao invés disso, apertou seu braço e forçou as pernas a se moverem com mais lentidão. O sorriso brotando lentamente nos lábios brilhosos. Sua pele tinha uma sensação térmica quente terrível, que podia se dar graças ao clima úmido da terra, mas que fazia com que o brilho adicionado em você fosse ordinário.
O tecido tão bege bem a sua pele com os detalhes dourados. As mangas abafavam a sensação calorenta dentro de si.
Olhando para o altar, ali estava Joo-Hyun. Como um cisne negro perante à luz. Os lábios agora trajavam um batom vermelho enquanto os seus carregavam um brilho básico, invertendo-as nas posições. Te voltando como a pueril donzela enquanto ela era a rainha que te dominaria a partir dali.
Pateticamente, assumiria para si mesma que não tomou muito de si para dizer aceito no altar.
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Os feéricos certamente tinham um jeito de festejar. Você ainda se recordava da cerimônia suas damas de companhia a despiam das roupas pelos corredores mesmo, era algum tipo de tradição, você as escutou dizer. Havia se sentado junto da família real e observado enquanto as criaturas ao seu redor dançavam e aproveitavam da noite eterna, a sensualidade em seu chacoalhar de quadris. Era uma dança muito bonita, você pensou consigo mesma.
Pétalas vermelhas caíam de um céu encantado e rodeavam o salão, desenhos que pareciam tão astrais quanto a biblioteca de seu pai guiavam cada fada, gnomo e feérico presente ali. Cada integrante daquela linda peça parecia tão empenhado e apaixonado, quase surtia o efeito de fazê-la levantar e se juntar a eles.
"Se chama O Encanto do Amor. É uma dança na qual usamos para homenagear casamentos em nossa cultura", Joy explicou risonha. Ou talvez, bêbada, devesse admitir. Sua taça de vinho já estava vazia. "Receio que possa parecer um pouco provocativa aos olhos humanos."
Ao longe, viu quando uma das mulheres dançando se encaminhou até a grande mesa depositando uma coroa de pétalas na frente de Bae Joo-Hyun. Livrando-se do espartilho, você se perguntou o que aquilo significava. Porventura, um presente a sua futura rainha a parabenizando pela união entre dois mundos. Mas dificilmente seria vista como um prêmio por qualquer uma daquelas criaturas.
Um sentimento estranho se apossou do colo de seu ventre e você tentou o espantar para a fora, com ele a raiva que borbulhava dentro de si. A princesa de Attadolon não a conhecia, o casamento era um arranjo político e já havia sido feito. Não teriam mais problemas em provar aos dois povos que humanos e feéricos poderiam se misturar a não ser pela consumação.
Você imaginava como aquilo tomaria rumo. Tinha consciência de que em casamentos mundanos, as damas de companhia checavam os lençóis no dia seguinte em busca de sangue. Suas damas lhe explicaram tudo sobre a reprodução feminina e o que deveria esperar de sua noite de núpcias. Quando se tratava de um homem. Não ocorria de incômodo algum o fato de se casar com uma mulher, já havia conhecido alguns reinos que o faziam.
Outros achavam extremamente inadequado, mas você não se implicava à tais discussões. Apesar disso, não era o tipo de conversa que suas damas tinham contigo. Mal sabia como beijar uma mulher direito, a vergonha quase te afogou quando sentiu os lábios joviais e ardentes de Joo-Hyun tomando os seus com agressividade durante a cerimônia.
Encarou o rastro de roupas atrás de si encabulada antes de entrar direto nos aposentos que dividiria com a princesa pela noite, a encontrando ali. Você trajava uma camisola transparente que ia até os seus pés, pelo reflexo do espelho ao lado da cama na penteadeira, era capaz de ver o desenho esculpido de suas auréolas pelo tecido branco e fino.
"Princesa", você saudou fazendo uma breve reverência. Ela vestia trajes semelhantes aos seus, porém os dela eram infinitamente mais justos. Deixavam pouco para sua imaginação fértil que podia ver os seios de Joo-Hyun quase pulando para fora do decote.
Ela reconheceu sua presença com um murmúrio, retirando o batom vermelho dos lábios. Você franziu os lábios em uma linha reta em irritação.
"Como prefere que seja feito, Vossa Graça? Posso me deitar, se quiser...", você empeçou.
"Não preciso que faça nada, não vamos fazer nada", Joo-Hyun retrucou brusca. Ao se levantar, viu a mulher pentear os cabelos e se livrar das joias. De repente, fazendo com que se perguntasse o motivo de estar ali. "Poderá esperar um pouco nestas câmaras e então, retornar aos seus aposentos. Não nos veremos de novo hoje."
Você odiava se sentir de fora ou interpretar algo de forma errada, mas Joo-Hyun não se preocupava em lhe dar explicações o suficiente para que não tomasse conclusões precipitadas. Ainda assim, você tentou:
“Implementei entes que lograssem-lhe importuno?”, você quis saber. Curiosa se havia algo que teria feito pra ofender a princesa. Nada obstante, era o fato de que Joo-Hyun não carecia de motivos pra despreza-la tal qual como o contrário. Não havia esboçado uma fagulha em reação quando se tratava de si, o mais próximo que tivesse visto de um sorriso na face da menina teria sido direcionado à Kang Seulgi.
Poderia simplesmente não querer vê-la aquela noite e isso seria motivo suficiente para dispensá-la para seus aposentos. Todavia, Joo-Hyun não se importou em te avultar da razão pela qual estaria se distanciando aquela noite. Também teria escutado histórias de casamentos infelizes, homens que retornavam às suas casas tarde da noite após passarem suas madrugadas em prostíbulos.
O casamento para pares como este eram a segurança de uma vida de luxo, pois a junção das posses significava muito naquele tempo, no entanto, um pressentir infeliz pelo restante de suas vidas eram o que lhes restavam depois de tais acordos. Vareite em pensar que isto seria sua realidade.
“Não. Importuno algum, estarei me juntando aos meus em uma breve comemoração e não deve me esperar aqui quando retornar”, ela informou. Sem muitos detalhes, sem expressão. Neutra como vinha sendo desde que a conheceu. “Peço que se retire para os seus aposentos, milady.”
Joo-Hyun não aparentou paciência em esperar uma concordância, apenas te deixou ali durante sua saída. Estranhamente, não se retirou pela porta frontal mas sim por uma breve passagem que se encontrava perto de uma estante de livros. O vestígio de seus fios morenos foram a única coisa que viu durante o tempo em que deixou-se impregnar com o cheiro dourado que ela emanava.
Tinha experimentado um gostinho festeiro dos feéricos em seu baile de casamento, as danças e todo o ar depravado. Neste ínterim, não era compreensível a presença de Joo-Hyun ser requerida e a sua não. Existia um plural em noivas e ao mesmo tempo em que entendi a importância da princesa para Attadolon, teria de ser inclusa agora que eram casadas.
Afinal, eram casadas. Que tipo de baile seria mais vultoso do que a consumação de seu matrimônio? Certamente, coexistiam leis naquele mundo que as forçassem a provar a legitimidade de sua união para as forças maiores do reino.
Imagens voaram por sua mente como flashes quando se recordou da bela dama que depositou uma coroa de flores na frente de sua esposa, um sorriso ladino adornando a boca. Forçando bem agora, podia se lembrar da risada cínica de Seulgi ao lado da irmã. A boca fina estampando um sorriso vermelho.
Agarrando um robe sedoso ali, você se cobriu não querendo distribuir a vista de seus seios para o restante do castelo e saiu porta a fora ignorando a expressão confusa dos guardas que protegiam o cômodo. Passando por suas damas de companhia à sua espera, procurando a única pessoa que poderia lhe dar respostas naquele momento. Não saberia muito bem dizer onde atinaria-na, porventura, se questionasse Joy ou Yerim.
Mas não precisou.
Kang Seulgi fechava a porta de seu quarto sorrateiramente com uma taça de licor na mão quando você se aproximou, mal dizendo alguma coisa antes que ela reconhecesse sua presença.
“Que as Fadas contemplem a noivinha indigente! O que devo o prazer da sua companhia?”, a mulher sibilou se escorando nas portas de madeira. Pode reparar que ela trajava roupas de dormir como as de Joo-Hyun.
Uma camisola de seda preta, a dela, no entanto, assimilava um grande vestido gótico. Os cabelos lisos ao lado da face, sem muito volume, acarretando na expressão esquelética e maldosa da mulher. As unhas grandes pintadas de um vermelho que se juntava ao preto no final. Uma verdadeira deusa demoníaca.
Ela levou o copo aos lábios com um sorrisinho macabro de quem sabia demais.
“O que está acontecendo?”, você pediu cruzando os braços. Não se importando se pareceria rude ou não.
“Terá que ser mais específica, princesa. Como pode ver, eu não tenho uma bola de cristal. Só orelhas pontiagudas”, Seulgi devolveu.
“Onde está Joo-Hyun? Deveríamos perfazer nossos deveres e ela me deixou sem explicações claras. Apenas me informou tinha planos para essa noite”, proferiu agressiva. Kang riu melodiosamente, como um canto de sereia te arrastando para as profundezas.
“Não pensou que minha irmã fosse realmente dormir com você, pensou? Está mergulhada demais em suas histórias mundanas, princesa. As coisas não são assim aqui em Attadolon.”
É, você já estava consciente disso. Ofendida, dispensou mais insultos se negando a ruborizar com a maneira lasciva que Seulgi te encarava. Imaginou se todas as fadas continham esse olhar caído e sedutor como o dela, ou se Joo-Hyun se incomodaria em ver a irmã dela olhando para você dessa forma. Mas, aparentemente, a resposta era um claro ‘não’.
“Volte para seus aposentos, as noites aqui são longas”, aconselhou ela te deixando no meio do corredor.
Você encarou os saltos de Seulgi desaparecendo pelas escadarias e se questionou se deveria segui-la, quiçá, estivesse se encaminhando ao mesmo local de sua noiva. Tinha de saber. Habituou-se ao que achava uma maneira sorrateira de se mover pelo castelo, seguindo a feérica. Os pés descalços entravam em contato com o tecido felpudo dos tapetes que enfeitavam todo o chão do castelo e volta e meia, você se escondia entre um pilar e outro até estarem fora do grande palácio.
O clima era mais frio agora, mas ainda assim possuía quentura em si. As folhas e terra sujando as solas de seus pés conforme você se movia pra dentro da flertes atrás de Seulgi, percebeu enquanto andava que a cada passo, uma peça de roupa era descartada. Os sapatos já estavam esquecidos e logo teria sido o robe. Olhando ao redor, viu centenas de outras roupas caídas por ali.
Uma grande iluminação vinha do centro de tudo, onde, quando chegaram, viu os desenhos nus dos feéricos que teriam parabenizado-na horas atrás. Homens e mulheres se misturando em pequenos grupos entrelaçados que se abraçavam e se amavam a luz do luar. Certamente, sentiu as bochechas queimaram com a visão. Isso era mais do que já teria visto em sua vida frágil e humana.
Pessoas como ela não se reuniam assim. Intimidades eram guardadas para o quarto. Entre quatro paredes, sequer eram proferidas em voz alta no mundo feminino.
Todavia, estavam ali. Prelados com as peles brilhosas reluzindo em frente à grande lareira, viu corpos conhecidos ali. O mais recente era Seulgi se misturando com outra mulher de cabelos loiros, seu corpo nu cobriu o da companheira e você arregalou os olhos ao ver ela se ajoelhando em frente a mulher. Uma trilha de beijos dourados sendo marcados em sua pele enquanto sua boca se enterrava naquela parte tão íntima.
O som devasso te tirou de sua observação. Lee Taeyong estava ali, não mantinha em grupo algum mas dispensava suas roupas como todos ali. Uma taça de ouro em mãos e os lábios manchados da mesma cor. Parecia Apólo, o Deus do Sol.
E mais no canto, seus olhos focalizaram a visão que procurava. Joo-Hyun estava sentada em um tronco de árvore, despida como no dia em que veio ao mundo. Os cabelos com pequenas ondas desciam pelas laterais de seu corpo e as pernas estavam arreganhadas enquanto duas mulheres se ajoelhavam a sua frente, tomando tempos em devastá-la. Os mamilos enrijecidos eram rosinhas e torcidos por ela, era o semblante mais animado que já teria visto dela.
Os olhinhos curtos revirados em prazer e a boca mordida, sons baixinhos ecoavam de sua garganta e você via de relance a vermelhidão de sua intimidade pulsando quando uma de suas companheiras se afastando o suficiente para apreciar a visão de sua esposa. Um dedo esguio esfregava aquela parte esponjosa e grudentinha, um líquido branquinho se afastava dela e grudava nos dedos da mulher.
Uma sensação quente se apossou de seu ventre e você precisou fechar mais as pernas. Sentia sua intimidade pulsar junto com a dela, as bochechas deviam estar tão vermelhas que pareceria que correu uma maratona. Até mesmo se sentia meio ofegante. Os bicos de seu peito estavam tão tesos que doíam com o peso. Você arfou.
“Prefere se juntar a nós também, princesa?”, uma delas perguntou se virando para você. Seu rosto era delicadamente traçado com linhas verdes assim como sua pele. Os cabelos eram ruivos e ela cheirava as ervas de hortelã que cultivavam perto de seu castelo.
Olhares se viraram para você, Seulgi riu esganada em meio a um gemido antes de se desligar da cena e você desviou o olhar. Sabia que a mulher não devia ligar para privacidade se se encontrava ali, contudo, não pôde evitar de dar isso a ela. Mesmo que inconscientemente. De longe, podia ver Taeyong se apoiando nos próprios joelhos para observar a cena. Atrás dele, os gêmeos Hong-gi e Hyuk-jae apareciam de supetão.
“Eu… Sinto muito pela interrupção, mas..”, a vergonha te impedia de falar mas nada mais foi necessário. A fúria que Joo-Hyun demonstrou ao fechar as pernas e se levantar foi reação suficiente para o restante de sua vida mortal, se era isso que esperava.
“Não fique acanhada, princesa, junte-se a nós”, chamou a mulher verde novamente. A princesa de Attadolon, no entanto, murmurou alguma coisa em uma língua irreconhecível que fez com que essa se calasse e se desculpasse.
“Ela não fará nenhuma dessas coisas”, proferiu ríspida. “Venha comigo, agora.”
Joo-Hyun agarrou seu pulso te arrastando dali. Os cabelos iam de um lado para o outro e a carne macia chacoalhava um pouco com a força de sua pisada, você perdeu na voltinha suave que a bunda dela nua dela dava. Vez ou outra, tinha um vislumbre dos seios. Passaram alguns minutos caminhando até que se visse completamente desligada da cena que acontecia há alguns metros dali.
Foi então que se deu conta da situação em que se encontrava. Uma frágil mortal perdida em uma floresta desconhecida, numa terra desconhecida, com uma feérica furiosa. Você, silenciosamente, rezou por duas coisas ali.
Que chegasse viva ao castelo e que, por alguma razão, o ódio de Joo-Hyun se dissipasse. Você não sabia se seria atendida.
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enteryid · 1 year
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GUIA PARA CRIAÇÃO DE PERSONAGENS AUTISTAS (parte 1).
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depois de tantos imprevistos, enfim trago a primeira parte do guia sobre personagens autistas. venho salientar que sou uma pessoa autista, mais especificamente encaixando atualmente no nível 1 do espectro e diagnosticado tardiamente na vida adulta. mesmo vivendo com o transtorno durante minha vida inteira, não sou uma biblioteca de autismo ambulante, então tudo escrito aqui é com base nas minhas vivências, estudos sobre o assunto, explicações e orientações psiquiátricas / neuropsicológicas que recebi e sites dedicados a saúde. erros podem ocorrer e estou mais que aberto a correções vindo de pessoas da área da saúde e depoimentos de outros autistas. com isso em mente, vamos ao guia.
se for útil para você, peço que deixe um coração ou um reblog (🧡).
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O QUE É O TEA?
Primeiro, precisamos entender do que se trata o transtorno conhecido popularmente como autismo.
"O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades." (fonte: ministério da saúde)
Apesar da definição estar muito resumida, em palavras mais simples é um transtorno que mexe com o desenvolvimento neurológico (área do sistema nervoso, casa dos famosos neurônios) do indivíduo, afetando suas habilidades:
psicomotoras: capacidade de sincronizar os movimentos usando cérebro, músculos e articulações.
cognitivas: processo de construção de conhecimento, sendo necessárias capacidades mentais como memória, atenção, linguagem, criatividade e planejamento.
psicossociais: socialização, cultivar relações e o convívio com a sociedade.
Com todos esses fatores, alguns podem achar erroneamente que o autismo é uma doença, no entanto, não é o caso. O autismo é um transtorno e não tem cura. Doenças e transtornos apesar de estarem ligadas a saúde não tem o mesmo significado.
doenças são caracterizadas pela falta de saúde e adoecimento do corpo, geralmente é um problema de saúde catalogado, com sintomas claros e origens conhecidas. EXEMPLOS: diabetes, pressão alta, asma e rinite.
transtorno é um termo geralmente usado na área da psicologia e psiquiatria, usado para se referir a distúrbios, alterações e incômodos ligados a saúde mental ou região cerebral. EXEMPLOS: transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno bipolar e transtorno de personalidade borderline (TPB).
O tratamento do TEA muitas vezes pode exigir uma equipe de profissionais como:
psicólogo: geralmente responsável por orientar e ajudar em desenvoltura social, manutenção de hábitos, autonomia e bem estar psicológico do autista.
fonoaudiólogo: resolver problemas de fala, confiança na comunicação e ajudar o autista a se expressar melhor e transmitir seus sentimentos e opiniões com mais eficiência.
neurologista: responsável pela questão clínica e técnica, um dos mais indicados para tratamento do autismo).
neuropsicólogo: podendo exercer a mesma função que um psicólogo, mas geralmente entra em cena para diagnosticar o paciente com base em uma série de testes cognitivos e psicológicos).
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SINTOMAS.
desenvolvimento atípico: problemas na fala, atraso para começar a andar, atraso na fala, falta de comunicação verbal (somente aponta para objetos), isolamento (não interage com outras crianças e prefere ficar sozinho), dificuldade na escola (muitas vezes tratada como preguiça ou desinteresse); tendência a fazer atividades sozinho e se distanciar dos colegas; ser chamado pelo nome, mas não atender; mutismo; linguagem não-verbal, aponta para as coisas para se comunicar, mas não fala; não conseguir manter contato visual / fingir fazer contato visual (olhar um ponto na testa, por exemplo); dificuldades na escola; facilidade na escola; seletividade alimentar; dificuldade para ler expressões faciais; sensibilidade na audição; sensibilidade no olfato; sensibilidade no paladar; sensibilidade a texturas e toques;
no social, pode incluir: dificuldade em socializar, entender normas sociais (etiqueta social) e de se encaixar em grupos (geralmente causando isolamento); incapacidade de perceber as intenções de outras pessoas; dificuldade de entender expressões faciais e tons de voz; dificuldade em entender figuras de linguagem; dificuldade em interpretar situações e agir de acordo; dificuldade de se expressar e comunicar suas ideias claramente (gerando estresse, desentendimentos e o hábito de guardar tudo para si); sinceridade ou falta de tato na hora de se comunicar.
comportamentos repetitivos: pela dificuldade de se comunicar, autistas tendem a imitar e se espelhar em pessoas ao seu redor ou mídias que consomem, geralmente imitando tons de voz e gestos. assim, caracterizando uma gesticulação, comunicação e tonalidade não natural, estereotipada e repetitiva. normalmente quem convive com o autista não percebe, mas para um profissional preparado os sinais são fáceis de identificar. outro ponto, são os stimmings, ações repetitivas que o autista faz para regular o próprio corpo e equilibrar a mente (como: bater o pé o chão, tremer a perna, balançar o corpo, bater a mão na coxa, roer as unhas, puxar a própria orelha).
interesses restritos: autistas encontram conforto na rotina e na monotonia de acontecimentos e atividades. como vestir as mesmas peças de roupa, mesmo tendo diversas opções, e ter hiperfocos / interesses especiais (será abordado mais à frente). mudanças, principalmente se bruscas, causam muito estresse ao nosso cérebro. diferente de pessoas neurotípicas que possuem mais facilidade na hora de se adaptar e reagir a situações inesperadas, nosso cérebro sendo neurodivergente reage mais devagar e leva mais tempo para processar acontecimentos, exigindo muito de nós uma habilidade que vários não tem: lidar com o imprevisível (não sendo incomum acabar causando meltdowns e breakdowns no autista, mas isso será abordado mais para frente); resistência a mudanças;
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NÍVEIS DE SUPORTE.
Os níveis de suporte definem o nível de ajuda e auxílio que o autista precisa, comumente sendo classificado do nível 1 até o nível 3.
Tenha em mente, que eles não podem ser usados para definir a "gravidade" ou a "leveza" do autismo. Muitas pessoas ao lerem autismo leve (nível 1), termo que inclusive não gosto, banalizam as dificuldades da pessoa em questão por não ter a mesma "gravidade" que uma pessoa do nível 3. A diferença entre os três é o nível de ajuda necessário e a severidade dos sintomas.
nível 1 — quando o indivíduo precisa de pouco suporte, anteriormente nomeado como síndrome de asperger e popularmente conhecido como "autismo leve".
nível 2 — o nível "autismo moderado", cujo grau de suporte necessário é razoável.
nível 3 — conhecido como "autismo severo", quando o indivíduo necessita de muito suporte.
No entanto, isso não é algo imutável, um autista pode mudar de nível mais de uma vez durante a sua vida, principalmente com a falta de um tratamento, progresso no tratamento, ambientes estressantes e desgastantes ou vida consideravelmente equilibrada. Tudo depende de como autismo está o afetando naquele momento e de novo, o nível de suporte que ele precisa. Um dos motivos para o autismo agora ser referenciado como transtorno do espectro autista é justamente por que ele não tem níveis, o autismo não funciona dessa maneira:
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(descrição: imagem mostrando uma barra longa e retangular em tom degradê, pintada de amarelo claro na ponta esquerda, escrito “não autista” acima dela e pintada de rosa na ponta direita, escrito “muito autista” acima dela.)
Mas, algo similar a esse gráfico:
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(descrição: círculo com cores similares a um arco íris, amarelo, laranja, vermelho, rosa, lilás, roxo, azul escuro, azul água, verde e verde amarelado. vibrante na beirada mas perdendo cor em direção ao centro. em cinco pontas diferentes estão escritas as palavras: comunicação, habilidade motora, percepção, funções cognitivas e sensorial.)
Dependendo da severidade nessas áreas, você é classificado entre os três níveis de suporte. Ainda sim tenha em mente que as dificuldades variam de autista para autista, aqui vou dar como exemplo:
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No gráfico, a maior dificuldade é com funções cognitivas e a menor, agora, são crises sensoriais. Com outro autista pode ser completamente diferente.
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NÍVEL 1 & SINDROME DE ASPERGER.
aviso de gatilhos: capacitismo, nazismo, abuso médico.
A síndrome de asperger foi nomeada após as descobertas do psiquiatra nazista, Hans Asperger, se tornarem populares. Ele foi responsável por analisar e executar diversos estudos durante a segunda guerra mundial, além de causar a morte de diversas crianças que não se aliavam aos ideais nazistas ou foram consideradas anormais, incluindo autistas. Por muitos anos, foi retratada como herói da causa e uma das figuras mais importantes nos estudos sobre o autismo pela falta de informação sobre seus ideais, até o momento que diversas anotações e escritos vieram à tona e revelaram sua (quase) aliança com o partido nazista e relatórios cruéis sobre alguns pacientes, especialmente autistas. O que ele notou seria classificado hoje como nível 1.
Com a redefinição de diversos termos, a síndrome de asperger e outros entraram na nova definição do autismo, agora conhecida como Transtorno do Espectro Autista. No entanto, não é incomum ver pessoas usando o termo ainda (geralmente se referindo ao passado), principalmente pessoas diagnosticadas. Os motivos variam e o diagnóstico é um ponto muito importante para a vida do autista, por isso peço que respeite caso a pessoa ainda escolha usar o termo.
por enquanto, é isso! algumas coisas já foram abordadas antes no meu mini guia, mas ainda sim, é bom trazer o conteúdo por completo. espero não demorar para finalizar a próxima parte, mas o tema é complexo e sempre acabo precisando revisar e revisitar algumas pesquisas.
em caso de dúvidas, minha inbox está aberta para perguntas e você pode me chamar no chat do meu blog main (@maphiaclue).
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fontes / conteúdos interessantes:
understanding the spectrum.
diferença entre doenças, síndromes e transtornos.
hans asperger, médico que deu nome à sindrome, cooperou com nazistas.
por que algumas pessoas defendem que o termo 'asperger' seja abandonado?
o que é neurônio?
entenda as áreas psicomotoras e como estimular cada uma delas na aprendizagem.
psicomotricidade.
habilidades cognitivas.
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marginal-culture · 3 months
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O que é hedonismo?
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O hedonismo é uma corrente da filosofia que compreende o prazer como bem supremo e a finalidade da vida humana.
O termo de origem grega é formado pela palavra “hedon” (prazer, desejo), junto ao sufixo “-ismo”, que significa “doutrina”.
Nesse sentido, o Hedonismo encontra na busca pelo prazer e na negação do sofrimento os pilares para a construção de uma filosofia moral em vista da felicidade.
Atualmente, o termo é utilizado para indicar um modo de vida dedicado ao prazer e aos excessos, muitas vezes relacionados a um alto padrão de consumo.
Hedonismo na Grécia Antiga:
Epicuro de Samos
O termo “Hedonismo” é fruto de pesquisas de filósofos gregos importantes tal qual, Epicuro de Samos (341-271 a.C.) e Aristipo de Cirene (435 - 356 a.C.), considerado o “Pai do Hedonismo”.
Ambos contribuíram para o surgimento da corrente hedonista.
Entretanto, Epicuro teve uma maior repercussão e influência à tradição hedonista até os dias de hoje.
No entanto, os dois filósofos acreditavam que a busca da felicidade estava na supressão da dor e do sofrimento do corpo e da alma, os quais levariam ao prazer e, consequentemente, à felicidade.
A “Escola Cirenaica” ou “Cirenaísmo”
(séculos IV e III a.C.),
Fundada por Aristipo era mais centrada na importância do prazer do corpo.
As necessidades do corpo seriam responsáveis pelo desenvolvimento de uma vida plena e feliz.
O Epicurismo, fundado por Epicuro, que associava o prazer à paz e à tranquilidade, rebatendo, muitas vezes, o prazer imediato e mais individualista como propunha a Escola Cirenaica.
Diante disso, Epicuro buscou definir o que, de fato, faria as pessoas felizes, já que percebeu que muitas coisas que julgam trazer prazer, são acompanhadas de uma série de sofrimentos que são impedimentos para a felicidade.
Epicuro estabeleceu três premissas principais garantidoras de uma vida feliz:
1. Amizade
Epicuro dizia que para se ter uma vida feliz, era preciso estar cercado de amigos, em uma relação cotidiana e duradoura.
2. Auto-determinação
É a liberdade trazida pelo próprio sustento.
Para o filósofo, possuir um patrão e que dele dependa o seu sustento, da mesma forma que a busca incessante por riquezas e bens materiais aprisionam e são impeditivos para a felicidade.
3. Auto-conhecimento
A terceira base de uma vida feliz é conhecer a si próprio, saber compreender as próprias necessidades, o que traz prazer e ter uma mente leve e calma.
"O prazer é o princípio e o fim de uma vida feliz." (Epicuro de Samos)
Qual o significado de hedonismo atualmente?
Embora a teoria hedonista tenha surgido na Grécia, ao longo da história seu significado assumiu diversas interpretações.
A Pós-modernidade (período que vigora até os dias atuais, intensificado pela era da informática e da comunicação) aponta para um ser humano individualizado e dedicado à realização de prazeres efêmeros.
Assim, este indivíduo pós-moderno busca sem limites o prazer individual e imediato, como o principal propósito da vida.
O prazer, base do hedonismo, assume um caráter relacionado à aquisição de bens de consumo.
Dessa forma, o hedonismo pode ser compreendido como a satisfação dos impulsos, associados a uma ideia de qualidade de vida individual compreendida como sendo superior aos princípios éticos.
Nesse contexto, o prazer torna-se a palavra-chave dos sujeitos pós-modernos para alcançar a felicidade compreendida de forma oposta à filosofia hedonista grega e aproximando a ideias relacionadas ao consumo e ao egoísmo.
Hedonismo e Religião:
A filosofia platônica assim como a tradição judaico-cristã estabelecem uma hierarquia nas relações entre o corpo e a alma.
Assim, é comum que os prazeres atrelados ao corpo possam ser postos em questão.
O corpo é compreendido como o lugar do erro, já que a alma é pura e imortal.
Assim, dedicar-se aos prazeres do corpo é afastar-se do caminho da alma, o que em alguns casos pode ser identificado com a ideia de pecado.
Assim, a doutrina hedonista e a busca pelo prazer dos ideais hedonistas vão de encontro aos princípios morais que fundamentam diversas religiões.
Para o filosofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), a religião se fundamentava, justamente, na domesticação da natureza humana e na supressão do prazer, tomando o amor (Eros) e o hedonismo como algo negativo:
O cristianismo perverteu a Eros; este não morreu, mas degenerou-se, tornou-se vício.
Consequências do hedonismo na filosofia ética do utilitarismo:
A corrente Utilitarista é representada, especialmente, pelos filósofos ingleses associados, Jeremy Bentham (1748-1832), John Stuart Mill (1806-1873) e Henry Sidgwick (1838-1900).
O Utilitarismo, por sua vez, estava intimamente relacionado ao conceito do Hedonismo, na medida em que representava uma doutrina ética baseada no “Princípio do bem-estar máximo”.
Nesse sentido, segundo eles existiam basicamente duas vertentes hedonistas, a saber:
Hedonismo Ético:
donde o sofrimento é negado a partir de um bem coletivo.
O dever está relacionado à maior produção de felicidade possível (ou à menor produção de infelicidade possível).
Hedonismo Psicológico:
O ser humano é motivado pela busca do prazer, aumentando assim, sua felicidade e diminuindo suas dores, dentro de uma reflexão sobre o que é realmente responsável pela felicidade do indivíduo.
Fonte:
📚Texto e pesquisa:
✍🏽Pedro Menezes
Licenciado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Mestre em Ciências da Educação pela Universidade do Porto (FPCEUP)
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kimtechamou · 6 months
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they don't know who 𝒘𝒆 𝒂𝒓𝒆. not really. they don't know what 𝒘𝒆'𝒗𝒆 𝒅𝒐𝒏𝒆
Era Uma Vez… Uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você KIM SEO-YEON. Você veio de SEUL, CORÉIA DO SUL e costumava ser CEO DO HOTEL KIM por lá antes de ser enviada para o Mundo das Histórias. Se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava COLECIONANDO OBRAS DE ARTE, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! Tem gente aqui que estava montando em dragões. Tá vendo só? Você pode até ser VISIONÁRIA, mas você não deixa de ser uma baita de uma ARROGANTE… Se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de FORA DA LEI na história TANGLED… Bom, eu desejo boa sorte. Porque você VAI precisar!
Antes de serem uma das famílias mais poderosas da Coréia e estamparem revistas com questionamentos sobre sucessão, os Kim não tinham nada pelo que disputarem. Não possuíam comida forrando seus estômagos, um teto sob suas cabeças em noites chuvosas ou alguém além deles mesmos para protegê-los. Nas entranhas da escassez, onde a falta de recursos é uma realidade implacável, a sobrevivência não depende apenas da individualidade, mas sim da força coletiva. E foi em meio às dificuldades que o bisavô da nossa mocinha, Kim Se-hun, iniciou o que se tornaria o conglomerado. Sendo o mais velho de dois irmãos, Se-hun assumiu a responsabilidade, depois de seu pai falecer e sua mãe ficar debilitada, e tudo começou com a prestação de serviços de construção. Apesar de conseguir cursar a faculdade apenas anos mais tarde, seus serviços — e sua empresa — ganharam popularidade rapidamente em Gyeonggi, e não demorou para que a empresa de construção civil se expandisse para o setor da arquitetura, têxtil e comércio.
A divisão hoteleira surgiu apenas em 1.984, em homenagem ao irmão de seu bisavô, falecido anos antes. O crescimento da empresa levou os negócios para a abertura de franquias ao redor do mundo, estabelecendo a companhia como uma das principais marcas do mercado hoteleiro. Tornando-se a principal fonte da fortuna Kim, é o controle da rede que atrai a atenção de tabloides, e uma das apostas é Seo-Yeon, uma chaebol da quarta geração — e também nossa mocinha. Nascida no seio de uma das famílias mais poderosas da Coreia do Sul, ela cresceu imersa em um mundo de influência, riqueza e intriga. Sempre fascinada pelas histórias e conquistas de seu avô, ela mostrou desde tenra idade uma aptidão para negociações, não sendo raro que conquistasse o direito de um sorvete após o almoço ou a oportunidade de comprar algo que queria, por ter encantado seus familiares. 
Não seria exagero dizer que isso modelou a persona da mulher, sendo ela dona de traços como competitividade, estratégia, ambição e inteligência. Seoyeon sempre destacou-se em seus estudos, formando-se em administração empresarial em uma das universidades mais prestigiadas da Coréia. Sua atuação no meio empresarial iniciou-se no complexo de lojas de departamento da família, alcançando a façanha de grandes parcerias como Dior, Channel e Louis Vuitton. Depois de chegar na lista de bilionários não apenas com seus conhecimentos, mas também por ser considerada uma fashionista, Yeon migrou para a rede hoteleira, tendo iniciado sua carreira como Diretora de Marketing.
No ápice de sua carreira e prestes a dar um passo significativo na expansão dos negócios da família, Seoyeon foi surpreendida por um evento extraordinário que mudaria o curso de sua vida para sempre. Enquanto esperava por seu encontro às cegas, em um restaurante reservado unicamente para eles, ela simplesmente sumiu, sendo engolida para o Mundo das Histórias e deixando, sem sombras de dúvidas, seus irmãos muito felizes, ainda que eles tenham dado entrevistas sentimentais após seu desaparecimento.
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christiebae · 6 months
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𝐏𝐎𝐖𝐄𝐑 & 𝐈𝐍𝐒𝐏𝐈𝐑𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍 𝒆𝒏𝒄𝒉𝒂𝒏𝒕𝒆𝒅 𝒇𝒂𝒔𝒄𝒊𝒏𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏
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BREVE EXPLICAÇÃO.
É a capacidade de dobrar a vontade de alguém através de uma atração encantadora que lhe concede poderes de persuasão estimulado pelo prazer e a sedução, dependendo do usuário, pode ter um “gatilho” que faz com que as pessoas ao seu redor obedeçam aos seus comandos, uma vez sob os poderes dele, seus alvos ficam sob o seu comando e disposto a fazer o que Christopher quiser. Seu poder lhe concede a beleza e o carisma absoluto, além do magnetismo sedutor e a atração social que é uma parte do seu poder que é permanente e Christopher não tem controle algum sobre isso, no momento ele só domina os pontos do: contentamento viciante, beijo da escravidão, sexualidade indomável, presença hipnótica, indução ao orgasmo, a submissão e a persuasão, ainda que não tenha controle absoluto sobre os seus poderes e utiliza bloqueadores para que não acabe causando algum acidente grave, ou seja, ele ainda não usa o seu poder enquanto não tiver controle sobre ele.
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RELAÇÃO: PODER & USUÁRIO.
Não existe uma boa relação, Christopher carrega o trauma do início da manifestação de seus poderes, quando ainda era uma criança e, repentinamente, muitas pessoas começaram ter desejos por ele. O trauma se tornou permanente e, por causa disso, Christopher tem pavor de qualquer manifestação que seja do seu poder, a ponto dele não saber como acontece o desenvolvimento de seus poderes, como funciona e nem tenta experimentar pra isso. Ele tem pouco conhecimento das habilidades mágicas por trás dele, sabe sobre a questão da persuasão e do charme, tem um pouco dessa manifestação mesmo usando os bloqueadores, e por causa disso, Christopher se tornou carente de validação, pois ele quer se provar diariamente que o interesse das pessoas sobre ele é por ele, e não pelo seu poder mágico.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS RELACIONADO AO PODER — A boa aparência permanente, mesmo doente, ferido ou desarrumado/sujo, Christopher está sempre em perfeito estado, cabelos nunca ficam desarrumados, não sofre nem com o mal cheiro, transpira pouco e transmite uma energia positiva sobre a própria aparência. Sorriso branco, perfeitamente alinhado, hálito perfeito, e a beleza impecável.
RELAÇÃO: PODER & AFRODITE.
Sendo a deusa do amor, da beleza e da sexualidade na antiga religião grega. Afrodite é responsável pela perpetuação da vida, prazer e alegria. Então a relação do poder de Christopher está ligado a isso, o desejo é o primeiro passo para a perpetuação do prazer, a atração é o caminho para a alegria e, consequentemente, perpetuação da vida, já que a sexualidade está ligada a reprodução. E de beleza, isso faz parte dos genes da deusa do amor, todo filho de Afrodite carrega aquela beleza infinita, interminável e impecável, e não dentro da construção social da perfeição, mas na visão individual de cada um.
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INSPIRAÇÕES.
FLEUR DELACOUR — possui características veela, como a voz empática e o canto de sereia, que é a atração e a manipulação de emoções que acontece pela voz; persuasão, que faz com que a pessoa obedeça ordens contra a própria vontade; manipulação da dança, beleza sobrenatural e sedução, que é a beleza de tirar o fôlego.
CIRCE — possui sedução e sensualidade persuasiva.
BLUE DIAMOND — possui manipulação de emoções, existe uma projeção de aura que é ativada pela emoção, induzindo a alegria, a tristeza, a corrupção e a reversão da corrupção, a resistência, ao desejo, entre outras emoções.
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o conto que não escrevi
no caminho para o trabalho acendi um cigarro e comecei a tecer, mentalmente, um conto sobre uma personagem chamada anna. ela tinha um ar meio eslavo meio floresta e meio cheiro de cômodos envelhecidos. jovem - uma boa parte dos meus personagens não passa dos vinte e seis anos. imaginei ela olhando através da janela, quer dizer, não imaginei a cena exatamente, imaginei em mínimos detalhes como a escreveria. os adjetivos, as características do ambiente, a maneira como as velas projetavam sombras nas paredes, uma atmosfera amarelada, marrom, cor de livro de sebo. anna se lembrava da última vez que havia tentado ver o mundo lá fora, de como as botas afundavam na lama e de como a mata ao redor da casa parecia mais alta, mais violenta e mais mortal que nunca. chovia (mas é claro) e ela foi arrastada pela mãe logo que ficou cansada demais para continuar correndo. foram puxões de cabelo, uma parte do vestido rasgada e, de quebra, a bolsa com os poucos livros que tinha foram deixados para trás. afundados entre água e areia, entregues ao tempo e à destruição; exatamente como anna se sentia. pois bem, estamos falando de muitos anos atrás, então é claro que anna não pôde ligar para sua melhor amiga da cidade e contar como os pais eram maldosos e como se sentia presa e encarcerada. foram três dias de cama para que ela recuperasse as forças. essas meninas vitorianas… nesse meio tempo a mãe, que eu chamei de Esther no meio do caminho e o pai Roger discutiam veementemente sobre a maneira como anna demonstrava um interesse estridente pelo mundo além das dependências do casarão. a mãe chorava, dizia que era culpa dos malditos livros que o irmão mais velho insistia em trazer da capital e o pai atribuía o comportamento malcriado da filha a intervenções demoníacas. ou estava doente (completamente insana) ou estava possuída por seres das trevas. a opção de anna ser totalmente consciente das próprias decisões estava fora de cogitação.
é claro que àquela altura eu já estava fazendo caras e bocas. é problemático isso de ter inspiração no meio da rua porque me transformo em todos os personagens ao mesmo tempo e, quando percebo, estou olhando para uma senhora de setenta e dois anos como se vivêssemos um romance proibido.
uma vez o tal irmão da capital, que eu ainda não havia pensado em um nome, disse para anna que as mulheres estavam começando a assinar os livros com nomes masculinos para evitar o preconceito, a perseguição e a crítica injusta. claro que isso fez com que anna entrasse em estado de euforia. nas raras vezes em que ia até o centro da cidade, observava os poucos exemplares em lojas de conveniência e tentava adivinhar quais daqueles livros haviam sido escritos por mulheres. uma vez cismou com Acton Bell porque uma mulher jamais poderia escolher um nome tão feio (a resposta é sim).
o ponto é que não tem ponto. eu estava passando pela maldita construção de todos os dias e acabei me distraindo completamente do conto. não imagino que tenha tido um final feliz (minhas histórias raramente têm) mas gostaria de ter descoberto um pouco mais. afinal, o que anna tanto buscava lá fora? conhecimento? aventura? amor? e se ela, em algum momento, conseguiu escapar da jaula de pedra que chamavam de lar, isso valeu a pena? fez com que ela se sentisse viva? trouxe a anna a satisfação tão desejada? e o irmão..? por que ele agia diferente dos outros homens da época e contava para a irmã todos os segredos do mundo que uma mulher não poderia ouvir? eu imaginei anna de branco, um vestido simples, à moda império/grego, botas marrons e um cabelo bem escuro que carregava tranças espalhadas como pedras de cachoeira.
o cigarro acabou na última esquina para o trabalho e quando dei os últimos passos antes de mergulhar totalmente na vida real, tentei olhar uma última vez para o "sonho". que maravilha é escapar um pouco de si…
arrivederci, anna! já sinto saudades.
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sunbvrns · 14 days
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(  feminino  •  ela/dela  •  bisexual ) — Não é nenhuma surpresa ver LILIANA SUTTERSON  andando pelas ruas de Arcanum, afinal, a BRUXA DO COVEN WHISPERING WOODS precisa ganhar dinheiro como COSTUREIRA. Mesmo não tendo me convidado para sua festa de TRINTA E QUATRO ANOS ainda lhe acho PROTETORA e EMPÁTICA, mas entendo quem lhe vê apenas como POSSESIVA e INTENSA Vivendo na cidade HÁ OITO ANOS, ANA cansa de ouvir que se parece com DEBORAH ANN WOLL.
Quem vê a bruxa hoje, cantarolando enquanto enquanto costura no seu pequeno ateliê, nem imagina o stress que dominava sua vida antes de parar em Arcanaum. Morava com a irmã mais velha, vivia pulando de emprego em emprego, sufocada em vagas de atendimento ao público e contaminada pelo mundo corporativo.
Sua benção, ou maldição, dependendo do ponto de vista, foi ter sido convocada pela família a cuidar da tia-avó excêntrica e solitária, Marylou. A mulher tinha dinheiro para contratar um bom cuidador, mas preferia a companhia de alguém do mesmo sangue.
Marylou cumpriu então o papel que tinha negligenciado por anos e guiou a jovem na arte da magia druídica, uma herança abandonada pela família. A bruxa mais velha sabia que não tinha muitos anos de vida e decidiu repassar o conhecimento, apesar das mágoas e intrigas familiares. Quando as coisas começaram a fazer sentido para Liliana, a tia partiu, deixando como herança seus livros e um gato preto chamado Jeremias.
Liliana retornou para casa, mas já não era a mesma, queria mudar e sair da rotina deprimente em que vivia. A primeira a receber a notícia fora a sua irmã mais velha, que achava aquilo tudo uma maluquice até ver um dos poucos feitiços que Ana conseguia realizar sozinha.
tw: menção à violência contra mulher
Aquela revelação era o suficiente para mudar a vida das Sutterson, mas o destino tinha reservado mais surpresas. A irmã estava grávida do ex-namorado, um homem abusivo e descontrolado. Em uma das suas visitas indesejadas, a violência dele não se limitou à palavras e acabou ferindo a jovem mãe. Liliana nunca esqueceu aquele dia.
fim do tw
Passou alguns anos estudando e aliou-se a um grupo de bruxas não tão bem intencionadas, sabia que não conseguiria fazer tudo sozinha. Em uma noite, tudo convergiu para o seu propósito: encontrou o rapaz em uma festa alternativa na floresta, e com auxílio de uma das bruxas, ordenou que as raízes o sufocassem junto com as maldades que ele espalhara.
Liliana não esperava que a irmã recebesse a notícia com foguetes, mas da forma que falava parecia até que ela era a errada da história. As três fugiram juntas da cidade em que viviam e acabaram parando em Arcanum.
Prometeu à irmã que nunca mais usaria seus poderes daquela forma e decidiu entrar no coven para aprender a lidar melhor com eles. Liliana quer ser um bom exemplo para a sobrinha, mas não sabe se vai conseguir resistir às tentações de Arcanum.
wanted connections/ideas (abertas para todos os gêneros)
closed: Liliana sabe muito bem que suas costuras não rasgariam tão facilmente, mas ela prefere não questionar. Damian acha que disfarça bem, mas é óbvio que ele está rasgando as peças como uma desculpa para vê-la mesmo que apenas por alguns minutos no ateliê.
open: Muse é uma bruxa do mesmo coven que não confia em Liliana e parece estar sempre atenta, pronta para criticá-la ao menor deslize.
open: Muse foi promovido de cliente à companhia oficial do chá da tarde, Liliana gosta da sua companhia e de escutar suas conversas enquanto trabalha nas costuras.
open: Liliana é muito grata à Muse pelo acolhimento quando chegaram no vilarejo, muito prestativo e ajudou até na construção do ateliê. Liliana sente que tem uma dívida eterna com Muse e sempre tenta encontrar um jeito de agradá-lo. Adendo: Ela usa a gratidão como desculpa para a cara de boba apaixonada que fica quando interage com Muse.
closed: ex-amante de isobel.
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sunny-boooo · 1 year
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Icarus || one-shot de QSMP
Aviso: menção de sangue e gore leve mais para o final
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Baghera olhou para o chão, sua mente estava girando a mil, suas asas de pato se contorcendo em suas costas, lágrimas ameaçando cair de seus olhos, seu batimento cardíaco acelerado, ela achou que ia desmaiar.
O sangue manchava o chão de marfim, o quarto estava escuro, apenas a luz que vinha da porta aberta atrás dela iluminando o local, os tapetes e a cama estavam inutilizáveis, o carmim manchava a superfície te tudo, até mesmo de alguns livros jogados no chão sobre as paisagens brasileiras e sobre como se utilizar redstone propriamente. Não muito longe de seus pés, deitado em uma poça de sangue…
Estava seu doce irmão Forever.
As asas antes douradas como ouro e as quais ele se orgulhava tanto não estavam mais presentes em suas costas, desaparecidas, arrancadas. No lugar delas apenas o torso nu e cercado por bandagens, o corpo de seu irmão mais novo subia e descia com respirações fracas e tremidas, soluços escapando de sua boca, ela não conseguia ver seu rosto, mas sabia que ele estava chorando.
Ela continuou a encarar o corpo caído no chão, sem saber o que fazer, o que ela podia fazer? Ela era a mais velha, ela deveria estar consolando seu pobre irmão, mas o medo e o terror a impediam de mover um músculo, ela sabia que se desse mais um passo seus sapatos seriam manchados de sangue e ela não conseguiria mais dormir com esse conhecimento. O que ela podia fazer?
Ela não sabia o porquê, não exatamente ao menos. Sim, Forever costumava achar maneiras de escapar da ilha, ela já havia o avisado que isso era perigoso e nada responsável, mas o garoto mimado nunca aceitava um não como resposta e seu pai nunca fez nada sobre isso, mesmo quando ele fugia desde pequeno para fora do prédio da Federação, o pai deles sempre mandava Cucurucho com ele em vez de deixar o garoto de castigo, então é claro que seu irmão iria achar que não teria problema escapar da ilha.
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"—Tu hermano és terrible —ela lembra projeto El Pato falando.— És como Ícaro. 
—Ícaro? —ela perguntou de volta, ela lembra de estar desenhando com projeto Blue Bird no dia, enquanto seu irmão e projeto Golden Duck brincavam com blocos de construção.
—Foi a história que nos contaram recentemente —Blue Bird começou a explicar, enquanto pintava o rosto de Cucurucho, seus desenhos sempre foram os melhores entre todos, ela tinha o talento.— Sobre um homem."
┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈
Ela não sentiu quando Cucurucho parou ao lado dela, apenas quando ouviu sua risada sem emoção que ela acordou de seu transe de olhar para o irmão, ela olhou para os olhos negros e sem brilho do urso, eles a encararam de volta, e ela nunca sentiu tanto medo na vida, suas asas se contorceram por instinto. 
A criatura levemente deu tapinhas em seu ombro e apontou com o polegar para o lado de fora do quarto, ela olhou para a porta, onde uma mulher estava parada, uma trabalhadora da Federação, ela não conseguiu marcar o rosto dela, ela nunca conseguia se lembrar dos rostos dos trabalhadores. Ela olhou de volta para Cucurucho, mas ele não estava mais perto de si, em vez disso, avançou em direção ao corpo jogado no chão de seu irmão, as patas descalças pisando no sangue que manchou seus pelos brancos, ele não ligou, e aquela falta de reação fez Baghera querer vomitar. 
O urso bem vestido pegou o garoto no colo, as bandagens já completamente manchadas de sangue, precisando ser trocadas, Forever pareceu choramingar, ele chutou um pouco mas não tinha mais força alguma para prosseguir com seu protesto, ele apenas deixou o corpo ficar mole e Baghera sentiu seus instintos gritarem para ignorar o sangue e ir até ele. Ela deu um passo à frente, Cucurucho voltou a encarar com olhos mortos como se ela tivesse cometido um erro terrível. 
Antes que ela pudesse notar a mulher antes parada na porta a puxou pelo braço para longe, a tirando do quarto do irmão em um piscar de olhos. Ela foi deixada em seu próprio quarto, que diferente do quarto do irmão, estava limpo e reluzente como ouro, nada bagunçado, nenhuma gota de sangue. Ela ficou parada lá, por minutos, talvez horas, a imagem cravada em sua mente, ela acha que nunca vai poder esquecer.
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"—Que homem? —ela lembra de perguntar de volta. 
—Um homem que fez asas de cera porque queria chegar ao Sol, mas ele voou perto demais dele, suas asas derreteram e ele caiu no mar e se afogou —Blue Bird, explicou, com uma voz entristecida. 
Baghera lembra de ter odiado a história, ela não gostava de histórias com finais tristes, mas projeto Totem of Undying riu e disse que foi uma das melhores histórias que ele tinha ouvido, projeto El Pato revirou os olhos e voltou a desenhar. Baghera perguntou mais ao pai sobre a história mais tarde, ele contou todos os mínimos detalhes sobre ela e ela decidiu que Ícaro era um tolo e mereceu seu final, ele não era um híbrido de pássaro, e ela sempre aprendeu que não se pode desejar mais do que tem. Ícaro era um tolo. Um tolo que deixou sua tolice o guiar para a morte."
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Baghera só viu o irmão novamente mais tarde, quando ele apareceu em sua porta, sem energia, sem luz nos olhos, sem o sorriso de orelha a orelha que normalmente estava em seu rosto, sem suas asas. 
Ela deixou ele à vontade, os dois deitaram na cama e se abraçaram, tentando passar conforto um ao outro, principalmente ela a Forever. Ela deixou ele explicar o que aconteceu, cada mínimo detalhe, desde como seu pai descobriu suas escapadas, de como ele nunca tinha visto ele tão irritado antes; de como ele ordenou que Cucurucho agarra-se ele e arranca-se suas asas como punição, para garantir que ele nunca mais iria ousar ir tão longe; ela deixou ele contar cada mínimo detalhe das sensações que ele sentiu, da dor excruciante do machado lentamente cortando suas asas, de como parte de suas penas tinham sido arrancadas por ele ter se movido demais, do sangue manchando seus lençóis, livros e chão, de como seu pai ainda teve a bondade de mandar enfaixarem suas costas; falar de como ele perdeu completamente a vontade de andar, se sair, de se mover. 
Ele caiu no sono depois de um tempo, e Baghera voltou a pensar profundamente, incapaz de dormir, com medo que Cucurucho fosse aparecer para tirar seu pobre irmão de seus braços e fazer mais mal a ele. Ela pensou, sim, projeto El Pato estava certo, Forever era como Ícaro, ele era tolo, ingênuo e isso resultou na perda parcial de sua liberdade. 
Mas diferente de Ícaro, ela não acha que seu irmão merecia o destino que teve, e naquele momento, jurou a si mesma que iria tirar ambos daquele lugar terrível. 
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oanunciador · 21 days
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"A GUERRA DO AMANHÃ" E OS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA.
"A cada seis dias, os garras brancas somem: eles voltam pros ninhos. Chamamos de 'shabat', o dia do descanso. É quando vamos enviar as tropas".
A Guerra do Amanhã (2021)
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Segundo a Revista Bula, "o filme mais assistido da história do Prime Vídeo", é A Guerra do Amanhã, dirigido por Chris MacKay e lançado em 2021. Trata-se de um thriller de ficção científica sobre uma invasão alienígena hostil - que ocorrerá em um breve futuro - e os esforços da humanidade pela sobrevivência e autoafirmação.
Ao ressaltar valores como família, perdão, autoconsciência e trabalho em equipe, a obra propõe que para salvar o mundo de uma invasão extraterrestre indesejada e destruidora - talvez o fim do mundo - se faz necessária a cooperação mútua da raça humana, onde quaisquer diferenças de cor, gênero, classe social ou idade, precisam ser superadas para o bem comum de todos. Um enredo que claramente reflete os mesmos ideais do plano de ação global adotado em 2015 pelos Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), que visam a construção de um mundo melhor. No entanto, apesar de aspectos reconhecidamente positivos, olhando mais profundamente, que mensagem oculta, esse filme transmite?
Os vilões da trama são muito característicos. Primeiramente, são estranhos a este mundo. Denominados White Spikes (em pt BR: Garras Brancas) são criaturas hostis oriundas de fora de nossa planeta e representam uma ameaça que vem de cima. São retratados como seres repugnantes e irracionais, tendo como único propósito de existência a conquista e a predação. Entretanto, tais monstros possuem um hábito peculiar: no final de cada seis dias - após intensa devastação - eles se escondem em seus ninhos, para depois de um dia de pausa reiniciarem seus "trabalhos". O filme nomeia este período, chamando-o de "shabat". Curiosamente, como em uma sociedade organizada, os White Spikes são regidos por uma rainha. A Rainha White Spike, é uma versão maior, mais forte e mais inteligente das criaturas. No filme, ela é uma figura central na hierarquia dos aliens, controlando e coordenando os ataques das outras criaturas. Ao contrário dos demais, a Rainha é ainda mais difícil de matar e é vista como o principal alvo das forças humanas, pois destruir a Rainha poderia enfraquecer significativamente o restante dos seres indesejados, possibilitando assim a destruição dos mesmos.
Em Hollywood, um fenômeno de inversão de valores ocorre intensamente. Direcionadas por uma cosmovisão ocultista e espiritualista, na qual Lúcifer é o verdadeiro bem e a maravilhosa "estrela da manhã", doador de vida e conhecimento (como apregoam por exemplo os adeptos da teosofia), as mentes por trás dos bastidores são levadas a retratar o grande conflito entre o bem e o mal de maneira invertida em 180°, ou seja, o mal se torna o novo bem e o bem se torna o novo mal. Dessa perspectiva os grandes vilões da humanidade tornam-se Deus e aqueles que são denominados Seu povo. Não é de admirar que quase sempre a destruição da humanidade retratada no cinema venha de cima, do céu (seja Thanos, Darkside ou um meteoro como em "Armageddon", de 1998; ver Daniel 2. 34) - afinal de contas é de lá que Jesus voltará como está escrito em O Evangelho de João, cap. 14, vv. 1-3, para dar fim ao pecado e trazer aniquilação eterna ao ímpios, uma agenda que com certeza não agrada aqueles que se enquadram na condição de ímpios.
Em A Guerra do Amanhã, aqueles que são pintados - caricatamente - como os piores inimigos da ordem humana estabelecida estão associados a peculiaridades próprias de cristãos e mais ainda, de adventistas do sétimo dia. Mas antes que você pense que isto é um delírio, usemos a lógica: cristãos em geral (isso inclui adventistas do sétimo dia) se consideram um povo "separado do mundo" - uma linguagem que denota aversão ao pecado e a valores (os de Hollywood) que conflitam com os de Deus, de modo que são muitas vezes tidos como estranhos, esquisitos, irracionais e por que não dizer "extraterrestres"? (ver 1 Pedro 2. 11). No entanto, a obra em questão perfura a camada superficial do que representa o cristianismo e busca - ocultamente - atingir um grupo mais específico, haja vista que o cristianismo em geral não é mais tão avesso assim ao que está aí, no "mundo". Diferentemente da maioria cristã, os adventistas do sétimo dia defendem a vigência dos Dez Mandamentos tal qual estão expressados em O Livro de Êxodo, cap. 2, onde consta como quarto mandamento a guarda do sétimo dia da semana, o sábado ou "shabat" - termo utilizado no filme. Como adventistas cremos na imutabilidade da Lei de Deus, tal como é o Seu caráter. Mas a série de "coincidências" não termina por aí. Assim como os vilões do longa-metragem, os adventistas do sétimo dia possuem uma fonte de inspiração e direcionamento que também atende pelo sobrenome "White". O que consideram uma manifestação moderna do dom profético bíblico, a obra literária de Ellen G. White é para a comunidade adventista do sétimo dia um tesouro espiritual que confirma e fortalece em muito a fé nas escrituras da Bíblia Sagrada, especialmente no que se refere à pregação das três mensagens angélicas do Apocalipse de João, cap. 14, vv. 1 - 14 (ver também 2 Crônicas 20. 20 e Apocalipse 19. 10) que antecedem o retorno de Cristo à Terra para buscar a Sua igreja fiel, de modo que sem esta orientação, para o preparo para a parousia, o adventismo acaba enveredando pelos mesmos caminhos do cristianismo popular, que cada vez mais não se diferencia do mundo em suas práticas.
Interessantemente em A Guerra do Amanhã, a humanidade só consegue a vitória sobre os White Spikes quando elimina a líder do grupo, mas isso não acontece no calor da batalha final. Utilizando o recurso da viagem no tempo, fundamental na trama futurista, percebem que se voltarem alguns anos ao passado poderão encontrar os aliens já na Terra, mas adormecidos pelo congelamento e assim, indefesos, poderão dar fim à conexão deles com a Rainha do bando/colmeia. A Bíblia descreve seu povo nos últimos dias como adormecidos e amornados, tendo sempre a necessidade de um despertamento e aquecimento espiritual (ver Mateus 25. 1-13 e Apocalipse 3. 14-22), tal condição de indiferença é uma grande fragilidade que beneficia o inimigo de Deus em sua rebelião contra o Criador. Minando a fé dos adventistas do sétimo dia na revelação profética moderna e também bíblica, Satanás prospera em seu intento de tornar inútil a ação da igreja cristã na Terra e de obter vitórias sobre as vidas humanas.
Para além de qualquer fanatismo religioso, considere como o inimigo pensa. Alguém dirá que este artigo não passa de um devaneio intelectual, mas crendo ou não, é assim que o inimigo age no oculto e é assim que o grande conflito é abordado nos círculos esotéricos e espiritualistas das sociedades secretas, que agem orientadas por demônios disfarçados de anjos de luz (ver 2 Coríntios 11.14).
"E o senhor elogiou o mordomo injusto, porque ele agiu com sabedoria. Porque os filhos deste mundo são mais sábios na sua geração do que os filhos da luz." (O Evangelho Segundo Lucas, cap. 16. v. 8).
Por Janderson Lira
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simsindie · 25 days
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🍼 Desafio dos Bebês Ocultos | The Sims 4 [TRADUÇÃO]
➡️ post original by: simssav OBJETIVO: Ter um bebê com cada um dos sims ocultos do jogo. Tenha em mente que para ter certos sims ocultos você deve possuir o pacote de expansão para ele.
SIMS OCULTOS: Vampiro, Sereia, Palhares, Coelho das Flores, Alienígena, Feiticeiro, Lobisomem, Papai Inverno, Sim Planta, Elemental da Ilha, Dona Morte, Palhaço Trágico, Fantasma Guinho, Robô Servo, Poço dos Desejos (opcional).
REGRAS: Crie um sim humano como quiser. A única coisa necessária é que o sim consiga engravidar. Mova seu sim para qualquer casa. Você pode usar truques de dinheiro se quiser. Construa um relacionamento com cada criatura oculta no jogo e engravide de seu filho. Para que você consiga tirar uma criança de casa, ela deve atingir o nível 5 nas habilidades associadas ao ocultismo.
PACOTES NECESSÁRIOS PARA CONCLUIR TODO O DESAFIO: Vampiros, Ao Trabalho (alienígenas), Vida na Ilha (sereias), Estações (palhares, coelho das flores, pai inverno), Reino da Magia, Universidade (servo), Jardim Romântico (para o poço dos desejos), Truques de trico (habilidade de tricô), Retiro ao Ar Livre (habilidade de herbalismo), Vida na Cidade (habilidade de canto), Dia de Spa (habilidade de bem-estar).
CHEATS NECESSÁRIOS/COMO ACESSAR CERTOS OCULTOS:
Dona Morte: Para poder tentar ter um bebê com a dona morte, você precisa primeiro construir um relacionamento com ele, adicioná-lo à sua família, use SHIFT clicando na dona morte selecione "Adicionar à família". Então você deve remover seu traço de ceifador com o seguinte truque:  traits.clear_traits
Depois disso, você não deve ter problemas em tentar ter um bebê! Depois de engravidar, você pode adicionar o traço de ceifador dele de volta com este truque:  traits.equip_trait GrimReaper
Elementais da Ilha: Para acessar os elementais da ilha, seu sim deve ter o "traço filho da ilha". Assim que seu sim tiver esse traço, você pode clicar nele e a opção para invocar os espíritos da ilha deve estar disponível. Clique nele e os elementais da ilha virão para seu lote. Crie relacionamentos com um ou todos eles. Para tentar ter um bebê com os elementais da ilha, eles devem primeiro ser adicionados à sua família. Não há como ter um bebê enquanto eles ainda estão em sua forma fantasma, então você deve trazê-los de volta à vida. Você pode usar o poço dos desejos, ambrosia ou trapacear usando mccc. Assim que eles forem humanos novamente, você pode tentar ter um bebê. O objetivo aqui é ter um filho que tenha o traço 'Mana de Sulani' herdado dos elementais da ilha. 
Sim Planta: Não há sims de plantas andando pelo mundo no The Sims 4, então para você ter um bebê com uma, você terá que fazê-lo você mesma. Escolha um sim que você gostaria de transformar em um sim de planta. 
Palhaço Trágico: Compre a pintura Palhaço Trágico no modo construção. Faça seu sim visualizá-la até que o Palhaço Trágico apareça no seu lote. 
Poço dos Desejos: Você pode desejar uma criança com o poço dos desejos do pacote jardim romântico. Faça uma oferta antes de desejar uma criança ou você pode ter um resultado negativo! 
HABILIDADES/OBJETIVOS PARA AS CRIANÇAS:
Palhares: Jardinagem / Arranjos florais
Alien: Ciência de Foguetes / Programação
Sereia: Fitness / Canto
Vampiro: Conhecimento sobre Vampiros / Órgão de Tubos (piano)
Coelhinho das flores: Pintura / Tricô
Conjurador de feitiços: Aprenda 5 feitiços
Pai Inverno: Mecanica / Confeitaria
SimPlanta: Herbalismo / Bem-estar
Elemental da Ilha: Pesca / Guitarra
Dona Morte: Alcance o nível 5 da habilidade Reaping do Death Angels Mod
Palhaço Trágico: Comédia / Travessura 
Servo: Robótica / Lógica
Lobisomem: Lobisomem nível 4
Fantasma:  ? (a criadora ainda nao colocou)
Depois que seu(s) filho(s) tiverem completado seus objetivos, você pode tirá-los de casa para abrir espaço para mais crianças.
Obrigado por se interessar por este desafio! Boa sorte 💕
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Qual a proposta dessa página?
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O que você pensa ao ver a palavra Semideus?
A mistura de um deus e um humano, cheio de habilidades excepcionais como força sobre-humana, imortalidade, domínio dos elementos da natureza, livre da força gravitacional, é o entendimento unânime encontrado por aí, principalmente quando falamos da mitologia grega, africana e de outros povos da antiguidade.
Roma, após criar a instituição religiosa em 313, começou a chamar de pagão todos que seguiam os cultos aos semideuses. Eram assim chamados os povos do norte da Europa, da África e das Américas.
Na Grécia, por exemplo, Perseu era o filho de Zeus, o semideus que decsptou a Medusa.
No Brasil, muitos herdaram das tradições africanas o culto aos Orixás (semideuses), por exemplo Ogum, que é o semideus da guerra ou Oxossi, semideus das florestas, da caça, do alimento e da fartura.
Não só no Brasil, mas por toda América e Ásia, os povos nativos ainda conservam suas crenças junto aos semideuses, Na América do Sul. O semideus do sol é chamado de Guaraci, aquele que ajudou seu pai Tupã a criar todos os seres vivos.
Uma coisa havia em comum, todas estas crenças que são antes do Judaismo e do Cristianismo, acreditavam que existia um Deus supremo, pai de todos os semideuses.
Como eu sei hoje, o planeta é como um predio de vários andares, cada andar possui suas dependências e elas são separadas por níveis evolutivos. Quanto mais alto o andar, mais evoluído são seus moradores e gradarivamente, você vai mudando de andar de acordo ckm a sua evolução espiritual.
Também sei que cada nível espiritual tem sua função e seus moradores ficam responsáveis pelo funcionamento desse grande edifício, quem está mais alto, tem cargos maiores.
Sem simbolismo: Deus é o chamado criador de todas as coisas do Universo, Jesus uma vez disse que podíamos ser igual a ele ou até maior que ele. No planeta, ele foi o responsável pela construção e administração de tudo que existe, visível e invisível e ao seu lado, espiritos evoluídos o auxiliaram e ainda auxiliam, cada um no seu setor para manter este planeta orbitando na mais perfeita ordem.
Jesus é um semideuses muito elevado e não um Deus como ensinaram no Ocidente. Ele é um filho, como todos nós. Aprendi que de tempos em tempos, um grande espírito se apresenta na carne para ensinar como é viver a Lei de Deus, que é a lei do comportamento e quem a cumpri irá evoluir. Pelo entendido, a Lei é posta de acordo com a capacidade que a humanidade tem para assimilar e aplicar. Quando Moisés tirou o povo Judeu do Egito e apresentou os 10 mandamentos, quem veio depois ensinar como viver a Lei? O problema é o que acontece depois da morte do corpo desse grande espírito. Os vícios do mundo, principalmente aquele que tende ao domínio de um sobre o outro. Agora, mais uma vez, Fomos presentiados com a recuperação dos ensinos deixados e mais uma vez. Jesus virá à carne para direcionar o necessário para o nosso entendimento.
Poderia dar mais detalhes, mas o poste precisa ser dinâmico. Então, respondendo sobre o propósito da página, é despertar no jovem o interesse pelo assunto, entender o poder que existe dentro de cada um e não desperdiçar esse valioso período que é a encarnação. Desde a emanação, a centelha divina evolui e quando atinge a fase humana, ela adquire a condição da responsabilidade dos seus atos. Suas escolhas define o tempo que vai levá-la à Sagrada Finalidade. O que nos dá base para entender que somos semideuses é que a Sagrada Finalidade é o retorno a ser Deus um dia, na integral consciência.
Cada indivíduo está em constante movimento agregando conhecimento e gradativamente despertando a sua essência divina. Tudo que existe faz esse mesmo caminho. Só quem já alcançou a Sagrada Finalidade poderia dizer o que é essa condição de voltar a ser Deus em Deus.
Uma vez disseram ser Jesus perfeito, e Jesus disse que só Deus é Perfeito. Jesus é ainda um SEMIDEUS, e todos nós encsrnados e desencarnados em nosso orbe também somos. O que nos diferencia é o grau evolutivo, aquilo que ele já alcança, tudo que ele envolve, sua amplitude é incontáveis vezes à nossa amplitude, dentro ou fora da carne.
Aquelas figuras mitológicas que fazem parte dos antigos cultos, como seres sobrehumanos, nunca deixaram de existir. Possuem obrigações e suas ações sempre estiveram no crivo da Lei de Deus, são obedientes e são agentes da Providência Divina, eles também são parte da Justiça Divina. Tudo fora disso é invenção humana, é maquiagem para enganar e dominar os incrédulos e desavisados.
Nós estamos engatinhando ainda, pouco sabemos do que existiu antes da era Glacial. Mas aos poucos, os registros serão expostos para um dia compreendermos a verdadeira obrigação que o homem encarnando nessa 2ª faixa deve entender e fazer.
Bem, mais uma vez coloco essa semente para depois colhermos bons frutos.
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adoriaria · 1 month
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De umas semanas atrás
Querido Lucas,
Essa semana têm sido revolucionária dentro de mim, também por causa da abstinência das redes sociais, mas muito além disso. Ontem mesmo, fui a perdizes com a gabriela. Primeiro comemos donuts. Falamos de Cartola e da vida da Amanda Queiroz. Acredita que ela decidiu fazer enfermagem? Falamos da Juliane, da delícia das conquistas dela em Fortaleza, ela tá num congresso de psicologia e disse que está muito feliz com a descentralização da construção do conhecimento. Que o paulistano costuma achar que é o único a saber de tudo. Bom ver paulistas aprendendo isso, eu acho. Eu tenho ouvido muito Cartola, todo o álbum. Ontem antes de você chegar me dediquei a ouvir, a prestar atenção mesmo em tudo,. Ouvir a musica foi minha atividade durante pelo menos uma hora. Ontem eu também fui ao parque da água branca. Despretensiosamente. No caminho, fiz a gabriela entrar numa imobiliária e demonstrar interesse por apartamentos pra morar. Os pais dela ofereceram um apê e ela estava em dúvida se queria, acredita? Pedi pra ela olhar estúdios, mas também apês um pouco maiores. No parque eu reparei as pessoas conversando, reparei em muitos sons. Reparei nos bambus do parque, eles são imensos. Olhei o parque separado da Vanessa e foi ótimo. As galinhas pareciam felizes. Os patos imponentes. Senti falta dos pavões, mas não sei pra onde foram. De frente pra uma árvore ali ao lado de onde ficam os cavalos eu tive uma profunda admiração. Ela era tão grande. Falei de Jorge Amado porque estou com a partida do caio Fernando abreu na cabeça. ele saiu de São Paulo para morar no Rio. Estou morta de vontade de conhecer o Rio de novo, passei anos namorando a cidade, desencantei ao morar aqui, mas me encantei de novo por volta desse mês. O êxodo de caio pro rio me lembra o que sinto na casa de Jorge Amado. Lembrar da casa de Jorge me lembrou nosso dia lá com o Allan e as reações dele com os convidados que passaram na casa de Jorge Amado. Contei isso pra Gabriela e ela teve a mesma reação que ele. Jean Paul sartre e Stanley Kubrik, ambos sentaram nos bancos de alvenaria que caribé enfeitou pra Jorge e Zélia. Quão louco isso é né?
De todo modo, parece que tenho prestado mais atenção no hoje e nas relações que de fato importam. Parece que as coisas magicamente entraram no lugar no momento em que decidimos ir a igreja 4 terças feiras atrás. Depois do parque eu tava com muita vontade de fazer xixi e atravessei a rua procurando um lugar. Achei um posto de gasolina com duas atendentes super simpáticas. Fiz o tão sonhado xixi. A máquina de esquentar os salgados quebrou. Depois voltou a funcionar. Depois eu fui embora e no culto desenhei em um caderno as frases do Caio Fernando Abreu ao Charles. Contando que está saindo de Sampa, que é uma cidade pouco saudável e que, portanto, ele está empacotando uma casinha cheia de coisas (coisas inúteis, mas ele gosta delas) a duas malas. Isso me transformou também. Uma perspectiva sobre o materialismo menos dramática. Na próxima carta, já no Rio, ele tá feliz. Tá acordando cedo, tá almoçando nas horas certas, dormindo bem e transando muito. Tá no eixo a vida dele, parece. Quero que essa seja nossa próxima carta.
Sabe, me sinto muito sortuda por ter você pra me acompanhar na vida. Saí com minha prima e ela é desesperada por liberdade. E nesse desespero comunicou comigo os receios dela, porque ela se perdeu de si com o Paulinho e ficou com medo de eu sequer correr o risco de me perder de mim também. Eu disse que você me incentiva a ser eu e a sonhar por mim e por nós. E no meio dessa mesma conversa eu também descobri, e eu não sei se você tinha percebido, que meu irmão não está falando com minha mãe. Nada. Ele cortou ela da vida dele. Hoje ele chega em SP. Vou conversar melhor sobre isso. Mandei uma mensagem pra minha mãe quando ela me ligou dizendo que estou numa fase introspectiva, que tô lendo bastante e que está sendo bom e que esperava que ela entendesse. Ela disse que tudo bem, mas acho que ela está muito mal, em geral. Mas eu não posso salvar ela dela mesma. Eu queria que ela tomasse essa decisão, sabe? De se curar? Queria, mas eu preciso muito me curar também. Preciso focar em mim. Preciso me divorciar das ideias da minha e agora também por algum motivo da sua, mãe sobre mim. Estou nesse momento. Tentando ir um dia de cada vez. As vezes todos os projetos artísticos aparecem simultaneamente na minha cabeça e me assustam, aí boto eles no lugar deles e continuo. E hoje de manhã transar com você foi também tão presente, tão intenso, tão cheiroso. eu tava no lugar certo, depois escrevo melhor isso. Hoje pretendo, depois de escrever, sair com meu irmão. Preciso saber como ele tá. Como minha mãe estar destruída por não poder mais opinar na vida dele afeta ele. Como ele tá lidando com a vid de casado, acho que ele tá meio em crise. Acho que ele tá achando a vida chata demais, séria demais, problemática demais. Enfim, quero saber e quero dizer que eu ainda vejo ele como meu herói e que agora ele tem que se salvar sabe?
Amor é assim que eu tô. Tô como o álbum do cartola, to rindo do belchior caçoando o classismo de Caetano, tô fazendo as coisas no meu tempo e to tentando manter os pés no chão. Ainda passa pela minha cabeça não me mudar, mas nenhum pensamento tomou forma de sério ainda. São Paulo tá entrando no eixo ou é só o fim da temporada romantizando as coisas? Não sei. Acho que vai ficar mais claro essa semana.
Com muito carinho,
Sua Amanda
Com muito carinho,
Sua Amanda
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