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#dicas para autores
teceladashistorias · 2 years
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Como desenvolver sua escrita criativa?
Agora que você já sabe o que é a escrita criativa, explicado no post anterior, irei mostrar quais as atitudes que você pode tomar para desenvolver essa habilidade.
Independente do seu objetivo, a escrita criativa pode lhe auxiliar na construção de textos para atrair seus leitores. Quem quer se destacar no mercado precisa marcar presença, e para alcançar níveis mais altos precisa seguir passos bem simples, mas que devem se tornar hábitos diários.
1. Aumente seu repertório
A melhor forma de aumentar sua criatividade para a escrita é lendo bastante!
Não existe um número específico do quanto você deve ler, e nem precisa ser algo exagerado como um livro por dia. Mas o fato é que quanto mais você lê, mais você aprende não só sobre as palavras e frases, como também sobre os outros autores.
Cada texto é único de certa forma e carrega algo de nós, seja nossos objetivos, sentimentos, produtos, ou outros. Há sempre algo ali que nos representa.
Entrar em contato com a leitura é como permitir nossas mentes de conhecer mais sobre as outras pessoas, outros mundos e objetivos. Aumenta nosso repertório geral sobre conhecimento criativo, sobre as palavras que podemos usar para deixar um texto mais emotivo, ou sobre as consequências da ação de um personagem.
Quanto mais você lê, mais sua mente se abre para diversos leques de possibilidades!
Por isso tente estabelecer metas de leitura. Elas podem ser diárias, semanais ou mensais, mas devem ser realistas e compatíveis com seu dia a dia.
Garanto que esse é um dos passos mais importantes que você pode tomar.
2. Não espere pela inspiração
O erro de muitos autores iniciantes é esperar a inspiração vir para começar a escrever.
A realidade é que esse processo mais pode atrapalhar do que ajudar, já que a inspiração, por ser algo que demanda energia do cérebro, pode demorar dias para se formar e durar apenas alguns minutos quando aparece.
O melhor a se fazer é começar a escrever hoje mesmo, organizar seus planos e ideias, procurar referências, e fazer algo único com os materiais que você tem.
Partir para a ação vai acelerar seu trabalho, e também ajudar sua mente a melhorar sua inteligência criativa e suas habilidades em escrita.
Pode ser cansativo no começo, escrever sem inspiração nos força a sair da zona de conforto e exercitar áreas da mente que não costumavam ser muito utilizadas. No entanto, logo você estará escrevendo com mais confiança e determinação, desenvolvendo rotinas e entregando seus trabalhos no prazo correto.
3. Inicie um hábito de escrita
Escreva todos os dias!!!
Seja uma lista de mercado ou um capítulo do seu livro, procure escrever sempre que puder!
Anote suas ideias, crie um caderno voltado apenas para sua escrita, procure escrever sobre a mesma coisa em ângulos de vista diferentes. Sempre tenha um lápis ou caneta em mãos, um bloco de notas no seu celular, ou até seu braço limpo, para escrever o que vier a mente.
Exercite sua escrita, mesmo que não seja um texto impecável e Shakespeariano, ainda assim vai ser um texto que irá exercitar sua mente a desenvolver habilidades e tornar isso um hábito.
Fazendo isso você vai sentir cada vez mais facilidade de processar parágrafos, textos, poemas, e muito mais. Sua mente vai se acostumar com a escrita, e escrever seu livro será como encontrar aquele velho amigo que você sempre sentiu falta.
4. Pense como seu leitor
Essa é outra dica crucial para a escrita criativa.
Não existe texto sem seu leitor.
Seja um texto íntimo que você escreve para si mesmo, ou um livro que deseja publicar, você deve escrever de forma que deseja entregar as palavras ao leitor.
O texto precisa ser claro, legível e coeso. Palavras muito difíceis podem atrapalhar bastante, mas se você não conseguir fugir delas então entregue formas de deixar claro aquilo que você deseja falar.
Lembre-se sempre de que o entendimento é o que diferencia um texto bom de um texto ruim, e é o leitor que irá determinar esse ranking.
Quando pensar no seu leitor tente traçar um perfil:
Quem eu quero atingir com esse texto?
O que essa pessoa provavelmente gosta?
Quantos anos ela tem?
Ela está em um relacionamento ou não?
A personagem principal deve se relacionar com meu leitor?
Que eventos uma pessoa com esse perfil gostaria de ler?
No marketing chamamos isso de criar uma persona. Um perfil ideal para o tipo de público que queremos ter.
Traçar esse perfil vai lhe ajudar a entender como escrever para seus leitores e guiar seu trabalho de forma que seja o mais acessível possível ao seu público.
5. Organize e planeje
Cuidado, essa é uma etapa importantíssima para aqueles textos grandes e publicações de divulgação!
Para ter uma ideia do que escrever e do andamento da sua escrita, procure sempre planejar e organizar. Se mudanças foram necessárias durante o andamento você pode parar para analisar quais caminhos tomar e as atitudes necessárias a partir dali, sem perder o foco e gerar desmotivação.
Pessoalmente costumo organizar meus textos e livros em plataformas como Trello, mas existem muitas outras na internet, Apple store e play store. Procure pesquisar sobre esses métodos e suas avaliações, e tente encontrar aquele que facilitará seu trabalho.
6. Pesquise o mercado
Sempre que tiver uma ideia de livro ou texto, procure fazer uma pesquisa de mercado.
Tente avaliar esses níveis:
Originalidade do produto
Público
Melhores formas de divulgação
Que outras ideias podem se relacionar com essa
Pensando sempre nesses quatro fatores você pode tentar definir os melhores métodos para por em papel a sua história.
7. Cuide de você
Outra dica essencial que aqueles que estão começando acabam tendo dificuldade!
Sua história não existe se você não estiver bem! Isso é um fato. A escrita nasce da sua mente, e sua mente precisa estar bem para continuar a escrever!
Descanse a vista, saiba quais são limites e como respeita-los. Escreva primeiro para você, leitores são importantes, mas não são eles que planejam a história.
Entenda que no começo é normal não ter muitas visualizações, e que você vai conseguir elas se respeitar seu caminho e crescimento.
Priorize seu tempo, seu prazer e suas emoções.
Se você não está bem para cumprir o prazo tente falar com aqueles que esperam pelo seu trabalho.
E nunca é demais pedir por ajuda!
Alimente-se bem e beba muita água, vitaminas, proteínas e até carboidratos trazem energia para sua mente poder trabalhar de forma saudável, e caso se sinta esgotado saiba que é hora de parar.
Cuidando de você, logo vai entender que é você que tem o controle da sua mente, da sua história e da sua vida, e não os likes que recebe ou o número de seguidores.
Se não está dando certo pare, respire, descanse e repense.
A mente fresca funciona muito melhor do que a mente esgotada.
8. Exponha seus textos
Por último: exponha seus textos, divulgue seu trabalho, e saia para a vista!
Um texto ruim ainda tem mais bravura e qualidade do que um texto bom que nunca foi publicado. É preciso sair para poder ser visto.
Saiba filtrar as críticas e analisar seu conteúdo conforme for recebendo interações, e procure manter contato com seus leitores, assim poderá divulgar e avançar melhor no seu trabalho.
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hwares · 3 months
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#002 | AS VOZES DA SUA CABEÇA: um guia para vozes de personagem ✦ ⁎
Hala, hala forasteiros! Tempos atrás recebi a seguinte mensagem:
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Demorei para responder porque não somente precisava pensar e elaborar com cuidado, mas a vida fora da internet entrou no caminho. Mas consegui tirar um tempinho para pensar sobre e escrever um guia. 
Admito que esse é um assunto curioso pra mim, também! Já tentei de muitas maneiras mudar as vozes dos meus personagens e não sei dizer se sucedi em alguma. Então, irei fazer um compilado de dicas que coletei ao longo dos anos e adicionar algumas observações! Vou tentar trazer alguns exemplos, também. Antes de começarmos com o guia, precisamos esclarecer dois pontos muito importantes.
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DISCLAIMER | Essas são somente as minhas opiniões. Não estou tentando ditar regras sobre como as pessoas devem escrever ou jogar roleplay. Tampouco tentando me colocar como autoridade ou expert no assunto. Estas são apenas minhas opiniões e inferências sobre o assunto. Todos são mais que bem vindes para colaborar ou discordar por replies, reblogs e asks (com educação)! 
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01. O QUE É VOZ DE PERSONAGEM, HWA?
De maneira básica, a voz da personagem é a personalidade dela. É como aquela personagem se apresenta e se define dentro duma obra ou, no nosso caso, um turno. 
Pensa que você está em um cômodo com um seus amigos, as luzes estão apagadas e uma bruxa enfeitiçou todo mundo para ficar com aquela voz distorcida de testemunha na televisão: como você distinguiria cada um? 
Provavelmente através dos vícios de linguagem (né, hum, tipo…); o uso ou não uso de determinadas palavras e gírias; a entonação; por vezes até a respiração! Tudo isso e tantos outros definem a ‘voz’ das pessoas e, também, das personagens!
Mas é preciso que saibamos a diferença entre a nossa voz enquanto autor da voz da nossa personagem. 
A voz de autor está ligada a estrutura das sentenças, se você é mais descritivo(a/e) ou não, se escreve turnos longos ou pequenos, etc. Cada autor possui sua própria voz — ou, como chamamos comumente, estilo. 
A voz da personagem está ligada com as características de fala e comportamento de cada personagem. Ou seja, se a personagem usa gírias ou não, palavras sofisticadas ou não, se gesticula enquanto fala, etc. Essas coisas são definidas conforme você desenvolve a personagem, estando intrinsecamente conectadas com a história/personalidade dela.
02. PROSSIGA COM CUIDADO, OS ESTERIÓTIPOS!
O segundo ponto importante é o seguinte: quando falamos de voz de personagem, precisamos nos atentar aos estereótipos. 
Há uma linha finíssima entre fazermos associações comuns e inocentes devido a certos detalhes que nossas personagens possuem e cometermos um crime de ódio. Por isso, é necessário atentar-se ao que você escolhe atribuir e pensar no porquê — e principalmente, se é necessário. 
Eu recomendaria afastar-se de estereótipos, contudo, eles não são necessariamente ruins; mas você precisa ter sensibilidade e cuidado ao usá-los. Como assim? 
O Chico Bento, por exemplo. Sendo um personagem da zona rural, ele possui uma fala bem característica / estereotipada de alguém que você associaria ao interior (meu r é igualzinho ao dele, a famosa poRRta). Isso é ruim? Não! O Chico é um ótimo personagem para se ensinar sobre as variações linguísticas brasileiras. E, no caso, ele aparece como uma representação de um tipo de família e criança interiorana — mas é importante destacar que somente funciona pelo Chico Bento ser um personagem bem escrito, e há toda uma sensibilidade na construção dele. Não somente faz sentido ele falar como fala, mas em nenhum momento a sua pessoa é tratada com desrespeito em sua caracterização. Nós não rimos do Chico por ser caipira, nós rimos das situações, da história. E mais de uma vez, o Maurício usou os quadrinhos para dar lições importantíssimas sobre o preconceito linguístico.
Isso não é uma desculpa, porém, para você abusar de esteriótipos ou irá criar uma caricatura. Nem tudo o que você atribuir ao seu personagem precisa de uma razão ou justificativa; mas isso vale para coisas como gostar de chocolate ou desgostar do cheiro de peônias. Se estamos nos referindo a características que podem ser interpretadas como estereótipos, especialmente estereótipos ruins, nós precisamos sim de uma boa razão: se não houvesse uma construção de personagem por trás do Chico Bento, ele poderia muito facilmente ter se tornado uma caricatura. Quando criamos personagens — e principalmente, que são diferentes de nós — precisamos ir atrás de pesquisar o que é ou não considerado um esteriótipo ruim, entender questões culturais e sociais antes de sairmos emprestando coisas. 
Lembre-se: criação de personagem e voz de personagem andam de mãos dadas. Não dá para ter um, sem o outro. Por isso, é necessário prestarmos atenção e fazermos uma boa pesquisa antes de sairmos associando comportamentos porque pode, sim, resultar em algo ofensivo. 
Cientes disso, por fim, vamos às dicas!
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VOZ DE PERSONAGEM
Agora, vamos desmistificar o maior mito: 
Voz de personagem não é diálogo. 
Tudo o que escrevemos como o personagem é a voz dele — é por isso que a voz da personagem está intrinsecamente relacionado com a construção e desenvolvimento dela. E, por isso, precisamos ter uma boa noção de quem a personagem é enquanto a estamos escrevendo. 
Uma boa comparação é pensarmos em atores: os melhores são aqueles que não só mudam a sua voz ou jeito de falar quando estão atuando, mas que se transformam numa outra pessoa. Não dizemos, de vez em quando, algo como “nossa, eu nem reconheci esse ator daquela série! Está tão diferente!”? Ou, outras vezes, “ai, esse ator é sempre a mesma coisa em todo papel!”? Pois bem, a voz de personagem é a mesma coisa. 
Precisamos lembrar que escrita é interpretação — da nossa parte, como escritores, e da parte de nossos partners que irão ler. Não podemos subtrair a maneira como as pessoas vão ler e compreender nossos turnos de como escrevemos eles: e é por isso que voz de personagem, para funcionar, tem que ir além do diálogo. Precisamos deixar descrições, informações… coisas que irão compor a imagem e personalidade da nossa personagem na cabeça de nossos partners. 
Sendo assim, a voz da personagem requer um esforço e atenção maior na escrita. Às vezes escrevemos coisas em turnos e histórias sem pensarmos muito; ou pelo contrário, passamos várias horas procurando algo em específico para colocar quando não ter uma especifidade poderia ser muito mais interessante. Mas como assim? 
Quando pensamos em voz de personagem, precisamos nos atentar na nossa escrita como um todo: precisamos enxergar nosso turno, por inteiro, como a visão da personagem. 
Não adianta meu personagem x e meu personagem y terem diálogos bem distintos, mas escrever o resto igualzinho! 
Pense que nós, como seres humanos, possuímos vivências diferentes. Mesmo irmãos sob o mesmo teto podem ter experiências únicas com seus pais — nós pensamos diferentes uns dos outros, possuímos valores e crenças diferentes. Que, claro, podemos compartilhar uns com os outros, mas o ponto é que temos individualidade. E como mostramos isso? Através de como nos vestimos, como gesticulamos, como falamos, o que postamos ou não nas nossas redes sociais, o que pensamos etc. 
E é isso que compõe a nossa voz — ou, em outras palavras, a personalidade. 
Lembrem-se: a personagem só existe na página. Mesmo que exista um faceclaim, páginas de inspiração e coisas assim, a personagem só existe, de fato, no turno. Na escrita. Se nós não atribuirmos personalidade para ela enquanto escrevemos, ela não tem como ter uma voz. 
Nós, como seres humanos, temos a vantagem que existimos indepdendente de alguém estar nos vendo ou não. E, quando encontramos outras pessoas, elas estão nos assistindo e observando cada detalhe de como agimos; e o mesmo serve para nós, vendo outro ser humano.
Personagens em um turno não possuem essa vantagem. Se nós não escrevermos o que estão fazendo, observando, sentindo ou percebendo, simplesmente não há como saber.
Mas eu acho mais fácil explicar por exemplos!
Então vamos lá atrás do grupo de forasteiros que habitam esse blog! Hoje serão dois exemplos! O primeiro contará com 02 personagens (Hoyun e Nas) e o segundo com outros 02 (Young e Sang). 
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(*) Novamente, esses exemplos foram todos escritos por mim para este guia! Dessa maneira, perdão se não estiverem super bem escritos! O meu foco com esses trechos é sempre tentar exemplificar o máximo possível, mais do que “qualidade”. Mas a gente vai tentando, né?
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EXEMPLO #001
Primeiro, vou dar uma breve descrição das personagens para essa cena (que se passará na Coreia Antiga/um período não especificado da dinastia Joseon): 
Hoyun, mercenário e caçador de recompensas em Hanyang. Ninguém sabe, ao certo, sobre seu passado, mas rumores dizem que serviu ao Rei como seu guarda pessoal por anos antes de ser demitido e colocado numa lista de procurados. 
Nas, mercenário e caçador de recompensas em Hanyang. Filho de um açougueiro, cresceu como um “intocável” (baekjeong) num vilarejo ao sul da capital. Entretanto, no começo de sua adolescência, caiu nas graças de nobres devido à sua boa aparência e serviços de mercenário, conseguindo sair do vilarejo após a execução de seu pai. 
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Os portões da residência ainda estavam escancarados quando chegaram. Ótimo, não chamaremos atenção. Naquele horário, criados deixavam as propriedades de seus senhores para enviar mensagens, despejar excretos de latrinas ou limpar os enormes pátios. Se precisassem chamar pela criadagem dos Choi para abrirem os portões, certamente olhos curiosos apareceriam por entre frestas das pedras dos muros vizinhos para observá-los — e, naquela tarde, era melhor que não houvesse rastros de sua visita.  Hoyun olhou por cima do ombro, se assegurando que estavam sozinhos na rua. Esperou duas garotinhas sumirem na esquina antes de direcionar sua atenção para Nas, parado ao seu lado. “Vamos,” desamarrou o leque de sua cintura e o abriu num único balançar de mão, “Nosso ganso dos ovos de ouro nos aguarda.”  De nariz erguido, cruzou um braço atrás das costas e passou pelo portão. Criados se moviam pelo pátio acendendo os candeeiros e varrendo as varandas. Do fundo da propriedade, o cheiro de temperos e carne adentrou suas narinas, causando seu estômago a roncar. Sua última refeição havia sido nas primeiras horas do dia, quando ainda estava na estalagem: um mingau melequento, aguado e desprovido de sabor. Fora o suficiente para sustentá-los durante a ‘aventura’ daquela manhã, mas uma ofensa para seu paladar. Passou a língua pelas gengivas em reflexo à memória, tentando afastar a sensação de que ainda havia arroz enfiado por entre os dentes.  Hoyun caminhou pelo pátio vagarosamente, admirando o canteiro colorido enquanto se abanava, aguardando alguém vir atendê-lo — era como os nobres se comportavam. Nunca oferecendo explicações ou justificativas; sempre aguardando que os viessem atender, que estivessem ao seu dispor. ‘É isso o que servos fazem, não é?’. Aquela voz debochada ressoou em sua mente, e sua mão se fechou num punho em suas costas. ‘Você morreria por mim, Hoyun?’. Não mais. “Como posso ajudá-los?” A súbita voz grossa e monótona do guarda pessoal de Hojong — Kyumin, se lembrou — o retirou de sua mente, as memórias se dispersando com a mesma rapidez que haviam aparecido.  Respirou fundo, então se virou para o guarda. “Estamos aqui para ver o Sr. Choi.” Hoyun ofereceu seu melhor sorriso para Kyumin, levantando seu gat para que o homem pudesse ver seu rosto. “Temos horário marcado.” Piscou.  Kyumin permaneceu com a mesma expressão de bosta, apenas assentindo com a cabeça antes de retornar para dentro da residência. O horário, em questão, era duas horas antes, mas sabia que Hojong não reclamaria uma vez que o passasse a informação que obtivera na estalagem: seria sua moeda de troca para conseguir o patrocínio que precisavam para quitar a escritura de servidão de Sang. Então estaremos livres. Por fim, deixariam o passado para trás, e toda aquela porcaria de títulos e status. Uma vez em Jeju, começariam do zero. “Você gosta de laranjas, Nas?” Reabriu o leque, abanando-o contra a própria face. “Ouvi dizer que Jeju é cheio delas.”
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Quanto mais se aproximavam da casa de Hojong, mais guardas caminhavam pelas ruas. Em pares e sozinhos, a mão firme em suas bainhas e os olhos atentos. Ali, estavam mais próximos do palácio, o que significava que qualquer perturbação ocasionaria em dez ou mais guardas se aglomerando para investigar. Precisavam ser cuidadosos, não levantar suspeitas. Nas os cumprimentava com um breve aceno de cabeça e um sorriso, as mãos caídas ao lado de seu corpo, pronto para sacar sua adaga se precisasse. Ou sua pistola, se muito necessário.   Parou ao lado de Hoyun, rapidamente inspecionando a área com os olhos. Duas garotinhas caminhavam em direção ao bosque, cada uma segurando um balde de madeira. Pelas roupas, eram filhas de criados indo buscar água para o jantar. Não conseguiu conter um pequeno sorriso, lembrando de sua própria infância indo à beira do rio buscar água para as sopas de coelho de sua mãe. Retornou sua atenção a Hoyun quando esse falou, assentindo com a cabeça antes de segui-lo para dentro.  Assim que pisaram no pátio, o denso aroma da carne bovina cozida com molho de soja e gergelim o envolveu num morno abraço. Uma carninha para o jantar cairia bem, uma vez que haviam ficado sem almoço. Umedeceu os lábios, e estava prestes a sussurrar para Hoyun sugestões para a refeição daquela noite quando notou a figura de Kyumin se aproximando.   Nas imitou a postura do amigo, cruzando os braços atrás das costa. Embora mais desajeitadamente, precisando de duas tentativas para dobrar adequadamente os braços sem enroscar as mangas do dopo no galho atrás de si. Odiava usar aquelas roupas. As longas mangas de seda eram leves demais, o fazendo sentir como se estivesse com os braços pelado. Por outro lado, o gat com aquele cordão de contas era pesado demais; preferia os chapéus de palha que costumava usar na infância. Mas, obviamente, nunca poderia se vestir como um intócavel num lugar como aquele.  Suspirou, esfregando as contas coloridas entre seu polegar e indicador, sentindo a frieza do marfim enquanto Hoyun conversava com Kyumin. Quando o guarda se afastou, Nas olhou para o amigo, admirando como a seda enquadrava os ombros largos e retos; como caminhava com o peito estufado e queixo erguido usando aquelas roupas que custavam mais que sua escritura de servidão. Ao contrário dele, Hoyun nascera naquele meio, mesmo que não mais pertencesse nele. Fazia sentido, então, o amigo caminhar por aí cheio de confiança usando tecidos e acessórios caríssimos. Nas não era o mesmo.  Se sentia usando uma fantasia como os palhaços que performavam nos mercados, usando máscaras pintadas e imitando comicamente os trejeitos mesquinhos dos yangbans. Um mímico. Um impostor.  Balançou a cabeça, soltando o cordão.  “Tangerinas. Jeju é cheia de tangerinas.” Jeju, a ilha dos exilados. A conhecia bem. Todas as pessoas de seu vilarejo, cercada pelo mar, conheciam. Seu pai costumava trocar as carnes e ervas por lulas e baiacus com os pescadores, que o contavam histórias sobre como Jeju era tão diferente deles. Sobre como pessoas como eles não eram tão diferentes dos outros. “Mas é… gosto.” Disse, distraidamente, mexendo no cordão de seu dopo.   “Hoyun.” O chamou, incerto.  “Você acha mesmo que…” Franziu as sobrancelhas, levantando os olhos para encarar o amigo. “Não sei se deveríamos contar sobre ele pro Hojong.” Pensara sobre aquilo o dia inteiro. Sabia que aquela informação era valiosa, que era o que precisavam para sumirem daquele lugar. Mas não parecia certo. Nas não era o mais inteligente do grupo, sabia disso. Era os músculos, o que mantinha todos seguros. Mas não conseguia parar de pensar que havia algo errado naquilo tudo. “‘Cê não acha melhor esperar um pouco? Só até… não sei.”
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Escrevi um pouquinho mais para deixar mais visível algumas diferenças nas vozes. Vamos retormar: voz de personagem é sobre interpretação. Precisamos pensar na voz do personagem como a maneira que a gente quer que essa personagem seja interpretada. 
Como o Hoyun é alguém cujas pessoas não sabem muito, quis dar um ar mais misterioso para ele. Alguém confiante, um pouco descontraído, mas que guarda um segredo angustiante. O Nas, por outro lado, é um cara simples. 
Será que eu consegui? A verdade é que só vocês podem me dizer. 
Porque, no fim do dia, a gente não consegue controlar a interpretação que as pessoas vão ter de nossos personagens; a gente só pode apresentar elementos e tentar constituir uma cena que transpira essas percepções. Então vamos quebrar em partes:
Para o Hoyun, que cresceu entre a nobreza e serviu ao príncipe herdeiro (com quem tem um passado complicado), o fiz perceber os criados e os afazeres que ocorrem dentro de uma residência nobre. Para o Nas, que cresceu como um intocável (para aqueles que não sabem: a Coreia costumava funcionar num sistema de castas, os intocáveis era a última casta e eram compostas, entre outras coisas, por açougueiros, que viviam separados do resto da sociedade), não há qualquer razão para perceber os afazeres dos criados, ou sequer usar essa nomenclatura: distinguir as pessoas entre títulos é mais uma coisa de quem cresceu entre eles, na minha opinião. Para o Nas, que cuida da segurança de todo mundo no grupo, o mais importante eram os guardas. 
O Hoyun não consegue distinguir a comida específica que está sendo preparada, mas o Nas, filho de um açougueiro, obviamente o consegue. Além disso, enquanto Hoyun pensa na comida sem graça que comeu que, para ele, foi algo “marcante” e ruim sobre seu dia, Nas sequer se importou — somente pensou no que comeria depois. Nas cresceu com pouco, nem sempre comendo as melhores comidas; Hoyun, por outro lado, cresceu provando do melhor. 
O Hoyun não repara em como a vestimenta está, nem como ela cai em si, está acostumado a usá-las; Nas, por outro lado, fica incomodado com o simbolismo daquelas roupas, assim como o modo como elas ficam em si. 
Na lembrança de Hoyun sobre o príncipe, o monarca usa o termo “servo” em contraste com o “criado” de Hoyun. Foi uma maneira de destacar como o príncipe era arrogante; e mostrar como essa arrogância é um ponto de ressentimento de Hoyun. A conversa sobre títulos, sobre como os nobres demandam e esperam coisas — foram escolhas que fiz para mostrar que o Hoyun não se enxerga mais naquele meio, mesmo tendo crescido como um. 
Outro detalhe: Hoyun, que tem um conhecimento limitado de Jeju, usa o termo laranja enquanto Nas, que conhece muitíssimo bem sobre a ilha que é distante deles, sabe que são tangerinas a especialidade de Jeju. Eu, como quem escreve, poderia ter simplesmente deixado Hoyun dizer tangerina ou, até mesmo, bergamota. Mas… ele como personagem saber dizer não faria sentido.
Tentei, também, usar um linguajar mais simples durante o turno do Nas; para o Hoyun, contudo, fui um pouco mais metódico. 
São escolhas sutis. Mas cada coisa que escrevemos importa.
Lembre-se: a voz da personagem não é somente como ela fala. O que notamos ou não em um cômodo ou lugar, quais falas ou objetos nos remetem ao quê, nossas habilidades… tudo está relacionado com quem somos, nossa personalidade, nossa voz.
Se me colocarem num quarto cheio de itens de futebol, fotografias de jogadores e similares, só iria saber reconhecer os jogadores de +10 anos atrás — e, claro, saber o que é uma bola e um gol. Não gosto de futebol. O meu conhecimento é de quando minha mãe era ligadona nos times, e ficava me falando bastante do Kaká (eu tinha uma crush nele), Pato, Ronaldinho… enfim. Então, se eu fosse descrever um cômodo cheio de itens de futebol, sairia algo assim: 
“O cômodo estava cheio de retratos expondo os rostos sorridentes de jogadores os quais não reconhecia. João me disse que as decorações, exclusivas em azul e branco, eram a representação do time o qual aquele estádio pertencia, o qual também não sabia o nome; alguma coisa com G? Ou talvez um F.” 
Vamos ver o segundo exemplo. Dessa vez serão mais curtos, com mais dinamismo:
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EXEMPLO #002
Young, antes de sua mãe abrir um restaurante no pequeno vilarejo em que moravam, eram criados de uma família proeminente da região. Cresceu como qualquer outra criança pobre, servindo as vontades de seus senhores; e quando sua mãe adoeceu e faleceu, poucos anos após abrir o restaurante, se juntou a uma trupe.
Sang, o filho bastardo de um Lorde, o garoto cresceu numa casa de gisaengs — profissão que, em sua adolescência, foi obrigado a exercer. Atualmente, contudo, convive com o bando de mercenários que o salvaram de sua situação.
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Com um longo e alto suspiro, Young esticou os braços acima da cabeça. “Que tédio! Não aguento mais esperar.” Fungou. Apoiou os cotovelos no peitoral de madeira da enorme janela atrás de si, deitando a cabeça para trás. A vista de ponta cabeça era tão entediante quanto a normal. “Se eu fosse um nobre, plantaria várias azaleias no meu jardim. As roxas.” Juntou os lábios num bico, então, deixou a cabeça cair de volta para frente, olhando Sang do outro lado do cômodo. “Não vejo graça nessas plantinhas de lago.” 
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Fazendo uma breve reverência, Sang ofereceu um sorriso para a atendente ao deslizar a porta do cubículo no restaurante onde aguardavam por seus amigos. A mocinha deu uma breve olhada para Young atrás de si, mas retornou a olhá-lo quando, gentilmente, colocou as mãos sobre as dela. “Muito obrigado.” Disse pegando a bandeja das mãos delicadas dela, ignorando as reclamações e barulhos de Young — as bochechas dela enrubesceram e ela rapidamente fez uma reverência, permanecendo com a testa colada ao chão até Sang retornar a fechar a porta de hanji.  “Chū yū ní ér bù rǎn.” Recitou em mandarim conforme colocava a bandeja sobre a mesa, se recordando do ditado que aprendera anos antes. “São flores de lótus.” Prosseguiu a se sentar ao lado de Young, ajustando seu dopo para cair sobre seus joelhos em vez de dobrar sobre seu colo. “Eu gosto delas.”
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Quando as bochechas da atendente avermelharam, Young revirou os olhos, divertido. “Sempre o charmoso e irresistível.” Sorriu, enchendo o saco do amigo. “Me diga, Sang-ah. É difícil ser bonito assim? Hum? Constantemente cercado de garotas que não conseguem esconder a vergonha quando você as toca tão gentilmente.” Com as palavras, deslizou um dedo pelo braço de outrem, parando um pouco antes de atingir a manga do magnífico dopo de seda rosa. Então, o deu um leve peteleco no nariz. “Só lembre que não vou ajudar a cuidar de nenhum bebê.”  Levantou as sobrancelhas com as palavras dele. “Que porra você acabou de me chamar?” O deu um cutucão com o joelho, fingindo estar ofendido. “Yah, Sang. Você acha que pode me xingar em outra língua só porque eu não entendo?” Desencostando da parede, o mostrou a língua. “Acabo com você.” Murmurou com um bico. Young se encostou em Sang, apoiando seu peso contra o braço dele para poder olhar os doces que estavam na bandeja.   
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Tentou fingir que não estava prestando atenção no que Young dizia, se atentando a encher as xícaras com chá e dispondo os pratinhos com biscoitos e doces caramelizados de pêssego sobre a mesa. Se encolheu inteiro com os arrepios que lhe subiram o corpo com o toque do amigo. “Não vai mesmo, porque não vai ter nenhum bebê.” Revirou os olhos, bem-humorado, empurrando-o para longe de si.  Mordeu a língua, segurando o riso. “Crescer da lama imaculado. É um ditado, Young-ah.” Disse a última parte com o tom de quem consola uma criança, o canto de seus lábios se alargando num sorriso. “Lotus florescem na lama e continuam brancas, por isso representam nobreza. Resiliência. Pureza.” Explicou, balançando a cabeça positivamente para dar ênfase às palavras.  Você é tão bonito quanto essas flores, Sang. As palavras do general ressoaram em sua mente, e seus dedos tremeram vagamente com o fantasma do toque dele em sua nuca. “Por que azaleias?” Se apressou a perguntar, espantando as memórias. “Digo, são lindas. E bem perfumadas. Mas parece uma escolha específica.” 
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“Não sei, parecem caros.” Disse, dando de ombros. A madame Kim sempre usava roxo. Young se recordava de como o hanbok da mulher brilhava quando a luz do sol se debruçava sobre ele.  Quando finalmente quitaram o contrato de servitude e deixaram a residência dos Kim, um pouco após abrirem o restaurante, sua mãe comprara um tecido naquela mesma cor de azaleia. Não era tão brilhante quanto o da madame (o tecido não era o mesmo, ou algo assim), mas, em sua opinião, o sorriso da mãe quando o usava a deixava muito mais vezes mais radiante que madame Kim. Pegou um dos docinhos e enfiou na boca, murmurando um hmm com o sabor adocicado do recheio. “Porra, isso é muito bom.” 
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Dessa vez, meu foco estava em criar um constraste entre Young e Sang:
O primeiro, que cresceu pobre e como um criado, é muito mais despojado e solto. É afeituoso e gosta de brincar com seu amigo, não possuindo problema nenhum em cosntantemente tocá-lo. Também é simples, e gosta das coisas meramente porque elas o lembram outras — queria mostrar uma imagem de alguém que é carinhoso, um pouco bricalhão.
O segundo, que cresceu numa casa de gisaengs (cortesãs) e atuou como um por anos, é muito mais contido e refinado. Sang sabe mandarim, a língua dos nobres e grandes homens de Joseon; quais os tipos de doces que estão os sendo servidos. Ele, também, naturalmente começa a servi-los e é sensível ao contato constante de seu amigo — meu intuíto era mostrar alguém mais delicado e educado.
Novamente, somente vocês podem me dizer o quão efetivo foi. As características estão inscritas ali em diferentes maneiras. Talvez, se tivesse mais tempo para elaborar e escrever mais e mais "respostas" desses turnos, talvez conseguisse ir adicionando mais detalhes e pegando o jeito de cada um: porque, de verdade, não existe fórmula mágica para imediatamente termos a voz de uma personagem. Nós a desenvolvemos com o tempo, de pouquinho em pouquinho, a cada nova vez que escrevemos como ela.
Por isso precisamos ter uma boa noção de quem nossas personagem são e usarmos o turno inteiro para montar sua personalidade, sua voz. Somente assim seremos capazes de efetivamente interpretá-las — e, consequentemente, tê-las sendo interpretadas da maneira de queremos.
RESUMINDO…
A verdade é que não há uma fórmula para fazermos a voz da personagem. Entretanto, como vimos, há algumas coisas que podemos nos atentar quando as escrevemos para dar uma ajudada a compor a voz dela.
(1) Dê uma característica chave para sua personagem.
Sang, por exemplo, é um gisaeng.
Gisaengs passavam por treinamentos e, num geral, viviam vidas muito diferentes dos outros cidadãos de Joseon. Apesar de serem da casta dos intocáveis, as mais populares eram tratadas muito bem pelos nobres e viviam confortavelmente.
Sendo assim, há muitas características que posso atribuir a Sang para destacar sua voz e seu desenvolvimento: ele sabe outros idiomas, teve acesso a educação (coisa que só os nobres tinham), sabe sobre o comércio, como servir, dançar e cantar etc. Além disso, é o filho bastardo de um nobre, o que também adiciona uma outra camada que pode ser explorada e definidora da personalidade ele.
(2) Explore essa característica.
Obviamente, não dá para mostrar absolutamente tudo num único turno e, por isso, precisamos ir de pouquinho em pouquinho, sempre prestando atenção em nossos turnos e no que colocamos ou não neles.
Perceba que, em vez de tentar dizer que o Young é despojado, simplesmente acrescentei ações que mostram que ele é despojado. Ele não segue uma etiqueta, está sentado de qualquer jeito, botando defeito nas coisas dos outros etc.
Voz de personagem está muito próxima do conceito de mostrar não dizer, mas não vou me aprofundar sobre isso nesse guia porque é algo muito complicado e delicado (quem sabe num futuro). Mas o importante a se atentar é: nós precisamos botar em nossos turnos o que dizemos sobre a personagem. Se eu quero o Young seja despojado, então ele precisa agir dessa maneira através das ações dele — e isso vai, consequentemente, montando a personalidade / voz dele.
(3) Adicione ações que marcam a personalidade.
Adicionar maneirismos e comportamentos é uma parte muito importante. Muitas vezes acabamos adicionando um monte de coisa em nossos turnos que mostram os pensamentos e sentimentos das nossas personagens… mas nada que mostre como eles se comportam ou como são. E isso é um erro.
Lembrem-se: personagens tem corpo. Dentro do turno são criaturas vivas e, por isso, tem manias e trejeitos.
Gaguejar, colocar as mãos nos bolsos, suspirar, bufar, falar baixo, gritar, olhar nos olhos da outra pessoa, brincar com a barra da camisa, usar gírias, usar palavras mais sofisticadas… tudo isso são pequenos detalhes que fazem a diferença na caracterização / voz da personagem. Explore esses detalhes! Dê coisas diferentes para seus personagens!
Quer saber, vamos brincar novamente!
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EXEMPLO #003
Se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. "Boa sorte." Disse.
Acabei de inventar esse trecho para que possamos mexer nele um pouco — propositalmente o deixei sem nenhuma marca para que possamos brincar bastante! Já aprendemos que voz não é somente diálogo, e por isso vamos mexer nela adicionando mais corporalidade. Vou tentar adaptá-la para alguns dos personagens que usei nesse guia:
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Abaixando seu gat, Hoyun se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. Estivera observando a comoção há alguns minutos, mas esperara os guardas reais se afastarem antes de se juntar aos curiosos a lerem o anúncio fixado — as chances de serem algum dos oficiais que conheciam seu rosto era grande, e preferia evitar encrencas depois do almoço. Não fazia bem para a digestão. Deu uma última olhada ao redor, se certificando que ninguém do palácio estava por perto. Não precisou se aproximar muito para conseguir ler, o decreto oficial pintado em grandes letras nos dois idiomas da nação — o que o levou a levantar uma sobrancelha. Anúncios reais sempre vinham em desenhos para a população geral, analfabeta, pudesse compreendê-los; eram raros aqueles que vinham escritos e, principalmente, na língua dos eruditos e nobres que, como todos sabiam, estavam acima da lei. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. Os cantos de seu lábio se alargaram num sorriso, e Hoyun não conseguiu segurar um bufo debochado. "Boa sorte." Disse baixinho por entre seu riso, os olhos fixos no nome de Joong. "Estarei ansiosamente esperando por você, ó vossa majestade." Fez uma breve reverência com a cabeça, se virando em seus tornozelos para se retirar do meio da multidão. Juntou as mãos atrás das costas, caminhando pela rua principal com o sorriso ainda em seus lábios. Então era assim que o homem queria brincar. Apesar de toda a oficialidade do decreto, não era nada além de uma ameaça, um aviso. Joong estava procurando por ele — e Hoyun se certificaria de ficar em um lugar onde pudesse encontrá-lo.
EXPLICAÇÃO | Como pré-estabelecido, o Hoyun tem um passado com o Rei. É uma relação complicada, os famosos amigos que se tornam inimigos jurados. Para ele, a situação é um desafio. Além disso, Hoyun é um mercenário confiante em suas habilidades, o ponto, então, é escrever de uma maneira que exponha como tudo é cínico para ele. E, novamente, o uso de certos termos (como analfabeta) para expor que ele um dia já foi parte dos nobres, e ainda tem uma visão marcada por tal: eu, como autor, preferia ter escrito 'desprovida de educação' mas usar o termo analfabeto soou algo muito mais mesquinho e mais em conta com alguém que tem o passado dele.
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Nas não se considerava alguém curioso, mas se aproximou da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. Estava a caminho de comprar alguns tanghulus, mas a situação chamou sua atenção. Se enfiou por entre as pessoas, ficando na ponta dos pés para tentar enxergar melhor. Para sua surpresa, porém, em vez dos desenhos detalhados, o papel estava lotado de grandes letras. Sang estivera tentando ensiná-lo a ler, mas as formas ainda eram muito confusas para ele. Assim, cutucou uma das pessoas em sua frente, que afobadamente dava opiniões sobre o escrito. "Hey, uh, você pode me dizer o que está escrito?" Gesticulou com o queixo para o papel amarelado. "O que é que 'tá todo mundo querendo saber?" Limpando a garganta, o homem leu em voz alta: O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. "Oh." Coçou a nuca com a mão, olhando para o papel. Então o rei estava buscando informações sobre eles? Interessante. Ora, se precisava pendurar um decreto, das duas uma: ou estava desesperado ou aquilo era uma mensagem. Mas o palácio e a agência de investigação eram arrogantes demais para admitir que precisavam de ajuda e pendurar um decreto na praça principal em busca de informações, de uma maneira que somente quem soubesse ler conseguiria entender… é, aquilo era uma mensagem. Afinal, seus patrocinadores e clientes eram apenas nobres, não havia motivo para desenharem para a compreensão geral. Tinham um alvo para aquelas palavras. Balançou a cabeça, rindo baixinho. "Boa sorte." Duvidava que alguém fosse abrir a boca, especialmente para os homens do rei. Talvez devesse ficar preocupado, afinal, o monarca nunca parecera se importar com as ações deles, não dessa maneira. Mesmo que, no passado, tivessem tido alguns conflitos muito mais diretos. Levou a mão para a lapela de seu dopo, onde sua adaga estava escondida: se viessem atrás dele, Nas os mostraria do que era feito.
EXPLICAÇÃO | Nas pode não ser o cérebro do grupinho, como ele mesmo disse antes, mas ele é o lado tático, não é burro e sabe fazer suas associações: obviamente, compreenderia de primeira que é uma ameaça! Não há cinismo aqui, apenas as observações de um homem confiante e simplista.
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"Yah, o que é aquilo?" Apontou para a praça, tentando afastar a atenção do senhor Shim do livro de contas. Eu acho que a guarda pregou um anúncio. O homem explicou, se afastando do balcão para olhar na direção onde havia apontado. Young rapidamente enfiou o objeto no bolso. Iria devolvê-lo em breve, somente precisava alterar algumas coisinhas em seu nome. "Vamos lá ver, então!" Juntos, se aproximaram da multidão que se aglomerava em volta do mural da praça. O Rei Joong oferece uma recompensa para qualquer um que o entregar informações que levem a prisão do grupo de forasteiros acusados de roubar a propriedade da Rainhã Mãe. Young juntou as sobrancelhas, abaixando a cabeça enquanto pensava. Sabia que tinham feito um trabalho impecável… não havia como o rei ter descoberto em dois dias que haviam roubado as escrituras. Não, alguém abriu a boca sobre algo. Mordeu o lábio inferior, as mãos se fechando em punhos enquanto repassava os detalhes das últimas noites em sua cabeça. Hojong? Não, ele não falaria nada… seria o mais prejudicado de todos. Mas as cópias eram perfeitas, não havia como o rei saber. 'Ora, pois se estamos falando de recompensa, eu tenho uma informação!'. A voz aguda do senhor Shim chamou sua atenção, quebrando seus pensamentos ao meio. Young levantou a cabeça para olhá-lo atrás de si, deixando um sorriso aparecer no canto de sua boca. "Boa sorte!" Disse, dando um tapinha no ombro do dono do restaurante. "Não se esqueça dos pobres pilantras que enchiam seu bolso quando ficar rico, hein! Há." Deu uma gargalhada e o senhor Shim o acompanhou, dizendo repetidamente 'claro claro' conforme se separavam da multidão de volta a entrada do restaurante. Que tentem. Pensou, colocando a mão sobre o peito, onde a pistola estava escondida debaixo de seu dopo. Não eram um grupo de bandidinhos qualquer — se o rei pensava que podia capturá-los, estava terrivelmente enganado. "Mas, sabe, hein. Parece perigoso… e se você conseguir informações e eles te capturarem?" Arqueou as sobrancelhas, passando o braço por volta do ombro do homem. "Aconteceu com um amigo meu uma vez! Ele foi dar informações e…" Gesticulou na frente do pescoço, imitando uma faca. O homem fez uma expressão de espanto e, então, cuspiu no chão, espantando os mau agouros. "Pois é… eu teria cuidado. Mas viu, e se eu pagassa amanhã a minha conta?"
EXPLICAÇÃO | O Young é um pilantrinha, não tenho mais o que dizer. Ele é o ladrãozinho do grupo e foi o responsável pelo roubo. Apesar de sua aparência toda brincalhona, lá no fundo, ele tem muitas dúvidas sobre si e tem medo de desapontar seus amigos — ou, pior, ser a razão pela qual eles sejam pegos: por isso, a primeira reação dele é a dúvida.
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E aí? Deu para notar algumas diferenças entre as versões de cada um? Como eu disse, só vocês podem me dizer se eu consegui dar personalidade para cada um deles: vocês são os leitores, meu público, as pessoas que estão consumindo o que estou escrevendo. Eu só posso tentar.
Mas espero que entandam que o importante é que você encontre a sua própria maneira de adicionar voz aos personagens, se baseando nessas dicas (e em outras que você encontrar sobre o assunto!)
Acho que isso é tudo que posso oferecer por hoje!
A verdade é que voz de personagem é um conceito mais complexo do que parece: ele realmente exige muito mais de nós como escritores ou jogadores. Mas é uma coisa muito divertida de explorar!
E, honestamente, enquanto elaborava esse guia, percebi que há muitas outras coisas que posso tentar explicar para compreender melhor o conceito e, também, sobre a criação de personagem. Se houver interesse, os farei quando possuir tempo novamente!
Sem mais delongas,
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grandvhs · 1 year
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Como escrever com bloqueio criativo?
Sabemos que não é fácil escrever quando se tem bloqueio criativo e, muitas vezes, quando escrevemos, nada parece ser suficiente ou não condiz com aquilo que realmente queremos. Por isso, venho com essas dicas baseadas em minhas experiências!
Sempre tenha uma playlist sobre o gênero que deseja escrever. Se quer escrever algo dramático, então junte suas músicas tristes favoritas ou, se quiser, encontre mais delas. A música pode muito bem ajudar e até dar mais inspiração para o ouvinte. Por isso, recomendo que escreva um rascunho (independente do número de palavras ou parágrafos) se baseando naquela playlist. Vá fazendo isso no seu tempo.
Tanto o Pinterest quanto o Tumblr também pode te ajudar, sabia? Caso não saiba o que ou como escrever, você pode procurar por prompts, outras dicas e, quem sabe, fazer uma pasta especificamente sobre escrita. Por exemplo, uma pasta no Pinterest apenas com palavras desconhecidas que você nunca ouviu na vida. Por outro lado, o Tumblr pode te ajudar a como achar nomes para seus personagens, como descrevê-los e também lhe dar uma masterlist sobre segredos obscuros, se é o que deseja.
Não tenha medo! Todos nós buscamos a perfeição e até mesmo nos comparamos com outros escritores, incluindo os famosos. Vou te dizer uma coisa que vai ficar apenas entre nós, tá? Eu aposto que maioria dos escritores, senão todos, também passaram ou passam pelo mesmo problema que você. Aposto que muito deles também se questionaram se escrever daria algum lucro, daria fama ou se eles iriam conseguir escrever um livro inteiro completamente autoral. Não se preocupe com isso. Ninguém nasce sabendo de certas coisas, pelo contrário, nós aprendemos e, com o tempo, aperfeiçoamos nossas habilidades. Algo que pode ser apenas um hobby para você, no futuro poderá ser sua profissão. Nunca se esqueça disso!
Escreva sobre suas coisas favoritas. Independente se for série, filme, jogo, anime ou qualquer outra coisa. Se você acha que dois personagens seriam um ótimo casal junto, então faça isso acontecer! Escreva uma história sobre eles se conhecendo no bar e em seguida se apaixonando um pelo outro, como se fossem verdadeiras almas gêmeas. Deixe sua criatividade rolar, amigue! Você não precisa ter um vocabulário perfeito para escrever, muito menos precisa ser um Machado de Assis na vida.
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imninahchan · 8 months
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nina, que dica daria para uma pessoa que vai começar a escrever e quer aprimorar na escrita?
Escreva aquilo que você está com vontade e quando estiver com vontade. Não estabeleça uma meta, nem nada, se você gosta de escrever vai realizar o processo de escrita mais fácil se se cobrar menos. A gente nunca vai agradar tudo e todos com a nossa escrita, mas o autor é quem mais precisa estar contente com seu conteúdo.
Se você fala de uma parte mais técnica, é bom ler muito. Leia gêneros que você não costuma ler e seja crítico quanto ao que estiver lendo (e eu não tô falando exclusivamentede clássicos, não, as fanfics também são válidas, atépq os "clássicos" refletem uma épocaque não existe mais, e você não vive naquela época). Observe as palavras que compõe os parágrafos daquele autor, observe os diálogos, como as descrições são feitas, pense no que você faria diferente. Leia muito sobre o assunto ou o tipo de personagem ou cenário que você quer pro seu texto. ortografia e outras regras gramaticais você procura depois, enquanto estiver escrevendo e esquecer onde botar uma vírgula.
Quando você estiver no clima, tente alguns desafios. Tipo, esse texto vai ter que ter só vinte palavras, ou só palavras com a letra r, ou só diálogos. Produza bastante, conforme a sua criatividade mandar, e produza sempre quando estiver de bom humor, porque, como leitora, a gnt percebe muito bem quando o autor está de bom humor ou a maneira que ele interpreta o mundo pela forma que ele escreve.
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delirantesko · 5 months
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Pequeno guia para poesia rimada (texto, poesia, escrevendo, 2024)
Como eu já disse anteriormente
Não costumo postar imagens
Mas nesse caso especialmente
Não vejo problema nessa postagem
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Se rimar é algo que você tem dificuldade
Um dicionário de rimas é o que recomendo
Palavras com finalizações rimadas são sua especialidade
Mesmo que eu não use as dicas não me arrependo
(As vezes encontro o que precisava, só consultando minha mente, a rima que faltava, ali no meu inconsciente).
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A próxima dica que ofereço
É o bom e velho papel e lápis
Rabiscar assim é um bom começo
Na verdade tanto faz papel ou WhatsApp
O que importa aqui, realmente
É o brainstorm de uma só mente
É você e suas ideias simplesmente
A inspiração então é consequente
Outra indicação que quero compartilhar
Algo que vai lhe ajudar bastante
Ler muito, todos os dias sem parar
Dá um vocabulário cada vez mais abundante
Quanto mais palavras são conhecidas
Maior sua maestria quando escreve
Sua obra assim cada vez mais enriquecida
Poderosos sentimentos ela descreve!
Eu poderia ainda recomendar
Um texto belo me foi ensinado
Evitar a mesma palavra mais de uma vez usar
Para isso servem sinônimos, palavras com mesmo significado
Não se apegue as primeiras rimas que chegar
Mude, jogue fora, até uma linha inteira
Poemas são quebra cabeças pra montar
Não tenha medo, é como uma brincadeira
Mas o que vou escrever afinal?
Ora, toda emoção é combustível
Cada sensação, do começo ao final
Não importa se grandiosa ou banal
Pode ser incrível, sensível ou terrível
Um poema triste ou um conto sensual
Sempre haverá pelo menos um leitor receptivel
O que você está esperando pra começar a escrever agora?
O nome do livro é "Dicionário de Rimas", Sérgio Barcellos Ximenes seu autor.
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anyyzz · 1 year
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Como nomear capítulos:
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O título que damos aos nossos capítulos é de extrema importância para atrair novos leitores, um bom nome cativa os leitores e os instiga a ler.
Sabendo disso, trouxe um post para ajudá-los neste quesito.
Não existe uma regra para isso, porém existem alguns caminhos que podem facilitar esse processo, e um deles é nomear o capítulo após escrevê-lo, pode parecer óbvio, mas, na verdade, alguns escritores ignoram isso e precisam "quebrar a cabeça" para encaixar o enredo dentro daquele título.
Pois sabemos, que é muito mais fácil nomear tal capítulo já sabendo exatamente o que acontece.
Uma dica que também acho interessante pontuar, é utilizar músicas, trechos de poesias, ou algum nome interessante que viu por aí, tudo isso poder ser ideia.
Eu recomendo que você autor, tenha uma pasta com tudo isso, trecho de uma música ou poesias que lhe inspira, nomes legais, algo que pensou do nada… você pode nem usá-las, mas algum momento será útil.
É como eu disse, tudo pode ser uma boa ideia, basta aprimorá-la.
Espero mesmo tê-los ajudado de alguma forma, aguardo vocês no próximo post.
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s-e-ja-m-o-r · 2 years
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EU PUBLIQUEI UM LIVRO 💗
Minha vida é movida por sonhos. Publicar um livro, há muito tempo, foi um deles. Não sei descrever a sensação de euforia que sinto ao anunciar aqui que eu publiquei meu primeiro livro (e na Amazon!!!!). Meus poemas agora eternizados em forma de e-book 💖
Comemore as pequenas conquistas ✨
Obrigada família por apoiarem do início ao fim todas minhas ideias. Obrigada meus seguidores do Tumblr que me permitiram sonhar. Obrigada meus amigos e quem me acompanha desde o início. E, obviamente, obrigada a todos que me fizeram viver sentimentos dignos de torná-los em palavras.
Abaixo estão os links para quem quiser adquirir meu livrinho!!! O e-book pela Amazon e o livro físico pela Editora UICLAP!!!! Você pode escolher qual formato você prefere (ou você pode ter os dois 😍)
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translatingtradutor · 1 month
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[Dicas] [Brasil] Como entrar no mercado de TI como pessoa transgênero?
Autor: translatingTradutor
Pergunta de: u/Ritgo_
Discussão original:
Moro numa cidade pequena e conservadora. Iniciei minha transição a pouco tempo e desde então não tem sido fácil conseguir emprego, não sei se seja esse o real motivo mas estou a alguns meses procurando sem conseguir nada além de bicos curtos as vezes. Não tenho condições de me mudar de cidade e não quero destransicionar porem tenho dividas a pagar, portanto preciso urgentemente de um emprego. A única solução que pensei foi tentar conseguir algum cargo remoto. Voltei a estudar programação porem estou completamente perdida de como conseguir um trabalho na área e as prioridades do que estudar para conseguir algo o mais rápido possível. Sei que muitas pessoas trans seguem essa carreira por ser mais segura para elas e estou pensando em seguir também por isso estou pedindo ajuda de alguém mais experiente que possa me ajudar com informações ou que possa me oferecer alguma vaga nem que seja de estágio. Estou disposta a passar o dia e noite estudando para aprender e desenvolver habilidades que ainda não tenho e em um estágio seria uma boa oportunidade pra mim poder aprender de forma prática enquanto faço oque é necessário. Se alguém tiver alguma sugestão do que fazer também ficarei muito grata, tudo que eu quero é poder sobreviver sem deixar de ser eu, já não sei mais oque fazer.
Eu botei algumas informações no meu último post sobre sair de casa e ganhar emprego. Recomendo ir lá para ver algumas dicas principais. Mesmo assim, vão aqui algumas especificas para teu caso:
Fórum de empregos reservados para pessoas trans: https://www.transempregos.com.br/
Alguns cursos com certificados gratuitos para botar no currículo de coisas relevantes como Excel e Office: https://www.ev.org.br/
Esses são para você tentar arruma rum emprego logo. Sendo sincero, você não vai encontrar nada em TI num estágio muito inicial de programação e nenhum grau técnico ou curso, especialmente em uma cidade menor. TI vai ter que ser um troço que você vai querer desenvolver por uns meses, se você já não tem. A verdade é que no estágio eles vão te perguntar oque você sabe e as chances são que tem alguém que já sabe ao invés de você. Infelizmente os recrutadores costumam pencas de aplicaçõs dizendo que podem aprender (isso no bem inicio mesmo, com tecnologia mais especificas até ocorre mas é porque já tem muitos outros conhecimentos no prato da pessoa para destacar ela), e famosamente no campo a pessoa é contratada e não corre atras depois. Então eles evitam mesmo que diga o contrario.
Não leve a mal, é verdade que não é preciso de curso para ter um emprego em TI e não é o principal que os empregadores olham. Mas se você tiver um nível muito básico de programação, é a mesma coisa que não estar mostrando nada para eles que valha empregar. Oque você pode acabar achando mais é um trabalho que foque em manutenção de computadores de uma empresa desse jeito.
Agora, se você realmente quiser um emprego na área de TI:
Arrume um portfolio. Tipo um github. Aprenda a usar github e bote todos os exercícios de programação que fizer lá com o código fonte da solução. Crie pequenos projetos e coloque eles no seu github também. Em qualquer aplicação de TI bote o link para seu github no currículo. Pequenos projetos como uma aplicação que faz seu orçamento do mês de acordo com inputs, pequenos sites que sejam tipo blogs, o próprio github deixa você hostear um pequeno site na plataforma para propositos de demonstrar suas habilidades.
C, C++, Python e Java são as linguagens mais usadas hoje em dia. No fim aprender programação nem é tanto sobre a linguagem, mas tenta começar com uma dessas. Já programação web de sites Javascript domina, para sites precisa saber HTML também, mas isso não precisa se não for para site.
Algumas aulas de TI gratuitas para pessoas trans em português: https://educatransforma.com.br
Mesma coisa mas habilidades variadas sobre arranjar um emprego em TI, inglês: https://transtechsocial.org/programs/grow/
Bootcamp em SP e RJ com preferencia a minorias: https://www.instagram.com/generationbrasil
Existem aulas online gratuitas também. Se você sabe inglês, a ONG Trans Academy tem dado aulas de programação Python para pessoas trans online via audio de Discord e VRchat (tem versão para Android e para computador mas não precisa entrar para participar) e a próxima começa em novembro. Eles corrigem exercícios e dúvidas. Site deles: https://www.transacademy.org/ . E tem vídeos também para você ter uma ideia das aulas: https://m.youtube.com/playlist?list=PL4dUgckgoKuruPlIxIc_W_24QQhhwTvi3
Se você não sabe inglês, vai ir aprender. Pode parecer rude, mas os fatos são que quase todo mundo na área sabe inglês e pesquisar como programar algo específico acaba tendo que ser em inglês porque é onde tem mais recurso. O empregador sempre vai preferir alguém com inglês do que alguém que só tem português. Até a própria programação funciona em inglês, os comandos são todos em inglês.
De resto se você tiver um nivel bom de programação a ideia é diferente. Existem diversas áreas de especialização que dá para acabar. Pesquisa um pouquinho que cada uma tem coisa diferente.
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Nota:
Apesar do inglês básico ser o suficiente para programar a lingua, não é para pesquisar as verdadeiras questões mais complicadas. Todas as soluções de problemas hiper-específicos são em inglês. Elas vão estar em threads hiper-obscuros de programação e fóruns. Além disso, é um diferencial enorme na contratação visto que praticamente toda aplicação vai ter. Nunca trabalhei em um lugar de desenvolvimento que tivesse mais que 1 programador que não falasse inglês. Talvez sua experiência seja diferente, mas a minha é assim. Apesar de que na questão de suporte de TI básico tipo concertar computador já é outra coisa.
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inutilidadeaflorada · 3 months
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Tem dicas para escritores iniciantes?
Depende do que você almeja. Geralmente, tudo está aliado a leitura e prática. Sempre ler autores clássicos para conhecer e estudar, mas sem deixar de lado os contemporâneos. Saber o que ta sendo produzido no seu país. Conhecer outras formas de arte, adaptar teorias no universo das coisas que você escreve. Principalmente conhecer autores independentes. Creio que seja fundamental esse último pela forma que o mercado brasileiro está hoje. Conhecer com alguns autores pra ter uma perspectiva. Ler gêneros que gosta de autores de outros países também é ótimo, te ajuda muito na perspectiva de ideias e te dá uma bagagem literária maior. Mas é claro, tudo isso também pesa de quanto tempo você tem pra se dedicar a escrever, ler ou ter dinheiro pra comprar livros e apoiar o cenário.
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teceladashistorias · 2 years
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Categorias e Gêneros: Como classificar minha história?
As narrativas são diversas, já que cada mente funciona e escreve de forma única. No entanto, como posso facilitar o leitor a encontrar minha história? Como ele pode saber que tipo de livro eu escrevi e dar uma prévia do tema para saber se irá gostar ou não? É para isso que existem as categorias e os gêneros. Você pode escrever um romance mais voltado para o drama, ou uma história de terror com pitadas de comédia. A questão é que muitos autores iniciantes se perdem na hora de classificar a própria história, o que pode frustrar seus leitores, já que é uma das primeiras propagandas a se fazer do enredo.
De modo simples, tentarei mostrar aqui algumas diversidades que existem na hora de rotular sua história. É importante lembrar que a classificação em um gênero não necessariamente significa a exclusão dos outros e, por isso, uma mesma obra pode receber diversas classificações. Você pode definir uma categoria principal para seu enredo, e depois suas subcategorias.
Gêneros textuais: Estruturas a partir das quais os textos são formados
Romance
Gênero narrativo da prosa literária no qual há um maior detalhamento e encadeamento de ações, além da possibilidade de estarem presentes diversos personagens. Constitui a maioria das obras literárias longas. Não confundir com a classificação Romance utilizada para histórias de conteúdo amoroso.
Tipos de estrutura romântica:
Romance Biográfico
É um gênero de romance que fornece uma história da vida de uma pessoa. Difere da Biografia por trazer o desenvolvimento de uma história com ações e personagens por meio de uma narrativa e diálogos, e do Romance Histórico por trazer personagens geralmente verídicas. Ou seja, personagens em um romance histórico podem ser fabricados e, em seguida, colocados em um ambiente autêntico; personagens de um romance biográfico realmente viveram.
Romance Epistolar
Narrativa fictícia desenvolvida por meio da troca de cartas, bilhetes, emails, etc.
Exemplos famosos:
Pamela (1740), de Samuel Richardson
As Ligações Perigosas (1782), de Choderlos de Laclos
The Tenant of Wildfell Hall (1848), de Anne Brontë
Dracula (1897), de Bram Stoker
Carrie, A Estranha (1974), de Stephen King
A Cor Púrpura (1982), de Alice Walker
A Caixa Preta (1987), de Amos Oz
As Vantagens de Ser Invisível (1999), de Stephen Chbosky
Lucíola (1959) , de JosÉ de Alencar
Romance Histórico
É um gênero literário em que a narrativa ficcional se relaciona com fatos históricos embora as personagens sejam fictícias. Pode ou não trazer conteúdo amoroso em seu enredo, e é uma classificação diferente da do Romance de Época (em gêneros literários) por ter um foco maior no contexto e nos fatos históricos retratados.
Romance Psicológico
Gênero literário que se volta menos aos condicionantes exteriores do meio ambiente social e cultural e, mais, aos motivos íntimos das escolhas e ações humanas, no fluxo de afetos e memórias do inconsciente para o consciente, determinando comportamentos. Os pensamentos das personagens são material fundamental para o desenrolar das estórias.
Alguns exemplos conhecidos:
Crime e Castigo, de Dotoievski
Dom Casmurro, Machado de Assis
Perto do coração selvagem, de Clarisse Lispector
Drama (Teatro)
O gênero dramático designa os textos literários feitos para serem representados no palco. “Forma narrativa em que se figura ou imita a ação direta dos indivíduos.”
Características do gênero dramático:
Texto em forma de diálogos;
Dividido em atos e cenas;
Presença das rubricas — descrições do espaço e/ou da situação antes de cada ato;
Sequência da ação dramática geralmente constituída de exposição, conflito, complicação, clímax, desfecho.
Novela 
Narração em prosa de extensão intermediária ao romance e ao conto que acompanha a trajetória de um único personagem. A confusão na hora de classificar um texto como novela acontece porque existem pontos de encontro entre a novela, o conto e o romance. Superficialmente falando, podemos dizer que a novela é uma narração em prosa menor que o romance e maior que o conto.
Conto
narrativa breve e concisa, contendo um só conflito, uma única ação, unidade de tempo, e número restrito de personagens. Narração em prosa mais curta que o romance e a novela, geralmente finalizada em seu clímax.
Crônica 
“Narração curta, produzida essencialmente para ser veiculada na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um jornal ou mesmo na rádio. Possui assim uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o leem.”
Ensaio 
“Texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema.” Apresenta características próprias em que destaca-se a opinião do autor no texto por meio de argumentações. Assim, no ensaio é permitido expor o ponto de vista sobre determinado assunto.
Poesia 
Composição textual em versos, metrificados ou livres, geralmente associado à sonoridade e figuras de linguagem, podendo ou não ser de caráter subjetivo.
Carta 
Meio de comunicação escrita que segue uma estrutura mais rígida que um bilhete, ainda que simplificada em comparação a outros meios de comunicação escrita. Normalmente compõe-se de local, data, destinatário, saudação, corpo, despedida e assinatura.
Atenção: não confundir com Romance Epistolar.
Mais sobre gêneros textuais:
Os gêneros textuais são grupos de textos organizados de acordo com suas peculiaridades, o que envolve os assuntos, papel dos interlocutores e sua situação, tendo funções sociais próprias.
Os principais gêneros textuais utilizados em situação acadêmica no Brasil são:
Propagandístico: É composto por textos que podem passar a intenção de venda, como os anúncios e as propagandas.
Dissertativo: Deve seguir algumas diretrizes, como utilizar dados, fatos, notícias e exemplos para expor sua opinião e defender seu ponto de vista, de maneira impessoal, por meio de argumentos.
Narrativo: Aquele que conta uma história por meio de um narrador.
Injuntivo: Composto por textos de instrução. Utilizam verbos no imperativo e uma linguagem mais técnica e objetiva. 
Artístico: linguagem livre, simbólica e plurissignificativa, produzindo reflexões ao leitor, levando-o à catarse. O poema e as manifestações artísticas, como séries e filmes, fazem parte do gênero artístico.
Jornalístico: O gênero jornalístico é aquele que informa ao leitor ou ouvinte. Eles deve prezar pela imparcialidade, expondo os fatos e respondendo questões.
Gêneros literários: Conteúdo encontrado em cada história.
Não-Ficção
Composição que reúnem fatos sobre a realidade. Podem ser ensaios, biografias, memórias, etc.
Biografia
Gênero no qual o autor narra sobre a vida de uma pessoa ou de várias pessoas. Também podem ser chamadas de autobiografias, ou seja, biografias nas quais o autor narra sua própria história. Difere-se dos Romances Biográficos por não trazer o conteúdo sob a estrutura de um Romance (gênero textual).
FICÇÃO
Narrativa imaginária, irreal, que se opõe à Não-Ficção. Ainda que possa ser baseada em fatos reais, contará sempre com elementos de conteúdo imaginário.
Aventura
Refere-se “às obras em que o protagonista, ou outros grandes personagens são constantemente colocados em situações perigosas.”.
Ação
Geralmente envolve uma história com conflito entre personagens que usam força física e outros artifícios para lidarem com suas diferenças e intrigas. É uma área bem abrangente, já que existem diversas formas de escrever uma história de ação.
Clássicos
Obras consagradas pela crítica literária com o passar do tempo, podendo remeter ou não à antiguidade clássica.
Drama 
Obras que trazem conteúdos, centrais ou não, caracterizados por sofrimentos e/ou tragédias, podendo ou não terem um desfecho triste.
Angst:
História focada na tristeza profunda e no sofrimento psicológico do personagem principal.
Graphic Novel
Espécie de livro que normalmente conta “uma longa história através de arte sequencial (banda desenhada ou quadrinhos), e é frequentemente usado para definir as distinções subjetivas entre um livro e outros tipos de histórias em quadrinhos.”
História em Quadrinhos (HQ)
“Forma de arte que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais variados gêneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais.”
Literatura fantástica
Gênero literário em que narrativas ficcionais estão centradas em elementos não existentes ou não reconhecidos na realidade, pela ciência dos tempos em que a obra foi escrita. Subdivide-se em diversos subgêneros.
Distopia
“Distopia ou antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma ‘utopia negativa’. As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo, por opressivo controle da sociedade. Nelas, ‘caem as cortinas’, e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. A tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, seja de instituições ou mesmo de corporações.”
Fantasia
Gênero que geralmente se utiliza de “fenômenos sobrenaturais, mágicos e outros como um elemento primário do enredo, tema ou configuração.”
Ficção científica
“Gênero literário desenvolvido no século XIX, que lida principalmente com o impacto da ciência, tanto verdadeira como imaginada, sobre a sociedade ou os indivíduos.”
Sobrenatural
Gênero derivado dos livros de Horror, originados dos romances góticos do século XVIII. A ideia desses romances era a de provocar medo em seus leitores. Porém, com a evolução do gênero, o que temos hoje é a presença de seres sobrenaturais como vampiros, lobisomens, fantasmas, zumbis, etc, mas nem sempre acompanhados pela ideia do medo.
Literatura Infantil
Obras voltadas ao público infantil, geralmente de até 10 anos.
Literatura Infanto-Juvenil
Obras voltadas ao público geralmente entre 11 anos e 14 anos.
New Adult
Gênero que aborda uma fase de transição da adolescência para a vida adulta, com personagens, geralmente, entre 16 e 25 anos. São normalmente associados aos Romances, Romances Adultos e Dramas, sendo obras caracterizadas pela intensidade de suas histórias.
Romance 
Gênero que envolve histórias de conteúdo amoroso, sendo esse o centro ou não da trama. É subdividido em classificações mais específicas no blog, de acordo com cada obra, além de ser o gênero mais resenhado no Minha Vida Literária.
Romance Adulto
História que traz, geralmente, conteúdo erótico, não sendo recomendável a menores de 16 anos.
Romance Contemporâneo
História de amor que se passa em meio aos dias atuais.
Romance de Época
São romances que usam um determinado período histórico como pano de fundo mas focam, com veemência, no desenrolar do romance. Aqui o enfoque está nos costumes da época e em como isso influência e molda o romance.
Terror
“Gênero criado com o intuito de causar medo, aterrorizar.”
Thriller
“Thriller ou suspense é um gênero que usa o suspense, tensão e excitação como principais elementos.” Exemplos:
Thriller da Conspiração
“Os protagonistas costumam ser jornalistas ou investigadores amadores que, geralmente sem saber, ‘puxam um fio’ e acabam por descobrir uma grande conspiração e a investigam até descobrir todos os segredos por trás dela, se tornando, assim, uma ameaça e alvo para os conspiradores.”
Thriller Psicológico
Nesse subgênero, “os personagens não são dependentes da força física para superar seus inimigos (que é frequentemente o caso típico de thrillers de ação), mas dependem de suas capacidades mentais, seja pela inteligência lutando com um oponente formidável, ou por tentar se manter em perfeito estado psicológico. Uma das características nesse gênero é que o escritor/roteirista busca descrever os eventos do ponto de vista do personagem, sendo assim, na maioria das vezes, narrados em primeira pessoa, ou seja, o próprio personagem é quem conta a história.”
Thriller Romântico
Subgênero no qual, além de algum mistério sendo desenvolvido e/ou investigado, há o desenrolar de uma situação amorosa, que, geralmente, está ligada ao suspense da trama.
Young Adult
Gênero que abrange personagens normalmente entre 14 e 21 anos. “Separa-se de Literatura Infanto-Juvenil por deixar de lado a ingenuidade dos protagonistas e concentrar-se em temáticas mais adultas”. Pode estar associado a diversos outros gêneros, como os romances, literatura fantástica, etc.
Aventura
Nesse gênero, os personagens são constantemente colocados em situações perigosas e que exigem o uso de suas habilidades para saírem de circunstâncias difíceis. Também é possível explorar lugares e situações diferentes ao qual o protagonista está acostumado a lidar.
Autoajuda
Textos motivadores, que auxiliam pessoas com dificuldades da vida, sendo elas psicológicas ou não.
Comédias / Humor
Gênero que foca no que é engraçado, podendo conter paródias ou sátiras. Fazem o leitor rir sem esforço.
Fanfiction
São histórias feitas por fãs que podem se basear em obras já publicadas, teorias ou discussões.
LGBT / LGBTQIA+
Narração focada em personagens do lindo vale LGBT. Que apresenta discussões sobre a homossexualidade, bissexualidade, transexualidade, etc, e que podem apresentar conflitos como a homofobia.
Mary Sue
Não é exatamente um gênero literário, mas pode ser considerado como uma categoria ou termo. Geralmente é um conto ou romance apelativo, onde a protagonista é perfeita em todos os aspectos. Ou seja: Nunca comete erros, não possui defeitos e sempre consegue reagir da melhor forma possível em qualquer situação.
Conselho importante:
Quando for classificar suas histórias, perceba o ponto forte dela, qual categoria é mais evidenciada em seu enredo. Isso irá facilitar seu trabalho ao definir o gênero principal, o que aumentará as chances de atrair seu público principal. Procure evitar o exagero das classificações, porque isso demonstra que você não conhece a própria história. Um enredo focado em drama, que contem alguns momentos de riso não precisa ser classificado como comédia.
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haruthinks · 2 years
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(descrição de imagem: retângulo azul claro tendo nas bordas duas formas geométricas arredondadas em um azul levemente mais escuro para decoração. uma foto de um óculos fechado com a escrita “haruthinks” embaixo indicando o autor do post. em seguida, o título da série “guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão”, seguido de uma linha para separar o texto do indicador da parte “parte 3: clichês para evitar quando escrevendo um personagem cego" fim da descrição de imagem).
guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão parte 3: clichês para evitar quando escrevendo um personagem cego
e aí, tudo beleza? aqui é mais uma parte da tradução do guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão escrito por mimzy cujo blog você pode acessar clicando aqui. o post original vai estar linkado na source!
a parte 1 fala sobre a construção do personagem e você pode acessar aqui.
e a parte 2 fala sobre escolhas narrativas e dicas de descrições visuais e você pode acessar aqui.
mimzy é uma pessoa com deficiência visual que está escrevendo seu próprio livro de fantasia, e ao decorrer de sua jornada na escrita já escreveu dois personagens cegos.
agora vamos aos disclaimers de sempre: este post é uma tradução de um guia já existente, não são experiências pessoais minhas pois eu não sou uma pessoa com deficiência visual. resolvi traduzir para compartilhar conhecimentos e informações de algo que acho interessante e importante de saber. tentei traduzir da forma mais fiel possível, mas caso haja alguma inconsistência ou termo inadequado, favor falar comigo! sem mais delongas, vamos ao post!
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a partir daqui começa a tradução. o guia foi escrito em primeira pessoa por se tratar muito das vivências pessoais de mimzy, então irei traduzir em primeira pessoa também. retorno a dizer que NÃO SÃO minhas experiências.
atenção!! em uma certa parte do post há um tópico que pode conter gatilhos para pessoas que possuem desconforto com temas como depressão e suicídio, não é nada gráfico. porém, caso queira evitar, eu coloquei um aviso antes do tópico, não se preocupe.
CLICHÊS CEGOS QUE VOCÊ PRECISA EVITAR
TODOS os personagens cegos usam óculos escuros O TEMPO TODO
isso não é verdade, principalmente se o personagem ainda tem alguma visão restante e prefere não utilizar as lentes escuras, pois elas deixam mais difícil de enxergar. às vezes, uma pessoa cega vai usar óculos escuros, mas você deveria considerar a razão por trás.
pessoas com muita sensibilidade à luz vão usar óculos escuros quando o dia está muito claro, com o sol muito forte.
pessoas que gostam de moda e gostam de usar acessórios provavelmente usarão óculos.
pessoas que não têm muita sensibilidade à luz, mas mesmo assim querem proteger os olhos do sol vão optar pelos óculos.
note que os pontos também se aplicam a pessoas que enxergam, afinal existem várias pessoas que enxergam que possuem sensibilidade à luz, gostam do acessório ou apenas querem proteger os olhos dos raios solares.
outras razões para usar os óculos: às vezes o seu personagem pode sentir que os desconhecidos que enxergam não levam a cegueira dele a sério quando ele pede por ajuda, então é comum colocar os óculos e pegar a bengala para tentar uma segunda vez na esperança que agora ele seja levado a sério (pessoas que enxergam podem ser bem ignorantes ás vezes).
disclaimer: eu sou o clichê, mas é porque eu tenho muita sensibilidade à luz, tanto que não consigo andar na rua sem óculos escuros. a luz me dá muita enxaqueca, até mesmo a luz dos faróis dos carros. então sim, eu sou aquela pessoa que usa óculos escuro de dia e de noite. mas seu personagem tem o mesmo problema que eu? ele precisa de óculos de sol como eu preciso?
notas da tradutora: esse último parágrafo se trata da experiência pessoal de mimzy, não minha. já disse antes, mas não custa repetir.
a criança prodígio cega
vejo muito isso com instrumentos musicais, principalmente piano. tenho certeza que várias pessoas cegas aprenderam um instrumento, mas duvido que todas se tornaram prodígios especificamente por conta da perda da visão. se o seu personagem é muito bom naquilo, você precisa explicar com todas as horas de estudo naquilo e como ele aprendeu as músicas (ele tem visão suficiente para ler partituras?). o problema maior desse clichê é que é chato e raso.
notas da tradutora: pesquisei sobre partituras em braile e acabei descobrindo que elas são mais difíceis de compreender, o que acaba exigindo um maior grau de abstração do músico e uma bagagem de conhecimento extensa, além de uma memória muito boa pra conseguir memorizar a partitura por completo, pois não vai poder enxergá-la enquanto toca. você pode ler mais sobre isso aqui.
o demolidor
seu personagem pode ter uns sentidos meio aguçados, mas isso não vai fazer dele um ninja cego. claro, talvez ele consiga distinguir um cheiro dentre muitos outros, mas isso está mais pra um problema do que pra uma benção (por exemplo, sou muito sensível a cheiros de produtos de limpeza, me dão dores de cabeça). pessoas cegas podem ser mais ligadas nos sons em volta delas porque elas precisam ser, mas isso não significa que elas escutem uma conversa que está acontecendo a um quarteirão de distância. mesmo com os melhores sentidos possíveis, acho que ninguém seria o demolidor (não me leve a mal, eu amo o demolidor, mas ele não é quem você deveria estar escrevendo porque ele já existe. vá escrever um personagem novo).
o cego psíquico
o exemplo mais recente que consigo pensar é na série da bruxa sabrina da netflix, onde a amiga cega perde a visão e então vira psíquica, como se isso de alguma forma melhorasse algo. se você tem um personagem cego, ele precisa ser cego. não use nenhuma trapacinha que faça ele enxergar mais do que a deficiência dele permita. se você realmente quer que seu personagem cego seja psíquico e tenha visões, então eu sugiro que as visões que ele tenha envolvam a mesma quantidade de visão que ele tem restante em sua vida normal. por exemplo, se ele vê com visão em túnel, então as visões dele também terão a visão em túnel.
atenção: seu personagem cego não precisa de uma habilidade mágica que negue sua cegueira
se ele tem uma habilidade assim, por que fazê-lo cego então? qual é o ponto? realmente se pergunte por que você quer dar a ele essa habilidade. se for porque o seu personagem não conseguiria fazer tudo o que você quer que ele faça sem ela, então será que você deveria ter feito dele cego? será que você não conseguiria pensar em outra maneira dele fazer essas coisas?
cães guias super poderosos
isso é algo que vi em várias fanfics, onde o cão guia é, de alguma forma, super inteligente e sabe de tudo ao seu redor. ou seja, não é um cachorro comum. não é uma boa ideia fazer isso e você não deveria, nem mesmo nos gêneros de fantasia. o cão guia do seu personagem cego deveria ser um cachorro que foi devidamente treinado por uma escola de cães guias, e ele deveria agir como um cachorro normal quando não está a trabalho e nem usando o colete. cães de serviço ainda são cachorros comuns quando estão de folga e ainda amam brincar e passar tempo com seus humanos.
para um bom guia sobre cães guias, cheque o canal de molly burke, ela tem uma playlist inteira sobre isso.
notas da tradutora: me repito aqui falando que o canal de molly é inteiramente em inglês, então, caso você não saiba a língua, recomendo pesquisar um pouco na internet. Inclusive, uma das partes desse guia (creio que a parte 4) fala sobre cães guias, então vem aí.
o olhar "nublado" e distorcido
você provavelmente já viu alguns personagens cegos que possuem olhos esbranquiçados e meio estranhos. esse clichê é, na verdade, bem incorreto e um pouco perigoso, pois acaba afetando como o público geral enxerga as pessoas cegas. a maioria das pessoas que vive com perda da visão possuem olhos normais. a menos que a forma com que o seu personagem se tornou cego cause essa aparência nos olhos (como queimaduras químicas ou cataratas severas, coisas do tipo), provavelmente ele vai ter olhos normais.
uma exceção a isso é o nistagmo, que é uma condição que causa movimento involuntário nos olhos da pessoa, como um tremor. é meio comum em pessoas com condições oftalmológicas e perda de visão. na perspectiva externa, os olhos do personagem podem estar se mexendo de um lado para o outro, ou até em círculos. já na perspectiva da pessoa com essa condição, provavelmente é bem desorientador. luzes e imagens que eles veem irão se mexer porque seus olhos estão se mexendo.
molly burke tem nistagmo há muitos anos já fez alguns vídeos sobre isso. ela se refere a isso dizendo que seus olhos estão dançando. você pode encontrar o vídeo clicando aqui. essa é uma das condições médicas que realmente pode mudar a aparência dos olhos do seu personagem sem que você caia nesse clichê, até porque é comum para pessoas com perda de visão.
notas da tradutora: bem, novamente, o vídeo é inglês, mas você pode achar informações sobre essa condição na internet em portais de oftalmologia brasileiros e até alguns artigos científicos sobre isso.
FALAS ESPECÍFICAS PARA SE EVITAR
ou, em outras palavras, diálogos clichês que vão fazer com que seus leitores desistam do que estão lendo no mesmo segundo que baterem os olhos nessas frases (especialmente os leitores cegos que buscam por uma boa representatividade).
"você poderia descrever essa cor pra mim?"
esse clichê já morreu. isso não é mais um momento super significativo entre personagens. talvez tenha sido na primeira vez, mas agora, um milhão de pessoas já fizeram isso, com exatamente o mesmo diálogo. pense assim, você tem um certo limite de tempo e palavras em um texto para mostrar os personagens se conectando entre si, não gaste isso em algo como descrever cores. que tal fazer um momento único para os seus personagens ao invés disso?
se você precisar descrever cores para alguém cego na sua história, eu recomendaria o vídeo onde gabby hana descreve cores para molly burke. acho que gabby fez um bom trabalho. você pode acessar o vídeo clicando aqui.
mesmo assim, não é mais um momento significativo. provavelmente se você fizer isso, vai fazer alguns leitores suspirarem e apenas irem embora (acredite, já vi isso em um milhão de histórias que envolvem personagens cegos).
notas da tradutora: olá de novo, adivinha só? sim, em inglês. porém, tem alguns sites em português que falam sobre isso, só não sei se é tão confiável assim.
"posso sentir seu rosto?"
NÃO! por favor, nunca faça isso. isso é péssimo. é tão vergonhoso. não é realista, pessoas cegas não fazem isso. alguma pessoa que enxerga inventou isso em hollywood e a comunidade cega até hoje tem raiva disso. leitores cegos vão abandonar sua história no mesmo segundo que eles lerem essa frase. não. faça. isso.
"como você se parece?"
isso não é um "nunca faça isso", mas eu não recomendaria. eu sinceramente não sei te dizer um jeito de usar essa frase sem soar vergonhosa de alguma forma. porém, tem alguns jeitos de contornar isso. depende do motivo pelo qual seu personagem quer saber disso. é algum interesse amoroso? então coloque um amigo do seu personagem cego para falar pra ele como a tal pessoa é. é curiosidade sobre um amigo novo? então coloque outros amigos ou até os pais do seu personagem que viram essa pessoa, para descrevê-la.
"quando vejo fulana, vejo nuvens cinzentas de tempestade por trás de ondas quebrando, ouço o som do trovão e a chuva caindo, eu sinto o fogo..." "quando penso em sicrano, penso em prados ensolarados e o sentimento do verão, penso em céus limpos e noites quietas..."
não sei se conseguiria dizer muito mais. mas calma, antes que você fique com raiva, eu não estou dizendo que você nunca pode usar esse tipo de escrita. eu não estou dizendo para que você corte imagens que seus personagens associam aos seus respectivos amados, não é nada disso. o que eu estou dizendo é que não deveria ser assim que seu personagem cego descreve toda e qualquer pessoa que ele conhece. a razão pela qual eu estou falando isso é porque no ÚNICO livro que eu encontrei na loja que envolvia uma protagonista cega, ela descreveu TODOS os membros da família dessa forma. e depois disso, levou o cachorro normal dela para a escola como um cão guia falso. nunca mais li esse livro depois disso. fazem anos e isso ainda me ofende, ainda mais depois de entrar na vida adulta e escrever meus próprios livros.
o que você pode fazer no lugar disso é mostrar como seus personagens são através de ações e diálogos. o exemplo que dei acima é basicamente falar ao invés de mostrar. você me diz que fulana é como nuvens cinzentas de tempestade antes mesmo de me mostrar duas linhas de diálogo dela, é meio estranho.
O QUE EVITAR NO GERAL
ou, coisas que eu não gosto de ver acontecer com personagens cegos.
seu personagem cego não deveria sofrer bullying na escola
quando eu estava no ensino médio, eu ainda tinha uma visão normal, mas haviam duas garotas que eram cegas na escola que frequentei durante alguns anos. até onde eu sei, ninguém encheu o saco delas. inclusive, minha irmã era amiga de uma delas.
o bullying que você vê na tv não é tão baseado na realidade quanto parece. a geração atual de estudantes tem experienciado uma queda no bullying se comparado com gerações anteriores. mesmo que o bullying ainda exista, a maioria dos adolescentes vai evitar fazer isso com um colega cego (eles provavelmente iriam fazer bullying com outros colegas).
o que eu estou dizendo é, eu não quero ver o seu personagem cego apanhando como um condenado apenas por ser cego. quero ver esse personagem encontrando sua comunidade e sendo feliz com seus amigos e família.
ATENÇÃO!!! ALERTA DE GATILHO AQUI, SE SE SENTIR DESCONFORTÁVEL COM TEMAS COMO DEPRESSÃO E SUICÍDIO, PULAR PARA O PRÓXIMO TÓPICO!!!
por favor, não faça seu personagem se tornar suicida depois de ficar cego
deficiência é uma coisa difícil de se conviver. algumas pessoas ficam deprimidas enquanto se ajustam a uma deficiência, e sim, algumas delas se tornam suicidas por conta dessa deficiência. porém, livros e histórias são um lugar de escape, especialmente para pessoas que vivem com essa condição. essas pessoas querem ver alguém como eles e que se sinta feliz e amado, não uma pessoa que está prestes a acabar com sua vida durante toda a metade da história.
aqui eu coloco outra daquelas perguntas "por que você tornou seu personagem cego?", foi apenas para fazê-lo sofrer? então não faça. pessoas cegas não existem para sofrer, existem para viver suas vidas e serem felizes. seu personagem é cego apenas para deixar a vida dele mais dramática? a cegueira causa drama, sim, mas isso não deveria ser sua única fonte de história.
por favor, não faça com que a família do seu personagem cego o trate mal por conta da cegueira
ênfase no "por conta da cegueira". algumas pessoas crescem em famílias abusivas, mas a família do seu personagem não deveria se tornar abusiva apenas porque ele é cego. fazer um personagem que cresceu em um lar abusivo porque ele tem pais ruins é ok, e se acontecer do personagem ficar cego e os pais dele continuarem sendo uns bostas, ok. mas, sinceramente?
você não deveria vitimizar seus personagens com deficiência. você não deveria maltratá-los apenas porque você pode.
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booklovershouse · 1 year
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Oiii, booklovers!
Hj eu vim fazer a resenha desse livrinho maravilhoso - e que deixou um vazio enorme no meu peito depois q acabei :') - escrito pela Marissa Meyer, q vem se tornando uma das minhas autoras preferidas.
♥️♣️♦️♠️♥️♣️♦️♠️♥️♣️♦️♣️♥️♣️♦️♠️♥️♣️♦️
•| Título: Sem Coração
•| Autor: Marissa Meyer
•| Classificação: +14
•| Págs: 416
♥️ "- Quando feliz, eu bato como um tambor. Quando triste, eu me parto como vidro. Quando roubado, não posso ser devolvido. O que sou?" ♣️
Em Sem Coração, somos apresentados a Catherine, uma jovem nem um pouco interessada em coroas com pedras brilhantes. Seu único sonho é abrir a melhor confeitaria de Copas junto com sua melhor amiga e encantar a todos com seus doces.
Seus sonhos começam a se tornar pesadelos quando, em mais um dos bailes do Rei, Cath descobre que ele pretende pedi-la em casamento e fica tão apavorada que desmaia nos jardins do palácio, acordando com a visão do belo - e misterioso - novo bobo da corte.
Com o passar do tempo, Catherine e Jest se veem metidos em várias aventuras envolvendo chás malucos, tartarugas fingidas, quadrilhas de lagosta e até o suspense que cerca o surgimento de um Jaguadarte, criatura que não ameaçava Copas há décadas.
No entanto, essa dupla irá descobrir que é impossível fugir do destino, mesmo no País das Maravilhas.
♥️♣️♦️♠️♥️♣️♦️♠️♥️♣️♦️♣️♥️♣️♦️♠️♥️♣️♦️
Eu simplesmente amei ver uma nova versão da Rainha de Copas e do País das Maravilhas, até porque Alice Através do Espelho é um dos meus filmes preferidos.
Foi incrível a forma como a Marissa criou uma história cheia de amor, mistério e todas as maluquices que giram em torno desse universo, se conectando com o Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll. O passado da Cath além de "explicar muita coisa" traz um motivo bem válido pra ela ter se tornado uma vilã, nem nos meus sonhos mais loucos eu teria imaginado algo assim.
Para ser sincera, eu gostaria que tivesse uma sequência, nem que fosse sobre a Rainha Branca e o reino de Xadrez - fica a dica, Marissa kkkkk
Me destruiu, cinco estrelas e favoritado.
Booklovers, esse foi o post de hj, espero q tenham gostado - eu amei fazer essa capa, mds do céu!!!
♦️| Já leram alguma coisa da Marissa Meyer?
Bjs e boas leituras <33
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twentiesgirlsmagazine · 8 months
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Livros para você ler no feriado
Se você não é muito fã do Carnaval não tem problema, por aqui a gente também separa as melhores dicas de livros para ler durante esses dias de folga. É uma ótima chance de sair um pouquinho das redes e aproveitar para acabar com a ressaca literária. Vamos as dicas:
Tudo o que eu sei sobre o amor:
Esse livro ficou super famoso no TikTok e com razão, é um livro lindo sobre amizades femininas extremamente reais. O livro é uma autobiografia da autora, Dolly Alberton, e nos leva por diferentes fases da vida dela. Conhecendo suas partes mais mesquinhas e profundas, é incrível. Uma leitura especial!
Um sopro de vida
É claro que não poderia faltar Clarice Lispector nessa lista. Esse é um dos meus livros favoritos da autora, ele é um verdadeiro sopro de vida. Se você ama livros sobre mulheres loucas esse livro é para você. E ele é super curtinho, o que ajuda bastante! É uma ótima forma de começar a ler Clarice.
Leitura de verão
Outro livro incrível, a leitura é super fluida e rapidinha. É um livro lindo, tem uma linguagem super simples. Ele foi escrito por Emily Henry, ela é uma mestra em salvar qualquer pessoa de uma ressaca literária.
Cem dias e noites de amor e guerra
Esse é o meu livro favorito da vida! Eduardo Galeano é um autor inevitável. É um livro extremamente politizado como todos os de Galeano. Ele consegue mudar a sua visão sobre si mesma e sobre o mundo em poucas frases. Sem dúvida é o livro mais curto da lista.
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blogdojorge · 1 year
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Como se inspirar para ter boas ideias de histórias: 5 dicas essenciais
Olá e seja muito bem-vindo ao primeiro artigo aqui do blog! Muitas pessoas têm o sonho de escrever um livro, mas frequentemente se deparam com a dificuldade de ter boas ideias para suas histórias. O bloqueio criativo é um obstáculo comum que pode desencorajar até mesmo os escritores mais experientes. No entanto, acredite que a falta de inspiração não é um sinal de falta de talento ou habilidade. Neste artigo, vamos explorar algumas dicas essenciais para superar o bloqueio criativo e ajudá-lo a ter ideias incríveis para suas histórias. Vamos juntos nessa jornada de inspiração literária? 
Leia amplamente: A leitura é uma das melhores maneiras de se inspirar. Leia livros de diferentes gêneros e autores para ter uma ideia do que funciona em uma história e o que não funciona. Além disso, leia notícias, artigos e outras fontes de informação para encontrar ideias para suas histórias. Anote tudo o que chamar sua atenção e use isso como base para criar sua própria história.
Preste atenção ao seu ambiente: Às vezes, a inspiração pode estar bem na nossa frente, mas não percebemos. Preste atenção ao que está acontecendo ao seu redor e use isso como inspiração para suas histórias. Observe as pessoas, as paisagens, os sons e os cheiros. Tudo pode ser transformado em uma história fascinante.
Pergunte "E se?": Uma ótima maneira de começar a criar ideias é perguntar a si mesmo "E se?" e explorar diferentes possibilidades. "E se um avião caísse em uma ilha deserta?" ou "E se um cientista criasse uma máquina do tempo?" Essas perguntas podem levar a ideias interessantes para uma história.
Mantenha um diário: Manter um diário é uma ótima maneira de registrar suas ideias. Anote tudo o que vier à mente, mesmo que pareça bobo ou sem sentido. Você nunca sabe quando uma ideia pode se transformar em uma história completa.
Não tenha medo de falhar: Muitas vezes, o medo de falhar impede os escritores de tentarem coisas novas e criativas. No entanto, a falha é uma parte natural do processo criativo. Não tenha medo de experimentar coisas novas e arriscar em suas ideias. Às vezes, as melhores histórias surgem de ideias que inicialmente pareciam improváveis.
Conclusão:
Encontrar a inspiração para criar boas histórias pode ser um desafio, mas com essas cinco dicas essenciais, você pode superar a barreira do bloqueio criativo e começar a criar. Lembre-se de ler amplamente, prestar atenção ao seu ambiente, perguntar "E se?", manter um diário e não ter medo de falhar. Com essas técnicas, você estará bem encaminhado para criar histórias emocionantes e envolventes.
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amarionetista · 8 months
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Qual é a fórmula correta para escrever uma história?
A resposta? Se você estava esperando que aqui eu iria pontuar uma grande lista de "ain, não faz isso. É feio e eu não gosto de ler". Sinto muito por te decepcionar, mas a resposta é que não há algo totalmente certo ou errado.
Claro, eu vou ter um probleminha com quem romantiza relações e situações abusivas, mas se a sua história for para se aprofundar nisso e você não romantizar nada eu tenho muito respeito por você.
O real motivo de eu ter decidido escrever isso é porquê ontem @lanternadosafogados veio até mim me contar que existem alguns posts aqui que querem ditar a maneira como vamos escrever nossas histórias. Claro, não confunda com os posts que as pessoas realmente dão dicas legais para a escrita. Já usei alguns em minhas histórias e foram de imensa ajuda.
Aqui estou falando daqueles posts, aqueles que você, escritor dedicado e que só quer que esse espaço seja divertido, revira tanto os olhos e suspira pesadamente.
Aqui estou me referindo sobre posts como "Como escrever personagens em imagines para que eu me sinta representado". E quando você lê é uma pessoa chorando as pitangas dela porque, veja só, uma personagem de um Imagine não age como ela agiria.
Bom meus leitores aqui eu devo dizer Lyra Belacqua não age como eu agiria em muitas situações e ainda assim eu me identifico e acho ela a minha protagonista favorita dos livros.
O que quero dizer com isso? Que 1• Escritores não vão ter bola de cristal para vigiar você e escrever histórias com alguém 100% igual a você. 2• Se quer uma personagem que seja você cuspida e escarrada abre um docs no Google ou world e escreva você, eu não estou recebendo para escrever e muito menos para aturar gente chiliquenta.
E agora algo que eu já vi com meus próprios olhos. Uma vez, em outro site de fanfics, uma guria publicou um texto onde ficava reclamando que autores não terminavam suas histórias do Denki Kaminari, sim o Pikachu de bnha. Em nenhum momento ela disse que o autor podia estar passando por um bloqueio criativo ou por um momento difícil na vida ou só sem tempo e saco mesmo. Não, não, a alecrim juntou um pequeno número de pessoas para ficarem reclamando sobre histórias descontinuadas e como o autor não podia fazer isso com elas.
Foi aí que eu não me aguentei. Eu mesma já recebi várias mensagens do tipo: "Po, vc excluiu tal história? Gostava tanto dela" ou "Vc vai continuar tal história? É a minha favorita sua". Então eu resolvi ir até lá e comentar algo do tipo: "Sinto muito que vocês não estão podendo ler as suas histórias favoritas desse personagem, mas se eu posso dar uma dica de amiga eu recomendo que vocês tentem escrever uma história do jeitinho que vocês querem. Assim, quem sabe, vocês vejam como é difícil escrever e não vão mais cobrar o autor assim".
E sabem qual é a melhor parte? Enquanto os comentários defendiam o ponto de vista dela ela respondia com o maior gosto do mundo. Só que depois do meu ela simplesmente excluiu a história. Juro que eu queria colocar um monte de risadas aqui, mas isso quebraria o texto. Mas saibam que estou rindo muito enquanto escrevo essa parte.
Gente desse tipo só sabe cobrar os escritores, se soubessem o tanto de tempo que dedicamos a uma história ou o quão frustrante é passar por um bloqueio criativo vocês não fariam isso.
Ah, e se você acha que o absurdo já acabou, não meus queridos. Ainda tem mais desde que abri essa caixa de Pandora dos infernos.
Vamos ao último, e ao que eu considero o pior de todos. Em meados de 2016 ou 2017 se não me engano meu tio faleceu devido a uma doença contra a qual ele estava lutando havia anos. Para lidar com o luto, tal qual fiz quando perdi meu pai, eu escrevi uma história em sua homenagem. Só que eu acho que eu não estava tão bem psicologicamente para escrever algo desse peso, sabe? Saber que eu estava escrevendo essa história para alguém que morreu mexeu muito comigo então pelo meu próprio bem eu deixei essa história de lado. E qual foi a mensagem que eu recebi? "O luto acabou e você desistiu de escrever?".
Juro, se eu estivesse 1% melhor da cabeça eu já tinha mandando a pessoa a merda. Só que estava tão para baixo que só arranquei o app do meu celular e por um tempo pensei em desistir de escrever.
E, só para não fechar esse post com histórias de dar nos nervos eu digo, eu decidi voltar e não deixar essa pessoa mal amada e mal educada me atrapalhar de fazer o que eu mais gostava. E quanto a ele? Depois de me mandar a mensagem nunca mais nem triscou na conta naquele site. Então acho que cada um de nós fez ótimas escolhas nesse ponto.
Isso é tudo! Muito obrigada por terem lido e um forte abraço a todos ♥️
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poesia · 1 year
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