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#literatura sul americana
aquileslivraria · 1 year
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Livro em bom estado de conservação
10€ | Editora Elsinore | 128 páginas
Envio Grátis para Portugal
«Eu penso sempre no pior dos casos. Agora mesmo estou a calcular quanto tempo demoraria a sair a correr do carro e a chegar até junto da Nina se ela de repente corresse até à piscina e se atirasse. Chamo-lhe "distância de segurança", é assim que chamo a essa distância variável que me separa da minha filha, e passo metade do dia a calculá-la, embora arrisque sempre mais do que devia.» Amanda está às portas da morte numa cama de hospital. A seu lado, a fazer-lhe companhia, está um menino chamado David. Juntos contam-nos uma história de toxinas, desespero e do poder da família. Num apaixonante primeiro romance, Samanta Schweblin coloca-nos repetidamente perante questões que optamos por evitar: Existe algum apocalipse que não seja pessoal? Qual é o ponto exato em que, sem o sabermos, damos um passo em falso e nos condenamos? Até onde nos é possível controlar o mundo em redor? Distância de Segurança é um relato hipnótico e vertiginoso sobre o amor e a perda, sem medo de mostrar que nada é um cliché quando, no final, acaba por nos acontecer.
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blogdojuanesteves · 5 months
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CHAPADA DOS VEADEIROS- Povos dos Campos Gerais > ANDRÉ DIB
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Algumas décadas foram necessárias para que o livro Ansel Adams in Color ( Little, Brown and Company, 1993) do renomado fotógrafo americano tenha sido publicado. O californiano Adams (1902-1984) embora consagrado no fine art do preto e branco em suas imagens da paisagem americana começou a fotografar em cor ainda em 1935 quando da invenção do filme Kodachrome. Já o fotógrafo  André Dib, com seu Chapada dos Veadeiros-Povos dos Campos Gerais ( Ed. Origem, 2022), recentemente lançado no Festival Foto em Pauta de Tiradentes foi mais breve ao passar da cor, da qual é um virtuose para o monocromatismo.
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Mineiro de Uberaba, radicado na Chapada dos Veadeiros desde 2002, Dib dedica-se a imagem ambiental essencialmente explorando lugares de difícil acesso fotografando paisagens, a fauna e flora cultivando o esplendor da cor destes ambientes como raros fotógrafos do gênero, caso do seu livro Chapada dos Veadeiros (Ed.Origem, 2020) [ leia aqui review em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/616566807556407296/chapada-dos-veadeiros-andr%C3%A9-dib ], publicação esta que sustenta o livro atual, na qual a inserção humana faz-se mais presente, juntamente com a arrojada opção pelo preto e branco.
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Dib confessa que após ver uma exposição do também mineiro Sebastião Salgado, a mesma chancelou a sua ideia- que já era forte em seu pensamento há algum tempo- de optar pelo preto e branco. Afinal, já havia publicado o livro acima em cor, entre outros tantos, frutos do seu vasto trabalho que já lhe rendeu mais de 15 prêmios no Brasil e no exterior. Entretanto, esta "nova" Chapada, é estruturada na impactante presença humana, expressa em belíssimos retratos que ganharam relevância pela sua edição, que traz o tratamento das imagens executado pelo fotógrafo paulista Valdemir Cunha, também editor e publisher do livro, amparadas pelas paisagens, que agora nos remetem ao renomado Adams.
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Em texto introdutório, o professor Adilson Fernando Franzin, doutor em Letras pela Université Paris Sorbonne e pela Universidade de São Paulo ( USP) enfatiza a ideia dos retratos: "Gentes do mato e de grota, de vãos e veredas, de capinzais e roças; eis os povos dos campos gerais em permanente simbiose com o Cerrado, o segundo maior bioma da América do Sul." Para ele, "é valido lembrar que os habitantes destas cercanias,- a um só tempo, reais e míticas- formam a incontornável fonte de inspiração e a matéria viva a que lançou mão certo gigante das veredas para compor suas fabulosas histórias que percorreram todos os quadrantes do mundo. " Um chamado João" a quem Carlos Drumond de Andrade, com reverência, indagou num poema sobre o escritor que misticamente "guardava rios no bolso".
Acerta  Franzin na analogia a Guimarães Rosa (1908-1967). Os personagens de Dib são nascidos desta literatura assim como a literatura nasce deles. Não há como deixar de lembrar da inglesa Maureen Bisilliat com seu A João Guimarães Rosa ( Gráficos Brunner, 1979). Esta "dramaturgia" já faz algum tempo que é representada por imagens em outros livros. No entanto, poucas tem a relevância destas.
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Para muitos artistas, o apelo de fotografar em preto e branco é, simplesmente, uma questão  emocional. Não é preciso ser um crítico de arte para perceber que as fotos em preto e branco costumam ser mais dramáticas do que as coloridas. Seus tons escuros e contrastes profundos muitas vezes instilam uma aura quase temperamental ou misteriosa no trabalho. Esse tipo de teatralidade é difícil de reproduzir na fotografia colorida, ainda que esta obtenha algum sucesso. Além disso, os neurobiólogos provaram que algo na fotografia em preto e branco. Sejam as gamas tonais, os pretos ricos ou a luminosidade, atrai-nos psicologicamente.
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Por décadas, o filme monocromático imperou na arte. Algo que vinha desde o advento do filme moderno na década de 1880, tempos em que os fotógrafos concentraram-se em dominar o comportamento "básico" da fotografia moderna. Foi somente na década de 1930 que  começaram a explorar provisoriamente a fotografia colorida. Nos anos 1960, porém, o mundo da fotografia tornou-se uma explosão de cores com a invenção das câmeras instantâneas. Desde então, escolher a fotografia em preto e branco em vez da colorida tem sido uma escolha muito consciente. Por muitos anos, a fotografia em preto e branco foi o padrão escreveu o fotógrafo espanhol Samuel Cueto.
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Certamente, ao olharmos a edição anterior de André Dib sobre a Chapada, vemos que a sua transição para o preto e branco não provocou perdas na exuberância da paisagem, pelo contráriio, esta "ressignificação" está plenamente alinhada com sua produção. O livro, como explica Franzin, " traz simultaneamente um registro sensível e crítico às questões ambientais mais urgentes da região, configurando-se como um brado em prol da natureza que ainda pulsa, instituindo, com engenho e arte, um libelo contra o obscurantismo e a ignorância de nossos dias, sem perder de vista a delicadeza do olhar que sonha não apenas o abraço telúrico em nacos de nuvens, mas também almeja a força transformadora, o alimento e a cura em mãos humanas." Daí a presença imprescindível dos retratos, que além de belos transmitem a contundência da resiliência do povo da região.
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Povos dos Campos Gerais nos mostra igualmente o paradoxo da beleza transmitida entre a terra vibrante e aquela que é destruída, caracterizada aqui pelas imagens de incêndios de áreas imensas do Cerrado, tais como veredas e campos úmidos, ou como escreve o fotógrafo, zonas extremamente sensíveis que são degradadas de forma irreversível secando nascentes e mudando o comportamento do ciclo dos rios e de suas bacias hidrográficas. Segundo dados científicos recentes, estes acontecimentos constituem-se como uma das maiores causas da crise hídrica pela qual passamos nos últimos tempos.
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Sendo uma espécie de cartografia do imaginário, como escreve o professor, o potencial narrativo de André Dib impressiona. Mas não somente um potencial natural que o fotógrafo possui, mas sendo uma marca de seu processo criativo e de uma concepção artística. "Não apenas na seara da fotografia documental, a qual prima por contar uma história qualquer, mas sua arte fotográfica, paradoxalmente, parece transcender o tempo e o espaço a tocar o mito num constante flerte com nossas páginas literárias mais genuínas." A publicação tem também um conjunto de detalhadas legendas e audiodrescrição,  que ampliam a função da mesma.
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Infos básicas:
Edição do livro e imagens: Valdemir Cunha
Editora: Ed. Origem
Direção de Arte: Valdemir Cunha
Projeto gráfico: Editora Origem
Texto: Adilson Fernandes Franzin - Edição bilingue português/inglês
Mapa: Pablo Aguiar Saboya
Editora Executiva: Ligia Fernandes.
Audiodescrição: Marisa Barbosa
Impressão: Pancrom, em Couché fosco, 1000 exemplares.
Projeto contemplado pelo Edital de fomento as artes visuais do Fundo de Arte e cultura do estado de Goiás.
Aquisição do livro editoraorigem.com.br
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pfjarwoski1977 · 24 days
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jaimendonsa · 6 months
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e-book grátis: O PESO DA COR DA PELE, Tiago Coch
A discriminação, com base na cor da pele tem várias origens.   Não podemos mais ignorar, a influência da cor da pele em todos os aspectos da vida e da sociedade.   As pessoas precisam aceitar as diferenças raciais, ignorar isso, mostra falta de consciência, sobre as consequências do racismo.  Lutar contra preconceitos na sociedade, é crucial.   Todos devem combater os preconceitos. A diversidade é importante no trabalho e na sociedade. Chegamos até o século 21, por causa da conexão entre raças. Existem várias maneiras de combater o racismo, como promover a igualdade e denunciar a discriminação.   A educação corporativa, ajuda a combater os preconceitos e as questões raciais. Utilize sua posição para apoiar as minorias étnicas, recuse convites para eventos que não tenham diversidade e promova a dessemelhança em plataformas públicas.   É necessário  conscientizar-se do poder, de cada pessoa, no combate contra o peso da cor da pele.   Pequenas ações podem gerar grandes mudanças para promover uma sociedade mais justa e igualitária.
Leia, gratuitamente, o e-book: O PESO DA COR DA PELE, acessando o link, na descrição.
_____leia: https://tinyurl.com/y2p2s3yn
*** e-book grátis: UM SÉCULO DE MIGRAÇÃO NEGRA, CARTER GODWIN WOODSON
O livro é um trabalho provocativo do estudioso afro-americano Carter G. Woodson, publicado pela primeira vez em 1918; o livro traça a migração de negros do sul para o norte e o oeste a partir da era colonial até o início do século XX. Documentado com informações de jornais contemporâneos, cartas pessoais e periódicos acadêmicos; é um estudo criterioso e relato vívido de décadas de assédio e humilhação, esperança e conquistas. Carter G. Woodson foi historiador, autor, jornalista e fundador da Associação para o Estudo da Vida e História Afro-americana; um dos primeiros estudiosos a valorizar e estudar a História Negra.
__________Para ler: https://bit.ly/3I7YDtB
*** e-book grátis:  A NARRATIVA DA VIDA DE FREDERICK DOUGLASS, UM ESCRAVO AMERICANO, ESCRITA POR ELE MESMO. Frederick Douglass
Livro de memórias e tratado de 1845 sobre a abolição escrito pelo orador afro-americano e ex- escravo Frederick Douglass durante seu tempo em Lynn, Massachusetts. É geralmente considerada a mais famosa de uma série de narrativas escritas por ex-escravos durante o mesmo período. Em detalhes factuais, o texto descreve os acontecimentos de sua vida e é considerado uma das peças literárias mais influentes para alimentar o movimento abolicionista do início do século XIX nos Estados Unidos.
____________leia: https://tinyurl.com/ycxea7a8
*** e-book grátis: A Escrava Isaura, Bernardo Guimarães
Escrito em plena campanha abolicionista, o livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso. Clássico de leitura obrigatória.
____________leia: https://tinyurl.com/5sdz2dum
*** e-book grátis: BOM-CRIOULO, Adolfo Caminha
Publicado em 1895, considerado por alguns como um dos primeiros romances sobre homossexualidade da história de toda a literatura ocidental. A obra foi recebida com escândalo pela crítica literária da época e com silêncio por parte do público, devido a ousadia na abordagem de temas considerados tabu em finais do século 19, como o sexo entre pessoas de diferentes etnias e a homossexualidade em ambiente militar.
__________Para ler: https://tinyurl.com/33wt73fn
*** e-book grátis: O NAVIO NEGREIRO, ESPUMAS FLUTUANTES, Castro Alves
O poema descreve com imagens e expressões terríveis a situação dos africanos arrancados de suas terras, separados de suas famílias e tratados como animais nos navios negreiros que os traziam para ser propriedade de senhores e trabalhar sob as ordens dos feitores.
__________Para ler: https://tinyurl.com/348pccfe
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apcomplexhq · 10 months
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✦ Nome do personagem: Stella Marie Dalton. ✦ Faceclaim e função: @tinakitten - streamer ✦ Data de nascimento: 29/07/1998 ✦ Idade: 25 anos. ✦ Gênero e pronomes: Feminino, ela/dela. ✦ Nacionalidade e etnia: Coreana, coreana-americana ✦ Qualidades: Centrada, prudente e paciente. ✦ Defeitos: Egoísta, teimosa e orgulhosa. ✦ Moradia: Tartaros. ✦ Ocupação: Escritora. ✦ Twitter: @TT98SD ✦ Preferência de plot: ANGST, CRACK, FLUFFY, ROMANCE, SMUT. ✦ Char como condômino: Stella é a vizinha quieta que apesar de viver no condomínio por um tempo as pessoas ainda se perguntam quem é ela.
Biografia:
Nascida na Coreia do Sul, Stella Marie Dalton é fruto de um amor marcado pela ciência. Seus pais, ambos cientistas renomados, estiveram constantemente se mudando durante a maior parte de sua vida, consequentemente proporcionando a Stella um estilo de vida nômade desde muito jovem. Por um lado, estar exposta a tantas culturas lhe garantiu uma grande bagagem de conhecimento, entretanto pelo outro criar raízes sempre foi um grande problema para uma jovem que não passava ao menos um ano no mesmo endereço, fazendo ser difícil ter amizades e laços duradouros.
Stella sempre se viu imersa em um mundo onde a curiosidade e a busca pelo conhecimento eram valores fundamentais. Ela cresceu cercada por livros, laboratórios e debates intelectuais, mas, ao mesmo tempo, também aprendeu a apreciar a beleza da literatura e da narrativa, encontrando conforto em histórias fantasiosas e romances de tirar o fôlego, desde já escrevendo contos como passatempo.
Apesar de frequentar diversas escolas, o desempenho da jovem era excepcional, o que a garantiu vaga em uma boa universidade de seu país de origem, e pela primeira vez, Stella se viu encontrando estabilidade. Ter sua educação superior na Coreia do Sul partiu de si, encontrando apoio de seus país e um motivo de orgulho por frequentar a mesma instituição a qual sua mãe se formou, e decidida a seguir seus passos ela se formou com maestria em Física. Ela voltava a acompanhar seus pais em suas aventuras por diferentes continentes, com um talento nato e uma mente brilhante quando o assunto era equações, fenômenos e sistemas, Stella estava diante de um futuro promissor na ciência, entretanto, sempre sentiu um chamado inegável em direção à escrita.
Levou tempo e coragem até refletir e decidir seguir seu coração e mudar o rumo de sua vida. Abandonando a carreira científica, se lançando de cabeça no mundo da escrita. A ideia foi recebida bem, e procurou cursos e programas para aprimorar sua escrita, escrevendo alguns rascunhos e contos medíocres até começar a receber retornos positivos de editoras, aos poucos ganhando oportunidade e publicando suas primeiras obras. Os romances apaixonantes e enredos cativantes foram conquistando público aos poucos, construindo também uma sólida base de fãs entusiastas de seu trabalho. Mas o que fez Stella ganhar reconhecimento e admiração foi o best-seller Amor em Equações, e desde então, os lançamentos da escritora ganharam notoriedade internacionalmente.
Mais certa que nunca, Stella decidiu focar totalmente em sua carreira literária tomando também a decisão de que era hora de se firmar em um lugar e ter um lugar para chamar de casa, para ser seu, abrindo mão de vez de viajar ao redor do mundo. E foi então que chegou até Acropolis Complex, uma sugestão de uma ex-colega de faculdade. Com tantas reviravoltas e inconstâncias em sua vida, Stella não vive o futuro que aos dez anos imaginou para si mesma, mas está ansiosa para descobrir os desfechos de suas aventuras.
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lamplitpages · 1 year
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O Som e a Fúria de William Faulkner
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O Som e a Fúria, de William Faulkner, é um dos maiores clássicos da literatura norte-americana e um exemplo de uso magistral das inovações estilísticas que surgiram no início do século XX. O livro é ambientado no decadente Sul dos Estados Unidos, que, após a guerra de Secessão e as mudanças políticas e sociais que se seguiram, via ruírem sua riqueza, seus valores, e suas tradições. A região enfrentava tribulações financeiras, crises morais e conflitos raciais, todos temas que permeiam o enredo de O Som e a Fúria. Os protagonistas dessa história são os Compson, uma família aristocrática que, assim como a  região em que vivem, está em declínio. O patriarca, Jason, tem problemas com bebida e possui uma visão de mundo extremamente pessimista, que inculca na alma de seu filho mais velho, Quentin. A matriarca, Caroline, é uma mulher frágil e com muitos problemas de saúde causados, ao que parece, pela dificuldade de lidar com o sofrimento mental advindo das desgraças que vêm afetando a sua família. Os filhos são quatro: Quentin, Caddy, Jason e Benjamin, sendo este último deficiente mental, mais uma fonte de sofrimento e preocupações para a família. Há ainda o Tio Maury, irmão de Caroline, também alcoólatra e detestado pelo patriarca por sempre pedir dinheiro emprestado. Além de esse núcleo familiar imediato, há outra personagem muito importante para a trama: Dilsey, uma empregada negra que tenta dar ordem ao caos dos Compson e procura impedir que a família se desmantele completamente. Ela é o único ponto de equilíbrio e virtude no livro, e sua presença é constante ao longo de toda a narrativa. Seus filhos e netos também trabalham para os Compson.
Quanto aos aspectos técnicos, Faulkner faz uso do fluxo de consciência, que como seu nome indica, consiste em mergulhar na mente do personagem e tentar reproduzir o fluir do rio de sua consciência da forma como ocorre naturalmente no íntimo dos seres humanos. Essa técnica não foi inventada pelo autor, ela já era muito utilizada na literatura modernista de então, tendo como um de seus maiores expoentes o autor irlandês James Joyce, que serviu de inspiração para Faulkner. A técnica tem fama de difícil, e, de fato, tentar compreender algo tão fragmentado e não-linear como a consciência humana não é tarefa fácil. Contudo, esse desafio que o fluxo de consciência representa, pelo menos para mim, foi mais um estímulo do que um empecilho, pois adiciona à experiência de leitura o prazer de tentar decifrar a obra, como se montássemos um quebra-cabeça.
O livro é dividido em quatro seções, cada uma com um narrador diferente. A primeira se desenrola ao longo do dia 7 de abril de 1928 e é narrada por Benjy, o filho que possui uma deficiência mental. Aliás, aí é que está o significado do título, que faz referência a uma passagem de Macbeth: “A vida é uma história cheia de som e fúria, contada por um idiota e que não significa nada”. De fato, inicialmente é difícil encontrar sentido na narração de Benjy, visto que ele mesmo não entende o que narra, não consegue estabelecer ligações lógicas entre os acontecimentos e não possui consciência de tempo. Isso se manifesta na forma como o personagem vai e volta no tempo constantemente e sem nenhuma sinalização. Muitas vezes são os estímulos sensoriais, como cheiros, que engatilham lembranças de episódios passados, de modo que essas memórias não estão distribuídas de forma linear nem a partir de um esforço de encadeamento lógico por parte do narrador. É preciso que o leitor esteja atento para perceber quando Benjy se descola do presente e deixa o passado invadir a sua narrativa, de maneira que possa tentar construir uma linha cronológica para aqueles fragmentos de memórias acumuladas ao longo de um período de mais de 20 anos. Ademais, o fato de Benjamin ter um problema de desenvolvimento cognitivo adiciona outra peculiaridade ao seu narrar: por não conseguir compreender bem o que acontece com ele e ao redor dele, Benjy descreve tais acontecimentos de uma forma um tanto quanto hermética Há, por exemplo, uma cena em que um empregado da família faz Benjy ficar bêbado e este, desorientado, cai no chão do celeiro. O momento da queda nos é narrado da seguinte forma: “[...] a porta do porão e o luar deram um salto e sumiram e uma coisa bateu em mim.” Frases como essa podem até parecer delirantes de início, mas ao fazermos o esforço de ver o mundo através dos olhos de Benjy, conseguimos compreendê-las. Nessa passagem em específico, Benjy acredita que está imóvel e os objetos ao seu redor é que se mexem. No seu campo de visão, a porta e o luar parecem estar subindo, dando um salto, mas é ele quem está caindo. A “coisa” que bate nele nada mais é do que o choque de sua cabeça contra o chão do celeiro. Enfim, mesmo que Faulkner não tenha inventado o fluxo de consciência, ele o empreendeu de forma inovadora. Essas idiossincrasias da voz de Benjy são surpreendentes, passam uma sensação de frescor, de que estamos em contato com algo novo. Essa foi a minha seção favorita do livro justamente por causa disso. Tentar penetrar na mente de um personagem assim foi uma experiência literária diferente de todas as outras que já tive, e o esforço de compreender o que Benjy estava tentando nos dizer foi muito prazeroso. Aliás, muitas das informações que serão postas às claras nas outras seções já estão presentes nessa primeira, mas as limitações de Benjy também limitam a nossa capacidade de compreendê-las completamente.
Na segunda seção voltamos no tempo, especificamente para o dia 2 de junho de 1910, e agora acompanhamos os pensamentos de Quentin, o mais velho. Este é um homem adulto, culto e sensível, mas a sua narração é tão turbulenta quanto a de Benjy — e, para mim, foi até mais difícil de acompanhar. Quentin está estudando em Harvard — após seus pais venderem terras para custear seus estudos — e, para os que veem de fora, possui um futuro promissor. Contudo, o primogênito dos Compson está enfrentando uma crise interna que o leva ao limite. Ele possui uma forte obsessão pela irmã, Caddy, e pela defesa de sua honra, mas eventos dos últimos anos fizeram com que ele se desencantasse do mundo e de todos os valores nos quais foi ensinado a acreditar. Ademais, Quentin possui uma obsessão pelo tempo e é atormentado pelo desejo vão de tentar controlá-lo e parar a ação destrutiva de sua passagem, que corrói e desfigura todo o mundo que ele conhece. Há mesmo uma célebre e simbólica cena em que Quentin pega um relógio, dado a ele por seu pai, quebra-o e arranca seus ponteiros, mas continua ouvindo seu tiquetaquear. Além disso, a visão niilista do pai no que diz respeito ao tempo, à vida e à honra evidentemente perturbam e influenciam Quentin, o que se verifica na presença constante de memórias de conversas entre os dois ao longo dessa seção. Essa perturbação mental de Quentin é marcada linguisticamente, isto é, conforme ele afunda em suas reflexões obsessivas e tortuosas, sua narração se torna cada vez mais caótica e desregrada. Há páginas e páginas em que não se faz uso de nenhum sinal de pontuação e fragmentos cada vez menores de diálogos, falas, memórias e imagens se misturam. Quentin chega a ir e voltar no tempo diversas vezes em uma única frase. É, de fato, a parte mais complexa do livro, mas é  também a mais substanciosa no que diz respeito ao conteúdo metafísico e simbólico da obra, isto é, às temáticas do romance e a cosmovisão dos personagens, para além do simples narrar de eventos — o que se deve, claro, a sensibilidade e a consciência acesa de Quentin, o que falta aos outros narradores (propositalmente).
Após um capítulo tão denso, acompanhamos em seguida a narração de Jason, certamente o personagem mais odiado pelos leitores. Essa seção se desenrola no dia 6 de abril de 1928 e esclarece muito do que foi dito de modo confuso por Benjy e Quentin. Dos três monólogos, o de Jason é sem dúvidas o mais fácil de acompanhar, e as incidências do fluxo de consciência são menos radicais e desregradas, além de menos frequentes. A narração se aproxima mais de uma prosa comum e há bastantes diálogos. No entanto, ainda pode ser considerada difícil por alguns, não pelo estilo, mas pelo conteúdo. Jason é uma pessoa intragável, cheio de preconceitos, ódio e ganância. Ele nutre um ressentimento muito forte pela irmã Caddy e pela filha, sua sobrinha, culpando-as por tudo de ruim que já ocorreu na sua vida. Ademais, acredita ter sido tratado injustamente pelos pais, visto que não recebeu as mesmas oportunidades que os irmãos. Jason possui ainda ódio pelos negros — principalmente aqueles que trabalham para ele — e uma cobiça destrutiva pelo dinheiro. Esses ressentimentos e obsessões causam nele uma sede de vingança que o leva a cometer atos pérfidos, mas sempre na crença de que estes são moralmente justificáveis, como se o que fizesse fosse uma forma de obter justiça. 
Por fim, temos a quarta e última seção, ancorada no dia 8 de abril de 1928. Aqui Faulkner deixa de lado o monólogo e o fluxo de consciência e coloca o narrador onisciente em ação. Apesar de ser narrado em terceira pessoa, essa seção está centrada na empregada Dilsey. Através da prosa tradicional, o capítulo final lança luz sobre praticamente todos os enigmas que vínhamos tentando desvendar ao longo do romance, permitindo agora montar o quebra-cabeça definitivamente e presenciar o evento que levaria ao fim da linhagem dos Compson. É engraçado olhar para esse enigma resolvido, pois finalmente notamos que as ações que de fato acompanhamos enquanto se desenrolavam são poucas. Como disse Sartre em um ensaio sobre O Som e a Fúria: “Nada acontece, a história não se desenvolve: ela se descobre sob cada palavra [...]”. Para mim foi inevitável pensar, após a conclusão da leitura, no que seria esse livro sem as técnicas estilísticas modernistas, isto é, quando consideramos apenas o bruto da obra, os eventos aqui presentes. Sob essa perspectiva, o romance pode parecer um novelão com trajes modernistas — inclusive, Faulkner foi criticado por alguns por esse descompasso. No entanto, acredito que a forma seja tão importante quanto o conteúdo, e, nesse quesito, o que Faulkner faz aqui justifica a classificação de O Som e a Fúria como obra-prima. O assombro de nos depararmos logo no primeiro capítulo com algo tão único quanto a narrativa de Benjamin, o estímulo intelectual de tentar montar o quebra-cabeça proposto por Faulkner, tudo isso faz com que a experiência valha a pena. Posso dizer que esse é o tipo de livro que me lembra por que amo a literatura.
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baeksu-krp · 1 year
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Nome: Andrew Cho Faceclaim: Joshua, Seventeen Data de nascimento e idade: 14.07.1995 — 28 anos Gênero: Masculino Etnia e nacionalidade: Sul-coreano, Estados Unidos
Moradia: Yongsan-gu Ocupação: Dono, Livraria “Chapter & Verse” Qualidades: Educado, Simpático, Otimista Defeitos: Ansioso, Perfeccionista, Tímido User: @bks_andrew
TW: Menção a divórcio
Andrew Cho veio de uma família americana com ascendência coreana que morava em uma bela casa em Los Angeles, no Sul da Califórnia. A mãe era docente do curso de linguagem e literatura coreana em uma universidade renomada e o pai era um escritor aposentado que havia publicado diversos livros, no entanto, apenas um deles foi best-seller. Mesmo gozando da aposentadoria, o velho de Andrew não planejava se desvencilhar da área, abrindo assim a sua própria livraria. E foi nesse contexto em que o rapaz fora criado: em meio a pilhas de livros, cheirinho de papel pólen, páginas amareladas e muita leitura. 
Até certo ponto, parecia uma família isenta de infelicidades, mas as coisas mudaram durante a adolescência, onde ambos os pais estavam exaustos em seus respectivos trabalhos. A mãe tinha uma carga horária exaustiva e muitas atribuições na universidade, acabando por desenvolver burnout. Por outro lado, havia o pai de Andrew, frustrado por nunca mais conseguir publicar nada de relevante. Tudo isso culminou em uma sucessão de conflitos dentro da família Cho, nas quais quase resultou na separação do casal. Por sorte, estavam empenhados em salvar o casamento e cuidar do primogênito que tanto amavam. Ver tudo isso fora deveras devastador para o adolescente, mas felizmente tudo acabou bem e as coisas se restabeleceram da melhor forma possível.
Mesmo sendo criado por pessoas cultas, os pais jamais coagiram o filho a nada; deixaram o rapaz confortável para tomar a decisão sobre qual carreira seguir, mas não havia outra coisa para ele. Todas as leituras conjuntas em família, as noites de autógrafo em lançamento de livro do progenitor, a troca de livros no Natal e os universos alternativos mágicos nos quais era transportado nos piores momentos durante a adolescência; quando os pais estavam prestes a se divorciar, foi o que o motivou a querer adentrar profissionalmente nessa área. Certa vez, leu em algum lugar que “um livro é a prova de que os homens são capazes de fazer magia” e concordou veementemente. Motivado pela paixão por livros, o jovem ingressou na universidade para cursar Literatura.
Após a sua formatura, o americano desejava embarcar em uma nova aventura, tal qual um personagem de livro de ficção, e foi por isso que decidiu fazer uma viagem para a Coreia do Sul. Assim, Andrew partiu para Seul com a intenção de ficar apenas temporariamente, mas o destino tinha planos diferentes para ele. Em Seul, ficou maravilhado com a energia e a vitalidade cultural da cidade. Ele descobriu uma rica cena literária e bibliotecas encantadoras que pareciam retiradas de um conto de fadas. Enquanto explorava as ruas de Seul, o rapaz encontrou um pequeno espaço abandonado em Mapo-gu e, inspirado por seu amor pelos livros, teve uma ideia arrojada.
Ele decidiu morar na Coreia e abrir sua própria livraria, um refúgio mágico onde as pessoas pudessem se perder nas páginas de histórias fascinantes. E foi assim que transformou o espaço decadente em uma livraria encantadora e aconchegante, cheias de prateleiras repletas de tesouros literários. Ele chamou sua livraria de “Chapter & Verse”, um lugar onde a imaginação e a paixão pelos livros se encontravam. 
Atualmente mora sozinho em um apartamento em Yongsan-gu e a livraria já conta com dois anos de funcionamento, sendo uma das mais bem avaliadas da região de Mapo-gu. 
OOC: +18 Triggers: N/A Temas de interesse: Angst, Crack, Fluff, Friendship
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( ooc: +18 ) Os fãs não param de falar disso! Parece que Im Soojun, mais conhecida como Vivvie, entrou para as redes sociais, sabia? Dizem que ela parece tanto com a Shin Ryujin! Ela nasceu em 21/08/1999 na cidade de Jeju, Coreia do Sul e atualmente tem 23 anos. Ela trabalha como atriz na SENSE Entertainment, deve ser muito talentosa… Ah, você quer seguir ela? Procura por @uv_vivvie e fica de olho nas novidades.
DEMAIS INFORMAÇÕES.
Etnia: coreana.
Personalidade: responsável e dedicada; barulhenta e debochada.
Atriz desde: 2020.
Fofocas/rumores:
Mesmo que seus tenham cortado todos os vínculos com ela, Soojun teve seu passado procurado e descobriram que ela vinha de uma família rica e que tinha estudado em Nova York e por isso, alguns boatos de que ela era a garota mimada que fazia bullying com seus colegas foram criados, mas desmentidos pela empresa imediatamente.
Ela doa casacos de frio em todo o inverno para ONGs que trabalham em prol de pessoas necessitadas
Trabalhos:
Anonymous High School Girl - Kang Yoonah (2022)
BACKGROUND/HEADCANONS.
Você acredita em destinos? Acredita que o que é para ser no fim será? Ou apenas acredita que o destino não passa apenas de uma reação de uma ação? Talvez Newton estivesse certo, mas ninguém pode provar que a nossa história está escrita em algum lugar no universo desde que nascemos, não é mesmo?
Filmes, séries, teatro, dublagem, literatura e tudo mais que era ligado a interpretação sempre fez com que os olhos de Soojun brilhassem. A coreana olhava para a televisão e não piscava, principalmente quando sentava com sua mãe para assistir às famosas novelas coreanas. Im Soojun foi criada em uma fazenda de laranjas na ilha de Jeju e isso trazia muito dinheiro para a sua família, a pequena nunca soube o que era pobreza e nunca soube o que era faltar algo para si. Seu futuro também era algo que estava escrito e transcrito pelos seus pais, se algo fugir do percurso, eles dariam um jeito para que voltasse ao que estava planejado. Quando entrasse no ensino médio, iria morar com sua tia em Nova York e iria cursar direito na Universidade de Seul e iria casar-se com um dos filhos dos amigos de seus pais. Parecia algo antiquado, não é mesmo? Soojun também achava, mas abaixava a cabeça e deixava com que seus pais guiassem a rédea da sua vida.
Quando chegou a época de mudar para Nova York, ela passou a se chamar Vivian Im. A imagem que seus pais tinham da sua tia, era que ela era muito bem sucedida com o negócio que havia firmado com o seu marido, mas a verdade era muito mais embaixo. A tia de Vivian havia se casado com um americano e realmente havia tido sucesso com uma companhia onde escrevia roteiro de teatros e filmes, fazendo bastante sucesso que fez com que o casal mudasse para Los Angeles, mas o que aconteceu foi que o marido de sua tia ficou tão encantado com a vida que a cidade dos anjos poderia lhe proporcionar que acabou traindo sua tia e engravidando outra, fazendo com que a tia da coreana pedisse o divórcio e voltasse para Nova York com metade do patrimônio do marido e abrindo uma pequena companhia de teatro em uma parte da grande metrópole norte-americana. A companhia de teatro não era muito lucrativa, ela recebia mais trabalhadores que procuravam por algo para rir e distrair sua mente após uma semana cansativa. Havia pouco funcionários e os mesmos atores que de duas em duas semanas ensaiavam para uma nova peça ou um novo musical. Quando Soojun chegou a cidade, quem a buscou no aeroporto não foi sua tia, foi uma suposta sócia que também trabalhava como secretária e contadora da companhia de teatro e ao chegar ao local, que também era a casa de sua tia, Soojun ficou assustada. Era um prédio de cinco andares, com vários apartamentos onde os atores e sua tia moravam e onde o primeiro andar era o teatro. Os apartamentos vagos eram usados como camarins e locais para guardar os cenários que eram remendados a cada duas semanas para se transformar em um novo.
A Tia de Soojun deu um dos apartamentos somente para ela, que diferente do local que mesmo limpo era extremamente bagunçado, o apartamento que ela foi alocada tinha uma decoração impecável e logo ela descobriu que era porque era um apartamento feito para caso o ex-marido de sua tia quisesse voltar, isso a deixou de coração partido. Soojun nunca contou para os seus pais a verdadeira face de sua tia, pois tinha medo de que tivesse que voltar para a Coréia, mas também porque ela em pouco tempo havia começado a amar aquele lugar. Ela assistia a todas as peças teatrais e ensaiava os textos com os atores. Ela até aprendeu a costurar e começou a ajudar a fazer as roupas para as peças. Ela estava amando cada momento que estava vivendo na cidade de Nova York, mas principalmente, com a companhia.
Ela era a mais nova e a mais empenhada e sua tia viu isso em seus olhos, então em uma noite em que as duas estavam conversando, sua tia perguntou se ela gostaria de fazer um pequeno papel em uma de suas peças, Soojun não exitou e aceitou na hora. No outro dia, estava passando as falas, agora, eram suas falas e não apenas uma leitura no papel para que outro ator pudesse respondê-las para ter certeza que havia decorado as dele, mas as falas de Soojun, ou Vivvie, como havia adotado como stage name. Com o passar do tempo, Vivvie foi passando de um pequeno papel para um papel maior até conseguir o papel principal, ela sentia cada vez mais. Porém, às vezes, era difícil, pois tinha que manter suas notas altas para que seus pais nunca desconfiassem do que ela estava fazendo em suas horas vagas.
A menina que havia ido para Nova York com um plano de vida ditado pelos pais acabou descobrindo que poderia ter um outro plano e esse plano teria sido escrito por si mesma. No seu último ano do ensino médio, faltando três meses para que se formasse, seus pais a ligaram avisando que já haviam comprado sua passagem de volta. Quatro anos haviam passado tão rápido e ela não queria ter que voltar e muito menos ter que fazer uma faculdade no qual odiava. Quando se despediu de todos da companhia, prometeu voltar em todos os verões para que pudessem atuar juntos mais vezes, mas Soojun voltou apenas uma vez, porque mais uma vez, o destino havia lhe mostrado uma outra porta.
No seu primeiro ano de faculdade, um olheiro a viu e deu seu cartão para que ela fizesse uma audição, a garota achou engraçado, mas foi mesmo assim. Ela sabia cantar e atuar, fazendo uma apresentação de um dos musicais da companhia da sua tia e assim, passou. Seus treinamento foi focado tanto em canto quanto em atuação, mas ela acabou fazendo debut como atriz. Seus pais não gostaram nada disso e fizeram questão de cortar qualquer vínculo com a mesma, mas sua tia lhe deu total apoio. Hoje em dia, ela largou a faculdade e concentrou-se 100% em sua carreira de atriz, pela subsidária da ARR Labels, que no início era a Cultural, mas hoje em dia, foi transferida para a Sense Entertainment logo que foi aberta.
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Me chamo, Caio.
O meu retorno a literatura começa em dezembro de 2022 quando trabalhei em uma biblioteca publica por 3 meses e, sem duvidas, umas das melhores coisas desse job foi retornar o hábitos e entrar num ritmo muito bom de leitura.
Como eu estava morando ali em Porto alegre, decidi que queria me aproximar e conhecer a literatura Latino Americana começando pelos clássicos. De cara peguei o livro dos Abraços do Eduardo Galeano que foi literalmente um grande abraço, fique bem envolvido e logo Galeano entrou para minha lista de favoritos da vida. Esse livro curtinho de contos e historietas me fez uma grande companhia em um momento que estava bem difícil de lidar com a cidade e os desafios desse ambiente de trabalho.
Na sequencia conheci Júlio Cortázar, Borges, Alejandro Zambra, Gabriel Garcia Marques e tenho mergulhado nessa longa lista de autores de diversos países do Cone Sul. Como me apaguei mais ao Cortazar e o Galeano decidi ir me aprofundando e conhecendo mais da escritas desses dois autores. Na minha frequência de leitura sempre pego um novo autor e retorno a outro livros dos meus queridinhos. Quando termino fico com a cabeça cheia e senti que seria uma boa ideia aliviar os pensamentos com a escrita. O desejo aqui e muito mais sensorial do que alguma analise técnica sobre os livros.
Falando um pouco de mim, sou uma pessoa que sempre deseja um bom café seja para começar o dia, reanimar as energias no fim da tarde ou degustar sabores e aromas de algum produtor local. Onde essa historia começou? Em 2022 trabalhei em uma loja de cafés especiais, um espaço que aglutinava experiências sensórias, degustações, muito conhecimento de toda cadeia de produção do café e as amargas metas do capitalismo de vender, vender, vender. Foi uma experiência de diversas camadas, o que ficou em mim foi o grande conhecimento que obtive de muitas horas dedicas a compreensão dessa indústria no Brasil e no mundo. Então, hoje o café e meio fiel amigo de todas as horas. E claro falarei sobre bons cafés nesse perfil.
Vamos nessa?
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academyguide · 2 years
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[ad_1] TweetarA vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel que pode ser obtido após exposição solar ou por meio da alimentação. A substância é essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações.É só pensar no que representa para o organismo a falta desta vitamina, que controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular.A vitamina D é necessária para a manutenção do tecido ósseo. Ela também influencia consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessante para o tratamento de doenças autoimunes e no processo de diferenciação celular. A falta do nutriente favorece 17 tipos de câncer. Esta substância ainda age na secreção hormonal e em diversas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas a Síndrome Metabólica, que tem como um dos componentes o diabetes tipo 2... O consumo da vitamina D é essencial para as gestantes, sendo que a falta dela pode levar a abortos no primeiro trimestre. Já no final da gravidez, a carência do nutriente pode levar a pré-eclâmpsia e aumentar as chances da criança ser autista. Existem ainda muitos outros benefícios que a vitamina D proporciona para o organismo. Infelizmente, cerca de 80% das pessoas que vivem no ambiente urbano estão deficientes nesta substância. Na hora de garantir as quantidades corretas do nutriente surge uma série de dúvidas. O protetor solar atrapalha na absorção de vitamina D? Quais os alimentos ricos em vitamina D? A absorção de vitamina D pelos alimentos é tão eficaz quanto pelo sol?Aproximadamente 60% dos brasileiros têm insuficiência ou deficiência de Vitamina D. A estimativa é da Dasa, empresa proprietária de 25 laboratórios de análises clínicas localizados em 13 estados, de norte a sul do Brasil. A Dasa avaliou quase 800 mil dosagens de Vitamina D, com amostras de pessoas do Brasil inteiro, colhidas em exames de sangue realizados de 2012 até meados de 2013. Representantes da Dasa apresentaram o resultado dessa pesquisa durante congresso realizado em Houston, nos Estados Unidos, em julho/2013, pela Associação Americana para Clínica Química (AACC). Esse evento da AACC é considerado o principal congresso de análises clínicas do mundo.Especialistas da Dasa explicam que os resultados da pesquisa confirmam o que tem sido verificado em outros países tropicais: carência de Vitamina D, apesar de o Brasil estar localizado numa área do globo terrestre onde há muita incidência de sol, principal fonte da Vitamina D. "A literatura diz que quanto mais distante do Equador você estiver, maior o seu risco de deficiência de Vitamina D. Então nós estratificamos em regiões. Então, por exemplo, há um grupo chamado Norte-Nordeste, há um outro que é Sudeste e o Centro Oeste, e há um terceiro que é o grupo da Região Sul. Então nós dividimos essas regiões de acordo com a distância delas do Equador. Também dividimos pela época do ano. Então o período em que foi melhor seriam as amostras provenientes da região Norte-Nordeste do País no verão. Mas, mesmo assim, somente 55% dos indivíduos tinham valores normais de Vitamina D. Os outros teriam deficiência. Aí você vai pensar: poxa, mas como é que vai ter deficiência no Norte e Nordeste? Porque o que acontece é que não adianta você estar naquele local. Você tem que estar exposto à luz solar. Muitas vezes, nesses ambientes, o que ocorre, até por ser muito quente, você vai estar em carros fechados com ar condicionado, em ambientes fechados com ar condicionado, você vai estar se protegendo do sol porque é muito quente. Em compensação, o pior cenário é na Região Sul, onde aproximadamente, no inverno, só um terço da população estava com valores normais de Vitamina D. Dois terços estavam ou deficientes, ou insuficientes."Mas qual o tempo necessário de exposição ao sol para que o organismo metabolize a Vitamina D? Isso varia de acordo com a cor da pele: quanto mais clara a pessoa, menos tempo ela precisa ficar ao sol; quanto mais escura a pele, mais tempo.
O endocrinologista e pesquisador norte-americano Michael Holick, considerado um dos maiores especialistas do mundo em Vitamina D, explica que o tempo necessário também varia segundo a hora do dia, a estação do ano e a localização da cidade no globo terrestre. No entanto, alguns critérios podem ser considerados universais.cIMPORTANTE: Segundo Michael Holick, o tempo médio seria de 15 a 20 minutos ao sol, sem nenhum protetor solar nos braços, pernas, abdomen e costas, mas com o rosto sempre protegido. Ele explica que o filtro solar impede que a Vitamina D seja metabolizada. Mas depois desses minutos de exposição ao sol sem proteção, Holick alerta que o uso do filtro é essencial.O especialista também diz que o melhor horário para que haja sintetização da Vitamina D pelo organismo é das dez horas da manhã até as três da tarde, por causa do ângulo de incidência dos raios solares. Michael Holick explica que o organismo não sintetiza Vitamina D solar antes das nove horas da manhã, nem depois das três da tarde.Então... O horário de maior absorção da Vitamina D é justamente o que os dermatologistas apontam como o mais perigoso para a pele: "Existe uma coincidência muito grande entre a radiação ultravioleta que produz a Vitamina D na pele e essa mesma radiação, esse mesmo comprimento de onda, é o que também gera o envelhecimento e o câncer da pele. Essa colisão, por assim dizer, de uma coisa boa com uma coisa ruim é um grande problema, porque a Vitamina D é necesária à saúde óssea. Nós, dermatologistas, sabemos quem pode ter o câncer na pele e sabemos o que causa o câncer da pele. O câncer da pele é causado pela radiação solar excessiva por aquelas pessoas que têm o risco para câncer da pele. Ou seja, pessoas que têm pele clara, olhos claros, cabelos claros, que têm antecedentes familiares de câncer da pele, se queimam com muita facilidade, já tiveram queimaduras, têm muitas pintas. A essas pessoas é feita, digamos assim, a proteção solar absoluta. Ou seja, se essa pessoa tomar sol, ela, no futuro, fatalmente vai ter o câncer da pele. A essas pessoas é recomendada proteção solar absoluta."Desta forma, se um dermatologista proíbe uma pessoa de tomar sol, ele tem que prescrever para o paciente a Vitamina D na forma medicamentosa:"Pode parecer que nós estamos brigando com os dermatologistas. Na realidade, é apenas uma questão de bom senso. Nós não estamos dizendo que não existem condições clínicas em que a pessoa não pode se expor ao sol. Mas toda a vez em que o dermatologista recomendar redução da exposição solar, uso de filtros solares, ele tem a obrigação de corrigir a deficiência da Vitamina D que, de outra forma, ele certamente iria provocar. E essa deficiência da Vitamina D iria provocar muito mais problemas do que aquele que ele está querendo evitar através do aconselhamento de evitar a exposição ao sol. No momento em que nós receitamos a proteção solar absoluta, nós tratamos de verificar como a situação da Vitamina D fica. Se verificado que existe uma insuficiência de estoque de Vitamina D para o indivíduo, então fazemos a suplementação medicamentosa."Clique aqui para ver maior! Só é possível conseguir vitamina D tomando sol?A vitamina D também é encontrada em alimentos, mas é quase impossível conseguir quantidades adequadas a partir somente da dieta. Por isso, é necessária a suplementação por meio de medicamentos. Para saber se o paciente tem suficiência ou insuficiênca de Vitamina D, o médico pede um exame de sangue específico para isso. A partir daí, a dose é receitada. Para evitar a carência do nutriente é interessante incluir na dieta alimentos ricos nesta substância e também tomar entre 15 e 20 minutos de sol sem proteção solar e com braços e pernas expostos todos os dias. Importante salientar que: "Apesar de alimentação e exposição solar serem complementares, este último garante entre 80 e 90% da síntese de vitamina D".Qual parte do corpo absorve melhor a vitamina D?Não existe uma parte do corpo que absorve melhor a vitamina D.
Este processo ocorre da mesma forma em todas as partes do corpo. A quantidade de vitamina D que será absorvida é proporcional a quantidade de pele que está exposta. Por isso, a orientação para ter boas quantidade deste nutriente é expor no mínimo pernas e braços ao sol sem proteção solar por cerca de 15 a 20 minutos.O filtro solar impede a absorção de vitamina D?Sim, infelizmente o uso do filtro solar prejudica a absorção da vitamina D por meio da exposição ao sol. Para se ter uma ideia, o protetor fator 8 inibe a retenção de vitamina D em 95% e um fator maior do que isso praticamente zera a produção da substância.cIMPORTANTE: Para evitar o risco do câncer de pele, é importante se expor somente durante os 15 a 20 minutos recomendados e, após esse período, aplicar o filtro solar. Além disso, o recomendado é passar o protetor no rosto e deixar as pernas e braços sem, desta maneira as quantidades de vitamina D ainda estão garantidas.Pessoas mais velhas produzem menos vitamina D em resposta à exposição ao sol?Sim, os idosos produzem menos vitamina D em resposta à exposição ao sol por questões metabólicas relacionadas à idade. A quantidade da substância produzida em uma pessoa de 70 anos é, em média, um quarto da que é sintetizada por um jovem de 20 anos. Por isso, é interessante que as pessoas com mais de 60 anos conversem com seus médicos sobre a possibilidade de ingerir suplementos de vitamina D.Quais alimentos são ricos em vitamina D?Os alimentos que possuem boas quantidades de vitamina D são: o salmão, 100 gramas têm 685 unidades, atum, 100 gramas contam com 227 unidades, sardinha, 100 gramas possuem 193 unidades, ovo, um ovo possui 43,5 unidades, queijo cheddar, 50 gramas possuem 12 unidades, e carne bovina, 100 gramas contam com 15 unidades. Note que todos eles são de origem animal. Fontes vegetais não conseguem sintetizar a vitamina da maneira como os alimentos provenientes de animais.A absorção da vitamina D nos alimentos é tão boa quanto ao ser exposto ao sol?Não. Enquanto os alimentos que mencionamos irão fornecer no máximo 6,85% da necessidade diária de vitamina D, com a exposição solar as quantidades da substância são muito maiores. Tomar sol durante 20 minutos diariamente proporciona as 10.000 unidades de vitamina D necessárias todos os dias.Quando tomar suplementos de vitamina D?Os suplementos só podem ser tomados após a constatação de deficiência de vitamina D e com a ORIENTAÇÃO MÉDICA (!!) para o consumo dessas doses extras. É preciso muito cuidado com o excesso desta vitamina.Quais os riscos do consumo em excesso da vitamina D?É importante destacar que o excesso de vitamina D só ocorre por meio da suplementação!! Isto porque os alimentos não contam com quantidades grandes da substância e a obtenção dela por meio dos raios solares é regulada pela pele, que cessa a produção de vitamina quando atinge os valores necessários. Porém, o excesso por meio dos suplementos mal administrados pode ser muito arriscado. Há a possiblidade de ocorrer a elevação da concentração de cálcio no sangue e isso pode provocar a calcificação de vários tecidos, sendo que o mais afetado é o rim, que chega até mesmo a perder sua função!Quem tem deficiência de vitamina D uma vez vai ter para sempre?Não, a deficiência pode ser revertida. É possível fazer esta correção do quadro por meio de suplementação, lembrando que esta alternativa é válida somente após a orientação médica, e/ou tomando sol sem proteção solar nos braços e pernas durante vinte minutos todos os dias.As janelas podem atrapalhar a absorção de vitamina D?Sim, elas impedem a absorção. Isto ocorre porque os raios ultravioletas do tipo B (UVB), capazes de ativar a síntese da vitamina D, não conseguem atravessar os vidros.Fontes: http://www.minhavida.com.br/http://www2.camara.leg.brATIVIDADE FÍSICA... FAÇA A COISA CERTA! ORIENTE-SE COM O SEU PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA!EXCELENTES ATIVIDADES FÍSICAS E ATÉ A PRÓXIMA!CONTINUE LENDO... MAIS INFORMAÇÕES
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leiturasdatais · 3 years
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🍎 Resenha de Crepúsculo @stehenie_meyers | @intrinseca Páginas: 416 Avaliação: ⭐⭐⭐⭐⭐ "Ninguém te contou ainda? A vida não é justa."      Isabella Swan passa a residir na cidade úmida e quase sempre chuvosa de Forks, junto de seu pai, Charlie. Ela se adapta com facilidade à nova rotina, e na escola, de imediato, faz novas amizades. A escola também é o ponto de partida de toda história, onde um rapaz lindo e misterioso chama a sua atenção.      O livro é narrado em primeira pessoa, na visão da protagonista Isabella Swan (Bella). A linguagem adotada pela autora é bem simples e de fácil compreensão.      Nos primeiros capítulos devo dizer que achei a Bella bastante irritante e infantil, e Edward, um sujeito com transtornos de personalidade. Mas tais impressões foram se dissipando com o desenvolvimento da história.      Na minha visão, a autora traz de uma maneira muito cativante a história de vampiros que vivem entre os seres humanos e aborda este tema de uma maneira bastante original.      A minha crítica a respeito desse livro é de que a dupla de protagonistas são personagens com pouca química e muito atrito. Sendo, por algumas vezes, difícil de entender o relacionamento entre eles. Apesar disso, dei cinco estrelas a esta obra pois consegui me identificar perfeitamente na personagem da Bella, uma jovem ambiciosa, apaixonada e determinada.      Stephenie Meyer é uma escritora norte-americana conhecida pela série Twilight.      Eu indico este livro para maiores de 16 anos devido a se tratar de um romance jovem.      Já leu este livro, ou quer ler? Me conta aí nos comentários❣ . . . . . #ler #livros #leitura #livro #literatura #book #books #amoler #instalivros #leitores #amolivros #bookstagram #amor #instabook #brasil #livraria #love #livroseleitura #lendo #reading #frases #read #poesia #livrosemaislivros #igliterario #bookworm #booklover #crepusculo #stepheniemeyer #intrinseca (em Cerro Largo, Rio Grande do Sul) https://www.instagram.com/p/CSKIA2rHJUj/?utm_medium=tumblr
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aquileslivraria · 1 year
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Livro em Bom Estado Editora Teorema | < 200 páginas 7€ Envio Grátis para Portugal
Anúncio OLX " Ela chega de uma ilha que desejou construir o paraíso... Assim começa, e assim acaba, este romance cru e desesperado de Zoé Valdés, indubitavelmente a voz mais original e expressiva surgida na América latina, nos últimos anos. Pátria, a protagonista, chama-se assim porque nasces no ano em que a Revolução triunfou em Cuba. Representa a primeira geração dos que nasceram e cresceram num sistema que deveria banir para sempre a injustiça. Porém, os anos goram passando e o paraíso prometido torna-se um inferno de frustração e penúria, de apatia e desespero, do qual todos, adeptos e cépticos, amigos e inimigos, se sentem prisioneiros. Perante a desoladora real idade, Pátria, que prefere que lhe chamem Yocandra, procura na escrita, com a raiva que se segue à impotência, um caminho que a liberte do ameaçador vazio. Revoltando-se contra a submissa paixão que a liga a dois homens, o Traidor e o Niilista, Yocandra submerge-se no labirinto do nada e escreve, sobre si própria e sobre os outros, sobre o quotidiano e o banal, sobre o passado e o presente, para se vingar, escreve até que as palavras se apoderam dela e a empurram para um futuro desconhecido e incerto, no qual brilha ténue a última luz da esperança. "
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blogdojuanesteves · 2 years
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RIO BAILE FUNK > VINCENT ROSENBLATT
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Funk como muitas palavras originadas da tradição Afro-americana desafia uma tradução literal pois varia com as circunstâncias. Como gíria, pode representar uma atitude ou um estilo imprevisível de alguém, e na música refere-se na maior parte a uma dança urbana sincopada, impulsionada pelo baixo e percussão e acentuada por qualquer instrumento em contraponto rítmico que desaguam no que chamamos de "groove": uma experiência prazerosa, bem como estimulante. Em resumo, estamos falando de uma ação sensorial acima de tudo, como mostra o livro Rio Baile Funk  (Editora {Lp},2022), do parisiense radicado no Brasil, Vincent Rosenblatt.
 O fotógrafo mudou-se para o Rio de Janeiro em 2002 e criou a Olhares do Morro, uma oficina de fotografia no morro da comunidade de Santa Marta, abrindo aos jovens locais a possibilidade de desenvolver e estudar a mídia. Rosenblatt tem com seus trabalhos destaque internacional e são vistos como uma autêntica expressão autoral. Os alunos já mostraram suas imagens na sede da Unesco em Paris (2004), no festival de fotografia Rencontres d’Arles e na Art Basel Miami Beach. O projeto terminou em 2008.
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O Funk é um fenômeno cultural marcante entre muitos na sociedade estabelecida na periferia do Rio de Janeiro e começou a aparecer já no final dos anos 1970, muito antes das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) entrarem e ancorarem nas comunidades próximo ao final desta década,  especialmente as localizadas nos morros da cidade, na tentativa de coibir o tráfico e o poder exercido por seus controladores. Um dos desdobramentos desse projeto foi igualmente reprimir o baile Funk.
 Rio Baile Funk é um livro absolutamente sensorial por vários motivos além das belas e pungentes imagens que nos mostra. É também uma espécie de manifesto proposto pelo autor que levou nada menos que 17 anos para fazê-lo desde que entrou no seu primeiro baile. Ele me contou que o Funk estava na trilha sonora da favela de Santa Marta, e ele já ouvia em seu atelier, antes da chamada pacificação. "Eu morava em Santa Teresa e tinha a favela em frente, e tinha o baile do morro de Santo Amaro. O som fazia tremer a minha casa, as letras eram fascinantes. Eu entendia como um manual de sobrevivência na favela. Funk guerreiro, fantasia... Na época eu não tinha contato, mas já tinha ouvido falar de outros bailes como o do Rio das Pedras."
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 O livro é um documento autoral onde revela a máxima proximidade entre Rosenblatt e seus personagens, algo raro de encontrar na produção brasileira, assim como projetos de livros com este largo espaço temporal. Podemos pensar em livros importantes como os da americana Mary Ellen Mark com seu Streetwise  (Aperture,1988)  [ leia aqui sobre Tiny Streetwise Revisited (Aperture,2015) neste blog em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/172591334236/tiny-streetwise-revisited-mary-ellen-mark ] ou The Fat Baby  (Phaidon Press, 2004) do também americano Eugene Richards, publicações como esta feita no Rio, que vão muito além da estética para uma questão até mesmo antropológica, que compartilham com o leitor uma percepção e memória destes eventos.
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 Quando estudava História, entre 1989 e 1997, Rosenblatt viajou muitas vezes para Polônia e acabou por desenvolver seu interesse pela fotografia, iniciando seus primeiros trabalhos no fotojornalismo. Retornou a Paris para estudar na École Nationale des Beaux Arts (ENSBA), no Atelier de Expressão Fotográfica da artista franco-inglesa Lesly Hamilton, onde se formou em 2001. Com a bolsa da Colin-Lefranc Fellowship descobriu o Brasil em uma viagem iniciática, oferecendo seu trabalho para ONGs em São Paulo, Rio e no Sul do Pará, na época conhecendo o laboratório social que o país era: “um lugar ansioso por mudanças”
Rosenblatt  conta: “ Um dia peguei um táxi e  parei na porta do baile de Rio das Pedras sem conhecer ninguém me apresentei aos produtores, que me deram autorização. Tive uma epifania...As letras do Funk são outro tipo de poesia. Crua, uma  literatura contada que parecia expressar a realidade da cidade: pulsante e real, expressando toda a atualidade como as questões de gênero... Amo muito o que vejo ali... Não escolho meus temas, eles que me escolhem e me identifico às vezes. Perto de casa também tinha o baile do Boqueirão do Passeio perto do Aeroporto Santos Dumont.
 Todo fotógrafo documentarista, de bom senso, que aventura-se em lugares complexos, ou zonas de conflitos, onde não é um nativo, sabe que na maioria das vezes é necessário o que no jargão jornalístico chamamos de "Fixer". Uma pessoa que vai intermediar a relação dos personagens locais e o autor, promovendo assim uma interação com um risco menor. Foi desta maneira que o inglês Martin Parr andou pelas praias cariocas e o paulistano Julio Bittencourt produziu seu livro Ramos (Cosac Naify e Editora Madalena, 2015) [ leia aqui review sobre este livro em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/129376070606/ramos-j%C3%BAlio-bittencourt ] . O percurso de Rosenblatt  também não foi simples.
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 "Fui "entrevistado" pelo organizador do baile, dono de uma equipe de som. Fora da favela, seu medo era o quanto uma foto ruim poderia prejudicar o evento." Vendo as fotografias, Rosenblatt acabou virando uma espécie de fotógrafo oficial do baile, colocando as fotografias em sites, assim mostrava uma nova "versão" do que seria um baile Funk e iniciava um longo processo interativo que iria influenciar em suas narrativas.
Vincent Rosenblatt me conta que os funkeiros antes eram muito mal vistos pela imprensa e  pela elite. Além das fotografias que lhe pediam, ele fazia as mais autorais. O conjunto que vemos no livro mostra uma surpreendente expressão corporal e até mesmo uma relação peculiar no estilo fashion usado, erotismo e sensualidade exacerbados, embalados pela música que antigamente era chamada de "Bate-Estaca" por seus detratores. Um mundo à parte, longe do arquétipo propagado pela sociedade muito mais conservadora.
  Como o fotógrafo diz, "desde 2005 dedico noites insones aos bailes funk. Mergulhado no corpo-a-corpo com os funkeiros. Tento preservar a frágil memória desses encontros, retratar a energia, os gestos e os desejos de uma juventude carioca do século XXI. Um envolvimento que vem desde quando trabalhava fotojornalista, documentando a cena underground do Baile Funk e das culturas marginais urbanas no Brasil.
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 O entendimento do poder oficial sobre os bailes de funk era que se tratavam de eventos que fortalecem a estrutura da bandidagem local, fosse ao aumentar seus ganhos financeiros, com o correspondente incremento da venda de substâncias lícitas e ilícitas, fosse ainda ao se constituir em oportunidade para o encontro dos integrantes da hierarquia do tráfico de drogas. O baile era oportunidade para os chefes e seus parceiros visualizarem seu poder. Poder que era simultaneamente financeiro, relacional e dadivoso. Estas festas eram oportunidade ainda para a juventude popular, e também uma parcela da juventude de classe média, se reunir, fruir a música e dançar. O baile Funk materializou uma certa ideologia do Rio de Janeiro, a de estabelecer conexões entre as muitas diferenças que compõem o seu tecido social, diz a pesquisadora Mylene Mizrahi da PUC Rio.
 Assim que entrou no baile do Boqueirão, zona Sul do Rio de Janeiro, um entre os inúmeros bailes que fotografou, Rosenblatt viu que frequentavam também pessoas vindo da zona Norte: "Havia uma comunicação não verbal entre nós... Fiz amizade com Djs, bailarinos e MC’s que fizeram questão de me levar para as suas respectivas favelas no intuito de documentar a beleza de seus bailes. Eles arriscaram o seu “conceito” na favela onde era a cria e a própria vida, pois qualquer foto que prejudicasse a comunidade e o seu lazer seria também culpa deles, que colocaram inúmeras vezes o seu crédito em jogo, junto aos poderes locais, isso sem me conhecer direito.  Fui depositário da confiança de inúmeras pessoas protagonistas do Funk as quais queriam que esse trabalho acontecesse. Em troca ao longo dos anos, forneci, sem parar, imagens para eles usarem em suas redes sociais.”
 Entre suas muitas narrativas, ele conheceu o DJ Pernalonga, que "levantava" o baile da favela da Árvore Seca, que faz parte do Complexo do Lins. Ele tinha a visão de que o baile precisava ser fotografado. Rosenblatt conta que era o início do Orkut, que tinha a comunidade dos bailes, e minhas fotos começaram a sair nessa rede. Hoje o baile é chamado Colômbia (nomes de países para despistar a fiscalização dos mesmos).  Outros Djs começam a ver as fotos, e me procuram, muita gente viu que era possível uma foto que não trazia danos para comunidade. Fiz projeções. Levava o projetor e projetava nas caixas de som, nas paredes...para amenizar o perigo. Mesmo autorizado, podia ter gente que não sabia que eu estava ali autorizado... o artista me apresentava pelo microfone: " O francês mostrando nossa cultura..."
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 Rosenblatt trouxe uma fotografia para um lugar que não havia representação: "Eu ia nos quatro cantos do Rio, com os músicos, que me levavam... enquanto eu fazia as fotos do meu interesse e ficava feliz de acessar essa geografia riquíssima, cheia de histórias e leis. Podendo acessar em um tempo de um show ou voltar criando laços. De 2005 a 2022, foram anos corridos em lugares que tinham uma esquizofrenia brasileira, que reconhece o Funk como cultural e por outro manda bater em moradores e destruir os bailes. Dinâmicas complexas... ``, diz ele. Períodos de Funk renascendo depois de um fechamento de um baile e outro, as mudanças musicais, outras gerações de funkeiros... Mesmo eu fazendo outras coisas, os funkeiros me convidavam..."
 Um paralelo a estes bailes, e por consequência ao comportamento e expressão cultural dos frequentadores do Funk carioca, nos leva ao movimento dos anos 1990 na Paris de Vincent Rosenblatt, o chamado Paris Black Night, registrado no documentário de mesmo nome dirigido pelo francês de origem africana Benny Malapa e co-produzido pelo documentarista francês Yves Billon. Para este, "Paris'' era o teatro desta viagem musical, mesmo que às vezes se fuja dela para os subúrbios anônimos. Mas uma Paris secreta de cor ultramarina, ignorada pelos guias oficiais e noturnos que se apegam à rotina, consistindo em pequenas ilhas africanas, caribenhas, americanas ou das Índias Ocidentais, composta de mil lugares despedaçados, de curta duração e vibrantes, que os que os frequentam enriquecem-se com o exotismo."
 Uma definição aproximada, feita por Billon, " Preto é a cor dominante de nossos atores, mesmo que o preto seja menos a cor de sua pele do que um estado de espírito, uma arte de viver, ou um sinal de gratidão, uma pulsão, a maneira como se vestem, riem, dançam, tocam música ou ouvi-lo. A noite é um momento privilegiado nas nossas indagações e peregrinações numa Paris "Negra", libertada das sombras cinzentas e da deselegância do cotidiano." Tal como podemos enxergar o Rio de Janeiro e seu Funk.
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 Para Rosenblatt, "O Funk carioca é uma ostentação de ritmos, rituais, territórios e identidades, e o trabalho é um vai e vem entre tentar dar conta dos movimentos coletivos e dos detalhes individuais: corpos funkeiros como manifestos de liberdade de expressão. O Funk toca o fotógrafo, "amplifica os limites do que temos o direito de expressar. Seja ele guerreiro, político ou sexual, o Funk dança na fronteira da liberdade. Isso tem a ver com a fotografia, que busca continuamente ampliar os domínios do visível. O que nos permitimos fotografar? Onde nos permitimos reconhecer a beleza no mundo?"
 O livro, diz o fotógrafo, não se trata da história do Funk, nem sobre os seus mais famosos protagonistas. Seu objetivo é dar uma experiência de baile, através das sequências das imagens, do ritmo e das cores, "feito de fragmentos das centenas de noites viradas." Certamente, o leitor, a partir deste livro, vai repensar o que tem como paradigmas do Funk, bem como aqueles da própria imagem fotográfica. Já era hora disso acontecer...
  Imagens © Vincent Rosenblatt   Texto © Juan Esteves
 Ficha técnica básica:
Editora {Lp} Press
Imagens e texto de Vincent Rosenblatt
Projeto gráfico:{Lp} Press
Color Grading: Paolo Lecca
Edição bilíngue Inglês-Português
Impressão: Gráfica Ipsis em papel Eurobulk
 Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor em : https://www.vincentrosenblatt.net/fotolivro-rio-baile-funk
 * O livro será lançado na próxima quinta-feira, dia 28 de julho, na Aliança Francesa, Rua Muniz Barreto 746, Botafogo, às 18h30.
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culturacoreana · 3 years
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Pachinko - Min Jin Lee
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Créditos/Foto: Blog Motivação Literária
"Lançado em 2017, nos Estados Unidos, 'Pachinko' tornou-se rapidamente um sucesso de crítica e de público. Recomendado por personalidades midiáticas como Barack Obama e Oprah Winfrey, o romance da americana de origem sul-coreana Min Jin Lee foi editado em 30 países, recebeu prêmios e, em breve, será adaptado para a Apple TV."
Sinopse
No início dos anos 1900, a adolescente Sunja, filha adorada de um pescador aleijado, apaixona-se perdidamente por um rico forasteiro na costa perto de sua casa, na Coreia. Esse homem promete o mundo a ela, mas, quando descobre que está grávida ― e que seu amado é casado ―, Sunja se recusa a ser comprada. Em vez disso, aceita o pedido de casamento de um homem gentil e doente, um pastor que está de passagem pelo vilarejo, rumo ao Japão. A decisão de abandonar o lar e rejeitar o poderoso pai de seu filho dá início a uma saga dramática que se desdobrará ao longo de gerações por quase cem anos.
Neste romance movido pelas batalhas enfrentadas por imigrantes, os salões de pachinko ― o jogo de caça-níqueis onipresente em todo o Japão ― são o ponto de convergência das preocupações centrais da história: identidade, pátria e pertencimento. Para a população coreana no Japão, discriminada e excluída — como Sunja e seus descendentes —, os salões são o principal meio de conseguir trabalho e tentar acumular algum dinheiro.
Uma grande história de amor, Pachinko é também um tributo aos sacrifícios, à ambição e à lealdade de milhares de estrangeiros desterrados. Das movimentadas ruas dos mercados aos corredores das mais prestigiadas universidades do Japão, passando pelos salões de aposta do submundo do crime, os personagens complexos e passionais deste livro sobrevivem e tentam prosperar, indiferentes ao grande arco da história.
Gênero: Romance Tradução: Marina Vargas Páginas: 288 ISBN 978-85-510-0634-4 Ano de Lançamento: 2020
Para guiar você nessa saga, confira a árvore genealógica dos personagens principais de Pachinko.
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Curiosidade: Para dar vida ao livro, Min Jin Lee entrevistou coreanos residentes no Japão, o que permitiu que os personagens, embora fictícios, construíssem um retrato real da população de imigrantes que sofreram e seguem sofrendo  com a discriminação no país.
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A autora
Min Jin Lee é escritora e jornalista coreano-americana que mora em Manhattan. Seu trabalho frequentemente lida com tópicos coreanos e coreanos inseridos na cultura estadunidense. É autora dos romances Free Food for Millionaires e Pachinko.
As coreanas são as melhores na literatura, não são?! (❛‿❛✿̶̥̥)
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jaimendonsa · 7 months
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Por que ler Moby Dick, de Herman Melville?
Moby Dick é considerado uma pedra angular da literatura americana; elogiado por sua prosa poderosa, explorações e, estrutura única, com nuances filosóficas. O alucinado capitão Acabe, pensa que é o mestre do próprio destino e capitão da própria alma, por essa razão, como um blasfemo, caça a baleia branca Moby DicK.
O naufrágio do Essex despertou o interesse de Herman Melville há quase 200 anos e, mais recentemente, o interesse da Warner Bros. Um novo filme, "In the Heart of the Sea" , é baseado em um livro que narra a história real do navio de Nantucket que sucumbiu à força de um cachalote no Pacífico Sul em 1820.
A história do navio (que partiu de New Bedford) inspirou Moby-Dick , de Melville , a clássica história da caça de Acabe à baleia branca. Se você estiver indo aos cinemas para assistir à apresentação de Chris Hemsworth quando No coração do mar  estreia em 11 de dezembro, impressione seus amigos com algumas curiosidades sobre Moby Dick .
Não fale com o capitão Acabe sobre blasfêmia. Atacaria o sol se ele o insultasse, pois não há loucura nos animais que se compare à loucura dos seres humanos.
Moby Dick investiga uma variedade de temas profundos da existência humana, como o bem, versus o mal; a obsessão, a vingança, a natureza destroçada da alma humana, a relação entre o homem e a natureza e, a busca pelo sentido da vida. Esses temas atemporais oferecem oportunidades de introspecção e compreensão mais profunda. Porque toda grandeza humana é apenas uma enfermidade da alma.  
Os personagens de Moby Dick são complexos e, shakespearianos.
Que Deus nos ajude! Pois, nossos pensamentos, desenvolvem outras criaturas sombrias em nós! É como um pelicano que se alimenta do próprio coração.
A leitura do romance pode oferecer insights sobre a psicologia humana e, expor as motivações por trás de nossas ações, pois, a insanidade humana pode ser enganosa e, astuta, e, às vezes, ela se transforma em algo ainda mais falaz quando menos esperamos.
A escrita de Melville é conhecida por seu rico vocabulário, imagens vívidas e, poéticas. A própria linguagem é uma fonte de conhecimento. Percebemos como nossos preconceitos crescem quando o amor vem dobrá-los.
Moby Dick apresenta perseguições emocionantes, encontros marítimos com a natureza humana.
Há, não se sabe, que doce mistério existe neste mar, cujas agitações suaves, e, terríveis parecem falar de alguma alma escondida abaixo. Cada vaga, é uma alma aprisionada em si mesma.
Moby Dick é uma experiência de leitura única que permanecerá no íntimo do leitor por muito tempo. É uma Leitura desafiadora.
___________Para ler grátis https://tinyurl.com/48zmpy6b
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evreuxdharcourt · 4 years
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𝐒𝐎𝐁𝐑𝐄 𝓒𝓤𝓑𝓐
Cuba, oficialmente República de Cuba, é um país insular localizado no mar do Caribe (ou mar das Caraíbas), na América Central e Caribe (sub-continente da América). O arquipélago cubano consiste na ilha principal de Cuba, além da Ilha da Juventude e de várias ilhas menores. Havana é a maior cidade de Cuba e a capital do país, sendo Santiago de Cuba a segunda maior cidade. 
CULTURA.
•   A cultura cubana é influenciada principalmente pelas da Espanha e África. O esporte é uma paixão nacional dos cubanos. O baseball é de longe o mais popular; outros esportes e passatempos incluem o basquete, voleibol, críquete e o atletismo. •   Cuba é uma força dominante no boxe amador, de forma consistente a realização registra medalhas em grandes competições internacionais.  •   A literatura cubana começou a encontrar sua voz no início do século XIX. Temas dominantes de independência e liberdade foram exemplificados por José Martí. Escritores como Nicolás Guillén e José Z. Tallet se concentraram na literatura como protesto social. Escritores como Reinaldo Arenas , Guillermo Cabrera Infante e, mais recentemente, Daína Chaviano , Pedro Juan Gutiérrez , Zoé Valdés , Guillermo Rosales e Leonardo Padura ganharam reconhecimento internacional na era pós-revolucionária, embora muitos desses escritores se sentiram compelidos a continuar sua carreira. trabalho no exílio devido ao controle ideológico da mídia pelas autoridades cubanas
CLIMA, GEOGRAFIA E POPULAÇÃO.
•   Como a maior parte da ilha está ao sul do Trópico de Câncer, o clima local é tropical, moderado por ventos alísios vindos do nordeste que sopram durante todo o ano. A temperatura também é formada pela corrente caribenha, que traz água quente a partir do equador. Isso faz com que o clima de Cuba seja mais quente que o de Hong Kong, por exemplo, que está à mesma latitude de Cuba, mas tem um clima subtropical.  •   Em 2017, a população cubana era de 11,2 milhões de habitantes, incluindo 5 580 810 homens e 5 610 798 mulheres. A composição étnica era de 7.271.926 brancos, 1.126.894 negros e 2.778.923 mulatos (ou mestiços). •   Banhada a norte pelo estreito da Flórida e pelo oceano Atlântico Norte, a noroeste pelo golfo do México, a oeste pelo canal da Península de Iucatã, a sul pelo mar das Caraíbas e a leste pela passagem de Barlavento. A baía de Guantanamo contém uma base naval tomada pelos Estados Unidos desde 1903. A ilha de Cuba é a 16.ª maior ilha do mundo.
VESTIMENTAS. 
Utilização de roupas leves diante do calor que faz todo ano, normalmente coloridas em sua predominância que combinam com o clima tropical da ilha. Homens costumam usar bastante branco e chapéus, enquanto mulheres usam muito vestidos coloridos. Camisetas estampadas são comuns em ambos os sexos. 
COMIDA. 
Algumas comidas e bebidas populares incluem: •   Cuba libre --- coquetel feito à base de rum, refrigerante de cola e limão.Atribui-se a invenção desta bebida aos soldados norte-americanos que ajudaram nas guerras da independência cubana em 1898. •   Ropa vieja ---  é um dos pratos nacionais de Cuba, mas também é popular em outras áreas ou partes do Caribe, como Puerto Rico e Panamá e até mesmo em o Filipinas . Ele consiste de lombo carne desfiada ou puxado com legumes. •   Tortica de morón --- sobremesa originária da cidade de Morón e é vendida em padarias como um lanche popular. O original é tipicamente feito com banha de porco (embora a gordura vegetal pareça uma substituição bastante comum) e os sabores de limão e rum tornam seu sabor distintamente cubano. É uma espécie de cookie.
MÚSICA.
A música cubana é a expressão dos ritmos trazidos para a ilha de Cuba especialmente pelos colonizadores espanhóis e os povos escravizados da África. Hoje em dia, está experimentando um novo "boom" da mesma, resultado do redescobrimento, pelo menos a nível dos grandes circuitos comerciais da música, que é um movimento musical florescente que vai desde a chamada salsa, até a música eletroacústica passando pelo jazz, o rock e a música clássica. Cuba tem grandes músicas e bandas como Buena Vista Social Club, Addys D'Mercedes, Orishas e Benny Moré. Cuba possui vários ritmos herdados de seus colonizadores como: salsa e merengue, influências africanas, rumba e principalmente o mambo que alega-se ser formado em Cuba por Orestes e Israel López (ex-integrantes da banda "Arcano y sus maravillas") em 1938. 
HISTÓRIA.
A história escrita da ilha começa com a penetração da Espanha e a criação da Capitania Geral de Cuba, cujo governo é instalado em Havana. Em 1762, a cidade foi ocupada brevemente pelo Reino da Grã-Bretanha, porém retornou à posse da espanhola depois de uma troca pelo território da Flórida, que atualmente pertence aos Estados Unidos. Uma série de rebeliões durante o século XIX não logrou pôr fim ao domínio espanhol. mas, paralelamente, as tensões entre a Espanha e os Estados Unidos acabariam por engendrar a Guerra Hispano-Americana, em 1898. Após o fim do conflito, naquele mesmo ano, Espanha e Estados Unidos firmam o Tratado de Paris, que estabelecia a cessão das colônias espanholas de Guam, Filipinas, Porto Rico e Cuba aos Estados Unidos. Assim, a ilha deixava de ser colônia da Espanha para se tornar território ocupado pelos EUA. Ainda em 1898, instala-se um governo militar americano em Cuba. Em 20 de maio de 1902 termina a ocupação americana, estabelecendo-se uma república e passando-se o poder a um recém-eleito governo cubano. Cuba conquistava assim, formalmente, a sua independência.
Mas, durante as primeiras décadas do século XX, os interesses norte-americanos ainda predominavam em Cuba, e os Estados Unidos continuavam a exercer grande influência política e econômica sobre a ilha. Isto terminou em 1959, quando o ditador Fulgencio Batista foi deposto pelos revolucionários liderados por Fidel Castro na chamada Revolução Cubana. Foi então promulgada uma nova constituição, a chamada Lei Fundamental, em 7 de fevereiro de 1959, na qual ainda não estava expressa a opção pelo socialismo. A rápida deterioração das relações com os Estados Unidos levou à aliança da ilha com a União Soviética, e à transformação de Cuba numa república socialista. No entanto, formalmente, a definição de Cuba como "um Estado socialista de trabalhadores" só aparecerá na Constituição de 1976. Fidel Castro ocupou o poder desde 1959, inicialmente como primeiro-ministro e, depois de 1976, como presidente, cargo que exerceu até 2006, quando delegou seus poderes ao seu irmão mais novo, Raúl. 
Durante quatro séculos, Cuba foi uma colônia explorada pela Espanha. Após o esgotamento dos metais preciosos ainda em meados do século XVI a produção açucareira tornou-se a base de sua economia, a partir do século XVIII, nos moldes de uma monocultura extensiva, baseada na mão-de-obra do escravo africano. No século XIX, os Estados Unidos já eram o maior comprador do açúcar cubano.
CELEBRIDADES.
Celia Cruz --- uma das melhores cantoras de bolero, Celia tem 23 álbuns de ouro e diversos Grammys. Ela é chamada de “rainha da salsa cubana” e também possui uma carreira como atriz.
Camila Cabello --- nascida em Havana, Cabello é uma cantora e compositora, conhecida pelo gênero de música pop. Como artista principal, Cabello lançou cinco singles que entraram no top 20 da Billboard Hot 100: “I Know What You Did Last Summer” e “Señorita” com Shawn Mendes, “Bad Things” com Machine Gun Kelly, “Never Be the Same” e “Havana”.
Gloria Estefan ---  é uma cantora cubana radicada nos Estados Unidos. Ela começou sua carreira como vocalista do grupo Miami Latin Boys, que mais tarde ficou conhecido como Miami Sound Machine.
TURISMO. 
•   Habana vieja --- Habana Vieja, o centro histórico da capital, é um local que justifica uma viagem inteira a Cuba. Com seus belíssimos edifícios e praças históricas, é na restauração de Habana Vieja que o governo cubano investe o dinheiro vindo do turismo. Num efeito cíclico, é a área do país que mais atrai os viajantes, justificando sua maior abertura ao mercado do turismo internacional – esta, por sua vez, traz cada vez mais dinheiro, que é reinvestido justamente na preservação de um dos maiores pontos turísticos de Cuba. •   Praça da revolução --- talvez o local mais fotografado de Cuba e um dos maiores pontos turísticos contemporâneos da ilha, a Praça da Revolução é o local onde ficam as duas enormes figuras de Che Guevara e Camilo Cienfuegos expostas nas fachadas de seus edifícios.A Praça em si é um grande espaço aberto, usado nas grandes manifestações, celebrações e pronunciamentos do governo.Logo ao lado fica o Memorial a José Martí, a mais alta estrutura de Havana, erguida em homenagem ao herói da independência cubana da Espanha. •   Malecón --- Malecón é o nome dado à mais conhecida avenida beira-mar de Havana. Ligando o centro antigo ao bairro do Vedado, percorrendo toda a sua extensão litorânea, o Malecón dá ao turista a oportunidade de ver a cidade em suas cores mais intensas. Com o mar de um lado e o casario colorido de outro, caminhar pelo Malecón e assistir de lá ao pôr-do-sol é uma das principais atividades introdutórias a qualquer turista que desembarca em Havana.
COSTUMES.
Apesar do extermínio dos ameríndios pelos espanhóis, alguns de seus elementos culturais resistiram e se fazem presentes até hoje na cultura de Cuba. Técnicas avançadas de cultivo de tabaco e fabricação de charutos, assim como o gosto apurado por eles é uma grande herança dos ameríndios de Cuba. Em todo o país é possível notar casas e algumas construções, bem como cidadões que ainda mantém a tradição de seus antepassados.  
Da Espanha, a cultura de Cuba herdou a língua espanhola e a religião católica, enquanto a santeria, religião baseada no culto aos orixás, foi uma herança dos africanos. E foi através da mistura dessas duas principais culturas que surgiu a tradicional música cubana, onde as letras e melodias espanholas fizeram a junção perfeita com os ritmos e estilo musical peculiar dos africanos, gerando os famosos estilos musicais danças da cultura de Cuba: rumba, mambo, salsa, son e punto.
𝐇𝐂𝐒 𝐃𝐎 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃
Essa playlist com músicas cubanas, antigas e contemporâneas, toca a toda hora no stand.
Há torticas de morón, ropa vieja e cuba libres “virgens” (sem álcool) para degustação, além de vir acompanhado de mini receitas que são distribuídas em panfletos feitos pelos alunos do stand. 
Alguns dos cuba libres não são sem álcool, você só precisa saber para quem perguntar.
Alguns alunos encenam a salsa para os espectadores.
No stand também possui café cubano quentinho e uma exposição de charutos cubanos.
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