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Claudia é Intersexo, Vamos Falar Sobre Isso
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Este texto foi traduzido graças aos apoios que recebemos e disponibilizado para nosses apoiadories no dia 3 de Agosto de 2017.
Aviso de gatilho: discussão sobre mutilações cirúrgias e médicas que crianças intersexo estão sujeitas na infância e pelo resto da vida, preconceito contra pessoas intersexo
Olá galera, sou Claudia, e sou intersexo! Digo, sou muitas coisas. Por exemplo, sou: uma estudante de graduação nas ciências na cidade de Nova York, uma feminista com tendências riot-grrrl (um movimento meio punk dos anos 90 até a atualidade no feminismo), uma lésbica com uma namorada incrível e algumes des melhores amigues (queer E hetero cis) que eu poderia querer, uma dorminhoca e procrastinadora em recuperação, uma viciada em doces… Mas é, também sou intersexo. E é por isso que eu estou aqui. Intersexo geralmente é tratado como uma condição médica – uma coisa meio rara e esquisita que rola às vezes com crianças e que precisa ser consertada. Sinto como se a consciência cultural ao redor de intersexo é a imagem de uma pessoa meio andrógina com ambes um pênis e uma vulva; tipo um homem cis e uma mulher cis juntades, que talvez seja um homem ou uma mulher, “na verdade”, ou talvez ambes, ou talvez algo diferente de tudo. Essa imagem não é correta, apesar deu ter levado mais de uma década pra realmente entender e abraçar isso. Intersexo, primeiramente, é sobre corpos – um jeito biológico de ser. Quando a maioria das pessoas nascem, ê médique, ou a parteira, ou o motorista de táxi assustado grita “É um menino!” ou “É uma menina!”. A pessoa gritando decide se esse ser humano pequenininho é um menino ou uma menina ao investigar suas características físicas. Apesar de médiques tipicamente checarem apenas a genitália externa para desginar o sexo, essas características também incluem órgãos sexuais internos, cromossomos e tipos e níveis de hormônios. Se uma criança tem todas as “formas de garoto” desses traços, ela é designada menino. Se uma criança tem todas as “formas de garota” desses traços, ela é designada menina. Pessoas intersexo nascem com uma mistura de características sexuais – algumas tradicionalmente consideradas masculinas e algumas tradicionalmente consideradas femininas – no mesmo corpo. Por exemplo, eu tenho uma vagina e seios e cintura que se desenvolveram tardiamente, mas também tenho cromossomos XY, e eu tinha testículos no nascimento. Tenho alguns traços “masculinos” e alguns “femininos” no mesmo corpo, então não é tão fácil me designar explicitamente como “macho” ou “fêmea”. Meu próprio corpo é só um exemplo; intersexo não é apenas uma categoria, existem muitas variações de intersexo e, dentro de cada uma, muita diversidade. Nem todos os corpos “masculinos e femininos” se parecem ou funcionam da mesma maneira, sabe? Saber que eu sou intersexo e só não te diz muito sobre eu ou meu corpo. Entender o que significa intersexo também ajuda a entender o que não significa. Nossos corpos são naturais e normais e saudáveis; apesar de alguns problemas de saúde serem associados com algumas formas de intersexualidade, simplesmente ser intersexo não é um problema médico em si. “Fêmeas” tipicamente possuem ovários, mas o fato de que algumas mulheres terem câncer ovariano não significa que ser “fêmea” seja uma doença, né? Além disso, pessoas intersexo – biologicamente – não são hermafroditas. Hermafroditas são seres vivos que, ao mesmo tempo ou em períodos diferentes em seu ciclo de vida, possuem conjuntos completos e totalmente funcionais de órgãos sexuais “femininos e masculinos” – externos e internos. Humanos não se qualificam com essa definição, com as espécies hermafroditas sendo representadas na maioria por plantas, peixes, moluscos e outros bichos. “Hermafrodita” é um termo datado que médiques usavam para se referir a pessoas com anatomias sexuais atípicas, e apesar de ser considerada uma palavra muito ofensiva na maioria, algumas pessoas intersexo a reivindicam hoje e usam como um termo inclusivo ou um rótulo de identidade. Isso também significa que o conceito popular de hermafrodita como alguém que possui ambos um pênis e uma vagina, não está correto biologicamente. Alguns genitais externos podem parecer atípicos em algumas formas de intersexualidade, mas isso não é o caso para outros. Depende muito. Intersexo com certeza é sobre corpos, mas não é sobre genitais. Há tempos que intersexualidade é considerada um tema controverso, e ao longo do meu processo de aceitação da minha intersexualidade, vem se tornando mais e mais difícil de entender o porquê. Não é tão revolucionário aceitar que existe variação nas aparências e nas funcionalidades dos corpos. Tipo, não existem só olhos marrons e azuis; existem olhos marrons escuros e claros e médios, e azuis muito profundos e muito clarinhos e olhos verdes e castanhos e violetas e violetas com uns pedaços verdes e azul com pedaços amarelos etc… Estamos confortáveis com o fato de que não existem apenas duas alturas, ou dois pesos, ou duas cores de pele etc., para as pessoas. Por que o sexo delas devia ser diferente? Este conceito – que sexo não é binário, que há muitas maneiras em que o sexo pode se apresentar – é realmente bem assustador para muitas pessoas. Acho que é porque tem aquela ideia por aí de que baseado no tipo de corpo que a pessoa possui, o sexo, gênero e a atração sexual dela estão todes inerentemente vinculades em um dos dois conjuntos pré determinados. Uma criança designada mulher no nascimento é instantaneamente pressuposta como mulher. Ela se sentirá uma mulher, brincará com bonecas vestidas de rosa, ela agirá feito mocinha, usará saias e batom, será fofa e materna. Também geralmente é pressuposto que ela irá se atrair por meninos cis, fará sexo com eles, especialmente a penetração “heterossexual” sagrada do pênis na vagina, certo? Mas o que você faz quando precisa enfrentar uma pessoa cujo corpo não é facilmente categorizado como masculino ou feminino? Qual deve ser o gênero dela? Talvez ela não se sentirá como menina e brincará de soldadinhos vestidos de rosa, e agir feito mocinha exceto quando não quiser, e aí se vestirá em combinações de roupas que irão assustar as crianças. Talvez ela gostará só de meninas ou só de meninos ou ambes ou outros floquinhos de neves assustadores como ela mesma, e QUEM SABE o que acontecerá se ela se reproduzir? Resumindo, diferente de crianças designadas de maneira binária no nascimento, não existem normas para guiar a sociedade em como as pessoas intersexo devem ser tratadas. Corpo intersexo criam um pânico social. Nossas características físicas podem até não serem tão assustadoras, mas as implicações de aceitar os nossos corpos escalam rapidamente de “o que isso significa” a “o que DIABOS eu faço AGORA?”. O sexo biológico é um dos jeitos mais fundamentais em que seres humanos se identificam e se entendem ; se a nossa ideia de sexo biológico estiver errada, o que mais pode estar? É coisa demais pra lidar. A “solução” meio óbvia que tem sido usada por muito tempo é a de tentar “consertar” a gente. Somos “realmente apenas garotos e garotas normais” com problemas médicos. Trate esses problemas – remova e altere o que puder (por exemplo, genitais, órgãos sexuais internos, hormônios) e tenta esquecer o que não puder (cromossomos). Um dos “tratamentos” mais comuns é a cirurgia genital. Algumas crianças intersexo possuem genitais que não são tipicamente masculinos ou femininos e às vezes são consideradas “ambíguas”. (odeio este termo; nossos genitais não mudam de forma e tal. Nossos corpos não estão “entre” corpos “femininos e masculinos”. Eles existem por si mesmos.) O clitóris e o pênis se desenvolvem do mesmo tecido no corpo, então alguns indivíduos possuem o que pode ser considerado um clitóris grande ou um pênis pequeno. Clitóris grande significa que é masculino demais para meninas, e um pênis pequeno significa que não é “um homem de verdade”, então médiques e famílias geralmente decidem designar essas crianças como meninas e diminuem essa estrutura (ou, há algumas décadas, a removiam como um todo), para parecer “normal”. Foda se que essas cirurgias são simplesmente cosméticas e não têm nada a ver com saúde. Foda se que as crianças quase sempre são muito pequenas e não podem consentir para esses procedimentos. Foda se que essas crianças, quando crescerem, podem não sentir sensações sexuais muito bem/de jeito nenhum por baixo dos tecidos das cicatrizes, e que podem nunca sentirem um orgasmo. Foda se que as cirurgias são irreversíveis, e que essas crianças são obrigadas a viverem com os resultados dessas cirurgias pelo resto de suas vidas. Existem vários outros tratamentos para “corrigir” as várias maneiras que corpos intersexo deixam as outras pessoas desconfortáveis. Médiques tentam mover cirurgicamente a uretra à ponta do pênis quando está localizada em outro lugar, ou, menos comum, transformam cirurgicamente um clitóris grande/pênis pequeno em um pênis maior. Vários procedimentos são necessários às vezes, e resultam em muito tecido de cicatrização. Canais vaginais ditos pequenos demais para o sexo “heterossexual normal” são reconstruídos, apesar de não poderem se auto lubrificarem, ou poderem fechar ou poderem sofrer prolapso. Além da cirurgia, estes canais também podem ser “dilatados”, ou esticados regularmente com dildos médicos por meses ou até anos. Órgãos sexuais internos são frequentemente envolvidos porque médiques avisam que eles podem se tornarem cancerígenos se deixados em paz. Esta prática não é muito lógica, porque, tipo, médiques não removem os ovários ou as próstatas de crianças diáticas (que não são intersexo) porque elas podem um dia desenvolverem câncer de ovário/próstata. Remover órgãos sexuais internos podem tornar pessoas antes férteis em pessoas incapazes de se reproduzirem, e incapazes de produzirem hormônios importantes para o desenvolvimento e a saúde óssea. Meus testículos foram removidos alguns meses após o nascimento, e agora eu preciso tomar uma pílula todo dia para substituir os hormônios que meu corpo poderia produzir sozinho. Tenho o privilégio de possuir um plano de saúde por enquanto, mas comprar essas pílulas me dá um asco por princípio, e me entristece saber que eu preciso delas. Enquanto eu decido tomar as minhas pílulas na maioria dos dias, médiques podem começar a substituição hormonal em crianças desde uma idade muito jovem para se desenvolverem como “meninos ou meninas típiques”. Os resultados são irreversíveis, às vezes. Há tantas coisas que as pessoas intersexo precisam sofrer, e se recuperarem delas. Por muito tempo, eu acreditei no modelo médico de intersexo, que eu era algum tipo de menina-coisa e que era o trabalho des médiques me fazerem “normal” – apagarem as partes de mim que eram estranhas demais, grandes demais, e me ajudarem a ser essa menina “real” que estava soterrada algum lugar por dentro de mim. Eu nasci no meio da década de 1980, quando não havia ainda a internet, e eu nunca tinha ouvido falar em intersexo como algo além de uma condição médica. Só comecei a explorar o intersexo na faculdade, no meu computadorzão tosco do alojamento estudantil, quando minha colega de quarto estava ausente. Comecei a aprender sobre meu corpo e ver outras perspectivas. Existiam outras pessoas intersexo, como eu, que pareciam pensar que ser intersexo não era algo ruim e que precisava ser consertado e apagado. Disseram que o que havia sido feito com seus corpos era errado, que foi feito sem seu consentimento, que suas famílias e médiques não deveriam poder fazer escolhas sobre o que devia ser feito a seus corpos se não for sobre saúde. Diziam que médiques não deviam se envolver de maneira alguma: se nossos corpos naturais são saudáveis, argumentaram, por que ir ae médique para “consertá-los”? Se não estamos doentes – o que há para consertar?
(Na faixa, está escrito “Hermafroditas com Atitude) O que devia ser consertado é a maneira em que percebemos a intersexualidade na nossa sociedade, e os procedimentos médicos cosméticos aos quais somos submetides sem nosso consentimento. Ativistas intersexuais começaram a se mobilizar no começo dos anos 1990. O primeiro protesto público feito por pessoas intersexo aconteceu em 1996 (na foto), quando eu tinha apenas dez anos, dois anos após eu ter aprendido que não tinha um útero e que não iria menstruar, e três anos antes deu escutar a palavra “intersexo” pela primeira vez. Desde então, muites ativistas intersexo têm se esforçado para aumentar a consciência de que a intersexualidade existe e que somos apenas pessoas normais, mesmo se nossos corpos são menos comuns. Hoje em dia, sei que o modelo médico não é correto, e eu estive trabalhando para mudar isso. Sou autora do blog Full Frontal Activism: Intersex and Awesome (Ativismo Direto: Intersexo e Daora), a co-fundadora e co-coordenadora dos eventos anuais do Dia de Consciencialização Intersexo da cidade de Nova York, e a Diretora Associada da parte estadunidense da Organization Intersex International (Organização Intersexo Internacional / OII), o maior grupo de advocacia do mundo para causas intersexo. Como uma lésbica, também estive fazendo mais pensando sobre a intersecção de questões intersexo e queer, como o inerente heterossexismo em fazer procedimentos cirúrgicos para garantir que uma vagina possa acomodar um pênis, ou construir um “clitóris normal” que não irá assustar um parceiro homem cis. Também está se tornando comum procurar alguns tipos de intersexualidade em fetos, como a hiperplasia adrenal congênita (CAH). Muitas pessoas com CAH são designadas e criadas como mulheres, mas como elas possuem níveis de testosterona, ser queer é considerado um efeito secundário de CAH. “CAH leva à viagadem”. Então as pessoas estão escolhendo testar o sangue para ver se suas crianças terão CAH, e aí decidem se querem ou não abortarem. Tudo isso é Queerfóbico, pois não deixa espaço para essas crianças decidirem o que querem, como querem que seu corpo pareça e funcione, baseado em quem sentem atração e que tipos de sexo querem fazer algum dia. Há vários motivos pelos quais famílias e médiques podem querer alterar cirurgicamente uma criança, e em alguns casos, a Queerfobia pode estar, infelizmente, no topo dessa lista. Intersexo agora está sendo incluído na sigla LGBTQ, adicionando o “i”. Nem todas as pessoas intersexo estão confortáveis com isso, e muitos dos mesmos argumentos que foram usados antes de incluírem a letrinha “T” para Trans agora são usados para intersexo: que intersexo não é uma atração sexual ou um gênero. Que nem todas as pessoas intersexo são queer de maneira LGBT ou outras maneiras, e não querem estar associadas à comunidade LGBTQ. Nem todas as pessoas intersexo querem reconhecer publicamente sua intersexualidade, ou não se identificam como tal, porque pessoas intersexo são normais como somos. Porém, mais ativistas intersexo estão querendo a inclusão do “i” no LGBTQI, porque nossos objetivos principais combinam com os de outros movimentos queer: nos tratem como iguais e aceitem a nossa autonomia, independente do nosso sexo e gênero e o que escolhemos fazer com nossos corpos. Olhe para nós, saiba que somos reais e que somos visíveis se você abrir seus olhos e sua mente, e saiba no seu coração que o que está acontecendo com nós é uma merda. Deixe que nós escolhamos o que fazer com nossos corpos e nós mesmes. Estou muito empolgada de estar falando sobre questões intersexo na Autostraddle (o site original em que foi publicado, que possui muito foco em questões lésbicas e queer). Enquanto eu quero discutir questões amplamente relacionadas com intersexualidade, quero muito focar em questões que afetam mulheres intersexo que são queer. Como nossos corpos influenciam os nossos entendimentos das nossas atrações sexuais. Como ser intersexo adiciona uma outra camada de “sair do armário” e se assumir a parceires sexuais e a namorades em potencial. Como ser queer se torna uma outra dimensão quando as pessoas descobrem que você é queer E intersexo. Como apoiar parceires sexuais que são intersexo, que podem ter cicatrizes emocionais e físicas por causa do CIStema médico. Também quero dividir um pouco da minha história – minhas histórias pessoais – e criar uns diálogos sobre questões intersexo que vocês, leitories, possam ter. Obrigada por me deixarem dividir isso com vocês, é muito bom conhecer vocês <3 . Texto original escrito por Claudia, neste link. Tradução por Cosmo
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Como eu faço pra usar neopronomes em português? Umae amigae minhae usa elae/delae, mas mesmo assim fica bem estranho. Alguma dica? Obrigada!
Terminações já existentes: -a, -e, -i, -o, -u, -w (u), -y (i) e -x (é-ks), eu também acho possível usar -t (t’ mudo), -d (d’ mudo), -q/-c/-k (qu’/c’ mudos), -z/-s e -h (com som de nada, como se fosse um terminação ausente/nula).As pessoas usam geralmente os últimos terminação que pessoalmente indiquei como se fosse um erro de digitação, mas soam-me totalmente coerente quando pronunciados.
Æ/-æ (ae [æʃ]) nunca vi usarem realmente em português, uma vez houve uma má representação de pronomes num site e que falava que só usavamos -æ e -x se não me engano.
Artigos eu realmente acho que só é possível usar vogais, ou letras que soam como vogais, como dáblio e ípsilon, e no caso de xis por usar vogal na pronúncia (é-ks ou xis). Cheque mais nos links ao final da postagem.
Quanto a pronomes, os mais usados são ile e elu, eu uso ily entre quase todos os outros pronomes, mas existem inumeráveis (ou diversas) formas / combinações para pronomes, inclusive adicionalmente com diacríticoscomo ^ (acento circunflexo), ~ (til) e ´/`/¨ (grave, agudo e trema), acho que seria desonesto usar diacríticos que não estão dentro da língua portuguesa.Vejo pronomes como se você falasse o nome da pessoa numa fala, eu prefiro falar o nome da pessoa invés de um pronome super desagradável pra mim. Eu inclusive acho legal a ideia de usar ty como pronome pra mim, mas eu não tenho esse nome e nunca tive (obs.).
Lembrando que o pronome não tem que ser sempre igual à terminação/sufixo [final do adjetivo de forma ‘generada’ (gendered)], no site da @orientandoorg e na wikia da @espectrometria-nao-binaria você pode checar alguns pronomes já existentes: <orientando.org/listas/tipos-de-linguagem>; <pt-br.identidades.wikia.com/wiki/Linguagem_não-binária_ou_neutra>.
Mencionando casualmente também: @midiaqueer @rexistencianaobinaria @nbandproud @neutrois-maverique
Edit: confundi artigo com terminação.
Obs.: concordância nem sempre é necessária, visto que bináries vivem errando até mesmo em textos acadêmicos e entre outros oficiais.
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#mogai int
So, @keerky (which I can’t tag lol) had an idea a while ago to make a tag for people outside the US suffering from REG or anti-MOGAI/a-spec/multi/nonbinary/trans rhetoric at their local communities.
I then made several suggestions about the tag, and they expressed preference for #mogai int.
While an international MOGAI tag may not seem too specific, I think what sets MOGAI apart nowadays is how we usually have more specific/obscure labels, and I think a lot of the experience we have while being MOGAI is about being perceived as “too weird for the ~actual LGBT community~”.
And, honestly, even if someone has a label that isn’t so obscure, supporting/advocating for all MOGAI people means you will have some experiences worth talking about too.
Not policing the tag, though... gay, lesbian, binary trans, bi and so on are still marginalized identities, and you can identify as MOGAI and talk about your experiences too.
Well, I’m going to tag some people now: @cistrendered, @midiaqueer, @alphabetsoup-mogai, @nothanksbinary, @ask-pride-color-schemes, @bpqua, @rhodanum, @safequeerspace, @00queer
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Tutorial De Como Ser Trans de Verdade
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Arte: Kahalia | Instagram | Apoia-se
Autoria: Luci
Alerta de ironia no título do texto! Primeiramente trans de mentira existe sim. Trans de mentira são as pessoas cis que fazem papel de trans na mídia. De resto, todo mundo que se identifica como trans é trans de verdade.
Me identifico socialmente como uma pessoa negra transfeminina, socialmente porque é só na sociedade que eu preciso ter um crachá me identificando, porque eu comigo mesma sou só a Luci. Eu preciso me identificar socialmente como negra, trans, transfeminina, não binária, pansexual, assexual fluida e mais um monte de coisa porque só assim que eu tenho a possibilidade de lutar pelos direitos que me ainda não me deram, de apontar as violências que me perseguem. Além disso foi só me identificando que consegui entender uma tonelada de coisas que eu sentia e vivia. Que isso fique BEM escuro, entendido?
E eu não estou fingindo, eu sou trans e não binária, mas fora da sociedade eu não sinto a necessidade de me dar um gênero, nem uma sexualidade, nem um nome certas horas. Não quero ter que pensar se o que eu estou vestindo vai me deixar feminina ou não, se alguém vai me identificar como feminina ou não e se isso vai me dar margem pra apanhar ou ser vítima de transfobia nas ruas.
Esses tempos tive muuuuuitos questionamentos na minha cabeça e muuuuita ideia rolando. E, ainda bem, todas tiveram conclusões. Por isso vou deixar a caixa alta pra vocês nunca esquecerem isso: SE QUESTIONEM, O TEMPO TODO, TUDO, TODOS, INCUINDO VOCÊ.
É só assim que a gente se liberta da ignorância, da intolerância, da falta de conhecimento, pensando, formando opinião própria. E hoje, estava aqui eu linda indo tomar banho, quando me deparo com o espelho e vejo uma PESSOA linda e amei pela primeira vez meu corpo, completamente. Foi a primeira vez que me senti realmente e totalmente livre e também a primeira vez que entendi o que eu tenho que fazer pra ser trans de verdade:
Primeiro passo: Deixar de só repetir discursos, mas entende-los e aplicá-los
Entender o que as palavras, frases e conceitos que a gente vive repetindo realmente significam e ficar passando elas na sua mente até fazerem sentido pra você: “Roupas não tem gênero” “Trans não é sobre modificar seu corpo ou estilo de vida” “Não binárie não é sobre ter uma aparência andrógina” “Sou trans, mas sou alguém além disso” “Gênero é uma construção social” “Nem toda pessoa trans quer modificar seu corpo” e etc.
Não adianta nada só ler a frase, tem que entender, tem que aplicar principalmente em você. Tudo muda ao seu redor quando você se posiciona, quando você forma seu pensamento crítico e principalmente quando você foge de ser um dicionário pronto e vira uma pessoa locutora de suas vivências.
Eu não to nada afim de forçar em mim uma “femininilidade” padrão cisheteronormativa seja nas roupas, cabelo e etc (até porque ser feminina não é sobre isso). Isso acontece dentro de casa, e penso que isso também devia continuar nas ruas em todo lugar. Não quero mais me esconder em polos de masculinidade ou feminilidade, roupas, maquiagem ou acessórios, quero usar o que der na telha, sair com a roupa que eu tiver afim.
Quando eu me vejo nua no espelho eu sinto algo faltando em mim, os seios desenvolvidos. Mas quando eu não to pensando nisso, eu não sinto falta de nada. Eu me questiono muito sobre isso, e realmente cheguei a conclusão de que ter ou não ter não é tão importante assim. Quando eu quiser, um sutiã vai preencher isso. Eu sou muito adepta de preservar o natural das coisas em mim, e isso me leva a pensar que se eu sempre tivesse morando sem ter contato com essa normatividade cisgênera e a ditadura dos (cis)gêneros, talvez o peito nunca fosse mesmo importante.
Até o dia que tive a ideia desse texto, eu nunca havia parado pra pensar que eu, mesmo falando coisas do tipo “coisas femininas e masculinas não existem, são coisas” “a coisa só tem gênero quando tá no seu corpo”, eu percebi que eu não colocava um brinco porque eu queria usá-lo pra ficar bonito, eu colocava pra me deixar mais encaixada nessa ideia de feminino que o mundo tem. E percebi um nova prisão, a do esteriótipo padrão cishetero feminino. E pensei “eu não doei minhas coisas que me deixavam desconfortáveis pra agora ficar desconfortável com outras coisas que eram pra me libertar”.
Passo dois: Entender realmente o que é ser trans
Feito o passo um, agora você vai conseguir entender um pouco além. Mais uma vez, não se limite a só repetir o que tá escrito aqui, mas entenda isso e aplique isso.
Ser trans na sociedade, é subverter uma informação quase pétrea cisgênera-hétero. Então não espere nada menos que retaliação. É quando não cair na prostituição, saber se virar por que não tem emprego. É ter que ralar bem mais que uma pessoa cis pra ter acesso a educação básica. É saber que as possibilidades de se relacionar afetivamente com alguém que não te esconde, que não te faz sentir mal por ser trans, que te respeita é quase como ganhar na loteria. É viver receosa com as notícias e os dados de estatísticas de transfobia e morte, então prepare-se para sentir o medo, a todo tempo. É acordar e ir dormir lutando o tempo todo contra o CIStema e a favor da sua sanidade. É ter a noção que tudo pra gente é mais difícil de conseguir, sempre a base de por favores, constrangimentos sociais. É saber que quem tá do seu lado a todo tempo te apoiando, vai sofrer também de muita coisa que você passa. É perceber finalmente que não somos doentes, nem pessoas fracas, mas é que nos tornam doentes, nos deixam cansades.
Tem uma tal disforia e você tem que saber quem ela realmente é. Algumas pessoas (to aprendendo hoje também) confundem o sentido dessa palavra com o Transtorno Dismórfico Corporal que é “um transtorno psicológico muito grave no qual uma pessoa se torna excessivamente obsessiva com algum aspecto da aparência física, a nível de se tornar extremamente depressiva”. A real disforia é um “sentimento de não-pertencimento/inadequação a um determinado gênero causado por uma falha em cumprir as expectativas de uma norma social perversa, que opera no sentido de deslegitimar corpos não-cisgêneros. A sensação, por exemplo, de que possuir determinados genitais deslegitima seu gênero pode ser um exemplo de disforia.” PORTANTO, ter disforia é algo totalmente plausível para nós pessoas trans que somos castras e induzidas o tempo todo a nos adequar ou readequar nossos corpos a natureza física dos corpos cisgêneros, ou seja, a nos submeter a processos que nos deixem com a cara e corpo de pessoas cis. É importante você se questionar porque isso pode ser o fim da guerra contra a sua disforia. Nós pessoas trans, assim como pessoas cis somos um pacotinho cheio de características corporais. O corpo cis e o corpo trans não funcionam ou tem mesma forma natural, e o certo não é que a gente se enquadre ou defina um padrão pra ambos seguirem, o certo é deixar que cada corpo seja o que é.
Chamam também de transição, o movimento que você faz quando tira o véu que te cobriram com um gênero que não tem muito a ver com sua própria (e sempre a mais importante) identificação. Transicionar não tem que significar que você tem que passar por um processo de hormonização, nem de cirurgias. Significa um processo de reconhecimento, de entendimento da sua trans-identidade.
Atenção, fiscal de gênero passando aqui no texto pra te falar o que é o policiamento de identidade. “É uma prática discriminatória de policiar a identidade sexual ou de gênero de outras pessoas, quando alguém diz que a identidade (ou a forma de se identificar) de outras pessoas está errada. Quem pratica policiamento de identidade vê, como questão de honra, obedecimento à natureza, moralidade, “normalidade sexual” e afins, que uma pessoa tenha expressão de gênero compatível com a sua identidade ou gênero designado. Também conta como policiamento exigir certas coisas na transição de pessoas trans, especialmente invalidando a identidade delas caso contrário. Questionar a validade das escolhas de nome e pronome/desinência de tratamento das pessoas trans.” Daí acontece a invalidação: a “prática discriminatória de dizer para alguém que o gênero ou a orienta��ão da pessoa não existe ou não é válido. ”
Ah e não vamos esquecer a tal passabilidade. Passabilidade significa "passar-se por", e no meio trans isso significa, “se passar” por um homem ou mulher cisgênero. E nesse pacote da passabilidade vem as frases disfarçadas de elogios (mas que não são): "nossa, mas ninguém nunca diria que você é trans", "você engana bem, viu?", "você parece muito com uma mulher/homem!".
A pressão social acontece de várias formas para que você seja passável. Mas, um segredinho, nem todas pessoas trans tem a intenção de se parecer a alguém cis, e algumas outras não tem a informação pra entender que elas não precisam se submeter a isso. Mas a sociedade faz de tudo pra que você se enquadre em coisas que ela consegue absorver, e ser trans não se enquadra nisso. Não é certo acreditar que a transexualidade está relacionada basicamente a quanto a pessoa se parece cisgênera. Se cria uma expectativa muito grande sobre quem devíamos ser, mas não é obrigade a se submeter a nada disso. Se você for sempre aquilo que esperam de você e nunca o que você espera de você, ou nunca quem você quer ser, não adianta, o conforto não vai vir, a felicidade não vai existir. É também, preciso que todo mundo saiba que nem toda pessoa trans tem dinheiro ou recursos ou o desejo de passar por cirurgias e procedimentos estéticos.
Passo três: Entender o mundo que te cerca
É de vital importância que você entenda através de observação e questionamentos o mundo que te cerca. NINGUÉM vai ter a propriedade de falar 100% sobre como o mundo te trata, só você, então pare um tempo e reflita sobre tudo que te acontece. Você pode saber porque ele oprime mulheres, pessoas negras, gordas, fora dos padrões normativos, diverso-funcionais, LGBTI+, mas você ainda tem que ir além disso, tem que entender porque você passa com as pessoas e na sociedade a maioria das situações que você passa. Debata com outras pessoas também pra te darem outras ideias. Além de tudo, conversas assim de autodescobertas são poderosíssimas e super interessantes.
O mundo que te cerca te dá um pouco de tudo para preencher algumas de suas dúvidas, mas ainda há uma imensa cortina que você vai ter que sozinhe retirar pra não se manter na ignorância e não ser mais um fantoche. Por isso, aprenda com você mesme, tudo que puder.
Evitar depender que outras pessoas reconheçam quem você é, ou o seu gênero, às vezes, nos tira um peso das costas. Não que você não tenha o direito de reivindicar seu gênero pra sociedade, você tem e se puder, faça isso. O que quero dizer é, não espere dos outros isso. Não crie essa expectativa, porque isso vai, novamente te deixar prese naquela expectativa cisheteronormativa que ninguém (nem pessoas cis-heteras) querem e conseguem se encaixar ou vão se encaixar totalmente, e isso uma hora isso vai te decepcionar muito.
Você não precisa se formatar a algo pra ser reconhecide não. Nem usar tal roupa, ou fazer tal coisa pra alguém te tratar de alguma forma que você se reconhece. Por mais prazeroso que seja o reconhecimento de alguém de quem você é,. Você se reconhecer já deve ser importante e suficiente (porque chegar nesse ponto é um privilégio) enquanto a sociedade não atualiza suas regrinhas.
Entender que a identidade é SUA e que só você pode entendê-la mais que ninguém e também reconhecê-la mais que ninguém é de vital importância.
Citações do texto: http://rexistencianaobinaria.tumblr.com/post/152515575208/glossário-termos-sobre-gêneros-sexualidades
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O hebraico pode ter uma linguagem neutra?

A prática de promover a inclusão de gênero está se tornando mais comum nos campus universitário norte-americano, e tudo faz parte da evolução da língua inglesa.
Mas para falantes do hebraico, a inclusividade de gênero é muito mais complicada. Isso porque o gênero em hebraico - como em espanhol, hindi, francês e outras línguas - está intimamente ligado à construção da palavra. "O hebraico vai muito mais além", diz Erez Levon, professor de sociolinguística da Universidade Queen Mary de Londres, que se concentra em questões de gênero e sexualidade. Ele explica que a linguagem hebraica é particularmente restritiva porque o gênero é transmitido através de terminações masculinas ou femininas dos verbo, adjetivo e advérbio e quase em todas as outras partes de um discurso.
Pegue o substantivo "amigue" em hebraico. Se traduz em chaver no masculino, chavera no feminino e chaverim e chaverot para um grupo de pessoas mistas, respectivamente. Levon diz que o hebraico pode ser “um desafio” para aquéles que não se encaixam nas categorias tradicionais de gênero ou se identificam como não-bináries - aquéles que não se consideram masculines ou feminines ou não querem se referir à um gênero especifico.
Alguns israelenses dentro da comunidade LGBTQ criaram suas próprias estratégias para resolver esse problema. Um exemplo é a prática de fundir sufixos masculinos e femininos para criar um sufixo inclusivo como - imot ou - otim, de acordo com Sarah Bunin Benor, professora de estudos judaicos contemporâneos no Hebrew Union College e professora de lingüística da Universidade do Sul Califórnia. Por exemplo, chaverim é substituído por chaverimot ao abordar um grupo de amigues de gêneros diferentes, rejeitando o padrão masculino.
Um método mais comum de promover a inclusão de gênero é a inversão de gênero, na qual “homens biológicos” - independentemente de com qual gênero se identifiquem - usam significantes femininos na conversa, e “mulheres biológicas” usam significantes masculinos. Alguns escolhem alternar entre uma única conversa ou até mesmo uma única sentença - uma prática que Levon diz comunica que “eles não querem jogar esse gênero”.
Isto é o que Nir Kedem escolhe fazer. Professor de estudos culturais no Sapir Academic College em Sderot e professor da Universidade de Tel Aviv, Kedem é especialista em teoria queer e feminismo. Ele é um cisgênero (alguém que se identifica com o gênero que recebe no nascimento), homem gay, mas às vezes usa a linguagem feminina para se referir a si mesma na sala de aula e ao escrever para seus alunes.
"Isso requer um certo esforço, mas essa é a minha estratégia preferida", diz ele, explicando que teve dificuldade em se adaptar à fusão de sufixos de gênero. Em seus escritos, Kedem às vezes usa barras, traços e pontuações para se referir a gêneros, como chaverim / ot ou chaverim.ot em vez de apenas chaverim. Ou ele pode mudar a ordem dos sufixos para colocar o feminino em primeiro, como em chaverot / im .
Fora de Israel, uma política que normaliza a inclusão de gênero em hebraico é encontrada em um lugar inesperado - Habonim Dror, um movimento juvenil judaico sionista-socialista norte-americano que surge do trabalho progressista sionista. Lá, os líderes adotaram o sufixo plural inclusivo de gênero, chaverimot, em seus acampamentos com grupos de jovens, e criaram um novo sufixo singular de gênero neutro, –ol, que tem suas raízes na palavra hebraica kolel, que significa “inclusivo”. Agora quem não se identifica como um campista masculino ( chanich ) nem campista feminino ( chanichah ), é ume chanichol . Benor diz que o sufixo de gênero neutro - ol é uma invenção inteiramente de Habonim Dror não encontrade nas comunidades israelenses.
Um fenômeno semelhante está ocorrendo em algumas congregações americanas, onde os fiéis são chamados à Torá usando linguagem neutra quanto ao gênero , como mibeyt / mimishpachat , que significa “da casa de” ou “da família de” em vez do tradicional ben ou bat. ("filho ou filha"). Na Congregação Beit Simchat Torá (CBST), em Manhattan, fiéis que preferem não sinalizar seu gênero são chamades para ler a Torá com Mibeyt. "A comunidade judaica é muito mais ampla do que simplesmente aquéles que se identificam como um ou outro gênero", diz Sharon Kleinbaum, rabino sênior do CBST. “A linguagem deve expressar a realidade de nossas vidas, então expandimos a linguagem conforme a usamos”.
Benor não acredita que essas políticas ganhem muita força em Israel. “Éles trabalham na América porque a maioria de judeus americanes não é fluente em hebraico e porque as palavras hebraicas em questão são usadas principalmente em inglês”, diz ela. Americanos só precisam modificar palavras que usam na sinagoga ou no campo, mas israelenses precisariam mudar conversas inteiras. “Todo o sistema gramatical teria que ser modificado”, acrescenta Benor.
O caminho para a inclusão de gênero no hebraico conversacional é longo, diz Kedem. Ele aponta para formulários oficiais em Israel que usam a linguagem masculina para tratar de todos os gêneros. Alguns incluem declarações de exoneração no topo, dizendo que, embora o formulário use linguagem masculina, ele aborda tanto homens quanto mulheres. Mas Kedem ainda não viu um formulário com a opção de marcar "outro" para gênero/sexo além do masculino e feminino.
No entanto, há sinais de que a língua hebraica está evoluindo com relação ao gênero. "Alguns dos sufixos femininos estão saindo completamente de uso", diz Levon. Assim como os americanos podem se referir a um grupo de mulheres como " you guys" (você cara!), os israelenses estão fazendo o mesmo. Apesar disso ainda promove o uso de significantes masculinos para pessoas de diferentes gêneros, pode ser um passo à frente na inclusão de gênero. Embora a tendência não pareça uma rejeição deliberada das normas de gênero”, diz Levon, “parece que o gênero, nesse sentido, está se tornando um pouco menos importante”
Recomendamos tbm: A Lingua Hebraica é Problemática?
Texto de Lara Moehlman para MomentMag
Traduzido por D. Camel
Autoria MidiaQueer
#hebraico#linguagem neutra#linguagem não binária#neolinguagem#neologismos#b'nei mitzvah#genero no judaísmo
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Paro-, Plura- e Variorientades
Parossexualidade (e parorromânticidade)

Paro- uma pessoa pluri que sente diferentes métodos de atração pelos gênero em que é atraíde.
Uma pessoa parossexual, pode ser demissexual com mulheres, e reciprossexual com homens. Ou ume parromântique, pode ser alorromântique com não-bináries e gray-aro com bináries.
Geralmente quando uma pessoa paro é alo por certo gênero, adiciona-se o sufixo -flexível na orientação, como o caso de ceteroflexível, monoflexível, etc. Exemplo: um nb que é alossexual com homens e não-bináries, mas é gray com mulheres, podemos chamar de nãolherflexível (ou nãofemiflexível), independente se é bi, poli ou pan.
Alguém que acha a ideia muito difícil de fragmentar tanto a orientação, pode se declarar paroafetive apenas.
Paro- vem do latim: separar.
Plurassexualidades (e plurarromanticidades)
Plura- estar nos espectros a- e pluri na mesma orientação, ser uma mistura de a-spec e m-spec, ou alguém que é multi e a-espectral ao mesmo tempo.
Pode ser um termo guarda-chuva para toda assexualidade plural. Exemplos: fray-bissexuais, grey-panromantiques, demi-polissensuais, lito-oniplatoniques…
Similar a schro-/schrodi- (ser alo e aspec ao mesmo tempo).
Multi-espectro: orientação plural, atração por mais de um gênero, termo guarda-chuva para bi, poli, pan… #mspec A-espectrais: assexuais, arromantiques, assensuais, apls, aqps… Nesse caso, seria de área cinzenta. #aspec Ambos os espectros são monodissidentes (não-monossexuais).
Variorientações (orientações cruzadas/mistas/transversais)
Variorientade: alguém cujas orientações sexuais e românticas não "coincidem" (ex.: pansexuais arromântiques, bissexuais monorromântiques).
Também conhecidas como pessoas de orientações cruzadas, mistas ou transversais, esse termo serviria mais para quem se atrai sexualmente por alguns gêneros, que não se atrairia romanticamente, ou vice-versa. Mas também pode ser um termo usado caso seja de formas diferentes.
O oposto de variorientação é periorientação, onde as orientações são iguais, como assexuais arromântiques e bissexuais birromântiques. Porém, a pessoa pode estar em ambas as classificações e se atrair de formas diferentes pelos gêneros, como uma pessoa que é demi-panromântica, mas é gray-onirromântica, logo ela estaria mais para orientação cruzada que periorientade.
Uma pessoa bi pode ser apenas atraíde sexualmente por homens e mulheres (nãone), mas romanticamente pode ser atraída por mulheres e não-bináries apenas (nomin), notem que elu é bissexual e birromântique, mas especificamente é nãomenromântique e noninsexual, tornando-a variorientade.
Variorientades costumam sofrem muita invalidação de suas orientações, como o elitismo bi (acharem que vc é menos bi por causa disso), ou elitismo ace/aro (acharem que vc é menos ace/aro por ser variorientade), advindas da alonormatividade (padrão sexo-amato-normativo, que dita que atração romântica e sexual vão juntas), parte da heteronormatividade, podemos chamar também de varifobia ou perismo.
Leia mais sobre midiaqueer.tumblr.com/165988395601 @midiaqueer
Periorientade: alguém que as orientações romântica e sexual "coincidem" (ex.: plurisexuais pluriromântiques, assexuais arromântiques, monossexuais monorromântiques).
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Assassinato filmado: jovem tenta atropelar travestis e causa morte de motoqueiro
Imagens entregues á Polícia Civil mostram guiador tentando matar duas travestis. Em seguida, ele atropela motoqueiro e abandona carro num supermercado.
(Matéria Re-editada pelo MidiaQueer para respeitar o gênero das travestis)
Está em poder da Polícia Civil imagens captadas por uma câmera residencial que mostram quando um motociclista é morto por um motorista que guiava um veículo de luxo em alta velocidade e na contra-mão. O guiador do carro estaria perseguindo e tentando atropelar duas travestis. As cenas mostram a premeditação de um crime que se transformou em tragédia para a família da vítima, um homicídio doloso no trânsito.
O fato ocorreu no começo da manhã do último dia 7 de abril, no bairro Joaquim Távora, em Fortaleza. Era por volta de 5h45 quando o veículo Azera, de placas HUG-8319 (CE), segue em alta velocidade pela faixa contrária da que deveria trafegar (contra-mão) na Rua Antônio Augusto, proximidades do cruzamento com a Rua Adolfo Siqueira, e colhe violentamente uma motocicleta que transitava em sua faixa correta. Nas cenas captadas, o piloto da moto é colhido fatalmente, sendo arremessado a vários metros de altura devido ao impacto e cai na calçada.
As imagens mostram, ainda, que o motorista atropelador sequer reduz a velocidade do automóvel e foge rapidamente do local do desastre, deixando a vítima gravemente ferida e a motocicleta completamente destruída. Outra câmera mostra que, após a colisão, o guiador do veículo abandona o carro no estacionamento de um supermercado próximo e vai embora tranquilamente.
A vítima fatal do desastre era Auricélio Lima Vieira, 55 anos, que pilotava sua motocicleta de placas HUG-8319 (CE) e, naquele momento, saía de casa para vender tapiocas, atividade que lhe garantia o sustento da família. Gravemente ferido, ele ainda foi levado para o Instituto Doutor José Frota, onde morreu poucas horas depois na Emergência.
Fuga e versão do guiador
Após cometer o crime de trânsito, o guiador desapareceu, mas foi identificado posteriormente como sendo Victor de Carvalho Alves, que, momentos antes de causar o desastre teria perseguido e tentado atropelar duas travestis com as quais estava acompanhando.
Quatro dias após o fato (dia 11 de abril), Victor compareceu ao 4º DP e registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) onde narrou ter sido vítima de uma tentativa de assalto pelas travestis a quem denominou de “amigas” de uma garota chamada Jéssica que ele conheceu numa boate, na Praia de Iracema, na madrugada daquele mesmo dia e deu carona as três. Disse ainda que, após deixar Jéssica em casa, seguiu com as outras duas jovens e estas teriam tentado assaltá-lo. Na fuga, teria atropelado o motociclista.
As imagens dos momentos que antecederam o crime de trânsito sugerem esta interpretação e o caso está sendo objeto de investigação policial no 4º DP (Pio XII), onde foi instaurado inquérito sobre a presidência do delegado José Munguba Neto.
Um laudo pericial particular anexado aos autos e produzido pelo perito criminal Ranvier Feitosa Aragão, atesta que o crime ocorreu por conta da atitude do guiador do automóvel na sua conduta na direção do veículo. “As atitudes do condutor do automóvel foram de ataque e de perseguição continuada, facilmente comprovadas pela filmagem, que registra a marcha á ré, objetivando alcançar a “primeira amiga” (travesti) e pelo regresso ao local dos episódios em desabalada carreira, ocasião na qual colidiu com a motocicleta da inditosa vítima”, afirma Feitosa.
E concluiu que a causa da colisão foi “a conduta imprópria do condutor do automóvel, por conduzir o veículo pela contra-mão de direção, animado de excessiva velocidade e, sobretudo, por conduta temerária, atitude errada e perigosa, por assumir riscos desnecessariamente”.
Em nome da família da vítima, o caso está sendo acompanhado pelo advogado Artur Feitosa Arrais Martins.
Veja aqui o vídeo do momento do crime.
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