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#não fique lembrando de coisa ruim
giseleportesautora · 10 months
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Sem Backup [Poesia]
Sem Backup [Poesia] - Todos os meus dados perdidos. Uma vida inteira da noite para o dia apagada. O mundo está lá, mas eu sou um vulto sumido. Uma alma partida e fragmentada. #poemascifi #scifi #poesiascifi #passado #memorias #guardarrancor
[Leia com o Áudio da Poesia!] Todos os meus dados perdidos. Uma vida inteira da noite para o dia apagada. O mundo está lá, mas eu sou um vulto sumido. Uma alma partida e fragmentada. Toda a minha identidade foi deletada. Quem sou?, nem eu mais sei. Sem backup, toda a história que vivi até aqui acabada. Sem passado, sem local, sem lei. Olho para a tela preta do celular, minha expressão se…
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codigodocavalheirismo · 9 months
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Além do Bem e do Mal
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Vocês já ouviram falar que nós vivemos em uma dualidade? É um conceito muito interessante, mas difícil de explicar, principalmente porque se a pessoa ainda não teve essa experiência de consciência tudo o que for dito será só mais informação. Seres humanos de certa forma são seres duais, e isso é perceptível em qualquer lugar se você observar atentamente, normalmente quando vemos pessoas discutindo sobre algo tem dois lados, dois times, dois partidos, que seja. Ouvimos e vemos muitas pessoas discutindo sobre política, esquerda e direita, negros e brancos, homens e mulheres, religiosos e ateus. Mas também vemos isso dentro do ser humano, na maneira como nós nos organizamos na vida, de uma geral teremos uma série de características ou experiências pelas quais teremos desejo ou ambição de ter, e uma outra gama pela qual sentimos rejeição.
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 Por exemplo, temos uma preferência pelo calor, e detestamos o frio, amamos o sucesso e detestamos o fracasso, queremos o doce, odiamos o amargo, queremos amor, rejeitamos o ódio ou a indiferença, e assim por diante. Tudo isso está em termos gerais é claro, isso pode se desdobrar de diversas formas na vida de cada um, mas se você mantiver os olhos atentos, garanto que vai reparar em algo desse tipo. Somos assim por natureza acredito, talvez seja até um mecanismo de defesa, uma maneira de se organizar em frente ao caos em nossa volta, uma direção preferencial digamos.
  E como vimos a sombra se desenvolve durante a nossa criação, somos ensinados a termos certos valores e não outros, sejam eles quais forem, aquilo que é visto como bom nós desenvolvemos e o que é visto como ruim, ou repreensível, nós escondemos, reprimimos, falando de forma bem simples é claro. Mas como todos nós sabemos, a vida não é preta e branca, ela é diversa, complexa e profunda, conforme caminhamos, e vamos ganhando experiência, essa percepção de dualidade começa a mostrar suas falhas, nada é 100%. Uma maneira fácil de perceber isso em você é se observar quando alguém te desagradar ou quando você não gostar de algo que alguém fala, ou discordar, se você imediatamente coloca aquela pessoa numa caixinha com nome X, você não está enxergando direito.
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Acredito que seja uma reação normal, até para preservar a nossa paz de espírito, mas não é algo saudável a longo prazo. O que seria essa caixinha? Seria uma categoria de pessoas que você não se identifica, do tipo “Ahh, mas esse povo de esquerda” “Ahh mas são tudo coxinha” ou qualquer outra asneira que seja. Quando fazemos isso, diminuímos o ser humano a nossa frente, não somos capazes de lidar e o reduzimos a uma ideologia, uma maneira de agir ou de pensar. Eu garanto pra vocês que se vocês se permitirem ouvir de coração aberto, vão ouvir razões dos dois lados, sejam eles quais forem. Ninguém tem toda a razão e o outro lado está completamente errado, e lembrando do texto sobre as sombras, muitas vezes o que nos irrita nos outros, é aquilo que reprimimos em nós mesmos, então quando alguém te irritar, fique atento, você pode ter muito mais em comum com aquela pessoa do que se permite dar conta.
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 Então, aqui nos encontramos, na fronteira entre o bem e o mal, e agora? Como eu respondo? Niilismo? Nada tem importância? Bem e mal são indiferentes? Sem dúvida é uma possiblidade, uma que cada vez fica mais comum, suponho que é porquê ela torna as coisas mais fáceis de lidar, mas isso é a curto prazo, a longo prazo, o preço desse tipo de mentalidade é caro. O que fazer então? Bom, a primeira coisa eu acredito que seja dar um passo, mas um passo pra trás, como assim?! Simples, conforme essa camuflagem de dualidade vai se desfazendo, e você começa a ver que as pessoas do outro lado não só também são seres humanos como tem coisas em comum com você, você dá um passo pra trás e começa a observar todas essas coisas que você usou (ou te usaram) pra te definir, seja ela o que for, você se definia como sendo A e não B, mas agora você vê o B também tem um pouco de razão, e que as pessoas não estão completamente erradas, então agora eu troco de lado? Não, não necessariamente, claro que você pode, mas você vai só trocar o A pelo B e manter o mesmo problema! rs
  É importante ter seus valores, é importante ser capaz de questioná-los também, o que quando nos identificamos com eles fica mais difícil. Mas isso é uma régua, uma bússola talvez, algo que nos ajuda a ter uma direção nesse mundo confuso e perdido, é importante estar aberto e desejoso de aprender, e de encontrar a verdade, mas qual é a verdade? A verdade vai aparecer quando você busca, e eu posso te garantir, você vai cometer muitos, mas MUITOS erros pelo caminho, seja onde você estiver, seja o que você decidiu acreditar, algo vai parecer que é verdade para você, e quando persegue aquilo, você vai ver que talvez o caminho seja outro, e a verdade vai parecer diferente, mas se mantenha fiel a si mesmo, esse é o seu norte, às vezes parece que é para cá, às vezes para lá, mas continue caminhando, e se permita desfrutar da jornada, esteja aberto a mudar seus valores se achar necessário, ou se manter a eles se considerar o correto, observe que tipo de pessoa você se torna quando faz isso, está mais próximo de ser a pessoa que gostaria de ser? Ou está se afastando dela?
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  Essa não é uma jornada fácil (se é que existe jornada fácil) começamos a abrir os olhos e enxergamos em nós coisas que odiávamos nos outros, pode ser doloroso, mas precisamos ter compaixão, e uma coisa eu digo, quando conseguimos enxergar e perdoar aquilo em nós mesmos, o que está no outro nos afeta muito menos. Estamos sempre caminhando na incerteza, tentamos ser sinceros com nós mesmos e nos desviamos porque achávamos estar indo em um caminho e acabamos cometendo mais um erro, nos perdoamos, sacodimos a poeira como dizem por aí e buscamos mais uma vez o que parece certo, algo nos irrita, e passa despercebido, e assim vamos caminhando, sem uma fórmula mágica, descobrimos muitas ferramentas úteis e verdades necessárias do outro lado, muitas vezes, mas muitas vezes mesmo, o que nós mais precisamos está onde nós menos queremos ir.
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  Acho que todos já passamos por isso, nem que seja quando crianças, aquela vontade de poder de uma vez saber de tudo o que existe, para não ter que aprender mais nada, a resposta mais comum é “e se você aprendesse tudo, o que ia fazer depois?!” rs Vida é aprender e caminhar, nós nunca vamos saber de tudo, nunca vamos entender toda a verdade e qual o verdadeiro certo e errado, o que não significa que eles não existam, acredito que estejam só além da nossa capacidade de entendimento, mas é algo concreto, que governa o mundo ao nosso redor, talvez tenha sido projetado assim de propósito, talvez o verdadeiro bem e mal, a verdade, a sabedoria, a verdadeira beleza não sejam questão de entendimento, mas de fé.
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link do texto original:
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morethanpoem · 1 year
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hoje não vou falar de coisas bonitas então se você estiver lendo isso pode passar. eu só preciso colocar isso pra fora e na minha frente de algum jeito porquê acho que ninguém entenderia esse sentimento(na vdd você entenderia mas no momento n vou te infernizar 4 da manha pra falar dos meus sentimentos por mais que eu queira MUITO)
o vazio ta chegando, na verdade ele ja se instalou, eu sinto isso por completo e de verdade não lembro se ja me senti assim algum dia e pra ser sincera é mais desesperador do que vomitar de tristeza e angústia. e isso ta acontecendo logo na semana anterior de você vir pro rio, no fundo eu sinto que to assim porquê alguma coisa vai acontecer.
sabe naquele filme do tsunami que minutos antes de ocorrer fica tudo um completo silêncio, o mar inteiro seca e depois vem aquela onda enorme que assusta? é assim que uma parte de mim ta tentando explicar esse vazio, acho que nem eu sei explicar direito o que é isso
é como se eu não tivesse nem triste nem feliz, não sinto absolutamente nada, mas não é um sentimento bom pra mim que estou acostumada a sentir tanto. eu já estava estranhando porquê voltei a comer e agora consigo passar 2 dias sem chorar, sinceramente eu não sei porquê isso ta acontecendo e isso me assusta. me pergunto porquê eu parei de sofrer se há 2 semanas atrás eu estava praticamente em estado vegetativo passei mais de 24h sem ingerir nada que n fosse yakult e eu ficava o dia todo pedindo a todos os deuses pra trazerem você de volta. o que aconteceu?
não é como se eu sentisse falta do sofrimento, porém ao menos eu me sentia viva, morta por dentro porém viva, eu sentia dor física so de pensar em situações ruins, sentia paixão e chorava ao imaginar você aceitando meu pedido de namoro, acordava com o coração palpitando e a garganta fechada de sonhar com você. eu sentia. o tempo todo. e eu sentia muito. eu sentia tudo e agora não sinto mais nada, imagino cenários ruins e não tenho sentimento algum, imagino coisas boas não tenho sentimento algum. o que tem de errado comigo? a única memória que me fez chorar e sentir alguma coisa foi lembrando do nosso primeiro encontro, pra ser mais específica na hora que eu te encontrei encostado ali na parede e te abracei, isso me destrói. não sei porquê, mas destrói e so de lembrar ja estou chorando novamente. acho que o vazio deve ser a decepção, em algum momento no dia de hoje a sabrina de 19 anos encontrou a de 17 e contou o que está acontecendo e sinceramente se naquele dia do nosso encontro depois daquele abraço me contassem tudo isso eu pegaria você e levaria pra morar comigo em alguma casinha de campo no interior de minas gerais pra vivermos de doce de leite, pão de queijo e pastel de banana.
espero que esse vazio acabe, que essa dúvida suma, espero que fique tudo bem como tem que ser. porém mesmo não sentindo eu sei no fundo que eu te amo e eu quero muito que seja você, tenho certeza que quero.
tem opções para eu estar assim, queria listar e algum dia eu posso afirmar se estava certa
tsunami, pra ser bem sincera em 2019 no finalzinho do ano eu meio que desencanei do gustavo, parei de sofrer e de esperar ele voltar e logo não sentia mais nada, durou 1 semana e ele voltou pra minha vida. eu penso que essa minha falta de sentimentos pode estar me preparando pra uma coisa muito boa, ou muito ruim.. talvez sem sentir nada eu sinta uma paixão surreal e você também. assim como se eu n sentir nada a rejeição pode doer menos.
a que mais me apavora. pensar que posso ter parado de gostar de você, não sei pq sinto isso mas eu fui de sentir MUITO pra nao sentir NADA então isso acaba passando pela minha cabeça infelizmente
cansaço, eu nunca fiquei mal da forma que fiquei esses tempos, de eu ter que apelar pra minha mãe e minhas amigas ajuda, pedir socorro pra deus e o mundo e parar de olhar uma rede social pra não ver coisas suas. isso tava me matando aos poucos e talvez parar de sentir pode ter sido uma válvula de escape ou metodo de defesa pra eu não morrer de coração partido
bloqueio emocional, simples porém triste, não sinto mais nada e não vou conseguir sentir mais nada… é
enfim, ate agora pensei apenas nesses, espero que isso passe amanha, to acordada hoje desde as 8 e sao 4:21, espero que sejam apenas paranóias
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aster-myo · 2 years
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Critica a Ten Count
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Olá, como estão? Espero que bem. Faz algum tempo, que me questiono sobre o que deveria criticar, ou melhor, falar sobre, e em meio a diversas obras, minha mente decidiu escolher Ten Count, um mangá BL (Boys Love), escrito e desenhado pelo Rihito Takarai. Escolhi esse mangá, graças as controvérsias que ele tem em minha visão, sendo um escritor iniciante, e um leitor de mangás do gênero. Lembrando, essa é apenas minha opinião, caso não concorde com a mesma, estou aberto a conversar e ouvir os outros pontos de vista.
Para que fique mais organizado, irei separar minha crítica por partes, sendo essas: enredo, personagens, arte e por fim, conclusão, onde darei uma nota para o mangá. Este texto terá spoilers, caso não tenha lido o mangá, recomendo ler e depois voltar aqui.
(Um pequeno adendo, esse mangá contém conteúdo sexual, bem explícito, e trata de alguns temas sensíveis. Então, caso seja sensível, peço que não leia ou que prossiga com cuidado.)
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Um breve resumo
Ten Count conta a história de Shirotani Tadaomi, um rapaz que sofre de Misofobia¹, e graças a um infortúnio com o presidente de sua empresa, acaba conhecendo Kurose Riku; Logo a primeira vista, Riku percebe que Tadaomi sofre de Misofobia, e recomenda que o mesmo procura ajuda médica. Shirotani apesar de negar precisar de ajuda, se sente perturbado com a conversa, e com o fato de Kurose conseguir identificar sua condição tão rapidamente. Afinal, quem é esse rapaz?
¹- Misofobia, também chamada de germanofobia, é o medo patológico de germes. Nesse caso, o termo “germes” refere-se amplamente a qualquer micro-organismo que cause doenças.
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Minha opinião sobre o enredo
Ten Count tem uma premissa simples, o que não é de todo ruim, porém me decepcionou muito, pois sua ideia inicial é inovadora; ter um protagonista com misofobia, e propor que ao longo da história teremos uma ideia de como alguém com tal condição vive, é uma proposta muito interessante. Porém, Ten Count falha justamente em sua maior proposta.
No começo do mangá, a história se desenvolve de forma lenta, e agradável, mostrando como o dia a dia do Shirotani é afetado pela misofobia, e como ele mesmo é afetado por isso; um grande exemplo é a culpa que ele sente, sempre que alguém tem extremo cuidado ao pegar suas coisas, tendo certeza de não tocar diretamente no objeto, mas ainda assim ele higieniza. Porém depois que as reais intenções do Kurose são colocadas em jogo, o mangá não é mais o mesmo, e todo o enredo anterior parece ser mais uma desculpa. Essa reviravolta ou essa mudança de clima, poderia ser algo ótimo, porém, para mim, estraga e muito a história; pois passa a ser mais um hentai com plot, do que realmente um mangá BL.
Toda a trajetória do Tadaomi, é resumida em um romance extremamente distorcido, onde ele odeia e sente nojo de ser tocado, mas por ser um "Masoquista", ele quer mais do que tudo ser tocado; E esse não é meu problema com o mangá, mas sim, o fato disso ser levado para o lado sexual, e ser apenas com o Kurose, deixando a relação de ambos mais como uma dependência, do que realmente amor. Isso é mostrado, quando o Kurose se irrita com o Shirotani e se distância dele, o humor do Shirotani muda completamente, ao ponto dele parar de ir ao trabalho, e claro, isso poderia ser explicado com ele se sentindo mau por gostar do Kurose, porém, nessa parte do mangá Tadaomi não tem nem ao menos noção do que está sentindo, ele apenas quer ter alguém ali de uma forma obsessiva. Kurose não é diferente, porque ele mesmo diz, que não acha que tenha diferença entre dependência e amor. Além de tudo isso, o mangá tenta te jogar a backstory dos dois protagonistas, tentando dar uma explicação do porque eles são assim, mas não ajuda em nada; E sinceramente, a backstory dos dois é estranha, ambos se apaixonaram por pessoas bem mais velhas, porque eram as únicas pessoas que estavam ali por eles. E obviamente, ambos desenvolveram traumas graças a isso, Shirotani se sentindo extremamente nojento por ter tido uma paixonite pelo próprio pai, e Kurose uma culpa enorme por não ter conseguido fornecer ajuda ao cara que ele gostava; aí você me pergunta, já que o Kurose é um terapeuta, ele procurou ajuda, ou pelo menos foi atrás de ajudar o Shirotani. Não, não foi, porque a backstory dos dois, não tem relevância alguma, na história! Não mostra o Shirotani se resolvendo com o pai dele, não mostra o Kurose se resolvendo; a única cena que tem, é do Shirotani ligando pro pai dele, e o Kurose encontrando o cara que ele gostava, mas é só. Ambos os personagens, não tem desenvolvimento ou sequer importância na história, e isso é extremamente triste! Porque eles eram para ter sido uma parte imensa da história de ambos os protagonistas, mas a relevância deles é menor que zero. O último ponto que quero citar, é o fato do Shirotani ser "curado" com o incrível poder do sexo e do amor.
No final da história ele não está curado da Misofobia, porém é mostrado, que ele consegue aturar algumas coisas com mais facilidade, como pegar trens, abrir maçanetas sem usar luvas e por aí vai; E esse não é o problema, porque como o mangá mesmo diz, tratar de misofobia é um processo muito longo e extremamente difícil. Então, o que me irrita tanto nesse final? Bem, ao longo do mangá, a pequena lista que o Shirotani faz, de itens que ele quer tentar fazer, é completamente esquecida, ou citada em momentos aleatórios para nada. E muitas das vezes, os itens da lista são resumidos a muita pegação, como o item "Conseguir beber da bebida de outra pessoa.", Que o Kurose usa como persuasão, dizendo que só vai beijar o Shirotani quando ele conseguir fazer isso; A lista é tão sem sentido, que você esquece metade das coisas que tem nela, o que não deveria acontecer, porque essa era uma parte importante da história. O nome do mangá, vem literalmente disso! Ah! E o item 10 da lista, me dá só tanta raiva, que me deixa triste. Shirotani é mostrado desde o começo com algum tipo de repulsa por receber cafuné, e mais tarde é mostrado que isso vem de algo que o pai dele fazia, dizendo que o cafuné ajudava ele a ler o que estava se passando na cabeça do filho; E no final, quando o Shirotani diz que esse é o décimo item da lista, ele e o Kurose tem uma conversa, tão sem sentido, dizendo que tá tudo bem não gostar de coisas por motivo nenhum, como se a repulsa do Tadaomi com cafuné, não viesse de um trauma gigantesco que ele tem.
Então, para mim Ten Count tem um enredo raso, baseado em uma ideia interessante, mas que foi jogada no lixo, para virar um Hentai com plot.
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Personagens
O que falar dos personagens desse mangá, bem nos temos os dois protagonistas, e bem… Os dois protagonistas, porque o resto é esquecível. Não que apresente muitos personagens, no total, temos uns 6 personagens que são apresentados, e nenhum deles é desenvolvido, nem ao menos um pingo de história para eles. E a meu ver, esse é um problema gravíssimo, porque criar uma história, é como criar um universo, e obviamente alguns serão focadas em apenas um personagem, porém sempre tem a aparição de um ou mais personagens secundários, que você desenvolve alguma emoção sobre, e Ten Count, não tem isso. Mesmo assim, tentarei falar sobre eles.
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Shirotani Tadaomi — Eu gosto dele, porém muitas coisas no personagem me deixam com um gosto amargo na boca. Começando por sua personalidade, que é infantilizada de um jeito desnecessário, muitas vezes no mangá, o Shirotani age como uma criança, desde a parte birrenta de ficar bravo e não falar com o Kurose, a forma "fofa" que tentam empurrar goela abaixo ao longo do mangá. Não me entendam errado, homens podem chorar, podem ser sensíveis, eu amo personagens sensíveis e complexos, porém, no caso do Tadaomi, isso não parece ter sido usado nesse contexto, parece que o autor só tentou descrever uma personalidade infantil, e tentou disfarçar com algo fofo, o que na minha opinião não é muito agradável. Uma das partes que mais me incomoda nisso, é a forma como o Kurose lida com isso, ele chega a chamar o Shirotani de um "Bom menino.", E isso me deixou tão agoniado.
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Kurose Riku — O protagonista mais sem personalidade que já cheguei a ler. Kurose é para ser o típico personagem mais frio, calmo e inteligente, porém ele não passa de um personagem sem personalidade, ou melhor, sua personalidade se resume a sexo, porque a todo momento ele tá pensando nisso, e tenta empurrar isso para o Shirotani. E entre as duas backstory, a dele é a mais sem graça, tinha um potencial genial, que poderiam deixar o Riku sendo um personagem extraordinário, mas novamente, nada é desenvolvido. E diferente do Shirotani que tá sempre aparecendo com uma emoção diferente, o Riku é sempre aquela estranha constante de calmaria, mas diferente de outros personagens que explicam o porquê dele não expressar nada ou ser ruim nisso, o Kurose não tem motivo algum, propósito algum, ou qualquer outra coisa, é apenas porque ele tem que ser assim e ponto. O único outro personagem que quero comentar sobre, é sobre a Ueda, que era para ser algo impactante na trama, porque ela ajudou nós traumas do Shirotani, porém sua aparição não tem relevância nenhuma. Não dá para desenvolver nenhum sentimento por ela, porque sua aparição dura menos de 2 capítulos, e sua personalidade é a mesma que de uma cópia barata de Meninas Malvadas, tentando ser uma vadia má, mas no final, não sendo nada.
Minha opinião sobre a arte
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A arte de Ten Count é muito bonita, tem um ar diferente da de outros mangás em alguns pontos, e sua escolha para algumas cenas são muito boas. Porém, eu não sou o maior fã do Design de personagens, segue padrões que são usados bastante em BL, e que eu acho desconfortáveis de se ver; Como, por exemplo, o fato de o Passivo ser sempre menor, mais fofo e mais feminino. Enquanto o Ativo é mais alto, forte e masculino.
Ten Count não foge disso, o design do Shirotani segue esses padrões, mesmo ele tendo 31 anos. Não sou um expert em design, porém acho que a história do personagem afeta e muito em sua aparência, assim como seu mundo, trabalho e por aí vai, e seguindo essa lógica, Shirotani deveria ter um design mais interessante; sendo um homem adulto, que sofre com o estresse de seu trabalho, condições e vida adulta, ele deveria ter pelo menos algumas rugas de estresse, ou um ar mais adulto, o que infelizmente não é mostrado de forma alguma. Os designs de ambos os protagonistas passam uma ideia de pessoas de uns 20 anos, nenhum dos dois tem cara de adulto, e apesar de serem bonitos, eu ainda tenho essa crítica, porque sempre acho que as coisas poderiam ser um pouco melhores se não seguissem esse padrão. Principalmente quando o assunto é criação de personagens, não temos diversidade alguma quando o assunto é esse, e é genuinamente triste, porque diversidade de pele, cabelo, tamanho e forma do corpo, e por aí vai, deixam personagens mais humanos, mais interessantes! E infelizmente como muitos mangás, Ten Count falha nisso.
E apesar de sua arte muito bonita, tanto em personagens como em cenários, ele ainda não é inovador, o que acaba deixando tudo um pouco monótono demais, o que não é de todo um problema, porque combina com a temática do mangá, porém não me agrada muito.
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Conclusão
Bem, cheguei a ler Ten Count três vezes, todas em idades diferentes, e dá primeira vez que li, lembro de ter achado um mangá muito bom, apesar de todo o conteúdo sexual, era uma boa obra, porém quanto mais maduro fico, percebo que essa obra é bem mediana. É um mangá que você vai ler, e pensar "Hm, foi legal", mas vai esquecer em poucas horas; porque é essa a sensação que a história inteira te passa, algo muito passageiro e esquecível, é difícil até lembrar o nome dos protagonistas, porque apesar de ambos serem fáceis de se gostar, eles são simples, e isso infelizmente é ruim em uma história.
Como nota final, eu daria um 4/10, um enredo bem fraco, personagens esquecíveis e uma arte agradável, não é uma obra horrível, mas poderia ter sido bem melhor. Mesmo a nota sendo baixa, eu recomendo que leiam o mangá, para tirar suas próprias conclusões, afinal, minha opinião é apenas minha visão da obra, a sua pode ser totalmente diferente e essa é a parte legal da coisa.
Bem, foi isso! Espero que tenha sido divertido, ler um completo estranho falando sobre um mangá aleatório. Já tenho planos para minha próxima análise, mas não tenho ideia de quando postarei, então apenas deixarei o nome como spoiler, será do mangá Shimanami Tasogare, não falarei muito sobre ele aqui, porém tenho um certo carinho por esse mangá. Até logo! E obrigado por ter lido até aqui.
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escrevosobrevivencias · 5 months
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Uma coisa que eu sempre digo quando as coisas não saem conforme o planejado.
Não foque no problema, não fique apegada ao não que levou, a rejeição que sofreu, as traições, as mentiras e em tudo que deu errado ontem. Foque na solução do que deu errado, em resolver o problema. Preste atenção na quantidade de sins que a vida te deu. A rejeição, as traições e as mentiras não diz nada sobre você, mas sobre o caráter do outro.
E isso te faz crescer e aprender para modificar o seu hoje.
Viva o seu hoje, o ontem já passou e você não pode fazer mais nada pelo seu passado, o futuro ainda nem chegou. Então foque em fazer a diferença hoje. Chore se sentir vontade, mas não permaneço todo o dia chorando, sorria, faça dos pequenos momentos bons um grande evento. O nosso cérebro só vai lembrar amanhã daquilo que você deu ênfase hoje.
Nem tudo que acontece ou vivemos nos lembraremos no futuro. Só o que realmente foi significativo. Você vai querer lembrar amanhã do que doeu hoje?
Vai querer acordar amanhã lembrando daquela pessoa que teve uma atitude ruim com você ou te fez chorar hoje? Não né!
Molde seu presente para que tenha mudanças no futuro.
Então foque naquela pessoa que te cumprimentou, te elogiou, te fez sorrir.
Se ninguém fez isso por você hoje, faça você por você e por outra pessoa.
Ou aquela pessoa que passou rápidamente por ti na rua, no trânsito e sorriu, deu oi, falou ou fez algo bom.
Naquela pessoa cheirosa que passou por você e deixou aquela sensação de paz com cheiro dela.
E aquele amor a primeira vista que dura alguns segundos?
Todos os dias é possível se apaixonar por algo ou alguém.
Isso só depende do olhar com que olhamos as coisas e pessoas ao nosso redor.
Neide Torres
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lunaverrse · 1 year
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i think we're more than friends. — kaeun & hazel.
PROMPTS FOR INTIMATE PILLOW TALK
aceitando
Kaeun & Hazel : feat. @loveafair ♥️
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O sol já tinha desaparecido por completo quando Kaeun virou o corpo para deitar na cama, ao lado de Hazel. Se antes o quarto era preenchido pelos sons dos corpos e das vozes delas, agora só se ouviam as respirações pesadas, e apesar de ser um pouco tenso, o silêncio entre as duas não era exatamente ruim. Kaeun não poderia dizer como Hazel se sentia, mas ela, certamente estava envolvida em aproveitar as sensações prazerosas que ainda corriam em seu corpo. Os olhos escuros da dj estavam atentos à escuridão do outro lado das cortinas e assim ela ficou, até tomar coragem de se virar sobre o colchão. Ainda havia um leve tremor de nervosismo em seu corpo, uma mistura de emoções complexas pairando no ar, mas ela não resistiu a quebrar o silêncio. — Isso foi... inesperado. — Concluiu antes de dar uma risada solidária, se permitindo observar o corpo deitado ao seu lado.
Antes havia uma tensão um pouco hostil entre elas, se fosse considerar desde que se conheceram, o reencontro como namoradas dos dois irmãos. Tudo era muito difícil, elas se provocavam e não se davam bem, mas a amizade acabou chegando em algum momento. A atração, no entanto, chegou para Kaeun mais rápido do que ela gostaria. Nunca pensaria em se envolver com Hazel, muito menos assumir isso para ela, mas em algum ponto de tudo aquilo as coisas ficaram insuportáveis e ela precisou ceder ao que estava sentindo. Apesar de seu jeito de ser, difícil e um pouco carrancuda, Kaeun sentia que uma empatia genuína havia se formado entre elas ao longo do tempo. Era uma conexão real, sincera, de um jeito que nunca havia sentido antes. Hazel era capaz de trazer o melhor dela, quando nem sabia se isso era possível.
Sua atenção foi trazida de volta ao ouvir o comentário alheio e ela acabou rindo de novo. — É, parece que não somos só amigas agora. Céus, ainda bem que não somos mais cunhadas. — O pensamento era até divertido se pensasse bem, no fim das contas, foram os dois irmãos Choi, completamente malucos e irritantes, que aproximaram as duas, então tinham feito algo de bom no fim das contas. — Saiba que eu não me arrependo de nada, Hazel. Acho que estava evitando admitir, mas sempre senti uma atração por você, mesmo quando não gostávamos uma da outra. — Ela riu outra vez, lembrando do quanto as duas aproveitavam quase chance para se provocarem.  — Eu não esperava que as coisas fossem tomar esse rumo, mas estou feliz que tenhamos nos aberto para isso. — Admitiu, se sentindo mais vulnerável do que nunca naquele momento. A troca de olhares entre elas era intensa, uma comunicação silenciosa que as duas entendiam muito bem. — E agora, Hazel Lee... — Começou novamente, erguendo o corpo o suficiente para se aproximar dela, pairando sobre o corpo alheio. Kaeun sorriu e se abaixou, deixando um beijo no colo dela enquanto sua mão direita buscava a semelhante para que os dedos se tocassem. — Você quer continuar sendo mais do que minha amiga? Fique sabendo que eu adoraria.
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pensamentos9814 · 1 year
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Eu sei que sou sentimental, persistente, ansiosa, um pouquinho doida, falo de mais entre outros… mas, eu não sou mentirosa, mal interpretada sim, mas mentirosa não. Depois que acabou a conversa caiu a ficha do porque estava brigando, olha , eu não falei mal de você para ninguém! Nunca! Minha mãe te adora até hoje e ela nem sabe porque acabou , nem sabe de nada na verdade, inclusive minha maior dificuldade foi fazer ela parar de falar de você e ficava me lembrando e minha irmã não te conhece e nem sabe de nada também. O resto das pessoas eu nem tenho o que falar.Eu te bloqueei e ainda falei que você tem sido mal comigo simplesmente porque tinha criado expectativas que foram frustradas mais uma vez e eu queria que queria que você não fosse tão indiferente a mim. Mas como eu disse, eu mesma me deixo triste por não ter sido do meu jeito. Eu te bloqueei pois eu realmente não suporto vê-lo sem mim (realmente doía pra caramba) , não porque te odeio ou é uma pessoa ruim, por isso vou me manter sem te seguir no insta, inclusive está desbloqueado de tudo mas, infelizmente não posso te seguir para o meu bem. Se você consegue me seguir fique a vontade kkk mas não sei como consegue, por enquanto me mantenho afastada do aplicativo. Não tenho raiva, não é uma pessoa ruim. Igual você disse , quebrou o meu coração e lidei da pior forma não te deixando em paz. Ahh e pode dizer que tiro coisas da cartola mas eu tenho mil pensamentos que muitas vezes eu só preciso de uma conversa pra esclarecer. Mas muitas vezes sou só eu querendo ouvir algumas coisinhas boas. Acredite, eu sofro sozinha calada com meus pensamentos, ninguém sabe. Se quer ir vá, vou te deixar ir , pra não estragar o resto de consideração, e quem sabe outro ano a gente possa estar junto outra vez. E finalmente, não vou te chamar mais kkkk aleluia né kkkk no máximoooo vai ser para perguntar se está bem.
Não quero ser respondida dessa vez, mas se eu estiver escrito algo ruim me avise.
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nariix · 3 years
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Não queria que você estivesse vivendo em mim.
É tarde.
Bem tarde mesmo, mas eu não consigo parar de pensar nisso, em você. Já faz um tempo, na verdade, uns dias, uns meses, alguns poucos anos... um tempo aí. E eu queria estar pensando? Não... Eu queria ter esquecido você? Talvez. Eu queria ter de volta o que a gente teve? Não sei.
Mas meus pensamentos giram em torno de muitas coisas, é conflito interno sem fim. Minha pergunta agora é: você tá pensando em mim?
Provavelmente não. Provavelmente? Ok, eu acho que estou sendo boazinha com meus sentimentos (você não está e eu estou apenas colocando você como um ok porque é isso que eu faço desde que me apaixonei por você) mas eu estou pensando em você. E, não são pensamentos bons.
Não são sobre como éramos antes, como você me fazia rir ou como eu amava seu cheiro, sua conversa doida, seus gostos, sua personalidade tão sua em contraste com a minha tão... minha. Opostos. Não é sobre isso que eu tô pensando não, nem sobre seu beijo, seu toque, suas mãos em mim me bagunçando inteira, sua pele contra minha arrepiando-me, burlando as leis, provocando átomos. Não é sobre o gosto que você deixou em mim e que me faz saudade. Não é.
Talvez seja, só um pouco.
Mas, também estou pensando sobre como você me machucou, me machuca. Não porque seja exatamente sua culpa, não é. É minha, porque eu coloco sobre você o que é meu. Eu coloco sobre você meu coração, minhas expectativas, meus desejos, anseios que brigam com um eu passado e o meu eu presente. A verdade é que eu projeto em você algo impossível de acontecer e digo que você me machuca mas sou eu que me machuco, eu me permito criar na minha cabeça coisas que deveriam morrer no nós que morreu anos atrás. E talvez eu tivesse conseguido superar você antes, ou talvez eu tivesse conseguido superar você se não tivesse voltado e talvez eu tivesse superado você (que são esses sentimentos em mim) se não falássemos de como éramos bons juntos e eu, para ser sincera, nem me lembro. É verdade, eu nem lembro. Eu nao vou lembrar como tô lembrando agora, e ok, talvez eu lembre mas eu quero expulsar você, como que eu te expulso?
Eu quero te expulsar não porque você é ruim, não é. Mas minha cabeça faz você ser. Ela pensa: "você se foi e tá com outro alguém, ainda tá na minha vida mas não é comigo que você está agora." sim, minha cabeça sabe que provavelmente agora você está fudendo alguém e eu sei, incomoda mas não devemos nada, então eu finjo que não. Minha cabeça pensa também:" Se você diz que o que tivemos foi especial, único, que tem medo de nunca mais sentir algo assim de novo — enquanto está bêbado — por que não diz quando está sóbrio? Por que não... tenta me ter de novo?" eu não sei a resposta, não sei se quero saber mas seria melhor do que essa agonia no meu peito, do que esse sentimento de estar presa a você. Porque ainda há algo em mim parecido com amor, que não foi embora, e você presente, talvez não deixe isso ir.
Mas eu preciso que vá. Eu preciso porque isso dói. É agonia, é agonia demais. Eu me coloco em um relacionamento abusivo, não com você, porque —lembro a mim mesmo novamente — não temos um relacionamento, mas comigo. Sou abusiva por sustentar a mim, você. Sou abusiva por não permitir a mim, ir. Sou abusiva por sustentar esse amor que só é de verdade, em mim.
Mas dói pensar em me libertar.
Por que... talvez eu nunca mais ame ninguém assim. Eu nem sei se sou capaz de amar alguém. E, eu fielmente acredito que você me amou. Por que não pode me amar de novo?
Mais uma vez, eu me questionando coisas que não diz respeito a mim, desculpa.
Eu deveria me desculpar com você?
Não, acho que já fiz o suficiente.
Mas eu deveria me permitir ir embora de você, e deixar você ir de mim. Mas, não sei se consigo...
Sufoca. Tô sufocando agora, indo, perdendo o ar, chorando. Eu me corrompi por continuar amando você?
Ah. Estou tão cansada de pensar. Ultimamente muitas coisas estão sendo sobre você, espero que não seja mais no futuro, eu cansei de você. Cansei de você em mim.
Não é sua culpa mas eu estou exausta de você, quero te botar pra fora, quero te cuspir, quero acabar com você em mim.
Mas não sei como fazer isso, não sei como começar, não sei se consigo.
Então, talvez eu só fique na estática inércia de esperar você me quebrar de novo.
Você tem a minha permissão.
Me quebre, me mostre que não vale a pena sentir tudo isso por tanto tempo, me motive a ir embora. Eu te imploro.
Porque se você não tem a pretensão de me ter, não me segure. Não me permita deixar com que eu me segure a você. Se não me quer, me deixe saber.
Só não me deixe lamuriando sozinha na madrugada enquanto penso em você, só não me deixe ficar quando não vai ser meu.
Minhas pretensões se resumiram à ir, me diga você, eu devo ficar?
Nariix, 05/10/2021
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bts-scenarios-br · 4 years
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Reaction - Você tendo um ataque de pânico/ansiedade.
JIN 
Quando você atendeu o telefonema do seu chefe, não esperava que a notícia que receberia era a de que teria uma importante reunião no dia seguinte. Ainda mais uma que poderia mudar o completamente a sua carreira. Mas o que mais te surpreendeu, foi o fato de você não reagir como esperado. 
Ao invés de ficar feliz e empolgada pela oportunidade, sentiu a ansiedade tomar conta de você. Uma sensação que começou como um aperto no peito, seguido dos seus batimentos acelerados. Quando percebeu, estava de joelhos no chão do seu apartamento, apoiando as mãos em seu sofá, e tentando com todas as suas forças trazer ar para o seu pulmão, o que parecia impossível no momento. 
“S/N?” Seu namorado apareceu do seu lado. “Você tá bem?” Se ajoelhou, logo segurando em seus braços para fazer com que levantasse o tronco. “Calma, olha para mim.” Te segurou, enquanto olhava nos seus olhos. “Você consegue me enxergar?” Você concordou com a cabeça. “Se concentra no meu rosto, então.” Você concordou de novo. “Olha para a minha sobrancelha.” Você fez o que ele disse. “Agora para o meu nariz.” Começou a se acalmar. “Consegue dizer qual a cor dos meu olhos?” 
“Castanho.” Soltou, em uma voz fraca, mas logo foi tomada por alívio ao perceber que estava conseguindo respirar de novo. 
“Isso mesmo.” Te puxou para um abraço, enquanto te ajudava a se levantar. “Está conseguindo respirar?” 
“Sim.” Respondeu, se sentando com ele no sofá. 
“O que aconteceu?” 
“Eu não sei.” Apoiou a cabeça no ombro dele. “Recebi uma ligação do meu chefe, dizendo que amanhã vou ter uma reunião importante.” Suspirou. “Acho que fiquei com medo de estragar tudo e entrei em pânico.” 
“Talvez seja por isso, sim.” Começou a acariciar suas costas. “Você acha que consegue ir amanhã?” Te olhou. “Não quero que você fique mal, jagiya. Se não conseguir ir não tem problema.” 
“Eu acho que consigo sim, Jin.” Sorriu para ele. “Eu só me assustei com a ideia, mas amanhã eu vou estar preparada.” Colocou a mão no rosto dele, depositando um leve beijo em seus lábios. 
“Está bem.” Sorriu. 
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YOONGI 
“Não, mãe, eu não vou poder ir para casa no natal.” Suspirou no telefone, cansada.
“Mas eu não te vejo a meses, S/N.” Sua mãe respondeu do outro lado. 
“Eu sei. Mas não posso mesmo. Me desculpa.” Sentou na cama. 
“Está bem filha, mas não esquece de me ligar no dia, okay? Não esquece que eu te amo.”
“Tudo bem. Eu te ligo no dia sim, pode deixar. Tchau, eu também te amo.” 
Se jogou para trás, sentindo um terrível sentimento de culpa. Fazia muito tempo que não conseguia se encontrar com a sua família, e tinha medo que eles achassem que estava fazendo de propósito. 
Lágrimas começaram a cair no seu rosto no mesmo instante em que sentiu sua respiração acelerar. Se levantou rápido, se curvando um pouco para frente para tentar recuperar o fôlego. Não demorou muito para o seu namorado aparecer correndo na porta do quarto, logo se aproximando e se abaixando na sua frente.
“Jagiya, eu estou aqui, okay?” Não era a primeira vez que ele presenciava você tendo um ataque de pânico, portanto sabia um pouco como te manter calma até que acabasse. “Me dá a sua mão.” Você o obedeceu, logo sentindo os polegares dele fazerem pequenos círculos na sua pele. “Você está sentindo isso?”
“Sim.” Respondeu, voltando a respirar aos poucos. 
“Se concentra nisso então.” Você olhou para as suas mãos, observando e sentindo os movimentos dos dedos dele. “Quando quiser que eu pare é só falar.” 
Depois de alguns minutos, quando já se sentia bem de novo, o respondeu. “Já está bom.” Tirou suas mãos das deles, enxugando o suor delas na sua calça. “Obrigada.” Sorriu para ele. 
“Não precisa agradecer.” Sorriu de volta, se sentando do seu lado e passando o braço pelo seu ombro. “Foi por causa da conversa com a sua mãe?”
“Aham.” Abraçou a cintura dele. “Eu não quero que eles pensem que estou evitando eles.”
“Eu acho que você deveria ir.” 
“Que?” O olhou com a sobrancelha franzida. “Não, a gente acabou de se mudar, temos muita coisa para arrumar.” Começou a negar com a cabeça. “Além disso tem o evento da Big Hit, que eu prometi ajudar na produção.”
“Esquece isso, S/N.” Segurou o seu rosto com as mãos. “Eu falo com eles, não se preocupa.” Deu um beijo na sua testa. “Você merece esse descanso.” 
“Yoongi…” 
“Nem tenta negar.” Te soltou, pegando o seu celular e te entregando. “Agora liga para a sua mãe e fala que vai conseguir ir.” 
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HOSEOK 
“Está com muita gente lá dentro.” Seu namorado te disse antes de entrar em uma festa que ele tinha sido convidado. “Você tem certeza que vai ficar bem?” Ele te questionou, pensando em como as vozes você ficava desconfortável no meio de muitas pessoas. 
“Vou sim.” Sorriu. “Não se preocupe.” 
Ele sorriu de volta e te puxou pela mão para entrar no lugar. Você não era acostumada a ir em lugares daquele tipo, mas decidiu acompanhar seu namorado nessa noite, até porque a festa estava sendo feita para comemorar as conquistas dele e dos meninos. 
No começo, nada de ruim estava acontecendo. Ficou apenas bebendo algumas coisas e conversando com alguns conhecidos. Mas depois de mais ou menos uma hora, o lugar estava completamente lotado, as pessoas estavam cada vez mais grudadas, e eles tinham mudado a iluminação para ficar piscando junto com as músicas. Juntando isso com você ter se perdido do seu namorado quando parou para arrumar um detalhe da sua roupa, você começou a se sentir mais ansiosa do que nunca. 
Sua respiração se tornou cada vez mais falha, chegando ao ponto de se tornar quase nenhuma, fazendo com que você caísse no chão em busca de apoio. As pessoas que estavam à sua volta tentaram falar com você, mas as vozes estavam todas distantes e não tinha forças para responder. 
Foi então que percebeu alguém se abaixar na sua frente, te puxando para ele e te jogando em suas costas para te levar para o lado de fora. 
“S/N? Você está me ouvindo?” Começou a ouvir melhor quando saiu do lugar e sentiu a brisa fresca da noite. “Está conseguindo respirar?” Te colocou sentada em um banco. 
Você ainda estava tentando recuperar o ar, então apenas negou com a cabeça.
“Seu coração está disparado.” Falou com a mão no seu peito. “Tenta se concentrar nele para se acalmar.” 
E assim fez. Começou a se concentrar nos seus próprios batimentos, percebendo eles ficando mais suaves com o tempo, não demorando muito para sua respiração voltar ao normal também. 
“Desculpa, Hobi.” Disse o olhando. “Acho que estraguei a sua noite.” 
“Não não não!” Colocou as mãos no seu rosto. “Você é bem mais importante para mim do que essa festa. Ela que estragou minha noite por ter feito você ficar mal!” Você riu, e ele deu um sorriso. “Está melhor?” 
“Sim.” Sorriu de volta. 
“Então vamos para casa.” Se levantou e estendeu a mão para você segurar. 
“Mas é a festa?” Franziu a testa. 
“Ah, deixa isso para lá.” Começou a andar. “Estou querendo escapar dela a um tempo já.” Vocês riram.
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NAMJOON 
“Merda, merda, merda.” Disse olhando para o computador. “Como eu consigo ser tão burra?” Bateu com a cabeça na escrivaninha. 
“S/N?” Seu namorado se aproximou. “O que aconteceu?” 
“Eu sou uma imbecil.” Levantou a cabeça para olhar para ele. “Eu apaguei todo o arquivo que eu estou trabalhando a meses.” Disse, sentindo seus batimentos começarem a acelerar. “Eu gastei tanto tempo naquilo!” Suas lágrimas começaram a cair ao mesmo tempo que sentiu sua garganta fechar, o que fez com que entrasse em mais desespero. 
“Jagiya, calma.” Ele te segurou pelos braços quando saiu da cadeira e começou a ir para o chão. “Senta devagar.” Te ajudou, se sentando na sua frente. “Você sabe onde está o seu livro favorito?” Você franziu a testa para ele, mas logo olhou em direção a estante que estava do seu lado, encontrando o que ele  tinha dito. “Isso. Se concentra nele.” Se levantou e pegou o exemplar, te entregando. “Tenta lembrar da história dele.” 
Você concordou com a cabeça e fechou os olhos, se lembrando do que tinha lido naquele livro. Depois de algum tempo, percebeu que sua respiração estava quase normal de novo, e abriu os olhos, encontrando um Namjoon preocupado te olhando fixamente. 
“Está melhor?” Concordou com a cabeça, logo vendo a sua feição se tornar aliviada. “Ah que bom que eu não fiz merda.” 
“Como sabia como me acalmar?” Perguntou, já que nunca tinha passado por algo assim com ele antes. 
“Não sei. Tentei te distrair.” Sorriu de leve. “Ainda bem que deu certo.” 
“Obrigada, Joonie.” Sorriu para ele, levantando o olhar para o computador. “Mas ainda não acredito que eu estraguei tudo.” Escondeu o rosto com as mãos. 
“Eu sei como você pode recuperar.” O olhou. “Já fiz isso mais vezes do que me orgulho com músicas.” Riu. “Tem uma staff na empresa que sempre consegue recuperar elas para mim, tenho certeza que ela consegue fazer isso para você também.”
“Meu Deus, Namjoon!” Se ajoelhou, o puxando para um abraço. “Você vai salvar minha vida.” 
Ele riu retribuindo o abraço. “Eu não estou fazendo mais do que a minha obrigação.” Se afastou para te olhar. “Só quero que você fique bem.”
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JIMIN
Você mal tinha estacionado o carro na sua garagem, quando desabou. Seu dia tinha sido horrível no trabalho, um homem tentou arrumar briga com você no supermercado, e estava com dor de cabeça desde que acordou. 
Começou a sentir seu coração acelerar, junto com a falta de ar a o desespero por estar em um lugar tão abafado. Tentou abrir a porta, mas estava tremendo e sem forças. Achou que iria morrer ali, sufocada, mas ent��o a porta abriu e você sentiu alguém tirar o seu cinto e te puxar para fora. 
“Jagiya, o que aconteceu?” Ele te colocou no chão com calma. “Não está conseguindo falar?” Você concordou com a cabeça. “Eu vou te deitar, tudo bem?” Concordou mais uma vez, enquanto ele te ajudava a deitar no chão, com a mão dele debaixo da sua cabeça. “Tenta inspirar devagar.” Você concordou e começou a controlar a sua hiperventilação. “Expira devagar, também.” Fez o que ele disse. 
Ficaram alguns minutos no chão da garagem, apenas trabalhando para que você conseguisse voltar a respirar bem. Quando ele percebeu que estava melhor, voltou a falar. 
“O que aconteceu?” 
“Não sei direito.” Fechou os olhos. “O dia no trabalho foi horrível. Na fila do mercado um homem queria furar fila, e quando eu fui reclamar ele começou a gritar comigo. No trânsito quase bateram no meu carro. E eu estou com dor de cabeça desde cedo.” Inspirou e expirou fundo mais uma vez. “Acho que surtei.” 
“Você não surtou, S/N. Aguentou muita coisa em um dia só.” Começou a acariciar sua cabeça. “Está sobrecarregada de coisas ruins, acho que foi muito forte, na verdade.” Você abriu os olhos e encontrou seu namorado te olhando com um leve sorriso nos lábios. 
“Você é um anjo, Jimin.”
“Eu sei.” Os dois riram. “Estou brincando. Mas eu vou estar sempre aqui para te proteger, saiba disso.”
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TAEHYUNG 
Não era incomum você e o seu namorado serem abordados por fãs quando saiam juntos. Mas dessa vez você não estava se sentindo tão bem. Foi tomada por um sentimento de pânico assim que o grupo se aproximou, e ele só piorou quando elas te afastaram do Taehyung para poder falar com ele. Não que estivesse brava com elas, as entendia, mas algo dentro de você te dizia para não ficar lá. E você concordou com isso.
Sem dizer nada começou a correr para fora do parque que estavam. Entrou em uma rua pouco movimentada, e não demorou para sentir suas pernas começarem a falhar. Você teria caído no chão, se o seu namorado não estivesse atrás de você e te segurasse firme pela cintura. 
“Calma.” Ele disse baixo perto do seu ouvido. “Está tudo bem.” Começou a se abaixar, ainda te segurando até que os dois estivessem sentados. “Você consegue me ouvir?” 
“Sim.” DIsse baixo, enquanto recuperava a respiração.
“Você consegue me dizer cinco coisas que consegue ver?” 
“Um carro. Uma lata de lixo. Um prédio. Um poste. A lua.” 
“Certo. E quatro coisas que você pode tocar?”
“O chão. Minhas roupas. O vento. Você.”
“Três coisas que consegue ouvir?” 
“O trânsito. Pessoas. Sua voz.”
“Duas coisas que consegue cheirar?”
“Eu sinto cheiro de chuva. E o cheiro do seu perfume.” 
“Agora pensa em uma coisa que queria sentir o gosto.” 
“De sorvete.” Ouviu ele dar uma risada de leve. “Aonde você aprendeu isso?” Se endireitou e virou a cabeça para ele.
“Eu li na internet.” Sorriu sem mostrar os dentes. “Você me disse uma vez que já teve alguns ataques de pânico, e eu decidi pesquisar sobre.” 
“Você pesquisou só para poder me ajudar.” Disse sorrindo enquanto se virava para o abraçar. “Obrigada, Tae.” Disse no ouvido dele. 
“Não precisa agradecer, Jagiya. Só quero que fique bem.” 
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JUNGKOOK
“S/N?” Seu namorado entrou apressado no quarto. “Que barulho foi esse?” Ele ficou paralisado quando te viu no chão, com algumas lágrimas no rosto e tentando respirar. “O que aconteceu?” Ele se aproximou, segurando os seus braços para te ajudar a sentar direito. Quando foi tirar o celular da sua mão, percebeu o mesmo aberto no seu Instagram.
Sua última postagem tinha sido uma foto sua tirada pelo seu namorado. Tinha achado uma das suas fotos mais bonitas, mas pelos comentários que estava recebendo, nem todos concordavam com isso. 
Não costumava ler seus comentários por esse exato motivo. Sua ansiedade aumentava ao ver tantos desconhecidos de ofender. Mas tinha gostado tanto da foto, que tinha esperanças que ninguém iria te atacar. 
“S/N...” Se sentou na sua frente, entrelaçando as mãos dele nas suas, e você desceu o olhar para elas no mesmo instante. “Você quer ver as minhas tatuagens?” Você concordou com a cabeça, e ele soltou uma das mão, estendendo o braço para você, que começou a contornar os desenhos na pele dele com a ponta do dedo. 
Depois de alguns minutos você já estava mais calma, e levantou o olhar para o seu namorado, que te puxou para um abraço no mesmo instante. 
“Me desculpe por isso, jagiya.” Suspirou. 
“A culpa não é sua, Kookie.”
“Mas eu queria poder te proteger disso.” Te olhou. “Você não merece esse tipo de coisa.” 
“Acho que ninguém merece.” Deu um sorriso fraco. “Mas isso faz parte da vida. O importante é que eu tenho você” 
“Ah, não tenha dúvidas disso.” Dessa vez ele que sorriu. “Eu estou aqui para tudo o que precisar. Sempre.” Te puxou para outro abraço.
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Oi, como estão? Espero que estejam bem!
Tomara que gostem, e desculpe por qualquer erro!
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crisanima · 4 years
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Análise de Jujutsu Kaisen - Composição
Essa é a primeira análise que estou fazendo que não seja focada em Shingeki no Kyojin, mas é do mesmo estúdio, da Mappa… Estamos falando do anime do ano pela Crunchyroll, Jujutsu Kaisen. Antes, preciso fazer todo um contexto do porque Jujutsu Kaisen está sendo o primeiro anime a ser analisado tecnicamente por mim. Eu tenho visto muitos comentários negativos na internet em relação a qualidade que Jujutsu vem trazendo, principalmente em questão de composição. Nenhum anime sai perfeito de um estúdio, todos animes tem algum problema que envolve algumas cenas, e não é apenas Jujutsu Kaisen que sofre com isso, por isso venho aqui comentar sobre.
Quero comentar um pouco sobre os aspectos positivos e alguns poucos negativos que encontro em Jujutsu Kaisen, lembrando também que o anime não é uma totalidade horrível por possuir alguns probleminhas, estes muito comuns em uma produção de larga escala com prazos e orçamentos bastante limitados.
Essa publicação vai ser focada apenas em composição e depois farei uma especialmente para animação. Decidi dividir em duas devido a quantidade de conteúdo que vou trazer aqui e lembrando que comento baseado na minha própria experiência, a forma que o estúdio pode ter desenvolvido o anime pode ser diferente. O setor de composição é responsável por pegar os personagens animados e coloridos, elementos, cenários e compor para ambientar melhor em uma cena. Hoje com o uso de CGI principalmente nos cenários, os profissionais de composição também precisam pegar esses renders (conversão de um projeto em CGI/3D em uma imagem) e compor de forma que também fique ambientado com os personagens.
Vou começar com alguns pequenos probleminhas que tem em algumas ceninhas, algo que pode parecer estranho que é o movimento da câmera não andar junto com a animação dos personagens (acontecia em Shingeki também). Primeiramente, temos duas situações que podem acontecer: onde o setor da composição recebe o cenário da cena para compor com o personagem. Normalmente esses artistas recebem essa imagem/cenário como um arquivo editável, assim podendo compor a cena livremente e animando a câmera OU onde o setor da composição recebe um render 3D para compor com a animação do personagem. Nesse caso, se há movimento de câmera, o 3D precisa ter exatamente o mesmo movimento que a animação 2D ou vice-versa, ou seja, quando o setor da composição recebe esse dois arquivos e a animação de câmera do 3D e a animação dos personagens não bate frame a frame, não há muito o que o setor da composição possa fazer no caso, é algo que já veio falho dos outros setores. Outro fator do porquê acontece isso é devido a algo que já expliquei, a câmera é a 24 fps enquanto o personagem é a 12fps com os frames duplicados, então é normal esse desencontro a partir do momento que o movimento da câmera seja diferente dos movimento dos personagens. Existe uma forma de minimizar esse problema, seria fazer a composição dos personagens 2D dentro do projeto 3D e renderizar tudo junto, assim o personagem ficaria melhor harmonizado com o movimento da câmera 3D, mas acho que aqui não é o caso. Nessa publicação de Shingeki no Kyojin eu explico com mais detalhes como funciona esse tipo de integração do 2D com o 3D.
O fato da Mappa terceirizar bastante o trabalho pode ser um fator que pode ter colaborado nesses problemas, falhando na comunicação e gerando esse resultado. Mas gente, eu não to dizendo que terceirizar um trabalho é necessariamente ruim, inclusive é uma prática bastante comum em animes, existindo várias empresas especializadas em etapas específicas que eles costumam terceirizar, apenas digo que ela pode tornar mais difícil a comunicação, muitas coisas que assistimos é terceirizado e ainda assim tem resultados muito bons.
Abaixo fiz um vídeo exemplificando melhor o que quero dizer acima, vejam que às vezes o cenário e o personagem se movem e às vezes apenas o cenário. Peguei as cenas que são um pouco mais visíveis nesse quesito e coloquei em slow motion para ser mais perceptível. No anime temos algumas outras cenas que acontece esse tipo de coisa, mas nada demais também.
youtube
Ah, mas esse tipo de coisa é problemática em um anime, faz ele perder sua qualidade? Não acho que seja algo problemático quando não é muito perceptível, e em Jujutsu Kaisen poucas cenas apresentam esse problema de forma MUITO visível. Digo muito visível pois em muitas cenas tem um pouco de desencontro e é minimamente perceptível. Além do mais, esse problema pode acontecer devido ao prazo, prazo é algo muito importante em uma produção e muitas vezes não se tem muito tempo para refinar as cenas, assim enviam de uma forma que acham que está “ok” e preferem deixar pra corrigir no Blu-ray. Também vale a pena ressaltar que muitas dessas cenas que o personagem e o background não andam juntos é totalmente proposital, justamente para causar o efeito que o artista quer. Temos que lembrar que o que configura um bom anime não é só uma sequência legal de cenas de animação, mas sim se eles são capazes de passar a história de forma desejada, se conseguem passar as emoções esperadas. Esses resultados são atingidos pelo uso conjunto de vários recursos, incluindo os efeitos de câmera. Em uma das cenas nós podemos notar o Efeito Vertigo (Dolly Zoom), que no caso temos o foco no personagem e o que se mexe é o cenário e tem outros tipos de combinações que também resultam em Efeito Vertigo. Esse efeito geralmente é aplicado quando temos alguma cena de tensão ou de medo e consiste em uma distorção na lente da câmera (isso quando o efeito é gerado por uma câmera, nos softwares é bem mais simples de fazer). Outro efeito que é encontrado em praticamente todos animes, incluindo Jujutsu Kaisen, é o Efeito Parallax que é muito utilizado na animação para criar uma ilusão de profundidade. O efeito é simples: o que está mais próximo da câmera se move mais rapidamente e conforme vai se distanciando vai ficando mais lento. Eu não tenho muito domínio do assunto para explicar melhor como funciona efeitos de câmera, mas sei que eles existem e estão sendo aplicados nos animes. Se caso se interessar, tem muito mais sobre o assunto no youtube, com vários exemplos. Abaixo coloquei um exemplo de cada um dos efeitos.
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Depois de explicar um pouco como funcionam esses efeitos de câmera, vou voltar um pouco ao setor de composição e tentar explicar um pouco mais da ambientação que tem e Jujutsu Kaisen. Eu vejo que tem algumas pessoas que também tem comentado muito sobre a ambientação que temos no anime, que pra mim parece que está muito bem ambientado e vou explicar o porquê. Em Jujutsu, temos muitas cenas em diversos ambientes mudando drasticamente as cores e podemos notar que nos personagens essas cores também são influenciadas conforme o ambiente que eles estão. Vou pegar três sequências de cenas e tentar explicar um pouco melhor sobre as cores utilizadas e porque os personagens aparentemente estão bem ambientados. Pra ficar mais claro isso, utilizei apenas o Itadori como personagem para repararmos como a cor dele varia de cena para cena.
Essas primeiras cenas que separei aqui, são cenas que aparecem no episódio 4. Sempre é importante analisar o lugar que o personagem se encontra para saber se a cor do personagem está bem ambientada. Veja como a cor do ambiente é bastante puxada para o vermelho/laranja e como essa cor reflete muito na cor da pele dos personagens, que ficam com um tom mais avermelhado. Aqui podemos notar também que a cor das roupas dos personagens também é mais saturada (saturação é o grau de pureza da cor, quanto mais saturação, as cores são mais “vivas” e quando tem menos saturado, mais cinza a imagem se torna) com um tom no vermelho, isso também para acompanhar a saturação que o ambiente tem.
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No mesmo episódio temos muitas cenas que as cores mudam completamente. Vi muita gente que reclamou da cor do rosto do Itadori, mas eu vejo que essa cor está bastante condizente com as cores do lugar. Veja aqui como tudo puxa para um tom mais verde, assim deixando a pele mais esverdeada e as cores de suas roupas menos saturadas.
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Escolhi essas cenas do episódio 15 justamente por ser um lugar aberto. Veja que as cores do lugar (árvores e chão) e tanto do Itadori são bastante saturadas, assim ambientando ambos. Veja que também por ser um lugar aberto, a maior incidência de luz no personagem é um pouco mais clara por vir da floresta e do céu, assim deixando as cores do personagem um pouco mais “naturais”, completamente diferente do que temos acima onde o tom de pele dele é bastante esverdeado e no outro exemplo mais vermelho. Então, faz sentido essas cores mudarem bastante conforme o ambiente que se encontra e isso é necessário justamente pra tudo estar ambientado e parecer mais natural ao lugar que o personagem se encontra.
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As cores usadas em Jujutsu e essa grande mudança de um ambiente para o outro pode causar estranhamento para algumas pessoas, já que normalmente em animes é bem comum encontrarmos uma paleta de cores fixa para cada tipo de ambiente/hora do dia ou que não mudem tão drasticamente de um para o outro, mas isso se trata de uma decisão criativa, principalmente pelo diretor. Animes diferentes têm necessidades diferentes, principalmente quando são adaptações de mangás em que o diretor tem que tomar cuidado para que a estética passada siga a mesma linha criativa já apresentada no mangá. É sempre bom lembrar que essas mudanças drásticas também ajudam a passar mais emoção! Já que a história de Jujutsu acontece num ritmo bem acelerado, trocando drasticamente as cores ajudam a separar melhor os núcleos da história, assim dá a entender melhor que está contando outra coisa em um ambiente totalmente novo.
Outro ponto bastante positivo na composição de Jujutsu Kaisen é o cuidado que os compositores têm ao compor as cenas de ação. Abaixo vou colocar um vídeo exemplificando melhor, mas note como as cores dos personagens mudam bastante quando temos incidência de fogo ou de algum efeito sobre o corpo do personagem. Isso também mostra como está bem feito e que tomam cuidado com os detalhes do anime. Veja a primeira cena, como o inimigo sai de uma sombra e vai para onde tem luz, as cores dele se ajustam totalmente ao ambiente, assim como as cores do Itadori e do próprio inimigo se ajustam conforme os raios vão crescendo na cena.
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Aproveitando o momento que estou comentando sobre as cores, vou comentar um pouco sobre os gráficos que equilibram as cores de uma cena para a outra. Esses gráficos que comento aqui ajudam a equilibrar uma cena pra outra e isso é muito necessário para que as cenas não destoam muito a cor. Esses gráficos são baseados no RGB (RGB - red: vermelho, green: verde, blue: azul), são as cores primárias que quando são misturadas, geram as milhões de outras cores. Esse sistema de cor é especificamente para reproduzir em dispositivos eletrônicos, como monitores e tv. Abaixo coloquei uma imagem ilustrando o que vou comentar agora. Esses gráficos estão baseados nas imagens da esquerda, que é um frame da Kasumi Miwa. No gráfico de cores RGB, quanto mais para cima as cores estão, mais clara a cena é, quanto mais para baixo, a cena se torna mais escura. Note também nos gráficos onde controla melhor a saturação (que são as bolinhas à direita), que na imagem NORMAL é mais saturada, então o "pozinho" do centro da bolinha está maior. Enquanto que nas outras duas perde um pouco mais a saturação, assim o “pozinho” fica menor justamente para indicar menos saturação na cena.
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Tumblr derrubou a qualidade da imagem, segue aqui um link com a imagem em HQ
A imagem de referência dos gráficos é a da esquerda (IMAGEM DE REFERÊNCIA). Veja como a cor se comporta nessa imagem, o vermelho que está quase estourando no "gráficos de cores RGB” é o vermelho do rosto dela, que também é a parte mais avermelhada de toda a cena.  Apesar desse pico vermelho do rosto da personagem, a cena majoritariamente é azul e verde, principalmente azul e podemos notar no "gráficos de cores RGB” que o azul está mais presente que o verde e o vermelho é o que menos aparece. Veja que no gráfico abaixo temos um limite da cor, se caso alguma cor chegar nesse ponto, que dizer que a cor está no máximo onde ela pode chegar. Nesse caso se o vermelho bater ali, é o mais vermelho possível, assim como o verde e o azul.
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Link da imagem em HQ.
Abaixo coloquei uma sequência de cenas do anime para podermos analisar melhor como esses gráficos se comportam. Vejam que os picos mais altos das cores são de 80 a 100 e que a média é entre 50 e 60 e os picos mais baixos são em 0, como é trabalhado com imagens em movimento em alguns momentos isso não se aplica fugindo um pouco dessa média. Isso é muito importante, pois a partir do momento que chega na cor necessária em uma das cenas, você tem uma referência para ajustar isso nas demais cenas e assim ficar todas padronizadas. Analisando mais a fundo, quando chegamos na parte onde Kasumi Miwa usa sua técnica de "Domínio Simples”, reparem como a cena fica majoritariamente escura e os gráficos e que os picos de cores caem a 0 praticamente (cena aos 17 segundos).
Segue aqui nesse link um vídeo exemplificando isso (no Youtube foi bloqueado)
E é aí que entram os filtros que a Mappa utiliza, tanto em Jujutsu como Snk. A utilização desses filtros ajudam a equilibrar as cores de uma forma mais fácil e mais rápida, o que é necessário quando falamos de uma produção de grande escala, como é a dos animes. Os filtros que normalmente usam são criados e pensados para funcionar nas cenas que vão ser aplicadas e normalmente testam antes mesmo de finalizar os episódios. Os filtros são pensados para ter a coloração necessária para que chegue ao sentimento que a cena precisa passar, por exemplo cenas com mais amor, carinho e felicidade tendem a ser cores mais quentes, logo o filtro terá que ser com uma cor mais quente (vermelho, amarelo) para se aproximar do que o diretor deseja. Em cenas mais frias, os filtros também terão que ser de uma cor mais azulada. Além disso, para aplicação de um filtro numa cena, a cor base dessa cena já precisa ser preparada para receber o filtro e fazer com que ele funcione. Então é muito raso as pessoas comentarem que são filtros de Instagram, como vejo as pessoas comentando por aí. Os funcionários da Mappa pensam sim em como fazer um bom trabalho para entregar aos telespectadores.
Um extra que vou deixar aqui é a cena do Gojou quando ele sai de uma bola de fogo, vejo que o pessoal comenta bastante sobre essa cena, porém não vejo tanto problema nela. Eu acho que esse efeito não foi animado pelos animadores e de alguma forma o setor de composição teve de dar um jeito de resolver, e realmente a resolução do setor de composição não fica tão boa quanto seria se fosse animado, mas funciona. Gojou está completamente coberto pelo fogo que aos poucos vai sumindo, eu diria que a pessoa responsável por esse efeito fez a animação diretamente no software que a Mappa utiliza para fazer composição, que é o After Effects. Sim um movimento e uma textura que é gerada por computador. É ruim por ser gerado por computador? Não, é só um jeito mais fácil e rápido de fazer. Como são duas ceninhas rápidas, no meu ponto de vista funcionam e não é necessário um trabalho absurdo para cenas que duram pouco tempo em tela. Abaixo tentei mostrar mais ou menos como funciona esse movimento.
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Quero comentar aqui mais algumas coisas de como se analisar uma composição. Como na cena citada acima, eu vejo que muita gente simplesmente tira prints da cena e fala que a composição está ruim, mas a verdade é que não se analisa dessa forma. Quando pegamos uma cena para analisar a composição,temos que analisar em movimento porque ela foi criada para funcionar em movimento, nem todos frames serão impecáveis e o propósito nem é esse. Não adianta fazer um print, dizer que está ruim naquele frame sem mesmo saber o contexto de toda a cena e onde ela se encaixa.
Depois desses comentários sobre a composição de Jujutsu, abro um espaço para a @nyatche​ comentar mais sobre a arte desse anime, coisas como escolhas criativas e direção de arte.
E aqui vamos nós entrar nessas questões mais artísticas! Alguns elementos do anime remetem bastante ao estilo do mangá. Quando se trata de uma adaptação de mangá, ou seja, que não é algo original totalmente criado pelo estúdio, eles já tem que trabalhar com uma franquia muitas vezes já estabelecida há algum tempo, que já contam com identidade visual própria que deve ser seguida pelo anime. Isso varia bastante com o estilo do autor original, as cores escolhidas por ele, e o próprio universo da obra. Gêneros diversos têm necessidades diversas. Se a história do mangá segue algo mais moe ou de romance, cores suaves podem ser uma boa pedida, se é uma história de terror, cores escuras vão te ajudar a passar o clima desejado, isso sempre levando em conta as características da obra original.
Podemos pegar como exemplo outro anime feito pelo MAPPA ano passado, Dorohedoro. O mangá de Dorohedoro tem um traço bem sujo e poluído, que combina muito com o clima da história e o ambiente em que ela se passa. No entanto, por conta de quadrinhos e animação terem necessidades diferentes, não é possível retratar o mesmo aspecto no anime exatamente como ele é no mangá. Quanto mais complexo os personagens, quantos mais traços tiverem o seu design, mais difícil ele será de animar e mais tempo isso irá tomar. Uma solução para isso no anime foi o uso de texturas no cenário, dando esse aspecto de sujo que não seria possível de simular somente com o traço.
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Com Jujutsu, temos algo parecido. Muitas das texturas usadas no cenário e paletas e contraste de cores usadas vem seguindo a linguagem das capas do mangá. Os demônios/poderes também passam por uma escolha a parte, como se tratam de criaturas míticas ou poderes mágicos, a diferenciação delas pro restante do universo é proposital, justamente para ajudar a retratar que aquilo é sobrenatural, que não fazem parte do nosso mundo. Isso vai desde a aparição dos demônios, que usam uma textura mais pesada/suja e um estilo de linha diferente ao uso de poderes como o de Gojou, que basicamente cria outra realidade. Tudo bem que o mundo retratado nela seja diferente e pareça um pouco estranho, isso também serve justamente para sinalizar o uso desse poder especial.
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Alguns podem falar que as texturas são um “defeito”, mas o uso constante das mesmas texturas nos faz concluir de que elas são uma decisão criativa, justamente para se aproximar também das ilustrações coloridas do mangá. Como são algo frequente, não tem muitas chances de alguém ter deixado o mesmo “erro” passar tantas vezes assim.
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As capas do mangá também tem contrastes de cores bem interessantes, e a escolha dos filtros e efeitos usados no anime combinam bastante com essa estética.
Mesmo que jujutsu seja um produto da shonen jump, na própria revista podemos ver as diferenças dele com outras obras como Kimetsu no Yaiba e Boku no Hero Academia, o estilo de cores, cenários e texturas escolhidos pra um não funcionariam tão bem assim para o outro, pois as histórias são diferentes com necessidades diferentes.
E tudo bem não curtir o visual de Jujutsu! Nem tudo tem que agradar nossos gostos pessoais. Pessoalmente acho que o design já do mangá poderia ser mais ousado, mas isso não significa que seja de baixa qualidade. Dá pra ver o tanto de esforço que a equipe coloca para entregar um resultado satisfatório.
E assim chegamos ao final de mais uma análise de um anime que está muito bem feito e que nós todos amamos. Obrigada a @nyatche​ que comentou sobre a arte do anime e um agradecimento a todos vocês que acompanham as publicações das análises. 
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mudo-toda-hora · 4 years
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Texto para ele.
Seguindo a dica da psicóloga...
Bom falando em sumir, hoje é o quarto dia e eu ainda não estou conseguindo dormir, não q eu tenha tentado hoje porque é mais um dia sem a gente e hoje você pediu para eu não te ligar pq vc precisa terminar um projeto porque amanhã você quer descansar.. Você deve estar mais cansado que eu, suponho, ja vc não está tendo uma válvula de escape então faz sentido vc só querer dormir, em contra partida eu nao suporto a ideia de parar porque é quando eu começo a pensar na gente e em tudo que sempre falamos cada dia que passa pequenas declarações e promessas suas pulam na minha mente so para eu ter um motivo novo para chorar, so para mostrar o quao envolvida eu estava e com base nas suas palavras vc tambem estava então voltamos para o mesmo lugar, dos porquês e você ja não quer mais repetir e minha cabeça se recusa a relembrara as suas palavras o que mais doi e que eu nao me desconectei, eu ouvi cada palavrinha do que você disse mas eu me recusso a me lembrar, eu decidi que hoje eu nao iria chorar, achei que nao tivesse mais lagrima mas tenho sim e ja estou chorando estava pensando em propor ir a um motel como despedida sei lá, meu corpo pede por você, estou a tanto tempo com saudades.. mas sei que isso tambem e uma tentativa de te trazer de volta mas nao q eu fosse pedir (com palavras) mas queria te mostar a posiçaõ q eu gosto com vc sentado em eu por cima e você nao teria para onde olhar se nao pra mim. mas nao começaria assim eu iria pedir para vc levar a sua mascara e eu estaria com aquela camisolinha q e trasnparente mas vc nao iria ver iria colocar a mascara no seu olho e beijar cada pedacinho de você, como se fosse a ultima vez sem neem me importar se vc vai reclamar q pegando nas suas pernas e so quando eu tivesse certeza de ter memorizado e beijado inteirinho eu iria te cupar e iria sentar assim mesmo mas vc nao estaria colocando as mão em mim depois te colocaria sentado e tiraria aa sua mascara para a geente gozar junto olhado um no olho do outro nao sei porque nunca fizemos nessa posição.. percebo agora que estive tao imersa em preocupaçoes que me apaguei.. talvez você nao tenha efriado mas a paixão sim?
sexo por si e muito importante pra mim e é assim q sei que sou amada mas pra você não, eu sei disso mas achei q tu viria ate mim você sempre aplica esse discurso para mim sabe? faria sentido vc praticar, mas eu nao sei se teria a coragem de te propor na real tenho medo de vc ja ter ficado com outra pessoa e querer usar camisinha. Nao faz sentido né ? vc é solteiro! e eu tambem... é deveriamos usar
mas ainda te sinto meu, bom vamos ver como me sinto no sabado por hoje eu estou bem, melhor do que ontem, mas nao tenho coragem de ler tudo q ja te escrevi kkkk
pensei que você iria querer suas coisas de volta entao elas estao separadas em cima da minha cama me fazendo companhia ou talvez me assombrando como se pudessem ser você mas nao. E juro q esses dias pensei em ter visto seu sembrante.
Eu nao quero tomar remedio para dormir pq acho q eu preciso sentir tudo isso mas logo menos ja vai completar uma semana e nao vou poder prolongar muito mais estou me dando as minhas despedidas eu acho, mas eu nao quero ir
uma parte de mim grita que eu devo ficar e tentar te salvar afinal nao se abre mao do amor mas ainda conta como abrir mão se a pessoa esta te mandando embora?
Bom em umas das minhas fugas de mim eu te propus pular de paraquedas eu sindo que preciso desse pulso de adrenalina beirando a irresponsabilidade hahaha quero me sentir no controle de novo talvez por isso a despedida do sexo tambem, acho que você vai poder entender mais coisas com essa conexão do que se fosse eu te explicando mas tambem nem sei se vc vai querer ir, ou se eu vou, vou centralizar minhas expectativas ao paraquedas se esse falar nao nada tão significante. Eu sinto falta da sua voz nao q a gente estaria conversando agora pq vc estaria trabalhando de qualquer jeito mas é como se vc tivesse tirado o pedacinho seu que estava em mim e que me fazia companhia que estava deitadinho no meu coração me lembrando de promeças de amor e de cuidado que nao tinham data de validade. Eu deveria estar lendo, deveria estar tentando me entender me concertar mas eu so quero chorar! mesmo a quantidade de lagrimas estando menor sinto que nao desabei tudo, queria seu colo pra me dizer que esta tudo bem
Sabe, acho que nao sabia aonde estava me metendo, antes eu teria fugido mas com você eu quis ficar você me deixou segura para ser mais fragil, me desmontei achando que voce iria cuidar, de verdade, não sei se eu planejava me remontar mas agora eu tenho e o final de semana talvez seja minha ultima chance, afinal segunda feira sera oficilaente uma semana de termino.. me sinto tão perto de viver sem você como um peixe se sente com relaçaão a agua
Eu acho sim que a gente nao devia mais se falar mas por essa semana te quero aqui, por essa semana quero chorar para vc, quero fazer amor, quero beijos que nos levem para outro lugar e quero que a sensação de simplismente se jogar e confiar que nao vai morrer esteja vinculado a você
isso pode ser so um delirio, sei disso e agradeço a você por nao verbalizar essa hipotese hahahahha
Meu, eu nem sabia ondem estavam os blocos que eu contrui aqui dentro e nao sei te dizer com certeza quando você os tirou mas obrigada por fazer, eu acho. por mais que doa e por mais que pra mim não faça sentido foi bonito e foi amor
eu quero poder pensar em você e nao te culpar e nem chorar, literalmente você me cativou e eu não quero contar para ninguem porque sei que vou chorar e sufocar que nem estou fazendo agora mas é uma parte do processo, tirar nosso relacionamento serio, apagar nossas fotos das redes sociais e deixar so no meu celular um ano inteirinho de você para olhar de vez em quado e lembrar dos momentos bons, quem sabe um dia so com carinho pelo momento e nao com a sensação de rasgar meu coração em mil pedaços.
Eu sinto sua falta
Escrever para você so me deixa com mais vontade de falar com você, tem uma frase que eu sempre gotei dela mas agora ela faz jus "no topo do mundo ou nos profundezas do desespero" estou assim esses dias, e me incomoda nao conseguir dormir muito porque eu queria pagar tudo isso e transformar tudo em um sonho ruim
Eu te amo
Estou com saudades
Fica
Me desculpa
Pelo que ? nao sei, por nao ter te escutado tao bem, por todos os impulsos e surtos, queria te segurar e te dizer tambem para não explodir mas nao sei onde você esta nao de verdade e e por isso que tem uma voz que me diz para ficar e te esperar mas nao sei se você volta.. vai ser dificil entregar suas coisas e esvaziar minha gaveta, eu estava ate pensando em roubar um nicho hahahaha e como vai ser? um aperto de mao choroso e um adeus mal resolvido
uma semana e um tempo bom para me recompor ?
vai doer por quanto tempo?
você diz que eu torturo a gente relembrando do nosso passado, mas você comentou com a maior naturalidade sobre eu estar desenhando estrelas em você, como se isso fosse ocorrer de novo, algo recorrente e nao como se aquela tivesse sido uma ultima vez (me abrigo a adicionar um talvez para acalmar meu coração)
Eu te amo
Estou estou com saudades
Doi nao ter você, doi saber q a pessoa que me prometeu colo pra sempre, q falou que eu sempre poderia ir na sua casa e que disse que eu nunca estaria sozinha não hesita em dizer que nao quer mais isso, me sinto traída, culpada? nao sei
A gente acabou de fazer um ano
A gente tem uma tatuagem juntos
A gente estava coprando um ap
Eu repito isso como se fossem os pilares da minha sanidade, mas na verdade são os pontos chaves para partir meu coração
Eu sempre vou te carregar no calendario, na pele e no coração
Ai, sao tantas sensações que eu nem devo ter tudo isso de divertidadmente para geri ahhahaha sinto sua falta e egoistamente queria q vc sentisse a minha mas aviso que isso doi entao tomara que nao sinta e que seja so um lapso de foco para você q vc retome a consiencia apenas quando eu te ligo e que va leve como o vento para algum lugar onde sentimentos nao machucam e onde amor encontra, cuida e luta, bom, um montao de cliches para você ahhahah
Ei, me pede para ficar e me leva par a lua
"Be, vou te pedir uma coisa, por favor não fique chateada
Preciso muito termina um monte de coisas hj, não me liga hj por favor, eu tenho que focar nisso para poder dormir amanhã"
Mas aqui parece q te faço tao mal, queria te pedir para me ligar antes de dormir mas nao e justo manter a rotina e so me deixaria mais anciosa e lembrado que eu preciso dormir ainda
Em paralelo a tudo isso estou com paranoia de gravidez, sei q nao deve ser nada a medica disse que fiz certo, eu só estou juntando que você disse q a mulher fica mais fertil quando o casal nao esta bem ai o post da dor no dente o sangue faquinho a azia e enjoo e agora dor na perna mas claro q pode ser tudo da minha cabeça, certeza q sim mas é entranho não poder te contar essa paranoia, nem seria justo se eu contasse né bom, como tudo aqui, são so coisas da minha cabeça.
Eu te amoo queria q vc um dia lesse tudo mas eu nao tenho a coragem de ler enfim a hipocrisia hahahahaa
"Pare o tempo, baby
Que hoje eu vou dançar contigo até o planeta congelar"
Amo você L.
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agiotademimmesmo · 4 years
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                                                         FAYA
    Hoje estive pensando, o que haveria depois da morte? —Reencontraremos nossas famílias e amigos? Enfrentaríamos nosso pior pesadelo? Viveríamos em mundo ideal? Todas essas perguntas foram produtos de uma pessoa. E essa tal pessoa era a Faya, a garota que me fez sentir vivo.
   Eu a conheci através de um amigo. Foi a amor à primeira vista. No momento em que fitei nos olhos dela, eu já sabia que sofreria em algum momento, teria que enfrentar a dor de ter que abandonar ela. Só nesses milésimos de segundo, eu já a amava, amava tudo nela, o olhar penetrante que afagava minha alma, a voz que me acalmava toda vez. Depois disso começamos a conversar, ela me falou o que gostava de fazer, o que gostava de ouvir, o que gostava de comer. Independente do que ela falava, eu só amava mais ela, a cada momento como se fosse o último. Nós conversávamos tão concentrados um no outro, era como se não houvesse mais um mundo ali fora, havia apenas ela e eu. Qualquer pessoa que passasse e olhasse pra gente, poderia afirmar: “Esses dois se amam, e muito”. Depois de um tempo, Faya e eu fomos andar em um parque, nesse momento já éramos um casal, um belo casal. Ela andava tão espontaneamente e relaxada no parque, que deixava pequenos sorrisos escapar. Era como se fosse a primeira e última vez dela naquele parque. Era como uma criança, fazia de tudo, corria, cantava, pulava, até no balanço ela foi e falava “Me empurra, me empurra”, mas tudo aquilo tinha um motivo, e mais tarde ela me falou esse tal motivo. No pôr de sol daquele mesmo dia, ela me chamou pra um banco e falou:
    — O que você acha que tem depois?
    Eu sem entender perguntei:
    —Depois?
    — Sim, o que você acha que tem depois da morte?
    Essa pergunta me causou um certo incômodo e medo, meu coração apertou e minha garganta fechou, mas, mesmo assim, arranjei fôlego pra perguntar:
    — O que você acha que tem?      
   — Acredito que vamos reencontrar pessoas que amamos e que nos fazem felizes. Tipo você.
   Meu coração apertou mais ainda. Dessa vez não consegui arranjar forças pra falar, mas ela percebeu e continuou:
   — Escuta, tenho uma coisa pra te falar, eu não queria, mas preciso.— Nessa hora tive vontade correr pra longe dali e não ouvir ela terminar de falar, eu já sabia que alguma coisa ruim surgiria. — Quando eu tinha sete anos fui diagnosticada com uma doença, e ela não tem cura. O médico disse que eu teria sorte se passasse dos 20, e como eu já tenho 19, minha mãe resolveu me levar no médico, pra ver se alguma coisa tinha mudado. Mas nada mudou, ele disse que, com sorte, eu teria apenas mais uma semana de vida.
   Fiquei sem saber como reagir, fiquei pálido e gelado, como se eu estivesse prestes a desmoronar. Envolto de tanta tristeza, eu perguntei:
    — Por que você só tá me dizendo isso agora? Por que não me disse antes?
   Sorrindo ela disse:
   — Eu queria te dar lembranças, lembranças felizes. As quais você possa lembrar no futuro e sorrir. O que você acha que aconteceria se eu te falasse antes?
    Depois disso eu chorei, e chorei muito, eu estava sem condições pra falar.
   — Escuta, eu não quero que você se lembre de mim e fique triste. Quero que você lembre dos nossos bons momentos. — chorei mais ainda— Eu vou me internar hoje a noite no hospital, quero que você venha me visitar todos os dias, quero você do meu lado sempre, quero segurar sua mão até meu últ…
   — Eu vou,— a interrompi e respondi sem hesitar— estarei lá, todos os dias, segurando sua mão até o último momento.
    Depois dessa conversa nada agradável, ficamos abraçados por bastante tempo (tempo o suficiente pra perceber que esse momento nunca mais irá se repetir), e a levei até em casa.
   Quando cheguei em casa, não consegui fechar os olhos, nem por um momento. Estava com medo, medo de fechar os olhos, abrir e ela não estar lá, e no mesmo instante eu senti um forte aperto no coração, tentei não pensar no pior, e dormi.
   Como prometido, fui até o hospital no outro dia, sem ter dormido quase nada, levando um buquê de girassóis (o favorito dela). Perguntei qual era o quarto dela pra recepcionista do hospital. Era o último do corredor. Fui em direção ao quarto dela caminhando lentamente e triste por aquele longo corredor, quando de repente passa uma equipe de enfermeiros correndo por mim , e logo pensei “Que não seja ela, que não seja ela”, então eles entraram no quarto de Faya. Quando eu fui no quarto dela, eu parei na entrada, paralisado vendo tal cena. Lá estava ela na cama, e a equipe fazendo a reanimação, então os enfermeiros pararam e o médico disse “Hora da morte”. Eu desabei, fiquei sentado ali na entrada estagnado, com o buquê na mão, tentando entender o que tinha acontecido. Ela se foi, isso que tinha acontecido. O médico disse que ela tinha passado por complicações na noite anterior e que tinha a colocada em coma induzido, mas não adiantou. Ele me deixou vê-la e eu chorei ainda mais ao perceber uma coisa, ela estava sorrindo e a palma da mão direita virada pra cima, como se estivesse segurando a mão de alguém. A minha mão, era pra minha mão estar ali junto a dela, como eu tinha prometido. Ela deveria estar triste, mas não, ela estava sorrindo, lembrando dos momentos felizes que ela tinha falado. Então eu sorri também, ela me fez prometer que eu sorriria. Pelo menos essa promessa eu consegui manter.
   Então todos os dias eu olho pra cima e me pergunto “o que será que tem depois da morte?”, “será um mundo ideal?”, “viverei com a pessoa que amo?”, “Faya, você está me esperando para vivermos juntos?”
                                                                                                                                                                                                         By: Agiota de mim mesmo
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loveforgaia · 4 years
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ENTENDENDO A PERSONA DE UM K-IDOL (K-pop): por que ela existe, por que ela permanece e o que faz ela nascer.
como será que o “seu” ídolo se sente? quais são as coisas que ele esconde por trás da máscara de perfeição? sua relação com ele é de fato uma relação?
para entender o que é persona, clique aqui.
antes de tudo, eu gostaria de te levar a uma reflexão. um exercício de se pensar no lugar deles, se possível for. o intuito é fazer as pessoas notarem pelo menos 1% do quanto há por trás dessa cortina de sorrisos, prêmios e satisfação a todo momento. será que quando a cortina abaixa, o público não está por perto e as luzes se apagam... segue sendo assim?! vamos refletir:
já que as pessoas conseguem se colocar no lugar alheio com mais facilidade quando se veem ali, pense em ti no lugar deles, se transportando o máximo que você conseguir à realidade. *obs: antes que os extremos deem as caras, nada do que falo aqui tem a intenção de vitimizar a figura de ídolo, dizendo que são pobres coitados que não tem escolha nenhuma. eles tiveram. eles realmente escolheram. mas isso não justifica todos os exageros por parte dos outros, todas as limitações que impõem a eles. e também, ao mesmo tempo, no fim eles são tão parte disso tudo como a empresa também é. ninguém aqui é vítima, pode ter certeza. tudo faz parte do jogo.
como os próprios idols já disseram e dizem:
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eles querem ser artistas reconhecidos por serem quem são, não marionetes alheias. masss, entram na cultura e acabam por fazer parte dela. indo às questões:
1. crítica
eu não consigo me prender na fajuta e tão pintada ideia de que "os fãs são tudo pra eles e eles só precisam do amor dos fãs". isso é uma ilusão. e não apenas uma ilusão como também uma limitação, pois o amor vindo do fã num geral pode ser (e é) seletivo, e eles originalmente estão ali pelo sucesso que o artista está fazendo, pois se não fosse o sucesso e a visibilidade eles não conheceriam os artistas. quando todos esses idols andavam na rua antigamente, antes de se tornarem famosos, ninguém os parava para dizer que amava quem eles eram. hoje é fácil dizer que ama a pessoa famosa que você acompanha pelo que ela é. mentira. você sente um carinho, mas amor amor, aquele amor em que você conhece alguém e a valoriza por quem ela é, esse amor não é o amor de fã. o amor de fã é um amor condicionado, não aquele amor que vivemos numa relação com família, namoradxs e amigos, pois com essas pessoas convivemos e temos a possibilidade de sermos conhecidas pelo que somos. óbvio que parece ser isso, parece ser amor verdadeiro, um amor genuíno, afinal você se devota a alguém, mas não é. primeiro porque o idol nem mesmo se mostra de verdade. segundo que para que fosse atraída a sua atenção, uma série de coisas foram feitas - marketing, planejamento de imagem, criação da propaganda e, por fim, a criação das Personas. quem você encontra na rua, um ser desconhecido, ou as pessoas que você conhece e que nem valoriza tanto assim, elas não possuem uma persona planejada para brilhar e chamar a tua atenção. elas são elas mesmas. mesmo que algum deles seja uma pessoa incrível, você não se interessará por conhecê-la da forma que se interessou por conhecer o artista caso ela não tenha algo muito atrativo: a fama, os números, tudo o que cegamente nos faz acreditar que somos muito "inferiores" à essas pessoas e elas são tão tão boas que estamos distantes delas. logo, precisamos idolatrá-las. às vezes uma pessoa que não possui fama alguma poderia ser mais inspiradora e exemplar para ti do que o famoso que você idolatra, mas ok. prossigamos.
artistas esses que desde que ganharam a oportunidade de se mostrarem ao mundo, têm que se "podar", tirando as suas folhas mais "amarelas" da vista dos outros, para que se tornem uma árvore completamente verdinha. menos natural e mais próxima do perfeito. menos Self e mais Persona. acontece que quando um amor é pautado em ideias de não aceitar tudo de uma pessoa, além de não ser um amor completo e verdadeiro, não é um amor que nutre. é um amor que não envolve a confiança para se mostrar, não é um amor literalmente "lar" e aconchego. consegue entender a diferença de amor? em palavras pode até ser, mas em atitudes não. na sua natureza mais profunda, não. e alimentar essa ideia de "relação profunda" entre fã e ídolo não tem efeitos negativos só no idol não. no ponto 11 eu aprofundo os efeitos nos fãs. se imagine estando numa vida como um ídolo está e tendo que lidar com a frustração de não ter ninguém para você ser si mesmx, não poder sentir um amor verdadeiro de quem não vai estar ali para te julgar, de quem não olha para você esperando o mais alto diante de padrão estético, por exemplo. uma pessoa que vá te tratar num grau de normalidade, que te enxergue como uma pessoa comum. que ao estar próxima de você não viva querendo fotografar cada passo seu, que não fique querendo postar mundo afora como você é lindo e sexy quando toca no seu cabelo e como ela quer sentar em você. pessoa que realmente te conheça, e que te valorize na profundidade do que você é, e que não tenha necessidade de te expor ao mundo pelo seu grau de fama.
isso não existe na vida de um idol.
com os fãs naturalmente eles não conseguem se mostrar sem estar com make, em algumas situações sim, mas em boa parte? errr... não. com os fãs naturalmente eles não conseguem admitir relacionamentos amorosos, pois os fãs são como aquelas tornozeleiras que vão ficar fazendo barulho caso você saia do campo que está restrito a você ficar. você não pode namorar porque é "propriedade" deles. com os fãs você será analisado e criticado minuciosamente pela tatuagem que fez, pela pessoa que saiu, pela forma que olhou para alguém, pela cor de cabelo que pintou, pela roupa que vestiu. pois, oras, você é como a versão da perfeição para elas. é a realidade do que elas gostariam de ser, então que seja do jeito que elas querem. (na cabeça dessas pessoas, é assim que deve ser).
nessa situação, pode-se falar em amor verdadeiro? não, somente em amor condicionado.
eles não podem se relacionar com ninguém pois viram o assunto do momento, a privacidade e o limite entre o que eles querem trazer ao público e o que é privado é desrespeitado. pessoas cuidando da vida deles e palpitando como se eles fossem marionetes e meros personagens numa história fictícia; não numa realidade com o direito de viverem as suas vidas com privacidade, pelo menos um pouco. tudo que é pessoal se torna público e nada é respeitado. nessa situação, não tem que se falar em amor. com todo respeito, amor verdadeiro é o caralho.
2. relacionamentos. em especial namoro
o medo de namorar. a reação dos fãs. empresa. todas as coisas que envolvem "relacionamento amoroso" + idols. você pode até não pensar em como um ídolo se sente ao de certa forma ser privado disso, mas você não pode negar que nesse ponto (e não somente nesse) eles não vivem da mesma forma que nós, e que isso faz falta sim. e como deve fazer... imagina a sua vida toda ser privado de amar. ser privado de se jogar em um amor romântico e viver isso. o amor muda a gente. o amor nos ajuda quando estamos cansados. o amor é o que nos dá um senso de paz quando tudo nos cansa, inclusive o trabalho (por falar em trabalho, os fãs fazem parte do trabalho deles, não da área 'relacionamentos pessoais', como muitos pensam). posso te garantir que o sonho deles sempre foi mostrar a música deles ao mundo, sendo quem ELES SÃO, não se tornando basicamente seres moldados. infelizmente é uma condição que faz parte de toda uma indústria que usa exatamente isso como atrativo ao público: uma imagem quase perfeita de artista. um ser que vai ser limitado de algumas liberdades pois agora ele possui um contrato assinado. e, o mais importante: um ser que servirá a você. ele vai ser uma hora seu amigo, na outra quase um parceiro romântico. e para isso, essa pessoa não pode estar se relacionando. deve estar disponível a você.
tenho certeza que ser privado de viver uma das partes mais importantes do desenvolvimento de um ser humano, que é o relacionamento, em especial o amoroso, se sentir amado e ser amado, não estava no plano de vida deles. mas passou a fazer parte.
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lembrando que estou falando dos k-idols, onde eles são ainda mais limitados com relação a namoros (por parte da empresa E dos fãs). pouquíssimos assumem relacionamentos e quando assumem passam a viver não uma relação a dois, mas sim com todo o público, e imagina que insuportável uma relação que recebe palpites o tempo todo. gostaria de ter o mundo palpitando (e às vezes até mesmo torcendo contra) os seus relacionamentos?
3. um idol não pode falar abertamente de tudo que ele sente e é
seja a respeito da sexualidade, de características consideradas defeitos ou fraquezas; tendo a ver com não poder se abrir e dizer o que sente... eles sabem das limitações que possuem nisso. porque sabem o alarde que dá ou como seria desnecessário falar de si, pedir para ser escutado sobre seus sentimentos mais "reprovados" (uma vez que têm fãs no mundo que julgam um ídolo como "fraco" quando ele mostra um lado mais frágil e escondido de si).
além disso, já houveram e ainda vão haver muitas situações em que eles sentiam coisas mas que não podiam explanar pois ia contra o que a empresa acredita ou contra os interesses econômicos da empresa. raras possibilidades de falar do que acreditam, defender seus próprios pensamentos. já pensou quantas pessoas pensam coisas que nem mesmo sabemos? seja para um lado bom ou ruim... pessoas que não explanam o que verdadeiramente acreditam (pensamentos preconceituosos, racistas, muito machistas, etc) porque precisam ser perfeitos, e ao mesmo tempo pessoas que não gostariam de dar as mãos ao conservadorismo mas que acabam dando sim porque não podem expressar tudo que acham - e, por sinal, vivendo constantemente com essa tarefa (guardar seus pensamentos), quem é que desenvolve mais senso crítico?! ninguém. por isso acho tão estranho colocar idols em pedestais afirmando que eles são os seres mais críticos do mundo, quando na realidade eles nem mesmo expressam o que sentem.
4. pensando na Coreia: padrões
indo mais a fundo e falando de saúde mental, a fase de trainee já pode ser o suficiente para desenvolver algum tipo de transtorno ou patologia na mente. e poucos entendem quem tem isso. e poucos conseguem falar de como é. e quando falam: não chega a corresponder nem metade do que eles realmente sentem, pois é tão difícil transportar para palavras algo que é tão tabu, não é?!
agora imaginando o contexto sul-coreano, onde do pouco que se sabe (pois não nascemos e nem moramos lá) já podemos afirmar que é difícil se abrir com relação a saúde mental, o problema só se intensifica, pois os tabus rondam a mente deles e se misturam com a fama, o receio de falar algo "negativo" e não ser bem visto, o medo de perder o apoio. a gente realmente sabe pouco da vivência interna deles, do que eles sentem ali dentro de si.
e quando menciono a fase de trainee e a possibilidade de nela serem desenvolvidos problemas e vulnerabilidades mentais, digo isso pois muitos se esquecem dessa fase que é tãoo importante pois marca muitas coisas na vida deles. é uma fase de muita cobrança - interna e externa, onde é possível que nasça (ou se fortaleça) ideias de ser insuficiente independente do que fizer; de precisar de aprovação externa; de querer agradar demais demais; sentimentos ruins e que fazem muito mal ao interno de uma pessoa, mas que surgiram por uma razão: a época de trainee é que a pessoa mais se cobra e é cobrada. se ela não der o melhor de si, se ela não se superar, ela não consegue. o problema é que esse lado do k-pop que é a raiz do nascimento dos grupos e é o que mais marca um idol não faz as pessoas enxergarem seus pontos positivos, suas melhoras. seus acertos. é uma rigidez absurda onde se foca muito mais no erro, tendência essa que faz a pessoa também focar mais no erro do que nos acertos em suas atitudes.
e o problema não para por aí. a questão mais tensa é que depois que você correu e correu contra o tempo e "contra si mesmo", depois de ter abnegado tanta coisa em sua vida para conseguir ser idol, tudo que ficou de resquício negativo dentro de você não poderá ser tratado com tanta facilidade pois é AGORA que você terá que colocar em prática aquela ideia que tanto lhe foi ensinada: sorria, sorria sempre. carisma, carisma. seja a Persona que ensinamos você a ser. o idol que dá positividade e alegria a todos, mesmo que por dentro você tenha vários cacos, várias feridas abertas, várias inseguranças. seja O exemplo!
além disso, o padrão de corpo perfeito. já discuti essa ideia algumas vezes, e algumas pessoas me diziam que o k-pop é o gênero hoje em dia que "mais revoluciona" o mundo. se for com os números e os charts, realmente. só que não engulo a ideia de que só porque muitas das letras falam de amor próprio, o gênero possui um seeeeenso crítico imenso e intenso. not really. se o k-pop fosse tão aberto à diversidade, as pessoas poderiam expressar sua sexualidade sem serem expulsas de empresas, a homoafetividade não seria usada como isca para lucrar (fan service), e veríamos uma variedade de corpo, de personalidade. a maioria dos grupos possui um padrão de peso que reflete exatamente como o k-pop é muito conservador e é a maior representação do que se denomina "ditadura da beleza" ou da moda.
o k-pop possui um lado politicamente correto (que é usado para lucrar 😇) que menciona as questões pelas quais mais lutamos hoje em dia, e menciona isso de forma muito inteligente. ele parece lutar pelo fim da ditadura da moda e da beleza, o fim da gordofobia, que a gente simplesmente se aceite mais e que não sejamos tão ligados à agradar as pessoas. as letras passam mensagem à la moviento body positive, mas as atitudes de quem as canta não. quem canta - ou seja, os idols - vivem "cuidando" de seus corpos para nunca estarem dentro do que para eles seria feio (isso pode ser observado em lives, em falas deles). contradição é o que não falta.
5. se imagine vivendo sob uma "escolta" de literalmente 24h por dia 
escolta esta por parte de mídias e fãs. para cada passo que eles dão: milhões de reações simultaneamente, opiniões, fotos, pessoas analisando cada passo e expressão que eles fazem para construir análises que se encaixem no que a pessoa quer afirmar, a narrativa que ela criou na cabeça fértil dela. há uma forte adequação de uso da imagem de famosos.
e haja "amor" e força para seguir enxergando coisas boas no meio de toda essa onda de overreacting e negatividade.
6. a sexualização de idols
e por falar em narrativas que fãs criam: esse assunto merece um tópico próprio. como se não bastasse se projetar neles de forma cega, acreditando que os conhecem quando na realidade tudo o que você está fazendo é se ver nele, ver algo que você gostaria de ser (e por isso parece tão próximo e tão familiar). como se não bastasse isso, ainda se tem toda a sexualização e um hábito nojento de adentrar na área mais íntima da vida de QUALQUER PESSOA e dizer o que eles/elas, cada um dos idols, fariam em situações sexuais. isso vai desde criar imagens fixas para cada um deles, o que "serve" na relação sexual e o que "domina", aplicando este filtro e padrão de visão a cada comportamento deles, até literalmente narrar cenas de sexo e tornar isso normal e banal com a desculpa de que "sexo não pode ser tabu". sim, não pode. mas é ridículo escandalizar e usar pessoas como objetos sexuais, as expondo em rede social e ridicularizando-as (pois elas não estão se relacionando com você, e se tivessem, o consentimento é algo importante). porém, já ouviu falar que quando as pessoas estão em grupo, mesmo fazendo algo tão irracional, elas se sentem tão certas e corretas? aquela velha ideia de ir com a massa. se a massa faz merda, pelo menos não estarei só. pois é, algo para se orgulhar.
é viver as suas relações que deveriam ser vividas por VOCÊ se projetando neles, criando elos românticos entre eles e ficando louca quando isso é contestado por alguém de fora (pois, óbvio, as suas teorias são irrefutáveis). é viver a sua vida pessoal passando 24/7 defendendo eles como se tivesse defendendo a sua própria integridade e identidade, é sentir que a sua vida está preenchida ao estar com pessoas que foram treinadas para sorrir e te agradar (e que quando somem, por ser algo normal, te deixam vazia). é ser tão dependente, mas nem notar. é transferir a sua sexualidade para eles, mais uma vez se projetando neles e achando que toda essa vida que no fim é fictícia é a maior realização que você poderia ter.
7. se imagine viajando para algum lugar mas não poder sair de ambientes fechados
não poder sair para curtir algo sozinho, ou com amigos, ou quando sair alguém descobrir (como se fosse negativo ela pessoa sair) e então a internet, o fandom PARAR para escrever, reagir e analisar à saída do ser humano para fora de seu hotel. que evento raro, um fenômeno que definitivamente merece MUITA análise, não é? como um eclipse solar que merece ser muito bem apreciado e observado. meu jesus.
8. esforço constante e não-pausas
constantemente estar se esforçando e lançar 2 álbuns ou mais a cada ano, mesclando isso com os comebacks, turnês e etc, são coisas que realmente marcam a vida de um k-idol. não surpreende ve-los afirmando que fazer poucas pausas é o essencial - é assim que eles foram ensinados a viver. e os fãs - aqueles que consomem tudo que é colocado em suas mesas e às vezes parecem viver disso - usam exatamente isso como desculpa: eles são adultos e sabem o que fazem 😲😱, não são crianças portanto ter poucas pausas é uma escolha deles. poxa fã, quanto egoísmo. é que se imaginar sem o "mimo", o alimento, é difícil né?
é como dizer para uma pessoa não famosa que trabalha numa empresa feito condenada e recebe pouco que está tudo bem porque ué, ela pediu para passar por isso, ela entrou na empresa. ninguém deve criticar nada não. senta lá, afinal, você recebe o seu salário, mesmo que saiba que tem coisas erradas aí. aqui o ponto de problema é o salário dentre muitos outros, mas no caso dos idols são  todos esses que citei. mas é como dizem: "a ignorância é uma dádiva" e "o mundo é assim mesmo". é verdade. e a tua omissão só perpetua tudo. meus parabéns, ser pensante, crítico e participativo! vamos treinar a crítica social para a redação do Enem, vamos falar de crítica quando ela surgir nas letras de música do meu idol, vou subir hashtags para aplaudi-lo, mas fora isso, de que me importa críticas sociais? pensar pra que?
9. a ideia de "merecimento" pela rotina que eles vivem (a meritocracia dentro do k-pop)
eu já vi diversos tweets em que algum idol está no chão caído de tão exausto e como reação temos muuitos fãs dizendo: é isso! precisamos retribuir. por isso que compro e faço stream, por isso que voto. nunca te parou para pensar que... isso faz parte de toda a máquina? que essa é a ideia toda, que essa é a intenção de todos por trás da indústria: criar idols diligentes e muuuito compromissados, que vivam literalmente só do trabalho, e que através dessas atitudes de "hardwork" conseguem passar aos fãs ideias de que eles merecem ser retribuídos, pois nunca se viu alguém trabalhar TANTO. nunca vi um gênero com tanta pressão e cobrança como este. pessoas que não só se cobram, como também gostam de passar aos outros - mesmo que sem intenção - essa filosofia de vida que leva as pessoas ao perfeccionismo: sem dor, sem ganho. se cobrar é necessário.
e através de uma romantização de trabalho exagerado, de pessoas que beiram ser workaholics, seguimos alimentando a cultura que mais produz conteúdos (não diretamente relacionados à música, se você parar pra notar boa parte das coisas produzidas, transmitidas e vendidas são fora do que é a música e o mv), e que mais vende. e, óbvio, que mais faz seu idol trabalhar.
uma música que se chama "i should do" do rapper jooheon evidencia bastante isso, a necessidade de estar sempre em movimento quando se é um idol e o senso de merecer ser retribuído com isso tudo, do tanto que você se acaba trabalhando. e o tanto que se visa dar de recompensa (comprando e fazendo stream) a quem tanto trabalha, essa é a narrativa que todos que fazem parte da cultura do k-pop vendem (empresa, idol e fãs) compram (fãs) tão bem. se ligue, tudo faz parte do jogo.
10. obrigações e expectativas
selcas, lives, "aparecer mais". se imagine tendo alguma obrigação que em certas épocas fica ainda mais frequente, intensa, ter a obrigação de postar foto, de fazer posts em dias de aniversário de outro membro - porque as pessoas que "te conhecem tão bem" (vulgo fãs) precisam ver você postando foto para confirmar as narrativas que elas criam pré, durante e pós aniversário de uma pessoa que está do outro lado da terra 😍. elas fazem tantos posts sobre como elas "sabem!!" que eles estão agora mesmo na mesma casa, uma narrativa tão cor de rosa. e ficam aguardando ansiosamente o tal do post. e se algum não aparece, aguarde as críticas.
é cobrança para fazer live, para responder mensagens em chat. e se engana quem pensa que tudo isso é feito por eles sem ser visto como uma rotina, uma tarefa, obrigação. eles possuem cronograma para aparecer, para postar foto (e nem sempre o que eles postaram realmente foi tirado naquela hora rs). para quem vive tão alienado e preso nessa situação toda, isso realmente parece verdadeiro e super involuntário, vem sempre do coração e nunca da obrigação de aparecer. em alguns casos, pode até ser. mas por que você acha que quando um membro aparece, todos os outros começam a aparecer logo em seguida? não existe relação profunda, o máximo que pode existir aqui é uma identificação (até porque eles satisfazem bem os desejos e preenchem vazios de muitas pessoas no mundo, não que isso seja sempre saudável rs), e também uma conexão, mas não incondicional: passou a existir porque eles cumpriram muito bem uma série de atributos. uma série de atributos para chegarem até aqui, para se tornarem "idols" que antes de artistas são como apresentadores de programas de entretenimento, treinados para fazer os outros sorrirem. e depois, só depois de cumprir tudo isso é que eles chegaram hoje onde estão.
11. estamos numa relação! será?
os fãs frequentemente pensam e acreditam demais que estão numa relação profundíssima com seu idol e que não existe nada melhor que isso. eles não precisam de nada mais: com o grupo de k-pop eles possuem tudo. isso é extremamente preocupante, pois enquanto a pessoa se alimenta (do senso de valor, de estar pertencendo a algo, tendo uma "relação" e etc), ela vai se tornando mais e mais dependente disso. quando eles saem de perto mesmo que seja um pouquinho, as coisas já ficam feias e já bate um vazio. mas pera, para isso surgiu saída! a empresa vai postar um documentário novo deles. ahhh que maravilha, assim não fico mais me sentindo vazia. e lá vamos nós em mais doses de dependência. e isso vira um ciclo tão grande. a pessoa esquece de dedicar tempo desde aos seus estudos até a desenvolver sua personalidade e focar em coisas suas. diferentemente de outros gêneros, o k-pop é o primeiro e o mais inteligente (e não, isso não é um elogio) a não dar ao seu consumidor somente música. ele dá exatamente tudo que tape os buracos emocionais. e parece que isso é louvável, elogiável, algo maravilhoso. mas não é. pois cria a sensação de dependência, é como um remédio do qual você não consegue ficar sem. todos os lançamentos de coisas diferentes que muitas vezes saem um atrás do outro, sem nem mesmo tempo da pessoa digerir o que estava presente no lançamento anterior. isso cria ansiedade, cria uma sensação de todo momento estar em alerta porque algo será lançado, logo você precisa estar ali presente sempre. não pode perder nada. isso em Psicologia se chama FOMO (fear of missing out), que é o medo de perder as coisas, as oportunidades, medo de estar de fora. preciso estar online 24h porque assim serei: I - um bom fã, não um "ingrato", mas exatamente aquele que serve bem; II - não me sentirei só; III - doses de dopamina é o que não vai faltar para mim. porém, como toda dopamina: chega e vai rápido. e aí você vai em busca de mais e mais. e dentro de toda a aventura, fora o FOMO, fora a ansiedade, também temos 24/7 uma educação de que os números valem muuuuito mais do que o conteúdo, porque precisamos ser diligentes e esforçados para manter os queridinhos no topo, sem permitir que eles sejam "flop" porque "o sucesso deles é o nosso sucesso". projeção psicológica e sentir que a conquista do outro é a tua conquista.
tudo isso faz parte de uma estratégia de manter as pessoas ainda mais próximas e devotas. ao mesmo tempo em que há a ideia de que eles são quase perfeitos e superiores, o k-pop torna você "íntimo" daquele que meu deus, às vezes infelizmente nem mesmo se conhece, quem dirá que você o conhecerá.
em níveis psicológicos, isso não é nada saudável.
a sensação de dependência também se soma à de obrigação. obrigação para estar presente. quando some, mesmo que tenha sido por circunstâncias pessoais, ainda assim se culpa. se sente "uma fã horrível". como se tivesse a obrigação de servir àquela pessoa que está tão longe dela. será que a culpa é a mesma de quando se afasta de pessoas que são de fato próximas?!
A PERSONA DE IDOL: por que ela existe, por que ela permanece e o que faz ela nascer.
- por que ela existe? ela existe porque dentro do k-pop, com os moldes e estrutura que ele possui, se faz necessário moldar uma pessoa até que ela seja completamente agradável a todos ou a grande maioria que estiver do lado de fora. o objetivo dessa Persona: podar (arrancar ou esconder) lados da personalidade que não são atraentes e trazer à tona só o que for deslumbrante e "perfeito". 
- por que ela permanece? pois se faz necessário para que tudo siga fluindo. se um idol arrancar a máscara de perfeição, já era. o glamour vai embora. os problemas e o caos (que era para ser normal) surge. e a sensação de ser "fraco" por deixar tudo surgir também. tanto que sinto que os idols, ao se expressarem emocionalmente, mostrar fraquezas e inseguranças, não se sentem tão compreendidos ou seguros em fazer isso. isso porque quem recebe essas mensagens, quem lê e escuta um desabafo deles vê isso como algo quase que "extraordinário", nada comum para eles. imagina como é já ter uma pressão para carregar mas ainda ter que suportar o fato de que se você desabafar, as pessoas vão enxergar você como um dos poucos que fala disso - o que podia ser visto com bons olhos -, e que é visto como alguém que "falhou", "fraquejou".
- o que faz ela nascer? essa cultura em si.
FALANDO EM LINGUAGEM DE PSICOLOGIA ANALÍTICA: Se a pessoa está inundada em Persona, onde está a sua Sombra? E o seu Self?
Para Carl Jung, teórico muito importante para a Psicologia Analítica, não existe vida psicológica saudável sem haver contato com as sombras, com o que for de mais profundo e às vezes até mesmo doloroso e não bem aceito pelas pessoas. Quando uma pessoa foca muito em viver através de sua Persona, ela desiste de si mesma. Digo isso pois não existe autoconhecimento sem abraçar a tua Sombra, sem permitir que tudo que reprovam ou que te ensinaram que é reprovável seja encarado e sentido. 
O Self fica perdido e o ser focado em seu Ego, um senso muito superficial do que ele é. a Persona de um idol é focada em agradar, em preencher expectativas alheias, em ser quase perfeito. e isso não é saudável para a mente e personalidade de ninguém, pode ter certeza.
O sofrimento precisa ser superado, e o único meio de superá-lo é suportando-o. Carl Jung
Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão.  Carl Jung
-
um fã é um mero (a) consumidor (a) que alimenta toda a cultura, mesmo que ao fazer parte dela também esteja se tornando dependente de algo que nem sempre te faz tãooo bem assim. nem sempre faz tão bem largar coisas da sua vida para se devotar aos outros, pessoas que nem sempre estão te ajudando a evoluir, em algo que não te dá um retorno direto.
nem sempre faz tão bem simplesmente passar tanto tempo numa rede social onde, no fim, tudo acaba sendo efêmero e fictício: as suposições de quem eles são, as relações deles, as análises de seus comportamentos, os surtos pelas vezes que eles aparecem (como se fossem deuses a serem idolatrados num culto, numa igreja), a luta para fazer os números deles subirem, sem que isso te traga nada de retorno direto, sem que te ajude a desenvolver a sua personalidade, bem pelo contrário, te traz um apego a alguém que você não conhece mas que cai tão bem na tentação de "viver junto" pois é isso que todos vendem: vocês nos conhecem melhor do que ninguém, vocês são tudo para nós. essa relação de fã e idol está por vezes inundada em interesses egoísticos e nem sempre "salva" o fã como ele mesmo diz. às vezes, a ansiedade aumenta, as sensações de vazio também, a busca de sempre estar querendo algo novo para se alimentar, a necessidade de se projetar neles e viver POR ELES relações que você crê que eles vivem, numa tentativa de suprir um vazio interno. o medo de ficar de fora e o desespero em pertencer a um grupo (fandom), defendendo com unhas e dentes "os seus", proferindo ofensas sem limites aos outros que não gostarem do mesmo que você, que chamarem atenção. e simplesmente gastando muito tempo discutindo os passos dos seus queridos idols, se foi certo ou não tal coisa, isso e aquilo e bla bla bla. tudo isso, acredite, não é saudável.
mas cada um sabe o que faz e sempre vai arcar com as consequências e o peso de cada uma de suas escolhas.
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ricofog23 · 4 years
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- Tudo bem, tchau.
- Tchau e muito obrigado mais uma vez.
- Falou.  Renato pega o pão e sai dali.
 No caminho para sua casa, ele vai se lembrando mais em detalhes de tudo que ocorrera, durante a noite ele acordara por algumas vezes e abraçara ao amigo que não demonstrara qualquer desconforto com aquilo.
- Meu Deus, será que sou gay?  Logo chega na sua casa e sobe para seu quarto, liga o som e coloca os fones.
- Filho, o que houve, por que esta chegando agora em casa?
- Mãe.  Mafalda corre até o filho que chora ali na cama abraçando o garoto.
- Mãe, você me ama mãe?
- Claro meu querido, te amo mais que tudo nessa vida, mais que tudo, não se esqueça jamais disso.  Ali abraçados, Mafalda também libera suas lágrimas, toca o celular de Renato e ele não atende.
- Não vai atender meu querido?
- Não mãe, tudo o que mais quero é ficar assim contigo, te amo mãe.
                                                     24122020………….
                       Na lanchonete, Levi olha para o copo com suco de abacaxi e para Sandra em lágrimas.
 - Por favor Levi, você é amigo dele, o conhece tão bem, faz ele me perdoar, por favor.
 - Não sei ao certo o que te falar, dê tempo, espere ele digerir isso.
 - E se ele arrumar outra, sabe que qualquer um faria isso?
 Os olhos de Levi arregalam e ele logo retorna ao modo pause ali.
 - Ele não é igual ao outros Sandra, ele é o seu namorado ou ficante.
 - Eu o amo.
 - Sei disso, meio que de um jeito bem louco esse seu amor, mais sei que o ama, por isso mesmo entenda, e se fosse com você, ele tendo outra e você o achando ali, na hora h, entende?
 - Eu a mataria.
 Levi estremece, a lembrança do beijo, os dois dormindo juntos.
 - Cruzes Sandra.
 - Sério, não suportaria ter que dividi-lo com outra.
 - Sandra.
 - O que foi?
 - Fique tranquila, vou te ajudar.
 - Sabia, meu grande amigo.
 Eles ficam ali por mais um tempo, logo Levi recebe uma ligação e Sandra se despede.
 Nalva fica eufórica com a festa que Dani e Edú lhe preparara para a união dela e do doutor Arnaldo.
 - Dani, não precisava tanto.
 - Claro que precisa, eu quero ve-la esplêndida nesta festa.
 - Obrigada.
 - Nalva, você é como uma tia para mim, enfim alguém muito amado da família.
 - Eu sempre me senti acolhida e respeita por todos nesta casa, obrigada de coração Dani.
 - Estou feliz e triste, feliz por que um grande acontecimento vai te fazer feliz, mais triste por que perco minha companhia para tudo, as fofocas, passeios, compras, e agora minha amiga?
 - Jamais, sempre estarei por aqui é só me ligar e pronto, já venho. Risos.
 - Sei disso, sabe sou muito grata a você Nalva.
 - Que nada Dani eu é que sou, olha, quem imaginaria de velha agora casada, com um doutor.  Risos.
 - Você merece isso e muito mais.  Abraços e lágrimas das duas.
 Leticia no escritório recebe Jarbas com um envelope.
 - O que é isso?
- Veio endereçado a senhora, pelo jeito do seu noivo.
 Leticia pega o envelope e abre.
- Jarbas, espere.
- O que foi senhora?
- Olhe só, a vida esta te dando outra chance.
- De quê senhora?
- Um convite para a cerimônia de uma funcionária da casa de meu noivo.
- Sim……….
- Ainda não entendeu, você vai com a gente, o convite se estende a ti, a chance de você pôr a limpo o passado.
- Por quê?
- Não sei querido Jarbas, mais sinto essa festa será memorável.
- Se diz assim senhora.
- Com certeza que vai .  Jarbas pede licença saindo horas depois Glads chega para o expediente, Jarbas pede ao homem que vá para a sua sala.
- Me chamou sr, o que quer falar?
- Tenho algo para te falar e tem de ser agora.
- Sim senhor.
 Quando Jarbas se prepara para dizer, Leticia abre a porta ali.
- Jarbas, preciso que venha a minha sala, agora.
- Sim.
 Jarbas sai, Glads tenta falar com ele, porém o homem acompanha a mulher em silêncio.
- O que pensava em fazer Jarbas?
- Falar para ele.
- O quê, olha eu descobri seu outro irmão, é isso?
- Ele tem o direito de ………..
 Leticia encosta uma pistola no peito do homem.
- Eu decido o quê, quando e como ele deve saber, só eu entendeu?
- Mais eu…………
- Já te disse, eu comando tudo daqui pra frente, só eu e ponto final.
- Por favor.
- Cale a boca e me atenda, entenda de uma vez, só eu estou comandando isso, só eu.
- Sim senhora.
- Melhor assim.  Leticia guarda a pistola.
- Jarbas, você sabe que é muito importante para mim, vai deixe de ser bobo, jamais farei mau a você, afinal você é………..
- Senhora.
- Vai, fale com seu pupilo, invente qualquer coisa, não deixe ele desconfiar de nada.
- Sim senhora.
                                                   26122020…………..
                        Allan deitado na cama de motel, suíte extra luxo, Leticia beija o corpo do homem.
- Por que a gente não se casa logo?
- Mais a gente vai se casar, só não agora.
- Por que?
- Antes eu tenho que fazer algumas coisas.
- Tipo?
- Nossa, meu amor ficou mais interessado na minha vida.
- Não posso, sou teu homem?
- Fale de novo.
- O quê, seu homem?
- De novo.
 Aos beijos, Allan repete e Leticia se entrega por completo a ele.
 Glads chega em casa junto de Jarbas.
- Chegou filho?
- Oi mãe, o sr Jarbas veio junto, ele quer falar com a senhora.
- Por que não o chama de pai?
- Vou dormir, estou com muito sono, depois eu como.
- Tudo bem filho.  Glads segue para o quarto, Arlete ali com Jarbas.
- Vamos dar uma volta?
- Onde?
- Você escolhe.  Minutos depois eles estão no mercadinho de Vanderlei, ali 2 pratos com pastéis e refri em lata para cada.
- E então?
- Minha patroa, ela quer contar tudo.
- Como assim tudo, o que ela sabe, para mim tudo já foi dito?
- Não, ela sabe de algo mais.
 Ele olha para ela apreenssivo e inicia o que tem a dizer, a cada fala, palavra ali dita, Arlete vai ficando nervosa.
- Ela não tem esse direito, como ela soube de tanto assim da gente, de minha família e de minha história?
- Ela só sabe, só isso.
- Eu quero falar com ela, me leve até ela, agora.
- Não precisa, acho que logo ela vai estar na sua casa, na realidade bem antes do que imaginamos, ela quer muito falar com o Lourival.
- Como deixei que isso tudo chegasse até aqui, Jarbas que tipo de homem é você, não sabe nem ao menos defender seus filhos?
- Eu não…………..posso.
- Por que Jarbas, por que, aliás, o que essa mulher é para você, sabe, ás vezes acho que vocês tem uma ligação que vai muito além de patroa e empregado?
- Eu não sei o que dizer, não posso falar.
- Então eu não estava tão errada, sabia disso, você continua o imprestável de sempre, desapareça de nossas vidas de uma vez.
- Arlete.
- Adeus Jarbas.  Arlete sai deixando o homem ali, Vanderlei vem a mesa.
- O que houve?
- Ela nunca vai me perdoar Vanderlei.
- Você tem de entender, ela sofre com tudo isso há anos, ainda tem o……………
- Você também sabe do outro filho, por que não me disse Vanderlei?
- Isso é problema de vocês eu não deveria me intrometer e assim o fiz.
- Obrigado Vanderlei, obrigado mesmo.
- Entenda Jarbas eu…………
 Jarbas acerta a conta e sai, Vanderlei guarda o dinheiro e fica a olhar o amigo entrar no carro e sair.
 Lourival acende a última vela, do altar, quando sente alguém na porta.
- Já que não se anuncia, entre, aqui somos todos amigos.
- Gostei e gostei muito, o sr é realmente incrível, como dizem.
- Gostaria de lhe dizer o mesmo mais sei que seus sentimentos não são lá tão bons, sua energia é bem carregada, pesada demais, sabia?
- Amei, vim falar com um velho e ainda recebo um truque de magia, o que mais sabe fazer, pelo jeito não muito já que vive numa situação bem deplorável senhor?
 Lourival se vira e ela, Leticia lhe estende a mão.
- Sou Leticia e o senhor é Lourival não, prazer ou qualquer coisa do tipo.
  Lourival olha para ela ali.
- O que foi, o que quer tanto dizer?
- Gosto, direto, sarcástico, um tanto avançado também, gostei muito de sua pessoa Lourival.
 Jarbas termina o café com Glads ali na cozinha.
- O que a patroa tanto quer falar com meu avô?
- Não sei, acho que se consultar com ele, afinal ela gosta de várias experiências espirituais.
- Será isso mesmo, por que minha mãe saiu daqui logo que vocês entraram?
- Sua mãe ainda esta muito brava comigo.
- O que o senhor fez a ela, foi muito ruim, mais sei, minha mãe não é vingativa e nem tampouco rancoroza.
- Sei disso filho, eu sei disso.  Glads fica um tanto sem jeito ali com a fala de Jarbas.
- Me desculpe.
- Tudo bem, só acho que ainda vai levar um bom tempo para dizer o que tanto espera.
- Vou esperar, ansioso mais vou esperar.
 Arlete entra ali, os olhos de Jarbas para ela faz Glads sair dali deixando-os a sós.
- Diz logo, o que essa mulher é para você?
- Minha patroa, só isso.
- Não importa, só cuide bem do meu filho, não deixe que ninguém faça mau a ele, por favor.
- Nosso filho, ele é meu também, Arlete, fique tranquila, vou cuidar sempre dele, eu te prometo.
 Leticia entra ali nisso.
- Podemos ir Jarbas.
- Sim senhora.
- Você é a mãe do Glads?
- Sim.
- Tem um filho surpreendente, especial, ele é um dos meus melhores colaboradores.
- Acredito, só não quero que ele sofra, jamais aceitarei isso.
- Senhora, ninguém quer sofrer, mais ás vezes sofremos sem perceber.
- O que quer dizer?
- Vamos Jarbas, obrigado senhora por fazer companhia a esse meu amigo.
- Amigo?
- Sim senhora, Jarbas é muito mais para mim do que um mero motorista, ele é praticamente meus braços, posso confiar nele em tudo, tudo.
- Sei, acredito nisso também, sei que ele é muito comprometido quando trata-se de dinheiro.
- Tchau senhora.
- Tchau.  Leticia sai dali deixando Arlete pensativa, Lourival entra ali.
- Não queira rixa com essa daí, é daquelas que acha que compra tudo e todos, um demônio na terra, isso é o que ela é.
- Ela te maltratou?
- Nunca, até parece, acha que alguém pode me maltratar, ela só disse o que eu já sabia, foi bom, agora sei um pouco mais do que esta escondido.
- Escondido?
- Arlete, ela é muito ruim, mais ruim do que imagina, mais fique tranquila ela não é contra o nosso Glads, pelo contrário até se simpatiza com ele.
- Até quando?
- Isso não sei, mais sei que ela vai ter alguns obstáculos e o que ela não sabe, a vida vai cobrar-lhe e carissimo por tudo de ruim que ela fez, é dificil ocultar as marcas de sangue que ela traz nas mãos.
- Cruzes vô.
                                      28122020………..
                          Leticia termina de colocar o vestido longo em tecido plinçado preto com detalhes em brilho e algumas pérolas soltas na altura da barra, Jarbas segura o fecho do zíper para subi-lo quando Allan entra na sala.
 - Amor, que bom que veio, me ajude com este vestido.
 - Lógico meu amor.  Allan segue até ela, Jarbas pede licença saindo, Allan fecha o vestido.
 - Você estava se trocando com o Jarbas aqui?
 - Sim, ele me ajuda em tudo, mais fique tranquilo, me troco sempre atrás do biombo ali.
 - Eu sei, você confia muito no Jarbas, amor?
 - Sim, minha vida, ele me ajudou muito, é muito importante para mim, mais que um funcionário qualquer............
 - Acredito que ele nunca...............
 - Jamais, sempre deixei claro as coisas, até por que nem preciso, ele trabalha para a minha família, conheceu meus pais me viu crescer, ele não é e nem seria capaz de tal ato.
 - Te amo amor.
 - Eu sei.
 - Sério, você nunca esconde sua história e sempre me responde o que pergunto.
 - Por que tenho e muito que confiar no meu homem, meu gato.
 - Me ama tanto assim?
 - Sim, demais.
 - Te quero.
 - Aqui amor, acabei de colocar esse vestido.
 - A vai..........
 - Te adoro.  Leticia senta na mesa e Allan coloca as mãos nas pernas dela.
 Jarbas sai do banho e logo coloca seu terno, pronto ele sai pelos fundos e entra no carro, Leticia ainda não fora, esta com certeza nos braços do noivo.
  Leticia termina de se arrumar novamente sob o olhar de Allan.
- Viu seu safadinho, vamos nos atrasar.
- Valeu a pena, demais.
- Seu gostoso.
- Olha que eu vou querer mais.
- Depois, agora vamos?
- Sim.  O casal sai dali indo para a cerimônia de Nalva.
 A cerimônia fora feita por um pastor da igreja de Arnaldo, Nalva se emociona muito durante tudo ali, Dani sempre por perto lhe dando parabéns e apoio, fora a primeira pessoa a abraçar o casal.
 Edú entrega o presente ao casal, uma viagem a Trancoso Bahia, com tudo pago.
- Sério, seu Edú, muito obrigado.  Nalva não esconde sua felicidade e Dani se alegra com aquilo, momentos depois, Dani e Edú vão a mesa do buffet.
- Que pena que a Simone não veio.
- Amor, não tinha como, ela ainda esta um tanto abatida com o acontecido.
- Eu sei, ainda não acredito que ela sofrera aquilo.
- Nem eu.
- O bom é que ela não esta só.
- Sei, doutor Marcelo.
- Sim, Marcelo, acho que eles finalmente vão ficar juntos.
- Se esqueceu, ele esta separado mais tem uma namoradinha.
- Nada sério, amor, de quem ele gosta de verdade e ama é sua irmã, minha cunha.
- Eu deveria é ir lá e acabar com toda essa graça isso sim.
- Nem pensar, deixe-os eles são maiores e tem o direito ao amor.
- Tá você tem razão.
- Eu sei que tenho amor.  Beijos.
 Simone ali no tapete com Marcelo maratona a sexta série da semana deles num streaming.
- Olha, o cara vai fugir.
- Será?
- Certeza, ele vai fugir, sair do carro e correr.
- Não sei não.
- Esta vendo.
- Que safado, amor você entende mesmo hein.
- Um tanto óbvio.
- Bem, por este lado, sim.  Beijos.
- Vamos sair?
- Onde?
- Sei lá, um chopp, petisco?
- Bar?
- Pode ser.
- Tudo bem, vamos.
- Sério?
- Claro, amo ficar aqui, mais temos de ver gente além de nós.
- Concordo.
- Então vamos?
- Agora.
- Banho?
- Partiu, não é assim que se diz.  Risos.
 Marcelo já vai se despindo e Simone também, ambos seguem para o banho.
  Quase uma hora depois, eles num bar com música ao vivo, chopp e porção de camarão.
- Adoro isso.
- É bom.
- O que foi amor, não queria vir, a gente pode ir agora?
- Não, eu gostei, é que……………
- Fique tranquilo, eu te entendo, o Hércules morreu, ele não vai voltar.
- Simone.
- Eu sinto, sabe, muito, choro ás vezes, mais ele mesmo sempre me disse que não devemos parar de viver.
- Nossa, muito sábio ele.
- Sim, um cara para lá de boa praça.
- Você o amava?
- Sim.
- E eu?
- O que acha, afinal estou aqui contigo.
- Te amo.
- Fala de novo.
- Te amo.
- Bobo.
 Marcelo beija Simone quando ouve.
- Boa noite.
- Oi, boa.  Ali na frente do casal, a namorada de Marcelo na companhia de um rapaz.
- Olá.
 Momentos depois, Marcelo ali em outro espaço do bar em pé frente a ela.
- Então………..
- Fique tranquilo, eu já sabia, sempre soube, nossa relação tinha prazo de validade, de boa.
- E o garoto?
- Vida que segue, não é assim o ditado?
- Certo, bem, eu te desejo toda sorte que não pude te dar.
- Eu sei que sim, te desejo o mesmo, sempre.
- Então………...felicidades.
- Sim, obrigado, tudo foi muito louco entre a gente, tchau.
- Tchau.
 Sem abraço ela sai deixando ele ali, mais um pouco, depois ele segue para sua mesa onde Simone o aguarda.
- Tudo certo entre vocês?
- Acho que sim, pelo menos para mim, sim.
- Ela é muito inteligente, com certeza já suspeitava da gente.
- Será?
- Com certeza, sim.
- Como vocês são tão avançadas nestes assuntos?
- Somos mulheres, conhecemos outras e nos conhecemos, sabe que na real já dominamos vocês há muito tempo?
- Acredito e muito.  Beijos.
                                   30122020………………...
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shield-o-futuro · 5 years
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Hazel 32 Scarlett
32. “  Onde está doendo? ”  
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Cena #31 —  HAZEL FITZ-SIMMONS  
Não é sempre que posso acompanhar o treino dos meus amigos na SHIELD.
Geralmente, é porque sempre estou trabalhando em outras coisas no laboratório, como pesquisas e coisas do tipo. Hoje mesmo, por exemplo, eu iria ajudar Logan Stark, meu grande amigo e colega de equipe com um projeto dele, mas ele acabou desmarcando de última hora.
Me vi livre por uma hora ou duas após isso, e sem saber ao certo como preenchê-las sozinha, acabo decidindo que não faria mal ir dar uma olhada no treino de duplas que meus amigos estariam realizando na parte da manhã. No caminho, me encontrei com Willa Geller, outra grande amiga, e ela acabou se juntando a mim.
Fomos conversando até onde o treino seria realizado, uma arena ampla e que simulava um cenário de guerra, destruído e cheio de obstáculos que os agentes poderiam usar para ataque ou defesa. Assim que Willa e eu chegamos até o local, podemos ver que as duplas já estão formadas : Scarlett e Stefan contra Garrett e Mitchell. 
Não posso deixar de pensar em como isso vai ser interessante, afinal, os quatro são muito bons.
Willa e eu nos sentamos em uma sala mais elevada, que nos dá uma ótima visão de todo o lugar e dividimos nossa atenção entre conversar sobre assuntos aleatórios e assistir ao treino das duplas. Tudo correu super bem na primeira hora, mas então, algo chama nossa atenção.
Me levanto rapidamente assim que vejo o desastre acontecendo. Scarlett parece ter sido surpreendida por Mitchell, com quem travava uma luta acirrada. Nada que já não tenha acontecido antes. No entanto, depois de ser jogado no chão pela arqueira, Mitchell tenta se defender com um chute que a acerta e faz com que Scarlett se desequilibre da plataforma onde está.
Ela tenta se segurar, mas acaba não obtendo muito sucesso. Por estar muito no alto, ela cai de uma altura considerável, e antes de bater com o ombro e as costas no chão de forma violenta, ainda tem a infelicidade de bater em uma outra pequena plataforma no caminho.
Willa também se levanta e nós duas vamos rapidamente para dentro da arena, ao mesmo tempo que a partida é colocada em pausa. Logo posso ver Stefan falando com Scarlett, provavelmente perguntando se ela está bem e se consegue se levantar, enquanto Gary e um Mitchie extremamente culpado por ter sido o responsável por Scarlett ter se desequilibrado, vem ao nosso encontro.
Quando percebe minha aproximação, Stefan se levanta e dá um passo para trás, deixando que eu me aproxime de minha amiga, que continua no chão.
— Onde está doendo? — É a primeira coisa que questiono, virando Scarlett delicadamente para que ela fique de barriga para cima. 
Ela faz uma careta de dor com a mudança de posição.
— Seria mais fácil de você me perguntasse onde é que não está doendo. — Percebo que há lágrimas no canto de seus olhos e isso me preocupa. Ela não é de demonstrar dor facilmente.
— Morse, mais que merda foi aquela!? — Willa questionou quase agressivamente com o loiro, que deu de ombros e começou a se explicar. 
Decido ignorar a discussão dos dois, e me foco em ver como Scarlett está realmente se sentindo.
— Foi uma queda e tanto. 
— Você acha? — Ela rebateu com certa raiva em sua voz, o que não me chateia nem nada. Sei que é apenas a dor falando. — Se pareceu ruim, pode ter certeza de que a sensação foi dez vezes pior. — Ela fecha os olhos com força e leva a mão direita ao ombro esquerdo.— Merda, acho que eu quebrei várias coisas. 
Pelo jeito como ela caiu, acho que infelizmente ela tem razão.
— Você deslocou o ombro. —  Constato só de olhar para ela.  — Talvez tenha machucado alguma costela ou algo assim. Mas não sei dizer se quebrou alguma outra coisa.
— Mas que droga….
— É, uma droga. Mas você caiu de mal jeito. Consegue se levantar? Preciso te levar para a ala médica. Só lá vou saber exatamente o que mais está errado.
— Posso tentar. — Ela resmunga, e logo Stefan e Garrett a ajudam a se levantar, com cuidado. Willa e Mitchie também estão próximos para ajudar caso ela caia outra vez. Já de pén, Scarlett dá um passo à frente, mas balança a cabeça quase que imediatamente — É, não vai rolar. 
Stefan e Garret a colocam sentada no chão outra vez. Não saio de seu lado nem por um segundo, sei que ela deve estar com muita dor agora e tudo que quero é ajuda-la. 
Coulson, que é o supervisor do treino naquela tarde usa o comunicador para perguntar se precisamos de uma maca, e antes que eu possa dizer que sim, Garrett dispensa.
— Não vai ser necessário. Posso levar ela até a ala médica. 
Trocamos alguns olhares antes de eu olhar novamente para Scarlly, que parece gostar mais dessa opção do que a fornecida por Coulson.
— Só preciso que você dê um jeito no meu ombro antes, Hazel. — Ela diz, olhando pra mim. — Acho que neste exato momento, é o maior problema. Você pode colocar ele no lugar, não pode?
Estreito os olhos.
— Posso, mas não acho que você vai gostar.
— Que se dane isso, já está doendo pra caramba!
— Tem certeza? — Scarlett não parece ter completamente certeza, mas balança a cabeça. — Então aguenta firme.
— Só faz logo.
Atendendo a seu pedido, coloco seu ombro no lugar rapidamente, tomando cuidado para não machucá-la ainda mais. Não é a primeira vez que faço isso, de qualquer maneira.
Scarlett ainda parece com dor, mas um pouquinho mais aliviada agora que consegue mexer o braço outra vez. 
— Só não o mexa muito, até chegarmos na enfermaria. Vou ter que imobilizar seu braço pra ele se recuperar totalmente.
Olho para Garrett que entende meu sinal. Ele pega Scarlett em seus braços, com o máximo de delicadeza que consegue
Depois de soltar um pequeno xingamento e algumas caretas de dor, Scarlett parece um pouco melhor.
— Eu vou com você. — Stefan, que até então era seu parceiro naquele treino se oferece, já se colocando ao lado de Garrett.
Enquanto estamos saindo, Scarlett tenta olhar para Mitchie, que continua quieto e abalado, por cima do ombro de Gary. Dá pra ver em seus olhos castanho que não foi sua intenção derrubá-la daquele jeito.
— Isso não vai ficar assim, Mitchell. Na próxima vez, eu vou atirar uma flecha explosiva na sua bunda, seu otário.
— Ela vai sobreviver. — Willa suspira, um pouco mais calma, antes de se virar para mim. — Consegue cuidar dela, Hazie? — Concordo com a cabeça, a fazendo sorrir. — É claro que consegue. Vou avisar aos pais dela e ao Logan.
Deixo-a com essa tarefa e sigo os garotos até a enfermaria, porque ainda preciso ver se Scarlett tem mais machucados do que os mais aparentes até o momento. E, enquanto faço meu caminho até a enfermaria, não posso deixar de pensar em como foi uma sorte eu ter vindo assistir ao treino deles hoje.
Aqui está o primeiro continho dessa nova lista !! Diferente de todos os outros que eu venho postando, esse aqui eu fiz em primeira pessoa simplesmente porque eu tava com saudades de escrever com os personagens narrando sahuahuashuas Não sei se os outros continuarão assim ou faço igual aos outros que já foram postados antes, ainda estou me decidindo ;)
E só lembrando, é bem provável que os outros saiam na semana que vem, porque vou ficar um pouco ocupada essa semana mas, vou ver o que posso fazer !! Espero que gostem desse e até o próximo !!
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Diário Atrasado
INTRODUÇÃO
As histórias que irei contar aqui, são fatos que ocorreram comigo ao longo da minha vida, não é ficção e tudo será expresso da forma com a qual eu interpretei as situações.
Desde pequeno sempre fui muito apegado à minha mãe, posso dizer que ela era a pessoa mais importante para mim e que eu mais amava. Tenho vários flash’s de lembranças da época em que eu era bem pequeno, por tanto, algumas histórias podem faltar algumas partes ou parecer incompleta, mas tudo que eu contar aqui aconteceu exatamente com lhes contarei!
 PARTE. 1.
Eu devia ter por volta de uns cinco anos de idade, éramos uma família aparentemente normal, morava eu, meu pai, minha mãe, e minhas irmãs que são três anos mais novas que eu.
Tínhamos uma vida agradável e financeiramente estável, eu estudava em escola particular, meus pais trabalhavam, em fim, vivíamos bem.
Não sei ao certo como tudo começou, mas tenho feixes de memória de uns pequenos atritos entre meu pai e minha mãe por conta de ciúmes, quando em um domingo pela manhã meu pai precisou sair de casa e ir ao restaurante onde ele trabalhava, ele era gerente desse restaurante, e minha mãe pediu que me levasse com ele, logo em seguida minha mãe me falou reservadamente, que eu precisaria contar á ela tudo que aconteceria lá no restaurante, eu não entendi bem do que se tratava, mas como minha mãe tinha me pedido né?
Bom, fomos ao restaurante e meu pai me colocou sentado em uma mesa, onde me deu diversos carrinhos que ele comprava à um vendedor ambulante, eu tinha uma coleção enorme desses carrinhos!
Fique sentado à mesa brincando, e percebi estavam fazendo limpeza do ambiente todo e que quando terminaram seus a fazeres todos os funcionários se reunirão para almoçar.
Todos estavam bem alegres, os adultos tinham tomado algumas cervejas enquanto almoçavam, e ouviam música. Quando uma das funcionárias chamou meu pai para dançar, ele prontamente dançou uma musica com a mesma e sentou-se à mesa novamente. Chegamos em casa no meio da tarde, meu pai foi para o quarto onde deitou para descansar e minha mãe me chamou no quintal para conversar sobre o que tinha acontecido lá no restaurante.
E contei que meu trabalhou e depois almoçamos, ela logo perguntou: Ele bebeu?
Respondi que tinha tomado uma cerveja.
E logo de contramão ela perguntou novamente: Tinha alguma mulher com ele?
Eu disse que tinha uma moça que trabalhava lá.
Ela fez mais algumas perguntas que não lembro quais foram, só lembro que contei também que ele tinha dançado uma música com uma moça que trabalhava lá!
A partir desse momento, minha vida começou a se transformar.
As discursões por ciúmes começarão a se tornar constantes dentro de casa, toda vez que bebiam, tinha uma briga, até que não precisava mais da bebida para brigar.
As agressões vinham de ambos e eram agressões verbais e físicas, que quase sempre acontecia em um quarto fechado. Creio que eles achavam que se eu e minhas irmãs não víssemos estaria tudo bem, mas ouvíamos tudo.
Como eu sempre fui muito apegado à minha mãe, queria sempre fazer algo para acabar com aquilo tudo, só não sabia o que fazer.
Conforme o tempo passava, não aconteciam só brigas, eles também se amavam. Se amavam tanto, que não tinha hora certa para fazê-lo, do mesmo jeito que as brigas aconteciam a qualquer horário, o sexo também. E assim como as brigas ouvíamos tudo da sala!
Eu não entendia bem toda aquela situação, só queria que tudo ficasse bem.
Até que com o passar do tempo, minha mãe veio falar comigo que teríamos que ir embora de casa e deixar meu pai, pois ela já não aguentava mais ser agredida.
Com a ajuda da minha avó materna fomos morar em outro bairro, um bairro que ainda estava se desenvolvendo, não tinha uma estrutura muito boa para morar, aliás, não tinha nenhuma estrutura.
Diversas coisas aconteciam e eu não entendia muito bem como funcionava nada nesse novo lugar, a final eu era uma criança com pouco mais de cinco anos que tinha tudo que queria, era o filhinho da mamãe e bajulado pelos avós!
  PARTE 2.
Nesse novo bairro, tínhamos uma vida mais simples, passamos a viver da ajuda do meu tio e avós maternos, saí da escola particular e fui estudar em uma escola do município.
Na escola era que ficava claro que tínhamos feito uma mudança radical de vida, como passar de alguns anos aconteceu o falecimento da minha querida vozinha, o que já estava ruim começou a piorar. Minha mãe começava a ter um comportamento totalmente diferente do que eu conhecia, aquela mulher amável e carinhosa passou a ser um pouco mais amarga, embora tentasse disfarçar.
À medida que fazíamos conhecimento no bairro, minha mãe começava a trabalhar na casa dos outros como doméstica, o que era para ser bom, mas logo começavam as jornadas de trabalho exaustivas, não importava mais se era dia ou era noite, minha mãe trabalhava. Eu como filho mais velho, na época devi estar com mais ou menos nove para dez anos de idade, tinha que cuidar da casa e das minhas duas irmãs, era de fato uma criança cuidando de duas.
As brigas que antes eram entre meus pais, passaram a ser entre a família da minha mãe, pois meu tio tinha sido demitido da empresa onde trabalhava e como tinha família para sustentar, não poderia mais bancar nossa alimentação mensal, que por sinal era muito boa.
E tudo ficou ainda mais difícil para minha mãe que trabalhava de domingo a domingo sem folga, Nos virávamos do jeito que dava. Aos poucos ia acabando a comida dentro de casa, até chegar ao ponto de não termos nem farinha no armário e termos que pedir comida aos vizinhos, foi aí que minha mãe colocou na cabeça que ela precisava arrumar um companheiro e que nós precisávamos de um pai.
Não citarei nomes aqui, mas me lembro de cada um que fui obrigado a chamar de pai, para satisfazer o desejo insano de minha mãe. Não falarei de todos aqui, pois não vem ao caso!
Foram várias as vezes que acordei na madrugada e presenciava senas mórbidas de sexo da minha mãe com seus “namorados”, sempre seguido do argumento dela de que o sexo era algo normal entre um homes e uma mulher que se amam e que quando eu crescesse eu entenderia, não foi bem isso que aconteceu mamãe. Ou entendi bem demais?
  PARTE 3.
Em meio a tanta coisa que aconteceu meio que fui levado pela correnteza de acontecimentos e acabei inventando algumas histórias, algumas da minha cabeça e outras que minha mãe dizia para que eu contasse. Quando estava na escola, e perguntavam sobre meu pai eu era instruído pela minha mãe a dizer que meu pai tinha morrido.
Era isso mesmo, a alienação parental era constante, minha mãe repetia um “mantra” o tempo todo. Dizia que meu pai não prestava que ele era um covarde por bater em mulher, era o tempo todo colocando meu pai como o demônio e ela era uma santa.
Meu pai não estava certo, mas ele de longe não era o único errado nessa história.
Conforme eu fui crescendo, eu escutava minha mãe dizer diversas atrocidades que aos poucos me destruía por dentro.
Freses como:
“Já estou cansada, não se espantem se um dia vocês acordarem e eu tiver sumido de casa e abandonado vocês!”
“Algum dia eu vou embora e largo vocês aí!”
“Você herdou o gênio do seu pai, covarde que nem ele!”
Entre muitas outras frases que ao longo desse texto irei lembrando e falarei para vocês.
   PARTE 4.
Ainda na escola eu era agredido constantemente por alguns colegas, não me importava, pois ao chegar em casa eu seria agredido pelo ser que eu mais amava.
Não será fácil para mim contar o que aconteceu, por isso serei o mais breve e direto possível.
Um dos “namorados” da minha mãe era o homes um pouco mais velho bem instruído e demonstrava gostar bastante de mim e das minhas irmãs, em fim estava se formando uma família e minha mãe parecia estar bem feliz, lembro que um dia eles discutiam e se separaram e de fato nós gostávamos bastante dele, depois de muito tempo eu rezei pedindo para que eles reatassem o relacionamento, o que no outro dia aconteceu, foi apenas uma discursão boba.
O que eu menos esperava é que aquela figura que eu gostava e respeitava iria falhar da forma mais covarde comigo.
Era prática comum dormir eu e minhas irmãs na mesma cama que minha mãe, mas quando ela estava sozinha, nesse dia não lembro o porquê dormimos todos na mesmo cama, e o namorado da minha mãe sugeriu que as minhas irmãs dormissem junto com minha mãe do lado direito da cama, e eu dormisse do lado dele à esquerda da cama, em fim dormimos.
Quando de repente acordo, percebo que meu braço tinha sido puxado em direção á ele, fique sem reação, não sabia o que fazer, pois se eu gritasse poderia ser que minha mão não acreditasse em mim, sei lá. Quando me vi em uma situação que o porco, imundo e cafajeste colocou minha mão no pênis dele e começou a fazer movimentos se masturbando com minha mão, então eu me virei fingindo que tinha acordado e dizendo que precisava ir ao banheiro, minha mãe acordou com a movimentação na cama quando me levantei o que me deixou mais calmo, não sei ao certo que horas eram, a partir daí passei o resto da noite acordado na sala pensando no que eu faria no  dia seguinte, se contaria a alguém ou se guardaria aquilo comigo pra sempre, e aqui estou pela primeira vez falando sobre o acontecido!
Só que, o que eu menos esperava era que isso se repetisse não comigo, mas com minhas irmãs.
Em uma manhã qualquer dessas, minha mãe me deixou com minhas irmãs na casa desse verme, quando chegou próximo da hora do almoço ele pediu que eu fosse ao mercado comprar algo para fazer o almoço, quando voltei percebi um silêncio fora do normal na casa, entrei sorrateiramente, e presenciei a cena mais deplorável que um ser humano pode presenciar, o canalha esta abusando sexualmente da minha irmã, quando me viu chegar o mesmo deu um pulo, fingiu que nada tinha acontecido e disse que estava vendo um machucado na minha irmã, e ainda contou essa história pra minha mãe, ainda hoje não temos coragem de falar sobre isso. Éramos crianças, eu não sabia o que fazer, mas queria matar esse verme, sentimento que ainda hoje me assombra e não tive coragem de contar nem para meu terapeuta.
Mas algumas semanas depois, creio que minha mãe desconfiou de algo, pois eles haviam separado e nunca mais tive notícias dele, só via ele passar nas ruas do bairro onde morávamos.
PARTE 5.
Toda minha infância e adolescência foi regada a ataque brutais de violência por parte de minha mãe, eram coisas tão absurdas que haviam familiares que ainda hoje não querem nem saber que ela existe.
Lembrando que a intensão aqui não é difamar ou condenar minha mãe, apenas estou contando coisas que ela fazia comigo e que me transformaram no que sou hoje.
É apenas um desabafo, uma vez que nunca falei da maioria dessas coisas com ninguém!
Voltando ao assunto!
Minha mãe sempre foi uma pessoa desequilibrada, isso mesmo, não há outra palavra para definir ela.
Não importava qual fosse o motivo, até mesmo o menor deles servia de justificativa para sessões de espancamento. Surra era o que as outras mães davam como corretivo para seus filhos, minha mãe espancava mesmo!
Por diversas vezes me vi com a cabeça sendo arremessada contra a parede enquanto ouvia ela dizer que o cinturão não “funcionava” mais, pois eu já estava grande e tapa também não faria nem cócegas em mim, a final eu já era grande.
E foi assim até meus 18 ou 19 anos.
Muitas foram as vezes que me meti entre ela e minhas irmãs para que elas não apanhassem tanto quanto eu.
Eu aguentava tudo aquilo, mas minhas irmãs eram mais frágeis, magrinhas, eu tinha que protegê-las de alguma forma!
  PARTE 6
Quando completei meus 15 anos, pedi a minha mãe para trabalhar pois queria ter minhas coisas e poder de alguma forma ajudar nas despesas da casa, foi aí que comecei a trabalhar com meu tio. Fazia de tudo que me desse um trocado, fiz serviço de assistente de eletricista, serralheria, teve uma época que ele montou um equipamento de som e eu pegava uma grana ajudando ele a montar o som, era muito bom, pois eu além de aprender muita coisa ganhava dinheiro e o melhor estava mais tempo fora de casa.
Com o dinheiro que eu ganhava comprava meu material escolar, lanche para mim e minhas irmãs, o que dava pra fazer eu fazia. Não tínhamos muitas despesas, porque morávamos em casa própria, e não pagávamos energia nem água.
Quando consegui meu primeiro emprego, foi de almoxarife em uma empresa local. Ganhava bem para a época, e ainda fazia uns bicos montando som no fim de semana, nessa época eu pegava todo meu dinheiro e dava na mão da minha mãe para que ela pagasse as despesas da casa, e preparasse almoço para eu levar pro trabalho, foram vários os dias que eu fui trabalhar sem almoço sem falar nas reclamações da minha mãe que nunca tinha comida em casa e o dinheiro não dava!
Gente as únicas despesas que tínhamos nessa época era alimentação energia e o gás de cozinha, foi quando descobri um restaurante ao lado do meu trabalho que tinha uma comida boa e barata.
No fim do mês quando recebi paguei ao restaurante e dei o restante do salário para minha mãe, ela ficou revoltada, gritou comigo dizendo que queria o restante do dinheiro. Até hoje não entendo o porquê daquele escândalo.
Alguns meses depois fui demitido, consegui um trabalho onde eu montava palco para bandas em uma boate (técnico de som), e depois de um tempo começaram as exigências pelo meu pagamento, nesse emprego eu recebia por diária, quando chegava em casa pela manhã eu entregava o dinheiro para minha mãe, era só ela juntar que no fim do mês daria um pouco mais que um salário mínimo da época.
Vieram as acusações, que eu estaria roubando dinheiro da casa, pera aí eu era o único que trabalhava e entregava todo o dinheiro para a casa, como que eu roubava o dinheiro que era meu por direito?
Sem falar que eu chegava em casa às cinco horas da manhã e não podia dormir porque minha mãe dizia que dormir até tarde era coisa de vagabundo!
Um belo dia, cheguei em casa e fui deitar, ela invadiu meu quarto gritando que haviam umas garrafas de cerveja embaixo da pia da cozinha e que ela queria que eu colocasse do lado de fora de casa, perguntei pra ela porquê que eu tinha que fazer isso, quando tinham três pessoas na casa que poderiam já ter feito.
A resposta dela foi imediata, ela disse a seguinte frase:
“Se você não tirar agora essas garrafas eu vou quebrar uma por uma na sua cara!”
Eu já estava farto de toda aquela situação, encaixei um dedo em cada garrafa de modo que ficaram quatro garrafas em cada mão, levantei as garrafas como se entregasse à ela e disse: “Tome, pode começar a quebra, mas saiba que haverão consequências para você!”
Pronto, ativei o modo de vitimíssimo da minha mãe, ela começou a perguntar se eu iria bater nela, que era só o que falta. Foi quando eu disse a ela que a partir daquele momento ela não levantaria mais uma mão para mim, que se assim ela fizesse eu iria dar queixa dela.
Em menos de uma semana o bairro inteiro começava a me olhar de forma estranha. Sem saber o que estava acontecendo, fui falar com alguns amigos, e eles me contaram que minha mãe andava dizendo no bairro que eu estava usando drogas, que eu era vagabundo que não queria trabalhar e muito mais. Ela espalhou muitas historias sobre mim na igreja que ela frequentava, para todo mundo que ela conhecia ela me difamou.
 Eu era a “ovelha negra” da família não importava o que eu fizesse, minhas irmãs me condenavam sem nem saber o porquê eu decidi que sairia de casa, e assim o fiz, pensem no dramalhão que minha mãe fez outra vez.
Durante um tempo dividi apartamento com um amigo, trabalhávamos juntos foi uma época muito boa, até eu ceder aos caprichos e chantagens emocionais da minha mãe e voltar pra casa dela.
No primeiro mês era uma maravilha, eu era um rei dentro da casa. Até que começou o inferno outra vez, e assim foi minha vida, cheias de idas e vindas da casa da minha mãe. Todas regadas de acusações de roubo, difamação, agressões verbais e muito mais.
Até que, voltei a estudar e conheci uma garota!
É meus camaradas, o cupido havia me acertado o coração.
Namoramos por um ano e oito meses, era o mais longo relacionamento amoroso que eu tive não me julgue eu só não me prendia a ninguém.
O que ela não contava era que minha cabecinha era destroçada por dentro e eu tinha um costume peculiar, de sumir de tudo e de todos por um determinado tempo e depois voltar. Passei uns 20 dias desaparecido, quando voltei ela estava toda estranha, o que seria normal uma vez que eu não tinha nem dado explicação nem ela sabia que eu era assim.
Não desisti e corri atrás do prejuízo tentando reconquistar ela, foi quando eu descobri através da amiga dela que ela suspeitava que esta grávida e toda aquela situação havia deixado ela fragilizada e irritada comigo.
Em fim, conversamos e nos entendemos, não foi fácil nem para mim nem para ela.
Do meu lado familiar eu não teria apoio nenhum e do lado familiar dela, ela tinha muito medo de magoar sua mãe, mas tudo se resolveu e estamos juntos até hoje pais de um garoto lindo e me dá muito orgulho.
  PARTE 7.
Agora já casado e pai de família, tinha responsabilidades, embora eu ainda fosse uma criança crescida. Muitas foram às dificuldades. Três dias após meu filho nascer embarquei em um navio para trabalhar, quando passei dez meses longe dele. Logo em seguida passei seis meses de férias e após as férias mais seis meses de contrato no navio e não voltei mais, pois não aguentava ficar longe de casa.
Para me adaptar novamente em casa foi dureza e eu não consegui trabalho, muitas vezes fazia trabalho aceitando pagamentos absurdamente baixos para pelo menos poder garantir a alimentação do meu filho, teve época de eu não dormir pulando de serviço em serviço, indo em casa só para pegar roupas limpas. Mas tudo deu certo e consegui um emprego que me possibilitou estudar algo, minha esposa conseguiu emprego também e hoje temos uma expectativa de vida.
Mas nem tudo são flores, tem um fator muito importante que preciso falar para vocês.
Eu vivia muito estressado, tinha dias que eu tirava forças só Deus sabe de onde, eu e minha esposa vivíamos um misto de amor e ódio, variações de humor sempre foram constantes em minha vida. Eu achava normal, pensava que era minha personalidade, embora minha esposa falasse para eu procurar ajuda procurar um médico.
Várias vezes, sentia dores no peito, achava que tinha problema no coração, fiz diversos exames e meu coração não tinha problema, dores nas costas jurava que eu tinha algum problema no pulmão pois as dores eram tão fortes que me impossibilitavam até de ficar em pé.
Convivi com essas dores durante alguns anos, até que mudei de emprego, ia tudo bem, todos me admiravam por ser pontual e ter uma desenvoltura boa no trabalho, até que começaram as alterações de humor, eu não queria mais falar com ninguém, não conseguia fazer meu trabalho e um belo dia uma dor no peito que me levou à emergência hospitalar.
Foi quando recebi outra vez a notícia que eu não tinha nada no coração, mas daquela fui alertado para algo que fez toda a diferença, a medica me disse que as dores que eu sentia eram psicológicas, fui medicado me mandaram procurar um psiquiatra.
Iniciei um tratamento e logo em seguida fui afastado da minha função, realizei a risca o tratamento por três anos, não foi fácil, houve dias em que eu não me reconhecia a maior dificuldade foi romper o preconceito dentro de mim, quando finalmente aceitei minha condição tudo começou a ficar mais leve.
Hoje graças ao nosso sistema previdenciário não recebo mais meu salário, me vi numa situação onde tive que escolher entre voltar a trabalhar e perder minha saúde ou largar o emprego e tentar viver bem. Optei por tentar viver bem, admito que não tem sido nada fácil, pois não tive nenhum diagnóstico definitivo, ou seja, não sei o que tenho. Mas vou levando a vida sabendo que tenho algumas restrições, mas apesar disso tenho uma causa maior que é minha família (esposa, filho, sobrinhos e irmãos).
Agradeço a todos que convivem comigo e enfrentam essa batalha diária ao meu lado.
Não sei como será amanhã, na verdade não sei como vai ser hoje, mas posso garantir que estou fazendo o melhor que dá para eu fazer. Viver comigo é bastante intenso e incerto, eu sei, mas procuro sempre melhorar.
Agradeço a você que leu esse texto.
 Ps: Esse texto é uma forma que encontrei de desabafar e falar de coisas que me assombram desde a infância e peço que cada pessoa que ler esse texto não faça julgamentos de classe nenhuma, apenas não cometa os mesmo erros e tente viver bem!!
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