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#sentimentos turbulentos
giseleportesautora · 6 months
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Cataclisma #Poesia
Cataclisma #Poesia Olhamos para o pôr do sol tentando lembrar do nosso amor. Os risos, a amizade, a trilha e a diversão. Mas tudo está sendo levado pelas mãos do terror. Cair e não levantar mais é uma grande tentação. #poema #poesia #secure
Olhamos para o pôr do sol tentando lembrar do nosso amor. Os risos, a amizade, a trilha e a diversão. Mas tudo está sendo levado pelas mãos do terror. Cair e não levantar mais é uma grande tentação. Cataclisma e tormentos que nunca pensei passar. Tive que ter uma mente forte desde pequena. A criança sempre sozinha e bullying a levar. Isso deixou minha mente resistente que nem aço e serena. Mas…
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palavreado · 10 months
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sou intenso ao chorar, sou intenso ao sorrir. barulhento sem emitir ruídos, quieto quando se é necessário soltar palavras. turbulento em tempos de paz e, às vezes, calmo enquanto o caos domina os arredores. sou o seu completo oposto, pois não é tudo que me convém. tem dias que eu explodo depois das variações intensas de humor e, em outros, apenas quero conter tudo ao máximo e guardar essa enxurrada de sentimentos num espaço vazio qualquer dentro do meu ser.
— cartasnoabismo
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quebraram · 7 months
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Com ela eu me sinto confortável para ser quem eu sou, ela me faz sentir que não devo me envergonhar disso e que devo ter orgulho da minha história, ela faz com que eu me sinta seguro, é por isso que sua presença é importante para mim, melhora os meus dias e me alegra muito. Ela me incentiva a ser melhor e eu me sinto em casa quando estamos juntos e esse sentimento faz com que eu encontre paz nos meus dias turbulentos. Quem é doido para não querer quem faz bem por perto? Eu é que não sou.
— Amor, clichês e palavras não ditas, D. Quebraram.
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myifeveruniverse · 5 months
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Me sinto sozinha.
Um clichê da vida adulta? Quem não se sente assim perdido nos labirintos da rotina?
Não consigo discernir se é um sentimento verdadeiro, se realmente estou só ou é apenas um fruto da minha digníssima mente mirabolante tentando me sabotar.
No meu consciente eu sei que existem pessoas que me amam no meu círculo de amigos, mas nos momentos de angústia e frustração onde a sorrateira ansiedade me pega desprevenida, acende- me uma fagulha de incerteza e me questiono: será que a vida adulta é realmente solitária? Será que tenho amigos? Daqueles leais, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza?…
Com a chegada da vida adulta fui jogada a uma nova realidade onde não temos pessoas disponíveis ali o tempo todo dispostas a segurar nosso mundinho quando tudo desaba, são rotinas diferentes, vidas opostas, as pessoas estão lidando com seus próprios pensamentos turbulentos… ou será que quero me convencer de que esses obstáculos são justificativas plausíveis para servirem de conforto perante esse sentimento de vazio tão grande de me ver solitária?
É tão complexo lutar com meu subconsciente sobre o que é real e o que eu inventei, se eu sei que tenho amigos que me amam porque dói tanto esse sentimento irreal de que estou sozinha? Será que realmente tenho amigos que me amam?
Minha mente vive numa constante guerra entre razão e emoção e isso é tão caótico e exaustivo.
gabbs
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cartasparaviolet · 1 year
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A felicidade tinha a cor dos seus olhos, o aconchego de uma morada em seu abraço e a melodia mais encantadora era o som da sua risada. O amor que transbordava da copa de seu coração era manso e turbulento ao mesmo tempo, sem espaço para futilidades ou sentimentos superficiais. A brasa ardente queimava intensamente enquanto com olhos serenos caminhava pela estrada da vida sem chamar atenção. A sabedoria da serenidade é a proteção para os rompantes de impulsividade que já causara dano o suficiente. Paz na alma em meio a inúmeros desejos dentro de um universo sem início, meio ou fim.
@cartasparaviolet
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dayeliasmeusversos · 1 year
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Olhos castanhos
Desde o momento em que nos conhecemos, percebi que havia algo especial em nossas trocas de olhares.
Você sempre me diz que ama a forma como eu te olho, mas a verdade é que eu amo ainda mais olhar nos seus lindos olhos castanhos.
Eles são como uma janela para a sua alma, onde encontro meu lar, meu porto seguro e minha felicidade.
Quando meus olhos encontram os seus, sinto uma conexão profunda, como se estivéssemos nos entendendo em um nível diferente de comunicação.
É como se os seus olhos fossem capazes de traduzir meus sentimentos mais profundos, compreendendo cada palavra não dita que vem de dentro de mim.
Em seus olhos, encontro um refúgio, um lugar onde posso descansar e me sentir verdadeiramente acolhida.
Eles irradiam uma paz e serenidade que acalma meu coração, mesmo nos momentos mais turbulentos.
É como se você fosse o meu abrigo, e seus olhos, a luz que me guia em meio à escuridão.
Mas além de tudo isso, seus lindos olhos castanhos representam a minha felicidade.
Quando nos olhamos, vejo o brilho da alegria nos seus olhos, e isso me enche de uma imensa gratidão.
Ver o seu sorriso se refletir neles é como uma dose de puro contentamento para a minha alma.
Portanto, não se engane ao pensar que apenas você ama a forma como eu te olho.
Pois, na verdade, eu sou profundamente grata por ter a oportunidade de admirar a beleza dos seus olhos castanhos, pois neles encontro muito mais do que palavras podem expressar.
Day Elias
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O vazio existencial tem se infiltrado em meus dias como uma sombra persistente, sugando minha energia e deixando-me com uma sensação constante de incompletude. A cada manhã, acordo com a sensação de que já dei tudo de mim, mas ao mesmo tempo, uma voz sussurra que posso fazer mais, ser mais. Essa dualidade me esgota, como se estivesse preso em um ciclo interminável de esforço e frustração.
No meu peito, cresce uma sensação amarga, uma insatisfação silenciosa que não consigo nomear. É como uma brasa que nunca se apaga, alimentada por minhas próprias expectativas e pelas metas inalcançáveis que me imponho. Tento entender, tento racionalizar, mas às vezes, a tristeza e a decepção comigo mesmo são avassaladoras.
É difícil explicar esse sentimento para os outros. É como uma tristeza profunda que se recusa a ser definida, uma dor que não tem origem clara. Apenas sinto, e esse sentir me consome, corroendo minha confiança e alimentando minhas dúvidas.
Mesmo assim, continuo. Levanto-me todos os dias com a esperança de que, talvez, encontrar o significado para essa insatisfação possa aliviar o peso que carrego. E enquanto busco respostas, vou aprendendo a conviver com esse vazio, tentando encontrar em mim a força para superar esse momento turbulento e encontrar paz em meio ao caos interno.
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omeulirico · 7 months
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crescer é um processo doloroso, mesmo que seus pais tentem o melhor para amaciar isso, nada muda o fato de que aos poucos as coisas simples se tornam difíceis, e de repente você se vê em um barco no meio de uma tempestade, você sabe que seus pés estão firmes, mas isso não anula o fato de que uma tempestade está rodeando você.
o tempo força a gente a crescer, a trocar os hábitos e a sair da barra da saia das nossas mães, e aí você tem que começar a lidar com todos os sentimentos turbulentos que fazem parte da vida, você tem que aprender a lidar não só com os seus, mas também os dos outros, você se vê o tempo todo se policiando para não parecer alguém rude e distante. as responsabilidades surgem como o sol nascendo, conforme você vai crescendo elas vão se tornando maiores e mais presentes, você tem que abrir mão de infinitas coisas que te faziam ser feliz, como fazer um bolo de barro ou achar o melhor esconderijo no pique-esconde.
e essas coisas acontecem aos poucos. ninguém te entrega um manual de instruções de como construir a vida, você só tem que sair e explorar e construir e encontrar por conta própria. raramente vejo as pessoas falando sobre esse tipo de coisa, é sempre sobre como você deve fazer algo para ter algo, e nunca sobre como a infinidade de coisas que você passa a sentir aos poucos enquanto cresce inunda seu coração, sua alma. como são os detalhes mínimos que te fazem sentir são o que faz parte essencial em moldar que tipo de gente grande você vai ser.
crescer é saber lidar com suas próprias limitações e sentimentos mesmo que na maior parte do tempo seja tudo frustrante e cansativo. nem sempre da pra evitar as comparações, de sentir que seu esforço não é o suficiente, que você não é o suficiente. você olha pro lado e vê uma renca de pessoas da sua idade ou mais novas tendo conquistas e coisas que você acha que também deveria estar tendo, e não por inveja, mas por aquela sensação opressora que você não consegue ser o suficiente, que você não sabe lidar com a vida.
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aidankeef · 4 months
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conexões
abaixo do read more você encontrará um oceano de possibilidades. nestas terras, um like é traduzido como interesse e, se busca firmar alguma conexão para si antecipadamente, basta responder com o “muse + (insira aqui a letra do plot)”. 
Todas as relações são descritas pela perspectiva do Aidan, sinta-se livre para desenvolver a perspectiva do seu char quanto ao relacionamento. 
Todos em negrito estão disponíveis!
Exes - (f)
MUSE A teve um one night stand com Aidan duradouro, podendo ouvir não ter nutrido sentimentos por ele.
MUSE B tiveram um relacionamento abusivo há alguns anos atrás, o término turbulento gerou alguns problemas para ambos (detalhes no chat).
@pips-plants e Aidan mantiveram um relacionamento sério por um curto período após o término com a primeira namorada de Aidan. Acontece que ele ainda estava indisponível emocionalmente e parte daquela relação foi usada para alfinetar sua ex namorada, fazendo com que o convívio com Pietra fosse insalubre. Mais brigas por ciúmes, atritos desnecessários e um fim trágico. De uma forma peculiar o ex casal se tornaram grandes amigos após o passar dos anos.
Lovers.
@kittybt era vista como um mascote para Aidan. Ele não se irrita com a presença dela, e tem uma inclinação para defende-la sempre que se mete em problemas. Mas algo nessa amizade parece ser diferente. Ela estranhamente consegue conduzi-lo, domando a personalidade difícil de Aidan com certa facilidade. Apelidos: Wandinha, teimosa, Mortícia, tatu, toupeira.
Friends:
Aidan é a má influência de MUSE C. Uma relação pautada na tentativa de aliciar MUSE para o lado rebelde da força,
MUSE D atua muito bem quando se trata de contornar os conflitos gerados por Aidan
MUSE F acompanha Aidan nas aulas de meditação e já viu muitas coisas esquisitas quando estava ao redor do semideus.
MUSE é caso de uma noite que acabou muito bem. Hoje, MUSE possui intimidade suficiente para aconselha-lo nas inúmeras merdas que Aidan se propõe a fazer.
@zmarylou era o amor platônico de Aidan. Muitas fatores distanciaram Aidan da possibilidade de um dia se aproximar de Mary, mas repentinamente, após uma obra do destino, eles finalmente experimentaram um pouco daquele desejo. Agora, tentam disfarçar o que aconteceu, ainda digerindo os resultados daqueles encontros. Apelidos: Lovebird, santinha e trovoada.
@zeusraynar (conhecido internamente como espantalho invernal) e Aidan possuem pensamentos semelhantes. Na verdade, essa amizade poderia se chamar "linha de Chernobyl". Um espaço onde toda a radioatividade do acampamento se reúne. Apelidos: Diabo de Aspen, Pikachu, fio desencapado, rinoceronte elétrico, enguia.
A amizade com @magicwithaxes é o ápice da perturbação. No início se recusava a aceita-la por perto, justamente por ver na semideusa uma equação perigosa de inocência e lerdeza, mas hoje ele já se vê rendido nesta amizade: ela é sua amiga e é sua missão protegê-la de si e dos outros. Apelidos: Megera, bruxinha, banhofóbica, chinchila, madre teresa, duzentos (CC em algarismo romano) e Sabrina feiticeira.
@zevlova possui uma rivalidade/admiração silenciosa com Aidan. Ele admira a semideusa pela resiliência que apresenta em treinamento, mas não aceita que a mesma ultrapasse seu desempenho.
@tachlys e @alekseii são os melhores amigos de Aidan, sempre envoltos nos caóticos projetos do filho de Ares. Confusão, alcoolismo e uma pitada de baixaria da pior qualidade.
@lucianshale treina com Aidan rotineiramente.
@nyctophiliesblog e Aidan possuem uma sutil amizade estabelecida ao redor dos treinos. Quando o semideus notou que Zev também usava o combate para se regular emocionalmente, a amizade se estreitou um pouco mais.
@izzynichs foi a primeira semideusa a interagir com Aidan quando ele sequer sabia sobre sua ancestralidade divina. Quando ele percebeu que ela conseguia ver os monstros assim como ele, Aidan passou a tratá-la como uma louca e se recusou a acreditar nas palavras dela.
@mindkiler e Aidan eram grandes amigos, até que ele soube dos sentimentos de Bee e percebeu que sua permanência na vida da amiga estava com os dias contados. Afastou-se imediatamente, temendo por trazer o caos para aquela relação que foi construída com tanto cuidado.
@deathpoiscn era um grande amigo de Aidan e, após as acusações que Josh sofreu injustamente, o filho de Ares tentou ser o pacificador, pela primeira vez na vida. Entretanto, quando todos os patrulheiros se manifestaram contra o filho de Thanato e ameaçaram remover os defensores do semideus, Aidan foi silenciado. A relação beirava a irmandade e Aidan se sente culpado por não ter se posicionado com mais firmeza durante o período sombrio. Hoje, Aidan se mantém de braços abertos para receber Josh, sem certeza alguma dessas reaproximação.
@kretina é uma grande colega de Aidan. No início, ele nutriu um certo crush por ela, mas logo o interesse se desfez e deu espaço para a relação de amizade concreta. Hoje a relação é pautada na admiração.
Irmãos (ARES)
MUSE IRMÃO 001 teve acesso aos escritos de Aidan após encontrar o diário no chalé de Ares. Ele sabe demais e por isso Aidan o mantém por perto.
MUSE IRMÃO 002 é detestado por Aidan. A convivência hostil deixa o chalé de Ares um pouco mais perigoso, já que as farpas frequentes se tornam em agressões.
MUSE IRMÃO 003 foi a primeira pessoa a presenciar os poderes de Aidan e sabe dos riscos que a instabilidade emocional de Aidan pode causar, não atoa tenta amordaçar o irmão sempre que a situação se complica dentro do chalé (precisa estar no acampamento desde 2021).
@wrxthbornx é a irmãzinha de Aidan. Não importa o quanto as brigas dentro do chalé de Ares sejam intensas, ela sempre será sua protegida e sua fonte de consultas. Apelidos: Kill Bill, Polly de guerra, mini tanque, intriguinha (intriga pequena), pinscher loiro, raspa do tacho (resto do que sobrou da panela, coisa pouca), Playmobil.
Neutral
@arktoib passou a agir de forma estranha com Aidan. Na verdade, ele notou que a semideusa passou a nutrir um certo desgosto da aproximação dele e, justamente por isso, ele passou a relevar o comportamento esquisito da semideusa. Ele nem imagina que, na verdade, ela tem motivos de sobra para desconfiar de sua presença.
Colegas de artesanato, patrulha, clube de luta e aulas de meditação. (1/4) @melisezgin
Companheiros de missões passadas (0/4)
Companheiros de dinâmicas anteriores.
Enemies:
Aidan sempre diz que um soco no estômago é melhor do que conviver com MUSE G. E, sempre que se aproximam, o choque é garantido.
MUSE H é alvo do ódio gratuito de Aidan. Na verdade, tudo começou quando Aidan notou que MUSE era próximo demais de uma garota a qual o filho de Ares gostava. Hoje, Aidan possui o prazer de hostilizar MUSE perante os demais.
MUSE I era amigo de Aidan, até que tentou corrigir o comportamento do filho de Ares após uma confusão.
MUSE L teve a audácia de defender um semideus que estava sendo vítima do bullying de Aidan. Hoje, anos depois, Aidan ainda aguarda a oportunidade de enfrenta-lo em um Caça Bandeira para responder a ofensa.
MUSE M é/era membro da patrulha, atuando com Aidan, e reparou que o filho de Ares possuía hábitos peculiares durante seu turno. Facilitava a entrada e saída de filho de Hermes contrabandistas, fazia a entrega de alguns objetos peculiares à pessoas que se aproximavam da barreira mágica. O burburinho se iniciou e o filho de Ares deu um jeito de abafar as hipóteses acerca de ser um facilitador/um ladrão de objetos mágicos, mas MUSE não se esqueceu disso.
@thecampbellowl já foi vítima do bullying praticado por Aidan durante sua chegada no acampamento.
@ncstya não gosta de Aidan e ele sequer sabe o motivo. Ao invés de consultar a origem daquele sentimento, ele apenas replica o tratamento e o potencializa.
@ktchau , por azar, foi selecionado para realizar uma missão junto ao filho de Ares. Acontece que o semideus se estressava com os trejeitos de Nico e a missão quase fracassou por isso. Tempos mais tarde, Nico sofreu uma lesão grave em um Caça Bandeira devido aos ataques desproporcionais de Aidan.
TREINAMENTO.
MUSE A está treinando por obrigação. É uma questão de incompatibilidade com a ideia de combate, um peacemaker não lidaria bem com a ideia de ser obrigado a ser um lutador ativo, sempre optando por magia/outras artimanhas. Aidan, por sua vez, vê em MUSE um caso interessante e irritante, sendo seu caso mais complicado e que mais demanda sua atenção.
MUSE B é um prodígio. Sabe combater, esquivar e se defender muitíssimo bem. Na verdade, Aidan vez ou outra traz MUSE como seu auxiliar para demonstrar na prática as técnicas da aula já que confia muito em seu desempenho. Mas não se engane, o filho de Ares jamais iria elogiar o avanço de MUSE!
MUSE C não leva os treinos a sério como Aidan exige. Faltas, atrasos ou uso exagerado do celular fazem com que o filho de Ares perca a pouca paciência que tem dando broncas em MUSE.
MUSE D é iniciante, mas é dedicado no que faz. Ganha a atenção de Aidan sempre que direciona suas dúvidas e dificuldades para ele.
Mais opções genéricas:
Inimizades unilateral (MUSE não gosta de Aidan pois...) (0/3)
Interesse afetivo unilateral (MUSE acha Aidan bonito, mas... / Aidan acha MUSE bonita mas...) (0/2)
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sonhadoracriativa · 1 year
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Não se apaixone por mim. 
Eu não sou como as outras pessoas. 
Tenho um jeito único de enxergar a vida.
Eu sou a arte mais pura.
Sinto tudo com intensidade e não demonstrar o que sinto não faz parte da minha essência.
E consequentemente farei você sentir tudo com mais fervor. 
Você vai aprender a gostar de museus, lugares marcados no tempo. Que foram cenários de grandes aventuras, paixões e momentos inesquecíveis. 
Eu vou contar histórias e confiar meus segredos mais íntimos a você.
Não se apaixone por mim. 
O meu jeito de viver não combina com a nova geração.
Prefiro ficar em casa, na companhia dos meus livros e transmitindo tudo que guardo no coração com palavras.
Você pode descobrir os meus segredos, mas terá que aprender a conviver com meu lado reservado.
Os meus sentimentos são poderosos, eles enfrentam inúmeras tempestades e estaremos juntos em qualquer situação.
E se a sua alma pirata decidir ficar, espero que não desista e continue navegando comigo em mares turbulentos.
A sua entrega terá que ser completa, do contrário… não se apaixone por mim.
Jéss Alves
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luizaknd · 10 months
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O mar é muito parecido com o amor.
Quando estou em sua frente, me perco na sua imensidão... Tão lindo, tão profundo, misterioso, é como se ele me chamasse pelo nome. Minhas pernas tremem e meu corpo involuntariamente parte em sua direção. A brisa que sopra em meu rosto trás a calmaria que eu tanto preciso, sinto as ondas tocando meus pés, devagar vou entrando e então finalmente mergulho.
Mas de repente quando estou no meio daquela imensidão, eu sinto medo. A brisa que antes acalmava agora me faz sentir frio. As ondas que me seduziram se tornaram perigosas e por alguns minutos tento voltar pra areia, luto contra a maré mas minhas forças acabaram.
E hoje vejo que é bobagem lutar contra algo mais forte e maior do que eu, já é tarde demais. Respiro e aceito seu percurso. Deixo ele me direcionar. Não sei pra onde irá me levar, se será calmo ou turbulento, se trará paz, medo ou ambos sentimentos, se irei me afogar ou flutuar, mas eu sei que depois dele nada mais será igual.
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Ana Luiza
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ao3feed-itafushi · 11 days
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Contra Todas As Possibilidades
by Miichele Fushiguro Megumi é um estudante de Medicina Veterinária, porém, seu incondicional amor pelos animais e os inúmeros traumas de sua infância se tornam gatilhos para ataques de pânico. Ele acaba se apaixonado por Itadori Yuji, um estudante de Psicologia que deseja ajudá-lo. Porém, Yuji é sobrinho de ninguém menos que Ryomen Sukuna, um presidiário envolvido em um passado turbulento com Gojo Satoru e Geto Suguru, os pais adotivos de Megumi. Será que seus sentimentos serão fortes o suficiente para que resistam a tantas adversidades? Brazilian Portuguese version of Against All Odds. Words: 5780, Chapters: 1/?, Language: Português brasileiro Fandoms: 呪術廻戦 | Jujutsu Kaisen (Manga), 呪術廻戦 | Jujutsu Kaisen (Anime) Rating: Teen And Up Audiences Warnings: Graphic Depictions Of Violence Categories: F/M, M/M Characters: Fushiguro Megumi, Itadori Yuuji, Getou Suguru, Gojo Satoru, Sukuna | Ryoumen Sukuna, Fushiguro Toji, Okkotsu Yuuta, Zenin Maki, Inumaki Toge, Panda (Jujutsu Kaisen) Relationships: Fushiguro Megumi/Itadori Yuuji, Fushiguro Megumi & Itadori Yuuji, Getou Suguru/Gojo Satoru, Getou Suguru & Gojo Satoru, Okkotsu Yuuta/Zenin Maki, Okkotsu Yuuta & Zenin Maki Additional Tags: satosugu, itafushi, Angst, Mental Health Issues, Depression, Drugs, Family, Fushiguro Megumi Needs a Hug, Parental Gojo Satoru, Protective Gojo Satoru from AO3 works tagged 'Fushiguro Megumi/Itadori Yuuji' https://ift.tt/wd7j3Am
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bolladonnas · 1 year
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𝐫𝐞𝐜𝐨𝐯𝐞𝐫𝐲, 𝔭𝔬𝔳.
                          above the chaos rose, like the                              phoenix beyond the ashes.                             searching for power, he                                     clung to the pain.
trigger warning: o texto abaixo contém menção a auto mutilação e sangue.
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os riscos a muito haviam ficado para trás, os ignorou quando decidiu ser isca na caçada, quando permitiu que o veneno do basilisco entrasse na sua corrente sanguínea, crendo que conseguiria manipulá-lo. ignorou as consequências dos seus atos permitindo ser afetada pelo monstro, pelos dias que seguiam-se, tornando-se alucinada, uma persona doente. não que estivesse em plena forma do seu juízo, ainda existia uma maldição a percorrendo, mas constantemente, estava sendo lembrada de quem era e quem queria tornar-se: seguir perdendo o controle não estava em seus planos. na calada da noite, enquanto todos dormiam, direcionou-se a estufa; tinha uma pequena bolsa a tira colo, a perna ainda mostrava-se dificultosa no caminhar mas a consciência estava apegada ao que importava.
naquela noite, afastava-se das vozes que a percorriam, que a incentivavam a continuar doente; cansada daqueles sentimentos turbulentos esperava encontrar tranquilidade dentre suas ações. adentrou a estufa colocando a bolsa sobre a mesa disposta no lugar, sentando-se em um dos bancos disponíveis. frascos foram colocados sobre a mesa, dispostos em ordem de importância; antúrio, avelós, belladonna, azaleia: venenos que provinham de plantas. ao lado dos frascos colocou uma adaga prateada, a fitando com receio, parecia brilhar diante dos olhos como se lesse suas intenções. também da bolsa retirou uma cumbuca preta, a preenchendo com pequenas gotas dos venenos que tinha a disposição, mas também com outras ervas medicinais: ginseng, ashwagandha, abuta e pequenas gotas de óleo de tacaneto. o odor que a mistura inalava a deixou meramente tonta, mas concentrou-se em seguir tornando tudo homogêneo.
a bandagem que envolvia a perna direita foi desfeita revelando o ferimento que deveria estar cicatrizado, mas que ainda minava sangue e o veneno do basilisco; a carne podre ao redor da ferida indicava uma infecção, cujo odor era insuportável. preciso seguir em frente. a destra envolveu o cabo da adaga com força, os olhos fechados enquanto a lâmina rasgava a pele, abrindo ainda mais a ferida. belladonna mordeu a língua na tentativa de conter o grito de dor, o corpo tremia a implorando que parasse mas seguiu em frente, expondo ainda mais a carne. com a ferida aberta, concentrou-se no veneno que a percorria, o manipulando para que saísse; o sentiu passar pelo tórax, órgãos, recorrendo com força a corrente sanguínea até que saísse pela abertura da perna. sentia-se fraca na medida que era impossível expulsar o veneno sem que sangue lhe escapasse também, a consciência mandando os sinais do esgotamento mas dali em diante, a ação precisava ser rápida.
o veneno transformou-se em uma bola de cor preta a sua frente, pulsando enquanto o manipulava em direção a mistura que havia feito. não reconhecia os riscos, mas sentia-se pronta para ir além. ao contrário do que poderia ser imaginado, não queria se livrar do veneno, não, sentia que ele poderia deixa-la mais forte, mais competente; precisava apenas, amenizar os danos que ele a causava, como apodrecia o corpo. as ervas, os venenos juntamente com o que extraia do próprio corpo tinha cheiro de carnificina, de morte; e talvez pudesse acabar naquele estado se sua ideia não desse certo.
a perna doía, sangue lhe escorrendo, fazendo uma poça no chão; as mãos envolveram a cumbuca, ignorando a ânsia que a tomava quanto mais perto a mistura ficava das narinas. é necessário...pensou enquanto trazia o pote aos lábios, bebendo de uma única vez o preparo. o gosto era terrível, lhe amargou a boca, a deixou tonta; segurou-se na mesa a sua frente com força, esforçando para que não desmaiasse e foram longos minutos até que tudo passasse. as vozes calaram-se, a consciência parecia límpida, tranquila enquanto tinha a certeza de que havia obtido êxito.
não era o fim contudo...mostrava-se apenas o começo do poder provindo do caos.
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fly-musings · 9 months
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— Point of view . Oidhche eagal
Uma das vantagens as quais se vincularam ao retorno de Flynn ao acampamento meio sangue foi a falsa necessidade de introspecção. Durante dois anos se manteve distante pois, apesar de ainda reconhecer alguns rostos dentre os campistas, muitos lhe eram desconhecidos e, por vezes, desinteressantes. Ciente do turbulento hábito de socialização ao qual era empurrado pelos mais novos, optava pelo exílio em locais não muito frequentados e o lago sempre foi o endereço certo para a calmaria. Ali, congelado sobre o deck de madeira, encarava o reflexo da lua nas águas inquietas, em absoluto silêncio.
Os devaneios despertos o guiaram até uma data não tão distante, quando finalmente havia se emaranhado em uma teia de normalidade. A rotina se resumia à recepção de clientes e aos procedimentos funerários de praxe que consistiam na preparação dos corpos e ao encaminhamento para seus devidos destinos. A Casa Funerária, como adorava comparar, era como um rio onde as águas corriam mas não perdiam a rota em hipótese alguma, em uma monotonia por muito tempo idealizada.
Rotineiramente recebia corpos onde os espíritos ainda estavam vinculados, estas almas vagavam buscando por elucidações e o semideus, pacientemente, se comunicava com cada uma, buscando explanar o que havia ocorrido e como se procederia as próximas etapas da morte. Alguns reagiam em fúria e outros, mais conscientes, choravam durante todo o procedimento de limpeza. Os religiosos, sem sombra de dúvidas, eram sempre os mais resistentes, desacreditados que percorreram a vida rugindo contra moinhos de vento, permaneciam ao lado do próprio corpo até que Flynn os encaminhasse para Thanato forçosamente.
Em certa ocasião, uma criança de dez anos foi entregue aos seus cuidados. A criança apresentava cortes finos e profundos em seu corpo e estava suja de fuligem e terra, sinais não muito comuns em casos de assassinato na cidade grande. Com o auxílio de seu assistente, o tanatopraxista começou a despir o cadáver e encontrou, no bolso de sua jaqueta, um colar comumente utilizado por semideuses de Hermes, com o símbolo do deus grego entalhado no pingente central. Em um espectro fantasioso, surgiu ao seu lado o espírito da criança, que sequer conseguia ver a si sobre a mesa pois não possuía altura suficiente para tanto. Ela chorava, ruidosamente, olhando para os profissionais enquanto o filho de Thanato buscava reaver suas forças para acolhe-la em si. Flynn dispensou seu assistente rapidamente e olhou fixamente para o espírito do infante.
"O que aconteceu com você, criança?" Questionou abaixando-se levemente para olha-la nos olhos "Eu te vejo e sinto sua dor, mas não entendo o motivo de sua morte."
"Eu estava sozinho quando uma Erínia apareceu." Os olhos da criança começam a demonstrar pigmentação acinzentada, triste e repleta de dor. Como se notasse um pensamento dentro de sua própria cabeça, alternou a rota de suas queixas "Eu não sei como voltar pra casa."
A noite daquele atendimento se prolongou. O filho de Thanato abraçou para si a responsabilidade de acolher os sentimentos conturbados da criança e encaminha-la me maneira honrosa para seu destino heroico. Ela, em tão tenra idade, havia sido enviada para uma missão com semideuses mais velhos e, na primeira oportunidade, foi deixada para trás como um presente para a criatura. Um ser descartável.
A angústia que se apropriou de seu psiquê naquele dia o fez se questionar, mais uma vez, se havia qualquer decência entre os deuses novos e antigos. Em outros tempos, estaria se disponibilizando para participar de missões criadas propositalmente pelos deuses, situações as quais eles poderiam solucionar em um piscar de olhos se estendesse suas atividades para além do lazer e do prazer.
"Somos só peões." disse em voz alta, pensando que era apenas uma frase dispersa em seus pensamentos nostálgicos. O som da própria voz o trouxe para a superfície da realidade e então notou que a lua não mais estava refletida das águas do lago.
Ao erguer os olhos reparou que o céu estava manchado por uma nuvem negra enquanto gotas despencavam por todo espaço. Através da audição aguçada ouviu algo além do falatório do evento, algo que muito lhe parecia um rugido bestial. A expressão de confusão em seu rosto deu espaço para o assombroso horror. Algo estava próximo, muito mais próximo do que deveria.
Suas pernas despertaram em uma corrida desesperada na direção dos campistas enquanto ouvia Dionísio ordenando a evasão. A mão esquerda caçou pelo pulso esquerdo e arrancou a pulseira de couro, segurando-a firmemente contra o palma e sentindo Miz, seu chicote, transformar-se em contato com sua pele. O ruído se espalhou por diversas direções e, por mais que buscasse localizar sua origem, era incapaz de discernir o posicionamento exato daquilo que invadia o acampamento.
Ao se aproximar de campistas que buscavam abrigo debaixo das mesas da área externa gritou para que saíssem e buscassem abrigo em algum chalé enquanto ainda possuíam tempo. Os estrondos passaram a romper entre as árvores, patrulheiros brandiam suas armas na direção do desconhecido e o veterano não pôde tomar outra decisão senão proteger aqueles que não tinham condição de lutarem pela sua sobrevivência, aquilo que o filho de Hermes necessitou em momentos de desespero e não obteve.
Manteve a corrida na direção dos chalés que se abarrotavam, aleatoriamente, por campistas de idades variadas buscando a segurança que a estrutura poderia lhe proporcionar. Apontava e dava ordens berradas para os que ainda acreditavam que se tratava se uma mera brincadeira festiva, ordenava que trancassem as portas assim que ouvirem a aproximação dos monstros e que se armassem com o que estivesse por perto, protegendo os mais novos e os escondendo se preciso fosse.
Não aceitaria perder peça alguma do xadrez montado pelas divindades, não ponderaria suas ações enquanto via o desespero arrancar a voz destes campistas. Assim que travou a porta do chalé cinco por fora sentiu a aproximação de alguém que estava circundando a estrutura, passos pesados e uma respiração ofegante que denotava o excesso de adrenalina em seu corpo.
Ao afastar-se, andando de costas, notou um rosto familiar caminhando em sua direção, com uma espada em punho. Flynn se identificou em voz alta enquanto ainda dava passos para trás, mas não viu o semideus abaixar sua arma. Pelo contrário, os passos do recém declarado aumentaram a cadência em uma investida repentina, restando ao instrutor fazer uso de seu chicote para imobilizar os pés do jovem, levando-o ao chão aos berros.
Aproximando-se do alvo notou que a face do semideus possuía uma névoa na região dos olhos, sinal comum no uso de magia de atordoamento. Mas agora estava próximo demais do raio de atuação daquela energia e sentiu, progressivamente, a névoa subindo por seu corpo.
Em uma jogada precipitada optou por mergulhar em suas sombras, invocando espíritos para que a névoa ocasionada por sua conjuração detivesse o avanço do efeito ilusório.
@silencehq
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menteliterariaviva · 1 month
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FUTURO INCERTO
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Quero compartilhar um pequeno texto escrito no início da pandemia, quando tudo era assustador, novo e incerto. Ainda hoje, penso assim, não tenho certeza de nada, mas todos sabemos o final de tudo, pelo menos dos anos que se passaram. E aqui estão compartilhados um pouco dos meus pensamentos para vocês, sejam eles positivos ou negativos.  
Um ano turbulento cheio de incertezas, medos, dúvidas, tristezas e perdas. Não sei bem o que esperar do futuro, não sei o que me espera lá na frente, mas desejo energias e coisas boas para todos. Almejo uma boa saúde mental e física, conquistas dos meus objetivos e sonhos, esse é um desejo que tenho, espero que você também.
No entanto, por enquanto, permaneço na luta e na esperança de alcançar tudo isso algum dia. Não sei ao certo quando isso acontecerá, pode até demorar, mas acontecerá, pode ter a certeza! Pode até ocorrer de outra maneira, de uma maneira que não se imagina, mas, ainda assim, ele ocorrerá. Mantenho a fé e a esperança acesas. Penso, que talvez, possa acontecer de outra forma, mas de uma forma melhor, melhor do que se espera e se imagina.  Mesmo com as incertezas do futuro, tento viver o que está acontecendo no presente, o que a vida está trazendo. Mesmo que a vida traga coisas ruins, não me deixo desanimar, tiro delas as boas lições, aproveito para crescer e evoluir. Esperança de um futuro cheio de conquistas é o que espero e desejo, para mim mesma e para todos a minha volta. 
Que amores reais, amizades leais e sentimentos recíprocos cheguem para todos, principalmente para mim.
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ficjoelispunk · 10 months
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Cap 12 - CIA
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Murphy acompanhou a família Escobar. Antes de embarcar ligou para você avisando que estavam a caminho da Alemanha. As negociações com a Alemanha era difícil. Você teve que pedir ajuda de Crosby, mas nem ele conseguiu muita coisa. A imigração alemã era liberal, devido ao seu histórico turbulento.
E enquanto Murphy fazia uma viagem. Centra Spike conseguiu rastrear Fernando Duque.
"Ele usou o cartão de crédito, aqui, e aqui nesses restaurantes" Edward mostrava no mapa para Javier "e olhe isso" ele alcançou um papel, entregando para Javier "eu chequei o banco de dados, houve uma denúncia está manhã. Ele é fugitivo"
"Por que?" Javier avaliava a ficha.
"A esposa fez uma denúncia, de roubo e rapto" Edward completou.
"Ele está fugindo, e levou o filho. Ele só tem 14 anos. Merda!"
Javier estava encurralado. O que ele deveria fazer? Ele não sabia.
Seu ramal tocou. Era tarde. Ele esperava que fosse você.
"Peña"
"Javier" a voz de Don Berna "alguma notícia do nosso amigo?"
Javier ficou em silêncio.
"Peña?"
"Ainda não"
Desligou o telefone.
Javier alcançou o relatório com as informações que Edward havia registrado. Deu um trago em seu cigarro.
Discou seu ramal em Bogotá. Ele escutou sua voz anunciando seu nome.
"Sou eu, Peña"
"Como posso te ajudar Agente Peña"
Ele conhecia seu jeito de se defender exercendo a formalidade com ele.
"Acho que Fernando Duque está foragido, e levou o filho"
O que isso significava? Agora ele decidiu trabalhar respeitando toda a burocracia que ele sempre criticou? Ok. Você era profissional. Não poderia deixar os sentimentos afetar seu trabalho.
"Certo. O que você precisa que eu faça? Se ele está tão desesperado talvez ele aceite colaborar em troca de proteção"
Javier amava a forma como você tinha visão, e ele não precisava se explicar para você.
"Sim, foi exatamente o que eu pensei, eu..." ele hesita "talvez eu saiba onde ele está"
Voce quis perguntar o porque dele estar ligando para você e não para Don Berna, fornecendo as informações para os Los Pepes. Mas você precisava fazer o seu trabalho.
"Ok. Vou preencher os formulários. Você quer que eu faça o requerimento para tirarmos ele do país?"
"Se ele aceitar colaborar acha que conseguimos?"
"Posso tentar"
"Sim… claro"
"Ok."
"Ei"
"Sim?"
"Obrigado"
"Só estou fazendo meu trabalho"
"Sim"
"Agente Peña?"
"Sim?"
"Como você conseguiu essa informação?"
Javier sabia que você sabia como ele tinha conseguido essa informação. Mas ele também sabia que você precisava explicar no formulário, para documentar. Então sua pergunta não foi burra. Mas inteligente. Já que a ligação poderia ser eventualmente usada posteriormente contra vocês.
"Um informante conhece a esposa dele. Dei sorte."
"Certo. Boa sorte"
***
Você não dormiu, estava trabalhando em 3 fuso horário. Os EUA, da Colômbia e da Alemanha.
Murphy ligou para você assim que pousou.
"Preciso de mais tempo" você falou "não querem cooperar conosco"
"Ok, o que vamos fazer?"
"Eu não sei" voce suspirou, mordendo os lábios "Não deixe que eles saiam do aeroporto, se saírem estamos fodidos. De um jeito de revistarem a mala deles, Pablo não deixaria que eles viajassem sem dinheiro... improvise"
"Certo, vou dar um jeito de segura-los aqui, faça o que puder"
Você desligou e bufou, escorregando o corpo na cadeira. Sua cabeça iria explodir.
Murphy seguiu sua ideia e realmente. Pablo mandou uma grande quantidade de dinheiro junto com a família. E a imigração barrou a entrada da família.
***
Javier encontrou Fernando Duque. O homem estava em estado de choque. Implorou por ajuda.
"Não trabalhamos de graça, preciso da sua total cooperação"
"Colaboro com você, faço o que quiserem, mas nos tirem da Colômbia. Imediatamente, não posso ter contato com a polícia, Los Pepes tem gente trabalhando para eles da polícia, preciso sair do país"
"Temos um trato?" Javier pergunta.
Ferrando Duque assentiu.
"Faça o que eu disser. E comece, escondendo o carro que você roubou da sua mulher"
Acontece, que Fernando Duque estava certo. Los Pepes tinham informantes dentro da polícia. E descobriram que Javier Peña estava protegendo o advogado de Pablo Escobar.
Los Pepes, tinham um contato muito ativo, e prestativo dentro da embaixada, era o cara da superintendência da CIA, que chegou junto com Messina e Crosby em Bogotá.
Quando Javier foi a lanchonete a pedido de Don Berna, pra se encontrarem. Ele encontra Bill Stechner, em seu lugar.
"Agente Peña, acho que Don Berna não virá hoje"
O estômago de Javier sente a adrenalina gelada sendo irradiada pelo resto do corpo.
Ele hesita. Observa o local, se senta na cadeira em frente ao agente da CIA.
"O que é isso?"
"Apenas uma conversa amigável" ele faz uma pausa dramática "você está deixando pessoas muito perigosas, irritadas Javier"
Javier fica em silêncio, olhando para o nada, com o queixo levemente inclinado para frente. A postura básica do Javier insolente de sempre.
E ele continua.
"Estou em uma situação difícil porque, fui eu quem sugeriu seu nome a eles, já que você tem um bom relacionamento com a assistente do Embaixador, tendo acesso a informações valiosas" essa última parte Bill falou com malícia.
Javier vira drasticamente a cabeça para encarar Bill, franzindo o cenho, a ruga marcada de uma cara fechada por anos, agora ficando mais exposta.
"Não sei se você sabe sobre o que eu faço, mas quero que saiba que eu defendo os interesses do nosso país a longo prazo, e estou aqui para garantir que as pessoas corretas ainda estejam vivas quando Escobar levar um tiro na cabeça. Então faça um favor, a você e sua garota, e não complique as coisas. Você sabe o que eles podem fazer com ela."
Javier encara Bill em silêncio. Ele se levanta pronto para ir embora, quando Bill volta a falar.
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"Essa gente geralmente toma decisões com a cabeça quente. Isso pode levar a péssimas ideias como matar um agente federal e levar sua garota como prêmio. Inclusive, eles acharam o advogado, mesmo sem sua ajuda, então..."
Javier sai da lanchonete. A cabeça pensando mil possibilidades. Mas a principal era ligar para você e saber se você estava bem, primeiro.
Você atendeu, assim que chamou. Javier ficou em silêncio, com a mão apoiada na testa, respirando somente agora, ouvindo sua voz, sabendo que você estava bem.
"Oi? Alô?"
"Hey. Sou eu" a voz dele rachou.
Você percebeu. Houve um silêncio. Você hesitou em se preocupar, mas era mais forte que você.
"Você está bem?"
"Sim. Estou bem. Você está bem?"
Você franziu o cenho.
"Javi, está tarde, o que está acontecendo?"
Você conhecia Javier, as nuances do seu tom de voz. Não precisava estar olhando para ele para saber quando algo estava acontecendo.
"Nada. Por favor, só..." ele hesitou "tenha cuidado, não saia sozinha, esteja acompanhada ou escoltada, e não confie em ninguém"
Sua respiração começou a ficar irregular.
"Você está me deixando nervosa. O que está acontecendo?"
Javier não queria te assustar mas não havia muitos meios.
"Esteja segura. Ligo para você depois."
"Javi..."
Ele desligou.
Merda.
Dirigiu até o endereço onde havia encontrado Fernando Duque. E era tarde demais. Encontrou o corpo do homem e do filho, dentro do porta malas do carro roubado da mulher, com uma mensagem:
"Cortecia de Los Pepes"
Javier ficou cego de raiva e desconfiança. Quem era o informante de Los Pepes? Quem estava trabalhando para eles de dentro da base? Quem sabia que você é ele eram próximos? Quem poderia colocar você em risco? Entregando um homem que tinha ligação direta com Pablo e poderia ser o maior trunfo que vocês teriam em meses. Um nome brilhou na cabeça dele. Trujillo.
Ele dirigiu até a base, e enquadrou Trujillo colocando-o contra o carro do lado de fora, na frente de outros agentes que acompanhavam Trujillo até a saída da base.
"Você me seguiu até a porra do hotel? Huh?" Javier estava com o ante braço no pescoço do colega. "Contou a Berna?"
"Me solta"
Javier grudou no colarinho do uniforme de Trujillo e o empurrou novamente contra o carro.
"Me fala seu babaca!"
Trujillo empurrou Javier.
"O que está acontecendo?" Um dos outros agentes tentou separar os dois.
"Tudo bem, vão na frente, encontro vocês" Trujillo falou.
Houve um silêncio. A respiração de Peña irregular.
"Que passa, Peña?" Trujillo perguntou. "Vai agir como um americano?"
Peña o encarou.
"Você viu o que fizeram com o filho dele?" A imagem do adolescente dobrado no porta-malas com uma bala na cabeça.
"Quantas famílias Pablo Escobar destruiu Peña? Você sabe? Você não decide quem vive ou quem morre."
***
Você não lembra quantas ligações fez de um dia para o outro. Foram horas de negociações, em conjunto com o Embaixador, com a Alemanha. Usaram todas as brechas legais, e a diplomacia para que a autorização de desembarque da família Escobar não fosse concedida.
E finalmente vocês conseguiram convencer a imigração que não poderiam recebê-los. Por questões políticas legais, a família teria que fazer a viagem de volta a Colômbia.
Murphy esteve presente com a família o tempo todo. Não junto. Mas próximo. E ainda bem.
Na saída do aeroporto já em terras colombianas, se Murphy não estivesse junto, teriam atacado a família na entrada do aeroporto.
Murphy viu um carro suspeito se aproximar. Mas protegeu a esposa, a mãe e os filhos de Escobar.
A polícia federal levou a família sob proteção. Esse era um trunfo. Com a família de Pablo aos cuidados do governo, ele não poderia estar mais desarmado.
Mas como toda ação teria uma reação. Pablo não deixaria barato o fato da família não ter sido aceita em outro país.
Cem quilos de explosivos. O equivalente de uma bomba num F-16. Dezenas de mortos. Centenas de feridos. Dentre eles, muitas crianças. Ele implantou as dinamites em um shopping próximo ao início das aulas.
Pablo continua construindo sua fama com terrorismo. Mas agora ele tinha ido longe demais. Todos ficaram revoltados. Um cara sem limites, havia cruzado os limites. O tempo de Pablo estava acabando.
Você mal tinha pousado em Medellin, e já estava sendo convocada para uma nova reunião com o coronel, os agentes, central spike.
Só deu tempo de você deixar alguns arquivos na sua mesa, e seguir para a sala de reuniões.
Javier parou você no corredor.
"Estou atrasada" você falou, tentando desviar dele.
"Estamos indo para o mesmo lugar" Javier espelhava seus passos, na sua frente.
Você parou. Fechou os olhos, tentando não explodir, jogando a cabeça para trás.
"O que você quer, Agente Peña? Nenhum amigo narcotraficante disponível?"
Peña te encara e inclina a cabeça.
"Preciso falar com você. É rápido, e é importante, me encontre na sala de arquivos hoje a noite."
Você bufou, sorrindo ironicamente.
"De jeito nenhum"
"Como medo de não conseguir resistir? Também estou com saudades."
"Me poupe"
Ele segurou seu braço antes de vocês entrarem na sala.
"É importante. Preciso que você vá"
Você não respondeu e entrou na sala. Javier revirou os olhos. Teimosa.
Assim que todos estavam organizados, coronel Martinez começou a explicar o motivo da reunião.
"A situação com Escobar está prestes a Estourar" Coronel, começou.
"Na verdade já estourou" você não se conteve. "Desculpe, pensei... alto" você fechou os olhos. Tentando organizar a cabeça e a língua.
Javier tentou segurar o riso.
"Continuando. Nossas informações sugerem que seus apoios foram reduzidos para apenas alguns sicários leais"
"Menos sicários, menos conversas para rastrear" Edward pontuou "grampeamos o telefone do Advogado, mas acho que ele não está atendendo"
Você olhou para Javier. Ele não se moveu, apenas te olhou de volta.
"Foram Los Pepes, eles mataram a família e ele" coronel Martinez informou, jogando fotos da cena do crime na mesa na frente de vocês.
Você piscou. Incrédula. Alcançando algumas fotos. E se encostou na cadeira. Cruzando os braços.
"Gostaria de dizer que, eu sei que alguém está em contato com Los Pepes. Embora isso me deixe enojado. Eu não posso fazer muita coisa. Mas será um policial colombiano ao lado do corpo de Escobar quando isso chegar ao fim. E não um vigilante qualquer. Isso é tudo. Muito obrigado"
Você ficou imovel por um tempo processando as informações. O que tinha acontecido? Javier pediu proteção para Fernando Duque, o que ele fez que até a mãe do cara foi esfaqueada?! Jesus.
Você foi atrás dele.
"Ei" você chamou.
Correndo de salto, no corredor, segurou o braço dele.
"Aqui não" ele murmurou.
"O que aconteceu?"
"Hoje a noite" ele falou sem parar de andar. Passos largos fazendo você correr para alcançá-lo.
Você segurou o braço dele. Javier parou só por respeito, já que você era uma pluma ao lado dele.
"O que?" Ele se virou, abruptamente fazendo você entrar no meio dele.
"Jesus" você exclamou. Ele segurou sua cintura te dando equilíbrio.
Vocês se encararam por alguns segundos. O mundo parava quando ele te olhava? Até você limpar a garganta.
Ele estralou os olhos.
"Sala de arquivos" ele reforçou. E saiu caminhando.
Merda! Você perdeu todas as cartas nesse jogo. Anos tendo a resposta na ponta da língua, para agora não conseguir nem respirar direito.
Peña falou com Murphy sobre o que estava por vir, mas Steve ficaria ao lado do parceiro. Se protegendo é claro. Mas entendia. Para ele, se ao final disso tudo, Pablo estivesse acabado estava tudo certo.
Você passou o dia tentando desacumular o serviço. Mas era muita papelada. Com os atentados você simplesmente tinha que, no mínimo, mais duas pessoas para fazer o seu trabalho, e era só você.
A sua ida para Bogotá bagunçou seu fluxo de serviços e atividades. E sinceramente você não estava no seu melhor desempenho.
Você estava triste. Você teve que ouvir Javier falar enquanto estava deitado em sua cama o quanto ele queria você. Para depois descobrir e ficar fazendo milhões de suposições sobre o envolvimento dele com Don Berna.
Todas as informações chegavam para você primeiro. Todas. E se eventualmente ele estivesse se envolvendo com você para ter conhecimento, acesso. E se ele na verdade estivesse apenas te usando.
Em Bogotá você procurou os arquivos das operações de resgate. Javier mencionou que um informante deu acesso a um dos laboratórios que supostamente você deveria estar. E se Javier tivesse feito uma troca entre você e uma informação? Ah! Não dava para saber, era torturante, não dava para confiar em Javier Peña. Você não conseguia saber quando ele estava falando a verdade ou quando ele estava brincando e manipulando o sentimentos das pessoas.
Você estava com raiva. Tentando desencarrilhar seus pensamentos dos trilhos que levavam sempre a ele. Tentando adquirir um pingo de auto respeito. Mas você não conseguia parar de pensar nos seus corpos juntos.
Agora você estava caminhando em direção a sala de arquivos. Que tipo de mentira você estava contanto para si mesma? Que estava indo apenas porque precisava saber o que aconteceu com a família de Fernando Duque? O que ele fez abrindo a boca e entregando alguém que ele pediu proteção a Los Pepes?!
Você andava tão rápido, que pensou estar correndo. Sua barriga contorcia de ansiedade, antecipação. Era como se você tivesse engolido a gravidade e seus órgãos dançassem dentro de você.
Eu odeio esse homem.
Você abriu a porta.
"Estou aqui"
Voce escutou a voz de Javier, vindo do fundo da sala.
Ele estava sentado na mesa, que alguns meses atrás ele te fodeu ali. Você piscou tentando afastar a lembrança sexual fazendo seu corpo se contorcer.
Você manteve uma distância segura dele.
"Você mandou Murphy viajar, o que ele fez que mereceu mais a viagem do que eu?"
Você deu um sorriso forçado.
"Ele não é um informante de um grupo paramilitar"
Javier estralou os olhos, abaixou a cabeça, e assentiu. Essa ele mereceu.
"Pensei que você não viria..." ele mexia nas mãos, sem olhar para você.
"Com os atentados, estou tentando organizar os documentos que preciso reportar para Bogotá..."
"É muito trabalho" ele te interrompeu.
Você suspirou.
"Sim. É muito trabalho"
Você estava ficando incomodada com Javier com esse comportamento vitimista. Triste. Ele não é assim.
Por que você veio aqui? Para assistir ele encarar os pés? Qual era o plano? Absorver a culpa e se despedir?
"O que você quer Javier?"
Ele olhou para você.
"Aconteceu uma coisa"
"Sim, aconteceram várias coisas. Você pediu proteção para uma família e eles foram encontrados mortos pelo grupo para quem você trabalha"
Ele titubeou.
"É complicado"
Você suspira. Piscando impaciente.
Ele se levanta. E você automaticamente da um passo para trás.
"O que? Você tem medo de mim agora?"
"Talvez"
"Eu nunca te faria nada para te machucar, você sabe disso. Nunca"
Seria tão mais fácil se você não tivesse sucumbido à ele. Se você não tivesse provado dele. Se ele retirasse tudo que disse. Se ele continuasse te negligenciando.
"Ok. Eu não vim aqui para isso. Me conta de uma vez o que está acontecendo. Você está ferido? Alguma coisa assim?"
Ele franze a testa decepcionado pela sua suposição ridícula.
"Não..."
"Então o que é?"
Javier queria tempo com você. Aproveitar que estavam apenas vocês. Queria enrolar ao máximo. Sentir seu cheiro. Demorar os olhos em você. Ele não queria te perder. Mas não se perde o que nunca teve.
"Eu fui ao encontro de Don Berna" ele hesitou olhando para você, você fechou os olhos, ele continuou "fui avisar que não faria mais parte disso..."
"Ah claro, e ele deixou você sair como se fossem os melhores amigos, narcotraficantes bonzinhos e compreensivos... Peña, eu não sou idiota!"
Javier manteve a calma. Falava baixo e pacífico com você. O timbre de voz que você amava, e odiava na mesma intensidade.
"Você está certa. Ele não aceitou, ao invés disso pediu para que eu rastreasse Fernando Duque como uma última ajuda"
Você riu ironicamente, balançando a cabeça.
"Como você foi se enfiar nessa merda?"
Javier ficou em silêncio. Gostaria que fosse uma pergunta retórica.
"Quando você desapareceu. Ele me procurou. Se eu ajudasse com as informações ele liberaria você"
Você parou de respirar.
"O que?" Era mais um sussurro que saiu da sua boca. Era mais para você do que para Javier.
Você soltou os braços. Se apoiou na estante atrás de você, as mãos geladas passando pela sua testa. Parecia que você iria desmaiar.
"Você tá bem?" Javier perguntou com medo de se aproximar e você ter um colapso com ele.
"Mhmmm, só... um minuto. Está quente aqui"
Na verdade você só não conseguia respirar.
Era por isso? Javier se envolveu com narcotraficantes para poder salvar você? Mentira. Não podia ser real. Javier só pensa em uma pessoa, e essa pessoa é ele mesmo.
"Continue" você falou. Tentando se endireitar. Ainda apoiada na estante.
"Mas ele mentiu. Pretendia continuar com você até que eu aceitasse continuar ajudando o Cartel de Cali e Montecassino, a matar Pablo com os serviços dos irmãos Castaño. Eles ameaçaram. Disseram que você poderia ser pega. Mas no fim das contas, eu também gostei de ver os sicários e Pablo se esconderem com medo feito ratos"
Ela muita informação para você.
"Então eu fui atrás de Fernando, encontrei. Ele aceitou colaborar. Eu o mantive escondido. Não informei Don Berna. Mas aí as coisas ficaram piores"
Você estava respirando de forma irregular. Um medo se instalando na sua espinha.
"O que aconteceu?"
Javier desviou o olhar. As mãos na cintura, o peso do corpo mudando de uma perna para a outra.
"Javi?"
Você chamá-lo assim, fez com ele olhasse diretamente para você. Javier passou às mãos sobre a testa.
"Quando encontrei Fernando, ele me falou que não poderia ser levado a polícia porque haviam informantes dentro da polícia que passavam informações para Los Pepes"
"Sim, você"
"Não"
"Não?" Você estava confusa.
"Eu pensei que eu era o único. Mas não sou."
Você franziu a testa.
"O que isso? Uma espécie de vírus? Você contagiou outros agentes?"
De certa forma você estava certa. Como sempre. Se não fosse por ele, Trujillo não teria conhecido Don Berna. E ele não teria contato com os irmãos Castaño. Ele preservaria o rapaz, não tinha necessidade de saber sobre Trujillo.
"Não importa. O que importa é que informaram que eu encontrei Fernando, e Los Pepes mataram ele, e a família"
Você usou um braço para apoiar seu cotovelo, e deixar a mão sobre a boca, enquanto andava de um lado para o outro.
"Tem mais..."
Você parou. Olhou para Javier pasma.
"Eu fiquei fora por 4 dias, e você simplesmente..." você não tinha palavras.
"Bill Stechner"
"O superintendente da CIA" você sabia quem era.
"Sim. Ele trabalha para os irmãos Castaño"
Sua boca se abriu em choque.
"O que?" Você estava perplexa.
"Quando descobriram que eu não passei a informação. Eles iriam me matar. E matar você"
Seus olhos se estralaram. Você piscava sem reação.
"Eles pensam que você passava as informações para mim"
"Porque eles pensariam isso?"
Javier franzi a testa, decepcionado que você não tenha entendido.
“As pessoas sabem…”
Você não conseguia raciocinar.
"Sabem do que?"
Ele apontou para você e para ele, várias vezes.
"Nós"
"Não existe" você fez o movimento de aspas com o dedo "nós"
Javier se inclinou para trás. Virando as costas para você, se inclinando na mesa, sem olhar pra você.
"Não importa. Eles sabem que eu sou envolvido com você. Por você. Eles usariam você para chegar até mim. Já fizeram isso antes. Não importa. O fato é que Bill Stechner sabe. Sabe que eu fornecia as informações para Don Berna. E que participei ativamente de todos os atentados de Los Pepes"
Você fechou os olhos. Queria chorar. Estava passando mal. Estava ficando doente. Você debruçou na estante que você estava escorada a minutos atrás, escondendo o rosto de Javier.
"Merda!" Voce murmurou.
Você era masoquista? Resistindo aos impulsos de voar em cima de Javier e socar os dentes dele. De xingá-lo e ir embora. Te ter te arrastado para esse buraco.
Javier caminha até você.
"Escuta..." Javier murmurava rouco e baixo.
Ele coloca a mão em seu braço, onde você afundava a testa. Puxando para fora para que você olhasse para ele. Ele vê seus olhos vermelhos. Não sabe se você chora de raiva ou tristeza. Isso parte ele em pedaços. Você não merecia passar por isso.
Quando você olha para Javier, a cara de um cachorro que caiu do caminhão de mudança. Você puxa seu braço para si.
Javier continua.
"Você precisa se preparar para problemas. Isso vai trasbordar. E essa gente, não vai acertar que eu pare. Se atacarem você por causa do que eu fiz, aqui dentro, se proteja. Você não sabia de nada. Entendeu?"
Você concordou assentindo com a cabeça.
"Eu sou tão estupida, como eu pude chegar até aqui?"
"É minha culpa. Isso tudo é minha culpa. Nunca deveria ter me aproximado de você. Se algo acontecer fora daqui, eu vou até o inferno atrás de você, mas a intenção é que eles me peguem para que você fique a salvo"
Você balança a cabeça incrédula.
Você empurra ele.
"Eu odeio você"
Você empurra ele novamente.
"Odeio você, seu filho..."
Javi segura seu braço.
"Você sabe o que isso significa?" Você tentava estapear ele.
"Eu vou perder meu trabalho..."
"Não..." Javier segurava seus punhos.
"Voce arruinou tudo de bom que existe na minha vida"
"Eu sei cariño"
"Cala a boca"
Javier te puxa para ele. E te prende em um abraço. Você esperneia no início. Xingando ele o quanto pode. Lutando para se desvencilhar dele. Mas se rende.
"Eu pedi para você Javi, eu tentei te avisar..."
Javier estava com os lábios no topo da sua cabeça.
"Eu sei meu bem, me desculpe."
Vocês ficam abraçados por um tempo. Até você conseguir pensar.
Você se afasta para olhar para Javier.
"Podemos sair dessa limpos"
Javier sorri, sem acreditar. Soltando o ar pela boca.
"Você ouviu Martinez hoje, se pegarmos Pablo, acabou. Tudo isso acaba. E podemos ir embora. Limpos"
Javier fica em silêncio. Pensativo.
Você se solta do abraço dele.
"Pense nisso antes de tomar qualquer outra decisão estúpida"
Você da alguns passos para trás. Ia se virar, quando Javier segura sua mão.
"Espera"
O calor da mão dele na sua pele, irradia um arrepio por todo seu corpo. Você observa onde suas peles se encontram. Parecendo tão certo. Mas sendo tão errado.
Ele puxa você de volta para próximo dele. Você da passos relutantes. Os olhos de Javier nunca estiveram tão atentos e cuidadosos como hoje. Estudando seu rosto. A outra mão sobe na sua bochecha, o polegar limpando a lágrima no canto do seu olho.
"Tudo que eu disse aquele dia. É verdade. Eu nunca usaria você. Nunca. Me odeie, me culpe, me xingue, mas por favor, nunca duvide do que eu sinto por você, e de como eu jamais faria nada para te magoar propositalmente"
Você sentiu seu coração amolecer. O sentimento era dúbio. Você odiava Javier. Mas você queria poder abraçá-lo e dizer que tudo iria ficar bem.
Você abaixa a cabeça. Segura mais firme a mão dele. Sua mão sobe para o rosto dele, segurando a bochecha dele. Javier fecha os olhos ao seu toque.
"Javi, no final, todos saíram um pouco da linha aqui. Obrigada por ter ido atrás de mim. Eu sou grata por isso. Mas, isso é tudo" sua voz falha.
Isso não é tudo.
Javier ainda segura você.
"Espere" ele engole em seco.
Ele não quer deixar você ir.
Você sofre. Ele vê. Ele sofre. Você vê.
"Só..." ele hesita. Os olhos descendo para seus lábios.
Você balança a cabeça quando ele vem se aproximando de você. Seu peito queima.
"Você vai me fazer sofrer" você murmurou um pouco ofegante demais.
Javier se aproxima, e beija sua testa. Demorado. Respirando você. Gravando seu cheiro.
E então deixa você ir.
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