Tumgik
#severa viria
alduinsbanes · 1 year
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started skyrim over again :)d
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escritorvermelho · 1 year
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Revanche, tiferino clérigo História Era uma noite agourenta quando Ralishaz jogou seus dados e decidiu que o filho de uma cartomante rhennee e um mercador baklunish viria ao mundo com a pele vermelha e calombos de chifre na cabeça, herdeiro de Asmodeus. A cartomante enlouqueceu e morreu, crendo-se vítima de uma maldição; o mercador, habituado a viajar e navegar, teve a cabeça aberta para entender que aquela criança com sangue de diabo era meramente seu filho — e o criou, o melhor que conseguiu.
Ralishaz riu da benevolência equivocada do mercador, e azarou seus esforços honestos, e os negócios foram de mal a pior. O mercador foi forçado a recorrer a acordos sombrios e negociatas escusas, a burlar impostos e contrabandear para ter o suficiente para ele e o filho. O menino sofreu a rejeição que todos os tiferinos sofrem, mas persistiu, acreditando que tudo ficaria bem se seguisse os ensinamentos do pai: aprendeu a desarmar o temor das pessoas com o charme, aprendeu a fazer amigos com a bela voz, aprendeu a vender e a levar vantagem. Aprendeu a importância de jogar.
Ralishaz riu do otimismo do rapaz e jogou seus dados de novo: seu pai foi acometido de doença, tanta doença que parecia velhice adiantada. A essa altura, o rapaz já era mais moço, e assumiu os negócios do pai, e trabalhou levando contrabando, e fazendo amigos escusos, e oculto à margem da lei. O tiferino conheceu Valentina, uma promissora estudante das artes arcanas, que se encantava pelo rapagão ousado de pele vermelha e voz profunda, e escapava das tarefas de sua mestra severa para farrar com ele, nas tavernas e ruas escuras da cidade; amavam-se, como se amam os jovens, sem pensar muito. Tudo ia bem.
Ralishaz pegou seus dados para jogar.
Nessa época, a coroa de Keoland levava guerra às fronteiras norte acima, e numa das embarcações de contrabando veio junto um espião das forças inimigas. O espião, que jazia de ferimento de morte, suplicou ao rapaz que levasse um documento a um nobre na capital. O tiferino aceitou, mais pelo desejo juvenil de se aventurar numa missão para atender o último pedido de um moribundo — e que apenas por coincidência era também generoso para lhe pagar uma gorda algibeira cheia de ouro por um mero serviço de correio. O que poderia dar errado?
Ralishaz riu das intenções do rapaz de ser aventureiro. Jogou seus dados, e um inspetor que já não gostava dele (nem de nenhum tiferino) abordou-o, e pressionou-o, e tomou a carta. Escrita em código, em caracteres de Celestial — que o rapaz não sabia ler —, eram informações cruciais do fronte, números de soldados, localização de covis. Era a esperança da rebelião, era a fraqueza final que permitiria a Keoland esmagar seus inimigos. Não houve clemência.
Valentina, que o esperava naquela noite, ficou na janela esperando sem saber.
Naquela noite, o tiferino foi agrilhoado, amordaçado, e levado para um forte numa ilha recém-tomada dos Príncipes do Mar. No lugar, amontoavam-se inimigos do reino, piratas capturados, desafetos da nobreza e miseráveis que não tinham a quem recorrer. Condenados justa e injustamente, inocentes e culpados, ladrões, patifes, mendigos, loucos, tolos e principalmente, inocentes. Ralishaz gargalhava, e o tiferino emudecia.
Na prisão, depois de enlouquecer e voltar à sanidade, o tiferino esqueceu o próprio nome. Lembrava-se apenas de Valentina. Chicoteado, humilhado, vivendo de pão fétido e água de chuva, o rapaz morreu.
Em seu lugar, restou apenas Revanche.
Ralishaz jogou seus dados novamente. Os Príncipes do Mar invadiram o lugar, soltaram velhos aliados e se esbaldaram em soltar também toda sorte de gente inocente e culpada, suja e louca, vil e inocente que estava agrilhoada ali. Revanche escapou junto. Ofereceu seu quinhão de serviços no mar, antes de Ralishaz jogar seus dados e uma tempestade fazer o navio naufragar.
Revanche acordou numa praia, de uma ilha que não estava nos mapas de Keoland e nem nas rotas secretas dos Príncipes do Mar. Nela, um velho em trapos, de cajado, segurava um baralho e um símbolo sagrado: três ossos cruzados. O velho sorriu desdentado, bafejou impropérios. Entregou o baralho e o símbolo ao náufrago, Revanche.
Revanche conversou com o velho. Sobre essa conversa, ninguém sabe nada. Diz-se que foi com ele que aprendeu rituais sombrios, magia dos deuses. Se esse velho era um sacerdote, ou o próprio Ralishaz, é impossível saber.
Alguns meses depois, um homem de manto escuro esfarrapado chegou em Saltmarsh. Arrumou trabalhos escusos. Estivador, capanga, chantagista, punguista, e, depois de semanas suficientes, contrabandista. Fez amigos aqui e ali, tornou-se um rosto conhecido e amigável — mas nunca confiável. Fez muito dinheiro, para gastá-lo todo com apostas, bebidas e mulheres. Nenhuma palavra sobre seu próprio passado; sua fala mansa e enervantemente calma, proferindo adágios sobre a futilidade de planos, de leis, de esperanças.
Olhos escuros como azeviche, de íris brancas como o vazio eterno.
— Vamos jogar, e jogar, e jogar, até perder tudo que temos? Não há diversão melhor.
Aparência física:
Revanche é um tiferino de 1,90m, cerca de 80 kg, largo e fisicamente imponente. Ele possui a pele vermelha clara como sangue e o cabelo preto como basalto. Os chifres são curvados e altos, pretos na base e gradualmente vermelho até pontas totalmente vermelhas. O cabelo é preto e comprido, oleoso, repartido no meio, com mechas longas. Ele possui um bigode e barbicha finos, com resquícios de barba por fazer ao longo do queixo. A expressão facial é sempre neutra ou com um sutil sorriso sarcástico.
No dia a dia, ele parece vestir um manto cor de carvão, cobrindo o corpo totalmente. Ele tem um colar com o símbolo sagrado de Ralishaz: um círculo com três ossos cruzados no centro. Em missão, ele veste uma armadura de escamas, empunha escudo e porta uma maça. PS: Abaixo algumas imagens avulsas pra ajudar a formar a imagem dele na cabeça
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irunevenus · 16 days
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O Bahá'ísmo: A Religião da Unidade e da Paz Mundial
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O Bahá'ísmo, uma das religiões mais recentes do mundo, foi fundado no século XIX e se baseia na crença na unidade essencial de todas as religiões e na promoção da paz global e da justiça social. Originado no Irã, o Bahá'ísmo é uma fé que tem atraído a atenção por sua visão inclusiva e progressista, buscando unificar a humanidade e promover o desenvolvimento espiritual e social. Este artigo explora as origens do Bahá'ísmo, seus princípios fundamentais e seu impacto no mundo contemporâneo.
As Origens do Bahá'ísmo: O Surgimento de uma Nova Revelação
O Bahá'ísmo surgiu no Irã (então Pérsia) no século XIX com o surgimento do Báb, cujo nome verdadeiro era Sayyid `Alí Muhammad Shírází. Nascido em 1819, o Báb proclamou ser o precursor de um novo portador da revelação divina, preparando o caminho para um novo ciclo de espiritualidade. Ele anunciou a vinda de um "Manifestante de Deus" que viria para estabelecer uma nova ordem global.
Em 1850, o Báb foi executado pelas autoridades persas por suas ensinamentos considerados uma ameaça ao status quo religioso e político. Seus seguidores enfrentaram perseguições severas, mas sua mensagem influenciou a fundação do Bahá'ísmo.
O Fundador do Bahá'ísmo: Bahá'u'lláh
Bahá'u'lláh, cujo nome verdadeiro era Mírzá Ḥusayn-`Alí Núrí, é o fundador do Bahá'ísmo. Nascido em 1817, ele foi um dos primeiros seguidores do Báb e posteriormente declarou ser o Manifestante de Deus anunciado por ele. Em 1863, Bahá'u'lláh revelou sua missão como o profeta de uma nova religião e estabeleceu as bases do Bahá'ísmo.
A revelação de Bahá'u'lláh enfatizou a unidade de todas as religiões, a igualdade de todos os seres humanos e a necessidade de um governo mundial unificado para promover a paz e a justiça. Seus escritos, que incluem o "Kitáb-i-Aqdas" (O Livro Mais Sagrado), servem como a base da lei e da prática bahá'í.
Princípios Fundamentais do Bahá'ísmo
O Bahá'ísmo é fundamentado em vários princípios centrais que refletem seu compromisso com a unidade e a justiça. Estes princípios incluem:
Unidade de Deus: A crença de que há um único Deus, que é o criador de tudo o que existe. Deus é transcendente e incompreensível, mas seus atributos são manifestos na criação.
Unidade da Religião: A ideia de que todas as grandes religiões do mundo são manifestações de uma única verdade divina, revelada por Deus através de diferentes profetas e fundadores ao longo da história. Bahá'ís acreditam que Moisés, Jesus, Maomé, Buda, Krishna e outros profetas são parte de uma contínua revelação divina.
Unidade da Humanidade: A crença na igualdade de todos os seres humanos, independentemente de raça, religião, gênero ou nacionalidade. O Bahá'ísmo defende a eliminação dos preconceitos e a promoção da igualdade e da justiça social.
Unidade dos Fundamentos Religiosos: O Bahá'ísmo enfatiza a necessidade de um sistema único de valores e princípios para orientar a vida individual e coletiva. A prática da religião deve contribuir para o progresso e bem-estar da sociedade.
Educação Universal: A promoção da educação como um direito universal e essencial para o desenvolvimento pessoal e social. O Bahá'ísmo vê a educação como uma ferramenta para promover a justiça e a igualdade.
Paz Mundial e Governo Global: A crença na necessidade de um governo mundial unificado que promova a paz, a segurança e o bem-estar global. Bahá'ís trabalham para a construção de estruturas de governança que superem divisões nacionais e religiosas.
A Estrutura da Comunidade Bahá'í
A comunidade bahá'í é organizada de maneira única, com um sistema administrativo que reflete seus princípios de democracia e consulta. Não há clérigos no Bahá'ísmo; em vez disso, a liderança é exercida por meio de um sistema de conselhos eletivos:
Assembléias Espirituais Locais: Eleitas por membros da comunidade em nível local, elas lidam com questões espirituais e administrativas da comunidade local.
Assembléias Espirituais Nacionais: Coordenam as atividades bahá'ís em um país específico e representam a comunidade nacional.
A Casa Universal de Justiça: O corpo governante supremo da Fé Bahá'í, localizado em Haifa, Israel. A Casa Universal de Justiça é responsável por orientar e coordenar a comunidade bahá'í globalmente.
Impacto e Presença Global do Bahá'ísmo
O Bahá'ísmo tem uma presença global significativa, com comunidades estabelecidas em praticamente todos os países do mundo. A religião é conhecida por seu compromisso com a justiça social, a promoção dos direitos humanos e a construção de pontes entre diferentes comunidades e culturas.
Em termos de impacto social, os bahá'ís têm se envolvido em diversas iniciativas de desenvolvimento comunitário, educação e promoção da paz. Projetos relacionados à educação para meninas e à saúde comunitária são apenas alguns exemplos do trabalho que a comunidade bahá'í realiza globalmente.
Além disso, o Bahá'ísmo promove o diálogo inter-religioso e a cooperação, buscando construir uma cultura de compreensão mútua e respeito entre diferentes tradições religiosas. Em muitas partes do mundo, os bahá'ís são conhecidos por seu trabalho em favor da paz e da unidade, frequentemente colaborando com outras comunidades e organizações para promover o bem-estar social e a justiça.
Desafios e Perseguições
Embora o Bahá'ísmo tenha contribuído significativamente para a sociedade em várias áreas, seus seguidores enfrentaram e ainda enfrentam desafios e perseguições em alguns países. No Irã, a origem da religião, os bahá'ís têm enfrentado discriminação e repressão severas desde o início do movimento. O governo iraniano não reconhece a Fé Bahá'í como uma religião legítima, e muitos bahá'ís enfrentam dificuldades como falta de acesso a educação e emprego, além de prisões e perseguições.
O Futuro do Bahá'ísmo
À medida que o mundo enfrenta desafios complexos como conflitos religiosos, injustiças sociais e desigualdades econômicas, o Bahá'ísmo oferece uma mensagem de esperança e unidade. Com seus princípios de igualdade, justiça e paz, a religião continua a inspirar seus seguidores e a influenciar positivamente as comunidades ao redor do mundo.
O Bahá'ísmo também é uma religião de esperança e visão para o futuro, promovendo uma visão global de unidade e cooperação entre todos os povos. Como a comunidade bahá'í cresce e se espalha, seu impacto no mundo contemporâneo pode servir como um farol para a construção de uma sociedade mais justa e unificada.
O Bahá'ísmo, com sua mensagem de unidade e justiça, representa uma esperança para um futuro mais harmonioso e colaborativo. Com seus princípios inovadores e seu compromisso com a paz global, o Bahá'ísmo continua a oferecer uma visão inspiradora para enfrentar os desafios do mundo moderno e promover um mundo de equidade e compreensão.
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arpacquis · 1 month
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572
Pelo que um site de origem suspeita. entretanto útil, me informou, não compareço aqui há 572 dias. Nessas últimas 81 semanas, me transformei em uma nova pessoa.
Como havia mencionado anteriormente, novas mudanças estavam a caminho e eu me encontrava totalmente aflita sobre o que viria a seguir. Em janeiro de 2023, especificamente no dia 29 (domingo), me mudei novamente de cidade. Voltei às antigas origens, onde tudo começou. Vim morar para o meu pai para trabalhar na empresa dele.
Custou trabalho compreender como ele funciona, afinal, ficamos seis anos morando a distância. Ele me conheceu até os 12 anos e depois aos 18. No começo, eu tinha inúmeras crises de choro. Sentia saudades severas da minha mãe, meu irmão, de casa, de tudo. Sentia saudade da cidade em que morava, dos meus amigos, de encontrar rostos queridos na rua. Mudar de cidade significou transformar memórias dolorosas em possibilidades de florescer. Significou remoldurar o conceito de família, antigos amores e ex-colegas, de perseguir novas metas.
Em fevereiro de 2023, iniciei minha faculdade. Estou no quarto semestre de administração. O primeiro ano é bem teórico e poucas matérias se salvam. Micro e macroeconomia, direito empresarial e marketing foram os únicos temas que me despertaram real interesse até hoje. As demais fui levando como podia. A faculdade tem se tornado interessante, tenho aprendido a gostar do curso e a considerar novas possibilidades. Tenho formulado meu plano de carreira, mas isso irei detalhar melhor em uma próxima nota.
Quanto à família, é sempre um tópico complicado e um tanto quanto sensível. Minha infância toda foi regada a brigas, e o divórcio dos meus pais foi um alívio e uma das melhores coisas que já me ocorreu. Mas, agora com minha madrasta, tudo começou de novo. Ela é uma das poucas mulheres que eu escuto um homem falando "ela é louca!" e eles realmente têm razão. Completly insane. Então as brigas hoje ocorrem de um novo modo e mais agressivo (se agridem físico e verbalmente). A situação me entristece pelas crianças. Ela tem uma filha pequena, de quase 3 anos, e o casal fez um filho juntos. Tenho um irmão de 1 ano e 8 meses. Eles se agridem com uma violência que me apavora. Fico estática sem conseguir sair do meu quarto e com sensação de impotência cada vez que escuto as crianças gritarem, pedindo para eles pararem de brigar. Quero tanto ter minha casa, meu espaço, um lar sem brigas, sem agressões. Estou construindo minha carreira em cima dessa possibilidade... De ir embora sozinha.
Há muitas coisas passando pela minha cabeça e esse é o maior motivo pelo qual voltei a escrever aqui. Parei a terapia em setembro do ano passado. Intenciono voltar. Sinto tudo e com muita intensidade. Guardar para mim tem se tornado um martírio e motivo de enorme desordem mental. Preciso voltar a escrever e a buscar o processo de cura.
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tylermatthew94 · 3 months
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Meu grande amigo: DEP
Aos 17 anos, enfrentei uma das maiores tempestades da minha juventude. Meu pai, em um ato de disciplina severa por desaprovar meu relacionamento, destruiu meus desenhos, que eram mais do que simples rabiscos na parede; eram pedaços da minha alma, formas de expressar um mundo interior que eu não conseguia verbalizar. Em resposta, vesti minha coragem como uma segunda pele sobre o pijama e fugi para a noite, deixando para trás uma carta que carregava o peso de um adeus prematuro.
Minha fuga me levou à igreja, onde eu era voluntário. Lá, eu tinha certeza de encontrar alimento para o corpo, mas o espírito ainda vagava sem destino. Foi quando recebi a mensagem salvadora da minha avó materna, que me estendeu a mão e me ofereceu um novo lar no interior. Naquela pequena cidade, encontrei refúgio e amizade no meu melhor amigo, Roger Frazão. Ele foi a luz em meus dias sombrios, o único capaz de arrancar risos genuínos de um coração entristecido.
A vida, no entanto, tem o hábito de nos surpreender com despedidas inesperadas. Roger partiu cedo demais, aos 19 anos, deixando para trás sonhos e promessas. Uma semana antes de sua partida, ele compartilhou comigo por telefone o desejo de reencontrar seu filho, um anseio que nasceu da dor de uma perda que ele e sua namorada sofreram. Eu já estava de volta à capital quando recebi a notícia de sua morte. Chorei por semanas, recusando-me a aceitar, esperando por uma ligação que nunca viria.
Agora, olhando para trás, prefiro acreditar que Roger encontrou paz, que ele está em um lugar onde a dor não alcança e onde os sonhos não são interrompidos. Ele era um homem bom, e pessoas boas merecem encontrar descanso.
Descanse em paz meu amigo, logo nos encontraremos numa melhor 🤍
T.M.
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yulyeong-hq · 2 years
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Bem-Vindo, @yul_daeho! 즐기되 조심하라.
Nome do personagem: Hwan Daeho. Faceclaim: Taemin - SHINee. Nascimento: 18/10/1993. Nacionalidade e etnia: Coreia do Sul, coreano. Ocupação: Idol em atividade. Bairro: Nohak-dong.
BIOGRAFIA
No dia 18 de outubro do ano de 1993 nasceu em Seul aquele que viria a ser conhecido como o maior idol de todos os tempos, coisa que os pais sequer sabiam. Daeho veio de uma família pobre e amorosa, um lar verdadeiramente quente e acolhedor. Filho único, ele sempre era o centro das atenções dos pais, que faziam o possível e o impossível para que o pequeno crescesse com o mínimo de conforto, coisa que pouco a pouco se tornou o habitual.
Foi ainda na escola primária que ele se viu encantado com os palcos, sendo tomado pelo amor a um ídolo ao qual sequer era do seu tempo mas ainda assim, quebrava recordes atrás de recordes. Também foi nessa época que começou a imitar os famosos passos de dança do ídolo Michael Jackson sempre que o via na tv. Por mais que nos dias de hoje ele tenha vagas mas saudosas memórias sobre a época, ainda consegue reconhecer que eram bons tempos.
O menino desde pequeno tinha traços harmoniosos, coisa que o ajudou a ser descoberto por uma grande empresa no ano de 2005, e ali começou a trilhar o próprio sonho. Apesar de ser visto como um garoto prodígio e genial desde muito novo, apenas os que viram sabiam do tamanho esforço que Daeho colocou em seus treinos, ficando sempre até mais tarde e dando 110% de si em cada uma das aulas e treinos. Mas o sucesso estava escrito em seu destino e aquilo era inegável. Foi em 2008, com o debut do grupo e aos 14 anos, que o menino viu a sua vida mudar completamente.
O grupo foi um sucesso desde o seu debut e a agenda apertada o deixava exausto, ele ainda era um pré-adolescente em desenvolvimento e toda a agitação sequer era corretamente processada pelo garoto. Tinham semanas que Daeho dormia apenas 2 horas por noite, isso quando tinham o luxo de conseguir dormir. Eram shows, viagens, turnês, programas de variedades, aulas de idiomas, canto, ensaios, filmagens, revistas, entrevistas. Compromissos demais que pioraram quando a agência começou a investir em atuação e fechou um contrato gordo com uma emissora, o colocando no elenco de um dorama um ano depois do seu debut oficial. Foi aos 18 anos que ele viu que estava prestes a desmoronar.
O menino não tinha qualquer tempo para descanso, então viu na maconha um refúgio. Não era fácil conseguir sem que o país inteiro ficasse sabendo, mas mesmo assim ele começou a fazer uso regular da droga. Aos 20 anos começaram as inúmeras sessões de terapia, já que este mostrava quadros de depressão e ansiedade. Aos 24 veio as crises de pânico que ficaram ainda pior quando o mesmo teve que se alistar devido as regras coreanas. Aos 28 ele se viu com um grande legado, sendo idolo de outros idols, aclamado pela personalidade amável e carinhosa com as demais pessoas, mas extremamente solitário. A dor da dolidão era tamanha que as crises depressivas agora eram severas demais. Vendo que o rapaz poderia desmoronar a qualquer momento, a empresa decidiu dar a ele o seu mais merecido descanso.
Daeho saiu da casa onde morava com os demais membros do seu grupo para morara sozinho em um apartamento caro em Seul, mas este foi invadido por uma sasaeng e mais uma vez ele se viu a beira do precipício. Em busca de mais paz e privacidade, ele decidiu então se mudar para a cidade natal dos seus pais, acabando assim em Sokcho. Desde que se mudou, seu endereço se tornou desconhecido para todos, até mesmo para a empresa que geralmente entra em contato por meio de mensagens.
OOC: +18. Temas de interesse: Todos.
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aloneinstitute · 2 years
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REUNIÃO HISTÓRICA
Quéops, Quéfren e Miquerinos, dotados de uma experiência singular que somente a longevidade pode proporcionar, resolveram se movimentar. Fizeram contato com a Grande Muralha para saber a sua opinião sobre a situação vivenciada pelo Cristo Redentor. A senhora chinesa, de sinuosas curvas de tantos anos, argumentou que o Cristo parecia enfrentar severas dificuldades. Imediatamente, as pirâmides e a Muralha conclamaram a Estátua da Liberdade para uma terceira opinião. A senhora imponente estava com o seu rosto virado em direção à América do Sul. Se, em algumas oportunidades, demonstrava um sorriso maquiavélico quando fitava naquela direção, agora via-se escorrer um tanto de lágrimas de sua face cansada. Diante do zum-zum-zum formado entre os grandes monumentos, outros resolveram também se mobilizar. O Taj Mahal, tão quietinho ao guardar seus segredos de amor eterno, decidiu prontamente auxiliar. Stonehenge e Machu Picchu, mesmo sabendo que o desafio seria pedreira, também demonstraram interesse na causa. Como a questão em voga exaltava uma certa tensão incerta, foram atrás do Coliseu. O idoso imponente conhecia detalhes sobre embates e combates (e, infelizmente, abates) e se colocou inteiramente à disposição para pacificar qualquer situação de animosidade que pudesse surgir no trabalho importante da cúpula monumental que se consolidava. O Coliseu estava certo de que jamais aceitaria que agressões ou ofensas fossem realizadas em nome da glória do poder.
Um grande movimento estava formado. Era preciso resgatar a santidade do Cristo com urgência. Um dos mais belos monumentos da Terra parecia sofrer risco ter seu significado colapsado. O grande "xis" da questão é que o Cristo Redentor, sempre adaptado a altitudes etéreas, começara a sofrer vertigens. E o motivo principal não era propriamente a altura, mas o que estava acontecendo lá embaixo. Seu nome, que antes era exaltado como sinônimo de salvação, amor e esperança, agora virara uma moeda de convencimento ideológico, escambo da vaidade humana.
Os monumentos, em comum acordo, escolheram uma mediadora para debater o tema. Chamaram a Torre Eiffel, sob a justificativa justificada de que era uma senhora de elegância indiscutível.
A comitiva não se fez de rogada. Rumou para o Brasil. Ao pé do Cristo, impactaram a paisagem do Rio de Janeiro. Cada monumento escolheu um espaço na área urbana de uma das cidades mais brasileiras que existe. Nos morros, acomodaram-se Machu Picchu e a Grande Muralha. Em uma das praias, as Pirâmides. A Estátua da Liberdade se firmou no gramado do Maracanã. Gostava de "soccer". O Taj Mahal procurou um lugar mais calmo, longe de qualquer fuzuê de Carnaval. O Coliseu escolheu a região central da cidade. A Torre não se preocupou com o local de residência temporária. Qualquer lugar estaria perfeito, desde que pudesse defender os seus princípios intransigíveis de liberdade, igualdade e fraternidade.
Uma grande argumentação teve início entre os debatedores. Não havia confronto entre eles. Cada qual sabia da sua magnífica importância e o quanto o outro era indispensável ao conjunto da obra. Insistiram para que o Cristo resistisse às ofensias e jamais perdesse a esperança naquele povo de cultura tão rica e resiliência tão humildemente nobre. Não importava o que as pessoas faziam naquele momento com Seu nome. Era apenas o momento. E a constatação de que aquele comportamento era, por si só, equivocado viria à tona em breve. E tudo se aquietaria em seu ínfimo tamanho diante da grandiosidade do sagrado.
A convenção terminou da melhor forma: samba, cervejinha (Cristo e Taj Mahal em abstinência), futebol e praia. O Rio de Janeiro continuava lindo, assim como o Brasil, nação de um povo que deve valorizar sempre a cultura, a paz, o amor, a solidariedade, a tolerância e o respeito entre as pessoas. Sempre - sempre! - sob as bênçãos do Redentor e o olhar atento da história.
(Leonardo Craveiro - Varanda de mim)
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falta de ações fizem todas as fichas que eu segurava em meu coração, caírem.
lá, naquela maca, deitada, com uma enfermeira fazendo carinho em mim e dizendo coisas doces de um lado, enquanto os calmantes entravam na veia do outro braço, percebi o quão só sou.
e foi naquela percepção, que não mais consegui conter o choro da grande crise de ansiedade que se iniciou naquela manhã de terça-feira.
“estou sozinha. não há ninguém comigo. não há quem eu possa ligar que viria me ajudar. todos que prometeram estar comigo, o disseram da boca para fora.”
meu celular vibra.
- preciso de você, às três, sem falta, por causa do trabalho.
a enfermeira aparece com mais calmante.
meu celular vibra novamente.
- você precisa fazer um esforço e ir.
- okay! - respondo.
dentro da minha mente, um caos de pensamentos. “como assim me esforçar? será que ninguém enxerga que eu tenho me esforçado todos os dias? ninguém vê que eu estou a beira de um surto? será que não percebem que o uso de álcool e drogas está sendo feito para apaziguar a dor do ‘fazer um esforço’?”
às 13:45 a médica retorna.
- dra., preciso de alta.
- mas você ainda não está bem, não se acalmou o suficiente. parece até que os remédios não fizeram efeito.
- eu tomo rivotril em casa, dra., mas eu preciso ir.
a médica, contrariada, me deu o papel da alta.
cheguei em meu compromisso de trabalho e tive que voltar para casa, porque nada deu certo e a raiva da incompreensão bateu forte.
honestamente, nem sei como cheguei em casa ou como fiz todos os percursos, porque quando a raiva se dissipou, junto ao balanço do metrô, me senti dopada de todas as medicações.
em casa, o celular vibra:
- preciso saber o quanto você consegue trabalhar hoje.
“o quê? dopada, não sei como cheguei em casa, não tenho a menor condição de nada. PORRA, EU ESTAVA EM UM HOSPITAL COM UMA SEVERA CRISE DE ANSIEDADE! SERÁ QUE NINGUÉM ENTENDE ESSE CARALHO? NINGUÉM ENTENDE QUE FOI SÉRIO?”
- não tenho condições, estou dopada. - respondi com muito ódio pela falta de compreensão.
tive que tomar mais dois calmantes, pois estava nervosa novamente e precisava dormir.
na quarta-feira consegui trabalhar, mas segurando nas bordas de não sei o que para não ter mais uma crise.
lá pelas 16:30 parei, me alimentei e dormi. assim, sem avisar. eu precisava parar.
e toda vez que precisar escolher entre trabalho e saúde mental, precisarei parar, deitar, descansar a mente e/ou dormir.
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amordemaeve · 4 years
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◜    ༄    we 𝒂𝒍𝒘𝒂𝒚𝒔 walked a very тнιη line.
                                     Second, third, and 𝒉𝒖𝒏𝒅𝒓𝒆𝒅𝒕𝒉 chances                                      𝐁𝐚𝐥𝐚𝐧𝐜𝐢𝐧’     on     breaking     branches                                      Those     ᴇʏᴇs     add    insult   to   ınjurч
O retorno para Atlântica não fora desejado por Maeve, no entanto, sendo ela ainda menor, não pudera contestar quando Merlin dissera que em sua escola não permaneceria. Aquilo a incomodara e revoltara, contudo, toda a forma com a qual o mago se apresentava era motivo de incômodo. Não sabia dizer exatamente o que a incomodava no ser mágico, conquanto, assisti-lo distribuir sorrisos e acenos na despedida fora uma das piores experiências de sua vida. Porém, não havia como ir contra a decisão do mago, portanto, a sereia não tivera alternativa senão segurar-se no Guia da Balsa e retornar para o que outrora chamara de casa, com seu irmão ao seu lado.
Enquanto alguns colegas se encontravam felizes pelo retorno aos mares, o âmago da sereia se agitava desconfortavelmente. Não havia nada senão o temor do que encontraria, já sabendo o que seria: seus pais. Estevan e Úrsula provavelmente já sabiam do fechamento da instituição — se temporário, ela não sabia dizer — e não estariam felizes, porém, o que mais lhe assustava era a cobrança que viria. Certamente, Úrsula não estaria satisfeita com os resultados e cobraria alguma coisa. Ela sempre cobrava mais do que Maeve tinha a oferecer — evidenciando que a filha nada possuía — e sempre lhe tomava tudo. Quantos contratos a mãe não lhe impusera a fazer e depois roubara de si? Quantas vezes Úrsula usurpara de Maeve o que ela conseguira e fizera parecer que lhe pertencia?
Com seus novos poderes, era esperado que a agitação se tornasse um problema: precisou controlar-se com tanta força para não eletrocutar seus colegas; e fora difícil não receber indagações sobre seu bem-estar já que a expressão ostentada era tensa. No entanto, obviamente, o brilho prateado que envolvia seus dedos era um grandioso alerta, afastando quem se aproximava com o temor de levar um choque.
Sua casa era a última, bem distante da cidade que todos os moradores desceram. O temor de passar pelo centro de Atlântica sempre existia, embora já não pudessem fazer nada consigo desde que fora perdoada por Tritão. Ainda assim, envolvera os dígitos com força na concha do Guia da Balsa, o Oráculo dos Mares, que nunca parecia se abalar com nada do que ocorria. O preço da idade, talvez. Ele continuara com a mesma expressão, sabendo que seu dever era continuar até o Campo das Algas onde era sua parada final.
Maeve e Alethei foram deixados no início do campo em uma despedida silenciosa. Fora Alethei quem se dispusera a ir, embora rapidamente a irmã tenha pegado seu braço. Não se sentia confortável em atravessar o campo e ele bem sabia o motivo. Portanto, ali ficaram por tanto tempo, encarando a parede escura que as algas gigantes formavam, que era possível dizer que ambos desistiram e jamais chegariam do outro lado. Não desejava passar dentre as mesmas; as memórias da última viagem de Merlin ainda permeavam o imaginário de Maeve; o ataque de enguias elétricas deixara marcas maiores que os poderes que, por razão desconhecida ainda, lhe eram característicos agora. Abraçando sua covardia, resolvera nadar por cima e não pelo meio. Na claridade acima das águas, pudera ver abaixo dela a visão de diversos ninhos de enguias, enquanto os raios perolados que circundavam as salamandras — como ela as chamava — eram respondidos pela corrente que perpassava seu próprio corpo.
Demorara mais do que o usual para que a casa de sua mãe fosse avistada. Vira, primeiramente, o jardim extenso de flores mórbidas que indicavam o caminho; as flores eram pequenas, com raízes fortes e possuíam rostos melancólicos de quem estava aprisionado pela eternidade naquele lugar. Os gritos de desespero não eram uma ilusão de uma mente amedrontada; estes eram reais, pois caracterizavam os acordos de sua mãe. As pobres almas suplicavam o socorro enquanto a sereia passava — e uma até mesmo agarrara sua cauda, como de costume —, mas, acostumada àquilo, Maeve não se abalou. A casa de sua mãe em si era uma caverna: a entrada era um círculo belo, tal como ointerior. Passava a sensação de conforto, contudo, não era o sentimento que possuía em si. Continuou até que a entrada da caverna se tornara visível e passável, nadando para o interior.
Os tentáculos de Úrsula foram vistos antes que a figura da mãe o fosse. Os fios pretos e longos, parecidos com os da própria Argyris, ondulados pela ação do ambiente, eram visíveis devido à posição da mulher: estava de costas para a porta, importando-se mais com suas misturas no caldeirão. Fora Estevan quem vira os filhos em primeiro lugar.
As íris castanhas avaliaram a figura dos filhos tanto quanto eles avaliavam as mudanças desde o último dia que pousaram o olhar sobre a face do pai. O cabelo encaracolado crescera consideravelmente, chegando ao tamanho médio; havia mais erupções no rosto do sereiano e sua barba também estava maior. Parecia um ancião daquelas terras, e não duvidaria se fosse este o novo golpe de seu pai. Se Estevan estava surpreso com a aparição dos filhos, não demonstrou. Seu olhar continuava vazio, inexpressivo, tal como outrora.
— Crianças. — Sua voz era grave, mas carregava uma suavidade e afeição que era sempre característica a ele. Tornavam os castigos piores, pois, em vários momentos, Maeve indagava como era possível um homem tão bom em suas falas ser tão cruel. Ele me ama, ela costumava pensar para justificar as ações alheias; no entanto, toda vez que pensava em tal amor, algo se remexia dolorosamente. Não era amor. Nunca fora amor. E agora ela sabia que não era.
— Pai. — Fora seu irmão quem o cumprimentara, aproximando-se em um abraço de um braço só. Não havia o costume de demonstrar afeição naquela casa, mas eles fingiam muito bem quando precisavam. — Merlin nos mandou para casa mais cedo esse semestre. Muita coisa acontecendo. — Sentira o que o irmão desejava com aquela fala: queria saber o quanto os pais sabiam, o quanto se importavam. Mordera a língua para não dizer que não havia tal sentimento no cerne dos pais.
— Hmmm. — Estevan concordou, vagamente. Seu olhar estava focado em Maeve, ainda distante, encarando o ambiente que há anos não visitava. — E você? Não imaginei que retornaria tão cedo para casa. Vive fugindo. — O humor era cruel. Estava feliz pela sereia ser obrigada a voltar.
— Não havia muitas escolhas. — Confessou em um tom firme, mas baixo. Era difícil impor-se ali, afinal, experiências negativas demais para que conseguisse elevar sua voz. No entanto, a sua resposta fora o suficiente para que Úrsula se voltasse para ela, o brilho desdenhoso em sua face.
— E você encontraria um lar onde, filha? Você sabe que ninguém se importaria em recebê-la. Você é uma bruxa, Maeve. Ninguém a quer por perto. Nós, por outro lado, sempre recebemos você mesmo com suas malcriações. Não há ninguém como a família, não é? Agora, vamos, diga-me o que você tem para mim.
Úrsula possuía o prazer constante em menosprezá-la, mas, além disso, também desejava ressaltar a solidão de sua filha; como se ela dependesse exclusivamente de sua mãe. Era como conseguia feri-la, como a prendia a ela. Usualmente, funcionava: Maeve sempre abaixava a cabeça, assentia, e dava o que sua mãe queria. Aquela teia de abuso e dependência crescia um pouco mais a cada encontro. No entanto, naquele momento, o corpo da sereia continuou ali, congelado em seu lugar, encarando a face conhecida de sua mãe. Os lábios grossos, a pele cor de oliva, os olhos grandiosos e marcados pelo delineado natural, o rosto anguloso...  Maeve a amava. Ela tinha certeza disso. Mas ela não suportava mais aquela mulher.
— Maeve? — Úrsula a chamou de seu devaneio, proporcionando várias piscadas enquanto tentava digerir o que fora falado. Nã sabia o que dizer, ou o que faria, contudo, sentia-se consideravelmente mais pesada enquanto não conseguia proferir os dizeres.
— Ah, oi, mãe. — A simplicidade da fala não lhe era característica, portanto, ao pigarrear uma vez, Argyris completou: — Merlin nos mandou de volta por tudo que ocorreu em Aether. Ainda que você não se importe, é claro.
O movimento do lábio superior da Bruxa do Mar fora mínimo, mas perceptível. O movimento contínuo da cauda de Maeve era o único som ambiente. Seus pais odivam quando seus filhos respondiam. Era passível de punições severas e ela bem sabia disso.
— Quem disse que não nos importamos com o bem-estar dos nossos filhos? — Fora Estevan quem se pronunciara, porém, ele era quem menos poderia dizer tais palavras.
— Eu, sua filha. De qualquer modo, eu não vim para ficar. Só estou deixando o Alethei. Eu vou voltar para a superfície. — A surpresa perpassara a face do irmão, tal como era visível nas íris castanhas de seus pais, contudo, raramente demonstravam inquietação. Eram frios, impassíveis, mas igualmente cruéis.
— Querida, se veio aqui para me desafiar...
— Eu não estou te desafiando, pai, mas está certo. Eu tenho fugido de retornar para essa casa há anos e não será agora que eu irei aceitar ficar aqui. Acredito que nossa existência conjunta já não é uma possibilidade. — Diferentemente da forma como se comunicava com seus colegas em Aether, Argyris possuía um tom formal ao falar com os pais. Ainda que soasse firme, a sereia carregava um peso em suas costas; um temor que lhe impulsionava, pois era a razão porque fazia aquilo.
— Você acha realmente que vai conseguir viver sem mim? Sem seu pai? Maeve, você é incapaz de viver sem nós. Quem iria te ajudar com sua incapacidade com magia? Quem iria fazer todas as poções? Querida, já se olhou? Você — Úrsula nunca chegou a concluir sua fala. Em um momento, estava se aproximando de sua filha, utilizando todas as ofensas conhecidas por ela, noutro, havia sido atingida por um brilho confuso que a lançara alguns metros para trás, tocando o próprio caldeirão e queimando um dos tentáculos na tentativa de não acabar dentro da poção que preparava.
Nunca havia atacado seus pais. Sempre pensara que era respeitoso que simplesmente se calasse e os deixasse dizer, ou fazer, o que bem entendiam; era como fora criada. Respeito através do medo. No entanto, depois de tantos meses, depois de sua viagem às profundezas de Atlântica, aquele papel não se encaixava mais à sereia. Não era tratada enquanto filha, mas um objeto, uma serviçal, alguém que traria à sua casa o cumprimento de todos os objetivos megalomaníacos de seus pais; e Maeve estava completamente exausta daquele papel que a obrigavam. Dia após dia, fora obrigada a se colocar em um papel de objeto; um papel que não desejava fazer, mas era obrigada pelos desejos de Úrsula. Começara com a sua mãe, depois com as pessoas com as quais se relacionara, até que ninguém a enxergasse mais enquanto um sujeito, alguém que necessitava de algo, mas como um mero objeto. Era uma troca de favores em muitos momentos, fazendo-a se sentir enquanto uma meretriz em todos eles. E ela havia cansado daquilo em todos os âmbitos de sua vida.
Fora Estevan o primeiro a reagir. O homem encarou sua filha por um milésimo de segundo antes de avançar, furioso, vociferando ofensas das mais diversas. Ofensas que, outrora, fariam Maeve se encolher ou fugir, temendo o que estava por vir. Conquanto, algo que seus pais se esqueceram era que, naquele momento, provara que não era mais a mesma sereia que fora para Aether; não era mais a mesma mulher que eles criaram para que fosse. Mudara para melhor ou pior, não sabia dizer, mas mudara. Portanto, sem qualquer pudor, mas ainda sentindo a culpa por suas ações, indissociável da reação às amarras sociais do que era ser uma filha perfeita, seu corpo se envolveu em energia e ela transformara o seu redor em linhas brilhantes. As íris jabuticaba assumiram um tom prateado, elétrico, enquanto os fios negros se elevavam.
O sereiano parou, embora Maeve não tenha parado. A energia que fluía ao seu redor avançara em um comando contra o corpo altivo de seu pai, percebendo o quanto o homem se encontrava assombrado pelos novos poderes de sua cria, mas também furioso pela revolta alheia. Estevan fora atingido em seu peito — um ato dramático, é verdade — e tivera o corpo eletrocutado diante de todos. Maeve parara quando o corpo de seu pai chocou-se contra o teto da caverna, inerte. O brilho cedeu enquanto o cerne sereiano se encontrava um tanto exausto da demosntração.
— Você se cansa rápido. Não tem controle de seus novos poderes. — Úrsula comentou com um riso jocoso. Havia um frasco contendo uma poção azulada em suas mãos, e ela pingava algumas gotas na queimadura em um dos tentáculos. A bruxa voltou-se para Maeve. — Eu não me importo com o que você faça a seu pai. Eu nunca gostei dele realmente. Mas, querida, você não vê que podemos ser grandiosas? Seus novos poderes, minha magia... Sei que passou por tanta coisa e está traumatizada — o rosto se contorceu negativamente com a fala. Não havia tal vocábulo em sua vida. — Mas todos nós passamos por coisas terríveis para crescer. É como a vida funciona. — Enquanto falava, a cecaelia se aproximava, um sorriso cada vez mais dócil em seus lábios. — Nós podemos ser grandiosas juntas, querida. Pense em todo mundo naquela escola que lhe feriu, huh? Podemos reinar nos Sete Mares. Pense em Tritão e o que ele fizera com você, Alethei, eu... —
Havia uma sedução incomum no que a mãe dizia — e Maeve notara rapidamente. Como uma pessoa com poderes persuasivos, era possível perceber rapidamente quando estavam utilizando, e sua mãe o fazia naquele momento. Sempre se indagou a motivação por detrás de ter nascido uma sereia, atribuindo ao seu pai aquela característica que lhe custara tanto; todavia, observando sua mãe naquele momento, começara a pensar acerca da própria história; do que lhe fora roubado por Tritão e sua relação direta com aquele trono. A hipnose não era uma característica das sereias, mas da sua família. E ela poderia ter isso de volta.
Alethei se movimentara desconfortavelmente às costas da bruxa, decidindo entre ficar, unir-se à mãe, ou fugir. O olhar de Argyris fora automaticamente para o irmão, esquadrinhando sua expressão conflituosa; certamente sua mãe acabaria com ele. Em alguns momentos, Maeve se esquecia do quanto fora pior para o mais novo — ainda que fossem da mesma geração de ovos —, pois, enquanto ela ficara responsável por trazer grandeza a eles, ele tivera de se contentar em existir. Também nascera com uma cauda e não tentáculos. E, ainda que sua relação com o irmão não fosse saudável tanto quanto a que cultivava em relação aos seus pais, percebia o quanto a influência daquele lugar fora decisiva para aquela construção.
— Vai, mamãe, canta “sua mãe sabe mais” agora. — Ironicamente, proferiu, os lábios se curvando para cima. O sorriso fora o estopim para a expressão de Úrsula se transformar no mais profundo ódio. Um dos tentáculos agarrara o pescoço de Maeve, pressionando-os com força.
— Você é uma sereia burra e ingrata, Maeve. Eu estou lhe dando uma chance de ser alguma coisa nessa sua vida inútil e você debochando da minha cara. — O desdém era quase palpável, no entanto, o sorriso de Maeve não fora abalado. Continuava com a mesma expressão satisfeita. Ao tocar a palma de sua mão no tentáculo que a segurava, observando sua mãe se afastar segundos depois, com o choque que perpassara o corpo da cecaelia.
— Já deixou claro o que pensa do meu intelecto, mãe, mas adivinha? Eu consegui sozinha todos aqueles contratos, sem a sua ajuda. Inclusive, eu quero meus contratos de volta. Eles me pertencem. — A posição de Maeve era inesperada, portanto, pela primeira vez desde que a interação começara, a sereia notara o assombro no olhar alheio. Porém, tão logo aparecera, desfizera-se, afinal, não desejava demonstrar o quanto estava surpresa. Não desejava dar tal poder de quem ela sempre tentara usurpar.
Imaginar que Maeve tentaria lutar com a sua mãe com seu subdesenvolvido poder era tolice. Ela não iria. Utilizaria aquilo que sempre fora acusada de não possuir.
— Você me tratou como um objeto a minha vida inteira, mãe, mas eu não sou. Eu quero meus contratos de volta. — A voz era aveludada, mas firme; trazia consigo um fio poderoso e persuasivo. A hipnose sendo utilizada contra alguém que ela nunca tentara outrora.
No mesmo instante, as íris de cecaelia tornaram-se vazias, sem brilho; estava vivendo sob as ordens de outrem. O movimento fora letárgico, indo até à parede onde vários buracos formavam um nicho onde colocara vários pergaminhos. Trouxera consigo quatro destes que possuíam o emblema de Aether e, sem dizer uma palavra, os estregara para Maeve que os segurara com força, amassando-os. — Agora eu quero que faça um contrato para mim, mamãe. Um contrato em que você promete deixar a mim e Alethei em paz, pela eternidade.
Não fora necessário muito tempo para que Úrsula o fizesse. A pena da cecaelia escrevera com rapidez sobre o pergaminho cor de areia, sem uma rasura. Alethei, àquela altura, se achegara para perto de Maeve, olhando-a de soslaio enquanto vigiava sua mãe. Ele nada dissera, embora seus ombros estivessem tensos. 
A Bruxa do Mar pingara uma gota da poção amarelada sobre o pergaminho, e a sereia observara o mesmo brilhar antes que ela voltasse para si, mostrando-o para inspeção. — Assine. — Demandou Maeve para a bruxa que, sem contestar, o fizera. Era legitimo e não poderia ser quebrado, e era um lembrete para sua mãe.
Sua garganta queimava enquanto via a necessidade de dizer alguma coisa, porém, nada dissera. Encarara o rosto inexpressivo de Úrsula por alguns segundos, sabendo que logo ela voltaria ao seu normal. Era estranho estar naquela posição, contudo, era necessário. Por que não se sentia aliviada? Por que sentia que estava fazendo tudo errado? Abrira os lábios por vezes, decidindo o que poderia falar, contudo, nada aparecia. Portanto, sem qualquer aviso, Argyris dera meia volta e saíra da caverna em uma velocidade invejável; velocidade essa que seu irmão, com uma cauda idêntica à sua, era capaz de acompanhar.
Nadaram por tanto tempo que era possível notar o cansaço e a fome, mas não pararam. Não se sentiam seguros mesmo que soubessem que sua mãe não viria atrás deles; conhecia o próprio poder para saber que não poderá quebrar aquele contrato. Fora inteligente da parte de Maeve, conquanto, a sereia não se sentia daquela forma. Em verdade, Maeve se sentia insignificante, infeliz e extremamente culpada. Indagava se havia feito o correto, se não fora exagero de sua parte atacar a seu pai e se, em algum momento, sua mãe iria ignorar o contrato, burlá-lo, e desejar sua vingança. No entanto, nenhum destes questionamentos era maior que a culpa por ter dado às costas a Úrsula. Pensava em voltar, pedir desculpas, rasgar aquele pedaço de papel inútil, mas, bem lá no fundo, Maeve não desejava nada daquilo; ela não desejava voltar, não desejava rasgar o papel que lhe era a segurança, tampouco desejava voltar a ser o peão de um jogo que beneficiaria apenas uma pessoa. 
— É loucura eu dizer que eu a amo? Os amo, na verdade. — Fora Alethei quem falara após tanto tempo.
— Na verdade, não. — Ela balançou a cabeça. — Eu também.
No entanto, ainda que amasse sua mãe, jamais poderia conviver com ela. E, depois de vinte e três anos, Maeve precisava respirar longe de Úrsula. E ela finalmente estava respirando. 
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30/40 – Profecias de Amós (Parte 1)
Trigésimo livro da Bíblia, aqui acompanhamos a história do profeta Amós, um pastor que vivia em Tecoa, no sul de Jerusalém, até receber um chamado do Senhor para levar a população de Israel Sua palavra e ensinamentos durante o reinado de Jeroboão II. A autoria deste livro é atribuída a Amós.
Ao longo dos nove capítulos vemos as tentativas do profeta em alertar a todos sobre o julgamento e a punição de Deus para aqueles que se voltassem contra Ele e continuassem a cometer pecados, como a corrupção, ganância e a adoração a deuses.
O profeta mostra ainda que o Senhor utilizava vários meios de chamar a atenção do povo para o arrependimento e a salvação, como por exemplo: através dos profetas que foram enviados e das guerras enfrentadas pelas nações.
Portanto, neste livro podemos acompanhar os esforços do profeta Amós em alertar o povo para que se arrependam dos seus pecados, da adoração a outros deuses e se voltem para o amor e os ensinamentos de Deus e que caso O rejeitem, enfrentarão consequências como a destruição. Mesmo mostrando a todos as consequências que enfrentariam em rejeitar o Senhor, o profeta diz que Deus unirá o povo e restaurará a nação.
ANÚNCIO DE JUÍZO
Amós anuncia o juízo de Deus sobre oito nações. Ele começa anunciando o juízo de Deus sobre seis nações estrangeiras vizinhas de Judá e Israel, o que teria feito com que o povo acenasse com as cabeças afirmativamente, apoiando suas palavras a respeito da iniquidade dos vizinhos e da necessidade de juízo. Mas, então, Amós se volta para Judá e Israel, que também enfrentaram a dura realidade do juízo.
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Am 1:1 - Amós era um pastor e cultivador de figos de Judá, o reino do sul, mas profetizou a Israel, o reino do norte. Israel estava, politicamente, no auge de seu poder, com uma economia próspera, mas a nação era espiritualmente corrupta. Ídolos eram adorados por toda a terra, e especialmente em Betel, que, supostamente, deveria ocupar a liderança religiosa da nação. Como Oseias, Amós foi enviado por Deus, para denunciar esta corrupção social e religiosa. Aproximadamente 30 ou 40 anos depois que Amós profetizou, a Assíria destruiu a capital, Samaria, e conquistou Israel (722 a.C.)
Amós criava ovelhas - um trabalho que não era particularmente “espiritual”: ainda assim, ele se tornou um canal para a mensagem de Deus para o povo.
Seu trabalho pode não fazer com que você se sinta espiritual ou bem-sucedido, mas é um trabalho vital, se você estiver fazendo o que Deus quer que você faça. Deus pode operar por seu intermédio, para fazer coisas extraordinárias, não importando quão comum possa ser sua ocupação.
Am 1:2 - Carmelo quer dizer “terreno fértil”. Era uma área muito fértil. Para deixar árida esta região, uma seca teria que ser muito severa.
Am 1:3-2:6 - Amós proferiu o juízo de Deus sobre uma nação após outra, nas proximidades das fronteiras de Israel - até mesmo Judá. Talvez o povo de Israel tivesse se alegrado, ao ouvir as repreensões contra essas nações. Mas, então, Amós proferiu o juízo de Deus sobre o povo de Israel. Eles não podiam justificar ou desculpar seu próprio pecado apenas porque os pecados das nações vizinhas pareciam piores. Deus julga todas as pessoas de maneira justa e imparcial.
Infelizmente, na época atual isso ocorre frequentemente. Muitos cristãos passivos e descrentes desculpam sua vida de superficialidade e erros por meio da vida de outro irmão em Cristo ou da sociedade. Essa é a clara desculpa da falta de desculpa para não admitir a vontade voluntária de pecar e negar a si mesmo a mudança. Reflita se você age influenciado pelos outros à sua volta ou porquê de fato ama a Cristo. Saiba que Cristo não será parcial e, se em sua vida não há transformação assim como daquele que você culpa por sua situação, ambos receberão o castigo eterno reservado àqueles que negligenciam a Deus no Dia do Juízo Final e se encontrarão juntos longe do Pai por toda a eternidade.
A acusação “Por três transgressões de […] e por quatro, não retirarei o castigo” é repetida nestes versículos, enquanto Deus avalia uma nação após outra. Cada nação havia, persistentemente, se recusado a obedecer às instruções de Deus.
Um costume pecaminoso pode se tornar um modo de vida. Ignorar ou negar o problema não irá nos ajudar. Devemos iniciar o processo de correção, confessando a Deus nossos pecados e pedindo que Ele nos perdoe. Caso contrário, não teremos esperança, exceto a de continuar em nosso padrão de pecado.
RAZÕES PARA O JUÍZO
Amós explica a Israel e Judá que elas mereciam o juízo porque tinham um falso entendimento a respeito do significado de sua condição como o povo escolhido de Deus. Elas não estavam isentas do juízo de Deus, e, na verdade, seriam avaliadas segundo um padrão muito mais elevado que as nações vizinhas.
Am 2:4-6 - Depois da morte de Salomão, o reino foi dividido, e as tribos de Judá e Benjamim se tomaram o reino do sul (Judá), sob o governo de Roboão, filho de Salomão. As dez outras tribos formaram o reino do norte (Israel), e seguiram Jeroboão, que havia se rebelado contra Roboão. Deus havia punido outras nações rigidamente, por seus maus atos e atrocidades. Mas Deus também prometeu julgar Israel e Judá, porque essas nações ignoraram a lei revelada de Deus. As outras nações eram ignorantes, mas Judá e Israel, o povo de Deus, sabiam o que Deus queria. Ainda assim, elas o ignoraram, e acompanharam as nações pagãs, na adoração aos ídolos.
Se conhecemos a Palavra de Deus e nos recusamos a obedecê-la, como Israel, nossa culpa é maior do que a daqueles que a ignoram.
Am 2:6 - Agora, o foco estava no reino do norte. Deus condenou Israel, por cinco pecados específicos: (1) vender os pobres como escravos (veja Dt 15:7-11; Am 8:6), (2) explorar os pobres (veja Êx 23:6; Dt 16:19), (3) envolver-se em pecados sexuais perversos (veja Lv 20:11-12). (4) receber garantias ilegais por empréstimos (veja Êx 22:26-27; Dt 24:6,12-13), e (5) adorar falsos deuses (veja Êx 20:3-5).
Am 2:9-11 - Os profetas estavam constantemente incentivando o povo a se lembrar do que Deus havia feito! Quando lemos uma lista como esta, ficamos espantados com o esquecimento de Israel.
Mas o que os profetas diriam a nosso respeito? A fidelidade passada de Deus deveria ter lembrado os israelitas de que deveriam obedecer a Ele; da mesma maneira, o que Ele fez por nós deveria nos lembrar de que devemos viver por Ele e para Ele.
Am 2:16 - A televisão e o cinema estão cheios de imagens de pessoas que parecem não ter medo. Muitas pessoas modelam suas vidas tentando imitar essas imagens - elas querem ser “duronas”. Mas Deus não se impressiona com bravatas. Ele diz que até mesmo as pessoas mais corajosas correrão, com temor, quando vier o juízo de Deus.
Você conhece pessoas que pensam que conseguem viver sem Deus? Não se deixe influenciar pela sua retórica cheia de segurança. Reconheça que Deus não teme ninguém, e que, um dia, todos O temerão.
Am 3:2 - Deus escolheu Israel para ser o povo por cujo intermédio todas as outras nações do mundo poderiam conhecê-LO. Ele fez esta promessa a Abraão, o pai dos israelitas (Gn 12:1-3). Israel não teve que fazer nada para ser escolhida; Deus lhes deu esse privilégio especial porque quis fazê-lo, não porque eles merecessem algum tratamento especial (Dt 9:4-6). A soberba por sua posição privilegiada destruiu a sensibilidade de Israel para a vontade de Deus e para a dificuldade dos outros.
Am 3:3-6 - Com uma série de sete perguntas retóricas, Amós mostra como dois eventos podem estar relacionados. Quando acontece um evento, o segundo certamente acontecerá. Amós estava mostrando que a revelação de Deus a ele era o sinal garantido de que o juízo viria.
Am 3:7 - Mesmo quando irado, Deus é misericordioso: Ele sempre advertiu seu povo, por intermédio dos profetas, antes de puni-los, para que eles não pudessem explicar racionalmente ou se queixar, quando o juízo viesse.
As advertências a respeito do pecado e do juízo se aplicam também às pessoas, hoje em dia, da mesma maneira como se aplicavam a Israel. Como fomos advertidos a respeito do nosso pecado, não teremos desculpas, quando vier a punição. Não deixe de levar a sério as advertências na Palavra de Deus a respeito do juízo. Suas advertências são uma maneira de exibir misericórdia a você.
Am 3:10 - O povo de Israel não mais sabia fazer o que era correto. Quanto mais pecavam, mais difícil era lembrar o que Deus desejava. A mesma coisa é válida a nosso respeito.
Quanto mais esperamos para lidar com o pecado, maior o controle que ele tem sobre nós. Finalmente, acabamos nos esquecendo do que significa agir corretamente. Você está prestes a se esquecer?
Am 3:11-12 - O inimigo aqui mencionado era a Assíria, que conquistou Israel e fez exatamente o que Amós predisse. O povo teve que se dispersar a terras estrangeiras, e estrangeiros foram colocados na terra, para manter a paz. Os líderes de Israel haviam roubado seus compatriotas impotentes, e aqui seriam indefesos diante dos assírios. Amós acrescentou que até mesmo se os israelitas tentassem se arrepender, seria tarde demais. A destruição seria tão completa que nada de valor sobraria.
FONTES: Bíblia Online, BICEAP e EPESE.
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alduinsbanes · 1 year
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I was by @latenna​ to answer questions about my ocs! Thank you! <3
I’m tagging @njadastonearm​ @nanuk-of-the-north​ @cunagussos​ @angerysunflower​ no pressure tho :)
favorite oc.
Severa! She means so much to me I love her
newest oc.
Kate probably my Red Dead Online oc even though I don’t pay much attention her. Sorry Kate.
oldest oc.
A Legend of Zelda oc I had as like a young teen I think his name was like Valdis? Maybe? The oldest oc I still have though is Severa
meanest oc.
Probably Kate again. She’s and outlaw and a moonshiner and just generally is not a very nice woman. Can be mean as hell she doesn’t even have to say anything really its just the way she acts.
softest oc.
Severa again. Very kind and very gentle. Despite her occupation and dragon/werewolf blood she manages to stay kind.
dumbest oc.
Kai. One of my Oblivion ocs he’s just not very bright he tries though.
smartest oc.
Tied for Thalia and Maya. Both are very smart and are (or were) both doctors with the Followers of the Apocalypse. They catch on very easily to what they are taught.
oc you’d be friends with irl. 
Severa. She’s the nicest.
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Imagine com Zayn malik parte 2. — parte 1
— O que está fazendo aqui S/n ?
— Como você me achou ?
— Acha mesmo que viria com meu funcionário dirigindo para você e eu não descobriria garota ? Vamos já para casa temos muito o que conversar.
Ela olhou para seu motorista com olhar ameaçador.
— Ok — disse cabisbaixa “ vai fica tudo bem “ Zayn sussurrou em seu ouvido. Depois a deixando ir .
No caminho de volta para casa o silêncio reinou dentro daquele carro . S/N tentava pensar em formas de dizer que amava Zayn e não importasse o que sua família diria ela queria ficar com ele . Mas ao mesmo tempo não queria magoar ninguém e muito menos ser proibida de ver seu amado .
— Pai eu posso explicar — falou entrando em seu quarto.
— E vai mesmo, não imaginei que poderia ver minha filha num lugar daquele ... imundo, com aquele tipo de gente e aquele vagabundo.
— Uau pai — ela suspira — Zayn não é vagabundo, é um menino trabalhor e sua família mesmo sem muitas condições são pessoas muito boas, melhor que nós.
— Que ? Nos comparar aquele tipinho ? Você só pode estar ficando louca né S/N — o homem caminhava de um lado para o outro — É isso que ganho por ter lhe dado tudo na vida, ter pagado a melhor escola pra que ? Pra Senhorita ficar faltando, tirar nota baixa pra ficar com um vagabundo qualquer.
— Eu odeio aquela escola, bando de esnobe metido, não tem nada a vê com ele papai.
— Bando? Esnobe? Que tipo de vocabulário estão lhe ensinando ? Que tipo de pessoa você está se tornando S/N .
— Alguém com caráter pai, você sempre disse pra acordar para vida e eu acordei, vi como ela é para pessoas que não resolvem tudo com dinheiro e eu gostei muito, saiba que eles são muito mais felizes.
— Eu não quero mais saber dessas loucuras, você está de castigo e está proibida de ver esse rapaz, se fugir de novo escondido as consequências vão ser bem piores mocinha — não deixando a pobre garota se defender saiu do quarto a deixando sozinha chorando.
Passou semanas sem ver o Zayn e isso estava a matando, cada segundo que passava sem seus beijos, seu toque, seu cheiro, precisava de seu corpo, de suas palavras reconfortantes depois de um dia com aqueles “ babacas ricos” , precisava vê-lo de alguma forma.
Até que uma ideia surgiu em sua mente como um relâmpago, era muito ousada, louca talvez nem desse certo mas precisava tentar, ela amava Zayn mas também amava seu pai e queria que ambos pudessem viver em paz e ela pudesse continuar a vê-los sem escolher um lado, pois sabia sempre escolheria Zayn e não queria magoar seu pai de tal maneira o deixando.
(...)
— Então o que era de tão importante que não poderia esperar ? E me fez vir até aqui além de sair de seu castigo . Disse o homem sentando-se a mesa do restaurante.
— Você verá pai . — Era nítido seu nervosismo.
— Mas o que é isso S/n ? — O homem vê Zayn entrando no local . — Você por acaso está ficando louca ?.
— Calma pai você nem o conhece.
Zayn chega a mesa, selando seus lábios ao da garota, ouvindo uma reprovação de seu pai. Ele não havia gostado nada da idea ao saber que se encontraria com alguém tão desprezível para o mesmo, mas para tê-la não mediria esforços.
— Olá Senhor — estendeu sua mão a qual não recebeu nenhum gesto então sentou-se.
— Então eu os chamei para se resolverem, eu amo os dois preciso de ambos na minha vida e pai é de você que quero uma mudança, preciso que entenda que nada que o senhor faça vai mudar o que sinto por Zayn então apenas aceite, tente compreender e viver em paz com ele — seu olhos estavam marejados junto com o coração apertado.
— Só por cima do meu cadáver que você ficará com esse muleke, ele não agregou nada na sua vida além de fazer você piorar na escola e se tornando alguém do “povo”.
— E qual o problema de ser do “povo” não é só porque você tem dinheiro que lhe dá direito de tratar as pessoas assim, existe muita pessoas boas da classe trabalhadora e não se esqueça que se não fosse por nós que trabalhamos para pessoas como você, toda sua fortuna não teria existido. — Zayn estava fora de si por dentro, mas falava calmamente por fora, seco, firme para que o pai de S/n entendesse seu ponto.
E a expressão e imposição de Zayn chocou o homem, vendo que talvez ele não era o que pensava.
— Viu pai, por favor pode dar uma chance para poder cessar tudo isso, toda essa rivalidade que nem deveria acontecer, eles são pessoas como nós.— ela praticamente implorava.
— Eu não concordo com isso e não estou nenhum pouco feliz com essa relação, mas porquê eu te amo e para falar que não tenho coração vou dar uma chance, mas com condições muito severas.
— Oh Pai .... — ela pulou em seus braços— Muito obrigada eu te amo.
Não seria fácil convencê-lo a superar tudo isso mas com tempo ele cederia.
— E que fique bem claro Zayn que eu não gosto de você com a minha filha e nunca vou gostar mas se ela o ama é o que importa.
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fragmentosdebelem · 4 years
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Doca do Reduto, c. 1900 ~ Marc Ferrez / Instituto Moreira Salles
A Doca do Reduto no início do século XX, apesar não ter o requinte da avenida da República, já contava com calçamento, trilhos de bonde, iluminação pública e meio fio. Para se evitar o acúmulo de imundícies, a municipalidade procedia “medidas tendentes a evitar que a peste negra invada esta cidade, tenho em vista mandar, com urgência, proceder ao saneamento das docas do Reducto e Ver-o-Peso”.
Não só a doca tinha medidas mais modestas que a Doca do Ver-o-Peso, mas as casas comerciais instaladas ali também são mais acanhadas e frugais, que as localizadas no entorno do que viria ser o boulevard Castilhos França.
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De fato, a Doca do Reduto estava na periferia do centro de Belém.
Sem vapores e gaiolas, o pequeno comércio era tocado ali nas montarias e igarités, nos pregões de rua das vendedoras descalças, pelos moleques de leva e traz, pelos carregadores, carroceiros. Também estavam por lá as vendas a retalho de libaneses e portugueses, “onde a farinha e o peixe sempre foram objecto de animadas transacções”. 
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No canto esquerdo, hoje r. General Magalhães, havia um imóvel subdividido em diferentes comércios. Em sua fachada lê-se: Hotel Fraternidade, Agulha de Marear e Officina ourivesaria-relojoaria, da qual não se consegue distinguir o nome.
No número 24 estava A Agulha de Marear (uma bússola náutica), era mais uma das casas de comissões e consignações, que compravam e vendiam mercadorias. Em um anúncio de  28 de setembro de 1889,  há uma pista de que os donos seriam lusitanos:
"CAIXEIRO. Precisa-se de um, de 12 a 15 anos, na Agulha de Marear, Reducto; prefere-se português e que tenha alguma prática”.
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O Hotel Fraternidade aparece em ao menos três menções constrangedoras no noticiário da cidade:
“Procurou-nos hontem o Sr. Francisco Garcia Mobilia, proprietario do Hotel Fraternidade, à doca do Reduto e apresentou-nos uma conta no valor de 1:628$650, proveniente de comedorias fornecidas a inferiores e soldados do CORPO de INFANTARIA do Estado, desde outubro de 1891 até 3 de abril 1892.
Tem sido os meios inuteis empregados por aquelle laborioso estrangeiro afim de obter o pagamento das suas dividas comprovadas por elles que mostrou-nos;
O commandante do CORPO DE INFANTARIA não deve ser indifferente a este facto que muito desabona os creditos do seu batalhão.
Nem nos digam que s.s. nada tem que ver com estes factos que se dão fora do quartel; a disciplina militar é por demais severa e não tem condescendencias com os que não sabem honrar a farda que vestem.
Seria pois um acto digno de louvor providenciar para que o proprientario do Hotel Fraternidade seja embolsado da elevada somma que está ameaçado de perder”.
O Democrata, 11 de janeiro de 1893
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Já com um novo proprietário, novo infortúnio:
“Pelo 1º prefeito, foi multado o indivíduo Romão Martinho, proprietario do Hotel Fraternidade por infracção do art. 193 do Cod. de Posturas municipaes”.
Diário de Notícias, 3 de Maio de 1896
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Três anos depois mais um calote:
“Foi hontem preso o individuo Manoel Antonio de Mell que, servindo-se à vontade de comedorias no hotel Fraternidade do Reducto, não quiz satisfazer os 15:000 reis de que era devedor”
A República de 10 de Outubro de 1899
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Nesta foto tomada alguns anos após a de Marc Ferrez, há modificações na margem direita da doca. O imóvel que abrigava a o Hotel Fraternidade e a Agulha de Marear foi parcialmente demolido, dando lugar a uma rua e um sobrado, onde embaixo funcionava a Casa Moraes (?). Ao fundo é possível ver mais um hotel, o Paraense.
No relatório de 1902 apresentado por Antonio Lemos, é comentada essa modificação urbana:
“No bairro do Reducto pretendo continuar os melhoramentos já por alli iniciados com o calçamento da travessa Piedade. Tenho, com effeito, em vista abrir definitivamente a passagem que communica a referida travessa com a doca do Reducto, pelo lado posterior do estabelecimento da firma Caniceiro, fazendo para isso as pequenas expropriações que se tornam mister, com o fim de manter, não só a largura da passagem, de accordo com os alinhamentos dos prédios situados no canto occidental da referida doca, como também o alinhamento da travessa, que tem um prédio fora d'este, junto das ruinas de uma casa que fora incendiada”. 
A passagem que comunica a doca com a travessa Piedade é a alameda Piedade, a qual passa exatamente atrás das antigas Oficinas de carpintaria e serraria de Manoel Caniceiro da Costa.
A intenção de Lemos é a melhoria do bairro, mas resta uma suspeita se essa abertura de via não atenderia mais a empresa, do que ao conjunto do moradores. Como até hoje ocorre, ripas de madeira são desembarcadas nos portos da cidade para comércio nas estâncias. A nova via faria a matéria prima chegar pelos fundos da empresa, depois de descarregada na doca. A foto abaixo mostra a frente da empresa, situada na rua Gaspar Vianna.
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Menos de uma década depois dessas fotos, o movimento comercial na Doca do Reduto se reduziria com a construção do Porto de Belém, bloqueando o acesso do rio a este local, anos mais tarde a doca seria canalizada. As embarcações passariam atracar somente da Doca de Souza Franco no Reduto, onde seria construído um mercado, reproduzindo o antigo fluxo da doca da 28 de Setembro. Talvez esse tenha sido o primeiro passo para o esvaziamento do bairro, que em mais algumas décadas perderia suas fábricas.
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evreuxdharcourt · 4 years
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𝒍𝒊𝒌𝒆 𝒎𝒐𝒕𝒉𝒆𝒓, 𝒍𝒊𝒌𝒆 𝒅𝒂𝒖𝒈𝒉𝒕𝒆𝒓 (parte ii)
                  𝒥𝒶𝓃𝓊𝒶𝓇𝓎 𝟤𝟥𝓇𝒹, 𝟤𝟢𝟤𝟣 - PARIS, FRANCE.
Ao ver que havia um vôo à noite com assentos disponíveis, Geneviève pegou o avião para Paris naquele mesmo dia em que assistiu o vídeo de Sebastian, chegando em sua cidade natal de madrugada.Tinha passado todo aquele tempo até o horário de sair para ao aeroporto chorando e sentindo-se a pessoa mais burra do mundo. Quando o seu mundo se desmorona na sua frente (aquela seria o que, a quarta vez desde a segunda metade do ano passado?), é inevitável pensar se os sinais estavam todos lá e só você não percebeu. Se todo mundo foi inteligente menos você e se culpar por ser tão ingênua. De certa forma, quando o assunto era Sebastian, aquele parecia ser um sentimento constante.
Nem mesmo o ambiente do aeroporto que tanto amava foi o suficiente para acalmá-la. Estava espiralando mentalmente e não conseguia focar nas tarefas mais simples como escutar os comandos do piloto do avião ou entender o preço que a moça do restaurante lhe comunicou. Mesmo assim, conseguiu manter o choro preso dentro de si. Realmente achou que não tinha mais lágrimas para derramar sobre aquele assunto, até que viu Anne Blanchet d’Harcout plantada na porta do desembarque. A reconheceria mesmo em uma multidão de milhões de pessoas e quando viu seu rosto, Geneviève esqueceu de tudo; esqueceu que passara os últimos meses sem se comunicar com ela, de que estava brava pelas escolhas feitas por ela como reitora da Universidade que era seu legado; naquele momento ela era simplesmente Anne, sua mãe. Correu para os seus braços e quando se aproximou suficiente, soltou a bagagem de mão para afundar em um abraço forte. Foi inevitável o choro que se seguiu, o rosto encostado no ombro da genitora.
Já em seu quarto na Mansão dos Harcourt em Paris, a mais nova só conseguiu jogar-se na sua cama. A aparência do recinto era sempre a mesma, como se ele fosse intocado pela ação do tempo. Se sentia confortável ali, mais do que em qualquer outro lugar do mundo: a cor sóbria de branco, os detalhes arquitetônicos da sua parede, a pintura de pavão pendurada acima da cama com roupa azul claro, sua cor preferida. Estava agora deitada com a cabeça nas pernas da mãe enquanto encarava o outro lado do quarto, aquele em que continha a poltrona azul e a estante de livros lotada. “Vai me contar o que aconteceu, Genny?”, perguntou a mais velha enquanto acariciava os cabelos da filha. ❝ — Sebastian...❞ — foi tudo que conseguiu dizer, enquanto ainda estava perdida no próprio sofrimento. Não viu a cara da mãe, porém imaginou mesmo assim a testa franzida e as narinas dilatadas. “Claro. Como das outras três vezes que você veio correndo chorando para casa, essa também tem que estar relacionada à ele”, a voz que usou era severa. Enquanto namorava o ex, o garoto era basicamente adorado pela família. Ele se dava bem com seus irmãos, Jacques o considerava um filho e Anne morria de amores pelo genro. Foi Viv voltar para as férias de verão após o incidente no penhasco e o término que aquele sentimento foi abrandando e, conforme a sucessão de fatos e descobrimentos sobre o Chadwick acontecia, ficando suspenso completamente no tempo. ❝ — Você vai revogar minha carteirinha feminista?❞ — conseguiu fazer a piada em meios às lágrimas, uma risada conseguindo sair. A mãe também a acompanhou. “Se fosse assim, eu também estaria fora do clube. Digamos que talvez isso seja de família”, falou ela, suspirando logo em seguida. ❝ — Foi por isso que eu vim... Só tem uma pessoa que pode me entender. Que passou por algo parecido.❞ — revelou o motivo por ter corrido para casa. Seguiu contando todos os detalhes entre lágrimas, desde o casamento com Penny até o momento em que descobriu sobre o vídeo, tendo o cuidado de não revelar quem lhe enviou. Notou que ao fim de tudo a mãe parou de acariciar o cabelo dela e ela usou essa deixa para se sentar e olhá-la nos olhos. ❝ — Como foi quando você descobriu sobre Jun?❞ — questionou de forma delicada; agora sabia mais do que nunca como o assunto poderia machucá-la.
Anne encarava agora a cômoda e passou longos segundos sem falar nada. “Não foi fácil, é claro. Eu e seu pai não estávamos em uma fase boa, com a mudança constante que a diplomacia pedia, e eu não podia simplesmente largar tudo na faculdade para ir viajar com ele. Foi um período difícil e eu cheguei a desconfiar dele muitas vezes, sem realmente trazer o assunto à tona por medo da resposta”, iniciou ela. Geneviève permaneceu em silêncio, mesmo que tivesse se identificado tanto com a fala que até mesmo se assustou. “Dra. Sasha vai adorar saber que meus problemas são hereditários”, pensou. “Na última viagem que ele tinha para a Coréia no verão de 2001, decidimos que ficaríamos alguns meses separados para pensar na vida e no relacionamento. Apesar de ter ficado no ar que ele podia fazer o que quisesse nesse período, não achei que um filho viria no pacote. Eu com certeza não fiz nada além de me dedicar à faculdade”, continuou ela. Viv deixou que ela falasse tudo antes de fazer mais perguntas. “Ele voltou da Coréia falando que eu era a única mulher para ele e que ia conseguir uma demoção para Paris e me fazendo juras de amor. Reatamos e o relacionamento parecia melhor do que antes mesmo. A notícia sobre o Jun Ho chegou no mesmo mês em que descobri estar grávida de você. Ele já tinha nascido e a sra. Choi... Mandou apenas uma carta curta ao seu pai com a foto do bebê. Nunca pediu nada, só achou que ele gostaria de saber que tinha um filho por aí”,  disse, fazendo uma pausa. ❝ — Quando ele voltou da Coréia... Ele te contou que teve relações com outra mulher?❞ — perguntou. “Prometemos não falar sobre o que aconteceu enquanto estivemos separados. Ele assumiu alguns casos extraconjugais nos meses antes de isso acontecer, porém nada sério. Decidimos deixar isso de lado quando ele voltou, pois ele parecia mudado mesmo e eu já estava com o seu pai há doze anos na época, seus irmãos eram crianças ainda e... Bom, você o vê como seu pai, mas Jacques e eu éramos amigos desde novos e o nosso namoro era mais do que esperado, como se fosse destino. Desde o início, fomos o casal perfeito à visão de todos e isso, na maior parte das vezes, realmente foi verdade. Só que 2001 não foi um bom ano para nós”, comentou, suspirando. Geneviève continha a vontade de roer as unhas ao pensar nas similaridades da história materna com a sua e de Sebastian. ❝ — Então é de família. Alguns filhos herdam talentos, mas esse eu desconhecia...❞ — brincou, ainda fungando um pouco depois de ter chorado tanto. Anne Blanchet riu. “Nunca quis que você herdasse meu dedo podre, Genny. E quando você começou a namorar o Sebastian tão nova, fiquei preocupada, mas ele sempre foi... Encantador. Simpático, educado, bonito e cavalheiro, além de parecer perdidamente apaixonado por você e isso é tudo o que uma mãe poderia desejar a uma filha. Eu deveria ter notado a semelhança com o seu pai, Jacques era igual. Até a herança latina... É um pouco assustador”, confessou a mãe. Viv riu fracamente. ❝ — Um jeito bonito de dizer que eu tenho daddy issues. Acho que quem explicou foi Freud.❞ — apontou ironicamente, arrancando uma risada da genitora. 
Um momento de silêncio instalou-se confortavelmente entre as duas. A mais nova pensava no que perguntar agora. ❝ — O que aconteceu? Depois da notícia sobre o Jun?❞ — escolheu por fim, tentando buscar uma resposta para a sua situação. “Não foi fácil para mim. De certa forma, tínhamos superado a separação e seguido em frente, entrando em um período muito bom do relacionamento. Foi um choque que trouxe tudo à tona. Só que eu já tinha escolhido deixar o passado de lado e quando se faz isso, filha, é preciso se ter muita certeza porque ficar trazendo e jogando na cara do parceiro o que aconteceu não é uma opção”, disse ela olhando significativamente para Viv. A loira assentiu. “Não foi fácil para os seus irmãos, o Henri até hoje... Até hoje se ressente muito disso. Ficou muito revoltado com o seu pai por um tempo. Eu chorei por muitos dias, escrevi carta em resposta para a sra. Choi milhares de vezes, pensando em lhe xingar, ameaçar, mil e uma coisas. Nunca enviei nenhuma porque no fim das contas a culpa não era dela e muito menos da criança. Seu pai disse que em respeito à mim não iria querer exercer papel nenhum na vida do menino, mas isso nunca me pareceu certo. Uma criança precisa do pai”, continuou ela, agora parecendo absorta nas lembranças. Algo no peito da d’Harcourt mais nova doeu ao pensar naquela verdade. Não sabia qual fim tinha tido o filho de Sebastian, se a criança nasceu, se era menino ou menina... Mas concordava com a mãe. Se a criança existia, precisava de um pai. Tinha direito à presença dele. “Jacques ficou abalado. Pode não parecer porque ele tem um exterior duro, blasé, mas isso é herança de família, filho da sua avó que precisou fugir de Cuba em meio á uma ditadura com um sorriso, fingindo que estava tudo bem sempre. A família do seu pai tem isso, de não querer mostrar ao mundo a fraqueza, de não querer sofrer, de espantar a dor. Ele tentou ignorar o fato, mas não era algo simples para ele fazer isso, era uma criança que respirava e vivia. Nunca o vi tão mal; não dormia, não comia, chorava quando achava que eu não estava ouvindo. Eu não estava bem também, mas não podia fazer aquela situação sobre mim. No fim, era sobre a criança e uma decisão dele como indivíduo, não de nós como casal”, continuou. Viv prendeu a respiração, concentrada demais no que a mãe falava, quase não piscava. “Ele não quis trazer Jun para cá. Na verdade, a sra. Choi não sairia da Coréia e não aceitaria ter o filho longe. Querendo ou não, seu pai tinha já quatro filhos aqui e com a minha gravidez tudo ficou pior. Não tinha como fisicamente ele ser pai do Junior e nosso ao mesmo tempo. Então ele tomou uma decisão difícil de apenas apoiar o filho financeiramente. Pelo menos até que ele crescesse, foi quando eu tomei a minha decisão de integrá-lo com vocês... Não foi tão fácil. Ele já era crescido e bom, com razão tinha uma ideia não muito positiva do pai. Mesmo que ele só tenha vindo para cá há uns três anos, todos esses anos eu não aguentava em pensar que havia um garoto com o mesmo sangue dos meus filhos na Coréia sem pai, sem aparo. Os meninos já sabiam do fato, tirando Pierre que era ainda muito novo. Sempre o trataram com educação, até mesmo Henri que nunca gostou dele de fato. No momento em que o vi pela primeira vez, foi como se qualquer ressentimento que eu pudesse ter desaparecesse. Para mim, ele sempre vai ser parte da família”, confessou Anne, um pequeno sorriso brotando em seus lábios enquanto voltava a encarar a sua caçula.
Nunca antes havia escutado a história completa sob a visão da mãe. A mulher tinha um entendimento sobre as coisas completamente diferente do que a menina pensava que ela teria. Existiam diferenças muito grandes daquela e da sua história com Sebastian, porém Geneviève sentia que a mãe estava tentando lhe transmitir alguma mensagem em código. ❝ — Mas ele não fez o filho enquanto você acreditava que eram um casal feliz, certo? E depois escondeu o fato por muitos meses, sendo que só chegou a descobrir porque um vídeo vazou de forma pública e te humilhou de novo. Tudo isso enquanto ele está noivo da sua melhor amiga, vale ressaltar.❞ — frisou, não conseguindo conter a risada seca enquanto pensava na sua situação fodida. “Não, você tem razão, sua história é diferente. Mas Genny... No fim, não importa muito como aconteceu. Você não pode apagar essa criança da face da terra e muito menos fazer com que as infidelidades ou o casamento com Penélope desapareça. No fim das contas, só existe uma coisa que Geneviève pode fazer: decidir se fica ou não com Sebastian independentemente de tudo”, disse ela. A garota suspirou. ❝ — Geneviève já decidiu isso seis meses atrás quando rompeu o namoro, Anne.❞ — falou, cruzando os braços e franzindo o cenho em uma carranca. “É mesmo? Você pode ter rompido o namoro, mas não queimou as pontes que levam até ele, queimou? Senão você não largaria tudo para correr para cá sempre que alguma coisa relacionada à ele acontece. Não me olhe desse jeito, Sylvie. Estou do seu lado, mas você precisa ser franca, principalmente sobre seus sentimentos. Reconheça os erros dele, mas não minta, porque no fim de tudo não vai ser eu quem você engana e sim você mesma”, deu sermão. Com isso, a garota pensou ainda na semana passada quando teve um problema e na sua cabeça só pensou em ligar para ele. Ainda, quando ele chegou e ficaram a sós, as reações no seu corpo e coração falavam por si só. Podia chamá-lo de várias coisas, mas a mãe estava certa, não podia negar seus sentimentos. Viv afrouxou a expressão, os ombros caíram. ❝ — Eu sei que amo Sebastian. Só não sei se é algo fácil de ser superado, foram quatro anos de namoro. Como é difícil esquecer tudo o que ele me fez sentir e as lembranças, também imagino que não vai ser tranquilo esquecer os vacilos.❞ — comentou. Anne balançou a cabeça. “Nada é fácil no amor, Geneviève. Se fosse fácil não seria especial. Só que você precisa decidir se vai ou fica. Precisa decidir se entregar-se ao sentimento vai valer a dificuldade que vai ter ao precisar deixar algumas coisas no passado”, aconselhou. 
As lágrimas recomeçaram a cair enquanto Viv considerava o que a mãe dizia. ❝ — Isso nem importa. Ele vai casar com a Penélope! Não é como se estivesse pedindo para voltar.❞ — falou. A mãe lhe olhou de modo severo. “Sinceramente, Sylvie, você realmente acha que esse casamento vai acontecer? Sebastian pode ter todos os defeitos do mundo, mas é claro para qualquer um desde sempre que ele é louco por você. E Penny também. Os dois sempre te olhando como se fosse a única luz do mundo inteiro. Não, escute o que estou dizendo. Os pais podem forçar alguma coisa em seus filhos, mas a escolha é deles. E acho que no fim de tudo, nenhum dos dois vai ter coragem de seguir em frente com isso e te perder para sempre. Se você dissesse para Bash agora que quer voltar, o casamento seria cancelado em dois segundos. Ou você acha que a mensagem de Natal foi da boca para fora? Sei que está magoada, ma chérie, mas fatos são fatos”, discursou a mãe. O estômago da d’Harcourt mais nova revirava só de pensar nisso. Queria acreditar no que a mais velha dizia, porém seu coração já despedaçado não a permitia. ❝ — O que eu faço, mamain? Como eu vou voltar para a escola depois disso? Como vou conseguir olhar para ele, confiar nele de novo?❞ — questionou, olhando para a mãe de forma desesperada. A mulher passou a mão direita pela face da filha, por fim posicionando-a no queixo dela e erguendo-o levemente. “De cabeça erguida, chérie. Como sempre. Você vai precisar conversar com ele uma hora ou outra, não vai ter jeito. Você nem sabe sobre essa criança, se existe, se não existe... Precisa olhar no olho dele e enxergar o que precisa fazer sozinha. Queria resolver essa situação para você, mas não posso. Só você pode sentar, conversar e entender o que sente e o que precisa e pode fazer. A escola, seus colegas, o mundo! Nenhum deles tem a ver com isso. Quando eu e seu pai decidimos deixar todos os obstáculos para trás, é óbvio, já tínhamos uma família então fazia sentido. Mas foi mais que isso, Genny, pois filhos não seguram casamento. Eu sempre amei seu pai e esse sentimento no fim foi mais forte do que qualquer coisa que entrou no nosso caminho”, disse, limpando as lágrimas insistentes de Geneviève com as suas palmas. ❝ — Eu tenho medo... De nunca mais encontrar algo assim. Eu não fiquei completamente sozinha nesse tempo separados, mas nada pareceu nem o eco do que eu sentia por ele.❞ — confessou, agora à beira dos soluços enquanto pensava em tudo. “Você nunca vai encontrar alguém igual seu primeiro amor. Se escolher seguir em frente, vai encontrar outras pessoas, não tenha dúvidas. Você é linda, inteligente, determinada, qualquer homem se apaixonaria por você, Genny. Mas não pode procurar ele em outras bocas. Se você escolher não ficar com ele, vai precisar esquecê-lo. Para sempre. Sem ligações para te salvar no meio do caminho, sem áudos confessando um amor que ainda existe. Quando se trata disso, é oito ou oitenta”, disse ela, recomeçando o carinho cabeça da filha. Viv perdeu a voz. 
Voltou a deitar no colo da mãe pensando na possibilidade de esquecer Sebastian Chadwick para sempre. Sem momentos roubados através de desculpas esfarrapadas, sem mensagens trocadas com a desculpa de serem do mesmo grupo de amigos, sem os olhares furtivos no meio da aula, das atividades, nos corredores. Para sempre. As lágrimas continuaram silenciosas enquanto ela prosseguia refletindo. Sabia o que sua cabeça decidiu: ia esquecê-lo, iria para a faculdade, focaria no seu futuro e com certeza encontraria alguém que jamais lhe faria passar pelo mesmo que ele no meio do caminho. Só que, em contrapartida, o seu coração, a cada batida vagorosa e dolorida com aquela consideração só conseguia gritar de forma ensurdecedora: não posso fazer isso, não consigo fazer isso, não quero fazer isso.
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tmagbr · 4 years
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Avisos de conteúdo: irrealidade, morte de membro da família, psicose, fogo, ferimentos (queimaduras), trauma craniano, sacrifício, aracnofobia, suicídio gráfico, gore, insetos.
MAG 008 — CASO 0071304 — “REDUZIDO A CINZAS”
 
ARQUIVISTA
 Depoimento de Ivo Lensik a respeito de suas experiências durante a construção de uma casa em Hilltop Road, Oxford. Depoimento original dado em 13 de março, 2007. Gravação em áudio por Jonathan Sims, Arquivista Chefe do Instituto Magnus, Londres.
Início do depoimento.
 
ARQUIVISTA (DEPOIMENTO)
Faz quase vinte anos que trabalho na construção civil, majoritariamente nos arredores de Oxford. Quando meu pai faleceu em 1996, eu assumi os negócios e me mantive trabalhando firmemente desde então.
Posso fazer quase qualquer serviço para o qual me chamarem, mas minha especialidade são novas construções – encanamento e fiação, especificamente – e meio que ganhei uma reputação de sempre estar disponível em cima da hora, então não é incomum para mim ser chamado no meio de uma obra para trabalhar. Quando eu aceitei o serviço numa casa em Hilltop Road em meados de novembro, nada sobre a situação me pareceu estranho. O cara que fazia a fiação para eles tinha sido convocado para servir de jurado e iriam perder um funcionário por algumas semanas, então me chamaram para substituí-lo. Eu tinha outro trabalho durante o dia, mas minha noiva, Sam, tinha ido a um congresso em Hamburgo por um tempo e estávamos guardando dinheiro para o casamento, então imaginei que poderia dar um jeito durante as noites.
Bem, Hilltop Road é uma rua bem escondida nos arredores da área de Cowley. Não há muitas repúblicas estudantis nela, então, na verdade, é um lugar bem calmo, especialmente depois que todas as crianças que moram ali vão dormir. A construção da casa em si estava no começo ainda, já que disputas pela propriedade deixaram o terreno trancado por anos, então quando eu apareci, estava praticamente vazia. Tinha dois pisos com um loft que seria outro quarto, para combinar com as outras casas da rua. As portas tinham sido instaladas, mas as fechaduras não, e o espaço das janelas ainda permanecia vazio, deixando entrar a brisa fresca. Aquele lado da rua era virado para South Park com cercas demarcando o final de cada jardim. O jardim desta casa em particular estava cheio, principalmente, de materiais de construção e entulho, mas eu me lembro que, estagnada ali, havia uma árvore. Era grande e, obviamente, morta — só para deixar claro que aquilo me assustava para caramba. Parecia produzir sombras estranhas, que eram escuras e nítidas mesmo nos dias mais nublados.
No entanto, não foi a árvore que começou. Não, aquilo aconteceu em minha terceira noite de trabalho. Deveria ser umas oito ou nove da noite, já que tinha anoitecido havia cerca de duas horas. Eu estava trabalhando na fiação do térreo quando ouvi batidas na porta da frente. De primeira, pensei que poderia ser um dos construtores que tinha esquecido algo, mas então percebi que não haviam fechaduras nas portas, qualquer um dos outros saberia disso e só entraria de uma vez. Comecei a me sentir um tanto incomodado quando as batidas voltaram. Ao longo dos anos eu me envolvi em discussões com uns encrenqueiros que queriam causar confusão nos meus canteiros de obras, então peguei um martelo e me aproximei. Fiz o meu melhor para segurá-lo casualmente, como se  já estivesse em uso.
Abri a porta para dar de cara um homem modesto num casaco marrom. Ele era bem novo, branco, talvez na casa dos vinte anos, barbeado e com cabelo castanho desgrenhado. Seu casaco tinha um corte antigo; parecia para mim que ele tinha saído diretamente de uma polaroid antiga. Disse que seu nome era Raymond Fielding e que ele era o proprietário da casa. Enquanto ele falava, senti meu pulso se fechar com mais força no martelo, mas nem faço ideia do porquê. Perguntei se tinha alguma identidade ou documentos e ele entregou o que parecia, até onde eu conseguia dizer, a escritura da casa, assim como o do terreno abaixo dela, e, sem dúvidas, ela listava um homem chamado Raymond Fielding como o dono. Então o deixei entrar.
Desculpei-me pelo vento frio e disse que os vidros seriam instalados nos próximos dias, mas que até lá, o lugar ficaria frio. Ele não respondeu, apenas se dirigiu até a esquadria da janela nos fundos e encarou o jardim. Tentei voltar ao meu trabalho mantendo um olho nesse estranho. Nada nessa situação me soava certo, mas ele não parecia estar fazendo nada suspeito, só parado ali, olhando para o jardim. Então retornei minha concentração à fiação.
Depois de um minuto ou dois, percebi um cheiro desagradável e pungente. Pensei que talvez tivesse feito algo de errado com os fios, mas não, aquilo cheirava como cabelo humano queimado. Olhei para onde Raymond estava, porém ele tinha sumido. No lugar onde ele estava havia apenas um trecho no chão de madeira chamuscada, aparentemente ainda em brasas e emanando aquele fedor horrendo. Corri para pegar o extintor de incêndio de um quarto adjacente. Eu havia saído só por uns segundos, mas quando eu retornei, o cheiro tinha sumido e não havia mais nenhuma fumaça ou fogo, somente a marca de queimado no chão de madeira em frente àquela janela. Ao tocá-la descobri que estava que estava tão fria quanto o resto do chão. Comecei a limpar e percebi que a madeira debaixo dela parecia estar intacta, com só uma camada de fuligem e cinzas. Procurei por Raymond nos arredores, mas se em algum momento ele já esteve ali de verdade, então já havia ido embora. Foi só quando eu terminei de limpar a marca que a estranheza da situação se consolidou em minha mente e eu comecei a entrar em pânico
Eu acho que deveria explicar um pouco do meu medo, pois não era por causa de espíritos ou cheiros fantasmas ou qualquer coisa tipo. Sabe, há um histórico significante de esquizofrenia entre os homens da minha família. Meu pai teve, assim como meu tio-avô e em ambos os casos, levou-os ao suicídio. Não sei muito sobre meu tio-avô, mas presenciei o declínio de meu pai em primeira mão. Começou pouco depois do divórcio com minha mãe, mas parando para pensar, talvez os estágios iniciais foi o que exacerbou os problemas no casamento deles. Sendo assim, ele começou a passar muito tempo trancado em seu estúdio realizando “sua obra”. Eu tinha mais ou menos 24 ou 25 anos na época e ainda morava na casa dele. Eu trabalhava com meu pai fazendo basicamente o mesmo que faço hoje e foi nesse ponto em que eu comecei a tomar a frente dos negócios, já que meu pai começou a priorizar sua “obra” em vez do trabalho de verdade. Acontece que sua “obra” se tratava de fractais. Ele ficou obcecado por eles, parecia gastar todo seu tempo os desenhando, os encarando, medindo os padrões que criavam. Ele poderia falar comigo por horas sobre a matemática por trás deles e que estava prestes a descobrir uma grande verdade. Ele balançaria a matemática às suas fundações assim que descobrisse essa verdade, escondida naqueles padrões cascateantes dos fractais.
Um dia eu voltei para casa e encontrei meu pai encarando algo pelas frestas das persianas aterrorizado. Ele jurava que alguém o estava seguindo, disse-me que estavam planejando interromper seu trabalho. Perguntei se ele sabia quem era, mas ele balançou violentamente a cabeça e disse que eu saberia assim que o visse porque “todos os ossos estavam em suas mãos”. Eu tentei ajudá-lo, é claro, mas ele se recusava a tomar qualquer medicação, dizia que isso interferia com sua obra e que ele não era perigoso, então eu não poderia entregá-lo. Eu sabia que era só uma questão de tempo até que ele se machucasse e tinha certeza de que logo viria o dia em que ele não atenderia as batidas na porta pesada. Eu arrombei a porta para encontrá-lo morto numa piscina de sangue, com cortes profundos ao longo dos pulsos e braços. As paredes estavam cobertas por desenhos de fractais, cada superfície estava lotada deles e aparas de lápis forravam o chão. O inquérito concluiu que a morte foi suicídio, no entanto o médico legista não pôde identificar a ferramenta que foi usada nos cortes em seus braços ou o porquê dele ter uma expressão tamanha de medo no rosto.
Era por isso que o perceptível desaparecimento de Raymond Fielding me preocupava tanto. Eu era mais jovem que meu pai, mas ainda existia a possibilidade dentro de mim. Essa linha de pensamentos era provavelmente o porquê de eu não estar prestando tanta atenção quanto eu deveria em onde eu estava pisando, e então escorreguei na parte molhada do piso que eu tinha acabado de limpar. Caí para frente, batendo forte minha cabeça. Não acho que fiquei inconsciente por mais do que alguns segundos, porque quando levantei estava sangrando de um corte profundo em uma de minhas têmporas. Tentei chegar até meu carro, mas estava tão tonto que só de ficar de pé já era claro que dirigir estava fora de questão. Então chamei uma ambulância. Ela chegou rápido e me levou ao hospital John Radcliffe.
Quando cheguei lá, eles foram bem atenciosos e rapidamente determinaram que eu tive uma concussão severa e seria internado para ficar em observação. Contei ao meu médico tudo sobre meu encontro com Raymond Fielding. No caso de serem sinais de qualquer desenvolvimento de esquizofrenia, eu queria saber o quanto antes. O doutor ouviu cuidadosamente e disse que era improvável, e que seria surpreendente se eu tivesse desenvolvido alucinações tão abruptamente, mas que me manteriam sob observação. Percebi que, enquanto explicava minha experiência, a enfermeira que aferiu minha pressão parecia ouvir atentamente, no entanto, ela saiu antes que eu pudesse perguntar o porquê.
Fiquei no hospital por mais dois dias. Sam quis interromper sua viagem quando soube da concussão, mas eu disse a ela que o perigo real já tinha passado e que eu deveria melhorar até o encerramento do congresso, então fiquei praticamente sozinho nesse meio-tempo. Foi na manhã antes dela retornar que eu vi aquela enfermeira de novo. Tinha recebido as notícias de que todos os testes tiveram bons resultados, então antes de ser liberado, ela veio fazer uma última checagem em mim.
Perguntou-me se eu tinha certeza de que o homem que tinha ido à casa em Hilltop Road tinha chamado a si mesmo de Raymond Fielding. Eu disse que sim e que tinha até visto sua assinatura na escritura do terreno, mas que eu não sabia nada sobre o histórico do lugar. Ela ficou em silêncio e sentou-se. Essa enfermeira era uma mulher mais velha, malaia eu acho, e eu estimaria que por volta dos cinquenta anos, porém não perguntei sobre isso. Ela disse que sua família viveu em Hilltop Road por um bom tempo e ela conhecia o lugar sobre o qual eu estava trabalhando. Nos anos 60, a casa que ficava ali tinha pertencido a um homem chamado Raymond Fielding. Ele era devoto da igreja e usava o lugar como casa de recuperação em nome da diocese local, cuidando de adolescentes fugitivos e jovens com transtornos mentais. A vizinhança aparentemente não gostava disso, visto que os residentes frequentemente se envolviam em problemas e a Hilltop Road tinha começado a ganhar certa reputação por isso. No entanto, ninguém nunca disse uma palavra contra Raymond, quem, até onde todos sabiam, era uma alma tão boa e gentil a ponto de ser quase universalmente amado.
Ninguém tem muita certeza de quando Agnes se mudou para lá, alguns até diziam que ela era a verdadeira filha de Raymond, já que os dois se pareciam um pouco e ela era mais nova do que a maioria das crianças que moravam lá. Ela não deveria ter mais do que onze anos quando apareceu ali e não falava muito mais do que seu próprio nome se perguntada. Todos simplesmente começaram a perceber aquela criança de cabelos castanhos em marias-chiquinhas encarando-os pelas janelas da casa de Raymond. Até onde se pode dizer, isso era tudo que ela fazia: encarar as pessoas pelas janelas. Era incômodo, mas ninguém tinha nenhum problema com aquilo.
Nos anos que se seguiram, as crianças da casa de recuperação pararam de causar problemas na vizinhança de Hilltop Road. Não foi uma mudança óbvia, mas gradualmente as pessoas que viviam ali eram menos vistas cada vez menos. Raymond ainda estava ali e parecia perfeitamente animado. Se qualquer um lhe perguntasse sobre algum residente que não tinha sido visto havia um tempo, ele explicava que essa pessoa tinha se mudado ou achado outro lugar só para ela, e ninguém se importava o suficiente para confirmar as informações. Logo, as únicas pessoas vivendo naquela casa eram Agnes e Raymond. Então Raymond também desapareceu. Agnes devia ter 18 ou 19 nessa época e ainda mal falava. Quando ela era questionada sobre o que aconteceu com Raymond, ela simplesmente respondia que ele tinha ido embora e que agora a casa era dela. As pessoas se preocuparam um pouco com isso e a polícia conduziu uma pequena investigação, mas a casa fora legalmente entregue a Agnes e não havia nenhum sinal de assassinato. Nenhum sinal de Raymond também.
E assim, os anos se passaram e Agnes continuou vivendo naquela casa antiga. Parecia não sair quase nunca, só olhava pelas janelas. As pessoas da Hilltop Road aprenderam que era melhor não manter bichos de estimação, já que eles sumiam com frequência. Então, em 1974, Henry White desapareceu. Ele tinha cinco anos de idade e a busca não resultou em nada. As pessoas sempre fofocavam sobre Agnes, mas então essas fofocas ficaram pesadas. Tão pesadas que quando fumaça foi vista saindo da antiga casa Fielding uma semana depois do desaparecimento do pequeno Henry, ninguém fez nada. Ninguém ligou para brigada de incêndio, nem tentou ajudar. Só assistiram. Agnes não deve ter chamado nenhum tipo de ajuda também, já que quando os caminhões de bombeiro chegaram, não havia nada mais a ser salvo. Durante esse tempo ninguém viu nenhum sinal de vida vindo de dentro da construção. Nada de gritos, nada de movimento, nada além do rugir das chamas. Quando o fogo foi finalmente apagado, foram encontrados restos mortais de humanos, mas não era Agnes e nem Henry White. O único corpo encontrado era o de Raymond Fielding. Tudo o que sobrou foi um esqueleto carbonizado sem a mão direita.
Essa era a história do lugar, como a enfermeira me contou. Uma vez que os destroços foram limpos, o terreno se enroscou em complicações legais relacionadas à sua posse, ficando assim até o ano passado. Ela me pediu para que ninguém mais soubesse que ela havia comentado sobre isso, pois não queria que as pessoas pensassem que ela estava espalhando histórias. Eu disse a ela que me manteria em silêncio e ela foi embora. Não a vi novamente e fui liberado logo em seguida.
Eu descansei em casa por uns dois dias, mas achei a inatividade forçada bem chata e minha cabeça estava boa, então resolvi voltar ao trabalho. De qualquer forma, eu deveria ter evitado retornar a Hilltop Road, mas fiquei ressentido com a forma que aquela casa me fazia sentir. Não acredito em fantasmas, para ser honesto eu ainda não tenho certeza se acredito, e tinha sido assegurado pelo doutor que eu não estava demonstrando nenhum outro sintoma de esquizofrenia, então não havia razão para eu sentir essa apreensão corrosiva. Eu tinha me convencido de que o único jeito de banir essa sensação era voltar e terminar o trabalho que havia começado. Então foi isso que eu fiz, no entanto, tomei o cuidado de só trabalhar durante o dia e tentei evitar ficar sozinho.
Ainda assim, houve momentos em que eu me peguei trabalhando sozinho num quarto ou ouvindo o silêncio cair sobre o prédio. E então, eu sentia aquele cheiro novamente — aquela baforada de cabelo queimado — ou veria com o canto dos olhos um par de marias-chiquinhas desaparecendo numa quina. Com o fim do trabalho se aproximando, ficou mais difícil evitar permanecer ali depois do anoitecer, até que eu perdi completamente a noção do tempo numa tarde e percebi que, não só a noite tinha caído, como também eu era o único no prédio. Quando percebi aquilo, quase imediatamente eu comecei a suar. No início achei que eram meus nervos, até mesmo um ataque de pânico por estar sozinho, mas era o calor — um calor que parecia começar nos meus ossos e irradiar por mim. Tirei meu casaco e chapéu, mas eu fiquei cada vez mais quente, até eu senti como se estivesse cozinhando de dentro para fora. Tentei gritar, mas não conseguia respirar, não conseguia me mover. Eu estava queimando.
Batidas na porta e, de repente, a sensação desapareceu. Eu estava frio novamente, deitado no chão vazio. Tive dificuldades para levantar assim que as batidas vieram novamente. Minha mão tremia quando abri a porta. Naquele momento eu não sabia o que esperar. Seria Raymond de novo? Agnes? Ou alguma outra coisa que anunciaria o fim de minha sanidade? O que eu não esperava era um padre católico. Ele era baixo, um pouco corpulento, cabelo cortado rente e linhas de expressão profundas ao redor da boca. Ele se apresentou a mim como Padre Edwin Burroughs e disse que “Annie” tinha pedido para visitar o local. Eu não conhecia nenhuma Annie, falei isso e ele pareceu meio confuso. Disse que ela trabalhava como enfermeira no Hospital John Radcliffe. Isso dissipou meus medos o suficiente para deixá-lo entrar e perguntei se ele era algum tipo de exorcista. Padre Burroughs sorriu e me contou que sim, era exatamente o que ele era.
Então contei a ele minha história enquanto ele examinava a casa. Ele assentiu enquanto eu repassei o que aconteceu, ocasionalmente perguntando-me sobre o que havia sido dito ou como eu tinha sentido algo. Finalmente, ele pareceu satisfeito e disse que faria o que fosse possível. Ele explicou que exorcismo era, na verdade, só para demônios e que não havia algo que ele pudesse fazer quanto a fantasmas, pelo menos não oficialmente — se fantasmas existem ou não, aparentemente, ainda era uma pergunta decisiva tanto na igreja quanto fora dela —, mas ele continuou com algumas bênçãos e veria se poderia ajudar. Pediu-me para esperar do lado de fora enquanto ele trabalhava, então eu fui em direção ao jardim dos fundos e esperei.
Enquanto eu fiquei parado ali no frio, meus olhos pararam na árvore. Aquela maldita árvore bizarra. Não sei por que, mas naquele momento senti uma raiva enlouquecedora daquela árvore. Peguei um pé-de-cabra que estava caído numa pilha de madeira por perto e, jogando meu braço para trás, girei-o na direção do tronco, enterrando-o com toda minha força de vontade. Senti algo quente e molhado espirrar de onde eu tinha atingido. Seiva? Não, não parecia seiva. Liguei minha lanterna e vi sangue fluindo da árvore machucada. Escorria pelo pé-de-cabra e pingava no solo, criando riachos. Ao alcançar as raízes, eu vi algo mais com a luz de minha lanterna: se curvando para cima desde a base da árvore havia marcas escuras e antigas de queimado.
Naquele momento, fiz minha decisão. Foi fácil, como se destruir essa árvore fosse a única coisa a ser feita, o único caminho a ser seguido. Encontrei uma corrente longa entre os materiais de construção no jardim e a enrolei no tronco ainda sangrento, então prendi as pontas em meu carro. Levou menos de um minuto para ela vir abaixo, e então não havia mais sangue. Com a árvore caída de lado, desenraizada e impotente, encarei o buraco onde ela ficava e percebi algo caído ali na terra.
Descendo ali, peguei o que aparentava ser uma pequena caixa de madeira de aproximadamente seis polegadas quadradas com um padrão intrincado esculpido no exterior. Era coberta por linhas gravadas, se deformando e se entrelaçando juntas, fazendo difícil desviar o olhar. Eu abri a caixa e ali dentro havia uma única maçã verde. Parecia fresca, brilhante, com uma camada de condensação como se tivesse sido acabado de ser colhida numa manhã fria de primavera. Peguei-a. Eu não ia comê-la, não sou tão estúpido, porém mais do que árvores sangrando ou queimaduras fantasmas, aquilo deixou confuso. Ao ser retirada da caixa, ela começou a mudar. A casca ficou marrom e machucada e começou a secar na minha mão. Então se partiu. E de dentro vieram aranhas, dezenas, centenas de aranhas em erupção dessa maçã que apodrecia em frente aos meus olhos. Eu gritei e a derrubei antes que qualquer uma delas alcançasse meu braço. A maçã caiu no chão e explodiu numa nuvem de poeira. Afastei-me e esperei até ter certeza de que todas as aranhas tinham saído antes de devolver a caixa. Esmaguei-a com o pé-de-cabra e joguei seus restos numa caçamba de lixo.
O Padre Burroughs voltou pouco tempo depois. Contou-me que tinha terminado suas orações e que esperava que isso fosse de alguma ajuda. Se ele percebeu a árvore caída, não fez nenhuma pergunta sobre, em vez disso, ele só me entregou seu cartão de visitas e disse-me para entrar em contato caso houvesse qualquer problema futuro. A casa não me pareceu diferente, mas não havia cheiro de cabelo queimado, nem calor, nem fantasma, ou qualquer estranheza que eu pudesse ver. Trabalhei naquela casa por mais uma semana e, não sei se foram as orações do padre ou o desenraizamento da árvore, mas não encontrei mais nada fora do comum durante meu período ali. Depois disso, minha parte no trabalho tinha terminado e não voltei a Hilltop Road desde então.
ARQUIVISTA
Fim do depoimento.
Ah, trauma craniano e esquizofrenia latente, os melhores amigos dos fantasmas. Além da indulgência excessiva em drogas psicoativas, parece para mim que simplesmente não há forma melhor de fazer contato com o mundo espiritual. Ainda assim, brincadeiras à parte, a história da Hilltop Road nº 105 merece investigação. E, enquanto eu acredito no testemunho do Sr. Lensik acerca de suas próprias experiências tanto quanto acredito em árvores sangrentas, há uma nota mencionando que o Padre Edwin Burroughs escreveu sua própria versão desses eventos no depoimento 02118011. Enquanto eu ainda tenho que localizar esse arquivo em particular no caos passado pelos arquivos de Gertrude Robinson, a sugestão de que haja corroboração externa oferece um potencial crédito ao conto feroz do Sr. Lensik. Nenhum outro trabalhador no canteiro de obras do prédio na época reportou qualquer perturbação como as reportadas pelo Sr. Lensik.
Martin não pôde encontrar a data original em que a casa foi construída, mas os registros mais antigos que ele achou informam que ela foi comparada por Walter Fielding em 1891. Foi herdada por seu filho, Alfred Fielding, em 1923, e depois por seu neto, Raymond Fielding, em 1957. Não há registro de que tenha sido usada como casa de recuperação, certamente não conectada com a diocese católica local. Apesar da Igreja da Inglaterra manter registros da área, as quais Sasha obteve acesso, infelizmente estavam incompletos. Os residentes mais antigos de Hilltop Road confirmam o depoimento da enfermeira, Anna Kasuma, conforme relatado aqui.
Tim conseguiu organizar uma entrevista com a Sra. Kasuma, mas aparentemente não conseguiu prover mais nenhuma informação além do que ela já havia contado ao Sr. Lensik. No entanto, ela admitiu que pediu para o Padre Burroughs dar uma olhada na casa já que ela estava preocupada  e que já tinha o visto performar um exorcismo. Não há nenhuma evidência material do que aconteceu na casa, nenhum novo relato ou similar em relação ao incêndio. Mas um residente conseguiu uma foto da casa em chamas.
O obituário de Raymond Fielding brevemente reporta sua morte como resultante do incêndio e louva seu trabalho com jovens problemáticos, mas não oferece muitos detalhes sobre ambos. Agnes continua sendo um mistério por não conseguirmos encontrar nenhuma prova definitiva sequer de sua existência. Exceto… Não podemos provar nenhuma conexão, mas Martin resgatou um relatório sobre Agnes Montague, encontrada morta em seu apartamento em Sheffield na noite de 23 de novembro de 2006, mesmo dia em que o Sr. Lensik afirma ter derrubado a árvore. Ela se enforcou. Sua idade era 26 anos, coisa que não confere de jeito nenhum. Porém amarrada com uma corrente em sua cintura, havia uma mão humana decepada, uma mão direita. Seu dono nunca foi identificado, mas o médico legista aparentemente ficou perplexo, já que o decaimento do tecido parecia indicar que o dono original da mão deve ter morrido quase na mesma hora que Agnes.
Duas famílias moraram na casa desde esse depoimento, mas não houve manifestações adicionais reportadas em Hilltop Road.
Fim da gravação.
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maevcst-blog · 5 years
Text
IC
Alias e blog: Illya, (https://bckwrdc.tumblr.com). Vou enviar o blog do personagem depois.
Triggers: estupro, pedofilia e violência contra animais.
Banned fcs: Jared Leto, Michaael Fassbender, Cole Sprouse (pessoas no geral que foram acusada de abuso ou violência) e a Dove Cameron (disse umas coisas pesadas sobre saúde mental)
Atividade: posso entrar todos os dias durante à noite, com exceção dos fins de semana em que fico meio sumida.
seu personagem estará     ocupando alguma conexão requerida da lista? qual? Não, apenas a vaga de irmã     mais nova da Helena Sutherland.
seu personagem estará     ocupando alguma prompt da lista? qual? Sim, o “ um personagem que esteve internado no     Bernard Rose por abuso de drogas”.
seus most wanted fcs para serem adicionados na lista: Lulu Antariksa, Jenny Boyd, Gavin Letherwood, Alex Fitzlan e Natasha Liu Bordizzo.
suas wanted connections para     serem adicionadas na lista (podem incluir sugestão de fcs e dados básicos     obrigatórios // idade, gênero, etc):
sugestão de prompts: nenhuma
OOC
faceclaim: Maya Hawke
nome completo: Maeve Sutherland
apelidos: pelos corredores do colégio Maeve é chamada     de “delinquent princess” simbolizando a perfeita mescla de seu status     social e os problemas que causou. Quem é mais próximo da garota achava     chamando está de May, ou Vee, apesar da mesma odiar o último.
idade: 18 anos
data de nascimento: 18/04/2001
signo solar/lunar/ascendente: áries/virgem/sagitário
gênero: cisgênero feminino
orientação sexual e afetiva: bisexual e biafetiva
principais características positivas: corajosa, segura, genuína, independente,     sagaz e franca.
principais características negativas: agressiva, cínica,     colérica, impertinente, desequilibrada e pessimista.
labels: the loose canon + the recluse + the delinquent     princess
títulos e ocupações: capitã do time de     atletismo, integrante do time de natação, funcionária no boliche     (meio-período) e integrante de um clube de boxe clandestino.
grupos sociais: esportistas + delinquentes     + malucos
fatos e curiosidades (mínimo     três // temas obrigatórios listados abaixo, máximo ilimitado).*
1. vida familiar:
{TW: VIOLÊNCIA; SUICÍDIO]
Caçula da conhecida Helena Sutherland, Maeve é uma ovelha negra desde que se conhece por gente. Tão terrível que matou a mãe de desgosto no mesmo dia que veio ao mundo. É isso que alguns comentam pela cidade. A verdade é que a matriarca – uma médica renomada na região – apresentava problemas de saúde desde o princípio da gestão, segurando a pequena Maeve por alguns instantes antes que seu coração parasse. Já o pai, um corretor de imóveis mais do que rico que batalhava com a depressão desde o colegial, tivera uma severa piora em seu quadro após a perda da esposa.
Vendo tudo desabando diante de si, Helena, a irmã mais velha, tomou frente e assumiu o papel como o pilar de sustentação daquela família – se é que podia ser chamada assim. Tinha dezesseis mas era um prodígio dedicado a fazer as coisas funcionarem. Ajudava o pai, cuidava de Maeve e balanceava os estudos com o estágio que conseguiu na prefeitura, visando uma carreira como advogada que viria a desembocar na política anos depois.
Conforme a carga horária da mais velha aumentava a atenção dedicada a família diminuía, e os problemas engoliam o lugar. O pai das garotas se tornava mais desequilibrado a cada dia, incapaz de deixara morte de esposa para trás este culpava a pequena Maeve pelo ocorrido. Impaciente com a menina de apenas cinco anos, o homem costumava gritar com está quando Helena estava fora, intimidando Mae o suficiente para que ela sequer mencionasse a irmã.
A violência verbal prosseguiu por meses até o dia em que o homem se perdeu de uma vez por todas. Avançando na própria filha ele bateu e chutou a mesma até que está perdesse a consciência. Pensou que havia matado a garotinha mas nem por um segundo chegou a cogitar chamar um ambulância, ao invés disso deixou Maeve largada na sala, foi até a cozinha, pegou uma faca e cortou os próprios pulsos.
Helena chegou quase uma hora depois, seguida pela ambulância e polícia que chamou ao se deparar com a cena, seu pai já estava morto, mas por algum estranho milagre Maeve sobreviveu. Passando por uma cirurgia de emergência a garota escapou sem sequelas, permaneceu uma semana na UTI e pode então retornar a casa junto de Helena, carregando mais cicatrizes do que apenas as cobertas pelos curativos.
Os anos seguintes foram uma bagunça que até hoje May não consegue explicar. A carreira de sua irmã deslanchou e elas se mudaram para o condomínio Lancaster em busca de um recomeço – palavras de Helena – que desde o ocorrido fazia de tudo para cuidar de Maeve, incluindo arrastá-la para as sessões com a psicóloga. Estas e todo o cuidado da irmã ajudavam, mas não impediram a piora no comportamento da garota. Agressividade, impulsividade, falta de paciência, sinais que de primeira pareciam apenas parte do TEPT, levaram ao diagnóstico do TEI (Transtorno Explosivo Intermitente) e a rápida prescrição dos antidepressivos para May.
2. vida escolar:
[TW: OVERDOSE]
Usando os esportes para lidar com seu transtorno, Maeve se envolveu com o atletismo aos treze anos, conhecida pelo mesmo no colégio ela é a atual capitã do time, praticando também natação, e boxe – este em uma academia fora do colégio onde lutas clandestinas ocorrem – ocupa lugar no grupo dos esportistas, mas não somente este. A personalidade naturalmente forte somada ao transtorno – que apesar de ser tratado permanecia lá – levaram a garota a causar as mais diversas confusões durante toda a adolescência.
Brigas com rapazes que aparentavam mais fortes mas sempre perdiam, confusões com garotas que implicavam com seu jeito, afrontas a professores, coisas pequenas mas que levavam May a explodir e criar uma fama no colégio. Eventualmente ela não era apenas só mais uma esportista, mas sim uma delinquente, até mesmo maluca para aqueles que viam seu transtorno como um atestado de que a garota não era nada mais que uma louca vagando os corredores.
Isso se confirmou para muitos há um ano e meio atrás quando Maeve teve uma overdose em uma festa graças a uma mescla de drogas que nem mesmo sabia o nome. Causando pavor a irmã mais velha – que como vice-prefeita tinha de presar pela imagem – está resolveu internar May no Bernard Rose, no qual a garota permaneceu por seis meses. Não, eles não havia curado Maeve, porque ela nunca sequer foi uma dependente, acreditem se quiser, mas aquela vez era apenas a segunda em que May usara algo mais do que um beck.
Maeve tinha medo das drogas e como estas a deixavam propensa a fazer besteiras, prometeu a si mesma que nunca mais usaria algo além de um cigarro e se mantém firme no juramento. Sabe que isto não vale de nada para terceiros, e até a própria Helena que vasculha suas bolsas e gavetas diariamente. Na visão de muitos é uma maluca, e não tem energia alguma par tentar provar o oposto, então se aproveita do rótulo.
Temida por alguns e ignorada por muitos, May tem alguns poucos amigos e vive como pode, esperando o fim do colegial para que possa deixar a cidade. Mantém notas medianas pelo puro interesse em estudar, alguns dizem que poderia ser tão boa quanto a irmã mais velha, mas Maeve não quer isso, então se contenta apenas com o necessário, sabendo que isso lhe tirara da cidadezinha num futuro próximo.
3. vida interior:
Uma confusão, é isso o que Maeve é. Gentil e educada com alguns, agressiva e detestável com outros, complicada de se lidar, May não é o tipo de pessoa amada por muitos. Encoberta por um exterior de grosserias ela pode não admitir, mas prefere mil vezes ser odiada por alguém do que alvo de pena pelo passado bem conhecido pela cidade.
Dificilmente intimidada a garota não liga para dinheiro ou para as aparências, o cargo que sua irmã ocupa lhe parece vazio assim como metade da cidade, mas talvez isso se dê ao fato que o lugar lhe trouxe mais sofrimento que qualquer outra coisa. Para a maioria ali, May é uma garota problemática e vai morrer assim, mesmo que ela tenha aceitado o rótulo, não pretende carrega-lo para a eternidade.
Não é uma boa pessoa, nem almeja isso, gosta de causar confusões e estaria mentindo se dissesse que não adorou entrar em brigas pelo colégio e socar alguns dos rapazes. Gosta da adrenalina e da calmaria que vem logo depois, mesmo que está viesse acompanhada de alguns machucados. Estes que por sinal, sempre marcam presença na forma delicada de May. Pode ser violenta e grosseira, mas não é preconceituosa, tampouco vai ser vista fazendo bullying, por ouvir muito sobre sua condição mental, tem verdadeiro pavor deste tipo de situação.
É bissexual assumida, e para sua sorte sempre foi muito bem acolhida por sua irmã, ainda que tenha uma verdadeira dificuldade em se abrir para pessoas ela namorou uma garota por cerca de um ano, infelizmente o relacionamento acabou depois que May sofreu a overdose.
Se a perguntarem ela vai dizer que pretende cursar engenharia, graças as sua facilidade extrema na área de exatas, ainda assim, Maeve não tem certeza de que está será sua escolha. Teme não ser capaz de levar uma vida normal mesmo que vá morar em outro estado, então é algo que pondera muito.
Seus passatempos incluem andar de skate pelas ruas vazias durante à noite, ler livros de terror, ver chickflicks (esse é segredo), ficar chapada, comer qualquer besteira, assistir os outros jogando boliche (o único pró do trabalho dela) e praticar esportes.
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