Tumgik
#toalhas coloridas
lacharapita · 5 months
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ᴇɴᴢᴏ ᴠᴏɢʀɪɴᴄɪᴄ
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Inspirado em
Miranda Kassin & Andre Frateschi
(Link da música tá ali em "dê" lindas)
{Mas confesso que escrevi mais pelo vídeo do Vladimir Brichta recitando essa no ouvido da Adriana Esteves [cliquem aqui porque vocês não vão se arrepender]}
Smut / confort - Enzo Vogrincic x female OC! Lucía Scarone
Sex, oral [F! Receiving], comfortable
relationship, love love love!
★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★
"𝐃𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫
𝐃𝐞 𝐩𝐚𝐢𝐱𝐚𝐨"
— Os corpos enrolados um no outro, as cobertas floridas espalhadas sobre o colchão que sustentava os dois. Enzo e Lúcia dormiam tranquilamente naquele nascer de manhã de outono. A temperatura agradável o suficiente para permitir que os dois continuassem agarrados como se fossem um. Enzo abriu os olhos suavemente quando sentiu um feixe de luz iluminando o quarto pintado em azul. Lúcia ainda dormia um sono gostoso em seus braços, sua respiração fraca e quente chegava em seu peito, fazendo com que Enzo se arrepiasse por inteiro. Ele não se atreveria a acordar ela. Não agora. O olhar dele demonstrando amor, demonstrando paixão. Demonstrando tudo, tudo que ele sentiu, sentia e sentiria por ela.
"𝐃𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚
𝐃𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐦𝐚"
— Lucía chorou baixo quando as investidas dele dentro dela ficaram demais. Pediu por favor, com desespero em sua voz, para que ele deixasse ela atravessar aquela enorme onda de prazer. Suas mãos seguraram a parte de trás da cabeça de Enzo, onde os cabelos levemente molhados com o suor estavam, puxando-o até que os lábios úmidos dela chegassem perto, até demais, do ouvido dele. Sussurrando, implorando, a voz fraca e dengosa fez Enzo vacilar em seus movimentos. "Dentro de mim." Ele choramingou. Os olhos escureceram. O quarto ficou mais quente. As mãos adornadas com anéis de Lucía acariciaram os cabelos dele enquanto as mãos dele buscaram segurar o corpo dela ainda mais firme. Com uma última investida profunda, ele lhe deu o que ela havia pedido. "Dentro de você."
"𝐃𝐞 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫
𝐃𝐞 𝐟𝐨𝐠𝐨"
— A lixa de unhas que ela usava foi jogada no chão do banheiro. Talvez estivesse debaixo da pia, talvez perto do chuveiro, não importava. Enzo, vestindo apenas uma toalha branca enrolada em seus quadris, se mantinha ajoelhado entre as pernas de Lucía. A morena de cabelos rebeldes gemia, o prazer oral que lhe estava sendo proporcionado era demais. As mãos seguravam os cabelos escuros de Enzo, pedindo de forma silenciosa para que ele nunca saísse daquele lugar. Enzo era a chama que derretia a tinta da pintura extraordinária que ela era. O calor do banheiro tornava a pele de Lúcia levemente úmida e avermelhada. As mãos grandes de Enzo deslizavam pelas coxas torneadas dela, puxando-a o mais perto que ele conseguia. E parecia que ele sempre conseguia deixar mais perto. Os olhos dele estavam sempre no rosto dela, observando cada detalhe do que ele estava fazendo ela sentir. Os lábios entre abertos, olhos fechados, pele tintada em um vermelho suave, respiração pesada e um leve tremor em suas pernas.
"𝐃𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐧𝐞𝐥𝐚
𝐃𝐞 𝐜𝐚𝐫𝐢𝐧𝐡𝐨"
— A luz fraca do sol de fim da tarde iluminava os dois. Sobre a canga colorida, Enzo e Lúcia, deitados olhando para o céu, ouviam o barulho das ondas. Os silêncio não era constrangedor, era confortável e tranquilo. Para Lucía, tudo com Enzo era confortável e tranquilo. A brisa suave fazia com que pequenos e milhares de grãos de areia se juntassem com seus fios de cabelos. Enzo preferiu olhar para sua visão favorita: Lucía. A moça parecia encantada com a cor que o céu ficava, um amarelo alaranjado de final de tarde. Logo o olhar dela encontrou o de Enzo. Um sorriso bobo surgiu nos lábios dos dois e de repente eles estavam sozinhos no mundo.
"𝐃𝐞 𝐬𝐚𝐜𝐚𝐧𝐚𝐠𝐞𝐦
𝐃𝐞 𝐬𝐚𝐫𝐫𝐨
𝐃𝐞 𝐟𝐚𝐭𝐨"
— Lucía tinha as maçãs do rosto vermelhas. Os risos que escapavam dela eram incontroláveis e únicos, e faziam Enzo rir ainda mais. Ele continuava a contar a história hilária de sua infância, mas se desconcentrava em algumas partes porque seu olhar se perdia em Lucía. - "Mas sabe, apesar da desgraça, foi nessa história que conheci o amor da minha vida."- O sorriso bobo que surgiu nos lábios da moça fez os olhos de Enzo brilharem. Fran olhava para eles com carinho. - "Ai babaca, tão lindos juntos!"- Fran diz, o tom de deboche carinhoso em sua voz faz Lucía rir ainda mais e acaba fazendo com que Enzo a admire ainda mais.
"𝐃𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫
𝐃𝐞 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜𝐚"
— O olhar desesperado de Lucía assustou Enzo. Elevadores, o maior medo da moça uruguaia. E naquele momento era a única opção para subir todos aqueles andares. – "Nena, tudo bem?"– Enzo perguntou. A apreensão em sua voz enquanto Lucía encarava as portas do elevador. Ela acenou com a cabeça e entrou no elevador o mais rápido que pode, com Enzo seguindo-a. – "Vem aqui. Vou te proteger, te prometo."– Os braços esticados indicaram o caminho que Lucía deveria seguir. Segurando os corpos com firmeza, o rosto de Lúcia estava colado no peito coberto do namorado. Os olhos fecharam com força e a respiração ficou pesada quando o elevador começou a subir. Enzo segurava o corpo menor com força enquanto sussurrava as palavras mais carinhosas que poderiam sair de sua boca, querendo demonstrar segurança para Lucía. Quando as portas do elevador se abriram Enzo deixou um beijo no topo da cabeça dela, indicando que o medo tinha chegado ao fim.
– "Te amo, nena."–
– "Te amo mais."–
"𝐃𝐞 𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐧𝐚 𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐝𝐞𝐥𝐚
𝐄 𝐚𝐦𝐚𝐧𝐡𝐞𝐜𝐚
𝐃𝐞 𝐜𝐚𝐛𝐞𝐜𝐚
𝐃𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐞𝐥𝐚"
— Enzo agarrou os quadris de Lucía com força. A mão descendo a curva da cintura até o quadril repetidamente. A respiração dele abaixo do ouvido dela tornava o sono da moça mais leve. Enzo, ainda meio dormindo, podia ouvir os murmurinhos suaves de Lucía, aqueles que formam palavras, especificamente o nome dele. Os olhos da uruguaia se abriram tranquilamente, sentindo-se cheia de Enzo, como se ele estivesse dentro dela. Foram poucas horas de sono, menos que duas com certeza, então ela ainda estava com a mente meio lesa, talvez de tesão, talvez de sono, talvez de Enzo. O uruguaio abriu os olhos devagar, sentindo a movimentação leve de Lucía. – "Bom dia, nena."– O sussurro foi acompanhado de beijinhos doces sendo deixados na lateral do pescoço dela.
– "Bom dia, meu amor."– Lucía diz baixo. O corpo cor de bronze se vira suavemente na cama, fazendo os rostos de ambos ficarem próximos. Lucía pensava que a qualquer momento ela podia morrer de Enzo Vogrincic. Sabe? "Ai, morreu de quê?" "De Enzo." Acompanhado de uma carinha triste. Nos pensamentos bobos do cérebro recém ligado ela pensava sobre como ele havia amanhecido dentro da cabeça dela. Como pode um homem ser o primeiro pensamento matinal de uma mulher? Lucía riu boba com seus próprios pensamentos, mas logo foi tirada de seus devaneios, sentindo o peso corporal de Enzo sobre ela. O sorriso no rosto dele juntado com o feixe de luz deixa a cena fantasiosa para ela. Nem ela conseguia acreditar o quão lindo ele era. Os fios de cabelos pretos e rebeldes adornavam o rosto dele enquanto ele olhava para Lucía, fazendo a moça levar os dedos quentinhos para colocar aqueles cabelos atrás da orelha de Enzo. Os lábios dele se aproximavam do rosto dela para deixar beijos por lá, em seguida descendo para o pescoço e colo do peito. A risada abafada dele fez cócegas em Lucía, fazendo-a rir leve. De repente Enzo se levanta da cama. Puxando as pernas nuas da morena uruguaia até que ela estivesse na beirada da cama, ele a pegou no colo rindo e olhando em seus olhos azuis. As risadas bobas dos dois foram seguindo por muitos minutos, talvez até horas. Quem liga?
Nada mais importava.
Tudo que Enzo precisava era Lucía.
Tudo que Lucía precisava era Enzo.
★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★
Nós mulheres lobas que temos um medo do caralho de elevador🙋‍♀️🙋‍♀️
Quase chorei escrevendo esse pq eu daria muita coisa pra ter um relacionamento assim, tipo, confortável sabe?
@imninahchan loba, lembrei de você quando escrevi esse😭😭
Sejam solidários comigo e me digam o que vocês acham da minha escrita pq sou muito insegura com ela, beijos manas💋💋
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nuturejournal · 2 months
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DESPERTE SEU BRILHO: Guia Para Um Estilo de Vida Radiante!
Olá, Nuture Club! Se preparem para começar uma jornada incrível rumo a uma vida mais saudável e cheia de estilo com a Nuture Journal. Aqui estão algumas dicas encantadoras para fazer você se sentir maravilhosa de dentro para fora.
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DICA 1
Transforme Suas Refeições!
Que tal tornar suas refeições momentos de pura magia? Aqui estão algumas dicas para transformar sua alimentação em uma experiência deliciosa e vibrante:
Smoothie Rosa Fabuloso: Comece o dia com um smoothie rosa, feito com frutas vermelhas e chia. Não só é delicioso, mas também é lindo e nutritivo! Experimente adicionar um pouco de espinafre para um boost extra de nutrientes. 🌸🍓
Alimentos Arco-Íris: Encha seu prato com frutas e vegetais coloridos. Cada cor representa um conjunto único de vitaminas e minerais que beneficiam seu corpo de maneiras diferentes. 🌈🥗
Receitas Divertidas: Explore novas receitas que sejam tanto nutritivas quanto visivelmente atraentes. Tente preparar bolos de arroz com coberturas coloridas de frutas ou fazer muffins de aveia e banana que são ótimos para um lanche saudável.
DICA 2
Alimentação Consciente!
Vamos elevar o simples ato de comer a um novo nível! Aqui estão algumas dicas para tornar suas refeições momentos de prazer e autocuidado:
Crie um Ambiente Aconchegante: Transforme suas refeições em momentos especiais criando um ambiente agradável. Coloque uma mesa bonita, use uma toalha charmosa e adicione velas para criar uma atmosfera acolhedora. 🌟🕯️
Preste Atenção ao Comer: Saboreie cada mordida e preste atenção às texturas e sabores dos alimentos. Evite distrações como o celular e a TV para aproveitar cada refeição de maneira mais consciente. Isso não só melhora a digestão, mas também torna a refeição mais satisfatória. 🍴🧘‍♀️
Experimente a Mindful Eating: Pratique a alimentação consciente, onde você se concentra completamente em sua comida e aprecia cada detalhe. Faça uma pausa entre as mordidas para refletir sobre os sabores e a experiência.
DICA 3
Cuide De Si Mesma!
Vamos deixar o autocuidado ainda mais fabuloso! Aqui estão algumas dicas para transformar sua rotina de cuidados em momentos de brilho e glamour:
Spa em Casa: Dedique um tempo para criar uma experiência de spa em casa. Prepare um banho relaxante com sais de banho e óleos essenciais e faça uma máscara facial enquanto escuta sua música favorita. Esses momentos de cuidado são uma forma deliciosa de mimar-se e relaxar. 🛁💆‍♀️
Movimente-se com Alegria: Encontre formas de se exercitar que sejam divertidas e prazerosas. Dance, pratique yoga ou experimente uma nova atividade física que traga felicidade e leveza ao seu dia. A ideia é que o exercício seja um momento de alegria e não uma tarefa. 💃🧘‍♂️
Criar Rituais de Autoamor: Estabeleça rituais diários que celebrem o amor próprio. Inclua afirmações positivas em sua rotina matinal ou escreva em um diário de gratidão para começar o dia com uma mentalidade positiva e empoderada. 💖🌟
Pronta para transformar sua vida com essas dicas fofas e inspiradoras? Comente abaixo qual dica você mais amou e compartilhe com suas amigas que também merecem um pouco de glamour e bem-estar. Seja a estrela da sua própria história e viva com muito brilho e amor próprio! 💖✨
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toutov · 1 year
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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ open starter .
˚。━━ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ this takes place at instituto das maravilhas.
toulouse tinha acabado de liberar as crianças, depois de mais uma aula caótica. havia tinta para todos os lados, pincéis caídos, toalhas manchadas e molhadas e muitas telas coloridas decorando os cavaletes na sala. para alguns, um verdadeiro cenário de guerra. para ele, era algo muito próximo de felicidade. claro que não era legal ter toda aquela bagunça para limpar, mas ele gostava do quanto as crianças se divertiam colocando os dedinhos na tinta, gostava de oferecer aquele tipo de espaço para bagunça mesmo. ele mesmo não tinha escapado de ter seu avental, braços, rosto e cabelos como vítimas de alguns jatos coloridos. mas tudo bem. estava recolhendo os pincéis no chão, de costas para a porta, quando escutou-a abrindo. infelizmente, acabou não se virando imediatamente para receber muse. só o fizera depois de ouvir aquele ruído estrondoso de algo atingindo o chão. ━━ oh la vache!* ━━ exclamou, levando uma das mãos ao peito, pelo susto. ━━ você está bem? se machucou? desculpa, devia ter colocado um aviso na porta que a sala estava cheia desses pelo chão.
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okeutocalma · 1 year
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Draken and Mitsuya [Male Reader].
Draken é um Alpha.
Mitsuya é um Ômega.
[Nome] é um Alpha.
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— Você pode pelo menos cortar os morangos? — O Alpha perguntou ao ômega loiro que tentava ajudá-lo a todo custo.
— Isso é fácil?
— Eu espero que sim Takemichi.
— Eu posso tentar.
[Nome] o olha com a face séria e a sobrancelha arqueada, mas ao ver o sorriso animado no rosto do loiro ele sabia que o pequeno apenas queria ajudar.
— Ok, eu entendo que sou péssimo na cozinha - mas não posso tentar ajudar de vez em quando? E também eu posso aprender com você.
— Verdade.
O loirinho sorriu, saltando até onde o avental sobressalente que [Nome] tinha guardado, O Alpha o observou com os olhos estreitados.
Takemichi colocou o avental da cor rosa arregaçou as mangas e voltou para onde estava com um sorriso. — Eu posso cortar os morangos. Espere e veja!
Ele cortou os morangos corretamente até o quarto,logo depois se distraiu por alguns segundos e cortou o tampão do dedo.
— [Nome]... — Ele chamou pelo Alpha distraído cortando o bolo para colocar o recheio.
— Sim? 
— Se acalma tá. — Com essa fala o de fios [claros/escuros] se arrepiou dos pés a cabeça e se virou tão rapidamente que escutou o pescoço stralar.
— Por Zeus! Jesus Takemichi! — O Alpha puxou o loiro para a sala onde faria um curativo.
Seria bastante difícil terminar tudo em um dia.
⊱───────⊰✯⊱───────⊰
[Nome] estava andando pelas ruas, era 21 de Março e as belas flores de sakura já desabrocharam, mas aquele não era um dia como qualquer outro.
Ele tinha acordado e saído da cama com um único propósito em mente, pedir Ken Ryuguji e Mitsuya Takashi em casamento.
O Alpha estava absolutamente convencido de que os dois eram amores de sua vida e queria dedicar o resto a amá-los e fazê-lo felizes.
Quando Manjiro Sano, e o ômega dele, Takemichi perceberam sua decisão, eles ofereceram a ele todo apoio e as opiniões comprar os anéis de noivado, mas [Nome] recusou veementemente; ele queria obter aquela joia importante com seus próprios esforços.
Após passar os últimos meses trabalhando e procurando muito para poder comprar um anel que, para seus padrões, era totalmente digno dos seus parceiros.
O de fios [claros/escuros] estava absorto enquanto bebia uma lata de chá gelado da máquina de venda automática da lojinha ao lado do parque, sentado no banquinho.
O Alpha terminou de tomar o último gole de chá gelado da latinha, sentindo o frescor se espalhando em sua garganta. 
Em seguida, levantou-se com uma cestinha de piquenique em mãos, pronto para montar o local onde ele ficaria com os parceiros e provavelmente rolaria o pedido.
 O sol estava brilhando forte, mas a sombra das árvores tornava o ambiente agradável e convidativo.
[Nome] sentiu uma leve sensação de paz ao observar as flores coloridas e ouvir o canto dos pássaros. Era um dia perfeito para fazer o pedido.
 Com um sorriso no rosto,ele começou a arrumar tudo, estendendo a enorme toalha sobre a grama e logo colocando os pratinhos com tudo, umas vasilhas com morango,doces,o bolo e algumas outras coisinhas.
O Alpha estava sentado em seu assento, observando o local de piquenique que ele próprio havia montado.
Ele estava se sentindo ansioso, mas também muito orgulhoso do resultado, talvez seu lobo ferido estivesse de certa forma preocupado com as reações mas... Eles não eram Izana e Kakucho.
Tudo estava perfeitamente organizado, desde a toalha de piquenique até as vasilhas de comida cuidadosamente colocadas sobre a toalha.
 A brisa suave fazia com que as folhas das árvores se movessem gentilmente junto das flores de sakura jogadas na grama, criando uma atmosfera acolhedora e serena.
 [Nome] não podia acreditar que havia conseguido montar tudo sozinho, e estava perfeito,tinha cozinhado várias coisinhas. Estava orgulhoso de si mesmo.
Esta não era primeira vez que ele organizou um piquenique e estava muito animado, o último piquenique não tinha dado certo pois Izana não tinha gostado da comida que tinha feito… Esqueça eles! Estava seguindo em frente.
 Embora estivesse sentindo um pouco de nervosismo, reconheceu que essa era uma oportunidade de mostrar sua habilidade em deixar as coisas perfeitas e que valia a pena o esforço. 
⊱───────⊰✯⊱───────⊰
Draken e Mikey estavam discutindo sobre questões da gangue quando Mitsuya apareceu de repente e puxou levemente a mão de Draken. Ele girou em sua direção, com uma expressão surpresa no rosto.
— Sim meu amor?
— Desculpe interromper, mas há algo que eu preciso falar com você em particular. — Disse O ômega, sua voz baixa e urgente.
O loiro assentiu e se afastou de Manjiro que tinha um sorriso maroto nos lábios. Eles caminharam até um lugar mais discreto o arroxeado falou em voz baixa.
— Eu estive acompanhando algumas atividades recentes de uma nova gangue e descobri que estão planejando um ataque a Tokyo Manji e estão a procura de [Nome]. —  Disse ele, seus olhos sérios. — Eu ouvi alguns comentários que Kisaki está pagando uma grande quantia para quem saber do paradeiro de [Nome] e que aparentemente os líderes da gangue estão doentes, Hanma está controlando os planos para o ataque.
Ken franzia a testa, lutando para controlar suas emoções, ele sentiu o celular vibrar no bolso.
Ele pegou o aparelho e desbloqueou,um sorriso bobo apareceu nos lábios dele e de maneira instantânea Mitsuya entendeu.
— É o [Nome]? — Ele perguntou e o loiro entregou o celular ao parceiro. 
— Vamos ao parque encontrar [Nome].  —
Ambos começaram a caminhar em direção ao parque, de mãos dadas.
Ao chegarem no parque Mitsuya se maravilharam com as flores.
— Sakuras! — Ele correu até a área, salpicado com flores rosas.
—  Eu gosto destes. Eles são tão bonitos. —
Ele quebrou um galho da árvore onde tinha flores concentradas e cheirou suavemente. Ele começou a colher todas, principalmente as mais "novas".
Com cuidado Draken começou a tecer os caules juntos para formar uma coroa áspera e logo fazendo outra, que ele orgulhosamente colocou no monte de cabelo macio na cabeça de seu ômega.
— Obrigado Alpha. — Deu-lhe um leve beijo na bochecha e observou o maior ficar com um leve tom de rosa. Ele soltou um sorriso suave e riu.
"Eu adoro quando ele ri, ele é tão adorável." Pensou o loiro.
O Takashi realmente se sente sortudo por ter esse homem - bem quase - apenas ele mesmo. Ele realmente não se importava em compartilhar - ainda mais com seu outro amor-  já que algo tão incrível merecia ser experimentado com mais de uma pessoa. 
(Só se essa pessoa fosse [Nome], se não ele esganava).
Finalmente eles chegaram ao outro Alpha, e eles se acomodaram à sombra de um grande se sentando sobre a toalha que o de olhos claros/escuros tinha estendido…
Enquanto isso, o ômega olhou espantado e maravilhado com tudo que [Nome] tinha feito.
[...]
Com cuidado eu tiro a caixinha de veludo preto do meu bolso e a olho brevemente, não estava sabendo o que falar nesse momento, minhas mãos tremendo levemente,estava tão óbvio.
— Eu queria fazer algo para agradecer e agradar vocês… — Ele olha para os dois que estavam sentados e travados, Mitsuya tinha chantilly cobrindo toda a boca - lembrava uma criança - enquanto Ken se deliciava com um croissant recheado.
— Eu... Não estou sabendo muito o que falar mas... Debaixo desse belo céu, eu pergunto para vocês… — Vocês gostariam de ser meus reis? Eu sei que estou quebrado, preciso melhorar, não quero errar como eu errei com Izana e Kakucho.  Eu sei que sou imperfeito, mas eu quero tentar ser um Alpha melhor para vocês dois.
Lágrimas começaram a brotar nos meus olhos, atrapalhando levemente minha visão enquanto ele continuava a expressar seus sentimentos. 
— Eu amo vocês. — Disse ele finalmente. — Eu quero construir um futuro maravilhoso juntos, com respeito e amor verdadeiro.
Depois de alguns minutos que pareceram horas, eu senti ser deitado por cima da toalha e logo os dois subirem em cima de mim, os feromônios livres deixando claro o quão felizes estavam.
— Sim! Sim! Eu aceito, eu aceito. — Ambos repetiram em coro, se fosse combinado não tinha saído tão certinho.
⊱───────⊰✯⊱───────⊰
Passaram-se um mês desde o pedido, um mês desde que os três estavam morando juntos na "humilde" casa que [Nome] tinha comprado apenas para eles.
E estava no começo do ciclo de calor do ômega, que de maneira civilizada - te puxando - te levou no grande quarto e o mandou sentar no banquinho perto da porta enquanto ele montava o ninho na cama que estava cheia de roupas.
Trabalhar em todas as peças e inspecioná-las quanto à qualidade certamente levaria um tempo, mas o ômega era paciente. Sempre que uma roupa passava no teste de sensação e cheiro, ela era entregue ao homem de cabelos [claros/escuros], caso contrário, era logo jogada descuidadamente para o lado pelo arroxeado.
No final, talvez metade das coisas escolhidas foram consideradas boas o suficiente e Mitsuya poderia finalmente iniciar o complexo processo de construção do ninho.
 [Nome] sorriu enquanto observava o Takashi mexer em várias roupas, tentando encontrar o lugar perfeito para colocá-las em seu ninho. A essa altura, ele já tinha o estofamento feito de cobertores e travesseiros à sua frente. 
O Alpha estava sentindo-se orgulhoso e feliz por está acompanhando um momento tão importante que é a construção do ninho de seu parceiro.  
Mitsuya se levantou para rastejar até seu ninho, seu movimento cuidadoso e pensativo enquanto o arroxeado navegava pelas almofadas macias. 
Ele se sentiu um pouco desconfortável com o arranjo, alguns dos travesseiros foram colocados errados e ele meio que queria algo perto de sua cabeça que cheirasse a seu companheiro [Nome].
Sem sair, o ômega começou a reorganizar os travesseiros macios antes de finalmente apontar para uma camisa em particular que havia colocado de lado antes. 
 
— Me entregue este. — Ele falou confiante. 
O Alpha sorriu enquanto se inclinava para pegar as roupas desejadas, entregando-as ao parceiro apenas para que ele as arrancasse de suas mãos. Você o observou enquanto seu ômega lentamente preenchia seu ninho, com cada peça fazendo com que tomasse mais forma.
Não demorou muito para que ele estivesse em seus retoques finais. Foi quando ambos se assustaram com a porta se abrindo repentinamente.
— Amor, você peg- — Ken estava prestes a perguntar algo enquanto entrava no quarto, apenas para parar quando notou seus dois noivos. Ele ficou um pouco congelado quando viu Mitsuya cavado no que o loiro só podia imaginar ser um ninho em andamento.
 Os olhos da cor lilás arregalados e cheios de horror por Draken ver seu ninho inacabado sem permissão.
Okay, Mitsuya escolhia quem que ele quisesse para estar perto na construção do ninho, às vezes ele fazia com a companhia do Alpha ou escolhia fazer sozinho.
— Fora Ken! — O ômega ordenou com um grunhido. O loiro nem mesmo disse mais uma palavra quando deu um passo para trás e a porta quase não atingiu seu rosto quando ela se fechou.
Ainda um pouco perplexo, o loiro olhou para a porta. Ele não viu muito, mas viu claramente aquela pequena pilha de roupas que pertenciam a ele.
Ken não sabia quanto tempo ele ficou sentado lá, distraído, antes de sentir a porta de repente ceder um pouco. Foi o suficiente para pegá-lo desprevenido e bater com a cabeça na porta de madeira como um tolo. [Nome] colocou a cabeça para fora e olhou para ele com uma sobrancelha levantada. 
— Amor, você estava correndo com essa camisa, certo? Dê. — Ele estendeu a mão sem espaço para discussão. Não que o Alpha fosse recusar, não quando era por seus parceiros.
Logo depois que o outro Alpha pegou a camisa, ele empurrou a porta, deixando o loiro mais uma vez sentado lá, mas agora vestido apenas com um par de calças.
⊱───────⊰✯⊱───────⊰
Estava no dia do casamento.
O nervosismo e a empolgação de [Nome] aumentam quando ele veste o traje de casamento, um belo terno finíssimo da cor branca. 
Um suspiro baixo saiu dos lábios dele, o Alpha estava tão ansioso. Ele ia se casar com os amores de sua vida.
Ela ia se casar com Ken e Mitsuya!!
— Vamos logo doido, com certeza não gostaria de chegar mais atrasado que o ômega. —  Baji entrou no quarto.
 — Com certeza. — Você respondeu com um sorriso nos lábios.
[...]
Eles estavam parados esperando o ômega caminhar até o altar. Passos foram ouvidos, Mitsuya estava chegando.
O ômega com quem ela estava prestes a se casar foi chegando cada vez mais perto até que ele estava bem na frente de [Nome] e Ken.
O arroxeado mordeu o lábio inferior enquanto todos olhavam diretamente para ele.
[Nome] olhou para o pedaço de papel em seu bolso, os votos que tinha escrito para os amores de sua vida.
 — Eu prometo mantê-los felizes.— Ele falou, olhando com paixão e carinho para os dois.
(Autora não sabe o que colocar como votos)
— Você, [Nome] [Sobrenome], aceita Ken Ryugi e Mitsuya Takashi para serem seus parceiros, para ter e manter a partir de hoje, no pior e no melhor, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, para amar e honrar, até que a morte os separe. — O padre falou.
— Nem a morte irá nos separar. — Os três falaram em conjunto.
— Então pode beijar os parceiros.
Antes que tal momento poderia acontecer um som alto foi escutado e logo Nahoya apareceu com uma caixa de som,
— QUER DANÇAR? QUER DANÇAR? O TIGRÃO VAI TE ENSINAR.
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Soft boyfriend! Harry vibes...💛✨
Happy Birthday 🎂
Aviso:Muita fofura pra homenagear esse homem maravilhoso.
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"Você já pode abrir os olhos!" S/n pediu alegremente, tirando à venda dos olhos de Harry.
"Você fez isso por mim?" Ele perguntou gentilmente admirando a vista.
"Sim."
S/n vêm preparando essa supresa faz algumas semanas, o jardim dos fundos de sua casa estava decorado, no gramado um piquenique completo, como a clichê toalha xadrez, cesta com às comidas favoritas dele, frutas, sanduíches, doces, pães e vinho, tudo para uma tarde perfeita a sós.
"Você é sempre tão atenciosa, obrigada."
Um sorriso radiante se abriu nos lábios rosados de Harry, ele a puxou para um abraço, a apertando enquanto salpicava beijos onde quer conseguisse que alçar, dizendo muitos ‘obrigado’.
"Isso é perfeito."
"Gostou mesmo?"
"Eu amei, definitivamente não teria cenário melhor agora."
"Então querido, vamos comer." Disse à ele com um sorriso brilhante e guiou até a toalha se sentando ao seu lado.
Harry observava com os olhos brilhando enquanto S/n desembalava todos os lanches cuidadosamente preparados da cesta de piquenique. Ela servia duas taças de vinho quando percebeu que ele estava olhando para ela com aquele sorriso.
"O que foi?"
"Nada, é só que nunca ninguém fez nada assim para mim."
"Tão simples?"
"Tão significativo."
Ela revirou os olhos com a resposta dele, pegando em sua mão o puxando para um beijo.Então ambos se ajeitaram um ao lado do outro comendo admirando o dia ensolarado em Londres, se passaram algumas horas de conversas, risos, abraços e muitos beijos. Agora harry se encontrava com a cabeça em seu colo, com os olhos fechados, as mechas de seu cabelo enrolados nas pontas dos dedos dela, enquanto ela acariciava seu couro cabeludo suavemente.
"Eu gosto tanto de passar tempo com você."
"Eu também, é tão bom quando estamos apenas eu e você."
"São os melhores, eu realmente amei esse dia."
"Mas ainda não acabou."
"Não?"
"Eu também trouxe um bolo." Ela confessou remexendo em sua cesta, revelando um lindo bolo em tom rosa pastel.Algumas velinhas coloridas foram postas em cima antes dela acendê-las e começar a cantar. "Parabéns para você, parabéns para você, parabéns, querido Harry, parabéns para você."
S/n viu algumas lágrimas brilharem nos olhos de seu namorado antes de fechar os olhos, fazer um pedido e assoprar às velas.
"Morango, meu favorito." Ele disse com a boca cheia de bolo, assim que ela cortou dois enormes pedaços.
"Eu sei." Deu uma piscadinha.
A mão de Harry se estendeu para segurar o rosto dela, o polegar lentamente fazendo seu caminho até a parte inferior do seu lábio, o rosto dele estava a centímetros do dela, o suficiente para fazer seu coração palpitar como se fosse a primeira vez. Harry pressionou os lábios nos de S/n, beijando-a, um beijo suave, entre selinhos e risos.
"Você tem gosto de bolo de morango." Ela reclamou rindo dele.
"Tastes like strawberries..." Ele cantarolou.
"Não!" Ela disse pulando em cima dele. "Eu não suporto mais ouvir essa música."
"Então acho que devo fazer uma só para você." Disse rindo segurando sua cintura. "Bolo de morango em um piquenique a tarde."
"Sem mais referências às frutas, Styles."
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atlhqs · 1 year
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BRAZILIAN NIGHT
praia privativa de stellamaris, 19 de maio, 19h.
Temos o prazer de anunciar um luau na praia de Stellamaris, uma noite especial que trará o sabor e a energia do Brasil para esta ilha paradisíaca pela organização dos Albuquerque. Preparem-se para uma experiência única, onde a música vibrante, a dança contagiante e os aromas irresistíveis se unem em uma celebração cultural.
Na noite de sexta-feira, dia 19 de maio, as chamas da churrasqueira serão acesas, enchendo o ar com o aroma irresistível de carne grelhada e acompanhamentos tradicionais.
A música animada de ritmos brasileiros, como samba e bossa nova, vai embalar a atmosfera descontraída enquanto todos se juntam ao redor das mesas com toalhas coloridas e enfeitadas com flores tropicais. Os convidados poderão desfrutar de coquetéis refrescantes tradicionalmente brasileiros como caipirinhas de diversos sabores e batidas com leite condensado, além de deliciosas opções de petiscos brasileiros.
O luau na praia oferece uma oportunidade única para todos se entregarem à alegria contagiante da cultura brasileira. Então, aproveitem a noite em Stellamaris, onde a brisa do mar se mistura com o calor de Altalune e o espírito acolhedor do Brasil. Preparem-se para uma festa cheia de sabor, ritmo e felicidade!
CARDÁPIO: comidas: carnes (frango, boi e porco), pão de alho, arroz, farofa, vinagrete, queijo coalho, abacaxi grelhado, espetinho de legumes, hambúrguer vegetal, tofu e seitan grelhados.
bebidas*: capirinha (clássico drink brasileiro feito com cachaça, limão, açúcar e gelo e também pode ser feita com outras frutas), capiroska (similar à caipirinha, mas ao invés de cachaça, é feita com vodka), batidas (feita com frutas tropicais como maracujá, coco, abacaxi, manga, entre outras, combinadas com leite condensado, gelo e cachaça ou vodka), guaraná antártica (refrigerante tradicional brasileiro feito da fruta guaraná)
* todos os drinks possuem versão sem álcool
EM IC:
★ O evento acontecerá exatamente um dia depois do plot drop, o que pode ser visto como um absurdo por uma parte da população o fato de fazerem uma festança depois do ocorrido, ou então visto como uma forma de descontração para tirar um pouco a cabeça dos acontecimentos do dia anterior.
NOTAS OOC:
☆ Esse evento foi idealizado pelos players dos Albuquerque e inserido no planejamento da comunidade por nós da moderação.
☆ O discord será disponibilizado para jogarem por lá, mas pedimos que seja usado somente quando o evento começar.
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As vezes eu sinto que nada do que eu faço tá bom sabe? Nada é válido. Pra cada 10 coisas boas que te faço tem sempre 1 ação ruim que anula todo o resto.
Você me faz acreditar que eu sou péssima em todas as coisas que faço. E me faz sentir culpa até por descansar.
Eu amo tanto você. Odeio brigar, odeio quando vai embora, esse aperto no meu peito que seu vazio deixou.
Eu acho que deve ser algum tipo de dependência da minha parte. Que merda.
Não quero comer nem dormir sem você. Por que você torna as coisas mais coloridas pra mim. E não existe nenhum lugar que eu queira morar que não seja nós seus braços.
Não existe livro, peça, cartilha ou show que seja mais interessante do que as histórias que criamos no nosso infinito particular. Eu nunca tinha gargalhado tanto antes. Nunca tinha ficado tão empolgada pra comer um pudim. Nunca tinha me preocupado com o ponto certo do café.
E você veio deixando tudo mais bonito. Mais especial. E agora, tudo é cinza quando você não está aqui.
E nada me trás de volta a vibração do meu coração de quando você passa pela porta.
E a gente brigou de novo né. Por que eu só erro. E por que você tá mal. E não consegue ver que também tô mal. E tá doendo tanto esse silêncio. Que eu só consigo querer desistir de tudo. Jogar a toalha. Fugir de mim. Acabar com essa angústia que parece que minha garganta está cheia de bolas de algodão.
Eu olho pra você e vejo tudo que eu sempre sonhei. Mas eu não sei como fazer você sentir o mesmo por mim. Tenho impressão de que você me olha e vê um poço de defeitos terríveis.
Eu tô com uma vontade tão grande, de te dar um abraço, daqueles que as almas se entregam. De ouvir sua risada. De olhar nesses olhos lindos. Passar a mão nos seus cabelos. Sentir você. E sentir que pertenço a você.
O orgulho é uma merda. Mas não posso ignorar o fato de que você quebrou uma promessa. Você prometeu ficar, não desistir de mim jamais.
E adivinha? Você não está aqui.
Eu tô sofrendo tanto.
Espero que tudo se resolva. Você tem meu coração todinho na mão. Eu só te peço que cuide da rosa. Que regue a rosa. Que perdoe as atrocidades que os espinhos podem causar. Que consiga ver beleza e ternura em suas pétalas frágeis. E que entenda: o amor é eterno.
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alugarchacaras · 1 month
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Ideias Criativas para Decoração de Eventos em Chácaras
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As chácaras, com seu charme rústico e contato com a natureza, oferecem um ambiente único para a realização de eventos inesquecíveis. Seja um casamento, aniversário, festa infantil ou confraternização, a decoração da chácara pode ser o toque final que transforma a ocasião em algo realmente especial. Neste guia completo, exploraremos ideias criativas para decoração de eventos em chácaras, abrangendo diferentes estilos, temas e ocasiões. Prepare-se para se inspirar e criar um evento memorável!
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1. Explorando Estilos Decorativos: Rústico: Elementos naturais: Madeira, bambu, juta, flores silvestres, cipós, galhos secos. Mobília: Bancos de madeira, mesas de centro de toras, paletes, móveis antigos restaurados. Iluminação: Velas, lanternas, cordões de luzes, lampiões. Detalhes: Arco de casamento com galhos e flores, toalhas de juta ou chita, arranjos florais com flores do campo, louças de barro ou cerâmica. Romântico: Cores suaves: Rosa, branco, lavanda, tons pastel. Flores: Rosas, lírios, tulipas, gipsofilia, lavanda. Iluminação: Velas, luzes cintilantes, lustres de cristal, fairy lights. Detalhes: Caminho de pétalas de rosas, toalhas de renda ou cetim, arranjos florais com flores românticas, corações decorativos, gaiolas vintage. Temático: Festa Junina: Bandeirinhas, fogueira artificial, espigas de milho, chapéu de palha, xadrez, fitas coloridas, bonecos de pano. Luau: Cores vibrantes (azul, verde, laranja), flores tropicais (orquídeas, bromélias, antúrios), tochas, coqueiros, abacaxis, flamingos. Festa à Fantasia: Decore de acordo com o tema escolhido (piratas, super-heróis, conto de fadas), incentive fantasias criativas, utilize elementos que representem o tema. Sustentável: Materiais: Paletes, garrafas PET, caixas de madeira, pneus, cortiça, bambu. Flores: Do campo, plantadas em vasos reutilizáveis, arranjos com ervas aromáticas. Detalhes: Iluminação com velas de cera vegetal ou LED, toalhas de algodão orgânico, louças reutilizáveis, composteira para os resíduos. 2. Inspirações Adicionais: Boho Chic: Macramê, tapetes persas, almofadas estampadas, flores secas, móveis de madeira com detalhes em couro. Vintage: Móveis antigos restaurados, louças antigas, gaiolas vintage, fotografias antigas, fitas rendadas. Moderno: Cores vibrantes, linhas retas, mobiliário minimalista, plantas em vasos geométricos, luminárias pendentes. Minimalista: Cores neutras, decoração clean, poucos elementos decorativos, foco na simplicidade e elegância.
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3. Dicas Extras para o Sucesso: Planeje com antecedência: Defina o estilo, tema e orçamento da decoração com antecedência para ter tempo de pesquisar e encontrar os materiais ideais. Contrate um profissional: Um decorador experiente pode te auxiliar na criação de um projeto personalizado e dentro do seu orçamento. Pesquise inspirações: Utilize sites, revistas, redes sociais e plataformas como o Pinterest para buscar ideias criativas e tendências de decoração. Personalize: A decoração deve refletir sua personalidade e o estilo do evento. Adicione toques únicos que representem você e seus convidados. Sustentabilidade: Opte por materiais reciclados, biodegradáveis e de origem local. Pratique a compostagem e contrate fornecedores com práticas sustentáveis. Iluminação: A iluminação é fundamental para criar o ambiente desejado. Utilize velas, lanternas, cordões de luzes, lustres e outros elementos para criar uma atmosfera aconchegante e convidativa. Detalhes: Os detalhes fazem a diferença! Capriche na escolha de toalhas, louças, arranjos florais, lembrancinhas e outros elementos decorativos. https://alugarchacaras.com.br/ideias-criativas-para-decoracao-de-eventos-em-chacaras/ Read the full article
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hotnew-pt · 2 months
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Olimpíadas de 2024: o mergulhador Tom Daley retorna a Paris #ÚltimasNotícias #Suiça
Hot News – Celebrado como uma criança prodígio, intimidado pelos colegas: agora o grande retorno Aos 14 anos, ele saltou no coração dos torcedores do esporte. Aos 30 anos, ele conquistou a prata em seus quintos Jogos – graças a um desejo de seu filho Robbie. Publicado: 29 de julho de 2024, 19h59 Tom Daley com uma toalha colorida para secar: Ele é um representante e defensor da comunidade do…
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blogflores0 · 4 months
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Ideias para personalizar as suas almofadas com flores
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Almofadas personalizadas são cada vez mais comuns, seja como presente original e perfeito para uma ocasião especial, seja para criar o ambiente perfeito na decoração do seu lar. E é uma óptima maneira de se aliar a outra tendência do momento no que diz respeito à decoração de interiores: as plantas e os motivos florais. Na verdade, as plantas são uma óptima forma de conseguir uma decoração personalizada e original, mas também acolhedora, quente e orgânica. Numa altura em que se tem privilegiado o regresso ao natural, os motivos florais ganham também espaço junto dos padrões dos tecidos, seja dos cortinados, das toalhas de mesa ou, claro, dos sofás. E é aqui que entra em jogo as almofadas personalizadas, já que actualmente é muito fácil faze-lo sem sair sequer do conforto dos lar. Num site profissional como o Wanapix encontra um vasto catálogo de produtos que pode personalizar de acordo com o seu gosto, estilos e reais necessidades. Escolha, por exemplo, o modelo de almofada que pretende personalizar, decida qual o padrão ou o motivo floral que quer estampar e faça a sua encomenda. Graças à qualidade acima da média dos seus produtos e ao recurso da tecnologia de ponta, o site garante toda a satisfação dos seus clientes em poucos dias. ALMOFADAS COM FLORES Todas as mulheres adoram flores. Aliás, como é possível não gostar? Por isso, é uma óptima forma de personalizar as almofadas do seu sofá e da sua sala de estar com motivos florais. Escolha algumas imagens das suas flores favoritas ou, caso tenha plantas na sua sala, escolha o mesmo tipo de imagem para fazer a combinação perfeita. Contudo, certifique-se de que a imagem que escolhe tem qualidade suficiente para ser estampada sem perder definição ou contraste. ALMOFADAS COM PADRÕES FLORAIS Menos é mais, é uma máxima que qualquer arquitecto ou decorador sabe. E o minimalista voltou a estar na moda, sendo uma das tendências do momento. Por isso, os padrões florais são uma óptima forma de personalizar as almofadas do seu sofá. Se não gosta de motivos muito espampanantes, esta é uma forma de manter a temática floral na sua sala, criando um ambiente acolhedor e reconfortante.
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ALMOFADAS COM PAISAGENS NATURAIS Uma óptima forma de personalizar as suas almofadas da sala de estar com motivos florais é recorrendo a paisagens naturais. Evite figuras humanas ou animais e foque-se antes nas plantas, em árvores ou flores. Imagens de florestas ou de selvas tropicais dão sempre óptimas pinturas. Por isso, porque não transportar essa ideia para as suas almofadas do sofá? A imaginação é o limite, não tenha receio de ser criativa. ALMOFADAS COM PLANTAS Ao contrário das flores, que podem ser demasiado coloridas ou berrantes, as plantas são mais contidas e fáceis de combinar com o resto da decoração. Além disso, se já tem na sua sala de estar vários vasos com plantas, esse é apenas mais um motivo para decorar as suas almofadas do sofá com plantas. O verde é uma cor com comprovados benefícios relaxastes e, além disso, combina bem com quase tudo. Por isso, é mais uma óptima opção para quem procura personalizar as suas almofadas com motivos florais e naturais. Read the full article
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mulherama · 5 months
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15 ideias de como usar o bordado na decoração de sua casa
Ama inovar na decoração? Teste o bordado! É possível usá-lo nos bastidores nas estantes, no banheiro e muito mais!
Se você gosta de objetos de decoração diferentes e delicados, pode ser uma boa apostar no bordado. Comumente usado em roupas e toalhas, também é possível pensar em outras possibilidades para usá-lo dentro de casa , como, por exemplo, pendurado em bastidores pelas paredes na casa, em flâmulas de boas vindas na casa e até em abajures.
Acredita-se que o bordado tenha surgido ainda nas civilizações antigas, sendo utilizada no Egito e na Grécia antiga. É possível encontrar registros do bordado até na Bíblia, sendo uma atividade realizada também pelo povo hebreu. A nobreza da Europa durante a Idade Média também bordava. Caso você deseje aprender a bordar, hoje em dia é possível fazer isso com a ajuda do YouTube .
Confira nossas sugestões para decoração:
1. Bordados combinados Já imaginou sua sala com vários bastidores? É possível juntar bastidores com bordados e vazios em uma linda composição! Além disso, você pode construir um “conceito” diferente para sua casa com bordados numa mesma paleta de cores.
2. Estilo minimalista Se você prefere o estilo minimalista, confira esse com essa pequena frase. Um charme! Além disso, é possível pendurar bastidores pequenos em alguns cantinhos da casa. Assim como os temáticos, o melhor é poder expressar sua personalidade!
3. Flâmulas É possível também bordar flâmulas: não necessariamente você precisa bordar em bastidores, já que essas bandeirinhas ficam lindas pela casa. Por exemplo, é possível também colocar na porta dos ambientes, especificando quais são eles.
4. Bordado no home office Que tal trazer beleza e delicadeza para o seu espaço de home office? Assim como as flâmulas, os bastidores com bordados podem ficar lindos nesse espaço.
5. As fases da Lua Ama astronomia? Com esses bordados lindos, é possível honrar as fases da lua na sua casa, de forma delicada e muito agradável. Assim como tecidos crus, esse tecido azul traz aquele charme!
6. Abajur Uma sugestão linda e diferente é bordar o abajur! Dessa forma, com a técnica do bordado mexicano, surge uma onda de personalidade na sua casa. Um charme!
7. Bordados na parede Se você curte a onda maximalista e ama ter a parede cheia de objetos amados, essa sugestão é a certa para você! Certamente uma composição de bastidores irá tornar o ambiente aconchegante.
8. Almofadas coloridas Bordado também fica lindo em almofadas e, melhor ainda, você pode usar motivos de sua preferência. Bem como o abajur, traz vida ao ambiente. O bordado na decoração vai te mostrar o quão colorida pode ser sua casa!
9. Bandeira com cores vivas Nada melhor do que se sentir acolhido em casa, certo? Por exemplo, ao invés do tradicional tapete de boas-vindas, você pode apostar em uma linda bandeirola bordada.
10. No cantinho das plantas Se você tem um cantinho para as plantas, apostar em uma bandeirinha bordada para “ornar” com elas também fica o máximo! Com certeza o toque final que seu jardim precisa!
11. Decoração da estante Os bordados em bastidores também pode ser usados como parte da decoração em estantes. Os bastidores certeza podem ser usados em qualquer lugar. Além disso, traz um toque doce ao ambiente.
12. Parede só de bordados Que tal uma opção mais diferenciada? Essa parede de bordados pode ser ótima para aquele espaço vazio e sem graça que você não sabe como preencher!
13. Borda do espelho Que tal apostar numa borda super moderna para o seu espelho? Definitivamente algo diferenciado, esse estilo está cada vez mais em alta!
14. Bordado na cozinha Voltando aos clássicos! Para os amantes da culinária, é possível usar bordados na cozinha também! O toque de decoração fica lindo e é super singelo. Certamente vai trazer um aconchego diferente para a sua cozinha.
15. Bordado no quarto de casal Por fim, os bordados podem ser excelentes para uma decoração diferenciada no quarto do casal: em vez da tradicional foto de família, que tal investir em bordados?
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flavia0vasco · 6 months
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SEQÜÊNCIA 8 - A ILHA DO PESCADOR
Separou a camiseta branca e a blusa de moletom bege siri, junto com a calça preta dela, antes de fechar a mochila. Usaria na manhã seguinte pra nova travessia. Para logo mais à noite reservara só o branco e as sandálias de couro. Também as calçaria no outro dia.
Na tarde anterior, às 5 horas, a traineira os descarregara para novas horas de lazer em Cabo Coral. A noite prometia. Um grande toldo branco estacado na areia guardava a área para a dança de casais ao som de uma grande caixa de som, sob as luzes de lâmpadas coloridas pendidas dos fios. O areião era coberto de lona preta evitando que ele se espalhasse, ou fizesse os passos mais pesados. De um lado e de outro, vinha a arquibancada. E na frente, ao sul, cadeiras de plástico brancas. Fileiras. Como uma nave de igreja. E ao norte, encabeçando um palanque, um grande holofote. Sob o qual, microfone e assento alto, além de uma mesinha com jarro e copo d’água - vestida de toalha branca rendada -, e portando o bolão giratório, figuravam. Um locutor de bingos - e correio-elegante -cantava as pedras, e nos intervalos, fazia correr o coração de papel, pelos quatro cantos, nas cestas de vime do menino Pardinho - moleque arretado, sardento, de cuca ruiva -, zunindo no passadio de tanta gente pra entregar o bilhetinho. E amores eram feitos. Ele, o Cupido. Era ele também que levava o palitinho pro espetar dos cartõezinhos da jogatina da sorte. E por prenda se tinha pares de sapatos congas, chinelos, ramalhetes florais, miçangas de conchas e cordões, cartuchos de doces de frutas cristalizadas como figo, mamão, marmelo e laranja, varas de pesca, vale-tickets para café da manhã e almoço na Pousada do Grilo, a mais afamada da região, por seus quitutes e peixada no azeite–de-dendê, jogo de panelas de alumínio, canecas de times de futebol, vestidos de chita pra crianças, tabuleiros de jogo de mesa como xadrez, dama, gamão e jogo da velha, passadeiras pra corredores, bonecas de pano e sungas de banho.
A pipoca comia solta. E o amendoim e a cocada. Tinha pastel e chupe-chupe. Maria-mole. Bolinho de peixe e tapioca. A bebida mesmo, de álcool, faltava. O mar perto desapreciava. Só mesmo uma caldeirada de leve sangria de maçã, embalsamada num susto de champanha, pra acordar o espírito. Os sucos de frutas coroavam iluminados, e adocicados o triunfo desses rigores salutares. No mais, água.
Isso tudo se passava ao largo de minha ventura própria. Perto.
No mar.
Cena “X”: (Plano Geral) (Som: vento/ camisa ricocheteando) Do alto. André rodopia de braços abertos a 100 m da quermesse.
Cena “X”: (Plano Médio) (Som: "Pescador" - Mestre Ambrósio ou "Sem Ganzá não é côco" - Chico Cézar/ burburinho ao fundo) André, braços abertos a rodopiar. Quermesse, ao fundo.
...  só, destampei a falar asneiras ao léo, bem alto, a rodopiar de braços abertos, soltos, no espocar das ondas espraiadas aos meus pés. Ao contrário dos caretas, ali atrás, impedidos de travessuras bombásticas assim, eu antes me embebi em mel e cachaça nos arrabaldes da quermesse, num cubículo de um balcão só. A temperatura do ambiente ali era alta, encardida, cor de terra queimada, recobrindo as paredes e os móveis, em meio ao converseiro do grupelho de três ou quatro, sentado, de pernas cruzadas, à porta. A entrada e saída era rápida. Reservada para a guarnição. Pitéu de siri. Ou quiche de camarão. Que vinham buscar. Em pé, enrodeados, lá fora, esperando, cada um a sua vez, ficavam. A prateleira de tábua velha, corcunda com o peso, encarquilhava garrafas e garrafas de groselha, e licores de amora silvestre, melancia e abricó. Salvava no meio deles um tonel de “marvada”, munido de bica pra quem apreciasse a bebida, pura; ou com mel. Aceitei da segunda. Mandei um, dois quiches de camarão com geléia de abricó. Que ali, numa estante pequena, tal geléia também se vendia, tanto quanto das demais frutas, a amora e a melancia. Bebi sem meias peias, o que parece muito. Mas, meu sangue puro e fraco, com pouco se entrega fácil demais às desmesuras do etanol. Logo estava embriagado.
No mar:
Cena “X”: (Plano Americano) Câmara atrás de André, voltada para o mar. Braços abertos a rodopiar.
... minha roupa branca soprava fustigada com a força do vento na beira da praia. Restos de luz me pegavam da grande cobertura e arena iluminadas por refletores e lâmpadas na agremiação. Esquecido do frio, eu girava, sob os pés descalços, livres das sandálias de couro, me rindo à toa sem motivo, e tudo ao meu redor me fazia girar. Minha cabeça, a girar. Sob o giro das coisas ao redor. Nesse momento, eu era alegria. Solto. Respirando liberdade. Feito pássaro a voar. Leve. Nada sentindo pesar. A não ser a garrafa de licor que carregava, no alto, deslocada na extensão dos meus braços, a cada gole molhando meus lábios, e tingindo-os docemente de preto rubro. Meu estômago embrulhou. O que parecia incerto - o mergulho - encontrou vazão na falência dos meus sentidos, e fui encontrar solução para o meu enjôo no mar. Mergulhei. Ninguém parecia ver. O súbito gelo a me tomar tragou de mim toda a bebedeira, trazendo-me acalante a sobriedade, e um gole revivescente da água salgada, eu trouxe na garganta abaixo, com as mãos, em concha, pra bater limpo no estômago, a cura do mar.
Devolvi meu tronco e pernas contra a correnteza no vai-e-vem das ondas, na direção da orla, vencendo estonteante, a resistência do embate. Pouco a pouco, avancei, e fui saindo inteiro. Meus cabelos castanhos a tocarem-me o rosto entre as mechas, escorreram pelo pescoço. Minha magreza era vista agora, mais anoréxica ainda. Colada, úmida, sob o manto da camisa branca franzida de encharcada água - que imóvel parecia indiferente ao vento que fazia. Meus braços vinham tombados e bambos ao longo do corpo. Volta e meia meus olhos ardentes obtiam o alívio do sal ao esfregá-los; e, as madeixas rebeldes, arrancadas da fronte, abriam-me pouco a pouco a visão. Segui adiante, sob meus passos ainda cambaleantes. Trôpego, calcei as sandálias. Alguma arruaça tinha se formado a meio caminho, com algumas crianças, e alguns adultos curiosos atentos ao que ocorria, montando vigilância a fim de acorrerem em caso de anormalidade.
Com frio trincante agora, eu me envergonhava. Mal podia olhar pra cara estupefata de uma ou outra pessoa, a cujo caminho eu atravessava. Fizera uma estrepolia. Senão inconseqüência, repreensível. E, em momento algum, quisera chamar atenção. Em momento algum. Tinha sido boa a bebedeira, apesar de não ter passado desapercebida. Mas, isso em nada me afetava, quase, afinal, pois não devia nada a ninguém. E, ali, ninguém me conhecia.
Voltei pra pousada correndo, como pude.  E me despi logo que cheguei pra me jogar de vez num chuveiro quente. A cabeça, contudo, não lavei. Deixei pra que terminasse de secar, e eu pudesse dormir mais adiante. Assim foi feito. Enquanto esperava, aproveitei pra pesquisas e anotações. Saiu o texto da pescaria.
***
André deixa atrás de si a viagem turística, e parte rumo a uma aventura junto ao desconhecido, no cerne de uma nova Utopia encantada
CANTO I
“Ó, Aclamado dia! O de fugir, longe da Civilização. Uma lancha me esperava nas margens do ancoradouro. Balouçava mansa minha bagagem, tanta, a essa altura revolta. Suja a roupa toda, a sabão merecendo a trouxa. Longe eu ia vasculhar outra terra, além-mar, Caronte a me guiar, de ilha sem algum lugar, pra eu lá chegar. Era ilha onde se vai pescar, com nome importante de gente por lá. Quase nenhuma alma a nunca lhe atravessar, o Portal da Ilha Perdida não a deixar. Comitiva nenhuma não há, também não carece surtar. Há muito que se vê lá, apesar de estória nenhuma nos chegar. É um mistério que a cerca, a Ilha do Pescador em pleno ar, sagrado seu canto louvor, da natureza intocada, infinda, que a tudo se diz não perdida estar, e dentro do mundo insertar. Basta com os olhos abertos flertar, e à sua venda descortinar, para ver o quão maciça é em seu flutuar, ao elevar-se como uma pena no ar. Ali tudo é possível, que cá: pra frente pra trás o andar, de costas de pernas pro ar, sem nunca parar de obrar: as artes que uma criança faz.
As coisas que na terra há são dadas à carniça amar, como à carcaça animal cheirar: tão fétido (!) fedor a alma a exalar entre a vida e a morte, ainda quente a estar, vendo num salto mortal a ave de rapina lhe exortar, tal qual matéria putrefata ao sol, ao luar ...
Essas, a outras cousas, são favas da vida da gente a caiar os sonhos do além-mar: o poder ser e ter um cantinho de Deus, que seja a poética prosaica, dos filhos e dos cantos do mar.
: ou, o labirinto que nos lança, o microrganismo que a tudo enreda, levando à (de)composição a vida que há. Adeus, no mundo sem vida, ao verme que a tudo dá, mas na ilha ainda ele há de calhar, com seus pontos fortes, e a todo o ciclo vital fazer girar, como na carcaça cabe lembrar ‘o que um dia era vivo e no outro dir-se-á: a morte ainda virá’”.
Estreitamos em três o caminho. As horas. Passaram rápidas. Mas, à medida que nos aproximávamos, mais lentos parecíamos ir: como um homem a deslizar num campo de horizonte de eventos à beira de um buraco negro, cuja irresistível e tremenda força de atração gravitacional, não lhe deixasse escapar, e nos parecesse de algum lugar bem longe dali, vê-lo cair cada vez mais, mais lentamente, apesar da máxima velocidade ele estando a alcançar.
Lento, lento ... muito lento. Muito lentamente. Até cair no sono, e dormir. O que vi ali, não sei se acordado ou dormindo, foi um canoeiro, que veio me buscar, com um cajado rajado, ao lado, na mão direita, em pé, apoiado, o mesmo que se lhe prestava a remar. A neblina espessa cobria os flancos de uma canoa, que na verdade, mais parecia uma galé ou nau em miniatura, trazendo desde a quilha até à proa, sobre o corpo todo, bem à frente, como carranca, a cabeça de uma cobra, bem marchetada a assustar. Em meio ao pântano, vinha abrindo caminho o canoeiro, em traje cru – ou, roupana. Quase não se movia. Movimentos curtos, lentos. A cabeça, às vezes, volvia: toda ela, careca.
Alcançou-me, deveras, nem dia nem noite fazia. Uma ausência de tempo, eu sentia. A bruma densa descorava de eivado branco, o cinza. Um bafo azinhavre subia dos vapores d’água, aquecidos, nos gases borbulhantes dos gêiseres, de cujo torto desenho fugíamos. Me cambiei pra barca de Caronte, já no outro lado do Estige. Depois, tendo estado às raias da Ilha Pedida, de nada me lembro, de ter visto como me aludira, outrora, o velho, partido. Mas, passado o limiar de qual cenário não acudido, inundou-nos tal luz, que antes que nos engolfasse fez estender Caronte a sua mão, e lembrando-me do passe a pagar-lhe, depositei nela a moeda para o Portal do Tempo defronte passar.
Um nevoeiro então enegrecido, num turbilhão envolvido, passou densamente a girar. Do centro se abriu, e mais denso ainda da borda fez a roda girar. Era um redemoinho, voraz a me tragar. Uma ventania logo se fez, quase roubando-me a roupa, difícil de controlar. Contra tanta pressão não podia meu corpo lutar. Enquanto eu rijo, enquanto pude, me dobrava como vara, ou um bambu, Caronte nem de longe mexia. Era um só bate-estaca a olhar.
Sem ter onde me agarrar, a centrifugação venceu-me a resistência e fui sugado, violentamente, naquela direção, em que um enorme bocal amedrontador e ruidoso, lançou-me num tubo de sucção, engolindo atrás de si toda a luz radiante, e deixando-me na mais profunda escuridão. Bastou esse ínterim para que num átimo de segundo a porta toda se fechasse. E já nem mais os “habitantes” da ilha, nem mesmo Caronte me vissem jamais. Eu, nesse tempo, havia zarpado.
***
Inconsciente, tombara nalgum lugar de uma floresta. O chão úmido, lodoso, encardia toda a minha vestimenta, e o rosto. Ao primeiro sinal de despertar, ocorreu-me logo como tinha ido parar ali. Em seguida, um susto de supetão me tomou, antes que visse a um braço de distância meus pertences. De alguma forma, tive um deslumbramento de que eles não seriam tão úteis assim. Mas, miraculosos. Sentia-me no meio do nada. Guardado, apenas, por sentinelas. Altas árvores recobrindo o céu. Não podia aventar o que seria de mim. Estava lançado à sorte. Cedo ou tarde o cansaço e a fome me abateriam. Precisava contar com alguém pra vir em meu encalço. Mas, quem se eu nada sabia, nem ninguém me conhecia. Esse foi meu desespero.
Desejei aquele túnel roubar-me a consciência de novo, e me livrar dali. Era desconhecido demais. Por fim, a andança e a empresa para dar cabo de empestamento de insetos, perigos incautos à espreita – que me acossariam ao longo de toda a jornada - e um sem número de manifestações sobrenaturais da natureza consumiram minhas energias, e fui dar num riacho, às margens do qual, me estirei e bebi, sedento, de suas águas, vindo a banhar-me nele para acalmar meu espírito.
Não sei quantos dias tomou. A mata cerrada escondera a lua, ocultando-me sua face. Tanto quanto o sol era parco por entre as fissuras das plantas acima. Apenas a clareira, agora, reluzia sob fúlgidos raios sentidos. O mormaço era incólume a essa abertura na atmosfera. Um oásis para o interior da floresta. Sinto que fui falindo, rendendo-me ao meu próprio peso.
Sonhei com os motores dos carros a roncarem na minha cabeça. Era tudo o que ouvia do meu quarto, em São Paulo. Rom Rom Rom ... Rom Rom Rom ... Rom Rom Rom ...
Cena “X”: André se vê correndo em disparada, acuado. (Smasch cut)
***
De repente, acorda assustado.
Deu de cara com as paredes finas de madeira rachada à sua frente. Um cheiro campeiro de pêlo de animal molhado, latrina, e esterco, profusos, no ar. Uma leve sacudidela da estrutura sob a qual estava lhe tomava a cabeça zonza. Não sem se inquietar, foi lá fora olhar: estava sobre uma palafita.
De certo com os animais enxovalhados para as bandas baixas da planície, na vazante, sobrou-lhe o merecido estábulo. Como posto provisório. Por certo. De qualquer forma, alguém tinha lhe dado a mão. Tinha sido encontrado, e não dado como morto. Ali estava ele naquele quadrante flutuante, sem poder acorrer a nenhum lugar, por ora, à espera de um salvador aportar.
E foi Terêncio ... ruguento. Foi se chegando na barca à beira do igarapé, rondilhado da água reinante. Os olhinhos miúdos, espicaçentos, por sob os cabelos pretos cortados a escovinha, vasculharam o menino-garrote, que ainda não reconhecia naquela arribação traço nenhum de pertencimento. Ainda assim, passou a cuia com pão e uma mistura à base de farinha de mandioca e feijão pra fartar a fome infame do retirante extraviado, de viagem ainda não intuída.
André não titubeou. Tomou ávido da cumbuca, e devorou o alimento. Foi o primeiro sinal que viu de que tinha encontrado um verdadeiro amigo.  Daí em diante o desenlace entre ambos não mais se deu.
***
Foi da boca de Terêncio, justamente, que pela primeira vez André ouviu uma narrativa autêntica sobre o Pescador. E foi também a partir daí, que sua admiração por aquele ser tão mitificado, se tornou mais uma obsessão em sua paixão por estórias de mar e de pescadores.
Conta a lenda que desde o ano que chegou na ilha, não se tinha notícia de ter sido visto em nenhum lugar. Vivo mesmo eram só os boatos, e lendas. Todos ignoravam a sua existência. Exceto um homem, o Criolo. Um negro quilombola, de olhos vermelhos estriados, e pele retinta azul, e unhas compridas, corpanzudo, que negava na robustez e feições atléticas a idade que tinha. Criolo passava já dos 80, e era visto a pescar de vez em quando sozinho, a falar pelos cotovelos como um doido. Todos o temiam. Achavam ser vítima de sortilégio: da vez que entrou na cabana de Zé Ramiro, lançador de rede da turma de Geovardo da Lua, nunca mais foi o mesmo; vivia escondido pelos cantos do mundo, rogando pragas ...
Muito se acreditava que o falecido morador dali, o tal Zé Ramiro, nem mesmo antes de esfriar debaixo da terra, cedeu pouso em sua habitação ao dito fantasma do Pescador, que àquela altura sem o povo o saber, de fantasma não tinha nada. Estando mesmo por obra de artifício misterioso, reputado à uma cigana e longe do conhecimento de todos, vindo a convalescer por dias a fio ali, desacordado, sobre o rudimentar catre já destituído do corpo quente de outrora. Criam os moradores do povoado - versados no mito do canoeiro e do Portal Sagrado do Tempo guardado pelo barqueiro Caronte -, que vindo dos confins da Ilha Perdida o Pescador tratava-se de um ser mitológico ancestral de há tempos imemoriais atrelado ao espírito das baleias. E, por ter sido banido e condenado pelo irmão malfeitor Thanos a se desligar da ilha foi obrigado a vagar solitário para além dos limites da realidade e do sonho, da vida e da morte, do tempo e da eternidade, passando desencarnado à deriva de sua natureza primordial, a qual era: a de lutar sempre em benefício da coexistência pacífica da ilha e a perpetuação do santuário ecológico das baleias. Tal exílio, diga-se de passagem, foi causado por ter-se quebrado um mítico tabu num antigo ritual sagrado do povo dali.  
Dito isto, vem a seguir como tudo se deu:
Foi o negro arrumar o corpo do defunto Zé Ramiro - conhecedor que era das artes de embalsamento, de ervas espirituais e do disfarçamento do forte bodum -, ... que o estranho se deu! José Maria, outro do grupo de Geovardo, correu pela porta adentro, num apavoramento, e declarou ter visto vindo do céu, o que não sabia dizer o que era, mas que feriu-lhe os olhos tão forte o clarão, e a coisa foi ter longe da praia, próximo à linha do horizonte, como um ponto de luz. Até que desse ali naquela areia branca, não se sabia que o que pousara do céu feito o vôo de uma fragata fulgurante era um barco à vela, às voltas de uma baleia, semi-destruído, sem ter em seu interior uma alma viva ou coisa outra qualquer; senão que dois estranhos objetos - sendo um deles, uma espécie de frágil caixa de madeira; e, o outro, as folhas de pardo material manuseável, logrado em tinta preta, com traços ininteligíveis, de fácil despedaçamento.
Sem poder deixar o defunto sem unção, Criolo negou-se a ir ver do que se tratava. Continuou suas rezas de raízes negras com pajelança, feito ribeirinho que era, e, surpreendentemente, três vezes condenou-o o espírito: na primeira, relutou que seus andejos pelo mundo espiritual se despregassem da ilha; na segunda, jurou-lhe perseguir caso a extricação não fosse cumprida; e, na terceira ordenou que se lhe emprestasse corpo substituto para que não vagasse sem rumo, afinal.
Na hora sem ver presteza naquilo, o pobre negro não quis aludir. Mas, sendo mais forte o pensamento daquele sobre o seu, não viu outro jeito senão tomar por solução o contato com o desaparecido náufrago, que devia estar às vias das cercanias daquela embarcação; vinda sabe-se lá de onde. Dentro, sobre o tapume, estava a Dracca, a moeda sagrada do Portal do Tempo. Desde sempre invisível aos olhos dos não predestinados. Somente a mão crioula reconheceu-lhe o peso da existência. Vista, pairou antes, breve, no ar. Reza a lenda que só quem transita magicamente entre o mundo dos vivos e dos mortos é capaz de enxergá-la. Ou, os de coração puro, sendo capazes de transmiti-la a outro iniciado.
Naquele dia, ninguém soube quem deu pouso ao Pescador na cabana. Nem mesmo Criolo. Mas, encomendou à alma do finado Zé Ramiro que tomasse o corpo do perdido náufrago, para lhe pôr os pés na ilha. E assim, se fez.
O defunto - por precaução, ou vadiagem, ou mesmo ruindade - voltou contra o seu próprio benfeitor um sortilégio em que para furtar-se a qualquer contrafeita de seus pedidos malfazejos, ao negro encantaria. E o negro aluou.
Se o espírito de Zé Ramiro vingou a contento ou não na pele do desaparecido náufrago, de sua feita pouco se sabe. A língua do povo diz que não: “o Pescador não se deixa levar”, dizem. As conversas com o quilombola mais tarde eternizadas em estórias que se espalharam por toda a ilha, parece também, dizem que não. Mas, o negro caducou.
Fato foi que, deu-se, porém, à chegada do Pescador na ilha encantada, território das baleias - únicos seres animais a reconhecê-lo em sua ancestralidade, e pôr nele os olhos - uma maldição que o acompanhou por onde fosse. A mesma cunhou na sua morte as condições para sua salvação e destino. Assim, sentenciava-se: só ser visto por puros e crédulos de coração, até o último dia de sua vida terrena. A exceção se daria exatamente nesse último dia de vida. Quando expirasse o ar de seus pulmões. Aí a maldição falhava. E todos o veriam.
Pois bem, o único a pôr-lhe os olhos quando chegou à ilha foi Criolo. Aluado, que já era. A cigana também, mas não sabia. A barreira da comunicação aparentemente intransponível entre o Pescador e o negro foi transcendida milagrosamente ao longo de imerso e intenso convívio, à espreita da vida local. Com ele Criolo tinha longas conversas desse e do outro mundo, o dos mortos. E o de onde viera o Pescador. E o de onde não se sabia onde ia se dar, o enigmático mundo vindouro. Entre ambos os amigos, desafiavam-se as leis e noções pré-estabelecidas. Mas, o Pescador pouco falava de si. Mantinha segredo de seus medos, traumas e feridas.
Criolo esteve assim na companhia do amigo por um ano, até cumprir sua sina, como pescador, e ir se estender numa esteira debaixo duma camada funda de sete palmos de massapé. Já desde os 70, bem vividos, que deixara a lida com a pesca por precisão, e se cumpria subir ou descer o rio por pura diversão. Mas, desde mesmo que o Pescador apareceu em sua vida, que recuperou foi a alegria boa de viver, das vezes e outras que dividiam boa prosa juntos nas andanças pelas matas adentro, e subiam o rio arriba em cima da mesma canoa. Gritando o negro, ao léo, nessas ocasiões, sob forte euforia em sua plena “vislumbração”: "Ó, que do lado do Pescador tudo é só uma grande alegria!”. E a loucura meio que passava.
Foi através dele, que num último suspiro, o Pescador recebeu a moeda de prata. Mágica e instintivamente ligou-se, logo, a ela. Enquanto estava moribundo, Criolo revelou, delirante, suas visões desconexas e descabidas, quanto a um futuro incerto do amigo no outro lado do mundo, apartado das demais almas, dividido entre idas e vindas sofridas ao continente de origem. Seu desgraçado apego aos erros do passado o fariam ter que se haver com os resgate de coisas terrenas e ancestrais.
Foi tudo o que me disse Terêncio.
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fanfiiction-world · 7 months
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•| ⊱Capítulo 3 - Novas Amizades⊰ |•
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"Apenas com a permissão de teu ancião gerarás outro de tua raça. Se criares outro sem a permissão de teu ancião, tu e tua progênie serão sacrificados."-3ª Tradição: A progênie.
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Pov de Alexs
Acordei com uma tremenda dor de cabeça, o local estava totalmente escuro, tentei me levantar, mas senti tontura e logo voltei a me deitar. Fiquei deitada apenas tentando deixar aquela zonzeira passar e assim que passou fui me levantando devagar, fui tateando os móveis até chegar a janela e abri a cortina lentamente.
O dia estava nublado, nuvens escuras cobriam o céu de Londres, não me surpreendi por ter acordado em minha cama, é sempre assim. Será que Liam havia me trazido pra casa? Logo fui até o banheiro, me despi e liguei o chuveiro, ajustando a temperatura e entrando de baixo da água quentinha. Acho que fiquei parada por uns 5 minutos, apenas deixando a água cair sob meu corpo, eu queria colocar as ideias no lugar, tudo estava confuso em minha cabeça.
Lembro-me do beijo... Aquela voz que tanto me atormenta... Liam ficando estranho de repente... Tudo começou a rodar e acabei desmaiando. Assim que tomei meu banho, desliguei o chuveiro, peguei a toalha e me enxuguei e fui para meu closet escolher uma roupa. Como eu não iria sair, vesti minhas peças intimas, peguei uma calça de moletom preta, uma regata e a blusa do moletom também preto. Na verdade todas as minhas roupas são pretas, não curto roupa toda colorida, cor é alegria e não sou uma pessoa alegre.
Coloquei meias e vesti meu velho all star preto, penteei meus cabelos e o deixei solto mesmo e logo desci, encontrando Bárbara ajeitando a sala.
_ Boa tarde menina, como você está?
_ Péssima pra variar. –Eu disse pegando-a pela mão e a puxando até o sofá, a fiz se sentar e logo em seguida me deitei colocando a cabeça em seu colo e ela começou a fazer carinho em minha cabeça, como eu gostava disso.
_ Bebeu demais noite passada? –Bárbara disse carinhosa.
_ Na verdade não. Não me senti bem e um amigo me trouxe pra casa. Por falar nisso... Você o viu por aí?
_ Não, nem vi você chegar. –Ela disse sorrindo. – Finalmente encontrou um amigo... Qual o nome dele?
_ Liam... –Eu disse pensando nele e no beijo. – Liam Payne.
_ Meu Deus menina! –Bárbara disse surpresa. – É a primeira vez que a vejo sorrindo! Ele é bonito?
_ Sim, pra falar a verdade ele é lindo.
_ E pelo sorriso... Aconteceu algo.
_ Ah... Tipo que ele me beijou.
_ E você gostou?
_ Sim, até que pro meu primeiro beijo foi ótimo.
Passamos a tarde toda conversando, Bárbara era como uma mãe pra mim, sempre era doce e sempre me compreendia, conversava comigo, me dava bons conselhos. Ela é uma senhora de 70 anos, trabalhava para meus pais, e está na casa até hoje. Ela sabe muito bem como lidar com tudo isso, eu não a considero apenas uma governanta, ela tem total acesso a tudo o que diz respeito a família Dakvell, ela é quem resolve tudo pra mim por aqui, enquanto eu tento levar uma vida normal. Passei os últimos dias de férias trancada dentro de casa, não sei, mas algo dentro de mim pedia pra que eu não saísse e acabei ficando e arrumando minhas coisas para o 1º dia de aula.
Durante os dias que fiquei em casa tive sempre o mesmo sonho, o sonho que sempre me atormenta, mas dessa vez pude senti-lo. Ele me tocava delicadamente como se eu fosse de cristal, ele dizia que tinha medo de me machucar. Seu toque era frio e entrava em contraste com minha pele quente, seu cheiro era único e viciante e sua voz me enlouquecia. Ele repetia as mesmas palavras, que eu pertencia a ele somente, mas quem era ele? Ele tinha apenas forma e textura, mas eu não sei o seu nome, muito menos vi o seu rosto. Acho que é falta de ter amigos, por isso que sempre sonho com "ELE". Será que seremos amigos um dia? Será que irei finalmente conhece-lo?
Liam praticamente sumiu, mas também não fui atrás dele, acho que se ele tivesse gostado mesmo de mim teria vindo me procurar, já que me trouxe até em casa. E foi assim que passei os restantes dos dias, sozinha.
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O despertador tocou e eu simplesmente o taquei na parede. Já disse que odeio acordar cedo? Nem sei que horas fui dormir, pois como Bárbara mesma diz sou um ser da noite. No Brasil eu estudava a noite, por isso não tinha problemas com isso, mas em Londres a realidade era outra, eu teria que me acostumar cedo. Ainda bem que este seria o ultimo ano, pois assim eu faria faculdade em qualquer lugar que não teria que acordar cedo.
Logo Barbara veio me acordar, me fazendo ir para o banheiro enquanto arrumava o meu uniforme, serio isso? Eu de uniforme? Vou ficar linda né? Odeio usar roupas coloridas, ainda bem que é um azul escuro, se não eu teria sérios problemas com isso. Assim que tomei banho, me enxuguei e fui colocar a roupa que Barbara pegou pra mim, deixei meu cabelo solto, fiz apenas uma make básica (pra não assustar o povo logo no 1º dia de aula), peguei minha bolsa e desci. Já na cozinha, Barbara me fez comer alguma coisa e finalmente me liberou pra ir para o inferno. Ops! Quero dizer escola. O que eu realmente não gostei foi ter ido de carro, mas já deixei claro que pra voltar eu me virava sozinha.
Cheguei na escola e fui pegar meu horário, depois de tudo explicado pelo diretor fui até meu armário, deixei algumas coisas nele e fui direto para a 1ª aula, geografia. Assim que entrei atraí olhares curiosos sobre mim, mas nem liguei, vi lugares ao fundo e fui pra lá me sentar. Me sentei e peguei meu celular e comecei a jogar, eu ouvia os burburinhos e quando eu olhava, as pessoas estava me olhando descaradamente, como odeio escola nova. Não demorou muito para que uma garota se aproximasse de mim, e pelo visto ela parecia ser uma popular.
_ Oi. –Ela disse toda sorridente. – Me chamo Caroline Summers e você deve ser a novata Alexandra Dakvell.
_ E...? –Eu disse fazendo com que ela continuasse a falar.
_ Eu já ouvi muito falar de você. Nossos pais eram muito amigos.
_ Engraçado... Nunca ouvi falar de você. –Eu disse ainda seria.
_ Você estava no Brasil, não tinha contato com seus pais e por isso não ouviu falar de mim. –Ela disse ainda sorrindo, será que ela me acha com cara de dentista? – Mas eu vim aqui pra resolver o seu problema.
_ Problema? Que problema? –Eu disse começando a me irritar.
_ Sei que você não tem amigos e...
_ Não conheço ninguém por aqui e prefiro que continue assim. –Eu disse seca deixando a garota sem graça. – Não tenho amigos por opção.
_ Não sou mais seu amigo? –Disse aquela voz que eu conhecia muito bem o que fez um sorriso brotar em meus lábios.
_ Lobão?
_ Ganhei apelido agora? –Ele disse todo sedutor vindo em minha direção. –Gostei. –Ele disse jogando uma piscadela.
_ Vocês já se conhecem? –A garota disse irritada.
_ Nos conhecemos uma noite aí... Mas isso não é da sua conta Summers. –Ele disse sem olhar pra ela.
_ Eu só queria...
_ Sai fora! Deixe a garota em paz!
Nisso a garota saiu furiosa e Liam se sentou ao meu lado.
_ Você sumiu. –Ele disse passando o braço por trás da cadeira e me olhando intensamente.
_ Você que sumiu. Sabia onde eu morava e nem foi me visitar. 
_ Desculpe... Tive que resolver alguns problemas fora da cidade e só voltei ontem à noite.
_ Tudo bem, você não me deve nenhuma explicação... Não somos nada um do outro. –Eu disse voltando a atenção para o meu celular.
Sem dizer nada ele pegou meu celular, discou alguns números e logo em seguida o celular dele começou a tocar.
_ Pronto. Agora temos o número um do outro. Quando precisar é só me ligar, mandar mensagem...
_ Sua namorada não está gostando nada de te ver aqui comigo. –Eu disse pegando meu celular da mão dele.
_ Ela não é minha namorada. Estou de olho em uma garota aí... Sei que será meio que impossível ficarmos juntos, mas amo desafios...
_ Legal... Ela é uma garota de sorte por ter o seu coração. –Eu disse ficando seria novamente.
Ele ia dizer alguma coisa quando finalmente o professor entrou na sala. Claro que tive que ir na frente da sala toda dizer algumas coisas sobre mim, mas me limitei a responder. As duas primeiras aulas foram de geografia, um verdadeiro tédio. Eu queria dormir, mas Liam não deixava, me fazia prestar atenção na aula.
Assim que o sinal tocou para a próxima aula me levantei e sai da sala sem nem olhar pra trás pra ver o que Liam queria comigo, ele me chamava insistentemente, mas nem liguei, fui até meu armário, peguei o livro de matemática, e logo fui procurar a sala. Acho que alguém lá em cima ouviu minhas preces, pois Liam nem Caroline estavam na sala, fui direto pro fundo da sala e me sentei isolada como sempre. Eu estava com a cabeça deitada com a cabeça em minha bolsa de olhos fechados, quando ouço uma voz rouca que me fez arrepiar.
_ Com licença... Posso me sentar aqui com você?
_ Hum...? –Eu disse meio sonolenta olhando para um rapaz incrivelmente lindo parado em minha frente. Ele tinha olhos verdes mais lindos que eu já vi em minha vida. – O que? –Eu disse confusa.
_ Posso me sentar com você? As outras mesas já estão cheias e...
_ Ah... Tudo bem. Fica a vontade. –Eu disse voltando a deitar minha cabeça na bolsa e fechando os olhos.
_ Vejo que não dormiu a noite... Você parece tão cansada... Sonhos que te atormentam? Você é um ser da noite... Assim como eu.
_ Como...? –Eu disse olhando pra ele novamente.
_ Apenas sei. –Ele disse com um lindo sorriso diabólico nos lábios. – Harry Styles. –Ele disse pegando minha mão e beijando delicadamente, sua pele era fria, assim como a sombra do meu sonho.
_ Prazer... Sou...
_ Alexandra Dakvell...
_ Como você sabe? –Eu disse erguendo uma sobrancelha.
_ As noticias voam nessa cidade. Sem contar que somos vizinhos.
_ Então você conheceu meus pais?
_ Conheci, mas não éramos amigos se é isso o que você está pensando. Eu moro sozinho e não com meus pais, por isso não tinha nenhum contato direto com sua família.
_ Você não está fazendo amizade comigo por causa deles então?
_ Porque eu faria isso? Dinheiro? Não tenho problemas quanto a isso. Território? Acredite seu pai não era o dono da cidade.
_ Porque todos dizem de certa forma de que meu pai era um tipo de líder de uma gang? O que foi que eu perdi esse tempo que fiquei fora? Meu pai era um mafioso por acaso?
Nisso ele deu uma risada estrondosa fazendo todos nos olharem.
_ Você não sabe de nada não é?
_ De nada o que? –Eu disse sem entender aquela conversa sem pé nem cabeça.
_ Do mundo onde você vive?
Quando eu fui falar algo a professora entrou já mandando todos se calarem e logo começando sua aula. Eu estava vendo que todos ao meu redor eram loucos ou estavam tomando algum tipo de droga que eu desconhecia.
A aula passou rapidamente, assim que o sinal tocou peguei minhas coisas e ia me levantar quando Styles segurou em meu braço. Fomos juntos até o armário, deixamos nossas coisas e fomos para o refeitório e assim que Liam me viu fechou a cara em uma carranca de dar medo e logo veio em nossa direção.
_ Você está bem Alexs? –Ele disse sem tirar o olho de Harry que também estava serio.
_ Estou por quê? – Disse sem entender.
_ Você é amiga desse... –Harry dizia como se estivesse com nojo de Liam.
_ Pode parar os dois. Eu nunca tive amigos e agora que consegui fazer amizade vocês dois não vão estragar isso. –Eu disse pegando na mão dos dois. – Se vocês tem alguma treta mal resolvida esqueçam isso agora! Venham! –Eu disse puxando os dois.
Logo fomos pegar algo pra comer e fomos nos sentar em uma mesa vazia, mas o que estava me incomodando era que o refeitório inteiro nos olhavam com uma cara de espanto. Me sentei e logo Harry se sentou de um lado e Liam do outro. O clima ainda estava tenso, então resolvi acalmar os ânimos.
_ Mas então... Qual é o problema de vocês dois? –Eu disse começando a devorar o meu lanche.
_ Digamos que somos de espécies diferentes. –Harry disse em um rosnado.
_ Eu também sou e não ligo pra isso. Acho até legal, assim as pessoas normais não se aproximam de mim pra me perturbar.
_ Você não tem noção de quem seja não é? – Disse Harry me olhando de um jeito estranho.
_ Ela não sabe de nada seu idiota. –Disse Liam irritado.
_ Quem você chamou de idiota? –Harry disse elevando a voz.
_ Parem já com isso! Mas que coisa! Vocês parecem duas crianças brigando! Pelas suas ideias toscas... –Eu disse olhando para Liam. –Eu poderia jurar que estou diante de uma briguinha de merda entre um lobisomem e um vampiro! –Eu disse baixo para que as pessoas não ouvissem.
_ Então você sabe...
_ Sabe o que? Enfim... Vocês são iludidos demais! Se vocês querem minha amizade podem parar com essa briguinha ok. –Eu disse me levantando.
_ Aonde você vai? – Os dois perguntaram ao mesmo tempo.
_ Vou deixar vocês dois resolverem essa briguinha idiota de vocês. Quando vocês resolverem alguma coisa... É só me procurar.
Sai e deixei os dois sozinhos na mesa, odeio ver as pessoas brigando.
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Pov de Harry
Desde que essa garota veio morar ao lado da minha casa fiquei louco, seu cheiro é viciante e único e fiz de tudo para me manter longe dela. Outro dia a encontrei no cemitério junto daquele cachorro fedorento, mas eles não estavam sós, havia mais alguém ali, mas eu não vi ninguém, mas senti sua presença e não estávamos falando de qualquer um não e sim de alguém grande. Eu queria me aproximar, seu cheiro era tentador demais, mas ele acabou levando-a pra longe de mim. Fiquei tentado a visita-la, mas como eu entraria em sua casa? O máximo que pude fazer foi observá-la de longe. Fiz de tudo para me aproximar dela, até mesmo me matriculei na escola, assim poderíamos ficar perto um do outro, mas eu não contava com aquele cachorro novamente.
Na primeira oportunidade eu me aproximei, mas ele veio querer entrar em uma comigo, mas Alexandra não deixou. Eu só não acabei com a raça desse fedorento por causa dela. Assim que ela saiu e nos deixou sozinhos naquele refeitório eu já fui claro e objetivo com ele.
_ Sai fora cachorro. Ela não é pra você. –Eu disse serio.
_ Muito menos pra você. –Ele disse debochadamente. – Caso você não tenha percebido... Ela já tem dono.
_ Nada que em um piscar de olhos eu não resolva.
_ Quer começar uma guerra? Aqui quem manda sou eu. –Ele disse em um rosnado. – Você e sua raça é que são intrusos aqui. Eu a escolhi, independente de que ela seja propriedade de alguém, e mexer com a fêmea de um alfa é assinar a sentença de morte.
_ É o que veremos Payne. –Eu disse me levantando. – E essa conversa ainda não acabou.
Eu estava vendo ali o começo de uma briga feia entre eu e Liam Payne.
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Pov de Alexs
Fala serio que aqueles dois vão ficar brigando mesmo? Eu é que não vou ficar no meio de alguma desavença deles! Eu estava distraída pensando nisso quando de repente um garoto brota do chão na minha frente.
_ Olá! –Ele disse com um largo sorriso. Porra, mas nessa escola só tem caras lindos!
_ Oi. –Eu disse sem emoção.
_ Não me diga que você está assim por causa daqueles dois?
_ Não gosto de brigas.
_ Não fica assim, esses dois se estranham desde que me entendo por gente. –Ele disse sentando-se ao me lado. – Eu só não entendo o porque do Styles ter se mudado pra cá sendo que ele sabe que aqui é território do Payne.
_ Território? –Eu disse sem entender. –Eu já estou acreditando que eles são filhos de mafiosos!
_ O Payne era o maioral na cidade até o Styles aparecer e querer mandar sabe. Eles não são mafiosos, mas vivem brigando igual a gato e rato. E aproposito... Sou Louis Tomlinson. –Ele disse estendendo a mão.
_ Alexandra Dakvell. –Eu disse pegando em sua mão.
Ficamos conversando até o sinal bater, vi Liam e Harry ao longe apenas me observando, mas nem liguei e fui com Louis para a próxima aula que seria de Educação Física. Fui apenas falar com a professora e logo fui me sentar na arquibancada. A aula custou a passar, mas finalmente o sinal tocou e logo fui pra sala de literatura, mas assim que entrei na sala vi Harry de um lado e Liam do outro, ambos no fundo me encarando, eu apenas entrei e fui me sentar ao fundo no meio dos dois, mas não dirigi nenhuma palavra a eles.
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Finalmente a aula havia acabado por hoje e eu não vi mais aqueles dois, pelo visto eles não se resolveram, pois nenhum dos dois vieram falar comigo. Fui pra casa com Louis, o conheci mais um pouco e descobri muitas coisas sobre ele, acho que estou começando a gostar desse lance de ter amigos. Assim que chegamos na esquina de casa nos despedimos e ele foi pra casa dele e eu pra minha, entrei, não havia ninguém como sempre, fui até a cozinha, bebi um copo de água e logo fui para meu quarto, precisava de um banho e cama, eu estava realmente exausta.
Assim que terminei meu banho, vesti uma calcinha, minha camiseta de dormir e me deitei, meus olhos estavam pesando e instantaneamente adormeci. De repente sinto como se alguém me observasse, abri meus olhos e vi Harry sentado na poltrona, ele me olhava intensamente, parecia que iria me devorar.
_ O que você está fazendo aqui? –Perguntei me sentando na cama, mas ele não me respondeu, apenas se levantou e veio em minha direção, senti sua mão fria em meu rosto e antes que eu pudesse falar algo, ele selou nossos lábios em um beijo selvagem.
Eu sabia que era errado, mas não conseguia para-lo, era mais forte do que eu. Logo ele foi me deitando na cama novamente, suas mãos percorriam meu corpo, me fazendo arrepiar pelo contrastes de temperatura de nossos corpos. Eu fervia por dentro, era uma mistura de sentimentos. Logo ele nos virou na cama me fazendo ficar por cima, não sei o que me deu, eu estava descontrolada. Rapidamente retirei sua camiseta e joguei em algum canto do meu quarto, me inclinei e fui descendo meus lábios por seu corpo, até que Harry nos virou novamente, tomando o controle da situação.
『Próximo』
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aportavermelha · 8 months
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Capítulo 12 - Desconfiando
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[Música de fundo: Bella’s Lullaby – Twilight Soundtrack – 00:00 – 01:28]
A manhã desabrochou laranja e colorida. Os raios de sol calmamente invadiam o quintal de gramado verde vivo da rep��blica da porta vermelha, número 1245 na Frost Street. Zac dormia com um braço pra fora da cama, babando o travesseiro, os cabelos caindo-lhe sobre o rosto. Derek abraçava o travesseiro, em posição fetal, vestido no seu pijama. Mitch dormia reta, com as mãos sobre a barriga, sua cabeça um pouco virada para a esquerda. Becky, com uma chupeta na boca, dormia de bruços, como um montinho de carne. Noah estava encolhido, abraçava a pelúcia do peixe Nemo e logo ao seu lado, Taylor, sem camisa e de bruços respirava pesado. Suas costas com pelos loiros, visíveis, ocupavam boa parte da cama. Os cabelos cheios, grossos e lisos caindo sobre seu rosto e pescoço reluziam com o sol que entrava pela janela.
Taylor mexeu as bochechas, e abriu um dos olhos. Piscou lentamente, sentou-se e debruçou-se sobre o colchão para fechar as cortinas. Levantou, espreguiçou o torso comprido e firme, porém sem nenhuma definição. Pelos loiros espalhados no peito, onde três pingentes dançavam, pendendo dos colares que Taylor usava. Fechou as cortinas para que a luz não acordasse os filhos, ainda estava muito cedo. Escovou os dentes no banheiro próximo e voltou ao quarto. Ao abrir a porta do pequeno guarda-roupa, viu seus velhos tênis de corrida sob dois pares de sapatos. “Hum!”, pensou. Nem lembrava qual foi a última vez que fez exercício de propósito, só de pensar, sentiu preguiça, mas como estava cedo e o dia convidativo, pôs um short e uma regata-machão preta surrada, calçou o par de tênis, desceu e comeu duas bananas, um pão com duas fatias de queijo e um copo de suco, depois saiu. A rua estava deserta, as demais casas não emitiam qualquer som, o sol subia no horizonte e uma brisa fresca soprou os cabelos de Taylor, que se alongava na calçada. As ruas do bairro Paperville eram planas e de asfalto liso, o que facilitava a caminhada. Depois de cinco quarteirões, Taylor apressou o passo, caminhando mais firme, então decidiu correr de leve. Quatro quarteirões, ele quase tombou com outra pessoa que cruzava a esquina. Rachel – Oh! Desculpe! Taylor, continuando a correr – Bom dia pra você também!
Rachel, o acompanhando – Há! Taylor! Não te vi, bom dia!
Taylor – Não sabia que você se exercitava tão cedo!
Rachel, ofegando – Tô tentando acompanhar a Jay, mas ela é atleta. Eu sou iniciante. Muito iniciante.
Taylor – Eu costumava andar de patins quando adolescente, e joguei um pouco de basquete também, depois disso… (gesticulou negativamente).
Rachel – Começar… é preciso.
Taylor – Pois é! E cadê a Jay?
Rachel – Ah, daqui a pouco ela aparece por aqui, dando volta na gente.
Mais alguns metros e os dois decidiram parar de correr e só caminhar. Jay passou por eles três vezes, correndo eletrizada, com os fones enfiados nos ouvidos. Rachel não falou muito, tampouco Taylor, ambos estavam tentando respirar o melhor possível. Um tempo depois, sentaram-se num banco na calçada paralela à casa de Rachel. Taylor, suado, passava as mãos nos cabelos molhados, e enxugava o rosto com uma toalha emprestada por Rachel, cujo rosto estava vermelho e a raíz do seu cabelo louro claro, preso num rabo de cavalo, molhada.
Taylor, com os braços estendidos ao longo do encosto do banco – Puxa vida… Tô muito fora de forma. Quase não consigo recuperar o fôlego.
Rachel, com a cabeça entre os joelhos, ofegante – Você se saiu até melhor do que eu.
Taylor – Que nada, não seja gentil assim, eu corri 30 segundos e comecei a arfar.
Rachel – Uau. Quem fala “arfar”?
Taylor – É uma palavra muito recorrente em livros infantis, ok? (Ele riu) Por exemplo, “A lebre arfou, perguntando…”, você não imagina como esses livros têm um vocabulário rebuscado.
Rachel, rindo – Pelo menos os seus filhos vão crescer com um palavreado melhor.
Taylor – Espero, quer dizer, eu já melhorei muito o meu.
Rachel – Bom pra você.Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos.
Taylor – E está tudo bem entre você e o John?
Rachel, agora com a respiração normalizada – Sim… Ai, sei lá. Não nos falamos desde então.
Taylor – Que pena.
Rachel – Não, é assim mesmo. Eu sei que ele é um idiota.
Taylor preferiu não falar nada. Passou a mão no cabelo novamente e olhou para frente.
Taylor – É, eu sabia que minha ex-mulher era uma idiota também.
Rachel, o observando – Pelo jeito como fala, parece que ainda a ama.
Taylor, hesitando – É… Acho que sim. Complicado isso. Ela não merece nada de mim, entende? E mesmo assim, ainda não esqueci totalmente.
Rachel – Pois é… A gente não escolhe de quem vai gostar, né?
Taylor – Talvez nós é que somos o problema.
Rachel – Haha! (Levantou) Você quer um pouco d’água?
Taylor – Por favor!
Atravessaram a rua e entraram na casa de Rachel. Taylor observou que a sala e a cozinha eram separadas por um balcão, porém a sala era espaçosa e tinha uma janela grande, um sofá e uma TV grande presa à parede. A cozinha tinha uma mesa com quatro cadeiras, armários, pia e uma geladeira inox. Era quase parecida com a cozinha da república, Taylor pensou, só que com louças mais novas e mais limpas. Tudo era bege, ambas a cozinha e a sala, e o forro era branco. No corredor ficava o banheiro, entre o quarto de Jay e a suíte de Rachel. Era uma casa pequena, com um gramadinho na frente e outro atrás, ao lado de casas semelhantes. Todas naquele quarteirão seguiam esse padrão. Rachel serviu um copo d’água gelado para Taylor, que bebeu todo rapidamente.
Taylor, lhe devolvendo o copo – Obrigado.
Rachel, abrindo a geladeira – Estou com uma fome, viu!
Jay, entrando na casa de repente – Ei, lerdos.
Os dois – Ei!
Jay, tirando os fones de ouvido – Taylor, aparentemente você e a Rachel se topam sempre ao acaso, por que não combinam de fazer algo? Talvez engatinhar todas as manhãs, como estavam fazendo.
Taylor, batendo palma – Qualquer dia desses, a gente aposta uma corrida. 
Jay, seguindo pelo corredor – Vou me lembrar disso!
Rachel – Pra onde você vai?
Jay, com a voz longe – Tomar banho. Faz a minha vitamina, por favor!
Taylor, virando-se para Rachel – Está na hora de voltar, as crianças já devem ter acordado e eu nem avisei que ia sair.
Rachel – Pois volta correndo.
Taylor, abrindo a porta e sorrindo – Rachel, a Jay está certa, vamos combinar de encontrar qualquer hora. De propósito.
Rachel, rindo e acenando – Boa ideia. Até mais, Taylor.
Ao chegar em casa, Taylor foi recebido por um Noah acordado, sentado no sofá, com a irmã no colo, vendo TV. Taylor riu, pois Becky chorava muito de manhã por ter fome. Ficou aliviado pelo atraso não tê-la feito chorar.
Taylor – Ei, amigão.
Noah – Oi, papai. Onde você estava?
Taylor, o beijando na cabeça e pegando Becky no colo – Fui dar uma corridinha, desculpe o atraso. Vou fazer a papa da sua irmã e pôr o seu cereal, tá bom?
Noah, ainda olhando a TV – Tá bom!
Taylor preparou a comida de Becky, que consistia em banana e mamão amassados com leite em pó, o mais rápido que pôde. Pôs o cereal do filho numa tigela e pôs um pouco pra si também, junto com mais pães recheados de queijo derretido. Noah comia o cereal olhando a TV e Taylor mordia do seu pão e dava comida para Penny girando a colher no ar. Deu banho, lhe trocou e brincou um pouco com o bebê de pernas gorduchas, que gargalhava com as graças. A colocou no berço e pediu que Noah a olhasse enquanto ele tomava banho. Depois, foi a vez de Noah tomar banho. Taylor fez panquecas e torradas para todo mundo, e também café. Zac era muito temperamental, mas depois de comer e beber pelo menos duas xícaras de café, voltava a agir como um ser humano.
Zac, pondo mais café na xícara – Não que eu esteja reclamando do café, que está ótimo, mas por que acordou tão cedo?
Taylor, com o pano de prato no ombro – Dei uma corridinha. Tô superenferrujado. Você devia vir comigo qualquer hora, até topei com a Rachel.
Zac – A do bar? (Taylor fez que sim com a cabeça). Nossa, cara, se você conseguir comer nesse buffet, me ensina, tentei várias vezes.
Taylor bateu nele com o pano de prato, apontando para a sala.
Zac, engolindo panqueca – O Noah vai falar disso contigo daqui a pouco.
Taylor – Cara, nada a ver, a Rachel é uma amiga.
Zac, parando com a xícara a caminho da boca – Amiga?
Taylor, cruzando os braços – É, oras. A gente curte conversar.
Zac, o olhando com desprezo – Tu é viado, qual é a tua? “A gente curte conversar”. Homem só tem amizade com mulher se ela for sapata ou tiver o mesmo DNA que ele, e nesses casos nem assim.
Taylor, rindo – Vai se danar, ela tem namorado e eu tô cheio de problema. Não consigo nem pensar em me envolver com ninguém agora. Caso não tenha percebido, eu tenho duas bocas pra alimentar.
Zac – Mas fala aí, ela é gata, né?
Taylor, cochichando – Eu não vou falar nada sobre isso.
Zac – Já reparou naqueles… (fez gestos imitando seios redondos) Devem ser melhor que qualquer coisa, mano! Hahaha! Fala que nunca pensou em enfiar a cara neles. (Taylor negou, mas Zac insistiu lhe provocando com empurrões). Pensou sim, vai, pensou, pensou!
Derek, sentando à mesa – Oi, pessoal, bom dia.
Taylor e Zac – Ei, D.
Derek – Café da manhã bonito, hein? Obrigado, Taylor.
Zac – D, foi bom você ter chegado. Temos que discutir sobre a festa.
Taylor – Festa?
Zac – É, de vez em quando damos uma festa aqui em casa, lá no quintal.
Derek – A cada quatro ou cinco meses. Galera do bairro pira.
Zac – E é uma festa do caralho, Cabeça. A gente convida umas garotas, que trazem mais garotas…
Derek, de boca cheia – Convidamos geral do campus.
Zac – A gente providencia algumas caixas de cerveja e o dj, mas todo mundo traz tanta bebida, cama elástica…
Derek – Tem gente que cai antes das dez da noite.
Zac, batendo na mão de Derek – É do caralho!
Taylor – Eu fui em algumas festas quando estava na faculdade… Piores ressacas da minha vida. Quando estão querendo fazer isso?
Derek – Daqui umas duas ou três semanas, mais pro final das férias.
Taylor – Me avisem pra que eu possa ir com as crianças pra outro lugar.
Zac, abrindo os braços – Mas a festa é também pra te ajudar!
Taylor – O quê?
Zac – É, a gente sempre faz alguma coisa pro pessoal pôr algum dinheiro em cima. (Taylor fez cara de quem não entendeu) É, por exemplo, da última vez duas meninas dançaram se esfregando e os caras jogaram dinheiro pra caramba no baldinho.
Derek, bebendo café – U$2,000, incluindo moedas.
Taylor, impressionado – Deve ter sido uma dança boa pra caramba, então. (Pausa) Mas eu não vou ficar aqui com meus filhos. Eu tenho um bebê e um garoto, não é lugar pra eles. Me avisem que eu vou pra casa do Ike, ou pelo menos deixo as crianças lá.
Derek, de boca cheia – Ele tem razão, Zac, não dá pra ter criança aqui.
Zac – Tá tá tá, só esteja aqui, ok? Você topa, tá de acordo?
Taylor, dando de ombros – Tá, claro.
Zac, sorrindo e tomando o último gole de café – Beleza!
Isaac lia o jornal calmamente, sentado à mesa de sua casa. Bebia café e comia torradas. Estava de óculos, bermuda de linho cáqui, chinelos de dedo e uma camisa polo branca. O rosto liso e sem barba, óculos de grau discretos. Nicole estava se trocando no quarto, surgiu na mesa de jantar belíssima num vestido justo, amarelo e com alças, os cabelos soltos.
Isaac, lhe abrindo um sorriso – Bom dia!
Nicole, sentando-se à frente do marido – Bom dia, meu bem. Você levantou cedo, apesar de ter ido dormir tão tarde.
Isaac – Nada, estou bem.Nicole – Pra que horas ficou sua reunião?
Isaac, tirando os olhos da leitura – Desculpe, o quê, querida?
Nicole – Sua reunião, com o cliente que foi pegar no aeroporto ontem.
Isaac, batendo na testa – Oh, sim! É claro. Ele desmarcou.
Nicole – Mas você disse que ele fica na cidade poucos dias, por que desmarcou?
Isaac – Jetlag, não sei, amor. Nada importante.
Nicole, desconfiada – Está tudo bem?
Isaac – Claro, claro. Aliás (pegou a mão dela por cima da mesa) o que acha de darmos uma volta no shopping e depois brunch perto do porto? Os meninos podem ficar com a babá.
Nicole – Hum, está tentando me bajular?
Isaac – Bajular? (Ele riu) Faz tempo que não passamos uma tarde juntos, só nós dois. Vamos lá…
Nicole, suspirando e sorrindo – Ai, tá boooom, você sabe que eu adoro bater perna no shopping.
Isaac – Ótimo.
Nicole – Essas torradas estão muito boas, né?
Isaac – Pois é, a Rose caprichou dessa vez.
Nicole – Querido, você está lembrado da conversa que tivemos sobre eu abrir um empreendimento?
Isaac, com os olhos no jornal – Claro, querida.
Nicole – Eu fiz uma pré-consultoria.
Isaac, surpreso – Oh! Sério? (Pôs o jornal de lado) Por que não me disse?
Nicole – Ah, queria fazer sozinha. Faz parte da coisa toda de “estar ativa”.
Isaac, com o queixo sobre o punho fechado – Hum… Parabéns, amor. E quer me mostrar? Gostaria de dar uma olhada.
Nicole, cortando uma pequena fatia de queijo – Podemos tratar disso durante o brunch.
Isaac, sorrindo – Veja só isso! Quem é você? (Se esticou para beijá-la) Gostei de ver. Mas não precisa fazer tudo sozinha, estou aqui. Precisamos analisar cada detalhe desse projeto.
Nicole – Eu sei.
Nicole observou o marido tomar mais café e ler o jornal. Sua elegância, seu charme. Que mulher não se sentiria atraída por isso? Afastou os pensamentos e resolveu aproveitar o dia com o homem que amava. A cabeça de Isaac ia longe, ele sabia que Nicole tinha percebido alguma coisa e tratou logo de distraí-la. Amava a esposa, mas tinha “necessidades”.
Jay estava no seu quarto escuro, música eletrônica num volume médio, bebendo água e digitando rapidamente. O brilho da tela refletia nos seus olhos, concentrados. Alguém estava tentando quebrar seus códigos, alguém estava tentando roubar-lhe o posto. “Okay, Zenson, pode mandar ver.”
Zac, gritando – D! Vem aqui, olha isso!
Derek, aparecendo na porta do quarto de Zac – Que foi, cara?
Zac, apontando para a tela do computador – O tal do JRabbit, cara. Me desafiou na maratona de codificação.
Derek, coçando a cabeça – Isso é daqui a poucos dias. Você tem tempo de se preparar?
Zac – Me prep… Derek! Eu sou o Zenson, cara, o deus dos algoritmos. Eu não preciso me preparar. Esse mela-cueca que vai precisar de fralda.
Derek – Tá certo, só perguntando.
Jay sorriu, ansiosa. Adorava um desafio e seja quem fosse esse tal Zenson, ela iria fazê-lo implorar.
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ignisambulabitmecum · 9 months
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sentimentos de receber mulheres em casa
Mulheres compartilham experiências universais da irmandade feminina. Um grupo formado por três mulheres sempre estará provido das facetas do feminino, e observá-lo é presenciar sentimentos que já foram sentidos antes e que estão ao alcance da ponta dos dedos de um dia serem sentidos.
Três mulheres recebi em casa durante o fim de semana. Três mulheres quase que desconhecidas, distantes. Mulheres feitas, prontas, formadas, com o benefício de uma década de experiências femininas por mim ainda não alcançadas. Chegaram fazendo barulho, em um fluxo de alvoroço que foi preenchendo os espaços. Três toalhas para o banheiro, um copo para beber água, um ferro para desamassar as rugas das roupas. Será que seu pó translúcido comporta meu tom de pele? Posso pegar emprestado? A blusa combina com o short? Esse ou aquele sapato? Estou bonita? Estou feia. Estou muito feia. Essa roupa me deixa parecendo uma sapatão. Como fecha esse colar? Amiga, eu faço seu cabelo. Liga chapinha. Passa. Amarra. Spray, sray, spray. Prontas? Pronta. Pronta. Espelho. Vocês estão lindas. Hoje vou conseguir alguém. Tentar desencalhar pelo menos por esta noite. Vê se arruma alguém que presta.
E em 30 minutos, foram embora aquelas três mulheres que vieram buscar diversão nas luzes incandescentes dos holofotes do palco e na vibração estrondosa da música do pandeiro.
Meia-noite. Voltam para casa depois de initerruptas horas de juventude aproveitadas cada minuto, cada segundo, pois elas sabem que daqui algumas horas quando voltarem para suas casas, a realidade da rotina de mães solo que trabalham dentro e fora do lar deixará todo o sentimento de liberdade no passado daquela noite de sábado em que puderam ser não mais mães, enfermeira, maquiadora, esposa, mas jovens mulheres que ditam os rumos de suas vidas a partir da rede de apoio que encontram na amizade umas com as outras.
Uma delas é minha prima. Tem por volta de 33 anos, uma filha de 3, um ex-marido abusivo e manipulador que ainda utiliza da criança para chegar até ela. Sua história me é bastante próxima, por isso fiquei tão feliz e preenchida ao vê-la livre para ser apenas uma mulher sem preocupações neste dia. Sua amiga, também por volta dos 33 anos, também com um filho de 3, é casada. Não conheço sua história, mas fiquei igualmente feliz e preenchida ao imaginar que sua relação com o marido seja minimamente sadia. Imaginei que, estando em um relacionamento saudável, foi fácil dialogar com o pai da criança para que ficassem só eles dois durante o final de semana enquanto ela viajava e ia para uma festa de pagode e samba com as amigas solteiras. Imaginei que ele não se opôs em nenhum momento a ver a pessoa que ele supostamente tanto ama, que ele supostamente reconhece o quão esforçada mãe e trabalhadora ela é, a deixar suas inúmeras funções de lado e permitir-se ser uma mulher sem preocupações neste dia. Sua outra amiga, também por volta dos 33 anos, mãe desde os 16, solteira, foi quem mais se permitiu ser ela mesma. Não conheço sua história, tampouco fui capaz imaginá-la. O máximo que consegui foi absorver sua carga de amor próprio. Não menos esforçada ou dedicada que as amigas, ela de fato acreditava que merecia estar vivendo coisas boas na plenutide de sua vontade. Seu modo de ver a vida pareceu ser diferente.
Dez da manhã. Sempre como observadora, como alguém distante das vivências do grupo que estava recebendo, vi a movimentação na casa recomeçar à medida que acordaram e preencheram novamente os espaços. Trocaram minha água. Passaram café. Fritaram ovos. Assaram pães. Sentaram-se à mesa. Beberam o café, dividiram os ovos, morderam os pães. Seguiu-se a conversa.
Conversas de meninas, falavam sobre o sexo oposto, sobre o péssimo hábito masculino de escolher usar cuecas coloridas: as cores ideais são apenas preto e bege. Bege? Bege é horrível! Sim, bege. Pior que bege é cueca branca. Eu só gosto de ver homem com cueca preta, e sem nenhum escrito de nome de marca! E aquele cara ontem na festa? Era até bonito, mas só falava comigo dando soquinhos no meu braço. A festa só tinha whiskey barato. Meu braço estava quase dolorido do jeito estranho que ele flertava comigo. Por que você não dá uma chance ao meu amigo? Ele não é tão bonito, mas é uma boa pessoa, trabalhador, e pelo menos tem um carro. Ele é uma boa pessoa, mas não é bonito. Ainda bem que não bebemos nada ontem.
Fotos, vídeos, músicas. Saímos. Permitiram-se tomar pelo lado donas de casa que haviam abandonado nas últimas horas quando entraram na loja. Analisaram os preços de utensílios de cozinha, quarto, banheiro, decorações de sala de estar, mesas, torneiras, vasos, cerâmicas, xícaras, potes, quadros, copos, louças, plantas, toalhas, almofadas, carpetes, em um frenesi de tira-e-bota no carrinho de compras. Lembraram-se dos filhos. Cada uma escolheu para sua criança um livro de histórias. Saímos.
Três da tarde. Almoçamos. Encontraram-se com mais uma amiga em um restaurante à beira-mar. Pediram entrada, prato principal e sobremesa. Beberam o chope, dividiram os pastéis, morderam o camarão. Seguiu-se a conversa.
Mas desta vez não fiquei para acompanhar, pois tinha eu mesma um encontro com duas amigas que estavam a abandonar quaisquer que fossem suas facetas (estudante, namorada, tradutora) para viver a liberdade de jovens mulheres que aproveitavam a brisa de uma cafeteria à beira-mar, com as mesmas observações de meninas sobre o sexo oposto, bebendo café, dividindo o chocolate, mordendo o bolo, seguindo conversa...
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