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#Definição de ativismo social
adriano-ferreira · 4 months
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Ativismo Digital
A. Conceito de Ativismo Digital O ativismo digital, também conhecido como ciberativismo, engloba uma ampla gama de atividades que utilizam ferramentas digitais para promover causas sociais e políticas. É uma forma de ativismo que transcende as limitações geográficas e temporais, permitindo que indivíduos e grupos se organizem, mobilizem e expressem suas opiniões de forma rápida e eficiente,…
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bunkerblogwebradio · 1 year
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O foco míope no social vs. a economia
O presente lamaçal verde-amarelo representa, de fato, a continuidade para o infeliz epílogo progressista. Infeliz e trágico, porque o boleto será cobrado ali na frente, das futuras gerações canarinho. Não se trata de nenhuma teoria da conspiração, são somente os fatos, estúpido.
Se não bastasse seu desabonador saldo corrupto, o PT se uniu à Suprema Corte Nacional, um órgão que transparentemente abdicou da defesa da Constituição para, declaradamente, fazer política e exercer ativismo judicial em favor de causas “progressistas”. Notem a diferença de uma Suprema Corte não-aparelhada, por exemplo, a americana, que não se manifesta publicamente, e que reverteu iniciativas progressistas discriminatórias nos processos de admissão em universidades.
Claro, a retórica palaciana é da defesa da “democracia”; entretanto, uma que usa de completo autoritarismo para banir os supostos autoritários e fascistas. Quando o foco está no bom-mocismo desajuizado das preocupações sociais, do abstrato coletivo, do efetivo coletivismo, ao invés da economia, do indivíduo, das liberdades individuais e do livre mercado, o resultado é o desastre econômico e social.
Impera hoje no país a ilógica da Estado grande, de uma social-democracia e de um coletivismo intervencionista, que regula muito e que gasta ainda muito mais. A fim de suportar a bolha de gastos públicos, que não para de crescer, há uma voraz fome arrecadatória, que inibe a geração de maior atividade econômica e penaliza severamente os reais criadores de riqueza, as pessoas — em especial, os pobres — e as empresas.
O centro na pauta dos costumes “sem costumes”, na cultura “woke”, adentrou o reduto capitalista empresarial, com a indústria do ESG e da diversidade e inclusão. Sim, indústria! CEOs, agora, são os novos semideuses, justiceiros sociais, na busca da salvação terrena e na definição das regras morais na sociedade. Menos homens e mulheres de negócios, mais e novos políticos.
Embora muitas empresas atuem nas pautas progressistas, visando ao aumento de lucratividade, muitos CEOs decidiram perseguir objetivos estritamente vinculados às pautas progressistas, independentemente ou, em alguns casos, em detrimento da lucratividade da empresa.
Sem lucro, essas empresas fazem um mal estupendo para o social, já que, além de não satisfazerem às necessidades e desejos dos consumidores, deixam de pagar tributos para o governo, prejudicando a geração de recursos para os respectivos programas sociais. Alarmante é o fato de se estar sob a égide do Estado-Babá, que escraviza indivíduos e, factualmente, não melhora, de maneira sustentável, o padrão de vida das pessoas.
O resultado das políticas públicas progressistas, bom-mocistas, é desemprego, baixo crescimento econômico, baixa produtividade, tributação escorchante, e muito suor, trabalho e sociedade com o governo, a fim de bancar, mais e mais, programas sociais.
Evidente que a chave que abre a porta do crescimento econômico e social, e do efetivo aumento de bem-estar, é conhecida: foco na economia, com a liderança do setor privado, deixando os indivíduos livres para empreender em mercados livres, por meio da geração de ideias, de relacionamentos colaborativos voluntários, para que a roda da destruição criativa possa girar com intensidade. O Estado-Babá, da dependência, não é o segredo do fracasso. Todos sabemos. Ele cobrará a conta. Tragédia anunciada!
Sabe-se que o caminho para a prosperidade passa por deixar os indivíduos livres para decidir sobre seus próprios planos e suas próprias vidas. Essa é a chave para a melhoria da economia, e todos são conhecedores de que o melhor plano social é o crescimento econômico.
Alex Pipkin
Doutor em Administração — Marketing pelo PPGA/UFRGS
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caiosilvabrasil · 4 years
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STF: análise das competências do Supremo Tribunal Federal
Compreenda o comportamento atual do Supremo Tribunal Federal (STF): justificativas e autorizações constitucionais
Passadas já três décadas da promulgação da Constituição de 1988, o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou-se, então, presença central e de grande importância no processo político nacional.
Três decisões emblemática corroboram, por exemplo, a afirmação dessa nova posição “proativa” do STF, podemos apresentar:
em 2011, a ADPF 132, que reconheceu, dessa forma, a união estável entre pessoas do mesmo sexo;
a ADPF 54 de 2012, que afastou, então, a aplicação do Código Penal a casos de interrupção da gravidez de fetos com anencefalia;
a ADPF 186, também de 2012, que reconheceu, assim, a constitucionalidade de políticas de ação afirmativa por critérios raciais em vestibulares; e, por fim, mais recentemente
com a definição e delimitação das competências federativas para tomada de decisão no confronto da pandemia do Covid-19 no âmbito da ADI 6.341.
Essas quatro decisões tomadas através do controle concentrado de constitucionalidade versam sobre temas que se encontram longe de serem consensos na sociedade brasileira, mas que permanecem até o momento com a última palavra oficial expressa pela Corte brasileira.  
STF x Poder Legislativo: competência para resolução de demandas não legisladas
Tais temas, no entanto, pelo caráter político de suas matérias, poderiam muito bem terem sido tratados e resolvidas pelo Poder Legislativo ao invés de pelo STF. E talvez, este fosse o lócus mais apropriado para a discussão.
À época (e talvez atualmente ainda), entretanto, nos encontrávamos em um cenário que Oscar Vilhena Vieira (2008), determinou como “Supremocracia”. Ou seja, um ambiente no qual o poder de resolver conflitos políticos e morais sai das esferas majoritárias e passa a se concentrar nas mãos do Supremo.
A centralização crescente nas mãos de uma Corte Suprema ou de um Tribunal Constitucional foi um cenário construído e possibilitado pela Constituição Federal de 1988, ainda que à época de sua promulgação muitos juristas duvidassem que isto pudesse ocorrer, principalmente pelas reticências dos ministros que compunham a Corte nos anos 90 de utilizar os poderes que o próprio texto constitucional os outorgava, em um exercício claro de autocontenção.
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Ativismo judicial: competências do Supremo Tribunal Federal
Esse papel central no Estado brasileiro que o Supremo passou a desempenhar gerou, desse modo, outras consequências para além das ideias de ativismo judicial. A quantidade de processos julgados pelo Supremo Tribunal Federal ou mesmo de demandas que chegam à Corte, por exemplo, cresceu expressivamente nos últimos anos.
Isso se deu, porque a Constituição Federal outorgou amplas competências ao STF:
originária;
recursal ordinária; e
recursal extraordinária.
Competência originária do STF
A competência originária, ou seja, que o STF exerce como única instância, foi ampliada com a criação da Ação Declaratória de Constitucionalidade, a ampliação do rol de legitimados para propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade, a criação do Mandado de Injunção e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, entre outras medidas.
Competência recursal do STF
A competência recursal, todavia, também cresceu. A criação do Superior Tribunal de Justiça e dos Tribunais Regionais Federais deu ao Supremo Tribunal Federal novas competências recursais, para o reexame de algumas decisões dos novos tribunais, embora aliviado de algumas tarefas – como uniformização da aplicação do distrito federal pelos tribunais estaduais – transferidas para o STJ.
Vale asseverar ainda que a Constituição de 1988, deu status constitucional a um número maior de matérias, que se tornaram passíveis de análise pelo STF, na qualidade de principal responsável pelo controle de constitucionalidade. 
Constitucionalização de direitos
Esse processo constitucionalização de direitos e aumento das atribuições do STF, enfim, fizeram dele um tribunal de jurisdição ordinária. Simultaneamente, uma Corte Constitucional – embora ressalta-se que essa dualidade já existia antes mesmo de 1988 – foi acentuada pela nova Constituição e como consequência o espaço para que o tribunal exercesse uma função política também aumentou. Nesse sentido Rogério Bastos Arantes:
Não há como desconsiderar principalmente a partir da Constituição de 1988, que o Judiciário brasileiro tornou-se fator condicionante fundamental do processo político. Basta uma simples retrospectiva dos principais conflitos entre os poderes do Estado, e destes com a sociedade, nos últimos anos, para constatar que a reorganização constitucional de 1988 colocou o judiciário na difícil posição de árbitro do jogo político entre estes importantes contendores (ARANTES, Judiciário e Política no Brasil, p. 24).
Atuação proativa do Supremo Tribunal Federal
Dessa forma, essa atuação proativa do Supremo Tribunal Federal deriva de duas variáveis. A primeira já apontamos, então, acima e decorre do que o constituinte fez do STF. Ou seja, da ampliação de rol de atribuições do tribunal. Enquanto isso, a segunda é o que a demanda social e mesmo o comportamento dos atores políticos de recorreram ou requererem uma posição do Tribunal, acabou por colocá-lo nessa posição, aumentando o uso de sua função política.
Embora essas variáveis sejam relevantes não é totalmente suficiente para explicar a centralização e a presença mais forte no cenário político pelo tribunal.
Deve-se considerar ainda o quanto interpretações constitucionais e o comportamento dos Ministros durante as sessões de julgamento, expressos em seus votos, tornaram-se relevantes e decisivas para que se expandisse o poder e expressão política do tribunal (ARGUELHES, 2014). 
Nesse sentido, vale relembrar algo recorrente, então, nos votos do Ministro Celso de Mello. É comum que ele reconheça, dessa maneira, uma função de poder constituinte permanente[1] ao STF. Além disso, é sempre um defensor implacável da democracia e da Corte. Ademais, votos longos com diversos obter dictum expressam por vezes opiniões políticas quanto a fatos recorrentes das discussões nos poderes.
Canais de acesso ao tribunal
Feita, portanto, essa passagem sobre a posição atual do STF no cenário político brasileiro, é necessário esclarecer algumas questões sobre os canais de acesso ao tribunal.
A ampliação do artigo 103 da Constituição de 1988 representou, assim, uma mudança revolucionária no papel do tribunal na vida nacional, teoricamente abrindo inúmeras portas de entrada para demandas sociais e de minorias políticas na antes restrita agenda do STF.
A ampliação de canais de acesso ao controle abstrato, no entanto, foi sobreposta à manutenção, praticamente na íntegra, das já tradicionais competências recursais e em grande parte, de competências originárias que não tinha necessariamente relação com controle de constitucionalidade.
O resultado, na prática, é um tribunal, dessa forma, com dezenas de portas de acesso diferentes que indivíduos ou instituições podem utilizar para levar uma determinada questão ao conhecimento dos ministros, consequência é um tribunal congestionado de casos e mesmo ocasionalmente uma invasão de competência do poder judiciário no legislativo.
Espécies processuais do Supremo Tribunal Federal
Há no total 52 espécies processuais distintas dentro do STF, sendo estas, dessa maneira:
ação cautelar;
ação cível ordinária;
ação declaratória de constitucionalidade;
ação direta de inconstitucionalidade;
ação direta de inconstitucionalidade por omissão;
ação ordinária;
ação ordinária especial;
ação penal;
ação rescisória;
agravo de instrumento;
apelação cível;
arguição de descumprimento de preceito fundamental;
arguição de impedimento;
arguição de relevância;
arguição de suspeição;
carta rogatória;
comunicação;
conflito de atribuições;
conflito de competência;
conflito de jurisdição;
exceção da verdade;
exceção de incompetência;
exceção de litispendência;
exceção de suspeição;
extradição;
habeas corpus;
habeas data;
inquérito;
intervenção federal;
mandado de injunção;
mandado de segurança;
oposição em ação civil ordinária;
petição;
petição avulsa;
prisão preventiva para extradição;
processo administrativo;
proposta de súmula vinculante;
queixa-crime;
reclamação;
recurso crime;
recurso extraordinário;
recurso ordinário em mandado de segurança;
em habeas corpus;
em habeas data;
em mandado de injunção;
representação;
revisão criminal;
sentença estrangeira;
sentença estrangeira contestada;
suspensão liminar;
suspensão de segurança;
suspensão de tutela antecipada. 
Ressalta-se, enfim, que nem todas essas formas de acesso ao STF tem igual nível importância, do ponto de vista do funcionamento da instituição ou mesmo como ela exerce seu poder. Servem, contudo, para representar como o grande número de canais de acesso pode terminar por causar certos problemas ao Tribunal. 
Fato inquestionável, por fim, é a importância que o STF tem tido para consolidação da Democracia brasileira, e contribuindo para soluções de problemas nacionais, como no caso atual da pandemia do COVID-19.
Referências
ARGUELHES, Diego Werneck; RIBEIRO, Leandro Molhano. O Supremo Individual: Mecanismos de Atuação Direta dos Ministros sobre o Processo Político. Revista Direito, Estado e Sociedade, v. 46, pp. 121–155, 2015.
VIEIRA, Oscar Vilhena. Supremocracia. Revista DireitoGV, v. 4, n. 2, pp. 441– 463, 2008; https://ift.tt/2NZFj6X.
MENDES, Conrado Hübner. Constitutional Courts and Deliberative Democracy. Oxford: Oxford University Press, 2013; https://ift.tt/1o4b6PJ acprof:oso/9780199670451.001.0001
________.  Controle de Constitucionalidade e Democracia. São Paulo: Elsevier, 2008.
________.  Neither Dialogue nor Last Word: Deliberative Separation of Powers III. Legisprudence, v. 5, n. 1, pp. 1–40, 2011; http://dx.doi. org/10.5235/175214611796404840
[1] Ministro Celso de Mello, STF, HC 91.361 de 23/09/2008 – “A interpretação judicial como instrumento de mutação informal da Constituição. […]. A legitimidade da adequação, mediante interpretação do Poder Judiciário, da própria CR, se e quando imperioso compatibilizá-la, mediante exegese atualizadora, com as novas exigências, necessidades e transformações resultantes dos processos sociais, econômicos e políticos que caracterizam, em seus múltiplos e complexos aspectos, a sociedade contemporânea.” ADI 3.345 de 25/08/2005 – “No poder de interpretar a Lei Fundamental, reside a prerrogativa extraordinária de (re)formulá-la, eis que a interpretação judicial acha-se compreendida entre os processos informais de mutação constitucional, a significar, portanto, que ‘A Constituição está em elaboração permanente nos Tribunais incumbidos de aplicá-la.”
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alvaromatias1000 · 5 years
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Política de Ativismo Laissez-Faire de Baixo para Cima
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David Colander e Roland Kupers, coautores do livro “Complexity and the Art of Public Policy: Solving Society’s Problems from the Bottom Up” (Princeton University Press, 2014), reafirmam a definição formal de ativismo laissez-faire.
Essa é uma abordagem capaz de incentivar políticas ativistas projetadas para criar uma ecoestrutura dentro da qual a política de laissez-faire possa florescer. É uma política projetada para criar uma ecoestrutura social viável na qual indivíduos, ou coleções de indivíduos, resolvam problemas de baixo para cima, sem o uso de um coordenador central.
A política ativista de laissez-faire é uma política de baixo para cima, na qual as pessoas ajudam a resolver os problemas da maneira mais eficiente possível, através da modificação auto imposta voluntária, coletiva e cooperativa de seus impulsos egoístas.
Colander e Kupers acreditam as soluções de baixo para cima prometerem, de maneira significativa, abordar até questões sociais amplas. Mas projetá-los com precisão com base em modelos de complexidade ainda está além de suas habilidades.
Nesse ponto, tudo o que podem fazer é delinear o tipo de políticas a emergir da complexidade da visão política de baixo para cima.
A política ativista do laissez-faire vê a dinâmica social intrinsecamente de baixo para cima, com normas e cultura muitas vezes desempenhando um papel maior na determinação do resultado em lugar da política. Mas, em vez de supor as normas e a cultura serem constantes, como o modelo padrão de controle de políticas, a política de complexidade pressupõe as normas e cultura serem influenciadas pela ação do governo.
O foco da política governamental é influenciar essas normas e a própria cultura de maneira positiva, enquanto simultaneamente lida com os problemas imediatos dentro das normas e da cultura existentes.
A chave para reconhecer o poder da política de complexidade para mudar a sociedade é compará-la a uma mudança infinitesimal em um embrião. Essa mudança infinitesimal pode fazer uma enorme mudança no adulto. Ele se desenvolve a partir do embrião. Da mesma forma, mudanças quase imperceptíveis nas normas, em um estágio muito inicial do desenvolvimento das instituições, podem provocar enormes mudanças no funcionamento do sistema.
O que isso significa é uma pequena mudança na dinâmica replicadora de nosso sistema capitalista pode possibilitar objetivos sociais serem alcançados pela sociedade com muito menos envolvimento direto do governo em lugar do praticado atualmente. Podemos ter um sistema capaz de alcançar objetivos sociais e ofereça mais liberdade aos indivíduos.
Essa ligeira mudança envolve tornar nosso sistema social mais propício ao rotulado de empresas “com fins lucrativos”. Elas são estruturas legais capazes de complementarem a dicotomia atual de estruturas com fins lucrativos ou estruturas para fins de caridade. Permitem as pessoas serem transparentes sobre como elas pretendem usar esse excedente gerado pelos empreendedores de sucesso.
O desenvolvimento de instituições com fins lucrativos, mas para propiciar benefícios sociais, está ocorrendo atualmente, desenvolvendo-se de baixo para cima. Vários estados dos EUA implementaram leis para começar a incentivar seu desenvolvimento e outros países estão considerando ativamente.
Para expandir seu uso, são necessárias mais mudanças institucionais. Sua natureza deve ser melhor compreendida, para impedir os indivíduos usarem as novas formas para beneficiar a si mesmos, não à sociedade.
Uma profissão econômica capaz de funcionar bem gastaria enormes esforços explorando e desenvolvendo protótipos dessas instituições. No entanto, os economistas não estão fazendo isso porque essas novas instituições com fins lucrativos não se enquadram no quadro político dos economistas.
A política de tornar nossa sociedade mais propícia a instituições com fins lucrativos pode não parecer uma grande mudança de política, mas dentro de um modelo de complexidade, onde pequenas modificações na dinâmica de replicadores de um sistema podem levar a resultados bastante diferentes, essa pequena mudança pode ter grandes consequências em termos de implicações políticas.
Política de Ativismo Laissez-Faire de Baixo para Cima publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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larilourencon-blog · 5 years
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Aula 6: Culture Jamming
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Na terça-feira, 16/07, assistimos ao documentário “The Yes Men Fix the World”.
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O documentário retrata a forma como os “Yes Men”, compostos pela dupla  Andy Bichlbaum e Mike Bonanno, se organizam e protestam sobre a maneira com que grandes empresas e empresários atuam, desconsiderando as classes sociais mais baixas e agindo apenas de acordo com seus próprios interesses, ignorando até mesmo riscos mortais em prol de seu crescimento econômico.
Os “Yes Men” são os considerados “artivistas”: ativistas que utilizam da arte para trabalharem por causas sociais. Os dois ainda fazem uso do chamado “Culture Jamming”, que por definição é “ uma forma de protesto que através do ativismo e da street art põe em ação técnicas de anti consumismo, de forma a romper ou subverter a cultura mainstream. “
Ou seja: é uma forma de protesto que, utilizando-se da arte, faz com que as pessoas repensem seus hábitos de consumismo, além de expor de forma irônica algumas características de tais empresas, que produzem diversos produtos e fazem o marketing deles de forma enganosa, associando-os a bons efeitos e desconsiderando aspectos que podem ser prejudiciais à saúde do usuário, além de persuadirem o cliente a comprarem os produtos apenas para adquirirem “status social”, tornando-os escravos do capitalismo.
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Outros grupos que utilizam do “Culture Jamming” como formas de protesto são as Guerrila Girls e o artista plástico Banksy, cuja identidade permanece em segredo até hoje.
As Guerrila Girls são ativistas que lutam pelas causas feministas, e têm como objetivo expor e lutar contra formas de machismo instauradas na sociedade, e têm como marca registrada o uso de máscaras de gorilas em público.
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Já Banksy também é um artista que luta pelo ativismo político a partir de graffitis, obras de arte e pinturas, estando estas espalhadas ao redor do mundo.
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syscap-blog · 7 years
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Ensaio sobre o consumo consciente inconscientemente rentável para os que tem consciência do ato humano de consumir.
O trava línguas do título foi uma mera brincadeira para chamar atenção para o conceito de consumo consciente. Primeiramente, o que é o consumo? De forma objetiva, podemos dizer, que é o que se gasta. O que é consciente? Podemos dizer que é aquilo que se tem conhecimento, ou seja, uma pessoa consciente é uma pessoa que sabe o que está fazendo. Logo, consumo consciente é o conhecimento do que se gasta, certo? Errado. Não conhecemos para além do consumo e da peça publicitária que o faz vender, as informações que temos são as fornecidas pela própria empresa, pelo próprio comercial, independente de serem reais ou não. Então, sejamos honestos aqui e agora: o consumo consciente é uma utopia.
O termo é extremamente abrangente, vai do setor alimentício ao setor de bens e serviços, mas aqui o foco é a totalidade e amplitude do consumo.
Costumamos consumir tudo aquilo que sentimos vontade, sendo necessário ou não, basta apenas que caiba dentro do nosso poder aquisitivo… Consegue reparar que julgamos necessárias diversas coisas que são supérfluas a vida humana? É como se criássemos necessidades ao longo do tempo, ao mínimo aumento do nosso poder de compra e justificamos no “bem estar e qualidade de vida”.
Vamos a um exemplo? Coca cola! Existem poucas pessoas no mundo que não gostam de coca cola, parece a pedida perfeita seja para comemorações ou para uma reunião em família. E se você não quer engordar ou tem algum componente dessa bebida que atrapalhe seu organismo, não há um oferecimento do não consumo e sim de uma versão “light” , “diet” ou como a coca cola usa “zero”.
A humanidade nasceu tomando coca? Lá em uns séculos atrás em épocas de estabelecimento de monarquias os reis se reuniram, davam jantar, festas e tinha coca lá? Não! Essa bebida foi inserida no nosso cotidiano, como nenhuma outra foi e nem percebemos. Alguém avisou? Também não.
Foi uma necessidade criada ao longo do tempo na sociedade, através de envolvimento e identificação. “Como assim?” - Eu explico de forma bem simples
As campanhas mais famosas dessa empresa envolvem reuniões entre amigos, familiares, casais, festas, festivais, ou seja, um aglomerado de gente feliz e simplesmente alguém surge/compra, abre e bebe a coca. Parece algo inocente, não é? Parece, mas é exatamente esse tipo de campanha que confere ao produto o status de necessidade, para momentos felizes , para reuniões, é necessário uma coca cola para brindar/coroar esses momentos. E a propaganda é exaustivamente repetida em diversas plataformas, com alguma frase de efeito, com alguma história por trás da publicidade, com alguma música de fácil assimilação, com algum famoso ou pessoa em evidência (ou várias), em resumo, tudo para focar sua atenção, atenção porque existe ali uma mensagem valiosa (para empresa) mesmo que indireta para ser passado a você consumidor: Compre.
A propaganda dessa bebida visa a normalizar isso como algo cotidiano, de consumo/uso comum, que todo mundo faz/conhece/sabe, mas com status de exclusividade, tanto que nem chamamos mais de refrigerante e sim de coca, sempre relacionando a felicidade ao consumo… E logo nesse ponto entra um fator importante: A dependência do consumo para a felicidade.
Felicidade, algo extremamente relativo e que todos almejam, que sentimento inocente para se atrelar a uma publicidade não é? O que é felicidade? Estado de satisfação com alguém ou alguma coisa. Friso aqui o uso da palavra “estado” para a definição, porque não é um sentimento pleno, eterno, muito pelo contrário, é passageiro, inconstante, variável. Sempre procuramos coisas que nos fazem feliz (nem sempre), melhor, procuramos sempre aquilo que achamos que vai trazer felicidade, é uma incerteza humana compartilhada e é onde a publicidade nos ganha para forçar o consumo. Consumimos para nos satisfazer, para atingir a felicidade proposta pelo produto naquele comercial, atingimos, a novidade se passa, o estado de felicidade se esvai… OLHA SAIU UM PRODUTO NOVO DA MESMA MARCA, UAU, P-R-E-C-I-S-O. E o ciclo se conclui: Procurar, conseguir, usar, comprar um novo. Não satisfeita em te vender um produto, a empresa que te vender diversos outros em sequência e ela jura que tem mais motivos do que o anterior ou tem utilidade conjunta.
Então temos, consumo, felicidade, um entendimento mínimo da atuação da propaganda na sociedade, mas o que isso tem a ver com consumo consciente? Tudo.
As pessoas tem necessidades e precisam satisfazê-las, só que as necessidades são variadas, tem produto/serviço praticamente para cada necessidade humana possível, até existem namoradas de aluguel (sim, pode pesquisar, é real na China e é uma demanda que cresce no ano novo chinês). E adivinha uma necessidade humana que foi aproveitada: Sim, a vontade de fazer o bem, de ajudar o próximo, de lutar pelo espaço do próximo, ou seja, tudo falado pode ser contemplado pela palavra chamada caridade, em outras palavras, militância\ativismo por algo. Tenho certeza que você sentiu um incômodo e já imagina onde isso vai chegar… Exatamente. As campanhas publicitárias mais recentes promovem a igualdade, o respeito, a voz aos setores da sociedade historicamente oprimidos. EBA VITÓRIA, A MILITÂNCIA CHEGOU NAS EMPRESAS, VIVA A REVOLUÇÃO, A MUDANÇA! Lamento informar, não há mudança, não há quebra de paradigma, existe uma coisa simples e ela se chama: dinheiro. Marcas que produzem campanhas publicitárias entenderam uma tendência geral do público consumidor: a tendência de participação. Não aceitando apenas ser um receptor de mensagem , o consumidor quer ter voz, ser ativo, se sentir parte daquilo para então se sentir satisfeito, para atingir aquele estado de satisfação, lembra?
Consumo ato que é normalizado através de uma propaganda que cria uma necessidade a fim de que façamos uma integração entre produto e felicidade. Guarde essa definição criada a partir desse texto, vamos fazer um exercício de análise dos últimos anos, se te perguntassem quais assuntos geram mais atenção do público, quais seriam? Famosos, Tretas, Flagras, entre outros.
Se te perguntassem quais assuntos NA INTERNET, geram mais cliques, acessos e participação do público: Famosos, Política, Debates, Movimentos sociais, entre outros.
Se te perguntassem uma faixa etária, das pessoas presentes nesses espaços participando de forma ativa dos temas, você saberia dizer? Com precisão, não. Mas adolescentes, jovens e jovens-adultos são maioria.
Esse exercício de forma bem superficial, ajuda a criar o perfil do consumidor e elementos possíveis numa campanha publicitária que podem chamar a atenção desse público e por sua vez, transmitir a mensagem, gerar interesse e o mais importante: gerar engajamento.
Esse engajamento vai definir o sucesso ou não de um comercial, é um momento de exposição da marca, de marketing positivo, de agregar pessoas em contato e divulgação da sua produção no geral.
Voltemos depois dessa reflexão para o consumo consciente: Pessoas não querem apenas comprar, elas querem comprar e sentir um benefício à sociedade no ato da sua compra.
A felicidade, nosso estado de satisfação, onde o marketing atua, infere justamente na nossa consciência social, que está diretamente englobada nesse sentimento. Logo, não queremos apenas uma roupa legal e na moda, queremos isso e também que a empresa faça algum tipo de ação solidária, que tenha responsabilidade social, que mostre de alguma forma que está comprometida em ajudar o mundo e por sua vez, ao consumir, estamos contribuindo para uma sociedade melhor.
Perfeito não? Na moda e consciente.
As pessoas tendem se iludir na onda do consumo consciente, e de fato, essa expressão não só cria uma atenção melhor em nós sobre pesquisar e entender onde estamos gastando o nosso dinheiro, como também nos faz cobrar de marcas e anunciantes, uma responsabilidade de promover um espaço de inclusão, de atenção com o próximo. Só que existe o outro lado dessa moeda: Surgem novos mercados, novos nichos de consumidores e cada vez mais empresários gerando lucro em cima de diversas causas.
Uma boa hora para falar sobre o movimento vegano, um bom exemplo que praticamente tomou diversos setores da sociedade. Para quem não sabe, alguém que se denomina vegano, não faz consumo de qualquer alimento de origem animal, pois são contra qualquer tipo de exploração animal (não se restringe apenas a alimentação). Nobre, uma causa nobre, não acham? Afinal, ninguém aqui é a favor de exploração animal, certo?
Diversas marcas surgiram, empreitadas, negócios, verdadeiras opções veganas para tudo que você precisar. Quer ir pro rolê com os amigos? Tem opção vegana
Quer comprar roupa que não teste nada em animais? Também tem loja.
Quer comer besteira, guloseima? Tem aquele truck food vegano.
Não há problema, gera mercados, gera empregos, pessoas consomem e ainda salvam os animais, quase um fantástico mundo da disney.
Infelizmente, é uma sensação de preenchimento falsa, uma solidariedade guiada por verdadeiras “antolhas”. Ao mesmo tempo que, por exemplo, buscamos um consumo consciente em um ramo, geramos exploração ao consumir outro. Por trás de toda produção, da coca cola a roupa de origem não animal, a um restaurante vegano, existe um ser humano que produz através do trabalho tudo o que você consome.
Não há ninguém fotografando as condições de trabalhos de base de diversas empresas, não há campanhas para a causa da exploração proveniente das marcas, não há denúncia junto de uma peça publicitária sobre o trabalho infantil ou trabalho escravo. Você já se perguntou o porquê?
Esse tipo de ativismo diminuiria a margem de lucro, simples assim. A apple por exemplo em hipótese alguma lançaria uma campanha contra o trabalho escravo, porque é um dos artifícios que gera mão de obra barata e por consequência lucro.
Sabendo que esse tipo de campanha não seria rentável, então presumimos que há uma seletividade do que pode ser um ativismo vendável ou não.
Então, seria o nosso consumo consciente, inconsciente?
Seria a responsabilidade social, uma invenção valiosa?
A resposta é individual.
Atribuímos ao objeto inanimado em sua essência chamado empresa, características humanas, logo também fazemos cobranças enquanto atitudes baseado no consenso entre pessoas e talvez seja esse o nosso maior erro. Embora a empresa seja uma estrutura conduzida por seres humanos, ainda é uma estrutura, concreta ou virtual, desprovida de qualquer sentimento, inclusive consciência, ainda mais visando a sociedade.
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inovaniteroi · 4 years
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Witzel solicita suspensão do processo de impeachment
Governador teria recebido o ‘ato de citação’ nesta terça. Foto: Fernando Frazão/Agencia Brasil
A defesa do governador Wilson Witzel (PSC) entrou com pedido de suspensão do processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta terça-feira (23). Os advogados destacaram dois pontos principais para fundamentar o requerimento.
O primeiro deles é de que não foi anexado na denúncia da Alerj os documentos oficiais produzidos nos inquéritos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), principal base dos parlamentares.
‘O processo de impedimento decorre da prática de atos vinculados à legislação procedimental, sem que haja qualquer espaço para o ‘ativismo parlamentar’, destaca a defesa.
O segundo ponto é a ausência de definição formal do rito. Embora ainda não tenha confirmado oficialmente, a Casa Legislativa teria entregue, também nesta terça-feira (23), o ‘ato de citação’ à defesa de Witzel. Com esse trâmite, o governador passa a ser comunicado da abertura do processo e terá dez sessões para apresentar argumentos para derrubar a denúncia.
Sob protocolos sanitários rígidos por conta da pandemia de Covid-19, a Alerj instalou, na última quinta-feira (18), a comissão especial responsável por analisar a denúncia de impeachment por crime de responsabilidade.
Processo
O governador foi surpreendido por uma enxurrada de pedidos de impeachment das bancadas psolista e até bolsonarista, após se ver envolvido na operação Placebo, deflagrada pelo Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) em 26 de maio.
Das 14 denúncias apresentadas contra Witzel, a comissão vai se debruçar sobre petição protocolada por Luiz Paulo e Lucinha, ambos do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Embora a denúncia seja embasada na operação, autorizada pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), podem ser indexadas outras irregularidades ao processo.
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acdvsocialistas · 5 years
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sábado, novembro 23, 2019 Apoia-se Vida DestraVida Destra HOME EDITORIAIS BOLETIM POLÍTICA ECONOMIA MUNDO SOCIEDADE CONTATO Home Sociedade RESPOSTA A UM CERTO CONSTANTINO Sociedade RESPOSTA A UM CERTO CONSTANTINO Por Tia do Zap -22 de novembro de 201933 Facebook Twitter Telegram Pinterest Linkedin 5.175 Prezado rapaz. Certamente tenho idade para ser sua mãe, e se a fosse, estaria muito preocupada agora e me perguntando “onde foi que errei?” Seu artigo sobre as Tias do Zap causou bastante alvoroço e eu, que raramente o leio, à exceção de algumas postagens suas no Twitter, me senti na obrigação de saber o quê, afinal, você tinha a dizer sobre essas “velhinhas” que usam redes sociais. Confesso que, depois, tive vontade de “desler“, mas aí já era tarde. O texto diz muito mais sobre o autor do que sobre os personagens que tenta “analisar”. O interessante é que você não está só. Outros jovens fazem coro consigo, em microfones e linhas escritas. Esse fato, porém, esconde um fenômeno irrelevante e que não vale qualquer análise. Simplesmente passará, sem deixar rastros. Mas, já que li tal coletânea de palavras, chavões e deduções bem preconceituosas sobre pessoas como eu, tenho o direito de responder aos seus argumentos. Além de nos aglutinar no que chamou de “patota”, você diz que, por definição, os idosos deveriam ser mais prudentes e cautelosos, numa sutil insinuação de que nosso lugar é em casa, quietos e mansos. “Por definição” de quem, cara-pálida? Sua? Medimos o mundo pela régua da nossa história de vida. Minha mãe tem 90 anos, é uma mulher lúcida e inteligente, tem pouquíssimos cabelos brancos e, com certeza, levaria você a nocaute em uma discussão sobre política, comportamento, religião e fatos históricos. Com um detalhe importante: não é nenhuma erudita. Sempre foi mãe, esposa, dona de casa e autodidata. Minha avó não era diferente. Esse é o meu “background” e é por ele que meço o mundo. Portanto, no meu universo, por definição, os idosos dos séculos 20 e 21 são pessoas antenadas, informadas, com opinião própria e fundamentada, independentes e muito ciosas de valores e princípios. Por definição, principalmente as senhoras que, até hoje (estejam vivas ou mortas), me ensinam, orientam e alimentam o meu imaginário não admitem limitar suas vidas aos cuidados com netinhos, tricôs, crochês, “fofoca” com os padres da paróquia (algo que nunca fizeram), bingos e tardes de carteado. Menos ainda a novelas, programas televisivos emburrecedores ou leituras “água com açúcar”. Na última visita que fiz à minha mãe, ela estava lendo “O Piloto de Hitler”. E não, esse cenário não se restringe a familiares. Você há de convir que minha mãe não teria amizades diametralmente opostas a ela. O círculo de senhoras que não se encaixam na sua descrição canhestra de “velhos” é bem mais amplo do que você gostaria. Na sequência, você questiona se não deveríamos “usar toda a experiência dos nossos cabelos brancos para rechaçar soluções mágicas, apressadas, utópicas, revolucionárias”. Mas é exatamente isso que estamos fazendo. Estamos usando nossa experiência de vida para lutar e rechaçar soluções mágicas, apressadas, utópicas, revolucionárias. Não as queremos mais! Assistimos a décadas de promessas salvadoras e só vimos a Nação afundar em subdesenvolvimento, roubalheira, corrupção, crimes, desemprego, confisco do nosso dinheiro, baixíssima qualidade de ensino, precariedade máxima na saúde pública, redução drástica de oportunidades. É a nossa prudência e cautela, rapaz, que nos leva às ruas e nos mantém no ativismo em rede social. A única verdade da sua narrativa é que hoje temos as redes sociais como instrumento e ferramenta. E a menos que você apoie as manobras de amordaçamento e contribua para nos calar, estaremos presentes nas redes sociais ainda por muito tempo. Nas ruas também. Sim, muitos de nós estavam nas fileiras da juventude “revolucionária” dos anos 1960, e é graças a nós que você vive no mundo como ele é hoje. Sim, fomos autores de muitas das mudanças que fomentaram o avanço em diversas esferas da vida em sociedade, mas também cometemos erros. E os assumimos; alguns, estamos tentando corrigir. Dizer que éramos rebeldes sem causa e que trouxemos, para a maturidade, o vácuo de valores é, além de leviano e desrespeitoso, demonstração da mais absoluta falta de conhecimento. Se não percebeu, olhe de novo e, em vez de ver, tente enxergar: são valores que hoje nos levam às ruas (assim como foram valores e princípios que nos motivaram na juventude revolucionária). São valores que continuarão nos levando às ruas quantas vezes forem necessárias. Se há vácuo, não está em nós. Para ser justa, devo agradecer sua enorme condescendência em nos permitir o sentimento de indignação com todas as tentativas (já feitas e em curso) para asfixiar a Lava-Jato e desqualificar Sérgio Moro. Ao menos isso, você considerou que podemos sentir. Então, obrigada por ser tão bonzinho. De tudo o que você escreveu no seu artigo, inclusive dando a si mesmo o beneplácito de ser injusto ao generalizar – afinal, toda análise sociológica é uma generalização –, há dois aspectos que considero os mais graves em termos de leviandade e desrespeito (claro, insinuar que quem não cabe na sua análise é exceção, e por isso compõe um número inexpressivo de indivíduos, é tão pernóstico quanto considerar que seu artigo tem o peso de uma análise sociológica, mas não, isso é vergonha sua, apenas). Um dos aspectos mais perniciosos está neste trecho: “em muitos casos, se trata da busca por um sentido para a vida“. Deixe-me esclarecer o escárnio da sua narrativa. Você nos condena – a todos nós que temos mais de 60 anos – ao ostracismo da espera pela morte. Nossa vida já não tem um sentido, estamos vazios e à procura de “adrenalina pura”. Não somos mais produtivos. Não temos sonhos, nem metas, nem planos. Não temos mais vaidade, alegria e/ou paixões. Somos meros recipientes (foscos e murchos) de alguma sabedoria trazida pelos anos vividos, mas que talvez nem seja muito relevante. Somos tão somente um corpo que olha e inveja a vitalidade e a vivacidade dos mais jovens. Somos seres depressivos, e talvez um tanto dementes pela senilidade, que se infantilizam ao agir como mocinhas e ao se recusar a permanecer em estado contemplativo na cadeira de balanço. Tenho 61 anos. Sou jornalista por formação acadêmica e experiência prática, hoje aposentada. Sou tradutora técnica e literária em 3 idiomas de origem (inglês, espanhol, francês). Iniciei, há dois anos, um empreendimento de marketing digital, e nele trabalho diariamente. Adoro viajar. Leio muito, e não só livros de ficção, mas também. Nunca parei de estudar, nunca. Meu lazer diário é assistir a filmes ou documentários. TV aberta, não mais. Gosto de música e de dançar. Amo conversar com meus afilhados, cuja cultura e “background” de valores ajudei a formar, e eles me orgulham. São seres pensantes que se recusam a ser bichinhos de presépio. Tenho amigos, não muitos. Seletiva por natureza, prezo mais a qualidade do que a quantidade. Conhecidos não contam, são apenas isso.. conhecidos. Faço ativismo político nas redes sociais e fora delas. Tenho plena consciência da ideologia que defendo e pela qual luto. Defino meu posicionamento político, hoje, como apoiadora de um Presidente da República que não é perfeito, mas que está tentando fazer o que NENHUM tentou. E saiba que o apoio não porque penso como ele – “just the other way around”, é porque ele pensa como eu. Sou vaidosa, sim, mas com as vantagens que a sabedoria traz. Ah! e uso batom vermelho. Adoro! Em resumo: o único lugar em que você NÃO me encontrará é na cadeira de balanço, à espera da morte. De novo, não estou sozinha. Não sou um caso isolado. Você há de convir que eu não teria amizades diametralmente opostas a mim. O segundo aspecto mais espúrio do seu artigo é o reducionismo com claras pretensões desqualificadoras. Suas pretensões seriam irrelevantes, não fosse o grave prejuízo (proposital, na intenção) que causa aos desavisados. Ouça suas próprias palavras: “Talvez frequentar os bingos seja uma alternativa melhor mesmo, do ponto de vista hedonista; sem falar de passar mais tempo com os netinhos e com Deus, a verdadeira solução conservadora”… Leviano, sim, mas ignorante você não é. Inculto talvez seja a qualificação mais adequada. Do ponto de vista hedonista, garanto que, para mim e para a grande maioria das Tias do Zap, bingos jamais seriam uma solução. E insinuar que netinhos e Deus resumem a verdadeira solução conservadora é patético. Família e Deus são, sim, parte indissolúvel do conservadorismo, mas isso não o reduz a vovós carolas. Usar parte da verdade para desqualificá-la no todo, só canalhas o fazem. Com muito orgulho e determinação, e plena de sentido na minha vida, assino. Tia do Zap Sobre Últimos Posts Tia Do Zap Compartilhe isso: TwitterFacebook Artigo anterior AO INFINITO E ALÉM! 33 COMENTÁRIOS Vânia 22 de novembro de 2019 at 13:23 Sensacional! Não conseguiria escrever com tanta profundidade! Compartilho da indignação do texto do Constatino, pois sou tb Tia do Zap e politicamente incorreta! Carregando... Reply Júlio Cesar Basílio 22 de novembro de 2019 at 13:46 Meus parabéns, excelente texto. Carregando... Reply TEREZINHA CANTANHEDE 22 de novembro de 2019 at 13:46 Tapa de pelica 👏👏👏👏 Carregando... Reply Lgp 22 de novembro de 2019 at 15:34 Parabéns …com certeza o jovem não leu…e se por acaso tenha lido deveria tomar vergonha na cara é pedir no mínimo desculpas..não é da índole dele ler e pedir desculpas. Carregando... Reply André Marcos da Costa 22 de novembro de 2019 at 22:44 A amiga Terezinha disse que foi tapa de pelica. Pra mim foi um soco no estômago e um chute no saco. Amei cada consideração. Carregando... Reply Lia Crespo 22 de novembro de 2019 at 13:55 UAU! Essa doeu hein, Constantino? Carregando... Reply Lúcia Cerqueira 22 de novembro de 2019 at 14:06 Você foi MARAVILHOSA! Obrigada! Carregando... Reply Maria Helena Rial 22 de novembro de 2019 at 14:08 Maravilhoso!Tenho 65 anos,feitos hoje,sou aposentada,trabalho,emprego formal à noite e produzo doces muito bons que garantem mais uma pequena renda,Não perco manifestação,desde 2012! Carregando... Reply Cleuza Antunes 22 de novembro de 2019 at 14:08 Brilhante 👏👏👏👏👏 Carregando... Reply Rjorge Pan 22 de novembro de 2019 at 14:34 Nem precisa de comentários, assino embaixo, deu-me um orgulho imenso ler e “sentir” nos dedos o q penso e sinto como se tivesse sido eu a digitar , parabéns, quanto a esse rapaz a algum tempo me choca suas “mensagens” então prefiro não lê-las parabéns tia do ZAP, me integro ao grupo bjo no 💓 Carregando... Reply Myrian Lopes 22 de novembro de 2019 at 15:02 Parabéns e gratidão por nos representar ! E que esse inculto seja um dia um Tio do Zap ! Carregando... Reply Adriana 22 de novembro de 2019 at 15:17 Maravilhoso!!! 👏👏👏👏 Carregando... Reply torquato2068JOSÉ TORQUATO DE BARROS FILHO 22 de novembro de 2019 at 15:24 eu faço parte desta TIARADA, em cima e bem montado nos meus 68 anos, faço minhas as palavras de minha agora amicíssima Tia do Zap, faço questão de procurar no leito do texto o local onde possa assinar em apoio incondicional. Fico feliz de pertencer a esta geração, Esta que está formando contra corrente do Politicamente correto, outra geração consciente. Parabéns a nós. J.Torquato O Alagoano Carregando... Reply Luisa Moreira 22 de novembro de 2019 at 15:29 Parabéns! Seu artigo me representa, do A ao Z. Carregando... Reply Maria Helena Pereira Perez 22 de novembro de 2019 at 15:36 Resposta muito inteligente! Parabéns! Constantino não passa de um idiota! É digno de pena. Carregando... Reply Maira S 22 de novembro de 2019 at 15:48 Ótima resposta ao Rodrigo Constantino por seu deprimente, desrespeitoso e ignorante artigo sobre as tias do ZAP e concluo afirmando que esse artigo, que jamais deveria ter sido publicado, reforça o apelido que lhe foi dado pelo querido professor Olavo de Carvalho. Outra titia do zap Carregando... Reply Palmira 22 de novembro de 2019 at 15:56 Orgulho imenso por ser tia do zap e ter uma tia do zap que me representa tăo bem. Parabéns pelo artigo maravilhoso! Carregando... Reply Maira S. 22 de novembro de 2019 at 15:59 Ótima resposta ao Rodrigo Constantino por seu deprimente, desrespeitoso e ignorante artigo sobre as tias do ZAP, e concluo afirmando que esse artigo que jamais deveria ter sido publicado reforça o apelido que lhe foi dado pelo querido professor Olavo de Carvalho. Carregando... Reply Nia Lucas 22 de novembro de 2019 at 16:08 Parabéns pelo texto Tia do Zap! O maior ignorante é a pessoa que supõe, que detém a verdade sobre o outro, quando na verdade não o conhece, afinal a sua capacidade imaginária sobre o outro, se restringe e é delimitada pela sua própria realidade e leitura de mundo, a qual foi mal e porcamente representada no tal texto escrito por ele. Apenas mais um analfabeto funcional, que ao falar palavras rebuscadas acredita que impressiona, ainda que com falácias. Carregando... Reply Geraldo Riera 22 de novembro de 2019 at 16:44 Maravilhoso texto! Como é bom ler um texto bem escrito como esse. Concordo plenamente. Carregando... Reply Lourdes Raquel 22 de novembro de 2019 at 16:45 Maravilha !!! Carregando... Reply Maria de Lourdes Tavares 22 de novembro de 2019 at 17:29 Como sou uma das tias do ZAP dificilmente encontraria uma defensora a altura. O BRASIL hoje tem outra cara só não vê quem tem dificuldades de lavar a sua. Viva as tias do ZAP. Carregando... Reply Valeria Rodrigues 22 de novembro de 2019 at 17:57 Tia, sou 3 anos mais velha que você, mas igualzinha. Parabéns! Constantino acha que não há diferença entre zero à direita ou à esquerda. Será que ele vai entender Isso? Carregando... Reply Maria Edineth jardim 22 de novembro de 2019 at 18:11 Parabéns a tia do SAP vc nos representa ,disse tudo que gostaríamos de dizer 👏👏👏👏👏👏👏💪💪💪 Carregando... Reply Maria Edineth jardim 22 de novembro de 2019 at 18:14 Parabéns ,vc nos representa 👏👏👏👏👏👏👏💪💪💪💪💪 Carregando... Reply Leda Beatriz Mattos 22 de novembro de 2019 at 18:35 Maravilha de texto! Com muito orgulho também sou uma Tia do Zap Carregando... Reply Elizabeth Fernandes Gomes 22 de novembro de 2019 at 20:02 Impecável ! Nada a acrescentar…Tia do Zap tbm. Carregando... Reply joaquim gabriel 22 de novembro de 2019 at 20:05 cé é loko tio? vc é foda, o rapaz deve estar envergonhado ao ler sua resposta kkkkkkk Carregando... Reply joaquim gabriel 22 de novembro de 2019 at 20:07 vc tem algum livro publicado? sua narrativa é envolvente. Carregando... Reply Mauro Tagliari 22 de novembro de 2019 at 21:01 Parabéns, temos pensamentos idênticos. Carregando... Reply Estela Rech Jacobus 22 de novembro de 2019 at 21:22 Texto maravilhoso! Me identifiquei totalmente. Carregando... Reply 🇧🇷🇧🇷🇧🇷scbsoniadireitasempre (@scbsonia) 22 de novembro de 2019 at 22:45 Lavou a alma de mais está tia do ZAP,quero dizer das redes.Foi PERFEITA!!! Carregando... Reply Hamilton Cabral 22 de novembro de 2019 at 23:57 Parabéns pelo texto, se ele tiver lido deve estar se sentindo como um ser desprezível. Carregando... Reply Sua participação é muito importante para nós do Vida Destra. Participe, comente e interaja! Boletim Vida Destra LEITORES ONLINE Afiliado Lunes PUBLICAÇÕES RECENTES RESPOSTA A UM CERTO CONSTANTINO Tia do Zap - 22 de novembro de 201933 AO INFINITO E ALÉM! Gogol - 21 de novembro de 20191 FÉ CONSERVADORA GVBA - 21 de novembro de 20191 A MELHORA DA MORTE Robson Leite - 21 de novembro de 20198 UM TOSCO GENIAL Laerte A. Ferraz - 20 de novembro de 201931 Grupo Vida Destra CANAL DE NOTÍCIAS NO WHATS Grupo Vida Destra Vida Destra SOBRE NÓS Vida Destra é um magazine independente de direita 100% online, focado em temas como Política, Economia, Direito. Contatos: [email protected] ACOMPANHE Foxwork Web Solution © © VidaDestra.org - 2018 - 2019
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osanecif · 5 years
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Portugal entre grupo de países que quer adiar votação de nova designação de museu
O presidente do Conselho Internacional de Museus Europa (ICOM-Europa), Luís Raposo, revelou hoje à agência Lusa que um grupo de 25 países, incluindo Portugal, vai pedir o adiamento da votação da proposta da nova definição de museu.
Uma proposta que define “o que é um museu” vai ser debatida e votada na próxima conferência-geral do ICOM mundial, que decorre de 1 a 7 de setembro em Quioto, no Japão, anunciou recentemente a organização, mas o seu conteúdo não é de todo consensual entre os membros e está a suscitar críticas.
“Nós apresentámos uma moção a pedir que essa votação seja adiada pelo menos um ano, para que os membros do ICOM possam apresentar outras propostas, já que o assunto é muito complexo, e a nova definição não é consensual”, disse o museólogo, acrescentando que a proposta pode “criar uma situação bastante negativa de divisão” na instituição.
Esta nova definição saiu de uma recente reunião, em Paris, da direção executiva do ICOM, que é a maior organização internacional de museus e de profissionais de museus, criada em 1946, dedicada à preservação e divulgação do património natural e cultural mundial, tangível e intangível.
A proposta foi publicada no sítio ‘online’ do ICOM Portugal, e introduz novos conceitos, nomeadamente de “dignidade”, “transparência”, “inclusivo”, e “igualdade”, que vão para além do modelo vigente, com mais de cinco décadas.
O texto será apresentado aos participantes da conferência-geral, no Japão, que terá também uma assembleia-geral no último dia, para debate e votação final da proposta.
Luís Raposo, que é presidente do ICOM-Europa há três anos e concorre este ano a um segundo e último mandato, é um dos mentores da moção contra a nova definição tal como está, defendendo o seu adiamento para “dar mais tempo à discussão”.
“A nossa ideia é também fazer alterações à atual definição, mas não tão radicais”, disse, como porta-voz de um grupo que inclui, entre outros, países como a Alemanha, a Itália, a França, a Espanha, a Argentina, o Canadá e o Irão.
Na opinião do dirigente, “a nova definição deve continuar a centrar-se na missão primordial dos museus, que é a sua atividade original, e não estar carregada de ativismo e ideologia”.
  A nova definição de museu
A nova definição de museu surgiu da iniciativa da atual presidente do ICOM, a museóloga turca Suay Aksoy, que, depois de tomar posse, criou um grupo de trabalho com o objetivo de pensar em perspetivas do futuro dos museus, ao nível do pensamento estratégico.
“Este grupo de trabalho trabalhou durante dois anos no projeto, realizando centenas de sessões informais e recebeu mais de 250 propostas anónimas, sobretudo com teor mais ativista do que técnico, e, além disso, os comités nacionais do ICOM nunca foram formalmente consultados”, criticou Luís Raposo.
Desse conjunto de propostas surgiu uma versão definitiva que só foi divulgada no final de julho deste ano aos 44 mil membros de 118 países de todo o mundo, representados por comités nacionais, tal como Portugal.
O presidente do ICOM-Europa considera que a nova proposta de designação do que é um museu “reflete um conjunto de agendas ativistas que pretendem colocar em evidência certos temas mais atuais como a integração das minorias, o fenómeno das migrações, o colonialismo, o racismo, ou as questões de género”.
No sítio ‘online’ do ICOM Portugal, foi publicada a nova proposta, traduzida do texto original, em inglês: “Os museus são espaços democratizantes, inclusivos e polifónicos, orientados para o diálogo crítico sobre os passados e os futuros. Reconhecendo e lidando com os conflitos e desafios do presente, detêm, em nome da sociedade, a custódia de artefactos e espécimes, por ela preservam memórias diversas para as gerações futuras, garantindo a igualdade de direitos e de acesso ao património a todas as pessoas”.
“Os museus não têm fins lucrativos. São participativos e transparentes; trabalham em parceria ativa com e para comunidades diversas na recolha, conservação, investigação, interpretação, exposição e aprofundamento dos vários entendimentos do mundo, com o objetivo de contribuir para a dignidade humana e para a justiça social, a igualdade global e o bem-estar planetário”, finaliza.
  Atual definição de museu
A atual definição, que data dos anos 1970, diz que “o museu é uma instituição permanente sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, investiga, comunica e expõe o património material e imaterial da humanidade e do seu meio envolvente com fins de educação, estudo e deleite”.
O conteúdo Portugal entre grupo de países que quer adiar votação de nova designação de museu aparece primeiro em Diário As Beiras.
Portugal entre grupo de países que quer adiar votação de nova designação de museu
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rabiscos-rascunhos · 5 years
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21/07/2016 - Raíssa Éris Grimm 
O conceito de cisgeneridade foi criado pelo ativismo trans como uma forma de devolver o olhar e entender de outra forma a posição social e política de pessoas “não-trans”, que até então eram simplesmente definidas como “bio mulheres”, “bio homens”, ou como “mulheres de verdade”, “homens de verdade”, “naturalmente mulheres”, “naturalmente homens”. (Obs; Paralelo com o texto de Gomes Louro sobre a verdade baseada em Foucault)
Essa definição dava a entender que pessoas cisgêneras seriam naturalmente e espontaneamente seu próprio gênero — nascides já como são — enquanto nós, pessoas trans, seríamos o efeito de uma artificialidade, de uma negação da nossa “verdadeira natureza”.
[...]
IMPORTANTÍSSIMO:
É aí que entra o transfeminismo. Uma das premissas chaves para toda reflexão — e ação — transfeminista é o entendimento que não basta oferecermos formas de adequar pessoas trans nos padrões sociais impostos, mas que precisamos transformar os padrões sociais impostos para que possam acolher e dar inteligibilidade à multiplicidade de corpos trans.
A transformação desse padrão implica não apenas (embora também) mudar a forma como percebemos pessoas trans, mas mudar também a forma como percebemos e entendemos pessoas cisgêneras. Implica entender que a construção do seu sexo, do seu gênero são tão artificiais e fictícias quanto as nossas.
[...]
Ser fictício e artificial não quer dizer que não tenha efeitos materiais — essas ficções dividem nossos corpos, educam suas possibilidades, nos induzem a hormônios, além de exercerem diversos tipos de violência. Porém, são ficções, no sentido de que são construtos articulados à narrativa e ao imaginário dos seres humanos, situadas SEMPRE na história e na cultura.
Tudo isso, implica entendermos que pessoas cisgêneras são tão artificialmente construídas quanto pessoas trans. Mas, os lugares políticos dessas ficções e tecnologias são diferentes. É a partir desse entendimento que falarmos de “mulheres com pênis”, “homens com vagina” ganha sentido: não estamos buscando nos adequar aos seus conceitos sobre o que é ser mulher ou homem, estamos buscando transformar seus conceitos sobre o que significa ser “uma verdadeira mulher” ou “um verdadeiro homem”, para entendermos que essa verdade é algo que não existe para nenhuma de nós, a não ser no espaço da construção política das nossas narrativas.
Publicado em seu perfil do Facebook no dia 14/07/2016.
Obs; dimensão do Facebook; transmutado para uma coluna de um site;
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jogopolitico · 6 years
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Palestrantes destacam acolhimento da família no tratamento de crianças autistas
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Palestrantes destacam acolhimento da família no tratamento de crianças autistas
O Senado recebeu nessa quarta-feira (5) a escritora Aneida Fulsang, autora do livro Autismo — aprendendo a aprender com Ejner. Em uma palestra, a convidada dividiu com o público sua experiência como mãe e os avanços do filho de 12 anos, diagnosticado com transtorno do espectro autista com severidade nível 3 não verbal. A palestra foi realizada no Auditório Antônio Carlos Magalhães, no Interlegis.
O encontro fez parte das atividades da 12ª Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência e da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, em uma iniciativa conjunta da Procuradoria Especial da Mulher do Senado e da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados. O debate foi mediado pelo servidor Lunde Braghini, que representou a procuradora especial da Mulher do Senado, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), e a coordenadora da Procuradoria, Rita Polli Rebelo.
Segundo a escritora, a aceitação do diagnóstico do filho Ejner não foi fácil. Apesar das evidências de que havia algo diferente com o garoto, ela tinha medo de encarar a situação e buscar ajuda.
— Eu não quis enxergar. Houve um bloqueio de aceitar que meu filho era diferente. Eu via que eu precisava aceitar para conseguir ajudá-lo. A importância da família no tratamento é o item número 1. Mas para ajudá-lo eu precisava ajudar a mim primeiro. Eu precisava aceitar a situação, e se a gente não aceitar fica tarde — disse.
Para a escritora, a família deve atuar em colaboração com os profissionais envolvidos no tratamento da criança e jamais desistir de obter progressos. De acordo com ela, as sessões com os terapeutas devem contar, necessariamente, com a presença dos pais.
— Todo terapeuta tem que abrir as portas e deixar os pais assistirem para aprender a lidar com a criança. Quando você ensina uma criança autista, ela aprende apenas daquele jeito. Então, se você quiser ter sucesso, é preciso repetir essas atividades no dia a dia e, por isso, a presença dos pais é fundamental — afirmou.
Processo difícil
Quem também falou sobre os desafios e aprendizados de quem convive com uma criança autista foi Ana Paula Ferrari, coordenadora do Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab), de Goiânia. Mãe de Jonas, de 9 anos, ela contou que o filho foi diagnosticado com pouco mais de 2 anos.  O processo de aceitação, segundo ela, foi longo e dolorido.
— Antes do diagnóstico, ele era uma criança que olhava no olho, com brilho, com sorriso, com aprendizagem. Nem sempre a alteração é fisicamente detectável, mas, às vezes, é clinicamente observável. Ao entrar para uma escola, na educação infantil, ele teve crises nervosas e regrediu em seu desenvolvimento. Nesse momento, tivemos acesso ao diagnóstico e veio o processo de luto — afirmou.
Outro ponto destacado por Ana Paula foi a importância de a família ter um grupo de apoio para trocar informações e dividir experiências sobre o assunto.
— Essa troca de informações é poderosa, e o efeito dela nenhuma medicação consegue suprir. O remédio, às vezes, não faz o efeito de um grupo de apoio — destacou.
Visão clínica
A neuropediatra Janaína Monteiro Chaves, do Hospital da Criança de Brasília, falou sobre a definição clínica do espectro autista, que atualmente é entendido como uma única desordem. Além disso, há um conjunto de critérios que podem impactar nas áreas de comunicação social, flexibilidade, comportamento e sensibilidade sensorial. O marcador da gravidade varia de acordo com o grau de comprometimento.
— No caso do espectro autista, esses sintomas devem estar presentes, vão causar prejuízos nessas áreas e não serão explicados por outra doença. Temos três níveis: o nível 3 é o mais severo e necessita de mais suporte. O nível 2 tem uma dificuldade menor, mas também precisa de um apoio. E o nível 1, que seria leve, necessita de menos suporte. Contudo, essa classificação tem sido revista porque a gente entende que são conceitos, e o autismo não vai conceituar o que a criança é. Tudo vai depender do contexto social dela para saber como ela vai funcionar — explicou.
A médica ressaltou ainda a importância da inclusão da família no tratamento e falou sobre a relevância do acolhimento.
— Esse suporte à família faz toda a diferença em qualquer processo em que a criança tenha uma desordem neurológica. A criança sente isso. Então, a família é o foco — concluiu.
Fonte: Palestrantes destacam acolhimento da família no tratamento de crianças autistas
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licgeo-blog · 6 years
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CONGRESSO LASA 2019
O ensaio “Nuestra América”, de José Martí, foi publicado em 1891 em Nova York e na Cidade do México em resposta à primeira Conferência Pan-americana, de 1890, que propôs o pan-americanismo como modo de conectar as Américas do Sul e do Norte. Nós invocamos e expandimos a mensagem de “Nuestra América” a fim de promover uma visão hemisférica da justiça e da inclusão em uma era em que a política global é com demasiada frequência construída em torno de muros e fronteiras vigiadas, e não no incentivo à justiça social e à democracia. O nosso congresso ocorrerá em Boston, Massachussetts, o local de elementos-chave na revolução que resultou na independência dos EUA e—dentre outros episódios notáveis na “era das revoluções,” incluindo a revolução haitiana que aboliu a escravatura—definiu a base para ideias contemporâneas de democracia e justiça.
“Nuestra América: Justiça e Inclusão” aponta para os desafios colocados por questões sociais, econômicas, raciais, étnicas, de gênero, sexualidade e de outras espécies; para a necessidade de promover soluções criativas para superá-los; para a importância da academia, do ativismo e da política neste sentido; para a relevância das alterações demográficas que tornam pessoas historicamente marginalizadas uma maioria no continente, e para o reconhecimento de suas amplas contribuições culturais, linguísticas, políticas, sociais e econômicas; para uma definição inclusiva de justiça que repouse sobre a verdade e incorpore respeito e dignidade para todos; e para uma compreensão ampla de direitos, tanto coletivos quanto individuais.
Interações e a cooperação hemisférica também orientam nossos esforços para conectar o congresso LASA 2019 às comunidades latino-americana e latina de Boston e do Nordeste, bem como à enriquecedora mistura de instituições e organizações acadêmicas, criativas, comunitárias e políticas que lá se encontram. No mesmo sentido, queremos que o nosso congresso de 2019 seja visto e funcione como uma ponte para a LASA 2020, no México, simbolizando assim a unidade e a interdependência entre as diferentes partes da nossa América. Do México, a LASA continuará a se encontrar for a dos EUA até que uma alteração significativa do clima ocorra para os imigrantes, assim como para visitantes e acadêmicos internacionais. Ao enviar propostas para sessões (painéis, mesas redondas e oficinas), os membros da LASA são calorosamente incentivados a garantir uma representação diversificada por meio da inclusão de minorias, mulheres, estudantes de pós-graduação, e a refletir a diversidade regional e disciplinar do corpo de membros da LASA. Os co-presidentes dos circuitos empregarão a diversidade e a inclusão como critérios importantes ao avaliar propostas para a sessão (Informações obtidas da página do evento).
Participe! Mais informações em nosso site: www.licgeo.ifba.edu.br ou através da QR code.
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jogopolitico · 6 years
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Suspenso julgamento sobre idade mínima para ingresso no ensino infantil e fundamental
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Suspenso julgamento sobre idade mínima para ingresso no ensino infantil e fundamental
Nesta quarta-feira (30), pedido de vista do ministro Marco Aurélio suspendeu o julgamento, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), de dois processos – Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 17 e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 292 – que tratam da idade mínima para a matrícula de alunos no ensino infantil e fundamental. 
A ADPF 292 foi ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra duas normas da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE): a Resolução 6/2010, que estabelece a exigência de quatro anos completos até 31 de março para ingresso no primeiro ano da educação infantil, e a Resolução 1/2010, que exige seis anos completos até a mesma data para ingresso no primeiro ano do ensino fundamental. Na ADC 17, o governador de Mato Grosso do Sul pedia a declaração de constitucionalidade dos artigos 24, inciso II, 31 e 32, caput, da Lei 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), com a interpretação de que o ingresso no ensino fundamental está limitado a crianças com seis anos de idade completos no início do ano letivo.
Até o momento, oito votos foram proferidos na ADC 17. Os ministros Edson Fachin (relator), Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Dias Toffoli consideraram a validade das normas questionadas, porém concluíram pela inconstitucionalidade quanto ao momento de definição do corte etário estabelecido nas resoluções. Eles votaram pela exclusão da expressão “completos até 31 de março” por entenderem que a criança não precisa ter 4 ou 6 anos completos até essa data para ingressar, respectivamente, no ensino infantil e no ensino fundamental, bastando apenas ela completar a idade durante o ano letivo. Os ministros Luís Roberto Barroso, Lux Fux, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes divergiram ao votar pela integral constitucionalidade das normas.
Votos
O ministro Luiz Fux, relator da ADPF 292, entendeu que o Poder Judiciário não tem capacidade institucional para estipular os critérios envolvidos na matéria. “O Poder Judiciário não tem expertise sobre o assunto”, avaliou, ressaltando que cabe ao Poder Público “desenhar” as políticas públicas sobre o tema. Para ele, as resoluções questionadas foram expedidas com ampla participação técnica e social e não violam os princípios da isonomia e da proporcionalidade, nem o acesso à educação. Assim, votou pela constitucionalidade da lei na ADC e a improcedência do pedido da ADPF.
Esse entendimento foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Eles frisaram que as normas consubstanciam políticas públicas, área própria da administração pública, e que a decisão no caso tem caráter técnico, sendo de competência do Poder Executivo. Os ministros acrescentaram que o Ministério da Educação apresenta capacidade institucional para a definição de regras, ressaltando que o Conselho Nacional de Educação é plural e possui representantes de diferentes profissões capacitados para dizer claramente qual é a melhor idade para o início dos ensinos infantil e fundamental.
Divergência
O ministro Edson Fachin julgou parcialmente procedente a ADPF, divergindo quanto ao corte etário para a realização das matrículas a serem realizadas por crianças que completaram a idade indicada nas normas até o dia 31 de julho. Para o ministro, essa restrição afronta a Constituição Federal. “A indicação das diretrizes da resolução do CNE, ao referir-se aos 6 anos completos, não está na Constituição brasileira e não acredito que uma diretriz operacional de uma resolução possa mudar a Constituição”, salientou, completando que sua interpretação “prestigia o direito ao acesso à educação”.
De acordo com o ministro Edson Fachin, a norma constitucional contida do artigo 208, inciso V, “confirmou o direito de acesso aos níveis mais elevados consoante a capacidade de cada um” e avaliou que “não se pode restringir o que a Constituição garante”. Assim, ele votou no sentido de excluir a expressão “completos até 31 de março”, contidos nos artigos 2º e 3º das resoluções, que definem o corte etário no dia 31 de março.
Acompanharam esse entendimento os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Dias Toffoli. Para eles, a hipótese apresenta uma discricionariedade que fere a isonomia, tendo em vista que todos aqueles que completarão 6 anos no mesmo ano têm direito ao primeiro ano no ensino fundamental. Os ministros consideraram que a decisão não indica ativismo judicial, uma vez que cabe ao Supremo avaliar se textos normativos contestados estão ou não em consonância com a Constituição Federal.
EC/CR
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Fonte: Suspenso julgamento sobre idade mínima para ingresso no ensino infantil e fundamental
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