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#atrasado como sempre mas ta aí
ttdvaipelasombra · 1 year
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MUSES DO MUN SAM.
𝒓𝒖𝒇𝒆𝒎 𝒐𝒔 𝒕𝒂𝒎𝒃𝒐𝒓𝒆𝒔, 𝒔𝒆𝒏𝒉𝒐𝒓𝒂𝒔 𝒆 𝒔𝒆𝒏𝒉𝒐𝒓𝒆𝒔. 𝒕𝒂𝒐 𝒕𝒂𝒐 𝒅𝒊𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒓𝒆𝒄𝒆𝒃𝒆 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒖𝒎 𝒑𝒆𝒓𝒔𝒐𝒏𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒑𝒆𝒓𝒅𝒊𝒅𝒐 𝒅𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒐. 𝒂 S𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂, 𝒅𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒐 𝒑𝒆𝒕𝒆𝒓 𝒑𝒂𝒏, 𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒂 𝒕𝒆𝒓 24 𝒂𝒏𝒐𝒔 𝒎𝒂𝒔 𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒆𝒏𝒕𝒆𝒏𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒂𝒏𝒕𝒊𝒈𝒂. 𝒆 𝒐 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒑𝒊𝒓𝒂𝒕𝒂 𝒅𝒐 𝒃𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒅𝒐𝒔 𝒉𝒐𝒐𝒌'𝒔, 𝒐𝒖 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝒎𝒆𝒔𝒎𝒐 𝒆𝒍𝒆 𝒂𝒄𝒉𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒆, 𝒆 𝒂𝒒𝒖𝒊 𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒎𝒐𝒏𝒂𝒓𝒒𝒖𝒊𝒂 𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒎 𝒎𝒂𝒏𝒅𝒂 𝒆 𝒆𝒍𝒆! 𝒃𝒓𝒊𝒏𝒄𝒂𝒅𝒆𝒊𝒓𝒂, 𝒆 𝒐 𝒓𝒖𝒎𝒑𝒆𝒍𝒔𝒕𝒊𝒍𝒕𝒔𝒌𝒊𝒏. 𝒐𝒔 𝒅𝒆𝒖𝒔𝒆𝒔 𝒏𝒐𝒔 𝒂𝒋𝒖𝒅𝒆!
ERA UMA VEZ EM TÃO TÃO DISTANTE…
Possuir agora um corpo físico e um rosto que não era do Peter Pan, foi completamente estranho mas nada desagradável. Tinha conseguido a primeira parte do seu sonho: liberdade. Ou quase isso. De certa forma, ainda estava preso a Peter Pan, o motivo da sua imortalidade é porquê sua existência depende do menino que se recusou a crescer. Enquanto ele estiver vivo, sua Sombra não pode morrer.
Ele não está nem aí se você comeu uma maça envenenada ou transformou sua mãe em um urso por acidente, só se importa com ele, ele mesmo e si próprio. Se ainda não ficou claro, seu objetivo sempre foi derrotar e ser o próprio Peter Pan. Cuidado onde pisa e vá pela sombra!
SOL EM AQUÁRIO, LUA EM VIRGEM E ASCEDENTE EM AQUÁRIO.
Calmo e composto, a Sombra não costuma deixar as coisas saírem do seu controle. Mesmo quando os outros ao seu redor estão visivelmente agitados, permanece praticamente imperturbável. Para alguns, isso pode parecer intimidante ou arrogante. Ele é astuto em seus métodos não convencionais de resolver casos. Ele pode manter a calma, mesmo em situações de alta pressão. A Sombra tem uma crença notável de que o dinheiro é a solução para tudo, por isso é conhecido como o braço direito do capitão Hook. Sempre que ele se diverte, a expressão dele transforma-se em um sorriso presunçoso e sugestivo.
BACK TO NEVERLAND
A Sombra é uma entidade justa - ou quase, que exige que todos os meninos perdidos obedeçam as regras de seu território e não sejam quebradas de nenhuma jeito ou terá consequências para todos. Apesar disso, ele não tem um senso de bem e mal.
SUPERPOWERS OF EVIL  
umbracinese. flexível igual borracha, a Sombra domina plenamente a escuridão, é capaz de gerá-la e moldá-la como e quando desejar, bem como controlá-la para os mais diversos fins. 
Limitações: 
Pode ser incapaz de criar sombras, sendo limitado a manipulá-las apenas a partir de fontes já existentes. 
A exposição prolongada à escuridão pode afetar negativamente o usuário, física e mentalmente. 
Distância, massa e precisão dependem do conhecimento, da habilidade e da força do usuário, bem como dos limites naturais de seu poder. 
Manipulação da Luz e Geração de Luz podem ser especialmente eficazes contra esse poder. 
Como a sombra é uma área escura produzida por um corpo que vem entre raios de luz e uma superfície, a luz pode fortalecer.
TRIVIA
apelidos: peter 2 (odeia), shadowboy.
zodiac sign: aquário.
gênero e pronomes: não-binário, ele/delu.
sexualidade: panssexual.
profissão: vagabundando por aí e o bandido que roubou seu coração e todo seu dinheiro na carteira.
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bellaexclamation · 3 years
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I wish I could have posted this sooner, but at least I got it done in time for my diagnosis birthday! Já passamos metadinha do mês e eu quero continuar fazendo quadrinhos de Aceitação Autista, se não conseguir fazer respondendo todas as perguntas to pensando em streamar e responder as perguntas e fazer arte autista se pá? Num sei! O que seis acham?
Ok ok enfim, transcrição + english translation on read more/continuar lendo
ENG
(first image) "DAY 6. today I was supposed to talk about driving" "but I can't drive. my parent's car is in my name for taxing reasons but that's another story..."
"do u mind sharing how was your diagnosis ?? :D" "ok i'll talk about my diagnosis!"
(second image)
"I started seeing psychologists at ages 8-9 I think? I got diagnosed with a form of intellectual giftedness! I found out about this at 19 years old, when my mom was whispering with a doctor believing I was asleep"
"all I was told until then was that i was smarter than normal, but with a "delayed" "emotions" that I don't know how to explain better than it was code for autism really. But no one EVER talked about me being autistic. My mother already called me (R word) etc but in my family's eyes I wasn't autistic. The "high functioning" autism isn't autism it's just a magical child without disabilities, and the "low functioning" is a burden to families."
(third image)
" I wasn't surprised when I learned Dr Asperger is a gross "not-see""
" I lived being treated like a burden to the family, and like someone who should be superior always" "I had to discover myself autistic alone" "At 15 years old my mother reluctantly agreed to take me to a psychiatrist again"
"I saw so many doctors, it was luck one of them mentioned "asperger". Then I went to learn more about ASD, the first specialist told me to wear more bras and be less childish. then the hassle to find another, those were some bad years. but, late 2017 I managed to go to a clinic."
"the specialists and psychiatrists listened to me" "april 17th - 2018. i got my diagnosis! ASD and Depression"
(fourth picture)
"I remember I had school that day. i got there so happy with a bunch of papers. something so simple that made such a difference. finding out I'm autistic saved me. having doctors agree with me even more."
PT-BR
(primeira imagem)
"DIA 6. hoje era pra eu falar sobre dirigir carro" "mas eu não sei dirigir. o carro dos meus pais ta no meu nome por roles de imposto mas isso é outra história..."
"vc se importa de compartilhar como foi seu diagnóstico ?? :D" "ok vou fala do meu diagnóstico!"
(segunda imagem)
"eu comecei a ver psicólogos eu acho com 8-9 anos? me diagnosticaram com Altas Habilidades! Eu fiquei sabendo disso com 19 anos, com minha mãe cochichando com uma médica achando que eu estava dormindo"
"tudo que me falaram até lá foi que eu era mais inteligente que o normal, mas com "emocional" "atrasado" que eu não sei como explicar melhor que era código pra autismo mesmo. Mas ninguém NUNCA falou sobre eu ser autista. Minha mãe já me xingou de (palavra com R) etc mas ao ver da minha família eu não era autista. O "grau leve" do autismo não é autismo é só uma criança mágica sem deficiência, e o "grau alto" é um peso para as famílias."
(terceira imagem)
"eu não me surpreendi quando soube que o Dr. Asperger é um nojento "nasi""
"Eu vivi sendo tratade como um peso pra família, e como alguém que devia ser superior sempre" "Eu tive que descobrir que era autista sozinhe" "Aos 15 minha mãe relutantemente concordou em me levar em psiquiatra de novo"
"eu vi tanto médico, foi sorte que um mencionou "asperger". Aí eu pesquisei mais sobre TEA, a primeira especialista mandou eu usar sutiã e ser menos infantil. depois perrengue pra achar outra, foram uns anos ruins. mas, no finalzinho de 2017 eu consegui ir em uma clínica."
"as especialistas e psiquiatras me ouviram" "17 de abril - 2018. consegui meu diagnóstico! TEA e Depressão"
(quarta imagem)
"eu lembro que tinha aula no dia. cheguei mó feliz com um monte de papel. uma coisa tão simples que fez tanta diferença. descobrir que sou autista me salvou. e médicas concordarem comigo mais ainda."
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1dimaginesworld · 4 years
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Pedido: Ai não creio que vai voltar escrever♥️ poderia pedir um com Harry ela é brasileira aí quando ele apresenta para a banda, meio que ficam zoando ela pelo sotaque como brincadeira, ela ri na hora mas fica um pouco chateada e depois começa evitar um pouco o pessoal por vergonha e Harry percebe. Estou feliz com sua volta 🥰
Gente eu estou meio enferrujada, então desculpa qualquer coisa . Fico feliz de ter voltado para o Tumblr, não vou largar ele tão cedo, vou escrever muito e logo vou voltar a fazer os imagines bons que eu fazia.
Harry on
Harry: Serio gente, ela é incrivel, vocês vão amar ela. - falei empolgado para meus amigos.
Niall: Tá, mas quando vamos conhecer ela? - bebeu um pouco da sua cerveja.
Zayn: Calma Niall, Harry disse que ela ja está vindo. - disse já sem paciencia.
Louis: Brasileiros...sempre atrasados- revirou os olhos, brincando, e todos riram, até eu ri.
A situação é a seguinte, eu e S/n estamos namorando há alguns meses, sou completamente louco por ela, e sempre falo dela para os meninos, so que eles nunca tiveram a oportunidade de conhecer ela, até hoje.
Harry: Vocês tem que ter paciência. - neste momento olhei para a entrada e vi minha namorada, minha S/n, ela estava lá, procurando por mim e pelos meninos - Ela chegou - todos os meninos olharam pra ela, vi Louis fazer um "uau" sem som, ela é realmente muito linda. Me levantei e fui até ela.
S/n: Oi Hazza - disse calma, e logo me deu um selinho - os bares daqui são muito lindos - disse encantada, S/n é brasileira, tudo pra ela é novo, ela se encanta com as coisas muito facil e eu acho isso incrivel.
Harry: Que bom que gostou amor - segurei as mãos dela e a levei até os meninos - Meninos, S/n, S/n esses são; Liam, Niall, Zayn e Louis, não liga pra bobagem que eles falarem.
S/n se sentou ao meu lado e começou a interagir com os meninos, fico feliz por ela estar aqui comigo e com os meninos.
Louis: Oque você falou? - Louis perguntou para S/n, o inglês dela é muito bom, mas não é igual de um nativo, ela ainda não sabe as girias e as vezes fala as palavras de um jeito "errado", eu particulamente nunca tive problemas para entender ela.
S/n: Deixa pra lá - ela sorriu.
Niall: Seu sotaque é muito forte - riu - nem sei como o Harry te entende.
Liam: Parece uma caipira falando - riu alto e todos o acompanharam, S/n tambem riu, mas eu fiquei quieto.
Zayn: Você não teve aulas de inglês antes de vir? Se você quiser posso te ensinar princesa - olhei feio pra ele e ele levantou os braços em sinal de rendimento.
S/n: Tive sim - sorriu - mas eu ainda tenho sotaque né, não falo perfeitamente - disse calma.
Louis: E como, muito sotaque, parece que ta falando árabe - todos riram novamente.
Harry: Eu entendo ela bem, vocês devem estar bebados.
Liam: Não - riu - ela fala embolado.
Zayn: Mas ela é brasileira né.
Niall: E?
Zayn: Ela não sabe falar bem mas deve saber rebolar - brincou e todos riram novamente.
Depois de zoarem S/n eu percebi que ela ficou calada, talvez tenha ficado chateada, não sei, espero que não. O assunto focou apenas nos meninos e ela ficou quieta, logo ela dissr que ia ir ao banheiro e eu aproveitei para conversar com os meninos.
Harry: Porra, cadê a noção de vocês? - falei baixo não querendo chamar atenção de outras pessoas.
Liam: Como assim cara?
Harry: Vocês sem noção, ficaram zoando ela.
Niall: Mas ela tava rindo.
Harry: Para não ficar constrangida né?! Dãã - revirei os olhos - Obvio que o inglês dela não é perfeito, ela não nasceu aqui.
Zayn: Poxa...
Harry: Não acabei - cortei o Zayn - Zayn você oferecer aulas pra ela?? Cara, eu to chateado, e puto pelo fato de você ter cantado MINHA namorada - dei enfase no minha e ele arregalou os olhos.
Niall: O que você quer que a gente faça? - eu ia responder mas na hora S/n chegou.
S/n: Que silêncio - disse ao ver todos calados, eu estava puto e todos deviam estar pensando.
Louis: S/n - olho para ela e eu olhei para ele pensando "toma cuidado com que você vai falar Tomlinson".
S/n: Sim. - disse calma, ela é tão simpática e educada, me deixa triste ver ela chateada.
Louis: Eu e os meninos queremos te pedir desculpa, desculpa por ter zoado - fez aspas e eu o reprendi com o olhar - okay, zoado com você.
Liam: Não foi nossa intenção te ofender, não somos pessoas ruins. - ela sorriu.
S/n: Tudo bem meninos, não tem problema, sei que vocês não são ruins - deu uma risadinha leve - pelo menos não me perguntaram se eu moro na Amazonia ou ando pela no verão.
Niall: Você mora na Amazonia e anda pelada? - Niall falou surpreso, talvez assustado.
Harry: NIALL! Obvio que não. - todos riram e a conversa foi fluindo todos se interessaram pelo Brasil, ja fomos la e é um pais incrivel.
Zayn: S/n.... se você quiser ainda posso te dar umas aulas, mas não é para aprender a falar. - o fuzilei ele com um olhar.
Harry: Eu te mato! Vou te proibir de olhar para ela! - falei brincando com um to meio serio e todos riram. Puxei S/n para meu lado e dei um beijo nela pra mostrar de quem realmente ela é. Amo ela, independente se eu entendo oque ela fala ou não, continua sendo a minha S/n, a S/n meiga e linda que eu conheço.
Ficou pequeno, eu sei, desculpa, na minha cabeça ia ficar um imagine PERFEITO, mas na prática não ficou k, sorry. Eu fiquei toda empolgada pra fazer esse imagine pq me identifiquei, quando fui pra fora os gringos n me entendiam e eles me pergunta se eu andava pelada aqui, alguns gringos n tem mta noção do q falaram kkkkkkk
Qualquer coisa pode me mandar uma mensagem! Beijos Laura 💞
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peoniesoftomorrow · 6 years
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Reminiscência - Capítulo 1
Tom's POV
3 DIAS ATRÁS...
Acordei sabendo que meu dia seria cheio, então levantei cedo e fui direto ao banheiro tomar um banho. Quando saí do banheiro do apartamento, pude sentir o cheiro do café vindo da cozinha e sabia que era ela. Fui ao closet e escolhi uma calça jeans, uma camisa xadrez de botão e as vesti, calcei os sapatos e antes de sair do closet, peguei o relógio que Liv me deu e coloquei no pulso.
Nem acredito que nossas férias estão acabando, terei que voltar para a loucura do tour do filme, e Olivia voltará para o hospital. Encaminhei-me para a cozinha e lá estava ela, terminando de arrumar o nosso café da manhã na mesa, comecei a andar mais devagar para poder observar melhor. Ela estava usando a minha calça de moletom cinza que ficava apertada perfeitamente em sua bunda e uma camiseta com uma mão dando cotoco, a mesma que estava usando quando nos conhecemos, seu cabelo estava preso em um coque e estava cantarolando algo em português. Comecei a andar em sua direção e antes de chegar, ela falou:
- Antes de você apertar a minha bunda, poderia, por favor, pegar um copo de agua para mim? - Olivia abriu um sorriso e não resisti, a puxei pro meu abraço e a beijei, apertando-a mais em meus braços, deixei uma mão em seu pescoço e a outra desci ate sua bunda e apertei de leve. E ainda segurando ela em meus braços, falei:
- Claro amor, só se for agora, com certeza, me sinto motivado a buscar um copo d'água para você.
- Eu sabia. - disse ela rindo, enquanto eu caminhava em direção ao bebedouro para buscar seu copo d'água.
- Sabia o que? - perguntei. Nesse momento, Olivia aponta o dedo na minha cara, sorrindo com deboche.
- Que você era um depravado! Esse seu rostinho nunca me enganou, desde a primeira vez que te vi. - Olivia pegou o copo da minha mão e bebeu a água, sedenta, como sempre.
- Sou uma cara inesquecível né? Já ficou me querendo da primeira vez que me viu, inclusive, você estava usando essa blusa. - falei apontando para blusa e me lembrando da primeira vez que a vi. Olivia, apesar de não achar, se destaca no meio da multidão, eu a vi no momento em que entrou no bar com suas amigas e um violão nas costas. A apertei ainda mais forte em meus braços - Jamais me esquecerei daquele dia, sabia? O dia amanheceu mais lindo hoje, não acha? - observei, acariciando seu rosto. - O que você ficará fazendo enquanto estarei na Comic Con?
- Primeiro, os dias sempre são lindos quando acordo com você. - Olivia beijou minha bochecha direita. - Segundo, sim, você é um cara inesquecível. - depois beijou minha bochecha esquerda. - Terceiro e último, mas não menos importante. - falou, dando um selinho na minha boca. - Quero aproveitar o ultimo dia aqui, pegar um sol na Riviera, depois comprar o presente de aniversário da vovó, o que acha que devo comprar? E, eu sei que nossas férias estão acabando e que logo logo a tour começará, mas você acha que semana que vem podemos visitar a vovó?
- Ai, eu não resisto a essas declarações de amor vindo de Olivia Campbell - ri e pus a mão no meu coração como um homem inveterado faria. - Claro que sim, dona Sofia é uma querida, mas eu não tenho ideia do que você pode dar. Perto da praia, geralmente, tem feirinhas de antiguidade, pode ter algo lá. Vamos comer? - senti minha barriga roncar e puxei Olivia para bancada para comer, ela serviu café nas xícaras enquanto eu preparava um sanduiche para nós dois. Escutei Olivia respirando fundo e perguntei: - Está tudo bem?
- Sim, quer dizer, mais ou menos. O internato está acabando, não é?
- Sim, eu sei. Como foi a prova?
- Então, não sei... acho que fui bem. - Olivia ta naquela fase de incertezas, eu passei por isso quando estava decidindo se seguiria a carreira de ator, não foi uma escolha fácil, mas eu tive o apoio da minha família, já a Olivia não, e eu quero ser um apoio para ela, assim como Sofia é. - Só, sei lá, estou ansiosa.
- Bom, estou aqui para qualquer coisa. - senti meu celular vibrar e o atendi - Oi, jack, sei que estou atrasado. Já já saio do apartamento e pego o avião para Paris, chego aí em uma hora, mais ou menos. - falei rápido e desliguei a ligação para evitar uma bronca fudida de Jack. - Liv, eu tenho que ir. - peguei as suas mãos e apertei.
- Eu sei, baby. Vou me ajeitar para a praia, curti esse dia, fazer algumas compras, heheeh - disse se levantando e eu também, já pegando minha carteira e me encaminhando para a porta.
- Olivia! - gritei da porta, e ela veio correndo, só de sutiã e os cabelos soltos, uma imagem deliciosa. - Lindo anel, inclusive. Tchau, até mais tarde! - falei e fechei a porta indo em direção ao carro que aluguei.
[...]
Eu estava exausto, gosto muito das Comic Cons, são divertidos, interagimos com os fãs e vemos suas criatividades nos cosplays, mas estava ansioso para ver Olivia e saber como foi o seu dia. O bom de ter um melhor amigo, é o companheirismo, estava indo em direção ao carro junto com Harrison quando sinto o celular vibrar. Estranho, número desconhecido, mas atendo, pode ser algo importante.
- Alô, boa noite. Quem gostaria? - pergunto.
- Alô, boa noite. É do celular de Thomas Stanley? O seu número está nos favoritos do celular da senhorita Olivia Campbell... - senti um frio no estomago.
- Sim, sou eu. O que aconteceu com Olivia? - pergunto exasperado.
- Senhor, aqui quem fala é o enfermeiro Paul, do Hospital de Nice, sinto muito em informar que a senhorita Olivia sofreu um acidente e está inconsciente.
- O que? Como assim? O que houve? - perguntei, praticamente gritando. Vi Harrison vindo em minha direção parando do meu lado perguntando o que aconteceu. Movi meus lábios, respondendo 'eu não sei'. Comecei a ter dificuldades para respirar, senti como se meu coração estivesse parando e o sangue parando de circular em meu corpo. - Harrison, pegue as chaves, vamos para o aeroporto. - o enfermeiro continuou falando enquanto me dirigia para dentro do carro.
- O acidente aconteceu em torno de quarenta minutos, um carro atravessou um cruzamento e bateu no táxi em que ela estava. Ela estava sem cinto, senhor. Fisicamente, está bem, não precisou fazer cirurgia, mas encontra-se inconsciente.
- Eu chego aí em uma hora. Obrigado.
Passei a mão no cabelo e pelo meu rosto. Até aquele momento, não havia percebido que estava chorando. Meu Deus, minha Olivia sofreu um acidente e eu não estou lá para cuidar dela. Caralho, a raiva tomou conta de mim e comecei a bater no painel do carro e continuei batendo, como se isso fosse mudar alguma coisa, voltar e mudar o que aconteceu com Olivia.
- Calma, cara. Vai ficar tudo bem. - diz Harrison, ele é um bom amigo. Já estamos chegando no aeroporto, não sei quanto tempo passou, mas ele foi paciente ao ponto de esperar minha raiva passar para poder falar algo. - O que aconteceu com Olivia? - ele perguntou, eu quis responder, eu realmente queria, mas minha garganta fechou e comecei a chorar.
- Você vai ficar bem? - Harrison perguntou.
- Não. Se algo a mais acontecer com a Liv... - não consegui terminar de falar.
- Você a ama, não é?
- Sim, ela é meu mundo.
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semoutono · 7 years
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de novo
Agosto é um nome lindo. Eu, que já gosto de palavras soltas, me empolgo com junções bonitas de letras sem nexo algum. Agosto, Augusto, a gosto, enfim. Foi bem no início desse mês que eu dei meu ultimo suspiro. A última farpa de esperança numa época tão fúnebre da minha curta e angustiada vida. Eu lembro. Estava sentado num batente da varanda, o coração batia num ritmo quase inexistente. Minhas pernas cruzadas, eu quase não as sentia. Minha visão era uma grande tela pintada por Van Gogh. Especificamente a que se chama “A noite estrelada”. Aquele cigarro tinha o gosto do mesmo que eu fumei no dia que passei 12 horas sem comer quando estava trabalhando no projeto da universidade, em Recife. Daqui eu me enxergo perfeitamente naquela cena. Um caco. Meu Deus, eu era um caco! Aí eu olhei pra cima, e depois para baixo. Acho que atirei minha alma nessas duas direções, naquele momento. Joguei a bituca fora, e pronto. Morri.
Nasci às 9 da manhã daquele agosto ainda frio de dois mil e dezessete. Tirei a roupa ainda no quarto, joguei no cantinho, com o amontoado de roupas sujas que resolvi lavar bem muito. Eu me perguntava se todas as pessoas apreciavam o silêncio de uma manhã como eu. Quer dizer, eu sei que tem os pássaros, e as motos e os carros ficam passando na rua da gente, e às vezes até aquele barulho de reforma, mas o silêncio das bocas é o mais divino. Eu não ouvia ninguém, e era maravilhoso poder fechar os olhos e sentir que não tinha ninguém falando, e falando, e falando. Eu juro que agradeci por não precisar dizer bom dia a ninguém. Ensaboei-me duas vezes no banho, lavei o cabelo com muito cuidado, como um ritual, coloquei o café no fogo, e coloquei uma roupa bem folgada. Eu era qualquer coisa, menos estiloso. E eu amava isso. Só às onze eu liguei meu celular, e de repente todas as bocas do mundo pareciam balbuciar coisas na minha cabeça.
               “Cara, não esquece que você precisa estar na reunião de amanhã às 13 horas. Sem você eles vão aprovar aquela idéia absurda de diminuir as luzes do estacionamento do edifício.” Ana
               “Oi Cara, como é que você ta? Não tenho notícias tuas faz um tempinho. Precisamos nos ver. Você me deve um sorvete.” Roberto
               “Caaaaara!!! A Ana ta puta com o negócio do estacionamento. Não me deixou em paz ontem! Olha, meu microondas quebrou e eu não to conseguindo lidar com essa vontade de comer pipoca. Já acordou? Posso ir aí? Chego nesse instante.” Gabriella
               “Boa noite, gato. Tá fazendo o que? A galera ta aqui tomando aquela catuaba que tu gosta. Tá afim de vir não?” Gustavo
Revirei os olhos com tanta força que cheguei a sentir uma leve dor de cabeça. Gabriella poderia me deixar aproveitar pelo menos minha manhã. Mas eu gosto muito daquela garota. A presença dela nunca seria algo ruim, pra mim. Quando pensei em respondê-la, ela já tocara a campainha.
- Ai que saudadinha! Como é que você ta? Tem margarina aí, né? Trouxe Coca-Cola porque sei que tu não toma. – falou olhando em direção a cozinha enquanto me abraçava.
- Bom dia, Gabi. – e fechei a porta.
Passamos as duas horas seguintes conversando sobre coisas aleatórias, como a queda que ela levou no corredor da faculdade no dia anterior, e as estampas das minhas cuecas. Eu já estava pronto e atrasado para a reunião, mas Gabi me convenceu a parar numa lojinha de conveniências para comprar um isqueiro. Eu não desci do carro, e me arrependi muito, porque ela também comprou vodca. Eu estava distraído num dos milhares de assuntos sem conexão que tivemos durante a ida até a faculdade, e o telefone tocou. Imaginei que fosse Ana e atendi pelo auto-falante do carro:
- Oi – falei num tom de calma.
- Carinha? – era outra voz.
- Quem é? – olhei para Gabi como se fosse uma pergunta para ela também.
- Sou eu, poxa.
- Desculpa, não consigo adivinhar. Diz teu nome.
- Tá com alguém aí?
Eu fiquei calado por alguns segundos. Fixei no semáforo, e imaginei um monte de gente diferente. Eu estava incomodado com a situação, com a pergunta, e com a convicção de que eu saberia quem era apenas pela voz. Não poderia ser outra pessoa. Esse leão eu conhecia.
- Eu to sim, to dirigindo, inclusive. Se não puder se identificar, tudo bem, só desligue a chamada, por favor.
- É o suíço. – aí eu gelei. Senti meus braços travarem segurando o volante. Gabi murchou ao meu lado, engolindo a vodca e afundando no banco. Acho que durou cinco segundos até eu resolver respondê-lo. Ele nunca usara esse apelido antes. Nunca.
- Ah, e aí, garoto. Tempão, né? Aconteceu algo? – eu forcei tanto, que falhei na tentativa de parecer natural.
- Nada, só vim dar um oi mesmo.
- Oi – eu disse rindo artificialmente.
- Oi. Tá com saudade não? – pensei em gritar, dizer que sim, ou chorar e dizer que não precisava daquilo. Foram os primeiros sentimentos que vieram à tona. Mas eu comecei a ficar irritado com aquilo. Eu não entendia. Não o entendia. O que ele queria? Mijar em mim para demarcar território?
- Devo estar.
- Tá. Dirige aí. Tchau. – eu pensei em dizer tchau, mas...
- E tu, de mim?
- Tchau.
E desligou. Eu nunca entendi muito o motivo de nós seres humanos sermos tão vulneráveis quimicamente. Um som, uma imagem, um leque de possibilidades de abalar o equilíbrio funcional dessa tão extraordinária espécie. Parei no estacionamento da universidade, com uma sensação de peso no estômago. Como se algum pé estivesse em cima. Descansei os braços no colo, olhei pra cima, Gabi estendeu o litro de vodca. Não consegui negar. 10 minutos depois eu estava cumprimentando a reitoria e algumas personalidades importantes da instituição. Eu podia sentir os olhares deles. Era como se eu estivesse usando uma fantasia. Saí algumas vezes para beber escondido no banheiro, depois não lembro mais de muita coisa. Alguns flashes de uma caminhada até o estacionamento, depois uma conversa com Gabi, depois um aperto de mãos num colega da minha turma. Só voltei a me lembrar das coisas quando estava num bar, sozinho.
Eu estava sentado numa daquelas cadeiras altas do bar, já na quarta rodada de qualquer vodca, quando pensava que bebidas já não adiantavam. Caralho, elas perderam o efeito. Quê mais? Pensei. Liguei para Ingrid.
- Oi, cara.
- Oi, Ingri. Tava dormindo? – perguntei com um pedido de desculpas implícito.
- Na verdade, não. Tô na cozinha. Deu vontade de cozinhar, e tô sem sono, daí tô de fantasma hoje... – a julgar minha amiga, eu poderia jurar que ela estava sendo irônica, mas ela falou com uma seriedade que cheguei a surpreender.
- Sério? Por quê?
- Não faço ideia. Juro. Acho que foi porque Maria falou de uns bombons que aprendeu a fazer no YouTube. Enfim, e você?
- Eu tô num bar, agora. Tava pensando aqui numas coisas... Por que a gente não gostava daquele menino do cursinho? Aquele modelo das aulas de biologia?
- Sim! Não sei. Acho que porque ele não gostava do meu cabelo rosa. Aí a gente começou a não gostar de várias coisas nele, até você começar a odiá-lo. – me perguntei mentalmente o que ele acharia da cor atual do cabelo dela. Era o roxo mais lindo que já vi no cabelo de alguém – Tá com alguém aí? Tu poderia vir pra cá, conversar comigo enquanto eu cozinho algo. Tem vodca.
Não pensei em nada além de como verbalizar a frase “chego daqui a pouco”. Paguei a conta e saí. No caminho pensei em como eu era otário, e como eu mudei desde o colegial. Era bem mais fácil ser recíproco, para mim. Quando alguém gostava de mim, eu gostava daquela pessoa. Até numa intensidade mais forte, às vezes. Se me esnobassem, eu geralmente esquecia os nomes, ou simplesmente apagava da minha memória. Pensei no suíço, e em como isso não se aplica mais a minha vida. Aí eu fiquei irritado por estar pensando nele. Quer dizer, todos os caminhos do meu cérebro levam a ele. Cada pensamento, cada fonte de imaginação, cada começo de estrada termina naquele garoto. É fácil associar qualquer coisa da minha vida a um cara que não vale o elo. Eu provavelmente cheguei à casa de Ingrid com uma feição abatida, porque a cara que ela fez foi engraçada.
- Oi, querido. Tá namorando de novo? – eu poderia jurar que ela perguntaria se eu estava usando drogas.
- Drogas. – ela riu. – o quê?
- Você se droga desde os 14 anos. Isso é mais um dos teus casos de decepção. Lembra quando você ficou doente naquele trabalho de literatura? Cê queria fazer um musical e acabou não conseguindo organizar, daí no dia da apresentação, você ficou tão decepcionado com o desempenho do grupo, que passou o resto da semana sem falar com toda a sala. Era essa a tua cara. – ela me conhecia. Pra caralho.
O nosso professor de literatura sabia como nos deixar entusiasmados com os conteúdos, e naquele trabalho, ele tocou em um dos meus instintos mais sensíveis: a crítica artística. Eu era apaixonado pelas mensagens implícitas passadas pelos artistas em qualquer dos setores. E para o meu grupo, ele havia nos instigado a fazer um projeto de curta-metragem em cima dos álbuns de Caetano Veloso. Ah, a tropicália... Eles fizeram um vídeo de 12 minutos com a moldura de leõezinhos e a trajetória de um rapaz com uma blusa rosa do movimento “Diretas já”, que fumou maconha, foi cantar “Cálice” para a polícia militar, e levou uma surra. Passei semanas tentando convencer a minha mãe a me transferir, até abstrair aquilo.
- Sinto falta dos cafés do cursinho – falei num tom de lamento exagerado.
- Eu sinto mais falta dos pastéis da escola.
Conversamos sobre nossos episódios desde o terceiro ano até o curso pré-acadêmico enquanto ela cozinhava algo chamado sunomono e um tipo de arroz com uma cor tão estranha que deduzi que não tivesse glúten, ou que fosse saudável. Eu não falava aquilo com frequência para ela, mas sempre que estávamos juntos, eu simplesmente reafirmava pra mim que ela era a minha alma gêmea, uma parceira que combinava mais comigo do que meu próprio rosto. Isso me deixava confortável.
O dia amanhecia lá fora, e a garrafa de vodca já beirava o fundo. Eu me apoiava com o cotovelo na mesa enquanto falava para Ingrid que todas as obras de Shakespeare eram uma grande sacada estratégica para o público da época, e que esse foi o único motivo pelo qual ele se tornara tão conhecido, não pelo talento. Ela mexia a cabeça em reprovação no mesmo ritmo com o qual mexia a panela de brigadeiro.
- Você não gostou de Hamlet? – a expressão de decepção dela era puro sarcasmo.
- Ah, o mercado da arte...
- Às vezes eu acho que você só é socialista por causa da lógica capitalista dentro desses espaços. Inclusive, no que deu aquele coletivo que você se meteu?
- Firme e forte. Você sabe, eu não consigo admitir que os romances clichês se tornem os filmes mais bem pagos do cinema, e que exista fast fashion. – ela riu.
- É por isso que eu gosto de odonto. – e eu revirei os olhos.
- É melhor do que Psicologia.
- Nisso sempre concordamos.
Paramos de falar por alguns segundos. Eu comecei a ouvir os pássaros e os carros passando, e ela, concentrada, despejava o brigadeiro num recipiente. A obstinação dela era digna de alguém que suportava todo o preconceito do curso sem jamais pensar em faltar aula por cansaço mental.
- Porque você não sente saudade do passado? – perguntou como alguém pergunta as horas. Quase um soco na minha nuca. Ergui-me, pisquei algumas vezes tentando focar nos meus joelhos, e senti uma grotesca vontade de ficar em pé, mas não o fiz.
- Eu simplesmente não preciso mais do tempo que gastei. E não gosto da expectativa de repetir coisas boas. Sei que vou me frustrar, sei que não vai acontecer. Não preciso reviver nada. É um tempo que serve apenas de base para o presente. – ela parou, olhou para mim como se estivesse confusa, pegou a garrafa de vodca, jogou no lixo e disse:
- Você tava cuspindo a vodca fora ou isso foi um lapso de sobriedade? – eu ri.
- Mas eu gosto de colecionar passados. Quando faço algo, penso em como isso vai ser pra sempre, e até mesmo meus planos para o futuro são criados pensando em onde estarei depois, como se já pensasse na marca que ficaria na minha vida.
- Que você guarda mágoas eu sei.
Eu fui embora, e ela me deu o recipiente de brigadeiro. Ingrid insistiu para que eu dormisse lá, e ainda tentou me enrolar com mais conversas aleatórias. Eu simplesmente estava bêbado demais para mudar de ideia. Eu desejava minha cama, e que quando eu acordasse, me deparasse com o teto do meu quarto. Nada mais. Despedi-me com um abraço melancólico e fui.
Acordei às sete da noite com o aterrorizante som da campainha. Era como se explodisse uma vontade de chorar alto, e de quebrar tudo o que tivesse ao redor. Nem percebi que estava só de cueca quando abri a porta. Eu havia esquecido totalmente que tinha uma reunião com Carlos para o projeto dele. Meu semblante passou de irritado para assustado bruscamente.
- É, vi algumas histórias no Instagram da Gabi reclamando da sua seminudez crônica... Posso entrar? – Quis fechar a porta e me jogar pela varanda do outro lado da sala.
- Claro! Desculpa. De verdade, eu acabei de acordar, aí não pensei que fosse você. Que vergonha. – deixei a porta aberta e saí rapidamente para o quarto enquanto falava – fica a vontade aí, vou só ficar médio apresentável.
- Relaxa, eu tô achando super engraçado. – ele parecia fingir normalidade, mas a cara de choque dele era inegável.
- Eu fico feliz que seja a única pessoa constrangida da situação. – coloquei um moletom preto que chegava perto do meu joelho. Acho que foi presente da Brígida. Voltei à sala ainda envergonhado com a situação, mas tentei fingir ter superado, também.
- E aí? Como é que você tá? Aceita uma bebida? Vodca, vinho, café, chá, água, suco de laranja...
- Ah, tô bem. Cansado, com toda essa movimentação para entregar esse projeto no prazo, mas bem. Não, não. Obrigado.
- Ah, de qualquer jeito preciso fazer o café, pra funcionar algo aqui.
Eu fui para a cozinha e ele sentou numa das cadeiras altas do balcão que divide a cozinha da sala. Tirou três fichários da bolsa e espalhou sobre o balcão. Abri o recipiente com brigadeiro e o coloquei entre aquele monte de papéis, enfiei duas colheres, e uma delas levei à boca enquanto fazia café. Ele falava sobre a viagem que ele fez à Pensilvânia, e sobre um castelo que visitou. Contou nos mínimos detalhes, como se fosse precisar deles para dizer algo. Eu não entendia nada. Aliás, nada fazia sentido desde que abri os olhos. Nem quis refletir sobre antes disso, porque precisava me concentrar no que o homem falava.
- Eu sei que a Idade média de verdade não foi lá essas coisas, mas tenho que admitir que a conexão com o íntimo, naquela época, era muito mais potente. Aquilo cheirava a solidão. Aí resolvi fazer.
Coloquei os dois antebraços no balcão, competindo com os fichários e o pote de brigadeiro. Dei um gole no café, e olhei para o primeiro fichário. Várias fotos de tijolos antigos, empilhados sem cimento. Alguns quebrados, ou trincados. Dei outro gole, e olhei para o segundo, com trepadeiras escuras infectando o branco dos papéis. E o terceiro fichário estava cheio de croquis. Olhei para ele com a expressão mais limpa que pude fazer.
- Você vai me transformar no Napoleão?
- Não.
- No Drácula?
- Mais ou menos – e franziu a testa.
- Em um dos senhores dos livros de George R. R. Martin? – então ele riu.
- Sim.
Depois de alguns goles de café comecei a ver sentido no que ele falava. Ele se baseara num castelo para desenvolver uma coleção. Pensei na Brígida, e no quanto ela ficaria empolgada. Percebi que sinto falta dela, mas logo voltei a me concentrar nas ideias, e no que ele queria de mim. O brigadeiro acabou, eu coloquei o recipiente e a xícara de café na pia,  ele guardou os fichários na mochila, e depois fizemos sexo ali mesmo, no balcão. E depois eu fui deixá-lo na casa dele, porque precisava comprar cigarros, de qualquer forma.
Às onze da noite eu estava na minha cama novamente, imaginando como seria se fosse primavera. Chorei um pouco antes de cochilar.
   Terça-feira. Acordei às quatro e meia da manhã, meio atordoado, lento, com as sobrancelhas franzidas e o tríceps coçando. Quis enxergar, mas se eu acendesse a luz, a vida faria menos sentido ainda para os meus olhos. Entrei no banheiro, e ainda conseguia ver minha silhueta pelo espelho, por causa da luz que vinha da pequena janela instalada entre o Box e o suporte para toalhas de mão. Comecei a pensar no que eu tinha, e o que eu precisava. Eu tinha um carro, que não era exatamente meu, mas eu poderia ficar com ele em dias de semana, uma bike legal para os fins de semana, sistema de som na minha minúscula casa alugada, café na despensa, amigos legais, uma barba que me deixa bonito em algumas fotos, uma carteira de cigarros no porta-luvas do carro da minha tia e outra dentro do estofado rasgado da poltrona da varanda. Eu tinha uma vida acadêmica estressante e um coordenador de curso que me perseguia, presidia o diretório acadêmico do meu bloco, tinha uma agenda lotada de eventos políticos e acadêmicos, minha mãe me ligava com freqüência, mas sem apego, e meu pai também. Eu tomava sorvete poucas vezes no mês.
Encostei na parede atrás de mim. A cerâmica azul clara estava gelada. Tudo estava gelado. Talvez fosse isso. Sorvete. Eu devia tomar mais sorvete, na vida. Por isso eu chorava tanto quando escurecia. Esse devia ser o motivo de querer fugir, ou de querer jogar uma garrafa de vidro pela varanda e acertar alguém. Esse devia ser o motivo de eu querer ligar para o suíço e dizer que ele é o amor da minha vida, ou de repetir diversas vezes que o odeio. É. Esse precisava ser o motivo de eu gostar tanto de alguém que não vale o elo.
Mas se eu tomasse sorvete, queria que fosse com ele. Então como?
O banho no escuro também estava gelado, mas ao sair acendi a luz. Já eram mais de cinco quando me sentei pelado na varanda, coberto apenas pelo edredom azul que minha mãe nem sabe que eu trouxe da casa dela. A luz do sol ainda estava fraca, distante. Eu sentia vontade de desligar todos os sons e ficar só olhando aquela cena. O céu, as casas, os pássaros, os fios dos postes... Acendi um cigarro e fiquei ali por vários minutos, até o sol aparecer. Aí eu levantei e fui até a cozinha, liguei a máquina de café e acendi outro cigarro. Olhei o celular e tinha centenas de notificações, mas não visualizei nenhuma. Digitei apenas “qual o problema com a minha cabeça?” no status. Peguei um pouco de café, voltei para a varanda, e fechei os olhos. Pedi a Deus para me dar algum pouco de esperança. Pedi que Ele me dissesse alguma coisa legal, para eu entender o significado de tudo isso. “Tudo o quê?” pensei. 22 anos e eu não sabia para onde ir, ou o motivo de minha vida ter chegado a esse ponto. Uma completa desorganização e falta de autocontrole. Um caos. E eu ainda não chegara a pensar especificamente na vida amorosa. E o telefone tocou. Coincidentemente, o toque de chamada era “Love On The Brain”, quando atendi e descobri que era o suíço.
- O que tem tua cabeça? – falou como se estivesse apressado
- Mais coisa do que realmente deveria caber.
- Mas tu ta sentindo alguma coisa? – acho que ele se preocupou. Ou talvez fosse um desejo meu.
- Eu não estou dando defeito, ainda. Tô bem. É só uma madrugada.
- Ok. Ainda está morando só? –ele mudou de assunto tão bruscamente, então eu entendi que era apenas um desejo meu, a preocupação.
- Sim.
- Legal.
- Por que você ligou?
- Não sei.
- Legal.
- Eu gosto de você, cara. – aí eu não soube mais o que dizer. Pensei em dizer que o amo, mas ele ia desligar. Aí eu pensei em dizer que gosto dele também, mas ele ia desligar. De repente, percebi que ele desligaria depois de qualquer fala minha. Então apenas suspirei. – o quê?
- Nada, só queria ouvir mais. Não desliga agora.
- Tu já terminou aquele projeto da faculdade? Nem me mostrou.
- Terminei sim, a nota foi legal. Te mando depois. Deixa teu e-mail nas mensagens.
- Ok.
- Acho que tenho algum evento aí.
- Quando?
- Não sei. Preciso ver na agenda, mas lembro que é esse mês.
- Ok. – não sabíamos mais o que falar. Eu não queria parecer um louco que cria aleatoriamente assuntos para dialogar. Passamos mais de cinco segundos calados até ele romper o silêncio – deu, né?
- O quê?
- Já deu. Vou desligar.
- Ta bem. Tchau. Eu também gosto de você. Muito.
- Tchau.
Foi ele quem me ligou, mas estava satisfeito em ter conversado comigo nas primeiras três frases. Depois, falou apenas para não me deixar irritado. No fim, a conversa me deixou confortável. Fui até o quarto vestir uma roupa legal para ir até a faculdade, e coloquei “Love On The Brain” para tocar nas caixinhas de som espalhadas pela casa.
Uma gargantilha preta, uma blusa cinza com estampa de flores rosas, shorts curto e sandália de couro. Coloquei uma jaqueta de veludo caramelo no carro. Eles me odiavam, Gabriella, Ana, Jeison... Me viram de longe, e começaram a berrar “brega!”, “jeguenaldo!”, “erro gráfico!”.
- Qual foi? – perguntei, mas já não ligava mais para os deboches.
- Você vai assim para Garanhuns? – Gabi perguntou. Achei que fosse sarcasmo, e fuzilei-a com o olhar. – É sério cara, a semana de arte e moda é hoje a tarde, mas você prometeu que ia almoçar naquele restaurante chique com a Ramona e eu. A gente vai depois da primeira aula.
Eu não sei se fiquei feliz, preocupado, entusiasmado, chocado ou tudo isso junto, mas com certeza estava nervoso.
- E agora? – falei. Ana bufou e saiu com Jeison em direção à sala.
- Se for se trocar vai ter que perder a primeira aula. – Gabi falou em tom de birra.
- Vai ter que perder comigo, então.
- Otário – falou e seguiu para o carro.
Eu o vi. Ele usava uma de suas camisas brancas, como sempre. Jogou a nuca para trás e abriu os braços, com um sorriso de preguiçoso.
- E aí?
- E aí? – o abracei e ele se afastou. Eu sempre fico nervoso, inquieto.
Conversamos coisas aleatórias. Sobre tudo: a família dele, os bichos de estimação dele, os nossos amigos em comum, o que temos feito da vida... Sobre nada. Até que ficamos um olhando para o outro, sem dizer nada. Eu tinha certeza que ele podia ouvir o que eu estava pensando. Estava nítido. Meus olhos me entregavam. O meu sorriso, a forma como meus ombros estavam tensos, a respiração, o tic nervoso do pé direito, as mãos com vida própria... Tudo em mim gritava para ele tudo o que eu queria esconder. Mas eu não conseguia.
- E agora? – perguntei.
- Vamos beber? Ou você vai dirigir?
- Preciso saber pra onde Gabi vai, antes.
- Ela ta com Ramona, né?
- Sim.
- Vamos passar num mercado e comprar uma cachaça. – sorri e o acompanhei.
No caminho, encontramos um amigo dele: “Vinicius, do curso”. Cumprimentei Vinicius, que nos chamou para a festa que aconteceria a noite. O suíço confirmou a presença, e nos despedimos. Compramos a bebida e fomos para uma praça.
Estávamos sentados, conversando sobre as ultimas festas que fomos, rindo das histórias enquanto anoitecia. O sol tava no finzinho quando um grupo de maracatu apareceu e começou a ensaiar bem ali. Eu fiquei tão feliz, pulei pra perto, e comecei a dançar sozinho. Eu acho que as pessoas ficaram olhando para mim, mas eu não ligava realmente. Só queria sentir aquilo. Ele se juntara a mim, depois. Aí tudo começou a parecer um monte de flores. Tudo ficara mais intenso, e bonito, e forte, e brilhoso quando o batuque rugia. Meu coração acompanhava cada “Tum”. Eu fechei os olhos, e entendi que estava bêbado.
- Não achei que você gostasse tanto. – ele falou perto do meu ouvido.
- Eu amo. – olhei para ele rindo. – Eu sentia falta disso, no sertão.
- Não tem?
- Não. É muito raro.
E voltamos a dançar. Não demorou muito, até encher de gente ao redor. Ele me deu mais algumas doses daquela cachaça, e bebeu igualmente. Não lembro de muitos detalhes, lembro apenas da camisa branca dele, da sapatilha vermelha da moça que também estava ali para apreciar o ensaio, de algumas pessoas filmando, de alguns integrantes fardados do grupo, que interagiam com as pessoas que estavam dançando, e de uma ligação de Gabriella.
- Oi Gabi.
-Tu vai voltar pra casa hoje? – ela perguntou em tom de choro.
- Tu quer? – perguntei em tom de choro.
- Não.
- Tô bêbado. – falei e ela riu.
- Te ligo qualquer coisa. Me liga também. Beijos.
- Beijo. – e desliguei.
Eu não lembro como aconteceu, mas o suíço me beijara. Aos poucos fui sentindo sua mão nas minhas costas, e o movimento da sua língua. Uma progressão de sentimentos foi emergindo a cada segundo que passava enquanto estávamos ali. Quando paramos, ficamos apenas abraçados. A gola da blusa dele tinha o mesmo cheiro do moletom cinza, e daquele travesseiro do quarto dele. Quis chorar, mas só disse que gostava dele.
- Eu também gosto de você, cara. Mas eu gosto bem mais de mim.
Ele me afastou e foi de encontro a Joana. Depois foi a minha vez de cumprimentá-la. Abracei aquela garota minúscula como se pedisse socorro. Acho que ela percebeu, mas não deu tempo. Eu comecei a me sentir mal, apoiei as mãos nos meus próprios joelhos e comecei a vomitar. Não lembro de muito, algumas frases soltas, algumas mãos me segurando, depois me deitaram numa maca. Um beliscão no braço, algumas risadas, depois alguém chegou perto de mim e perguntou se eu comi algo. “Droga, a comida”, pensei. Depois eu estava na casa de Ramona, e o suíço estava tirando minha blusa. Ele me levou para o banheiro, e tirou todo o resto da minha roupa. Foi o banho mais gelado que já tomei na vida. Ele me torturava, e ria. Mas também tomava cuidado, e não me deixava cair. Ensaboou-me duas vezes com certa delicadeza, apesar das viradas bruscas que me fazia dar. Desde a cena na praça até ali, eu não conseguia abrir os olhos, mas em um momento específico, quando ele começou a massagear meus cabelos com xampu, eu abri os olhos só por um segundo, e o vi. Os olhos dele brilhavam de concentração, e sua boca parecia se divertir com aquilo. Eu chorei, mas ele não percebeu. Estava chorando quando ele me virou mais uma vez, ligou o chuveiro quente e começou a ensaboar minha bunda. Depois deu algumas mordidas. Eu já tinha forças para virar sozinho. Eu poderia tê-lo beijado. Eu quis fazer, mas estava deprimido demais para tentar. Me perguntei se ele sentia saudade. Me perguntei o que ele estava fazendo ali. Ele desligou o chuveiro e me secou com tanta delicadeza. E secou o meu cabelo, e minhas pernas... Me vestiu e me levou até o quarto. Me joguei na cama, e fechei os olhos. Pedi desculpas, e ele brincou sobre eu estar perdendo a festa que aconteceria. Depois sumiu, e eu dormi. Sonhei com uma jangada, e um cachorro que ficava latindo para mim, mas um latido estranho. Como um ronco. Acordei às cinco da manhã com o ronco da Gabi. “Acorda”, falei. A gente tinha que ir. Eu tinha trabalho para apresentar na primeira aula.
Todo o caminho de volta foi estranho. Gabriella dormia no banco ao meu lado, eu parei duas vezes para fumar cigarro. Depois de chegarmos à cidade, eu estava olhando fixamente para um semáforo fechado, quando Gabi acordou e me olhou:
- Em que está pensando?
- Que tipo de cara ama desse jeito? – ela fechou os olhos, suspirou e pegou no meu ombro.
- Fudeu – falou.
Não conversamos mais nada até chegarmos na faculdade. Ela ligou o som do carro e deixou tocar o álbum de Tove Lo.
 Respiro fundo até que não exista mais ar. Respiro e morro cada vez que a fina linha de minha vida cruza com a tua. E o sangue que jorra com o desatar do nó é tão frio, mas tão frio, meu amor, quanto a madrugada da tua cidade linda e cheia de brilho e de silêncios. Eu me desespero com tuas fugas porque o que tu leva não é só a si. Eu fico contigo em alma, e vago esperando que cê volte em mensagens, cartas, ligações... Nem conto as vezes que morri na espera. Nem tento explicar as vezes que gritei tanto por um sinal da tua vinda que perdi a voz, a vez, a vontade de esperar. E cá estou eu, nessa varanda, olhando pra cima, e depois pra baixo.
mw.
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4m0r-urb4n0 · 7 years
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Oi, como vocês estão? Espero que bem. Eu não vou escrever nada romântico, como costumo fazer. Não vou dizer se sou Homem /Mulher ate por quê não vem ao caso. Mas direi minha idade, tenho 22 anos. O que direi aqui é real. É algo que acontece muito. Por favor ler até o final. Tenho uma irmã de 5 anos. Ela é linda, muito fofa, gosta de cantar e brinca. Mas ela é diferente de qualquer criança. Por quê ela não acredita em contos de fadas. Sim ela não acredita. Pois é, como uma criança de 5 anos não acredita em contos de fadas? Assim ela não é feliz, ela não vai ter imaginação quando for brinca, não vai querer ser a Cinderela, nem a Branca de Neve. Criança que não acredita em conto de fada não tem alma. Pois bem. Meus pais ouviram muito isso. Mas eles não sabe de uma única coisa. Nada é um conto de fada. Nada!. Não vai aparecer um Príncipe ou uma Princesa na sua vida. Esperando lá so por você. Não vai aparecer uma fada madrinha e vai te ajudar. Ou como todos acreditam "No felizes para sempre". Gente não existe "felizes para sempre" desculpa a todos os românticos que acreditam nisso. Vou dizer o por quê de não existir. Mas antes preciso pergunta uma coisa. Você são felizes? Vocês ja encontraram seu/sua Príncipe/Princesa? Não precisam responder. Apenas pensem na resposta. E aí? Penso? Pois bem, o que vou dizer aqui agora pode mudar todo seu pensamento. Ninguém é feliz. Mas como se ninguém é feliz se temos momentos felizes, rimos, cantamos, beijamos, casamos, reencontramos amigos, família... Vou dizer de novo. NINGUÉM É FELIZ. Por que essa felicidade que todos dizem são apenas MOMENTOS. Isso momentos. Momentos que passam, que a gente vive. Mas ai aparece uma pessoa e diz. À mas eu sou feliz. Me diz amigo(a) você é feliz a todo o momento? Você é feliz desde a hora de acorda até dormir? Não tem aquele momento que você fica triste, pensativo, com raiva? Impossível você ser feliz o tempo todo. Nenhuma pessoa é feliz o tempo todo. A pessoa pode ter tudo. Mas ela não vai ser feliz pra sempre. Voltando a frase que todos dizem "Felizes para Sempre". Por que dessa frase. Ja param pra pensa. Por que todo filme da Disney sempre tem essa frase.Vou dizer o que penso por mim sobre essa frase. "É una frase de esperança". Ponto. Essa é uma frase pras pessoas pensarem que elas vão ser felizes pra vida toda. Vamos falar em relacionamento. Pessoas q namoram. Que são casada por diante. Chega nessa pessoa e pergunta. Você é feliz? Você com a pessoa que você ama? Com toda a certeza que essa pessoa vai dizer que sim, claro, é feliz. Mas tem aquele 1% que nenhum casal é totalmente feliz. Vou dizer aqui. Duas pessoas que estão juntas que se amam. Duas pessoas complemente diferentes. Gostos diferente, manias, mode de pensar. Duas pessoa que nos defeitos encontram uma forma de se amarem. O que é o Amor? Para um casal o que é o amor?. Minha definição pro amor pra um casal. É o envolvimento de duas pessoas, duas famílias, sentimentos, qualidades, defeitos, momentos alegres e tristes, respeito, lealdade,idiotices, safadeza (sim safadeza todo casal tem isso), finalidade, inspiração, tempo, dedicação e principalmente amor e paixão. Essa é minha definição. Eu namoro faz 5 anos, com uma pessoa, quê é incrível. Incrível não perfeita. Até por que perfeição não existe. Essa pessoa, é engraçada(o), tem bom humor, românico(a), inteligente, lindo(a), uma pessoa que todo mundo sonha em ter. Mais como eu disse essa pessoa não é perfeita(o). Tem dias que ele(a) é grosso(o), chato(a), dramático(a), paranoico(a), ciumento(a), estressado(a), mal humorado(a), briga por coisas besta, estúpidas. E ri de coisas nada haver. As vezes bate a loucura também. Faz pegadinhas, trolagens, e burrices. As vezes chego em casa e ele(a) ta lá vendo desenhos, ou filmes, ou simplesmente dormindo. As vezes ta acordado(a) me esperando. Se eu demoro fica com cara de bravo(a), por eu ter demorado e não ter mandado nenhuma mensagem. Fica todo(a) preocupado(a). As vezes deitamos na cama e ele(a) vem ja deitando encima como forma de perdi carinho, como um gatinho todo manhoso e carente. Tem dia que tem aquele ar picante. Em que ele(a) fica todo sensual, pra tentar me seduzir. As veze demoras horas e horas no banho, ou no banheiro. Demora a se arrumar, e quando ta quase pronto(a) lembra que esqueceu algo. Te digo uma coisa. Bate uma raiva. Ainda mais quando se esta atrasado(a). Mas depois que você lá a pessoa que você ama todo(a) produzido(a). Da aquela sensação inexplicável. De (Aaaa não consigo ficar com raiva desse serzinho). E vem te agradando pra você tirar o bico no rostos e dar um sorriso. E nas briga, quando brigamos feio. Um fica de mal com o outro, um arrependido e outro nem ai por que sabe que ta certo na discussão. Mas ai passa 10, 15 min e bate a saudade de ter perto de novo aquele(a) criatura. O bixinho que eu amo tanto. Aquele abraço que parece casa, aquele jeito idiota, retardado(a) de ser, e do que falar do beijo? PUTA QUE PARIU QUE BJO. Aquele fogo que só ele(a) causa. VAI TOMA NO CU com aquela pegada. Um beijo apaixonado, com a sensação de que a gente briga briga mas não vivo sem você besta. E quando o corpo se encaixa. E as mãos se entrelaçam e os olhares se encontram. Não há nada melhor do que isso. Mas a gente não é a todo tempo feliz. Pois temos os momentos de dificuldades, momentos triste, e sem a menor vontade de continuar em frente. Mas o mais bom de tudo isso, é que não precisamos ser felizes para sempre, pra sermos felizes a cada momento dos nossos dias ate ficamos velhinhos e vermos que a felicidade não passa de um conto de fadas que nunca existiu. Mas que na realidade disfarçada de momentos, horas, minutos, segundos. Eu digo pra você casais, todos em geral. Independente do gênero. Vocês são os casais mais incríveis do mundo. Mesmo de tudo que acontecer. E pra você que não tem ninguém ainda. Não se preocupa a pessoa que você espera vai aparecer. Não vai ser nenhum Príncipe nem Princesa. Mas vai ser o suficiente em tudo pra você. Se cuidem ai galera. Ate a próxima! —Umserpoeta
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servosdo-senhor · 7 years
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Está aí? Queria uma palavra
Eu estava quando mandou a mensagem, na vdd estava no serviço, e uso pra ficar no chat, sei que está atrasado, mas, eu espero que você leia, e seja abençoado ♥
O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces. - 1 Pedro 5:10
Sabe, as vezes a gente ta tão mal, tão ruim, e a gente perde a força, perdemos todo o nosso animo, sabe, o Senhor as vezes ele não fala nada, absolutamente nada, ele fica quieto, mas ele olha para a gente, mas as vezes a gente precisa tanto ouvir sobre Ele, algo que venha dele, a gente precisa tanto, tanto do amor, da atenção, somente de atenção, e sabe, cara ele olha para nós, somente para nós, Ele está ali, mas dessa vez, ele só quer te ver, te ouvir, ele também quer saber que você precisa dele, sabe, a gente as vezes se perde, se perdemos por causa da nossa dor, da nossa ansiedade, do nosso dia a dia, mas cara, a gente precisa saber sempre, que Ele sempre estará conosco, sabe, tudo o que passamos aqui é passageiro, sei que as vezes no nosso olhar Deus demora para fazer as coisas, mas Ele é bom, e as vezes ele vai fazer as coisas mudarem de uma hora para outra, mas o Senhor é bom, maravilhoso, e Sempre estará tudo aqui é passageiro até mesmo as nossas dores, sabe, Deus nos levará para um lugar maravilhoso, e mesmo que as coisas aqui não aconteça como queremos, o Senhor é bom, serio, tudo passa, seja forte, ele está olhando pra ti também, mesmo que ele não fale. Ele colocara tudo em seus eixos quando a hora chegar. 
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Aniversário do mercado Guanabara rende os melhores memes do dia
Enquanto o Rio de Janeiro está alvoroço tentando conseguir os melhores descontos na rede de supermercados Guanabara, o resto do país está se divertido com os melhores memes criados sobre essa festa. O evento do aniversário do Guanabara já virou uma tradição nas redes sociais, e sempre nos premia com montagens e comentários hilários.
Confira descontos e promoções incríveis na nossa editoria ECONOMIZE
pelo menos vou sextar assistindo videos do aniversário do supermercado guanabara
— passiva agressiva (@sartorijulea) October 18, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
O aniversário Guanabara teve início nesta sexta-feira, 18, e tem duração de 40 dias de promoções na rede. Os vídeos registrados do evento sempre bombam nas redes sociais, pois mostram umas centenas de pessoas invadindo os mercados atrás de bons preços.
chegando pra acompanhar o maior evento do ano vulgo aniversario do Guanabara pic.twitter.com/ssurCvC433
— le ||-// (@leticeu) October 18, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
E é claro que a gente não ia deixar de te mostrar os melhores memes que fizeram sobre o evento mais louco do ano. Só não bate a bagunça que está no PSL, o partido do presidente Jair Bolsonaro, mas aí é outra história.
Confira:
Tumblr media
aniversário Guanabara pic.twitter.com/tG9tmtfiza
— Greengo Dictionary (@greengodict) October 18, 2019
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Ai olha, francamente. O circo em Brasília está ofuscando o Aniversário Guanabara, que é mais aguardado pelas redes sociais, do que o Natal. ASSIM NÃO DÁ!
— Blogueira Vintage (@luluzinhamarica) October 18, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
Amiga, bora aproveitar. As promoções estão imperdíveis e ta tranquilo
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
#guanabara #promoção #lazer pic.twitter.com/FuXU5TNT3T
— PAPO DE FAVELA OFC (@papodefavelaofc) October 18, 2019
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Aniversário do Guanabara é o Jogos Vorazes versão carioca
— LL (RT NO FIXADO) (@LibbyLobo42) October 18, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
Aniversário Guanabara maior evento do Rio de Janeiro, por que choras jogos vorazes ??? pic.twitter.com/TxFrsZpR2B
— luscAAS (@pocsafadah) October 18, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
#guanabaratudoporvoce #AniversarioGuanabara #sextou #vemprofight #vemtranquilo #seafobanao
Chegando no aniversário Guanabara / na fila do caixa pic.twitter.com/pGiBDdsiRn
— Thiago Mamute (@DjthiagoMamute) October 18, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
Aniversário Guanabara, ninguém fica parado. pic.twitter.com/CIZz45sG29
— CAPITÃO CUECA (@ocapitaocueca) October 18, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
Os vídeos do pessoal entrando no supermercado Guanabara é mais esperado por mim do que dos atrasados do Enem. #guanabara pic.twitter.com/YnEGQaRtlf
— help (@LaraDivaa) October 18, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
Partiu aniversário do Guanabara pic.twitter.com/RucSgcPviB
— Carlos Borsali (@BorsaliCarlos) October 18, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
Aproveitando o aniversário do Guanabara pra relembrar minha fantasia de aniversário do Guanabara pic.twitter.com/hp3izhG32A
— Vinicius Nakashima (@vininakas) October 18, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
Estou no Guanabara, quando ouço o locutor:
Alguém perdeu a dentadura mo setor de laticínios, Repito ALGUÉM PERDEU A DENTATURA NO SETOR DE LATICÍNIOS!!!!
Realmente esse evento não é pra amadores…
— Luci (@AnnaLucilia) October 18, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
Aniversário do mercado Guanabara rende os melhores memes do diapublicado primeiro em como se vestir bem
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construtoradelivros · 5 years
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Escritor ou Jogador, tudo se resume em treino.
Sempre quando leio as entrevistas de escritores (principalmente no wattpad) e vem a famosa pergunta: "Quando você começou a escrever?", percebo que uma grande maioria começou "desde novo/adolescente", é meio que começa com um talento natural. Não consigo deixar de ver semelhança com o futebol.
Meninos que nasceram praticamente com a bola nos pés e que desde muito novos são titulados como craques, são sortudos, porque tem talento. O que esses craques não podem esquecer é que treinar é fundamental.
Nós, escritores, também não podemos esquecer disso.
Oioi, Maravilhosos e e Maravilhosas. Eu sou a Carolin Ekvall, esse é o Construtora de Livros e hoje vou dar uma de técnico, porque vamos falar sobre treinos.
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Já vi alguns escritores compararem a escrita com um músculo, que precisa praticar diariamente para melhorar.  Ok, então podemos concluir que precisamos escrever todos os dias. Ta bom Carol, próximo post.
~ignorando minha subconsciência~
Eu tava pensando aqui e cheguei a conclusão que, não é só escrevendo que "praticamos".
Isso é basicamente como dizer que é só jogando futebol (famoso rachão) que um jogador treina. Se você, escritor, não sabe nada sobre futebol, deixa eu te falar: Existem muuuitos treinos que não seja colocar 11 contra 11 e jogar.
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Além de treinos que apelidei de "gerais" (que todos os jogadores fazem igual) existem treinos específicos. Para cada posição. Um atacante não treina da mesma maneira que um volante, que não faz os mesmos treinos que a zaga. O do goleiro mesmo, tem um monte de exercícios voltados exclusivamente a essa posição.
Ta, Carol. Estou aqui porque quero escrever, não jogar futebol.
Aonde quero chegar é que, na escrita é bem parecido. Existem treinos gerais, que todo escritor pode fazer (como aumentar o vocabulário, ler dicas de escrita, até estudar sobre linguagem corporal... e ler... Na verdade, ler muito, ler de tudo) como temos treinos específicos.
A principal coisa, que já devem estar até cansados de ouvir é que "todo escritor é um feroz leitor", mas aí fiquei me perguntando... Ler o que exatamente?
Me culpei por muito tempo quando comecei a faculdade e "parei de ler". Na verdade, parei de ler fantasia e modinhas. Até hoje não li a Seleção e Jogos Vorazes nem passou perto da minha estante... Ainda quero separar um tempo para conferir essas obras, mas hoje não me culpo tanto por ainda não ter lido elas (e algumas outras).
Isso porque, agora, estou focado no meu público.
No design, essa é a primeira pergunta que devemos fazer antes mesmo de começar a criação. Para quem eu escrevo?
E não vale dizer todo mundo porque aí no fim, você acaba escrevendo só para você. O que não é errado, só depende do que você quer.
Para o livro que to escrevendo agora, por exemplo, meu público é meninos entre 14 e 18 anos que gostam de futebol.
Isso não significa que outras pessoas não vão ler a história, em algum momento... Mas, além de outros fatores da escolha de público, me ajuda a filtrar todos os meus "treinos".
Para mim, os treinos se resumem em mergulhe no mundo do seu livro:
Por isso, o que to lendo hoje está muito conectado com o que meu público ta lendo. O que eu to consumindo eles estão consumindo.
Você escreve para meninas que gostam de clichê e é sobre uma nerd que se apaixona pelo cara popular? Entenda O que sua nerd gosta de estudar. E estude sobre isso, mostre que ela sabe sobre isso. Pelo que seu popular é famoso? Entenda como é ser popular por aquilo. O que tem por trás da cortina daquela realidade? Como são os clichês que teu público geralmente lê? Como são as "regras" desse gênero para aí você saber como quebrar algumas.
Isso vale para qualquer história. Mergulhe no que você quer contar. Não é porque você é adolescente que você sabe tudo sobre adolescência, por exemplo. Eu aprendi um monte de coisas sobre matemática e física com o Stevie, de VRotegen, porque ler e escrever é um exercício de empatia, você se coloca no lugar do seu personagem. Você pensa como ele. Você incorpora nele.  
Para isso, você precisa pesquisar.
Você precisa saber - pelo menos um pouco - o que seu personagem sabe. Até porque, todas as coisas que você pesquisou não devem constar no livro, as vezes nem 10%. Mas você precisa saber para poder escrever. Pelo menos comigo está sendo assim.
Eu tenho alguns treinos específicos que estou colocando em prática com a história do Zyon.
Para quem não sabe, meu livro é sobre como um iniciante jogador de futebol asmático e seu pai conseguiram parar uma guerra através do futebol.
Aqui vai algumas coisas que estou fazendo, para treinar:
• Falar/convivendo com pessoas daquele mundo. Eu tenho a sorte que meu noivo é técnico e dono de uma lanchonete numa quadra aqui da cidade. Então tenho muito contato com jogadores de futebol e torcedores. As vezes basta ficar quietinha num canto observando, e o Jeff -o noivo- já me ajudou a corrigir algumas cenas que estavam "fora do contexto". As vezes basta uma frase.
Por exemplo, num jogo o meu personagem chega atrasado. Ele ia entrar no segundo tempo e o Jeff me alertou que tem muitas competições que não permitem a entrada de jogador atrasado. É mais comum não permitir que permitir. Pesquisei, pensei, pesquisei mais um pouco. No final bastou uma frase para "concertar" tudo:
"(...) ele tinha se tornado peça fundamental, ainda assim o técnico não dava colher de chá. Mesmo que não conseguisse evitar uma suspirada aliviada. - Você tem sorte do regulamento permitir a entrada até o segundo tempo. Ou eles todos tinham. Mais 10 minutos e Zyon não jogava."
• Ler livros/artigos/qualquer coisa sobre o assunto. Ver documentários. Pesquisar. Nunca li tanto sobre futebol como hoje. De artigos técnicos que falam desde gestão de um clube a táticas. Biografias. Até acompanhar jogadores pelas redes sociais tem se tornado útil. Notícias sobre jogos. História. Filmes. Documentários. E livros e mais livros. Estou até relendo alguns. Os documentários e vídeos amadores no youtube estão sendo uma mão na roda. Não saberia nunca como funciona uma peneira, por exemplo, sem essas pesquisas. Números como 3000 jogadores numa peneira para as vezes 100 vagas numa base. Números e informações que não vão constar no livro. Mas vão me ajudar a basear o personagem num mundo real. Porque não faria sentido o Zyon chegar numa peneira de um dos maiores times do livro e ter sei lá... 10 pessoas lá... Entende como essas pesquisas funcionam na história?
• Participar. Essa é a mais legal! Talvez porque, eu era a adolescente que fugia das aulas de educação física e achava que futebol era idiota. Mas quanto mais eu pesquiso, mais eu me apaixono. Quanto mais eu me envolvo, mais eu sinto, e para mim, quando eu leio, quero sentir. Quando eu escrevo PRECISO sentir.
Eu vou assistir jogos. Escuto jogos na rádio. Eu discuto sobre futebol. Eu fiz um cartola.
Ok, admita Carol. Você escreveu esse post só para falar para todo mundo que fez um cartola!
E mitei, subconsciência idiota u-u
Aonde quero chegar, para terminar, é estar apaixonado. Amar realmente sobre aquilo que você está escrevendo. Porque você vai passar muuuuuitas horas nisso.
bjsmil maravilhosos e maravilhosas <3
P.S.: Escrever um livro é que nem futebol. Depois que a bola ta na rede e o livro foi lançado, é muito fácil colocar a culpa no talento. Só o jogador e o escritor sabem pelos treinos que passaram e o suor que derramaram para chegar lá.
P.S.².: Hoje ou amanhã posto como foi a maratona de sexta e o desafio de sábado. Fica ligadinho ^^
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umcatolicogay · 7 years
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A viagem para SJP
Como eu disse, estou atrasado com um monte de coisas que já deveria estar relatadas aqui neste espaço, mas como ainda não estão, mão à obra que tenho muita coisa pra contar dos meus processos.
Quando viajei para apresentar meu trabalho no congresso em São José do Rio Preto, onde minha irmã, Priscila mora, vivi um tempo muito complicado e dolorido. De 09 a de maio tive dias muito difíceis, que graças a Deus sobrevivi. Na verdade eu fui por causa do congresso e o fato dela morar lá favoreceu a minha ida, mas desde antes alguns problemas já foram me tirando a paz e me colocando num lugar de desconforto total.
Antes de eu ir, estávamos conversando sobre como foi uma providência eu poder visitá-la e também apresentar e trabalho, e nisso ela me perguntou sobre o que era o meu trabalho. Engoli em seco e pensei “fudeu!”. Tive que pensar sobre como responder a pergunta de modo inteligente para não abrir para muitas outras perguntas. Disse que era sobre tentar entender como fica a constituição da subjetividade quando relacionamos cristianismo e homossexualidade. Ela respondeu que era um tema interessante e legal, e depois fez uma pergunta mais chata ainda: “O que te levou a ter interesse neste tema?” Achei que não tivesse como piorar, pois bem, ta aí. Novamente ponderei a resposta e disse que a demanda, pelo fato de não ter muitas discussões sobre isso, dada a contemporaneidade deste tema.
Graças a Deus ela não perguntou mais nada, mas uma coisa estava certa pra mim, essa viagem ia ser muito complicada, porque antes disso ainda ela tinha perguntado se ela poderia assistir a minha apresentação e eu respondi que sim. Ou seja, tudo aquilo que eu venho estudando e que bate de frente com o que ela em seu posicionamento religioso pensa iria me deixar desconfortável. E ainda, havia uma possibilidade de alguém perguntar sobre qual era o meu lugar de fala com relação à temática na minha apresentação, então, eu poderia dizer que era hétero para não chocar a minha irmã, e ao mesmo tempo me sentir diminuído, uma vez que o meu trabalho foi e tem sido pra mim um processo de empoderamento; ou eu poderia dizer me afirmar enquanto gay, saindo do armário pra minha irmã dessa forma brusca e terrível, porém sendo mais congruente com relação a quem eu sou.
Enfim, quando cheguei lá, me perguntaram novamente qual era o meu tema, e ao explicar as pessoas se impressionavam por eu estar estudando este tema. Contudo, dava de perceber que todas elas pensavam que eu realizava uma abordagem religiosa, que eu não fiz questão de explanar sobre e me expor.
Durante todo o tempo em que estive na casa da minha irmã sempre me sentia incomodado porque eu não sabia como me comportar, eu nunca sabia o quanto podia mostrar de mim, o quanto podia ser na relação, e isso me colocava sempre numa posição de alerta e de ansiedade, o que me deixou num estado muito ruim.
No entanto, eu fui pra lá já sabendo que isso iria acontecer, e mesmo assim fui com a finalidade de amá-la, para além de saber que em breve eu vou perder essa relação e tal. Eu realmente aproveitei cada oportunidade que tive para curtir com ela, para estar com ela, e principalmente para demonstrar o quanto eu a amo. E mesmo que um dia depois que ela eu conversar com ela, que as coisas ficarem claras e a nossa relação não seja mais a mesma, ainda assim eu vou continuar amando muito ela e me importando muito com ela.
E acho que o fato de me importar muito com ela e saber que ela vai sofrer e que ela vai passar por um conflito me toca também, no sentido de não querer que ela sofra, mas infelizmente, é algo que não compete à mim, e eu não posso deixar de ser quem sou por causa dela ou de ninguém.
Acho que a angústia que experimentei lá foi um marcador muito ruim pra nossa relação, mas, sobretudo, eu quero muito que a nossa relação permaneça e se aprofunde cada vez mais, porque ela me é muito cara, em vários sentidos. Apesar das nossas diferenças eu a amo muito e espero que no fim as coisas se ajeitem positivamente.
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. ~ L ~
Relendo meus textos anteriores eu só consigo pensar que: Caralho! Como esses relacionamentos abusivos mexem com a nossa cabeça! 
Por um lado, era nítido que eu sentia “sua” falta. Por outro lado, também era nítido certo desprezo e vontade em te abandonar de vez. Andei pensando sobre isso e sobre como oscilamos quando recém saímos de um relacionamento. Inicialmente, o mundo parece cair, ficamos sem chão e desacreditados, seria a famosa fase da “NEGAÇÃO”. Nós negamos pra nós mesmos que aquilo esteja acontecendo, ainda que não seja algo consciente. Negar é dizer pra si mesmo “Eu não acredito que isso está acontecendo”. O processo passou para a fase onde eu oscilava entre a RAIVA e a NEGAÇÃO. Eu sentia raiva de mim por ter aguentado tanta coisa e, ao mesmo tempo, negava que tínhamos rompido, porque isso ainda doía demais. A raiva foi tomando conta e passou a clarear minha cabeça e mente de um jeito ímpar e singular. Eu comecei, aos poucos, a me dar conta de que as coisas não tinham sido certas no nosso relacionamento. Meu pensamento passou a ser “Porque isso aconteceu comigo?” “DE NOVO!”... Eu direcionei minha raiva a mim mesma, pensei em como eu pude deixar passar tanta coisa ruim, tóxica, sádica. Aí eu passei pela fase da substituição, conformismo, a barganha. Meu pensamento passou a ser mais voltado a mim, passei a me sentir melhor e a me libertar aos poucos daquela relação mental que eu ainda mantinha com você. “Foi melhor assim”, sim, foi melhor assim. Passei a te enxergar melhor. Fazem duas semanas, mas eu sinto que estou a dois passos da ACEITAÇÃO. Sinto que acabou o desespero, sinto que acabou tudo o que um dia eu chamei de amor... Não era amor, porque o amor é construído. Nós não construímos o nosso amor e, aí, chego as minhas conclusões finais.
Depois de muito pensar e muito refletir sobre a “vida” que levamos juntos, eu me dei conta de muitas coisas. A terapia tem me ajudado a enxergar outras N coisas também. Mas vamos começar do começo pra, que caso um dia eu esqueça dessas situações, eu volte e as releia.
1. Antes de eu me envolver com esse cara, conversei com muitas pessoas na faculdade sobre ele. As pessoas me alertaram, diziam que não gostavam muito dele, que ele era estranho e fechado. Outros diziam que ele era o que se pode chamar de “cheio”, prepotente. Alguns conhecidos de fora da faculdade me disseram também não simpatizar com ele e reprovaram totalmente o fato de eu me envolver com ele. Talvez tenham sido os primeiros sinais que ignorei. 
2. As coisas correram depois que ficamos. Na segunda semana, ele já disse que me amava. Nossos gostos eram surpreendentemente idênticos e eu gostava disso. Passou uma semana na minha casa, dormindo e acordando comigo. Só nós, porque meus pais haviam viajado. Ele me contou que já havia brigado muitas vezes e, inclusive, que tinha uma passagem pela polícia. O motivo dessa passagem era: briga por ciúmes. Ele havia estourado um cara porque o cara havia, de algum modo, dado em cima da ex namorada dele (na época, era atual). O comportamento agressivo se refletia, também, no trânsito. Eram xingamentos e mais xingamentos todas as vezes que ele considerava que alguém fazia m*rda. Eu tinha medo por ele e por mim, eu confesso. Nossas primeiras discussões tinham dedos mirados pro meu peito (e eu concluí que tenho um trauma imenso disso). Me lembrei do meu primeiro relacionamento, onde o sujeito batia com o dedo indicador inúmeras vezes nos ossos do meu peito, mais precisamente no osso esterno, que fica bem no meio da região peitoral. Por incrível que pareça, aquilo doía bastante . Eu contei a ele sobre isso e, pelo menos, parou de me apontar o dedo. As histórias de brigas continuavam, ele falava sobre já ter batido no próprio pai, ter “saído na mão” com ele por várias vezes. Isso me irritava, as histórias de brigas continuavam. Por vezes, eu tive que segurá-lo pra que ele não voasse em algum menino que eu já havia me envolvido, ou algum amigo que ele não gostava ou alguém que, por algum motivo, tinha mexido comigo ou me olhado na rua. Ele ficava extremamente irritado. Quando discutíamos, suas atitudes eram pesadas, assim como o dedo apontado, tiveram pancadas em paredes, mesas de sinuca, porta luva de carro. Esses, sem dúvidas, foram sinais que ignorei. A agressividade exacerbada que já havia sido, indiretamente, direcionada a mim. 
3. Fazia pouco tempo que estávamos juntos. Íamos a um show e, antes de sairmos, ele veio até minha casa. Reprovou a roupa que eu estava vestindo e disse que o vestido era muito curto. Se ofereceu pra me ajudar a escolher outra roupa mas eu não aceitei a ideia. Eu estava me sentindo bem e acabei usando aquela roupa mesmo. Com o tempo, isso foi se acentuando. Na praia, por vezes discutimos sobre meus biquínis. Eu não podia ir ao mercado com um shorts e a parte de cima do biquíni. Eu tinha que ir com uma camiseta, ele SEMPRE pedia pra eu colocar uma camiseta, ainda que os biquínis fossem bem fechados. “Eu não gosto, as pessoas ficam te olhando. Eu já falei que me sinto desconfortável com você usando isso” ele dizia. Logo em seguida, mandava um “mas você veste o que quiser”. A intenção, talvez, fosse passar uma falsa sensação de liberdade. Eu não poderia vestir o que eu quisesse, a não ser que eu desejasse criar uma briga colossal entre nós e ver aquela cara de desgosto o dia todo. Foi o que aconteceu no último final de semana em que eu fiquei com ele. Íamos sair, mas ele reclamou da minha roupa. “Eu já falei que me sinto desconfortável quando você usa essa roupa”. O discurso era sempre o mesmo, sempre. Eu acabei trocando de roupa. Como sempre, eu cedi. Ele reprovou da mesma forma a minha nova escolha mas, como estávamos atrasados pra festa que iríamos, acabou “aceitando”, sem deixar de levar uma jaqueta enorme pra me “proteger do frio”. No início, realmente fiquei com a jaqueta, eu estava sentindo certo frio. Depois, quis tirá-la. “Vou tirar a jaqueta, estou com calor”, “Não, fica com ela”, ele disse. Eu insisti “Porque? Eu estou com calor”, ele respondeu, novamente “Fica com ela”, então resolvi perguntar se “ta fazendo isso porque ta com ciúmes?”, é, a resposta, por incrível que pareça, me surpreendeu. “É.. sim.. também. É que tá frio”. O problema com a roupa já estava passando dos limites, estava passando pras proibições. Ele tinha me proibido de tirar uma jaqueta! 
4. Ele fez com que o melhor amigo afirmasse que o falo dele era grande, fez o amigo falar, citar nomes de meninas que já haviam visto. “É, é grande mesmo, Lou. A Thay já falou, a outra lá falou também”, ele me olhou com uma cara de satisfação. Dias depois, ele perguntou se o dele era o maior que eu já havia visto... Na sincera eu respondi um “não”, o que nos rendeu algumas discussões posteriores. Ele queria saber de quem era, quem, quem, nomes, o que fazíamos. A notável importância que ele dava pra esse detalhe, porque, convenhamos, é um detalhe. 
5. Ele vivia reclamando quando eu resolvia repetir o prato. “Nossa, você vai comer mais?”, “Meu Deus, você já comeu pra caralho hoje”. Na frente da minha mãe, ele pediu pra eu dar uma “segurada” na comida, e, depois, ainda disse que não gostaria que eu comesse um queijo, afinal, só eu iria comer o queijo. Onde estaria o benefício dele se só eu comesse a p*rra do queijo?
6. Nas primeiras vezes onde saímos ele me PEDIU pra que eu bebesse menos. Eu disse que tentaria, afinal, sei que é algo que não faz bem ao corpo. Nas vezes em que me encontrei com meus amigos, resolvi beber. Tomar alguns goles de vodka ou cerveja, como eu costumava fazer. Ele começou a virar a cara pra mim toda vez que eu resolvesse beber. A noite se transformava se eu bebesse algo. Por vezes, ele resolveu comprar um vinho ali, outro aqui... Isso no começo. Depois, ele queria me privar até disso. Quando íamos jantar na casa dos meus amigos, EU NÃO PODIA BEBER NA-DA, a não ser que eu quisesse uma briga depois, é claro. 
7. Ele me fez prometer que eu mudaria meus hábitos alimentares. Não se trata de fazer dieta ou qualquer outra coisa do tipo. “Você promete que vai me amar pra sempre?” ele dizia, e eu respondi “sim” pra todas as perguntas seguintes. “Você promete que vai casar comigo?”, “Você promete que vai cuidar de mim?”, “Promete que vai virar vegana?”... O pior é que tentei manter a “dieta” mais radical da minha vida durante alguns meses, por ele. Ele não queria me ver comendo queijo, tomando leite, ou comendo qualquer coisa que não fosse vegana. Eu recebia um olhar ou outro de desprezo, como se eu estivesse cometendo um erro fatal pro relacionamento. 
8. As ofensas verbais sempre me machucaram, ainda que eu tentasse empurrar todas elas pra baixo do tapete. Eu não sei porque eu fazia tudo isso. Ele terminava comigo toda semana. Dia sim, dia não. Um dos primeiros términos foi acompanhado do soco no porta luvas e o “Vai tomar no cu”, que eu perdoei prontamente, sem nem pensar duas vezes. No parque, quando discutímos, ele repetiu inúmeras vezes, olhando fixo nos meus olhos “Você é louca. Você é louca. Você sabe que você é louca. Não é normal”. Hoje vejo que, o que não é normal, é um cara falar isso e repetir tantas vezes pra qualquer pessoa que seja. O pior, é que esse cara nem é um cara “normal”, é um cara que vai lidar com vidas e vai se tornar psicólogo. “Otária”, “porca”, “suja”. “Isso não é coisa de mina que namora”, quando eu quis postar uma tal foto no instagram. Cheguei a consultar meus amigos, a perguntar o que eles achavam. “Nada demais”, eles diziam. Pra ele, era o fim do mundo. “E você que vivia correndo atrás de um cara que te batia?”, em algumas discussões que tivemos com base no passado. Imaturas e infantis, porém, sempre rolou esse jogo sujo de falar sobre essa situação específica durante as discussões. Não afetavam diretamente a ele, é claro. Afetavam a mim, o que me faz concluir que sempre faltou empatia a ele...
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summernights1978 · 8 years
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Capitulo três: A música está em mim.
Flash Back ON 
Dezesseis de Novembro de 2006, Casa de Jason.
​— Gabi, você cresceu! Nossa...Jason não falou que você vinha aqui hoje...— Disse Antonio Figueredo, pai de Jason.
 — Ah, Obrigada Sr. Antonio, fico lisonjeada. Eu vim fazer uma surpresa para ele, haha, ele esta? — Pergunta Gabi, educada talvez (?). 
— Esta sim, no quarto dele, na terceira porta a direita, Gabo. — Disse Antonio. 
— Obrigada Sr. Antonio, bom, to indo lá. — Diz ela com uma sorriso falso. Gabi entrou no quarto de Jason com uma cara de nojo da porra, ela não tava acostumada com o cômodo da casa e muito menos da grande bagunça que era o quarto de Jason. 
— Serviço de quarto?! — disse Gabi, sendo irônica.
 — O que você tá fazendo aqui? Já sei! Veio bem querer jogar na minha cara do quanto eu fui idiota com a Nicole. — Disse Jason.
​— Não, não. Vim aqui te fazer uma proposta meu caro amigo. — Disse gabi. 
— Amigo? Desde quando eu sou seu amigo? — disse Jason tentando entender o sarcasmo de Gabi.
​— Hahaha, Jason, você sabe o quanto eu me preocupo com a Nicole, ela é minha melhor amiga, uma irmã para mim. E, você sabe o que ela vai falar para o delegado quando for depor amanhã na escola.
​— Claro que eu sei, eu tentei tirar essa ideia da cabeça dela de se entregar para a polícia por um erro que ela não cometeu, todos nós estamos envolvidos nisso. —  Disse Jason.
— Jason, eu sei, mas se você ama realmente a Nicole, você tem que assumir a culpa... — Disse Gabi.
​— O que? Mas... — Disse Jason, confuso.
— Mas nada, você que chamou a Nicole para o banheiro Masculino, vocês estavam bêbados, e quando a Nicole saiu do banheiro, vai saber se você chamou a Paola para pegar ela também e acabou a matando. — Dramatizou a Gabi, escondendo a bela verdade de que nada disso aconteceu.
​— Mas o que? Eu nunca faria isso, você me conhece Gabi, por mais que não sejamos amigos mas você sabe que eu nunca MATARIA alguém. — Disse Jason, com uma enfurecido.
​— Mas MENTIRIA por alguém que ama para protegê-la, e nesse caso, eu sei que você não vai tá protegendo só uma pessoa.
​— Do que você tá falando? — Perguntou Jason, desconfiado.
​— Jason, você pode enganar Deus e mundo mas nunca vai me enganar, eu sei que você é...
​FLASH BACK OFF
​Gabi me contou a história de como ela fez a cabeça de Jason para ele se entregar para a policia enquanto caminhávamos até minha casa. 
— Gabi, MEU DEUS, você tem ideia da merda que fez ??? Meu Deus, eu te expulsaria da minha casa agora se eu não precisasse de você para a me ajudar a escolher uma roupa para a festa. — Disse eu, com raiva e surpreso ao mesmo tempo.
​— Eu sei, eu sei. Ai, eu pensei nisso nas férias inteiras. Carlos, Eu fiz isso para proteger você e a Nicole, juro que estou muito arrependida. — disse Gabi com um tom de ironia.
​— Então é por isso que a Nicole tá com raiva de você? Vocês não se falam desde o começo das férias?   —  Perguntei a Gabi.
​— Sim, um pouco depois que você viajou, fui na casa dela explicar tudo isso...E ela me tratou tão mal, disse que eu só pensava em...  — disse Gabi.
 — Em você? Sim, com certeza. Você só fez isso porque precisa da Nicole na faculdade Teatral — Disse que eu.
— Isso é uma mentira! Eu mesma me garanto com meu próprio talento! Eu amo a Nicole, cara, eu fiz isso realmente para protege-la, e proteger você tambem, por que é tão difícil de acreditar?  —  Disse Gabi, séria.
—  Me proteger? Olha, já chega. Eu to sem paciência pra isso e não quero me estressar, eu não vou mais nem procurar a roupa agora, amanhã começa os testes para a musica e eu preciso ensaiar! Você precisa reunir o pessoal e explicar isso.  —  Diz eu, estressado. 
— Ai, ta bom, se isso for a coisa certa a fazer, eu faço, até amanhã N, amo você.  —  Logo ela me dar um abraço e vai embora.  Eu não gosto de fugir da situação assim, mas nunca me passou pela cabeça que o Jason faria isso tanto pela Nicole quanto, por mim. Mas enfim, eu não poderia me estressar com isso. Eu tinha que concentrar na minha musica. Peguei meu violão e comecei a tocar.
                                THIS IS ME - DEMI LOVATO - VIOLÃO
Você sabe como é
Se sentir na escuridão
Sonhar com uma vida
Onde você é a estrela brilhante
Mesmo parecendo
Que isso vai longe demais
Eu tenho que acreditar em mim
É a única maneira..
Isso é real, essa sou eu
Estou exatamente onde eu deveria estar, agora
Vou deixar a luz me iluminar
Agora eu encontrei, quem eu sou
Não há maneira de mantê-lo no
Não mais esconder quem eu quero ser
Este sou eu
Ensaiei a tarde para a noite toda, ignorei todas as mensagens e ligações, tirei simplesmente a noite para me dedicar a musica. 
Sete de Fevereiro, 2007.
06:50 da manhã.
Mensagem de Jay122 
O que custava atender minhas 12 ligações na noite passada? Se não me contar o que a Gabi te falou, eu te mato! Bom dia.
—  Acordei em uma manhã chuvosa, super atrasado e ainda me aprontei lendo essa mensagem da Jay, realmente preciso desabafar com ela. Enquanto isso fui correndo para a escola, eu poderia pedir carona pro meu pai, mais ele nunca foi presente na minha vida, nem minha mãe, só a Carmen mesmo, mas isso é história para outro dia.
06:55, PÁTIO DA ESCOLA.
— Aí cadê o Neto?  —  Perguntou Gabi para o pessoal, Todos estavam sentados na escadaria da escola.  
 —  Aí Gabi, por que reuniu a gente aqui fora? preciso me preparar para o campeonato acadêmico de Química.  —  Reclamou Thay.  
 —  Eu e o Gabriel precisamos treinar para o futebol, o teste é hoje!  — Disse Murilo.  
 —  Gente, deixa a Gabi falar, eu to curiosa.  —  Disse Jay, que em seguida cruzou os braços.  
—  Eu preciso que o Neto esteja aqui comigo para contar para todos vocês.  —   Disse Gabi.  
 —  Olha ele ali correndo, desesperado na verdade.  —  disse Gabriel.  
 — Que em seguida bate o sino para todos irem para os seus teste. 
—  Oi gente, cheguei a tempo.  —  disse eu, feliz e muito suado! 
 —  Puta merda, Neto não dava pra chegar mais cedo não?  —  Perguntou gabi, com raiva.  
 — Ah, eu tava ensaiando minhas musicas, e posso garantir para vocês que eu to muito bem!  — Disse eu, me gabando. 
— Que seja, vamos logo Murilo, depois você conta o que tem para contar Gabi  —  Disse Gabriel, que em seguida ele e o Murilo correram para a quadra da escola.
— Enquanto eu, irei ajudar a Thay com o Campeonato Acadêmico. Vejo vocês depois, vamos Thay.  —  Disse Jay e logo ela e Thay foram para o Laboratório.
—  Ah, eu juro que tentei falar para eles sobre...  —  Disse ela, que em seguida a Interrompi. 
 —  Gabi, cala a boca. Não precisamos lembrar disso agora, temos que nos concentrar! Ensaiou as cenas e as musicas?  —  Perguntei para ela, feliz.  
 —  Ah, claro, eu também me dediquei essa noite, eu sinto que MAIS uma vez irei ganhar o papel principal esse ano, o que posso fazer? não tenho culpa de ser a estrela number #1 da Dona Sonia.  — disse ela, com um sorriso espontâneo e feliz por isso. 
 — Ah, que bom, eu ja estava com saudades disso, sabe? você no teatro musical, eu na musica com o Jason, dos meninos no futebol, a Thay no grupo academico de quimica, e a Jay no Jornal da Escola. — Disse eu, com um sorriso no rosto e lembrando dos anos passados.
(SIM! A JAY É DO JORNAL DA ESCOLA, ISSO FEZ COM QUE ELA FICASSE MAIS CONHECIDA POR SABER DE TUDO QUE ACONTECE NA ESCOLA, ELA NEM PRECISA DE TESTE PARA SER ENTRAR NOVAMENTE NA TURMA, ATÉ PORQUE ELA É A LIDER E A QUERIDINHA DA NOSSA DIRETORA MIRELLA)
— Eu também estava com saudades disso, ah Neto, me abraça, estou nervosa!  —  Disse Gabi, lagrimando. Ela sempre fica assim antes do teste, como se não fosse ganhar.  
 —  HAHAH,  Você vai conseguir, ah não ser que uma vadia apareça e roube a cena, não é?!.  —  Puxei ela pelos braços e fomos correndo para o auditório. O meu teste de musica era no Segundo tempo, diferente dos testes dos meus amigos que era no primeiro tempo, então praticamente “matei” o primeiro tempo de aula para ver a apresentação da Gabi.
Auditório da escola.
Eu sentei na primeira fileira para ver a apresentação da Gabi, de cantar encenar ao mesmo tempo, ela ama tudo isso! desde os 7 anos, os pais dela obrigavam ela a fazer aulas de qualquer tipo de instrumento e principalmente de canto. E logo uma menina passa na minha frente apressada, e deixa cair sua tiara. Gabi e seus amigos foram para os Bastidores para se preparem. 
— Ei, ei, deixou sua tiara cair!  —  Disse eu, que em seguida peguei a tiara do chão.
—  Ah, obrigada querido. Nossa, você é lindo! qual seu nome?  —  Perguntou Paula.
( PAULA É A GAROTA MAIS FALSA QUE EU CONHECI DEPOIS DA RHANY, MENTIRA, EXAGEREI, MAS PARA A TRISTEZA DE MUITOS, ELA ERA A NOVA COBRA DO COLÉGIO, CHEGOU DE SÃO PAULO E SE ACHA A TAL, PATRICINHA TALVEZ? QUE SEJA. MAS ISSO EU SÓ VIM DESCOBRIR DEPOIS DISSO QUE VAI ACONTECER AGORA.)
— Ah, meu nome é Carlos Neto, mas todos me chamam de Neto  —  disse eu, envergonhado. 
—  Own, que fofo. Mas assim, você vai atuar tambem?  — Perguntou ela com delicadeza.  
 — Não, eu "matei” aula para ver a apresentação da minha amiga, agora haha,  — disse eu.  
 — E quem é ela?  — Perguntou Paula.
—  Ah, é a Gabriele Moura.  —  disse eu, com um sorriso.   
 — Amigo da minha rival, poxa lindinho, parece que eu irei ter que lhe entregar.   — Disse ela, surpresa. Logo a professora Sonia chega com seus ajudantes e Paula grita bem alto.   — Professora, não sabia que outras pessoas que não fossem fazer o teste poderia ver as apresentações sem permissão!  — Disse Paula, com seu recalque pro meu lado, vadia talvez? que seja. 
— Ora Ora Ora, não devia estar na sala de musica, Carlos?  —  disse Dona Sonia, com os braços cruzados.  
 —  Ah, é. To indo agora, eu me perdi sabe, haaha, até mais!  —  disse eu, envergonhado e com raiva da Paula.
—  Tchauzinho, Neto.  —  disse Paula sendo irônica.  
 —  Tchauzinho Paula, foi bom te conhecer.  — Disse eu, mais ironico ainda, e fui caminhando para a frente da sala de música. 
—  Paula, vamos logo, você vai ser a primeira!  — Disse Luiza, melhor amiga de Paula, outra cobra também.  
 — Ja to indo, hihii  — Disse Paula.
Frente da Sala de música
— Vi o grupinho da musica na frente da sala, estavam lá, treinando as vozes, com seus violões e guitarras, enfim. Todos estavam muitos ansiosos.
— Olha lá quem chegou, o Elvis Presley da sala!  —  Disse Roberto, meu parceiro na música.
— Ah, sem flash, por favor!  —  Disse eu, com um sorriso no rosto.
— Ah Neto, já viu os novos alunos que tem nesse ano?  —  Disse Roberto e apontou para eles. 
—  Nossa, tem mais calouros do que veteranos esse ano, o que aconteceu? Por que ninguém vai participar da música esse ano?  —  perguntei para Roberto.
—  Todos estão muito empolgados com o teatro, Dona Sonia abriu mais de 15 vagas para ajudantes, sabe, para arrumar os cenários, luzes e tudo mais.  —  Respondeu Roberto. Esse truque de abrir vagas para ajudar no teatro é só uma desculpa pra ninguém estudar na aula dela e ganhar 10 pontos de graça no bimestre, Dona Sonia além de ser a líder no teatro, também é professora de filosofia.
— Já era de se esperar desse pessoal, enfim, vamos continuar com a nossa música, até porque temos uma apresentação daqui há um mês.  —  Disse eu, empolgado.
— Hahaha, sim. Vamos focar na música!  — disse Roberto, empolgado também.
— Ah, desculpa interromper vocês, mas, é aqui que é a a sala de música?  —  Perguntou Rodrigo, um novo aluno da aula de música, calouro, com seu violão nas costas. 
— Ahh, você é cego? não tá vendo esse placa enorme a cima da porta? “Sala de música” ?  —  Disse eu, totalmente arrogante.
— Calma, mano, já achei, fica suave...  —  Disse Rodrigo, super “calmo”, ele não estava realmente “calmo” estava sobre o efeito da maconha que fumou antes de vir para a escola.
— Logo o professor de Música chega na frente da sala de música, o querido professor, Paulo, eu e Roberto somos os alunos preferidos dele e isso faz a gente ganhar uma boa parte da atenção do professor para ele avaliar nossas músicas e dizer o quanto somos fodas.
— Bom dia galera, bom, desculpa ter chegado um pouco atrasado, mas enfim, vamos entrar logo?  — disse o professor Paulo. E quando todos nós entramos na sala, nos deparamos com uma inundação enorme na sala, por conta da chuva é claro. 
—  Ah droga, e agora professor? para onde nós vamos?  — Perguntou uma caloura da turma.
—  Suponho que temos que ir para o auditório, vou falar com a professora Sonia para fazermos os testes musicais lá mesmo, então vamos turma, para o auditório.  — disse o professor Paulo.
—  Caramba, meo, até as notas musicais grudadas nas paredes não se salvaram, ta tudo molhado.  — disse Roberto, triste pelas notas musicais.
— hahaha, vamos logo, Roberto, olha o lado bom, vamos nos divertir vendo os calouros cantarem super mal, vamos poder ver a apresentação da Gabi e logo em seguida, vamos nos apresentar.  —  Disse eu, que em seguida puxei Roberto pelo braço.
Logo todos vão andando bem depressa em direção ao auditório, enquanto eu e Roberto ficamos andando bem devagar. E em seguida, Rodrigo chega perto da gente.
— Sei que eu sou um calouro que chegou agora, mas sou novo até mesmo na escola, será que vocês podem me ajudar na minha música? eu to muito perdido.  — perguntou Rodrigo.
— Ah não!  — disse eu, em seguida, Roberto me deu um tapa na cabeça. 
— Ah sim! pode sim Rodrigo, vamos te ajudar! é sempre bom ajudar os calouros.  — disse Roberto com um sorriso no rosto.
— Tá doido porra? Ah, tudo bem, vamos abrir uma exceção de você andar com a gente, mas ó, vou logo avisando que a gente não canta ruim como os outros não, pelo contrário, somos os melhores cantores daqui da escola, tá?   —  disse eu, exigente.
—  HAHA, tudo bem, eu to meio chapado pelo fato de estar nervoso, eu nunca me apresentei antes e creio que estou com bastante coragem para cantar na frente da escola inteira, só que, sei la, acho que eu quero desistir.  —  disse Rodrigo, assustado. Ironia mesmo, Rodrigo é tão lindo, com a pele mais branca que as nuvens e ainda por cima é um EMO, reconheço pela jaqueta de couro e as tatuagens de mentira no braço dele.
—  Não desista, você fez uma boa escolha de se entregar para a música, mas olha, Neto está certo, não somos como a maioria da turma, realmente temos uma vocação diferente, digamos “profissionais” e queremos te ajudar com isso, vamos, cante um pouco da sua tal musica. — Disse Roberto, logo Rodrigo puxou seu violão das costas, e começou a tocar.
                               Eu sei - Papas da Língua - violão
Eu sei, tudo pode acontecer Eu sei, nosso amor não vai morrer Vou pedir aos céus, você aqui comigo Vou jogar no mar, flores pra te encontrar Não sei, porque você disse adeus Guardei, o beijo que você me deu Vou pedir aos céus, você aqui comigo Vou jogar no mar, flores pra te encontrar You say goodbye and I say hello You say goodbye and I say hello
—  Você canta muito bem, você tem uma bela carreira de cantor pela frente hein. —  disse Roberto.  
— Que voz é essa? você passou no teste, e com certeza vai poder a gente com a gente,   —  disse eu, que fiquei impressionado com a voz dele.
— HAHA, que bom que gostaram, é a primeira vez que eu canto para alguém, e não esperaria que fosse para dois rapazes.  — disse Rodrigo que em seguida riu.
— HAHA, relaxa, vai ser a primeira de muitas, sempre cantamos um para os outros para ver se estamos indo bem.  —  disse Roberto.
— Ei vocês aí, é melhor andarem mais rápido.  — gritou o professor Paulo que estava no final do corredor. E assim nós três corremos para o auditório.
Enquanto isso nos bastidores do auditório.
— Enfim, essas são as regras do teatro grudados na parede, para os calouros e os veteranos também, se baseiem nela! 5 Minutos para o teste começar. —  disse Dona Sonia que em seguida, foi para o auditório,sentar primeira fileira para escolher os melhores atores. Todos foram correndo para frente do quadro de avisos para ler as regras.
—  Ah, que ótimo, só vai ter um papel principal diferente das peças teatrais do ano passado que sempre tinha dois ou mais.  —  disse Vitória, amiga da Gabi no teatro.
— Eu estou super de boa, sei que o papel vai ser meu mesmo!  —  disse Gabi com um sorriso no rosto que em seguida levantou os braços para cima.
— Bom saber que você pensa em mim, Gabi.  — Disse Vitória, triste.
— Ah, Vitória, calma, ó, você sabe que eu sou melhor que você em tudo, principalmente no teatro musical.  — Disse Gabi, sincera.
— Gabi, retire o que disse, eu não acredito que você disse isso, olha, eu não quero mais falar com você, sua egoísta!  —  disse Vitória, com raiva de Gabi, que em seguida foi embora.
— Ah não, Vitória, volta aqui, eu não queria falar por mal...Ah, que seja, não preciso dela mesmo, preciso me concentrar.  — disse Gabi, se sentindo confiante.
5 Minutos depois.
Auditório.
— Vamos começar!  — disse professora Sonia. E assim começou o teste, Gabi era a 4º pessoa a se apresentar de 7 meninas que queriam o papel principal e junto com ela, claro, estava concorrendo a Paula.
20 Minutos depois.
— Gabriele de Moura, no Palco!  —  disse dona Sonia. 
— Ai Meu Deus, eu vou morrer!  —  disse Gabi, em voz baixa.
—  Gabi, não precisa apresentar todas as cenas, quero só que você faça a cena do segundo ato e cante a musica que se pede.  — disse dona Sonia.
 — Ah, sim, tudo bem dona Sonia, desculpa eu estar soando eu to meio nervosa.  —  Disse Gabi, que estava se tremendo, ela estava tão nervosa que não conseguiu encenar direito.
5 Minutos depois.
— Gabi, o que ta acontecendo? você ta errando varias vezes a atuação!  —  disse dona Sonia, preocupada.  
 —  Ah, me desculpe dona Sonia, eu to tentando, mas... —  Disse Gabi. 
 —  Tudo bem, pule logo para a musica.  — disse Dona Sonia. 
 —Ok!  — Logo Gabi, foi em direção ao piano, respirou bem fundo, e soltou a voz, nervosa ainda, talvez?
                           Million Reasons - Lady Gaga - Piano
Você está me dando um milhão de razões para eu te deixar
Está me dando um milhão de razões para desistir do show
Você está me dando um milhão de razões
Me dá um milhão de razões
Está me dando um milhão de razões
Praticamente um milhão de razões
Se eu tivesse uma estrada, eu correria para longe
Se pudesse encontrar uma via seca, eu não me mexeria
Mas você está me dando um milhão de razões
Me dá um milhão de razões
Está me dando um milhão de razões
Praticamente um milhão de razões
Se eu tivesse uma estrada, eu correria para longe
Se pudesse encontrar uma via seca, eu não me mexeria
Mas você está me dando um milhão de razões
Me dá um milhão de razões
Está me dando um milhão de razões
Praticamente um milhão de razões
Eu me ajoelho para orar
Eu tento fazer o pior se tornar um pouco melhor
Senhor, me mostre o caminho
Para me libertar do couro gasto dele
Eu tenho cem milhões de razões para ir embora
Mas querido, eu só preciso de uma boa razão para ficar
— Logo, a turma da música entra no auditório, Gabi cruza os olhos para mim, Roberto e bem atrás da gente, Rodrigo.
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Meu guri
É de noite, se escuta gritos, vizinhos se aproximam. Os gritos param, e começa a se ouvir o choro de um bebê.
Passa uma placa escrita ’15 anos depois’
Bocão – Pô mãe, para!
Mãe – Que para o que menino, esse cabelo todo bagunçado!
Bocão – Mãe! PARA! Deixa eu ir!
Mãe – Ta bom filho, vai. Te amo!
Bocão sussurro – também te amo.
Gaby – Vamo Bocão? Tamo atrasados pra aula!
Mãe – Gaby, cuida desse menino!
Gaby – Pode deixar Tia Maria!
Passa uma placa escrita ‘mais tarde”
B – Gaby, eu tenho que falar contigo.
G – Fala ué! Por isso que tu é o Bocão né mesmo? Fala tudo - risos
B – Gaby é serio. Minha mãe não ta mais conseguindo nem comprar comida pra gente. E eu arranjei um emprego. Só que eu preciso falar pra alguém. E tu é a única pessoa que confio.
G – Fala logo Bocão!
B – Eu vo trabalha pro Serginho.
G – Tu ta loco? É suicídio ir trabalhar pra ele sozinho!! Eu vo contigo!
B – Não! Tu não vai, tem que cuidar da minha mãe quando eu tiver fora, ela precisa da gente.
G – Não Bocão, ela precisa de você. Tu vai ficar com ela e eu vou.
B – Gaby, não fala merda. Tu sabe o que ele faz com garotas que querem entrar pra isso.
G – Eu sei, não me importo de fazer isso por você e pela sua mãe. Pô, eu te amo, a tua mãe, é uma mãe pra mim. Eu já decidi, eu vo trabalha com ele e tu fica.
B – Não vou deixar tu ir, eu vou trabalhar com ele, ele disse que eu tenho chance de crescer e sair dessa merda.
G – Então vamos juntos. Pra sempre.
B – Juntos Pra Sempre.
Eles entram. Passa uma placa escrito ‘5 anos depois”
D. Maria foi levar o Bocão até a rua, depois de despedir aparece uma vizinha e começa a tocar funk no fundo.
V – Oi D.Maria!
Mãe – Oi.
V – Teu muleque cresceu bem rápido né mermo?!
Mãe – NÃO CHAMA ELE DE MULEQUE!!!
V – E você acha que ele é o que? Principe do morro? ELE É MULEQUE QUE NEM OS OUTROS D. MARIA! ACORDA MULHER!!!
Ela sai
M – esse povo fica achando que meu filho é como esses outros… Meu filho é menino direito… Ele não faz esse tipo de coisa… Muleque… Onde já se viu…
Ela sai bufando…
passa uma placa escrita ‘A noite, naquele mesmo dia”
G – BOCÃO!
O menino sai do no portao com o dedo na boca, indicando pra garota fazer silencio.
B – Fala Gaby! Cê ta loca? Que cê tá fazendo aqui em casa essas horas?
Ela tenta dar um beijo nele, mas ele desvia o rosto. Ela fala, parecendo decepcionada.
G – O Serginho mando avisa que ele quer ver você.
B – Agora? Ele tá loco?
G – ele falou que tem uma estrega urgente pra fazer. E que precisa de você lá.
B – pô Gaby, tu não fez nada pra me ajudar? Minha mãe vai da cria se eu sai agora!
G – Eu tentei tá Bocão! Eu falei pra ele que pra tu é complicado sai assim, mas ele falou que o carregamento é grande, e precisa de tu lá!
B – que que eu falo pra minha mãe agora?
G – sei lá, se tu quiser eu falo com ela!
B – Não viaja mulher! – ele grita – Mãe to saindo e já volto! – e sai correndo.
Mãe aparece gritando, secando as mãos num pano velho e grita:
M – Filho, onde que você vai?
Mas ninguém responde.
M – Onde esse menino ta se metendo meu Deus? Cuida dele Meu Deus. Cuida.
Ela entra pra casa preocupada.
Passa uma placa escrita ‘de manhã’
B – Manhêêêê!!!!
M – Ai Meu filho onde você tava? Ai Meu Deus brigada. Menino do céu! Você nunca mais sai de casa assim! Nunca mais!
B – Desculpa mãe, era uma emergência. Olha só o que eu trouxe pra senhora.
Ele entrega uma sacola cheia de coisas, joias, bolsas, celular, carteiras.
M – Ai meu filho, é tudo lindo!
B – é mãe, e é tudo seu.
M – não, eu não vo pegar não.
B – mãe, eu comprei! Até a senhora ta desconfiando de mim agora?
M – não meu filho, não é isso! É que tu tem que pagar seus estudos, tu sempre disse que ia ficar famoso, ia aparecer na tv igual aquele moço, qual o nome dele mesmo? Ai não sei mais, mas se tu quer ser famoso, tem que estudar, fazer uma faculdade, e tirar a gente desse lugar. Não pode ficar comprando coisa assim não, meu filho.
B – mãe, eu ainda vou ser famoso tá? Só que agora não da pra entra numa faculdade, eu to trabalhando, e assim que der eu vo pra faculdade. Eu juro mãe.
M – ta bom meu filho ta bom…
Eles estram com ela agradecendo as coisas que ganhou.
Passa a mesma placa “‘A noite, naquele mesmo dia”
G – BOCÃÃÃO!
B – que que tu quer de novo aqui??
G – Serginho que te ve de novo.
B – hoje não dá!
G – é melhor tu ir, ele ta atirando pra tudo conté lado, se fosse tu já tava lá do lado dele.
B – Gaby, olha, fala pro Serginho, que acabou. Eu não quero mais a parceria. Fala que subiu muito a cabeça tudo q a gente ta ganhando. Fala que acabou.
G – Como assim Bocão? Cê ta loco??? Ele vai te matar! Que que tão botando na tua cabeça? Tu não pode sair assim não! Tu não lembra? É pra sempre!
B – Gaby, eu prometi pra minha mãe que eu vou estudar, e vou aparecer na tv, e tirar a gente desse lixo de lugar, eu sei o risco que to correndo, mas tu sabe que eu faço tudo pela minha mãe.
G – E por mim? O que que tu faz por mim Bocão? Depois de tudo que eu fiz pra você e ela? Que que eu ganho com tudo isso?
B – Vem morar com a gente! Minha mãe te adora! Tu volta a estudar, a gente casa, e sai daqui, vamo poder ter um futuro!
G – nosso futuro foi traçado quando tu entrou pra esse negócio, e eu resolvi ir contigo. Tua mãe nunca vai aceitar uma puta morando na casa dela, nem eu quero ir. Bocão, eu te amo, mas eu não posso deixar tu morrer assim. Tua mãe precisa de você. EU PRECISO. Eu só aguento tudo isso, por que quando tu era pequeno prometeu que ia me amar pra sempre. Tu disse que era meu príncipe encantado.
B – Me desculpa Gaby. Eu fiz tudo isso acontecer. Nessa história eu não sou o príncipe. Mas eu já tomei minha decisão. Ou tu fala com ele ou eu falo.
G – Pensa direito Bocão. Não joga tudo pro alto não.
B – Eu pensei. E ta decidido.
Ele sai como se fosse falar com o cara, mas ela segura ele e fala:
G – calma… Se é isso que tu quer mesmo, eu vo e falo.
Ela vai saindo, mas ele puxa ela e lhe da um beijo e depois diz.
B – Gaby, se alguma coisa acontecer com a minha mãe, cuida dela?
G – Pra sempre. Eu te amo Bruno.
B – eu também te amo. Pra Sempre.
Ela sai chorando. E ele entra.
Passa uma placa escrito ‘umas horas mais tarde’ se ouve barulhos de tiro. E entra alguns homens em casa e se ouve um grito e mais tiros. Os homens saem, aparece a vizinha com um celular.
Ela diz “Eu avisei D. Maria. Eu te avisei”.
Gaby entra chorando.
V – Vai lá sua puta! Tu acabou com a vida da velha! AGORA VAI LÁ SE FAZER DE SANTA.
Gaby da um tapa na cara da mulher e fala:
G – Eu não preciso me fazer de santa, todo mundo sabe o que eu sou, mas todo mundo sabe o que tu é também. Aqui, todo mundo vai pro inferno. A única que vai pro céu é D. Maria…
Ela nem espera a mulher responder e entra.
A mulher liga pra um canal de tv qualquer. E diz
V – Aconteceu um assassinato aqui, perto da minha casa, se eu fosse vocês eu viria, vai dar um ibope maior que um Bocão! – e sai rindo.
Saem Gaby e D. Maria de casa, Gaby tenta esconder a cena dela.
Mas ela diz.
M – Onde ta o Bruno, Gaby?
G – O Bruno ta morto D. Maria.
M – o que fizeram com meu menino? Ele trabalhava tanto! Como mataram ele? Eu quero ver meu filho.
Gaby tenta conter as lágrimas – eles disseram ser por traição, Bocão era um ótimo menino, mas eles acham que aqui ninguém pode ser bom. Não vou deixar a senhora ver agora. – ela fica abraçada a D. Maria contendo o choro da mulher e tentando segurar o seu.
Ouve barulho de sirene e logo pessoas chegam para ver a cena.
Tudo vai passando rápido entre elas, mas elas não se mexem, eles retiram o corpo do Bocão, a sirene fica mais rápida, e tudo passa como um sopro.
Um repórter vem e pergunta a D. Maria como tudo aconteceu.
M - Quando, seu moço
Nasceu meu rebento Não era o momento Dele rebentar Já foi nascendo Com cara de fome E eu não tinha nem nome Prá lhe dar Como fui levando Não sei lhe explicar Fui assim levando Ele a me levar E na sua meninice Ele um dia me disse Que chegava lá Olha aí! Olha aí!
Olha aí! Ai o meu guri, olha aí! Olha aí! É o meu guri e ele chega!
Chega suado E veloz do batente Traz sempre um presente Prá me encabular Tanta corrente de ouro Seu moço! Que haja pescoço Prá enfiar Me trouxe uma bolsa Já com tudo dentro Chave, caderneta Terço e patuá Um lenço e uma penca De documentos Prá finalmente Eu me identificar Olha aí!
Olha aí! Ai o meu guri, olha aí! Olha aí! É o meu guri e ele chega!
Chega no morro Com carregamento Pulseira, cimento Relógio, pneu, gravador Rezo até ele chegar Cá no alto Essa onda de assaltos Tá um horror Eu consolo ele Ele me consola Boto ele no colo Prá ele me ninar De repente acordo Olho pro lado E o danado já foi trabalhar Olha aí!
Olha aí! Ai o meu guri, olha aí! Olha aí! É o meu guri e ele chega!
Chega estampado Manchete, retrato Com venda nos olhos Legenda e as iniciais Eu não entendo essa gente Seu moço! Fazendo alvoroço demais O guri no mato Acho que tá rindo Acho que tá lindo De papo pro ar Desde o começo eu não disse Seu moço! Ele disse que chegava lá Olha aí! Olha aí!
Olha aí! Ai o meu guri, olha aí Olha aí! E o meu guri!…
Depois de tudo acabado.
M – eu vou entrar um pouco, minha filha… vou me sentar…
G – Vá com Deus. Eu sei que o Bocão  tá aqui protegendo a senhora…
Ela entra então Gaby se ajoelha e chora desesperada…
Depois ela diz
G – Bocão, eu vou proteger sua mãe de tudo isso… vou fazer nosso conto de fadas, eu vou estudar, vou continuar trabalhando, vou sair dessa vida, e desse lugar. Vou levar tua mãe comigo. E a gente vai tentar ser feliz Bocão… Eu te amo Bruno… Eu me lembro quando tu disse que odiava o apelido Bocão, mas é por que tu sempre falava demais, como quando falou que ia trabalhar com o Serginho… Ai Bocão, tu destruiu tudo… A gente ia se virar. Mas o filho da mãe te obrigou. Tu nunca disse nada pra mim. Mas ontem ele me disse que tu só tinha ido ficar com ele, por que ele é teu pai, e ele ameaçou matar tua mãe e eu… Ai seu idiota… Agora quem ta morto é você… Bocão… Eu te amo… Pra sempre…
Fim.
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its-still-me · 5 years
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Bom, primeiramente eu não sei por onde começar. Gostaria que tentasse me ouvir só um pouquinho. Quer dizer, talvez isso até demore um pouco, porque é bem provável que eu me embanane com as palavras e não consiga explicar o que eu quero. Pra começar eu nem sei se “explicar” é a palavra certa, já que não devo nenhuma explicação,e não se trata de “dever”, e desculpa se fui rude nesse comentário, não foi minha intenção. Então, já faz muito tempo, eu sei (sabemos) desde a ultima vez que conversamos de verdade, e até tentamos nos reconectar,
Ta bom, agora vai é... kkkkkkkk Agora é sério Feliz Aniversário! Te desejo sorte nas provas que virão, se fosse por mérito você já seria dentista. Invejo tua dedicação, você vai longe com esse esforço e com essa cabeça grande. Você é luz e emana uma energia boa, logo é rodeada de gente que te ama. Como não te amar? Encantadoramente simpática, carinhosa, atensiosa... Foi um privilégio poder caminhar contigo.
Acredito que nada é por acaso e que o tempo é increvelmente incrível na vida das pessoas. Viva seu dia como se fosse acordar amanhã o que é sempre mais provável, então continue fazendo o que você faz, construa seu castelo tijolo por tijolo, livro por livro que o tempo vai transformar todo seu esforço e dedicação, nas coisas que você sonha. 
Pois é... Tô “tentando prestar” Samile, e o que você diria, imagino. Tô até tentando escrever, fiz um relato meio bastante muito romantizado do nosso reencontro, vulgo crônica: 
Meu primeiro dia na silenciosa biblioteca  de harvard.
A noite passou rápido. Nem parece que dormi, penso que foi pura ansiedade, com certeza foi. Levantei cedo, até tomei banho, sorri bobo pras paredes. Procurei a roupa que já tinha em mente, me aprontei, e segui o caminho.
“O dia nasceu mais lindo. O sol não tinha esse brilho ontem. Hoje emano positividade, coragem… sou amor da cabeça aos pés. Me sinto bem. ” – Mim.
Ainda na estrada, tento acompanhar meu primo mais velho, Jonh Tyrion, que parece mais nervoso e ansioso que nunca. Mentalmente pergunto a mim mesmo, “Será que ela vai tá lá? ” Como se por telepatia tivesse ouvido, Jonh diz:
- Com certeza ela vai hoje. Já faltou anteontem.
- Tomara que não esteja. - Involuntariamente e sem sentido nenhum eu cuspo essas palavras da boca pra fora.
Dito e feito. As palavras têm poder (quando elas querem). Chegamos em Harvard, andamos pelos corredores, não queria, mas fui. A cada passo minha barriga esquentava de nervoso, (como no primeiro beijo) agoniante e bom. Procuramos e nada. Continuei observando de longe. Queria a ver antes que ela me visse.
Estava dando a hora de meu primo assistir aula.
- Acho que ela não vem. Geralmente ela chega cedo, antes de mim, as vezes.
Então Jonh Tyrion me acompanha até a biblioteca, e parte com pressa, pois já estava atrasado.
O lugar era uma sala grande, com mesas redondas arrodeadas por cadeiras. Climatizado e frio. Com uma frota de oito computadores, apenas três estavam funcionando, com acesso a internet. Logo ao lado, no canto direito da sala, tinha três mesas com cabine (tipo aquelas de lan-house). Achei preservado e aconchegante. Uma mingua de gente espalhada recheava algumas mesas. Ela não veio.
Acomodo minha mochila em uma das cabines, tiro meu caderno, e sigo para o compartimento onde ficavam os livros. Eram muitos. Separados por gênero e disciplina. Indeciso e curioso, fiquei mais de meia hora, procurando e admirando a beleza da organização da biblioteca. Escolhi então um livro de história, sobre o período colonial durante o século XIX no Brasil (ouvi dizer que cai no ENEM).
Foi aí que descobri, não é permitido pegar nenhum livro, sem antes apresentar a carteira de identidade (RG)- frustração- odeio burocracia-fora temer. Digo a moça que vou ir buscar. Mas tinha decidido ficar em casa. Saindo da sala dos livros me deparo com o salão lotado, o número de cabeças aumentou, triplicou.
Ela me surge antes em pensamento, logo a vejo. Tranquilo por fora gritando por dentro.  Talvez seja coincidência, ou, o universo ta tirando onda da minha cara. Mas ela estava exatamente no meu lugar, na minha cabine. Nem mesmo se eu quisesse, não havia como mudar a rota, correr, me esconder, sei lá. Isso me surpreendeu e motivou. Caminho em direção meus pertences. A ela.
O cumprimento. Foram breves as palavras. O nervosismo me colocou no automático. Mesmo assim houve. Num Lapso de tempo um beijo naquela covinha. Foi mágico sentir de novo sua pele. Nostálgico, sentir mais uma vez o perfume. Meu corpo que antes gritava, agora queima, de dentro pra fora. Naquela sala fria, pude sentir meu coração bombear meu sangue quente da cabeça aos pés.
No trajeto a cena se repetia como um replay de gol, que acontece rápido, e é glorioso. Havia confiança no meu caminhar, com frequência fechava os olhos, sentia os músculos da face se contraindo e expressando imensa gratidão pelo dia que mal começara. Quase fui atropelado e sorri. O vento da manhã das oito horas, o canto dos pássaros, o barulho das árvores e até as buzinas dos carros se convertiam em som, da trilha sonora de apenas mais um capítulo de um filme.
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OBS: Eu já previa tudo.
PARABENS ELSA LERIGO
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m7xuxu · 6 years
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Nossa Historia
    Part 2
    Sai do Starbuchks antes mesmo de ouvir você terminar de dizer o meu nome, faz alguns meses que eu não ti vejo, apesar de estar sempre  ti vendo em outras pessoas.  As coisas estão indo bem sem você  aqui, passeio com o Bob  mais vezes e  vou aos teatros que você nunca quis ir comigo... e não, não  preciso mais implorar pela sua atenção, o que é ótimo! e se tem uma coisa que eu não gosto de fazer é implorar alguma coisa. Já são 02h00 da manhã e eu estou super cansada, ultimamente tenho estudado que nem uma condenada e até agora não sai da frente do notebook, não quero voltar pra cama, não com o André lá. Apesar dele ser super gente boa,  ele ronca muito, mas esse não é o principal motivo... O motivo é meio óbvio, ele não é você, na verdade ele é totalmente diferente de você. Ele é o tipo de cara que toda mulher quer, é bonito, tem um bom emprego, me trata bem, não brigamos muito, na verdade  não me lembro de termos brigado até agora, enfim,  ele  sempre me leva pra fazer  algo diferente, mas como disse antes, ele não é você... ele é .. é perfeitinho demais e isso só faz  perceber o  como eu não gosto disso, do jeito que  não encaixamos sabe?  ­— Ah, deixa pra lá. Vou tomar um banho!  —  Meu celular  toca e eu espero que não seja você, pelo menos hoje, hoje não, tudo que eu quero é que você  desapareça, evapore e leve com você  toda essa bagunça que deixou aqui dentro de mim, mas respiro fundo e atendo; — Oi, quem é?  — Sou eu mari.. eu sinto muito .. eu sinto su... — Não termina a frase. Eu não quero ­ ouvir. Não quero ouvir nada de você Samuel ! você é um canalha, um babaca escroto que não pode ver um rabo de saia. Você tem problemas garoto, é isso! tu é  todo bloqueado emocionalmente,  não consegui admitir o que sente sem estar bêbado. Não me liga mais! não me diz que ta com saudade, não me diz mais nada. — Desligo furiosa. " Quem ele pensa que é pra me ligar essa hora e bagunça a porra toda!" . Pego o celular não penso duas vezes e mando um SMS dizendo tudo que ta entalado.
                                       * * *
É Sexta-Feira e  como sempre estou atrasado para o trabalho,  culpa da insonia é claro, essa insonia ainda vai acabar me matando; meus olhos estão pesados mas continuam abertos e tudo que preciso fazer é manter eles assim; o celular toca, é a minha mãe, mas estou focado de demais pra anteder, preciso achar uma vaga para estacionar. “Espera aí mãe, me deixa achar uma vaga poh " Ela me liga de novo, quer saber se vou ir no jantar de família no domingo. " Ah fala serio ! eu tenho bons motivos pra não ir nesses jantares chatos de família, são um tédio, sem falar no fato de que meus avôs são padrinhos da minha ex sogra, o que me faz ter um bom motivo pra não ir".  O dia seguinte é  essencial para que tudo vá por água a baixo, sai com os amigos da faculdade, bebi, conheci uma par de garotas e bebi, nosso como bebi, eu bebi  tanto que voltei pra casa andando, esqueci completamente onde tinha deixado o carro; estava um clima gostoso, agradável, dava pra ficar de bermuda e regada numa boa, até fiquei descalço, ah meu,  a real é que não  lembro de muita coisa e nem sei como cheguei em casa, mas de qualquer forma teria de voltar mesmo, digo, pra  achar o carro. Ela me chama de canalha, escroto babaca e o caramba todo , sem falar que ainda me diz que sou bloqueado emocionalmente. " Hahá Blz ! agora eu que sou o bloqueado? outro  SMS:  " AH,QUE MERDA SAMUEL ! PELO JEITO VOCÊ NÃO MUDA,  PARA DE LIGAR QUANTO ESTÁ BÊBADO, SEU ANIMAL  ESTUPIDO ... ( e  blá blá blá). . Não que eu seja santo, mas também não sou um babaca, eu até que sou legal, tirando o fato de estar totalmente perdido desde que tudo acabou, agora frequento alguns lugares que não frequentaria antes,  mas fora tudo isso, eu sou bem legal,  gosto dessas camisas largas de um bolso só, um tênis vans  pra ficar no estilo e um boné, para os dias que eu não arrumo o cabelo, ah ! também faço  feijoada como ninguém. Volto pra casa só que agora dirigindo. Um amigo meu que é gente boa deixou perto da entrada de onde foi a festa; eu não sei o que seria de mim sem minha  lata velha. O  telefone toca e provavelmente é a loirinha que  beijei ontem... — Oi  Samu, tu esqueceu sua carteira comigo depois da festa e.. se sabe, eu tava pensando...  Ahh, sei lá ! a gente podia se ver né?  — Não vai dar não Loirinha, deixa pra próxima.  — Me sinto um babaca, literalmente um bosta! não quero iludir ninguém, mas também não quero ficar sozinho. "Ah Loirinha, até que podia rolar, mas eu mau te conheço e não tô afim de sair com você, e vai por mim, você também não quer sair comigo, eu sou todo ferrado psicologicamente".       Entrando na garagem do prédio começa tocar aquela musica, aquela que você gostava. — ah puta merda !  não acredito que ta tocando essa musica. ­— Minhas pernas enfraquecem, minhas mãos deslizam no volante, mal consigo trocar as marchas. Meu cérebro me remete a algumas lembranças, coisas permanentes, seguras, sólidas, coisas que não tem absolutamente nada a ver com seu jeito totalmente estabanado e desajeitado. E ela primeira vez em quatro meses lembro que tenho lembrado de você, juro que não queria dizer, mas até  o tempo maculo de São Paulo te trás a memoria. Ligo para Mari, falo mundos e fundos de coisas românticas, falo tudo que uma garota deseja ouvir, mas ela já sabe, sabe que eu to carente e não me dá a minima. Ela esta tão acostumada a ouvir isso que dessa vez atende e não grita comigo, pelo contrario, parece até chateada;— Samuel… já ta tarde, você bebeu demais… Não me liga mais, é serio,  por favor ! Você teve sua chance, na verdade você teve mais de uma chance. Vai dormir. — Ela desliga. O silêncio toma conta do carro, a musica parou de tocar há um tempo, desligo o celular e acabo de percebe que to quase chorando. — Aff! você ta me deixando louco Mariana, Louco! Você devia ter gritado comigo… Assim seria mais fácil tentar ti odiar, tentar odiar o fato de você estar certa sobre mim e sobre quase tudo que diz respeito a minha pessoa.
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eroesler-blog1 · 7 years
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Então nega,
Acho que nunca fomos o casal mais comum do mundo né? Ah vai, Não somos nem um pouco normais... Do contrário teríamos uma música de casal, mas como estávamos bêbados de mais pra saber o que tocou no dia que nos conhecemos, o que restou foi inovar e criar uma frase, né? Uma frase que resumisse tudo o que tivemos do início ao fim. Parece tarefa difícil? Pior que não, foi de bate e pronto, surgiu rápido assim como nos dois, bastou olhar aquele post de relacionamento sério com o casal mais lindo que existiu. Viu como é intuitivo? Já ta pensando nela né? Obvio, “Quem diria?”
Quem diria que nesses dois meses que passamos juntos eu iria acumular memorias tão ricas, que iria viver as mais diversas reviravoltas do destino, que iria conhecer tantas pessoas incríveis, cada uma com a sua historia e os seus detalhes únicos e apaixonantes. Quem diria que eu, logo EU, iria mergulhar de cabeça nisso tudo? Mas contrariando a tudo e a todos eu aproveitei ao máximo os nossos momentos juntos, com direito a pausas pro ódio, pro surto básico e com escala final no ponto de repensar a vida e o nós.
É engraçado pensar em como eramos no início. Fazer uma timeline de tudo o que passamos então? Pfff, tive trabalho para botar tudo na mesa e organizar a nossa história de uma maneira coerente. Não, eu não sou muito retardado, minha dificuldade foi que toda a vez que penso em ti eu me perco em um único e maravilhoso instante. Foi um pequeno momento no meio desse tempo todo, mas teve significado que vidas não representariam. 
Lembra daquele domingo que fui na tua casa pela primeira vez? Tu não faz o tipo que guardar detalhes, né? Mas vem cá que eu te relembro dele. Tu e o teu padrasto já tinham bebido uns dois fardos de Bud, tu já estava arrotando e falando enrolado hahaha (Confesso que eu estava achando lindo aquele projeto de Fiona se mostrando pro mundo). Fazia horas que nos estávamos conversando, rindo e fumando. Fiquei surpreso em como aquele nervosismo desesperador que me invadia antes de entrar no apartamento se diluiu logo na primeira frase dos teus pais, eles fizeram eu me sentir em casa logo depois de entrar...Mas foco na história: Quando chegou a hora de ir embora ja estava atrasado umas 4 horas tu me puxou pro teu quarto, eu como garoto esperto logo pensei  "Eeeita, vai rolar um sexo” seguido de “PQP COMO VOU SAIR DAQUI E OLHAR PROS PAIS DELA O.O" HAHAHAHAHA. Mas não, de novo tu me surpreendeu. Tu deu uma limpada rápida na cama e me fez sentar nela, logo me disse: “Tu está no lugar mais sagrado da casa”, enquanto tu falava pausadamente botava a mão no rosto, como se estivesse com vergonha, ou talvez incrédula de aquilo estar acontecendo, mas não incrédula de maneira triste, pelo contrário, dava pra ver que tu queria muito que eu estivesse ali. Daí, aleatória como sempre, tu me pede pra levantar (Já que não se discute com bêbado eu obedeci né...), tu me abraça de um jeito firme e delicado e fala “Eu te amo... De verdade, tá?”
E foi esse aí, foi ESSE o inicio do segundo mais apaixonante que já vivi. Este segundo que se inicia aí e só termina comigo retribuindo a frase, com certeza mudou algo em mim. Foi nesse segundo que percebi onde eu estava me metendo, percebi que tinha me apaixonado por uma ruiva vileira de Gravataí GRAVATAÍ. TEM NOÇÃO DISSO? LONGE PRA CARALHO. Mas quem disse que isso importava? Levei um segundo para responder, mas nesse minusculo espaço de tempo se passou um turbilhão de informações e emoções por mim. Naquele momento eu decidi que tu merecia o certo, merecia o máximo que eu poderia oferecer, decidi que não te faria sofrer por bobagem, te daria seriedade, te daria confiança, te daria apoio, te daria espaço para se sentir confortável. Naquele segundo decidi procurar um futuro em nós.
Sabe quando temos pensamentos aleatórios e ilusórios sobre coisas que estão longe do nosso controle? Quando desejamos tanto algo, mesmo sabendo da improbabilidade de torna-lo realidade e ficamos tristes, nos sentindo bobos quando caímos na realidade de que o improvável na verdade é impossível. É como sonhar em comprar uma Lamborghini... Ou no nosso caso um Iate com o Ney. Aquela angustia é terrível né? O aperto no peito quando percebemos que os nossos sonhos não vão se realizar...
Pois então, naquele segundo, mesmo sem te conhecer de verdade, eu viajei em mim mesmo, senti vontade de fazer diversas coisas que a muito nem cogitava, pensei em deixar de lado o agora para construir um depois. Naquele segundo tu foi minha, naquele segundo eu fui teu, senti isso, senti que não tinha limites pra mais nada, senti que não existiam barreiras entre nós, senti que estávamos juntos. E então eu disse eu te amo, de verdade. Foi sincero, precipitado e inconsequente, do jeito que as melhores coisas da vida acontecem e que os sentimentos mais puros se constroem. Naquele segundo, naquele abraço eu encontrei algo que não sei o nome, e não sei explicar. É como descrever o que é o Azul, para um sego que não sabe o que é cor. Me sinto um bobo, por sonhar que aquele momento se eternizaria de maneira mais viva do que em minhas memórias, mas é justo né, é humano querer parar o tempo quando se experimenta algo assim... Foi o  sentimento mais sincero e puro que já vivi.
Pouco tempo depois eu descobri que nem tudo são flores né? Descobri um satã treinado pra infernizar vidas, um demônio ruivo com fogo nos olhos pronto pra destruir tudo e qualquer a sua volta com a desculpa de que estava na TPM. Um ranço. Mas até que dava pra lidar, já vi coisas piores nessa vida hahah. 
Porém naquele dia na casa do Flesch algo me incomodou muito, tivemos nossa primeira briga lá. Eu nunca tinha tido um contato forte com a Ketamina, tinha usado uma capsula uma unica vez e com todo o cuidado possível porque não sabia muito bem como meu corpo reagiria. Falei com o Pedro e bolamos a ideia de pegar algumas capsulas pra curtir a noite, até então eu não sabia muito sobre o que te incomodava ou não e pela lógica aquele pozinho não seria problema né? Inocente... Pois então aquele pozinho me fez ver o teu primeiro grande defeito, tu ficou braba (E não te tiro a razão), mas tu braba me tratar como um estranho, me olha com cara de nojo e se fecha. 
Eu conversei com a Alê, disse que não queria uma mãe, eu já tenho uma, disse que se tu tivesse conversado comigo eu não iria pegar, mas como tu decidiu agir como criança, eu iria fazer o mesmo. Disse pra ela que eu precisava de alguém do meu lado para me orientar, aconselhar e não mandar. Dito e feito, la vai a criança pegar o key, acelerei com o carro até o limite dele, me droguei e me senti vivo, me senti no limite, senti que eu estava curtindo minha juventude, minha loucura consciente. Eu sei o que tu ta pensando, mas eu era desse jeito, eu não queria ter limites e por um tempo, até que foi bom. Além do mais naquele momento não tinha com o que me importar... Até que o Geraldo me mandou os prints daqueles Tweets. Não me esqueço de nós dois deitados no sofá, tu olhando filme e eu lendo e relendo aquelas mensagens, me controlando, tentando assumir o controle sobre os meus pensamentos e ações. Tentando me manter superiror. Escrevi aquelas mensagens no Whats em um contato que uso pra salvar alguns pensamentos, elas diziam:
“Tô indo pra casa.” 
“Acho que nós fomos rápido demais...” 
“Vai pra GTI com a Alê amanhã ok?” 
Maaaas essas mensagens não saíram assim de primeira, foram diversas outras frases apagadas e reescritas para sair algo tão limpo assim. Enfim, quando eu te mostrei aquilo, senti como se perdesse algo muito importante, lembrei daquele segundo la na tua casa, veio um aperto muito forte na garganta, parecia que eu tinha olhado uma maratona de Marley & Eu... Me arrependi na hora, mas eu estava de mãos atadas, tinha odiado aquele dia, não queria experimenta-lo de novo...
Com toda a certeza, as melhores memórias vem dos dias em que estávamos sozinhos, embalados ou sóbrios, de tarde ou de noite, cansados ou bem, conversando sério ou brincando... Ali, nesses momento únicos e raros, quando ninguém mais está olhando, eu te sinto como a pessoa que eu quero ao meu lado, te sinto como minha namorada, minha companheira, sinto que tu me ama, sinto que tu é a pessoa que eu conheci, sinto que é a mulher daquele um segundo. Tu se mostrou a pessoa mais incrível do mundo pra mim, adoro descobrir quem tu realmente é, ver o quanto somos diferentes um do outro, tu não é nem de longe a pessoa que eu gostaria de amar, não corresponde aos meus desejos, não obedece as minhas necessidades, e é por isso que eu me fascinei por ti, por isso que eu te amei. Nunca pensei que tu fosse minha alma gêmea e nunca quis que fosse, não é isso que eu necessito, preciso de um oposto que se complete comigo, que se junte a mim para mandar todo mundo se fuder, que some, mas não que suma. 
Porem tudo tem um lado ruim não é? Quando se vive ao máximo, quando se procura um limite, a tolerância é muito pequena... Eu encontrei nossa diferença incompatível logo nas primeiras semanas. Essa diferença não completa nenhuma lacuna em mim, na verdade ela sobrecarrega tudo e gera uma avalanche que destrói tudo o que construímos. Como se pode amar uma pessoa a noite, te-lá, faze-la feliz, completa-lá  e na manhã seguinte, quando aparecemos em público, tudo isso se tornar uma sombra? É como se eu tivesse terminado contigo toda a vez que saímos, mesmo com pessoas que confiamos como o Flesch e a Alê. Tu muda, tua fisionomia muda, me olha com olhos diferentes, age de maneira fria e nojenta, não permite um toque, um beijo de verdade, um abraço, uma demonstração de afeto ou afago. Tu se fecha em um canto onde só entra você e mais ninguém, não é a pessoa que amei em algum momento, é apenas uma garotinha mimada com nojo do mundo que a cerca. Eu quase não aguentei ir pra rave contigo do meu lado, saímos da cama, do nosso lugar, do nosso cantinho, onde ficamos horas e horas conversando e rindo com a maior intimidade possível, onde dormimos lado a lado. Quando entramos no carro tu não pode olhar na minha cara, tocar na minha mão. Como tu pode sofrer uma metamorfose tão grande em tão pouco tempo?  Como pode falar sobre família, filhos, futuro se nem ao menos sabe o que sente por mim? Nem ao menos se permite sentir algo?
Eu sempre imaginei o Amor como algo que deve ser recebido de braços abertos pelo casal, algo que se deve mergulhar, amor não é feito para se maneirar, NÃO, amor é algo para se embriagar, tomar de gut gut, dropar, injetar. Eu quero viver e não fingir desinteresse para me poupar ou por medo de me machucar. Caguei, sofro pelas coisas e acho isso certo, me faz sentir vivo, tudo sara um dia e te faz aprender. Já me machuquei muitas vezes e deixei de me importar, pois eu sei que ser intenso, mesmo que dure pouco e que o sofrimento dure o dobro, cale a pena. A vida acaba e ela acaba rápido demais para se desperdiçar tempo evitando se machucar, vivendo de forma reservada. Naquele um segundo eu me preparei pra te viver, pra errar contigo, para sentir saudades, me estressar, me irritar por pensar em ti a todo momento, fazer idiotices pra estar contigo, e bom, eu sei que fiz o que pude, eu sei que vivi o momento que tivemos juntos. 
Existem pessoas que dizem que o amor é eterno, que ele nunca acaba. Eu enxergo isso de maneira diferente, enxergo o amor como algo que precisa ser cultivado para se manter vivo, algo que precisamos dar importância, ou se não ele se esvai, acaba... Eu decidi viver esse turbilhão, decidi engatar no bondinho do amor e de toda essa frescura com chapéu de caubói e sair procurando o Leleco, mas acabei fazendo isso sozinho. Quando eu te pedi para conversarmos durante a semana foi porque eu já não estava mais aguentando, então dei meu braço a torcer e decidi por meu orgulho de lado para conversar contigo sobre isso. Mas nas ultimas semanas eu já não pensei em ti, já não senti saudades como antes, já achei normal toda essa situação. Nos momentos que pensei em ti eu estava pensando em finalizar este texto, pensando em como iriamos terminar de maneira agradável e respeitosa, bom eu parei de querer a um bom tempo. Não penso em terminar para beber e sair com meu pessoal, penso nisso para parar de sofrer e me iludir em ter algo que sei que não terei. Reciprocidade.
Eu sei que tu teve medo de mudar por uma pessoa, mas eu decidi mudar por ti, mudei da água para o vinho, tu deixou tua marca em mim e sempre vou ser grato por isso, mas não quero estar em um relacionamento frio, sem vontade. Eu prefiro estar sozinho. Posso até me acostumar a certas atitudes tuas, como arrotar em público ou abrir a boca cheia de comida, mas não posso me acostumar a me sentir mal, angustiado.
A  liberdade e a felicidade são essenciais para mim  e quando me senti aprisionado nessa questão moral entre te fazer mudar ou continuar com um sofrimento, decidi pelo meu bem, pois acima de tudo, Eu.
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