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#características do solo e vegetação do Cerrado
edsonjnovaes · 3 months
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Dia Mundial da Água
A água é essencial para todos os seres vivos na terra. Nas aulas de Ciências e nos livros da escola você já deve ter aprendido que 70% do planeta Terra é feito de água. Existem muitas teorias sobre como os oceanos se formaram ao longo dos últimos 4,6 bilhões de anos. Uma delas é a de que gases terrestres se condensaram e começaram a cair em forma de chuvas intensas, que deram origem a grandes…
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2biologia · 9 months
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QUAL DEVE SER MAIS SECO, VOCÊ OU O CERRADO?
Podem ficar despreocupados ,pois o cerrado é um bioma extremamente seco no inverno, sem geadas ou com geadas muito pouco frequentes que vão dos meses de junho á agosto. Vale ressaltar seus dias chuvosos que provocam bastante frio e é normalmente mais rigorosa nos meses de agosto e setembro.
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CARACTERÍSTICAS DA SUA FLORA.
Diferente do que muitos pensam ,o cerrado não possui uma aparência semelhante a África. A sua Flora consiste em :árvores de pequeno porte, caule retorcido e casca e folhas grossas.A vegetação por sua vez ,apresenta 11 fisinomias e as principais são:Formação Savânicas; Florestais e Campestres. A ocupação e o uso do seu solo estão vinculados com ás atividades agropecuárias , pastagens e as culturas anual perenes.
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REGIÕES PREDOMINATES.
O Cerrado é considerado um dos maiores biomas do Brasil,com cerca de 25% do território nacional,predominante nos seguintes Estados: Tocantins; Goiás; Mato Grosso do Sul; Sul do Mato Grosso; Oeste de Minas Gerais; Distrito Federal; Oeste da Bahia; Sul do Maranhão; Oeste do Piauí e porcões.
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Impôrtancia da Hidrográfia.
O cerrado fornece água ,ou por nascentes de diversos rios ,comtribuindo para importantes bacias hidrográficas do País ,ou sendo por águas subterrâneas. Ao sul, há nascentes de rios da bacia do Paraná; a Sudeste, do Paraguai; ao Norte, da bacia Amazônica; a Nordeste, da Paranaíba e a Leste, do São Francisco.
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ASPECTOS CULTURAIS.
Muitas famílias tiram seu sustento atravez da agricultura familiar; do artesanato e do extrativismo,com profundo conhecimento sobre a natureza usando seus nutricionais como remédios medicinais. Vivendo assim em harmônia com o meio ambiente.
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MAMÍFEROS PRESENTES NO CERRADO.
Esses são os mamíferos mais conhecidos que estão presentes no Bioma, tendo como principal o lobo guará que é condireado o símbolo do Cerrado e os demais que são: há onça pintada, tatu-canastra, veado-mateiro, raposa-do-campo, gato-do-mato, macaco-prego, tamanduá bandeira, lontra, catitu, queixada, paca, dentre muitos outros.
NÃO ESQUEÇAM DE AVALIAR SE GOSTARAM DO BLOG, E ME DIGAM SE FICOU TUDO BEM ESCLARECIDO <3.
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VÍDEO LEGAL E EXPLICATIVO PARA MAIS INTERESSEs.
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blogsdoluke · 9 months
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Bioma Pantanal
O pantanal é um dos menores biomas brasileiros. Localizado na região centro-oeste, mais precisamente no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, pode também ser encontrado no Paraguai e na Bolívia, é conhecido como a maior planície alagada do mundo!
Quando o assunto é a fauna brasileira é um dos biomas mais ricos, pois abriga a maior parte dos animais existentes no Brasil. É considerado o bioma mais bem preservado do país isso de acordo com os órgãos governamentais, como o IBGE.
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Principais características do Pantanal:
Mesmo apresentando grande integração de outros biomas como o Cerrado, a Caatinga e as florestas tropicais, a principal característica do pantanal é sua planície inundada, esta é sua marca registrada.
Localização do Pantanal:
Pode ser encontrado em aproximadamente 22 cidades brasileiras, sendo elas nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Sua área é delimitada ao oeste desses estados, nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia. Sendo assim pode ser encontrado também nesses 2 países.
O mesmo atinge uma área de aproximadamente 220.000 km² sendo 120.000 km² em terras brasileiras. O que corresponde a 2% do território brasileiro, o menor bioma do país.
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Solo:
Grande parte do solo desse bioma corresponde a uma planície inundável, o que é uma característica natural dessa região. Isso é uma originalidade, porém é também um grave problema ao mesmo tempo do ponto de vista agrícola, afinal com tamanha inundação muitas áreas se encontram inférteis para o plantio agrícola, o que acarreta no uso excessivo de agrotóxicos e outros insumos químicos, os chamados agroquímicos usados no plantio de soja por exemplo.
A inundação ocasiona a decomposição lenta das matérias orgânicas, tornando assim o solo pouco fértil ou infértil. O mesmo é oriundo de processos erosivos nas terras mais altas, os planaltos do pantanal, muito comum em regiões localizadas ao leste do bioma. Nessas regiões o terreno é arenoso e ácido, sendo assim também infértil.
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Vegetação:
Por possuir certas ligações próximas à floresta amazônica e ao cerrado, a paisagem pantaneira acaba se tornando bem diversificada, contendo árvores de grande e médio porte, bem típicas da Amazônia, e também com árvores tortuosas de baixo porte, bem comuns no Cerrado. Bem próximo das matas ciliares dos rios, é muito comum encontrar jenipapos de 20m de altura, uma árvore da região amazônica. Sua vegetação é bem densa e exuberante, com figueiras, ingazeiros e outras árvores mais altas.
Por ser uma planície inundada, o pantanal possui uma vegetação bem típica dessa localidade, como os vegetais aquáticos: água-pé, erva-de-Santa-Luzia, utricularia, e cabomba, muitos deles podem ser usados para fins medicinais. Em algumas áreas menos alagadas do pantanal, há uma frequente presença de árvores típicas do cerrado como Ipês e Buritis.
O clima do Pantanal:
Por se localizar em uma região de ocorrência do clima tropical, possui duas estações bem definidas: o verão muito chuvoso e o inverno seco. Este fato se torna essencial para a atividade turística na região, uma das grandes impulsionadores da economia local. As chuvas se estendem de outubro a março, é nesse período que o turismo é limitado e a pesca acaba sendo proibida a partir de novembro a fevereiro, pois é a época em que os peixes se reproduzem. Nessa época do ano as temperaturas atingem os 30°C.
A partir de abril até setembro a ausência de chuvas destacam as belíssimas paisagens que atraem os turistas de todo lugar, tanto brasileiros quanto estrangeiros. As temperaturas mais baixas, entre 20°C e 25°C, acaba contribuindo para às atividades econômicas locais, tais como: o comércio, os passeios a barco e práticas agropecuárias.
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Fauna:
A fauna ali presente é imensamente rica, concentrando quase todos os animais que vivem aqui no Brasil. Fator que ocorre pelo bioma sofrer influência de outros três grandes biomas brasileiros: Floresta Amazônica, Cerrado e Mata Atlântica, além de algumas áreas conterem alguns resquícios da Caatinga.
De acordo com o IBGE a Caatinga possui:
132 espécies de mamíferos: anta, capivara, veado, onça-pintada, morcego;
85 espécies de répteis, sendo os jacarés com a maior variedade;
463 espécies de aves: tucano, arara, tuiuiú, carão;
35 espécies de anfíbios, como a rã verde;
263 espécies de peixes: pacu, pintado, bagre, traíra, dourado, piau, jaú (o maior da região).
Esse altíssimo número de variedades de animais, acaba atraindo caçadores e pescadores ilegais. Um dos grandes alvos dos caçadores é o jacaré, animal bastante comum nessa região. Além disso, o peixe-dourado também está na lista de animais ameaçados pelos pescadores, o que levou à proibição da sua pesca. No entanto, mesmo com o rigor da lei, falta fiscalização, levando a ataques ilegais constantes.
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Flora:
A flora do Pantanal é constituída por plantas migradas do Cerrado, da Amazônia (por exemplo, camalote-da-meia-noite e vitória-régia), do Chaco e da Mata Atlântica, ocorrendo raras espécies exclusivas (endêmicas) do Pantanal. Entretanto, os arranjos das espécies são característicos da região.
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Por: Marcelo; Kamilly; Susan.
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edrosunit · 3 years
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Pantanal
O Pantanal compõe o quadro dos biomas brasileiros e se localiza nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste do Brasil. Apesar de ser o menor bioma em extensão territorial, sua área alagável é a maior do mundo. É extremamente rico tanto em sua fauna quanto flora, abrigando no geral mais de quatro mil espécies.
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Características do Pantanal
O Pantanal apresenta grande integração de outros biomas, podendo ter áreas de ocorrência com o Cerrado, a Caatinga, e florestas tropicais. Entretanto, a principal característica desse bioma é sua planície inundada, sua marca registrada no Brasil.
Solo do Pantanal
Grande parte dos solos pantaneiros é de planície inundável, característica natural da região. Isso é uma dádiva, mas, ao mesmo tempo, é prejudicial do ponto de vista agrícola, pois, com essa inundação, muitas áreas possuem baixa fertilidade, o que leva ao uso de agrotóxicos e insumos químicos, os agroquímicos, para o cultivo de soja e afins.
A inundação faz com que a matéria orgânica decomponha-se de forma lenta, por isso é um solo pouco fértil. Esse solo é oriundo de processos erosivos das terras mais altas, os planaltos do Pantanal, comuns nas áreas mais ao leste do bioma. Nessas áreas, o terreno é arenoso e ácido, também com baixa fertilidade.
Vegetação do Pantanal
Por ser um bioma com ligações próximas à Floresta Amazônica e ao Cerrado, a paisagem pantaneira é bem diversificada, com árvores de médio e grande porte, típicas da Amazônia, mas também conta com a presença de árvores tortuosas de baixo e médio porte, muito comuns no Cerrado.
Nas matas ciliares, próximas dos rios, é comum encontrarmos jenipapos de 20 metros de altura, árvore amazônica. Nessa área, a vegetação é densa e exuberante, com figueiras, ingazeiros, e outras árvores altas.
As planícies inundadas do Pantanal possuem uma vegetação típica dessa localidade, como os vegetais aquáticos: aguapé, erva-de-santa-luzia, utriculária e cabomba, muitos deles utilizados para fins medicinais.
Nas áreas não tão alagadas, a presença de árvores do Cerrado é frequente, como os ipês e buritis.
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Clima do Pantanal
O Pantanal está localizado em uma área de ocorrência do clima tropical, com duas estações bem definidas: o verão chuvoso e o inverno seco. Esse fato é essencial para a atividade turística da região, uma das grandes impulsionadoras da economia.
As chuvas concentram-se de outubro a março, período em que o turismo é limitado e a pesca é proibida entre novembro e fevereiro, pois coincide com a reprodução dos peixes. Nessa época, a temperatura ultrapassa os 30 ºC.
Entre abril e setembro, a ausência de chuvas é marcada por belíssimas paisagens que atraem turistas de todos os cantos, tanto brasileiros quanto estrangeiros. A temperatura amena, entre os 20 ºC e 25 ºC, contribui para as atividades econômicas locais, como passeio de barco, comércio e práticas agropecuárias.
Relevo do Pantanal
O Pantanal está situado em uma área circundada por planaltos que atingem, em média, 700 metros de altitude. Essa elevação ao redor do bioma é a responsável pelas nascentes dos vários rios pantaneiros. Entretanto, o Pantanal propriamente dito possui altitudes que não ultrapassam 120 metros. Com isso, mais de 80% do bioma ficam alagados no verão, época de intensas chuvas.
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Dos planaltos ao redor, o mais famoso é o maciço Urucum, no Mato Grosso do Sul, com um pico culminante de 1065 metros de altitude. Nessa unidade de relevo, encontramos uma das maiores reservas de manganês do Brasil, mineral bastante utilizado em indústrias siderúrgicas.
Hidrografia do Pantanal
A água no Pantanal é um fator decisivo no equilíbrio da fauna e da flora. Durante as cheias no verão, estima-se que 180 milhões de litros d’água atinjam a planície do bioma.
Toda essa água acumula-se na planície, formando as áreas inundadas: pântanos, brejos, lagoas e baías que se interligam aos rios. O relevo contribui para essa ligação devido a sua baixa declividade.
Dentre os inúmeros rios da região, podemos destacar o rio Cuiabá, rio Taquari, rio Itiquira, rio Aquidauana, além do rio Paraguai, um dos maiores da localidade.
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Fauna do Pantanal
A fauna presente no Pantanal é riquíssima, concentrando quase todos os animais que vivem no Brasil. Esse fato ocorre porque tal bioma sofre uma influência direta de três grandes biomas brasileiros: Floresta Amazônica, Cerrado e Mata Atlântica, além de ter algumas áreas com resquícios da Caatinga.
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De acordo com a Agência de Notícias do IBGE, o Pantanal contém:
132 espécies de mamíferos: anta, capivara, veado, onça-pintada, morcego;
85 espécies de répteis, sendo os jacarés com a maior variedade;
463 espécies de aves: tucano, arara, tuiuiú, carão;
35 espécies de anfíbios, como a rã verde;
263 espécies de peixes: pacu, pintado, bagre, traíra, dourado, piau, jaú (o maior da região).
Com toda essa riqueza, o Pantanal sofre com a caça e a pesca que ocorrem de forma ilegal. Um dos grandes alvos dos caçadores é o jacaré, animal bastante comum nessa região. Além disso, o peixe-dourado também está na lista de animais ameaçados pelos pescadores, o que levou à proibição da sua pesca. No entanto, mesmo com o rigor da lei, falta fiscalização, levando a ataques ilegais constantes.
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biologizando · 3 years
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Gabarito dos exercícios
Ficha de exercícios
1) O que são os componentes bióticos e abióticos?
R: Os elementos bióticos são todos aqueles organismos que possuem vida: animais, plantas, microorganismos… Por outro lado, os elementos abióticos são o ar, as águas, o solo, além de fatores físico-químicos.
2) O que é um ecossistema?
R: Ecossistema é o conjunto de fatores e interações entre componentes bióticos e abióticos. É justamente esta rede de interações que define a existência de um ecossistema.Por isso, é difícil delimitar qual é necessariamente o tamanho/extensão de um ecossistema.
3) Qual é a diferença entre bioma e ecossistema?
R: Segundo o IBGE, “bioma é um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação que são próximos e que podem ser identificados em nível regional…” Ou seja, existe uma preocupação geográfica em relação aos biomas.A principal diferença entre biomas e ecossistemas é que os biomas se delimitam pelo meio físico territorial e os ecossistemas se relacionam com o entendimento e interpretação das relações e interações existentes. Sendo assim, embora não sejam sinônimos, biomas e ecossistemas possuem uma certa relação complementar. Nós podemos afirmar que dentro de um bioma existe mais de um ecossistema. Por exemplo, os biomas brasileiros são o Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Floresta Amazônica, o Pantanal e os Pampas, e conseguimos encontrar mais de um ecossistema em todos estes.
4) Quais são os principais tipos de ecossistemas?
R: Os dois grandes grupos de ecossistemas são os ecossistemas aquáticos e os ecossistemas terrestres. Em relação aos ecossistemas aquáticos, é interessante destacar a subdivisão existente entre cursos de água doce e de água salgada. Um rio, por exemplo, possui uma relação muito íntima com a vegetação do seu leito, assim como o mar se relaciona com as regiões de manguezais. Ecossistemas terrestres também podem se subdividir.
5) Quais são os biomas do Brasil? Exponha a característica de dois deles?
R: Os biomas brasileios são o Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Floresta Amazônica, o Pantanal e os Pampas, e conseguimos encontrar mais de um ecossistema em todos estes. O cerrado é constituído por savannas, cujas árvores são muito peculiares, com troncos tortos, cobertos por uma cortiça grossa, cujas folhas são geralmente grandes e rígidas. Muitas plantas herbáceas têm órgãos subterrâneos para armazenar água e nutrientes. A caatinga apresenta clima semiárido, vegetação com pouca folhas e adaptadas para os períodos de secas, além de grande biodiversidade. A vegetação da caatinga constitui um tipo de vegetação adaptada à aridez do solo e a escassez de água da região e abriga um grande número de espécies da fauna brasileira, como, mamíferos, répteis, aves, anfíbios, entre eles, a cutia, o gambá, o preá, o veado-catingueiro, o tatu-peba, gatos selvagens, a asa branca, e uma variedade de insetos, que exercem grande importância para o bioma.
6) O Manguezal é um ecossistema costeiro que ocorre entre os ambientes terrestre e marítimo, característico de regiões tropicais e subtropicais, sujeito à inundação das marés. Por que o manguezal se enquadra no conceito de ecossistema?
R: É um ecossistema porque compreende ciclos de materiais entre os componentes bióticos e abióticos.
7) Qual é a importância do saneamento básico e adequada coleta de lixo para o ecossistema? Explique com exemplos.
R: Esgoto sem tratamento e lixo não descartado de forma adequada poluem rios, mares e o próprio solo. A poluição pode afetar muitas espécies que vivem neste ecossistema. O lixo que é descartado de forma inadequada acaba chegando aos oceanos. Pequenos plásticos podem ser ingeridos por espécies de animais marinhos e levá-los à morte. O esgoto polui águas de rios e infiltra no solo contaminando os lençóis freáticos. Águas com poluição podem ocasionar a morte de espécies pois a poluição afeta a oxigenação da água e o seu PH.
8) O que é desequilíbrio ambiental?
R: Desequilíbrio ambiental são alterações em um ecossitema que o afetam de maneira negativa. De maneira geral, em um ecossistema, seres vivos e meio ambiente estão em equilíbrio. Alterações nessa dinâmica podem ser responsáveis, por exemplo, por eventos de extinção. Os seres humanos podem desencadear desequilíbrio ambiental, entretanto, eventos naturais podem também ser responsáveis pelo processo.
9) De que forma doenças como a dengue se associam com o desequilíbrio ambiental?
R: A dengue é uma doença virótica transmitida pelo mosquito Aedes Aegipt. Em centros urbanos, sem um predador, o mosquito vê condições ideias para proliferar. Com muitas chuvas, a água que se acumula e empoça acaba sendo o ambiente ideial para o mosquito depositar suas larvas. O mosquito acaba se reproduzindo e proliferando, espalhando assim a doença com mais facilidade. Para controlar o número de indíviduos da espécie, o poder público deve tomar medidas cautelares como o popular “fumacê”, que mata os mosquitos. O desequíbrio está associado ao fato de que os centros urbanos apresentam condições ideias para a proliferam desta espécie: muitas chuvas, falta de escoamentos destas chuvas para os lençóis freáticos (o que leva a água a se acumular), falta de um predador natural (que, na cadeia alimentar, poderiam ser anfíbios) para controlar a proliferação.
10) O que pode ser feito para que a poluição não prejudique os ecossistemas?
R: Em primeiro lugar, as pessoas devem reduzir seu consumo para produzir menos resíduos, fazendo um aproveitamento maior dos bens materiais. Por exemplo, ao trocar de celular anualmente, as pessoas acabam tendo de descartar um equipamento que poderia ser usado por mais tempo. Isso também acontece com roupas, sapatos e outros bens de consumo, que ainda apresentam uma vida útil considerável, mas são repostos por outros itens mais novos e mais sofisticados. O nome que se dá a esse fenômeno é consumo consciente ou minimalismo. As pessoas se conscientizam de que muitas vezes “seguir a moda” pode acarretar sérios danos ao planeta. Aproveitando melhor e mais conscientemente os bens materiais, haverá menos resíduos descartados no meio ambiente. Os resíduos devem ser separados para que haja reaproveitamento destes materiais. Em cidades onde há coleta seletiva, os resíduos são coletados e reciclados, evitando que eles atinjam os ecossistemas de forma indevida. Há também formas criativas de reuso dos resíduos, tais como usar embalagens plásticas vazias e limpas para acondicionar outros alimentos; sacos plásticos de supermercado como acondicionantes de lixo caseiro; garrafas de vidro retornáveis para cerveja ou refrigerante; garrafas PET recortadas em tiras para fabricação de cerdas de vassouras etc.
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sertaocerrado · 3 years
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As queimadas na Amazônia e no Pantanal ocuparam a atenção internacional ao longo de 2020. Líderes mundiais, como o presidente francês Emmanuel Macron, fizeram declarações que podem associar o agronegócio brasileiro ao desmatamento de biomas, por isso agricultores têm muito a contribuir para a recuperação de áreas afetadas por incêndios.
Ao contrário do que se pensa, o uso indiscriminado do fogo para limpar e preparar o terreno antes do plantio causa danos ao solo, como a eliminação de nutrientes, o que acaba prejudicando a lavoura. Além disso, a prática é perigosa para a biodiversidade, a dinâmica dos ecossistemas e a qualidade do ar.
Opções de reestruturação de ecossistemas, como correção do solo, reflorestamento e uso de terraços e banquetas, têm sido difundidas para a restauração de áreas afetadas pela queima.
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Um levantamento inédito, feito pelo MapBiomas após analisar as imagens de satélite entre 1985 e 2020, mostra o impacto das queimadas no território brasileiro.  Em cada um desses 36 anos de estudos via satélite, o Brasil queimou uma área maior que a da Inglaterra: foram 150.957 km² por ano, ou 1,8% do país. O acumulado do período chega a praticamente um quinto do território nacional: 1.672.142 km², ou 19,6% do Brasil, sendo que 65% do total da área queimada foi de vegetação nativa. O estado de Mato Grosso apresentou maior ocorrência de fogo, seguido pelo Pará e Tocantins.
Embora os grandes picos de área queimada no Brasil tenham ocorrido principalmente em anos impactados por eventos de seca extrema (1987, 1988, 1993, 1998, 1999, 2007, 2010, 2017), altas taxas de desmatamento principalmente antes de 2005 e depois de 2019 tiveram um grande impacto no aumento da área queimada nesses períodos. A estação seca, entre julho e outubro, concentra 83% das queimadas e incêndios no país.
Entre os cinco biomas brasileiros, nenhum foi tão atingido como o Pantanal: 57% de seu território foi queimado pelo menos uma vez entre 1985 e 2020.  A vegetação campestre é a mais afetada no bioma, durante os períodos úmidos as plantas acumulam biomassa e no período seco, a vegetação seca vira combustível para o fogo.
Essas características do bioma, associadas a eventos climáticos de seca e fortes ventos, torna o fogo um problema a ser controlado. Questões relativas ao uso do fogo como forma de manejo, em condições inadequadas, podem levar a ocorrência de incêndios descontrolados por extensas áreas.
Para Ane Alencar, coordenadora do MapBiomas Fogo:
 “sabendo onde foi queimado é possível entender a dinâmica do fogo e quais as áreas que estão mais vulneráveis no futuro. Assim, o mapeamento é fundamental para entender a frequência, intensidade do fogo, para o planejamento do combate e apontar áreas de maior risco”.
Cerrado e Amazônia representam 85% da área queimada nesses últimos 36 anos.
 "A Amazônia não é um bioma do qual o fogo faz parte da dinâmica natural do ecossistema, diferente do Cerrado onde o fogo natural faz parte de sua dinâmica evolutiva. ”, destaca a pesquisadora.
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As queimadas podem ocorrer de forma natural ou ser provocadas. Em ambientes como o cerrado brasileiro, o fogo favorece a renovação do bioma, uma vez que sementes de algumas espécies de plantas germinam no calor; nesse caso, a restauração da vegetação é rápida e ocorre sem intervenção humana. Entretanto, a maioria dos incêndios acontece por ação direta do homem e geralmente é realizada em áreas agrícolas, de pecuária e silvicultura.
Além de gerar multa de até R$ 50 milhões por hectare, o fogo descontrolado danifica o solo e prejudica sua fertilidade no longo prazo. Dessa forma, o produtor precisa recuperar a área incendiada antes do plantio da lavoura.
Em áreas agrícolas, após a queimada é recomendável realizar o preparo do solo, importante para romper a camada compactada formada, aumentando a aeração da terra e a infiltração da água. É preciso, também, fazer uma análise da área para verificar a necessidade de calagem ou da aplicação de fertilizantes.
Apesar de o uso do fogo ser bem difundido na agricultura brasileira, existem diversas técnicas alternativas às queimadas, entre elas o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta e o plantio direto. E a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem desenvolvido outras práticas, como os sistemas agroflorestais e a trituração da capoeira.
O manejo do solo sem uso de fogo também pode ser realizado pela rotação entre lavoura e pastagem, uma técnica muito comum para nutrir o solo. Uma área, utilizada há quatro ou cinco anos como pasto, vai perdendo nutrientes, então o solo pode ser fortalecido com o plantio de grãos em alternância.
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rosadosventosgeo · 3 years
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ENTREVISTA SOBRE PRODUÇÃO ACADÊMICA - Projeto de Pesquisa e Relatório de Campo.
Objetivo da entrevista: Introduzir os alunos ingressantes no curso de Geografia Licenciatura da Universidade Federal de São Carlos (e qualquer pessoa interessada no tema) à prática de produção textual de gêneros acadêmicos, tais como Projetos de Pesquisa e Relatórios de Campo, de modo que os alunos possam conhecer, através deste primeiro contato com o tema, qual a importância e a forma de utilização desses gêneros durante toda a formação acadêmica.
A entrevistada: Melina Mara de Souza, Licenciada em Geografia pela Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná, UNICENTRO. Mestre e Doutora em Geociências com ênfase em Geologia e Paleontologia pela UNICAMP, Departamento de Geologia e Recursos Naturais. Atualmente sou professora dedicação exclusiva do IFSULDEMINAS, Campus Poços de Caldas, MG. Coordenadora do curso Superior em Tecnologia em Gestão Ambiental e orientadora do programa Residência Pedagógica em Geografia da CAPES.
PARTE 1 - PROJETO DE PESQUISA
1) O que é e para que servem os projetos de pesquisa no meio acadêmico? Em quais etapas da formação acadêmica existe a necessidade de elaboração de projetos de pesquisa?
Os projetos de pesquisa são a base do ensino acadêmico. São meios de disseminar a ciência e dar oportunidades aos discentes de aprenderem a fazer pesquisa, ciência e a sua importância para a comunidade
2) Qual seria o primeiro passo para a elaboração de um projeto de pesquisa?
Ter um problema ou uma proposta de investigação, primeiro tem-se um problema e depois elabora-se uma proposta de desenvolvimento e solução para o problema.
3) Quais as principais características de um projeto de pesquisa?
Introdução, objetivos, metodologia, cronograma e orçamento, e por fim os resultados esperados alinhados à proposta inicial do projeto.
4) Geralmente, parte dos alunos ou dos professores, a iniciativa de elaboração de um projeto de pesquisa para uma iniciação científica?
No meu caso, na maioria das vezes surge de mim, através de editais com fomento (bolsa de Iniciação Científica) e projetos internos para desenvolvimento de pesquisa, mas também surge do aluno, quando ele tem afinidade com a área e acaba procurando a docente para iniciar a vida acadêmica.
5) Quais você acredita serem as principais fontes de erros ou dificuldades dos alunos na elaboração de projetos de pesquisa?
Muitos alunos querem fazer pesquisa sem saber por onde começar, e muitas vezes acabam iniciando sem ter uma base de escrita, normas e qual a real função de um projeto de pesquisa.
6) Conte-nos um pouco sobre o(s) projeto(s) de pesquisa que você elaborou e desenvolveu para sua iniciação científica durante a graduação:
Durante a graduação eu me envolvi em todas as atividades acadêmicas que aconteciam, desde Iniciação Científica até trabalhos de extensão, eventos, trabalhos de campo, monitoria, etc, mas a Iniciação Científica direcionou minha vida acadêmica dentro da Geografia. Desde o primeiro ano fui aluna de IC e até o final do curso estive envolvida nos laboratórios de solos, geologia e toda pesquisa relacionada a eles. Isso certamente me impulsionou para a pós graduação posteriormente, pois eu publicava trabalhos e participava em congressos, resultado dos trabalhos de IC produzidos.
7) Conte-nos um pouco, também, sobre os projetos de pesquisa que desenvolveu para seu mestrado e doutorado:
Durante o mestrado e doutorado realizei pesquisas em bacias hidrográficas no estado de são Paulo, fazendo a reconstituição paleoambiental, ou seja, reconstituindo a vegetação e o clima nos últimos 30 mil anos (período quaternário) na Terra, através de indicadores ambientais como grãos de pólen, fragmentos de carvão fóssil e análise isotópica como datação para realizar inferências paleoambientais na região, principalmente na Mata Atlântica e Cerrado e identificar se houve mudança ou não na época referida para a região.
8) O que te motivou a elaborar projetos de pesquisa na área de paleontologia?
Durante a graduação tive a oportunidade de fazer um curso sobre Palinologia, foi quando me interessei e quis fazer Mestrado na área, estudar os grãos de pólens das plantas e utilizá-los como indicadores paleoambientais e assim tentar descobrir como era o clima e a vegetação do passado, principalmente nos últimos 2 milhões de anos, onde, nossa espécie já havia praticamente povoado toda a Terra e consequentemente iniciado a degradação do meio ambiente.
9) Como professora do curso de geografia do IFSULDEMINAS, quais conselhos/dicas você daria para um aluno que gostaria de elaborar projetos de pesquisa?
Para iniciar é preciso encontrar uma área que você tenha familiaridade, depois um(a) professor(a) que atue na área, e depois procurá-la(o) e então iniciar um diálogo, depois dessa etapa de alinhamento com área de docente, pensar em qual problema se propõe a resolver, e buscar a participação na IC desde o primeiro ano da faculdade. Estes 4 anos são a bagagem que você deixará academicamente e também poderá te impulsionar a programas de mestrado e doutorado no país. Buscar também a participação como IC voluntário, muitas vezes não há bolsas disponíveis, mas a IC voluntária é tão importante quanto a com bolsa, e por fim, de envolver nas diversas áreas da Geografia, não ter medo de mudar de área e/ou professor orientador. A Geografia é integrada e tem que ser vista como uma relação que precisa ser conectada.
10) Você gostaria de deixar uma mensagem relacionada a este tema para os alunos ingressantes do curso de geografia?
Geografia mudou minha vida e minha forma de ver o mundo e as pessoas, espero que mude a de vocês.
PARTE 2 - RELATÓRIO DE CAMPO
1) Para você, qual a importância de levar os alunos do curso de Geografia para desenvolver atividades de campo?
Atividades de campo são fundamentais em minhas disciplinas, acredito que o estudo do meio é imprescindível na relação ensino aprendizagem.
2) Como os relatórios de campo contribuem para a experiência em campo ou para o desenvolvimento de uma disciplina?
Relatórios de campo são uma forma de traduzir o que se vivenciou em campo. Através deles os alunos conseguem expor seus relatos e atrelar a teoria com a prática.
3) Conte-nos um pouco sobre a experiência de campo que mais te marcou durante a sua graduação:
Fiz trabalhos de campo durante toda graduação e fui monitora de Geologia e Geomorfologia durante os 4 anos de curso, foi quando me apaixonei pela Geografia. Através das atividades práticas de campo e laboratório o conhecimento se torna mais palpável, real e próximo da realidade do aluno, quebrando as barreiras daquela Geografia enciclopédica e de memorização.
4) Você produziu algum relatório sobre esta atividade? Conte-nos um pouco sobre como este relatório foi produzido, desde a coleta de dados, embasamento teórico até a conclusão:
Fiz muitos relatórios, todos embasados nos autores que havíamos lido em aula.
5) Como professora, você elabora atividades deste tipo? Dê-nos um exemplo de uma atividade que você orientou:
Sim, toda disciplina que leciono realizo trabalho de campo, e nos campos os alunos fazem relatórios das atividades desenvolvidas, com objetivo de que o aluno consiga descrever os pontos mais importantes do trabalho e consiga sintetizar tudo que foi trabalhado em campo.
6) Quais as principais orientações você passa aos seus alunos para elaboração de bons relatórios de campo?
Existe um modelo próprio da disciplina para utilizar nos relatórios. Oriento que descrevam tudo que observam, coletam e veem, para posteriormente fazer a comparação em laboratório. Registros fotográficos, coordenadas, etc, também são fundamentais.
7) Quais você acredita serem as principais fontes de erros ou dificuldades dos alunos para a produção de relatórios de campo?
Falta de observação e concentração nas atividades realizadas..
8) Você gostaria de passar uma mensagem sobre este tema para os alunos ingressantes no curso de Geografia?
O trabalho de campo é uma ferramenta muito importante na Geografia, seja ela no ensino superior ou na educação básica, na Geografia Física ou Humana. Sair da sala de aula e levar os alunos a enxergarem a paisagem, as heranças fisiográficas, a história da Terra é de suma importância para que o conhecimento se consolide e realmente seja compartilhado.
(Entrevista elaborada por Fábio Lopes Morandi e Isabela Aparecida Lima Mariano)
Gostaríamos de deixar aqui nossos agradecimentos à Prof Melina por ter se disponibilizado prontamente a contribuir com nosso trabalho, encontrando tempo em meio as suas tarefas para nos responder a entrevista.
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alimentoseguro · 3 years
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Embrapa apoia pesquisa para validação de café canéfora para o cerrado mato-grossense
O trabalho é conduzido pela Empaer e faz parte do programa de revitalização da cafeicultura no Mato Grosso
O bom desempenho em produção, produtividade e qualidade de bebida dos cafés da espécie Coffea canephora – variedades botânicas robusta e conilon – na região Amazônica está chamando a atenção também de produtores do cerrado mato-grossense. Como se trata de uma região com condições de clima, solo, altitude, precipitação, entre outras, diferentes da região de origem dos cafés conhecidos como Robustas Amazônicos, está sendo realizada uma pesquisa para a avaliação do desempenho de clones de café em condições do cerrado do Estado do Mato Grosso. Este trabalho está sendo realizado pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) com apoio da Embrapa Rondônia.
Já foram implantados dois experimentos em unidades da Empaer no estado, sendo um em Tangará da Serra e outro em Sinop. O pesquisador da Embrapa Rondônia, Marcelo Curitiba, explica que serão testados os desempenhos agronômicos de 52 clones de cafeeiros selecionados em condições de cultivo da região amazônica. Dez desses genótipos são cultivares desenvolvidas pela Embrapa Rondônia e disponibilizadas para cultivo em 2019. Os outros genótipos são clones, sem origem genética definida, que foram selecionados por agricultores, sendo 40 de Rondônia e dois da região amazônica do Mato Grosso.
Estes clones serão avaliados ao longo de, pelo menos, cinco anos, com trabalhos em campo e também em laboratório e casa de vegetação, que serão conduzidos na Embrapa Rondônia, para determinação da compatibilidade entre os clones, tolerância a nematoides Meloidogyne incognita e à ferrugem alaranjada dos cafeeiros, bem como, características físicas e químicas dos grãos de cada clone. Nos experimentos de campo, no Mato Grosso, serão avaliadas características como: capacidade produtiva das plantas (sacas por hectare); rendimento durante o beneficiamento; resistência ao tombamento das hastes e qualidade de bebida. Ao final, pretende-se indicar os genótipos com melhor desempenho geral e os que apresentem características distintas, como alto potencial para qualidade de bebida ou, maior resistência da haste ortotrópica, característica essencial para sistemas de cultivos mecanizados.
Com este trabalho, o pesquisador aponta que as cultivares desenvolvidas pela Embrapa Rondônia poderão ter sua recomendação de cultivo estendida para as condições de cerrado típico do noroeste brasileiro. “A Empaer também poderá recomendar um ou mais agrupamento de clones, formados a partir da junção de clones com características semelhantes entre si. Esta ação é relevante para o trabalho dos extensionistas que estão atuando no incentivo à expansão da cafeicultura no estado do Mato Grosso e pode oferecer aos cafeicultores do bioma Cerrado opções de café mais eficientes para sua região”, complementa Marcelo Curitiba.
Além disso, as áreas experimentais também servirão como unidades de observação e poderão ser visitadas por agricultores a qualquer momento. A Empaer pretende realizar dias de campo durante a colheita para que os agricultores possam ver e comparar o desempenho das plantas ano a ano. A pesquisadora da Empaer, Dalilhia Santos, explica que, com este estudo, espera-se oferecer aos produtores condições para que as lavouras antigas e seminais sejam substituídas por lavouras clonais, mais eficientes. Com a adoção de técnicas modernas de manejo nestas lavouras pode-se conseguir maior produtividade. “Se o agricultor tiver aumento de produção em uma mesma área, ou seja, maior produtividade, pode haver menor necessidade de expansão de área plantada. Com isso, ganha o agricultor, que poderá ter maior retorno econômico e melhorar sua condição social, e ganha o meio ambiente, que sofrerá menor pressão antrópica”, afirma Dalilhia.
A pesquisadora diz que a cooperação entre a Empaer e a Embrapa deve continuar para acompanhar o surgimento de novos clones selecionados pelos agricultores, para estudos futuros. “A pesquisa não pode parar!”, conclui.
Parceria para a revitalização da cafeicultura no Mato Grosso
Este projeto de pesquisa faz parte do processo de revitalização da cafeicultura do Mato Grosso que teve início em 2015, com o nome Pró Café MT, e que em 2019 foi reformulado, passando a se chamar Programa Mato Grosso Produtivo – Café. Este programa foi criado pelo Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT) e executado pela Empaer, tendo como parceiras a Embrapa e prefeituras do estado. Os objetivos do programa são a capacitação técnica, transferência de tecnologias e a pesquisa agrícola para o fortalecimento da cafeicultura no estado.
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, o Mato Grosso chegou a produzir 490 mil sacas de café em 2002, mas a produção caiu ao longo dos anos, até atingir o menor nível (91,5 mil sacas) na safra 2016/2017. “Essa redução ocorreu principalmente, devido à diminuição da área plantada, manejo inadequado e uso de variedades de café propagadas por sementes e que apresentavam baixo potencial produtivo”, conta Dalilhia, justificando a necessidade de ações voltadas para a cafeicultura do estado.
No início, o contrato de cooperação entre a Seaf-MT e a Embrapa Rondônia abrangia apenas ações de transferência de tecnologias para o aprimoramento e fortalecimento da cafeicultura do estado, com cursos de capacitação para técnicos, instalação de unidades de referência tecnológicas, jardins clonais e a disponibilização de estacas para produção de mudas de café da variedade clonal Conilon - BRS Ouro Preto. “Com o sucesso do programa e o avanço da cafeicultura no estado, percebemos a necessidade de um trabalho de pesquisa para validar os materiais genéticos que estavam sendo plantados em locais onde o cultivo de café não era tradicional”, relata o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia, Frederico Botelho. Assim, em 2021 teve início o projeto “Validação de clones de Coffea canephora para o Estado de Mato Grosso”.
Para o superintendente da Seaf-MT, George Luiz de Lima, é importante oferecer aos produtores cultivares validadas para a região. “O café é uma cultura perene que produz durante 10, 15 ou mais anos. O agricultor não pode plantar uma lavoura hoje e se ver obrigado a substitui-la daqui a quatro anos porque as variedades utilizadas não foram adequadas”, afirma George, complementando que o governo do estado prevê um aporte de recursos para a implantação e condução dessa ação de pesquisa da Empaer com apoio da Embrapa. Segundo o diagnóstico da cadeia agroindustrial do café no Mato Grosso, em 2016 eram mais de 4.400 estabelecimentos rurais com lavouras de café, número que deve ser superior atualmente, após o incentivo que vem sendo realizado pelo programa.
Café robusta para o Cerrado
Em 2019, a Embrapa Rondônia lançou dez cultivares clonais individuais de cafés híbridos (robusta e conilon), denominados Robustas Amazônicos, proporcionando aos cafeicultores do bioma Amazônia liberdade de escolha e agregação de valor à lavoura. Além de o cafeicultor saber quais destes clones devem ser combinados na lavoura (compatibilidade), também pode escolher cada material de acordo com as características desejadas: produtividade, qualidade da bebida, resistência a doenças, entre outras.
O bioma Cerrado apresenta condições de solo e clima distintas quando comparadas às do bioma Amazônia, onde os clones foram selecionados. Este trabalho junto à Empaer, portanto, traz um novo desafio: identificar quais clones se adaptam melhor às condições do Cerrado típico do noroeste brasileiro e, com isso, proporcionar maior potencial de retorno econômico para os cafeicultores da região. “Tenho curiosidade de ver como será o desempenho agronômico dessas cultivares no Cerrado. Será que o desempenho será semelhante ao observado aqui em Rondônia? O ambiente provocará mudanças no comportamento produtivo das cultivares? São questionamentos que este trabalho poderá nos responder, oferecendo assim, opções de café mais eficientes para os cafeicultores do bioma Cerrado”, comenta o pesquisador Marcelo Curitiba.
as, jun/21. Com Embrapa Rondônia -- [email protected]
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fefefernandes80 · 4 years
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Brasil perdeu 8,3% da vegetação natural em 18 anos; 42% virou pasto e 19%, plantação, diz IBGE
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Ao todo, o país perdeu cerca de 490 mil km² da cobertura vegetal nativa. Bioma pampa foi o mais devastado, enquanto o pantanal era o mais preservado até 2018. Amazônia foi o bioma que mais perdeu área natural entre 2000 e 2018; foram cerca de 270 mil km² perdidos nestes 18 anos Ueslei Marcelino/Reuters Dados divulgados nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil perdeu 8,34% de sua vegetação natural em 18 anos. A Amazônia e o Cerrado foram os biomas que mais sofreram perdas e maior parte da área devastada em todo o país foi convertida em áreas de pastagem. Pantanal perdeu ao menos 10 vezes mais área em 2020 que em 18 anos O levantamento foi realizado entre os anos de 2000 e 2018 e faz parte do que o IBGE classificou como contas de extensão dos ecossistemas, que têm como objetivo mensurar o capital natural do país para desenvolver indicadores ambientais que possam ser incorporados ao cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzido no país. Ao todo, o Brasil perdeu cerca de 490 mil km² de vegetação natural ao longo do período analisado, sendo cerca de 270 mil km² (55,07%) na Amazônia e cerca de 153 mil km² (31,17%) no Cerrado – ou seja, 86,24% da cobertura vegetal nativa devastada se concentrava nestes dois biomas. O IBGE enfatizou que, ao longo do período analisado, houve uma desaceleração nas perdas de áreas naturais no país. A maior desaceleração ocorreu na Mata Atlântica – de uma perda de 8.793 km², entre 2000 e 2010, para menos 577 km², entre 2016 e 2018. Na Caatinga, nesses mesmos cortes temporais, as perdas foram de 17.165 km² e de 1.604 km², respectivamente. Dos 490 mil km² de vegetação natural perdida, 55% eram da Amazônia e 31%, do Cerrado Economia/G1 A maior parte da área devastada em todo o território nacional foi convertida em áreas de pastagem e agrícolas. Cerca de 208,4 mil km², o que corresponde 43% da vegetação perdida, passaram a ser usados como pastos, enquanto outros cerca de 94 mil km² (19%) passaram a ser usados para plantio. A silvicultura, que consiste no cultivo de árvores para coleta de madeira ou produção de papel e celulose, representou apenas 3,6% de toda conversão do uso da terra que teve sua cobertura vegetal alterada. Pampa é o mais devastado, enquanto o pantanal é o mais preservado Proporcionalmente, o bioma pampa, predominante na Região Sul do Brasil, foi o que mais perdeu área vegetal nativa. Foram mais de 16,1 mil km² devastados em 18 anos, o que representa 16,8% de toda a sua área natural. O Cerrado, concentrado no Centro-Oeste, foi o segundo com a maior proporção de vegetação perdida – cerca de 152,7 mil km², equivalente a 12,8% de toda sua área. A Amazônia, concentrada no Norte do país e o maior entre todos os biomas brasileiros, foi o que perdeu a maior extensão de área em valores absolutos. Foram cerca de 270 mil km² devastados no período, mas que representaram 7,3% de sua área nativa. A Mata Atlântica, que se estende por quase todo o litoral do país e que foi a vegetação mais alterada ao longo de toda a história do Brasil, aparece na sequência com pouco mais de 13,8 mil km² perdidos, o que corresponde a 7% do que ainda resta de sua formação nativa. Em 2018, restavam apenas 16,6% de Mata Atlântica nativa. A Caatinga, na Região Nordeste, que é o terceiro bioma mais preservado do país, perdeu cerca de 35,3 mil km², o que representa aproximadamente 6% de sua vegetação natural. Já o Pantanal, que é limítrofe à Amazônia, foi o bioma que menos perdeu área nativa no período analisado. Foram cerca de 2,1 mil km² devastados, o que representou apenas 1,6% de sua área, sendo, portanto, o mais preservado entre todos os biomas brasileiros no período de 2000 a 2018. Proporcionalmente, pampa é o bioma mais devastado, enquanto o pantanal é o mais preservado Economia/G1 Padrão de transformação da vegetação em cada Bioma Amazônia De acordo com o levantamento do IBGE, a Amazônia tem um padrão diversificado de transformação da cobertura vegetal. Ao longo do período analisado, constatou-se a substituição da área natural para construção de estradas vicinais às rodovias, ou cursos de rios, impulsionada pela extração de madeira e garimpo. Além disso, projetos fundiários impulsionaram grandes empreendimentos agropecuários na região, além do estabelecimento da pastagem via queimadas. Entre 2000 e 2018, o bioma viu as áreas de pastagem aumentarem em 71,4%, enquanto a área agrícola, destinada sobretudo ao plantio de soja, cresceu 288,6% no mesmo período. “As mudanças na Amazônia indicam um padrão do chamado ‘arco de povoamento’, inicialmente marcante nas bordas do bioma, em áreas de contato com o Cerrado, mas que, no retrato atual, também apresenta uma interiorização considerável, ao seguir construções de estradas, margens de rios e adjacências de obras de infraestrutura”, destacou a gerente da pesquisa, Maria Luisa Pimenta. Cerrado Segundo o IBGE, o Cerrado é o segundo bioma brasileiro em quantidade de alterações da vegetação. Considerado uma das regiões com a maior biodiversidade do planeta, ele abriga nascentes das maiores bacias hidrográficas da América do Sul. A redução de sua área nativa se deu, sobretudo, pelo avanço das atividades agrícolas, que tem “expansão contínua e acelerada”. O IBGE destacou que, ao longo do tempo, observou-se a substituição de pastagens por monocultura de grãos e cereais nas chapadas e planaltos, relevo característico do bioma. Mata Atlântica Um dos mais biodiversos biomas do planeta, a Mata Atlântica é também um dos mais ameaçados. Segundo o IBGE, “é o único bioma terrestre brasileiro cuja classe predominante de uso da terra não é de cobertura natural”. Diferente dos demais biomas, a maior parte de seu território, ao longo da história do país, foi convertida em centros urbanos e industriais – 49,3% de todo o território urbano do país foi erguido sobre a Mata Atlântica . O IBGE destacou que, no período analisado, a Mata Atlântica sofreu pouca alteração. Foi observada “alguma regeneração” de sua vegetação natural, mas permaneceram “em franca expansão” as áreas agrícolas ao longo de seu território, com cultivos diversificados em áreas de solos férteis e relevo plano. A silvicultura foi a alteração mais observada, com crescimento de 33,9% sua área, dada a relevância da produção de papel e celulose, sobretudo nos estados de Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo. Caatinga Terceiro bioma mais preservado do país e classificado como área suscetível à desertificação, a Caatinga possuía, em 2018, 46,8% de vegetação campestre nativa, abrigando muitas espécies endêmicas. De toda a vegetação perdida ao longo do período analisado, 47,3% foi convertida em áreas de mosaicos de ocupação campestre, ou seja, teve a área nativa substituída por outros tipos de vegetação. Outra característica da ocupação do território da Caatinga é a instalação de pequenos estabelecimentos rurais e sistemas agroflorestais. Entre 2000 e 2018, o bioma viu sua área agrícola crescer 74,9%, enquanto apenas 2,5% foi convertida em áreas de pastagem com manejo. Pampa Localizado no Sul do país, o Pampa é caracterizado pelo predomínio de campos nativos, mas abrigava, em 2018, 19,3% da área natural descoberta no Brasil. Ao longo do período analisado, 58% da vegetação nativa perdida foi substituída por áreas agrícolas e 18,8%, em silvicultura, esta última puxada pelo Rio Grande do Sul, que respondia, em 2018, por 32,5% da exploração de árvores, seja para madeira ou papel e celulose. Pantanal O Pantanal é uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e é protegido internacionalmente pela Convenção de Ramsar, do qual o Brasil é signatário. Ele foi o bioma mais preservado no período analisado pelo IBGE. Segundo o levantamento, a área úmida do bioma se manteve estável ao longo do tempo, “mas suas transformações são dinâmicas”. De toda a área perdida nos 18 anos de análise, 59,9% foi convertida em pastagens. “É uma conversão típica do bioma: o pasto nativo vai sendo substituído por uma pastagem com inserção de técnicas e tecnologias agropecuárias”, enfatizou a gerente da pesquisa. O IBGE destacou que, embora tenha sido o bioma mais preservado entre 2000 e 2018, o Pantanal foi o que sofreu as alterações as mais intensas mudanças de sua vegetação, seguido pelo Pampa. Embora tenha sido o bioma mais preservado entre 2000 e 2018, o Pantanal é o que sofreu alterações mais severas segundo o IBGE Reprodução/IBGE
Artigo Via: G1. Globo
Via: Blog da Fefe
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carolinagoma · 4 years
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Brasil perdeu 8,3% da vegetação natural em 18 anos; 42% virou pasto e 19%, plantação, diz IBGE
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Ao todo, o país perdeu cerca de 490 mil km² da cobertura vegetal nativa. Bioma pampa foi o mais devastado, enquanto o pantanal era o mais preservado até 2018. Amazônia foi o bioma que mais perdeu área natural entre 2000 e 2018; foram cerca de 270 mil km² perdidos nestes 18 anos Ueslei Marcelino/Reuters Dados divulgados nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil perdeu 8,34% de sua vegetação natural em 18 anos. A Amazônia e o Cerrado foram os biomas que mais sofreram perdas e maior parte da área devastada em todo o país foi convertida em áreas de pastagem. Pantanal perdeu ao menos 10 vezes mais área em 2020 que em 18 anos O levantamento foi realizado entre os anos de 2000 e 2018 e faz parte do que o IBGE classificou como contas de extensão dos ecossistemas, que têm como objetivo mensurar o capital natural do país para desenvolver indicadores ambientais que possam ser incorporados ao cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzido no país. Ao todo, o Brasil perdeu cerca de 490 mil km² de vegetação natural ao longo do período analisado, sendo cerca de 270 mil km² (55,07%) na Amazônia e cerca de 153 mil km² (31,17%) no Cerrado - ou seja, 86,24% da cobertura vegetal nativa devastada se concentrava nestes dois biomas. O IBGE enfatizou que, ao longo do período analisado, houve uma desaceleração nas perdas de áreas naturais no país. A maior desaceleração ocorreu na Mata Atlântica - de uma perda de 8.793 km², entre 2000 e 2010, para menos 577 km², entre 2016 e 2018. Na Caatinga, nesses mesmos cortes temporais, as perdas foram de 17.165 km² e de 1.604 km², respectivamente. Dos 490 mil km² de vegetação natural perdida, 55% eram da Amazônia e 31%, do Cerrado Economia/G1 A maior parte da área devastada em todo o território nacional foi convertida em áreas de pastagem e agrícolas. Cerca de 208,4 mil km², o que corresponde 43% da vegetação perdida, passaram a ser usados como pastos, enquanto outros cerca de 94 mil km² (19%) passaram a ser usados para plantio. A silvicultura, que consiste no cultivo de árvores para coleta de madeira ou produção de papel e celulose, representou apenas 3,6% de toda conversão do uso da terra que teve sua cobertura vegetal alterada. Pampa é o mais devastado, enquanto o pantanal é o mais preservado Proporcionalmente, o bioma pampa, predominante na Região Sul do Brasil, foi o que mais perdeu área vegetal nativa. Foram mais de 16,1 mil km² devastados em 18 anos, o que representa 16,8% de toda a sua área natural. O Cerrado, concentrado no Centro-Oeste, foi o segundo com a maior proporção de vegetação perdida - cerca de 152,7 mil km², equivalente a 12,8% de toda sua área. A Amazônia, concentrada no Norte do país e o maior entre todos os biomas brasileiros, foi o que perdeu a maior extensão de área em valores absolutos. Foram cerca de 270 mil km² devastados no período, mas que representaram 7,3% de sua área nativa. A Mata Atlântica, que se estende por quase todo o litoral do país e que foi a vegetação mais alterada ao longo de toda a história do Brasil, aparece na sequência com pouco mais de 13,8 mil km² perdidos, o que corresponde a 7% do que ainda resta de sua formação nativa. Em 2018, restavam apenas 16,6% de Mata Atlântica nativa. A Caatinga, na Região Nordeste, que é o terceiro bioma mais preservado do país, perdeu cerca de 35,3 mil km², o que representa aproximadamente 6% de sua vegetação natural. Já o Pantanal, que é limítrofe à Amazônia, foi o bioma que menos perdeu área nativa no período analisado. Foram cerca de 2,1 mil km² devastados, o que representou apenas 1,6% de sua área, sendo, portanto, o mais preservado entre todos os biomas brasileiros no período de 2000 a 2018. Proporcionalmente, pampa é o bioma mais devastado, enquanto o pantanal é o mais preservado Economia/G1 Padrão de transformação da vegetação em cada Bioma Amazônia De acordo com o levantamento do IBGE, a Amazônia tem um padrão diversificado de transformação da cobertura vegetal. Ao longo do período analisado, constatou-se a substituição da área natural para construção de estradas vicinais às rodovias, ou cursos de rios, impulsionada pela extração de madeira e garimpo. Além disso, projetos fundiários impulsionaram grandes empreendimentos agropecuários na região, além do estabelecimento da pastagem via queimadas. Entre 2000 e 2018, o bioma viu as áreas de pastagem aumentarem em 71,4%, enquanto a área agrícola, destinada sobretudo ao plantio de soja, cresceu 288,6% no mesmo período. “As mudanças na Amazônia indicam um padrão do chamado ‘arco de povoamento’, inicialmente marcante nas bordas do bioma, em áreas de contato com o Cerrado, mas que, no retrato atual, também apresenta uma interiorização considerável, ao seguir construções de estradas, margens de rios e adjacências de obras de infraestrutura”, destacou a gerente da pesquisa, Maria Luisa Pimenta. Cerrado Segundo o IBGE, o Cerrado é o segundo bioma brasileiro em quantidade de alterações da vegetação. Considerado uma das regiões com a maior biodiversidade do planeta, ele abriga nascentes das maiores bacias hidrográficas da América do Sul. A redução de sua área nativa se deu, sobretudo, pelo avanço das atividades agrícolas, que tem “expansão contínua e acelerada”. O IBGE destacou que, ao longo do tempo, observou-se a substituição de pastagens por monocultura de grãos e cereais nas chapadas e planaltos, relevo característico do bioma. Mata Atlântica Um dos mais biodiversos biomas do planeta, a Mata Atlântica é também um dos mais ameaçados. Segundo o IBGE, “é o único bioma terrestre brasileiro cuja classe predominante de uso da terra não é de cobertura natural”. Diferente dos demais biomas, a maior parte de seu território, ao longo da história do país, foi convertida em centros urbanos e industriais – 49,3% de todo o território urbano do país foi erguido sobre a Mata Atlântica . O IBGE destacou que, no período analisado, a Mata Atlântica sofreu pouca alteração. Foi observada “alguma regeneração” de sua vegetação natural, mas permaneceram “em franca expansão” as áreas agrícolas ao longo de seu território, com cultivos diversificados em áreas de solos férteis e relevo plano. A silvicultura foi a alteração mais observada, com crescimento de 33,9% sua área, dada a relevância da produção de papel e celulose, sobretudo nos estados de Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo. Caatinga Terceiro bioma mais preservado do país e classificado como área suscetível à desertificação, a Caatinga possuía, em 2018, 46,8% de vegetação campestre nativa, abrigando muitas espécies endêmicas. De toda a vegetação perdida ao longo do período analisado, 47,3% foi convertida em áreas de mosaicos de ocupação campestre, ou seja, teve a área nativa substituída por outros tipos de vegetação. Outra característica da ocupação do território da Caatinga é a instalação de pequenos estabelecimentos rurais e sistemas agroflorestais. Entre 2000 e 2018, o bioma viu sua área agrícola crescer 74,9%, enquanto apenas 2,5% foi convertida em áreas de pastagem com manejo. Pampa Localizado no Sul do país, o Pampa é caracterizado pelo predomínio de campos nativos, mas abrigava, em 2018, 19,3% da área natural descoberta no Brasil. Ao longo do período analisado, 58% da vegetação nativa perdida foi substituída por áreas agrícolas e 18,8%, em silvicultura, esta última puxada pelo Rio Grande do Sul, que respondia, em 2018, por 32,5% da exploração de árvores, seja para madeira ou papel e celulose. Pantanal O Pantanal é uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e é protegido internacionalmente pela Convenção de Ramsar, do qual o Brasil é signatário. Ele foi o bioma mais preservado no período analisado pelo IBGE. Segundo o levantamento, a área úmida do bioma se manteve estável ao longo do tempo, “mas suas transformações são dinâmicas”. De toda a área perdida nos 18 anos de análise, 59,9% foi convertida em pastagens. “É uma conversão típica do bioma: o pasto nativo vai sendo substituído por uma pastagem com inserção de técnicas e tecnologias agropecuárias”, enfatizou a gerente da pesquisa. O IBGE destacou que, embora tenha sido o bioma mais preservado entre 2000 e 2018, o Pantanal foi o que sofreu as alterações as mais intensas mudanças de sua vegetação, seguido pelo Pampa. Embora tenha sido o bioma mais preservado entre 2000 e 2018, o Pantanal é o que sofreu alterações mais severas segundo o IBGE Reprodução/IBGE Artigo originalmente publicado primeiro no G1.Globo
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20 novas espécies de microminhocas são identificadas no Cerrado
Por Agência Embrapa
Pesquisa realizada em solos do Distrito Federal e de Goiás revela que o Cerrado abriga 20 potenciais novas espécies e um novo gênero de enquitreídeos (Oligochaeta, Annelida), também conhecidos como microminhocas, organismos que ocorrem em quase todos os solos do mundo. A publicação dessas espécies e gênero ainda depende de confirmações de algumas dessas características e análises mais detalhadas.
Os exemplares foram coletados em solo de vegetação natural e em áreas agrícolas e pertencem a seis gêneros diferentes. Este é o primeiro levantamento quantitativo e qualitativo da população de enquitreídeos no Cerrado realizado com metodologia padronizada e recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). 
Os levantamentos mostraram que o Cerrado é tão rico nesses organismos quanto florestas de outros biomas brasileiros com temperaturas mais amenas e maiores índices pluviométricos.
A pesquisadora da Embrapa Cerrados (DF) Cintia Niva, coordenadora do estudo, diz que os resultados são surpreendentes: “A ideia geral era que havia poucas microminhocas no Cerrado devido ao prolongado período de seca, já que esses invertebrados precisam de solos úmidos para sobreviver. No entanto, os dados obtidos mostram que temos aqui uma população tão abundante e rica quanto à da Mata Atlântica e à da Amazônia, e composta por várias espécies possivelmente endêmicas, ou seja, restritas ao Cerrado”.
A importância do estudo das microminhocas está relacionada às funções que elas desempenham no ecossistema, uma vez que contribuem para a decomposição de matéria orgânica, ciclagem de nutrientes, formação do solo e cadeia alimentar. Apenas 62 espécies terrestres ou semiaquáticas são conhecidas até hoje na América Latina (dessas, 47 existem no Brasil), e 710 válidas em todo o mundo. A pesquisadora conta que há uma hipótese que considera a América do Sul como o centro de origem das microminhocas, o que eleva a expectativa de uma alta diversidade no continente à medida que mais áreas são estudadas.
Os dados servirão de base para o uso desse grupo de organismos como indicadores da conservação da diversidade e da qualidade do solo como habitat no Cerrado em diferentes sistemas de produção. “Ainda existe uma carência de métricas que possam auxiliar no diagnóstico de qualidade do solo, especialmente com base na biodiversidade. Por isso, os trabalhos com bioindicadores são importantes para estimar a sustentabilidade dos ambientes”, explica Niva. 
Demandas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) incluem a necessidade de sistemas de produção sustentáveis, proteção à vida terrestre e ação contra as mudanças climáticas. Nesse cenário, os sistemas produtivos devem promover a redução da perda de biodiversidade e garantir a prestação de serviços ecossistêmicos. “Para que isso ocorra, é imprescindível conhecer a biodiversidade que temos no solo para poder desenvolver ferramentas úteis no monitoramento e agregar mais valor aos sistemas produtivos”, completa a pesquisadora.
Indicadoras da qualidade do solo
Foto: Jörg Römbke
Os seres que habitam o solo são os responsáveis por mantê-lo em saudável funcionamento. Mas nem sempre eles recebem a devida atenção. Apesar disso, alguém pode se perguntar por que não estudar apenas as minhocas como referência da saúde do solo.
“Apesar de os enquitreídeos e as minhocas contribuírem para os mesmos serviços ecossistêmicos, como a ciclagem de nutrientes e a estrutura do solo, eles os fazem de forma diferente em função de seu tamanho corporal e de sua posição na cadeia alimentar”, responde Cintia Niva:
Os enquitreídeos também têm susceptibilidades diferentes à qualidade do solo e seu habitat, e por isso, muitas vezes, ocorrem em locais onde as minhocas são pouco abundantes. Portanto, a relevância ecológica, sua ampla distribuição geográfica e sensibilidade a mudanças no meio ambiente tornam as microminhocas potenciais candidatas para o monitoramento de sistemas. 
Vegetação nativa x áreas de produção 
As amostras foram coletadas entre 2016 e 2018 em área de vegetação natural do Parque Nacional de Brasília, do Jardim Botânico de Brasília e de área de Cerradão na Embrapa Cerrados.
Para as áreas cultivadas, foram coletados solos dos agrossistemas: integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF); integração lavoura-pecuária (ILP); silvipastoril; plantio de eucalipto; pastagens e sistema agroecológico.
De modo geral, percebeu-se que a densidade e a riqueza de microminhocas é maior em solos de vegetação nativa, o que pode ser atribuído à maior disponibilidade e à qualidade do material orgânico e ao menor grau de atividade antrópica no solo. Altas densidades são encontradas também em áreas cultivadas, mas a diversidade de espécies é menor.
Nas áreas cultivadas, mais de 85% dos enquitreídeos encontrados pertencem ao gênero Enchytraeus. “Pesquisas anteriores caracterizam essas espécies como r-estrategistas, ou seja, elas se reproduzem rapidamente e têm facilidade de se adaptar a ambientes alterados, o que explica sua predominância em áreas agrícolas”, justifica Niva.
A atividade agropecuária modifica as condições do solo como habitat, ao mesmo tempo em que reduz a população de gêneros e espécies predominantes em área de vegetação nativa, que aparentemente são mais sensíveis, como é o caso de Guaranidrilus (o gênero mais abundante em áreas naturais). Essas condições favorecem o aumento de populações de espécies menos sensíveis, ou mais tolerantes, e com facilidade de adaptação e reprodução.
Confira a matéria completa no site da Embrapa.
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saladeestudos-blog1 · 7 years
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Geografia do Brasil - Complexo Regional do Nordeste
          O Complexo Regional do Nordeste abrange a totalidade do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Além disso, compreende também a porção leste do Maranhão e o norte de Minas Gerais (médio vale do rio São Francisco e vale do Jequitinhonha).              Sem levarmos em conta o norte mineiro e o leste maranhense, vivem no Nordeste cerca de 43 milhões de pessoas, ou seja, quase 28% da população brasileira. O Complexo Regional do Nordeste é o segundo mais populoso do país.              Localizado inteiramente na zona térmica intertropical, o Nordeste possui três subtipos climáticos principais: tropical úmido, tropical semi-árido e tropical típico.              O relevo da região é caracterizado por planaltos, com altitudes entre 200 e 800 metros. Algumas regiões ultrapassam os 1200 metros. A planície litorânea torna-se mais alongada a medida que dirigirmos ao norte da região.               A existência de rios intermitentes ou temporários é comum nas áreas dominadas pelo clima tropical semi-árido. O São Francisco, o maior e mais importante rio da região, possui um papel econômico significativo desde a época colonial.               Como a vegetação acompanha as variações climáticas, temos no sentido leste-oeste, respectivamente, formações litorâneas (mangues, restingas), a Mata Atlântica, a caatinga e, finalmente, a mata dos cocais, que marca a transição entre a caatinga árida e a verdejante Floresta Amazônica. No oeste baiano e no norte mineiro, temos a ocorrência do cerrado, cada vez mais propício para o cultivo extensivo e modernizado da soja.               O Complexo Regional do Nordeste apresenta quatro subdivisões, definidas por suas características geoeconômicas e ambientais: a zona da mata, o agreste, o sertão e o Meio-Norte. 
                           ZONA DA MATA.              É a região mais desenvolvida do Nordeste, a primeira a ser colonizada pelos Portugueses.              O clima é tropical úmido, caracterizado por temperaturas e chuvas abundantes, especialmente durante o outono e o inverno. A rica vegetação original (Mata Atlântica) foi quase totalmente devastada pelos cultivos de cana-de-açúcar e cacau e pelo avanço da urbanização.              É na estreita faixa litorânea que se concentra parte significativa da população nordestina, contando com algumas grandes cidades, várias delas capitais estaduais: Salvador e Ilhéus (BA), Maceió (AL), Aracaju (SE), Recife e Olinda (PE), João Pessoa (PB) e Natal (RN).              Salvador e Recife, as duas maiores metrópoles nordestinas, são uma síntese da desigualdade social característica da região: por um lado apresentam grande parte da população morando em favelas, precárias condições de saneamento básico e de coleta de lixo, miséria urbana, altas taxas de desemprego e subemprego e violência urbana, por outro lado, alguns poucos bairros luxuosos concentram a elite e a infra-estrutura urbana e turística. Por sinal, o turismo é uma das grandes atividades econômicas da sub-região, que conta com belas praias em seu litoral.               As áreas mais industrializadas são o pólo petroquímico de Camaçari (beneficiado pela boa produção petrolífera do Recôncavo Baiano e na plataforma continental) e o centro industrial de Aratu, além da região metropolitana do Recife.              O principal produto agrícola ainda é a cana-de-açúcar, cultivada em grandes latifúndios, nos quais as relações de trabalho pouco mudaram em centenas de anos. Alguns esforços recentes têm sido realizados pelos usineiros para modernizar a produção de açúcar, com subsídios governamentais, numa tentativa de reconquistar a posição de liderança atualmente ocupada pelo Estado de São Paulo. Contudo, a modernização esbarra em outro problema: como resultado da intensa e secular exploração monocultora, os solos férteis (massapé) estão em processo de esgotamento.               No sul da Bahia, destaca-se a sub-região cacaueira, cujo período áureo foi foi celebrado em vários livros de Jorge Amado. No entanto, a atividade cacaueira também experimenta uma prolongada crise, motivada pelos ataques de pragas (com destaque para a “vassoura-de-bruxa”) e pela queda dos preços do produto no mercado.
                           AGRESTE.              Entre a zona da mata úmida e o sertão semi árido, temos o agreste. O relevo é marcado por planaltos acidentados e chapadas cristalinas, com destaque para o Planalto da Borborema. Como as altitudes médias são mais acentuadas que na região litorânea, as temperaturas médias também são sensivelmente mais baixas e as chuvas, abundantes nas vertentes voltadas para leste (os nordestinos chamam essas áreas de “brejos” ou “pés de serra”). Já naquelas porções voltadas para oeste, próximas ao sertão, a quantidade de chuva se reduz bastante.
                           SERTÃO.              Embora o sertão compreenda a maior parte do território nordestino - cerca de 75% - a sub-região é a menos densamente povoada. Trata-se de uma área de migração por excelência (os migrantes dirigem-se principalmente para a zona da mata, Amazônia e Centro-Sul).              O clima é tropical semi-árido, com elevadas temperaturas e chuvas que, além de escassas, se distribuem mal durante o ano. Vários rios são temporários, e a vegetação típica - conhecida como caatinga - está plenamente adaptada a condições climáticas tão desfavoráveis. 
                           MEIO-NORTE.              Outra sub-região de transição, dessa vez entre o sertão e a Amazônia. A vegetação expressa essa transição: no sentido sudeste-noroeste encontramos, respectivamente, a caatinga, a mata dos cocais (onde a extração econômica do babaçu e da carnaúba é altamente valorizada) e, por fim, a floresta equatorial. 
- Apostila Novo Método
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edrosunit · 3 years
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Ameaças ao Cerrado
Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o ecossistema brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Um dos impactos ambientais mais graves na região foi causado por garimpos, que contaminaram os rios com mercúrio e provocaram o assoreamento dos cursos de água. A erosão causada pela atividade mineradora tem sido tão intensa que, em alguns casos, chegou até mesmo a impossibilitar a própria extração do ouro rio abaixo. Nos últimos anos, contudo, a expansão da agricultura e da pecuária representa o maior fator de risco para o Cerrado.
As duas principais ameaças à biodiversidade do Cerrado estão relacionadas a duas atividades econômicas: a monocultura intensiva de grãos e a pecuária extensiva de baixa tecnologia. O uso de técnicas de aproveitamento intensivo dos solos tem provocado, há anos, o esgotamento dos recursos locais. A utilização indiscriminada de agrotóxicos e fertilizantes tem contaminado também o solo e a água. Os poucos blocos de vegetação nativa ainda inalterada no Cerrado devem ser considerados prioritários para implementação de áreas protegidas, já que apenas 0,85% do Cerrado encontra-se oficialmente em unidades de conservação.
Mas o problema do Cerrado não se resume apenas ao reduzido número de áreas de conservação ou à caça ilegal, que já seriam questões suficientes para preocupação. O problema maior tem raízes nas políticas agrícola e de mineração impróprias e no crescimento da população. Historicamente, a expansão agropastoril e o extrativismo mineral têm se caracterizado por um modelo predatório. A ocupação da região é desejável, mas desde que aconteça racionalmente.
A destruição e a fragmentação de habitats consistem, atualmente, na maior ameaça à integridade desse bioma: 60% da área total é destinada à pecuária e 6% aos grãos, principalmente soja. De fato, cerca de 80% do Cerrado já foi modificado pelo homem por causa da expansão agropecuária, urbana e construção de estradas - aproximadamente 40% conserva parcialmente suas características iniciais e outros 40% já as perderam totalmente. Somente 19,15% corresponde a áreas nas quais a vegetação original ainda está em bom estado.
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Fonte: https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas/bioma_cerrado/bioma_cerrado_ameacas/
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martimcribeiro01 · 4 years
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Distrito Federal terá novo mapa de vegetação
A Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema) iniciou, neste mês de maio, a elaboração do novo Mapa de Cobertura Vegetal e Uso do Solo do Distrito Federal. O mapeamento é uma ferramenta de auxílio à gestão territorial e insumo básico para o monitoramento da dinâmica de ocupação. Além disso, ajuda a identificação do estado da cobertura vegetal e fornece dados para ações de conservação e recomposição da vegetação natural.
O cerrado, segundo maior bioma da América do Sul, é considerado a mais rica savana do mundo.
O cerrado é um dos ‘hotspots’ para a conservação da biodiversidade mundial. O termo é utilizado para designar lugares que apresentam uma grande riqueza natural e uma grande biodiversidade, mas que se encontram ameaçados de extinção ou que passam por um corrente processo de degradação.
O novo mapa que está sendo produzido pela Sema ficará pronto em quatro meses e seguirá padrões já convencionados, tendo por base o Manual Técnico de Uso da Terra (IBGE, 2006) e as classificações utilizadas pelo Inventário Florestal Nacional no Distrito Federal, realizado pelo Serviço Florestal Brasileiro (2016). E, por essas razões, deverá ser o mapa oficial da cobertura vegetal e uso do solo no DF.
O cerrado possui a mais rica flora dentre as savanas do mundo /Arquivo da Agência Brasília
O mapeamento está sendo elaborado com a utilização de ferramentas de geoprocessamento e técnicas de sensoriamento remoto, conjugadas com aferições das características da paisagem obtidas por meio de trabalhos de campo.
A iniciativa integra o Projeto CITinova – Planejamento Integrado e Tecnologias para Cidades Sustentáveis, coordenado nacionalmente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês) e gestão do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), cuja execução no DF é de responsabilidade do GDF, por meio da Sema.
Impactos ambientais
Os processos de mudança na cobertura vegetal no planeta vêm ocorrendo de forma mais intensa nas últimas décadas. Tais alterações têm produzido impactos ambientais significativos no Distrito Federal, como a erradicação e degradação da vegetação nativa, a erosão, a diminuição na vazão dos rios da região, os assoreamentos e aumento das queimadas, as perdas de habitats, as alterações na fauna e a redução da biodiversidade, dentre outros.
“A conservação das espécies, a manutenção dos recursos hídricos, a mitigação das mudanças climáticas e a reparação dos danos ambientais exigem o planejamento adequado de medidas conservacionistas, bem como das atividades que usam ou modificam a natureza. Para isso, é fundamental a geração de dados acurados e atualizados de distribuição da cobertura vegetal nativa e usos socioeconômicos do solo”, destacou o secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho.
Segundo o assessor da Secretaria Executiva da Sema, Edgar Fagundes, a expectativa é que a disponibilização de um mapeamento da cobertura vegetal de maior confiabilidade e melhor resolução que o atualmente disponível no DF proporcione um salto de qualidade para os trabalhos de monitoramento e controle da ocupação da terra, fiscalização ambiental e emissão de atos autorizativos.
Além disso, o novo mapa auxiliará na atualização e refinamento das áreas prioritárias para a conservação e restauração da biodiversidade, desenho e gestão de Unidades de Conservação, análises do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Programa de Regularização Ambiental (PRA), e direcionamento de recursos de fomento e incentivo econômico à sustentabilidade, entre outros benefícios.
O cerrado possui a mais rica flora dentre as savanas do mundo (mais de 7.000 espécies). A riqueza de espécies de aves, peixes, répteis, anfíbios e insetos é igualmente grande. Nos últimos 35 anos mais da
metade dos 2 milhões de km2 originais do bioma foram cultivados com pastagens plantadas e culturas anuais.
Distrito Federal terá novo mapa de vegetação publicado primeiro em https://www.agenciabrasilia.df.gov.br
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alvaromatias1000 · 4 years
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Estações do ano e agricultura: o que você deve considerar
Estações do ano e agricultura apresentam uma relação muito próxima. Se por um lado as lavouras são diretamente dependentes de fatores relacionados à temperatura, umidade e disponibilidade hídrica, a atividade agrícola pode ser impactada pelas mudanças climáticas.
Estar ciente dessas interferências pode ajudar o agricultor a se preparar para cada estação do ano e possíveis fenômenos climáticos que poderiam ameaçar a safra.
Reunimos neste post os principais impactos das mudanças climáticas observados nas estações do ano. Veja também como isso afeta a vida do produtor rural.
Estações do ano e agricultura: entenda essa relação
A prática agrícola é profundamente impactada pelas variações climáticas, o que inclui condições térmicas, precipitações e umidade. Esses fatores podem variar conforme as características próprias das estações do ano, interferindo no desenvolvimento da planta. As variações incluem:
tempo de duração da luz do dia (fotoperiodismo): a sensibilidade da planta ao tempo de exposição à radiação solar varia a cada espécie. Essa energia é usada na fotossíntese para a produção de carboidratos responsáveis pelo crescimento da biomassa no vegetal;
temperatura do ar e do solo: plantas tropicais demandam alta intensidade térmica durante todo o ano (banana, café e cana-de-açúcar são exemplos). Desse modo, são muito sensíveis a geadas. Já outras, como o centeio, podem até suportar temperaturas de congelamento;
umidade do ar: ambientes secos, ou com pouca umidade, elevam excessivamente a transpiração das plantas, ao passo que níveis altos de umidade contribuem para a proliferação de fungos e bactérias que causam doenças na lavoura.
Em condições normais, as plantas se desenvolvem de modo saudável em suas respectivas regiões, pois já são adaptadas às condições climáticas típicas do local. No entanto, com o passar do tempo, as modificações do clima alavancadas pela poluição e pelo desmatamento, por exemplo, têm gerado alterações nas características particulares das estações do ano.
Assim, em épocas em que se costumava esperar chuvas, há períodos de seca. Ou elas ocorrem em temporadas muito prolongadas e intensas. Essa imprevisibilidade e os extremos prejudicam a atividade agrícola. Considere notícias recentes que atestam esse impacto:
em 2017, chuvas prolongadas prejudicaram a produção agrícola de cana-de-açúcar, hortaliças, milho safrinha e flores, em São Paulo;
também em 2017, a seca no Distrito Federal resultou em perdas estimadas em 90% da produção;
logo no início de 2019, produtores calcularam prejuízos de R$ 250 mil em plantações de café e banana com chuva de granizo no Espírito Santo.
Entenda, então, como os diferentes fenômenos climáticos podem afetar negativamente a agricultura.
Mudanças climáticas: saiba o que o produtor deve considerar
As mudanças climáticas provocam eventos extremos que incluem frio ou calor intensos, altos índices de chuva ou déficit hídrico. São situações que afetam as estações do ano e agricultura e, consequentemente, atingem toda a população. Considere alguns desses fenômenos.
Ondas de calor
Uma onda de calor se refere a um determinado período de dias em que as temperaturas máximas ficam superiores à média considerada normal para a época. Além de trazer problemas à saúde das pessoas e contribuir para o surgimento e a propagação de incêndios florestais, o fenômeno é responsável pela queda da produção agrícola.
Resultados de um estudo realizado na Universidade de McGill, no Canadá, revelaram que as ondas de calor foram responsáveis pela queda de 9% a 10% em média na produção. Foram mais de 3 bilhões de toneladas de milho desde 1964.
Os veranicos
Veranico ou veranito se refere a um período de estiagem comum em algumas regiões do país. Os períodos são caracterizados por muito calor, baixa umidade relativa e forte insolação, mesmo em estação chuvosa ou inverno, com temperaturas mínimas e máximas bem acima do valor da média climatológica.
Além disso, a presença de massas de ar seco e quente geradas por sistemas de alta pressão não permite a formação de nuvens. Teremos, então, pouca nebulosidade, muito calor e muitas horas da luz do sol. Essas condições prejudicam o desenvolvimento de várias culturas, como a cana-de-açúcar, o feijão e a soja. O veranico dura pelo menos 4 dias.
Chuvas intensas
Fortes tempestades caracterizadas por chuvas e ventos intensos causam muitos transtornos e atrapalham as operações do campo. As inundações resultantes dificultam a passagem de máquinas agrícolas na lavoura. Os ventos fortes podem causar o que chamamos de acamamento, quando as plantas arqueiam ou caem, o que pode acontecer com plantações de arroz, trigo, cana-de-açúcar e soja.
O acamamento, por sua vez, resulta em diversos problemas, como o autossombreamento — folhas da parte superior bloqueiam a penetração da luz do sol em folhas mais próximas ao solo, reduzindo o potencial da fotossíntese e a vida da folha.
Temporadas de chuvas intensas e ventos fortes também impedem as operações de pulverização de defensivos, gerando problemas de escorrimento e deriva.
Aquecimento global
O aquecimento global é um fenômeno mais amplo que pode levar a mudanças na temperatura média global de oceanos e da atmosfera. Ele é causado pela concentração elevada de gases de efeito estufa na atmosfera que bloqueiam e impedem o retorno da radiação solar (calor) para o espaço.
Esse aquecimento se traduz em alteração e intensidade de chuvas, fenômenos meteorológicos mais intensos, ondas de calor, elevação do nível do mar e até extinção de animais e espécies vegetais.
Estiagem e seca
Estiagem se caracteriza por longos períodos sem chuvas. Uma vez que a água é um componente elementar para o desenvolvimento de qualquer cultura, esse fenômeno constitui um grande desafio para o agronegócio.
Já a seca é uma estiagem mais prolongada, ao ponto de se exaurirem todas as reservas hídricas da região. Isso não traz impactos somente ao produtor rural. É um desastre natural de largo alcance econômico, político e social.
Citando como exemplo a região nordestina, podemos dizer que as características básicas da seca incluem:
clima semiárido;
solo seco e com rachaduras;
baixa umidade;
temperaturas altas em boa parte do ano;
arbustos e galhos próprios da caatinga, retorcidos e com poucas folhas.
Desertificação
Como o próprio nome sugere, esse fenômeno transforma o cenário em deserto, seja pela ação do homem, seja por algum processo natural. Com o desmatamento e fim da vegetação, formam-se regiões áridas, com altas temperaturas e baixo nível de umidade do ar. Além disso, o solo se torna infértil e inviabiliza a atividade agrícola.
Exemplos brasileiros desse fenômeno são o Sertão Nordestino, o Cerrado do Tocantins e os Pampas Gaúchos. Em âmbito global, segundo a ONU, a desertificação já ameaça 40% das terras férteis do planeta, em uma progressão de 120 mil km² por ano.
O homem do campo tem sob os seus pés o maior ativo que poderia ter: a terra. É fundamental, então, que compreenda melhor o meio ambiente em que está inserido para tomar decisões mais eficazes. Nesse contexto, diversas tecnologias que compõem a agricultura de precisão, como sensores, softwares e telemetria, podem facilitar essa gestão e contribuir para o sucesso da lavoura.
E você, o que acha? Que outros efeitos surgem da relação entre estações do ano e agricultura? Participe da discussão nos comentários!
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professoraevelyn · 5 years
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Vegetação do Amapá
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O Estado do Amapá, localizado na Região Norte possui extensão territorial de 142.827,897 quilômetros quadrados. Uma característica amapaense, é que apesar de sua pequena extensão territorial, o Estado tem uma grande diversidade em relação aos seus biomas e ecossistemas. Outro aspecto importante é que suas formações vegetais são bastante preservadas ambientalmente no país, que são justificados pelos seguintes fatores:
Isolamento geográfico;
Baixo desenvolvimento econômico;
Grande quantidade de Unidades de Conservação e terras indígenas;
Em relação aos tipos de vegetação, no Amapá encontramos as seguintes formações florestais:
Floresta Amazônica: Floresta de Mata Firme e Florestas de Várzea
Formação Campestre: Cerrado, Campos Inundáveis e Manguezais;
Mapa da vegetação no Amapá. Fonte: Governo do Estado do Amapá.
As formações amazônicas
A maior formação florestal do Estado é a Amazônica que ocupa aproximadamente 73% da área estadual. Uma de suas composições vegetais é a Floresta de Mata Firme. Nesse tipo de formação amazônica encontramos árvores de grande porte, e uma vegetação densa o que justifica a maior diversidade de espécies.
Essas espécies vegetais se destacam pelo seu alto valor comercial, sobretudo relacionada à atividade industrial madeireira que extraem madeiras de árvores como maçaranduba e cedro.
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Outro tipo de composição vegetal presentes no bioma amazônico, são as Florestas de Várzea, que ocupam 5% das terras do Estado do Amapá. Uma característica é que nesse ecossistema não há uma diversidade de plantas, pois existem pouquíssimas espécies vegetais que tolerem o ritmo sazonal de inundação. Suas principais espécies vegetais são: açaizeiro, buriti, palmeiras, etc.
As características das florestas de várzea possibilitam o extrativismo vegetal, com a extração do açaí, da seringa e madeira. Também são comuns nessas áreas o cultivo de milho, cana-de-açúcar, arroz, etc.
As formações campestres
Entre as formações campestres, temos três tipos: o Cerrado, Campos Inundáveis e os Manguezais.
O Cerrado apesar de não ser um bioma característico da região amazônica, está presente no Amapá por conta das mudanças climáticas que ocorreram no Planeta Terra. Sua formação e desenvolvimento ocorreu por volta de 12 mil anos atrás, que correspondem à última era glacial da Terra. Sua vegetação é caracterizada por espécies arbóreas de baixo porte e vegetação esparsa.
O bioma é muito explorado no Estado, pois é considerada uma fronteira agrícola de grãos (soja e milho) que são atividades que vêm aumentando o PIB do Estado e pela atividade de silvicultura, com destaque para a produção de eucalipto.
Os Campos inundáveis são vegetações campestres influenciados pelo período de chuvas sazonais e pelas marés que ocorrem em alguns meses do ano. Sua paisagem é marcada por áreas rebaixadas e por plantas que ficam submersas durante os meses chuvosos. Durante a estação seca, predominam os campos abertos, com uma vegetação rasteira composta por gramíneas. Nesse ecossistema destaca-se a pecuária extensiva e a pesca artesanal que garantem o sustento de muitas famílias ribeirinhas.
Os Manguezais estão concentrados na região litorânea do Amapá. Suas vegetações são formadas no encontro da água de rios com as águas oceânicas, ocasionando na formação de mangues. Sua vegetação característica são as pneumatófilas – árvores de grande porte com raízes aéreas – que se desenvolvem em solos halófilos – que são adaptados à grande quantidade de sal na superfície -. Nessa região ultimamente, tem recebido investimentos em abertura de poços para a extração petrolífera.
Os problemas ambientais
Apesar de ser o Estado mais preservado ambientalmente, o Amapá sofre com algumas consequências decorrentes das atividades econômicas ali praticadas.
O Cerrado, por exemplo, é o bioma presente no Estado com maiores índices de devastação, decorrentes do aumento da produção de soja e milho, e por situar os dois maiores municípios amapaenses – Macapá e Santana -. Desmatamento e queimadas são problemas típicos desse bioma, que é considerado um hotspot e sofre risco de extinção no Planeta.
Em 2017, segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Amapá foi o estado da Amazônia Legal que teve o maior índice de crescimento do desmatamento na Floresta Amazônica. Grande parte dessa devastação se deve pela excessiva extração de madeira, que anualmente, derrubam milhares de árvores no bioma.
Leia também:
Geografia do Amapá
Clima do Amapá
Relevo do Amapá
Referências:
https://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_sigercom/_arquivos/ap_erosao.pdf
http://www.iepa.ap.gov.br/estuario/arq_pdf/vol_1/cap_5_vegetacao_atual.pdf
http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/biodiversidade/UC-RPPN/dcom_cartilha_Flona_Amapa.pdf
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