Tumgik
#faixa tropical da África
blogflores0 · 3 months
Text
Gloriosas (Gloriosa rothschildiana) - Família das Liliáceas
Tumblr media
Nome Científico: Gloriosa rothschildiana Nomes Populares: Gloriosa, Garras-de-tigre, Lírio-trepadeira Família: Colchicaceae Categoria: Bulbosas, Trepadeiras Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: África Altura: 1.2 a 1.8 metros Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene Gloriosas deriva do latim gloriosus, fazendo referência à beleza da planta. O formato exótico e as cores vibrantes dessa flor explicam seu nome popular: gloriosas (Gloriosa rothschildiana). Pertencente à Família das Liliáceas (a mesma dos lírios), a gloriosa é uma trepadeira originária da África, muito resistente e de crescimento rápido. Pode atingir cerca de 2 metros de altura em pouquíssimo tempo.
A Gloriosa é uma trepadeira muito diferente das demais, especialmente pelas suas flores
As flores são de formato peculiares e chamativas. As suas longas pétalas amarelas com centro vermelho são onduladas nas margens e curvas para trás, mostrando os longos estames de grandes anteras cobertas de pólen.
Tumblr media
Exige poucos cuidados, aprecia solo arenoso, rico em matéria orgânica e que tenha uma boa drenagem. Em vasos, recomenda-se a seguinte mistura: 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de areia. Tem um crescimento bem rápido durante os meses quentes do ano e no inverno as raízes tuberosas podem ser retiradas do solo, deixando secar na sombra, depois guardar em sacos bem arejados, para plantar por ocasião da Primavera.
Tumblr media
Adorada pelas borboletas, esta trepadeira possui gavinhas que possibilitam sua condução em suportes como: treliças, aramados, grades e outras estruturas incluindo pergolados. Surpreende pelo rápido crescimento que, nos meses quentes, pode chegar até os quase dois metros de comprimento de seus ramos. Podem ser cultivadas em treliças no jardim ou em vasos dentro de casa. Devido à sua natureza tropical, as gloriosas requerem muita humidade e temperaturas acima de 23°C durante o dia. https://youtu.be/W1xzPm-hJYc Videiras de gloriosa produzem vagens que contêm sementes vermelhas redondas, que começam no final do inverno e vão até o início da primavera. Deve ser plantada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo bem drenável, leve e enriquecido com matéria orgânica, e deve-se regar regularmente. A planta gosta de clima ameno, mas vegeta em uma ampla faixa climática, desde países de clima temperado até tropical. As flores da gloriosa É extremamente gratificante observar a mudança de cor nas inflorescências gloriosa. Dos botões, vão se formando flores abertas, que parecem esvoaçar nas pétalas das chamas do vento. A cor inicialmente amarela das pétalas é gradualmente transformada em um tom vermelho cada vez mais saturado, e as flores estão implacavelmente substituindo umas às outras. Esta videira abre novas flores para substituir as murchas e, normalmente consegue liberar até 7 inflorescências a cada broto em uma estação. Deste modo, a floração da gloriosa, apesar de cada flor individual não durar tanto, estende-se quase todo o verão. Read the full article
0 notes
pacosemnoticias · 6 months
Text
Temperaturas sobem a partir de quarta-feira e podem chegar aos 30 graus
As temperaturas vão estar a partir de quinta-feira "bastante acima da média para época do ano", com máximas entre os 25 e os 27 graus, podendo atingir os 30 graus em alguns locais do continente, segundo o IPMA.
Tumblr media
Em declarações à agência Lusa, a meteorologista Mara João Frada explicou que a massa de ar frio que está atualmente no continente vai ser substituída gradualmente por uma massa de ar quente, tropical.
“Vamos ter a imposição de uma corrente de leste que vai trazer a circulação de ar tropical, afetando Portugal continental. Estão previstas temperaturas acima da média superiores a 10 graus, com exceção do Algarve”, disse.
De acordo com a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), para hoje já está prevista uma pequena subida da temperatura, entre 02 a 04 graus, em especial nas regiões do interior.
“Na quarta-feira as temperaturas sobem mais um pouco, na ordem dos 04 a 07 graus, exceto no Algarve, e na quinta voltam a subir. No cômputo geral vamos ter subidas em alguns locais da ordem dos 15 graus”, disse.
De acordo com Maria João Frada, esta situação de tempo quente acima da média para a época do ano vai manter-se pelo menos até domingo.
“Assim, a partir de quinta-feira os valores da temperatura máxima vão variar entre os 25 e os 28 graus, eventualmente inferiores em toda a faixa costeira e no Algarve, sendo inferiores a 25 graus. No Vale do Tejo, em alguns locais do Vale do Douro (parte mais interior) e Alto Alentejo são separadas temperaturas de 30 graus”, adiantou.
Segundo a meteorologista, estes valores da temperatura máxima estão acima da média e vão começar a contribuir para uma onda de calor nas estações do IPMA a partir de quinta-feira, com exceção do Algarve.
“A Madeira também terá uma situação de tempo quente. Será afetada por uma corrente de leste, inserida na circulação do mesmo anticiclone que afeta Portugal continental, que terá também transporte relativamente quente para este época do ano vinda do norte de África”, adiantou.
A meteorologista do IPMA indicou ainda que no arquipélago da Madeira as temperaturas máximas sobem consideravelmente a partir de quarta-feira ficando perto dos 30 graus, não se excluindo poderem ser emitidos avisos de tempo quente.
0 notes
edsonjnovaes · 7 months
Text
Noni
O noni, cujo nome científico é Morinda citrifolia  L., é uma fruta originária do Sudeste da Ásia, Indonésia e Polinésia, sendo muito usada nesses países devido às suas supostas propriedades medicinais e terapêuticas. Manuel Reis – Tua Saúde. fev 2024 O gênero Morinda compreende 50-80 espécies de plantas localizados na faixa tropical da África, Austrália e Ásia. O noni é nativo da Ásia (faixa…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
luiseduardopirollo · 8 months
Text
1 note · View note
osborgs · 4 years
Text
O que falta divulgar sobre a Coronavac — e o que se sabe até agora
A semana que se encerra hoje foi palco de um dos momentos mais aguardados pelos brasileiros nos últimos longos meses. Nesta sexta-feira, 8, as duas primeiras vacinas do Brasil contra a covid-19 tiveram um pedido de registro emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e a expectativa otimista é que os brasileiros comecem a ser vacinados ainda em janeiro.
Foi nesse contexto que, um dia antes, o Instituto Butantan também divulgou parte dos esperados dados de eficácia da Coronavac, vacina da chinesa Sinovac com a qual tem parceria.
A divulgação trouxe boas notícias: a confirmação de que a Coronavac tem eficácia, é segura e poderá começar a ser usada em breve para controlar a pandemia. Mas ainda há mais dados que precisam ser apresentados ao público, dizem especialistas ouvidos pela EXAME.
Os números de eficácia divulgados até agora foram de 78% para casos leves e 100% para graves e moderados. O valor quer dizer que, de um grupo hipotético de 100 vacinados, 22 tiveram casos leves (o que o Butantan classificou como sem necessidade de ajuda ou hospitalização). E nenhum deles foi hospitalizado, foi parar na UTI ou precisou de respirador.
Veja também
A disputa da vacina: SP diz que se governo atrasar, vai direto no Butantan
Grosso modo, a eficácia busca medir a chance de uma pessoa qualquer que se vacinar ficar protegida contra a doença. O que o Butantan fez foi separar essa eficácia por grupos, em vez de divulgar o número total. Em artigo, as pesquisadoras Natalia Pasternak e Denise Garrett citam dados ditos pelo diretor do Butantan, Dimas Covas, para estimar uma eficácia geral.
“Segundo Covas, o número total de eventos estaria em torno de 220, com aproximadamente 60 casos no grupo vacinado, e 160 no placebo”, escrevem. “Calculando-se a eficácia em cima desses números, chegaríamos a 63%, uma boa eficácia, perfeitamente aceitável e acima dos 50% exigidos pela OMS e pela Anvisa”. Os números são projeções com base na fala de Covas, e podem ser diferentes da realidade, ressaltam as pesquisadoras.
O método da separação por grupos usados pelo Butantan não costuma ser usado na divulgação porque uma doença tem, por exemplo, um número menor de casos graves — o que torna mais “fácil” ter 100% de eficácia em casos graves. Por isso, a eficácia dos casos leves, de 78%, deve ficar mais próxima de um possível valor geral.
Veja também
Vacina não deve trazer impacto imediato, avalia equipe econômica
Esses dados mais completos já estão em posse da Anvisa, que recebeu um calhamaço de mais de 10.000 páginas com os detalhes dos testes da Coronavac. Como o pedido é de uso emergencial, a Anvisa vai avaliar só os testes feitos no Brasil; depois, no registro definitivo, quem o solicita será a própria Sinovac, que então apresentará mais dados e as informações consolidadas dos testes globais.
“A Sinovac já tinha deixado claro que existem limitações contratuais que podem fazer com que o Butantan não possa divulgar todos os detalhes para o público”, diz Beatriz Carniel, doutora em Medicina Tropical do coletivo Ação Covid-19, citando o adiamento do primeiro evento de divulgação no ano passado. “Mas o importante é entender que esses dados estão com a Anvisa, que vai analisar.”
Uma eficácia considerada boa pela maior parte da comunidade científica para a primeira leva de vacinas contra a covid-19 é acima dos 60%.
A diretora de acesso a medicamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão, classificou a notícia da Coronavac como “muito bem-vinda” em coletiva de imprensa e disse estar observando “com muito cuidado” a situação do avanço da pandemia no Brasil.
Dados globais
Os números do Butantan, por ora, também dizem respeito só aos testes no Brasil. A Coronavac foi testada ainda em países como Turquia e Indonésia, além da própria China.
A expectativa é que o Brasil tenha tido uma das menores imunidades nos testes da Coronavac, pelos mais de 12.000 voluntários por aqui serem profissionais de saúde. O fato de esse ser um grupo muito exposto ao vírus pode explicar, por exemplo, por que os testes no Brasil tiveram eficácia menor do que os 91% divulgados pela Turquia em dezembro passado.
Em outros lugares, outros grupos também foram testados, e os dados conjuntos ainda precisarão ser divulgados.
Tumblr media
Centro Biomédico do Instituto Butantan, onde será produzida a Coronavac: o governo federal comprou as 46 milhões de doses da Coronavac para aplicação em todo o BrasilAmanda Perobelli/Reuters
Outro desafio nessa frente nos dados brasileiros é que a lista de voluntários tende a contar com menos idosos, já que profissionais de saúde mais velhos estão dispensados do trabalho presencial. O número exato de voluntários em cada faixa etária do estudo brasileiro também precisa ainda ser divulgado pelo Butantan e pela Sinovac.
“Então, ainda não dá para saber muita coisa com relação à eficácia para os mais velhos”, diz Gerusa Figueiredo, professora do Instituto de Medicina Tropical e da Faculdade de Medicina da USP e membro do coletivo Ação Covid-19.
“Mas dificilmente uma vacina que mostrou resposta tão boa na fase 2, assim como boa segurança — além de ser uma tecnologia conhecida e que sabemos fazer — pode dar algum resultado que seja muito diferente dessa eficácia de casos leves que foi divulgada. O que significa dizer que são números bem razoáveis.”
O debate desta semana sobre os novos dados da Coronavac tem também pouca relação com a segurança, ressaltam os pesquisadores. A Coronavac usa a tecnologia do vírus inativado, já conhecido pela indústria de vacinas, e mostrou dados de segurança altos na fase 2.
Qual é a eficácia ideal?
Tudo somado, Rômulo Paes, pesquisador da Fiocruz Minas Gerais, aponta que na análise de política pública e de saúde sobre as vacinas, têm de ser observados o custo da vacina, eficácia vacinal, logística e tempo que se levou para disponibilizar o imunizante. “As vacinas têm eficácia muito variável. Tudo depende dessa relação entre o dano provocado pela doença e o dano colateral eventual provocado pela vacina”, diz.
“Ou seja, hoje, considerando os impactos que a covid causa todos os dias e o tempo que nós temos, essas vacinas são boas opções? São, sem a menor dúvida.”
Rômulo Paes, pesquisador da Fiocruz Minas
Gerusa, da USP, ressalta que mesmo em outras vacinas, a eficácia não é total. Uma eficácia considerada alta em outras vacinas é acima de 90% ou mesmo de 80%.
Mas há imunizantes menos eficazes que ainda são usados em determinados contextos, como a vacina da malária, com eficácia abaixo de 40%, mas que é usada pela OMS porque salva inúmeras vidas em países da África, diz a professora. Outro exemplo é a eficácia da vacina de influenza, que varia de 40% a 70%, e precisa ser renovada todo ano.
“Na verdade, foi até um pouco surpreendente a eficácia alta das vacinas do coronavírus. Por ser um vírus respiratório, a gente tinha a impressão de que a eficácia seria até muito menor”, diz.
Como acontece no caso da gripe comum, ainda não se sabe se os vacinados contra a covid-19 desenvolverão sintomas mais brandos, ainda que alguns não fiquem imunes. Essa resposta, para todas as vacinas do coronavírus, deve ser obtida com mais estudos futuros.
A eficácia maior ou menor também é impactada por outro fator: como os vacinados não deixam de transmitir o vírus (segundo o que se sabe até agora), uma vacina será mais eficiente quanto maior o número de imunizados. Foi com taxas altas de vacinação que o Brasil conseguiu, por exemplo, reduzir a presença de doenças infantis como a poliomelite.
Pressão política
A discussão sobre os dados não é exclusividade da Coronavac, e também aconteceu com a vacina de AstraZeneca e da Universidade de Oxford — a segunda candidata do Brasil, feita em parceria com a Fiocruz e que teve pedido de registro feito ontem. Quando divulgou os dados globais de eficácia, a AstraZeneca acabou por incluir dois dados: um com duas doses completas (eficácia de 70%) e outro com uma dose e meia (eficácia de 90%).
No fim, a farmacêutica admitiu que a dosagem menor foi um erro. Uma eficácia geral também não foi ainda divulgada ao público, mas a vacina já foi aprovada por reguladores em países como Reino Unido e México.
Tumblr media
Vacina da Moderna: vacinas de RNA apresentaram eficácia mais alta, mas outras vacinas serão importantes para imunizar bilhões de pessoasCraig F. Walker/The Boston Globe/Getty Images
Na ocasião dos anúncios, a pressão sobre a AstraZeneca aumentou sobretudo com o fato de que a Moderna e a Pfizer/BioNTech (duas vacinas com RNA mensageiro e, portanto, mais caras e de mais difícil logística) haviam divulgado eficácia acima de 90% dias antes. Foram os primeiros números mais consistentes até então, o que fez as vacinas de RNA saírem na frente na corrida mundial pelos imunizantes.
Mas a resposta global e coletiva à covid-19 exigirá estas e outras vacinas. Vacinas de tecnologia mais tradicional, como de Sinovac e AstraZeneca, devem ter eficácia mais baixa do que a nova tecnologia do RNA, mas serão as únicas capazes de imunizar a população em massa — por serem guardadas em temperatura de geladeira e serem mais baratas, enquanto a vacina da Pfizer, por exemplo, precisa de temperatura de -70 graus.
“Nas circunstâncias em que estamos, o conjunto de todas essas vacinas é um ótimo negócio, porque conseguimos começar já a vacinar parte da população”, diz Paes. “E com o tempo vamos aperfeiçoa-las, mudá-las; quando chegarmos em 2022, provavelmente já teremos essas vacinas reajustadas e mesmo novas vacinas que estão por vir”, diz.
O pesquisador da Fiocruz aponta que, a depender das projeções, o mundo pode ter capacidade de vacinar mais de 2 bilhões de pessoas neste ano. “Mas ainda vai faltar muita gente, e mesmo novas vacinas a serem lançadas serão bem-vindas”, diz.
Veja também
16 milhões de pessoas já foram vacinadas no mundo. Veja os países
O conjunto de marcas usadas no mundo deve, por isso, superar uma dezena de vacinas diferentes. Uma das principais apostas para o segundo semestre é a vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, que exige somente uma dose (e em temperatura de geladeira).
No geral, países mais ricos e do Hemisfério Norte têm começado a vacinar primeiro com vacinas de RNA, e muitos já compraram mais doses do que o dobro da população. Já países da África e do Sudeste Asiático podem enfrentar falta de vacinas neste ano.
Na época do debate sobre a eficácia da vacina de Oxford, especialistas em saúde e mesmo analistas do mercado financeiro levantaram o questionamento de que a AstraZeneca terminou traçando uma estratégia ruim de comunicação com os dados. “Os institutos estão sob muita pressão e cada dado divulgado vira um grande show, o que não dá privacidade aos pesquisadores no desenvolvimento dos estudos”, diz uma fonte.
No caso particular do Brasil, as disputas políticas em torno das vacinas não ajudam a construir um debate coeso. Embates políticos tomaram o lugar do que deveria ser uma união entre os entes federativos e cientistas para agilizar a vacinação dos brasileiros e outras medidas de contenção da pandemia.
Veja também
OMS: debate sobre vacina na rede privada é só no Brasil
Com as vacinas já sendo analisadas pela Anvisa, o segundo passo começa agora: vacinar o maior número de pessoas possível, o que vai exgir também compra de seringas, uso amplo da rede do SUS e conscientização da população. Por isso os pedidos emergenciais da semana são um momento histórico em um país que já passou os 200.000 mortos pela pandemia, e poderão salvar milhares de vidas.
A professora Gerusa resume: “Apesar dos dados que ainda estão por vir, já dá para dizer que é para todos nós um momento de habemus vacina“.
The post O que falta divulgar sobre a Coronavac — e o que se sabe até agora first appeared on Portal O.S News. from WordPress https://ift.tt/3q1mWPV via IFTTT
0 notes
petfilho · 4 years
Text
A proliferação recorde de algas no Atlântico que intriga os cientistas
Tumblr media
Uma floração de sargaço da largura do Oceano Atlântico causou estragos nas praias, mas moradores do México e do Caribe encontraram rapidamente maneiras de tirar proveito da invasão de algas. A costa de um resort no México escureceu com a acumulação das algas Getty Images No verão de 2018, uma grande (e intrigante) faixa de algas marrons apareceu no oceano Atlântico — ela se estendia de uma costa a outra, da África Ocidental ao golfo do México. Com 8.850 quilômetros, a floração de algas marinhas, conhecida como o “grande cinturão de sargaço (sargassum) do Atlântico”, foi a maior já registrada. As algas que sobreviveram a 16 mil anos de mudanças climáticas Pesquisadores que analisaram imagens de satélite estimaram sua massa em mais de 20 milhões de toneladas — mais pesada do que 200 porta-aviões completamente carregados. Embora o evento de 2018 tenha sido recorde, a proliferação de sargaço gera incômodo há alguns anos no Atlântico, uma vez que prejudica a biodiversidade costeira, a pesca e a indústria do turismo no Caribe e no México. Barbados, por exemplo, declarou estado de emergência nacional em junho de 2018, depois que sua costa foi tomada pelo sargaço. Algas de lagoa podem ser o ‘superalimento’ do futuro? “2011 foi um ponto de inflexão. Antes, não víamos muito sargaço. Depois disso, estamos vendo florações de sargaço enormes e recorrentes na região central do Atlântico”, diz Mengqiu Wang, da University of South Florida, uma das integrantes da equipe que descobriu a proliferação de algas no Atlântico em 2018. As florações são maiores em junho e julho, segundo ela. E é um problema que parece estar piorando no Atlântico. Depois de analisar 19 anos de dados de satélite, pesquisadores da University of South Florida, nos EUA, descobriram que desde 2011 a floração de sargaço acontece anualmente e está crescendo em tamanho. Moradores de cidades costeiras mexicanas enfrentam a difícil tarefa de tentar limpar os montes de sargaço manualmente Getty Images Outros pesquisadores, como Elizabeth Johns, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, concordam que 2011 foi um ponto de virada para o sargaço no Atlântico, sugerindo que as florações futuras serão provavelmente ainda maiores. De fato, um navio de pesquisa no Caribe registrou concentrações de sargaço 10 vezes maiores no outono de 2014 do que no episódio de 2011 — e 300 vezes maiores do que qualquer outro outono nos últimos 20 anos, de acordo com uma pesquisa realizada pela cientista marinha Amy Siuda e seus colegas da Sea Education Association (SEA), da instituição Woods Hole Oceanographic, em Massachusetts, nos EUA. Embora as causas exatas da proliferação ainda não tenham sido descobertas, a equipe de Wang acredita que uma série de fatores ambientais estão contribuindo para a explosão de sargaço. Entre eles, correntes marítimas e padrões de vento anormais ligados às mudanças climáticas. Acredita-se que a destruição da floresta Amazônica também tenha alimentado o crescimento do sargaço. À medida que grandes áreas da floresta tropical são desmatadas, são substituídas por terras agrícolas altamente fertilizadas. O fertilizante acaba no rio Amazonas e por fim no Atlântico, onde inunda o oceano com nutrientes como nitrogênio. Registros mostram que durante a grande floração de 2018, houve níveis mais elevados de nutrientes na região central do Atlântico onde o sargaço cresce, em comparação com 2010, acrescenta Wang. Em águas abertas, o sargaço oferece um habitat essencial para peixes e outros animais marinhos — mas quando se acumula na costa, pode dificultar a desova das tartarugas Getty Images Quando se dispersa em águas abertas, o sargaço — às vezes chamado de “floresta tropical dourada flutuante” — serve como um importante viveiro para filhotes de tartaruga e um refúgio para centenas de espécies de peixes. O problema surge quando o sargaço chega às praias e começa a apodrecer, emitindo sulfeto de hidrogênio — um gás que cheira a ovo podre. “É uma boa vegetação no oceano, na praia se transforma em algo ruim”, explica Wang. O cheiro forte e a aparência desagradável estão afastando os turistas dos resorts à beira-mar no Caribe e na península de Yucatan, no México — um duro golpe para a economia da região, que depende muito do turismo. Em 2018, Laura Beristain Navarrete, prefeita da cidade costeira de Playa del Carmen, no México, disse a um jornal local que o número de turistas na região havia caído em até 35% devido ao sargaço. Remover as algas das praias é um processo caro e demorado. Em 2019, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, estimou o custo da limpeza de todo o sargaço naquele ano em US$ 2,7 milhões — e convocou a Marinha do país para ajudar. Além do impacto catastrófico no turismo, o sargaço também é um problema de saúde pública, segundo Wang. Quando se decompõe, ele atrai insetos que podem causar irritação na pele; e a exposição ao sulfeto de hidrogênio tem sido associada a sintomas neurológicos, digestivos e respiratórios. As algas encalhadas também representam uma séria ameaça à vida marinha selvagem. As enormes pilhas de sargaço impedem que as tartarugas façam ninhos e prendem golfinhos e peixes nos recifes de coral. “O sargaço pode sufocar recifes de coral ao cobri-los e dizimar viveiros de tartarugas”, afirma Mike Allen, cientista marinho da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que desenvolveu uma maneira barata de converter sargaço em biocombustíveis e fertilizantes sustentáveis. Allen e uma equipe de pesquisadores das universidades de Exeter e Bath, também no Reino Unido, desenvolveram um processo chamado liquefação hidrotérmica (HTL, na sigla em inglês), que usa alta pressão e temperatura para dividir a biomassa úmida em quatro componentes. São eles: um bio-óleo que pode ser transformado em biodiesel; compostos orgânicos solúveis em água usados ​​para produzir fertilizantes; dióxido de carbono (que os pesquisadores dizem que pretendem capturar em vez de liberar na atmosfera); e carvão, um material sólido que contém todos os metais presentes nas algas, que a equipe também planeja recuperar em uma futura etapa. “Eu comparo isso com ‘geologia em uma lata'”, diz Allen. “Como as pressões e temperaturas são muito altas, podemos colocar praticamente qualquer coisa lá. Podemos converter plástico junto com a biomassa [de sargaço] no mesmo processo”, acrescenta. Ou seja, as redes de pesca de nylon emaranhadas nos recifes de coral também são transformadas em fertilizantes. No entanto, há algumas desvantagens. O processo consome muita energia e funciona com combustíveis fósseis, diz Allen, embora o calor do processo possa ser recuperado e reutilizado para melhorar a eficiência. O projeto ainda está em fase de pesquisa, e os pesquisadores converteram 100kg de sargaço até agora — mas Allen espera ampliá-lo e fazer parcerias com empresas e governos para resolver o problema. O objetivo é encontrar uma solução para a questão do sargaço que seja economicamente viável e apoie a comunidade local. “O que estamos tentando fazer é tornar a limpeza das áreas contaminadas rentável, para que haja um incentivo para fazer isso, melhorar a qualidade de vida e proteger o meio ambiente”, explica Allen. Empreendedores estão descobrindo várias maneiras de transformar o excesso de sargaço em algo útil — como papel Getty Images Em partes do México e do Caribe, moradores da região estão resolvendo a questão com as próprias mãos e encontrando maneiras inovadoras de transformar o desastre ambiental em suas costas em uma oportunidade econômica sustentável. Alguns estão transformando o sargaço em papel, outros em material de construção. Em Playa del Carmen, por exemplo, um dos destinos turísticos mais populares do México, um grupo comunitário está enfrentando a invasão do sargaço transformando-o em sabão. A Biomaya Initiative, organização criada para lidar com o excesso de sargaço, contrata moradores para coletar as algas malcheirosas das praias e, em seguida, limpá-las para remover metais e plásticos. Na sequência, mulheres que vivem em vilas próximas, que datam do período Maia, misturam o sargaço processado com glicerina e mel para fazer sabonete — e vendem a barra por US$ 2 para hotéis, hospitais e lojas da região. “Como uma comunidade, decidimos fazer isso para proteger o planeta e cuidar das nossas praias”, afirma Gonzalo Balderas, fundador da Biomaya Initiative. Segundo ele, nos últimos três anos, o número de turistas despencou devido ao sargaço em Playa del Carmen. “É para ser uma praia dos sonhos.” Enquanto isso, em St Catherine’s, uma comunidade costeira no sudeste da Jamaica, Daveian Morrison está usando sargaço para produzir ração para animais. Morrison fundou a Awganic Inputs em 2018 depois de ouvir relatos de sargaços empilhados a 4,6 m de altura nas praias. “Afeta o turismo local, as atividades de lazer e sufoca peixes e filhotes de tartaruga”, diz Morrison. “Achei que era hora de agir.” Morrison queria resolver dois grandes problemas na Jamaica: o sargaço e a falta de forragem a preços acessíveis para cabras, uma iguaria local. O país importa atualmente US$ 15 milhões em carne de carneiro e cabra a cada ano. “Nossas cabras parecem muito magras, pois não consomem minerais suficientes. O sargaço tem muitos nutrientes, minerais e sal”, explica. A Awganic Inputs compra sargaço de catadores locais e seca, limpa e tritura as algas enquanto ainda estão frescas, antes de misturá-las com subproduto da colheita para produzir forragem para cabras. Já o sargaço mais podre, é transformado em carvão e vendido para uso em cosméticos. Ela realizou recentemente um projeto piloto, convertendo 544kg de sargaço em ração para cabras e vendendo a agricultores por US$ 0,26 o quilo. A resposta foi muito positiva, segundo Morrison. Embora a pandemia de coronavírus tenha paralisado a fabricação por enquanto, ele espera aumentar sua escala de produção e começar a vender ração barata de sargaço em toda a Jamaica no próximo ano. “Muitas pessoas veem o sargaço como um incômodo”, diz ele. “E estão felizes que algo esteja sendo feito com isso.” Esses esforços para combater o excesso de sargaço são, sem dúvida, pequenos em comparação com os gigantescos montes em decomposição nas praias do Atlântico. Ração para cabras, sabonete e biocombustíveis não farão muita diferença nessas pilhas tão cedo, mas são um sinal da resiliência costeira — e de economias locais se adaptando para transformar um cenário de putrefação em algo útil, seja o que for que os oceanos lancem nas praias. VÍDEOS: Globo Natureza
The post A proliferação recorde de algas no Atlântico que intriga os cientistas first appeared on Pet Filho.
from WordPress https://ift.tt/3mQUXk3 via IFTTT
0 notes
fefefernandes80 · 4 years
Text
Como os furacões se formam e por que são tão frequentes nos EUA, México e Caribe
Tumblr media
Entenda a razão pela qual o fenômeno é raro na América no Sul neste guia com gráficos e imagens de satélite. Foto do satélite RAMMB / NOAA mostra o furacão Laura movendo-se no noroeste no Golfo do México em direção à Louisiana, nos EUA, nesta terça-feira (25) RAMMB / NOAA / NESDIS / AFP Furacões são as maiores e mais violentas tempestades do planeta e a cada ano, entre os meses de junho e novembro, afetam a região do Caribe, do Golfo do México e da costa leste dos Estados Unidos. A depender de sua força, podem arrasar populações e cidades inteiras. Seus homólogos são os tufões, que afetam o noroeste do oceano Pacífico, e os ciclones, que ocorrem no sul do Pacífico e no oceano Índico. Tempestade tropical Laura provoca ondas e ventos fortes em Cuba Todos eles são ciclones tropicais, mas o nome furacão é usado exclusivamente para os do Atlântico norte do nordeste do Pacífico. CATEGORIA 4: Furacão Laura ameaça costa dos EUA Como se formam e por que costumam ocorrer nesta parte do mundo? Uma bomba de energia O mecanismo mais comum de formação de furacões no Atlântico — que provoca mais de 60% desses fenômenos — é uma onda tropical. A onda começa como uma perturbação atmosférica que cria uma área de relativa baixa pressão. Isso acontece geralmente no leste da África, a partir de meados do mês de julho. Se essa área de baixa pressão encontra as condições adequadas para se manter e se desenvolver, ela começa a mover-se de leste a oeste, com a ajuda dos ventos alísios. MAIS: Veja por que o furacão Laura é chamado de ‘impossível de sobreviver’ Quando chega ao oceano Atlântico, a onda tropical pode ser o início de um furacão, mas, para que ele se forme, precisa de fontes de energia, como a umidade, o calor e o vento adequados. Em concreto, é preciso que a temperatura da superfície do oceano seja superior aos 27º C, assim como a da camada de água que se estende por pelo menos 50 metros logo abaixo da superfície. Também são necessários tipos de vento específicos. Por um lado, ventos com rotação horizontal, para que a tempestade se concentre. Por outro, é preciso que os ventos subindo a partir da superfície do oceano mantenham sua força e velocidade constantes. Se houver cortante de vento, ou seja, variações no vento com a altura, isso pode interromper o fluxo de calor e umidade que faz com que o furacão tome forma. Também é preciso que haja uma concentração de nuvens carregadas de água e alta umidade relativa na atmosfera. Tudo isso precisa ocorrer nas latitudes adequadas, em geral entre os paralelos 10° e 30° do hemisfério norte, já que nesta região o efeito da rotação da Terra faz com que os ventos possam convergir e ascender ao redor da área de baixa pressão. Quando a onda tropical encontra todos estes ingredientes, cria-se uma área de cerca de 50 a 100 metros, onde eles começam a interagir. “O movimento da onda tropical funciona como o disparador dessa tempestade”, explicou à BBC News Brasil Jorge Zavala Hidalgo, coordenador geral do Serviço Meteorológico Nacional do México. E esta tempestade funciona como um catalisador: começa um balé de calor, ar e água. A área de baixa pressão faz com que o ar úmido e quente que vem do oceano suba e se esfrie, o que alimenta as nuvens. Imagem de satélite mostra raios no furacão Laura NOAA/ Via REUTERS A condensação desse ar libera calor e faz com que a pressão sobre a superfície do oceano baixe ainda mais, o que atrai mais umidade do oceano, fortalecendo a tempestade. Os ventos convergem e ascendem dentro desta área de baixa pressão, girando em direção contrária às agulhas do relógio — por influência da rotação da Terra. É essa rotação que dá aos furacões sua imagem característica. À medida em que a tempestade fica mais poderosa, o olho do furacão, uma área central de até 10 km permanece relativamente tranquilo. Ao seu redor se levanta a parede do olho, composta de nuvens densas, onde ficam os ventos mais intensos. Para além dela, ficam as faixas em forma de espiral, onde há mais chuvas. A velocidade dos ventos é a que determina em que momento podemos chamar esse fenômeno de furacão. Em seu nascimento é uma depressão tropical, quando sua força aumenta passa a ser uma tempestade tropical e se torna um furacão quando passa dos 118 km/h. A partir daí, eles podem ser classificados em cinco categorias segundo a velocidade sustentada de seus ventos. Para medir o poder destrutivo dos furacões do Atlântico, se utiliza a escala Saffir-Simpson. A força dos ciclones tropicais é tanta que seus ventos poderiam produzir energia equivalente a quase a metade da capacidade de geração de eletricidade do mundo inteiro, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). No entanto, os principais responsáveis pela destruição e pela perda de vidas quando passa um furacão são as marés de tempestade nas cidades costeiras e as inundações provocadas pelas chuvas que ele traz. Nos Estados Unidos, por exemplo, as marés de tempestade foram responsáveis por quase a metade das mortes relacionadas aos ciclones tropicais do Atlântico entre 1963 e 2012, segundo dados da Sociedade Americana de Meteorologia. Além destes fatores, a destruição causada por um furacão depende de outras circunstâncias, como a velocidade com a qual ele passa, a geografia do território e a infraestrutura da região afetada. “Não necessariamente a destruição ou o perigo associados a um ciclone tropical correspondem a sua categoria. Por exemplo, um ciclone de categoria maior não tem por que ter mais chuva”, disse Jorge Hidalgo à BBC News Brasil. México, Estados Unidos e Caribe: as zonas mais vulneráveis 25 de agosto – Moradores caminham por uma rua afetada pela passagem da tempestade tropical Laura, em Porto Príncipe, Haiti Andres Martinez Casares/Reuters Um dos fatores que explica que essa região seja mais propensa a receber furacões é que o oceano Atlântico, nas latitudes tropicais, tem a temperatura adequada para sua formação durante mais meses no ano. Outro fator é a circulação dos ventos que empurram os furacões. Os ventos alísios, principais ventos nas latitudes baixas tropicais, vão de leste a oeste, levando os ciclones até as costas do Caribe, do Golfo do México e dos Estados Unidos. O percurso destes ventos também é influenciado pela rotação da Terra — o chamado efeito de Coriolis — que faz com que eles tendam a desviar-se em direção ao norte. Normalmente, enquanto os furacões avançam, eles também se deslocam levemente para o norte. Ao passar do paralelo 30°N, costumam encontrar-se com os ventos do oeste, outra das grandes correntes globais de ventos, que faz com que passem a ir em direção à leste. Daí por diante, se afastam do continente americano. Mas em seu caminho, ainda no oceano Atlântico, os furacões se encontram com o enorme anticiclone das Bermudas-Açores, que pode determinar se eles vão se dirigir ao Golfo do México, ao Caribe ou aos Estados Unidos. Os anticiclones são regiões de alta pressão atmosférica com ar mais seco, menos nuvens e ventos que giram na direção das agulhas do relógio no hemisfério norte. O anticiclone dos Açores funciona como uma espécie de obstáculo que domina a parte norte do oceano Atlântico. Para avançar, os furacões precisam passar ao redor dele. É por isso que o tamanho e a posição desse anticiclone podem influenciar a trajetória de um ciclone tropical. Se o anticiclone está mais fraco e mais posicionado à leste, os furacões o rodeiam e seguem para o norte, se distanciando do Caribe. Se, pelo contrário, ele estiver mais forte e mais posicionado ao sul e ao oeste, um furacão que passa ao redor dele acaba indo para o Golfo do do México, o sul dos Estados Unidos ou as ilhas caribenhas. A posição do anticiclone muda de acordo com o ano, com as estações e pode variar também em questão de dias. “Por causa dessas variações, um furacão pode ter uma trajetória muito diferente hoje do que outro que passar apenas três ou cinco dias depois”, explica Jorge Zavala Hidalgo, do Serviço Meteorológico Nacional do México. Imagem mostra o furacão Sandy na costa leste dos Estados Unidos. NOAA / AP Photo Seguindo a mesma lógica, os anticiclones podem fazer com que furacões que já estão se afastando das Américas voltem atrás. Foi o que aconteceu com o furacão Sandy, em 2012. Depois de tocar terra em Cuba, Sandy começou a se deslocar em sentido nordeste, afastando-se do continente. Mas um anticiclone na Groenlândia e uma frente fria bloquearam seu caminho. Isso fez com que ele voltasse para a costa leste dos Estados Unidos, causando destruição nos Estados de Nova York e Nova Jérsei. A razão pela qual furacões são raros na América do Sul Se a parte norte do Atlântico oferece as condições ideais para a formação de furacões, o mesmo não ocorre abaixo da linha do Equador. “O Atlântico Sul é mais tranquilo porque lá não há onda tropical — é um fenómeno mais comum no hemisfério norte — e há mais variações na velocidade e na direção do vento, algo que inibe a formação de furacões”, disse à BBC News Brasil Gary M. Barnes, professor aposentado da Universidade do Havaí, nos Estados Unidos. Além disso, os ciclones tropicais não costumam se formar se estiverem a menos de 500 quilômetros da linha do Equador, seja para o norte ou para o Sul. Isso acontece porque, nessa faixa, o efeito de Coriolis é muito fraco para fazer com que os ventos girem e possam formar uma tempestade. Furacão Catarina veio do mar em direção a Santa Catarina UFSC/Divulgação Apesar de depressões e tempestades tropicais já terem sido registrados no sul do Brasil, o único ciclone tropical registrado oficialmente na região foi o Catarina, em 2004. O furacão atingiu o Estado de Santa Catarina, deixando mais de 10 mortos e mais de 500 feridos, além de cerca de 30 mil pessoas desabrigadas. “Os ciclones nessa região costumam ser extratropicais, ou seja, que ocorrem em latitudes médias e têm núcleo frio. O Catarina foi assim. Mas ele adquiriu características de ciclone tropical e se tornou um furacão, algo que é raro de acontecer”, explicou à BBC News Brasil José Manuel Gálvez, meteorologista do Centro de Previsão Climática da NOAA. A mudança climática pode impactar a formação de furacões? “A mudança climática faz com que a temperatura da superfície e da capa espessa do oceano fiquem mais altas, e isso é um problema. Temos teorias que dizem que se o oceano ficar mais quente, isso pode se traduzir em tempestades mais fortes e intensas”, diz Gary Barnes. Há indicações de que as áreas em que os ciclones tropicais encontram condições para se desenvolver e para sobreviver também estão ficando mais extensas ao longo do tempo, segundo Jorge Hidalgo, do Serviço Meteorológico do México. “Talvez o número de ciclones não aumente, mas a distribuição de categorias pode mudar. Ou seja, podemos ter mais furacões de categoria maior e menos de categoria menor”, afirma. Os cientistas concordam, no entanto, que é cedo para medir o impacto da mudança climática no fenômeno. “É provável que os furacões se intensifique pouco a pouco, mas vamos precisar de muitos dados para provar que o aquecimento global vai provocar furacões mais fortes. Em 25 anos pode ser que tenhamos provas”, conclui o meteorologista Gary M. Barnes. Infográfico mostra a rota do furacão Laura nos EUA Arte/G1 Veja na playlist abaixo: Furacões, tufões e tempestades de 2020
Artigo Via: G1. Globo
Via: Blog da Fefe
0 notes
carolinagoma · 4 years
Text
Como os furacões se formam e por que são tão frequentes nos EUA, México e Caribe
Tumblr media
Entenda a razão pela qual o fenômeno é raro na América no Sul neste guia com gráficos e imagens de satélite. Foto do satélite RAMMB / NOAA mostra o furacão Laura movendo-se no noroeste no Golfo do México em direção à Louisiana, nos EUA, nesta terça-feira (25) RAMMB / NOAA / NESDIS / AFP Furacões são as maiores e mais violentas tempestades do planeta e a cada ano, entre os meses de junho e novembro, afetam a região do Caribe, do Golfo do México e da costa leste dos Estados Unidos. A depender de sua força, podem arrasar populações e cidades inteiras. Seus homólogos são os tufões, que afetam o noroeste do oceano Pacífico, e os ciclones, que ocorrem no sul do Pacífico e no oceano Índico. Tempestade tropical Laura provoca ondas e ventos fortes em Cuba Todos eles são ciclones tropicais, mas o nome furacão é usado exclusivamente para os do Atlântico norte do nordeste do Pacífico. CATEGORIA 4: Furacão Laura ameaça costa dos EUA Como se formam e por que costumam ocorrer nesta parte do mundo? Uma bomba de energia O mecanismo mais comum de formação de furacões no Atlântico — que provoca mais de 60% desses fenômenos — é uma onda tropical. A onda começa como uma perturbação atmosférica que cria uma área de relativa baixa pressão. Isso acontece geralmente no leste da África, a partir de meados do mês de julho. Se essa área de baixa pressão encontra as condições adequadas para se manter e se desenvolver, ela começa a mover-se de leste a oeste, com a ajuda dos ventos alísios. MAIS: Veja por que o furacão Laura é chamado de 'impossível de sobreviver' Quando chega ao oceano Atlântico, a onda tropical pode ser o início de um furacão, mas, para que ele se forme, precisa de fontes de energia, como a umidade, o calor e o vento adequados. Em concreto, é preciso que a temperatura da superfície do oceano seja superior aos 27º C, assim como a da camada de água que se estende por pelo menos 50 metros logo abaixo da superfície. Também são necessários tipos de vento específicos. Por um lado, ventos com rotação horizontal, para que a tempestade se concentre. Por outro, é preciso que os ventos subindo a partir da superfície do oceano mantenham sua força e velocidade constantes. Se houver cortante de vento, ou seja, variações no vento com a altura, isso pode interromper o fluxo de calor e umidade que faz com que o furacão tome forma. Também é preciso que haja uma concentração de nuvens carregadas de água e alta umidade relativa na atmosfera. Tudo isso precisa ocorrer nas latitudes adequadas, em geral entre os paralelos 10° e 30° do hemisfério norte, já que nesta região o efeito da rotação da Terra faz com que os ventos possam convergir e ascender ao redor da área de baixa pressão. Quando a onda tropical encontra todos estes ingredientes, cria-se uma área de cerca de 50 a 100 metros, onde eles começam a interagir. "O movimento da onda tropical funciona como o disparador dessa tempestade", explicou à BBC News Brasil Jorge Zavala Hidalgo, coordenador geral do Serviço Meteorológico Nacional do México. E esta tempestade funciona como um catalisador: começa um balé de calor, ar e água. A área de baixa pressão faz com que o ar úmido e quente que vem do oceano suba e se esfrie, o que alimenta as nuvens. Imagem de satélite mostra raios no furacão Laura NOAA/ Via REUTERS A condensação desse ar libera calor e faz com que a pressão sobre a superfície do oceano baixe ainda mais, o que atrai mais umidade do oceano, fortalecendo a tempestade. Os ventos convergem e ascendem dentro desta área de baixa pressão, girando em direção contrária às agulhas do relógio — por influência da rotação da Terra. É essa rotação que dá aos furacões sua imagem característica. À medida em que a tempestade fica mais poderosa, o olho do furacão, uma área central de até 10 km permanece relativamente tranquilo. Ao seu redor se levanta a parede do olho, composta de nuvens densas, onde ficam os ventos mais intensos. Para além dela, ficam as faixas em forma de espiral, onde há mais chuvas. A velocidade dos ventos é a que determina em que momento podemos chamar esse fenômeno de furacão. Em seu nascimento é uma depressão tropical, quando sua força aumenta passa a ser uma tempestade tropical e se torna um furacão quando passa dos 118 km/h. A partir daí, eles podem ser classificados em cinco categorias segundo a velocidade sustentada de seus ventos. Para medir o poder destrutivo dos furacões do Atlântico, se utiliza a escala Saffir-Simpson. A força dos ciclones tropicais é tanta que seus ventos poderiam produzir energia equivalente a quase a metade da capacidade de geração de eletricidade do mundo inteiro, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). No entanto, os principais responsáveis pela destruição e pela perda de vidas quando passa um furacão são as marés de tempestade nas cidades costeiras e as inundações provocadas pelas chuvas que ele traz. Nos Estados Unidos, por exemplo, as marés de tempestade foram responsáveis por quase a metade das mortes relacionadas aos ciclones tropicais do Atlântico entre 1963 e 2012, segundo dados da Sociedade Americana de Meteorologia. Além destes fatores, a destruição causada por um furacão depende de outras circunstâncias, como a velocidade com a qual ele passa, a geografia do território e a infraestrutura da região afetada. "Não necessariamente a destruição ou o perigo associados a um ciclone tropical correspondem a sua categoria. Por exemplo, um ciclone de categoria maior não tem por que ter mais chuva", disse Jorge Hidalgo à BBC News Brasil. México, Estados Unidos e Caribe: as zonas mais vulneráveis 25 de agosto - Moradores caminham por uma rua afetada pela passagem da tempestade tropical Laura, em Porto Príncipe, Haiti Andres Martinez Casares/Reuters Um dos fatores que explica que essa região seja mais propensa a receber furacões é que o oceano Atlântico, nas latitudes tropicais, tem a temperatura adequada para sua formação durante mais meses no ano. Outro fator é a circulação dos ventos que empurram os furacões. Os ventos alísios, principais ventos nas latitudes baixas tropicais, vão de leste a oeste, levando os ciclones até as costas do Caribe, do Golfo do México e dos Estados Unidos. O percurso destes ventos também é influenciado pela rotação da Terra — o chamado efeito de Coriolis — que faz com que eles tendam a desviar-se em direção ao norte. Normalmente, enquanto os furacões avançam, eles também se deslocam levemente para o norte. Ao passar do paralelo 30°N, costumam encontrar-se com os ventos do oeste, outra das grandes correntes globais de ventos, que faz com que passem a ir em direção à leste. Daí por diante, se afastam do continente americano. Mas em seu caminho, ainda no oceano Atlântico, os furacões se encontram com o enorme anticiclone das Bermudas-Açores, que pode determinar se eles vão se dirigir ao Golfo do México, ao Caribe ou aos Estados Unidos. Os anticiclones são regiões de alta pressão atmosférica com ar mais seco, menos nuvens e ventos que giram na direção das agulhas do relógio no hemisfério norte. O anticiclone dos Açores funciona como uma espécie de obstáculo que domina a parte norte do oceano Atlântico. Para avançar, os furacões precisam passar ao redor dele. É por isso que o tamanho e a posição desse anticiclone podem influenciar a trajetória de um ciclone tropical. Se o anticiclone está mais fraco e mais posicionado à leste, os furacões o rodeiam e seguem para o norte, se distanciando do Caribe. Se, pelo contrário, ele estiver mais forte e mais posicionado ao sul e ao oeste, um furacão que passa ao redor dele acaba indo para o Golfo do do México, o sul dos Estados Unidos ou as ilhas caribenhas. A posição do anticiclone muda de acordo com o ano, com as estações e pode variar também em questão de dias. "Por causa dessas variações, um furacão pode ter uma trajetória muito diferente hoje do que outro que passar apenas três ou cinco dias depois", explica Jorge Zavala Hidalgo, do Serviço Meteorológico Nacional do México. Imagem mostra o furacão Sandy na costa leste dos Estados Unidos. NOAA / AP Photo Seguindo a mesma lógica, os anticiclones podem fazer com que furacões que já estão se afastando das Américas voltem atrás. Foi o que aconteceu com o furacão Sandy, em 2012. Depois de tocar terra em Cuba, Sandy começou a se deslocar em sentido nordeste, afastando-se do continente. Mas um anticiclone na Groenlândia e uma frente fria bloquearam seu caminho. Isso fez com que ele voltasse para a costa leste dos Estados Unidos, causando destruição nos Estados de Nova York e Nova Jérsei. A razão pela qual furacões são raros na América do Sul Se a parte norte do Atlântico oferece as condições ideais para a formação de furacões, o mesmo não ocorre abaixo da linha do Equador. "O Atlântico Sul é mais tranquilo porque lá não há onda tropical — é um fenómeno mais comum no hemisfério norte — e há mais variações na velocidade e na direção do vento, algo que inibe a formação de furacões", disse à BBC News Brasil Gary M. Barnes, professor aposentado da Universidade do Havaí, nos Estados Unidos. Além disso, os ciclones tropicais não costumam se formar se estiverem a menos de 500 quilômetros da linha do Equador, seja para o norte ou para o Sul. Isso acontece porque, nessa faixa, o efeito de Coriolis é muito fraco para fazer com que os ventos girem e possam formar uma tempestade. Furacão Catarina veio do mar em direção a Santa Catarina UFSC/Divulgação Apesar de depressões e tempestades tropicais já terem sido registrados no sul do Brasil, o único ciclone tropical registrado oficialmente na região foi o Catarina, em 2004. O furacão atingiu o Estado de Santa Catarina, deixando mais de 10 mortos e mais de 500 feridos, além de cerca de 30 mil pessoas desabrigadas. "Os ciclones nessa região costumam ser extratropicais, ou seja, que ocorrem em latitudes médias e têm núcleo frio. O Catarina foi assim. Mas ele adquiriu características de ciclone tropical e se tornou um furacão, algo que é raro de acontecer", explicou à BBC News Brasil José Manuel Gálvez, meteorologista do Centro de Previsão Climática da NOAA. A mudança climática pode impactar a formação de furacões? "A mudança climática faz com que a temperatura da superfície e da capa espessa do oceano fiquem mais altas, e isso é um problema. Temos teorias que dizem que se o oceano ficar mais quente, isso pode se traduzir em tempestades mais fortes e intensas", diz Gary Barnes. Há indicações de que as áreas em que os ciclones tropicais encontram condições para se desenvolver e para sobreviver também estão ficando mais extensas ao longo do tempo, segundo Jorge Hidalgo, do Serviço Meteorológico do México. "Talvez o número de ciclones não aumente, mas a distribuição de categorias pode mudar. Ou seja, podemos ter mais furacões de categoria maior e menos de categoria menor", afirma. Os cientistas concordam, no entanto, que é cedo para medir o impacto da mudança climática no fenômeno. "É provável que os furacões se intensifique pouco a pouco, mas vamos precisar de muitos dados para provar que o aquecimento global vai provocar furacões mais fortes. Em 25 anos pode ser que tenhamos provas", conclui o meteorologista Gary M. Barnes. Infográfico mostra a rota do furacão Laura nos EUA Arte/G1 Veja na playlist abaixo: Furacões, tufões e tempestades de 2020 Artigo originalmente publicado primeiro no G1.Globo
0 notes
jornalbelem · 5 years
Quote
O eclipse total do Sol, fotografado no Ceará, permitiu que cientistas britânicos confirmassem as previsões do jovem alemão Albert Einstein sobre como a luz se comporta em relação à gravidade (Foto: SCIENCE MUSEUM LONDON)  "A população estacionou nas praças públicas, impressionada com o surpreendente espetáculo que a natureza lhe oferecia. Parecia que a aurora ia romper e, naquela escuridão, os galos cantavam e as avezinhas procuravam agasalho."Assim o jornal Folha do Littoral descreveu o momento em que a população de Sobral, no interior do Ceará, presenciou um eclipse total do Sol em 1919. Mas aquele não era um eclipse qualquer.saiba maisA extraordinária cientista que estudou o cérebro de Einstein e revolucionou a neurociência modernaOs matemáticos que ajudaram Einstein e sem os quais a Teoria da Relatividade não funcionariaO fenômeno permitiu que um grupo de cientistas comprovasse pela primeira vez a teoria da relatividade geral do físico alemão Albert Einstein, consolidando uma das maiores revoluções da história da ciência.Meses depois do fim da Primeira Guerra Mundial, a façanha catapultou o físico, que até então era pouco conhecido, para a fama mundial."Alguns cientistas dizem que o anúncio dos resultados do experimento feito nesse eclipse foi um dos maiores momentos da ciência", disse à BBC News Brasil o físico Luis Carlos Bassalo Crispino, da Universidade Federal do Pará (UFPA), autor de artigos sobre o episódio.Nos anos seguintes, a relatividade geral de Einstein permitiria a formulação da teoria do Big Bang, um modelo para explicar como começou o universo. Um ramo especial da astrofísica, a cosmologia física, foi criado só para estudar esse tema.As ideias do alemão também permitiram que os cientistas desenvolvessem a ideia dos buracos negros e, muitos anos depois, o funcionamento do sistema de GPS - que usa a posição de satélites no espaço para localizar aparelhos na Terra.Mas tudo começou com uma ideia pouco convencional.Albert Einstein (Foto: BBC) Uma revolução incomparávelNo século 19, a física avançava a passos largos, com descobertas sobre a eletricidade, a energia cinética (movimento), a termodinâmica (energia em forma de calor) e a luz, finalmente entendida como uma onda eletromagnética.Foi a partir destas ideias que o físico alemão Albert Einstein começou a pensar sobre o comportamento da luz e sua velocidade, usando uma série de "experimentos mentais" - problemas cujo resultado ele previa apenas em sua imaginação.Em 1905, ele afirma que as medidas de espaço e tempo poderiam mudar de acordo com o ponto de referência. Até então, toda a física se amparava na ideia de que tempo e espaço eram absolutos.A teoria da relatividade especial, como ficou conhecida, já causou espanto e interesse na comunidade científica, mas servia apenas para casos específicos da física.Nos anos seguintes, enquanto as potências europeias, entre elas a Alemanha e o Reino Unido, caminhavam para a Primeira Guerra Mundial, o jovem alemão daria um passo ainda mais ousado: questionar a Lei da Gravitação Universal do inglês Isaac Newton.Sua teoria da relatividade geral, publicada em 1915, confrontava um dos fundamentos da física clássica.Nesta teoria, Einstein afirma que o espaço e o tempo, interligados, formam uma espécie de tecido que conforma tudo ao nosso redor e que pode se curvar, de acordo com a massa dos corpos.Essas curvaturas explicam desde a gravidade, até o movimento dos planetas e estrelas no espaço, a existência dos buracos negros e a formação de todo o universo."Filosoficamente, a relatividade geral foi quase tão importante quanto a ideia de Copérnico de que a Sol, e não o Terra, estava no centro do universo. Ela revolucionou completamente a maneira como os cientistas deveriam pensar sobre o funcionamento do mundo ao seu redor. As coisas ficaram mais complexas", disse à BBC News Brasil Teresa Wilson, física do Observatório Naval dos Estados Unidos.O fato de um alemão, naquele momento, propor uma mudança tão fundamental na física também causou polêmica. Alguns pesquisadores simplesmente não acreditaram nele, e outros ignoraram suas ideias."Por causa da guerra, os cientistas alemães e austríacos eram ignorados e excluídos dos órgãos internacionais. Havia muito ressentimento com relação a eles. Também deixaram de ser convidados a conferências e associações", disse à BBC News Brasil o astrofísico e historiador Daniel Kennefick, autor do livro No Shadow of a Doubt (Sem Sombra de Dúvida, em tradução livre), sobre eclipse de 1919.Mas alguns acadêmicos se consideravam "internacionalistas" - acreditavam que a ciência deveria reunir esforços de pessoas de qualquer nacionalidade. Entre eles estava o próprio Einstein, que havia renunciado a sua cidadania alemã e adotado a suíça em protesto contra o militarismo do regime germânico.Para vencer a resistência da comunidade científica à teoria de Einstein, no entanto, seria preciso confirmar suas previsões. Isso só aconteceria quatro anos após a formulação da teoria - e após o término da Primeira Guerra (em 1918) -, quando pesquisadores ingleses puderam viajar até o interior do Brasil para ver um eclipse.Por que um eclipse?Segundo a relatividade geral, a força de gravidade é um efeito causado pela curvatura do espaço-tempo.Um corpo massivo como o Sol, por exemplo, distorce o espaço-tempo a seu redor, e faz com que outros objetos menores tenham que seguir essa distorção.Até mesmo a luz de outras estrelas, em seu caminho até nós na Terra, tem sua trajetória alterada quando passa perto do Sol.Por isso, se pudessem ser vistas durante o dia, as estrelas se pareceriam um pouco mais afastadas do Sol do que realmente estão.Einstein explicou a gravidade como a curvatura criada por um corpo massivo, como o Sol, no tecido do espaço-tempo (Foto: BBC) Cálculos de Einstein previam um desvio da luz duas vezes maior do que o que era previsto de acordo com a teoria de Newton.Para testar a teoria, seria necessário fotografar estrelas próximas ao Sol e depois fotografá-las no mesmo lugar à noite. Em seguida, medir a posição delas no céu a cada momento, e encontrar a diferença entre estas medidas.O cenário ideal para isso seria um eclipse total, um alinhamento que faz com que a Lua esconda o Sol, projetando sua sombra sobre a Terra.A escuridão permite que os astrônomos observem as estrelas, os planetas e a atmosfera solar durante o dia, com mais facilidade."Para comprovar que o campo gravitacional do Sol desvia a luz de uma estrela, ela precisa estar próxima do Sol, senão você não consegue perceber esse efeito. Mas o Sol é tão brilhante que normalmente não se consegue ver as estrelas durante o dia. Por isso era necessário fazer o experimento durante um eclipse total", explica Daniel Kennefick.Einstein sabia que organizar esse experimento era complicado. Ele chegou a investir suas próprias economias na expedição do astrônomo alemão Erwin Finlay-Freundlich para observar um eclipse na Crimeia, na Rússia, em 1914, um ano antes de publicar a teoria da relatividade geral.Mas, quando Freundlich chegou à Rússia, explodiu a Primeira Guerra. Seus instrumentos foram confiscados e ele não conseguiu realizar o experimento.Teoria da Relatividade de Albert Einstein (Foto: BBC) A busca pelo 'eclipse perfeito'Em 1917, os astrônomos ingleses Frank Watson Dyson, diretor do Observatório Real de Greenwich, o mais importante do Reino Unido, e Arthur Stanley Eddington, um conhecido astrofísico, queriam comprovar - ou não - a teoria de Einstein, por motivos diferentes."Como muitos astrônomos, Frank Dyson era cético em relação à relatividade geral. E, naquele momento, os alemães eram percebidos como o inimigo. Ele também tinha um certo sentimento patriótico de que a teoria de Isaac Newton (que era inglês)deveria ser tratada com mais respeito do que a de um jovem da Alemanha", disse à BBC News Brasil o astrônomo Tom Kerss, do Real Observatório de Greenwich.Eddington, por sua vez, era um entusiasta das teorias de Einstein e um internacionalista, que acreditava no ideal de juntar as melhores mentes de todas as nacionalidades em busca da verdade científica.Segundo o historiador Daniel Kennefick, o entusiasmo de Eddington ajudou a convencer Dyson sobre a importância de organizar uma expedição para testar as ideias de Einstein sobre a luz."Dyson já havia observado muitos eclipses e sabia que aquele experimento era importante e possível. Era um momento em que os instrumentos já tinham evoluído o suficiente pra medir com confiança os resultados que Einstein previa", disse Tom Kerss.Cálculos indicavam que em 1919 um eclipse seria visível na América do Sul e na África. Nesse momento, o Sol estaria perto de um aglomerado de estrelas especialmente brilhantes, as Híades.Parecia a oportunidade perfeita para a ciência e para os dois astrônomos ingleses. O primeiro passo era escolher o local onde eles iriam observar o fenômeno."Durante um eclipse solar, a sombra da Lua viaja pela Terra de oeste para leste. Então eles desenhavam seu trajeto precisamente em um mapa e começavam a pesquisar", explica Kennefick.Nesse caso, a faixa de totalidade do eclipse - ou seja, o trecho em que o Sol estaria completamente encoberto - cruzaria toda a América do Sul, começando na Bolívia, passaria pelo Oceano Atlântico e terminaria no continente africano, na Tanzânia."Na Bolívia e no leste da África não funcionaria, porque o Sol estaria ainda nascendo ou já começando a se pôr, e isso causaria distorções atmosféricas que prejudicariam a medição. A maior parte do trajeto também seria em áreas de floresta tropical de um lado ou de outro. No oceano Atlântico também não era bom, porque um navio não teria estabilidade suficiente para os instrumentos", diz o historiador.A decisão de ir ao Brasil foi tomada depois que Dyson recebeu uma carta do engenheiro Henri Charles Morize, diretor do Observatório Nacional do Rio de Janeiro e um dos fundadores da Academia Brasileira de Ciências (ABC).Trajetória do eclipse que passou por Sobral, no Ceará, em 1919 (Foto: BBC) Na carta, Morize dizia que Sobral - a segunda maior cidade do Ceará, bem conectada por trens e por um porto relativamente próximo - seria o melhor lugar para acompanhar o fenômeno.No entanto, Dyson e Eddington decidiram que ter apenas um ponto de observação não seria suficiente. Era comum que os resultados de expedições como essa fossem prejudicados por más condições de tempo. Em geral, nuvens acabavam impedindo que as estrelas fossem fotografadas."Apesar do risco, eles estavam determinados a aproveitar essa oportunidade, porque sabiam que aquele eclipse, com uma duração longa e estrelas tão brilhantes, seria especial", disse Kennefick.Por isso, eles decidiram mandar duas equipes de astrônomos a lugares diferentes: a Sobral, no Brasil, e à Ilha de Príncipe, parte do arquipélago de São Tomé e Príncipe, na costa africana.Como fazer ciência em meio à guerra?Depois de decidir seu destino, os cientistas tiveram que solucionar outro problema: a Europa ainda estava em guerra.Dyson usou sua influência para conseguir financiamento e convencer o governo britânico a manter seu colega Eddington fora da frente de batalha. Mesmo assim, era muito difícil encontrar astrônomos com experiência e navios para levá-los ao Brasil e a África."Eddington queria ir para Príncipe, mas precisou levar com ele um relojoeiro do interior da Inglaterra, porque todos os seus assistentes haviam morrido na guerra", afirma Kennefick.Dyson teve que ficar na Inglaterra e, após uma série de contratempos, encontrou dois candidatos para mandar a Sobral. Os escolhidos foram Charles Davidson, um calculista sem formação acadêmica, mas com muita experiência em telescópios, e o astrônomo irlandês Andrew Crommelin, que operaria um segundo telescópio levado por segurança."Outro problema da guerra era que os britânicos tinham poucos instrumentos disponíveis, alguns haviam sido confiscados pelos russos em 1914. Eles tiveram que pedir um telescópio emprestado aos irlandeses", disse à BBC News Brasil o astrofísico Tom Ray, do Instituto de Estudos Avançados de Dublin, que encontrou e restaurou o equipamento original que foi a Sobral.Apesar de ser menor e mais velho, o telescópio irlandês foi o autor dos resultados que fizeram história."Naquele momento, era preciso ter telescópios que fossem estáveis e precisos para conseguir fazer imagens do Sol de longa exposição. O telescópio irlandês tinha sido criado especialmente para eclipses em 1900 e tinha um campo visual maior, que permitia ver mais estrelas", explica Ray.Em novembro de 1918, o Armistício de Compiègne anunciou o fim da guerra e abriu caminho para a expedição.Eddington foi para Príncipe com seu assistente e Davidson e Crommelin saíram de Liverpool, na Inglaterra, para Belém, no Pará, à bordo do Anselm, o primeiro navio inglês a retomar a rota para o Brasil - que tinha sido paralisada por conta da guerra.Os 'sábios ingleses' em SobralEm Belém, Davidson e Crommelin foram recebidos com festa no porto, e ainda tiveram tempo de fazer uma viagem de barco pelo rio Amazonas até Manaus.Em seguida, os britânicos foram de navio para Camocim, já no Ceará, e de trem para Sobral. No Ceará, a imprensa também se animava com a chegada dos estrangeiros, que eram chamados de "sábios ingleses".Em 26 de abril, o jornal O Malho dizia que "por amor à ciência", eles iriam "afrontar a seca, a febre amarela e a falta de conforto".Na época, de acordo com a pesquisa de Luis Crispino, da UFPA, o governo brasileiro enviou uma equipe de médicos especialmente para conter a febre amarela no Ceará, preocupado com os visitantes."Precisamos defendê-los, por todos os modos, para que não se arrependam da sua viagem ao Ceará. É o ministério da Agricultura quem os vai hospedar em Sobral, e esse, de acordo comigo, fará proteger as casas que lhes forem destinadas com telas de arame, a fim de evitar a entrada do mosquito que serve de veículo à febre", escreveu o médico paraense Emygdio de Matos, que era parte da comissão de combate ao vírus no país.O Observatório Nacional organizou a logística da expedição britânica e também de uma americana, que foi fazer medições sobre o campo magnético terrestre e da eletricidade atmosférica.Mas a "falta de conforto" anunciada pelo jornal não atingiu os pesquisadores. Eles se hospedaram na casa do deputado e coronel Vicente Saboya, dono de um poço artesiano próprio. Água ali, tanto para as atividades diárias quanto para revelar as imagens do eclipse, não seria um problema.A pista de corrida do Jockey Club da cidade, que costumava atrair curiosos, também foi reservada para o acampamento de observação dos britânicos e americanos."Pelos registros que temos, dá pra perceber que eles ficaram impressionados com a boa recepção das pessoas de lá. Havia muito interesse na chegada deles e todo mundo queria ajudar", diz Daniel Kennefick."Mas eles também perceberam que Sobral passava por um período ruim. Estava muito seco e as condições de vida eram difíceis. Crommelin escreveu que a cidade tinha um aspecto deprimente, porque era muito seca e empoeirada. Ele também mostrou compaixão pelas pessoas que viu desesperadas cavando buracos em um rio seco, buscando água."Enfim, o eclipseA excitação em Sobral era tamanha que, segundo os jornais da época, o dia do eclipse foi um feriado informal na cidade. Todo o comércio foi fechado e a população encheu as praças públicas desde o início da manhã.As igrejas também ficaram repletas de fiéis com medo de que o escurecimento do céu fosse o anúncio de um mau agouro."A Prefeitura Municipal instalou dois pequenos telescópios, cobrando pequenas quantias aos que desejavam observar o eclipse. Esse dinheiro reverterá a favor da construção do jardim da cidade. Aqueles aparelhos foram disputadíssimos", dizia o jornal O Malho.No entanto, o dia 29 de maio de 1919 amanheceu nublado. Por sorte, cerca de um minuto antes que o Sol fosse completamente coberto pela sombra da Lua, um vento afastou as nuvens. Os astrônomos tiveram cerca de quatro minutos para fazer 27 fotos do céu, mostrando as 12 estrelas que queriam observar.Nas ruas, os moradores de Sobral chegaram a quebrar as vidraças da porta de uma casa para conseguir pedaços de vidro que, escurecidos por velas, servissem para olhar o céu."Na fase aguda do eclipse, o 'stock' esgotou-se e o recurso que se apresentou foi o assalto às vidraças. A casa de um nosso vizinho, na sua ausência, pois andava também vendo o eclipse, sofreu um terrível ataque, e uma das portas de sua linda habitação ficou sem duas lâminas das maiores e mais preciosas", escreveu o correspondente do jornal Folha do Littoral.Os britânicos tiveram um problema. O calor intenso em Sobral, segundo o físico Luis Crispino, pode ter causado uma dilatação incomum no espelho do seu principal telescópio. Por isso, algumas imagens ficaram distorcidas e, portanto, menos confiáveis.No início dos anos 2000 a cidade de Sobral ganhou um museu dedicado ao eclipse, um planetário e monumentos que relembram o episódio. (Foto: Prefeitura de Sobral) O pequeno telescópio irlandês, no entanto, produziu oito imagens nítidas e impressionantes do Sol escurecido e da luz das estrelas.Um mês mais tarde, Davidson e Crommelin fotografaram as mesmas estrelas, exatamente no mesmo lugar do céu, só que à noite. Agora já tinham o que precisavam para testar a teoria de Einstein.Em agosto de 1919, os britânicos começaram o caminho de volta à Inglaterra.Em Príncipe, Eddington teve menos sorte. O tempo fechado permitiu poucas imagens aproveitáveis, nas quais aparecia um número menor de estrelas.Seus resultados já pareciam favoráveis à teoria de Einstein, mas, sem base de comparação, crescia a ansiedade pela chegada da expedição de Sobral.O dia que mudou a físicaEm novembro de 1919, foi publicado o estudo final sobre o eclipse, assinado por Dyson, Eddington e Davidson."Os resultados das observações aqui descritas parecem confirmar a teoria da relatividade geral de Einstein", diz o trabalho.Nele, os pesquisadores também afirmam que as imagens do telescópio irlandês de Sobral eram as mais importantes e confiáveis. Era o primeiro experimento prático a confirmar a teoria do jovem físico alemão."Nem todos ficaram convencidos", disse à BBC News Brasil Virginia Trimble, professora de Física e Astronomia da Universidade de Califórnia Irvine, nos EUA. "Os cientistas continuaram fazendo medições em eclipses para comparar seus resultados. E, nos anos 1970, as imagens de 1919 foram examinadas outra vez, com instrumentos mais avançados, para garantir que os números estavam corretos","Na verdade, a teoria da relatividade geral foi testada muitas vezes e passou perfeitamente em todos os testes que fizemos. É impressionante."Como Einstein reagiu?Em setembro, Albert Einstein tinha recebido um telegrama de um amigo holandês dizendo que os resultados da expedição de Eddington a Príncipe, ainda que inconclusivos, apontavam para a confirmação da sua teoria.Eddington já falava disso em conferências internacionais, mas não escreveu pessoalmente a Einstein por causa do clima tenso que ainda existia entre acadêmicos da Inglaterra e da Alemanha após a guerra, terminada em novembro de 1918."Einstein estava muito ansioso pelo experimento, mas quando o resultado finalmente chegou, ele já estava tão convencido da beleza e da coerência de sua teoria, que parecia nem precisar da comprovação", disse Daniel Kennefick.Anos depois, a filósofa alemã Ilse Rosenthal-Schneider contou em um de seus livros que estava com Einstein no momento em que ele recebeu o telegrama.Ela perguntou o que ele faria se o resultado final fosse desfavorável a suas ideias, e ele, calmamente, respondeu: "Eu teria pena de Deus, porque a teoria está correta".Mas, logo em seguida, o físico escreveu a sua mãe contando que recebeu a "notícia feliz" de que sua teoria havia sido confirmada.No dia 6 de novembro, o resultado final foi anunciado com pompa na União Astronômica Internacional. O filósofo e matemático Alfred North Whitehead, que estava na cerimônia, descreveu a cena como "de intensa emoção"."Havia um elemento dramático naquele cerimonial tão cênico e tão tradicional, que ocorria tendo como pano de fundo um retrato de Newton e nos lembrava que a maior das generalizações científicas acabava - depois de mais de dois séculos - de receber a sua primeira modificação", escreveu.No entanto, o próprio Einstein se manteve humilde em relação a sua descoberta. Em um artigo publicado dias depois da cerimônia no jornal Times of London, ele afirmou que "ninguém deve pensar que a grande criação de Newton pode ser derrubada por esta ou qualquer outra teoria"."Suas ideias claras e amplas sempre terão a importância de serem a base sobre a qual nossa concepção moderna da física foi construída."No mesmo artigo, Einstein reconhece a "alegria e gratidão" que sentia pela oportunidade de se comunicar com cientistas ingleses "depois do lamentável rompimento das relações internacionais entre homens da ciência" que aconteceu na Primeira Guerra.Einstein e Eddington só se encontraram na Inglaterra anos depois do eclipse que comprovou a relatividade geral; por causa da Primeira Guerra, o clima ainda era tenso entre cientistas britânicos e alemães (Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY) O ressentimento com relação a alemães e austríacos permaneceu por muito tempo depois da guerra, segundo Daniel Kennefick, mas Einstein passou a ser uma exceção. "Em muitos encontros científicos ele era o único alemão convidado", diz.A atenção que a relatividade geral recebeu da imprensa também fez com que Einstein se tornasse uma celebridade mundial. Ele chegava a ser parado nas ruas por admiradores."Disso ele não gostou muito. Não suportava ter que falar com repórteres o tempo inteiro e chegou a dizer que: 'esse tormento é culpa daquela expedição inglesa'", conta Kennefick.Ele não esqueceu, no entanto, da alegria de ver comprovada a teoria que chamava de "seu pensamento mais feliz".Em 1925, quando fez uma visita ao Rio de Janeiro, o físico alemão escreveu em dedicatória ao empresário Assis Chateaubriand: "O problema concebido pela minha mente foi respondido pelo luminoso céu do Brasil".Um ilustre desconhecidoEm Sobral, o tempo diminuiu o alvoroço causado pelo eclipse. Só em 1999 a cidade ganhou um pequeno museu dedicado ao episódio e, em 2015, um planetário.O físico Ildeu Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), disse à BBC News Brasil acreditar que "a vinda dos britânicos em 1919 tenha contribuído para que Sobral desse mais atenção à educação"."Mas um motorista de táxi me disse que a maioria das pessoas hoje não sabe nada sobre a expedição."Segundo Moreira, é preciso retomar a importância da cidade na história da ciência não só para os próprios moradores, mas também para a comunidade internacional, que atribuiu a confirmação da relatividade geral mais a Eddington, o mais famoso dos cientistas envolvidos, do que à expedição que foi ao Brasil.Sobral terá uma série de comemorações nos 100 anos do eclipse, e ganhou uma nova estátua de Albert Einstein, mas muitos na cidade ainda não sabem exatamente qual a relação entre o físico e a cidade (Foto: PREFEITURA DE SOBRAL) Em comemoração aos 100 anos do eclipse, a SBPC está realizando uma exposição no Congresso Nacional, em Brasília, e uma série de eventos gratuitos em Sobral, que terá debates com pesquisadores e astrônomos, o lançamento de um selo especial dos Correios e até uma transmissão simultânea das comemorações na Ilha do Príncipe.No último mês de março, em preparação para o centenário, a prefeitura de Sobral inaugurou uma estátua de Albert Einstein feita de argila e bronze. Nela, o cientista aparece descontraído, de bermuda, camisa aberta, chinelos de couro e cabelos ao vento."Quando colocamos a estátua na praça, alguns jovens encostaram e perguntaram: 'Quem é esse?'. Disseram que deveríamos ter colocado uma placa com o nome dele, mas achamos que é mais interessante deixar as pessoas pesquisarem", diz Moreira.  //s[r].sources.indexOf(c)){var t=e.createElement(n);t.async=1,t.src=c;var a=e.getElementsByTagName(n)[0];a.parentNode.insertBefore(t,a),s[r].sources.push(c) }} (window,document,"script","https://news.files.bbci.co.uk/ws/partner-analytics/js/pageTracker.min.js","s_bbcws"); s_bbcws('partner', 'epocanegocios.globo.com'); s_bbcws('language', 'portuguese'); s_bbcws('track', 'pageView'); //]]> Fonte: Globo
http://www.conjuntosatelite.com.br/2019/05/teoria-da-relatividade-como-eclipse.html
0 notes
blogflores0 · 1 year
Text
Bulbine frutescens - Família Asphodelaceae
Tumblr media
Nome Científico: Bulbine frutescens Nomes Populares: Bulbine, Bulbínea, Cebolinha-de-jardim Família: Asphodelaceae Categoria: Flores Perenes, Forrações ao Sol Pleno, Medicinal Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical Origem: África, África do Sul Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene https://youtu.be/41hz8g2pMko
Sobre a Bulbine frutescens
Bulbine frutescens é uma suculenta de folhas cilíndricas, carnosas, alcançam de 20 a 30 cm. Possui pequenas flores amarelas ou laranjadas, que se apresentam ao longo de quase todo o ano. Adapta-se bem ao cultivo em canteiros ou vasos. Apesar da sua aparência delicada, a bulbine é tolerante ao frio e exige pouca água. É versátil e encaixa em diversos estilos de jardins, mas principalmente em jardins tropicais ou de pedras, com outras plantas suculentas e cactos. Também é muito rústica, exigindo pouca manutenção, que restringe adubações anuais, ao corte das plantas que estejam muito altas, com replantio e remoção das inflorescências secas.  A sua floração atrai abelhas.
Tumblr media
A Bulbínea multiplica-se por divisão das touceiras e por sementes Deve ser cultivada a pleno sol ou sombra parcial, em solo fértil, bem drenável e enriquecido com matéria orgânica, com regas periódicas. Tolerante à seca e a uma ampla faixa climática. Capaz de suportar o frio mesmo que as suas folhas sejam danificadas, pois têm uma excelente capacidade de rebrotar na primavera. As flores tem no centro um aspecto de tufo de pêlos, devido aos longos e finos estames amarelos. A bulbine é uma planta muito decorativa, mesmo quando está sem flores, e é apropriada para o plantio em maciços, canteiros, bordaduras ou grupos irregulares, além de vasos e jardineiras. Ideal também para telhados verdes. Mais info: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bulbine Read the full article
0 notes
pacosemnoticias · 2 years
Text
Treze concelhos de quatro distritos em perigo máximo de incêndio
Treze concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Castelo Branco e Santarém apresentam risco máximo de incêndio, que vai manter-se elevado nos próximos dias devido à previsão de tempo quente, segundo o IPMA.
Tumblr media
Em risco máximo de incêndio estão os concelhos de Vila Nova da Barquinha, Constância, Tomar, Abrantes, Sardoal, Mação (Santarém), Gavião, Nisa (Portalegre), Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão (Castelo Branco), Loulé, São Brás de Alportel e Tavira (Faro).
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou também vários concelhos dos distritos de Faro, Beja, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Évora, Lisboa, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança em perigo muito elevado e elevado.
O IPMA avisou na terça-feira para as condições atmosféricas nos próximos dias.
A partir de quinta-feira e até segunda-feira, prevê-se uma subida dos valores da temperatura, em especial da máxima, atingindo-se na generalidade do território, temperaturas máximas entre 30 e 35 graus Celsius, com valores mais elevados, da ordem de 40 graus, na Beira Baixa, vale do Tejo e interior do Alentejo.
Para a faixa costeira ocidental, os valores deverão ser ligeiramente inferiores, variando aproximadamente entre 25 e 30 graus, devido à previsão de vento de nor-noroeste, que poderá ser por vezes forte durante as tardes.
O IPMA adianta que para segunda-feira a tendência aponta para uma pequena descida dos valores de temperatura, em especial da máxima, entre 2 e 5 graus.
No que diz respeito às temperaturas mínimas, o IPMA refere que deverão subir na sexta-feira, prevendo-se noites tropicais no interior, em especial do centro e sul e no sotavento algarvio.
Adianta igualmente que poderá haver transporte de poeiras oriundas do norte de África.
De acordo com o IPMA, as temperaturas máximas “deverão estar entre 5 e 12 graus acima dos valores médios para a época do ano, situação que é comum nesta altura do ano, e que neste contexto levará à emissão de avisos de tempo quente, em particular no interior”.
De acordo com o instituto, o estado do tempo vai ser influenciado pela ação de uma “massa de ar tropical proveniente do Norte de África/Península Ibérica transportada na circulação conjunta de um anticiclone localizado sobre a região dos Açores, em crista para a Europa Central, e um vale depressionário que se estende desde o norte de África até à Península Ibérica”.
O perigo de incêndio, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo.
Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.
0 notes
inovaniteroi · 6 years
Text
Rio tem cinco casos de suspeita de malária
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) confirmou nesta quarta-feira (26) que foi notificada sobre cinco casos suspeitos de malária. Segundo a nota enviada pela Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, as cinco pessoas foram juntas a Moçambique, onde teriam contraído a doença.
Dois casos já foram confirmados, incluindo o de Robinson Natanael Teodoro, que faleceu na noite do dia 24 em Valença, no Sul do estado, onde ficou internado. O outro caso confirmado é de um homem que está internado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com quadro evoluindo bem. Segundo as informações preliminares, o grupo seria de missionários de uma igreja e teriam voltado ao Brasil no último dia 23, quando começaram a apresentar os sintomas da doença.
De acordo com o médico infectologista Alexandre Chieppe, assessor da SES, os outros três casos, ainda não confirmados, não são graves. “A gente ainda não tem detalhes da citopatologia do quadro clínico desses três. Mas a princípio se trata de casos suspeito de malária, tanto por conta dos sintomas apresentados como pelo vínculo epidemiológico, por terem visitado a área no mesmo momento da infecção dos outros dois casos confirmados”, explicou.
Segundo Chieppe, a SES está investigando os três casos e deve ter mais informações ao longo do dia. Ele disse que a notificação de malária no Rio de Janeiro é de poucos casos e de pouca gravidade.
“A malária que temos aqui é de baixo potencial de gravidade. Os casos graves que temos da doença geralmente são importados de pessoas que adquirem essa infecção fora do Rio de Janeiro. Então, não há porque a população ficar preocupada, primeiro porque não é uma doença que se transmite de pessoa a pessoa e segundo porque a gente não tem circulação dos tipos de Plasmodium [protozoário que causa a doença] que causam a malária de maior gravidade”.
Sintomas
A malária é transmitida pelo mosquito anófeles, que só existe em áreas de mata, sendo uma doença tipicamente silvestre. Segundo cartilha da Fiocruz, após a picada por um mosquito infectado pelo Plasmodium, os parasitas se alojam no fígado, onde se multiplicam. Depois eles vão para a corrente sanguínea, onde destroem os glóbulos vermelhos. Os sintomas podem demorar de oito a 30 dias após a picada para aparecer. A malária causa febre que pode ser acompanhada de calafrios, tremores, suor intenso, dor de cabeça e dores no corpo. Outros sintomas incluem vômito, diarreia, dor abdominal, falta de apetite, tontura e cansaço.
Atualmente, 88 países são considerados áreas de transmissão natural da malária, a maioria na faixa tropical, como na África subsaariana; Américas Central e Caribe; centro, Sul e Sudeste da Ásia; Oriente Médio e Extremo Oriente (China); Papua Nova Guiné, Ilhas Salomão e Vanuatu; além do Paraguai e todos os países amazônicos da América do Sul (Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa). No Brasil, a área endêmica é formada pelos estados da Amazônia Legal e regiões a oeste do Maranhão, noroeste do Tocantins e ao norte do Mato Grosso.
Não existe vacina para malária. Segundo Chieppe, a prevenção é feita por uso de proteção individual e quimioprofilaxia, ou seja, tomando remédios para evitar e infecção, a depender da indicação médica. “As pessoas que vão viajar para fora do país, para áreas em que há transmissão de malária, devem passar por uma avaliação médica para ver a necessidade de uma quimioprofilaxia que vai depender muito do local que a pessoa vai e época do ano. E também adoção das medidas de proteção individual, a gente não tem como controlar o vetor, o mosquito, então tem que evitar a exposição”, alertou.
Em novembro, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o aumento da doença no mundo. Em 2017, a estimativa é que tenha havido 219 milhões de casos, número que voltou a crescer em 2015 após cinco anos de queda, sendo o continente africano o mais afetado. O Brasil não ficou de fora da estatística, com estimativa de 217 mil infectados em 2017, enquanto em 2016 a incidência foi 133 mil casos, a maioria na região amazônica.
(Fonte: Agência Brasil)
O post Rio tem cinco casos de suspeita de malária apareceu primeiro em Plantão Enfoco.
from Plantão Enfoco http://bit.ly/2VarHYN
from WordPress http://bit.ly/2GBHdto
0 notes
kirawim-blog · 6 years
Text
O que é África-subsaariana?
Denomina-se África-subsaariana a região que contêm os países africanos situados ao sul do deserto do Saara. Desde o século XIX, este território começou a ser conhecido com a expressão África Negra pelos ocidentais, descrevendo uma região habitada por indivíduos da raça negra que não havia sido descoberta ainda, nem colonizada pelos europeus. Este termo caiu em desuso e foi catalogado como pejorativo. Esta região do globo é tida como o berço da humanidade.
Desde o fim da era do gelo, o norte e a região sub-saariana encontraram no deserto do Saara uma fronteira natural e quase intransponível, salvo pequenos atalhos como o rio Nilo. O termo sub-saariano encontra um sinônimo em África tropical, tentado destacar sua diversidade ecológica, ainda que a parte austral tenha um clima totalmente diverso.
Os países que formam a região são: Congo, República Centro Africana, Ruanda, Burundi, África Oriental, Quênia, Tanzânia, Uganda, Djbouti, Eritréia, Etiópia, Somália, Sudão, África Ocidental, Benin, Burkina Faso, Camarões, Chade, Cote d’Ivoire, Guiné Equatorial, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné Bissau, Libéria, Mauritânia, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
A África sub-saariana é considerada por muitos como a região mais pobre do planeta, nesta parte da África estão localizados os países (33 dos mais pobres que existem) com grandes problemas estruturais sofrendo os graves legados do colonialismo, do neocolonialismo, dos conflitos étnicos e da instabilidade política. A expectativa de vida não ultrapassa os 47 anos, o índice de alfabetização de adultos atinge 63%, e o nível de escolaridade chega a 44%.
O enorme crescimento populacional, durante a década de 1990, acarretou no aumento de pessoas vivendo em condições extremas de pobreza. Mais da metade da população sub-saariana, uns 300 milhões de pessoas, sobrevive com menos de um dólar por dia. Milhões destas pessoas vivem na mais absoluta pobreza, privados de água potável, moradias dignas, alimentos, educação e acesso à educação.
A falta de água gera problemas devastadores para a região, além disso, a situação se agrava devido aos períodos de seca e pela desastrosa gestão dos recursos hídricos. Tudo isso causa fome e doenças, provocando o êxodo de muitos nativos.
A África sub-saariana é a região mais afetada pelo HIV, nos últimos anos, numa faixa de terra que vai desde a África Ocidental até o Oceano Índico. Hoje existem mais de 35 milhões de órfãos na África sub-saariana, calcula-se que, destes, aproximadamente 11 milhões são órfãos pelo fato de seus pais terem morrido em decorrência de doenças causadas pelo vírus HIV.
from Blogger https://ift.tt/2xgnniO via IFTTT
0 notes
pacosemnoticias · 3 years
Text
Vem aí o calor. Previsão de subida gradual da temperatura até sábado
Sete distritos de Portugal continental vão estar na sexta-feira e no sábado sob aviso amarelo devido ao calor, informou esta quinta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Tumblr media
Os distritos de Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Lisboa, Setúbal, Évora e Beja vão estar sob aviso amarelo entre as 12h00 de sexta-feira e as 15h00 de sábado devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.
O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
O IPMA já tinha adiantado que nos próximos dias iriam ser emitidos avisos amarelos de tempo quente em alguns distritos a sul da Serra da Estrela.
Segundo o instituto, a partir desta quinta-feira prevê-se a "intensificação de um anticiclone a oeste do território do continente, que se estende em crista até ao Golfo da Biscaia, e a formação de um vale desde o norte de África até ao interior da Península Ibérica".
INFLUÊNCIA DE UMA MASSA DE AR TROPICAL SECO
O IPMA explica que esta situação sinóptica origina o transporte de uma massa de ar tropical seco, proveniente do interior da Península Ibérica.
Por isso, a partir desta quinta-feira e até sábado prevê-se uma subida gradual dos valores da temperatura, em especial da máxima.
Os valores da temperatura máxima, que têm estado sucessivamente abaixo da média para a época do ano (exceto no Algarve), vão subir gradualmente para valores acima da média na generalidade do território.
TEMPERATURA PODE CHEGAR AOS 40ºC NO ALENTEJO E VALE DO TEJO
No sábado, os valores da temperatura máxima deverão variar aproximadamente entre 33 e 38 graus Celsius, com exceção da faixa costeira ocidental, onde deverão ser inferiores e variar entre os 24 e 30 graus, e em alguns locais do interior do Alentejo e Vale do Tejo, onde se poderão atingir valores da ordem de 40 graus.
De acordo com o IPMA, este episódio será temporário, uma vez que no domingo e na segunda-feira com a entrada de ar marítimo vai ocorrer uma descida gradual da temperatura máxima, a estender-se do litoral para o interior.
"Refira-se ainda que as noites serão frescas na maioria do território, embora em alguns locais do interior Centro e Sul, em particular nas terras altas e no Algarve, se prevejam noites tropicais", é referido na nota.
O IPMA indica ainda que na faixa costeira ocidental o vento irá soprar de nor-noroeste, mais intenso a partir da tarde.
0 notes
blogflores0 · 5 years
Text
Bulbine frutescens - Família Asphodelaceae
Tumblr media
Nome Científico: Bulbine frutescens Nomes Populares: Bulbine, Bulbínea, Cebolinha-de-jardim Família: Asphodelaceae Categoria: Flores Perenes, Forrações ao Sol Pleno, Medicinal Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical Origem: África, África do Sul Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene
Sobre a Bulbine frutescens
Suculenta de folhas cilíndricas, carnosas, alcançam de 20 a 30 cm. Possui pequenas flores amarelas ou laranjadas, que se apresentam ao longo de quase todo o ano. Adapta-se bem ao cultivo em canteiros ou vasos. Apesar da sua aparência delicada, a bulbine é tolerante ao frio e exige pouca água. É versátil e encaixa em diversos estilos de jardins, mas principalmente em jardins tropicais ou de pedras, com outras plantas suculentas e cactos. Também é muito rústica, exigindo pouca manutenção, que restringe adubações anuais, ao corte das plantas que estejam muito altas, com replantio e remoção das inflorescências secas.  A sua floração atrai abelhas.
Tumblr media
A Bulbínea multiplica-se por divisão das touceiras e por sementes Deve ser cultivada a pleno sol ou sombra parcial, em solo fértil, bem drenável e enriquecido com matéria orgânica, com regas periódicas. Tolerante à seca e a uma ampla faixa climática. Capaz de suportar o frio mesmo que as suas folhas sejam danificadas, pois têm uma excelente capacidade de rebrotar na primavera. As flores tem no centro um aspecto de tufo de pêlos, devido aos longos e finos estames amarelos. A bulbine é uma planta muito decorativa, mesmo quando está sem flores, e é apropriada para o plantio em maciços, canteiros, bordaduras ou grupos irregulares, além de vasos e jardineiras. Ideal também para telhados verdes. Mais info: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bulbine Video de Cebolinha-de-jardim: https://youtu.be/41hz8g2pMko Read the full article
0 notes
kirawim-blog · 6 years
Text
O que é África-subsaariana?
Denomina-se África-subsaariana a região que contêm os países africanos situados ao sul do deserto do Saara. Desde o século XIX, este território começou a ser conhecido com a expressão África Negra pelos ocidentais, descrevendo uma região habitada por indivíduos da raça negra que não havia sido descoberta ainda, nem colonizada pelos europeus. Este termo caiu em desuso e foi catalogado como pejorativo. Esta região do globo é tida como o berço da humanidade.
Desde o fim da era do gelo, o norte e a região sub-saariana encontraram no deserto do Saara uma fronteira natural e quase intransponível, salvo pequenos atalhos como o rio Nilo. O termo sub-saariano encontra um sinônimo em África tropical, tentado destacar sua diversidade ecológica, ainda que a parte austral tenha um clima totalmente diverso.
Os países que formam a região são: Congo, República Centro Africana, Ruanda, Burundi, África Oriental, Quênia, Tanzânia, Uganda, Djbouti, Eritréia, Etiópia, Somália, Sudão, África Ocidental, Benin, Burkina Faso, Camarões, Chade, Cote d’Ivoire, Guiné Equatorial, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné Bissau, Libéria, Mauritânia, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
A África sub-saariana é considerada por muitos como a região mais pobre do planeta, nesta parte da África estão localizados os países (33 dos mais pobres que existem) com grandes problemas estruturais sofrendo os graves legados do colonialismo, do neocolonialismo, dos conflitos étnicos e da instabilidade política. A expectativa de vida não ultrapassa os 47 anos, o índice de alfabetização de adultos atinge 63%, e o nível de escolaridade chega a 44%.
O enorme crescimento populacional, durante a década de 1990, acarretou no aumento de pessoas vivendo em condições extremas de pobreza. Mais da metade da população sub-saariana, uns 300 milhões de pessoas, sobrevive com menos de um dólar por dia. Milhões destas pessoas vivem na mais absoluta pobreza, privados de água potável, moradias dignas, alimentos, educação e acesso à educação.
A falta de água gera problemas devastadores para a região, além disso, a situação se agrava devido aos períodos de seca e pela desastrosa gestão dos recursos hídricos. Tudo isso causa fome e doenças, provocando o êxodo de muitos nativos.
A África sub-saariana é a região mais afetada pelo HIV, nos últimos anos, numa faixa de terra que vai desde a África Ocidental até o Oceano Índico. Hoje existem mais de 35 milhões de órfãos na África sub-saariana, calcula-se que, destes, aproximadamente 11 milhões são órfãos pelo fato de seus pais terem morrido em decorrência de doenças causadas pelo vírus HIV.
via Blogger https://ift.tt/2xgnniO
0 notes