Ainda me lembro como hoje. Eu estava literalmente devastada, desacreditada e muito triste. Lembro que as 1hr da madrugada, você me mandou uma mensagem. Tinha acabado de nos conhecer,em um aplicativo meio loco de amizades kkkkkkkk. Não sabia o que estava por vir. Aquela madrugada ficou e ficará marcada pra sempre em minha vida. Foi uma madrugada maravilhosa,calma,de conhecimento e descobrimento. Trocamos muitas mensagens,e eu madruguei com você, amanhecemos o dia,e eu nem tinha notado que todo aquele sentimento ruim que me incomodava a meses,tinha Simplesmente sumido. Você foi um anjo enviado por Deus. Tempo passou e despertamos sentimentos um pelo outro,mal sabia você que naquela noite eu comecei a te amar de uma forma inexplicável. Eu sabia que iria enfrentar grandes obstáculos,mas eu quis arriscar porque o que eu estava sentindo era muito intenso e muito mas forte do que eu . Dias se passaram e você me pediu em namoro,um detalhe: você simplesmente era de outro estado,mas não me importei,na minha cabeça nosso amor iria vencer isso. E contigo tive os melhores dias da minha vida, mesmo que em outro estado,longe de mim, você trouxe cor e vida para a minha vida. Eu sou literalmente grata por todos esses dias. Tempo passou e surgiram brigas, desentendimentos,mas eu achei que iríamos superar,e que seria fase,não foi!💔😓 Cada dia agente se perdia em brigas,mas meu amor por você só aumentava apesar disso. Lembro que você falou pra mim em uma noite "Amor ninguém vai pular",e essa frase se tornou parte de mim,"ninguém pula" , ninguém iria desistir do outro,nada nem ninguém iria destruir o que conquistamos,nosso amor foi e é lindo. Em meio a muitos caos eu aguentei coisas que na nossa relação me deixava triste,mas eu sabia que iríamos superar mais isso,e cada briga nossa eu lembra do "ninguém pula". E por incrível que pareça,depois de muitas promessas,foi você quem me deixou,vc pulou,vc que decidiu ir,sem ao menos me explicar. Eu te amo literalmente com toda a minha força. Você é me trazia sorrisos,me fazia ir pra cama e acordar com o semblante mais linda do mundo,eu fui a garota mais feliz do mundo em 4 meses. Tinha planos com você,e você me deixou,sem ao menos explicar nada. Eu sinto sua falta,eu necessito de você 😓💔 meu coração,meu corpo clama por ti. É mais que atração sexual, é mais que atração amorosa, é amor, é conexão de almas. Por que me deixou? Mesmo que não me queira mais,eu sempre vou te amar,porque você foi e é o homem que me teve e me tem,de uma forma de nenhum outro teve ou terá. Eu sou sua,e todo o meu amor é seu. Justamente quando iríamos completar 5 meses você me abandonou e na mesma data... Meu amor por que fez isso? E o "no one jumps" ? Não faz sentido pra você? Só queria te falar tudo o que está escrito aqui olhado em seus olhos. Eu sinto sua falta amor,eu te amo tanto... Mesmo que não tenhamos mais volta,eu ainda irei te esperar e te amar,pfvr se cuide e seja feliz meu neném 😓💔😭 #noonejumps #Euteamo
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SEQÜÊNCIA 12 - A ILHA DO PESCADOR
Diário
25/06/1900
Amanhã tem início a temporada de caça às baleias, que se estende até fins de setembro. Há 22 anos que me dedico a essa atividade. De quebra, a maior parte do ano vivo da pesca artesanal de pequenos peixes pra subsistência, morando na vila de pescadores, junto à rua XV. Há três meses minha filha de 10 anos, desfrutou do uso de uma Kodak Brownie nº 1, própria para crianças, mas que conquistou também minha curiosidade. Ganhei de minha Branca essa preciosidade, que só vem com 6 fotos, e nessa recente ocasião, aproveitei para eternizar numa delas a sua imagem doce, já sabendo que ia deixá-la. A foto, guardei-a entre as páginas do meu Diário. Quanto à minha Branca , deixei-a a um mês. Antes de nos despedirmos pela última vez sem que ela desconfiasse de minha partida me fotografou com sua própria câmera, dizendo que assim me teria sempre por perto.
As impressões chegaram hoje da França, que maravilha! A caixinha de alumínio veio recarregada com um novo filme para novas fotos, que vou tratar de fazer valerem a pena. A chamada visão panorâmica não é a mais ideal, mas sim fotos tiradas a pouca distância do motivo, como me explicou Branca. Então, infelizmente, capturada a próxima baleia jubarte, evidentemente dado às suas dimensões, é certo que não consiga fotografá-la, como queria. Mas, conseguirei cenas de seu aproveitamento na armação da baía, com bons motivos, desde a coleta de seu óleo, às ossadas após seu destrinchamento, assim como a carne comestível, porém pouco apreciada, do grande mamífero. Amanhã embarco com a Brownie, munido do meu diário para registrar o outro lado do meu ofício.
15/07/1900
Acordei zonzo, sem saber onde estava. De algum modo, não me reconheci, quando senti meu rosto coçar, e levando a mão até ele, percebi que tinha crescido minha barba. Procurei logo um espelho, e na falta deste, algo lustroso em que me mirar. Não encontrei nada. Algo me dizia que me surpreenderia com minha própria imagem. Mais velho, e cansado, apesar de limpo. Logo que dei por mim, vi que não tinha roupas. Apenas um tapa-sexo, amarrado à cintura, feito de franjas de alguma fibra vegetal. Com algum esforço, tentei lembrar o que se passara, e apenas fragmentos me vieram à mente. Um enorme choque e o barco voou... e me veio toda a história:
No meu primeiro dia de caça no ano, madruguei, à espera da maré baixa. Meu café foi à base de água, e peixe frito passado na farinha de mandioca, do bocado que me cabia como pagamento. Sou arpoador, dos bons, modéstia às favas. Ganho bem por isso. Uma bagatela a mais que os demais, lanceiro, timoneiro e remadores. Não importa quanto eu casse. Os companheiros, 9 ao todo, cada um com uma tarefa, normalmente me esperavam pra zarpar. Mas, dessa vez era diferente. Eu tinha uma promessa a cumprir. Iria sozinho. Levava como prenda uma guirlanda de flores à Senhora do Mar. O mal nascera do abandono de mãe, na altura dos 29, grávida de parto difícil, e destino à beira de ser triste. A mãe quase morrera, e a criança prematura, desacreditada, chorava a falta do pai. Eu, arrependido, me havia com os descarregos pra que esta alcançasse a cura, tamanha a minha culpa.
Pedia pelo menino, que sobrevivesse, de mal nenhum sofresse. E eu voltaria. Icei velas, ao vento, e embarquei numa aventura repleta de esperança. Apesar do medo, meu ânimo não se abateu. Peguei no timão, e segui em frente, remando sempre, além da costa, de olho em algum cetáceo que cruzasse meu caminho. Não demorou muito, vi um baleote, que atraí jogando-lhe iscas, até que chegasse bem perto e pudesse feri-lo com meu arpão manual. Mantive-o ao lado do bote, enquanto seu sangue jorrava, e seus gemidos gritados alcançavam sua mãe, pega nessa armadilha, indo em socorro à sua cria. Antes que fosse capaz de atingí-la, ela deu meia volta e me atingiu de cheio, num golpe de calda, que primeiro me lançou contra o mastro, onde bati com a cabeça, desmaiando instantaneamente, e segundo me deixou à deriva, com o timão estilhaçado. Sua fúria, ainda que cheia de razão, não seria capaz de salvar o filhote. Ela então retomaria a rota a caminho de procriar.
Na volta, não sei como, dizem, me trouxe até essa ilha longínqua, quase morto de fome, sede, dor nas articulações e imundície, a própria baleia. Um ato de benevolência que me fez reconhecer a crueldade que eu cometera, tirando a vida de seu filhote. Era ali a sua rota de volta pra casa. Ainda um paraíso para os remanescentes da sua espécie. E aqui vou eu ficando. Meu próprio filho, inocente, sacrificado pela ausência do pai.
Tão logo concluiu o trecho, André supôs ser Branca, a mulher da foto. A própria amante do Pescador. Viu nisso, um fato íntimo que dizia muito sobre ele. Queria conhecer essa mulher. Saber quem era. O que fazia. De onde vinha. Qual seu papel na vida do Pescador. Afinal carregava um filho na barriga. E de quem seria a criança? Dele? Com essas perguntas na cabeça, André fechou o diário, e guardou-o de volta. Agora se via novamente com o desconhecido, sem saber onde estava, se sozinho ou não, ou o que fazer. Na mochila, guardava numa algibeira um pedaço de pão, carne seca e uns bolinhos de jenipapo. Sortimento providenciado por Curimã, o remeiro.
Antes de pensar em se limpar, resolveu comer. Depois sairia em busca de algum contato humano. Bebeu um gole d’água. Se enfastiou da comida. Não devia. Não contava com outra guarnição, sabia. Esteve, assim, por alguns instantes, sentado sobre a cama. Absorto em nada. Até que lhe soou ao longe um estrondo quebrando na água perto da praia. Correu até a porta, e ainda conseguiu ver um aguaceiro se desfazendo num anel de espuma. A cena parecia a de um submarino imergindo. André cogitou sem mais demoras que se tratava de um cetáceo. De uma coisa estava certo: de que encontrara o litoral dos caiçaras. A visão do animal só confirmava isso. E a cabana. Mas, em que ponto? Mal refletiu e, mais adiante, do fundo do mar, uma enorme cabeça de odontoceti, reconhecida como sendo a de um cachalote, emergiu. E ele não estava sozinho. A grande poça de espuma tinha sido cavada pela batida de sua calda ou a de um do grupo, contra a água. Com isso, André se viu mais aliviado. Com certeza havia habitantes nas redondezas. Mas, por outro lado, pelo estado abandonado em que encontrara a cabana, duvidava de que estivessem por perto. Ademais, não parecia ter nenhuma construção nas imediações. Ficaria feliz em ver adiante a estação baleeira. Pelo jeito, teria que varar um par de horas pra vasculhar alguma vizinhança. Isso teria que ficar para o dia seguinte. O sol já desaquecia por agora. E só arriscaria perambular por ali mesmo ainda sob a luz do dia. Também o candeeiro sem óleo, não lhe daria a vantagem de escapar das trevas mais à noite, até o sono vir. Sorte ainda poder recorrer à lanterna do celular e ao notebook, se sem avarias. Quanto a isso decidiu checar a câmera fotográfica e a do Iphone. A manual Eos estava guardada numa capa de couro, sem riscos. Quanto ao celular, foi tratar de botar o boné, e dependurar os óculos na blusa, pra sair e testar a câmera de vídeo. Mas, o dispositivo não ligou de primeira. A foto de Terêncio fora uma das últimas, juntamente com uns poucos vídeos da aldeia, produzidos até o término da recarga anterior do Power bank – lembrou. Lançou mão, então, de nova recarga, indo apanhar o carregador portátil, junto com o cabo.
Feito isso, após 30 minutos em que se deu a recarga, tempo em que permaneceu sentado na areia, deu a sorte de flagrar novamente os cetáceos, indo na direção deles, para uma tomada. Antes, porém, tirou os sapatos, deixando-os de lado, e foi molhar os pés na marola. Pra chegar mais perto. Faturou uma bela imagem do conjunto, para sua alegria, quando todo o grupo, no total de 10 indivíduos, subiu à tona pra respirar -- o que levou uns 10 minutos! Um espetáculo!
Seu Iphone possuía função satélite. Funcionava em qualquer lugar, o mais remoto possível, sem wi-fi. Não fosse essa configuração para além da estratosfera, suas transmissões de dados não seriam possíveis, ali. Enviar ou receber arquivos de som e imagem entre seus dispositivos e os de outras pessoas estaria fora de cogitação. Se quisesse se ilhar completamente, de fato conseguiria sem essa tecnologia. Mas, seu calcanhar de Aquiles, não era não poder contar com um satélite, mas sim os limites do Power bank. Para escrever, muito do material digital gerado tinha que ser organizado. Não lhe restaria tanta bateria. Isso o apavorou. Sem internet, textos e fotos eram nada. A vida, ali, assim, era nada. Sobreviver era mais do que questão de pão e água. Era pura sanidade. Estava lançado à própria sorte. Isso o balançou quanto ao que no fundo o levara até lá. Isso, ainda um mistério pra ele mesmo.
Levou a mão nos sapatos, e caminhou pela orla, contornada de uma natureza exuberante. Vencidas as grandes pedras arredondadas e cinzentas, chegava-se a um platô verdejante repleto de espécies floridas. No solo atapetado de gramíneas, da trilha recuada além da orla, beiravam os coqueiros e as palmeiras, em profusão. Era uma cena paradisíaca. O azul turquesa do oceano a tudo rondava, a partir da areia clara e batida.
Pouco a pouco, não mais do que um ponto na imensidão, cresceu sobre a armação a figura insuspeita de André, ainda mal traçada, nos míopes olhos do mestre caiçara. Pé-ante-pé, cresceu indivisível a mancha sem, ainda, – repentina – lograr despertar o insólito. Para André a grande armação, pra sua surpresa, já se tornara real, deixados pra trás o par de quilômetros andados. A certa altura, o altear ressabiado das vozes uníssonas dos homens destrinchadores de baleias pairou sobre o vento e as ondas, sobrevoando o coro dos pássaros marinhos costeiros ... e, sob a aba do chapéu – mediante o alto e súbito burburinho --, Saulo virou-se, de rompante, levando as mãos, à sombra dos olhos, espremidos, que recuaram logo, incrédulos, ante a estupefata visão. Num cisco, arrancou da cabeça o velho chapéu, segurando-o firme numa das mãos, e alcançando os andaimes, célere, rumou à praia, embalado enérgico pelos braços abertos, e ao largo das passadas espaçadas. Seu ar sereno cedeu a feições retorcidas de espanto e perturbação durante a marcha. Adiante, pressuroso, mesmo tendo os pés bem treinados sob o peso da areia, alcançou todo arfante, a pouca distância que o separava de André. Levou na chegada, mecânico, o chapéu de volta à cabeça, brecando brusco - e, assim, estanque e mudo – mediu, abestalhado, a expressão do garoto.
Estiveram, assim, por um tempo a se estudarem. Um gesto de ombros de Saulo, com os olhos arregalados ao arquear das sobrancelhas, superou momentaneamente a incomunicabilidade entre os dois. Inquiridoras, suas mãos ainda espalmadas pra cima esperavam uma reação:
André foi o primeiro a romper o silêncio:
- Sou André.
- André.
- Sim. Você me entende, certo?
- Sim. De onde?
- Longe.
- Como? Como parou aqui?
- O barqueiro. Paguei-lhe uma moeda.
Confuso, o mestre baleeiro chacoalhou a cabeça. O olho, arregalou. Buff ... - baforou.
Tirou o chapéu, no peito. Esticou o braço, e meneando a mão, chamou:
- Vem, vem, vem ...
Deu, rápido, meia volta rumo à armação. Para além dela. Até um casebre. Entrou. Atrás, André. Verteu água de um pote de barro numa cuia. Ressabiado, ofereceu. Espanando, em seguida, na frente, a mão para que André a bebesse. Ele então tomou. A tomar pelo cintilar acobreado da luz áurea lá fora, já já a tarde fúlgida findaria. Se passasse o que fosse tudo teria que ser rápido.
Tirando de André a cuia vazia, Saulo reabasteceu-a, e tomou ele mesmo, um longo gole, espalmando as costas das mãos na boca molhada. Da fronte dele pingavam gotículas de água, sobre o rosto afogueado. As marcas da maturidade lhe sulcavam os veios principais da pele crispada, perfilado o busto desavantajado, sem corpulência atlética, mas compleição compacta e robusta, qual a de um homem meio baixo, que não conta por mais atributos do que um caráter honesto, e espírito tenaz.
Puxou o toco de tronco de árvore, que pareava com a tábua de madeira que servia de tampo de mesa, e deu pro rapaz sentar. De um canto a outro da parede foi procurar a rede em que dormia para servir de assento. Mais calmo, começou:
- O que você André faz aqui.
- O Pescador. Vim atrás das estórias e lendas dele.
- Cabana, Pescador. Vem de lá?
- Acho que sim. A casa tava abandonada.
- Casa amaldiçoada. Povo não mexe.
- Mexi. Não sabia onde ficar.
- Por quê Pescador?
- Meu tataravô era pescador. Desde pequeno gosto dessas estórias.
- Issu?
- Ah! A ilha. É um mistério pra mim. Uma promessa de fugir do mundo de onde venho.
- Amanhã folga armação. Saio com primeiro sol pra pescar. Você aqui aparece antes. E levantou.
André saiu.
***
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