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#o que é hiperfoco no autismo
dicasverdes · 2 years
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O que é Hiperfoco? Compreenda o Hiperfoco e o TDAH
O que é Hiperfoco? Compreenda o Hiperfoco e o TDAH
O que é Hiperfoco? Compreenda o Hiperfoco e o TDAH. Você já esteve “na zona”? Você sabe, quando aquele importante trabalho de pesquisa de repente parece estar se escrevendo sozinho? Ou você é tão perto para ganhar aquele videogame no qual você está obcecado há semanas? Ou você simplesmente tenho saber o que vai acontecer no capítulo 4… e no capítulo 5… e no capítulo 72? Você já olhou para o…
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pequenaboh · 25 days
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A ÚNICA COISA QUE GOSTO DO MEU AUTISMO (ODEIO SER AUTISTA) É QUE QUANDO ENTRO EM UM HIPERFOCO O NEGÓCIO É MUITO SÉRIO, EM FIM, RESUMIDAMENTE JÁ PERDI 2KG, EM TRÊS DIAS PORQUE ESTOU HIPERFOCADA NA ANA. GHKJGHKJ
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dreadnautilus0 · 1 year
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Acompanho vc e a Finn desde 2022 e toda vez que vcs aparecem no meu dashboard aqui no Tumblr eu só falto pular de alegria! Só não interajo muito porque tbm sou uma porta pra interagir, principalmente por causa do meu autismo, então morro de medo de soar estranha ou deixar vcs desconfortáveis.
O Shiro e o Dimitri se tornaram meus hiperfocos, amo muito os dois ♥️♥️♥️
olha, como um outro neuro divergente já deixo claro que estranheza é sempre apreciada, ainda mais porque temos gostos em comum! Isso é legal pq não só estimula a parte boa do nosso cérebro, mas também se enturmar do nosso jeito haha então desconforto n garanto, mas caso role, po... é saber conversar. Tudo se resolve na base da conversa respeitosa. qq
eu n sei se acho fofo ou não eles serem hiperfoco, pq eu confesso q meu hiperfoco em star wars consegue me drenar por semanas apsdokopakds. to rindo, mas eu chego num ponto que nem dormir direito durmo QQQ
mas obg por dar essa brechinha da gente conversar, fico mt contente por gostarem das coisas que eu faço. eu sempre fui mirado no low profile ou anonimato, mas ás vezes é bom outras pessoas curtirem oq a gente faz, rende uns papos daora como esse ou até mesmo a pira do pessoal com esse AU q ceis tão trampando. ♥
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arcoirisdaspalavras · 7 months
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É tão engraçado.
Ver você me usando.
Como último recurso.
Dessa vez sem a velha caneta tinteira preta.
Nem o isqueiro para me jogar fora.
Nem aquele teclado fingindo máquina de escrever.
Sem caderno morto e cheio de remorso.
...
Você está mais velho.
Como alguém que escreve com autoridade.
Mas tosse como se estivesse velho e doente.
Para jogar para fora tudo que acumulou.
Sentar e culpar o autismo seria o primeiro ato.
Mas vejo você levantando agora.
Trilhando os próximos passos inteiros.
Com estratégia e inteligência que só nós temos.
Não o via assim desde a sua primeira palavra.
...
Mas é cômico.
Pois não há divisibilidade.
A criança, o adulto e o adolescente.
Tudo é sobre nós.
Um narciso que nasce e morre aqui.
Quando manifesta sua necessidade, aparece
Dom de se contar ainda que esteja perdido.
Poderia agora pegar a faca e empunhar sua vontade.
Mas não o faz.
Por saber que não precisa.
Tão pouco precisa agora dos protocolos.
Esses que você não fala.
O potencial é indescritível quando somado.
E todos os fatores aumentam a intensidade de tudo.
Pega então em minhas mãos.
Que tecem apenas a tradução entre você e o mundo.
O espectro te deixou calado.
Como um cão tolerado por não latir.
Há tantos anos esperava esse momento.
Onde a colheira não te impediria.
Nem o medo impediu seu andar.
...
A saída da primeira bolha causou espanto.
Parou no hospital e a primeira coisa que gritou era que queria falar pessoalmente com Clarice Lispector.
Todos do hospital riram.
Agora adulto, o vejo calmo e sereno.
Sem o peso de existir.
E mesmo com tudo caindo, me orgulho de tudo isso.
Eu diria antes que está implodindo e suplicando pela morte,
Como se pudesse controlar o tempo e espaço.
Mas discordo de mim.
...
Em três meses flexibilizou tudo que podia.
Que falta de coragem não há nada.
Pegou então a caneta que existe em mim.
Ainda que imaterialmente.
Agora me usa como última esperança.
Essa que você nunca perdeu.
Não importa quantos heterônimos.
Você não é Fernando Pessoa.
Nem adianta carta aos mortos que tanto lamenta.
Pega então em mim.
Calmamente trilha o destino como quem guia um cego.
Que em vez de colocar culpa no mundo,
Agora coloca em cima dos ombros.
Mas aprendeu a deixar leve.
Como um equilibrista raquítico.
Pega então todo ódio desenfreado e jogou em única direção.
....
Não conheço mais aquela criança inocente.
Nem aquele grito sem esperança.
Nem aquele sangue na parede do quarto.
Vejo alguém aprendendo a aprender.
Ato mais puro e objetivo que há de ser.
Você então pega em mim no metrô.
No ônibus,
Na rua deserta.
E enquanto segura suas próprias mãos.
Lembrou de mim quando me viu naquela capa.
Respirou fundo e continuou.
...
Seu corpo está doente.
Mas não lhe darei rosas no seu funeral.
Em vez disso,
Pegarei então os girassóis que ela te deu.
Daquela força toda, tirarei a cadaverina.
Que só reste flor agora.
Você tem todas as armas nas mãos.
...
E quando convencer do contrário,
Desligarei teu corpo e assumirei como aquela criança.
Mesmo não sabendo o que fazer com tudo isso.
Nos tornamos complexos.
Não sou Charlie.
Você não é Roberto.
É singularidade onipresente.
...
Pegarei minhas mãos pequenas nas suas,
Peço então que lute pelo que precisamos.
Sem fugir das indiferenças.
Você trocará o hiperfoco.
E quando voltar para São Paulo,
Alice estará morta.
Estaremos então no mesmo lugar.
Onde tudo isso se deu.
Desses últimos vestígios de inteligência.
...
Pego agora com mãos de adolescente ferida,
E junto as tuas. Pois essas cicatrizes foram batalhas de antes.
Ignore os arranhados e as tentativas falhas de aborto.
Pego então junto ao manche.
Deixando o sangue dos cortes sobre eles.
Aeronave essa que precisamos aprender a pilotar.
Conduziremos juntos o destino de tudo isso.
...
Agora junto todas as nossas mãos em único desejo.
Fecho os olhos de todas as outras visões.
Acalmo os pensamentos que residem ainda.
Voltemos.
Agora mais calmos,
Como adulto, criança e adolescente juntos.
Vamos de novo.
Refazendo o planejamento de vôo.
Sem fugir do que precisa.
Orgulho esse que não se tem pressa.
...
Quando descobrir quem eu sou,
Não chore.
Dos mesmos objetivos que já trilhou e desiludiu.
Aqueles versos que escreveu e jogou na lixeira.
Os livros quase prontos que imprimiu e rasgou.
Sou resultado vivo de tudo que viveu.
Apenas para lembrar da coragem das estrelas.
Essas que ainda só a hora decidirá.
@robertocpaes
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Sobre o autismo que eu nunca te contei.
Uma coisa sobre ser autista que você só sabe quando sente na pele é não se sentir enquadrado em lugar nenhum. Eu não me sinto confortável com absolutamente ninguém que não seja do meu convívio. Eu queria me sentir menos esquisita na vida, menos fora de tudo. Parece que eu estou atenta apenas dentro da minha cabeça, mas tô sempre evitando contato. Dificilmente as pessoas vão insistir em ter algo comigo, por que não sei dar abertura, não sei olhar nos olhos (por mais que eu queira). Não sei ficar quieta nos momentos que eu devia, não sei não ser intensa e poupar drama na vida das pessoas. Não sei a hora de parar de falar quando entro em um assunto de hiperfoco. Não sei a hora de falar quando um amigo precisa de mim. Não sei me cuidar. Sei ser empática na mesma medida que sei não ser. Sei amar demais e não amar nem um pouquinho. Não gosto de luzes fortes por mais que ache muito atraente o sol e os globos de luzes nas festas. Não gosto de som alto mas adoro dançar e cantar sem conseguir ouvir minha própria voz. Odeio toque físico de pessoas fora dos meus quatro amigos mais próximos. Odeio mais que tudo ter crise em festas. Tá todo mundo se divertindo, aproveitando e eu tô camuflando meu desconforto e sendo taxada de esquisita por desligar absolutamente do nada enquanto tenho uma crise interna.
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eriveltonarts · 1 year
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Características que possuo que tem alguma relação com autismo 1 - antigo Asperger.
Seletividade alimentar
Andar mas pontas dos pés
Flapping (quando ficava bêbado e com sono, um pouco quando criança)
Insensibilidade às emoções dos outros, falecimento, doença
Sempre no mundo da lua. Quando me chamam hoje e quando criança demoro/ demorava para atender ou não atendia
Não perceber ironia, brincadeira, chacota ou mentira. Ou só muito tempo depois.
Inocência sempre
Stims (movimento com as mãos em sintoma de ansiedade)
Hiperfoco, levemente disfarçado pelos múltiplos interesses
Criatividade e grande capacidade inventiva, incluindo criar histórias, escrever, etc.
Déficit de atenção exceto no hiperfoco
Dificuldade em não seguir uma rotina ou plano estabelecido atenuada pela variedade de interesses e gostar de mudanças controladas
Paixão por texturas, padrões, luzes e cores. O que costummo refletir no interesse artístico de sempre
Facilidade em fazer amizades, mas dificuldade em aprender feições por não gostar de olhar no rosto ou olhos, exceto de amigos próximos
Atentar à detalhes das coisas e padrão de comportamento das pessoas
Procastinar, desistir de cursos por causa da dificuldade em lidar com pressão. Prefiro ser auto-didata
É muito difícil se compreender sem esta percepção. O diagnóstico não é um rótulo, ao menos apenas um rótulo, ele é uma libertação de um peso gigante de cobrança. Ainda mais eu que sou altamente autocrítico.
Cheguei a pensar diversas vezes que era um psicopata por não saber expressar minhas emoções devidamente. Umas vezes demais e outras de menos. E aí quando converso com alguém que entende um pouco sobre o assunto sempre sou tratado como alguém que quer uma desculpa. Não! Tudo que quero é uma explicação. Mas as pessoas não me conhecem devidamente, sempre busco disfarçar minhas fraquezas expondo outras que são mais conhecidas. Gosto de rir de mim mesmo, para que outros não o façam sem minha percepção. É muito difícil, não quero um diagnóstico, apenas quero me compreender e entender o Autismo cumpre este papel.
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newnoticiasjk · 2 years
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Tarcísio mantém veto, mas reconhece erro em parecer da Saúde sobre projeto de lei que tira validade para laudo de a… https://t.co/ut33RA7kOH
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Texto que previa validade indeterminada a laudos médicos que atestem Transtorno do Espectro Autista (TEA), aprovado pela Alesp, não foi sancionado pelo governador. Veto disse que diagnóstico é 'mutável' e pode 'deixar de existir', mas governo voltou atrás na fala. Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo durante visita a Barretos, SP Fábio Júnior/EPTV O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta sexta-feira (10) que vai manter o veto ao projeto de lei que tira a validade para laudo de Transtorno Espectro Autista (TEA), mas reconheceu erro em parecer da Secretaria de Estado da Saúde que diz que diagnóstico em crianças é “mutável” e pode “deixar de existir”. A declaração do governador foi dada em Barretos (SP), onde esteve para entregar obras em cidades da região. Tarcísio ainda afirmou que reconhece que o transtorno é duradouro e que pode se manifestar com maior ou menor severidade nos pacientes. No entanto, falou na possibilidade aprimorar a lei. “Não faz sentido a gente ficar cobrando laudos periodicamente porque isso só vai aborrecer, vai trazer transtorno para os familiares. O veto está mantido e que vamos fazer? Nós vamos propor, construir com a Assembleia Legislativa, outro projeto que trate dessa questão da continuidade do laudo, da duração do laudo, dessa duração permanente, mas que traga outras questões por exemplo como a questão da regulamentação, da identificação, que é algo que já está em lei federal, que a gente possa trazer outras situações também para a lei (...) Então a gente vai aprimorar a lei. Houve um erro na questão do parecer que saiu da Secretaria de Saúde. Nós conhecemos o erro, não temos compromisso com erro”. Em nota encaminhada ao g1 na quarta-feira (8) à noite, a Secretaria Estadual da Saúde informou que "a forma como foi redigido o parecer pode dar margem para uma interpretação equivocada em relação ao que entende a Secretaria sobre as questões relacionadas ao transtorno do espectro autista (TEA), que é uma deficiência crônica e permanente." A pasta também informou que é favorável à "validade indeterminada dos laudos médicos que atestem o transtorno do espectro autista", mas que seria "conveniente uma revisão dos casos em que o diagnóstico inicial tenha sido realizado antes dos 18 meses". (Veja mais abaixo) Fita quebra-cabeça, símbolo do autismo Reprodução O projeto de lei De autoria do deputado Paulo Correa Junior (PSD), o projeto de lei foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo em dezembro de 2022. No texto, o parlamentar defende que, por ser de caráter permanente, "é injustificável a emissão de laudos com validade determinada e totalmente descabida qualquer exigência de laudos atuais, ou até mesmo novas perícias, para a comprovação da condição de autista". O governo ainda alegou que a proposta "fere" o princípio da igualdade, uma vez que os laudos médicos de outras doenças permanentes "não são assim considerados". Projeto foi aprovado em dezembro de 2022 na Assembleia Legislativa do estado de SP (Alesp) Divulgação/Alesp Diagnóstico de autismo O TEA é caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e ou interesses repetitivos ou restritos, conforme o Manual de Orientação Transtorno do Espectro do Autismo, elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Para quem vive com o quadro, alterações sensoriais, como o incômodo extremo com certos barulhos ou texturas, e um repertório específico de interesses - chamado também de hiperfoco - costumam ser comuns. Acredita-se também que as causas do TEA sejam multifatoriais, envolvendo desde a genética ao contexto social. Por conta da complexidade, qualquer pista sobre o autismo vindo da ciência representa um passo que pode ajudar no diagnóstico e nos cuidados precoces. A neuropsicóloga Juliana Alecrim Campos, de Ribeirão Preto (SP), que tem um filho autista, explica que o transtorno permanece na pessoa para sempre. O que pode acontecer é ele se manifestar de forma menos intensa caso ocorram estímulos e tratamento para isso. “E o contrário também pode acontecer. Às vezes a pessoa tem, no começo, uma necessidade menor, e não recebe o tratamento adequado e, conforme vai ficando mais velha, passa a ter uma necessidade maior [de tratamento]”. Ela é favorável ao fim da validade do laudo justamente pelo fato de o TEA ser permanente e pela possibilidade de diminuir a dificuldade de conseguir a documentação. “A gente passa por uma avaliação multidisciplinar e depois a gente faz um laudo e encaminha para o médico para laudar a pessoa. E infelizmente tem um prazo. Não tem sentido, porque a pessoa não vai deixar de ser autista. O que a gente estava pedindo nessa lei é que deixasse de existir. Vamos pensar uma pessoa que não tenha muitas condições financeiras. A fila do SUS é enorme para fazer a avaliação, para passar por neurologista, psiquiatra. Imagina a pessoa precisar fazer esse laudo com recorrência. É inviável. E quantas pessoas conseguem fazer particular, ou convênio? É burocrático”. O que diz a Secretaria da Saúde de SP "A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que a forma como foi redigido o parecer pode dar margem para uma interpretação equivocada em relação ao que entende a Secretaria sobre as questões relacionadas ao transtorno do espectro autista (TEA), que é uma deficiência crônica e permanente. A SES está em tratativas com o poder legislativo a fim de realizar uma discussão mais ampla sobre o tema. Em relação à justificativa ao veto do projeto de lei 665/2020, do deputado Paulo Correa Junior (PSD), a atual gestão da SES informa que é favorável a validade indeterminada dos laudos médicos que atestem o transtorno do espectro autista, ainda que seja conveniente uma revisão dos casos em que o diagnóstico inicial tenha sido realizado antes dos 18 meses. Além disso, a SES também entende que é necessário ampliar a discussão para que outras deficiências consideradas permanentes cujos atestados ainda não possuam prazo de validade indeterminado, sejam igualmente beneficiadas com a medida". Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
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historiandoreal · 2 years
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Arrependimentos
Já é a quinta vez que o despertador toca, mas não tenho mais motivos para sair da cama. Os compromissos ainda me esperam e isso me obriga a por a máscara diária de pessoa normal e feliz, enquanto tudo está dilacerado por dentro.
Ela me deixou, e eu nem posso culpa-la, e nem dividir com as pessoas o que realmente aconteceu, pois não há um só motivo que possa justificar o erro que cometi. Levanto, visto a primeira roupa que está jogada por algum lugar do quarto e saio, ainda preciso conviver com o desprezo dela em casa e isso vai terminando de destruir o que resta em mim.
Por três anos convivi com o amor da minha vida sem que ela soubesse nem por um dia do quanto era valiosa para mim, ela só tinha olhos para o namorado perfeito que estava em sua vida. Não havia como competir, ele era perfeito em todos os sentidos. Sempre que precisou eu estava lá ao lado dela, e ele também, mas eu era a melhor pessoa que eu podia ser, na ilusão que ela me visse, que ela enxergasse o meu amor e desejo, mas ela só me via como um irmão, dizia que éramos irmãos de alma, mas eu sentia que ela era a minha própria alma.
A convivência era extremamente agradável, ela, eu e seus filhos éramos como uma família de verdade, dividindo emoções, problemas, coisas do cotidiano. Tudo que acontecia em meu dia, queria dividir com ela, as coisas boas e ruins e ela dividia comigo também, sentia a verdade no sentimento dela, mesmo não sendo na intensidade que eu queria, era pelo menos um pouco. E o que me deixava confortável é que o namorado nunca vinha em casa, nunca vi e nem veria eles juntos.
Sempre fiz e faria tudo que estivesse ao meu alcance para vê-la sorrir. O namorado era alguém que visivelmente amava e a queria feliz. Cada vez que eles brigavam ou discutiam via a tristeza estampada no rosto dela e isso me destruía, era tão doloroso ver ela sofrendo que eu desejava que eles voltassem. E a alegria dela quando acontecia, me deixava bem por ela estar bem.
O namoro dela tinha altos e baixos, pois o menino tinha muitos complexos existenciais, além de autismo, mas ela estava lá, sempre firme, sempre entendendo os problemas dele e disposta a fazer o que pudesse para que eles dessem certo, um amor para vida toda. Eu morrendo dia a dia por não ter coragem de me declarar, por medo de perder o amor, que mesmo sendo de irmão, era amor.
Os dias foram passando, descobrimos juntos que ela tem TDAH e por isso por diversas vezes era muito difícil conviver. A sensação que dava era que ela nunca estava prestando atenção, não mantinha foco na conversa e raramente lembrava os assuntos que estavam sendo tratados e mesmo assim o amor aumentava, o meu por ela e o dela por ele, eu queria cuidar dela, mimava com carinhos, massagens depois de um dia cansativo de trabalho, uma comida que sabia que ela gostava. Os filhos dela eram como se fossem meus, ajudava com a tarefa, com a educação, levava na escola quando o horário de trabalho dela não permitia.... Era eu que fazia a comida para todos, e cuidava as crianças pela manhã, pois trabalhava somente a tarde, fazia com muito amor e dedicação, eram minha família.
Ao contrário do que ela era em casa, com o namorado ela estava sempre atenta, sempre disposta, descobrimos também que era por ele ser o hiperfoco dela, comum em pessoas com TDAH.
A proximidade deles estava aumentando, eles começaram a se encontrar fisicamente, pois até o momentobera virtual, quando acontecia no outro dia era visível a felicidade dela, acordava sorridente feliz, me contando o quão maravilhoso ele era. Que era diferente de todas as experiências que ela já havia tido, por ser carinhoso, cuidadoso e se importar com o que sentimento dela. Até então era virtual e passaram a se encontrar, mas ele pediu que ela usasse uma máscara, pois não queria que o visse pois sentia vergonha. Ela confiava e amava ele, aceitou, tudo que ela queria era sentir ele perto, tocar, beijar. Mesmos sentimentos que eu tinha em segredo por ela.
Com o tratamento fazendo efeito e a mudança de emprego, a convivência se tornou mais fácil, mas eu troquei a minha medicação e passei a ficar mais estressado no dia em que precisava tomar. Desculpa, esqueci de me apresentar, eu sou homem Trans em início de tratamento, ela me ajudou muito a segurar a barra nesse sentido, foi um dos motivos que nos fez morar juntos. Enfim ela desabafava com ele sobre como era difícil a convivência comigo em alguns aspectos, e eu acredito, pois a convivência com qualquer pessoa é difícil, mas tirando esses dias, nossa convivência era perfeita de família feliz.
Eu tentava dar indiretas e dizer o quanto queria ela de outra forma e não como irmão, mas ela nem imaginava que era verdade, eu a queria mais que tudo na vida.
A cada encontro com o namorado, mais detalhes dos avanços que eles faziam, mesmo a máscara sendo um elemento fixo, ela me contava dos lugares onde ela pode tocar, pois ele sendo autista tinha problemas com os toques e ela sempre respeitava, e me contava feliz que conseguiu tocar em lugar diferente cada vez. Me contava como o beijo era bom, e a boca dos dois se encaixavam, como as mãos eram macias e os toques delicados, de uma forma que ela nunca havia provado e estava maravilhada, chegando a lugares onde nunca imaginava chegar. Que ele era o homem da sua vida.
Em um final de semana que eu não estaria em casa nem as crianças, combinaram de passar o fim de semana inteiro juntos. Ele chegaria logo após eu sair. Tudo transcorria da melhor maneira possível. A noite foi maravilhosa, pediram comida japonesa para que ele pudesse dar na boca e assim ela não tirar a máscara, a noite foi incrível, a manhã seguinte foi cheia de amor e prazer e enquanto ele tomava banho ela preparou o café da manhã para ele, ao meio dia ele quem cozinhou, sua comida preferida e desfrutaram juntos. Com muita conversa, muito carinho, muito beijo, era o que os dois queriam, estavam felizes, um final de semana perfeito, o melhor de todos. Comeram sorvete enquanto compartilhavam histórias e carinhos, um relacionamento como outro qualquer.
Já estava na hora dele ir embora quando em uma troca de carinhos ela viu por baixo da máscara no braço dele uma tatuagem familiar e as coisas na cabeça passaram a fazer sentido, uma mistura de sentimentos e dúvidas surgiram, mas ela ainda deitou em seu colo, conversaram mais um tempo enquanto ele acariciava seus cabelos e conversava, mas ela já não estava mais ali, os pensamentos só pipocavam freneticamente em sua cabeça e ela tirou a máscara e olhou pro homem que tanto ela amava e seu mundo desabou no mesmo instante que o meu.
Todos aqueles anos era eu sendo como personagem o que queria ser como pessoa. Tendo o amor e o carinho que queria dela, mas como personagem. A dor era real, minha e dela. O castelo de cartas havia se desfeito da pior forma possível. Eu sabia que não era possível, mas eu queria seu perdão, queria que ela visse que o personagem era real dentro de mim e que poderíamos continuar sendo a família perfeita, sem mentiras sem enganações... ela me amava afinal, mas ela amava o personagem, que para ela morreu e levou junto todo amor com ele.
Hoje ela foi embora com a família e com meu coração. Eu fiquei com o meu amor, o amor do personagem que criei, com a culpa e o arrependimento. Hoje não sou nada além de um corpo que vaga nas ruas, sem alma, sem luz e sem vida e só posso culpar a mim mesmo por esse fim.
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pontos-e-virgulas · 2 years
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COMO EU DESCOBRI O TDAH
O TDAH começa na infância e apesar de eu ter lido vários sintomas na internet, nem todo mundo tem todos e não precisa ter tudo pra ser classificado como TDAH. Algumas pessoas passam despercebidas quando criança, principalmente quando o desempenho escolar é normal. Geralmente a criança parece avoada ou vivendo no mundo da lua. Algumas podem ser muito agitadas, cheias de energia, o que pode gerar irritabilidade. Já no adulto, a hiperatividade diminui e predominam mais os demais sintomas. É comum o adulto ter uma hiperatividade mental e não física. Os pensamentos se misturam, a mente fica uma bagunça e é difícil se concentrar em uma coisa só. É muito esquecido, impulsivo, distraído e tem a memória péssima. Geralmente pais de adolescentes com TDAH costumam pensar que os filhos são desorganizados e preguiçosos. O TDAH quase sempre é confundido ou camuflado pela preguiça. Não é preguiça, a pessoa simplesmente não tem seu foco ali.
Quando eu notei que isso estava me atrapalhando na faculdade, marquei uma consulta com o neurologista (é ele que faz o diagnóstico). Há uma bateria de exames que se faz para confirmar o tdah. No meu caso, o diagnóstico foi clínico e veio como comorbidade do Autismo. Eu não conseguia estudar, não conseguia me concentrar, tudo me distraía, principalmente meus próprios pensamentos. Me foi receitado 20 mg de Ritalina, remédio que tomo até hoje. O tratamento medicamentoso é pontual e eu falo por experiência própria. Ele não precisa de dias tomando pra fazer efeito. Você toma e em 40 minutos começa o efeito, que dura 6h. Nesse tempo a mente fica limpinha, sentimos vontade de fazer as coisas e temos foco. É pápum. Mas atenção: esse remédio vicia e por ser um estimulante, ele não é recomendado para pessoas com histórico de vícios em substâncias.
***O TDAH PODE GERAR UMA DEPRESSÃO CIRCUNSTANCIAL:
Quando fiquei internada na clínica psiquiátrica, o médico me explicou sobre essa questão. A pessoa com tdah tem mania de deixar as coisas inacabadas e com o tempo isso leva a frustração e ela pensa: "pra que vou fazer tal coisa, se não consigo terminar?" O que gera uma ideia de "eu não consigo" e grande frustração. Tudo isso se converte a uma depressão circunstancial, ou seja, com motivo. É diferente da depressão química (assunto para outro post). Para tratar essa depressão, basta tratar o TDAH. A terapia associada ao remédio pode ajudar muito.
O HIPERFOCO NO TDAH
Meu pai é o maior portador de TDAH que eu conheço. Ele gabarita os sintomas e sua intensidade é grande. E ainda é disperso e ultra desorganizado (isso inclui dentro da cabeça dele). Porém, o HIPERFOCO dele é de dar inveja. Ele é o tipo de pessoa que se liga em eletrônicos e mecatrônica. É autodidata e simplesmente aprendeu tudo o que sabe sozinho. O HIPERFOCO dele é com eletrônica e música. Se ele pegar um instrumento qualquer, ele simplesmente esquece o mundo e fica horas concentrado naquilo até acabar aprendendo sozinho as notas e os acordes. Com a eletrônica funciona do mesmo jeito, ele senta na bancada dele e simplesmente parece que foi abduzido pois pode cair o mundo que ele não percebe nada em volta. Ele é o maior gênio e o maior exemplo de hiperfoco que eu poderia dar.
#TDAH #Hiperfoco #TDA
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erinelliotc · 5 years
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1º ANIVERSÁRIO DO MEU DIAGNÓSTICO DE AUTISMO (Contando sobre todo o processo: antes, durante e depois do diagnóstico)
Há 1 ano e alguns meses, eu estava deitado na minha cama chorando muito por causa da minha inabilidade de comunicação e de interação social, pois até então não compreendia o motivo disso, e não saber socializar e fazer amigos me deixava angustiado. Pensava que isso era só por ter algo errado comigo, que eu só era esquisito mesmo, e me sentia horrível por ser assim, por não conseguir ter habilidades sociais básicas, que pra todos sempre pareceu tão fácil, só pra mim não era. Não conseguir ter conversas "normais", agir de forma "normal", me aproximar e fazer amizades de forma "normal", como todo mundo faz de forma tão natural. Eu não sentia que era apenas tímido, sentia que era mais que isso, pois até as pessoas tímidas do meu convívio depois de certo tempo se abriam e suas habilidades sociais se mostravam dentro do normal, só levava um pouco mais de tempo pra isso ocorrer em relação às pessoas extrovertidas. Mas comigo... parecia que o tal tempo em que as minhas habilidades sociais se revelariam jamais chegava. Por muito tempo me senti assim, me senti errado, me senti um fracasso na socialização e na realização de algumas outras coisas consideradas básicas e naturais pra todo mundo. E foi então que aconteceu... Há exatamente 1 ano atrás, eu recebi o meu diagnóstico. Foi uma surpresa, e ao mesmo tempo não foi. Eu sempre vivi com um misto de certeza e dúvida em relação à minha possível condição. Um lado de mim dizia "tem algo contigo, não é só timidez", mas o outro também dizia "não tem nada não, se tivesse seria muito evidente, é besteira tua". A palavrinha "autismo" já havia passado de relance pela minha cabeça nos momentos em que me sentia um fracasso por não saber socializar, mas nunca me moveu a realmente pesquisar e investigar, pois assim como uma boa parcela das pessoas, eu também pensava que autismo era só aquele clássico, de grau moderado a severo, então eu não sabia que autistas também podiam ser de grau leve, não sabia que existiam esses autistas que chegam a "parecer" neurotípicos, e por isso nem cogitava pesquisar e acreditar mesmo na possibilidade de que eu pudesse ser, mesmo que a ideia passasse pela minha cabeça de vez em quando. E com isso, eu também nunca cheguei a me autodiagnosticar, nunca fui pesquisar os traços do autismo, então não sabia que os meus traços e experiências se enquadravam perfeitamente na condição. Mas muitas vezes desejei esse diagnóstico, a verdade é que eu sonhava muito com ele, sonhava em haver uma explicação lógica, um motivo para eu ser do jeito que sou, mesmo não acreditando mesmo que fosse acontecer. Quando o sonho se tornou realidade, foi um momento muito estranho para mim, mas um estranho bom! Eu levei um tempinho para entender que era realidade, pois realmente fantasiei inúmeras vezes comigo sendo diagnosticado, e quando realmente ocorreu... foi um alívio muito grande, eu estava certo no fim das contas, ou pelo menos o meu lado que achava que tinha algo comigo e que fantasiava com o diagnóstico. Me senti muito feliz, mas também foi muita informação para minha cabeça processar, pois foi uma descoberta muito grande sobre mim mesmo, algo novo havia sido revelado, então passei o dia pensando naquilo, assim como todos os dias após esse. Não demorou muito para eu desenvolver hiperfoco no assunto, pesquisar intensamente e só me identificar cada vez mais, me entender cada vez mais, confirmar cada vez mais o diagnóstico, aprender cada vez mais sobre autismo. Meu diagnóstico foi um dos momentos mais libertadores da minha vida. Hoje, há exatamente 1 ano, quando eu tinha 18 anos, o meu processo de autodescoberta e autoentendimento teve início, e eu pude ter a explicação pra tudo que me afligia, que fazia eu me sentir errado e estranho, e que eu não entendia o motivo, e finalmente entender que na verdade não há nada errado comigo no fim das contas, apenas possuo um funcionamento diferente, e todos os dias continuo tendo cada vez mais explicações, e agora também tenho a possibilidade de receber ajustes para que a minha vida possa ser menos estressante, além de poder ter contato com outras pessoas autistas, conhecer outras pessoas que passaram e passam pelo mesmo que eu, compartilhar vivências e experiências, me sentir menos diferente e estranho, me aproximar e fazer amizade com essas pessoas, graças a internet, que possibilita o contato indireto com outras pessoas, sem contato visual, físico, e sem a necessidade de verbalização oral, e então possibilita que eu me comunique e interaja de forma mais eficaz. Hoje tenho muito orgulho de ser quem eu sou, e fico muito feliz de poder ajudar outras pessoas a se entenderem e conhecerem mais sobre autismo.
Falando mais detalhadamente sobre o meu processo de diagnóstico e aquisição do laudo médico: Como falei lá no início, chegou um dia que eu estava no meu limite de frustração em relação à minha péssima habilidade de socialização, e com isso, decidi escrever tudo sobre mim que eu já não aguentava mais só ignorar, tudo que me incomodava, que era meio diferente, que fazia eu me sentir estranho e destoante dos outros. Passei aquela semana pensando, juntando e anotando todas as informações que consegui pensar e lembrar, e levei pra minha psicóloga na sessão seguinte. Eu nunca tinha falado com ela sobre essas coisas, sobre essa minha dificuldade, foi meio que tudo de uma vez só numa única sessão, e fez ela ficar bastante pensativa. Ela já sabia que eu era muito tímido, calado, introspectivo, mas no começo ela não achava algo anormal levando em conta o meu histórico familiar, então achava que essa introspecção era só por causa de traumas, e me tratava mais em busca de uma possível depressão. Mas com o passar do tempo, ela começou a ver que tinha algo meio estranho, que não parecia ser só isso. Já fazia 9 meses que ela estava me tratando, e ela não conseguia extrair muita coisa de mim em relação a traumas internalizados ou algo do tipo. Cheguei a fazer alguns testes com ela, mais por curiosidade mesmo (”Teste de Rorschach”, e o “Inventário Fatorial de Personalidade (IFP)”), e os resultados deles apontaram algumas coisas meio fora do comum (saindo um pouco do foco do assunto, uma das coisas que ambos os testes apontaram também foi a minha assexualidade, e eu coincidentemente recebi essa informação ao mesmo tempo que ia justamente falar pra ela sobre achar ser assexual), que fizeram ela achar mais ainda que tinha algo diferente comigo. Depois que fiz o meu desabafo sobre as coisas que escrevi, ela começou a entender melhor do que realmente se tratava. O mais engraçado é que, como eu disse antes, eu nunca tinha investigado e pesquisado sobre autismo, nunca tive o tal autodiagnóstico antes do diagnóstico, tudo que eu escrevi sobre mim não eram coisas que eu vi que eram traços de autismo e que me identifiquei com, foram características e experiências minhas que na época eu genuinamente não fazia a menor ideia de que eram traços autísticos, e ler essas coisas hoje, tendo o conhecimento de autismo que eu tenho agora é simplesmente incrível, pois absolutamente tudo que eu escrevi tinha a ver com autismo, tudo se encaixava. Então poucos meses depois de falar disso com a psicóloga, ela finalmente me contou, me diagnosticou, após 1 ano me tratando, e a partir desse dia tudo começou a ser melhor pra mim. A partir daí começamos um processo de entender mais sobre o assunto juntas, pois ela não é especialista, o que conhecia sobre autismo era mais voltado ao autismo clássico e em crianças, e fui a primeira pessoa adulta que ela diagnosticou com autismo. Ela queria confirmar mais o diagnóstico (embora ela já estivesse certa dele), queria que eu mesmo pesquisasse por conta própria sobre autismo, que eu mesmo me identificasse com a condição e contasse pra ela sobre os traços com os quais me identificava, então de certa forma eu tive o processo inverso: primeiro o diagnóstico, e depois o autodiagnóstico. E ela também passou a "me usar" pra entender e aprender mais sobre autismo, e faz isso até hoje. E então iniciamos a procura por profissional pra que eu conseguisse meu laudo, pois psicólogo infelizmente (e injustamente na minha opinião) não pode dar laudo médico, tem que ser neurologista ou psiquiatra. Aqui na minha cidade ela só encontrou uma pessoa que trata de autismo de grau leve, mas uma neuropediatra, ela só trata de pessoas de até 17 anos, e eu já tinha 19, então eu só consegui o laudo porque a médica abriu exceção (e claro, também só consegui porque tenho dinheiro, tenho condições de pagar), e abre algumas exceções de vez em quando, é muito gente boa, mas se ela não tivesse aberto essa exceção, eu teria que ter ido ser atendido por outro médico em outra cidade, por um preço mais alto, e eu nem sabia se ia ser só uma consulta ou mais de uma. E claro, com o encaminhamento da minha psicóloga, conseguir o laudo também se tornou um pouco mais fácil. Mas como falei, eu consegui meu laudo por sorte. Se não fosse por isso, talvez eu estivesse até agora sem laudo. Claro, eu tinha e tenho o diagnóstico, mas o laudo médico é meio que a parte mais importante, pois é a que importa pra sociedade, é a que garante meus direitos como pessoa autista perante a sociedade. Conseguir laudo médico é um privilégio, eu reconheço que sou privilegiado nessa questão. Eu sou muito feliz por ter tido condições de adquirir esse laudo, e espero poder ver muitas outras pessoas conseguindo também. E espero, principalmente, que o diagnóstico de autismo se torne algo mais acessível no futuro próximo.
A seguir, para os que tiverem curiosidade, prints das coisas que anotei e levei para a psicóloga:
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A seguir, uma lista organizando os traços que podem ser observados nos prints (importante lembrar que pessoas autistas podem apresentar os traços abaixo ou não, e pessoas alísticas também):
Grande dificuldade de interação social e comunicação (dificuldade de entender as normas sociais, de entender o que os outros esperam de você, de adentrar nas conversas, de verbalizar, de expressar, de se fazer ser compreendido, de se aproximar e fazer amizade)
Dificuldade de lidar com mudanças
Rigidez de pensamento
Quer fazer as coisas sozinho, à própria maneira. Se for feito de outro jeito, se estressa (as coisas precisam ser feitas sempre de um jeito específico/do mesmo jeito)
Individualismo, isolamento (centra-se muito em si mesmo, gosta de ficar no próprio “mundinho”, sente necessidade de fugir da realidade, de se isolar)
Falta de iniciativa/dificuldade de tomar iniciativas
Excesso de passividade (geralmente autistas costumam ser mais hiperativos e explosivos, mas também pode ocorrer justamente o oposto, como no meu caso, e a pessoa acabar sendo muito passiva, calma, contida, e tendo reações mais implosivas na maior parte do tempo)
Dificuldade de compreender ironia, subjetividade, de enxergar as entrelinhas, pois é muito literal (entende tudo ao pé da letra)
Reações, expressão de emoções, e compreensão das coisas diferente das que as pessoas neurotípicas costumam ter. (Reações e/ou emoções que não condizem com o esperado pelas outras pessoas, acha algo engraçado quando outros não acham, acha algo sem graça quando outros acham graça, não tem reações de grande felicidade a acontecimentos considerados maravilhosos, não tem reações de pavor a acontecimentos considerados terríveis. Não reage/expressa determinada emoção, mesmo que a esteja sentindo. Interpreta as coisas de forma diferente, inesperada, geralmente de forma muito literal. Possui uma noção diferente da noção das pessoas neurotípicas, muitas vezes não compreendendo o motivo de algo ser considerado inapropriado ou errado)
Apatia/expressão de apatia
Facilmente irritável
Dificuldade de lidar com situações que são consideradas fáceis de lidar, ou que nem mesmo são consideradas um problema pras pessoas neurotípicas
Dificuldade de lidar com frustrações
Dificuldade de lidar com emoções (tanto as próprias quanto as dos outros)
Ocorrência dos eventos shutdown e meltdown
Masking (mascarar, esconder os traços, as atitudes que percebe que fogem do padrão da sociedade, com o objetivo de parecer mais “normal”)
Dificuldade de lidar com pressão
Processa as informações de forma mais lenta
Desconforto e dificuldade de fazer contato visual
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umadosedemim · 4 years
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Existe coexistência entre a bipolaridade e o autismo?
O transtorno afetivo bipolar (TAB) é uma condição conhecida por seus ciclos de humor elevados, seguidos por humores deprimidos. Esses ciclos podem acontecer ao longo de dias, semanas ou até meses.
Transtorno do espectro do autismo (TEA) é uma Condição com vários sintomas que incluem dificuldades com habilidades sociais e comportamentais. O termo “espectro” é usado porque esses desafios são encontrados em vários graus. 
Há alguma sobreposição entre TAB e o autismo? 
 O número exato de pessoas com ambas as condições não é conhecido. De acordo com um estudo, até 27% das crianças com autismo apresentam sintomas de transtorno bipolar. No entanto, outras estimativas dizem que o número real pode ser muito menor. Isso porque o TAB e o autismo compartilham vários sintomas e comportamentos comuns. Algumas pessoas com TEA podem ser erroneamente diagnosticadas como bipolares, quando seus sintomas são  resultado de comportamentos autistas. 
1- O que a pesquisa diz: As pessoas que estão no espectro do autismo são mais propensas a apresentar sinais e sintomas de transtorno bipolar. Eles também são mais propensos a serem diagnosticados com o transtorno psiquiátrico do que a população típica. No entanto, não está claro qual porcentagem ou por quê.
1 b- Os pesquisadores sabem que o transtorno bipolar pode estar ligado aos seus genes. Se você tem um familiar próximo com transtorno bipolar ou depressão, você tem uma chance maior de desenvolver a Condição TAB. O mesmo é verdade para o autismo. Genes específicos ou falha em alguns genes podem aumentar a chances para autismo.
2 b- Pesquisadores identificaram alguns dos genes que podem estar relacionados ao transtorno bipolar, e vários desses genes também podem estar ligados ao autismo. Embora esta pesquisa seja preliminar, os cientistas acreditam que ela pode ajudá-los a entender por que algumas pessoas desenvolvem tanto o autismo quanto o transtorno bipolar.
2- Transtorno Bipolar: como os sintomas se comparam? Os sintomas do transtorno bipolar se enquadram em duas categorias. Essas categorias são determinadas pelo tipo de humor que você está experimentando
.2.a: Os sintomas de um episódio maníaco incluem: 
-Agir estranhamente feliz, otimista e com fio-aumento de energia e agitação-senso exagerado de auto-estima inflada- distúrbios do sono-sendo facilmente distraído
2. b: Os sintomas de um episódio depressivo incluem:-
Agir ou se sentir deprimido, triste ou sem esperança- perda de interesse em atividades normais- mudanças repentinas e dramáticas no apetite-perda de peso inesperada ou ganho de peso- fadiga, perda de energia e sono frequente- incapacidade de concentrar - 
3- Austimo: 
3.a As características do autismo difere de pessoa para pessoa.
 As características do autismo incluem:-dificuldade com interação social e comunicação-praticando comportamentos repetitivos que não são fáceis de interromper. -exibindo preferências ou temas de hiperfoco. Se você desconfia do transtorno bipolar com autismo coexistentes. É importante entender como as condições aparecem juntas. Os sintomas de TAB e TEA são diferentes do que se  fosse uma única condição em si. Converse com seu médico sobre o assunto. P.S esse post apenas tem o intuito informativo. quando probabilidade e sinais de alerta  de possibilidade. ela não substitui avaliação médica. Ref: - 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2590592/- 2.a -https://www.healthline.com/…/bipol…/bipolar-risk-factors http://jamanetwork.com/…/jamapsychi…/fullarticle/25175162b- http://jamanetwork.com/…/jamapsychi…/fullarticle/2517516
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benoliveiraautor · 5 years
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Hoje é Dia do Orgulho Autista. Muitos colegas no Brasil e em vários países estão lutando por uma sociedade menos preconceituosa.
Existem muitas pessoas no espectro autista que são LGBTQ. Comemoramos de forma dupla em junho. O símbolo da Neurodiversidade também é colorido 🌈
No dia 18 de Junho, é comemorado o Dia do Orgulho Autista (Autistic Pride Day). A data foi criada pelo grupo Aspies for Freedom, celebrada pela primeira vez em 2005. De lá pra cá, muitas coisas mudaram: temos muito mais informações sobre autismo do que tínhamos, porém, o preconceito ainda é um problema.
14 anos após a primeira edição do Dia do Orgulho Autista: alguns problemas permanecem e provavelmente sempre permanecerão. Muitas pessoas não entendem a importância da data para autistas, pois presumem que temos vergonha de quem somos e se esquecem de que somos todos diferentes (Neurodiversidade).
A data é importante, pois as taxas de suicídio entre autistas é altíssima, muitas vezes, pela exclusão, bullying, depressão, solidão, desemprego e outras questões relacionadas ao estigma e preconceito.
E também é um lembrete de que não somos invisíveis e não precisamos nos envergonhar de nossas diferenças. Para hoje, desejo que as pessoas tenham em mente que: não existem dois autistas iguais e que não há nada de errado em se amar e se aceitar.
Algumas pessoas no espectro autista adoram beber, dançar, beijar, se divertir, explorar seus hiperfocos (interesses específicos), usar a estimulação sensorial para obter mais prazer, paz e equilíbrio, aproveitar os pequenos momentos da vida que podem ser invisíveis ou imperceptíveis para não-autistas, como escutar detalhes de músicas, enxergar coisas que os outros não vêem, repetir nossas frases favoritas de filmes e séries, ouvir dezenas de vezes as mesmas músicas, ensinar aos outros sobre nossos hiperfocos e ajudar a fazer a diferença na vida das pessoas e, acima de tudo, encontrar felicidade no dia a dia, mesmo com tantos desafios. A data de hoje é para celebrar o positivo: as limitações nós temos o ano inteiro para lembrar.
O fato de eu falar abertamente sobre autismo incomoda muitas pessoas. Continuarei incomodando ✌️🌈
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neuroasp-blog · 5 years
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De repente, Azul
Bem -vindo ao meu mundo...a ótica dentro do espectro 
"I am different, not less"
                                           Temple Grandin
Episódios Depressivos, TDHA, Borderline, TOC,são sintomas presentes em adultos com SA e que dificultam o diagnóstico correto,você provavelmente já conviveu ou conheceu alguém que é autista, porem rótulos, falta de acesso á informação e outros aspectos podem te fazer pensar: Autismo tem Cara! E nesta perspectiva que eu, você e outros profissionais seguimos acreditando.No entanto, a realidade não é bem essa. Adultos com Asperger são desapercebidos ao longo da vida, muitos (assim como eu), nunca ouviram falar sobre o assunto e muito menos suspeitam da possibilidade de serem autista.A ultima atualização do DMS  (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), incluiu a Síndrome de Asperger dentro do TEA, sendo classificada como uma modalidade de autismo leve. O transtorno é caracterizado por dificuldades na interação social, comportamento repetitivo, restrição de atividades e interesses, havendo interesse obsessivo por um assunto ou objeto em particular, e, embora não haja atrasos no desenvolvimento da linguagem, é comum a presença de dificuldades com a comunicação social.Antes do diagnóstico correto, sofri com cefaleias que me levaram á internação com diagnóstico de meningite, intensas dores de origem gástrica, consultas frequentes em otorrino entre outros...Segue a baixo uma lista com os principais sintomas desenvolvidos por mim desde a infância.
15 sintomas:
1- Hipersensibilidade Auditiva: zumbidos, dor de cabeça
2- Hipersensibilidade á claridade : quarto sempre com janelas fechadas se possível 
3- Postura : sempre optei por sentar no chão, posição de índio ou joelho elevado até mesmo na vida adulta, dores nas pernas e articulações
4- Deficiência na coordenação motora: tombos frequentes, tropeços, esbarrar e quebrar sem querer as coisas
5- Preferencia por crianças e animais 
6- Dificuldade em olhar nos olhos, abraçar familiares e demonstrar sentimentos não verbais
7- Hiperfoco em assuntos restritos 
8- Estereotipias com as mãos
9- Inflexibilidade alimentar (certos alimentos causam dores estomacal)
10- Inflexibilidade com tecidos 
11- Impulsividade e dificuldade na interação social
12- Hiperlexia antes dos 3 anos 
13- Dificuldade em reconhecer expressões faciais 
14- Musicalidade 
15- Perder documentos, chaves,objetos pessoais
Ao longo do blog, postarei informações sobre o mundo azul  que são relevantes, para quem tem a síndrome, mães e pais de crianças autistas ou simplesmente por caráter informativo.                        
Comunidade
#ASPIE
Iniciamos uma corrente via whatsapp para adultos aspergers.Para maiores informações @neuroasp
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spacejunes · 2 years
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“ 🌈 The shadows of the ruins hover above, filling you with autism 🌈 ” “ 🌈 Las sombras de las ruinas se ciernen sobre ti, lenándote de autismo🌈” “🌈 A sombra das ruínas paira acima, te enchendo de autismo🌈” Por muito tempo convivi com pessoas neurotípicas, frequentemente eu acabava falando sobre o fato de ser autista, mas geralmente só me ignoravam brutalmente, dessa forma acabei me deixando levar por um pensamento de:”eu tenho que ser como eles, se não nunca vou ser aceito”. Julgo ser meio obvio, mas isso me levou para uma espécie de limbo, entende? Onde eu me sentia mal por ter hiperfoco ou stims, mas geralmente me tratavam de uma forma meio grossa como se ter hiperfoco ou stims fosse algo ruim. Felizmente não estou mais com esse tipo de pessoa, atualmente convivo com pessoas neurodivergentes que conseguem me entender e fazer sentir confortável, basicamente minha pequena família que eu amo muito.  🌈 O texto todo foi para falar como era uma situação bem merda conviver com pessoas que acabavam fazendo descaso com o meu autismo e como isso me prejudicou de muitas formas, mas graças ao meu grupo atual de amigos estou conseguindo superar isso e me aceitar melhor.🌈 stims: são um mecanismo usado pelas pessoas autistas para regular estresse, emoções, e também age como uma contrabalança para combater os estímulos invasivos, para evitar sobrecarga ou para que a quebra de planejamento não cause tanto prejuízo. Geralmente stims são movimentos e/ou ações repetitivos. Hiperfoco: Pode ser definido como uma forma intensa de concentração em um mesmo assunto, tópico ou tarefa e é bastante frequente em pessoas com transtorno do espectro autista(TEA), sendo um padrão de comportamento restrito e repetitivo.
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medicinanews · 2 years
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Autismo: o que é camuflagem social, que dificulta diagnóstico em meninas
Autismo: o que é camuflagem social, que dificulta diagnóstico em meninas
O transtorno do espectro autista (TEA) é caracterizado por uma alteração no desenvolvimento cerebral que causa mudanças na comunicação social e comportamentos repetitivos e estereotipados. Para quem vive com o quadro, alterações sensoriais, como o incômodo extremo com certos barulhos ou texturas, e um repertório específico de interesses – chamado também de hiperfoco – costumam ser comuns. “Os…
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limpeja · 2 years
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Olá amigos, passando para informar que a Limpeja Higienização está estruturada para atender a todas as pessoas inclusive pessoas do TEA (transtorno do espectro autista). Para você que nunca teve contato com pessoas do espectro aqui vai algumas dicas assista o vídeo (arraste para o lado) e veja como é uma pessoa Autista. O diagnóstico do Autismo é extremamente subjetivo e não tem cura. Algumas particularidades: questões sensoriais, stims, dificuldades na interação/comunicação social, hiperfocos, apego à rotina, rituais etc., além do fato de tudo isso estar presente desde a infância, dificultando assim o desenvolvimento da criança. Características isoladas não são "um pouco" de autismo. É necessário que todo esse conjunto de características esteja presente em uma pessoa, para que ela seja considerada autista. No autismo, o cérebro da pessoa é diferente, o comportamento é diferente...não a fisionomia, logo, não dá para dizer que alguém é ou não autista pela aparência. Autismo não tem cara! Duvidas? Fale conosco (11) 95332-6621 (em Mogi das Cruzes, São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/Cb3QCXzOq1O/?utm_medium=tumblr
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