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#Guia para Escritores
tionitro · 1 year
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O Contador de Histórias e o Ouvinte e Os Segredos Mais Importantes da Criação de Narrativas! | NITRODICAS PARA ESCRITORES PODCAST #002 | #escrita #dicasparaescritores
No segundo episódio do nosso podcast, exploramos os três elementos essenciais da narrativa: o Contador, a História e o Ouvinte. Descubra como o Contador de Histórias tece um jogo intrigante com palavras e frases, selecionando e conectando momentos intensos e emocionantes para proporcionar experiências emocionais e racionais ao público. Entenda como o Contador mantém o público engajado ao revelar…
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laficcioteca · 1 month
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Quiero Ser Escritor: Guía para Escribir Cuentos
Escribir un cuento es un arte que trasciende el tiempo y el espacio, conectando a las personas a través de la imaginación y la emoción. Las historias han sido parte fundamental de la experiencia humana desde tiempos inmemoriales. Nos permiten explorar mundos desconocidos, vivir aventuras extraordinarias y reflexionar sobre nuestra propia existencia. En un cuento, cada palabra cuenta y cada giro…
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moonstar841 · 3 days
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✨DESAFIO PARA ESCRITORES ✨
Vamo escrever histórias de fantasia?
Oi gente, pra quem não me conhece sou Moon 😁 a proposta do desafio é pegar quantos temas você quiser das tabelas abaixo e escrever oneshots ou shortfics de sua preferência! Salve as imagens e escreva como quiser 🩵
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Eu tinha pensado em fazer só focado em fantasia, mas surgiram outras tropes que tenho vontade de escrever, então sintam-se a vontade de pegar ambas as tabelas de acordo com seu gosto pessoal. Me inspirei no bingo das tropes da @hwangscan e no Holyween 2023 da Holy (hyunhly no wattpad, spirit e bluesky) 🩵
Tanto o bingo da Lili quanto o Holyween me ajudaram muito a despertar minha criatividade e prática na escrita, tanto que na minha antiga conta até organizei uma tabela desse estilo para o Natal! Surgiram histórias maravilhosas, por isso agora quero trazer mais essa proposta pra vocês ☺️
Você pode fazer uma história pra cada tema, ou inserir mais de um tema na mesma história. Pode pegar um tema de cada tabela, ou focar em uma ou outra. Seja livre para escrever como preferir, no seu ritmo ☝🏼
Possíveis dúvidas:
- É pra o Halloween?
Se você quiser que seja, sim! Mas não tem data limite, faça os temas no seu próprio ritmo. A ideia é poder salvar essas tabelas e marcar nela o que gosta de fazer, como um guia. A intenção principal é aumentar o número de fics de fantasia e despertar a criatividade!
- Tem limite de palavras?
Não, nem mínimo nem máximo. A ideia aqui é despertar a criatividade de quem escreve, sem prazos nem pressão de nenhum tipo. Histórias curtas movimentam as plataformas mais rápido, por isso a sugestão de oneshots ou shortfics. Mas se você prefere escrever long, fique a vontade 🩵
- É de algum fandom em específico?
✨NÃO✨você escreve sobre o grupo/obra/ personagens que quiser 💃 eu tô organizando minhas futuras histórias para um casal em específico por ser um objetivo pessoal, mas você é livre pra ser multishiper e multifandom o quanto quiser ☝🏼
- Onde eu posso postar?
Onde você preferir, eu particularmente uso o Spirit e o Ao3. Você também pode usar o wattpad, bluesky ou tumblr. Use as hashtags #bingodafantasia e #bingomoon pra eu achar as histórias e sejam muito felizes heheh.
Não sei o quanto isso aqui vai alcançar as pessoas, mas me mandem suas histórias que eu quero ler 🩵 obrigade a quem leu até aqui e obrigada a minha amiga linda @nevoasombria , que fez esse design adorável 🥹🩵 Luninha, vc arrasa demais.
Muito obrigade e bora escrever! 💃
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hwares · 11 months
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#001 | O Mais no Menos: um guia para turnos pequenos!
Hala, forasteiros! Vocês sabem qual a diferença entre turnos pequenos e turnos grandes? Pois eu irei te contar… nenhuma! Ou melhor, só uma: preferência.
Um turno nunca deve ser adjetivado em bom ou ruim baseado em seu tamanho. Sinceramente, escrita nenhuma deve ser considerada boa ou ruim baseada na quantidade de caracteres que possui. Como escritores e players, é importante sabermos disso: tamanho é somente questão de estilo. Alguns precisam de mais caracteres para se expressar, outros menos. Contudo, os clichês estavam certos, tamanho não importa!
Há outros detalhes que devemos prestar atenção quando estamos escrevendo. E é isto que iremos explorar hoje: como fazer mais em menos.
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Prefaciarei este guia — ou extenso palpite, como preferir — com a seguinte mensagem: não estou tentando ditar regras sobre como jogar roleplay. Tampouco tentando me colocar como autoridade ou expert no assunto. Estas são apenas minhas opiniões e inferências sobre o assunto. Todos são mais que bem vindes para colaborar ou discordar por replies, reblogs e asks (com educação)!  Minha única intenção com este guia é oferecer algumas dicas e mostrar que você pode escrever pouco se quiser: não precisa se descabelar ou pensar que seu turno é ruim só porque o fantasma de Victor Hugo não o agraciou numa madrugada de natal. Da mesma forma, não precisa pensar que seu turno é ruim só porque você escreveu Os Miseráveis versão de colecionador. Toda escrita é válida.
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INTRODUÇÃO
Às vezes nos remoemos pensando que nossos turnos estão ruins ou “pouco elaborados” porque não atingimos aquela lauda de 1200 caracteres. Mas vou contar uma verdade: algumas de minhas interações favoritas aconteceram com turnos pequenos! Uma delas, inclusive, é uma thread com turnos de menos de 600 caracteres! Não há vergonha nenhuma ou menos mérito em um turno pequeno. 
Honestamente, sou daqueles que não consegue calar a boca quando começa a escrever. Meus turnos costumam se estender por parágrafos e parágrafos; entretanto, há vezes em que escrever muito não é palatável. Seja porque a proposta da interação não abre espaço para discorrer ou porque não estou a fim — saber escrever muito em pouco é uma habilidade que todos deveríamos ter. 
Mas como fazemos isso? Primeiro, vamos começar definindo o que são threads. 
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AS DEFINIÇÕES
Acho que todos podemos concordar que threads seguem uma estrutura que pode ser resumida em ação e reação. O primeiro turno de uma thread sempre conterá a ação principal — o acontecimento que irá engatilhar a interação —, enquanto as repostas conterão as reações: as consequências daquela primeira ação e suas ramificações. 
Seguindo esse raciocínio, e emprestando (e brincando com) termos técnicos, podemos pensar em threads como cenas e turnos como beats. Simplificando, beat é uma unidade usada em roteiros para marcar pedaços onde há progresso numa cena — turnos possuem a mesma função. Todo turno que escrevemos movem a cena (ou a thread) de, pouquinho em pouquinho, em direção a um objetivo. Vamos chamar esse progresso de desenvolvimento. E, por sua vez, definiremos um turno bom como aquele que nos rende desenvolvimento. Ou seja, o bom turno é aquele onde conseguimos mover a cena para frente. 
E como fazemos isso? É importante lembrarmos que roleplay não se joga sozinho. Logo, “render desenvolvimento” significa que nossos turnos conseguem explorar nossas muses, dão margem para que nossos partners desenvolvam as deles e, também, desenvolvem a dinâmica e relacionamento entre as muses. 
São muitas definições, mas pensar dessa maneira nos ajudará a estabelecer uma base para dissecarmos os turnos e observar os elementos que os formam e, como consequência, compreender como podemos nos certificar que nossos turnos pequenos (e até os grandes!) são bons. 
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OS ELEMENTOS
Há três elementos essenciais em um turno e dois opcionais. Vamos começar pelos essenciais:
(01) AÇÃO
Como mencionado, threads são estruturas de ação e reação; logo, não há como ter turnos sem ações. Isso é óbvio, eu sei. Mas, precisamos pensar em quais ações são indispensáveis para turnos. Posso escrever que minha muse comprou um pão, mas será que isso atribuirá em alguma coisa?  Sempre iremos precisar de dois tipos de ação em nossos turnos: as que instigam reações (reativas) e as que movem a cena (funcionais). Elas podem se interligar, mas são diferentes.  Ações reativas são aquelas que servem para interagir, diretamente, com as muses de nossos partners. São movimentos que envolvem a outra muse, que pedem por sua reação. É um olhar na direção da muse, pegar em sua mão, oferecer um objeto, etc.  Ações funcionais irão movimentar a cena. Mas o que isso significa? Significa que são as ações que nossas muses tem com o ambiente onde estão inseridas, ações que demonstram suas caracterizações. Pense que (para não dizer nunca), raramente, estamos parados apenas ouvindo outra pessoa falar, por exemplo — estamos mexendo na barra da camisa, observando o chão, sentindo o cheiro de um pãozinho. Você pode não perceber, mas esses movimentos além das interações com a outra muse ajudam a fluir o turno.  Nossos partners podem, também, reagir às ações funcionais. Eles podem notar movimentos que nossas muses fazem e, eventualmente, as ações funcionais irão ocasionar ações reativas. 
(02) NARRAÇÃO 
Lembra o cheiro do pãozinho que nossa muse sentiu? É na narração que iremos dizer que aquilo resultou em um estômago roncando, ou que nossa muse, na verdade, odeia pão. São os sentimentos, detalhes e, mais importante, são as reações. É na narração que lidaremos com as ações reativas que nossos partners escreveram! Sim, os elementos se misturam e se interligam: você pode (e terá!) ações dentro da narração e do diálogo, assim como diálogo dentro da narração e vice-versa. É muito importante lembrar disto. 
(03) DIÁLOGO
Por fim, temos os diálogos! Os diálogos são a junção de ambos os elementos acima: eles servem para estabelecer e desenvolver relações. É muito importante mantermos em mente que diálogos são uma espécie de ações reativas — precisamos projetar em nossas mentes, até um certo ponto, como as muses irão responder a eles quando os escrevemos. Posso escrever um diálogo onde minha muse diz “Meu pai morreu” em resposta a um “Tudo bem?”, entretanto, se o meu muse e o de meu partner não possuírem nenhuma conexão… como a muse dele poderá responder? Entende?  Quando escrevemos pedaços de diálogos em nossos turnos, é necessário que consideremos as conexões estabelecidas, o fluxo da interação, onde a cena está localizada e para onde ela está indo.
Os elementos opcionais, por outro lado, são:
(04) DESCRIÇÃO
São aquelas partes que dedicamos a descrever os ambientes, as aparências de nossas muses, etc.
(05) EXPOSIÇÃO
Lembra que nossa muse odeia pão? Então, é na exposição que contaremos o porquê (ela teve intoxicação alimentar aos doze anos por causa de um peito de peru fora da validade). São os detalhes que adicionamos para oferecer maior caracterização ou desenvolver os pensamentos de nossas muses, justificar suas ações, discorrer sobre características… enfim. Serve de muitos propósitos, mas não são essenciais em todo turno — ou são, se esse for seu estilo! E não há problema nenhum.
Agora que pensamos nos elementos que compõem um turno, vamos observar alguns detalhes para entendê-los melhor e conversar, propriamente, sobre como podemos utilizá-los de maneira a definir um turno como bom.
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OS EXEMPLOS E AS DICAS
(*) Esses exemplos foram todos escritos por mim para este guia. Assim perdão se estiverem meio… sabe. lmao.
Para referência: Ação / Narração / Diálogo / Descrição / Exposição.
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Escondido nas sombras do beco, Mangi aguardou os homens com distintivos sumirem na esquina antes de caminhar para a rua principal. Canalhas persistentes. Cuspiu no chão, expelindo o azedume que a presença deles causavam em seu ser. Olhou ao redor, flexionando os ombros quando retornou a andar. Suas juntas ainda doíam devido à sua fuga daquela manhã; Hoyun o pagaria por escondê-lo entre porcos imundos. Mangi empurrou as portas do boteco, entrando de queixo erguido. Sua presença cessou a conversa e, conforme caminhava até o balcão, pescoços viraram para o lado contrário. Sorriu de escanteio, abaixando o chapéu ao se aproximar do bar — seu pôster estava pendurado próximo ao rádio empoeirado, a palavra procurado escrita em maiúsculas. Pediu pelo álcool mais barato que podiam oferecer e manteve sua cabeça baixa ao bebericá-lo, ignorando a iniciativa de conversa da bartender.
Como podemos ver, os elementos se interligaram bastante: temos ações dentro da narração no princípio, então narração dentro das ações ao meio. Este é o turno inicial. Perceba que, mesmo diálogo sendo um elemento essencial, ele não apareceu — algumas vezes eles podem ser substituídos por ações reativas! Mas são em casos bem específicos. Por esse ser o primeiro turno da thread, em vez de iniciar a interação com um diálogo, optei por iniciar usando reação reativa e narração. Como? Vamos analisar por partes.
[Olhou ao redor, flexionando os ombros quando retornou a andar], [Mangi empurrou as portas do boteco, entrando de queixo erguido. Sua presença cessou a conversa e, conforme caminhava até o balcão, pescoços viraram para o lado contrário.] Essas são ações funcionais. Como pode ver, elas estão movimentando a cena, assim como agregando à ambientação onde a interação irá ocorrer. Essa segunda também poderia servir como uma ação reativa caso a muse de meu partner (que não existe) estiveses sentada dentro do bar (mas veremos que não está…).
[Suas juntas ainda doíam devido à sua fuga daquela manhã; Hoyun o pagaria por escondê-lo entre porcos imundos.] A exposição nos dá uma informação que não é necessária para a cena em questão, mas justifica e incrementa a ação anterior.
[Sorriu de escanteio, abaixando o chapéu ao se aproximar do bar — seu pôster estava pendurado próximo ao rádio empoeirado, a palavra procurado escrita em maiúsculas. ] Aqui a narração serviu para incluir um detalhe importante sobre o personagem: é um procurado.
[Pediu pelo álcool mais barato que podiam oferecer e manteve sua cabeça baixa ao bebericá-lo, ignorando a iniciativa de conversa da bartender.] Esta é uma ação reativa que serve para engatilhar a interação. Coloquei o personagem num ponto fixo, o dei um movimento que pode ser interceptado ou reparado.
Vamos ver uma resposta para esse turno.
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Sentado sobre os caixotes nos fundos do bar, Joong ouviu o momento em que o som de gargalhadas entre shots de tequila e ofensas após perdas no truco deixaram de ecoar para fora do estabelecimento. Intrigado, pegou seu copo e caminhou para dentro do estabelecimento novamente, abandonando a fotografia parcialmente queimada na poça que escorria para o esgoto. Naquele horário, haviam restado somente os regulares sentados às mesas. Joong apoiou os cotovelos no balcão, observando o bar ao seu redor. Bebiam em silêncio, com mãos curvadas nas bordas das mesas, prontas para alcançar as armas em suas cinturas. Joong pendeu a cabeça para o lado, seus olhos recaindo sobre a figura enchapelada na outra extremidade: um desconhecido. Continuou a encará-lo descaradamente, esperando que tivesse seu olhar retribuído. Quando não aconteceu, bufou em escárnio. Ou era atrevido ou estúpido — embora não houvesse muita diferença naquelas bandas. “Hora, não é sempre que temos forasteiros.”Disse, virando seu corpo em direção ao outro e levantando seu copo para a bartender. “Me diga, estranho, qual o seu nome?”
[Sentado sobre os caixotes nos fundos do bar, Joong ouviu o momento em que o som de gargalhadas entre shots de tequila e ofensas após perdas no truco deixaram de ecoar para fora do estabelecimento. ] Como podemos ver, esta narração está reagindo à ação reativa do primeiro turno! Joong está ouvindo o momento em que Mangi entra no bar, embora não saiba disso.
[Intrigado, pegou seu copo e caminhou para dentro do estabelecimento novamente], [Joong apoiou os cotovelos no balcão, observando o bar ao seu redor. ]. Ações funcionais, aproximam e o inserem na cena.
[abandonando a fotografia parcialmente queimada na poça que escorria para o esgoto.] Viu como é um elemento não necessária mas adiciona uma informação interessante? Nos faz pensar o que era aquela fotografia, porque ele a deixou ali, porque estava queimada… esse fato pode ser retomado mais tarde, ou pode ser mais elaborado! E é este ponto que quero reforçar: a exposição é a parte que desenvolvemos mais quando queremos "elaborar mais" nossos turnos. Mas, obviamente, é uma coisa relativa: se aumentamos a quantidade de exposição, também aumentamos as ações reativas. Vamos explorar isso mais ao fim do guia.
[Joong pendeu a cabeça para o lado, seus olhos recaindo sobre a figura enchapelada na outra extremidade: um desconhecido. Continuou a encará-lo descaradamente, esperando que tivesse seu olhar retribuído. Quando não aconteceu, bufou em escárnio. ] Ação reativa. Joong está reagindo a presença de Mangi (e perdoem o god-modding mas eu precisava de um exemplo, haha).
[“Hora, não é sempre que temos forasteiros.” Disse, virando seu corpo em direção ao outro e levantando seu copo para a bartender. “Me diga, estranho, qual o seu nome?”] Por fim, vemos o diálogo! É uma pergunta simples e conta com uma ação funcional.
Agora, vamos observar outras duas respostas. Mas, dessa vez, tente você reconhecer os elementos!
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Mangi conseguia vê-lo o encarando pelo canto de seus olhos, mas não se importou em retornar a atenção. “Tudo o que você precisa saber é que não estou procurando problemas.” Virou sua bebida em um gole, terminando-a. Era verdade. Já se deparara com mais problemas que desejara naquele dia; não precisava de mais. Balançou o copo para a bartender, pedindo por mais. “Estou esperando um amigo.” Disse, ainda não o olhando.
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“Infelizmente para você, sou eu quem decido isso.” Joong sorriu de escanteio, apoiando a cintura contra o balcão. “E, nesse momento, você me parece com alguém que procura problemas.” Similarmente ao outro, virou sua bebida em um único gole. Então, colocou o copo sobre o balcão e gesticulou para que a bartender fosse para os fundos, ignorando o estranho. “Não vou repetir minha pergunta.” Disse, a mão deslizando para a arma em seu quadril.
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Se você analisou como acima, percebeu que somente há narração, ação e diálogo nessas respostas. Veja, mesmo sendo mais curtas, elas continuam a manter o dinamismo e desenvolvimento da cena.
E, graças aos elementos adicionados anteriormente, possuímos um ambiente inteiro para explorar! Por exemplo, algumas opções de desenvolvimento que poderia ocorrer em seguida são:
Mangi colocar seu copo sobre o balcão com um suspiro derrotado por perceber que não conseguirá ficar em paz ali e, por fim, responder a pergunta.
Mangi reagir alcançando a própria arma e, Joong, por sua vez, retomar em sua resposta os outros regulares do bar se levantando ou sacando as próprias armas em sua defesa.
Mangi acabar por encarar Joong e esse perceber que é o foragido que está no pôster!
O mais legal? Todas essas três opções podem ser exploradas unicamente através de narração, ação e diálogo. No fim, o importante não é o tamanho, é a presença desses elementos que vão determinar se uma cena irá fluir e se desenvolver. Percebem que possuir apenas três elementos e pouquíssimos caracteres não tirou o mérito da interação? Ela ainda está servindo para o desenvolvimento das muses!
Mas vamos supor que você realmente quer dar aquela incrementada no seu turno, adicionar umas coisinhas… como faria isso? A maneira mais fácil de fazer isso seria adicionando mais exposição; a mais elaborada adicionando ambas exposição e descrição. Mas, como dito anteriormente, você não pode fazer isso sem aumentar a quantidade de ações: tanto as reativas quanto as funcionais. Assim como a narração e o diálogo! Lembre-se, esses três elementos são essenciais! Vamos modificar um dos exemplo. Novamente, quero que você mesmo marque os elementos.
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Mangi conseguia vê-lo o encarando pelo canto de seus olhos, mas não se importou em retornar a atenção. Continuou a fitar o balcão, reparando na poeira e nódoas em diferentes colorações que acumulavam nas rachaduras da madeira refletindo a idade e higiene do local. Torceu o nariz, retornando sua atenção ao seu copo. “Tudo o que você precisa saber é que não estou procurando problemas.” Respondeu com amenidade. Virou o álcool em seu copo num único gole, não se dando tempo para pensar demais nas marcas no fundo do vidro. Era verdade. Já se deparara com mais problemas que desejara naquele dia. Hoyun aparecera no momento certo naquela manhã para salvar sua bunda de ser apreendida. Não sabia como os policiais haviam descoberto que estava se abrigando na estalagem, embora imaginasse que Young pudesse ter algo a ver com isso — nunca devia ter penhorado o relógio que roubara de Hojong com ele. O homem possuía uma boca tão grande quanto a lista de crimes de Mangi. Com um suspiro, balançou o copo para a bartender, pedindo por mais. “Estou esperando um amigo.” Disse, recusando a encará-lo. A figura do outro estava borrada em sua visão periférica, mas conseguia notar o suficiente para decifrar que era o big boss do pedaço. Conseguia ver as expressões ansiosas dos outros regulares sentados próximos do bar, a maneira como encaravam o outro com expectativa. Aguardavam uma ordem, um julgamento. Deixou um suspiro exasperado escapar seus lábios. Esperava que Hoyun não demorasse muito. “Pode me chamar de Hojong.”
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Conseguiu percebê-los? Ainda está pequeno, entretanto, vê como adicionar mais exposição ajuda a expandir a dimensão do turno? Entretanto, se adicionarmos exposição demais podemos acabar por esquecer de oferecer margem e gatilhos para nossos partners explorarem também — assim, tome cuidado!
Se quiser, como exercício, você pode tentar expandir a segunda resposta do Joong! Eu adoraria ver!
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E assim, concluo este tutorial de turnos pequenos que ficou… grande. Como disse uma querida amiga "ironia do destino"! Espero que tenha ajudado ou contribuído de alguma forma em sua jornada rpgística!
Sem mais delongas,
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sakurajjam · 1 year
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IDEIAS DE OCUPAÇÕES!
Sabe quando você tá montando seu personagem e não sabe o que colocar para ele fazer da vida? Pois seus problemas acabaram, depois do cut você vai encontrar 193 opções de profissões para seu personagem!
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 31 de agosto de 2023.
Açougueiro
Acrobata
Acupunturista
Adestrador
Advogado
Agente de viagens
Agente funerário
Agente sanitário
Agiota
Agricultor
Ajudante de pedreiro
Alfaiate
Alpinista
Ambulante
Analista
Analista de sistemas
Âncora (jornal)
Anestesista
Animador de festas
Antropólogo
Apicultor
Apresentador de televisão
Árbitro
Arqueólogo
Arquiteto
Arquivista
Artesão
Artista plástico
Ascensorista
Assassino de aluguel
Assistente social
Astrólogo
Astronauta
Astrônomo
Atendente
Atleta
Ator
Ator pornô
Auditor
Autor
Auxiliar administrativo
Auxiliar de cozinheiro
Avicultor
Babá
Babá de criança/cachorro
Bailarino
Bandeirinha
Barbeiro
Barista
Bartender
Bibliotecário
Biólogo
Bioquímico
Blogueiro
Bombeiro
Borracheiro
Boxeador
Brigadista
Cabeleireiro
Caçador de recompensas
Caixa de supermercado
Carpinteiro
Carteiro
Cartomante
Cartunista
CEO
Cervejeiro
Chaveiro
Chefe de cozinha
Chocolatier
Cinegrafista
Comissária de bordo
Compositor
Confeiteiro
Contador
Coordenador de TI
Coreógrafo
Corretor de imóveis
Costureira
Critico gastronômico
Crupiê de cassino
Curador de museu
Dançarino
Dançarino de apoio
Degustador
Dentista
Desempregado
Desenvolvedor de aplicativos
Design de interiores
Design de lingerie
Design de moda
Design gráfico
Detetive
Diretor de elenco
Dj
Dono de livraria
Dublador
Dublê
Economista
Editor de revista
Eletricista
Empreendedor
Empregada
Empresário
Encanador
Engenheiro de software
Entregador de delivery
Escritor de livros infantis/infanto-juvenis/adultos
Escrivão
Esteticista
Farmacêutico
Faz tudo
Fazendeiro
Feirante
Fisioterapeuta
Florista
Fonoaudiólogo
Gamer
Geólogo
Gerente de banco/loja/restaurante/hotel
Gestor de RH
Ginecologista
Guarda costas
Guarda florestal
Guia turístico
Hacker
Historiador
Ilustrador
Influencer
Influencer de OnlyF
Instrumentista
Instrutor de artes marciais
Instrutor de tiro
Instrutor de Yoga
Joalheiro
Jogador de futebol/basquete
Ladrão de banco
Maestro
Manicure
Maquiador de celebridade
Maquiador fúnebre
Maquinista
Marinheiro
Massagista
Mecânico
Meteorologista
Militar
Modelista
Motorista de ambulância/ônibus
Nutricionista
Oceanógrafo
Padeiro
Paisagista
Palestrante
Pedreiro
Pesquisador
Piercer
Planejadora de casamentos
Policial
Porteiro
Preparador físico
Produtor
Professor voluntário
Professores no geral
Profissional que dá banho em cachorro
Programador
Promotor de eventos
Psicólogo Florence
Publicitário
Químico
Recepcionista
Redator
Restaurador de arte
Roteirista
Segurança
Segurança de monitoramento
Sereia no aquário local
Sous chef
Streamer
Stripper
Sugarbaby
Sugardaddy
Tatuador
Técnico de internet (de empresas de telefonia)
Técnico de luz
Técnico de som
Terapeuta
Tosador de cachorro
Tradutor
Traficante de drogas
Treinador de animais
Treinador de atleta olímpico
Zelador
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hermeneutas · 17 days
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Sobre os Primordiais - Ponto e Tálassa, os Mares.
Dando continuidade a nossa série de posts sobre os protogenoi, os Deuses Primordiais, desta vez focando em duas deidades interessantíssimas que encarnam aspectos poderosos da existência: Tálassa e Ponto, os Mares.
Descritos pelo ilustre Hesíodo como as Potências mais antigas dos oceanos, Ponto e Tálassa são os genitores de todas as criaturas do mar, principalmente os peixes. Juntos eles personificam o próprio elemento líquido e a vastidão oceânica, misturados eternamente. Ambos Deuses são descritos como pais dos daimones chamados de telquines, descritos como divindades com cabeça de cão e corpo de foca responsáveis pela invenção da metalurgia e pela forja da temível foice de Cronos, o Rei dos Titãs. Zeus, nas narrativas escoliásticas e do romano Ovídio, os teria punido por seu uso maligno de mágica e jogado-os ao Tártaro.
Nos mosaicos greco-romanos Tálassa é representada como uma mulher maternal vestida em algas, com chifres que imitam as pinças de um crustáceo e portando um remo na mão, já Ponto é representado como o rosto de um homem maduro e barbado emergindo da água, com pinças de crustáceo como chifres e cabelos nas cores do mar.
Ponto em si é descrito como o pai, junto a Gaia, a Mãe-Terra, de diversos Deuses do mar: Nereu, o Velho dos Mares, oráculo marítimo e Deus dos peixes; Taumante, Deus das maravilhas do mar; Fórcis e Ceto, Deuses dos horrores marítimos, monstros das profundezas e baleias e Euríbia, Deusa do poder de dominar os mares.
Os nomes deles em si são variações da palavra mar em grego antigo. De modo interessante, Tálassa é descrita pelos órficos em seu hino como mãe de Afrodite, deidade nascida da união das partes retalhadas da genitália de Urano, o Deus-Céu, atiradas ao mar.
E embora ao menos um destes protogenoi contem com um hino, os relatos de culto de ambos são escassos nas fontes mais confiáveis, aparecendo mais em representações poéticas como a antiquíssima Teogonia ou o tardio Dionisíacas, do escrito grego Nono. Suas funções e aspecto também são curiosamente replicadas pelos titãs Oceano e Tétis, descritos como pais dos rios da terra, dos seres marítimos e de diversas divindades, as oceânides.
Mesmo assim, há fragmentos de preces e descrições de Pausânias que apontam para a presença de Tálassa em templos dedicados a Poseidon. Nos escritos da Haliêutica, um guia de cinco livros sobre a arte da pesca em escrita símile ao estilo de Homero, o escritor greco-romano Opiano descreve uma prece para os Deuses do mar (Daimones Thalassoi), incluindo Tálassa entre eles.
Por fim, findamos mais um post sobre os Deuses Primordiais que compõem nosso mundo e espiritualidade politeísta. Paz a vós!
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Hino Órfico a Tálassa, tradução de Rafael Brunhara.
"A ninfa do Oceano eu chamo, Tétis de olhos glaucos, soberana de escuro véu, corredora ondeante, com brisas de doce sopro pulsando pela terra, quebrando em praias e abrolhos as suas vastas ondas, na calmaria de moventes tenros turbilhões, (5) exultante de navios, umente nutriz de feras, mãe da Cípris, sim; e mãe das Nuvens trevosas, e das fontes florescentes em que fluem as Ninfas; Ouve-me, Deusa multi-insigne; prouvera ajudes, benfazeja, enviando bons ventos aos navios de reto curso, ó venturosa.  (10)"
Trecho da Haliêutica de Opiano, tradução livre.
"Sê misericordioso comigo, tu que és rei no trato do mar [Poseidon], filho governante de Cronos (Cronos), Cinturão da terra, e sê misericordiosa tu mesma, ó Thalassa (Mar), e vós, deuses que no mar ressoante tendes a vossa morada (Daimones Thalassai); e concede-me contar sobre os teus rebanhos e tribos criadas no mar."
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nikahar · 2 months
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VICTORIA PEDRETTI? não! é apenas NICOLA RUBY HARLAND, ela é filha de MELINOE do chalé 27 e tem 26 ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL I por estar no acampamento há TREZE ANOS (não consecutivos), sabia? e se lá estiver certo, NIKA é bastante CARISMÁTICA mas também dizem que ela é AUTODESTRUTIVA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
BIOGRAFIA: 
tw: álcool, vício em drogas e tortura psicológica (apenas menção)
Agatha Harland, conhecida como Sense Agatha, é uma renomada médium e clarividente. Ganhou notoriedade em 1975, através de aparições frequentes em programas de televisão e rádio, onde oferecia consultas espirituais e previsões. Sua fama aumentou com a publicação de vários livros sobre espiritualidade e mediunidade, combinando sua personalidade carismática e habilidades sensoriais. Além das consultas privadas, Agatha realiza shows ao vivo, workshops, seminários e, nos tempos atuais, vídeos na internet e entrevistas em podcasts, consolidando-se como uma figura proeminente no cenário espiritual. No entanto, a mulher não passava de uma charlatã com muita lábia. 
Seu filho, Vincent Harland, era fascinado por espíritos e fenômenos paranormais. Paralelo à sua carreira de escritor, ele liderava um negócio de caçadores de fantasmas. Durante uma investigação em uma cidade pequena e repleta de lendas urbanas, Vincent conheceu a deusa Melinoe, que se disfarçou de Melina, uma mulher misteriosa com grande interesse e conhecimento pelo oculto. Eles rapidamente desenvolveram um forte vínculo, tanto pelo interesse comum no sobrenatural quanto pela crescente atração mútua. Melinoe admirava a paixão e a curiosidade dele, enquanto Vincent se encantava pela sabedoria e o mistério que Melina trazia. Depois de algum tempo juntos, Melinoe sentiu que podia confiar nele e revelou sua verdadeira identidade como a deusa dos fantasmas. Inicialmente chocado, Vincent acabou aceitando a verdade, fascinado pela ideia de ter um relacionamento com uma deusa. Dessa união nasceu Nicola, uma criança que ele esperava que herdasse os dons especiais de sua mãe divina para ajudar nos negócios da família.
Nicola cresceu em uma família obcecada pelo sobrenatural. Quando a menina tinha cinco anos e ainda não apresentava habilidades, seu pai tentou despertar seus dons paranormais de maneiras extremas. Inspirado por métodos cruéis, ele a submetia a situações assustadoras, como trancá-la em lugares escuros e isolados ou deixá-la sozinha à noite em um cemitério, na esperança de que o medo ativasse seus poderes. 
Após um ano de ameaças e torturas, aos seis anos, Nika finalmente começou a ver espíritos. Inicialmente, era uma experiência tranquila; ela conversava com parentes falecidos e ajudava a avó a atender clientes, conectando-os com entes queridos mortos. Nika gostava de ajudar as pessoas com seu dom, sentindo uma profunda satisfação ao proporcionar conforto às famílias enlutadas. Sentia uma presença constante de espíritos, mesmo quando não podia vê-los ou ouvi-los.
Com o tempo, os espíritos começaram a aparecer sem serem chamados, perturbando Nicola em todos os lugares: na escola, no parque, no dentista, e na casa de colegas. Ela os via ou ouvia o tempo inteiro. Espíritos malignos começaram a persegui-la, especialmente à noite e na escola, deixando-a aterrorizada. Quando tentou falar com seu pai e sua avó sobre isso, ambos desconsideraram seus medos, dizendo que ela precisava lidar com seu dom. Aos onze anos, um colega de classe ofereceu drogas e álcool a ela, acreditando que aquilo poderia inibir as visões e vozes. E funcionou, levando-a a usar substâncias com frequência. 
Aos treze anos, Nika estava profundamente envolvida com drogas e álcool, incapaz de ajudar na atividade da família. Seu pai e avó a culpavam pelo declínio dos negócios. Desesperada, foi levada ao Acampamento Meio-Sangue por um sátiro enviado pela própria Melinoe, após perceber a situação de vício da filha. No acampamento, encontrou um lugar seguro para recomeçar e se recuperar. 
Adaptar-se ao acampamento foi um desafio, especialmente devido ao seu vício. No primeiro ano, passou por tratamentos com poções e visitas aos curandeiros. Embora tentasse aprender a controlar seus poderes, os espíritos malignos continuavam a atormentá-la. Assim, aos catorze anos, Nika começou a fugir do acampamento para conseguir drogas novamente, tentando inibir o contato com os espíritos perturbadores. 
Dos treze aos dezoito anos, Nika dividiu seu tempo entre treinar no acampamento para aperfeiçoar e controlar seus poderes e fugir do local para buscar alívio nos entorpecentes. Por nunca conseguir dar continuidade ao treinamento, nunca havia sido enviada em nenhuma missão e também não havia avançado além do nível um de treinamento. Numa dessas escapadas, recebeu o chamado de Dionísio para retornar ao acampamento, onde agora está presa pela barreira invisível e forçada a lutar contra seus vícios e usar suas habilidades para ajudar na nova ameaça que todos enfrentam.
PODERES: Necromancia
A filha de Melinoe possui o poder da necromancia, permitindo-lhe invocar e comunicar-se com espíritos. No entanto, esses poderes têm limitações, como energia e tempo limitados, e requerem alta concentração. Além disso, seu uso frequente pode levar a exaustão física e mental, envelhecimento prematuro, perturbações psicológicas, emissão de auras de frio e cicatrizes espirituais, que podem atrair espíritos inquietos.
Seu poder fica mais eficaz em lugares que possuam ligação com a morte, como campos de batalhas, cemitérios ou lugares onde muitas pessoas morreram.
HABILIDADES: 
força sobre-humana & previsão.
ARMA: 
"Tenebra": uma foice forjada em ferro estígio, com aparência de um metal negro brilhante. Sua lâmina é longa e curva, com um brilho sombrio, parecendo ser imbuída com as energias do submundo. O cabo é adornado com runas antigas que brilham em um tom espectral, reagindo ao toque de Nika. A extremidade do cabo possui uma pequena caveira que parece seguir os movimentos de quem a empunha com seus olhos vazios. Quando não está em uso, Tenebra se transforma em um anel de prata com uma pequena caveira na frente. Para invocá-la, a semideusa precisa apenas sussurrar "Veni" e o anel se transforma instantaneamente na foice. Para revertê-la ao anel, basta dizer "Abdico".
MALDIÇÃO OU BENÇÃO: 
Não.
ATIVIDADES
membro da equipe azul de canoagem
membro da equipe azul de esgrima
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agronzky · 1 year
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⠀⠀⠀𝐆𝐔𝐈𝐀 𝐈𝐍𝐈𝐂𝐈𝐀𝐋 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐌𝐄𝐃𝐈𝐄𝐕𝐀𝐋. ♡
⠀⠀⠀Oi, tag. Como vocês estão? Alguns podem não me conhecer, mas eu sou a Eden. Além de ser a moderadora desse blog, eu fui a moderadora do @kingdomofonehq, um rp no universo de Uma Canção de Gelo e Fogo | Game of Thrones. 
⠀⠀⠀Por sentir falta de jogar nesse tipo de ambientação, resolvi criar um pequeno guia iniciante para quem quer entender mais da ambientação de personagens medievais para espalhar a palavra dos grandes reis, rainhas, cavaleiros, feiticeiras e bardos para vocês. Sei que a tag br não tem tantos rps com esse tipo de ambientação, porém por ser algo que eu gosto muito e saber que muitas pessoas não jogam por medo de não serem aptas, resolvi trazer esse conteúdo.
⠀⠀⠀Além disso, fica para a posteridade caso comunidades medievais se tornem mais populares e frequentes por aqui, os jogadores de 1×1 resolvam se aventurar por esse tipo de universo ou aspirantes a escritores, como eu, queiram contar alguma história em um mundo antigo.
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Mas antes de tudo… 
⠀⠀⠀Sei que muitos jogadores se sentem apreensivos com esse tipo de plataforma de jogos por acharem que o universo medieval é muito complexo. Para ser sincera, existem mídias que são complexas mesmo seja por conta da ambientação ou do enredo; tal qual Uma Canção de Gelo e Fogo ou Senhor dos Anéis, por exemplo. Porém, só porque alguns autores trazem muita complexidade para suas histórias não significa que criar personagens nesse tipo de ambientação é um processo complicado por natureza. Conhecendo as peculiaridades e se habituando a tais narrativas, se torna algo quase natural. Antes de começar a ler esse guia, livre sua mente de algumas travas e preconceito, tudo bem?
⠀⠀⠀Também acho importante ressaltar que esse guia é bem inicial, passando pelos pontos mais essenciais e que causam mais dúvidas em jogadores que nunca se aventuraram nesse universo. Além disso, muito é baseado na minha própria experiência e pode não funcionar pra todo mundo. O objetivo geral é desmistificar os enredos para quem nunca jogou por ser um tipo de trama que eu sou apaixonada.
⠀⠀⠀E, sem mais delongas, vamos começar nossa aventura!
Afinal de contas, o que é medieval?
⠀⠀⠀Na história, medieval está relacionado a Idade Média, que nada mais é do que um período da histórico da Europa entre os séculos V e XV. Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente e termina durante a transição para a Idade Moderna. Quando falamos de rp, na minha concepção, medieval é um termo guarda-chuva para uma série de temáticas que envolvem um ponto em comum: se passar muitos anos atrás, em diversos enredos, apesar da Idade Média ser a mais popular. 
⠀⠀⠀Dito isso, o rp medieval pode ser divido em algumas classes, sendo elas:
Medieval fantasioso: O mais conhecido de todos onde a história se passa numa época de reis e cavaleiros, com o elemento de magia e criaturas mágicas. Geralmente, muitas dessas histórias se inspiram nas lendas do Rei Arthur, por exemplo, ou nos vikings.
Medieval histórico: Digamos que é o slice of life daqueles que amam história, tendo como cenário momentos históricos totalmente reais. Por exemplo, histórias durante a Guerra das Rosas ou, até mesmo, Bridgerton — considerando que se passa na era pré-vitoriana —.
⠀⠀⠀Obviamente, essas divisões não são algo imutável, mas uma forma de separar as temáticas que podem haver dentro do medieval e exemplificar de forma mais clara para aqueles que estão tendo contato pela primeira vez. Além disso, podemos ver que muitos podem dizer que nunca jogaram algo assim, porém se fizeram parte de tramas mais históricas podem se considerar jogadores de medieval. No entanto, nesse guia vamos focar no medieval fantasioso que é o mais assustador para quem nunca jogou e é aquele que quando você entende como funciona, outros se tornam bem mais simples.
Ambientação do medieval fantasioso.
⠀⠀⠀Como eu expliquei ali acima, tramas e enredos se passam na época dos reis e cavaleiros, podendo ser comparado e/ou ambientado na Idade Média. Nessa ambientação, o mundo é dividido em reinos e impérios, geralmente governados por uma monarquia absolutista e tem como principal forma de segurança seus cavaleiros e soldados com armaduras e espadas. Como é de se esperar, nessa época a organização das classes era um pouco diferente do que conhecemos hoje, com outras profissões — algumas apenas tinham outras nomenclaturas —, e outro contexto.
⠀⠀⠀No mundo medieval, muito da governança vem dos nobres. O maior deles é o rei ou a rainha, a quem tem o poder completo para cuidar e zelar pelo seu povo; seus filhos e herdeiros do trono são príncipes ou princesas. Mas não são apenas esses os títulos, existem grão-duques, duques, condes, marqueses, lordes, entre outros, variando pela cultura.
⠀⠀⠀Outro ponto importante no medieval é a falta de tecnologia como conhecemos hoje. É uma época onde os sistemas são arcaicos e simplórios, manuais ou baseados no fogo. Salvo caso de magia, muitas das tarefas mais simples que conhecemos podem ser mais complexas. Por exemplo, as viagens são feitas através de carroças, cavalos ou navios, demorando de dias até meses para serem completadas.
Vocabulário.
⠀⠀⠀Provavelmente, o maior equívoco comum no contexto medieval é acreditar que se requer uma linguagem elaborada e rebuscada para capturar a essência da época. Para não enrolar já adianto que isso não é verdade. Apesar de precisarmos ter certo cuidado na hora de escrever enredos medievais, não é nada que peça um nível Machado de Assis ou Camões de escrita. A grande verdade é que quanto mais simples deixarmos nossos textos, mais fácil é de evitarmos colocarmos algo que não combine com a época. Você não precisa encher o texto de palavras antiquadas para que ele fique próximo da forma que as pessoas falavam antigamente. 
⠀⠀⠀Abaixo listei algumas dicas que me ajudaram muito quando comecei a jogar nessas tramas:
Escreva normalmente, mas evite gírias, contrações de palavras e termos muito modernos.
Na hora de revisar um texto, observe se não usou algum termo tecnológico.
Seja o mais sucinto possível, isso ajudará a evitar termos que sejam mais modernos.
Ao conversar com outro personagem, tenha em mente se ele é alguém íntimo do seu personagem ou não. Se for, é possível ter mais liberdade na forma de falar e não é necessário ter tantas regrinhas.
Caso esteja falando com um personagem nobre a qual o seu personagem não tem intimidade, adicione um pronome de tratamento nas falas para demonstrar respeito. Por exemplo, Vossa Majestade ao falar com um rei ou rainha. Aqui você tem acesso a uma lista de estilos reais para usar.
⠀⠀⠀Apesar das dicas, tudo vai do contexto e enredo do personagem. Por exemplo, um personagem que não tem respeito pelos nobres e os abomina não usaria pronomes de tratamento que mostram total respeito. Além disso, personagens de origens mais simples também terão um linguajar mais simples, ainda mais pensando que nessa época a educação formal era reservada para os membros das famílias mais nobres. Tudo depende do seu personagem, como em qualquer trama.
Vestimentas.
⠀⠀⠀O traje básico das mulheres consistia em roupas íntimas, saia ou vestido longo, avental e mantos. Geralmente essas peças tinham mangas longas e bufantes. Além disso, destacavam-se os chapéus, com formas variadas. Nesse período, o cabelo preso era uma marca das mulheres casadas, enquanto as solteiras mantinham os cabelos soltos. As cores mais populares entre as mulheres eram o azul real, o bordô e o verde escuro, sendo a última uma cor que apenas as pessoas ricas podiam comprar. As mulheres mais ricas complementavam suas vestimentas com acessórios como joias
⠀⠀⠀Os homens, por outro lado, usavam meias longas, calças, gibão — uma espécie de jaqueta curta —, chapéus de diversos tamanhos e sapatos de pontas longas. As cores eram as mesmas das mulheres. Os tecidos variavam com a classe social dos cavaleiros, o clima, a ocasião e o local. Alguns usavam grandes casacos de pele dependendo da ocasião.
⠀⠀⠀Apesar de serem vestimentas mais específicas e que revelavam a classe social, podendo ser usadas na construção mais profunda de um personagem, é possível notar que não deixam de ser vestidos, calças e jaquetas. Uma dica que sempre me ajudou a descrever vestimentas quando necessário era pegar imagens reais ou de séries e filmes de época para me basear e conseguir descrever com mais fidelidade. Porém, como em qualquer enredo, muitas vezes a vestimenta não é um fator importante na hora de construir seu turno, podendo ser deixado de lado. 
⠀⠀⠀Para ajudar com o visual, aqui nessa pasta existem várias imagens de peças de roupas medievais para você se inspirar na hora de escrever.
Lutas e armas.
⠀⠀⠀Como sabemos, as armas brancas são as mais usadas nesse período, contudo isso não significa que um personagem precisa ter apenas um espada e um escudo. Existem outros tipos de armas como lanças, machados, porretes, arco e flecha e etc. Caso a trama tenha magia, ainda é possível ter outros itens que sejam usados como armas. Aqui você tem acesso a vários tipos de armas, sejam brancas ou se fogo, que eram usadas.
⠀⠀⠀Já as lutas sempre foram a parte mais complexa para mim porque é necessário descrever movimentos corporais que, por vezes, nós não estamos acostumados, porém para isso também a solução. Na hora de narrar uma luta, é possível nos inspirarmos em cenas de filmes, séries e animes para replicá-las. Por exemplo, eu usava cenas de animes para descrever movimentos até eu ter uma base suficiente para conseguir mesclá-los do meu próprio repertório. Outro ponto importante é que a descrição pode ser simples como descrever que o personagem jogou seu espada contra o ombro direito do adversário ou tentou perfurar sua barriga com a ponta da espada; não existe necessidade de dar nome para os golpes ou fazê-los rebuscados.
Ocupações.
⠀⠀⠀Além de ocupações nobres como rei, rainha, príncipe, duque e etc, dentro desse universo existem outras ocupações que um personagem pode ocupar. Isso pode depender do enredo do rp, mas dentre as ocupações mais populares estão: Aprendiz, Assassino, Bardo, Caçador, Campeão, Cavaleiro, Clérigo, Comerciante, Druida, Espião, Feiticeiro, Ferreiro, Governante, Ladino, Mago, Marujo, Mercenário, Paladino, Pirata, Ranger, Saltimbanco, Selvagem, Servo, Soldado, Taverneiro e Tecelão.
⠀⠀⠀O interessante é que em enredos medievais é possível abordar diversas visões com uma única trama simplesmente pela ocupação é classe social de um personagem. Apesar da maioria gostar da nobreza, existe uma variedade tremenda de vertentes que se pode usar para criar personagens extremamente originais.
Alguns resources medievais.
⠀⠀⠀Além de alguns links que coloquei durante a escrita deste guia, abaixo segue uma lista com outros resources que eu acho que serão interessantes para você e podem ajudar a desmistificar todo o universo medieval.
echodplaines: Provavelmente o faceclaim directory medieval mais completo de todos, onde você tem acesso à inúmeros faceclaims com direito a listagem de quais conteúdos eles fizeram e alguns com acesso à icons, gifs e avatares. Na barra lateral ainda é possível escolher, dentre outras categorias, a época que você deseja.
torahana: Outro faceclaim directory medieval bem diverso.
you're a celt dancing in the woods | a playlist: Uma playlist com uma seleção de músicas que lembram a cultura celta e funciona muito para se inspirar na hora de escrever.
Classes de rpg medieval: Artigo explicando as doze principais classes de rpg medieval, principalmente levando em conta rpgs de fantasia como D&D, responsável por pavimentar a popularidade do jogo.
Guia de Armas Medievais | Biblioteca Élfica: Um complicado com mais de cem páginas sobre armas medievais.
Fantasy Generator: Um gerador completo onde você pode escolher todos os tipos de nomes possíveis e imagináveis, desde personagens até reinos.
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Isso é tudo pessoal!
⠀⠀⠀Espero que isso tenha ajudado um pouquinho. Caso tenham qualquer dúvida ou feedback, minha ask e dm estão abertas. Obrigadinha. ♡
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jaywritesrps · 1 year
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Como Escrever Um Personagem Trans
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Olá meus croissants amanteigades, tudo bem com vocês?
Por conta do ocorrido nos últimos meses dias, percebi que ainda tem um vácuo nessa área a cerca de como se escrever ou desenvolver um personagem trans, muito porque há um certo tabu sobre o tema e autores cis não tem experiência com alguns aspectos peculiares da existência como pessoa trans. Além disso, há pouca literatura sobre o assunto no Tumblr, em especial, voltada para a construção e escrita em rpgs.
Esse guia vem para preencher um pouco dessa lacuna, assim como estimular escritores/players cis a criarem e incluírem personagens trans em suas narrativas e jogos. Se após a leitura você tiver dúvida com algum dos pontos ou quiser fazer algum tipo de pergunta de qualquer natureza, não hesite em fazer, a caixa de perguntas está aberta e com o anônimo ligado. Não tenham medo de perguntar, por mais que soe transfóbica a pergunta, prometo encontrar a melhor forma de responder. Só lembrando que asks de hate e transfobia recreativa (quando a mensagem ou comentário é feito com a intenção de ser preconceituose) serão deletadas.
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Primeiros Passos
Antes de tudo, trangenericidade, diferente do que muitos pastores evangélicos, coaches quânticos e youtubers masculinistas afirmam, não é uma modinha. Estima-se que 5% da população mundial é trans. Como esse é um guia com o foco na escrita de personagens trans, não vou adentrar em discussões como passibilidade, performance de gênero e binaridade, você pode ler isso bem aqui nesse link, quando estiver sem nada pra fazer.
Mas o que é transgênero?
Os transgêneros são aqueles que não se identificam com o gênero imposto no nascimento com base no sexo biológico, enquanto os cisgêneros são é aquele que se identifica com o gênero que lhe foi designado de acordo com o órgão genital. Não-binários são pessoas que não se encaixam em nenhuma das pontas do espectro masculino-feminino determinado pela sociedade cristã-ocidental. Alguns se consideram trans, outres não, e tudo bem. Há outros gênero dentro do não-binário como o agênero e o gênero-fluído.
Antes de mais nada, é importante que você tenha em mente que uma mulher trans é uma mulher, um homem trans é um homem, e sempre foi assim. Da mesma maneira que uma pessoa preta sempre foi preta, uma pessoa trans sempre foi do gênero com o qual elu se identifica. Então, quando você estiver escrevendo seu personagem, evite dizer coisas do tipo "quando fulana era homem" ou "quando fulane era mulher" porque quem é transgênero nunca se enxergou com o sexo biológico. Também é preciso ter em mente que um não-binario não é "uma mulher light", "uma mulher meio macho" ou "um homem meio viado". Um Não-Binário é um Não-Binário e acabou.
Lembre-se que cis e trans são adjetivos. Você não é obrigado a utilizar a palavra trans quando vai se referir ao seu personagem. Ele é um marcador de identidade e pode ser usado quando você sentir necessidade.
Ao escrever um personagem trans, é crucial garantir que o arco do personagem não gire em torno dessa parte em especial da personalidade delu. Se você quiser mencionar, é perfeitamente válido. No entanto, o plot e o desenvolvimento do personagens não deve girar apenas em torno disso. Isso é importante também para todos os bonecos que pertencem a uma minoria e/ou são marginalizados, caso contrário, você corre o risco do seu personagem acabar estereotipado.
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Aspectos que Devem Ser Levados em Consideração
Escrever questões envolvendo personagens trans pode ser complicado, mas não precisa ser uma equação matemática colossal. A melhor maneira é que eles se integrem à história e se relacionem com outras pessoas. Trate-os como pessoas cis, ser trans não os define; eles ainda têm os mesmos objetivos que qualquer outra pessoa teria após a transição.
Validar personagens trans é um sentimento mais fortalecedor que os leitores experimentam em suas histórias, não se limitando apenas a pessoas trans. Se eles conseguirem as roupas, os serviços ou qualquer coisa que os deixe confortáveis no gênero adquirido, funciona! Contanto que seja relevante para a história. Por exemplo, se uma mulher trans for inscrita como bruxa em um mundo de fantasia e for aceita como tal, isso funcionaria da mesma forma que comprar vestidos em uma loja ou receber o gênero correto de um estranho.
O mesmo se aplica a outros personagens. Se os aliados do personagem trans o apoiam pelo que ele é e se referem a ele pelo nome e pronomes legítimos, isso significa que ele está sendo integrado à sociedade como uma pessoa trans válida. Nem todo personagem precisa fazer isso. Aqueles que erram o gênero ou nomeiam personagens trans podem ser bons ou maus, desde que sejam repreendidos por seus comentários desrespeitosos. Melhor ainda se esse não for o enredo principal da história.
Torne seus personagens trans complexos porque pessoas trans são complexas. Certifique-se de dar aos seus personagens transgêneros outros traços de personalidade e motivações para algumas das coisas que eles fazem. Eles são então capazes de se passar tão bem quanto possível por homem, mulher ou qualquer outra coisa.
Dando nome aos bois (escolhendo o nome do personagem)
Diferente das pessoas cis, pessoas trans tem a habilidade única de poder escolher o próprio nome. Geralmente, a escolha é muito distante de uma versão de outro gênero do seu nome de nascimento, porque quase toda pessoas trans odeia com o fogo de mil sóis o nome com o qual foi registrado. É tudo preferência pessoal. (Inclusive, nós, pessoas trans, temos um monte de piadas internas a cerca disso na comunidade lgbtqia+ kkkk)
A Regra é clara, Arnaldo, cada um escolhe o nome da maneira que bem preferir. Algumas pessoas escolhem seus nomes rapidamente, outras levam muito tempo para escolher um e algumas passam por vários nomes antes de encontrar um que se encaixe.
Escolhendo o FC e Transição Corporal
Antes de tudo: cheque com a moderação se é permitido FC cis para personagens trans ou apenas FCs trans e não crie problemas, não mande hate ou dê chiliquinho se você discordar. Você pode argumentar de maneira educada e polida, mas a decisão não é sua. Se você discordar, só vai embora. Lembre-se também que Não-binários não devem androgênia pra ninguém. Só você pode determinar como seu personagem se apresenta e aparenta.
Quanto a transição, isso é um assunto complicado. Não vou entrar nas minúcias, porque já abordei isso antes, e talvez você não esteja interessado na parte problemática, mas nem toda pessoa trans faz a transição corporal, tem gente que tem problema com os procedimentos ou simplesmente não deseja fazer o realinhamento. Cabe a você decidir se quer que seu personagem tenha passado por isso ou não.
Caso você opte por seu personagem ter passado pelo tratamento por completo, vou explicar de forma rápida os passos. Primeiro de tudo, pra começar a transição corporal, deve-se passar por um psicólogo ou psiquiatra. Caso seu personagem seja Brasileiro, o SUS fornecesse esse tipo de apoio nos CRAS e nas unidades de saúde selecionadas de cada estado. Hoje, nos EUA, o tratamento é quase todo particular, apesar que existem clinicas como o Planned Parenthood, centros lgbts e Family Health Clinics que ajudam no processo, mas há estados em que existem leis que proíbem o acesso as terapias de transição corporal como a Flórida, por exemplo. Em países que fazem parte da Commonwealth (Colônias britânicas como Canadá, Austrália e Nova Zelândia) e Reino Unido, até o presente momento (agosto/2023), o NHS também oferece suporte nessa área de forma gratuita, mas há projetos de lei em discussão no parlamento inglês que querem barrar o acesso. Coloco a terapia como o primeiro passo porque, infelizmente, em todo o processo vai ser necessário a comprovação de que você está na terapia.
Em seguida, vem adaptação dos documentos pra adoção do novo nome. Isso varia de estado para estado, mas em regra, você pode mudar no cartório. Após isso, vem a adaptação da apresentação social, que é basicamente como você vai se vestir. Depois vem o tratamento hormonal (HRT), testosterona para homens trans e estradiol para mulheres trans.
E por último as cirurgias mais agressivas, as mais comuns são:
Para Homens Trans: retirada de mamas, masculinização facial e faloplastia
Para Mulheres Trans: redução de pomo de adão, implante de mamas, feminização facial e vaginoplastia
A discussão fica a cerca da cirurgia nos genitais (faloplastia/vaginoplastia). Tem gente que faz, tem gente que não faz por uma série de complicações, que geralmente envolvem perda ou excesso de libido. Fica a critério de cada um.
É possível escrever personagens trans que foram transformados por magia ou presos em outro corpo no início, mas isso precisa ser feito com cuidado. Apenas evite ter muitas referências à sua vida passada, pois isso pode causar confusão ou até mesmo fornecer munição para pessoas transfóbicas atacarem o personagem.
A menos que a transição de um personagem seja a peça central de sua história, deve-se evitar entrar em muitos detalhes sobre o processo de transição. Seu personagem deve ser desenvolvido além de sua identidade trans, pois focar demais em sua identidade pode fazer com que pareça tendencioso.
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Pontos a Serem Evitados
Fuja dos pontos abaixo como o Bozo foge da Polícia Federal:
Falar sobre as características físicas ligadas a transgenericidade: Um erro comum, feio e rude pra caramba. Nunca diga coisa do tipo "fulana tem voz de [Turu Turu]" ou "fulana parece trans" e suas alternativas menos ofensivas, mas que todo mundo sabe o que quer dizer. Não há necessidade de ‘dizer’ se a pessoa é trans, mesmo que você mostre isso de maneiras específicas. Falar sobre suas características disfóricas pode contribuir para a transfobia casual. Tenha cuidado ao dizer que os personagens são trans em sua introdução também, pois isso poderia tratá-los como os outros e definir as pessoas cis como padrão, da mesma forma que mencionar pessoas como racializadas. Então, como você aborda esse problema? Bem, você ainda pode descrevê-los pela cor do cabelo e estilo de roupa, como casual ou gótico. Além disso, permita que os personagens mencionem tópicos que indiquem sua transgenericidade, como sua transição ou o quão valorizados eles são como pessoas de um gênero adquirido. Só evite coisas como os ombros largos, quadris grandes, peito grande ou qualquer parte que faça o personagem trans se sentir desconfortável.
Mencionar o Nome Morto/Deadname: Nome morto ou Deadname é o nome de nascimento/registro/batismo. Também pode incluir apelidos anteriores. Geralmente, é bastante ofensivo ficar perguntando isso pra uma pessoa trans. Mas como a vida nem sempre é um morango, muita gente não tem grana ou acesso a mudança de nome. Os únicos momentos em que o nome morto pode ser mencionado é quando você quer reforçar que seu personagem não está assumido para uma pessoa ou grupo específico, ou quando elu está perto de familiares transfóbicos que insistem em chamar pelo nome morto, ou quando esse nome acaba aparecendo em documentos. Um personagem quase nunca dirá que costumava ser “nome morto”. É um nome morto, ninguém usa um nome morto. Revelar que um personagem é trans dando-lhe um nome morto é uma das piores coisas de se fazer. Em resumo, a menos que você tenha motivos para usar o nome morto, não o faça.
Mencionar a aparência de antes da transição: Algumas pessoas trans gostam de compartilhar fotos pré-transição, e seu personagem pode ser uma dessas pessoas. Mas autores cis, infelizmente, se concentraram demais nesse aspecto, e esse tipo de coisa acaba dando a ideia errada de quem é o seu personagem. O problema é que um dos tropos transfóbicos mais populares é o personagem trans ser tirado do armário por algum transfóbico usando fotos pré-transição. Portanto, você precisa estar ciente disso e ser cauteloso ao abordar a aparência de antes da transição de um personagem.
Humor transfóbico: Sabe aquelas piadinhas idiotas nível Danilo Gentili e Pânico na TV com mulheres trans? É isso. Não escreva humor pejorativo às custas do seu personagem trans. Na mídia, em especial na tv aberta, esse tipo de humor é muito popular. Muitas vezes isso significa dizer que uma mulher trans não é uma mulher de verdade ou tentar atacar homens heterossexuais inocentes porque ela é um cara gay disfarçado de mulher. Isso não significa que você não possa usar humor nas suas replies quando estiver escrevendo um personagem trans. Se você tem um personagem trans, terá muitas oportunidades de ter situações irônicas com esse personagem para poder escrever humor.
Tropos transfóbicos: Existem tropos por aí na mídia que podem dar uma impressão errada sobre as pessoas trans na sociedade. Eles podem demonizá-los ou zombar deles a ponto de separá-los daqueles que pouco sabem ou que não vivenciaram as questões LGBT em questão. Já citei alguns aqui, mas queria reforçar mais uma vez o assunto porque é nessa área que a transfobia acaba acontecendo sem querer. Evite o personagem trans perfeito sem defeitos ou o trans que sofreu mais do que Jesus na cruz, ambas são bem comuns e prestam mais um deserviço do que outra coisa. Se você vincular suas ações aos seus ideais ou identidade trans de uma forma prejudicial, eles classificariam a história como ofensiva. Isso não quer dizer que você não possa ter vilões trans, inclusive, seria interessante algum vilão trans no estilo Kilmonger de Black Panther, mas evite situações que possam ser interpretadas como a transição ou não de um personagem sendo a motivação para sua vilania. Ao fazer isso, você corre o risco de pintar as pessoas trans como um todo sob uma luz negativa.
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Termos importantes
Alguns termos que podem aparecer durante a sua pesquisa e que você precisa saber ao escrever um personagem trans:
Ace: Sigla para Assexual. Pessoa que não sente atração sexual por outras pessoas. Não obstante, as pessoas assexuais podem ter relações de intimidade com outras pessoas, elas só não tem interesse.
AMAB: Sigla de "Assigned Male at Birth" (Designado como Masculino no Nascimento). Serve como marcador para Não-Binários.
AFAB: Sigla de "Assigned Female at Birth" (Designado como Feminino no Nascimento). Serve como marcador para Não-Binários.
Agênero: Pessoa que não se identifica ou não se sente pertencente a nenhum gênero.
Aro: Sigla para Arromântico. Pessoa que não sente interesse romântico por outras pessoas. Entretanto, pessoas aro são capazes de amar, apenas não tem o foco ou interesse em envolvimentos românticos
Binding:Processo para comprimir o peito de forma a alisá-lo. Exige alguns cuidados específicos para evitar efeitos nocivos à saúde. Quando feito por muito tempo pode causar trauma nas costelas ou músculo mamário
Cisaliade: Pessoa cisgênero que apoia os direitos das pessoas trans
Crossdresser: A palavra designa uma forma de expressão de gênero. É aquele que se veste com roupas associadas, socialmente, a um gênero diferente do seu. Normalmente, se refere a homens que usam esporadicamente roupas, maquiagem e acessórios culturalmente associados às mulheres
Deadnaming: Expressão usada para identificar situações em que intencionalmente é utilizado o nome do registro de nascimento de uma pessoa trans ao invés do nome pelo qual se identifica – independentemente se o nome já foi alterado legalmente ou não. Esta é uma forma de violência contra pessoas trans e não binárias.
Gênero Fluido: São aqueles cuja identidade de gênero flui, ou seja, ao mesmo tempo em que uma pessoa pode se identificar com o gênero feminino ela também pode fluir para o masculino e até para o neutro, entre outras variações.
HRT: Sigla para terapia de tratamento hormonal
Jogar pra fora do armário/Outing: Expressão usada para identificar situações em que a orientação sexual, identidade de gênero e/ou características sexuais de uma pessoa são reveladas a outras pessoas sem o seu consentimento.
Misgendering: Expressão usada para identificar situações em que uma pessoa é tratada pelo gênero com o qual não se identifica (ex: usando pronomes errados) ou quando lhe é assumida determinada identidade. O misgendering pode acontecer de forma acidental ou intencional (podendo constituir transfobia).
Nome Morto/Dead Name: Nome com o qual a pessoa trans foi batizada/registrada no ato do nascimento. Geralmente, são trocados quando a pessoa se descobre trans.
Nome Social: Nome pelo qual a pessoa trans ou não binária se identifica e que pode não corresponder ao seu nome legal.
Queer: Originalmente, uma ofensa em inglês. Acabou resignificado na década de 2010, é um termo adotado como forma de visibilidade a comportamentos fora das normas de gênero e sexualidade. O termo pode ser utilizado como uma orientação sexual, quando não se sabe bem o que se é, apenas que você não é heterossexual cisgênero.
Packing: Processo de utilização de próteses ou outros objetos geradores de volume para aparentar a existência de um pênis.
Sair do Armário: Expressão usada para identificar o processo consensual para revelar a alguém sua orientação sexual e identidade de gênero.
Travesti: A travesti é uma pessoa que foi designada do gênero masculino ao nascer, mas objetiva a construção do feminino. É um gênero trans exclusivo a aqueles que nasceram na América Latina. Atualmente, a palavra travesti adquiriu um teor político de ressignificação de termo historicamente tido como pejorativo.
Traveco: Derrogatório. Ofensa para mulheres trans.
Tucking/Amarrar a neca: Processo para esconder o pênis e torná-lo menos visível. Exige alguns cuidados específicos para evitar efeitos nocivos à saúde. Quando feito por longos períodos, pode causar infecção urinária, dentre outras enfermidades.
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ultravioletqueen · 8 months
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I love the vampair series by Daria Cohen and the whole story in general (Duke and Missi are my favorite duo so far), as I have little resistance to temptation, I made Artemis (the vampire who bit Duke) a blind human boyfriend😅 like this let me introduce you to evangelos gerbacio lopez or simply evan!
Evan met Artemis when he lost his guide dog and Artemis didn't have the heart to kill him because he thought that Evan with his blindness was at a huge disadvantage other and seeing that he was really blind he wouldn't know they were vampires unless someone told him, so he saw no need to kill him, he was harmless and he wouldn't know the truth.
They had many more encounters like this (the dog became his matchmaker/cupid), at first Artemis was irritated with Evan's presence but over time he got used to his company and they both came to connect quite a bit (obviously Evan without knowing about the truth about Artemis), this feeling of friendship was evolved into romantic love and I would say that they are currently a couple, Artemis looks for the right moment to tell Evan that he is a vampire but either they always interrupt him or he regrets it at the last minute.
Evan's personality is someone who is kind, polite, gentle and follows the motto of "treat others as you would like them to treat you", despite his calm and peaceful attitude he does not hesitate to put others in their place if he feel they are being too rude. He is an animal lover and former church boy (currently he is an agnostic atheist), he loves reading (books in Braile or audiobooks) books by Edgar Allan Poe, Tillie Cole and Stephen King, he is a lover of literature and wants to be horror and mystery writer, he also knows how to play the piano and the church organ.
I will give more lore about Evan and his entire story apart from Artemis, I will try to give more information about him and other characters I have from the vampair series.
I was inspired by the writings and theories of @little-witchys-garden to do all this, I really love when they talk about the vampair series and this is no exception.
I hope you like it!
(Español)
Amo the vampair series de daria cohen y toda la historia en general(duke y missi son mi duo favorito hasta ahora),como tengo poca resistencia a la tentación le hice a artemis(el vampiro que mordió a duke) un novio humano ciego😅 así que déjenme presentarles a evangelos gerbacio lopez ¡o simplemente evan!
Evan conoció a artemis cuando perdió su perro guia y artemis no tuvo el corazón para matarlo porque pensó que Evan con su ceguera estaba en una situación de desventaja enorme aparte de que al ver que realmente era ciego no sabría que eran vampiros a no ser que alguien se lo dijera , por lo que no vio necesidad de matarlo,era inofensivo y no sabría la verdad.
Tuvieron muchos más encuentros así(el perro se hizo su casamentero/cupido),en un inicio artemis estaba irritado con la presencia de evan pero con el tiempo se acostumbro a su compañía y ambos llegaron a conectar bastante(obviamente Evan sin saber de la verdad de artemis),este sentimiento de amistad fue evolucionado a amor romántico y diría que en la actualidad son pareja,artemis busca el momento correcto para decirle a evan que es un vampiro pero o siempre le interrumpen o se arrepiente en al último minuto.
La personalidad de evan es de alguien amable,educado,gentil y que sigue el lema de "trata a los otros como te gustaría que te traten a ti",pese a su actitud tranquila y pacífica el no duda en poner a los demás en su lugar si siente que se están pasando de groseros. Es un amante de los animales y antiguo chico de iglesia(en la actualidad es ateo agnóstico), ama leer (libros en braile o audiolibros) libros de edgar allan poe, tillie cole y stephen king,es un amante de la literatura y desea ser escritor de terror y misterio,tambien sabe como tocar el piano y el órgano de iglesia.
daré más lore sobre evan y toda su historia aparte de artemis,trataré de dar más información sobre el y otros personajes que tengo de the vampair series.
Me inspire con los escritos y teorías de @little-witchys-garden para hacer todo esto,realmente amo cuando hablan de the vampair series y esta no es la excepción.
¡Espero guste!
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likethemo0n-archive · 3 months
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Because loving despite of slaughter means loving everything.
HUNTER SCHAFER? não! é apenas CALISTA BEAUCHAMP, ela é filha de AFRODITE caçadora de ÁRTEMIS do chalé DEZ OITO e tem QUATROCENTOS E QUARENTA E DOIS ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL TRÊS por estar no acampamento há SÉCULOS, sabia? e se lá estiver certo, CALI é bastante GENEROSA mas também dizem que ela é MELANCÓLICA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
The moon is revealing itself to my equally naked heart...
Nome completo: Calista Elizabeth Beauchamp. Data de nascimento: 18 de junho de 1582. Signo: Sol em Gêmeos, ascendente em Libra, lua em Peixes. Local de nascimento: Local desconhecido. Filiação: Afrodite e Henry Beauchamp. Gênero: Mulher transgênero. Sexualidade: Pansexual.
Moon dust in your lungs, stars in your eyes...
Foi na primavera de 1582 que o jovem duque inglês Henry Beauchamp conheceu o amor nos braços da mulher mais bela e encantadora que ele havia colocado os olhos. A jovem de nome Calista havia aparecido misteriosamente na corte inglesa, e pouco se sabia dela. Alguns diziam que era a filha bastarda de um nobre francês, outros que era a herdeira de uma grande fortuna de um mercador italiano. Independente do boatos sobre sua origem incerta, era inegável o magnetismo que ela exercia sobre os homens e mulheres da corte; todas aquelas pessoas simplesmente comiam na mão da jovem de cabelos-- loiros? Castanhos? Levemente arruivados? Pouco importava, todos concordavam que não havia mulher mais bela em toda a corte-- ou, até mesmo, em toda a Europa.
De todos os admiradores, porém, foi Henry que chamou sua atenção. O rapaz de vinte e três anos perdera os pais em uma tempestade no mar e agora precisava lidar com todas as responsabilidades de seu novo título. Todas as jovens da corte lutavam por sua atenção, afinal de contas, quem não desejaria aqueles cabelos dourados que brilhavam ao sol, os olhos azuis emoldurados por pestanas claras, as feições delicadas e o corpo alto e esguio? Além de belo, Henry era um romântico incorrigível, escritor de poesias e excelente tocador de alaúde. Sua imensa fortuna e título, obviamente, apenas o ajudavam a ser ainda mais o partido perfeito para um casamento.
Mas foi Calista, de todas as mulheres, quem conquistou os olhos e o coração de Henry. O caso de amor foi curto, mas intenso; apenas três semanas que marcaram aquela mulher misteriosa para sempre no coração do duque inglês.
Tão abruptamente como chegou, Calista desapareceu sem deixar resquícios. O mistério incendiou ainda mais a corte quando, algumas semanas depois do desaparecimento da mulher, um bebezinho apareceu no quarto que costumava pertencer a ela. Ninguém sabia como ele havia aparecido ali e, apesar de ser humanamente impossível uma concepção tão rápida, Henry sabia que aquele bebê era seu. Sem aceitar discussões, Henry aceitou o bebezinho como seu filho e lhe deu um nome que, séculos e séculos depois, foi completamente esquecido.
Isso porque o bebezinho cresceu e, ainda quando criança, percebeu que o nome, as vestimentas e o tratamento masculino que recebia simplesmente não eram para si. Seu pai e a corte não entendiam ou aceitavam que a criança era uma menina, não um menino, mas isso não a impediu. Quando tinha 15 anos, foi estudar na França e foi lá onde passou a se identificar como mulher oficialmente, fazendo todo o possível para que não descobrissem sobre seu passado na Inglaterra. Adotou o nome de sua mãe, Califa, e deixou o nome masculino para trás, mas apesar de finalmente poder viver como a moça que era, ainda sentia que algo faltava para si.
Foi quando conheceu a deusa Ártemis e suas caçadoras aos 20 anos que entendeu o que estava faltando. Descobriu com elas que era uma semideusa e, após contar a história de sua mãe para Ártemis, ficou claro para a deusa que sua mãe era, na verdade, Afrodite. Foi aceita na caçada, onde aprendeu a lutar e também onde foi capaz de desenvolver o poder de alterar a própria aparência. Ela usa o poder para modificar seu corpo de acordo com a necessidade, ficando mais alta, baixa ou forte se preciso, mas também o usa para ter a aparência feminina que apenas conseguiria com hormônios ou cirurgias, nada disso sendo possível em sua época.
Nunca mais viu seu pai, algo que quase a matou por dentro já que, apesar de tudo, o amava muito, mas sabia que era necessário mantê-lo longe de toda a confusão que os deuses traziam. Com o passar dos séculos, fez o possível para manter a memória dele viva em seu coração; toca vários instrumentos, escreve poesia e sua aparência escolhida tem os mesmos cabelos dourados, os mesmos olhos azuis, os mesmos traços finos e delicados.
Estava com as outras caçadoras quando tudo aconteceu e está confusa e de coração partido desde o desaparecimento de sua senhora. É difícil ficar reclusa no Acampamento, mas ela sabe que é o necessário no momento.
My love is awake even in the dark...
Número do Chalé: Dez Oito. Poderes: • Manipulação corporal - capacidade de manipular qualquer aspecto de seu próprio corpo. • Aura de amor - Calista consegue ver uma aura vermelha ao redor de quem está apaixonado. Quando a pessoa está perto do objeto de sua afeição, a aura fica ainda maior e mais forte, o que significa que Calista também sabe por quem a pessoa está apaixonada. Habilidades: • Velocidade sobre-humana • Durabilidade sobre-humana Armas: • Possui um arco-e-flecha de bronze celestial que ganhou quando se uniu à caçada. Ele se transforma em um bracelete que possui o desenho de uma lua quando ela não o está usando. • Uma faca de caça de bronze celestial com uma lâmina afiada de um lado e uma serra do outro, com um emblema de pomba com uma lua no cabo de couro. Artefato: • Chicote de serpentes - Um chicote feito de couro de cobra, com uma ponta quádrupla que se transforma em quatro pequenas cobras quando ativado. Cada cobra é imbuída com veneno mágico e obedece aos comandos do portador do chicote. Elas atacam os inimigos com mordidas venenosas e podem até mesmo distraí-los enquanto o usuário prepara outros ataques. Cargos no Acampamento: • Membro da equipe azul de arco e flecha • Instrutora de arco e flecha
A heart that hurts is a heart that works...
Conexões: Aqui. Headcanons: Aqui. Tasks: Aqui. POVs: Aqui. Playlist: Aqui.
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tionitro · 1 year
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Elementos Básicos de Criação de Histórias | NITRODICAS PARA ESCRITORES PODCAST #001 | #escrita
Primeiro Episódio do Podcast NitroDicas para Escritores no ar! Há algum tempo, eu sonhava em lançar este podcast como uma evolução dos meus vídeos de dicas para escritores e das mais de 60 aulas sobre escrita criativa, roteiro e outros assuntos no meu canal Newton Nitro no YouTube Minha experiência em trabalhos profissionais para editoras e no Estúdio Ghost Jack me fez perceber a importância de…
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haruthinks · 2 years
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(descrição de imagem: retângulo azul claro tendo nas bordas duas formas geométricas arredondadas em um azul levemente mais escuro para decoração. uma foto de um óculos fechado com a escrita “haruthinks” embaixo indicando o autor do post. em seguida, o título da série “guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão”, seguido de uma linha para separar o texto do indicador da parte “parte 2: escolha de narrativa, descrições visuais e verbais e interações sociais". fim da descrição de imagem).
guia para escrever personagens cegos ou com baixa visão parte 2: escolha de narrativa, descrições visuais e verbais e interações sociais
e aí gente, beleza? essa é a parte 2 da tradução desse guia que foi escrito por mimzy do blog que você pode acessar aqui e também na source desse post.
a parte 1 traduzida se diz respeito á construção do personagem e você pode acessar aqui.
mimzy é uma pessoa com deficiência visual que está escrevendo seu próprio livro de fantasia, e ao decorrer de sua jornada na escrita já escreveu dois personagens cegos.
importante ressaltar aqui que esse post é apenas uma tradução do guia escrito por mimzy, eu não sou uma pessoa com deficiência visual, apenas achei interessante trazer esse guia para informar e ajudar escritores que têm interesse na temática. como sempre, dei o meu máximo na tradução dos termos e vou colocando notas durante o post caso acho necessário, caso você note alguma inconsistência na tradução, por favor, fale comigo! sem mais delongas, vem comigo depois do ver mais!
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a partir daqui começa a tradução. o guia foi escrito em primeira pessoa por se tratar muito das vivências pessoais de mimzy, então irei traduzir em primeira pessoa também. retorno a dizer que NÃO SÃO minhas experiências.
escolha narrativa
se o seu personagem é o protagonista, você vai ter que optar por escrever em primeira ou terceira pessoa. se seu personagem é secundário ou de pouca importância, a escolha da narrativa não será tão importante, mas você ainda vai precisar estar ciente do que ele consegue ver naquela cena porque vai afetar como ele age naquele momento.
primeira pessoa
pessoalmente, eu acho que escrever um personagem cego em primeira pessoa é sempre o ideal. esse tipo de narração permite que os leitores vivam o personagem e vejam o que ele vê, ou não vê. os leitores querem viver a vida de outra pessoa temporariamente, e se eles estão lendo uma história com um protagonista cego, então eles vão querer experienciar a vida daquela pessoa também.
mas também há desvantagens. você vai ter que trabalhar com o que o seu personagem pode ou não pode captar. isso pode deixar a descrição das cenas difícil (vou incluir dicas para isso depois) e também pode ser fácil de errar e acabar esquecendo que o seu personagem não deveria ser capaz de ver a cor dos olhos de alguém, o sorriso, uma placa na rua, a cor de um presente. você vai ter que aprender a trabalhar dentro dos limites dele. se em alguns momentos você errar e acidentalmente escrever o personagem percebendo coisas demais com a visão que possui, então você pode editar.
terceira pessoa
a desvantagem de escrever em terceira pessoa é a impossibilidade de viver a vida do seu personagem. é muito mais fácil de acabar errando e incluir coisas que seu personagem não deveria conseguir ver. os leitores provavelmente vão esquecer do quão cego seu personagem é se lerem páginas e mais páginas com ótima descrição visual. vai acabar sendo esquisito quando seu personagem falar que não consegue ver coisa X ou Y. mesmo na terceira pessoa, você ainda precisa trabalhar com o que seu personagem pode ver e é muito mais fácil de esquecer disso se você está assistindo a vida do seu personagem através dos olhos de um pássaro ao invés dos olhos do próprio personagem.
a terceira pessoa é algo que eu recomendaria se é o jeito que você prefere escrever e não tem muito costume com primeira pessoa. porém, ainda acho que seria legal tentar escrever em primeira pessoa antes de se decidir.
novamente, a escolha da narrativa não é algo tão importante caso seu personagem cego não seja o protagonista.
descrevendo o mundo de forma visual de acordo com seu personagem cego
aqui é onde saber exatamente o que seu personagem vê e não vê é extremamente importante. mesmo que seu personagem tenha apenas a percepção de luz e sombra sobrando, tem várias formas de acrescentar características visuais ao mundo dele.
talvez algumas coisas possam até soar como trapaça.
dependendo da idade que seu personagem tinha quando ficou cego, ele pode lembrar de como as coisas eram quando ele ainda enxergava. sim, isso soa como trapaça, mas é bem possível que seu personagem se lembre como a casa, vizinhança, amigos e família dele são visualmente. porém, talvez ele eventualmente esqueça e isso depende muito do tempo. vou retomar molly burke rapidinho.
aqui está o canal dela no youtube, caso você não tenha visto a parte 1 desse post.
notas da tradutora: novamente aqui, os vídeos do canal dessa garota são bem informativos e divertidos, porém são em inglês. no youtube brasil o que eu achei que mais se assemelha é esse canal aqui chamado histórias de cego. caso você conheça algum outro youtuber com deficiência visual que queira recomendar, por favor, fala comigo que eu acrescento aqui!
molly perdeu a maior parte da visão quando tinha 14 anos, mas antes disso ela enxergava cores, natureza e como a família dela era (mas ela sempre foi legalmente cega, desde o nascimento). porém, molly agora tem 25 anos e já faz mais de 10 desde que ela perdeu o resto de sua visão. ela não se lembra como as cores são ou como alguns animais são porque faz uma década que ela não os vê. ela sabe quais cores combinam umas com as outras, mas isso se dá por anos de convivência em sociedade (as pessoas comentando quais cores ficam bonitas juntas e quais cores ficam estranhas). então, se faz muito tempo desde que seu personagem perdeu a visão, ou se ele acabou se mudando da cidade onde cresceu, ele provavelmente não vai ter nenhuma memória visual para usar.
seus leitores vão criar seus próprios cenários automaticamente, eles já fazem isso mesmo com muita descrição visual. não importa o quanto você descreva um quarto, uma casa ou uma praia, as pessoas sempre vão visualizar de acordo com as coisas que eles já conhecem e viram (eu uso modelos de casa que eu já estive antes quando leio um livro onde o personagem mora em uma casa, faço o mesmo com apartamentos. a imagem da minha mente nunca vai ser idêntica ao que foi descrito, mas não consigo evitar).
sendo assim, os leitores sabem como um bairro urbano se parece. eles sabem como é uma praia, uma floresta ou um campo florido. também sabem como é uma escola, hospital, lojas de departamento e restaurantes. os cérebros deles vão automaticamente preencher as lacunas da descrição com alguns detalhes que eles sabem que pertencem a esses lugares. você só precisa dizer onde o seu personagem está, ou onde ele entende que está.
uma dica para acabar gatilhando uma imagem mental na cabeça de alguém com apenas algumas palavras. use locação, horário, o quão lotado ou vazio o lugar está, etc. por exemplo, uma praia calma e pacífica versus uma praia lotada e cheia de lixo. dois cenários diferentes, mas descritos com apenas algumas palavras. uma cafeteria moderna e lotada ou uma cafeteria tranquila e meio hipster? uma balada barulhenta? um bar obscuro? um banheiro público sujo? todas essas palavras trazem diferentes imagens na sua cabeça baseadas em experiências passadas, mas eu utilizei apenas poucas palavras para cada cenário.
coisas que seu personagem sempre vai saber (menos em circunstâncias especiais)
o lugar onde ele está (a não ser que tenha sido sequestrado ou apagou e acordou em um lugar novo, nesse caso, você decide como fazer ele perceber onde está);
a hora do dia (a não ser que esteja drogado ou seja péssimo em horários);
norte, sul, leste e oeste (pessoas cegas são melhores nisso do que pessoas que enxergam. eles acabam se ensinando sobre o assunto para não se perderem);
a estação do ano e o clima;
se o lugar está cheio, vazio ou com uma quantidade ok de pessoas. também se aquela quantidade de pessoas é comum para aquele lugar e hora.
isso é o suficiente para começar, mas agora você precisa adicionar alguns detalhes sensoriais não visuais.
os outros sentidos do seu personagem pode pegar outros detalhes
seu personagem vai ouvir o barulho das folhas ao serem pisadas, vai ouvir elas raspando contra a calçada conforme ele move a bengala. vai ouvir o trânsito ou as crianças brincando no parque, vai ouvir os passos atrás dele numa rua quieta ou skates zunindo por perto. seu personagem vai sentir a areia nos dedos, a maciez com que a grama abaixa conforme ele pisa, uma lama escorregadia, a calçada rachada ou o asfalto esburacado embaixo de sua bengala. também vai sentir a tinta da parede descascando embaixo das suas unhas, a calda pegajosa na mesa que ele acabou não vendo antes de colocar a mão ali. seu personagem vai sentir o sol no seu rosto, vai sentir a brisa do vento, vai sentir o cheiro de comida no restaurante que está visitando, ou o cheiro da sujeira molhada depois da chuva (quando saio de casa, geralmente consigo sentir o cheiro da sujeira da rua molhada antes de ver as poças no chão). os outros sentidos dele podem adicionar detalhes que a visão nunca poderia.
notas da tradutora: essa frase entre parênteses se trata da experiência pessoal de mimzy, não minha. já disse antes, mas não custa repetir.
como escritor no geral, você precisa se acostumar a utilizar todos os 5 sentidos enquanto escreve, mas considere isso de forma ampliada quando os utiliza para compensar a falta de descrição visual.
descrevendo conversas sem enxergar
pode parecer estranho, mas tem muito mais visuais envolvidos em uma conversa do que você pensa. algo entre 60 e 90% da nossa comunicação é não verbal (já ouvi várias versões dessa estatística e não quero ter que procurar de novo, mas acredite).
isso significa que o que alguém diz não é a única informação que você recebe. pessoas que enxergam podem usar postura corporal e expressões faciais para captar o humor de alguém durante uma conversa. uma careta, um sorriso, braços cruzados, movimentos agitados com os braços, rolar de olhos, expressão irritada, troca de olhares, caras engraçadas, tudo isso. em alguns casos, seu personagem cego talvez veja o sorriso ou a postura de alguém, caso ele ainda tenha visão o suficiente pra isso, mas e se ele não tiver?
seu personagem não sabe quem está sorrindo ou franzindo a testa, troca de olhares não são possíveis e ele não vai notar um amigo rolando os olhos (a não ser que a visão restante dele o possibilite de, algumas vezes, ver essas expressões. por exemplo, quando bem de perto e a luz estiver boa).
seu personagem está usando tons vocais e escolhas de palavra para descobrir as emoções de quem fala. uma fala rápida sugere urgência ou animação. frases quebradas ou gaguejadas sugerem ansiedade, timidez, culpa, mentiras, agitação. tons calmos, fala devagar e uma risada leve implica em uma conversa fácil e sem tensão. palavras pronunciadas erradas e uma fala arrastada significa embriaguez, exaustão ou alguém machucado.
amigos e família às vezes vão completar detalhes que seu personagem não vê
isso é uma experiência pessoal, é muito comum para meus amigos e família pontuarem detalhes visuais pra mim enquanto eu estou fora, especialmente se são detalhes com os quais eu me importaria, ou que me deixariam felizes de saber.
"tem um gato laranja naquele telhado", "ali tem um lindo jardim com várias rosas", "tem duas crianças brincando com sabres de luz ali fora", "tem um cara dançando na rua", "tem outra pessoa andando com uma bengala alguns metros de distância de você", "tem bandeiras do orgulho penduradas naquele prédio" (isso foi no último verão enquanto estava num carro numa cidade próxima, fiquei bem feliz em ouvir isso).
ou mencionar coisas que seriam perigosas pra mim, como "tem uma multidão chegando", "estamos andando no estacionamento agora", "tem alguns cones ali na frente", "tem uma escadaria perto, ande pra sua direita", "tem alguns skatistas vindo em nossa direção".
ou mencionar coisas sociais que me interessem, como "aquela pessoa tá olhando pra você", "tem uma pessoa bonita ali", "parece que fulano não tá gostando muito do papo com sicrano", ou até mesmo "fulano e sicrano estão dançando/fumando lá fora/rindo/brincando", qualquer coisa assim.
às vezes são coisas que são inapropriadas e rudes, mas acredite, as pessoas vão te dizer quando sabem que você não consegue enxergar, tipo "nossa, a roupa daquela menina é horrível" ou "não gosto daquelas tatuagens", ou até mesmo "ele parece um orc". se a companhia do seu personagem cego for do tipo que julga bastante, provavelmente essas seriam coisas que ela falaria.
identificando outras pessoas numa conversa
aqui vai uma pergunta importante, seu personagem enxerga o suficiente para identificar uma pessoa pelo rosto, corpo ou jeito de andar? não? então seria bom fazer isso aqui:
se uma amiga ou colega de classe chega no seu personagem, ela deve dizer algo como "oi, fulano, aqui é sicrana" ou se apresentar de alguma forma que faça seu personagem saber com quem ele está falando, aí então a conversa começa.
se você me disser que seu personagem reconhece todo mundo apenas pelas vozes, eu vou te dizer que você está errado.
humanos não são capazes de produzir tons de voz super únicos que os diferencie de outros 7 bilhões de humanos. e também, ninguém (nem mesmo os cegos super heróis que vou te dizer pra evitar escrever na parte 3) é capaz de reconhecer a voz de todo mundo que conhece.
seu personagem talvez reconheça uma voz específica se:
for de algum dos pais, irmãos ou melhores amigos, talvez. mas não é uma certeza, eu não consigo diferenciar a voz da minha mãe em um lugar lotado.
for um sotaque distinto e reconhecível, tipo um amigo russo morando nos estados unidos.
for uma voz muito aguda ou muito grave que realmente se destaca, mas é pouco provável.
se seu personagem reconhecer a voz de alguém, provavelmente isso só aconteceu pelo contexto. eu reconheço as vozes dos meus professores se eu estou em alguma parte específica do campus onde eu normalmente os vejo. eu talvez reconheça as vozes de alguns dos meus colegas de sala se eu estiver na sala, mas eu nunca reconheceria se eu estivesse em outro lugar. eu também consigo reconhecer vozes de atores se eu estou assistindo TV (na verdade, é mais que eu reconheço os diálogos de filmes e séries que eu já assisti e lembro de quem interpretou aquele personagem).
em algumas circunstâncias, talvez seu personagem consiga reconhecer a voz de alguém. porém, por favor use o método de "oi, fulano, aqui é sicrana" porque é bem mais confiável e seria bem legal se as pessoas que lessem o que você escreve começassem a se apresentar aos amigos cegos.
obviamente, nem todos os personagens vão saber que deveriam se apresentar ao seu personagem cego dessa forma, porém, seria legal pensar que seu personagem cego ensinou os amigos bem o suficiente ao ponto que eles começaram a fazer isso.
e é isso para a parte 2, espero que tenha ajudado!
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catscantwrite · 1 year
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Cá estou eu para falar mais uma vez sobre como foi finalizar “No Man’s Land”. O primeiro livro saiu em menos de quinze dias, o segundo levou um pouco de mais tempo e o terceiro eu fui mais na calma, ainda assim foi uma marca surpreendente fazer isso. Em três meses eu tinha 450 páginas escritas de uma história completa.
Mas antes que esse post seja mal interpretado. Não estou aqui para te dar um guia de como escrever três livros em três meses, muito pelo contrário, eu quero analisar alguns pontos do desenvolvimento dessa trilogia, coisas que me permitiram fazer isso no tempo que fiz, mas acima de tudo, falar sobre coisas que nos ajudam a desenvolver um livro, independente do tempo que leve. Esse é um post para refletirmos.
Escrita é um trabalho de privilégio
Recentemente participei do episódio de um podcast, que ainda não foi ao ar, e em um dado momento eu falei sobre como o trabalho do escritor é sobre privilégio, privilégio esse que dentro da escrita alguns ainda terão mais do que outros. Eu posso, todos os dias, sentar pelo menos uma horinha e escrever, a minha rotina e o meu trabalho me permitem essa flexibilidade. Nisso, tem quem consegue parar várias horinhas do dia e quem mal consegue parar trinta minutos. E esse é um dos pontos do porque eu não posso chegar aqui e dizer “você PODE escrever três livros em três meses”, porque eu posso, mas não sei qual é a sua rotina e o que ela lhe permite fazer durante a semana. Então quando digo que o trabalho de escritor é um trabalho de privilégio, quero dizer que a parcela esmagadora de escritores não tem a escrita como principal trabalho. Eu ainda estou de certa forma dentro do mercado, minha renda vem do trabalho como designer de capa e revisora, mas a maioria está em áreas que não tem nada a ver com o mercado editorial. Ter noção dessas nuances que envolvem o trabalho com a escrita nos ajuda a encarar algumas questões muito importantes de porque alguns conseguem escrever tanto em pouco tempo, e outros precisam de meses para isso.
Organização e rotina
Quando estou com um projeto eu sou metódica (quase obsessiva), tento todos os dias escrever nem que seja por trinta minutos. Em partes para não perder o ritmo do projeto, mas também terminar isso o quanto antes. “No Man’s Land” eu dei uma enrolada básica no final, porque estava tão obcecada com a história que não queria terminar, mas geralmente eu fico bem focada em terminar. Ter uma rotina organizada para escrever me ajuda a seguir em frente com o projeto, é como ter um chefe me lembrando o que tenho que fazer todos os dias, porque me ajuda quando tenho essa sensação de que existe uma certa cobrança para eu terminar o que comecei. Ficar postando sobre isso no Instagram e no Twitter também ajuda, mostrar para os outros que eu estou fazendo algo, é como ter vários olhos em cima de mim esperando eu terminar isso. E não ter uma rotina não significa que você não vai conseguir obter resultados, isso é sobre se conhecer, que nos leva ao próximo tópico.
Conheça a ti mesmo
Parafraseando algum versículo bíblico que eu não faço ideia de qual seja o contexto, conhecer você mesmo é essencial para o resultado. Depois de anos escrevendo, hoje eu me conheço bem o suficiente como pessoa e como escritora, para criar uma rotina e um ambiente que me ajude a atingir o objetivo de finalizar um livro. Hoje eu sei que consigo desenvolver muito melhor o enredo quando faço um planejamento mais superficial e os detalhes vou determinando conforme vou escrevendo. Em “No Man’s Land” eu sabia qual era o objetivo dos três livros, eu sabia de onde as personagens partiam e onde tinham que chegar. Por ser uma história com mais de um ponto de vista e que muitas vezes se passavam em lugares muito distantes uns dos outros, eu precisei ser um pouco mais minuciosa no sentido de destrinchar melhor cada capítulo, mas ainda assim, eu desenvolvia conforme ia escrevendo. Hoje eu também sei que consigo tranquilamente escrever em ambientes caóticos, boa parte dos três livros escrevi na sala de casa enquanto as outras meninas que moram comigo estavam conversando e ouvindo música. Mas tem aquelas cenas mais profundas, mais densas, que eu precisava vir para o quarto para me concentrar na cena. Conhecer essas pequenas coisas fazem total diferença na forma como vamos levar o projeto, se você sabe que não consegue lidar com uma rotina regrada de escrever todos os dias, se forçar a fazer isso não vai te ajudar, assim como saber que você é um escritor que gosta de tudo planejado nos mínimos detalhes, fazer um planejamento mais superficial vai mais te atrapalhar do que ajudar.
Conexão com o que escreve
Poucas coisas na vida são tão boas quanto aquele sentimento de completude quando você está 100% imerso em um projeto. Você não consegue parar de pensar nas personagens, relê cenas que foram muito gostosas de escrever só pra sentir a emoção de novo, fica imaginando o projeto completo com uma capa linda e uma diagramação de respeito. É como aquele meme de “Meninas Malvadas”: passava 80% do tempo falando do livro e nos outros 20% torcia para alguém falar sobre. Você precisa ser o primeiro e maior fã do seu livro, já falei das minhas frustrações com “Rainha da Califórnia” por aqui, e ainda assim é uma história que eu abro as páginas e sorrio com as cenas e relembro como foi escrevê-las. Eu fiquei obcecada escrevendo “No Man’s Land” e por isso escrevi tão rápido, porque eu não conseguia fazer outra coisa. Ignorei várias responsabilidades, em fim de semana passava mais de seis horas escrevendo até eu não aguentar mais. Não estou dizendo para você ser louco assim, ignorar responsabilidades não é legal, eu lidei com as minhas escolhas, mas você não tem que ser doido igual. Mas é sobre o sentimento, de você estar tão dentro da história que só quer saber dela. Esse é o caminho certo do sucesso, porque você não vai querer abandonar um projeto com o qual se importa tanto.
O primeiro rascunho não tem que sair perfeito
Eu acho sempre importante ressaltar isso: a primeira versão da sua história não tem que ser perfeita (e vai estar BEM longe disso). Em “No Man’s Land” eu levei isso ao extremo e provavelmente terei um trabalho infernal para consertar coisas que fui deixando para trás, mas fiz isso de forma consciente. O ponto é desapegar da primeira versão do seu livro, é natural as coisas saírem meio rasas, faltar descrição ou emoção, diálogos xoxos, umas cenas capengas. O que a gente precisa é seguir em frente, é muito mais fácil você trabalhar em cima de um projeto que está completo, do que focar em eternamente melhorar um único trecho e não sair daquele ponto. A edição é uma etapa inevitável da escrita, então por que ficar adiantando ela sem necessidade? Agora que terminei “No Man’s Land”, estou deixando o texto descansar para fazer a primeira leitura completa do projeto, para ir apontando tudo o que eu ver necessidade de alteração e eu tenho certeza de que o livro vai passar por algumas boas edições, não vai ser um ou duas. Agora é o momento de eu já ir pesquisando algumas coisas para desenvolver melhor mais para frente, ir reunindo meu material para elevar a experiência da história. Eu não pretendo publicar nem em 2023 essa história, porque quero cuidar dela com muita calma e carinho.
“No Man’s Land” foi um momento de colocar em prática muita coisa que vim aprendendo e executando nos últimos anos. Foi um livro que me ajudou a relaxar (mesmo com o seu tema e teor) em muitos momentos de puro estresse. Eu costumo dizer que escrever um livro é sempre diferente do anterior, “Rainha da Califórnia” foi o último grande projeto, que desenvolvi no ano passado, mas era uma história que já estava escrita, embora eu tenha feito a reescrita praticamente do zero, eu ainda usava de base o texto original e fui alterando o que precisava. “No Man’s Land” não tinha base, a história que escrevi nas últimas semanas não tinha nada a ver com aquela que eu larguei mão lá na minha adolescência, foi saboroso tirar algo do zero depois de tanto tempo e ver a primeira versão nascer do nada.
Ressalto novamente, finalizar um livro não é sobre o tempo que levamos, é apenas sobre finalizar. Citei muito o tempo que levei para encerrar “No Man’s Land”, mas isso não é sobre eu dizer “siga esses passos e tenha o mesmo resultado”, é mais sobre “é possível dentro das condições certas”. Eu só consegui porque muitos fatores ajudaram. Você pode conseguir também, dentro daquilo que lhe é permitido.
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amusasolitaria · 7 months
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TEMA: ESCRITA CRIATIVA
LISTA DEFINITIVA DE GÊNEROS LITERÁRIOS
fontes:
Escrita Selvagem
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Bom dia/Boa Tarde/Boa Noite
Me proponho aqui a compartilhar uma lista dos muitos gêneros literários que permeia o nosso ofício artístico. Espero que possa ser útil na sua jornada como é na minha. E claro, só estou repassando algo que o site 'Escrita Selvagem' fizera, e eu tomei a liberdade de compartilhar com vocês. Boa parte do texto seguinte foi extraído do post do dito site
Apresentação do site 'Escrita Selvagem', segue abaixo:
Todo escritor deve conhecer bem os diferentes gêneros literários e encontrar nestes o lar perfeito para suas obras. Além disso, você é capaz de produzir um processo de escrita seguindo as expectativas do gênero e estilo narrativo. Por outro lado, esse conhecimento é fundamental para o marketing do seu livro, seja determinando o público-alvo, as categorias de livros mais importantes da Amazon e outros metadados importantes para o mercado literário.
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Conteúdos abordados
Quantos gêneros literários existem?
SUMÁRIO
Gêneros de Ficção
Fantasia
Ficção científica
Distopia
Ação e aventura
Ficção Policial
Horror
Thriller e Suspense
Ficção histórica
Romance
Ficção Feminina
LGBTQIAPN+/QUEER
Ficção Contemporânea
Realismo mágico
Graphic Novel
Conto
Young adult – Jovem adulto
New adult – Novo Adulto
Infantil
Gêneros de Não-Ficção
Memórias e autobiografia
Biografia
Gastronomia
Arte e Fotografia
Autoajuda
História
Viagem
Crimes Reais
Humor
Ensaios
Guias & Como fazer
Religião e Espiritualidade
Humanidades e Ciências Sociais
Paternidade e família
Tecnologia e Ciência
Infantil/Infantojuvenil
EXTRAS
Todos os gêneros e subgêneros literários
Quantos Gêneros Literários Existem?
Embora esteja apresentando os gêneros de livros mais populares, existem muitos outros gêneros e essa relação muda todos os anos. Todavia, isso não é um problema, mas sim mostra como a literatura tem uma plasticidade incrível.
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Gêneros de ficção
Escrever ficção é o modo de contar histórias em uma narrativa imaginária, irreal, ou para redefinir obras a partir da imaginação.
Fantasia
O gênero é caracterizado por elementos fantásticos, como magia ou sobrenatural. Além disso, existe a alta fantasia, que se passa em um mundo onde os elementos fantásticos possuem suas regras e leis próprias. Por outro lado, na baixa fantasia os elementos fantásticos estão presentes, mas usam as regras do nosso mundo.
Agora, se quer se aprofundar no gênero, leia o artigo de como escrever um livro de fantasia e conheça cada etapa para a construção dessa narrativa.
Ficção Científica
Embora a ficção científica e a fantasia sejam considerados gêneros da família da ficção especulativa, ambas se distinguem nos mais diversos aspectos. Em suma, a ficção científica se baseia na ciência e no sentimento de realidade.
As histórias de ficção científica normalmente se passam em um futuro distante, na exploração especial e em viagens no tempo e espaço. Por outro lado, seu livro pode ter uma temática mais leve que não dependa de conhecimento científico, mas sim, em temas antropológicos e sociais que prevejam o futuro da humanidade.
Quer se aprofundar na escrita deste gênero, leia nosso artigo e aprenda também como escrever um livro de ficção científica.
Distopia
Este gênero literário merece destaque, mesmo que faça parte da ficção científica, pois nos leva em enredos com uma visão sombria e assustadora do nosso próprio futuro.
Os autores que embarcam nas distopias imaginam uma sociedade decadente, muitas vezes após um desastre ecológico ou social, enfrentando governos opressores, desastres ambientais e com temáticas no maior estilo Black Mirror.
Em suma, o apelo da ficção distópico está na motivação de imaginar para onde a humanidade está indo e relacionar com a nossa sociedade, ou bem mais no futuro.
Ação e Aventura
É muito provável que livros neste gênero estejam seguindo a famosa Jornada do Herói, onde seu protagonista tem um objetivo à conquistar, mas precisam passar pelas mais diversas provações, até triunfar e retomar para casa totalmente transformados.
O gênero de ação e aventura também complementa uma vasta gama de outros, o que significa que este é um gênero que mesmo andando sozinho, tem a plasticidade de se adaptar com outros como fantasia, ficção cientifica, ficção histórica e etc.
Ficção Policial
A ficção policial, ou ainda ficção de mistério, é caracterizado por meio de histórias que envolvem um crime ou mistério, como o nome indica e que deve ser solucionado pelo protagonista através de pistas durante o enredo.
Você pode explorar um mistério mais aconchegante, sem nada muito tenso e com personagens reais, ou explorar um enredo noir e até mesmo os trabalhos de um detetive particular.
Horror
Vale dizer que aqui a história vai muito além do tema, do enredo ou ainda do cenário, o que vai mover mesmo o seu leitor neste gênero sãos os sentimentos de pavor e tensão.
Por exemplo, o horror gótico provoca arrepios na espinha com elementos paranormais, enquanto o horror cósmico choca com deuses e seres monstruosos e malignos.
Thriller e Suspense
O nome pode até indicar histórias de terror, mas o suspense trabalha exclusivamente em como empregar o medo psicológico e criar um suspense. Portanto, nem todos os thrillers são histórias de terror.
Embora o gênero se confunda com elementos de mistério, um bom suspense tem geralmente o protagonista tentando salvar a própria vida, ao invés de solucionar um crime. Além disso, os thrillers incluem cliffhangers, decepções constantes e altos riscos emocionais que mantêm o leitor sempre tensos até o clímax do livro.
Ficção Histórica
Como o nome entrega, são histórias de ficção que se passam em um cenário histórico. Na maioria dos casos, os personagens podem ser imaginados e enriquecidos com detalhes e eventos pelo autor, o que ajuda a tornar o enredo verossímil.
Este gênero demanda de muito estudo e pesquisa, pois ninguém quer ler um livro na era vitoriana onde celulares acabam de chegar as lojas. Agora, se você quer criar algo assim, melhor procurar outro gênero mais especulativo.
Romance
O romance é confundido como uma subtrama dentro dos outros gêneros, que as vezes nem leva como princípio o relacionamento romântico que deve ser o pilar central da história.
Se o seu livro tem um relacionamento romântico, daqueles de aquecer o coração do leitor, você está no caminho certo, mas também pode explorar outros subgêneros do romance, incluindo : romance de Young Adult, romance paranormal e romance histórico.
Ficção Feminina
Ficção feminina é um termo genérico para livros centrados nas mulheres que se concentram na experiência de suas vidas e seus direitos. Por outro lado, é diferente da escrita feminina, que se refere à literatura escrita por mulheres.
Também conhecido como Chick lit, é um gênero de ficção que aborda as questões das mulheres modernas com romances leves, divertidos e charmosos.
LGBTQIAPN+/QUEER
Este gênero conta com a representação autêntica da comunidade LGBTQIAPN+, apresentando enredos reais e que fogem das histórias heteronormativas. Além disso, embora possa ser peça central o romance, todo e qualquer livro em que personagens LGBTQIAPN+ sejam protagonistas, podem se enquadrar neste gênero.
Ficção Contemporânea
A ficção contemporânea se entendo como a ausência de um gênero literário, por se enquadrar em histórias que apresentam os conflitos, peculiaridades e dilemas dos personagens no mundo em que vivemos.
Em outras palavras, apresenta enredos da vida cotidiana de seu protagonista, de trabalho, política, relacionamentos e a luta de classes.
Realismo Mágico
O realismo mágico é uma corrente artística e literária do século XX e conhecida como realismo fantástico ou real maravilhoso. Por sua vez, é considerada a resposta latino-americana à literatura fantástica europeia.
Sua construção mistura elementos (personagens, cenários, situações etc.) da realidade cotidiana com universos folclóricos, oníricos ou míticos. Além disso, há total incorporação desses elementos extraordinários sem qualquer rompimento com nossa própria realidade.
Graphic Novel
Nem sempre os gêneros literários são definidos por seu conteúdo, mas sim por seu formato. Além disso, as histórias em quadrinhos são apresentadas usando das ilustrações em conjunto com a tipografia.
Essas histórias são ricas e misturam efeitos visuais com a escrita, um poderoso método de contar histórias, desde memórias e aos famosos mangás.
Conto
Mais uma vez a plasticidade encontra a literatura, pois o conto pode pertencer a qualquer um dos gêneros literários desta lista, tendo o único porem, ser muito mais curtos que os romances.
Este gênero é bastante utilizado por autores incitantes que querem começar a escrever suas próprias histórias, ou ainda, por autores consagrados que usam do gênero para expor diversas ideias e conceitos em uma única compilação.
Young Adult – Jovem Adulto
A ficção para jovens adultos, ou YA, tem como público leitores de 12 a 18 anos e reflete nos personagens os desafios únicos da adolescência. As obras desta ficção podem ser chamadas de romances de amadurecimento, pois mostram a transição da infância para a vida adulta.
New Adult – Novo Adulto
A ficção para adultos, ou NA, é também enredos sobre amadurecimento, mas são dos reflexos após o caos da adolescência. Agora, os personagens estão na universidade, por exemplo, enfrentando o desafio de se tornarem adultos.
Mas como o anterior, este gênero não precisa ser só sobre histórias de amor entre colegiais, mas pode se encaixar a fantasia urbana ou a ficção histórica como oportunidades de enredos.
Infantil/Infantojuvenil
Este gênero engloba leitores menores de 12 anos e podem apresentam histórias divertidas ou de autoconhecimento. Claro, que mesmo para crianças a literatura infantil é bastante ampla no que se entende de trabalhar faixas etárias com o devido respeito e atenção ao desenvolvimento dos mesmos.
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Gêneros de Não-Ficção
Os livros de não ficção contam histórias ou fatos do mundo real através da linguagem literária. Em resumo, são histórias onde há uma descrição ou representação de um assunto que é apresentado como fato, sendo real ou não.
Memórias e Autobiografia
Tanto as memórias quanto as autobiografias fornecem um relato verdadeiro da vida do autor. Por outro lado, as diferenças estão no fato de que uma autobiografia fornece um relato cronológico dos eventos e realizações da vida desta pessoa, enquanto um livro de memórias enfatiza apenas os momentos mais impactantes e emocionais.
Biografia
As biográficas fornecem aos leitores a histórias da vida de terminada pessoa, mas com uma visão de terceiros e que podem em alguns casos não tê-las conhecido.
Normalmente são livros de autores póstumos ou ainda estudos sobre personalidades que nunca tiveram suas vidas exploradas por inteiro.
Gastronomia
Comidas e bebidas são os mais populares desta geração de livros, com receitas, histórias da culinária, dietas e informações sobre nutrição.
Arte e Fotografia
Este gênero é lar de livros que em muitos casos acabam sendo mais visuais do que escritos, pois as imagens contam histórias por si mesmas e dialogam a arte com o leitor. Em suma, para falar do período barroco, mesmo que com o texto é essencial a arte presente para absorver toda a sua faceta histórica.
Autoajuda
Livros de incentivo ao aprimoramento pessoal e profissional.
História
Livros desse gênero prezam por trazer fatos conhecidos de uma época, um evento ou ainda figura histórica. Por sua vez, como não é ficção todos os fatos devem ser precisos e indiscutíveis (mesmo que alguns tentem entregar meios dados e criar as piores fake news e enganar muitos leitores).
Viagem
Obras sobre memórias de viagens e relatos de viagens, levando os leitores para os mais diversos locais do mundo. As vezes, podem ser análises de destinos, listas do que fazer ou o que comer e dicas para como criar um orçamento para viajar.
Crimes Reais
A ficção policial também abraça o nosso mundo, colocando tramas de crimes reais com todos os detalhes, sejam estes fascinantes ou assustadores. Nesta categoria, vamos ver bastante coisa sobre crimes sem solução, desaparecimentos e fatos que chocaram o mundo.
Humor
Basicamente estes livros tem a função de fazer os leitores rir! Portanto, se você compilou um livro de piadas ou crônicas humorísticas, pode encontrar seu lar aqui.
Ensaios
O ensaio é uma obra de reflexão que trabalha sobre determinado tema, sem que o autor pretenda esgotá-lo, expondo de maneira pessoal ou mesmo subjetiva.
Guias & Como fazer
Livros para quem quer aprender ou desenvolver uma nova habilidade, um hobby ou uma profissão. Podem ser coisas como, aprender a desenhar, desenvolver soft skill ou como escrever um livro do zero.
Religião e Espiritualidade
Em suma, histórias das religiões e espiritualidade.
Humanidades e Ciências Sociais
Um gênero mais eclético que discute a relação da humanidade com: filosofia, história, literatura, linguagem, arte, religião, música ou a condição humana como um todo.
Paternidade e Família
Hoje existem muitos livros que tratam de disciplina, educação, vínculo familiar e cuidados com recém-nascidos ou crianças com necessidades especiais. Além disso, é um gênero que abrange conselhos para pais de primeira viagem ou ainda estudos sobre os períodos da maternidade.
Tecnologia e Ciência
Na não ficção deste gênero, temos o aprofundamento no sentido do mundo em que vivemos, explorando a ciência em busca de razões ou acompanhamento das mudanças tecnológicas.
Nem sempre está embasado em estudos científicos, mas pode apresentar perspectivas e histórias da origem e destino da ciência.
Infantil
A não ficção infantil tem papel de tratar do aprendizado como algo divertido. Por mais que crianças gostem de contos de fadas, muitas vezes podem encontrar nos de não-ficção fontes para alimentar a criatividade e tratar de assuntos mais sérios, sem agredir sua faixa etária.
Talvez você possa pensar em enredos que tratem da morte e do luto, como apoio para que os pequenos passem por esses períodos de forma mais facilitada.
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EXTRA
Bom, agora que já exploramos os principais gêneros, que tal conhecer os outros que não entraram nesta lista?
Ficção
Ação e aventura
Ficção afro-americana
Antologias
Infantil
╰ Grau médio
╰ Fantasia de grau médio
╰ Livros de imagens
Ficção Cristã
Clássicos
Quadrinhos e romances gráficos
Chegando à maioridade
Ficção Contemporânea
Cultural e étnico
Fantasia
╰ Fantasia Épica
╰ Jogos e LitRPG
╰ Fantasia Urbana
Ficção Histórica
Humor e comédia
Ficção LGBTQIAPN+/QUEER
Ficção Literária
╰ Realismo mágico
Mashups
Mistério e crime
╰ Mistérios aconchegantes
╰ Mistérios Históricos
Peças e roteiros
Poesia
Romance
╰ Romance contemporâneo
╰ Romance histórico
╰ Romance Paranormal
╰ Comédia romântica
╰ Suspense Romântico
╰ Romance de viagem no tempo
Ficção científica
╰ Distópico
╰ Ficção científica militar
╰ Pós-Apocalíptico
╰ Space Opera
╰ Steampunk (e outros gêneros punk na ficção)
Viagem no tempo
Contos
Temáticas e motivações
Thriller e Suspense
╰ Espionagem
╰ Horror
╰ Thriller legal
╰ Thriller médico
╰ Thriller psicológico
╰ Technothriller
Ficção Feminina
╰ Chick Lit
Young Adult/Jovem adulto
New Adult/Novo Adulto
Questões Sociais e Familiares
Fantasia para jovens adultos
Não-Ficção
Agricultura
Biografias e memórias
Gestão de negócios
Guias de carreira
Não-ficção infantil
Quadrinhos não ficção
Computadores e Internet
Culinária, comida, vinho e bebidas espirituosas
Faça você mesmo e artesanato
Projeto
Educação e Referência
Entretenimento
Saúde e Bem-Estar
Casa e jardim
Humanidades e Ciências Sociais
╰ Arte
╰ História
╰ Lei/Direito
╰ Música
╰ Filosofia
╰ Ciência Política e Atualidades
╰ Psicologia
╰ Sociologia
Inspirador
LGBTQIAPN+ Não-Ficção
Matemática e Outras Ciências
╰ Ciências da Terra, do Espaço e do Meio Ambiente
╰ Engenharia
╰ Contabilidade e Finanças
╰ Medicina, enfermagem e odontologia
Natureza
Nova era/New Age
Paternidade e famílias
Fotografia
Religião e Espiritualidade
╰ Ateísmo
╰ Não-ficção
Autoajuda e auto-aprimoramento
Sexo e Relacionamentos
Esportes e atividades ao ar livre
Tecnologia
Viajar por Crime Verdadeiro
Casamentos
Escrita e Publicação
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desafiodeescritadiario · 10 months
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Boas-vindas
SEJAM BEM-VINDOS!
Elá, somos um agregador de conteúdo sobre Escrita Criativa e Técnicas de Escrita! Entre eles estão técnicas de escrita, gramatica, livros, literatura e formas de escrever narrativas. Eu me chamo Ana Freitas e quero que todos se sintam acolhidos e a vontade para trocar experiências sobre escrita e a melhor forma de fazê-la. Esse espaço tem o intuito de escrever matérias sobre escrita narrativa e trazer ferramentas que possam ajudar o escritor iniciante ou avançado a navegar por esse mundo desconhecido e por vezes complicado.
Eu gostaria de iniciar nossa comunidade compartilhando o melhor conselho que se poderia dar: : Tenha vontade de escrever. É importante entender que o primeiro passo já foi dado, é você ter interesse pela escrita e querer escrever, claro que auxiliados de teoria e prática.
E esse é o ponto desse nosso primeiro texto. Sempre achei estranho como essa é a primeira dica que todos os escritores dão, “apenas escreva”. Eles acham que as palavras vão criar vida própria e transformar aquele monte de frases desconexas em um texto bem escrito e com um enredo maravilhoso pronto para ser compartilhado com o mundo? Quisera eu em minha condição de escritora iniciante ter a facilidade que os outros escritores parecem ter.
Tudo bem, confesso que posso ter dramatizado além da conta, mas falando sinceramente, escrever não é fácil, mas é possível. Tudo o que você precisa para começar é de uma ideia, qualquer ideia, algumas estruturas narrativas e de colocar o lápis no papel, e claro, de guia que vai te facilitar o caminho. Ou, se você é como a maioria dos escritores atuais, abrir o word e deixar que as palavras se despejem na tela do computador.
Infelizmente, não foi o que eu fiz anos atrás.
Sem a mínima ideia de como uma estrutura narrativa funcionava, foi como minha primeira história saiu; pequena, com no máximo 500 palavras e sem nem mesmo parecer uma história narrativa, mas saiu. Porém, foi nesse momento em que minha paixão nasceu e nunca mais foi embora. Assim, tentaremos despertar essa vontade de escrever nos próximos posts.
É por isso que eu te peço, não deixe que ninguém te diga o contrário, porque você é importante e sua voz merece ser ouvida onde quer que você escolha divulgá-la; você é o dono da sua história e de como vai escolher desenvolvê-la, mesmo que alguns conselhos pelo caminho te ajudem a chegar no pote de ouro no outro lado do arco-íris. De fato, principalmente se esses concelhos te ajudarem. Você apenas chegará mais perto do seu objetivo.
E ainda mais, peço para que você não se apresse e pule essa parte, pois o aprendizado é parte essencial na vida de um escritor. Sei que você é como eu fui um dia, ansiosa para aprender e colocar minhas ideias em prática, mas esse passo é tão importante quanto o planejamento, estrutura, escrita ou a revisão, é juntar o que você aprendeu com a vontade de escrever; é o que nos faz ir em frente. É um processo árduo e longo que por vezes te faz percorrer algumas curvas pelo caminho, embora isso apenas ajude sua história a ser mais interessante. É por isso que você precisamos estar cientes do que virá pela frente e aproveitar a aventura o máximo que seu lado critico permitir.
Espero que essas minhas dicas se ajudem a chegar lá.
Assim, a partir desse momento definiremos o que esse nosso lugar de criatividade irá abordar e como será abordado. 
Pretendo trazer para esse nosso espaço as diversas abordagens, técnicas e conceitos existentes no mundo da escrita. Por vezes, parecerá um pouco técnico demais, porém é necessário que sabermos como cada parte da escrita funciona para podermos usá-las com proposito e conhecimento. Os assuntos iniciais serão: o que fazer antes de começar uma história, formais de planejar o enredo, definir tema e premissa, cenas base e pesquisa, além de jeitos de abordar nossos personagens. Se não tivermos uma ideia de quem eles são, será difícil saber para onde eles vão. Outros assuntos como rotina de escrita e estrutura narrativa também são muito importantes, dessa forma, nos permitindo explorar um leque quase infinito de possibilidades. Também taremos alguns projetos de volta, como desafios de escrita, textos sobre gramática e nosso projeto central “Como escrever sua história”.
Espero que vocês possam nos acompanhar nessa jornada e evoluir conosco. Logo um post sobre ajuda criativa estará no ar para quem quiser algumas sugestões mais personalizadas, já que cada história é única e deve seguir seu próprio caminho.
Nos vemos em dezembro (No Patreon) e por aqui em janeiro!
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Patreon Já está no ar! Nos vemos logo.
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