#navio assassino

[soueu-emanuel]

nenhum dos grandes autores mitológicos pudera imaginar a caída dentro do vesúvio - o grande vulcão assassino.

ou quiçá a queda dentro do rio estige.

GRUTA DE MIM

imaginei que soubesse, ao cair que o rio fosse raso, mentiram-me, pensei achar o chão em breve, mas pelo contrário, fui caindo como pedra dura e pesada, cair. a cair, pensei e olhei tudo que em meu redor estava, à minha volta, estavam algumas falésias agudas, navios naufragados, olhava ao céu, mal podia vê-lo, olhava ao fundo, mais iluminado que o céu. e como caía em direção a ele, não poderia se não direcionar minha curiosidade juvenil ao cerne de sua luminosidade.

minha curiosidade, sempre ampla, plena e destemida, tomou lugar à minha respiração. não mais tinha vontade de respirar, só conhecer o fundo da gruta seria o meu perfeito lugar.

mais falésias.

via ainda alguns outros caminhos que levavam ao fundo, via alguns peixes, via algumas plantas.

a claridade aumentara.

estou no fundo. estou no fundo da gruta.

a gruta é clara. a gruta é familiar.

a aguda gruta grudou minha curiosidade também aguda.

é quente. sou eu. cheguei ao meu cerne. é calmo. sou claro agora. busquei algo que estava dentro dessa gruta.

a gruta de mim

mime da turga

[projetosnopapel]

E o Navio Revive

O livro O Navio Arcano da autora americana Robin Hobb é o primeiro de uma série de fantasia intitulada The Liveship Traders, ambientada no mesmo mundo da impressionante trilogia de Hobb,  O Aprendiz de Assassino de 1997. O navio mercante Vivacia, de propriedade e capitaneado por Ephron Vestrit da cidade de Bingtown, é construído em madeira mágica: uma vez que três gerações de Vestrits tenham…

[meugamer]

Spy x Family: episódio 10 da 2ª temporada já disponível

O episódio 10 da 2ª temporada (missão 35) do anime “Spy x Family” foi lançado neste sábado (9), e está agora disponível no streaming da Crunchyroll. No episódio anterior Spy x Family, Loid desarma uma bomba no navio enquanto Anya usa suas habilidades telepáticas para rastrear assassinos. Yor recebe permissão para encontrar sua família, e a família Forger se prepara para a chegada iminente do…

[greencruz]

🔎 - alice & willian

VERSES & PLOTS : ACCEPTING !

murder mystery au

william park é um detetive particular cheio de contatos e conexões com pessoas importantes. ele foi o responsável por ajudar a família tsai a localizar seu filho mais velho, que havia sido sequestrado, e por salvá-lo antes de seu assassinato. por consequência, recebeu o convite para o casamento do mesmo com sua noiva, uma oficial da justiça que pegou transferência para o distrito onde eles residiam pouco depois do caso ter sido dado por encerrado. a cerimônia se passaria em um cruzeiro. durante a viagem, entretanto, a noiva foi encontrada assassinada na cama, trajando somente o seu véu ensanguentado. sem ter como escapar, todos se veem presos no navio com um suposto assassino. william começa a investigar o caso, que é quando conhece alice tsai, a filha caçula, que também estava investigando de modo independente.

apesar de não aceitar sua ajuda no começo, alice se mostra alguém com capacidades dedutivas formidáveis e uma intuição muito aguçada. seu manejo orgânico com os suspeitos complementa a maneira analítica e robótica de william em avaliar fatos e juntar peças. juntos, eles descobrem que a noiva havia mentido sobre seu passado e tinha conexão direta com o sequestro de seu noivo, e que o próprio também tinha muito mais a esconder do que ambos tinham conhecimento, incluindo conexões íntimas com pessoas importantes dentro da delegacia. william revisita o caso que achou que tinha se encerrado, escutando as coisas pela perspectiva de alice, o que dá a ambos uma visão completa dos acontecimentos, e revela também como todo mundo estava mentindo, tanto para eles, quanto uns para os outros, incluindo seus pais.

[lgbtfilmes]

O enredo gira em torno do belíssimo marinheiro belga Georges Querelle, que também é ladrão e assassino. Quando seu navio,Le Vengeur , chega a Brest , ele visita a Feria , um bar e bordel para marinheiros comandados pela Madame Lysiane, cujo amante, Robert, é irmão de Querelle. Querelle tem uma relação de amor / ódio com seu irmão, mas quando eles se encontram em La Feria, eles se abraçam, mas também se dão um ao outro devagar e repetidamente na barriga. Querelle faz um acordo para vender ópio a Nono e mata seu cúmplice Vic. Depois de entregar as drogas, Querelle anuncia que ele quer dormir com Lysiane. Ele sabe que isso significa que ele terá que jogar dados com Nono, que tem o privilégio de jogar um jogo de azar com todos os seus futuros amantes. Se Nono perder, o pretendente pode prosseguir com seu caso. Se o pretendente perde, no entanto, ele deve se submeter ao sexo anal com Nono primeiro, dizendo: "Dessa forma, posso dizer que minha esposa só dorme com babacas". Querelle deliberadamente perde o jogo, permitindo-se ser sodomizado por Nono. Quando Nono se vangloria da "perda" de Querelle para Robert, que ganhou sua jogo de dados, os irmãos acabam em uma briga violenta. Mais tarde, Querelle se torna amante de Lysiane e também faz sexo com Mario. Felizmente para Querelle, um trabalhador da construção civil, Gil, assassina seu colega de trabalho Theo, que estava assediando e abusando sexualmente dele. Gil também é considerado o assassino de Vic. Gil se esconde da polícia em uma prisão abandonada e Roger, que é apaixonado por Gil, estabelece contato entre Querelle e Gil na esperança de que Querelle possa ajudar Gil a fugir. Querelle se apaixona por Gil, que se parece muito com seu irmão. Gil retorna sua afeição, mas Querelle trai Gil por denunciar a polícia. Querelle habilmente providenciou para que o assassinato de Vic também fosse atribuído a Gil. O superior de Querelle, o tenente Seblon, está apaixonado por Querelle e constantemente tenta provar sua masculinidade para ele. Seblon está ciente de que Querelle assassinou Vic, mas opta por protegê-lo. Mais tarde, Seblon revela seu amor e preocupação a um Querelle bêbado, e eles se beijam e se abraçam antes de retornar ao Le Vengeur. Recomendação: A Lei do Desejo(1987) IMDB

[filmes-online-facil]

Assistir Filme Horror em Alto Mar Online fácil

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Horror em Alto Mar - Filmes Online Fácil

Um pescador encontra uma moça naufragando em um bote e ao resgatá-la, tenta colher alguma informação de como ela foi parar ali. Aos poucos sua memória vai lembrando os horrores que passou numa ilha, quando num passeio com outras pessoas no mar, sofreram um acidente, batendo o barco numa sucata de navio e tentaram socorro nessa ilha onde encontraram um hotel abandonado. Lá descobriram um comandante da SS que lhes contou sobre uma maldição com seus soldados usados em experiências científicas e que se tornaram zumbis assassinos.

[animaletras]

Classificado como Aventura/Comédia, o filme da Netflix chamado A Fera do Mar (The Sea Beast no original), alcança esses gêneros e consegue ir além disso. Apesar de já existirem muitos filmes que retratam o fundo do mar, esse busca trazer uma nova perspectiva, um olhar diferente para a imensidão azul. A animação é tão boa que desperta os nossos sentidos e traz a tona emoções duvidosas para esse gênero de filme.

Ele conta a história de Maisie Brumble, uma menina órfã, seus pais morreram caçando monstros marinhos. Ela herda de seus pais o desejo de enfrentar e destruir as criaturas marinhas, as quais ela estuda em livros e sabe que são perigosas. Então, ela foge do orfanato, entra de penetra num navio de caçadores e vive uma aventura de descobertas que a faz refletir e mudar.

Maisie é uma menina curiosa, inteligente, reflexiva e questionadora, isso a torna a melhor tipo de personagem, pois está disposta a mudar o que ela acredita não estar correto. Ela acaba criando uma, muito improvável, amizade com o Jacob Holland, um marinheiro gentil, forte, corajoso e destemido que caça monstros desde que foi salvo pelo Capitão Augustus Crow III, do navio O Inevitável, famoso por ter matado mais monstros marinhos que todos os outros. Mas, talvez a mais improvável das amizades seja entre Maisie, Jacob e a Bravata Vermelha, o pior monstro marinho que existe e obsessão do Capitão Augustus.

A obra não apresenta muitos erros, talvez uma comédia exagerada em momentos de tensão, ou cenas muito bobas que não entretêm nem mesmo as crianças que as assistem. Porém, esses detalhes acabam passando despercebidos devido ao conteúdo de audiovisual que é transmitido. Além disso, o filme deixa pontas soltas, por isso, seria interessante uma continuação. E também, o imaginário criado pelo filme nos deixa curiosos para saber mais mistérios do oceano. Felizmente, em entrevista para o The Hollywood Reporter o diretor e roteirista Chris Williams, devido ao sucesso do filme, confirmou uma continuação.

Falando nele, Chris Williams esteve presente em grandes filmes como: Mulan, A Nova Onda do Imperador, Big Hero 6, Moana e Frozen, todos filmes da Disney, todos muito premiados. Ocupando cargos de roteirista, diretor e até mesmo dublador, ele tem grandes chances de levar mais um prêmio, agora para a Netflix. A Fera do Mar está concorrendo a seis categorias no Annie Awards, entre elas, melhor filme de animação e esperasse que seja indicada ao Oscar também!

A Fera do Mar é um filme que todos devem assistir pelo menos uma vez na vida. Ele nos faz refletir e questionar sobre o que nos foi ensinado como “verdade” e perceber quem são os verdadeiros monstros assassinos na vida real. Há uma cena de imenso pavor e desorientação que vale pelo filme inteiro, é nela que nossa análise está pautada para dar um balde inteiro de pipoca nessa avaliação. Filme 5/5! Não percam tempo, vão assistir.

[faitecassiekassuimadams]

Vingança do Duque - Delírios da tortura (on Wattpad) https://www.wattpad.com/1207957298-vingan%C3%A7a-do-duque-del%C3%ADrios-da-tortura?utm_source=web&utm_medium=tumblr&utm_content=share_reading&wp_uname=MarciaGioseffi&wp_originator=l6qDBmOXBb%2FfMH423tXjw7omUheoM6l04uPI4e%2Fs9nrkU6G6MGcONx4h5w6gj7BkeK%2FWUjZJOhjo9hPbPzR%2BQ1YkAj7%2B9NznhVOAtZbjAOHkEL%2BxwUelCsoTnx2JtzLs

Romance

Terror

Ficção.

Deveria estar feliz e exultante. Tinha tudo o que queria. Ela estava ao seu lado. Só que seus instintos reagiam em alerta. A sensação de frio na boca do estômago se acentuava. Iriam desembarcar no início da tarde e os reparos do navio começariam no dia seguinte.

A mulher tinha consciência de que o cerco ao seu redor estava se fechando. Quem a procurava estava bem perto e Thalagar era uma ameaça. Ela não confiava nele.

- Vamos desembarcar assim que os homens terminarem de ajeitar a confusão no convés. – Michael explicava distraído. - De qualquer forma seria segura manter a mulher em segurança e talvez algum guardas de prontidão. Talvez manter a farsa de rapaz. Pelo menos até sabermos quem está a sua procura.

Uma onda de pânico dominou a jovem ao ouvir aquilo. Daquele jeito ele muito rápido ia descobrir toda a verdade. Não era só Thalagar. Kassuim olhou para o homem que era seu marido, sabendo que precisava manter distância. Havia Valerius...

A proximidade dele a deixava nervosa. Ainda mais depois de imaginar o que podia ter acontecido, aliás, o que tinha acontecido naquela cabine. Era uma injustiça não se lembrar. Depois da discussão inicial no tombadilho as imagens eram confusas. Kassuim ainda se recordava da sensação de se afogar nos beijos dele. E depois mais nada. Tudo era um grande branco sem registro. O homem estava furioso acreditando que ela havia fugido. Até acordar caída naquela cabine enrolada num lençol diante do capitão do Vingança. Eles ainda não haviam conversado sozinhos. Como ia falar sobre tudo que havia acontecido naqueles meses de separação?

-Olhe, vou voltar a Escarlate e encontrar Will. Posso cuidar de mim mesma. Eu lamento mesmo por todos os problemas, mas se me deixarem partir quando desembarcarmos... – ela mais nervosa ainda evitava encarar Rick.

Richard Morgan tinha olhares assassinos ao segurar-lhe o rosto e obrigá-la a encará-lo.

[da5vi]

Últimos Filmes Vistos

Foram tantos, e eu queria falar de todos eles, que lá vamos nós com um post compacto:

Minions: A Origem de Gru

A história é bem divertida e cheia de coisas aleatórias que simplesmente chamam atenção: minions lutando artes marciais, se transformando em animais e ajudando um pequeno gru -- o “mini chefe” -- a ser um grande malvadão mirim. A trilha sonora é magnífica, e o humor físico dos Minions é realmente o grande destaque.

X

Um grupo decide filmar um pornôzão numa cabana do Texas. Eles só não esperavam encontrar uma senhorinha sexualmente reprimida, e tal qual Pabllo Vittar naquela música, “triste e com T”. Um ode aos slashers dos anos setenta, com direito a plot twist e discussão sobre ageismo. E claro, muito sangue e morte!

Navio Assassino

Um naufrágio faz com que esse grupo de pessoas pegue carona em um navio-fantasma que aparece do nada. Acontece que o tal navio é simplesmente um antigo navio nazista que está sedento por vítimas... tem seus problemas e poderia ter um melhor desenvolvimento, mas achei interessante utilizarem esse setting e essa premissa para uns agitos oceânicos. Parte da coleção Darkside da 1 Films!

Firestarter, o remake

Olha, há de fato um upgrade no storytelling, e a protagonista tem um desenvolvimento bem melhor aqui que no livro. Mas embora tenha mantido diálogos e momentos marcantes do best seller de Stephen King, e não tenha sua protagonista transformada em um personagem de Dragon Ball Z soltando Kame-hame-ha, o possível orçamento limitado fez com que a história não vivesse seu full potential. Ver Zac Efron fazendo um pai foi mais traumatizante que qualquer cena de terror.

Carnival of Souls

Após ser resgatada de um carro naufragado, uma jovem se muda e passa a tocar órgão para uma igrejinha. Sem memória de nada do ocorrido, ela também passa a ter visões não muito agradáveis de mortos-vivos a perseguindo. Tem muito potencial e por vezes parece avant-garde. Se tivesse tido só um tratamentozinho mais bacana no roteiro e um pouco mais de orçamento, tenho certeza que seria uma obra-prima ainda maior. Chama a atenção em diversos sentidos. Parte da coleção “Obras-Primas do Terror, Vol. 03″ da Versátil Home Video. Ah, ele também está em domínio público devido a não inserção do copyright na cópia theatrical original:

A Filha do Presidente

Jovem filha do presidente dos EUA é feita de chacota pela mídia e o grande público sempre que aparece um pouquinho. Sendo assim, ela vive reclusa e deseja ter algumas experiências mais de acordo com sua idade, embora seja bastante amadurecida para a idade. Sua vida muda quando ela decide estudar numa faculdade longe de casa, e há um conflito entre a vontade que ela tem de ser “normal” e a sociedade que simplesmente não a permite isso. Mas eis que ela se apaixona por um rapaz e... bem. Uma comédia romântica levemente reminiscente de A Princesa e o Plebeu com uma atuação muito boa de nossa eterna Joey Potter, a Katie Holmes, mas que falha muito no desenvolvimento da protagonista e no roteiro de forma geral. Algumas decisões criativas não fazem sentido, e o filme parece uma grande oportunidade perdida de entregar algo mais marcante.

Joe e o Vulcão

Joe é um zé-ninguém hipocondríaco que um dia descobre que uma “núvem cerebral” vai lhe matar em seis meses. Aí ele decide simplesmente aceitar a oferta de viver todos os luxos possíveis por seis semaninhas para se jogar em um vulcão em erupção numa ilhazinha aleatória. Tom Hanks e Meg Ryan (interpretando TRÊS PAPÉIS DISTINTOS) entregam ótimas performances neste longa que surpreende por sua aleatoriedade e história bem amarrada.

[archive-enteryid]

lista de ocupações

(+200) fiz pra mim porque tava precisando, mas tô aqui compartilhando caso alguém esteja procurando algo parecido. eu tentei separar por “categorias” ao invés de ir por ordem alfabética pra ser + fácil de procurar, dá um coraçãozinho (ou reblog) se for útil pra você ♡

alimentação

chefe de cozinha

confeiteiro

cozinheiro

merendeira

padeiro

boleira

bartender

açougueiro

barista

auxiliar de cozinha

sommelier

biologia / animais

adestrador

veterinário

ambientalista

biólogo

oceanógrafo

transporte

aeromoça

piloto de avião

motorista de ônibus

cobrador de ônibus

capitão de navio

taxista

motorista de uber

guarda de trânsito

flanelinha

moto boy

chofer

publicidade / marketing

agente publicitário

agente de marketing

assistente de marketing

higiene

agente sanitário

gari

lixeiro

faxineiro

zelador

criminalidade

agiota

ladrão

traficante

cafetão

ladrão

líder de gangue

membro de gangue

assassino de aluguel

informação

ancora de jornal

colunista

jornalista

repórter

repórter investigativo

construção

arquiteto

engenheiro

pedreiro

paisagista

designer de interiores

assistência

assistente social

babá

cuidador

doméstico

empregada doméstica

mordomo

caseiro

governanta

atendimento

atendente

caixa

garçom

recepcionista

interpretação

ator

dublê

figurante

dança

bailarina

coreografo

dançarino de (hip hop, street dance, zumba, dança de salão, valsa, tutting, vogue, breakdance, dança contemporânea, ballet contemporâneo, tango, pisadinha, salsa, sapateado, swing, jazz)

backdancer

estética / fashion

barbeiro

cabelereiro

costureiro

estilista

maquiador

blogueira / blogueirinha

influencer

modelo

modelo comercial

cientifica

cientista

físico

astronauta

astrônomo

geneticista

químico

áudio visual

cinegrafista

diretor de cinema

produtor de vídeo

editor de vídeo

produtor

roteirista

cenógrafo

figurinista

entrega

carteiro

entregador

entregador (de: fast food, pizza, jornal, leite)

caminhoneiro

produção / exploração

fazendeiro

lenhador

minerador

corporativa

CEO / diretor executivo

gerente

administrador

assistente administrativo

aprendiz

estagiário

secretário

comerciante

empresário

musical

cantor

cantor de opera

backing vocal

idol

compositor / liricista

produtor musical

maestro

guitarrista

baterista

violinista

pianista

vocalista

saúde

dentista

enfermeiro

auxiliar de enfermagem

médico

cirurgião

psicólogo

psiquiatra

clinico geral

pediatra

terapeuta

neurologista

curandeiro

parteira

legista

auxiliar de necropsia (necropsista)

coveiro

farmacêutico

agente de saúde

voluntário de testes

artes

desenhista de quadrinhos

animador

ilustrador

pintor

escultor

conservador-restaurador

escritor

designer

modelador 3D

fotógrafo

internacional / estrangeiro

diplomata

embaixador

tradutor

professor de idiomas

serviços essenciais / comuns

eletricista

encanador

exterminador

faxineiro

chaveiro

leiteiro

limpador de piscina

história / humanidade

filósofo

historiador

arqueólogo

bibliotecário

pesquisador

ensino / educação

professor (de: artes, biologia, física, matemática, biologia, filosofia, sociologia, história, culinária, dança, balé, música)

professor particular

professor substituto

personal trainer

palestrante

orientador

cultivo

agricultor

horticultor

feirante

jardineiro

entretenimento adulto

prostituta

ator pornô

acompanhante de luxo

stripper

esporte

jogador de basquete

jogador de futebol

jogador de vôlei

treinador / técnico

ciclista

skatista

surfista

nadador

artes marciais

lutador

lutador (de: boxe, karate, kung fu, taekwondo, jiu jitsu, ju jutsu, muay thai, capoeira, krav maga, judo, aikido)

segurança / justiça

bombeiro

policial

vigilante

guarda costas

segurança

espião

agente secreto

agente federal

perito criminal

xerife

delegado

detetive particular

detetive

advogado

juiz

promotor

tecnologia / programação / jogos

hacker

programador

desenvolvedor de jogos

coach de e-sports

jogador de e-sports

internet

youtuber

vlogger

streamer

criador de conteúdo

tik toker

outros

sugar baby

[deniskhenry]

243° Resenha do dia Batman: Os Três Coringas - Volume 2/3 . . Minissérie do Selo DC Black Label escrita por Geoff Johns, Arte competente por Jason Fabok e colorização por Brad Anderson, contém 48 páginas e compila a edição originalmente publicada como Batman: Three Jokers 2 Compilation Cover de 2020 e pela Panini Comics em 2021 . . Já fazia um bom tempo que eu havia lido o volume 1 que começou super bem e me prendeu bastante, mas por uma logística desorganizada da @paninicomicsbr o volume 2 ficou um bom tempo esgotado e eu fiquei a ver navios assim como em outros títulos aí que não convém comentar aqui por agora... Finalmente coloquei minhas mãos no segundo volume e me agradou muito pois se manteve super bem! . . Temos um Coringa Assasino, um Coringa Palhaço e  Coringa Comediante, seria qual o verdadeiro? Aqui Jason Todd é o grande destaque aqui assim como foi no anterior e os três coringas (agora com um a menos) seguem o plano excuso e ainda misterioso envolvendo Joe Chill que é ninguém menos que os assassinos dos pais de Bruce Wayne, além claro de lidar com Jason Todd o Capuz Vermelhor e ex-Robin, Batman e Batgirl seguem pistas e tentam ajudar um jovem com sérios problemas e agora também um assassino! . . Mas até que ponto isso pode afetar o psicológico da bat-familia? Os desenhos são ponto alto e você devora a leitura fácil com afinco e apreciação da parte artística linda e com ótimas cores! Dizem que o final meio de decepiona... bom vou descobrir jaja sobre isso (essas alturas que postei aqui eu já li o terceiro), mas até aqui eu gostei bastante pois sabe explorar o drama psicológico e o suspense investigativo! . . #Coleção #Colecionador #Hqs #Batman #BatmanTresCoringas #ThreeJokers #Coringa #GeoffJohns #JasonFabuk #PaniniComics #Dc #DcBlackLabel #Miniserie #Leitura #Review #Resenha #Quadrinhos #Comic (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/CVKlnmdrQF3/?utm_medium=tumblr

[falcaosoldadoinverno1x02]

O Falcão e o Soldado do Inverno 1x02 Temporada 1 Episódio 2 assistir Séries TV completo em Português

Assistir Séries TV - https://o-falcao-e-o-soldado-do-inverno-1x02.blogspot.com/

O piloto de The Falcon e The Winter Soldier, o único episódio disponibilizado aos críticos, faz um trabalho surpreendentemente estelar de se aprofundar nos conflitos centrais profundamente pessoais de ambos os personagens principais, ao mesmo tempo em que estabelece o ponto crucial da temporada. O showrunner Malcolm Spellman (Império) faz questão de elevar ambas as figuras de suas estações anteriores nas aventuras lotadas das telonas, esculpindo identidades individuais. Cada um é confrontado com questões bem fundamentadas que os atormentam tanto internamente quanto no contexto de seus lugares na sociedade.

O primeiro episódio de O falcão e o soldado invernal muitas vezes parece um prólogo frustrante. No entanto, é necessário dar a ambos os personagens o espaço para respirar em seus próprios enredos, especialmente agora que sua conexão mútua - Steve Rogers - está faltando.

Os fãs de Capitão América: O Soldado Invernal notarão mais esse elo que faltava. O primeiro episódio, "Nova Ordem Mundial", parece um redux do filme, apenas sem Cap (embora o comportamento arrogante de Sam ao mergulhar do avião lembre o momento "Ele estava usando um pára-quedas?"). A estréia começa com Sam Wilson partindo em uma missão solitária para recuperar um capitão do Exército capturado do mesmo vilão inicial de O Soldado Invernal: Georges Batroc, um pirata francês que convenientemente mudou de navio para avião. A sequência de ação que se segue é surpreendentemente inventiva, uma reminiscência de cenas de Top Gun, exceto que todos estão voando sozinhos em wingsuits (!) Em vez de aviões. Sam não está exatamente sozinho - Joaquin Torres (Danny Ramirez) é sua equipe de apoio em terra, alertando-o para não voar para o espaço aéreo da Líbia. "Isso é um problema?" Diz Sam. “Sim, é um problema! Um grande problema ”, diz Torres, com a voz quase falhando. É a primeira vez no MCU, onde os militares não apenas reconhecem, mas brincam sobre a soberania nacional e a agência de outros países? Tenho certeza que alguém apontará o contrário nos comentários, mas fora da Pantera Negra e Wakanda, os Vingadores tendem a fazer o que querem quando se trata de outras nações.

Sam consegue salvar o capitão fora do espaço aéreo da Líbia, usando um truque de helicóptero não muito diferente do que Nick Fury usou para salvá-lo em O Soldado Invernal. Mais tarde, ele se encontra com Torres na Tunísia, que lhe fala sobre um grupo terrorista online chamado The Flag-Smashers, que rejeita as fronteiras internacionais e também acredita que o mundo estava melhor durante o Blip. Torres não se aprofunda em como essas duas ideologias se combinam, e é estranho que elas sejam imediatamente combinadas. Espero que essa conexão seja negada ou melhor explicada em episódios futuros, porque não tenho certeza do que a falta de fronteiras nacionais tem a ver com livrar o mundo de metade de sua população. Eles não estariam mais inclinados a concordar com as fronteiras nacionais, como uma forma de manter mais pessoas fora de certas nações? Eles não seriam considerados o grupo "Thanos estava certo"? Talvez isso seja um pouco real demais - tenho certeza de que esses grupos realmente existem.

Falando em muito real, Bucky está lutando com seus pesadelos e demônios pessoais na terapia. Ele está tendo problemas semelhantes aos de Steve no TWS, onde ele não tem amigos e não sabe como fazer isso em sua velhice de 106 anos. Pior, ele tem décadas de imagens terríveis e perturbadoras em sua cabeça de seu tempo sob o controle da mente de Hydra. Ele foi levado a ver um terapeuta como parte do perdão - o primeiro para um super-herói no MCU (fora da fan fiction, é claro). Também parece que é a primeira vez que um personagem MCU recebe um caminho tão claro e direto para a redenção - mesmo que venha do governo - especialmente em comparação com a bagunça após os Acordos de Sokovia. O destino da Viúva Negra após os eventos do TWS, no qual ela divulgou informações sobre seu passado, ficou relativamente obscuro e independente da intervenção do governo. Mesmo o Homem-Formiga, que realmente passou pelo sistema de justiça criminal, não teve tanta liberdade ao tentar se redimir (e ele não foi um assassino disfarçado por anos como Bucky). O MCU poderia estar defendendo mais justiça restaurativa? Bucky conta a seu terapeuta, Dr. Raynor (Amy Aquino), sobre suas tentativas de fazer as pazes e trabalhar para seguir as três regras que eles estabeleceram para fazê-lo, nas quais ele navega principalmente por brechas e auto-aversão. Raynor se sente como um substituto institucional para a querida Viúva Negra, que tentou abrir o capitão com uma astuta timidez. Mas onde Natasha não conseguiu arrumar ninguém para Steve (nem mesmo Lillian ou mesmo seu vizinho, "a enfermeira"), o amigo de Bucky, Yori (Ken Takamoto), o convence a ir a um encontro com a anfitriã do restaurante de sushi que eles visitam. Infelizmente, ele sai no meio do encontro, o que é honestamente muito doce, principalmente por sua culpa por ter matado o filho de Yori, o espectador inocente do flashback / pesadelo de Bucky. Enquanto ele está riscando pessoas em sua lista de "reparações" em um caderno semelhante àquele em que Cap listou referências que precisava verificar, ele sabe que não pode compensar o que fez ao filho de Yori.

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[momo-de-avis]

Guerras de Midgard, Cap. 8: Faíscas de Cimitarras

Antevisão: um puto de longuíssimo capítulo no qual Zuzarte nunca, mas NUNCA olhou para um mapa ou planeou sequer uma excursão dos escuteiros, temos a mais longa cena de pancadaria de sempre, e Zuzarte recorda-se do extenso trabalho de plágio que deixou pendente no livro anterior e decide regressar, introduzindo uma novíssima personagem copiadinha a papel químico que---acreditem em mim---vos vai irritar solenemente.

Vamos já directos para esta merda, e eu tenho só a dizer que este capítulo deu-me um derrame cerebral.

Estamos de regresso ao Egipto, no Cairo, e FINALMENTE Zuzarte esclarece quem é quem: o man que andava a fugir terra fora com uma espada roubada? É um Medjay e é ele que se chama Rassid. E o Rei Ladrão? Era o Hussein. O que significa que, olhando para o último capítulo em que se falou disto, continuo sem saber quem é que disse o quê lmao 

A merda aqui é que o Zuzas às vezes diz “o Medjay” e outras vezes omite o artigo definido, o que na língua portuguesa transforma o título num nome mas caguem lá nisso, vamos mas é seguir.

viu o capitão acenar, mostrando a localização do navio em que eles iriam viajar.

Tenho a certeza que um puto dum navio inteiro era difícil de perder de vista.

Curtam a descrição do capitão:

O capitão era um ex-corsário respeitado por todos que, em tempos, combateu contra outros piratas que atacavam o Mediterrâneo. 

LOL FUCKING NARC

Vestia-se completamente de branco e a sua pele escura estava cheia de cicatrizes. Costumava contar a história de cada batalha, através das cicatrizes que lhe marcavam o rosto de pele escura. A cicatriz que lhe marcava o olho esquerdo estava escondida atrás de uma pala feita de corda.

Já vos disse que este gajo tem pele escura? Perceberam? Não? Então eu ponho umas roupinhas brancas para destacar.

> lol ‘pala feita de corda’

Rassid não vai sozinho. Lembram-se da badalhoca que lhe tentou dar cabo do canastro nos telhados de Chechauoen?

Essa mulher era Tekmet Eshmira, uma das guarda-costas do Rei Ladrão, uma excelente bailarina e uma das melhores espadachins de todo o Egipto. Tinha a pele cor de mel dourado. Vestia roupas leves de seda que lhe permitiam fazer movimentos graciosos, sempre que precisasse. Tal como a roupa confortável, também os sapatos de couro, com pontas de lâminas escondidas na sola, faziam dela uma adversária a temer. Os olhos tinham uma cor verde quase hipnotizante.

Pura definição de “fala fala e não diz nada”. Só estou a imaginar esta gaja a não usar as mãos para nada, só as pernas, já que ele põe um ênfase danado na flexibilidade da gaja. Abrir portas? Pés. Limpar o cu depois de cagar? Pernas a torcerem-se sempre com a graciosidade de bailarina, papel higiénico entre os dedinhos. Beber uma margarita no bar do cruzeiro? Tudo de pézinho.

Já agora, mel dourado é um bocado idiota, a menos que andes a comer mel estragado, porque normalmente é “dourado como o mel” já que o mel É DOURADO.

A espada que gaja leva chama-se Estrela do Deserto, ficam a saber que o Zuzarte usou um daqueles name generators que são basicamente coluna um: mês em que fazes anos, coluna dois: dia em que nasceste.

Embarcam e seguem para a Grécia, e o caminho até lá é sublimemente descrito como

passaram por inúmeros navios de guerra, que não abriram fogo, pois na (sic) embarcação estava protegida por uma magia que o tornava invisível.

A atrocidade que vai nesta frase é digna de estudo. O artigo definido incorrecto. A troca do género do sujeito. O sentido de viagem que não vai a lado nenhum. 

Soberbo.

A travessia foi directa e não sofreram nenhum imprevisto.

TU JÁ DISSESTE ISSO.

Rassid e Tekmet chegam à Grécia após três dias, e “entraram no cais” que significa “desembarcar, mas fixe”, utilizando todas as técnicas que os Medjay lhes ensinaram para serem badasses, porque o Zuzarte criou dois Human Rogues, pôs tudo no Carisma e do Dexterity e até um bocadinho no Stealth, mas esqueceu-se de lhes dar proficiência em disfarce.

Agora, vocês, que já atravessaram este martírio turístico com o Filho de Odin, devem estar a perguntar-se: para onde é que eles vão, afinal? Qual é o destino?

Bom, primeiro que tudo, o narrador informa-nos que pretendem chegar “à saída da cidade” (mas não diz QUE cidade), o que implica ser a outra ponta da cidade.

Depois, diz-nos que “tinham desembarcado num porto perto da fronteira e aí esperaram pela altura certa para serem transportados até aos seus destinos” o que contradiz logo o que foi dito acima. E por fim, ao fim de UM DIA INTEIRO À ESPERA tipo nabos, saltam para um camião militar que “por sorte, viajava para a Europa Central”.

Europa Central, é este o destino portanto---certo?

Uma vez fora do país, Rassid e Tekmet utilizaram todos os meios para chegarem ao seu destino: a fronteira da França.

ISSO É NO SENTIDO EXACTAMENTE OPOSTO, CARALHO, COMO ASSIM?

OLHA PARA UM MAPA POR UMA VEZ NA TUA VIDA, ZUZARTE:

A FRANÇA TEM LIGAÇÃO AO MEDITERRÂNEO. A FRANÇA TEM PRAIA.

Eu até percebo não ir directamente, foda-se, há engarrafamentos, falta dinheiro, não havia barcos disponíveis---uma lista INTERMINÁVEL de razões que me passam pela cabeça. Mas este caramelo não me dá UMA. Diz-me só que “usaram todos os meios” sem dizer quais são, apenas refere que saltaram tipo carraças para uma camião e aparentemente isto é o topo do topo da inteligência de um assassino profissional cuja profissão obriga a não ser visto, e vai no sentido oposto sem me explicar PORQUÊ.

Quero dizer, o mapa ajuda-te a criar a situação, caralho:

Porque não do Cairo à Sicília ou Sardenha? Porque não navegar junto à costa até Marrocos? E isto são tudo hipóteses plausíveis SE HOUVESSE ESSES PROBLEMAS. O problema maior é que o Zuzarte disse logo que o barco tem uma puta duma protecção que o torna invisível, logo não vai levar com torpedos, e sendo que já estamos na era do barco a vapor que é método de transporte colectivo mais rápido, ENTÃO PORQUE É QUE NÃO FEZ A VIAGEM TODA DE BARCO?

E vocês pensam que isto por si só já é irritante, e que a regra número um de viajar é planear a viagem, coisa que o Zuzarte nunca fez porque são os pais que planeiam tudo cada vez que fazem a viagem anual a Benidorm, mas ESPEREM que ele ainda não nos irritou o suficiente, porque se esta atrocidade de planeamento turístico vos faz regurgitar o jantar, vejam bem qual a solução que estes dois estronços adoptam uma vez que---E SÓ ENTÃO---chegam ao destino:

Já no seu destino, Rassid e Tekmet utilizaram um dos antigos feitiços dos Faraós, do tempo de Aton: transformar o corpo em vento e viajar a uma velocidade incrivelmente rápida.

mas ESPEREM

ESPEREM

O ZUZARTE DÁ UMA EXPLICAÇÃO

Os Medjay vêem tudo como um desafio, daí terem utilizado a maneira mais fácil quando se encontravam perto do destino. E, a bem verdade, é bom explicar que estas magias gastam muita energia e podem ser perigosas para o próprio.

1. Ver como um desafio não implica seres mais estúpido que um nabo carbonizado, já que independentemente do método que utilizaram ELES ESTAVAM A IR EM DIRECÇÃO À GRÉCIA, COM VISTA A CHEGAREM À EUROPA CENTRAL, SÓ PARA CHEGAREM A FRANÇA, QUANDO PODIAM TER IDO DIRECTINHOS MEDITERRÂNEO FORA NUM BARCO COM BARREIRA INVISÍVEL.

2. “é bom explicar” come-me o cu inteiro, caralho, eu já discursei o suficiente sobre as diferentes vozes de narrador no último livro, mas este consegue estar mais atroz, porque a meio deixa de ser o narrador a que estamos acostumados e passa a ser o David Attenborough mas com toque de condescendência.

3. TIMING. TIMING É TUDO. Dar esta explicação faz sentido, e toda a gente minimamente familiarizada com RPGs ou sistemas de magia SABE porque é que este tipo de personagens não usa estes feitiços como via mais fácil. Nós sabemos, Zuzarte, que a energia que necessita provavelmente dava cabo deles e morreriam. Nós sabemos até que, se a forma que adoptam é o vento, as vergastadas que levariam no mediterrâneo seriam tais que o mais certo era irem parar a Gibraltar (e se calhar chegavam lá mais depressa JÁ QUE ESSE É O CAMINHO CORRECT). A questão é que tu não dizes, caralho! Tu não dizes nada, simplesmente exultas a inteligência destes dois seres que fazem tudo da melhor forma e dotados das mais excelsas capacidades sem UMA explicação, e no final introduzes um feitiço ou Deus Ex que resolve a coisa apenas no último minuto, o que deixa o leitor a pensar que esta teria sido a via mais fácil e que a deveriam ter utilizado desde o início. Mas o leitor NÃO TEM DE SABER porque isto é fantasia urbana, o que signfica que és livre de criar as tuas regras, só que não o fazes porque assumes que já toda a gente jogou WoW e sabe---qualquer leitor com dois dedos de testa NÃO VAI ASSUMIR NADA, vai esperar até que o narrador lhe oferte as respostas.

Agora a questão aqui é que este feitiço Deus Ex nunca foi mencionado até aqui, nunca foi pensado, nunca foi discutido. Faria todo o sentido mostrares uma cena entre Tekmet e Rassid a discutirem “ok, chegámos, e agora como é que vamos?” e esta questão seria exposta. MAS NÃO O FIZESTE

PERDESTE O TIMING

E em que é que isso se traduz? Traduz-se numa absoluta falta de planeamento e revisão. Traduz-se na simples ideia de que tu chegaste aqui, viste um problema, introduziste a solução, mas como te moeram a cornoleira por teres feito isto vezes sem conta no livro anterior, cagaste uma solução assim à espera que colasse. E com isto,

Mas esperem!!! Corpos transformados “em vento” capazes de “viajar a uma velocidade incrivelmente rápida”?

A piça!!!!!

Os dois Medjay viajaram três dias até chegarem à Alsácia.

Portanto: do Cairo à Grécia: 3 dias

Mas isto:

três dias também lmao, tá

Chegam à fronteira com a Bélgica e

espera aí

então mas primeiro ele indica-nos que o “seu destino: a fronteira da França” é onde desejam chegar. O parágrafo a seguir começa com “Já no seu destino”, logo, somos levados a crer que chegaram a esse destino: a fronteira da Fran��a. E SÓ AÍ, nesse destino, é que utilizam o “feitiço” para viajar mais rápido. E DEPOIS de usarem esse feitiço, levam TRÊS DIAS a chegar à Alsácia, e SÓ DEPOIS DISTO TUDO é que chegam à fronteira com a Bélgica, o que quer dizer que o percurso deles é qualquer coisa como

???????????????????????????????

(falhei ali a Alsácia na linha mas vocês percebem)

Edit: eu fui verificar uma coisa porque me ocorreu que o mapa da França em 1917 era ligeiramente diferente, de facto, a Alsácia pertencia ao Império Alemão até à primeira guerra, quando se tornou objectivo da França recuperar este território, portanto aí, my bad. Continua a ser uma viagem um bocado tresloucada porque não faz sentido nenhum andarem em zigue-zague. Faria se ele me dissesse que passaram por territórios ocupados e tentaram evitar escaramuça, mas essa informação nunca me é dada.

Isto fez-me questionar se Lille, do capítulo anterior, não teria pertencido à Bélgica e daí a confusao final, mas guess what lmao nope, Lille sempre foi francesa.

Eu estou só aqui a tentar fazer lógica disto tipo

Anyway, na fronteira com a Bélgica, o pessoal está todo à escaramuça, e ouve-se “à distância como se fosse o barulho provocado por tambores” clara evidência disso, ou seja, “tiros de artilharia”, mas Rassid, num laivo de brilhantismo, agacha-se e diz “Pólvora, iperite, pequenos pedaços de metal [...] Esta zona foi alvo de um terrível ataque.”

Mano, o pessoal tá a rebentar-se todo tipo

já ali

-- Achas que são eles que continua a disparar? [não me perguntem quem são eles] -- perguntou Tekmet.

-- Possivelmente, reza a Ré e a Alá para qu

Ré e Alá????

Esta merda está a cair no típico trope do exotismo do homem/mulher árabe. São do Egipto, logo têm de adorar Ré e Alá, e nenhuma parte do microcérebro do Zuzarte se atreve a pensar na puta de contradicção que isto é. Muçulmanos são monoteístas, há zero de razão para rezarem a deuses pagãos. Foda-se, tens dúvidas, pensa que é como o Cristianismo, e Deus é Deus só se chama Alá, lá porque Odin se esporrou para a bolacha que a tua bisavó comeu para fecundar o Jonatã não quer dizer que o monoteísmo abra portas para um ocasional deus pagão só porque é ExÓTicO

Ouvem-se tiros de metralhadora e os dois da vida airada correm na direcção da frente de batalha porque foda-se.

Soldados franceses, ingleses e portugueses disparavam sobre o invasor: uma legião de elfos negros, que com o seu grito de guerra rouco impunham medo a todos os presentes.

...então mas estes mans não queriam só causar uma guerra que pusesse este pessoal todo à escaramuça? Epa foda-se que merda de plano.

manos...

vocês não sonham como é que estes caralhos decidiram ir para a guerra

A legião era constituída por infantaria e cavalaria. Os cavaleiros negros montavam

montavam Ultra-raptores

isto é o PIOR NOME POSSÍVEL PORQUE NÃO SOA NADA AO QUE QUERES QUE SOE, SÓ SOA QUE ESTÃO MONTADOS EM GAJOS MUITA FODA PARA RAPTAR CRIANCINHAS

Os Ultra-raptores usavam armaduras douradas com espig

vou já parar aqui. Vou já parar aqui porque eu tenho UM PÓ DO CARALHO às armaduras de fantasia. E uma merda que me mete nojo são as armaduras coloridas. Mas não chega sequer perto do meu ódio às armaduras douradas. Armaduras douradas são a PIOR MERDA porque aquilo reflecte tudo o que é luz e toda a gente sabe “olha manos, vem aí o rei, espeta-lha aí uma flecha”. Na realidade, houve um rei inglês que morreu e que não me recordo agora de quem é assim mesmo: estava toudo de douradinho, reflectiu e lol os manos do outro lado só tiveram de apontar uma flecha.

Se calhar o plano aqui é os mans estarem todos de dourado e ofuscarem de tal maneira que o inimigo fica cego.

Os Ultra-raptores usavam armaduras douradas com espigões na cabeça e pequenos semicírculos, em forma de lua crescente, saíam dos capacetes, assemelhando-se a cornos; utilizavam esta forma para causarem o máximo de dano em cada cabeçada que davam. A cauda tinha uma moca inserida 

de tal forma, que quando o animal abanasse o rabo, acabava por dar chicotadas a quem apanhasse.

mano, tu... tu literalmente meteste-lhes uma moca no cu... estou eu aqu há 74 páginas a fazer piadas sobre sacar de facas do cu e tu meteste uma moca...

Rassid e Tekmet sacam de armas e ala para o combate.

Ao contrário dos soldados Aliados, lutariam com agilidade e subtileza.

Enquanto os aliados iam à grunho e com pé de chumbo.

os Ultra-raptores---e este nome continua a foder-me o juízo---saltam sobre arame farpado que aparece aqui do nada “como se nada fosse”, pois claro, e o resto do pessoal borra a cueca de tal forma que com o cheiro a excremento bazam e fica só Rassid e Tekmet, claro. Claro.

Rassid, percebendo que vai levar nos cornos, não tem opção. Tem de fazer “o último feitiço que um Medjay sabe fazer; invocar o exército de Osíris” e sim, se estão a pensar “isto é aquela merda que o Zuzas fez no filho de Odin com o exército fantasma de Tróia claramente fanado de Lord of the Rings tipo

isto?”

É.

Mas com um twist.

E esta não esperavam.

Tem uma puta dum poema, manos.

Deuses da Guerra, eu louvo-os Eu vivo para lutar e servir-vos Concedam-me este pedido final de ajuda Nesta minha próxima luta Os vossos inimigos ir-se-ão ajoelhar A vossos pés no palácio de Osíris. Cubram-me de mortes se eu alguma vez falhar. Ergam-se, guerreiros dos mortos.

Amén.

Tanto... tanto para dizer... e no entanto vou só dizer isto: UMA VÍRGULA E DOIS PONTOS FINAIS NUM POEMA, é bem Zuzarte.

Porque Zuzarte não pensa naquilo que escreve e todos os plot points que arranja têm um problema mas para ele nunca são problema porque há solução, neste momento ele percebeu que teve um embróglio: é suposto mandar chamar mas é um exército Egípcio antigo. Aliás, faz sentido, até porque no livro anterior com a merda de Tróia foi isso mesmo que aconteceu.

Mas o Zuzarte, que SÓ AGORA é que pensou na geografia, pensa que isto é problema e 

Como os Egípcios se encontravam em França, os corpos decompostos dos soldados eram geralmente de gauleses, napoleónicos e Poilus recentemente mortos naquele local.

DIGAM-ME de onde apareceram soldados napoleónicos aqui no meio. Que CARALHO estão estes gajos a fazer. Primeiro que tudo, são soldados MORTOS portanto nem sequer se encontram no mundo dos vivos para serem importunados o suficiente a serem forçados a meterem-se num barco e chegar aqui, porque se encontram NUM PLANO DE EXISTÊNCIA DIFERENTE, mas vamos assumir que sim, isto é um problema, tá certo, aceito, de tudo o que podias desenterrar foste logo chatear os napoleónicos que já estavam a descansar há coisa de 100 anos??? Gauleses eu percebo, porque têm ligação mitológica, mantém o tema. Gajos que morreram recentemente faz todo o sentido. Mas porque caralho napoleónicos man??? Porquê estes???

Os dois Medjay e os mortos-vivos avançaram e a batalha começou.

A batalha já estava a decorrer há algum tempo.

Segue-se sublime tentativa de literatura:

Os mortos-vivos eram incrivelmente ágeis e podiam saltar a uma altura de cinco metros, derrubando os Ultra-raptores e os seus cavaleiros num ápice.

Dexterity não equivale a strength, Zuzarte.

O exército de infantaria continuava a avançar e Rassid desprendeu a lâmina da espada, transformando-a num chicote com lâminas. Assim que os dois exércitos chocaram,

...já não tinham chocado??

Rassid transformou-se no que pareceu ser um vulto e muitos foram os que morreram decepados em poucos segundos com as suas cabeças a poucos centímetros do corpo.

Enquanto os elfos caíam, à medida que El-Rassid

QUEM

manejava com destreza o seu chicote, Tekmet e os mortos também faziam grandes estragos na linha da frente dos elfos,

querem saber que estragos??? Querem saber quanto badass é esta bailarina da morte? aquela gaja que ele disse ser das melhores espadachins de todo o mundo com facas nos dedos dos pés???

FODAM-SE é gaja não merece:

os drows retiraram-se com a mesma velocidade com que atacaram, mas poucos firam os que sobreviveram à lâmina de Rassid. 

ficam a saber. Um gajo e uma gaja lutaram em conjunto, mas só o MACHO, só a PIÇA é que causou estragos. A gaja só dançou, suponho.

Mas ESPEREM

ESPEREM!

Ele tem uma PIÇA EXTRA que lhe dá forças subliminares! Ao passo que este par de tetas ambulante tem só um útero com que se preocupar!

-- Parece que esse teu amuleto ainda funciona -- disse Tekmet.

Rassid tirou do interior da camisa uma pequena ampulheta de ouro com areia dourada no interior.

-- Sim, a Ampulheta do Tempo sempre me ajudou, e hoje não foi excepção. Nunca teríamos vencido sem a sua ajuda.

Findo este tormento, estamos agora definitivamente na Alsácia com Dark Jonatã e sua trupe de Elfos Vigorosos, prontos para batalhar, e eu sinceramente questiono se este pessoal tipo... come. Ou dorme.

Enquanto os saldados explicavam a situação em que se encontravam, Rassid e Tekmet, sempre camuflados, espreitaram por de trás de uma parede

estou oficialmente na merda. Não percebo. É que mesmo em 1917 eu creio que tecnicamente é o Lorraine, não a Alsácia, que faz fronteira com Bélgica:

E da maneira que ele explicou isto---3 dias para chegar a uma fronteira indefinida com a França, mais 3 dias para chegar à Alsácia---é impossível perceber onde caralho isto se está a passar. Eu estou a começar a pensar que o Zuzarte quis dizer Lorraine e não Alsácia, mas por favor, talvez eu seja muito estúpida e esteja a ver e a perceber isto tudo mal. Admitidamente, sempre fui péssima a ler mapas. Vou mas é seguir em frente.

James, que obviamente--sem qualquer explicação--simplesmente sabe (nem vê) que eles estão ali, atira uma granada que rebenta, mas Rassid “não ficou atordoado” e... Tekmet desapareceu da narrativa, aparentemente?

desembainhou uma das suas espadas e lançou-se ao ataque.

O Medjay avançava a grande velocidade e, com um salto e um pontapé com os dois pés na cara

derrubou James do seu cavalo.

Tenho a dizer-vos que esta é a batalha mais longa que já vi o Zuzarte descrever. Esta merda dura QUATRO PÁGINAS, manos.

Segue-se uma descrição exaustiva tipo Dance Dance revolution do combate dos dois que envolve cambalhotas, piruetas e mortais, e momentos memoráveis como James “fazia uso da sua corda” que até agora nunca foi mencionada, e uma arma que Rassid saca do cu que consiste em 

uma besta semi-automática de pulso, que ordinariamente passava por uma bracelete que tinha um design vulgar, até ao momento de ser disparada, pois possuía o poder do fogo incrivelmente rápido e capaz de cravar mais de vinte dardos no alvo, em poucos segundos.

o que é isto man. o que é isto, zuzarte. porquê. porqué que estão sempre armas a sair do cu do pessoal à menor contracção do seu esfíncter?

Apenas num minuto, os dois combatentes transformaram-se em vultos não se vendo mais nada do que os golpes de espada a serem desferidos e reflectidos. 

A batalha culminou num choque de lâminas e um raio de trovão caiu entre os dois espadachins, projectando-os para trás.

Para perceberem o título, energúmenos não dotados da iluminação deste excelso autor.

Parecia ser necessária a intervenção divina para terminar com tamanha luta, mas esta estava longe de acabar

Fartos desta merda---eles e eu---, Rassid e James espetam mutuamente um murro na tromba---eu não estou a gozar, está mesmo assim no livro---e atiram-se um ao outro até ao caralho.

De repente, James encarnou a figura de Dahaka e começou a lançar entulho por todos os lados.

É por fim revelado qual a missão que Hussein incumbiu a Rassid: eliminar o Dahaka, custe o que custar.

O que, quando pensamos bem---e eu vou dizer isto sem ter a mínima noção do que é que o Zuzarte vai fazer com esta informação---é um objectivo bom. Já vimos que ninguém quer a bicha dentro do Jaime. O pai não o quer lá. Os amigos não o querem lá. A Amy resfolegou-se que nem égua só de o ver. O Jaime não o quer lá.

Claro que é debatível a cena dos fins justificarem os meios e para isso o man tem de eliminar o Jaiminho mas caralho, a este ponto?

O demónio da opressão tinha de ser eliminado ou terríveis situações poderiam ainda acontecer.

Estamos de acordo. Óptimo.

Durante horas, monstro e homem defrontaram-se ferozmente numa luta que os conduziriam à morte, mas os dois aperceberam-se de que nenhum poderia ser o vencedor. A perícia em combate estava perfeitamente igualada em termos de força, agilidade e empenho.

Por fim, passadas quatro horas de batalha,

O pessoal que estava a acompanhar o Dark Jonatã e que só estava à espera de espetar uns tiros de metralhadora nuns alemães e se apanhou no meio desta merda de repente deve estar lá atrás a assistir a esta merda tipo

E a Tekmet nem vê-la.

Lutam por quatro horas e exultam-se mutuamente porque claramente o Rassid é a segunda pila que espontaneamente brotou das gónadas do autor. NUNCA Rassid viu tamanho pulsante prepúcio como aquele que lhe arrebenta as trombas tão agilmente. E vejam que o man já tinha enfrentado:

Lamias, Ciclopes (Ciclops Ciclops), Minotauros (Buhomos Minotaurus) e Nagas (Homophidia Egiptia), mas nunca com a escuridão encarnada.

...

“a escuridão ecarnada” é o que se passa no Marquês quando o Benfica vence um derby.

Dahaka é um gajo que só vai à mais dura pila, NUNCA ele enfrentou algo tão possante como esta verga que lhe quebra os dentes. Não estou a gozar:

Dahaka, que sempre enfrentara adversários mais fracos, lutou ao ponto de cair sobre um joelho.

Nem vou tocar ali no “cair sobre um joelho” como se fosse para dar a parte fraca mas ainda assim deixando aqui bem claro que o possante tomate direito continua a fazer contrabalanço no seu másculo corpo enquanto o diabo se apresenta neste contrapposto viril. Vou só directinha a algo que abre debate aqui: então o gajo NUNCA lutou com alguém da sua força? Isso põe as coisas.... noutra perspectiva, não? Quer dizer que ele propositadamente só vai atrás dos mais fracos?

isso não é demónio, Zuzas, é só bullying.

-- Nós podíamos continuar com isto para sempre -- disse Rassid.

-- ENTÃO MORRE DE UMA VEZ!

Dahaka dá uma espécie de peido prepulsor que incita um “vento escuro e forte” a levantar-se debaixo de si e Rassid lembra-se que o vento é seu elemento e o gajo é airbender e vai daí usa-o a seu favor. A malta que assiste a isto---”elfos selvagens, os alemães e os aliados do outro lado da frente”---esconde-se e borra a cueca com esta merda. Rassid faz a cena inteligente e, transformado agora em areia---não vento---baza. Simplesmente... desaparece.

MAS EIS QUE

De repente, por de trás de si, Rassid ergeu-se com a luz da Ampulheta do Tempo a brilhar na mão direita; saltou e agarrou Dahaka pela cabeça fazendo brotar uma luz branca da sua boca, fossas nasais e olhos. Houve um grande clarão e quando tudo voltou ao normal, James encontrava-se deitado e Rassid de pé, olhando para o seu adversário. Rassid vencera.

James Strongheart levantou-se passados alguns minutos, ainda atordoado. E ao ver Rassid, lançou-se sobre ele mais rápido do que uma bala.

Passado o momento do confronto, era altura de conversarem e compreenderem o destino que os trouxera até ali e o que ainda era preciso fazer.

O QUÊ??

O Dahaka não tinha desaparecido por completo, era ainda necessário um último passo. O plano consistia em viagarem até ao Egipto e 

e exorcizarem James Strongheart para lhe retirar o Dahaka.

QUATRO PÁGINAS DESTA MERDA PARA NADA.

James, obviamente, nega. Segundo ele, porque não pode abandonar os seus homens a meio da guerra, mas eu cá desconfio que é porque ele teme perder o tomate esquerdo.

Rassid reflectiu e concluiu que talvez não fosse necessário viajarem até ao Egipto para fazerem o exorcisamento.

Todo este capítulo tem sido um toca-e-foge de “temos MESMO de fazer as coisa desta forma! A menos que...”

E... ai manos. Ai...

Podiam fazê-lo em qualquer lado desde que tivessem os ingredientes necessários e um sacerdote. Isto não era inédito porque durante a Idade Média vários demónios Muçulmanos, Egípcios e Persas foram exorcizados em diferentes lugares como na França, Alemanha e até mesmo em Espanha e Portugal.

restam-me dois neurónios e estão ambos bêbados neste momento.

Rassid encarregou Tekmet de

ONDE É QUE ESTA GAJA ESTEVE ESTE TEMPO TODO???????????????????

voltar ao Egipto para trazer um sacerdote e os ingredientes necessários. Tekmet nem pensou duas vezes, a jovem mulher transformou-se em vento e viajou de volta ao Egipto.

O QUE É QUE ACONTECEU ÀQUELA MERDA DE “AI CONVÉM EXPLICAR QUE USAR ESTE ANTIGO E PERIGOSÍSSIMO FEITIÇO É DESGASTANTE E OS MEDJAY GOSTAM DE DESAFIO E POR ISSO É QUE NÃO USARAM ESTE FEITIÇO QUE LHES TERIA SIMPLIFICADO A VIDA PARA VIREM DIRECTINHOS DO EGIPTO ATÉ À ALSÁCIA????” AI AGORA ISSO NÃO EXISTE, MEU FILHO DE 40 PUTAS???

Lembram-se da Ampulheta, que só aparece aqui e que o Rassid usa para fazer qualquer coisa que nunca especifica mas kaboom, Dahaka fora?

Segue-se um portentoso tijolo de texto sobre a infância e crescimento de Rassid, que cresceu a mamá-la de sacordotes de Ré e Aton e que ele era tão bom que lhe ofereceram esta ampulheta que

pertencera a Rá e que lhe permitia controlar o tempo, acelerando-o, retardando-o, ou mesmo parando-o. 

Explica-nos ainda que é por isto que o man foi eleito “guerreiro de Hórus” e a nota de rodapé diz-nos quem é hórus mas vão à wikipédia que eu não confio no Zuzarte para nada.

E depois segue-se... isto

James, por outro lado, herdara a habilidade de manejar armas da sua família, desde o tempo do seu bisavó (sic), [Jonatã]. James também herdara um pouco do vírus da licantropia do avô, mas, felizmente, embora não se transformasse, podia sempre correr pelas paredes e saltar de grandes alturas. Tinha ainda aprendido a lutar com todo o tipo de armas e em diferentes estilos.

Eu quero tanto, mas tanto, bater-te, Zuzarte.

E sim, Zuzarte chamou “bisavó” ao Jonatã 

manos eu... eu virei a página e vi um nome que não gostei e que me fez o sangue fervilhar.

...

Lembram-se da corda acima? Que sacou do cu?

uma corda feita de mithril, com uma ponta de lança atada que, ao acertar no seu alvo, se abre soltando pequenos ganchos escondidos no interior da lâmina, tornando assim impossível de a retirar do local onde estiver encravada.

Rassid e James estão no toca e foge para selar a bicha lá dentro, ou tirá-la cá para fora, eu sei lá manos eu deixei de perceber, e o Dahaka tenta várias vezes sair para dar nas fuças ao Rassid mas “felizmente isso não aconteceu” o que quer que isso queira dizer.

Passaram dois dias e Tekmet voltou, exuasta,

trazendo consigo um sacerdote de ar exótico e um saco misterioso.

O sacerdote, que tem vestes a rigor que nunca são descritas, e um bastão que “demonstrava o seu estatuto e posição em relação aos outros sacerdotes”, que nunca nos é dito qual, lá faz o ritual, que envolve “palavras incompreensíveis” e “objectos estranhos” e vocês sintam-me a mestria de sensações que pintam a cena pitoresca que aqui se passa, caralho. Sintam.

O saco misterioso? Nunca mais é mencionado nem explicado.

Finalmente, Jaime vomita o Dahaka que lhe sai pelas beiças foras tipo grego negro mas feito de fumo, e assim que a bicha se põe cá fora, Rassid dá-lhe logo com a piça nos cornos e a peçonhenta cai-se de joelhos (OS DOIS, PARA VEREM QUE DOEU DESTA VEZ) mas

nem isso, nem a longa agonia de James evitaram que recebessem uma estocada no peito com a mítica espada.

Porque é que James também está a sofrer quando o narrador já nos disse que a bicha saiu---aliás, ele chega ao ponto de dizer que o Dahaka “erguia-se alto no meio de todos os presentes”---está para lá de mim.

Rassid usa a sua Ampulheta do Bem para cegar a bicha e esta, tresloucada e a esganiçar-se que nem cadela, esvai-se em fumo e desaparece, “escapando da morte certa”.

-- Ele vai voltar para o deserto... mas vou apanhá-lo -- disse Rassid. -- OUVISTE DAHAKA? EU VOU APANHAR-TE! NEM QUE TENHA DE IR ATÉ AOS CONFINS DA TERRA. OUVISTE? AOS CONFINS DA TERRA!

OUVISTE? OU TENHO DE GRITAR MAIS ALTO?

Com o corpo livre do Dahaka, James já não se tinha que se preocupar com as visões do passado.

Não faço ideia de que passado é que ele está a falar, só se for o dele próprio e está tipo “pronto! livrei-me da bicha! já sou bom, já não tenho arrependimento!”

MAS AINDA NÃO ACABOU LOL O CAPÍTULO TEM MAIS QUATRO PÁGINAS

Aos dezoito anos, James Strongheart foram enviado para procurar a última relíquia de Drácula: a Bola de Ordog, Senhor do Sétimo Selo

O narrador diz-nos que depois do imponente duelo de piças entre Jonatã e Drácula, este último escondeu a sua mui preciosa bola, mas um dos seus servos a recuperou.

Caso não tenham percebido, isto é um flashback cagado aqui do nada.

E agora, pergunto: quem daqui conhece Castlevania? É que vocês que viram ou jogaram DE CERTEZA que já toparam quem é que vai aparecer de seguida. E lamento imenso a todos vós que estão agora a franzir o sobrolho em sofrimento e a rogar a Deus “não, por favor, o meu twink vampiro não, deixa-o em paz”.... tenho péssimas notícias...

James passou pelos guardas do castelo de Alucard furtivamente,

dada a sua capacidade de ser tão silencioso como uma sombra,

claro que és.

Mas encontra o trono vazio, excepto a bola de cristal, que Jaime estilhaça com uma só investida de sua potente verga. É nesse instante que o Dahaka aparece e o possui.

Cumpriu-se assim o plano de Drácula: amaldiçoar um membro da família do seu pior inimigo, com um espírito maligno.

Plano esse que NUNCA, em todo o Filho de Odin, foi mencionado. Deve ter deixado em testamento.

Acrescento ainda que o narrador não explicou quem é Alucard, só que ele tem um castelo (malta que é fã de Castlevania, estou convosco, eu adoro este twink de merda, vamos deixar a coisa correr o seu rumo, tá? Guardem as tochas para o final).

No instante em que Jaime é possuído, ouve a voz de Alucard no mais atroz discurso directo que já vi:

“Morguel idiota, caíste na nossa armadilha! Subestimaste-nos, mas o meu servo tinha um último truque na manga. 

O teu... servo?

Embora derrotado, Drácula guardou a bola de Ordog como um triunfo, pois ele sabia que podia ganhar a guerra 

ELE PERDEU A GUERRA

eterna contra os humanos. -- Desse modo, conseguimos ver o local onde se encontrava o teu reles e senil avô,

mas para além disso, a bola continha um espírito, um demónio, o sétimo da Antiguidade, o Dahaka. 

TU JÁ EXPLICASTE ISSO

E nós tinhamo-lo guardado para um dia muito especial... -- e, rindo-se, acrescentou de forma tétrica. 

TÉTRICA

-- Como os poderes caem! E que ironia! Transformaste-te naquilo em que a tua família há tanto tempo persegue: um demónio.

Vejam lá o quanto conveniente é explicar isto SÓ AGORA, QUE O DEMÓNIO SE PÔS NO CARALHO. HUM.

E sim, tudo isto é um só parágrafo. Nem vou tocar na atrocidade que aqui vai de morfologia e sintase que já estou cansada e esta merda não acaba.

Mas Alucard tem mais para dizer:

-- E não ganhaste nada com isso! Ah, eu já me esquecia... Não te disse? Não perdemos nada nesta batalha. Tu apenas mataste um dos meus servos. O verdadeiro Drácula ainda está vivo. Tão vivo que aproveitou o tempo após a sua ressurreição para espalhar o seu poder. Sim, Drácula ainda está vivo!

Alguém me venha cá a casa meter uma bala nos cornos, peço.

De volta à França, Jaime baza para o norte e

Ele nunca se esquecia de uma traição e tinha agora o único objectivo de retribuir o favor que von Alucard lhe fizera: ia ele próprio amaldiçoar o vampiro e, se possível, matá-lo.

von Alucard só pra fingir que não roubaste lol

vou lhe pôr uma maldição, mas se der jeito, já agora mato-o. Tá bem.

Tekmet volta a desaparecer da narrativa, porque é gaja e nao vale nada, e Jaime com as suas tropas e seu novo colhão esquerdo segue mas tem de parar porque estão ali inimigos que lhe disparam gás mostarda, e no mesmíssimo parágrafo aparece isto:

Embora o gás mostarda não fosse mortal, foi um dos gases mais utilizados na I Guerra Mundial e um dos piores para as forças em combate.

Chamar a esta guerra “a primeira guerra mundial” quando é dentro dela que a história se passa é a maneira mais eficaz de nos retirar do texto e quebrar a suspensão da descrença, e vou explicar desta forma o porquê:

imaginem que vocês viajam no tempo e vão parar a uma trincheira. Perguntam “esta é a primeira guerra mundial?” A reacção que obteriam seria qualquer coisa como:

“A primeira quê?”

Mas já sabemos que o Zuzarte fez copy paste de trechos dos seus trabalhos para a disciplina de história do 9º ano, por isso adiante.

O gás fode o pessoal todo. Sim. Não há cura mágica que os safe. Jaime cai do cavalo e entra em convulsões e não consegue respirar. Rassid tenta fazer um curativo mas está todo fodido. Os elfos não estão melhores.

James pensou que ia morrer

 e a última coisa que viu, antes de desmaiar, foi um homem com uma máscara de gás que se debruçava sobre ele...

Alguém venha cá pôr fim ao meu sofrimento, imporo-vos.

___________

Anteriores:

Capítulo 1 - Maré de Trevas

Capítulo 2 - Novo Herói

Capítulo 3 - Memórias

Capítulo 4 - Dahaka

Capítulo 5 - Medjay

Capítulo 6 - Emboscada

Capítulo 7 - Resistência em Lille

[druida749]

Contos de sétimo mar

 História baseada no sistema de sétimo mar de D&D 5ed

 Do topo das casas Dalla observava a cidade de cima como sempre, o oceano na encosta da cidade se destacava com os barcos que vinham de todas as partes de Théah cheios de mercadorias a serem trocadas na cidade deixavam o local extremamente agitado naquela manhã. O clima frio como de costume fizeram a garota se arrepiar quando uma brisa gelada penetrou dentro de seu capuz, quando avistou o navio da cidade de Vodacce atracar no porto se levantou tirando a poeira da roupa e foi começar o trabalho.

   As botas de couro vez ou outra batiam em alguma tábua solta de algum telhado do local conforme ela pulava pelas casas seguindo de cima os mercadores que tinham saído do navio a poucos segundos, os homens de barbas brancas e roupas longas andavam pela cidade olhando as mercadorias e seu alvo estava entre eles.

   A alguns meses já que um certo comerciante de Vodacce não pagava a dívida de que havia feito com a guilda do norte, sua guilda. Seu pai poderia ter mandado qualquer outro mercenário, mas precisava ser discreto e rápido dessa vez, e essa era sua especialidade.

   Quando o grupo de homens acompanhados de dois guardas entrou na taverna principal da cidade ela os perdeu de vista depois que passaram pela porta. Como ela já esperava, não demoraram a anunciar sua chegada ao representante da liga que comandava a taverna.

   A liga de Vesten era responsável pelo comércio de todo o continente e ali na taverna se encontrava George Skard mestre da guilda dos cervejeiros que ocupava um dos 9 lugares da liga. Ele certamente não era confortável com o comércio de bebidas com o homem que havia saído do bar, era aparente em seu rosto que o mestre o havia dito o mesmo de sempre: Que não aceitaria a moeda nacional como pagamento, somente o Guilder que era a moeda tradicional de Vesten.

   Ela continuou seguindo os homens pelos telhados mas logo teve de descer as ruas por conta do mercado fechado a frente, as tendas e lojas impediam a visão de cima com clareza.

   Ao descer pela parede de uma das casas ela puxou o capuz mais ainda sobre o rosto e seguiu discreta os homens que olhavam as mercadorias como os tecidos e carnes no mercado. Quando pararam em uma barraca de temperos ela aproveitou a multidão e se aproximou furtivamente deles deslizando os dedos na bolsa de moedas do homem mais velho distraído com as especiarias e pegou o dinheiro colocando dentro da própria roupa escura de couro e pelo e saiu de perto deles.

   Ele olhou para trás mas a garota já havia saído do mercado e ele nem imaginava que com ela estav todo o seu dinheiro de negócios.

   No caminha até de volta a guilda Dalla gostava de ir pelo porto, caminhava olhando as ondas que batiam no cais e balançavam os barcos a davam um clima de tranquilidade em sua vida agitada. Havia dias que gostaria de ser como a água, tranquila, sem preocupações, sem trabalho ou coisas a resolver, uma vida fácil. Parecia ser egoísta ou preguiçosa, mas era exatamente isso, nao queria ter tormento com mais nada.

   Mas parecia ser difícil viver tranquila em casa com os colegas de guilda e o pai, a vida ja tinha a prejudicado demais, era pedir muito uma vida tranquila? Parece que sim, seu Wryd insistia em fazer a garota trabalhar o tempo todo, mas por hora não podia reclamar, afinal, podia estar pior.

   Quando avistou a grande taverna do outro lado da cidade sorriu ao ver as luzes do andar de cima acesas e o som da música que vinha do local. Mesmo sendo o final da tarde o bar ja estava cheio e animado, a guilda dos mercenários tinha o local como fachada, e nos andares de cima ninguém imaginava que a família de assassinos coabitavam o estabelecimento.

   Ela passou pelas portas duplas do local e viu um dos colegas parado perto da escada com uma caneca de cerveja na mão, ele olhava a apresentação dos músicos no bar e parecia bem entretido. Quando avistou a garota se aproximar tomou o último gole na caneca limpando a boca e colocando o copo no balcão.

-Você demorou, nao me diga que parou para nadar novamente.

-Não seja ridículo, o tempo nao esta bom para isso.

-Nunca está, mas você faz mesmo assim.

   Ela resmungou e subiu as escadas e o garoto a seguiu deixando a festa para trás.No andar de cima no corredor escuro ela tirou a capa pesada e a pendurou em um canto qualquer. Os cabelos curtos de um dourado quase branco se destacavam na roupa preta da cabeça aos pés, quando ela suspirou o garoto riu e enfiou a mão no bolso do sobretudo marrom.

-Não me olhe com essa cara imbecil.

   Ela falou antes do garoto fazer qualquer tipo de comentário sobre a cor dos fio como sempre fazia. Vivia a chamando de velha grisalha e os dois sempre entravam em discussões por horas falando um dos outros. Reinn levantou as mãos em sinal de rendição ao ver o olhar irritado lançado por ela.

-Eu não disse nada.

-Mas ia.- Quando chegaram no último andar ela parou tirando o resto das roupas pesadas ficando mais confortável.- Aron está no escrito, melhor ir dar logo o relatório de hoje para ele, me pediu para dizer que a ronda do amanhecer é sua.

   Ela bufou e viu o garoto ir em direção ao próprio quarto,ela passou perto dele perguntando.

-Já se cansou da festa?

-A vigia da madrugada é minha hoje, preciso dormir enquanto tenho tempo.

-Huum.

-Quer me fazer companhia dessa vez?

-Vai se ferrar Reinn.

   O garoto de cabelos escuros gargalhou vendo a mercenária sair batendo os pés pelo corredor de madeira e entrar no escritório do chefe da guilda. Quando entrou na sala, Dalla passou pelos papéis no chão e ficou de frente a grande mesa de madeira onde o homem estava sentado. A luz vinda da janela iluminava metade de seu rosto, mas a barba rala e o cabelo grande preso, ele nao aparentava ter os seus 48 anos, talvez fosse os resultados de treinos desde jovem ou mesmo os cabelos negros sem nenhum branco aparente.

   Quando a garoto se aproximou ele subiu o olhar dos papéis que estava lendo e a encarou,ela colocou a sacola de moedas em cima da mesa de madeira e o homem despejou o dinheiro na superfície falando.

-Relatório. 

-O comerciante de Vodacce passou de novo na taverna mas pelo jeito Skard não aceitou as moedas nacionais, peguei a bolsa de dinheiro enquanto ele estava no mercado, nenhuma baixa e nenhum problema…

-Como sempre…- Ele terminou de contar o dinheiro e os guardou na gaveta da mesa voltando a ler os papéis e pergaminho.- Você demorou, estava quase mandando Reinn.

-Peguei outro caminho na volta, queria passar perto do porto.

-Deveria imaginar.

   Quando o silêncio se fez presente ela se virou de costas para ele e estava prestes a sair quando o mestre a chamou.

-Dalla -Ela olhou e o viu sorrindo- Bom trabalho, a vigia da manhã é sua.

-Fiquei sabendo.

   Ela bateu a porta e saiu do escritório voltando ao corredor, ela deus alguns passos e entrou em um dos quartos, o seu próprio. No cômodo ela tirou o resto das roupas e a bota ficando com a blusa cor de terra e a calça dobrada na altura dos calcanhares se jogando na cama macia e fechando os olhos.

   Aron podia ser arrogante e frio na maioria das vezes, mas ela não podia querer alguém melhor para chamar de pai. Apesar de não terem sequer alguma ligação sanguínea ele era a maior figura familiar que a garota ja tinha tido.

   Se lembrava com nitidez de quando tinha seus 6 anos de idade e havia tentado roubar a sacola de moedas do chefe dos mercenários que passava pelas ruas de Vesten, tinha tido sucessos mas o homem a pegara minutos depois. Dalla sempre viveu nas ruas desde de que se lembrava, pulando de casa em casa roubando para sobreviver e nao morrer de fome brigando nas ruas geladas da cidade.

   Ao ser apanhada no roubo achou que morreria os levaria alguns tapas como todas as vezes, mas o mestre da guilda apenas se abaixou a altura da garota suja e disse que ficou impressionado com o jeito dela de roubar sem que ele percebesse, em vez de a reprimir Aron a ofereceu uma casa, comida e roupas limpas.

   Como nao tinha nada a perder aceitou o convite do estranho e como ele prometeu ela teve comida e uma casa, mas em troca trabalharia para ele. Nas semanas seguintes seu treinamento tinha começado, aprendeu a usar todos os tipos de armas de curta e longa distância e aprendeu a roubar e matar com maestria. Reinn tinha a mesma idade e tinham sido criados juntos na guilda,viviam implicando e se metendo em brigas sempre, os dois sempre saiam machucados e de cara feia um para o outro,mas no outro dia já voltavam a se falar normalmente e se comportarem como irmãos de sangue.

   A rotina de sua vida era a mesma a muitos anos, trabalhava quase todo o dia a mando de Aron e ficava na taverna o resto do tempo, vez ou outra quando o clima não estava tão gelado ela gostava de ir a praia perto das rochas e mergulhar no mar deixando os problemas na superfície, tinha uma estranha paixão pelo oceano e animais marinhos, sempre que tinha tempo ia ao porto ou a praia. Dalla nem percebeu quando fechou os olhos e adormeceu com a luz do sol indo embora. 

   Acordou com batidas em sua janela e coçou os olhos se levantando sonolenta e viu Reinn na sacada do lado de fora esperando a garota abrir. Os dois se encaram pelo vidro e o garoto não estava com a cara muito boa.

-O que você quer?

-Já vai amanhecer, temos uma missão, Aron mandou levar você junto.

   O ar frio da madrugada fez ela encolher o corpo e tremer, o rapaz de roupas pretas cerrou os olhos e se levantou do terraço e fui andando para o telhado.

-Ve se nao demora.

   Ela fechou a janela com força e foi trocar de roupa, minutos depois os dois estavam pulando os telhados das casas com todos ainda dormindo. O rapaz ainda não tinha falado nada da missão, apenas que era uma negociação com alguém da guilda de agiotas, como se tratava de alguém da liga Aron decidiu mandar ela junto caso acontecesse alguma coisa, Dalla sabia que ele estava emburrado porque era um trabalho importante e Rainn teria que dividir o dinheiro com ela, mas não se importava, se Aron a havia mandado ir, iria.

   Nunca tinha desobedecido o chefe da família, tinha por ele todo o respeito e devia a vida ao mesmo, se ele mandava em um serviço fácil ou difícil, iria cumprir, não importavam as circunstâncias. Então Rainn que se foda com sua cara feia durante a missão, teria que aturá la.

-E sobre o trabalho?

-Aron mandou investigar o navio do lorde de uma das cidades de Inismor, parece que ele anda contrabandeando vinho e bebidas e isso está interferindo nas negociações de Aron.- Eles desceram pela lateral de uma das casas e foram caminhando pela rua.- De preferência ele não quer nenhum assassinato.

-Tcs, por que ele me chamou então?

-Diplomacia, vai saber. 

   Os dois passaram por algumas pessoas indo para o trabalho e a cidade parecia começar a acordar, tavernas e lojas começavam a abrir as portas e os bancos também, o cheiro dos pães que vinha da padaria perto fez o estômago de Dalla roncar, foi então que se lembrou de nao ter tomado cafe. 

   Ela fez Reinn parar em um dos lugares e comprar um pão recheado com geleia, a garota parecia  uma criança animada com um doce, a boca toda suja de açúcar fizeram o garoto rir e os dois começaram uma pequena discussão e depois saíram da padaria prolongando a briga pelas ruas. depois de alguns metros cada um se escondeu atrás de um dos muros quando dois guardas de Inismor que estavam no porto a frente do navio do mestre pirata. Dalla reparou nos barris embaixo da lona no convés, só poderiam ser as bebidas pensou ela.

   Reinn sinalizou com a cabeça para os fundos e ela deu a volta na casa indo para perto do navio esperando os homens passarem. Quando o lugar estava silencioso e sem ninguém Dalla se agarrou a lateral do navio e subiu no convés, o companheiro já estava olhando os barris.

-O que fazemos com isso?

   Ele olhou em volta e suspirou coçando a cabeça.

-Como vamos acabar com essa negociação? Tem no mínimo 15 barris no convés, e sem contar que não olhamos o porão, não tem como levar toda essa cerveja e vinho até a  taverna.

-Tem razão, não podemos roubar tudo isso...mas podemos levar o navio…

   Ele a rindo achando que era piada, mas quando ela não mudou a expressão de seriedade o semblante dele se tornou preocupado.

-Tá brincando comigo né?

-Não.

-Não podemos fazer isso, é impossível.

-Você tem alguma outra ideia?

   Reinn a repreendeu com os olhos e ela retribuiu.

-E como vamos esconder a porra de um navio desse tamanho?

-Tem uma caverna atrás dos rochedos perto da enseada, cabe o navio e ninguém vai la, muito menos conhece.

   Ele coçou o rosto olhando as velas e o caminho até o dito lugar, seria difícil passar com o navio pela água rasa mas não era totalmente impossível se seguisse o caminho certo.

-Você dirige?

   Ela sorriu e saiu indo para o porão verificando se o navio estava vazio e Reinn estava arrumando as velas e depois ela ajudou a puxar a âncora. Quando os tecidos brancos se abriram o navio começou a se mexer um pouco e Dalla virou o timão indo em direção ao mar gelado de Vesten.

   Ao longe conseguiam se ouvir gritos e xingos vindos do porto e os dois mercenários no navio começaram a rir quando o navio começou se afastar.

-Não acredito que estamos roubando um navio.

-Isso foi ideia sua, estamos fudidos quando Aron descobre, era só para impedir as negociações.

-Como íamos impedir essa droga? Nao vi voce tendo nenhuma ideia brilhante.

   Ele foi reclamar mas um tiro o interrompeu passando perto do seu rosto.

-MERDA!

   Ele colocou a mão na bochecha sentindo o sangue escorrer, Dalla gelou com aquilo mas aparentemente foi só um arranhão, ele viu que vários homens se juntaram no porto tentando atirar no navio e outros já preparavam outra embarcação para segui los.

   Reinn tirou a arma que carregava nas costas e a abriu montando o longo mosquete e seguiu para a popa do navio e mirou nos homens ao longe. O assassino era o melhor atirador que a garota conhecia, ele tinha feito algumas alterações no próprio mosquete com a ajuda de Aron e qualquer coisa que estivesse ao seu alcance certamente seria um alvo morto.

   Ela ouviu os tiros do rapaz e se concentrou no caminho a frente, forçou a vista na água e viu a pequena passagem pela água rasa e estavam se aproximando rápido das pedras.

-Reinn, as velas.-Ela gritou e o garoto parou de atirar olhando os tecidos pendurados, ele deu mais alguns tiros derrubando mais alguns homens e guardou o mosquete subindo no mastro indo até o emaranhado de cordas que prendiam as velas.- Quero velas cheias.

-Tá louca? a merda do navio vai virar.

-É exatamente isso.

   Ela gritava do timão para o garoto,ele olhou em volta e outros dois navios já vinham em sua direção, não tinha tempo de pensar então soltou as cordas fazendo o navio tomar velocidade e os tiveram que se segurar.

   Dalla virou totalmente o navio a bombordo e o barco praticamente deitou na água e conseguiu passar pelos rochedos raspando a lateral do casco nas pedras afiadas.

-AS VELAS.-Ela gritou para o companheiro mas não sabia onde ele estava, ela se segurava no timão para nao cair fora do navio que estava praticamente na horizontal, ela se agarrou mais ainda ficando quase pendurada.- REINN CADÊ VOCÊ QUE MERDA.

   Quando estava preste a escorregar o navio voltou a posição normal aos poucos e ela caiu no chão de madeira e Reinn caiu ao seu lado e os dois estavam ofegantes no chão.

-Por que...demorou tanto…

   Ela tentava tomar fôlego e se sentou no chão encarando o rapaz de cabelos pretos no chão. Ele fechou os olhos e suspirou controlando a respiração, ele havia cortado as velas da parte esquerda do navio para equilibrar o barco então teve que rasga las com a adaga que ele carregava. 

-Vai se ferrar...que droga de plano foi esse?

-Conseguimos nao?

   Ele parou um segundo e depois riu e ela também gargalhou se levantando e tomando novamente o comando do navio, ela seguiu o caminho e parou o navio na caverna escura e os dois desceram seguindo pela trilha atrás das rochas e voltaram para a cidade indo para a taverna informar a Aron a missão, mas mal sabiam eles qual seria a reação dele…

-EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊS FIZERAM ISSO. - O mestre da guilda fechou os punhos na mesa de madeira a fazendo tremer.- EU MANDEI, SÓ IMPEDIR AS NEGOCIAÇÕES,MATAR UM FORNECEDOR OU QUALQUER MERDA PARECIDA.

-Aron nós…

-E NAO ROUBAR A PORRA DE UM NAVIO.-A voz dele aumentou ainda mais, se era possível mas ele parou e apertou os olhos respirando fundo.-Se alguém descobrir isso,eu acabo com vocês, isso é uma promessa.

   Nenhum dos dois falou nada, nao estavam em posição de argumentar e muitos menos falar.

-Se acham que vão sair impunes, estão muito enganados.-Ele pegou alguns papeis na mesa e jogou na gaveta fechando com força fazendo a mesa tremer.-Reinn, você vai para o deserto, vai treinar com os mercenários da areia, quero ver voltar vivo por completo. E você garotinha...como sei que essa merda de ideia maluca foi sua, vai passar por algo ainda pior.

   Tortura? horas de treinamento intensivo? ou algum tipo de isolamento em uma ilha deserta?

   E la estava ela, servindo como garçonete em um bar em um barco pelo oceano como um favor a um velho amigo de Aron que precisava de funcionários novos, o lugar fedia a peixe e sal, a mercenária estava quase se jogando no mar e morrendo afogada, talvez a tortura teria sido uma opção melhor ao seu ver.  

[willalvesworld-blog]

O homem louco.

– Não ouviram falar daquele homem louco que em plena manhã acendeu uma lanterna e correu ao mercado, e pôs-se a gritar incessantemente: “Procuro Deus! Procuro Deus!”? – E como lá se encontrassem muitos daqueles que não criam em Deus, ele despertou com isso uma grande gargalhada. Então ele está perdido? Perguntou um deles. Ele se perdeu como uma criança? Disse um outro. Está se escondendo? Ele tem medo de nós? Embarcou num navio? Emigrou? – gritavam e riam uns para os outros. O homem louco se lançou para o meio deles e trespassou-os com seu olhar. “Para onde foi Deus?”, gritou ele, “já lhes direi! Nós os matamos – vocês e eu. Somos todos seus assassinos! Mas como fizemos isso? Como conseguimos beber inteiramente o mar? Quem nos deu a esponja para apagar o horizonte? Que fizemos nós ao desatar a terra do seu sol? Para onde se move ela agora? Para onde nos movemos nós? Para longe de todos os sóis? Não caímos continuamente? Para trás, para os lados, para frente, em todas as direções? Existem ainda ‘em cima’ e ‘embaixo’? Não vagamos como que através de um nada infinito? Não sentimos na pele o sopro do vácuo? Não se tornou ele mais frio? Não anoitece eternamente? Não temos que acender lanternas de manhã? Não ouvimos o barulho dos coveiros a enterrar Deus? Não sentimos o cheiro da putrefação divina? – também os deuses apodrecem! Deus está morto! Deus continua morto! E nós os matamos! Como nos consolar, a nós, assassinos entre os assassinos? O mais forte e sagrado que o mundo até então possuíra sangrou inteiro sob os nossos punhais – quem nos limpará esse sangue? Com que água poderíamos nos lavar? Que ritos expiatórios, que jogos sagrados teremos de inventar? A grandeza desse ato não é demasiado grande para nós? Não deveríamos nós mesmos nos tornar deuses, para ao menos parecer dignos dele? Nunca houve ato maior – e quem vier depois de nós pertencerá, por causa desse ato, a uma história mais elevada que toda a história até então!” Nesse momento silenciou o homem louco, e novamente olhou para seus ouvintes: também eles ficaram em silêncio, olhando espantados para ele. “Eu venho cedo demais”, disse então, “não é ainda meu tempo. Esse acontecimento enorme está a caminho, ainda anda: não chegou ainda aos ouvidos dos homens. O corisco e o trovão precisam de tempo, a luz das estrelas precisa de tempo, os atos, mesmo depois de feitos, precisam de tempo para serem vistos e ouvidos. Esse ato ainda lhes é mais distante que a mais longínqua constelação – e no entanto eles cometeram! – Conta-se também no mesmo dia que o homem louco irrompeu em várias igrejas , e em cada uma entoou o seu Réquiem aeternaum deo. Levado para fora e interrogado, limitava-se a responder: “O que são ainda essas igrejas, se não os mausoléus e túmulos de Deus?”

[alefaniuniverse]

“A Sonata a Kreutzer” sobre Amor Maternal

“— A família aumentou rapidamente. Com as crianças vieram os médicos. Oh, as crianças! Oh, o amor maternal!... Mais um dos encantos da vida! Para a mulher da nossa roda, os filhos, em vez de serem motivos de orgulho e de alegria, são mais uma inquietação, um suplício, um castigo. Não há mulher que não diga isto. Os filhos representam para ela um tormento. Não pelo trabalho de os dar à luz nem pelo da amamentação, nem por todos esses cuidados de que a criança necessita. A mulher, e a minha era assim!, tem geralmente o instinto maternal bastante desenvolvido, o que a torna apta para todos esses trabalhos. A mulher teme o filho porque receia vê-lo adoecer e morrer. Não é por falta de amor à criança que ela não deseja ter filhos, mas sim porque receia a todo o momento perder o filho bem amado. Por isso dizem: Não desejo amamentar a criança. Se ela morrer, maior será a minha dor. Parece-me que prefeririam filhos de borracha que não pudessem adoecer nem morrer e que fossem suscetíveis de concerto. Pobres mulheres! Que confusão reina naqueles cérebros e naqueles corações! Evitam os filhos, porquê? Porque temem amá-los demasiadamente. O amor, ideal da alma, é considerado um perigo! E porquê? Porque o homem é mil vezes pior do que o animal quando não vive como homem. A mulher encara a criança como um objeto de prazer. Ao princípio custa, mas depois: Oh, que mãozinhas! Que pezinhos! Que sorriso! Lindo corpinho! Encantador chilrear! Que encanto! Numa palavra, um amor maternal, perfeitamente bestial, feito unicamente de sensualidade. Não se pensa no que é esse ente, destinado a substituir-nos. Não se dá valor algum à cerimónia do batismo e, contudo, essa cerimónia é como que o aviso da importância que o recém-nascido tem na humanidade. Mas de nada disto se faz caso. Só se pensa em fitas, rendas, pezinhos e mãozinhas, em suma, só se trata do que é inerente ao animal. A única diferença está em que o animal não possui inteligência, nem raciocínio, nem senso, nem médicos. Sim, senhor, nem médicos. O vitelo morre, o pinto expira, a vaca muge, a galinha cacareja e ambas continuam vivendo. O que sucede quando nos cai doente um filho? Depressa, acudam, socorro! Que médico havemos de chamar? Onde o encontraremos? E se a criança morre? Adeus, pezinhos! Adeus, mãozinhas! Para quê prever toda esta agonia? A vaca não leva a tal excesso o seu amor de mãe. Por isso os filhos, para nós, constituem um verdadeiro tormento. A vaca não raciocina, não medita nos meios que podia ter empregado para salvar a sua cria. Por isso, o desgosto que sofre é perfeitamente físico. Não é uma dor moral. Não pode saber porque sofre nem dizer a razão do seu amor ao filho que devia perder tão cedo. Não sabe que pode evitar, para o futuro, ter outra cria e que se acontecer tê-la, mau grado as precauções tomadas, é escusado criá-la, é conveniente não se lhe afeiçoar, pois que essa afeição pode conduzir à dor. É o raciocínio que fazem todas as nossas mulheres, e o homem é o pior dos animais se não vive como homem. — Na sua opinião, como devem tratar-se humanamente as crianças? — Como? Amando-as como homem. — Então as mães não amam os filhos? — Amam, mas não os amam humanamente, ou raras vezes os amam assim. Nem mesmo os amam como a cadela ama os cãezitos. Note que, para a mulher, a galinha, a pata e a loba serão sempre um inimitável modelo de amor materno. Rara é a mulher que se lance sobre um elefante para salvar o seu filho. Pelo contrário, a galinha e o pardal precipitam-se ousadamente contra o cão, sacrificando-se pela sua ninhada. É um caso extraordinário contar um facto destes passado com uma mulher. E note ainda uma coisa: a mulher pode abster-se de amar fisicamente o filho e o animal não pode. Significa isto que a mulher seja inferior ao animal? Não. É justamente porque lhe é superior. (Superior não é bem o termo, é um ente de uma outra natureza.) A mulher tem outros deveres a cumprir, deveres humanos, pode abster-se do amor físico para concentrar todo o afeto na alma dessa criança. Esta é a missão da mãe. Mas é isto que se não encontra na nossa sociedade. Os contos que nos falam de mulheres heroicas que, por um ideal, sacrificaram os filhos são considerados velharias que nos podem impressionar. Para mim, a mãe que não possui um ideal ao qual sacrificará o próprio filho e que passa a existência lutando contra as doenças com o auxílio do médico, essa mãe trabalha por fazer-se cada vez mais infeliz e arrastará uma vida de contínuas torturas. Foi o que se deu com minha mulher. Pouco lhe importava ter um ou cinco filhos. Até foi melhor que tivesse tido cinco. Toda a nossa vida era perturbada pelo terror de qualquer desastre que pudesse acontecer às crianças, pelo receio de uma doença real ou imaginária. Enquanto durou a minha vida conjugal compreendi que toda a minha felicidade, todos os meus interesses dependiam exclusivamente da saúde, do bem estar, do apetite das crianças. As crianças ocupavam o lugar principal. Muito bem. Contudo, todos nós precisamos viver. Hoje em dia, os pais não têm vida própria. Acabou-se a vida de família, a vida conjugal. Por maior importância que tenha o negócio que temos entre mãos, por mais que nos interesse a sua conclusão, se nos dizem que Vassia tem uma enterite ou que Luísa se queixa da garganta, logo deixamos tudo, tudo esquecemos para pensarmos unicamente no médico, na farmácia e na temperatura do doente. Não há maneira de conversar um momento com a nossa mulher sem que a conversa seja interrompida, no ponto mais importante, por Pedro, que vem perguntar se pode comer uma laranja ou que vestido há de pôr, sem que a ama entre com o petiz a chorar. A vida íntima acabou. Todas as nossas ações, toda a nossa vida dependem da saúde das crianças. E a saúde das crianças de ninguém depende e, assim, toda a nossa existência pode ser aniquilada pelos médicos, que se arvoram em dispensadores de saúde. Isto não é vida! Vive-se em contínuo sobressalto: atrás de um desastre vem outro. Desviamo-nos de um perigo, defrontamo-nos com outro. Redobramos de cuidado: estamos nas condições do navio que soçobra. Cheguei, por vezes, a pensar que os cuidados de minha mulher pelos filhos eram fingidos para lhe darem uma certa superioridade, sobre mim. Parecia-me então que todas as suas palavras, todos os seus atos representavam um acinte para mim. Mas iludia-me. Todos os seus cuidados, todos os seus tormentos provinham do estado sanitário dos filhos. Para ela, como para mim, os filhos foram um martírio. Apesar disso, as crianças eram para ela um manancial de enlevos e de distração. Eram-lhe muita vez alívio para os seus desgostos e cuidados. Se lhe contavam que a senhora X... tinha visto morrer dois filhos, um após outro, que um médico qualquer salvara a filha da senhora N..., toda ela vibrava dolorosamente. E como não havia de ser assim? As nossas mulheres não têm, como as mulheres de outrora, esta fé ardente, esta doce crença: Deus mo deu, Deus mo levou. Não creem que a alma da criança regressa ao seio de Deus, que a morte faz dela uma privilegiada, porque morre inocente sem ter conhecido o pecado. Se elas tivessem esta crença, suportariam mais resignadamente a doença dos filhos. Mas não têm o mínimo vislumbre de crença. A fé morreu para não mais voltar. Mas como a humanidade precisa ter fé, a mulher passou a crer cegamente na medicina, e não é bem na medicina, é nos médicos. Uma acredita no Dr. A..., outra no Dr. B..., e como todas as fanáticas, não veem o absurdo da sua fé. Se não fossem tão cegas, veriam a loucura e a vaidade das receitas desses assassinos. A escarlatina é uma doença contagiosa. Num caso destes, metade da família vai para o hotel. Foi o que nos sucedeu por duas vezes. Numa cidade importante, todo o individuo é o centro de um grande círculo que numerosos diâmetros atravessam. Esses diâmetros não são mais do que os fios de toda a sorte de contágio, contra os quais não há isolamento possível: o padeiro, o alfaiate, o cocheiro, a lavadeira, são outros tantos veículos de micróbios. Posso provar, a todo o que foge de sua casa para evitar o contágio de qualquer doença, que na casa onde se refugiou pode esperá-lo o gérmen de outra doença igualmente perigosa e, até, o da doença que o fez desertar de casa. Não se tem visto nas casas ricas, depois de desinfetados e pintados de novo os aposentos onde esteve um doente atacado de difteria, aparecer nova manifestação do mesmo mal? Há centenares de pessoas que lidam com os doentes e não sofrem o contágio. Esta é que é a verdade. Agora, quer ver uma coisa? Apresente às nossas mulheres um médico da aldeia: não lhes inspira a menor confiança. Chame um médico que tenha carruagem e viva em qualquer das nossas grandes cidades; estudou pelos mesmos livros, andou na mesma escola, pedir-lhes-á cem rublos por cada visita e merecer-lhes-á toda a confiança. As nossas mulheres não sabem o que querem. Perderam a fé em Deus para a darem a um feiticeiro, a uma bruxa, ao Dr. N... porque veste bem e leva um dinheirão por cada receita. Se elas fossem crentes saberiam que a escarlatina e qualquer outra doença do mesmo género nada têm de terrível, pois não podem atingir a alma, única coisa que o homem deve amar. Saberiam que tudo o que nos sucede são coisas inevitáveis, a doença e a morte. Da falta de fé em Deus provem este amor físico que as leva a despender toda a sua energia para conseguirem esta utopia: prolongar a vida! Utopia cuja realização os médicos prometem aos idiotas e às mulheres. E por isso, ao menor abalo, recorre-se ao médico. Os filhos não serviram de traço de união entre mim e minha mulher. Pelo contrário, acentuaram a nossa desunião. Eram um pretexto para discussões, cada um de nós tinha o seu favorito. O meu era Vassia. Ela preferia Luísa. Quando eles cresceram, considerávamo-los como aliados. A sua educação era terrivelmente prejudicada com isso, mas na vida infernal que levávamos mal podíamos pensar na educação dessas pobres crianças. O rapaz era o meu aliado. A pequena, favorita de minha mulher e muito parecida com ela, era-me quase antipática”.