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#sim são frases da era do gelo
dcwon · 2 months
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━━━ ㅤthis is a starter call !ㅤthe coolest event in 20,000 years.
ㅤescolha uma frase para o dodo falar para você (adicione ’reverso’ se quiser que ele a ouça) + o seu @ e num passe de mágica, você vai receber um starter quentinho!
ㅤmas, atenção! dodo acaba de voltar de missão e está além de muito machucado e traumatizado, sendo “controlado por sua versão 2.0”. não esperem que as coisas façam muito sentido, ok? ele está: tentando!
ㅤcome on, you can play extinction later
ㅤgive it up. you know gods can't talk
ㅤyou're an embarrassment to nature, you know that?
ㅤhey! spit that out. you don't know where it's been.
ㅤyou have a very cruel sense of humor.
ㅤi've eaten things that didn't complain this much.
ㅤdo we need a news flash every time your body does something?
ㅤif you weren't smart enough to plan ahead, then doom on you.
ㅤlet's get something straight, okay? there's no "we". there never was a "we". in fact, without "me", there wouldn't even be a "you"!
ㅤisn't there someone else you can annoy? friends? family? poisonous reptiles?
ㅤfor a second there, i actually thought you were gonna eat me!
ㅤi'm still trying to get rid of the last thing i saved.
ㅤyou suck the fun out of everything.
ㅤeverybody has somebody, and all i've got is my boyish good looks.
ㅤwhy can't we fear the apocalypse like normal people?
ㅤare you crazy? we've only had one date. it lasted fourteen minutes!
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linguadetrapo · 4 months
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abaixo do read more vocês podem encontrar conexões básicas que eu gostaria muito que a odella tivesse. algumas são apenas para quebrar o gelo e termos já algo pra ir pra dash.
resumo: ela tem 27 anos, está no acampamento há 13 anos. é instrutora de identificação de monstros há uns 4 anos, adora lidar com novatos então com certeza vai permanecer nesse cargo por um tempo. ela é conhecida no acampamento por causa de suas vitórias em missões, nunca falhou em uma sequer, sempre tendo sucesso. então ela sempre vai contar vantagens e falar das missões antigas com muito orgulho... o que ninguém sabe é que ela tem sucesso só por causa do poder. como filha de Tique, ela tem sempre a sorte ao seu lado e consegue moldar a realidade a seu favor, basta dizer a frase "eu ouvindo um boato..." e começar a falar o que deseja. ela é lésbica, não está gostando muito da situação de ficar presa no acampamento sem sair para missões.
inspos: allison hargreeves (poder); alex russo (lábia) ;
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MUSE e odella se conheceram no acampamento, se tornaram inseparáveis em pouquíssimo tempo e a amizade que surgiu disso perdura até hoje. a corda e a caneca, tico e teco, qualquer dupla memorável? são elus.
como os mortais dizem meu santo não bateu com o de MUSE. odella e MUSE se odeiam sem motivos, eles apenas batem de frente um com o outro e vivem se perturbando. odella já espalhou fofocas sobre MUSE pra ver se elu parava de ser tão chate... mas não deu certo.
odella acha que MUSE lhe deu uma informação errada sobre uma situação e ela como passou para frente, levou a culpa. agora odella está atormentando MUSE, espalhando coisas incertas (e besteiras) sobre elu.
com MUSE a história um pouco complicada. odella tem uma tremenda crush na moça, mas MUSE não parece lhe enxergar dessa forma... e a verdade é que não enxerga mesmo!! odella precisa lidar com essa frustração da friendzone.
pessoas que foram em missões com odella, ela sempre diversifica pra ninguém perceber que esse sucesso dela é pura sorte então vamos de muitas vagas aqui (up to 4; mas vamos diversificar por exemplo: muse 1 não entende como ela conseguiu escapar de uma situação e ficou desconfiade; muse 2 ficou encantade com a agilidade de odella em missão e comprou muito a ideia de que ela é uma lenda das missões por tê-la visto em ação; muse 3 tentou sabotar odella em missão pra ver se algo dava errado mas acabou que o azar voltou para si não para odella; muse 4 não só percebeu que tem algo errado nessas histórias que ela conta como também tá investigando sobre)
MUSE e odella tinham uma amizade forte até que ela descobrisse um podre de MUSE e acabasse fofocando para o acampamento. Elus brigaram feio e a amizade teve um fim.
MUSE e odella flertam bastante mas nunca passaram disso. MUSE tem o pé atrás de confiar em odella... e com razão, convenhamos.
FECHADAS
@/pips-plants : MUSE por sua vez é quem ouve odella chorar as pintangas por tudo. ela é muito dramática mas tem sim alguns problemas para lidar e é MUSE quem lhe ajuda com isso, em troca ela também ouve os problemas de MUSE.
@/stcnecoldd : MUSE foi alvo de uma fofoca de odella e o pior de tudo é que nem era verdade! odella apenas inventou isso porque ouviu algo de fulano que ciclano tinha dito para beltrano. um enorme telefone sem fio, ela apenas enxugou os boatos e espalhou. Pena que não era verdade. (vamos descobrir juntes o que foi!)
@/alevadalouca: odella e MUSE são amigas com benefícios, embora da parte de odella ela sempre tente atrair MUSE para um encontro real por ter uma quedinha por ela, MUSE não parece que vai ceder sobre isso.
@/pips-plants : é sempre bombardeade com as tagarelices de odella. o melhor de tudo é que elu lhe acompanha em suas viagens, sempre tendo algo aleatório também para acrescentar na conversa. elus adoram fofocar juntes, não adianta, se estão no mesmo lugar pode apostar que vão estar fofocando.
@/vanceit e @/donararanha: foram em uma missão os três juntos. o problema é que a missão se tornou uma competição já que vance quase estragou tudo e eles começaram a se exibir para mostrar quem conseguia fazer mais coisa. no fim deu tudo certo mas como seu currículo limpo e impecável quase foi manchado por esses dois, odella tem um certo rancinho deles.
@/mcronnie : o primeiro amor de odella foi MUSE. uma emocionada de primeira planejou seu casamento com MUSE, só que elus não estavam na mesma página e o término veio um mês depois do início do namoro. hoje em dia odella e MUSE zombam dessa situação, as duas se divertem com o quão profundo odella foi em questão de dias.
@/olhosferraz : odella acha que MUSE lhe deu uma informação errada sobre uma situação e ela como passou para frente, levou a culpa. agora odella está atormentando MUSE, espalhando coisas incertas (e besteiras) sobre elu.
@/evewintrs : MUSE e Odella possuem almas que adoram diversão. Se tem uma boa festa rolando, saiba que encontrará as duas no ambiente. essa amizade de festas acabou ganhando uma coisa a mais quando as duas começaram a flertar, os beijos então vieram pra completar a diversão.
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igorcosta · 1 year
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Ubunto em Curitiba
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Nesta sexta-feira (09/12), a temperatura aumentará na pista do Camaleão Cultural em Curitiba, na festa Macumba que pela primeira vez recebe o som do Dj baiano Ubunto. Ele já percorreu os principais festivais do Brasil, incluindo o Coala (SP), Primavera Sound (SP), Oferendas (BA), MECAInhotim (MG) e MPboca (RJ).  O artista possui colaborações com Adriana Calcanhoto, Luedji Luna, Fafá de Belém, Majur, Vanessa da Mata, Mc Tha, Nara Gil e muito outros.
O som do soteropolitano é marcado por influências afro-brasileiras e afro-pop. Ou como escreveram os produtores do evento que completa a 11ª edição: “O trabalho do @ubunto3mundo também sintetiza a sonoridade da festa Macumba: onde tambores, berimbaus e agogôs se misturam aos beats eletrônicos e melodias ancestrais nascidas nos terreiros, nos proporcionando uma experiência única através da música e da dança."
Em agosto (22), lançou o seu novo álbum intitulado “Abafabanca” que chegou aclamadíssimo e deve ser destaque na noite. O título é uma referência ao picolé de fruta caseiro que marcou o verão da Bahia nos anos 80 e 90. Não espera o verão, vamos pro Camaleão. O que pode tocar? Aguardem beats e releituras conhecidas e desconhecidas da música popular brasileira, baiana e outros ritmos regionais. E para quem nunca foi à Bahia ir e para os que já foram, retornarem. 
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Faixa 1 – Abafabanca 
Restam ainda 15 dias até o solstício de verão na América do Sul (“Sulamericano” diriam os conterrâneos BayanaSystem) que, como sabemos, iniciará no 21 de dezembro. Não nos faltam referências, porém, de letras celebrando essa passagem. Quase como um ritual de convite para os dias de sol, praia, férias, aquele amor de verão e a contagem regressiva para o Carnaval. 
Esse parece ser o caso de “Abafabanca”, a primeira faixa e aquela que confere título ao projeto, cantando para saudar o verão: “Não espere o verão, não, não”. O álbum lançado em setembro de 2022 deixa à cada faixa o gosto de quero mais. 
Abafabanca é o nome de um picolé do verão de Salvador. O jornalista e crítico GG Albuquerque explica: “Abafabanca é o picolé caseiro feito com frutas em formas de gelo para aplacar o calor do verão soteropolitano. E essa sensação de refrescância e leveza permeia o novo disco de Ubunto, que pinta uma nostalgia colorida e nos remete às nossas memórias afetivas mais íntimas e solares.” 
A primeira faixa é fruto de uma colaboração pra lá de especial com a Nara Gil (sim, a filha mais velha do Gilberto Gil), e neste feat os músicos recuperam memórias pessoais e artísticas. A gravação ocorreu no estúdio da família Gil, localizada no Rio de Janeiro e na ocasião o artista cruzou com o mestre nos bastidores e não soube esconder a emoção. 
O disco não é só um reflexo de sua infância frequentando a praia de Juvená, ele se torna o movimento.  É mais do que uma barraca de praia na melhor estação, pode ser o quintal de todos que o escutarem. 
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Faixa 2 – “O vento” 
Na segunda faixa Ubunto traz uma releitura da composição “O vento” de Dorival Caymmi, dentre outras intérpretes estão Stellinha Egg (1953), Gal Costa (1976), Maria Bethânia (2007) e As Ganhadeiras de Itapuã (2014). Esta última versão ganhou um novo estilo com Ubunto que as convidou novamente para gravação. 
A frase “Vamos chamar o vento” foi cantada pelas Ganhadeiras (2014) que receberam o convite do dj para uma nova gravação neste projeto. 
A infância do dj em Itapuã se torna ainda mais especial com uma colaboração dessas.  Em entrevistas para o lançamento disse: “Tenho uma relação especial com essa música. Primeiro porque Caymmi é uma personalidade muito presente no bairro de Itapuã e fez parte das minhas memórias de infância” (...) “Além disso, quando eu era bebê, meu pai me botava pra dormir com O Vento”. 
Nos primeiros 15 segundos da música, Dona Maria de Xindó, ganhadeira de Abaeté, evoca “São Loures”, em referência ao São Lourenço da religião católica como sendo o dono do tempo. 
“O vento” como poderão recordar os leitores aparecem no disco “Mar de Sophia” de Maria Bethânia como referência à orixá Iansã presente nas religiões de matrizes africanas. Na versão da cantora, ele traz a poesia de Sophia Andresen “a dona do raio e do trovão”. Iansã é reconhecida como senhora dos ventos e das tempestades. 
Ubunto, evidentemente, traz como inspiração esse pensamento. A formação musical deste produtor passou pela bateria e pela escola de música Pracatum criada pelo cantor Carlinhos Brown que desenvolve projetos sociais como “a revolução dos tambores no Candeal”. Os tambores e batuques ganham o arranjos de batidas eletrônicas, evocando histórias afrodiásporicas e afro-atlânticas - tema esse que devem serem centrais na próxima Bienal de São Paulo (2023) tendo como curadores Grada Kilomba, Hélio Menezes, Diane Lima e Manuel Borja-Villel.
No livro do escritor Itamar Vieira Júnior, Torto Arado, o personagem Zeca Chapéu Grande, também é conhecedor dos ventos. Em uma linda passagem separada pela ganhadeira Verônica Pereira se lê: “Aprendia que tudo estava em movimento – bem diferente das coisas sem vida que a professora mostrava em suas aulas. Meu pai olhava pra mim e dizia: 'O vento não sopra, ele é a própria viração', e tudo aquilo fazia sentido. 'Se o ar não se movimenta, não tem vento, se a gente não se movimenta não tem vida', ele tentava me ensinar. Atento ao movimento dos animais, dos insetos, das plantas, alumbrava meu horizonte quando me fazia sentir no corpo as lições que a natureza havia lhe dado. (VIEIRA JÚNIOR, 2018, p.99)” 
Quem são As Ganhadeiras de Itapuã? 
As mulheres que foram tema do samba-enredo da Viradouro e escola campeã de 2020, exaltando a força das mulheres negras e religiões afro-brasileiras. As artistas têm colaborações com Mariene de Castro, BayanaSystem, Tiago Iorc e outros. Além de terem vencido o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria melhor grupo regional. 
“A história das Ganhadeiras de Itapuã começa em Salvador, na Bahia, mas é atravessada por uma série de outras camadas de histórias remetendo o início do século XIX, quando o regime escravocrata ainda era vigente no Brasil. Foi nesse período que surgiram as primeiras ganhadeiras. No ano de 1991, as lavadeiras foram proibidas de lavar roupas na Lagoa do Abaeté, pois as autoridades locais afirmavam que o sabão poluía e matava os peixes. Muitas ficaram sem fonte de renda e sem perspectiva de trabalho. Com a proibição, foi criada uma lavandeira com tanques de cimento no Parque do Abaeté, a Casa das Lavadeiras. A lavagem de ganho na Lagoa até poderia ter sido interrompida, mas o legado ancestral das ganhadeiras jamais. E foi assim que no final dos anos 1990 começaram a surgir, a partir dos próprios moradores, diferentes iniciativas que buscavam resgatar a memória das antigas tradições do bairro. A demonstração de que o legado das ganhadeiras resiste ao tempo.”(texto do site adaptado)
Em 2005, começam a percorrer eventos para apresentações musicais, mostrando que não ficaram remotas ao passado. Cânticos, cirandas, sambas de roda nunca deixaram de encantar. As lutas delas reafirmaram o direito à terra e à vida. 
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As outras faixas do disco
Na faixa 3 “Alto do Coqueiro” imagem que remete as paisagens litorâneas que inclusive podemos associar à música “Coqueiro de Itapoã” (1959) de Caymmi.
Na faixa 4 “Wa Tsonguana” o convidado foi o multi-instrumentalista moçambicano Otis Selimane Remane que esteve no Sesc Pompeia com o “The OTIS Project”. 
Na faixa 5 “Tambortoque” a dobradinha é com cantora baiana Jadsa que lançou em 2021 o albúm “Olho de Vidro” (tendo parcerias de Kiko Dinucci, Ana Frango Elétrico, Josyara e Luiza Lian). 
Na faixa 6 “Amendoeira” conhecemos poesias de Laurinha Peace que cria uma sonoridade eletrônica próximas às do festival Top Gun de São Paulo. 
Na faixa 7 ocorre uma brincadeira ao traduzir o nome de Jorge Amado para o italiano “Giorgio Amore” aqui flertando com o gênero Italo Disco dos anos 70. O Dj escreve que juntou “o mar de Itapuã com o litoral de Moçambique, família Gil com a Feira de São Joaquim e Jorge Amado levei ele pra Itália.” 
Na faixa 8 chegamos literalmente à “La Ultima Abafabãnka”, no arranjo é possível sentir os instrumentos característicos do afoxé dos Filhos de Gandhi. Sugiro que se escute em seguida a versão de Gilberto Gil da música “Patuscada de Gandhi”. 
Para aqueles que ficaram interessados deixamos o instagram da festa Macumba (@festamacumba) e do espaço Camaleão (@camaleaocultural).
[Esta publicação, assim como a página @dêumrolecwb, não contam com nenhum tipo de patrocínio]
Fotografia 1 Ubunto tocando (retirado do instagram do artista @ubunto3mundo
Fotografia 2 As Ganhadeiras do Itapuã (capa do álbum de 2014)
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ceulajeado · 7 months
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billi caracol disse que vai morrer em três horas
Em três horas.
Em três horas tudo acabará. Foi o que ele disse. E Billi Caracol não mente.
Enquanto assiste a chuva de granizo, ele tem esse semblante de quem pensa sobre quantas vezes esteve na mesma posição, o mesmo solo triste de guitarra soando chiado no rádio, as mesmas pedrinhas de gelo caindo do céu... Como se fosse tudo tão igual.
De repente diz o vambora mais triste do Distrito e pega a pistola. Se a morte ou qualquer outra vagabunda vier antes das três horas restantes, estará preparado. Afinal, para um homem inseguro, poucas coisas não são resolvidas com pólvora e gatilho. 
Franki, por sua vez, está na poltrona, longe, muito longe dali, temendo o temporal que não o permitiu enxergar dez centímetros afora, sentindo aquele cheiro familiar, aquele cheiro familiar de, aquele cheiro familiar de tabaco queimado, e o rádio soava apesar da interferência da chuva — Dei um aperto de saudade no meu tamborim, molhei o pano da cuíca com as minhas lágrimas — porque o sambinha de Clara Nunes sempre combinou com a melancolia celestial —, e Franki argumentava consigo mesmo sobre o que acabara de ouvir da boca do camarada, essa coisa de “todo dia é o mesmo dia”, e depois veio aquilo de “eu vou morrer, vou morrer igual ontem, igual anteontem, e vou acordar amanhã como se nada tivesse acontecido só pra morrer outra vez”. Era um tanto alarmante se quer saber, não parecia ser apenas umas frases filosóficas, abstratas, ambíguas, era como se ele acreditasse naquilo, literalmente acreditasse. E foi inevitável lembrar de quando os dois eram bem mais jovens, os dias eram ensolarados, os corrimões tinham tinta, as escadas cimento, e os militares marchavam na rua com fuzis gigantescos, andando em bando, o barulho doentio daqueles furgões dando partida, e você torcia para que nenhum deles estacionasse na sua frente, na sua casa, na sua vila, porque se acontecesse, significaria morte ou coisa pior, e, sentados na escada do cortiço, Billi Caracol ofereceu um cigarro de palha a Franki, e, pela primeira vez, Franki aceitou, porque os dois eram adolescentes idiotas e ninguém gostava deles, nem mesmo quem deveria gostar, e o Billi Caracol jovem ordenou "engole a fumaça, engole pra valer", e Franki obedeceu, mas em seguida seus olhos começaram a lacrimejar, brilhando ardentemente como se fossem dois pneus molhados, e aí veio aquela tosse desesperada, aquela tosse doentia, os pulmões convulcionando, o peito sem conseguir puxar mais oxigênio.
— Merda, Billi! — gritou Franki Franzino, batendo nas próprias costelas —, você tá tentando me matar? —, e tossia e tossia e tossia.
E Billi Caracol chacoalhou os ombros, afirmando que tava tudo bem, que o corpo de Franki apenas não aceitava um tóxico, era questão de hábito, de insistência.
— ESSA PORRA QUEIMA, BILLI! 
— Então você fez certo, mariquinha.
— Ué, você não sente queimar? — perguntou. 
— Claro que sinto — Billi respondeu.
— Então por que continua fumando?
Billi Caracol respirou fundo, apagou o cigarro de palha na sola do sapato gasto, engoliu a última fumaça e resmungou:
— De qualquer maneira, gente como eu acaba queimando. É bom se acostumar.
E havia aqueles sons, não, não eram sons, eram ruídos, batidas, choros, gemidos, gritos, ais, socorros, berros altos, desesperados, abafados pela porta de madeira, e o Billi Caracol adolescente sorriu enquanto enrolava outro cigarro, sorriu, sim, o que por si só já era esquisito o suficiente, mas sorriu de uma maneira dolorosa e disse minha avó enlouqueceu, mas tudo bem, é coisa de família, esse é nosso inferno, é assim que queimamos.
Naquela tarde, Franki compreendeu algumas coisinhas, quer dizer, aquele menino solitário, caipira, de carranca fechada, que roubava livrinhos de faroeste das bancas e sabia enrolar tabaco, falava tantas paradas incompreensíveis para a mente do pequeno Franki Franzino, mas agora, quase 15 anos depois, Franki finalmente compreendeu: devia ser coisa de família mesmo, porque ricos herdam casas e comércios e cruzeiros e cruzados e terrenos e talentos e fazendas e felicidade, mas, para eles, toda a loucura do mundo, toda a loucura. Toda a loucura do mundo.
E lá estava o velho Billi Caracol, o de agora, o que fala sobre as próximas três horas, e ainda fumante, e ainda difícil, e ainda discreto e nada sorridente.
— Você não tá ouvindo o temporal, Billi? — Franki apontou para a janela, com aquele ar preguiçoso, as pálpebras baixas, a boca entreaberta. 
Billi Caracol, parado na porta, de costas para o camarada, suspirou tão profundamente que seus ombros largos se expandiram mais e quase tocaram as extremidades do pequeno apartamento. Com o chapéu de couro escondendo os olhos escuros, Billi apenas fez sinal afirmativo. Sim, eu ouço a chuva. Abriu a porta que gemeu de luto, a porta, sim, que parecia dizer sinto muito, caubói, sinto muito pelo seu fim de hoje, e gemeu como se nunca mais fosse sentir as mãos frias e pesadas de Billi Caracol, como se todas as aflições internas no peito carrancudo de um homem perdido no imperscrutável lapso de agonia, fosse desaparecer em três horas.
Billi Caracol gargalhou:
— Vou morrer, Franki. Preciso de uma cerveja. Ontem estive sóbrio quando a morte chegou, hoje vai ser diferente.
E saiu dramaticamente. Em busca do bar. 
O bar de sempre.
O Bar Baridade.
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lenine · 8 months
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AQW: Campeão da Condenação (Tradução PT-BR)
/join camlan
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CUTSCENE #1: A Tríade
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Apophis: O que é este buraco e por que somos forçados a entrar nele como mendigos?
Ouro: Mendigos não têm poder de escolha, e é isso que as Sombras se tornaram em nossa ausência.
Ouro: Elas não conseguiram nem manter posse de seu pequeno parquinho! Eu vi!
Ouro: Gahahaha, aquele fiapo de Condenação, o primeiro Estranho, perdeu a Foice Sombria para uma mulher mortal!
Ouro: Tolo! Invejoso idiota! Um mundo de Sombras estaria a nosso alcance!
Ouro: Eles deveriam estar me implorando! Eu estava prestes a conseguir dominação completa!
Apophis: Assim como eu… Eu acho. E então apareceu a Luz… o Titã da Luz.
Eos: … Ah… Ahs…
Apophis: Ele arruinou tudo, e quando me jogou de volta ao Plano da Escuridão, nossos irmãos…
Ouro: Eles não tinham estômago para ver como superamos todo mundo e seu precioso Império.
Apophis: Condemnatio Memoriae.
Apophis: Nossas companheiras Sombras nos destroçaram, nos isolaram, e nossos nomes e conquistas foram para sempre apagados de toda memória.
Ouro: Até agora.
Ouro: GAHAHAHAHA!!
Apophis: BAHAHAHAHA!!
Eos: …
Ouro: Eu sou Ouro… alguma coisa ou outra. A Garganta da Metamorfose.
Ouro: Sob minha liderança, teremos nossa vingança! Eu tomarei tudo e tudo se tornará uno!
Apophis: Hã? Desde quando eu concordei em me curvar a você?
Apophis: Você ainda nem lembra de seu nome. Eu seria um chefe muito mais adequado para nossa tríade.
Apophis: Pois eu sou Apophis! O Caos Umbrático!
Ouro: E o que isso quer dizer? Não significa nada para mim.
Apophis: Mas esse não é um nome e epíteto de magnificência? O selo ainda apaga as memórias de meus grandes feitos.
Apophis: Mas, com certeza, é melhor do que seja lá o que sua metaboca possa fazer.
Ouro: ISSO É UM CONVITE PARA QUE EU TE MOSTRE?
Apophis: FIQUE À VONTADE E SEJA O PRIMEIRO A MORRER!
Eos: … *suspiro*
Ouro: Humpf. Nossa discussão está deixando Eos cansado. Não somos inimigos uns dos outros, e sim do resto deste mundo abandonado.
Apophis: Podemos decidir através de uma votação civilizada?
Ouro: Sim.
Ouro: Eu.
Apophis: Eu.
Eos: … Imperdoável.
Ouro: Parece que Eos foi o mais afetado pelos efeitos do Condemnatio Memoriae.
Ouro: Ele não consegue elaborar uma frase longa, e imagino que suas memórias ainda estejam em branco.
Ouro: Não há sinal de que ele esteja melhorando, nem nós, inclusive.
Apophis: Qual era o título de Eos? “Aquele que Põe o Sol”? Podemos encurtar para o Poente?
Eos: … Uhum.
Ouro: Posso não lembrar meu nome, mas eu lembro de não ser tão… fraco.
Apophis: Então, você admite!
Ouro: Então, que tal você me derrubar neste mesmo instante?!
Apophis: Chega. Já entendi. Brincadeiras não são permitidas… mas tudo bem. Posso sentir para onde você está levando sua linha de raciocínio.
Ouro: Ter ficado selados por tanto tempo nos enfraqueceu, mas não temos receptáculos.
Ouro: Uma pincelada de luz do sol nos deixaria indefesos. Entretanto, tenho um método para procurarmos um corpo rapidamente.
Apophis: Você disse que conhecia um lugar onde poderíamos encontrar armas, servos e um campeão para nos representar.
Ouro: Camlan, a terra-natal de todas as linhagens élficas deste continente.
Ouro: Na primeira vez que me arrastei para fora do Plano da Escuridão, foram as carnes de Elfos do Gelo e Dragões que se tornaram minha pele.
Ouro: Eu os compensei com gentileza, é claro… Até que eles ficaram amargurados com minha companhia e me traíram.
Ouro: Elfos vivem bastante, transbordando soberba e resistência a mudanças. Os Altos Elfos mais ainda.
Ouro: Duvido que eles tenham aprendido com suas falhas, mas eu aprendi. Desta vez, sei exatamente como manter os Elfos na linha.
Ouro: Os Altos Elfos serão a chave de nossa ascensão.
Ouro: Me empreste o que sobra de seu poder original para que eu transforme Camlan na sede de nosso novo Império.
Ouro: Fazer isso será o primeiro passo para devolver vocês dois a sua glória original e restaurar nossas memórias.
Apophis: Se isso é uma promessa, eu consentirei.
Eos: … Uhum.
Apophis: Mas isto é tudo. Não pense que serei grato ao ponto de jurar serviço a você.
Apophis: Quando nos tornarmos inteiros, e quando nossos irmãos traíras forem destruídos… Nossa Tríade se digladiará pela supremacia sobre Lore.
Ouro: Eu não faria de outro jeito.
Ouro: GAHAHAHAHA!!
Apophis: BAHAHAHAHA!!
Eos: … Ah… Ahs… te… oh…
Ouro: Eos? Isso é uma tentativa de se juntar ao nosso contentamento?
Apophis: Não, não. Acho que ele está tentando alertá-lo para que não seja pretensioso ou burro.
Ouro: Pah, você está colocando mentiras na boca dele. Do que eu devo ter medo?
Ouro: Não dos Elfos, e não de qualquer humano intrometido.
Ouro: Eventualmente, tudo cairá na minha garganta e se ajoelhará em gratidão.
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Camlan está sendo engolida por Sombras.
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Brentan
Nobre Viajante
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Seguimos Dryden e seus guerreiros até esta floresta, mas as Sombras chegaram aqui antes de nós. Dryden se apressou à frente em pânico, e tanto a Imperadora quanto Sigrid foram atrás dele. Devemos fazer reconhecimento da área caso haja algum perigo e encontrá-los!
Invasão - Graças a você e à Imperadora Gravelyn, a Cidade de Batalhativa permanece de pé. Eu convenci Tara a ficar lá. Ela ficou desapontada, embora entendesse que precisávamos de alguém confiável para proteger Batalhativa caso a situação piore. A invasão ainda não acabou. As Sombras que foram invocadas no Eclipse querem tomar Camlan, o lar dos Altos Elfos. Este pode ser só o início de algo terrível.
Reação - Notícias sobre a invasão das Sombras se espalharam a torto e a direito, e as reações estão confusas. As pessoas estão se aglomerando na Guarda da Luz, implorando por proteção. Com o medo das Sombras habitando as mentes de todos, imagino que eles serão bem financiados. Muitos também sabem que a Imperadora Gravelyn teve um grande papel no combate às Sombras. Muitos a veem como uma baluarte de segurança. O que vai acontecer no futuro, não consigo nem começar a adivinhar.
Sussurro - Aquele Estranho Misterioso sussurrou no seu ouvido. Está tudo bem? Você parece estar em si, mas até a Imperadora está preocupada. Posso perceber que ela está escondendo sua fatiga, mas ela não poupou esforços para acorrentar aquela… coisa para deixá-la o mais longe possível de você. Se começar a ouvir coisas no escuro, me avise, avise a Tara, a Warlic, a qualquer um. Oh, que suspiro pesado você acabou de dar. Você já estava ouvindo vozes antes do sussurro?
QUESTS:
Couraças Geladas
Os lacaios das Sombras já estão aqui! Armaduras possuídas estão espreitando nestas árvores e é só uma questão de tempo até elas se cruzarem com inocentes. Precisamos desmontá-las antes de encontrarmos os outros.
- Itens requeridos: 5 placas manchadas.
Quando completada:
Dryden deve estar perturbado. Alguns desses conjuntos de armadura são élficos, mas quem os estava usando não está em lugar nenhum à vista. Eles foram comidos pelas Sombras? Não há nenhum sinal de luta nessa floresta… só os respingos que caíram do Eclipse. 
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Troca Equivalente
Os Homens-Cobras que servem às Sombras invasoras se infiltraram na floresta também! Eles estão se juntando para se alimentar! Lute com eles e procure quaisquer Elfos que precisem de nossa ajuda!
- Itens requeridos: 5 línguas de serpente; Conversar com Elfo Entoante; Conversar com Elfo Balbuciante.
Elfo Guerreiro Entoante
Servo de Ouros
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Agora é nossa hora. Eu ajoelho-me perante os grandiosos, ofereço minha carne e anseio por renascer. Minha carne pelo poder. Minha carne pela supremacia. Minha carne pela dominação sobre os inimigos de Camlan. Minha carne pela Condenação dos humanos, dos Anões e dos proclamados Deuses. Minha carne por um novo Reino Élfico. Minha carne por um novo corpo. Minha carne pelo meu lugar de direito. Minha nova carne, a carne dos grandiosos. Minha antiga carne, uma oferenda a Ouroboros, a Garganta da Metamorfose.
Elfo Guerreiro Balbuciante
Servo de Ouros
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Agora é nossa hora. Esperamos por isso por tanto tempo. A Luz arrogante que só serve a ela mesma não pode mais nos comandar. A Sombra prometeu que eu serei meu próprio mestre! Minha carne pelo poder. Minha carne pela supremacia. Minha carne pela dominação sobre os inimigos de Camlan. Minha carne pela Condenação dos humanos, dos Anões e dos proclamados Deuses. Minha carne por um novo Reino Élfico. Minha carne por um novo corpo. Minha carne pelo meu lugar de direito…
Quando completada:
Os Elfos não estavam em perigo? O que eles disseram? … Isso é extremamente problemático. Isso não é uma invasão. Os Altos Elfos devem ter deixado as Sombras entrarem em Camlan de boa vontade! A Imperadora Gravelyn tem que saber disso. Precisamos nos certificar de se Dryden estava ciente da conspiração também!
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Boca do Covil das Cobras
Precisamos encontrar a Imperadora, mas os homens-cobras e as armaduras malévolas estão pressionando meus cavaleiros. Por favor, ajude a diminuir seus números e relate a Gravelyn sobre nosso estado atual.
- Itens requeridos: 3 escamas venosas; 3 aços pretos; Encontrar Gravelyn.
Gravelyn
Imperadora da Foice Sombria
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Este é o portão para Camlan, lar dos Altos Elfos. Diga ao Lorde Brenton que ele deve proteger o perímetro! As Sombras conseguem lacaios ao infestar os fracos com sua influência. Não deixe mais ninguém passar!
Quando completada:
Obrigado! Meus cavaleiros e eu vamos cuidar do resto aqui fora. Vá para Camlan com a Imperadora, mas tenha cuidado. Os Elfos podem precisar ser subjugados ao invés de resgatados.
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Gravelyn
Imperadora da Foice Sombria
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Quando percebi que deixamos vocês para trás, eu parei e perdi Sigrid e Dryden de vista. Eles estão para além dos portões de Camlan. Sombras estão espreitando lá dentro, e, com base no que você me contou, os Elfos os deram boas-vindas. Você e eu vamos descobrir tudo.
Pacto - Os Altos Elfos prontamente abriram seus portões e deixaram a Sombra entrar em Camlan. Ela deve ter sussurrado promessas irresistíveis para o povo de Dryden. Seu lar passa um ar de arrogância agressiva, apesar do branco e dourado puros… ou talvez por causa disso. Eu respeito isso, mas eles cederam ao que quer que as Sombras estavam oferecendo quase que instantaneamente. Talvez a ingenuidade de Dryden tenha sido herdada e seja exatamente o que criou essa mistura mortal de ganância e soberba.
Luz - Se estou cansada? Claro que não. Se for preciso, posso erradicar outra invasão de Sombras sozinha. Mas… se o pior acontecer, não deixe ninguém em meu Império ser tentado pela Luz. Eles podem conseguir curar minhas feridas, mas existe uma chance de que isso custe minha liberdade. Esses elfos foram os professores de minha antecessora… Como ela confrontou o Plano que a escolheu? Ugh, eu deveria ter pensado mais nisso antes.
Estranho - O Estranho Misterioso que foi capturado e usado para abrir o Portal do Eclipse está sob minha custódia. Eu o enviei acorrentado para as masmorras da minha fortaleza. Essa Sombra - não, esse Espírito da Condenação - foi o que sussurrou no ouvido do meu pai… e, agora, sussurrou no seu. Ele nos apontou para Camlan, o que foi útil, mas não baixarei minha guarda. Vocês não terão mais contato a não ser que seja absolutamente necessário.
QUESTS:
Pilhas de Humanos Enterrados
Um par de Espectros está guardando a entrada de Camlan. Eles estão usando os mesmos robes clericais que os outros fantasmas usavam em Batalhativa. Jogue-os para o pós-vida para que possamos passar pelos portões da cidade.
- Itens requeridos: 2 panos mirrados.
Quando completada:
Dê uma olhada nisso, Herói. Durante a luta, você chutou um punhado de terra e descobriu um conjunto de covas rasas. Elas parecem ter pertencido às duas Clérigas e as duas têm as palavras “Retentoras da Campeã da Luz” bordadas em suas mangas. Eu olhei ao redor e verifiquei que elas também não são as únicas.
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Zombarias sem Malícia
Dryden e Sigrid correram antes que eu conseguisse fazê-los esperar por vocês. Sem Dryden, vamos perder tempo perdidos pelas ruas de Camlan. Encontre ele e qualquer outro Elfo que ainda esteja são. Veja se eles sabem do que as Sombras estão atrás.
- Itens requeridos: Conversar com o Elfo Calmo; Conversar com o Elfo Devoto; Encontrar Dryden.
Guerreiro Elfo Calmo
Servo de Ouros
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Humanos passaram pelos portões quando os abrimos para o Mestre Ouroboros? Eu juro, vocês são piores do que vermes. Ao menos ratos apenas guincham ao invés de implorar por comida e misericórdia. Não compreendo por que os Campeões Elementais são todos humanos hoje em dia. Os Avatares e os Planos nos esnobaram a favor de vocês ingratos. Mestre Ouroboros, que reconhece nosso verdadeiro lugar neste mundo, tomará suas carnes e nos trará renascimento como Reis de uma nova era.
Guerreiro Elfo Devoto
Servo de Ouros
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Consagrada no coração de Camlan é Clarent - a Lâmina Fazedora de Reis, destinada apenas para as mãos do Campeão da Luz. Sempre me aborreceu a ideia de que um humano empunharia a espada que meus ancestrais forjaram com suas forças vitais. Mas, agora que Mestre Ouroboros está aqui, Clarent se tornará uma espada que derrubará o trono de Guardaverde e coroará nossos filhos como legítimos herdeiros da terra. Dryden se tornará nosso salvador. É melhor começarem a se ajoelhar.
Dryden Eigr
Herdeiro dos Altos Elfos
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Por que os portões de Camlan foram abertos? E como esses monstros adentraram nosso templo? Apenas Altos Elfos podem erguer o véu que guarda nossa casa. Nós… permitimos que as Sombras entrassem? Até meus guerreiros estão desaparecendo. Nossos mentores estão caindo de joelhos, entoando disparates… e sendo enclausurados pelas Sombras.
Quando completada:
Perfeito. Dryden está paralisado em pânico e seu povo nem está tentando disfarçar sua indiferença quanto a nós. Por que eu esperava menos? Meu pai sempre desdenhava todos os Elfos e Fadas. Agora vejo por quê.
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Sombras de Âmnio
Precisamos que Dryden se controle. As criaturas que eram seu povo estão nos cercando e piorando seu estado mental. Acabe com esses Elfos Condenados e não mostre misericórdia. Suas mentes estão sãs, mas além de qualquer ajuda.
- Itens requeridos: 3 emblemas de Camlan.
Quando completada:
Você também viu? Seus corpos… derreteram em poças pretas. Parece que todos eles estão escoando para o centro de Camlan. Pelo lado bom, Dryden acordou de seu desalento. Ele está pronto para nos levar para dentro e enfrentar o que seu povo fez.
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Dryden Eigr
Herdeiro dos Altos Elfos
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Forçar vocês a lutar enquanto eu permanecia paralisado… Me perdoe por isso. Por favor, venha comigo… A Paladina já entrou no templo. É lá onde Clarent, a Lâmina Fazedora de Reis forjada para o Campeão da Luz, é resguardada. Deve ser atrás dela que as Sombras estão!
QUESTS:
Venha para a Luz
Siga-me para dentro do templo! Sigrid já deve estar lá. Vamos encontrá-la e expulsar as serpentes! Hmm, a Paladina parece estar lendo uma carta antiga que ela encontrou. Vamos falar com ela e dar uma olhada.
- Itens requeridos: Ler carta; Conversar com Sigrid; 2 olhos da prole.
Sigrid Escudossolar
Arquipaladina
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A Sombra invasora transformou Camlan em seu ninho, mas esse já era um ninho de cobras! Veja o que achei! Uma carta de Lynaria repreendendo a natureza suja dos Altos Elfos, e provando que eles tinham inveja do Reino Humano por ocupar o continente que eles acreditavam que deveriam ser deles! Eles até desprezam os Planos Elementais e os Avatares por esnobarem Elfos a favor de Campeões humanos. Esses invejosos desgraçados foram feitos para as Sombras!
Guarda da Luz - Os Altos Elfos se veem como superiores aos humanos, aos anões e até aos seus primos. Seus pergaminhos falam de como os primeiros Campeões eram Elfos, dando a entender que eles eram o povo escolhido, destinados a governar todo Lore. Quando Campeões humanos começaram a aparecer, eles ficaram sem poder, mas sempre desprezaram Guardaverde. Esses covardes presunçosos estavam esperando uma oportunidade para invadir!
Liderança - A Lâmina Fazedora de Reis, Clarent. De acordo com os registros históricos dos Altos Elfos, eles forjaram essa lâmina com ajuda do Plano da Luz. Ela foi feita para as mãos de seus Campeões, até que o título e seus poderes foram herdados pela humanidade. Os elfos fingem estar contentes em treinar Campeões humanos, mas estavam aliciando-os para se tornarem servos leais. Com Clarent, eles conquistariam Guardaverde e coroariam o Herdeiro dos Altos Elfos.
Escuridão - A finada Rainha Lynaria governou Guardaverde ao lado do Rei Alteon. Ela era uma Campeã da Luz que lutou contra a tirania e conseguiu paz para seu povo. Essa carta… Lynaria esteve sempre combatendo o mal. Ela deu uma segunda chance para os Altos Elfos quando descobriu suas ambições, assim como tentou salvar Sepulchure. Lynaria morreu por causa de sua misericórdia. Quando alguém se perde para as Sombras, não há salvação.
Carta de Lynaria:
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Bellona. Sleih. Espero que seu filho tenha nascido em segurança e que essa carta chegue até vocês. Quando estiverem lendo, terei partido há muito tempo. As únicas coisas que devo a vocês são uma explicação e um adeus. Eu os agradeceria por terem me ensinado a usar meus poderes para proteger os fracos e encurralados, mas não era isso que vocês realmente queriam. Seus sorrisos e elogios pareceram reais por um tempo, até que os mapas que encontrei nos estudos de Sleih abriram meus olhos. Vocês acharam que eu não entenderia que vocês estavam estrategiando para tomar Guardaverde dos Drakaths? Ou talvez acreditaram que eu veria isso como um ataque justificado para livrar o Reino da tirania. Seus planos envolvem queima de vilas, secagem de rios e propagação de morte desinibida… comigo e com o auxílio da Luz como suas maiores armas. Guardaverde não vai trocar um tirano por outro. Só posso imaginar que o motivo do Reino ainda estar de pé seja meus antecessores terem descoberto suas maquinações. Histórias de seus heroísmos terminavam tão abruptamente, e agora eu sei o porquê. Não se preocupem, não levei a Espada Fazedora de Reis comigo. Eu despedacei Clarent com minhas próprias mãos. Reforjar armamentos destinados ao Campeão da Luz vai custar tempo e esforço. Espero que vocês reconsiderem suas perigosas ambições enquanto remontam Clarent. Pensem nisso como uma segunda chance. Embora me sinta profundamente traída, não posso suportar a ideia de jogá-los aos lobos. Não quando Dryden e sua geração têm suas vidas inteiras para se desviarem de suas sombras. Eu me importo com ele, afinal, vocês disseram que eu era como uma filha para você. Dryden teria sido meu irmão. Me pergunto se o que vocês disseram era mentira, ou se vocês acham que minha posição como Campeã da Luz de alguma forma me faz melhor que meus irmãos humanos. Pensar em ambos me enche de desgosto. Este é um adeus. Eu nunca voltarei. Ameacem Alden e Valen por conta própria. Atenciosamente, para nunca mais, Lynaria
Quando completada:
Isso não pode ser real. Deve ser um truque das Sombras. Minha mãe e meu pai me disseram que a última Campeã da Luz terminou seu treinamento e partiu. Eu sempre quis conhecê-la… Isso era mentira?
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Está no Sangue
Os Altos Elfos, meu próprio povo, prontamente deixaram as Sombras adentrarem Camlan? Eles sempre planejaram invadir Guardaverde? Isso é mentira! Não pode ser verdade! Até mesmo esses monstros élficos devem ser falsos, criados pelo invasor. Corte-os e eu o mostrarei!
- Itens requeridos: Sangue élfico.
Quando completada:
Não acredito. Me recuso a acreditar. Esse pesadelo tem que ser uma piada! Pare de me olhar assim! Não fizemos nada errado! As Sombras fizeram lavagem cerebral em meu povo!
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Pressão dos Pais
Aqueles dois na frente da fonte são Bellona e Sleih, minha mãe e meu pai. Eles foram tomados pelas Sombras! Por favor, você deve me ajudar a salvá-los! 
- Itens requeridos: Pingente da Luz quebrado; Cristal da Luz rachado.
Quando completada:
Não acredito. Me recuso a acreditar. Esse pesadelo tem que ser uma piada! Pare de me olhar assim! Não fizemos nada errado! As Sombras fizeram lavagem cerebral em meu povo!
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CUTSCENE #2: Mudança de Expectativa
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Dryden: Mãe! Pai! Retomem suas consciências!
Dryden: As Sombras devem ser muito poderosas para conseguirem passar pelos portões de Camlan, mas vocês podem vencê-las!
Dryden: A corte dos Altos Elfos não vai ceder ao Mal!
Bellona: Oh, Dryden, você entendeu malerrado. Estamos completamente sãos.
Bellona: Nós abrimos os portões e recebemos o Mestre Ouroboros.
Dryden: O quê?!
Herói: Esse é o nome da Sombra ou Espírito de Condenação que infestou Camlan?
Sleih: A Garganta da Metamorfose, Mestre Ouroboros, veio nos elevar a nossas posições apropriadas.
Sleih: Não precisamos mais nos ajoelhar à Luz.
Gravelyn: Suponho que não haja um tapete vermelho para mim. Mesmo que vocês desenrolassem um, o fariam com dentes cerrados.
Gravelyn: Não que eu tenha algum amor pela Luz também.
Gravelyn: Ah! Pare de se debater, sua Paladina cabeça-dura! 
Sigrid: Me solte! Esses Elfos têm escondido ambições traiçoeiras! Temos provas!
Sigrid: Todos os Campeões da Luz treinados por eles foram aliciados para se tornarem suas armas!
Sigrid: Armas que derrubariam Guardaverde e colocariam um Alto Elfo no trono!
Sigrid: Rainha Lynaria estava certa em delatá-los e partir, mas a misericórdia dela foi um erro. Sempre foi.
Sigrid: E agora eles jogaram fora a Luz a favor das Sombras!
Sigrid: Não consigo pensar em outra solução. Os Altos Elfos devem ser erradicados!
Herói: Está maluca? Se acalme um pouco!
Bellona: Minha nossa, esses daí são criativamente desrespeitosos.
Bellona: Antigamente, humanos sabiam seu lugar. Eles derramavam lágrimas de alegria pela honra de serem meus copeiros.
Sleih: Isso não é de importância, Bellona.
Sleih: A Luz pode ter nos esnobado para elevar a humanidade, mas as Sombras sabem o nosso valor.
Dryden: Isso não faz sentido. Um dos fundadores do nosso clã era um Campeão da Luz!
Dryden: O Plano da Luz nos confiou toda a demanda que viria em seguida! Vocês sempre disseram que eu seria seu guardião!
Sleih: Meu filho, isso foi porque nós tínhamos desistido. Nenhum Elfo foi escolhido para ser Campeão há eras.
Sleih: Nossa supremacia foi diminuída enquanto Reinos humanos como Guardaverde se levantavam.
Sleih: Não tínhamos escolha senão bajular a Luz por qualquer migalha de atenção que ela nos desse.
Bellona: Me doeu tanto ter que negar meus sonhos. Deveria haver uma coroa sobre sua cabeça! Um Rei ao invés de um guardião!
Bellona: Mas Mestre Ouroboros está aqui para tornar real esse sonho perdido! 
Dryden: Eu… Eu não quero…
Sleih: Como assim você não quer? Isso é conversa de um tolo covarde!
Bellona: Tem noção de quanto nós sacrificamos?
Bellona: Ah, as lágrimas e o sangue que derramamos para te criar!
Bellona: Comporte-se e venha conosco por essas portas. Mestre Ouroboros está esperando.
Sleih: Assim como fizemos, ofereça sua pele mortal. Em troca, Mestre Ouroboros o fará renascer como um Rei!
Bellona e Sleih: Minha carne por poder. Minha carne por supremacia. Minha carne pela dominação sobre os inimigos de Camlan. Minha carne por um novo corpo. Minha nova carne, a carne dos grandiosos. Minha carne antiga, uma oferenda a Ouroboros, a Garganta da Metamorfose.
Dryden: Por favor, me digam que é mentira!
Herói: Dryden, você precisa se levantar. Não tem conversa com eles agora.
Gravelyn: A Sombra está além dessa porta? Eu gostaria de dar minhas próprias boas-vindas para Ouroboros.
Gravelyn: Ele tem que aprender que é preciso andar com cuidado sobre o meu domínio.
Herói: Vamos bani-lo de volta para de onde ele veio, então julgaremos se os Elfos foram influenciados ou solícitos.
Herói: Vamos, Dryden. Você precisa salvar seus pais e seu povo.
Dryden: Sim… Meu dever como guardião…
Herói: Sigrid?
Sigrid: … Destruir Ouroboros requer antecedência.
Sigrid: Mas vocês estão cometendo o mesmo erro que a Rainha Lynaria cometeu.
Sigrid: Ela se foi porque eu não a impedi de tentar salvar alguém com quem ela se importava… das consequências de suas próprias ações. Quando se perde alguém para as Sombras, não há salvação.
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Dryden Eigr
Herdeiro dos Altos Elfos
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Tem que ser o Ouroboros, o Espírito da Condenação conhecido como a Garganta da Metamorfose, que enganou meu povo para entrar em Camlan! Temos que destruir esta Sombra imunda! A criatura deve estar no coração do Templo, onde Clarent, a Lâmina Fazedora de Reis, está guardada.
QUEST:
Se Perca em Mim
A Sombra que infesta os muros de Camlan, Ouroboros, a Garganta da Metamorfose, espreita no coração do templo. Devemos banir o intruso e salvar meu povo!
- Itens requeridos: Garganta derrotada.
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CUTSCENE #3: O Renascido
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Ouroboros: Meu novo corpo se aproxima da completude. A memória do meu nome retornou, assim como as memórias dessa lâmina.
Ouroboros: Clarent, a Lâmina Fazedora de Reis, forjada pelas mãos de um Elfo Campeão da Luz.
Ouroboros: O fio perdeu seu brilho quando a Luz abandonou os Elfos. Ela fica bem melhor com minhas cores.
Ouroboros: Clarent encontrará novo propósito em minhas sombAAAHHHHHHRGH!
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Gravelyn: Está me ignorando?
Gravelyn: A Luz pode ter deixado os Altos Elfos à deriva, mas meu destino aqui é erradicar você!
Ouroboros: Esse poder! A Campeã da Luz?!
Ouroboros: Isso é alguma piada? Não… Você é a usurpadora que tomou a Foice Sombria do primeiro Estranho!
Ouroboros: Eu deveria agradecê-la por humilhar aquela sombra sem originalidade.
Gravelyn: Quê? Como você ainda está se mexendo?
Gravelyn: *cof cof*
Ouroboros: Sinto o cheiro de uma ferida que sangra incessantemente debaixo de sua armadura. Você foi enfraquecida.
Ouroboros: Este ataque é uma alfinetada em comparação a como o Titã da Luz me pisoteou durante minha primeira derrota.
Ouroboros: Mas uma perda não é nada do que deva se envergonhar. É uma mera oportunidade para um novo começo.
Ouroboros: Eu posso te dar esse novo começo antes que seu corpo caia em pedaços. Renuncie sua carne desgastada.
Ouroboros: Permita que ela se torne minha nova pele, e eu te farei renascer impecável.
Ouroboros: Rasteje-se para dentro de minha garganta.
Herói: Não tão rápido, sua meia gigante! 
Herói: Ninguém quer ver o que esse negócio de boca e renascimento vai envolver.
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Herói: Ah! Me solta!
Bellona: Você não vai ficar no caminho do nosso destino!
Sleih: Proste-se, verme! Não mais sofreremos por seu domínio desmerecido!
Sleih: HahahAHAHAHAHAHAAHAHAHA!
Herói: Se controla! Dryden, seus pais são -
Ouroboros: Cheios de si? É por isso que é tão fácil manipulá-los, com algumas ressalvas…
Ouroboros: Minha primeira tentativa de tomar Lore envolveu seus primos frios das Terras do Norte.
Ouroboros: Apesar da animosidade entre eles, esses clãs são muito parecidos.
Ouroboros: Os Elfos do Gelo queriam se espalhar para além da neve e tomar o Sul, e os Altos Elfos queriam tudo.
Ouroboros: Eu precisava de um receptáculo para me proteger da Luz, e eles precisavam de meu poder.
Ouroboros: Então, os Elfos caíram na minha garganta e desistiram de suas peles.
Ouroboros: Suas carnes se tornaram camadas do meu corpo, e, em troca, eles rastejaram para fora da minha garganta renascidos como minha prole.
Herói: Acho que vou vomitar.
Ouroboros: Não tem por que se preocupar. Isso não é morte. É um recomeço.
Ouroboros: Eu sinto grandeza em você. Sua pele se tornará minha, e a minha se tornará sua.
Sigrid: Você não fará tal coisa! Solte o Herói!
Sigrid: Morte às Sombras! Morte a seus lacaios!
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Sigrid: AAAAAAAAAAAAAAAH!
Herói: Sigrid!? Você está -
Sigrid: *cof* M-minha maça! M-me dê minha maça! Eu preciso proteger…
Dryden: Não… Eu não queria machucá-la tanto assim.
Sleih: Você nos salvou, Dryden.
Bellona: Os humanos desejam morte aos Elfos. Você deve pegar Clarent e proteger seu povo.
Dryden: Mãe, pai, é isso que vocês querem? Não é tarde demais para voltar atrás.
Sleih: Não é sobre o que queremos. É sobre dever e destino!
Dryden: Meu dever e meu destino… sempre serão para com meu povo.
Bellona: Mestre Ouroboros, seu cavaleiro e sua lâmina estão prontos.
Ouroboros: Uma nova sede de poder, lacaios… ou até aliados élficos, uma candidato a Cavaleiro da Condenação, e uma arma.
Ouroboros: Mas este Dryden é jovem. Ele precisa de tempo para crescer. Eu prefiro ter -
Gravelyn: Herói! Ao meu lado!
Ouroboros: Esse é seu nome? Sim, eu prefiro ter esse aí.
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Ouroboros: O que é isso? Que tolice! Exercer tanto poder com essa ferida pode ser fatal.
Gravelyn: Chega de seus sussurros e mentiras, cobra!
Gravelyn: Juntos, cortaremos seus lacaios para fora de sua garganta!
Herói: Estou com você!
Ouroboros: Um mero mortal e uma Campeã quase morta. E isso é para ameaçar m-
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Ouroboros: AAAAAAAAAAAH! Que poder é esse?
Ouroboros: RAAAAAAAAAH! NÃO! NÃO VAI ACABAR AQUI!
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Herói: Gravelyn! Gravelyn! Sua ferida!
Gravelyn: Ele está fugindo! *cof* Não podemos deixar ele fugir!
Herói: Ele já se foi. Eu só tenho tempo para salvar você e Sigrid.
Gravelyn: Então pare o tempo!
Infâmia: Parar o tempo por algo tão trivial? HAHAHAH à vontade!
Infâmia: Vou gostar de destruir o seu cérebro.
Herói: … Gravelyn, você sabe que eu não posso.
Gravelyn: …
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Apophis: Vejo que nos trouxe um candidato a Cavaleiro da Condenação e um exército de Elfos lacaios.
Ouroboros: Aliados, ou parceiros, se preferir. Lembre-se de se referir a eles como tal em suas presenças. 
Apophis: Sim, sim, lembro que seus lacaios originais, os Elfos do Gelo, se cansaram de chamá-lo de mestre.
Ouroboros: Não subestime o orgulho dos Elfos. Eles me arruinaram por dar-los ordens.
Ouroboros: Então, os Elfos do Gelo massacraram os Paladinos que os resgataram porque eles pediram reconciliação em retorno.
Ouroboros: Esses Altos Elfos por ora nos chamam de Mestres como guias e mentores.
Apophis: Tratando nossos próprios servos com precaução?
Apophis: Como esse é o começo de um Império glorioso? Vou dá-lo a conquista de procurar uma arma da Condenação adequada.
Apophis: Mas ainda estamos presos em um buraco nada melhor que um túmulo pobre - e olhe para você! A Campeã da Luz quase o matou!
Ouroboros: Pelo contrário, sua Luz pouco dano fez mesmo com as asas abertas.
Ouroboros: Por mais machucada que estivesse, algo como aquilo deveria ter me destruído. Me pergunto o porquê.
Eos: …mm… Uhum… ma… mai…
Ouroboros: O companheiro dela que era a verdadeira ameaça. O ataque daquele mortal quase me cortou ao meio.
Ouroboros: Ainda sinto aquilo quebrando meu corpo com tremores. O que ele é?
Ouroboros: Esse mortal deve ser investigado.
Apophis: Claro, claro, onde eles estão agora?
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Song: Em comparação aos outros Campeões, isso é o pior que eu já vi.
Song: Se você quer que ela seja curada, recomendo que ela fique aqui com clérigas experientes.
Gravelyn: Você não precisa falar por mim. Eu só fiquei inconsciente por um momento.
Gravelyn: A invasão de Batalhativa não me esgotou, eu ainda posso *cof*
Herói: Gravelyn, não tente se mexer.
Gravelyn: O que aconteceu com Camlan? Dryden? Aquela Paladina que conhecia a Campeã da Luz anterior…
Herói: Camlan está vazia. Os Altos Elfos foram se esconder com o Espírito da Condenação conhecido como Ouroboros.
Herói: Dryden está com eles, mas Sigrid ainda está viva. Brentan está levando-a de volta para a Guarda da Luz.
Herói: Ouvi dizer que eles querem se recuperar o mais rápido possível. As Sombras voltaram a se esconder, mas está uma loucura lá fora.
Herói: O povo de Guardaverde está de joelhos implorando para a Guarda da Luz agir.
Herói: Todo mundo que viu o eclipse está aterrorizado o suficiente pra falir doando tudo para a causa.
Herói: Eles darão qualquer coisa até para morar dentro da Guarda da Luz por proteção.
Gravelyn: Como a Guarda da Luz está respondendo?
Herói: Eles vão começar uma caça às Sombras.
Herói: O povo está até exigindo que a Rainha Victoria faça empréstimo de recursos de Abriguespada para eles.
Gravelyn: Onde está Shakaz? Preciso voltar para minha fortaleza. Aqueles Espíritos da Condenação estão atrás do meu Império! Eles são meu alvo!
Gravelyn: E os Altos Elfos... eles tem conhecimento sobre antigos Campeões da Luz como eu.
Gravelyn: Fique longe da caçada e garanta que Tara fique longe também. Eu vou caçar essas Sombras por mim mesma.
Herói: Isso é porque deixei Ouroboros escapar? Eu-
Gravelyn: Não, isso foi culpa minha. Quis dizer que isso é problema meu, não seu. Não posso continuar me escorando em você para me ajudar.
Herói: Bem, e o Estranho Misterioso? Parece que ele sabe muito sobre -
Gravelyn: Essa não é uma opção. Um sussurro já tentou o destino.
Gravelyn: Ele tem interesse em você, assim como tinha em meu pai. Fique longe dele.
Gravelyn: Eu não posso perder você...
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Estranho: Ouroboros, Apophis... e o de quem ainda não me lembro.
Estranho: Espíritos da Condenação recém-nascidos sem lembrança ou respeito por nosso verdadeiro Mestre.
Estranho: Um mundo engolido por Ouroboros ou encharcado pela corrupção de Apophis é inaceitável.
Estranho: Eles escolheram um campeão, embora seja outra imitação de um Cavaleiro. A Tríade chegou tarde demais.
Estranho: Pois meus sussurros já chegaram até meu Verdadeiro Cavaleiro da Condenação.
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Brentan
Nobre Viajante
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Camlan está completamente deserta. O Espírito da Condenação levou Dryden, seu povo e a Lâmina Fazedora de Reis, Clarent, para seu esconderijo. Tanto o Império quanto a Guarda da Luz vão comandar caçadas separadas para essa Sombra e seus aliados. Eu vou voltar para Abriguespada para ver se há algo em que eu possa ajudar. Caso descubramos algo relacionado a essas Sombras, mandaremos mensagem para o Templo de Términa.
QUEST:
Ouro Encasulado
Deve haver mais que possamos descobrir estudando Camlan e seu templo. Vamos procurar por mais algo que os pais de Dryden, Bellona e Sleih, estivessem escondendo de seu filho. A Garganta da Metamorfose pode ter deixado pistas para trás também.
- Itens requeridos: Decreto de Guerra de Bellona; Registros de Crianças Trocadas de Sleih; Escama de Cobra Alquímica.
Quando completada:
Há diários antigos aqui que detalham como os Altos Elfos tentariam sequestrar Campeões da Luz que não fossem levados para eles por seu Emissário. É, no mínimo, perverso. Quanto aos restos de Ouroboros, deixar suas escamas em salas onde a luz do Sol bate vão eventualmente transformar os raios em escuridão.
- Recompensas: Escama de Ouroboros.
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radiorealnews · 1 year
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freiossempoesias · 2 years
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Poesias
Não só de textos sem rima vive o autor, é claro que não iam faltar rimas bobas para dizer aqui.
·.¸¸.·♩♪♫ 14 de agosto de 2018 ♫♪♩·.¸¸.·
Lua
Cara, eu  sou de lua   Um dia eu vou te amar como se você fosse o ultimo da minha vida Amanhã eu nem vou saber seu nome.
É os que veja bem, eu me amo muito mais Do que chegaria a amar você. E sabe eu fico vendo por ai, pessoas tão desesperadas, eu estava  desesperada Por poemas de amor, frases, textos, tudo sobre "encontrar aquela pessoa".
Quando isso é mentira, aquela pessoa somos nós. Nós somos a laranja inteira, não metade dela e se contentando bagaços Logo quando eu penso em amor, penso em encontrar algum que é tão laranja quanto o meu.
Ai você me diz laranja? Sim laranja, uma cor que vem do amarelo e o vermelho. Não é o equilíbrio perfeito? Então em vez de fazer um poema falando sobre amar outra pessoa, porque não sobre amar nos mesmos?
Olha só como somos tão laranjas Porque precisaríamos de vermelho? Só por ser uma cor primária? O significado do amor está nas derivações, nas  entrelinhas, nas secundárias. Logo quando pensar em dividir esse amor, divida-o laranja Porque o vermelho já somos nós, porque nós somos os primários nas nossas vidas e nosso grande amor.
·.¸¸.·♩♪♫ Horas.txt ♫♪♩·.¸¸.·
Chamadas de 3 horas Pensamentos de 24 E os 7 dias que vão somando Que estou sem você
É pensar no que poderia ter feito No que faz e no que vai ser
Seja de nós ou do mundo Esse pensamento consome Não mais que a vontade de você
Sonhei com nosso abraço E era quente como na primeira vez Estando junto mas tão longe Como se explica isso a alguém?
E eu conheci mais você E você me conheceu Hoje a gente lida com demônios Exorcizamos cada um
Não desistimos um do outro E eu adoro dizer que sou tua mina Você é meu cara
A gente tem essa coisa especial Um dia te sequestro E te levo pra um role espacial
E pensar que, há tanta coisa pela frente Isso tudo é só um detalhe Que vai passar e a gente vai rir disso Eu espero
Mas eu acredito no nós, tanto quanto que isso tudo vai acabar E quando acabar, olha não te largo não
E eu já experimentei todos os tipos de sentimentos possíveis Eu já passei por milhões de pensamentos destrutivos E o que me salva disso tudo é você
Faz essa zona toda ser suportável Você tem esse lado confortável E eu não poderia ter escolhido pessoa melhor
E em muitos momentos Eu me deparei com o te amar E de verdade, nunca fui tão feliz por ser você
·.¸¸.·♩♪♫ Intensa.txt ♫♪♩·.¸¸.·
~esse eu gosto demais~
Seu problema maior é a complexidade de tanto ímpeto, ela tem tanta personalidade que não sabe deixar um assunto para depois, não recua perante injustiças, muito menos perante a conhecer outras pessoas, mas principalmente, não recua a uma oportunidade de um amor.
Menina Intensa Que está sempre propensa A se apaixonar Mas ela já sabe onde a história vai dar
Uma complexidade sem fim Como ela vive assim? Nem ela sabe Nunca achou um coração que cabe Tanta intensidade
Sem deixar nada pra depois Adora viver a dois Sempre conhecendo novas pessoas A maioria delas não são boas
Se arrependendo de algo dito cedo demais Ninguém faz muita ideia do que ela é capaz Querendo conhecer tudo em uma única conversa Sua característica extroversa
Mas onde ela vai chegar? Em mais um relacionamento pra se afogar Porque tudo é tão difícil quando se trata dela? Porque é tão difícil um amor sem muita cautela?
A vida tá certa, o emprego tá certo Mas seu coração nunca está quieto E o problema não é ficar sozinha É só querer ter alguém para chama-la de minha
Não se trata de sexo Se trata de querer ser de alguém Alguém que não se assustou com ela Alguém disposto a viver isso tudo Sem medo de sonhar com o futuro
·.¸¸.·♩♪♫ Mates.txt ♫♪♩·.¸¸.·
Mates
Olhos azuis cortando como gelo Eu te conheci no meio do tiroteio Eu não consigo lembrar do momento que me apaixonei Mas eu lembro de você rindo porque eu te xinguei
Ouvindo suas musicas e pensando em você Me faz pensar em tudo que vamos viver Todo dia eu te conheço mais E to louca pra tornar nossos sonhos reais
E você não sai da minha mente Já te falei o quanto te acho inteligente? E até podem dizer que tudo aconteceu precipitadamente Mas você é o precipitadamente totalmente precipitado Difícil não gostar de todo esse nosso lance irado
E a gente fala tanta merda Mas eu acho que é isso que liga a gente Um humor duvidoso com alguns flertes quentes
É engraçado, eu gostei de você e nem precisei te ver E é loucura dizer que você tem tudo que eu sonhei Mas é verdade, parece que cê foi feito de versos que sublinhei Será que eu já te envergonhei?
Porque você é lindo como o por do sol E você me deixa ardente, será que você pode ser meu tylenol? E cada risada que você me faz dar Mais eu sinto que vou transbordar De todo esse gostar
O que você fez comigo em tão pouco tempo? Só estou adorando tudo que estamos vivendo Nos conhecemos apenas em alguns dias E estou sentindo coisas que nunca imaginaria
·.¸¸.·♩♪♫ Not Love.txt ♫♪♩·.¸¸.·
Eu não quero um amor Nem essa coisa de pra sempre Mas eu queria alguém acolhedor E também que alguém entre
Ah, eu não quero nada disso Estou cansada de ter esperanças Mas então o que faço com isso? Eu não crio alianças
Eu queria conseguir ser de alguém Porem nem faço ideia E me diga, quem Me causaria uma apneia
Brincadeira, só suspiros Quero ficar longe de sufoco E eu adoraria dar giros Na dança, ela tira um pouco desse oco
Talvez eu só queria alguém pra dançar comigo E eu não quero nada sério no momento Mas será que precisa ser mais que amigo? Dança me dá acolhimento
É eu sei, tudo muito estranho Alguém não saber do sentimento Então acho melhor falar de tamanho Eu tenho um coração enorme, mas marrento
E eu até acredito que vai dar certo Mas sempre vejo que não E já saio de perto Tudo se baseiam em apenas afeição
Mas essa é a vida né Mudanças acontecem Só se manter de pé Que as coisas florescem
·.¸¸.·♩♪♫ 3 de setembro de 2018 ♫♪♩·.¸¸.·
Tu Te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas
E O que isso tem a ver com relações afetivas?
Tudo Quando tu encontra uma flor Ela é igual a qualquer uma, até na sua cor
Mas A partir do momento que cativas ela Você vai ver o diferencial nela
Ela então Parecia com outras mil flores Mas tu a cativou e descobriu seus valores
E o que acontece? Para um ser humano Isso o apetece
Ter uma flor Na qual está dando Todo seu amor É tentador
Mas nesse jogo Você apenas coloca a flor no fogo
Porque Por mais que a tenhas cativado Não notou que havia Consequências no outro lado
Você criou sentimentos nela Que no momento não podia corresponder E isso a pôs a doer
Ela acreditou em você E tu criou um fuzuê
Se Tu não estas preparado para lidar com isso a fundo Não torne o sentimento dessa flor profundo
Por que Tu Te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas
·.¸¸.·♩♪♫ Intimo ♫♪♩·.¸¸.·
Nessa noite fria só consigo pensar em você É engraçado como o nós foi acontecer
Mas por que me sinto assim? Acho que estou frágil, com medo de um fim
Algo tão bobo me deixou mexida Cadê a garota com confiança e metida?
Meus sentimentos estão tão fortes Esse garoto curou todos meus cortes
Vou largar esse medo bobo que me prende Eu sei que nosso romance é quente
E eu vejo que o amor dele é sincero Ele é tudo que mais quero
Olhar-lo e ver todas tuas cores Garoto que me enche de amores
E por ser verdadeiro é sensacional Não chega nem perto de ser algo superficial
Quero casar e sair da teoria Esse garoto é minha calmaria
Com ele me sinto no espaço Esse garoto tem um laço Que me prendeu num abraço
Tantos sentimentos por ele Cara, só de pensar que sou a escolhida dele
Meu garoto me deixou apaixonadinha Ele pisca e me deixa bobinha
Só quero dar um descanso pro seu coração Vou cuidar com toda emoção
Meu único escolhido Quem dera antes ter te conhecido
·.¸¸.·♩♪♫ Instinto ♫♪♩·.¸¸.·
É instinto a atração que tenho por você Que a minha cabeça vira um fuzuê Como caça atrás da presa
Me prendi em ti com muita firmeza Presa no seu perfume e no seu sorriso Que me tira o ar só de pensar no seu riso
Me tornei um submarino no mar chamado você E como sorvete de chocolate Meus sentimentos estão derretendo E eu não quero alguém qualquer
E muitas vezes podemos pensar Isso está se tornando muito sério E é o que eu mais quero
Estou hipnotizada No seu lindo rosto de sono de manhã No abraço que você me dá Nas palavras inesperadas que você diz
A realidade é que de todas as 272 palavras desse poema Não são suficientes pra eu contar as mil coisas Que amo em você
E mais real ainda, eu já estava sabendo que estava amando você Por que você é único que me faz me sentir única Garoto você é aquele em que eu realmente quero algo mais que sério Por que você me tira do sério quando vejo seu sorriso E você me faz iluminar quando olha pra mim
O quanto me sinto especial ao seu lado E estar de mãos dadas com você Já é motivo pro meu dia ficar o mais colorido que você imaginar
Tenho vontade de te conquistar todos os dias E espero mesmo te fazer sentir tão bem quanto você me faz É um sentimento mais forte do que qualquer coisa que já senti Por qualquer pessoa
Seja meu garoto, por que eu já sou sua A poetisa do seu coração Garoto você é minha inspiração
·.¸¸.·♩♪♫ Incisivo ♫♪♩·.¸¸.·
Já sabia que estava gostando de ti No momento que te vi
E eu não iria Entregar os sentimentos tão cedo Mas eu já não tenho mais medo
Estou tão afim de você Que mal consigo respirar E o que eu mais gosto É o jeito que tu me faz viajar
E tudo que quero fazer é Ir com tudo com você Garoto eu podia ficar contigo de dia, Noite e amanhecer
Não me canso de ficar contigo Tenho as melhores risadas Parece até que me desligo
E o foco fica em ti. Garoto que mexe comigo O sentimento por você É diferente de tudo que já vivi
O tempo vai passando E eu vou me tocando E vou ate pensando
Que não te quero por um dia Uma semana, um mês ou ano Te quero muito mais Que o vasto oceano.
·.¸¸.·♩♪♫ Insegurança ♫♪♩·.¸¸.· 
É o inevitável de sentir Mas é alguém que eu quero investir
O fato é que ambos já sofreram no passado Mas eu não sou aquela que perde uma guerra Sem nem ter lutado
Sentimentos difíceis de compreender O tempo passa o que resta é aprender
Algo novo que não conheço Mas eu sei que é só começo
Da gente, que é tão incrível É maluco pensar que é crível
Tudo isso que estamos vivendo E todas as coisas que andamos fazendo
E teremos pra fazer E espero que não demore pra ele perceber
Que da minha parte é sincero E que eu amo com muito esmero
Inseguranças eu com certeza tenho Mas são medos que detenho
Por que eu acho que ele tem também E está tudo bem
Só o tempo ira dizer Que nesse relacionamento eu só quero crescer
E eu nunca vi tanta clareza Mas só contarei quando tiver certeza
·.¸¸.·♩♪♫ Inconstante ♫♪♩·.¸¸.·
Uma palavra pra defini-lo e essa Garoto loiro dos olhos verdes Desculpa parecer com pressa
Mas você não me ajuda Me diz algo e depois muda Um nó na minha cabeça Eu só queria alguém que aqueça
Meu coração Já não sou nova pra jogo de paixão Quero um amor sem freios Avalanche que não para nos meios
Por que insiste em brincar comigo? No início eu só queria um amigo
Você fez eu acreditar em um romance E agora você diz que quer só um lance?
A vida seria mais fácil se você não fosse tão inconstante Sou mais uma pra colocar na sua estante?
Eu tento te decifrar E nós dois sabemos onde vai dar Pra que começar algo que você sabe que vai machucar?
E você faz eu me sentir como se tivesse catorze Quando se trata de você pareço uma menina com doze
Vezes que eu pensei em você E no que a gente poderia ser
Você fala de alianças Mas nada sério Conhecer minha família Mas pra que mistério?
Por que iludir? Eu não sou um brinquedo pra você se divertir
Já superou o amor antigo? Por que na sua vida não quero ser só um artigo
Mereço ser capa principal Sou bem mais que material
Você tem mais alguém? Queria que a resposta fosse ninguém
Erro meu querer ser apenas eu Mas então por que você me alimenta? Só pra me deixar sedenta?
Quais suas intenções? Por que me deixa cheia de interrogações?
Me conta Não me afronta Garoto inconstante Você só apronta
·.¸¸.·♩♪♫ Cecília ♫♪♩·.¸¸.·
Menina, Moleca, Madura O que não falta é Altura
Altura que lembra Altruísta E nisso ela é artista
Artista de pintar corações Ela é todas aquelas sensações
Que fazem você sentir vontade de viver Ela é um toque de um anjo que se você souber conviver
Não vai fazer mal a você Ela é uma cobertura de bolo  glacê
Mas é necessário saborear Por que ela dança na sintonia do ar
Te mostra melhor lado de tudo Qualquer um que a tenha se considere sortudo
Ela é a comida preferida num almoço de domingo Ela é aquele último pingo
De esperança Inocente igual criança
Mas não se deixe iludir Seu coração é ingênuo mas sua mente sabe persuadir
Ela é todas as coisas boas misturadas Ela é cores e formas diferenciadas
Ela tem potencial Sempre lutou até o final
Com ela não tem essa de calma Ela ama com a alma
Se doa por inteiro E sonha com um cavalheiro
Ela é conforto no final do dia E tem o apelido de lia
Faz sentido já que ela ama ler É a sua melhor forma de aprender
Ela vai ser sua melhor amiga E pensa numa garota que liga
Pra sua amizade Valoriza muito isso Ela tem bondade
Mas Cecília também machuca Por trás dessa fama de tchuca
Não tem noção do impacto que causa Ela é tempestade que não pausa
É tsunami no Japão Leva uma série de coisas mas principalmente a paixão
Ela te mostra como é o amor E que para ter um equilíbrio é necessária a dor
E se você não o viu Realmente era paixão Acabada Fogo de palha Quando você pisca não há mais nada
E aí que ela leva Já que você realmente não amava ela
Seu foco é te mostrar a como se amar Valoriza o amor próprio E só permanece com alguém que está disposto a experimentar
Mas se ela vê que o seu amor por ela é maior do que por si
Você tem um problema Ela não quer uma metade de um poema
Quer início meio e fim Quer saber todas as suas histórias até a mais ruim
Se você fazer ela ser o motivo de você estar vivo Você esta sendo impulsivo
Por que ela quer que você seja de si primeiro Pra só depois ser dela Ela só trabalha com alguém  inteiro
Ela é auxílio Te da tudo para você entrar em concílio
Com seu coração Ela te da o empurrão
Mas o amor tem que vir de dentro Lá do centro
E se você conseguir se amar  finalmente Você vai ver o por que ela ama você eternamente
·.¸¸.·♩♪♫ 17 de maio de 2020 ♫♪♩·.¸¸.·
Eu já não sei o que pensar Quando ele tocou em mim Sem ao menos me encostar Eu sempre quero mais de nós dois E quando eu fui o encontrar
Ganhou meu corpo devagar Abraçou forte o meu amor Beijou minha boca sem pensar Refez os planos com nós dois
Improvisou hora e lugar Então sorriu quando eu sorri Lembrei de como é bom deixar Alguém fazer a gente sorrir
Ele já sabe que o amo Mesmo que não precise dizer Faço questão do eu te amo Só pra lembrá-lo de nunca esquecer
Acordo e escuto seu bom dia O sorriso não visto enquanto dizia Fazia frio mas eu me vestia Muito bem com o seu amor
Ele me beija Como quem me quer pra sempre E me deseja Como ninguém antes fez
Me diz gata você é minha E o teu corpo é amor E eu já nem consigo Pensar nas dores que um dia me machucou
Ele me abraça de repente me faz feliz como ninguém fez Como é bom poder ser teu lar E aquecer meu peito por ti
E quantas noites não fui dormir mais cedo Esperando chegar o outro dia logo Pra dar a hora E quando fui ver Já estava me apegando à você
Longe de mim querer ficar Longe de ti tanto tempo Eu sei que é preciso Me peguei te esperando E me preparando pra você
Desde que te conheci Meu coração descompassou Deu saudade de você Mas também sei que uma hora vou te ver
·.¸¸.·♩♪♫ 2020 ♫♪♩·.¸¸.·
E ele tocou seus lábios nos meus Mas muito antes disso ele tocou minha alma E eu deixei, fui tomada pela sua linda cor de olhos Mergulhei no oceano chamado amor E confesso que no começo, hesitei Como seria ele a me mostrar o que é amar? Mas aos poucos ele me mostrou como nadar E me provou que tenho ele para me agarrar Caso eu vá me afogar E por isso, não da pra deixar de te querer Quem mais além desse garoto pra me fazer crer Que existe alguém pra envelhecer com você.
·.¸¸.·♩♪♫ 2019 ♫♪♩·.¸¸.·
Mulher
Na volta dos teus cabelos Eu vejo uma modelo Em cada cacho vejo muito zelo Mulher tão bonita do seu próprio jeito Os olhos mostram o cansaço do dia-a-dia E eu não vejo nenhum defeito Movida a ousadia Esta sempre em evolução Ela luta por uma revolução Uma mudança vinda de dentro pra fora Se amar é uma tarefa fora de hora Mas ela não se contenta com pouco Sabe seu valor no mundo E é de deixar qualquer um louco Ela tem sentimento profundo Não deixa qualquer um entrar Por que suas feridas conhecem esse ar E ela vale mais que tudo Mulher bonita O homem que a encontrar é sortudo.
·.¸¸.·♩♪♫ 2019 ♫♪♩·.¸¸.·
Nós
Somos brancos, negros e pardos Somos pessoas fugindo pelos lados Pessoas que não se encontram Pessoas que nao demonstram Pessoas vazias Apenas procurando algo em poesias Mas onde encontrar poesia Num mundo onde só tem heresia
Heresia no caso de amor As pessoas preferem amar um celular Do que se encontrar novamente com a dor De um coração partido É bem melhor manter-se introvertido
Estamos num ciclo que parece sem fim A tecnologia deixa as pessoas assim Vivendo de máscaras De se esconder em telas criando caras O mundo avançou O amor rodou E criam aquela música "não existe amor em sp"
E aí você me pergunta por que? Por causa do nosso futuro O futuro que ninguém esperava Agora as crianças estão desesperadas Acontece que nosso futuro é bem mais pesado Não é um carro voador irado
É mais pra um coração partido em pedaços Corações amarrados feitos cadarços O futuro é agora e a gente nem viu Não deu para evitar, por que ninguém previu.
·.¸¸.·♩♪♫ 2019 ♫♪♩·.¸¸.·
Criança
Começa quando criança Onde nem começamos a ter confiança Apelidos que parecem inocentes Aos poucos se tornam crescentes
Chega a um ponto se sufocar As pessoas não param de fofocar Você não sabe o que fazer Não sabe o que dizer Não consegue entender E como se defender? Por que te tratam dessa forma? Você não se conforma
O tempo não para A crítica não para A vida não para E cada vez piora
O que se faz nessa hora? A dor e o ódio acumulado Torna um ser abitolado Que busca vingança Uma forma de se libertar dessa desesperança E a melhor forma é acabando com quem te machucou E com quem não ligou
3 2 1 e acabou o tempo Morreram 8 pessoas Foi questão de momento
·.¸¸.·♩♪♫ 2018 ♫♪♩·.¸¸.·
Ninguém
Ninguém, Talvez assim, eu fique mais zen E não fique com alguém que só me convém É que eu penso mais além Penso em mim, que não vivo sem E juro, me sinto tão bem Longe desse aquém E mesmo que eu diga, vem
É apenas uma sacanagem Desculpa pela pilantragem Sou bem mais que imagem Mas no momento só estou de passagem Posso dizer que sou uma miragem Mas estar comigo é como estar numa viagem E você não precisa de bagagem A gente pode até fazer canoagem
Mas só se você querer Eu prometo fazer valer E você não vai se arrepender É que eu forneço também lazer E esse tipo de relação posso manter Por que não precisa se conter Apenas receber E ate pode parecer Que algo vai perecer Mas o objetivo é só crescer
Eu sei, não faz sentido Mas o negocio tem que ser fluido Ninguém quer ficar fodido Mas Isso é só definido Quando tem um amor, colorido.
·.¸¸.·♩♪♫ 2018 ♫♪♩·.¸¸.·
Duro igual concreto
Duro igual concreto Esse talvez seja meu coração Ele está quieto E sem nenhuma emoção
Acontece que aprendi que sou prioridade Já sei separar Príncipe de sapo E nenhum sapo vale minha sanidade Eu gosto de gente com papo
Algumas ficadas não me preenchem Até por que odeio ser ficante Estou cansada de pessoas que não enchem Procuro alguém que me encante
·.¸¸.·♩♪♫Cálice♫♪♩·.¸¸.·
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aqueeriano · 3 years
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“AS VIDAS LITERÁRIAS DE ATLAS LEFRÉVE”, por Dean C. Hunter ┇☆☆☆
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Nota real: 2.5 arredondado para 3
Avisos de gatilho: morte, homofobia, feminicídio, violência doméstica, suicídio, racismo, traumas de guerra, estresse pós-traumático
Minhas expectativas para esse livro estavam altíssimas: um romance histórico homoafetivo em Londres, com literatura, luto e elementos sobrenaturais como temas principais... Tantos aspectos que eu amo, isso sem falar sobre a capa maravilhosa e todos os comentários que eu vi em redes sociais sobre ele, ajudaram a colocar minha expectativa nas alturas. Preciso dizer que não foi um bom contexto de leitura para esse livro específico. (Aviso desde já que essa resenha vai conter spoilers, então pare por aqui se você planeja ler! Mas volte depois, hein!)
As ideias extremamente criativas poderiam ter um desenvolvimento melhor: logo no início, vemos a morte da mãe de Atlas pelas mãos do próprio pai, um evento obviamente traumático na vida do protagonista, mas a abordagem do assunto foca na perda da mãe, em quase nenhuma ocasião mostrando como Atlas lidou com o fato de que seu pai era responsável por aquilo. 
Um personagem cuja presença na história foi bastante confusa para mim é Lefréve, o homem viúvo que adotou Atlas depois de anos passados no orfanato. Em vários momentos, é mencionado que ele com certeza usaria a habilidade de viagem no tempo para ver a falecida esposa outra vez. Por esse motivo, ao se deparar com a possibilidade de fazer exatamente isso usando um livro mágico escondido na biblioteca onde trabalha, esperei que ele fosse dividir a experiência com o pai (depois de satisfazer o próprio desejo de ter Finnick de volta, é claro), mas em nenhum momento aconteceu. 
Além disso, o motivo dele ter adotado Atlas foi necessidade de companhia após a descoberta da condição de alzheimer, o que tornou Atlas um jovem preocupado e cuidadoso com o pai, a única família que possuía. Entretanto, em um momento do livro, Atlas foge de Londres com o fantasma de Finnick sem ao menos considerar a situação do pai, que dependia de balões coloridos colocados por Atlas ao redor da casa para se locomover. É uma atitude que não combina com o personagem para o qual fomos apresentados, que apesar de ter poucas pessoas em sua vida, cuidava delas com tudo que tinha. 
Com protagonismo coreano, a questão racial também poderia ter tido uma abordagem melhor. (Vou falar um pouco sobre, mas deixando claro que eu sou uma pessoa branca; por isso, estou falando sobre o que eu notei como leitor, mas obviamente a perspectiva de uma pessoa asiática seria ótima. Se souberem de alguma, por favor, comentem o link nessa postagem)
Construí muitas expectativas em relação a como raça seria um tema abordado nessa história, que constantemente me decepcionou nesse quesito. Primeiro, pensei que haveria alguma abordagem da situação de uma criança coreana sendo adotada por um homem branco. Não foi algo que encontrei em ‘As vidas literárias de Atlas Lefréve’. Posteriormente, com a primeira aparição de Finnick, pensei que veria como a raça atravessava o relacionamento deles, e como a desaprovação direcionada a eles pela sociedade londrina entre os anos 50 e 60, contexto no qual estavam inseridos, não era apenas por serem dois homens em um relacionamento, mas também por ser um jovem branco com um jovem coreano. Isso também não foi desenvolvido. 
E, finalmente, a parte das vidas passadas. Foi nessa parte que a abordagem da questão racial me chamou mais atenção: ali, poderíamos ter visto a diferença do mesmo relacionamento em outro contexto, com Atlas tendo sido branco em outra vida ou vice-versa, mas isso não foi algo que ocorreu ao autor. E já que entramos nesse assunto, na primeira versão de Atlas e Finnick, eles são um príncipe e um nativo, que, como você já deve imaginar, não vivem amigavelmente lado a lado como vizinhos, e o tema não é exatamente bem desenvolvido: o príncipe insulta o outro garoto algumas vezes e se redime dando a ele o livro que havia tentado roubar, mas em momento algum revê seu preconceito. Toda a situação é tratada como um romance enemies-to-lovers e em algumas páginas, eles estão apaixonados o suficiente para vender suas almas para o livro diabólico apenas para conseguirem ficar juntos. 
— Tinha mesmo que ser um selvagem do gelo — balbuciou o rapaz, tirando as algas grudadas em sua roupa costurada e jogando-as no mar. Ele fez cara de nojo.
Logo depois, temos a revelação de que o livro mágico, poderosíssimo, que não é limitado por questões temporais, podendo estar presente em qualquer lugar da linha do tempo e trazer os mortos de volta à vida, decidiu atormentar Atlas, Finnick e suas versões anteriores por... homofobia. 
— Eu não acredito no amor de dois homens e amaldiçoo vocês
Eu me surpreendi quando notei que era verdade que o livro mágico e atemporal havia dito isso enquanto “ria maligno”, parafraseando. O conceito dessa história é tão criativo, mas não consigo pensar em uma saída menos criativa que essa. É tão... simplória, e não faz sentido algum. LGBTfobia é uma construção social, que em algumas sociedades do passado existiu e em outras, não, de uma forma ou de outra. Não faz sentido que um ser que não vê barreiras de tempo, que viu sociedades serem construídas e destruídas, viva com valores católicos. Consigo ver tantas opções mais plausíveis, como Atlas ou Finnick não tendo seguido as regras do acordo com o livro, que procuraria vingança, ou abordando as falhas morais do livro, como ganância, ambição, entre outros... Mas não, o caminho seguido foi um ser cujos poderes mal conhecem limites usando sua existência e energia para arruinar o relacionamento de duas almas. Entre todas, no mundo inteiro! Por homofobia.
Além das coisas mais óbvias, por não serem pequenos detalhes, mas sim importantes aspectos da construção da narrativa, dos personagens e da relação entre eles, tiveram outras informações que foram jogadas nas páginas, como se para serem desenvolvidas depois, mas esse ‘depois’ nunca chegou. O livro começa com uma coruja misteriosa (que nunca mais é citada depois da página nove), que foge ao ver Atlas:
As íris do animal ficaram mais intensas quando ela percebeu o que estava prestes a acontecer com a linha do tempo. A bagunça que aquele garoto faria no mundo... 
Após a conclusão da leitura, esse trecho soou estranho para mim. Inicialmente, sem saber muito sobre o que aconteceria a seguir, essa introdução me animou. Foi interessante para mim a ideia de gays caóticos bagunçando a linha do tempo para que se reunissem, ou para qualquer outra coisa que quisessem também. A questão é que, ao terminar, Atlas não fez bagunça alguma no mundo. Todos os atos do livro foram direcionados apenas a Finnick e ao próprio Atlas, e o livro deu bastante destaque ao fato de que ninguém se lembraria deles em nenhuma de suas vidas, o que tecnicamente impediria que eles bagunçassem a linha do tempo (a não ser que houvesse toda uma questão de efeito borboleta ou deles não seguirem as regras estabelecidas pelo livro, talvez por quererem ser lembrados, mas nada disso foi mencionado em momento algum).
E sobre os outros detalhes: 
Atlas, em várias ocasiões, veste uma capa de veludo preta durante a narrativa, como se fosse algo casual, pois nunca é mencionado por outros personagens como estranho ou incomum, e eu realmente nunca encontrei nada sobre o espaço de longas e misteriosas capas de veludo escuras na moda londrina pós-guerra. Além disso, televisões foram mencionadas em algum momento (ou seja, o autor está ciente de que na época de Atlas e Finnick a energia elétrica já havia sido descoberta), mas por alguma razão, Atlas decidiu editar seu livro à luz de velas em certo momento do livro? Admiro a dedicação ao drama de editar sua obra num ambiente facilmente comparado à versão de Hollywood de um ritual satânico. 
Era proibido entrar na sala onde o livro mágico estava por rumores de que muitos saíram de lá loucos e a ênfase dada nesse fato sugere que isso não só está relacionado ao livro, mas como será uma informação importante, que pode ser usada posteriormente, mas até o final da história, nem mesmo vemos referências de outras almas destruídas pelo livro além de Atlas, Finnick e suas vidas passadas (que são as mesmas almas, no caso).
Em determinado momento do livro no qual Finnick ajuda Atlas com seus sentimentos, o protagonista faz uma piada comparando seu discurso com o de um psicoterapeuta. Esse trecho é algo que faz parte da cultura moderna, mas que não se encaixaria em um diálogo corriqueiro nas décadas de 50 e 60.
Demorou cem anos para que a alma deles ressuscitasse pela primeira vez, mas da segunda para a terceira, não demorou nem um ano. (Fui muito detalhista?)
O livro não é ruim: muitos trechos são muito bons e causam impacto, e as ideias principais são envolventes e originais; o problema é que isso não é suficiente para uma boa história: é preciso pesquisa, coesão, desenvolvimento dos personagens e da ambientação, motivações por trás dos atos de cada personagem, entre vários outros aspectos. Eu queria muito amá-lo, por de fato ter amado vários conceitos, frases e ideias que foram colocadas nesse livro, o que gerou uma dificuldade de decidir que nota dar.
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Pedido: Ju poderia um pedido com Harry, eles estão saindo a alguns meses, aí eles têm sua primeira vez e Harry fica muito excitado e goza muito rápido e fica um pouco envergonhado e frustado(poderia ter bastante detalhes tipo no lugar que eles vão aí na casa dele e o início o hot até ele gozar, pq eu amo seus hots) pffv
aaaaa, eu adorei escrever esse pedido! Muito obrigada por mandar, amor. Espero demais que você goste e se puder me diz o que achou, tudo bem?
Boa leitura 🖤
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A ausência de luzes fortes e conversas paralelas eram definitivamente características dos bares no centro da cidade de L.A, além da quantidade enorme de pessoas que cabiam nos estabelecimentos minúsculos mas acolhedores de alguma forma, especialmente depois de uma semana cheia e cansativa.
Talvez aquele ambiente parcialmente escuro, lotado e agitado por vozes, música baixa e risadas altas não fosse ideal para um primeiro encontro. Mas certamente seria um ótimo lugar para o início do sétimo, já que o final dele estava destino a terminar em outro lugar.
- Uísque duplo com bastante gelo chegando, e uma garrafinha de água para que você não fique bêbada tão cedo.
- Talvez eu seja muito previsível, não é? - a garota soltou uma risada fraca após Harry colocar a bebida em cima da pequena mesa de madeira e lançou um sorriso aberto para S/N antes de sentar-se na cadeira de frente para ela.
- Quer mesmo que eu responda?
- Eu acho melhor não. - disse rindo, assim como ele que mais uma vez ficou hipnotizado ao observar o sorriso da moça, juntamente com o jogada de cabelo deixando a mostra parte da lateral do pescoço, região que o rapaz pouco conhecia mas que gostaria de beijar lentamente enquanto ouvia S/N gemer baixinho no pé do ouvido, arrepiando-o todos os pelos existentes no corpo tatuado, do jeitinho que ele imaginou desde a primeira vez que se viram. - O que está olhando?
- Nada não. - respondeu dando um gole no drink vermelho e chamativo em sua mão.
- Ah, qual é, Harry! Estamos saindo há mais de uma mês. Não queira bancar o difícil agora.
- Não estou bancando o difícil. - explicou ao esboçar uma risada gostosa porém breve, responsável pelo sorriso de canto de boca da moça escapar sem demora.
- Então por que você está me encarando com esses olhos matadores e super sexy, que estão acabando comigo cada vez que me olha? - não era novidade para ninguém que os jovens estavam loucos um pelo outro. Beijos e amassos já haviam rolados há algumas semanas, mas um contato mais intenso e íntimo era adiado sem nenhuma razão, deixando-os cada vez mais sedentos por sentirem o suor escorrer pela pele ao ter a sensação do calor transcender através dos poros, não importando local em que estivessem.
- Estou apenas retribuindo os seus sinais.
- Eu estou mandando sinais? - questionou fingidamente.
- Essa jogada de cabelo significou bastante coisa para mim.
- Tipo o quê? - a pergunta deixou o rapaz um tanto quanto tímido, fazendo-o virar a cabeça para o lado e lançar uma risada fraca antes de levar o indicador e o polegar aos cantos da boca e enfim encará-la com aquele olhar.
- Tipo você deixar eu beijar seu pescoço de novo, igual a última vez. - Harry inclinou-se um pouco para frente, a fim de aproximar-se do rosto da moça para então continuar a fala levemente suja. - Além do mais, esta é a primeira vez que você vestiu algo simples mas que valorizou todas as partes do seu corpo. E eu adoraria tirar esse vestidinho preto e ter permissão para beijar bem mais que seu pescoço. - como resposta ao pensamento instigante do moreno S/N mordeu o lábio debaixo enquanto imaginava cada ação descrita por aquela voz aveludada e grossa, sendo responsável por umedecer a calcinha que usava em segundos.
- Se você me levar para a sua casa, talvez eu deixe você fazer isso. - disse de modo sedutor, seguindo os passos dele.
- Me encontra no carro. - Styles deixou a chave do automóvel em cima da mesa e saiu dali com um sorriso sacana no rosto, provavelmente por ter certeza de que hoje, após tantos sonhos e pensamentos fora de hora, ele finalmente teria S/N em sua imensa cama.
Logo na entrada da casa do moreno, o casal iniciou um beijo intenso e quente que chegou a arrepiar o corpo caloroso de S/N ao sentir a pegada forte de Harry em sua coxa direita quando ela ergueu a perna e encaixou-a na cintura dele para mais contato físico.
As costas da moça estavam coladas na porta já fechada enquanto as bocas saboreavam o doce que aquele beijo derramava quando estavam juntas, sendo elas as protagonistas de uma cena completa de preliminares bem feitas e relativamente quentes, mesmo que nada obsceno tinha sido realizado até então.
Harry aproveitou que sua mão apertava a coxa de S/N e decidiu levá-la até a calcinha de renda vermelha, puxando-a para baixo devagarinho, sendo a deixa para a garota rir baixo e incliar a cabeça levemente para trás.
- Você é do tipo apressado então?
- Só com quem me deixa duro há semanas. - esta foi a última frase dita naquele ambiente antes de voltarem aos beijos e enfim subirem ao tão esperado quarto.
O rapaz, ao deitar a moça em sua cama, logo desabotoou sua camisa branca rapidamente enquanto sorria de forma maliciosa para ela, que sentia a intimidade molhada a medida que Styles lançava qualquer sorriso ou olhar sedutor diretamente em sua direção.
- Eu imaginei você nessa posição um milhão de vezes.
- Então chegou a hora de aproveitar. - dito isso, com os olhos presos na figura desejada por ele há tanto tempo, Harry jogou a peça de roupa para longe e puxou a cintura de S/N para mais perto dele a fim de beijá-la antes de abrir o zíper de seu vestido e passear com os lábios quentes pelas costas macia dela. - Você é tão delicado. - disse em forma de gemido quando ele atingiu o início da espinha e chegou na lateral do pescoço, onde respirou mais fundo para sentir os pelos da garota arrepiar e despertar ainda mais o tesão dentro dele.
- E você é tão cheirosa.. - beijou o local. - Poderia ficar aqui por horas, apenas sentindo seu perfume e escutando você suspirar bem baixinho.
- Tira logo essa calça. - o moreno deu uma risada leve após a ordem enfática e obedeceu a garota sem demora, ficando inteiramente nu e deitando na cama para que S/N tomasse posse de seu corpo a partir de agora.
Com certa pressa, a mulher apoiou os joelhos em cada lado do corpo do rapaz, assim como as palmas das mãos, criando uma posição que deixou Styles louco quando ela relaxou um pouco a musculatura e esfregou os sexos enquanto beijava a boca dele devagar, a fim de lhe proporcionar todos as sensações possíveis. Naquele instante Harry perdeu o controle de si e entregou-se àquela que lhe provocava de todas as formas, sendo a deixa perfeita para que S/N sentasse em seu membro duro, gemendo junto do rapaz ao senti-lo dentro dela.
As cavalgadas começaram rápidas, frenéticas e certeiras, proporcionando o prazer gostoso que tanto ansiavam, mas que durou apenas três minutos.
- Você já gozou? - S/N perguntou ofegante, com as mãos no peito do moreno mole embaixo dela, que levou os braços sobre o rosto após a pergunta.
- Droga..
- Oh.. você tem..
- Não! Não! - disse ele, antes dela terminar. - Eu só.. eu.. porra!
- Pode falar. Eu não vou embora correndo se é isso que quer saber. - ela comentou ao dar um sorrisinho e sair de onde estava, deitando ao lado de Harry e cobrindo o corpo com o lençol estampado próximo deles.
- Eu não acredito que isso aconteceu.
- Me diz o que aconteceu. - Harry não queria falar sobre isso. A vergonha e frustração que sentia era tanta que o rapaz gostaria de sumir naquele instante para livrar-se da situação completamente constrangedora. Mas infelizmente, mesmo com os olhos fechados, ele não poderia evitar que aquilo tinha acontecido. E sem dúvida deveria dar uma explicação, que veio após um longo suspiro.
- Eu estava ansioso demais para esse momento e..
- Não conseguiu segurar.
- Exatamente. - concordou bufando ao colocar um dos travesseiros sobre o rosto.
- Ei, para com isso. - S/N disse soltando um riso amigável. - Essas coisas acontecem. Não precisa ficar com vergonha.
- Me desculpa. - falou depois de retirar o objeto macio da face e enfim olhar diretamente para a garota, chateado e sem graça, mas muito fofo, pensou ela.
- Não faça isso. Você não teve culpa.
- Mas eu estraguei a nossa noite.
- Quem disse que ela terminou? - questionou sorrindo e aproximou-se dele. - Não são nem onze horas, Harry.. ou seja, a noite está só começando.
- Você vai continuar aqui?
- Se você quiser.. - ele riu fraco. - Isso foi um sim?
- Foi. - respondeu ao sorrir lindamente, de modo não muito forte.
- Então eu posso sugerir uma coisa?
- Fique à vontade.
- Podemos dar continuidade à noite no seu chuveiro? - Harry levou a mão até um dos olhos, deixando um riso sem graça escapar, mas que demonstrava sem sombra de dúvidas a vontade imensa de tê-la em seu banheiro, nua, linda e só para ele.
- Vai me dar mais uma chance?
- Te espero lá dentro..
__________________________________________
xoxo
Ju
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hermeneutas · 3 years
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O Básico do Básico de Grego Antigo
Texto original por @sisterofiris disponível aqui!
Nota: essa postagem contém as informações da postagem original mais o adicional de um reblog posterior, ambos disponíveis no link acima. Além disso, foram feitas adaptações para facilitar o entendimento de falantes de português brasileiro./ This post contains both the original post as well as the reblog with additional information, which were all combined into a single post here so that it is easier to understand. We also had to make changes in the pronunciation bits so as to make it understandable for Portuguese speakers.
Alfabeto e Pronúncia
A pronúncia que uso é a pronúncia reconstruída do Grego Antigo que aprendi na faculdade. É basicamente a mesma que Grego Moderno, exceto por algumas diferenças na pronúncia de certas letras. Há uma certa discussão sobre como era de fato a pronúncia do Grego Antigo, então é possível que outros que tenham estudado a língua discordem de mim aqui.
Α, α: alpha, corresponde ao A em português, como em árvore.
Β, β: beta, corresponde ao B em português e é pronunciado do mesmo modo.
Γ, γ: gamma, corresponde ao G em português, como em gato ou guerreiro, nunca como em gelo. Na frente de κ, μ, ν, ξ, ou χ, ou no caso de aparecer duas vezes seguido, será pronunciado como ng, como em ninguém. Portanto, na palavra ἀγήραος (eterno, sempre jovem) teremos a pronúncia a-gue-ra-os, mas na palavra ἄγγελος (mensageiro), teremos a pronúncia ang-e-loss.
Δ, δ: delta, corresponde ao D em português, e é pronunciado como em dado, só que um pouco mais dental: tente dizer d colocando a língua atrás dos dentes. Não ocorre a pronúncia dj, como em verdade (comum em várias regiões do Brasil).
Ε, ε: epsilon, corresponde ao Ê fechado do português, como na palavra português. É uma vogal curta.
Ζ, ζ: zeta, corresponde ao Z do português. Pronunciada como “dz”. Algumas pessoas pronunciam como “ts” ou “z”.
Η, η: eta, corresponde ao É aberto do português, como em ré. É uma vogal longa.
Θ, θ: theta, não possui equivalente no português. A pronúncia é a mesma to ”th” em inglês como em “think”.
Ι, ι: iota, corresponde ao I em português. Pronúncia como em isso.
Κ, κ: kappa, corresponde ao K em português ou inglês e possui a mesma pronúncia.
Λ, λ: lambda, corresponde ao L em português, como em língua. É pronunciado de modo dental, como no caso do delta. Não é pronunciado como u ao final de sílabas, como em final.
Μ, μ: mu, corresponde ao M em português e possui a mesma pronúncia.
Ν, ν: nu, corresponde ao N em português e possui a mesma pronúncia.
Ξ, ξ: xi, corresponde ao X em português, como em táxi.
Ο, ο: omikron, corresponde ao Ô fechado em português, como em avô. É uma vogal curta.
Π, π: pi, corresponde a 3,14159 e ao P em português. Pronunciado como “três vírgula um quatro um cinco nove“, ou apenas p.  
Ρ, ρ: rho, corresponde ao R em meio de palavra em português, como em arara. É um r vibrante, tal como no grego moderno ou no espanhol.  
Σ, σ, ς: sigma, corresponde ao S ou SS em português, pronunciada como em pássaro. A letra sigma é especial pois possui duas formas: ς só é usada no final da palavra, e σ é usada em todos os outros casos(ex: κοσμος).
Τ, τ: tau, corresponde ao T em português, sendo apenas mais dental (como no caso do delta e do lambda). Não é pronunciado como tch como em tio.
Υ, υ: upsilon, corresponde ao U em português. A pronúncia é como um i, mas mais fechado, com os lábios arredondados (como o “u” em francês).
Φ, φ: phi, não possui equivalente em português. A pronúncia é igual a um “f”.
Χ, χ: khi, não possui equivalente em português. A pronúncia é como em ch ao final do nome Bach, em alemão; também parecido com o som de r em início de palavra como em rato, mas um pouco mais fraco. Tente rosnar como um tigre, meio agressivo e meio irritado, e provavelmente você vai chegar lá.
Ψ, ψ: psi, não possui equivalente em português. A pronúncia é  “ps” como em psicologia, mas sem vogais no meio, como se estivesse chamando um gato.
Ω, ω: omega, corresponde ao Ó aberto em português, como em ótimo. É uma vogal longa.
Algumas vogas são longas, outras são curtas. Isso foi mencionado brevemente acima, mas vamos resumir: ε, ι, ο, e υ são curtas, enquanto  η e ω são longas. α pode ser curto ou longo a depender do contexto e acentuação.  
Grego Antigo também possui ditongos, quando duas letras produzem um único som (como em ou). Os ditongos são:
αι: pronúncia igual a ai em português.
ει: pronúncia igual a ei em português.  
οι: pronúncia igual a oi em português.
αυ: pronúncia igual a au em português.
ευ: pronúncia igual a eu em português
ου: pronúncia igual a u em português.
Outro fenômeno que ocorre é o iota subscrito. É um pequeno iota abaixo de outra vogal (longa), como em:  ᾳ, ῃ, ῳ. Originalmente, esses eram ditongos αι, ηι, ωι. Algumas edições de textos (por exemplo, Les Belles Lettres) ainda utilizam essa grafia, mas na maior parte do tempo você verá o iota subscrito, e não ao lado da letra. Esses ditongos eram pronunciados tais como os ditongos acima, com a diferença de que a primeira vogal era longa. Com o passar do tempo, o iota deixou de ser pronunciado, de modo que ᾳ  passou a ser pronunciado como α, ῃ como η e ῳ como ω. Eu aprendi a pronúncia mais antiga, na qual o iota é pronunciado, mas você pode optar por pronunciá-lo (Grego mais antigo) ou não (Grego mais recente).
Aqui uma frase como exemplo:
Παιδευω την αρχαιην ελληνικην γλωσσην μετα σιστεροφιρις.
Significa: Estou aprendendo a língua grega antiga com sisterofiris. Tente ler em voz alta usando a pronúncia que vimos até agora!
Só que tem um pequeno problema na frase acima: acentuação.
Acentuação
Grego Antigo, ao contrário do Moderno, possui muitos acentos. Existem dois tipos de acento: acentos tonais, que indicam a sílaba tônica da palavra, e aspirações, que indicam se haverá aspiração, isto é, um som de h, no início da palavra*.
Quando utilizando letras maiúsculas, os acentos aparecem antes da letra, (exemplo: Ά). Nos outros casos, eles aparecem em cima da letra (exemplo: ά). Os acentos só aparecem em vogais, com exceção do  ρ, que sempre vai apresentar espírito rude (aspiração) no início de uma palavra.
ἁ indica uma pronúncia aspirada, como em “ha”.
ἀ indica uma pronúncia normal, não aspirada, como em “a”.
ά é um acento agudo. Isso significa que essa sílaba é tônica. Sua entonação deve subir, como se fosse o final de uma pergunta.
ὰ é um acento grave. Ninguém sabe como era pronunciado. Ignore-o.
ᾶ é um acento circunflexo. Significa que a sílaba é longa e tônica. A sua entonação deve descer.
Outro acento existente é o trema: ¨, que também vai na vogal. O trema apenas aparece em ditongos para mostrar que as vogais devem ser pronunciadas separadamente, como em um hiato. Por exemplo  αι se pronuncia como ai, mas  αϊ  se pronuncia como aí.  Essa é a diferença entre εἶμι, EI-mi (eu sou) e   Ἀτρεΐδης, A-tre-Í-des, filho de Atreus (pontos extras se você o conhece!).
As aspirações/espíritos só são usados no início de uma palavra. Então por exemplo, a pronúncia aspirada em Tom Hanks ficaria normal, mas o h em Rihanna já não estaria presente, e seria Rianna.  
É possível ter qualquer combinação de aspiração e acento tonal em uma letra. Isso significa que você pode se deparar com letras como: ἂ, ἇ, ἅ. No entanto, só é possível ter um tipo de acento tonal e de aspiração em determinada letra.  
Via de regra, só é possível ter um acento tonal por palavra, mas há exceções. Algumas palavras bem curtas não chegam a apresentar acentos tonais. 
Por fim, em ditongos, o acento é sempre escrito na segunda letra. Se você encontrar um ditongo com um acento na primeira letra e outro na segunda, não se trata de um ditongo de verdade, mas sim de um hiato e cada vogal é pronunciada separadamente.
Sabendo tudo isso, vamos reescrever a frase:
Παιδεύω τὴν ἀρχαίην ἑλληνικήν γλώσσην μετα σιστεροφίρις.
Mas pera, tem mais!
Pontuação:
Existem quatro tipos diferentes de pontuação em Grego Antigo: o ponto de interrogação, o ponto-vírgula/dois pontos, a vírgula e o ponto final.
; é o ponto de interrogação. Eu sei, é confuso. Em uma frase, seria:  Παιδεύω τὴν ἀρχαίην ἑλληνικήν γλώσσην μετα σιστεροφίρις; Estou aprendendo a língua grega antiga com sisterofiris?
˙é bem pequeno, mas é tanto ponto-vírgula quanto dois pontos. Παιδεύω τὴν ἀρχαίην ἑλληνικήν γλώσσην μετα σιστεροφίρις˙ και…Estou aprendendo a língua grega antiga com sisterofiris; e…  Ou Estou aprendendo a língua grega antiga com sisterofiris: e…
, é a vírgula. Funciona como nas outras línguas.  
. é o ponto final. Como com a vírgula, funciona do mesmo modo que em outras línguas.  
Infelizmente, não existe ponto de exclamação e Grego Antigo, então não tem como ficar animadíssimo e dizer: Estou aprendendo a língua grega antiga com sisterofiris!
*Em português, também chamamos o acento que marca aspiração de espírito rude, e o acento que marca ausência de aspiração de espírito brando.
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goodomensseason2 · 4 years
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Capítulo 12 – Cabra-cega
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*
Em algum lugar de Oxfordshire existe uma sala com duas portas. Uma se abre para uma biblioteca, a outra é uma Saída. Como uma porção de outras Saídas na biblioteca, de vez em quando o “i” se apaga sozinho. Nessas horas, se lê apenas “Sa-da”. Eventualmente a letra volta a acender.
Uma mesa de carvalho na sala está atolada de livros desde ontem. Não que ela não seja usualmente cheia de livros. Mas esses são livros diferentes. Junto a eles, há uma crescente pilha de papéis avulsos, arrumados à mão e numerados. Neles foram rabiscadas letras, palavras, frases, parágrafos e poemas.
Nenhum em linguagem humana.  
*
Um certo glaciar noventa graus ao norte se mantinha firme no mesmo lugar por milhares de anos. Ele estava seguro, tanto quanto uma geleira pode se sentir segura, de que não se desprenderia dali só porque o petróleo estava em alta por aqueles dias. Mas ao lado dele, outros glaciares cediam. Mesmo com a pesada nevasca tomando conta da paisagem, o estalar e o lamento de coisas milenares quebradas não poderia ser ignorado.
Ao contrário da reflexiva e velha montanha de gelo, a jovem tempestade sobre o ártico estava empenhada, tanto quanto uma tempestade pode se empenhar, em elevar os vales de encontro às montanhas.
Michael não tinha o costume de analisar seus próprios estados de espírito, mas ele tinha vindo para observar o gelo ancião e a neve jovem pintarem o mundo de branco. Era algo reconfortante de algum modo. O frio nunca o incomodara. Quando se é guardião de alguma coisa, é geralmente bom tomar distância dela para seu próprio bem.
A tempestade passou eventualmente, deixando uma camada de branco perfeito por todo o lugar. Alguns flocos macios continuaram a cair, e Michael aconchegou-se em um monte de neve e tentou dormir.
Três anos atrás, quando dormia mais profundamente, o Príncipe dos Céus muitas vezes sonhara com a Queda, com a exatidão do raio em sua espada. Apesar de seu horror, ainda não havia nada tão transcendental quanto a liberação da incerteza, quando tudo o que era incerto cai no vazio. Algumas pessoas farão qualquer coisa pela certeza. É uma sensação tão fácil de confundir com a paz. Mas, ultimamente, os sonhos de Michael estavam longe de ambas as coisas. A batalha ainda se desenrolava, mas os papéis haviam se invertido. Era Lúcifer em chamas numa fúria justa. Era Lúcifer quem pegava o raio em uma lâmina de prata justa. E era Lúcifer, Filho da Manhã, que usava a coroa de sete estrelas da Virtude e quebrava as pedras douradas do pavimento para ver seu irmão cair.
No silêncio, Michael acordou assustado e sacou sua espada do éter. Suas asas se arquearam em defesa e, em seguida, contraíram novamente. Ele largou a espada e caiu de joelhos. Felizmente, não estava cercado por demônios nem mesmo anjos. Tinha sido apenas um sonho.
Sempre era apenas um sonho. Mas sempre o mesmo sonho. Isso tinha que significar alguma coisa.
Michael não orou. Se pedisse ajuda, dizia a si mesmo, era porque estava falhando. Os anjos deveriam ser perfeitos.
Afundando de volta na neve, Michael mandou sua espada para longe e enterrou o rosto nas mãos, tentando afastar a dor em suas asas que dizia que ele precisava de mais descanso para se curar. O sono estava claramente encerrado por aquele dia.
Os humanos não falam apenas sobre esfolar gatos. Eles tinham muitos ditados inteligentes. Melhor prevenir do que remediar, por exemplo. Um pássaro na mão. E aquele sobre a futilidade de perseguir dois coelhos...
Eles também sabiam o que os tempos desesperados exigiam.
Os humanos gostam de dizer que não existem dois flocos de neve iguais. Eles dizem isso como se alguém tivesse sentado e os catalogado. Os anjos não encontraram nenhuma evidência conclusiva desses catalogadores. Mas às vezes os humanos entendem o Céu por acidente. Quando dois flocos de neve com dimensões iguais e fractais correspondentes deslizaram pelo campo de visão de Michael, ele sorriu com menos cinismo, porque era uma piada.
"Você deveria estar descansando, Gabriel."
Gabriel cruzou o monte de neve descalço. "Raphael disse que se eu dormisse mais, ele me denunciaria por Preguiça."
"Você é culpado disso?"
"Não, mas estou como novo." Ele rolou o ombro para provar.
"Isso é bom."
Gabriel se sentou. “Na verdade, pensei que íamos nos encontrar hoje.”
“Devo ter perdido a noção do tempo.” Michael sentiu seu rosto ficar vermelho. Ele começou a se levantar, mas Gabriel tocou seu braço e sorriu.
“Ainda temos um pouco de tempo.”
“Perdi o treino matinal. Como foi?"
"Bem. Eles estarão prontos para o teste em alguns dias.”
Michael olhou para as estrelas, suspirou e sentou-se novamente. Perguntou: "Como sabia onde me encontrar?"
"Bem, nós três pensamos em onde tiraríamos uma soneca se não fosse no ninho, e eu tive um palpite de que seria um dos dois lugares. Aqui embaixo."
Michael fez uma careta. Gabriel nem sempre era o ponteiro mais rápido do relógio, mas ninguém conseguia superá-lo em estratégia.
"Falando em Raphael," Gabriel acrescentou, "Uriel disse que vocês dois tiveram uma briga?"
"Ele está sendo difícil."
“Não comparado a alguns.”
Eles observaram a neve por um momento, os flocos caindo sobre suas asas. Por fim, Gabriel bateu com o dedo no joelho. "Você está preocupado."
"Um pouco."
"Você está pensando nele?"
"Não."
Gabriel bateu no dedo de novo. Então Michael suspirou de forma áspera.
"Bem, agora estou", disse ele, depois insistiu: "Ele não me incomoda."
"Mas algo sim." Gabriel cruzou as mãos em torno dos joelhos. “Não é de hoje. Algo está incomodando você há algum tempo."
“Eu sou o Príncipe do Céu. É meu trabalho ser incomodado. "
“Mas você não está dormindo. Nada bem."
"Vou descansar quando acabar."
"É só que…"
Por um momento, Michael imaginou que Gabriel parecia nervoso, mas isso nunca aconteceu.
"É que, eu sei que não sou tão forte quanto você, Michael. Mas sejam quais forem as batalhas que travamos, quaisquer que sejam os inimigos que enfrentamos... sempre fomos mais fortes juntos. "
"Eu sei."
"Você sabe que eu faria qualquer coisa, menos cair por você."
Em algum lugar ao sul (todo lugar era ao sul), perto o suficiente para soar como um trovão, uma geleira menos pesada rachou e desabou no mar. Michael fechou os olhos até que o estrondo passou.
"Obrigado", disse. "Mas não é nada, realmente."
Gabriel forçou um sorriso. Eles observaram a paisagem um pouco mais, então ele disse: "Você sabe, vou sentir falta da neve."
“É quase tão bom quanto água,” Michael concordou.
"É melhor", insistiu Gabriel, e pegou um punhado do material recém caído.
"Na verdade, não", disse Michael.
"Não?" Gabriel começou a tirar pedaços do material espesso na palma da mão e colocá-los na boca como batatas fritas. “É como água que você pode mastigar. Ainda está tão limpa neste extremo norte. É revigorante. Os humanos fazem todo tipo de coisa com ela. Algumas são absolutamente ridículas. ” Ele deu outra mordida, esperou até que Michael não pudesse deixar de sorrir, então caiu de costas.
"O que você está fazendo?" perguntou Michael.
Gabriel sorriu. "Anjo de neve."
"Anjo de neve?"
“Os humanos chamam assim. Eles batem os braços para fazer asas — isto é, as crianças — assim. ”
Michael pigarreou e tentou parecer sério. "E quando você descobriu isso?"
“Eu os vi há alguns anos.”
Gabriel puxou a manga de Michael e o outro anjo retrocedeu obedientemente, mas não sem dizer: "Isso é ridículo. Por que estamos fazendo isso? ”
“Porque ridículo também significa divertido. Você não vai perder isso, vai?" Gabriel riu.
"Eu já estou fora."
"Não no meu turno. Eu conheço todos os jogos.”
Michael olhou para o céu coberto de neve. A frieza do solo infiltrando-se em suas asas o surpreendeu. Parecia uma cura. Restavam tão poucos lugares verdadeiramente limpos no mundo. Verdadeiramente santos. Ele fechou os olhos.
"Você sentirá falta das crianças?" perguntou.
"Sim." Gabriel estendeu o braço e pegou sua mão e Michael deixou. “Elas vão ficar bem, não vão, onde quer que elas vão?”
"Claro."
"Quer dizer, eu odiaria se elas ficassem com medo."
“Isso sempre irá acontecer.” Michael estremeceu, mas de repente estava pensando em febre e em uma cama muito pequena. “Não há nada que possamos fazer sobre isso.”
"Desculpe", disse Gabriel, lendo algo no rosto do amigo. "Eu posso parar de falar."
Michael segurou a mão de Gabriel com mais força e acenou com a cabeça.
Eu gostaria que pudéssemos dormir aqui, ele pensou. A neve continuaria caindo. Podemos ser enterrados no frio.
Mas e se ele sonhasse de novo?
Michael se sentou respirando fundo e empurrou o sono para as sombras — exatamente quando uma faixa vermelha de luz tremulou no céu.
"Michael, você está bem?" disse Gabriel.
"Uriel está aqui", disse Michael, levantando-se rapidamente. A faixa de penas cintilantes da aurora desceu e Uriel apareceu, leve como o vento na neve. Sandalphon pousou em seguida em um raio. Ele carregava sua pasta e parecia muito satisfeito consigo mesmo.
“Parece que você o encontrou,” disse Sandalphon, feliz. "Sabíamos que você poderia."
“Quase uma hora antes da reunião,” disse Gabriel. Ele olhou para Sandalphon com a mesma temperatura de uma geleira. Seu amigo encolheu os ombros se desculpando.
“Há um ditado sobre pássaros madrugadores”, disse Michael, arrumando o cabelo. “E nós temos um verme para pegar.”
 *
Alguns livros voltam para a estante de estudos. Alguns outros são retirados. As pilhas na escrivaninha mudaram com o passar das horas, mas ainda são pilhas, uma pequena cidade de arranha-céus de livros.
O “Í” no sinal de saída pisca novamente e a porta abre e fecha. O habitante do escritório está de partida novamente: um vento seco bate em seu chapéu e casaco quando ele sai. A areia, branca e estranhamente quente para esta época do ano em Oxfordshire, penetra no tapete por um vento forte.
A porta se fecha e a sala fica em silêncio.
 *
Era domingo de manhã. O gramofone tocava a sinfonia nº 101 de Haydn em ré maior quando Aziraphale entrou na livraria pela sala dos fundos. Ele arquivou alguns romances que havia levado para cima na noite anterior em seguida e caminhou até a porta. Deslizou um dedo entre a janela e a persiana e espiou pela fresta, para verificar a rua.
Puxou o dedo quase imediatamente. A sombra voltou ao lugar.
Aziraphale ajustou a gravata e engoliu em seco uma vez. Então ele girou nos calcanhares e caminhou para a sala dos fundos da loja. Encontrou Crowley dando o último passo com um salto. Eles se deram os braços, olhos arregalados. Crowley não parou para colocar seus óculos de sol.
"Anjo, pela janela, acabei de ver—"
"Crowley, é—"
Ambos pigarrearam e então Aziraphale respirou fundo.
"Ele deve ter acabado de chegar."
"Quem chegou?" Houve passos mais leves e o som da plaquinha de identificação numa coleira de cachorro. Então Adam surgiu.
“Uma pergunta muito boa”, disse Aziraphale.
“Está tudo bem, Adam, eu tenho um plano,” disse Crowley.
“Nós temos um plano”, corrigiu Aziraphale.
“Existe um plano,” Crowley emendou, e sorriu.
 *
O ocupante da biblioteca retornou. Tábuas ásperas de argila, tão velhas que parecem pedras, estão alinhadas ao longo do comprimento de um livro. É um livro de fotos. As fotos parecem versões quebradas dos tablets, o que é estranho, porque geralmente a arqueologia funciona ao contrário.
Ele pendura o chapéu e o casaco. Pega sua caneta e faz outra anotação.
*
Do outro lado da rua de uma livraria no Soho, estava o Arcanjo Michael, o único que não estava correndo para algum lugar além de onde ele estava. Se ele estivesse com um rosto diferente, Aziraphale ainda o teria conhecido. Havia aquela postura militar, é claro. E havia aquele sorriso, duro como aço, apesar de suas curvas rosas suaves.
Michael olhava para o Bentley com desconfiança. E o Bentley estava, tanto quanto um automóvel restaurado sobrenaturalmente poderia, retribuindo o olhar.
"Ele está sozinho?" Crowley sussurrou por cima do ombro de Aziraphale
"Aparentemente sim, meu querido." Aziraphale estava mais uma vez na porta, sua sombra a apenas um fio de cabelo do lado dele.
"Ele sabe sobre a porta dos fundos?"
"Nunca me preocupei em mencionar."
"Temos uma porta dos fundos?" perguntou Adam.
“Nunca nos importamos em mencionar,” admitiu Crowley.
“Para emergências”, disse Aziraphale. "Ela dá para a rua da, oh ..." Ele parou porque, no fundo de sua mente havia feito uma aritmética apressada sobre a idade de Adam em relação à loja ao lado. Terminou rapidamente dizendo, "um vizinho".
“Então os arcanjos certamente não saberão sobre isso,” Crowley concluiu, sorrindo com inocência. Crowley também era bom em matemática.
O demônio tirou a chave reserva do gancho. "Adam?"
"Não posso ver vocês brigando?" Adam perguntou a Aziraphale.
“Não é tão interessante quanto parece”, disse Aziraphale, reprimindo com força o alarme que esta questão suscitou. "Crowley, você não vai esquecer—"
"Claro que não, anjo." Crowley beijou a mão de Aziraphale e pegou a mochila atrás da caixa-registradora. “O número está no arquivo de contatos. Assuste-o como o diabo, anjo. Ele bem que tá merecendo. ”
"Com prazer." Aziraphale tirou a jaqueta do cabide e vestiu-a. Ele ajeitou as lapelas e espanou as mangas. Depois de dar as costas para Adam e Crowley, pôs de lado seu sorriso agradável.
Acontece que Michael não tinha vindo sozinho.
Aziraphale saiu e trancou a livraria de costas para ele. Só para diminuir a velocidade, olhou para os dois lados antes de atravessar a rua e, quando a pista estava limpa, caminhou vagarosamente até a calçada oposta. Quando ele pisou no meio-fio, Michael deu um passo para trás.
“Bom dia, sua graça.” disse Aziraphale.
"É isso, Aziraphale?"
“Como os jovens dizem hoje em dia, cadê a sua galera?”
“Vim conversar.”
“Certamente uma conversa é melhor entre amigos. Quanto mais melhor."
"Somos apenas nós dois aqui, Aziraphale, e mal somos associados."
"Bem, então eu conheço um bom café onde podemos tomar um chá para conversarmos."
“Isso não será necessário.”
"Você está no Soho, Lorde Michael. É assim que as coisas são feitas aqui.”
Aziraphale saiu andando sem olhar para trás.
 *
A sala em Oxfordshire está escura. Um projetor de slides está conectado agora. Um modelo mais antigo, com roda e slides de plástico. Seu obturador é uma coisa desagradável.
Clique-clac.
As projeções estão todas envelhecidas em tons de sépia. Este é uma colina na Mesopotâmia.
Clique-clac.
Isso, uma ruína em Alexandria.
Clique-clac.
E aqui está Paniel Falls na Síria, antes da guerra.
Nas sombras nebulosas que ocupam o resto da sala, o habitante olha entre a tela, a pedra e o livro. Ele alterna uma mão entre o botão do projetor e a caneta-tinteiro.
Clique-clac.
Aqui está um círculo em um quadrado.
Outra observação é feita.
Ele não fala, nem suspira, nem geme. Ao contrário do projetor, ele não faz muito barulho. De vez em quando, ele traça uma forma na palma da mão com um dedo, da mesma maneira que um pianista lembra uma música ao tocá-la.
 *
Crowley trancou a porta dos fundos, fechou todas as cortinas e subiu com Adam até o telhado. Lá eles poderiam ter uma boa visão da rua.
"Não foi Michael quem derrubou Lúcifer?" Adam perguntou.
Crowley se inclinou sobre um muro baixo para ver as ruelas. Adam fez o mesmo. Em seguida, eles verificaram a avenida.
“Não foi tão fácil assim”, disse ele.
"O que aconteceu?"
“Michael desembainhou sua espada. E então, Lúcifer. E então, o Céu ... Crowley acenou com as mãos de forma explosiva. "Bem, tudo se partiu como um ovo."
"Então, é culpa do Michael você ter caído?"
Crowley encolheu os ombros com uma contração. “Não vejo dessa forma. Naqueles dias, os arcanjos ficavam atrás do Véu. Tempo de sobra para obter conselhos sobre conflitos administrativos, nenhuma razão para questionar ordens... ” Ele se agachou sobre os calcanhares e observou Aziraphale descer a rua, seguido por um perturbado Michael. “Agora veremos.”
"Veremos o quê?" perguntou Adam.
“Qual é a dessa distração.”
 *
 O café não ficava longe. Na verdade, era uma loja de onde, pouco antes do Armaggeddon, um Aziraphale mais nervoso tinha sido encurralado por três arcanjos e posteriormente socado com força no estômago por ser, nas palavras deles, "um anjo caído". Aziraphale ergueu o queixo sem lançar um olhar.
Michael o fez.
Quando Aziraphale subiu para o pátio do café, ele ergueu um dedo para o chá. Sentou-se enquanto o barista preparava o de costume.
Um momento depois, Michael se sentou na cadeira em frente a ele. "Isso foi muito rude, Aziraphale."
"De modo algum. Este é o meu prazer, já que você é meu convidado. Você gosta do seu chá com leite?"
"Sim. Não. Na verdade, mudei para o café esses dias. ”
“Ah. Achei que você parecia cansado." Aziraphale sorriu e fez outro gesto em direção ao balcão.
Michael disse: "Você certamente sabe como se portar perto dos humanos".
“Eu diria que sei como me portar entre eles.” Aziraphale recostou-se, os dedos entrelaçados na barriga. Quando Michael não respondeu, ele se permitiu franzir a testa. “Você costumava ir e vir um pouco antigamente. Como está a Observação da Terra? Não é assustador, todas essas coisas acontecendo? "
"Não estou aqui para acompanhar isso, Aziraphale."
"Então, em que posso ajudá-lo?"
"Acha que preciso da sua ajuda?"
"Não pode estar aqui para fazer exigências."
*
“Lá vamos nós,” disse Crowley.
Uma Uriel severa e um Sandalphon sombrio se aproximavam da loja e liam a plaquinha das horas pendurada na janela de vidro da porta.
“Está aberto ou não está?” Uriel perguntava, enquanto ela e Sandalphon tentavam decifrar o bloco de texto com tinta.
Adam sussurrou: "Por que eles estão esperando?"
“Os anjos são defensores das regras, mesmo quando as estão alterando”, explicou Crowley. "A porta está trancada, a inscrição está fechada. Temos até uma da tarde antes que comecem a suspeitar que não estamos. "
“Eles sabem que estamos aqui?”
“Eles conhecem o carro. Provavelmente, eles pensam que a Pedra Filosofal vai aonde eu vou.” Crowley passou a mão por uma alça da mochila. “Estranho que eles não possam sentir isso. Pensava que isso fosse algo que eles pudessem sentir. Nós podemos... ”
“Talvez seja um sistema de segurança”, disse Adam. “O novo smartphone do meu pai bloqueia com a impressão digital.”
"Prático." Crowley sorriu para Adam. "Mas vamos dar a eles outra coisa com que se preocuparem."
*
A resposta de Aziraphale deixou Michael sem palavras por um momento. E garçone* trouxe o serviço de chá e café e Aziraphale cuidou de sua bebida com paciência. Michael não tocou no café.
“Esta é uma visita de cortesia”, disse Michael. “Estou aqui com um aviso.”
"Que atencioso."
"É para o seu amigo demônio, Crowley."
Aziraphale olhou em volta, mas foi um milagre literal que ninguém os tivesse ouvido até agora. Ele disse: “Uma mensagem para Crowley? Isso me soa como algo vindo do departamento do Inferno. Você não foi deixado de fora de lá?"
"Aquele é o carro dele fora da sua loja."
"Você quer dizer que ele nunca deixou um endereço de encaminhamento no Inferno?"
“Isto não é um jogo, Aziraphale.”
“Aparentemente é,” disse Aziraphale. “Qual é o prêmio?”
“O inferno quer que ele devolva o que roubou. Ele sabe o que é, não direi mais nada sobre isso. "
“Eu sei o suficiente, acho. Não pude deixar de ouvir Dagon e Beelzebub se gabarem de sua aliança com vocês outro dia. Essa é uma nova ordem do Céu?”
“As ordens do Céu não mudaram, mas não são da sua conta.”
"Exceto que são sim, porque você está aqui", disse Aziraphale, e tomou outro gole de chá.
“Tenho certeza de que Crowley acha seu roubo muito engraçado.”
“Não é surpreendente que você não o conheça muito bem”, disse Aziraphale. “Não ouvi nada sobre roubo de qualquer tipo. E ele me conta tudo. ”
"Ele conta?"
"Sim." Aziraphale sentiu a mentira travar na garganta, mas engoliu em seco. "Perdão."
Michael se inclinou para frente na mesa. "Aziraphale, percebe como é perigoso, o que você está fazendo agora?"
“A cafeína dificilmente me causa nervosismo.”
"Quero dizer aqui, entre os humanos, me desafiando."
*
Crowley olhou para a avenida e depois para o Bentley no meio-fio. O sinal no cruzamento mais próximo estava vermelho. Sorriu e ergueu a mão entre ele e Adam. "Como você acha que eles gostam de Westminster esta manhã?"
A luz ficou verde.
Crowley estalou os dedos e os faróis do Bentley brilharam. Uriel e Sandalphon tropeçaram para trás contra a porta da loja quando a buzina soou. Em seguida, o motor rugiu, os pneus cantaram e o carro disparou pela Avenida Shaftesbury em direção ao teatro.
Uriel e Sandalphon começaram a correr, até que Uriel parou Sandalphon e apontou para o céu.
Crowley e Adam mergulharam no chão quando dois relâmpagos dispararam para cima. O céu azul brilhante ficou cinza imediatamente, mascarado por turbulentas nuvens carregadas.
O Bentley acelerou e a tempestade o perseguiu.
*
Aziraphale revirou os olhos para cima conforme trovões estalavam no céu. Michael cruzou os braços enquanto xícaras e pires de porcelana em cada mesa sacudiam com a tempestade.
O cinza nas nuvens se tingira de um vermelho revelador. Aziraphale procurou por sinais de enxofre.
"Oh, não é enxofre, Aziraphale", disse Michael calmamente. "Isso é para ocasiões especiais."
Aziraphale pôs de lado o chá e pegou um guardanapo. Ele dobrou-o uma vez, depois novamente, como uma forma de se acalmar.
"Michael", disse ele lentamente, "você não está insinuando que machucaria pessoas inocentes para me coagir, está?"
"Você está insinuando que todos aqui são inocentes?" Michael respondeu. Apenas seus olhos se moviam, apontando primeiro para um lado, depois para outro: "Aquela mulher, traindo o marido, ou aquele homem ali, um ministro, vendendo ações quando sabe que estão prestes a cair. Sem falar de todos os pequenos pecados: a raiva das ruas, a inveja, a rebelião e o orgulho... ”
"Você sabe de tudo isso?" Aziraphale endireitou-se e fingiu olhar em volta. "Surpreendente. Você, um anjo de misericórdia, de olho em cada pecado mortal.”
"Não há outro jeito, Aziraphale. Conhecer o bem é conhecer o mal. Havia apenas uma Árvore.”
"Sim, bem, podia-se imaginar que você deixaria as acusações para seu irmão."
“É uma observação. O mundo está totalmente perverso. O mal está se infiltrando em tudo.”
Aziraphale foi pego de surpresa. O príncipe muitas vezes parecia estar acima da tempestade, mas desprendimento nunca foi seu estilo. Sempre houve, bem, convicção. Não sobre o mal, mas sobre o bem.
“E ainda assim,” disse Azirzaphale cuidadosamente, testando essas novas águas, “o Todo-Poderoso poupou o mundo do Armagedom. Sua misericórdia é verdadeiramente grande e além de nossa compreensão.”
"Meu ponto é, Aziraphale, Crowley não tem para onde correr."
“Ele dirige na maioria dos lugares, para ser honesto”, disse Aziraphale com desenvoltura.
"Eu também sei disso."
*
As rodas do Bentley guincharam enquanto ele virava para o sul em meio a uma cacofonia de buzinas. Do ar, Sandalphon deixou o fogo vermelho dançar nas pontas de seus dedos. Ele selecionou um raio do ar e mirou-o, então disparou o míssil para as ruas.
A embreagem do Bentley mudou de marcha, o pedal do acelerador bateu no chão e um grande número de pombos alçou vôo temendo por suas vidas. O raio atingiu o centro de um cruzamento — e nada mais, já que os carros em todas as pistas puxaram seus freios para evitá-lo. Motoristas amaldiçoaram o céu e o carro vazio, e a fossa fumegante que se formou no cruzamento.
Com o motor praticamente rosnando, o Bentley fez uma curva e entrou em uma rua lateral.
Pairando gloriosamente sob o sol acima da tempestade, Uriel olhou para Londres através do vazio entre as nuvens.
“Não consigo ver bem o suficiente. Pode desanuviar um pouco, Sandalphon? "
"Num momento, acho que ele está indo para a ponte."
 *
As luzes do escritório voltam se a acender. Uma carta repousa aberta em cima de um arquivo. Como tudo na sala, o gabinete é feito de madeira polida. Como esse professor e pesquisador adquiriu móveis mais bonitos do que qualquer outro escritório neste lugar é motivo de debate entre a equipe. A teoria predominante é que deve ser o benefício do cargo.
Ninguém consegue se lembrar de quando ele foi contratado.
O envelope que continha a carta estava caído ao lado. O destinatário é o Dr. Oswald A. Zealot, ℅ OX1 3BG, Broad Street, Oxford. Uma resposta já foi enviada.
Depois que a carta é analisada, volta o chapéu e volta o casaco. O “Í” pisca novamente. Desta vez, geada e poluição entram com a partida do acadêmico.
*
No apartamento do andar superior da livraria, Crowley segurava uma carta escrita em pergaminho. Tinha chegado em resposta a uma enviada na manhã de sábado, o que era excepcional, já que os Correios normalmente não faziam entregas nos fins de semana. A carta chegara à caixa de correio de Aziraphale lacrada com cera e fora endereçada a um Sr. A.J. Crowley, ℅ Sr. A.Z. Fell, naquela livraria do Soho que nunca abre.
[Nota da autora: Isso não era verdade (como o aviso no Capítulo 2 pode atestar). Mesmo assim, Aziraphale ficou positivamente irritado porque os Correios sabiam exatamente a livraria em questão.]
A carta estava escrita em letras que Adam não conseguia ler, mas havia um número de telefone na parte inferior. O número também era uma adição recente no extenso arquivo de contatos de Aziraphale no andar de baixo.
Em sua outra mão, Crowley segurava seu celular. Ele estava adicionando o número à sua agenda.
"Aziraphale vai ficar bem?" perguntou Adam.
"Eu ficaria preocupado se fosse Gabriel, mas Michael é mais cauteloso", disse Crowley.
"Gabriel é aquele da Base Aérea, certo?"
“Sim, anjo do norte. Olhos violetas. Sorri demais. ”
"Então, onde ele está?"
"Provavelmente tocando sua corneta." Crowley largou a carta e disse: "Fique perto para que isso funcione."
"O que é isso?" Adam percebeu que Crowley não estava fazendo nenhum movimento em direção à porta.
Crowley ajustou algumas configurações, em seguida, tirou um carregador de celular de trás da cama e conectou-o ao telefone. "É um truque, mas eu já fiz isso antes. Vamos só deixar isso aqui. "
"Para que vai deixar seu telefone?" perguntou Adam, que com toda a sua imaginação não conseguia se imaginar fazendo tal coisa de boa vontade. "Tio Crowley, isso não faz nenhum sentido."
Crowley ergueu os óculos escuros e sorriu. "Oh, acredite em mim, você vai gostar disso. Pegue minha mão."
E em algum canto em um lugar chamado Oxford, um telefone tocou.
*
Aziraphale pôs o chá de lado. Isso era estranho. Ele sabia que o Céu não era imune à hipocrisia, ignorância e orgulho. Houve um tempo em que ele fazia vista grossa a essas coisas, ou mesmo as justificava, dizendo para si mesmo que ele simplesmente não tinha fé o bastante. Mas em sua busca para se tornar mais fiel, ele percebeu que a maioria dos anjos no Céu eram tão ignorantes de seus vícios quanto ele.
Portanto, a premeditação de Michael era... perturbadora. Como a sensação de garras ao seu redor. Aziraphale teve a estranha sensação de que estava de volta ao Nono Círculo do Inferno com o diabo parado bem perto de seus ombros.
Tentando manter o tom leve, ele perguntou: “Michael, esse negócio com os demônios, do que se trata? Seu irmão deu as caras? "
“O adversário não tem nada a ver com isso.”
"Presumo que você tenha a garantia de Lorde Beelzebub sobre isso", disse Aziraphale. "Bem, se os demônios abandonaram o hábito de mentir após esses seis mil anos, louve o Senhor."
"Agora você está sendo jocoso."
“Gosto de pensar que estou sendo um anjo melhor.”
Michael riu. "Você?"
“Não é difícil ser melhor do que isso”, argumentou Aziraphale. "De todos os arcanjos, Michael, você passou a maior parte do tempo na Terra, e ainda, apesar do Armagedom estar claramente fora de questão, você parece determinado a dar um fim à vida aqui."
"E você passou mais tempo na Terra do que qualquer anjo e, ainda assim, parece determinado a defender seus caminhos errados."
"Como você fez uma vez."
“Este é o fim, Aziraphale. Não há mais tempo para ser ingênuo. Você foi avisado." Michael se levantou.
Aziraphale não estava pronto para terminar a conversa, então não terminou. "Desculpe, mas você acha que foi ingênuo?"
"O quê?"
"O que você acabou de dizer." A carranca de Aziraphale se aprofundou. “Quando você revisou meu relatório de Sodoma, ficou horrorizado com os danos. Agora você acha que salvar vidas é ingênuo? ”
“Nós somos anjos, Aziraphale. A misericórdia é apenas um lado do que fazemos. Também há o Julgamento. ”
“Mas sempre com amor, especialmente para você,” Aziraphale insistiu. “As estrelas em sua coroa representam as Virtudes, não é? Humildade, diligência, temperança, pureza ...”
"Onde você quer chegar?"
"—fé, esperança e amor."
“Os humanos têm amor, Aziraphale. Nós temos ordens a cumprir. ”
Aziraphale jogou o guardanapo no chão e se levantou. "De onde diabos você tirou essa suposição?" ele reclamou, agora totalmente ofendido. "Mais uma vez, você está começando a soar como o seu irmão."
Os humanos ao redor deles continuaram a ler seus jornais e mordiscar torradas.
"Agora você está apenas tagarelando." Michael olhou para o café e ficou gelado de despeito. “Um mero principado contaminado por este mundo não poderia entender a necessidade de julgamento.”
"E um mero arcanjo?"
"Eu não sou um mero arcanjo."
"Claro que não. Você é o Príncipe. De onde vêm essas novas 'ordens'? ”
“Nada disso é novo”, disse Michael. “O Grande Plano foi fielmente pronunciado passo a passo por Metatron nos últimos seis mil anos. Se houvesse ordens para parar, nós as teríamos ouvido.”
"Certo. Deus te livre de pensar por si mesmo. "
“Como eu disse, o mundo estava destinado ao fim. Se falhamos, é um erro que o Céu deve corrigir a qualquer custo. ”
Aziraphale fez a conta das bebidas enquanto Michael se virava para sair. Deixando o pagamento embaixo da xícara na mesa, Aziraphale seguiu-o para a rua. De certa forma, ele se sentia da mesma maneira que havia se sentido ao seguir Gabriel até Sodoma todos aqueles séculos atrás — apenas com raiva desta vez, porque agora ele se permitia ficar com raiva em vez de nervoso. Não era fúria. Certamente não era ira. Essa raiva queimava como brasas bem cuidadas sob uma panela.
“Você sabe quem não está nos bons livros do Céu, Michael? O tipo de pessoa que diz coisas como ‘a qualquer custo’ ”. Quando o príncipe continuou andando, ele acrescentou: “Talvez Lorde Beelzebub pudesse lhe dar um passeio e mostrar onde essas pessoas estão recebendo sua justa recompensa ”.
Um trovão explodiu e Michael parou de andar. Ele se virou, seus olhos azuis brilhantes estreitos, seu sorriso achatado pela exasperação.
Pedaços brancos de granizo começaram a cair pela calçada.
“Não finja conhecer a vontade do Todo-Poderoso melhor do que ninguém, Aziraphale”, disse Michael. "O mundo é muito perverso para qualquer um ouvir a voz dela."
“Você tem tentado recentemente?”
A nevasca estalou nas vitrines enquanto a expressão de Michael ficava ainda mais fria. O granizo foi acompanhado por uma chuva cortante e gelada que não atingiu nenhum dos dois. Fez os pedestres caminharem com passos rápidos, mas cautelosos. Os carros deslizaram em suas pistas no gelo negro.
“O mundo tem que acabar”, disse Michael. “Este foi o veredicto desde o momento em que o mal nasceu. Nada de bom pode ficar. Tudo corre o risco de corrupção. ”
"Tudo?"
“Eu sugiro que você e seu demônio aproveitem o mundo enquanto ele durar. Não há como vocês nos pararem desta vez. ”
E naquele momento o chão tremeu e as lojas, os postes de luz e os carros balançaram com um abalo. Até os dois anjos cambalearam.
"O que diabos ...?" Aziraphale engasgou, quando algo piscou atrás das nuvens.
"Muito bem."
Aziraphale olhou para baixo para ver Michael se levantando da calçada.
“Quer você entregue a minha mensagem ou não—”
"Mas você não viu—?"
“—sabe qual a minha decisão.”
Aziraphale sentiu um frio na barriga novamente. Ele quase podia sentir o cheiro do enxofre. "Sobre o que?"
"Obrigado, Aziraphale", disse Michael. “Eu me perguntava onde fazer o marco zero para o Dia do Julgamento.”
"Você certamente não está falando sério."
“Começaremos pelo Soho”, disse Michael.
"Deus tenha misericórdia."
"Suponho que dependerá de você. Fique e proteja-os, se puder. ”
Michael girou nos calcanhares para se afastar, mas parou de repente. "O que?" perguntou. Ele se virou e lhe lançou um olhar acusador.
Aziraphale olhou por cima do ombro. "O que quer dizer?"
Michael balançou a cabeça, então um raio atingiu o local onde estava e ele disparou em direção ao céu.
Aziraphale prendeu a respiração e apertou seu coração disparado. Ele se sentia esmagado por um espremedor e não conseguia explicar o porquê. Não sabia explicar o que acabara de ver. Ou sentir. Ou o que isso significava.
Por fim, voltou em segurança para a livraria. Ele se trancou nela.
“Crowley? Adam?"
Não houve resposta e ele suspirou de alívio. Em seguida, baixou todas as cortinas e foi direto para o telefone perto da caixa registradora. Ele puxou seu arquivo giratório de contatos e ergueu o receptor.
Um momento depois, o telefone tocava do outro lado da linha. Após outro momento, um som vibrante encheu a loja e o receptor de telefone caiu no chão, tocando.
 *
Os pneus do Bentley guincharam quando ele mudou de faixa, contornando o tráfego da manhã na ponte de Londres. A embreagem mudou novamente e o freio se dobrou até o chão enquanto um raio vermelho se espatifava na estrada à frente. Por toda a ponte, as buzinas começaram a soar. Alguns motorista puxaram seus freios e abriram as portas dos carros para gritar apropriadamente a mudança abrupta do clima.
Sandalphon saiu da fumaça. Ele abriu a mão e outro relâmpago trouxe uma maça para empunhar.
O Bentley perceptivelmente fez uma inversão de marcha e bateu em uma barreira. [Nota da autora: O Bentley estava bem. A barreira não.]
Outro pilar de relâmpago caiu em seu caminho e agora Uriel chegava, faixas de fogo vermelho caindo ao redor dela como labaredas solares. Ela pegou uma que se solidificou em uma alabarda.
O Bentley balançou para trás sobre os pneus, desviou para a esquerda, depois para a direita e deu a ré em uma curva de três pontos. Seus limpadores oscilaram uma vez, preocupados.
Os dois arcanjos se aproximaram do carro.
Inclinando-se para a frente, Sandalphon espiou pelo para-brisa. "Bem, onde ele está?" ele perguntava.
Uriel balançou a cabeça, absolutamente perplexa. "Está possuído?"
“É o carro dele”, disse Sandalphon, no tom desesperado de quem acreditaria na lógica até a morte. "Um demônio não pode possuir um carro possuído."
Sandalphon estava absolutamente certo. Os demônios são tradicionalmente contra a escravidão dos seus. Mas qualquer proprietário de automóvel, mortal ou não, admitirá que existem carros repossuídos. É exatamente por isso que o Bentley pôde fazer o que fez. Os anjos, não tendo tendência a dirigir para nenhum lugar, nunca souberam disso.
Um terceiro raio aterrissou e Michael estava lá, asas brancas como a neve abertas e a espada em punho.
"Onde ele está?"
"Não aqui." Sandalphon baixou a voz e se inclinou quando Michael se juntou a eles. "Devemos destruí-lo?"
O Bentley de repente levantou poeira ao fazer uma curva fechada. Com um estalo de seu tubo de escapamento que soava conspicuamente como um certo demônio mostrando sua língua, o carro acelerou de volta ao longo da ponte de Londres, buzinando letras rudes em uma melodia que trazia à mente lutas de espadas, relâmpagos e kilts.
Sandalphon se preparou para persegui-lo depois disso, mas Michael levantou a mão. "Deixe."
"Mas—"
“O aviso foi dado”, disse Michael. "O resto é com Gabriel."
 *
Um telefone tocou em Oxfordshire.
Em um elegante saguão, a funcionária da recepção pegou o telefone. Seu nome era Carol. Era o que dizia a placa de identificação à sua frente. Ela era assistente administrativa chefe. Era menos emocionante do que parecia.
Carol apertou o botão da linha externa e o toque parou.
“Biblioteca Bodleian. Aqui é Carol. ”
"Carol? Adorável. O Dr. Oswald A. Zealot está, por favor? ”
"Não tenho certeza, mas posso verificar para o senhor."
"Verificar? Que gentil. Na verdade, se você pudesse deixar o receptor do telefone no balcão de frente para o saguão de entrada, apenas enquanto verifica, isso seria extremamente útil da sua parte. ”
Carol não era facilmente influenciada pelo sobrenatural. Ela era, no entanto, muitas vezes influenciada pelo tédio. Neste posto, ela havia atingido níveis tão extraordinários de tédio que escolhia o suéter com três dias de antecedência e meias combinando, apenas para ter algo para fazer.
Carol colocou o telefone no balcão conforme as instruções, depois saiu do corredor e subiu a escada seguinte para verificar o escritório do professor Oswald.
“Segunda vez hoje,” ela murmurou.
*
A funcionária tinha acabado de virar a esquina no andar superior da biblioteca quando algo estranho aconteceu no saguão.
O telefone estava, de acordo com todas as leis da dinâmica termonuclear, parado em silêncio sobre o balcão. No momento seguinte, no entanto, um espectro de cores pálidas disparou como um cometa para fora do fone de ouvido dele e, depois de fazer um arco como uma fonte, depositou um anjo vestindo uma gravata xadrez.
Para ir além da questão de danças sociais sobre cabeças de alfinetes, anjos e demônios seguem algo como o Princípio da Incerteza de Heisenberg, embora sejam geralmente mais certos do que Heisenberg. Quer viajem inteiros ou em ondas de luz ou escuridão (respectivamente), eles também podem trazer por milagre tudo o que — e quem — eles precisarem.
Aziraphale aprumou-se e ajeitou o casaco e a gravata. “Meu Deus, isso é muito mais rápido do que um círculo sagrado”, disse ele, como se pudesse ter perdido uma aposta.
Crowley e Adam, que estavam esperando no pátio, ouviram e correram de volta.
"Começando a me preocupar, anjo", disse Crowley, assim que Carol retornou.
“Bem-vindo à Old Bod,” ela disse alegremente. "Vocês podem entrar, por favor?" Ela gesticulou para o balcão e pegou o telefone. "Sinto muito, parece que o doutor... Alô?"
"Algo errado, senhorita?" perguntou Aziraphale em tom de conversa.
Carol olhou do telefone para o anjo como se houvesse algo familiar entre os dois. Sua expressão dizia "Mas isso é impossível", e ela desligou o telefone: "Oh, ele deve ter desligado."
"Que pena."
“Se o senhor puder assinar o seu nome nesta página, por favor...”
"Claro." Aziraphale já havia pego a caneta.
O parágrafo acima da folha de inscrição dos visitantes é o seguinte:
“Eu, por meio deste, comprometo-me a não remover da Biblioteca, nem a marcar, desfigurar ou ferir de qualquer forma, qualquer volume, documento ou outro objeto pertencente a ela ou em sua custódia; não trazer para a Biblioteca, ou acender nela, qualquer fogo ou chama, e não fumar na Biblioteca; e prometo obedecer a todas as regras da Biblioteca. ”
Era um juramento muito bom, e Aziraphale não se importou em assiná-lo com seu pseudônimo.
Adam puxou a caneta em seguida. "Como é que isso funciona?" ele perguntou, olhando um pouco de latim no topo da página.
“Oh, o Old Bod tem um preço de entrada interessante, abaixo do comum,” Aziraphale explicou alegremente. “Para evitar a perda de conhecimento, todos os visitantes devem fazer um juramento na porta de que não acenderão nem atearão fogo nas instalações.”
“Você não precisa ler em voz alta”, acrescentou Carol, um pouco aborrecida com o fato de o visitante estar fazendo seu trabalho (e deixando-a com algo menos para fazer). "A não ser que você queira."
Adam acenou com a cabeça sabiamente. "Faz sentido. O fogo é ruim para os livros ”, ele comentou, batendo a caneta no queixo. “Mas não está em latim. Achei que você precisava do latim para torná-lo oficial. ”
"Oh, você pode tentar o latim se quiser", disse Carol, "é do outro lado."
Adam explorou isso com grande interesse. Ele tropeçou no início, mas continuou. Adam se interessava por latim, assim como muitos outros assuntos, etéreos e ocultos inclusos, depois de ler a Divina Comédia de Dante. (Ele tinha uma propensão natural para isso.) Após sua recitação, ele também assinou seu nome.
“Eu deveria adicionar uma inicial do meio”, disse ele a Crowley, “para torná-lo mais oficial”.
“J's são legais”, comentou Crowley, que aprovou.
“Eu gosto de N”, disse Adam. Ele o escreveu com seu melhor floreio. “Isso faz com que as iniciais sejam ‘qualquer  um’. Então, posso ser‘ qualquer um ’.”
"Muito inteligente", disse Aziraphale. "Só um 'N' então?"
"Vou pensar em algo mais tarde."
Aziraphale olhou carinhosamente para Crowley, que estava irradiando o sorriso "ele tem a quem puxar" que vem naturalmente a um mentor orgulhoso.
"Qual o próximo?" Adam perguntou a Carol. “Temos que furar nossos dedos e marcar com sangue? Ou usar cinzas queimadas à meia-noite? "
“Tradicionalmente, os alunos prestam juramento durante o Michaelmas [N.T.: festival cristão em homenagem a São Miguel celebrado pelos ingleses em 29 de setembro] ”, explicou Carol pacientemente. (Ela tinha ouvido teorias mais estranhas.) “Mas uma assinatura simples está bom.”
Crowley trocou de ombro a mochila que carregava, pegou a caneta e assinou seu nome preferido também. A mochila estava, é claro, quase vazia.
Carol inclinou a cabeça. "Com licença, senhor, seus óculos de sol..."
"São receita médica, receio", disse Crowley encantadoramente. “Eu sou sensível a isso.” Ele acenou vagamente para as luzes.
"Claro senhor."
Aziraphale perguntou: “Desculpe-me, mas ouvi que o Dr. Oswald A. Zelot trabalha aqui. Esse ainda é o caso? ”
“É, mas parece que ele está fora. Você é um colega? ”
“Oh, bem, isso é lisonjeiro”, disse Aziraphale.
"Nem um pouco, anjo", disse Crowley calorosamente. “Fomos colegas de escola”, disse ele a Carol, “de antigamente. Pensei em dar uma passada e mostrar o lugar ao nosso afilhado. "
“Que cativante. Bem, ele não está em seu escritório, mas tenho certeza de que está por perto ”, disse Carol. Para Adam, ela disse: "Você gostaria de fazer o tour autoguiado?"
Ela apontou para alguns panfletos próximos, então Adam pegou um e agradeceu educadamente.
“Aproveitem a biblioteca.”
Juntos, eles entraram nas salas abobadadas, onde prateleiras de madeira brilhavam à luz baixa das lâmpadas.
A voz de Adam caiu para um sussurro animado. “Isso é incrível. Somos como agentes secretos, fingindo ser seus colegas. ”
“O truque é que éramos colegas dele”, disse Aziraphale afetadamente. “É melhor evitar a falsidade sempre que possível, Adam.”
"Mas você mente muito, tio Aziraphale."
"Eu... eu não acho."
Crowley deu ao anjo um sorriso carinhoso.
“Suponho que às vezes tenho que ajustar certas declarações de fato”, admitiu Aziraphale. "Mas apenas para não sobrecarregar os mortais com minha existência profunda."
“Você disse ao cliente esta manhã que não tinha uma primeira edição do Hamlet quando ...”
"Isso é diferente. Ele não teria se importado com isso como eu. "
Crowley riu afetuosamente para os dois.
Antes de procurar o professor, os três visitantes investigaram todas as prateleiras, mesmo aquelas que Crowley considerava um tanto chatas. Crowley correu seus longos dedos pelas lombadas dos livros enquanto avançavam. Livres de poeira. Parecia fora do normal.
Ficou claro pela extensão e variedade das coleções que os detentores desta biblioteca não brincavam em serviço. Pelo menos um deles não. O velho estudioso sempre teve uma queda por conhecimento. E para olhos cor de avelã, como aconteceu. Realmente não tinha sido culpa dele. Ninguém o avisou.
Adam lia o panfleto: “A antiga biblioteca foi usada como a biblioteca de Hogwarts em Harry Potter”.
Eles subiram a próxima escada, Aziraphale usando o corrimão enquanto Crowley colocava as mãos nos bolsos e se deixava subir os degraus, a cabeça esticada para trás para olhar o teto. Era um edifício imponente. Tinha uma arquitetura impressionante e mais livros do que qualquer um poderia imaginar.
“Não são apenas livros aqui, Adam”, dizia Aziraphale. “Tem pergaminhos, astrolábios e até obras de arte. A Bodleian é um tesouro de conhecimento. ”
"Sinistro."
“Isso também, possivelmente.” Aziraphale murmurou.
"Essa parte pode deixar por minha conta.”, Crowley assegurou-lhe com um toque em seu ombro.
"Então vocês conhecem mesmo um anjo que trabalha aqui?" Adam sussurrou, uma vez que estavam bem longe da recepção. O segundo andar dava para uma área de estudo e o teto era abobadado na sombra.
“Ex-anjo,” Crowley corrigiu.
“Ele era um dos Guardiões”, explicou Aziraphale. “Na época, havia um grande tráfego entre o Céu e a Terra, cuidando de Adão — o primeiro Adão, isto é, e do florescimento da raça humana. Ele se meteu em alguns problemas. ”
"Quer dizer que ele caiu?" perguntou Adam.
"Bem, sim e não", disse Crowley, olhando para os corredores sombrios do outro lado do caminho. “Ele já estava aqui quando a decisão foi tomada. Dizem que todos os arcanjos, menos Raphael, foram enviados atrás dele. "
"Mas as histórias dizem que Raphael—"
“Bem, como um colecionador de livros, posso dizer que eles nem sempre são precisos”, disse Aziraphale, enquanto Crowley coçava o cabelo vermelho-fogo e olhava para o teto. "O que quero dizer é que ele foi renegado."
"O que ele fez?"
"Ah ..." Crowley deu de ombros. “É um pouco complicado aí.”
“Eu li que ele tem quatorze cabeças. Ele realmente tem quatorze cabeças? Com pescoços também? ” perguntou Adam. "Ou eram asas de cada lado?"
“Todos nós temos nossas formas favoritas”, Crowley encolheu os ombros. "De qualquer forma, ele é um velho amigo meu, a gente sai pra beber hoje em dia. Nós nos reuníamos uma vez a cada meio milênio mais ou menos para conversar sobre —”
Aziraphale tossiu um pouco.
“—coisas, coisas chatas, como todo mundo faz.”
Aziraphale perguntou: "Você se lembra onde ele colocou a porta, não é, querido?"
“Ele tem uma espécie de código para isso”, disse Crowley. “Muda de vez em quando.”
"Como uma passagem secreta?" perguntou Adam.
“Muito parecido,” disse Crowley. "Exatamente." Ele manteve o olhar incisivo sobre Aziraphale. "E vocês vão verificar as portas ali" — ele apontou para um lugar vago onde parecia que a biblioteca continuava —"enquanto eu dou uma olhada aqui."
Aziraphale assentiu satisfeito e conduziu Adam para longe de onde os dois sabiam que estava a porta.
*
Enquanto isso, lá embaixo, outro visitante acabava de chegar. Ele sorriu e, ao saber quais eram as regras de entrada, leu o juramento em latim perfeito, para grande surpresa de Carol. Ele sequer olhou para o papel.
“Você aprendeu na escola?” Carol perguntou.
“Ora, sim”, disse o homem imediatamente. “Isso é uma coisa que as pessoas fazem na minha escola.” Ele sorria amplamente. Era um sorriso confiante, do tipo que fazia com que outras pessoas se sentissem naturalmente confiantes, sem pensar.
Afinal, a fé era uma virtude.
Carol verificou o nome abaixo do juramento. Surpreendentemente, havia apenas um. Ela olhou de volta para o visitante. Ele tinha olhos de cores muito estranhas. Ela se esqueceu de perguntar pelo outro nome.
"Bem, aproveite a biblioteca, Sr. Gabriel."
“Oh, apenas Gabriel,” disse o homem com os olhos cor de violeta. "E eu vou, sim."
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Notas:
• Fonte da Arte: Doré, Gustave. “David Escapes Through a Window,” Doré’s English Bible, 1866. Obtido de Wikicommons.org em 19 de abril de 2020.
• O juramento da biblioteca é real! O fogo e a umidade são os terrores das bibliotecas em todos os lugares. A Old Bod é atualizada há décadas, mas o ar é bastante seco.
*Nota da tradutora: Pra quem não entendeu o “e garçone” é simplesmente uma forma neutra de se referir à pessoa que serviu Aziraphale e Michael no café. No original era “waitron”.
• Você pode conferir os outros capítulos traduzidos e originais em inglês de @rjeddystone​ na Master List NSMFaF aqui
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Instinto Selvagem (1992)
OLHOS PENETRANTES - talvez fosse melhor que fossem olhos penetradores ou olhos de um penetrador. Vou acabar transando com o carinha dos olhos penetrantes. Sim, fui à academia de novo e lá estava ele, tirando a temperatura e olhando fixamente com olhos de quem quer foder. EU SOU ESCRITORA, EU USO AS PESSOAS, diz Catherine Tramell naquele famoso depoimento sem calcinha. Sem calcinha equivale a andar por aí sem cueca, de jeans sem cueca? As pessoas sempre notam quem está sem cueca, não é mesmo? As pessoas são todas uns viadinhos vadios loucos por rola. O filme de 1992 está na Netflix, resolvi assistir, afinal, devo ter assistido lá atrás quando foi lançado, provavelmente assisti em um videocassete ou será que foi no cinema? Eu tinha 21 aninhos e uma vida cheia de sonhos pela frente. Sem dúvida não era frio como a senhora Tramell e o Gore Vidal. Acho que isso de "usar" as pessoas começou junto com este blog (2004) e consequentemente com esse título de "escritor" igual a piranha do filme que é escritora e rica, ah!, só me falta uns milhões de dólares para ser uma pessoa mais interessante. Em 1992 Tramell tem uma fortuna de 110 milhões de dólares, em 2020 isso deve equivaler a pelo menos 1 bilhão de dólares, eu com um bilhão de dólares também ia sair por aí metendo o furador de gelo nos outros. Instinto Selvagem 2 é de 2006, acho mais interessante. Mas o um é a origem, e Sharon Stone é uma puta gostosa. Sharon Stone 15 anos depois no dois está igualmente puta gostosa. Enquanto meu 1 bilhão de dólares não chega, também já não sou mais um puta gostoso, ainda que continue puto, afinal, uma vez puto, puto para sempre. Assim em português fica vulgar, vadio, mas em latim deve ficar mais bonitinho. Acho que seria algo tipo assim - quondam putes, putes in sempiternum. Provavelmente não é assim, mas é mais ou menos assim, ainda que eu tenha estudado 5 anos de latim (1999-2000 e 2003-04) não dou conta mais de construir frases, traduzir do latim para o português é mel na chupeta, o contrário e como chupar pau mole. HOJE fui ao meu trabalho levar as fotos tratadas da sessão de sábado, depois passei no mercado pegar meu almoço, à tarde fui pra academia como já contei no início deste post e agora à noite em vez de estar escrevendo este post deveria estar fodendo com um cara que desmarcou na última hora, o puto. No entanto estou aqui bebendo café, vendo Instinto Selvagem e escrevendo... Good night!
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yourhghness · 4 years
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task  / 𝙖𝙧𝙦𝙪𝙞𝙫𝙤 𝙘𝙖𝙨𝙤 '𝙥𝙡𝙚𝙖𝙨𝙪𝙧𝙚 𝙞𝙨𝙡𝙖𝙣𝙙': interrogatório n. 073
Aquela era a quarta vez naquela semana que comparecia à sala do Diretor? Ele já não se recordava, especialmente porque o último dia parecia ter durado umas setenta e duas horas. Fato que o príncipe tinha de comparecer bem mais à presença de Merlin depois que tinha retornado à Aether, a fim de que o mago acompanhasse de perto seu progresso, ou falta de progresso, já que não tinham chegado a lugar nenhum. O diferencial, daquela vez, era que o homem estava acompanhado de uma fada que parecia etérea demais para ser real – tornariam-se todos os personagens de contos artificiais daquele jeito depois que assumiam seus papéis?
“ Temos algumas perguntas, senhor Westergaard. Esperamos que colabore conosco e esteja ciente de que temos métodos para descobrir se está falando a verdade ”   um vinco se formou brevemente na testa de Njord. Não contava com aquilo. Em todas as vezes em que tivera de conversar com autoridades, podia se valer das mentiras – seu único trunfo e poder – para se livrar de alguma situação, ou minimizar o que tinha feito. Gelo desceu para o estômago enquanto ele se ajeitava na cadeira, meneando a cabeça para indicar que entendia. “ Lembrando que o senhor, especificamente, está sob observação do Conselho desde que retornou para esta instituição. Além do mais, não estava autorizado a participar da excursão ” bom, agora tudo estava explicado. Havia um motivo para que os colegas tivessem avisado em cima da hora. Merlim não tinha a intenção de tirar-lhe dos estábulos naquela tarde. Krastan estava para expor alguma indignação por isso, mas nenhum bem isso faria. Assim, limitou-se a responder no habitual tom blasé:  “ Desde que seja breve. Essas olheiras não estão aqui a troco de nada. Faz mais de um dia que não durmo ”  “ Como todos aqui ”  emendou o mago, inflexível.  
“ Identifique-se para registro: nome, idade, filiação, raça ” “ Começamos com as perguntas fáceis, então. Okay. Vossa Alteza Real, Njord Krastan Westergaard das Ilhas do Sul. Vinte e cinco anos. Filho de Hans e Niahm. Humano ”
“ Qual foi a primeira coisa que fez assim que chegou à Ilha dos Prazeres? ”
Era uma pergunta simples, e Njord havia decidido que optaria por respostas diretas, no lugar dos discursos costumeiros. Havia menos chance de se comprometer se estivesse sendo conciso. Seria melhor, também, se fosse o mais sincero possível. Não teria como mentir, mas poderia desviar-se de contar verdades inconvenientes. “ Comprei um refrigerante. Nada surpreendente ” disse, abrindo as mãos e fechando, como se não tivesse nada relevante a acrescentar à investigação empreendida pelo mago.
“Viu algum dos aprendizes desaparecidos? ”
“ Em que momento? Sim, acho que sim. Estávamos em uma ilha pequena, vi alguns ”  comentou, dando de ombros, mesmo que não fosse essa a resposta esperada por aqueles que interrogavam – Njord via isso em suas expressões. As perguntas seguintes, no entanto, poderiam se mostrar mais reveladoras e complicadas se ele não soubesse quais palavras usar.
“ Era próximo de algum deles? Tinha inimizade com algum?”
“ Tive um... relacionamento com Lilian de Arendelle há algum tempo atrás ” respondeu, impassível. Era ridículo que tivesse de admitir aquilo para dois estranhos que tinham acabado de ouvir que ele era filho de Hans. “ A história não vem ao caso ” soltou, antes que fizessem mais perguntas. “ Já tivemos desentendimentos, mas eu nunca a machucaria realmente. Ela salvou a minha vida ”  engoliu em seco ao lembrar-se da Terra do Nunca, admitindo algo que não admitiria em outra ocasião. “ Quanto a Alizayd... Temos uma boa relação, na medida do possível ” temos, não tínhamos, falou, tentando manter o tom o mais neutro possível, os olhos passando de uma figura a outra para verificar se desconfiavam de algo. “ Muitas pessoas não aceitam alguns comportamentos dele, principalmente depois do... Enfim, todos sabemos o que aconteceu quando a maldição do sono foi lançada ” concluiu, inclinando-se para frente, para descansar os antebraços nos joelhos e conter a agitação da perna, percebendo que os lábios de Merlim se crisparam nesse ponto. Se dependesse dele, Njord não estaria ali, o príncipe tinha certeza.
“ Fez algo inusitado no passeio? ” “ Sim. Me envolvi em uma briga com Soren Fitzherbert ” disse de pronto, sabendo que era melhor usar a verdade a seu favor. Isso pareceu despertar o interesse dos interlocutores. Ele havia tomado o cuidado de falar que tinha se envolvido numa briga com Soren, o que dava a entender que um tinha agredido o outro. Ao mesmo tempo, a verdade estava ali para quem quisesse descobrir. “ Isso explica o curativo no supercílio, suponho”  se pronunciou a Fada Azul, pela primeira vez na conversa. “ Vossa Magnificência supõe corretamente ” retrucou, comprimindo os lábios em desgosto, esperando que o interrogatório fosse encerrado de uma vez.  
“ Qual foi o motivo da briga, Njord? ”  interpelou Merlim, ignorando a arrogância do herdeiro. Conhecendo o conto de Pinóquio, supunha que uma tentativa de mentir apenas faria com que uma parte de seu corpo crescesse ridiculamente, e não seria a parte que ele queria.  “ O que posso dizer? Algumas pessoas não sabem parar quando estão sendo inconvenientes ” respondeu vagamente, abrindo as mãos novamente.  
“ Isso tem a ver com alguma inimizade com o herdeiro de Rapunzel? Tem inimizade com alguém mais em Aether? ”
“ Você quer que eu faça uma lista? Porque podemos ficar aqui o dia todo se eu começar a falar ” respondeu, em exaspero.  “ É claro que meu relacionamento com as pessoas aqui não é um mar de flores. Eu ameacei metade da escola com armas não tem nem um mês, caramba! O senhor, professor, sabe melhor do que ninguém ”  completou, com um riso amargo.  “ Agora, isso faz de mim um assassino? Não. Ninguém morreu por minha culpa. Não intencionalmente ”  a fala tremeu na última frase, e Krastan passou a mão no jeans escuro para secar o suor.
“ Você se lembra de ter visto algo estranho no passeio ou uma presença estranha? ”  prosseguiu o Diretor, ignorando os protestos, e não direcionando a Njord nada além de um olhar que era um misto de repreensão e pena. “ Não ”
“Já cogitou prejudicar ou fazer mal a um colega aprendiz? ” “ Sim. Algumas vezes. Talvez muitas vezes ”
“ Algumas dessas pessoas consta na lista de desaparecidos? ” o príncipe olhou uma vez mais a lista, como se precisasse se recordar dos nomes, largando-a sobre a mesa do Diretor com displicência. “ Faço muitas ameaças que não pretendo cumprir ”
“ Recebemos a informação de que você foi visto em atitude suspeita perto do Trem Fantasma... ” “ Pra vocês todas as minhas atitudes são suspeitas agora ”  a fala veio acompanhada de um revirar de olhos que indicava impaciência. “ Eu estive no Trem Fantasma, como sei que um monte de gente esteve. As atrações estavam disponíveis para isso. Fim. O que quer dizer com atitude suspeita? ”
“Também soubemos que já disse ter interesse em “acabar com a raça de Lilith Cipriano”. Por que disse isso? ” “ Huh? Acabar com a raça da Lilith? Não me recordo. Talvez na cama? Isso já passou pela minha cabeça, pelo menos. Quem está passando essas informações? Que informante de merda, hein ”  
“ SENHOR WESTERGAARD, não está colaborando com essa postura! Preciso repetir que está sob observação do Conselho? ” exclamou o mago, elevando o tom de voz e dando um tapa na mesa. Devia estar no ápice do estresse naquele dia – o Westergaard sabia bem disso, e era por isso que não aliviaria. Alguém tinha de ser vencido pelo cansaço.  “ Não, senhor. Entendi da primeira vez. E estou respondendo às suas perguntas da melhor forma que posso ”  meneou a cabeça, sério, fingindo não compreender o porquê de tanto alarde.
Foi a Fada Azul que retomou as perguntas, dando tempo para que a raiva do velho fosse aplacada. A mulher parecia muito mais contida e profissional; pétrea. Nada que o filho de Hans dissesse seria capaz de fazer com que fosse levada ao limite. Então era por isso que os dois estavam ali? Para que as perguntas atingissem os suspeitos como metralhadores, sem dar tempo para que penassem muito numa resposta?   “ Fomos informados de que se meteu em um desentendimento no final do passeio. Se importaria de explicar o motivo? ”
“ Já disse o que aconteceu... Qual a relevância? Soren está vivo. Precisam que eu chame ele pra confirmar isso? ” esperava que não. Aliás, teria que ter uma conversa séria com o rapaz se não quisesse se comprometer. Afinal, se o Fitzherbert desse com a língua nos dentes, Njord estava fodido.
“ A relevância quem determina somos nós, senhor Westergaard. Apenas responda a pergunta ”
“ Minha doença. Teve a ver com a minha doença ” respondeu simplesmente, voltando os olhos para Merlim, como que esperando que o mago entendesse que ele não queria, e não precisava, falar sobre o assunto; porque esse era um tabu, um segredo compartilhado somente entre eles. Esse, no fim, devia ser o motivo da indulgência ao longo da conversa, já que depois do episódio da maldição do sono, Njord parecia ser um dos com potencial para vilania, um bom suspeito a ser pressionado.
A Fada Azul suspirou, dando-se por vencida, voltando à posição junto à parede, braços cruzados. Quando falou novamente, tinha adotado o tom neutro. “ Reparamos que foi um dos últimos a chegar no ponto de encontro. Qual o motivo para ter demorado? É verdade que passou quinze minutos sozinho antes de se encontrar com o grupo? ”  Tentou puxar da memória, franzindo o cenho ao não conseguir lembrar. “ Eu demorei? Perdão, é a falta de sono. Acho que tinha ido ao banheiro ” me livrar do sangue que gotejava do supercílio.
“ Você está nervoso, senhor? Tem certeza que não viu nada suspeito? ”  ao ouvir a pergunta, pensou que tivessem percebido o quão pálido estava. Também sentia a boca secar sempre que se lembrava do episódio. O corpo de Alizayd estendido no chão. A ausência de ajuda. Ele não se lembrava se o garoto estava respirando quando ele e Soren o deixaram para trás, mas quem ia prever aquilo?   “ Não estou me sentindo bem ”  anunciou, se levantando e levando a mão ao peito, numa massagem mal feita. “ Preciso tomar minha poção ”
“ Existe alguma razão para que algum de seus colegas possa querer te comprometer com respostas falsas? ”   prosseguiu, ignorando o apelo do príncipe.  “ Sim. Isso é possível ”  não queria se estender mais no assunto, mas qualquer um que conhecesse seu histórico entenderia a desconfiança. De qualquer modo, Merlim tinha acesso a tudo de que precisava. “ É só isso? ”  insistiu, entredentes, recostado na estante ao lado da porta, um dos braços estendidos para servir de apoio enquanto ele encarava o chão, aguardando uma resposta positiva.
“ Tem alguma coisa que queira nos contar? Essa é a única vez que vamos te dar essa oportunidade ”  como a resposta para essa pergunta seria positiva e potencialmente comprometedora,  o herdeiro lançou mais um olhar na direção da mesa antes de virar as costas e deixar a sala sem autorização.
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trdglobal-blog · 4 years
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Toalha Personalizada
Você sabia que o seu cliente se sente muito mais especial e valorizado quando recebe uma toalha personalizada? Não? Mas você sabe por que isso acontece?
Devido ao crescimento da competitividade entre as empresas,os consumidores tem ficado cada vez mais exigentes e por esse motivo, o oferecimento de uma toalha personalizada, seja ela de banho, de praia, de rosto, ou de fitness tem sido uma aposta por parte daqueles que querem fidelizar seus clientes, conquistar potenciais clientes e, ainda, obter novos parceiros de negócios. Para alguns, a entrega de uma toalha personalizada não é algo assim tão importante, porém os resultados obtidos por meio dessa ação são surpreendentes, pois os retornos obtidos são excelentes, porque ela gera aumento da sua participação no mercado e, principalmente, a fidelização dos seus clientes através do reforço da imagem de marca. Sendo assim, a distribuição de uma toalha sublimada pode fazer com que o relacionamento entre empresa e cliente saia fortalecido. Mais do que isso, a entrega de uma toalha personalizada é capaz de manter a sua marca na cabeça do seu público-alvo. Além disso, sua marca será difundida e seu cliente a reconhecerá mais facilmente, sem falar no afeto que a pessoa demonstrará no momento que ela receber o presente fazendo com que ela fique mais próxima de seu produto.
Por que apostar em uma toalha personalizada?
Muitas empresas por aí fazem brindes apenas por fazer, mas se esquecem que os artigos promocionais precisam ser funcionais e úteis para quem recebe sendo mais que um brinde,mas sim um produto promocional.
A TRD Global é uma empresa que está desde 2004 no mercado e leva até a sua empresa o que há de melhor quando o assunto é toalha personalizada. Trabalhamos com toalha promocional, toalha de praia, toalha sublimada, toalha de rosto, de banho e o que mais nosso cliente desejar.
Para o desenvolvimento da sua toalha promocional precisaremos do envio apenas da imagem, pois a próxima etapa é por nossa conta. A personalização pode ser feita por meio de uma imagem, nome, montagem, frase, personagem, paisagem ou o que for do seu agrado.
Além de trabalharmos com a toalha de praia personalizada que será entregue como um artigo promocional, nossa empresa também está pronta para dar todo o suporte na escolha da melhor toalha personalizada, no desenvolvimento da arte e até da embalagem personalizada!
Nossas toalhas personalizadas podem ser sublimadas ou bordadas dependendo do tipo da toalha. No caso das toalhas sublimadas, elas podem ser personalizadas com qualquer tipo de imagem, ilustração ou até uma fotografia com qualidade excepcional. As toalhas de praia personalizadas são produzidas com dois tipos de tecido, o algodão de um lado, que serve para se secar, e o poliéster em outro, que é aonde será aplicada a imagem.
Independentemente da quantidade, entre em contato agora mesmo com a TRD Global e saiba mais sobre a nossa toalha personalizada. Temos a certeza de que o seu evento ou o seu cliente ficará muito mais satisfeito ao receber esse presente que chegará com qualidade assegurada.
Dica do dia: O que é sublimação?
Em química, a sublimação é a passagem do estado sólido para o estado gasoso, sem que a substância passe pelo estado líquido. Como a água, por exemplo, que pode ser gelo, pode ser líquido ou pode ser vapor. Na sublimação, a tinta sublimática vai passar do seu estado sólido para o gasoso diretamente, marcando indelevelmente o objeto ou o tecido.A técnica de sublimação pode ser aplicada em diversos tipos de tecido ou em objetos dos mais diversos. No mundo da moda, os tecidos estampados com tinta sublimática criaram uma revolução para a estamparia. Antes do surgimento dessa novidade, a estamparia era limitada a simplesmente usar silkscreen e estampar camisetas e, com a nova técnica, muitas novidades chegaram ao mercado, inclusive fazendo ressurgir o mercado de brindes e produtos personalizados.
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momo-de-avis · 5 years
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O Filho de Odin -- Cap. 1, “O Encontro”
Na feira do livro de 2019, cometi o pecado de gastar 3,50€, após uma vaquinha feita pela @herdingsnails​, o @tuxedosaiyan​ e eu, no Filho de Odin de João Zuzarte Reis Piedade. Uma obra unanimemente considerada das piores regurgitações de palavras alguma vez publicadas. Um cocktail de tropes, clichés, plágio, fanfiction de World of Warcraft e outras coisas que eu nem conheço. A pior coisa que alguma vez foi publicada neste país, com aval da Presença. 
Lembram-se daquelas fanfics self-insert que escreviam em 2003 de uma série de animes com crossover dos vossos jogos favoritos? Isto é isso, mas pior.
A pedido de várias famílias, decidi encarar de frente o catolicismo literário e, tal como Jesus Nosso Senhor, carregar por vós esta Cruz para que a humanidade não volte a pecar desta forma. Deste modo, prossegue uma detalhada análise do capítulo primeiro, intitulado “O Encontro”, d’O Filho de Odin.
Deus me ajude.
Antes de entrar a matar com esta deliciosa obra literária, gostava de vos deixar os interessantes agradecimentos. Porque a coisa começa bem logo aqui. Ora o moço agradece à família e amigos, tudo normal, e eis que de repente:
“(...) e aos grupos de música: Manowar (TM), LinkinPark (sic) (TM), Ramstein (TM), Evanescence (TM) e Hammerfall (TM) por toda a óptima música que tocaram e por me terem inspirado para o meu livro; (...) e aos jogos de vídeo, filmes e mini-séries: Blade II, Senhor dos Anéis, Warcraft III, Age of Mythology, BlackAdder, Van Helsing, Soul Calibur II, Mortal Kombat: Deadly Alliance, Castlevania, TWICE (EA Games) e Senhor dos Anéis: o Regresso do Rei (EA Games).
Isto é importante porque ficam logo com uma noção do que é que que ele plagiou.
Agora, o capítulo:
Estamos no século XIX, em 1862, em plena floresta. Nas imediações de uma enorme clareira, está a realizar-se uma espécie de celebração satânica. Como resultado das preces dos discípulos do Caos, ergue-se um antigo e negro castelo romeno para fazer regressar o Senhor das Trevas. Os acólitos e uma espécie de padre demoníaco entram no castelo, levando uma carroça puxada por duas bestas demoníacas.
Isto é o primeiríssimo parágrafo eu já estou a perder a cabeça com a “espécie de padre demoníaco”. É tipo, um bocado, mas não tanto, mais ou menos. Só uma espécie. Tipo padre Inácio se não tivesse os famosos tomates. Tipo padre Amaro fosse ele o exorcista. O próprio Zuzarte não se decidiu bem, talvez seja meio padre, talvez seja demoníaco. É pra deixar águinha na boca e pensarem “hmmmm... um padre, mas demoníaco? Oh, mas que oxímoro!”
Um castelo na Roménia? Um senhor das Trevas? Querem ver que o gajo está a invocar o Nicolae Ceaușescu?
Enquanto isto, na torre mais alta decorre um ritual para a encarnação do Mal -- Drácula de seu nome.
Oh foda-se, é só o Drácula :\
Estão trinta acólitos a rezar, cinco banshees (homo fata maeora)
Antes de entrarmos a fundo neste tijolo, este pedaço importa porque é uma janela para o que vem aí do Zuzarte, e ele adora usar expressões latinas por razão absolutament nenhuma. Esta é também a minha oportunidade para ser pedante como o caralho e dizer que banshee não tem qualquer ligação com latim, mas é uma anglicanização de irlandês, bean sídhe (bean sendo palavra irlandesa para mulher, sídhe, se não me engano, “espírito”, no sentido de “do outro mundo”). 
O latim também está mal declinado porque ele ‘homo’ masculino e declinou o fata e o maeora em feminino. Já agora, “maeora” não é uma palavra. A expressão deveria ser Homo Fatum Maiorum. Assumindo que ele foi entender que “fata” é fada, quando na verdade é ‘fado’, destino. Literalmente significa: o homem do fado maior. 
Chupa-me a piça, Zuzarte. Comigo não ganhas.
Aparece um necromante vestido nestas lindas aparências:
uma bata vermelha, duas facas de sacrifício, um capacete em forma de crânio de dragão, um ceptro em que a ponta termina numa vela negra envolvida por uma serpente e asas de morcego
Deve ser o Fernando Ribeiro.
Os mans lá mexem cerimoniosamente os braços e acordam o Drácula, que vem nestes preparos:
um homem de meia-idade, com longos cabelos brancos, a cara pálida, e dois grandes caninos a saírem da boca. A cobrir o corpo, um fato típico do princípio do século XVIII.
Eu quero que entendam que o Drácula acorda ao fim de centenas de anos, e decide aparecer nestes preparos:
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Acho que te enganaste no século, Zuzarte.
Drácula banha-se no seu próprio ego com palavras caras, o narrador refere-se a ele das maneiras mais coloridas como “Grande Figura”, e finalmente o necromante apresenta-se: É Kalthazad, necromante da 1.ª Ordem de Loki e Set, que seja lá por que for, ficou encarregue de despertar o Drácula.
Agora, vamos começar um jogo. Sempre que o Zuzarte introduz uma personagem, eu vou ao Google pesquisar. E para perceberem porquê, fica aqui o primeiro exemplo:
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Entra o Chris Hemsworth, vestido com armadura azul e um martelo e grita “párem lá com isso!” e Drácula, confuso, refere-se a ele como “Morguel”. Aqui, a obra diz-nos, em nota de rodapé (sim, o Zuzarte tem muitas destas), que um Morguel é “Designação que os mortos-vivos usam para humanos”
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Este livro tem demasiadas Palavras Capitalizadas Insignificantes e Muitos Nomes Aportuguesados de Coisas Claramente Nórdicas, portanto, este gajo é Vhan, paladino de Hélio.
E vem a primeira cena de combate que promete um tom hilariante por o livro fora:
Estende a mão e, em segundos, um feixe de luz saído dos seus dedos atinge Vhan, transformando-o num cavaleiro com uma armadura negra. O seu aspecto jovem desaparece, o cabelo louro é, agora, um manto branco, e o martelo transforma-se numa espada de gelo inquebrável. O homem deixou de ser um paladino de Hélio para passar a ser um paladino da Chacina.
ISTO TEM TANTA PIADA porque tipo, a última frase faz parecer que o gajo trocou de carreira, passou de homem do gás para talhante em segundos, e o Drácula aqui é tipo centro de emprego mágico, em que nem tens de ir para a formação, levas com uma puta dum raio na cornoleira e fode-te.
E isto é tão corta mocas, mas preparem-se porque este tom é consistente, e quando não é nosso protagonista (que ainda não conhecemos, preparem-se que vocês nem sonham o anime character que aí vem) a dar uma de Deus Ex e resolver a cena toda com uma arma mágica super boa para aquele preciso momento que Nunca Mais É Mencionada.
Mas eu tenho... eu tenho de mencionar... o aspecto tipo... porque caralho é que o gajo aparece com aspecto de Chris Hemsworth e sai dali tipo Rei Ghob? E claro que a armadura é ~*negra*~ como mais haveríamos de saber que é mauzão? Já viram o que era um “cavaleiro do mal” vestido de roxo?
O Chris Hemsworth diz que serve o Drácula e o Senhor das Trevas sai-se com esta brilhante saída:
“Há trezentos e oitenta e seis anos que não me divirto. Mandarei um exército limpar este país de escumalha humana.”
1. Pequeno problema aí no teu plano, Drácula. Se matas os humanos, vais te alimentar de quê? Chouriça e feijão verde? Bananas da madeira e borscht? Vais mandar os teus súbditos subrenaturais aprender a ordenhar o sangue de galinhas e porcas? Vais mesmo por gajos que num livro de Lovecraft são a estrela do horror a fazer trabalho de uma babushka do século XIX que está prestes a meter-se com bolshevikes? O que é isto, o squatting slav dos vampiros? 
2. Que tal divertires-te como uma pessoa normal, tipo, vai ao Disorder ou qualquer coisa.
3. Espera aí. Então estamos no ano de 1862. Drácula não acordava há 386 anos. Mas tu disseste que ele está vestido com roupas típicas do início do século XVIII. 1862-386 = 1476.
Eu não quero ser corta mocas nem afectar a tua percepção de masculinidade bad ass, mas o teu Drácula devia ter este aspecto:
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Da última vez que o drácula acordou, Maquiavel tinha 7 anos.
(E o Vlad Dracul teria 45 anos, btw)
Prosseguindo.
Drácula ordena a gajos maus e “elfos negros” (YIKES) que ataquem e dizimem a Roménia (DOUBLE YIKES) e
Com o passar do tempo, as invasões de Drácula foram-se espalhando por todo o território da Roménia. E o poder militar do Conde aumentava proporcionalmente ao número de mortos que provocava, aquando de cada ocupação. Os últimos romenos viram-se, então, a abandonar o berço natal. A Roménia ficou conhecida como “A Terra Negra”.
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É indicado que toda a gente tentou arrear no Drácula mas toda a gente falhou, e por alguma razão ele diz “inclusive os Turcos” ??? Porque é que os turcos merecem destaque neste detalhe? És tu a tentar dar a dica que sabes que o Vlad Dracul verdadeiro combateu os Turcos e conseguiu defender a Roménia da invasão Turca, Zuzarte? És tu a bater uma pívia à tua excela sabedoria de história, Pedrocas?
E aparece esta preciosidade que eu tenho que partilhar, caralho:
Apenas os Gregos mantinham incólumes a sua cidadania e integridade física. muito graças aos deuses no Olimpo que criaram uma barreira em redor do seu pobre mas resistente país
JUNCKER ÉS TU CARALHO, PORQUE É QUE ESTE LIVRO É DE 2006 E JÁ CHEIRA A TROIKA?
Já agora, o que é manter a integridade física aqui? Continuaram na dieta paleo e a fazer exercício? É uma expressão um pouco estranha (e faca de dois gumes) para “não foram infectados”.
SALTAMOS ENTÃO PARA A PENÍNSULA IBÉRICA:
Na Península Ibérica, numa país chamado Portugal (livre da escravidão de Drácula), perto do castelo de S. Jorge, vive um adolescente...
esperem...
...com quinze anos, de origem inglesa...
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...chamado Jonathan Strongheart.
Um...
O rapaz ostenta uma forma física atlética e um cabelo frisado prateado, não muito comum.
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Spot the anime protagonist
Os seus pais chamam-se Uther Strongheart e Adriana Seterwind. Uther é o Paladino do rei de Portugal e um herói internacional.
Para quem sabe história de Portugal (claramente não é o caso do Zuzarte), isto é tão hilariante porque nesta altura estávamos basicamentre na bancarrota, em guerra connosco próprios e a ideia de que existe um paladino de portugal é maravilhosa porque tipo---para nos defender do quê? Dos Miguelistas??
Mudando drasticamente do pretérito perfeiro para o presente por razão absolutamente nenhuma que não masturbação intelectual, ou não seria o doravante chamado Jonatã um self-insert animesco manhoso do autor, o livro prossegue descrevendo a casa: Jonatã é um rico tão filho da puta que a sua casa se “destaca dos demais” porqu enquanto o estúpido do pobre vive em “casas típicas portuguesa” ladeadas por ruas, o nosso Bife “habita uma mansão, no cume de uma colina”. E não está no AirBnB.
Uther Pendragfsmgndfkjgnskd, desculpem Uther Strongheart lê o Times (claro) sobre os ataques do Conde---e agora tenho que fazer uma pausa porque o facto de toda a gente se referir ao Drácula como “o Conde” inevitavelmente me faz pensar neste senhor:
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A partir de agora, este é o Drácula na minha cabeça.
O jornal noticia também que várias sepulturas foram profanadas, tendo desaparecido alguns membros humanos. A polícia desconfia de um homem chamado Victor Frankenstein, um cientista que raramente sai à rua e que trabalha sem descanso num projecto cuja natureza se recusa a revelar.
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[Jonatã] está a ler um livro de Charles Dickens mas não toma chá, pois considera-o uma bebida insípida.
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Sei exactamente duas coisas do Jonatã: que tem cabelo prateado e que não bebe chá, e já lhe quero bater.
A família convive, Jonatã janta, queixa-se “dos chatos dos seus perceptores, principalmente o de Matemática, que mais parece um esqueleto com pele humana e um incrível cheiro a cavalo que lhe sai do corpo”. 
Não.. tens piada, Zuzarte :\
E eis que sonha com um homem viking cuja descrição é claramente o Odin porque tem corvos e o Zuzarte refere-se sempre a este pessoal com palavras vulgares como “aspecto Viking” que, enquanto historiadora da arte, vos posso garantir que podia mostrar irlandês e o gajo não sabia dizer a diferença.
-- Vidar, meu filho! -- chama a estranha figura.
O rapaz acorda, levanta-se e vai beber um copo de água-
«Era só um sonho» -- repete para si mesmo, duas, três vezes, como a querer tranquilizar-se.
Eu tenho-te a dizer, Zuzarte, que tu não sabes pôr vírgulas. Se eu lesse ao ritmo que a tua pontuação me está a dar, soava a uma asmática. Eu tou a ouvir na minha cabeça na voz do puto do Malcolm in the Middle. Tu sabes qual.
Segundo, tu não fazes ideia das regras de parágrafo e diálogo, meu filho. Uma pessoa pode usar o que lhe apetecer para diálogo, mas tem que ser consistente: se usam travessão para diálogo, não podem usar outra vez travessão para pensamento, de outra forma, o leitor não vai saber distinguir. E vice-versa. Este gajo tem a consistência de um gato epiléptico a passear-se no meu teclado.
POR ÚLTIMO... ver um cota com corvos nos ombros aos pés da tua cama normalmente significa 1) paralisia do sono, 2) entrou na tua casa: 2.1) um pedófilo, 2.2) um assassino. 
O homem mistério volta a aparecer, JOnatã pergunta-lhe porque lhe chama Vidar, mas o cota baza. Jonatã vai então ter com o pai, e este diz-lhe que teve o mesmo sonho e que o homem lhe comunicou que ele era o escolhido e que tinha de partir (LMAO), e Jonatã fica “espantado e meio curioso” (ajdfhaksf).
E SEM PERDER UM SEGUNDO, o cabrão do pai diz que não pode explicar se não ele fica ansioso (LMAOOO) e diz-lhe “tens de arrumar as tuas coisas e para poderes partir amanhã” elakjklfgd fdg oh mano... no século XIX, quando se queriam ver livres de um filho, dizia-se que tinham de ir casar com a Prima em Abrantes que era condessa enviuvada, não se dizia “sonhei com um gajo viking com frangos de aviário nos ombros que me disse para te enviar pro caralho”.
[Jonatã] não ficou convencido mas resolveu obedecer ao pai
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és adoptado, puto.
Parte, leva dinheiro e a espada chamada Glam, de Sigmund, que tem o nome mais bizarro para uma espada possível, e que é especial porque ela nunca enferruja por mais que se lute com ela, e o Zuzarte claramente não faz ideia de como fuciona 1) metal, 2) espadas.
[Jonatã] dirige-se para a estação de comboios. Mas, ao chegar lá e pretendendo comprar o bilhete, fica a saber que os lugares estão esgotados.
O Grande Herói de Portugal derrotado pelo poder da incompetência da CP, a cantar desde 1862.
Decide esperar pelo próximo comboio.
Durante o percurso, vai observando a paisagem e, ao avistar uma gruta, a sua curiosidade aguça-se
«--O que haverá ali em baixo?» -- interroga-se num tom de voz sussurrado.
1. Ele decide esperar mas é nos dito que ele encontra a gruta “durante o percurso”. Que percurso? Ele não decidiu esperar? Foi onde?
2. Novamente, ou aspas ou travessão caralho. 
3. O GAJO VÊ UM BURACO NO CHÃO E PENSA, BORA MANO, AVENTURA
Claro que o Jonatã é bife.
Ele desce para a gruta e vê uma estátua do gajo com que sonhou (frangos de aviário e tudo), e Jonatã acha estranho porque não se lembra de haver estátuas de vikings em Portugal (LOL), e de repente, uma voz gutural masculina grita:
-- Toca-lhe!
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Uh... Jonatã... isso chama-se pedofilia...
Jonatã... ah... toca na estátua e é levado para um salão viking (não questionem) onde reconhece de imediato o trono de Hlidskialf, porque o Zuzarte tem que nos mostrar que sabe bué, mesmo quando não faz sentido nenhum a personagem reconhecer o dito trono (vão perceber a seguir porquê), e quem está sentado nele é o man do sonho que volta a chamá-lo de Vidar.
-- Mas eu já lhe disse que não sou Vidar, nem sequer sei quem ele é!
Adoro esta ideia de um bife mimado cair no mundo viking e a primeira coisa que faz é responder a um deus no tom de um puto do Tamariz que está a tentar ensinar um sem abrigo a arranjar emprego porque pedir na rua é feio.
O man diz que o mal é que ele não se lembra de nada (daí eu frisar que não faz sentido ele reconhecer o trono) e cospe-lhe uns raios de luz dos dedos (mas isto toda a gente faz o Pentecostes, aqui?) e
[Jonatã] transformou-se num homem de cabelo loiro, orelhas pontiagudas, calças de couro, botas de chumbo, uma máscara semelhante à de um carrasco com uma abertura nos olhos para ele poder ver, um par de luvas com lápis lázuli e duas facas gigantes amarradas à cintura.
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O Legolas do Bondage, portanto
Aproveito aqui para falar de exposição:
Memórias passadas começaram a surgir de imediato, do tempo em que vivia em Asgard.
101 de como não se deve escrever.
Exposição é muita chato, porque resulta quase sempre em info dump e a gente tem medo de aborrecer o leitor. Aqui, o Zuzarte teve a oportunidade perfeita de fazer a exposição como devia ser, e decidiu em vez disso largar uma valente cagada. É um momento emocional, porque é de revelação. Pai e filho que se reencontram, memórias que assaltam alguém que se esqueceu de tudo, vindo de um tempo passado, e tudo o que nos é dado é uma frase seca sem qualquer informação, sem qualquer imagética, sem nada que me faça empatizar com a personagem.
Eu pessoalmente não quero saber do Vidar e os seus daddy issues porque eu não conheço nem um nem outro, e o autor não me dá nada com que trabalhar. Eu não sei nada destas duas personagens, então não consigo empatizar. Isto é mais um relato contado por outra pessoa do que uma história que estou a ler num livro.
Outro problema é que o Zuzarte escreve no tom de quem assume que vocês já sabem o qué é isto de vikings e o caralho. A questão é que ninguém tem de saber, além de que, por muito inspirado em mitologia que seja, isto não deixa de ser ficção. Eu enquanto leitora vou estar à espera de qualquer coisa nova, de uma informação que faça a coisa divergir da fonte. Quando escrevem livros no tom de “não te vou explicar que já devias saber” mando imediatamente com o caralho.
Continuando.
Vidar lembra-se que é Vidar, e o pai ordena festa. Chama “um homenzinho pouco maior do que um anão”, os deus de Valhalla comem “javali, salmão, pães doces, bolos, hidromel, enfim... um enorme banquete” o deus do mar come os pães doces todos.
Segue-se uma cena que é suposto ter piada mas não tem piada nenhuma, mas vamos todos sofrer em conjunto:
-- Njörd, vê lá que ainda te sufocas -- ironizou Bragi, o deus da Poesia e da Sabedoria.
-- Não me ensines a... -- GASP...URK...uma (sic) tosse enorme não o deixou terminar a frase!
-- Pronto, sufocou outra vez -- constatou Balder, o deus da Paz.
-- Onde é que há aqui um curandeiro? -- perguntou Frey, belo e forte, olhando em seu redor.
-- Preguem-lhe um susto -- aconselhou, por seu turno, Freya, a deus do Amor.
-- Isso para os soluços, idiota! -- disse-lhe Tyr, o deus da Guerra.
Haha, percebem? É suposto ser uma ironização do papel dos deus enquanto, tipo, deuses, mas numa situação cómica, enquanto o Zuzarte nos mostra o quanto sabe de deuses nórdicos haha!
Um novo momento didático:
1. Eu sei que há muitos escritores que não o fazem, mas sempre que uma frase termina ANTES do travessão que vai interomper o discurso directo, a “deixa” do narrador tem de começar com maiúscula. Os autores que não o fazem, trata-se meramente de uma opção estilística, mas esses, garanto-vos, só o fazem quando entendem a regra e a quebram com coerência. Mas coerência é uma coisa que falta ao Zuzarte.
2. Uma frase do narrador que termina em ponto de exclamação ou reticências chama-se discurso indirecto livre. Trata-se de um  mecanismo literário que de certeza que conhecem do Eça, porque é utilizado pelos realistas. A história de como apareceu vai bater no Flaubert, e um dia eu posso explicar, mas agora é irrelevante (se quiserem, madem ask), e o que interessa é que, o narrador, se é ausente, não tece, nem pode tecer, “opiniões”. O discurso indirecto livre serve para comunicar o sentimento de uma situação através da voz do narrador, mas quando é  usado, regra geral, é em momentos de ponderação da personagem (situações em que o discurso do personagem e do narrador se vão lentamente entrinçando até que um e outro já são quase impossíveis de distinguir) ou de ironia, com óbvio tom de comédia (como é o caso do Eça). O Zuzarte contudo tá tão desesperado por ter piada que mete um ponto de exclamação naquela frase apenas para nos mostrar como o deus da Poesia tinha razão, e: olhem! O man sufocou mesmo, haha! O que cria é uma irregularidade de discurso, uma falta de coesão, e de um modo geral, um texto escrito por um puto que disse a si mesmo “faço o que eu quero e durmo com quem me apetece”.
Além disso, isto é uma coisa que ele faz tanto que tenho dificuldades em perceber em que voz está escrito o texto. Não sei se é narrador ausente omnisciente, se é o quê.
3. Viram como a única proposta “idiota” é da gaja? Haha, nada por acaso! Não seria relavante se o Zuzarte não tivesse escrito um livro sobre um Herói de Anime, a Sua Vagina Andante e a Gaja Com Grandes Mamas e Ciúmes (que ainda vão conhecer)! Ou achavam que aqui o menino de Cascais vos ia da personagens femininas com complexidade, profundidade, e motivos mais que não “lamber a piça ao Jonatã porque o aspecto geriátrico dos cabelos brancos dele me dão erição da pelugem na minha nuca a ponte das minhas paredes vaginais se contraírem em desejo”? Oh, gente.
Njörd cospe um pão doce inteiro e entra um gajo no salão com “a pele áspera como a de um marinheiro”
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que é  Thor LMAO
(Zuzarte, por amor de deus, de onde veio a instância que te serviu de inspiração para esta comparação?)
Odin diz que é preciso que alguém vá dar cabo de Drácula que matou “22,47 milhões dos habitantes da Roménia” (jksdhfksjdf) e encarrega Vidar de o fazer. Vidar pergunta com que é que estãoa lidar e Odin... Odin bate palmas e... faz uma apresentação de power point.
Eu juro que não estou a gozar:
Odin levantou-se, bateu palmas e, de seguida, as velas apagaram-se e dois anões trouxeram uma máquina de slides.
-- Que raio é aquilo, Odin? -- perguntou Thor.
-- Eu chamo-lhe mapa.
A nota de roda-pé sobre a palavra slide (sim) diz o seguinte:
Segundo o autor, no mundo dos deus tudo é possível, incluindo as tecnologias de épocas vindouras.
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Depois, apresentou uma iluminura de Drácula a comandar uma elite de vampiros, mortos-vivos, elfos alemães/negros (Homo Fata Alfar Necron/Tedescus Maleficarum) e demónios
Eu já nem ligo ao latim de merda (que de repente se torna grego no meio lmao) porque aceitei já que ele é burro. Mas podemos debruçar-nos um pouco sobre os “elfos alemães/negros” LMAO acham que ele pensou “como é que eu faço parecer menos racista? JÁ SEI! Faço dos alemães os negros!”
Info dump time:
-- Vlad Dracul, todos lhe chamam drácula, o rei dos vampiros, é o escolhido pelos deuses do Mal, para destruir tudo o que é belo e vivo. Nascido em 1431, esteve numa espécie de coma vampírico após ter sido trespassado por uma espada de prata e lhe ter sido arrancado o coração. Mas ele tinha feito um pacto com Seth e Nephthys, sendo que para poder voltar à vida, no caso de ser assassinado, tinha de lhe ser implantado de novo o coração. Ora o exército dos cardeais do papa conseguiram matá-lo e apoderaram-se do seu coração, mas uma elite de vampiros nocturnos invadiu a Catedral de Sighisoara e recuperaram-no. Set encarregou o necromante Kalthazad de trazer Drácula de volta à vida, oferecendo-lhe em troca a vida eterna. E foi isso que aconteceu. No entando, Set estava demasiado ocupado, a tentar fazer com que o seu irmão Osíris não voltasse dos mortos e, por isso, teve de adiar a ressurreição de Drácula para 1862, data em que Drácula ressuscitou, graças a Kelthazad. Ainda ninguém o conseguiu matar, pois é ele que acaba por apanhar e matar os caçadores de vampiros, transformando-os em seus tenentes ou em seu jantar.
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Esta merda tem mais deuses que Wicca.
BTW, esta atitude de “toda a gente sabe quem são Set e Osíris” tá-me a meter nojo, porque é só preguicite aguda. Se vais introduzir sete deuses numa linha de diálogo, vais explicar, de que maneira for, quem é cada um deles. Especialmente se é assim tão relevante.
Eu estou é a delirar com as “elites” de vampiros. Eu sei a que é que o Zuzarte se está a tentar referir porque eu trenho 30 anos e sei o mínimo de história militar, mas ele está a fazer um péssimo trabalho nisto da exposição, e enquanto autor, ele essencialmente está a manter um grosso pedaço da história refém para fazer de nós, leitores, estúpidos.
-- Hum...sujeito simpático, não acham? -- comentou Vidar com os braços cruzados e com uma mão a segurar o queixo.
Os deuses riram-se e depois a máquina desligou-se.
Não tens piada, Zuzarte
Also, eu gostava de saber porque é que ele não mete espaços depois das reticências? Nenhuma delas tem uma porra dum espaço fds
Odin, tal e qual o meu professor de Renascimento Carlos Moura, atrapalha-se com a máquina de slides porque é sempre um gag fixe ter o velho atrapalhado com aquela merda, e Thor ameaça a máquina, mas ela lá percebe que foi uma ameaça e continua a trabalhar. Eu gostava de estar a inventar, mas isto é uma secção do capítulo.
Acham que é mau? A seguir, Odin muda acidentalmente para um slide de uma mulher nua com um chapéu de palha. Eu juro que estou a sofrer.
Vidar compreende que só pode voltar a Valhalla (que aqui é convenientemente referido como masculino, o que me está a irritar) se cometer o acto nobre de matar Drácula, e Vidar pensa “bem, vai ter que ser”.
Mas, antes de ele [Vidar] sair, Odin chamou Heimdall, o deus-sentinela, para lhe oferecer a trompa de batalha, feita pelo anão Ivald de propósito para um deus. A trompa de batalha era feita de um chifre branco com manchas pretas e cinzentas ricamente adornado com ouro, prata e cabedal.
Eu juro que todos os instrumentos de guerra e armas são feios como a pqp e com um fortíssimo toque BDSM que não estou mesmo a entender.
Also, é importante referir cada prenda que o Jonatã recebe porque o Zuzarte nunca mais refere absolutamente nenhuma, portanto let’s keep track.
Vidar toca o trombone e surge um grifo (Raptopanthera gryphos.... rapto pantera ?????????????) com penas tão afiadas nas lâminas que conseguem despedaçar qualquer coisa em segundos apenas, claro.
O grifo chama-se Athos Silverfather e, amigos, preparem-se, porque o vosso primeiro grande momento de secondhand embarrassment vem aí:
-- Io man, saudações aqui dos bosses de Asgard e minhas -- proclamou o animal.
-- Errrr....pois, olá, eu sou o Vidar e acabei de chegar.
-- Eu também, dá cá mais cinco man! -- disse Arthos estendendo a pata de águia.
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Haha, percebem? É tipo, jamaicano, mas a falar à puto branco da costa da caparica que comprou uma T-Shirt do Bob Marley na Vasco Moura e que acha que sabe dançar kizomba! Não é racista porque ele é amigo!
Vidar e o seu estereotipado-racialmente-grifo partem e todos os deuses sentem muita pena, excepto Loki, “o deus trapaceiro, do Fogo e do Mal” que se pira logo dali à socapa para avisar Drácula. Eu acho que o Zuzarte tem uma concepção errada do que é um deus trapaceiro ou trickster, e quem é Loki, cheira-me que andou a ver filmes do Joss Whedon.
Conclusão: O Zuzarte não põe espaços depois das reticências, não sabe usar vírgulas, é pessimo em exposição, discorre com nomes de deuses mas nao é capaz de nos introduzir um bocadinho nem no world building nem em porra nenhuma, e só perde tempo com nomes latinos (errados e mal escritos, e ainda por cima com grego e o crl à mistura) para esgalhar o pessegueiro em honra da sua Mui Nobre Intelectualidade, porque este miudeco com 18 anos (à altura, tenho a infelicidade de anunciar que ele tem a minha idade) sabe tanto.
O Zuzarte deve ser daueles putos que jogava Magic com os gajos que nunca usavam desodorizante e achava que o Clitóris era uma ilha perto do Madagáscar. O puto tem claramente aspecto de quem se revoltou contra o catolicismo aos 13 anos de idade, começou a ler sobre vikings, até que aos 15 levou uma rejeição duma gaja muita gira e desde então que se revê nos mans de 8-pack a abanar martelos, loiraços, grossos, tipo Conan, mas nunca viu uma teta que não a da Soraia Chaves, sei lá.
Avaliem por vocês mesmos:
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Não sei se sabem, mas o pai dele era tipo Vereador ou algo assim da câmara de Cascais, daí ele ter conseguido “críticas” elogiosas do Ruy de Carvalho, Rui Veloso e Pedro Granger na contracapa (ou, tipo, publicar de todo, porque isto é o caso mais flagrante de “o papá pagou aos amigos para darem tacho ao filho).
Se acham que estou a gozar:
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(Perco sempre a cabeça com o “ABSBÍLICO” do Granger)
Rezem por mim, amigos.
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Balde:Pessoas negativas, invejosas, sinceras demais ou apenas “sem noção?”
Primeiro de tudo há de ficar claro o que é balde. Bom, sabe aquele tipo de pessoa que sempre tem algo negativo a dizer sobre algum sonho ou conquista sua? Chamo essa pessoa de baldista, pois o balde de água fria não sai da mão dela e constantemente ela mina nossa motivação. Essas pessoas são perigosas para nossa saúde mental pois sugam da gente nossa alegria e motivação. Lembro da minha primeira viagem, há de se considerar que vim de uma família muito humilde onde viajar para outro estado, andar de avião era algo impossível. Pois bem, cai na cilada de contar sobre minha primeira viagem para um baldista, a primeira coisa que o baldista falou foi “Eu não viajaria para o nordeste, eu não vejo graça nenhuma.”  Em outra ocasião, a viagem era para o Chile, outro baldista disparou: “Mas, Chile? Eu viajara para outro país”, daí começou a discorrer sobre o país que ele considerara melhor, detalhe: o bonito, nunca tinha feito uma viagem na vida. Em outro momento, contei para um amigo que faria um intercâmbio em Nova York, houve um minuto de pausa da parte dele, a expressão era de espanto como se ele se perguntasse “como você vai fazer isso que eu sempre sonhei antes do que eu” (era o sonho dele fazer intercâmbio)? Depois dessa pausa para lá de estranha ele (o baldista), começou a questionar os detalhes da minha viagem e criticar de forma sútil algumas escolhas minhas a respeito do intercâmbio. Outro exemplo, foi quando mudei de casa: Uma casa melhor, mais ampla no bairro mais seguro (um sonho meu).  O baldista veio a minha casa e não conseguiu se conter, ele apontou todos os defeitos, eu disse, todos os defeitos da minha casa, detalhe: sem em nenhum momento ser solicitada a opinião! O próximo exemplo é interessante e bem sútil: Leonardo sempre sonhou em ter um cachorro e no auge dos 30, ele pensou: “vou realizar esse sonho!” Bom, as pessoas vinham aqui em casa ou viam o canino pelas redes socais e disparavam: “É muito bonito, mas dá um trabalho né? Eu não teria, dar banho, dar de comer”! O Leonardo fazia chapinha, acredito que o balde era tão recorrente que foi por isso que ele resolver adotar o cabelo cacheado. Me recordo de uma vez que um amigo veio a minha casa e eu fui mostrar o álbum da minha viagem a Argentina a ele, (eu não sabia até esse momento que corria no sangue dele, o balde), eu todo empolgado, radiante, disse ao humano: “Aqui amigo, meu álbum” ,de repente o  rapazote (possuído pelo balde), começou a dizer que nunca iria a Buenos Aires, que muitas pessoas que foram lá não gostaram, que era um lugar que ele não desejava ir! Quando o boca de inferno acabou de esbravejar,  arranquei o álbum da mão dele e disse: “Você não vai ver meu álbum, o que você fez agora é totalmente egoísta e discursei pela milésima vez  sobre o tema: balde!” Minha irmã, por volta dos 28 anos entrou na faculdade de letras na UFRJ, de novo para minha família chegar nesse lugar é algo surreal. Pois bem, adivinha o que ela mais ouvia? “Poxa, a faculdade é boa, mas é tão longe, vai ter que ter muita força”, fico me pergunto qual a intenção desse tipo de comentário. Ah já ia me esquecendo, em 2014 fui atropelado e tive que usar uma tala  no pé e estava mancando com muita dificuldade para andar, a maioria das pessoas diziam “caramba, nesse calor,  meu irmão ficou assim demorou maior tempão para se recuperar, conheço uma pessoa que a perna nunca mais voltou ao normal ”!  Eu sei que o tema é balde, mas nunca esquecerei de um vizinho, o único que disse, “Luiz, vai dar tudo certo, logo, logo você estará bem, fica calmo”, entre tantos baldes, uma frase dessa é um bálsamo que muda nosso dia. Lembro de uma vez que estávamos em família, era aniversário do Leonardo, ele estava muito animado, afinal estava juntando seus pais e amigos em um bar que ele gostava muito. Então, o baldista, começou a recitar o seu poema que nesse caro não era nada sonoro:” tudo aqui é caro, a cerveja é cara, não vale a pena, a gente podia ter feito outra coisa”. Ele estava em família era aniversário do filho dele, mas ele optou deliberadamente por ser aquela pessoa do rolê que  estraga a felicidade alheia, internamente eu pensava “há poder no teu sangue Jesus, queima ele, queima o balde”, e comecei a minha oração: “Mil baldes cairão ao seu lado,  dez  mil a sua esquerda mas tu não serás atingido”.
         Outro tipo de balde é o balde indiferença: Lembro de quando eu contei para uma amiga minha sobre minha primeira viagem. Eu estava tão empolgado que danei a falar sobre minha experiência, a baldista olhava para mim, mas sem expressar nenhuma reação, sem proferir um só um vocábulo, depois que quase preguei sobre Recife, ela olhou para a irmã dela, (eu crente que ela ia falar algo, qualquer mísera coisa sobre a viagem) e disse “Fulana, acabou meu refrigerante” e começou a falar sobre qualquer outra coisa que não fosse Pernambuco! Nesse caso, esse ser vivo iluminado, ao se deparar com o que ela julgava um sucesso meu,  preferiu a indiferença, quase como se fosse uma punição para mim, como se ela pensasse “eu não vou dar confiança para ele, eu não vou dar esse “biscoito”. O curioso que algum tempo depois, a bonita, viajou para o mesmo lugar que eu! Ao que tudo indica o fato de eu ter feito a viagem primeiro do que ela, a incomodou! Mais tarde percebi que conviver com alguém assim que não consegue ficar feliz com a vitória de um amigo, seria alguém insuportável para minha saúde mental, por isso resolvi me afastar!
        Uma coisa que percebi de comum entre os baladistas é que eles pensam neles mesmos na hora que ouvem uma conquista ou sonho de alguém! É como se a conquista da pessoa indiretamente apontasse: eu estou fazendo isso e você não, eu tenho isso e você não e para se defenderem ou justificarem o que eles não têm, resta criticar o que para o outro é muito importante, já que eu sou frustrado, eu também vou frustrar. Não acredito que todos que façam isso, façam consciente, mas fazem! É tão frustrante não ter conseguido conquistar esse algo, que o sucesso do outro é como um espelho que diz: você é um fracassado e num processo rápido de defesa do ego vem o balde, já que ele não fez, não conseguiu alguma alcançar conquista, minar o sonho do  outro é como um consolo à alma do baldista!
          Essa galera do balde também não elogia os outros, não motiva ou incentiva, é quase como um padrão. Elogiar é sair do meu holofote e por o outro no palco. Colocar o outro como protagonista e por alguns minutos ser apenas coadjuvante não é uma tarefa muito fácil, para esse pessoal negativo é quase impossível. Notei em todas essas minhas vivências que as pessoas que me jogaram balde também não disseram coisas como: “parabéns, fiquei feliz por você, você merece, que bom que você conquistou.” A visão desse pessoal é tão turva, tão nebulosa que ver a parte boa de alguma coisa parece algo extremamente difícil. Quando eu aponto a parte boa da sua conquista eu fico em segundo plano e você no primeiro e para fazer isso tem que ser menos egoísta e mais empático!
          O balde existe. Está na nossa família, no trabalho, no meio dos nossos amigos. Mas, como agir com essas pessoas? O que fazer? Uma pergunta que pode te ajudar a responder isso: Vale a pena demandar minha energia ensinando e explicando para essa pessoa que esse comportamento é tóxico? Sou obrigado a manter essa relação? Essa pessoa me faz mais bem ou mal?
       Acredito que as pessoas mudam, caso queiram. Outras nunca mudarão. Entretanto, nós podemos mudar e decidir não conviver mais com esse tipo de gente negativa que em geral é nociva a nossa saúde metal! Caso, você considere que a pessoa valha a pena, converse com ela, diga  como você se sente quando ela enfia sua cabeça no balde de gelo, seja sincero e fale com todas as letras o quão insuportável é conviver com alguém assim.  Ninguém é obrigado a saber de nada e possa ser que o baldista seja assim, mas nunca tenha notado! “Ah, Luiz, o baldista vai mudar em um instante?” Não! Dê um tempo, vai ser um processo.
         Balde? Só se for de motivação, risadas, elogios e críticas construtivas! Jogar balde é a validação da falta de habilidade de lidar com o sucesso do outro e da dificuldade de ter uma mente que não foque no negativo e sim no positivo! O balde não é   uma crítica construtiva, é uma crítica destrutiva onde a pessoa põe em primeiro lugar o que ela considera bom e se esquece da pessoa que está diante dela, destacando aí a falta de empatia! Quanto mais empática a pessoa é, menos ela jogará balde! Então, entendeu o que é um balde? Você joga balde? Conhece alguém assim?
LUIZ CARVALHO O PENSADOR
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