Tumgik
#sinais de preocupação
pensamentosuperior · 2 years
Text
youtube
CRISE de ANSIEDADE | COMO LIDAR COM A ANSIEDADE
A ansiedade é um dos distúrbios de saúde mental QUE MAIS PREDOMINA NO MUNDO com 1 em cada 14 pessoas provavelmente afetada
SE VOCÊ LIDA COM A ANSIEDADE, EXISTEM VÁRIAS ESTRATÉGIA QUE VOCÊ PODE USAR PARA EVITAR.
AQUI ESTÃO UMAS SOLUÇÕES RÁPIDAS PARA TE AJUDAR A RESOLVER IMEDIATAMENTE.
EXPERIMENTE SUPLEMENTOS OU MUDE SUA DIETA
TOMAR SUPLEMENTOS É UMA ESTRATÉGIA DE LONGO PRAZO MÁS MUITO EFICAZ
PESQUISAS MOSTAM QUE ESSE SUPLEMENOS AJUDA NA REDUÇÃO DA ANSIEDADE.
OS SUPLEMENTOS INCLUEM:
ERVA-SIDREIRA, OMEGA 3, ASHWAGANDHA, CHÁ VERDE E RAIZ VALERIANA E KAVA KAVA
OS LINKS DOS SUPLEMENTOS ESTÃO NA DESCRIÇÃO CASO QUEIRA CONHECER.
SE VOCÊ ESTIVER TOMANDO OUTROS MEDICAMENTOS, VEJA COM SEU MÉDICOS SE ESSAS ERVAS NATURAIS NAO IRÁ ATRALHAR SEU ORGANISMO.
PRATIQUE RESPIRAÇÃO PROFUNDA.
INSPIRE POR 4 CONTAGEM E EXPIRE POR 4 CONTAGEM POR 5 MINUTOS.
QUANDO VOCÊ EXPIRA A NOITE, VOCÊ DIMINUE SUA FREQUÊNCIA CARDÍACA, E PODE TE AJUDAR A ACALMAR
ANOTE SEUS PENSAMENOS.
ESCREVER O QUE ESTÁ TE DEIXANDO ANSIOSO AJUDA A TIRAR DA SUA CABEÇA E PODE TE TRANQUILIZAR.
Pare de fumar e reduza ou pare de beber bebidas com cafeína. A nicotina e a cafeína podem piorar a ansiedade.
Faça do sono uma prioridade. Faça o que puder para ter certeza de que está dormindo o suficiente para se sentir descansado. Se você não está dormindo bem, converse com seu médico.
Mantenha-se fisicamente ativo. Desenvolva uma rotina para que você seja fisicamente ativo na maioria dos dias da semana. O exercício é um poderoso redutor de estresse. Pode melhorar o seu humor e ajudá-lo a se manter saudável. Comece devagar e aumente gradualmente a quantidade e a intensidade de suas atividades.
Limite a cafeína e o álcool Cafeína, álcool e outras substâncias como bebidas energéticas ou bebidas açucaradas podem estimular o sistema nervoso e aumentar a ansiedade e os ataques de pânico.
Reserve um momento para desacelerar
Tire momentos ao longo do dia para relaxar e se concentrar. Respirar fundo ou participar de uma atividade que você gosta pode ajudar a quebrar o ciclo de ansiedade.
Socializar. Não deixe que as preocupações o isolem de seus entes queridos ou atividades.
agora que você já sabe COMO LIDAR COM A ANSIEDADE me fala nos comentários se você já passou por isso ou conhece alguém que precisa assistir esse vídeo,
se inscreve no canal e não deixe de assistir o próximo vídeo que está aparecendo aqui na tela!
Para mais vídeos como este, clique no botão de inscrição e lembre-se de clicar no sino de notificação.
1 note · View note
gimmenctar · 4 months
Text
gimme more 3
Tumblr media
jaemin x leitora parte 3/4 acho que vocês vão querer me esganar MNDI
parte 1 parte 2
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Sem saber o que fazer, você liga pro Chenle antes de ir. Obviamente estava impecável, lisa como um bebê, perfumada, basicamente preparada pra tudo, mas está tão nervosa que precisava de um choque de realidade. 
“E você quer meu conselho para…?” A voz do outro lado da linha questiona, claramente ele está tentando tirar uma confissão de você.
“Ah, Chenle, não sei! Tô nervosa de ir conversar com ele.” 
“Vocês dois não vivem enfurnados na casa do outro? O que aconteceu? Porra, ainda tá nessa história de ficar estranho?” 
“Não sei pra que que eu–”
“Vocês ainda não foderam?” Ele pergunta mais direto, e você grunhe de raiva. 
“Não, Chenle. É exatamente por isso que eu tô te ligando, porque eu preciso de…” 
“Nem vem! Se o Jaemin descobre que eu te comi, eu tô ferrado.” 
Você ignora o que isso implica, e grita mais com o amigo. 
“NÃO É ISSO, ZHONG! Olha, sinceramente… Eu só precisava me acalmar. Talvez aconteça, talvez não… grande possibilidade de que não. Só que eu precisava me acalmar antes de ir, ouvir que não vamos estragar nossa amizade.”
“Ah, isso vai. Mas isso é bom, cara. Nada que um bom chá não resolva, vai por mim. Vai dar bom.” 
Você segue pra casa do amigo sem imaginar seus planos quase maquiavélicos. Jaemin sabe o que quer, e ele vai ter. Como um calculista, ele prepara tudo muito bem: seu lanche favorito, bolo de cenoura com chocolate; um filme que você queria muito ver só esperando pra dar play; o sofá com mais almofadas; a meia luz e ainda uma janta engatilhada caso fique até mais tarde. 
Ele te recebe com um sorriso grande no rosto, você chega até a pensar que ele parece confiante demais. O beijo no canto da boca e a mão na cintura são parte do plano, ele percebe que teu corpo reage rápido aos toques, as bochechas enrubescem. O lanche bem montado aquece seu coração enquanto conversam sobre os dias que passaram, e ele te dá toda atenção do mundo: balança a cabeça e reage a cada história, faz perguntas, se inclina com a mão na tua coxa pra te ouvir melhor. Definitivamente um mestre na arte de flertar sutilmente, sabendo que você notaria todos os sinais. 
Depois de lanchar, ele te convida pra sala, te conduz pela mão, os dedinhos engatados te causam um risinho insistente, está boba por Jaemin enquanto admira as costas dele a cada passo até o outro cômodo. Ele se sente orgulhoso de si mesmo, a confirmação de que está caindo na armadilha dele encheu seu ego. 
“Cê quer ver filme antes e conversar depois ou o contrário, princesa?” Ele pergunta pra te dar a falsa impressão de poder de escolha, já sabe onde vai terminar isso. 
“Quero… quero ver o filme.”
Tão previsível.
Ele sorri, te entregando o controle e sentando colado em você, a perna cruzada se apoia na sua coxa, e você fica inquieta nos primeiros minutos. Aos poucos, ao longo do filme, relaxa nos braços do amigo. Ele até te puxa pra um abraço, e você encosta a cabeça no peitoral dele, ficando entre as pernas definidas de Jaemin. 
Ele espera até que você se esqueça do porque veio, espera até que esteja tão envolvida no filme que não pense muito sobre as digitais calejadas alisando teus braços devagar. E, realmente, você não responde. Então, mais devagar ainda, ele desce os carinhos pras pernas, focando em massagear tuas coxas de fora pra dentro, começando do joelho, passando pelo meio… É quando ele chega mais perto do quadril que você se remexe no colo masculino. 
“Tá tudo bem, linda?” Finge preocupação, deveria ser pago pela atuação excelente, quando ele mesmo estava se controlando pra não se deixar levar. 
“Sim, Nana.” Tua voz sai abafada, as palmas macias insistem no carinho na parte interna da tua coxa. Sem perceber, você abre um pouco mais as pernas, e Jaemin faz bom proveito do acesso extra.
As mãos sobem mais, testando os teus limites. Ele já não foca mais na TV, você o sente respirar no teu cangote, completamente investido no que está fazendo contigo. 
“Jaemin!” Exclama surpresa ao sentir as mãos passarem pelos ossinhos do quadril, evitando o centro ardente de propósito. 
Virando-se pra trás, encontra o rosto confuso do amigo. Ele quase ri, porém força a expressão questionadora. 
“Que houve, princesa?” Ele não resiste deixar um beijinho na tua bochecha tão próxima, e você fecha os olhos. 
“Seu carinho, Nana…” Não consegue completar a frase, Jaemin desce os beijinhos pro teu ombro exposto, te causando arrepios. 
“Tava bom, é?” 
Você assente, sem forças. Esqueceu mesmo que teu objetivo ao virar-se era, na verdade, confrontá-lo pelas ações. Está rendida nos braços de Jaemin, e ele aproveita o momento pra te virar inteira, botando tuas pernas envolvendo seu quadril. 
“Quer conversar agora?” 
Ele sabe o quão bonito é. Repousa a cabeça no sofá, acariciando suas coxas como antes, mas te olha com uma intensidade quase magnética agora. Você não é capaz de desviar o olhar, admirando cada traço de seu rosto, especialmente quando ele toma o lábio inferior nos dentes perfeitos. 
Não, quero te beijar. A resposta fica entalada na garganta, porém é como se ele tivesse escutado teus pensamentos. Ele aproxima o rosto do teu, estudando tuas feições com cuidado. Te dá um selinho molhado, sente o gosto doce do hidratante nos teus lábios e se afasta pra checar se está tudo bem.
A boquinha partida, esperando mais, os olhos cerrados… Jaemin fica maluco, sente uma vibração na garganta, satisfeito demais com tua docilidade. 
Novamente te beija, e agora de verdade. Abusa teus lábios um tempinho antes de lambê-los, encontrando tua língua na dele logo depois. O ritmo é insanamente devagar, gostosinho demais. Acaba contigo, acaba com ele. 
Jaemin suga tua língua com devoção, ainda mais lento do que antes. Ele aperta tua bunda com vontade quando você geme na boca dele, te fazendo sentir a rigidez deliciosa que crescia conforme se beijavam, se tocavam. 
Perdendo um pouco da vergonha, tuas mãos passeiam pelo corpo musculoso do rapaz a fim de explorar as áreas sensíveis. É inevitável arranhar o peitoral bem trabalhado, gostoso, e Jaemin suspira, mordendo teu lábio, demora pra soltar. 
“Tava querendo tanto, gatinha.” Ele declara, interrompendo o beijo, estabilizando teus quadris, te fazendo parar. 
Óbvio que ele queria continuar, a vontade é de te rasgar no meio. Mas não era o plano, queria te provocar até te ver quebrar, ficar doida pra dar pra ele. 
Não que você já não estivesse uma pilha de nervos, a ereção roçando na tua intimidade, a expressão safada no rosto dele, as respirações se misturando. Jaemin alcançaria teu limite logo.
Tumblr media
n/a: ai, ai, na jaemin... eu escrevi essa fic tem MESES. a parte 4, porém, tá em produção. é a parte final! vamos ver o que vai sair. <33
90 notes · View notes
meuemvoce · 4 months
Text
Oferecemos aquilo que temos
Até quando seremos útil na vida de alguém? Até quando precisaram de nós? Somos um prazo de validade na vida das pessoas e só servimos quando precisam de algo que carregamos dentro de nossos corações. Às vezes a nossa essência é tirada através de pessoas que não tem nada para nos oferecermos, mas porque de alguma forma sempre ficamos e tentamos demostrar que valemos a pena? Será que elas pensam da mesma forma que nós? Será que tem a mesma preocupação sobre usar alguém, arrancar a essência de uma pessoa que um dia era importante para ela? Às pessoas tem o péssimo hábito de quebrar alguém quando ver que já teve o suficiente dela e em seguida ‘’não serve mais para nada? Descarta’’. Geralmente pessoas que usam outras pessoas são as que não tem nada para oferecer, mas mesmo assim espera algo em troca, elas se frustram, sentem raiva, decepção, mágoa por carregar um vazio achando que é alguma coisa. Sabe aquela sensação de que oferecemos tudo o que temos e não recebemos na mesma intensidade? É o engano gritando para você sair fora enquanto é tempo e que não tem nada para você naquele lugar, mas somos teimosos, enfrentamos o duvidoso e o desconhecido, preferimos dar a nossa cara para bater a seguir nossa intuição. Sabe aquela mensagem lida e não respondida? Ligação recusada? Mentiras atrás de mentiras? É o coração te avisando que você merece mais apesar de doer ao ser ignorada. É inevitável sermos substituídos, ignorados e esquecidos, mas se a única saída é seguir em frente mesmo quando a outra pessoa te usou, então faça a sua saída da vida dessa pessoa valer a pena, não se torne aquilo que te feriu, aprenda com os erros, sabemos que ser tapa buraco na vida de alguém não é o que desejamos, mas pegue sua melhor versão e tampe os buraquinhos que ficaram no seu coração, pode levar um tempo para sumir com os vestígios, demora um pouco para cicatrizar e não procure entender do porque as pessoas usarem você e depois de descartarem como um brinquedo sem serventia, só oferecemos aquilo que temos, se você carrega amor, irá oferecer amor, se você carregar dor vai oferecer dor, mas isso não quer dizer que você deve desistir de tentar conhecer outras pessoas, principalmente aquelas que passam pela mesma dificuldade que você. Não subestime a sua intuição, não deixe de ouvir seu coração quando ele gritar ‘’fuja’’, não ignore os sinais quando as pessoas demostrarem não precisar mais de você e isso vale para qualquer relacionamento e qualquer situação. A dor ela é passageira, assim como a mágoa, raiva, decepção e medo, nada dura para sempre e você já percebeu que para tudo tem um tempo de acabar e por que não acabar em ser a segunda opção de alguém? Por que não quebrar o ciclo de ir atrás de migalhas e se satisfazer com tão pouco? Não se perca pelo caminho pela falta de reciprocidade e por ter sido a segunda opção de alguém, de meia volta, pegue e aprenda a identificar quando aquele lugar não é mais para você, pegue seu amor-próprio, segure na mão dele e dê meia volta. Foda-se aquelas pessoas que não tem nada para nos oferecer e pela falta de reciprocidade!
Elle Alber
91 notes · View notes
evewintrs · 27 days
Text
WHATEVER YOU DO... DON'T FALL ASLEEP — Part I.
Tudo que ela queria fazer era dormir. Se tivesse que apontar a emoção prevalente em meio a todo o luto, se perderia na dormência, e nem mesmo a raiva, tão característica de seus momentos de desamparo, estava lá. Simplesmente não existia nada. Por um lado, foi o que tornou mais fácil voltar a interagir com os de fora, por outro, não havia sensação que durasse mais do que alguns minutos, e então, já estava de volta àquela Falta. Evelyn não era alheia à falta, a tinha consigo há meses. Entretanto, perder sua intensidade lhe assustou. Não queria lutar também. Então cedeu à vontade, e fechou os olhos. 
Quando sonhou, não tinha dor. Estava na floresta, cercada pelo verde e o farfalhar das folhas, por onde os animais pequenos se esgueiravam para escapar de sua presença estranha, uma intrusa na natureza. Evelyn sorriu, empolgada com a mudança de paisagem, e notou que, em cada uma das mãos, empunhava as gêmeas assassinas, Delírio e Mania. Neste momento, o espaço imaculado apresentou perigo, quando sentiu o chão tremer debaixo dos pés descalços. Em um movimento rápido, pegou o cantil e levou até os lábios, em goles generosos, sentindo a queimação gostosa fortalecer seu corpo e despertar seus sentidos. De longe, o viu chegando, irritado e pronto para a batalha: o grifo. Ao contrário dele, porém, Evelyn exibia um sorriso divertido. Adorava enfrentar grifos, ou qualquer monstro animalesco. 
Quando a batalha se iniciou, sentiu que estava revivendo algo que já havia acontecido. Naquele lapso de consciência, Evelyn notou que estava passeando por uma memória antiga. Ela sabia como o grifo iria lhe atacar. Sabia o que estava fazendo naquela floresta. Também sabia que escaparia ilesa e o envenenaria com suas cobras, depois de perder os sais em uma investida da qual escapou de raspão, e ele fugiria. Ela estava em uma ronda, logo à frente encontraria outros patrulheiros, e os contaria, entre risos e puxando ar para os pulmões, que havia o mandado embora. Mas não foi isso que aconteceu.
Dessa vez, o ataque de raspão a acertou, e o grifo usou sua força para prensar sua perna com as garras de gavião, na tentativa de levá-la consigo para o alto de seu ninho.  Pega de surpresa e confusa, usou suas próprias garras para impedir os planos do grifo e foi deixada no chão, com os sinais do aperto forte na vermelhidão da pele exposta da coxa. Mais tarde, isso vai virar um hematoma muito feio, ela pensou. Assim que virou a cabeça na direção dos colegas de patrulha, se viu novamente em seu quarto. Tudo parecia normal e, provavelmente, era só mais um sonho qualquer. Exceto pelo roxo evidente na perna. Igual ao que havia visto antes de despertar. 
Passando os dedos levemente pelo ferimento, Evelyn pensou que ainda estava sonhando, mas, quando concluiu que estava no mundo real, pela primeira vez em dias sentiu algo com a mesma intensidade de antes: preocupação.
featuring: @silencehq
18 notes · View notes
sunshyni · 11 months
Text
Volleyball&Kisses.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Eunseok × Você
Gênero: fluffy
w.c: 1.2k
n.a: eu tive essa ideia inicialmente com o Jungwoo, mas eu vi essas fotos do Eunseok e imediatamente soube que o plot estava destinado para ele.
WARNINGS: não gostei muito disso, mas eu não quis jogar fora porque gosto do cenário. Menções a Kento Yamazaki, Frozen (porque o Seunghan cantando “Vejo uma porta abrir” não deixa minha cabeça de jeito nenhum e ao anjo Gabriel (???). Jogadores de vôlei, desculpa ai se eu pequei com algum termo!
Boa leitura, docinhos! 💚
Eunseok sempre foi um garoto sossegado, espantosamente silencioso para um garoto do colégio, falava com todo mundo desde que não fosse a pessoa que toma a iniciativa, fazia parte da trindade divina masculina da escola composta por ele, o encantador Sohee e o irritante Seunghan, cobiçados pela grande maioria dos estudantes, você no entanto só tinha uma quedinha por um deles. Eunseok tinha certo grau de miopia e às vezes perdia suas lentes de contato em algum dos treinos dos um bilhão de esportes que ele praticava, forçando-o a utilizar óculos de armação retangular e levemente grossa, como Kento Yamazaki em “Wokatoi”, e você meio que o achava atraente demais com o adereço, torcendo para que, sei lá, as lentes de contato fossem magicamente magnetizadas para a caixa de areia do gato mais próximo.
Naquela tarde ensolarada você descobriria que Eunseok não era o único que manifestava sinais bastante evidentes de TDAH.
— Merda — Você praguejou baixo, segurando a ponte do nariz com as pontas dos dedos enquanto a mão vazia te impedia de encontrar a areia fofinha, embora sua cabeça latejante dissesse que aquela era a melhor escolha a ser feita. Como líder da equipe de vôlei feminino da escola, você estava indo bem até o segundo e penúltimo set, nenhum devaneio lascivo rondando sua mente, absolutamente nenhum pensamento embaraçoso contendo mãos bobas e ágeis, mesmo quando a do Song estalou contra a de Wonbin num high five animado, tudo estava correndo dentro dos conformes, mas aí Eunseok suspendeu a camisa até a altura da testa secando o suor e oferecendo a plateia uma visão privilegiada do seu corpo magro e atlético.
E sabe como é, né? Entre levar uma pancada de bola de vôlei e deixar-se fascinar pela centésima vez pelo garoto que você venera desde o fundamental – e que raramente é tão exibicionista assim – ou jogar seu esporte favorito tirando proveito das suas habilidades conquistadas através de anos de prática, existe um consenso universal sobre a primeira escolha.
— Ei, você tá bem? — Eunseok ajoelhou-se ao seu lado, plantando a mão firme em seu ombro como se estivesse cumprimentando um dos caras do time, com a diferença de que o peso te deixava nervosa. Lentamente, você elevou os olhos, fazendo-os percorrer da camiseta onde se lia “Team Seok” na parte de trás, até as mechas de cabelo castanho-claro que se grudavam no rosto suado e de volta para o olhar arregalado de aflição, Eunseok resplandecia de uma forma tão absurda que para você não seria demasiado ilógico se ele estivesse ali apenas para alertá-la de que teria um filho sendo virgem.
— Sim — Respondeu, depois do que pareceu um século e uma comparação bem óbvia com o anjo Gabriel — Tô só um pouco zonza.
— É, sua testa tá começando a inchar... — Ele constatou, com o cenho franzido de preocupação. Atrás dele, sua parceira de jogo assistia toda aquela cena de filme adolescente, com os braços cruzados e as sobrancelhas elevadas, afinal nem mesmo uma torção no tornozelo te fez perder os últimos dez minutos do set no campeonato interescolar, imagine então quão desprezível deve ser uma bolada segundo seus critérios — Sohee deve ter algum gelo. Vamos lá, você não pode ficar debaixo desse sol quente.
— O que foi que você fez, hyung? — Eunseok manteve os dedos entrelaçados com os seus até chegarem no restaurante de frutos do mar (atraindo muitos olhares, bocas abertas e rostos perplexos), Sohee trabalhava lá nas férias de verão como garçom, todavia quando o pessoal do colégio decidia marcar reuniões no estabelecimento com a intenção evidente de atazaná-lo, o pequeno palco para apresentações tornava-se inteiramente dele e algumas músicas coreanas e internacionais eram entoadas no embalo de uma plateia animada.
— Pensei que você fosse imbatível. Como a mulher maravilha — Seunghan girou o banco alto de forma a ficar de frente para você e Eunseok, especificamente nesse recesso ele tinha se interessado pela vaga de salva-vidas do clube e vivia encharcado com a quantidade de garotas que encenavam quedas e afogamentos apenas para serem resgatadas pelos braços malhados, mas Seunghan costumava ser atencioso com as crianças e suas famílias — Que foi? Sua cabeça dura não te ajudou dessa vez?
— Cala a boca, Seunghan — Como punição, Eunseok confiscou o copo de um drink azul da mão do amigo e o pressionou sobre sua lesão, fazendo você chiar pelo contato do copo gelado contra sua pele e pela proximidade repentina do atleta, sentada no banquinho elevado feito Seunghan ao seu lado, Eunseok se encontrava nitidamente em pé, entre as suas coxas, no entanto ele parecia bastante absorto e responsável pelo pequeno calombo na sua testa para reparar no seu peito subindo e descendo numa velocidade fora do normal.
“Talvez ele estivesse tão perto porque não enxergava muito bem”, seu coração se encheu de esperança com a possibilidade dos óculos entrarem em ação assim, de repente.
— Toma, coloca isso — Sohee estendeu gelo enrolado num pano de prato para substituir o improviso de Eunseok, pelo canto do olho, você percebeu uma conversa não verbal entre os dois integrantes do trio, Seunghan indicava você e Eunseok com a cabeça enquanto Sohee aparentava não entender do que se tratava, até que seus olhos amendoados cresceram numa clara constatação, como quando você descobre que o príncipe Hans não passa de um canalha em “Frozen” — Sungchan hyung tá com uns três palitos de picolé premiado. A gente vai atrás dele.
— Picolé de graça — Seunghan bateu no ombro de Eunseok ao passarem por nós e deixarem apenas o barulho das crianças animadas nas piscinas, e o bater de talheres em mesas distantes do bar. Internamente você se questionou porque aquela atitude insinuava tanto suspense, porém foi incapaz de estudar os fatos quando o hálito mentolado e doce do garoto alcançou suas narinas ao soprar suavemente:
— Por que você não sacou? — Você engoliu em seco, sentindo a febre chegar quando Eunseok pôs a tentativa de bolsa térmica gelada sobre o balcão.
— Saquei o que?
— A bola — Ele sorriu pequeno, optando por dar um tempo para o inchaço e só fitar os seus olhos, suas pupilas se expandindo a cada frase proferida.
— Me distrai — Um ponto de interrogação surgiu no lindo rosto de Eunseok, você ajudou-o afastando o cabelo liso para poder contemplá-lo melhor, mal acreditava que admitiria aquilo — Com você.
— Comigo? Por que? — Eunseok exalava curiosidade e ansiedade, no entanto, dessa vez, quem não percebia o impercebível era você que só conseguia enxergar o rosto sereno e impassível do rapaz, afinal essa era uma de suas especialidades: fingir a mais plena placidez mesmo surtando por dentro.
— Porque... Eunseok, olha, eu sei que você escuta isso todo dia mas... — Durou dois segundos, mas os lábios de Eunseok estavam sobre os seus, agora a boca rosinha brilhava um bocado devido ao gloss que residia nos seus lábios, você pensou que fosse desmaiar quando a mão masculina afastou seus cabelos da nuca e permaneceu bem ali, massageando a pele, fazendo o dedão repousar deliciosamente no centro da sua garganta.
— Gosto de você desde o fundamental — Declarou, irrequieto, piscando e alternando o foco das íris.
— Eu gosto de você desde o fundamental — Vocês sorriram simultaneamente e Eunseok deixou outro beijo sutil nos seus lábios, te roupando a consciência da gravidade e te fazendo sentir como se estivesse flutuando no planeta Terra e não num satélite natural como a lua.
— Então a gente vai ter que competir pra ver quem gosta mais de quem — Você abraçou o corpo dele, um tanto espantada com o fato de que aquilo era real e desceu do banquinho alto para respondê-lo:
— Quem beijar mais vence.
99 notes · View notes
luvyoonsvt · 3 days
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
a weekend off
yoon jeonghan x leitora
jeonghan jamais perderia a oportunidade de ter um dia (ou dois) sem qualquer preocupação senão relaxar com sua noiva, mesmo que acabe sendo uma decisão bastante impulsiva
gênero: fluff
pt-br
conteúdo: leitora fem, jeonghan noivo que usa suas armas (charme) contra ela, dia na praia
avisos: acho que nenhum também, é só praia, carinho e afins, uso de apelidos (hannie, amor, meu bem)
contagem: ± 3200 palavras (culpem yoon jeonghan)
notas: voltei! pra mim ele seria meio assim, o jeitinho dele. eu finalizei esse no dia que o post dessas fotinhas completou um ano, e elas já estavam até escolhidas. ou seja, destino. enfim, um pouco mais longo do que já postei aqui, espero não ter divagado muito e que não se torne cansativo. aproveitem a leitura!
Tumblr media
era apenas uma manhã de sábado qualquer. uma com céu bem azul, um ventinho leve amenizando o calor e balançando as cortinas da sala quando abriu as janelas.
tomada pelo bom humor, e para variar um pouco, você decidiu ir naquela padaria que vende uns pãezinhos que você e jeonghan adoram, antes que ele despertasse. considerando o sono pesado em que ele estava e a proximidade do lugar, seria rápido o bastante para uma pequena surpresa.
porém, minutos mais tarde — após retornar com uma sacola cheia de pães ainda mornos —, você não encontrou seu adorável noivo fazendo o de costume: quer fosse jogado no sofá tentando se manter de olhos abertos, muito menos deitado na cama postergando para se levantar.
não, é claro que yoon jeonghan havia acordado inspirado naquela manhã. provavelmente com alguma justificativa oculta que te levou a encontrá-lo enchendo uma bolsa de viagem.
— por acaso você tá fugindo, hannie?
ele não pareceu ter te notado chegando até que você abrisse a boca, porém não se assustou. apenas abriu um lindo sorriso, ainda sonolento.
— bom dia, amor!
— bom dia, meu bem! você não tentou raspar a sobrancelha do seungcheol de novo e tá fugindo, né? — ele riu, provavelmente se divertindo com a lembrança.
— não, não se preocupa. só pensei que seria uma boa ideia a gente fazer um passeio.
talvez por ser cedo — ou por ser naturalmente um pouco complexo desvendar a mente de jeonghan —, você não compreendeu de imediato o que um passeio significava quando envolvia malas.
— certo. e com passeio, você quer dizer...
— praia! pensei em ir naquela de sempre. ainda é outono, mas por acaso o clima tá bom hoje, então não deve ter muitas pessoas por lá. vamos achar um lugar pra passar a noite sem problemas!
você piscou, se sentou, levando seu tempo para tentar captar o que o fez ter aquela ideia.
enquanto isso, jeonghan permaneceu centrado no que fazia, pegando tudo o que era necessário: toalhas, roupas de banho, roupas frescas, roupas mais quentes caso o clima mudasse. ele repassava em sua mente aquelas listas que você sempre fazia para conferir itens de viagem. e, mesmo que deixasse algo passar, havia lojas lá, portanto não seria difícil comprar algo que esquecessem.
apesar de você o estar observando durante todo o processo, em nada o afetou. talvez tirá-lo daquele momento imerso te ajudasse a entender o porquê da vontade repentina, você pensou, lembrando-se do que havia deixado na bancada da cozinha.
— que tal a gente tomar café antes de arrumar tudo isso? — bastou sua fala para que o estômago de jeonghan desse sinais.
— boa ideia! senti um cheirinho de pão quando você chegou, foi naquela padaria?
concordando, você o observou deixando tudo de lado para sair do quarto, parando na porta pra te chamar.
— você não vai vir comigo? — ele questionou com uma tristeza encenada.
— ah, sim, vamos!
durante a refeição, você divagou um pouco sobre como viajar com jeonghan despertava emoções controversas.
ao contrário dos seus hábitos, o homem parecia avesso a planejamentos. numa tentativa de testá-lo — só por curiosidade —, insinuou que seria uma ótima ideia viajarem logo depois de terem chegado de um longo dia de trabalho exaustivo. era sexta-feira e ele aceitou sem nem pensar por mais do que dois segundos "o quê? vai ser bom pra relaxar".
aquele rostinho bonito e calmo dele te fez revirar um pouco os olhos, foi quando jeonghan notou que não era sério. óbvio que ele mencionou durante o final de semana seguinte que vocês poderiam simplesmente ir a qualquer lugar sempre que sentissem vontade, porém não era algo que você poderia simplesmente fazer. afinal, quanto mais cautela e preparação, menos estresse sentiriam.
jeonghan, entretanto, argumentaria infinitamente com você sobre o quão simples era: decidir um local, fazer as malas, verificar que meio de transporte usariam, ir ao shopping pra pegar algo a mais que precisassem ou comprar no próprio lugar.
a praticidade do mundo moderno era algo que ele abraçava com alegria. o yoon experimentou te chamar de velha ou qualquer outro adjetivo similar — embora você fosse a mais nova, a graça estava em te irritar um pouquinho. "não sou velha porque gosto de me preparar pra viajar, yoon jeonghan".
de qualquer forma, sempre era preciso que um dos lados fizesse concessões para que tudo desse certo.
porém, naquela manhã, ele pareceu estar ainda mais determinado a pressionar todos os seus botões simultaneamente, sem negociações.
— por que, de repente, você quis ir na praia? — você tentou entendê-lo.
— acordei com calor e estava sonhando com nós dois tomando bebidas na praia, em um lugar igualzinho àquele com decoração estrelas-do-mar que a gente foi.
você acenou em compreensão, aquilo era bastante yoon jeonghan da parte dele. um daqueles pequenos detalhes adoráveis que te faziam amá-lo muito, ainda que te pegassem de surpresa às vezes.
parte dele sabia o quanto você detestava fazer coisas sem planos anteriores e outra parte te mostrava com frequência e sucesso inquestionável que nem sempre era preciso se desgastar com os mínimos detalhes. contudo, não havia sido a intenção dele desta vez.
jeonghan foi honesto sobre acordar com aquela vontade, porém vendo sua pobre mente trabalhando sem parar desde que o viu mergulhado naquela ideia tirou um sorrisinho ou outro dele.
porém nada daquilo era sobre provar um ponto, mas sim sobre ir relaxar com você num dia ensolarado e jeonghan não te deixaria mudar de ideia. quer fosse preciso persuasão ou um pouco mais de empenho da parte dele.
foi o que o estimulou a não procrastinar para lavar, secar e guardar tudo que usaram, terminando em velocidade recorde. você riu, recebendo com satisfação o beijo estalado que ele lhe deu antes de voltar ao quarto.
— vamos que nós temos malas e outras coisas pra arrumar.
ok, você teve que admitir que os métodos de jeonghan, quaisquer que fossem eles, eram impecáveis. bem antes do meio dia tudo estava arrumado, ambos de banho tomado e, ao verificar as malas — em sua defesa, foi jeonghan que pediu para que fizesse isso —, você teve certeza que desde protetor solar e loções, ao kit de emergência que você carrega em todas as viagens, estavam lá.
— eu to pronto, amor! — ele se aproximou, trazendo consigo aquele aroma que era a mistura perfeita do sabonete que usavam e um dos perfumes que extasiavam seus sentidos sempre que jeonghan o borrifava.
— também to, vamos quando quiser.
Tumblr media
esse era mais um daqueles dias que você compreendia o porquê de jeonghan sempre conseguir o que quer em quase toda situação. afinal, bastou vê-lo empolgado com sua ideia pra você comprá-la e acabar sentada no banco de passageiro admirando o perfil do seu noivo ao som da sua playlist para viagens.
uma mão dele segurava o volante e a outra descansava na sua perna, vez ou outra acariciando ali. quando podia, entrelaçava os dedos aos seus. preferencialmente de forma que alcançasse o que continha a deliciada aliança de noivado, mexendo no aro brilhante enquanto mantinha os olhos fixos na estrada antes de puxá-la para dar um beijo (e um sorriso todo bobo).
você apenas sentou ali e apreciou a vista, sem nem precisar olhar para as janelas, não quando jeonghan — que usava uma daquelas camisas largas de botões, uma bermuda confortável e um óculos escuros protegendo-o da luz solar — estava bem ali. era uma imagem tão casual, mas tão extraordinariamente deslumbrante que prendeu toda a sua atenção. como acontecia rotineiramente, é claro.
dada sua distração, jeonghan precisou estalar os dedos em frente ao seu rosto enquanto ria, lutando para chamar sua atenção. embora seus olhos estivessem absolutamente vidrados nele.
— oi, oi. perdão, me distraí.
— eu to vendo, quase fiquei constrangido com você me encarando assim — resmungando, você deu um tapinha nele de brincadeira. — enfim, tem algo pra prender meu cabelo? esqueci de deixar um no pulso.
ao invés de respondê-lo, você deu um jeitinho pra amarrar os fios longos, impedindo-os de incomodá-lo mais uma vez.
— prontinho!
— obrigado, meu amor.
durante a primeira hora de viagem, tudo correu perfeitamente bem, até você avistá-la: a nuvem cinza escura se formando acima de vocês. jeonghan não pareceu se abalar nem um pouco, muito mais focado na estrada e na letra da música que tocava nos alto-falantes.
talvez aquela fosse a hora de ser um pouco mais adeptas aos métodos de yoon jeonghan, se adaptando aos problemas com tranquilidade invejável. foi o que você fez, aumentando um pouco o volume do som enquanto o acompanhava no karaokê improvisado.
Tumblr media
— hannie...
— hmm...
àquela altura, apesar de jeonghan permanecer relaxado folheando o cardápio do restaurante em que pararam no caminho, você começou a se preocupar com a ventania constante.
— não querendo ser pessimista...
— mas já tá sendo — ele arqueou as sobrancelhas, provavelmente antecipando o que você diria, rindo quando viu um beicinho em seus lábios. — eu to vendo como o clima tá, meu amor. no pior dos cenários, se é que eu posso chamar assim, vamos ter que ficar bastante tempo sozinhos no quarto de alguma pousada — jeonghan piscou, dando aquele sorrisinho insinuativo.
— ai, jeonghan, vai escolher seu pedido — rindo, ele segurou sua mão sobre a mesa.
— é só mais uma horinha de viagem, ainda vamos chegar com tempo pra mergulhar um pouco.
confiar em jeonghan era natural. apesar das brincadeiras aqui e ali, ele era a pessoa mais franca que você conhecia. portanto, naquele momento, você apenas se concentrou em fazer seu pedido, para terminarem e voltar à estrada.
o que não tardou a acontecer, considerando a ansiedade de jeonghan para conseguir aproveitar parte da tarde relaxando ao som das ondas. portanto, depois de um sorvete ser compartilhado por vocês, continuaram seu caminho.
talvez ele tivesse algum amuleto da sorte escondido, pois, minutos mais tarde, a dita nuvem — que você observava como se fosse um inimigo cruel — se dissipou.
— olha, eu vou te contar como eu sabia que as nuvens não dariam em nada — jeonghan esperou você olhá-lo com atenção antes de começar a falar novamente.
os conhecimentos dele sobre ventos e meteorologia costeira quase te chocaram, embora fizessem total sentido.
— agora você entendeu que o segredo está na direção do vento, certo?
— sim, senhor do tempo.
Tumblr media
um dos arrependimentos de jeonghan foi não ter transformado a questão climática desse passeio numa aposta, e foi a primeira coisa que ele mencionou enquanto buscava uma vaga na pousada que vocês pretendiam se hospedar.
— e o que garante que você não viu a previsão do tempo? — ele riu da sua resposta rápida.
— de acordo com você, eu nunca verifico esse tipo de coisa antes.
— e é verdade.
— o que te leva a achar que eu faria isso pra ganhar uma aposta, bebê? eu sempre jogo limpo.
ao invés de rebater com todas as vezes que jeonghan não jogou nada limpo, você preferiu deixar pra lá. mas nem mesmo isso passou despercebido por ele, que riu, segurando uma de suas mãos para beijar enquanto manobrava na vaga escolhida.
— juro que não vou trapacear, tá?
— aham, ok.
— pra você ver que eu sou o melhor noivo de todos, vou carregar todas as malas.
— é melhor fazer isso depois de confirmar que tem algum quarto disponível, meu bem.
apesar de querer dizer sobre o quão vazio o local parecia, jeonghan concordou, caminhando de mãos dadas contigo até a recepção.
lá, a atendente falou animada sobre como vocês podiam escolher até o quarto com a melhor vista devido a baixa quantidade de hóspedes, e foi exatamente o que fizeram. jeonghan cumpriu com sua palavra, não deixando você carregar nada, embora tenha precisado da sua ajuda para trancar o carro.
— então, vai me dar um voto de confiança mais vezes? — ele questionou, saindo do banheiro da suíte e te encontrando já usando roupas de banho.
— eu confio em você, não em variações climáticas.
você pôde sentir o suspiro consternado de jeonghan em sua nuca quando ele se aproximou, tomando o vidro de filtro solar das suas mãos e assumindo a tarefa de espalhar uma boa quantidade sobre suas costas e braços.
— não mereço nem um pedido de desculpas?
— mas eu não reclamei de você nem uma única vez!
— o que é um recorde, acho que vou até te recompensar por estar sendo tão gentil comigo — ele brincou, deslizando os dedos por aquele lugarzinho entre seu pescoço e ombro que doía com uma frequência terrível.
a pressão ideal pra desfazer a tensão muscular que sempre atormentava você depois de alguns dias trabalhando.
— te amo, hannie. obrigada por sugerir o passeio, tá sendo incrível — você agradeceu genuinamente, ouvindo a risada dele, que precedeu um beijinho na sua nuca.
— não me agradeça por esse tipo de coisa. da mesma forma que é ótimo pra você, é pra mim. e eu te amo também.
e, mais uma vez, yoon jeonghan tirou de você aquele sorrisinho de quem se sentia a pessoa mais sortuda do multiverso por tê-lo consigo.
— ok, chega de me fazer querer encher você de beijos, deixa eu passar protetor em você.
— calma que eu ainda não terminei — ainda mais dedicado do que quando começou, jeonghan garantiu que nenhuma área do seu corpo pudesse sofrer uma queimadura solar.
como esperado, ele aproveitou para acariciar e apertar cada parte favorita dele. jeonghan levou seu tempo para apreciar seu corpo, divagando vez ou outra sobre quão impossivelmente linda você era e o quanto te amava. ele variou entre falar sozinho e olhar em seus olhos pra exaltá-la, fazendo você rir, quase constrangida com toda a atenção.
você também o colocou na mesma situação logo depois. massageando aquele ombro do qual ele sempre reclama, antes de finalmente distribuir uma camada generosa de protetor. demorando seus movimentos durante o processo, não somente para garantir que a pele sensível de jeonghan estivesse protegida, como para retribuir o carinho recebido. você deslizou suas unhas bem de leve de vez em quando, sabendo que ele sentiria arrepios e suspiraria. elogiando-o bem perto do ouvido, cada palavra seguida de breves selares.
custou para que saíssem dali, cativos do carinho compartilhado, quase cedendo a ideia anterior de ficarem ali no quarto. porém, de mãos dadas, fizeram seu caminho na trilha que saía da pousada direto para a areia fofa.
foi mais do que gratificante jeonghan ter se lembrado justamente do local que disponibiliza espreguiçadeiras e guarda-sóis para os hóspedes. logo, suas preocupações e pensamentos excessivos puderam apenas se esvair, permitindo que sua mente e corpo relaxassem ali.
a água espumosa, felizmente não tão gelada naquela tarde, fez cócegas em seus pés quando jeonghan e você correram em direção a ela. caminharam lentamente contra a maré, para uma área em que as ondas não os atingissem com muita força e seus corpos permanecessem parcialmente submersos.
vocês mergulharam e brincaram — mesmo que as brincadeiras de jeonghan incluíssem jogar areia encharcada em você. riram quando alguns peixinhos passaram por perto, até competiram algumas vezes nadando em direção à areia. tudo apenas pra retornar à pacificidade de sentir a água salgada se movendo ao redor dos seus corpos unidos.
quando ficar ali de pé os cansou, sentaram-se perto da areia úmida, escavando em busca de pequenas conchas, escolhendo as mais distintas para levarem de recordação. vez ou outra jeonghan ficava em silêncio, concentrado demais mexendo em algo na areia que seus olhos não conseguiam ver. então ele te chamaria para mostrar algum desenho — gatos ou coelhos com expressões engraçadas — ou frases fofas.
usaram a desculpa de renovar a camada de protetor solar para aproveitar mais um pouco da proximidade antes de repousarem sob o guarda-sol, repetindo o que fizeram no quarto, porém com toques um pouco menos ousados.
fizeram as mesmas coisas de forma cíclica até o sol alcançar o horizonte. é claro que não somente aquele momento te fez tirar o celular da bolsa para fotografar, qualquer movimento era uma desculpa para tirar uma nova foto de jeonghan e vice versa. ele tem aquele jeito peculiar de te guiar para fazer poses, porém sempre funcionava. o propósito era só um: estar com a galeria lotada ao fim do dia.
provavelmente era a terceira ou quarta vez que voltavam da água, era difícil contabilizar quando o foco de nenhum de vocês estava em qualquer coisa que não fosse desfrutar de cada segundinho.
— cansado? — você questionou quando os olhos já pesados de jeonghan encontraram os seus, as pálpebras fechando ainda mais quando ele sorriu.
— não se você não estiver — ele disse, já com a fala lenta.
— vem, vamos entrar — juntos, recolheram as poucas coisas que levaram consigo para voltarem à pousada.
mal caminharam para fora da areia quando o homem usou a mão que segurava a sua para apontar numa direção.
— quer ir ali? — jeonghan indicou uma loja de lembrancinhas, já sabendo qual seria sua resposta.
sem se importar muito com o incômodo que a areia já começava a causar à medida que andavam nem com a leve exaustão pós-praia dando seus primeiros sinais, você e jeonghan buscaram alguma coisinha para tornarem mais um enfeite nas prateleiras da sala.
vocês quase se arrependeram da pequena parada para compra, já que seus corpos reclamaram pedindo por cama assim que chegaram ao quarto.
com um esforço quase sobre-humano, você e jeonghan se limparam devidamente antes de finalmente sentirem a maciez dos lençóis.
— você devia ter dito que era uma ideia ruim vir à praia, eu to acabado — ele reclamou, com a voz abafada pela cama.
— para de drama, yoon jeonghan! depois de algumas horas dormindo vamos estar muito bem — ainda que horas atrás você estivesse receosa sobre a decisão dele, não tinha qualquer crítica em mente para aquela tarde.
— então você gostou mesmo, né?
— foi perfeito.
— tudo pra minha princesa se sentir feliz.
você se aconchegou mais próxima a ele, sentindo-o sorrir ao distribuir selinhos pelo seu rosto.
— agora, antes de dormir, temos que colocar o despertador pra hora do jantar — jeonghan pegou o próprio celular e o seu, definindo os alarmes.
porém, não foi somente a fadiga que os fez adormecer.
quando as primeiras gotas de chuva ricochetearam contra as janelas, você gargalhou. jeonghan encarou o céu do lado de fora como se as pobres nuvens carregadas tivessem-no agredido ou insultado diretamente.
— isso não muda nada o fato que aproveitamos a praia, ok? — sem espaços para discussões, você concordou sorrindo. — e outra, podemos pular pra parte que ficamos trancados no quarto juntos.
apesar da sugestão e alguns beijos roubados, não levou muito para que o som de chuva junto ao clima propício para um cochilo os fizessem apagar por algumas horas.
jeonghan comemorou mais tarde ao ver o céu limpo mais uma vez. planejando, com energias renovadas durante o jantar, o que fariam na manhã seguinte.
é claro que fizeram mais do mesmo, contudo os esforços de jeonghan para desligar vocês dois do "mundo real" foram além. com ideias que, embora parecessem simples, tinham aquele toque especial dele.
desde um piquenique — que foi desafiado pela brisa forte — a uma caminhada na orla ao pôr do sol, ele fez com que seu simples final de semana se transformasse em férias compactadas em dois dias encantadores.
um breve gostinho do que aceitar compartilhar a vida com yoon jeonghan ao seu lado significava, um lembrete de que você teria feito a mesma escolha e dito "sim" sem hesitar a qualquer momento que ele propusesse.
13 notes · View notes
Text
Capítulo 10: Loki Também Adoece
Um ano se passou, a casa, ainda envolta na tristeza da partida de Sam e no processo de cura, enfrentou outro revés. Loki, o furacão de energia inesgotável, começou a mostrar sinais de fraqueza. Seus passos enérgicos foram substituídos por um caminhar vacilante.
O humano, ainda  abalado pela  perda de Sam, percebeu a mudança em Loki. "Não, não pode ser", sussurrou ele, enquanto segurava Loki com ternura, buscando sinais de vitalidade.
Sem demora, uma visita à clínica veterinária se tornou inevitável. Os outros gatos observavam com olhares apreensivos, enquanto Loki, normalmente cheio de vida, agora se via envolto em um silêncio que denunciava a fragilidade de sua saúde.
O diagnóstico, mais uma vez, trouxe consigo a sombra da incerteza. Loki estava doente, enfrentando uma batalha que ninguém estava preparado para enfrentar. O humano, agora lidando com a possibilidade de perder mais um companheiro querido, segurou Loki com um misto de desespero e determinação.
Dias se tornaram noites, e noites se tornaram dias novamente, enquanto o humano se dedicava integralmente a cuidar de Loki. Medicamentos, consultas e noites sem dormir se tornaram parte da nova rotina, enquanto Loki, apesar de sua fraqueza, ainda tentava responder aos estímulos de carinho e amor.
Nega, Buck e eu mantínhamos  uma vigília silenciosa ao redor de Loki. Era como se cada um de nós compartilhasse a preocupação e a esperança de que Loki encontrasse forças para superar essa provação.
O estado de Loki oscilava entre momentos de aparente melhora e recaídas dolorosas. O humano, agora desgastado emocionalmente, buscava apoio não apenas nos veterinários, mas também na nossa presença silenciosa e reconfortante.
E então, em um dia cinza, Loki partiu. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor, uma tristeza compartilhada que se misturava à dor ainda presente pela perda de Sam. O humano, agora enfrentando a dor da despedida mais uma vez, abraçou Loki com ternura pela última vez.
A casa, que já fora palco de risos e brincadeiras, agora carregava a marca de duas ausências.
 Nega, Obscuro e Buck, assim como o rapaz, enfrentavam a difícil tarefa de assimilar mais uma perda.
A história da nossa família felina, marcada por altos e baixos, continuava a se desenrolar. Cada capítulo, com suas alegrias e tristezas, contribuía para a narrativa complexa e emocional que era a essência do nosso lar. E enquanto enfrentávamos as tempestades da vida, a esperança de dias mais serenos e a promessa de novos amanhãs continuavam a guiar-nos, mesmo nas sombras da dor.
Continua...
8 notes · View notes
dicasetricas · 4 months
Text
Ortorexia - a obsessão por comida saudável
Tumblr media
A ortorexia é um transtorno alimentar, que surge quando a pessoa se torna obsessiva quanto aos padrões daquilo que come. Ao contrário da anorexia ou bulimia, a pessoa permite-se comer, mas fica tão obcecada com o que come que todos os seus pensamentos ficam ocupados com a dieta. Atualmente existe uma maior consciencialização da importância de uma alimentação saudável para uma maior qualidade de vida. Contudo surgem casos em que as recomendações alimentares são seguidas com extremismo, como é o caso da ortorexia. Esta perturbação pode acontecer em certos indivíduos, por norma com perturbações psiquiátricas, com uma personalidade obsessiva-compulsiva, ou resultante das pressões que a sociedade actual vincam sobre determinada imagem corporal. A palavra é um neologismo baseado no grego, em que orthós significa “correto” e “verdadeiro”, e oréxis quer dizer apetite. Trata-se de um quadro onde o portador é alguém muito preocupado com os hábitos alimentares e dedica grande parte do seu tempo a planear, comprar, preparar e fazer refeições o mais saudável possível. Excluem da sua alimentação a carne (principalmente vermelha), as gorduras, alimentos onde foram adicionados aditivos, pesticidas e/ou herbicidas e outras substâncias que podem prejudicar o organismo. Regra geral, estas pessoas costumam ser de tal forma restritivas, que se sentem culpadas quando não cumprem ou castigam-se com uma alimentação ainda mais rígida quando cometem um deslize. As adolescentes são as mais afetadas, seguindo o modelo das grandes atrizes muitas das vezes excêntricas.
Tumblr media
Pessoas com ortorexia não poupam esforços na hora de ir às compras: percorrem longas distâncias, se necessário; pagam valores muito superiores aos dos alimentos comuns; dedicam grande parte do seu tempo a planear, comprar e a preparar refeições. Também a forma de preparar os alimentos e os materiais utilizados fazem parte do ritual obsessivo. Frequentemente, recusam fazer refeições em restaurantes ou até em casa de amigos/familiares, pois desconhecem a qualidade dos alimentos servidos. Ou seja, para além dos potenciais prejuízos clínicos da ortorexia, existem também prejuízos sociais causados pelo isolamento. Gorduras, lípidos, glúten e outros alimentos são considerados “maus” e, por isso, são imediatamente retirados da dieta diária. Uma pessoa que sofra desta perturbação pode passar vários dias a planear ao pormenor a ingestão de alimentos e a tendência é a de que estas restrições se tornem cada vez maiores e mais rígidas. Em alguns casos, chega-se ao ponto de abstinência por se considerar que quase nenhum alimento é suficientemente saudável para ser ingerido.
De uma forma sintetizada, aqui ficam então alguns sinais de alerta:
– Não sendo um profissional da área da nutrição, dá consigo a pensar em informação nutricional e alimentação mais do que 3h do dia? – Considera a alimentação o foco principal dos seus dias e a preocupação maior da sua vida? – Examina cada pormenor do que se encontra em cada alimento que ingere? Considera o valor nutritivo dos alimentos mais importante do que o prazer que estes dão? – Rejeita consumir alimentos que gostava de consumir por alimentos “bons”? – Sente dificuldade em comer uma refeição preparada por outra pessoa? – Sente-se em paz consigo mesmo e acredita que tem total controlo apenas quando come saudavelmente? – Tem melhorado a sua auto-estima por se alimentar de forma saudável? – Tem denotado uma menor socialização e restrição de algumas atividades em prol de uma alimentação saudável?
Tumblr media
O ortoréxico pode ficar com a mente tão ocupada em relação à alimentação, que não consegue mais trabalhar ou estudar, pois a sua concentração em outras ideias fica muito prejudicada, portanto a sua performance intelectual e produtiva reduz-se cada vez mais. O resultado é que ele fica desmotivado e distante das outras pessoas.
TRATAMENTO DA ORTOREXIA
Embora a ortorexia não seja ainda considerada, de forma consensual, uma perturbação do comportamento alimentar, especialistas de diferentes áreas da saúde mostram-se preocupados com esta obsessão e defendem que a ortorexia pode ter repercussões sérias para a saúde (física e mental). O portador deste transtorno deve procurar ajuda médica e psicológica para que se possa libertar desta obsessão e reorganizar os seus padrões alimentares. É fundamental igualmente recorrer a um nutricionista. Comer de uma forma mais saudável tem efeitos verdadeiramente positivos na saúde, sermos mais criteriosos naquilo que ingerimos é por isso vantajoso, desde que não se torne no epicentro da nossa vida interferindo na capacidade de desfrutarmos o nosso dia-a-dia, trabalharmos ou nos relacionarmos com os outros. Read the full article
3 notes · View notes
neutronstcr · 1 year
Note
♡ + moon (miranda & mitchell)
word headcannon meme.
Tumblr media
Com diversos livros de feitiços abertos ao seu redor tão antigos quanto o próprio Tempo, Miranda estava começando a perder as esperanças. Cansar a centuriã era um trabalho árduo, mas considerando que estava literalmente lutando contra a vontade do Rei dos Deuses, era óbvio que iria encontrar todos os obstáculos possíveis para desgastar a sua fé. No entanto, não estava concorrendo ao título de pessoa mais teimosa do Acampamento à toa, e apesar de sua competição ser acirrada — tinha os nomes de Dior e Jones como concorrentes — ainda daria trabalho para os Céus e não abaixaria sua cabeça.
Para quem sempre acreditou nas Parcas e em suas decisões, respeitando o ciclo e a ordem da Natureza, trancar-se em seu quarto e desafiar uma lei antiga ao estudar até a última gota do seu extrato de acônito era uma rebeldia, o máximo de rebeldia que uma romana poderia se dar ao luxo de ter. Bem, o que poderia fazer? Estava um tanto preocupada. Chegava a ser irônico que sua lâmina favorita carregava o nome em latim de Wolfsbane, a mata-lobos, um presente de sua mãe antes mesmo de saber o que era fazer parte de uma legião.
A lua cheia brilhava imponente no céu estrelado e sem nuvens, algo que antes seria comemorado por Miranda e causava uma preocupação enorme agora: Não sabia onde Mitchell estava. Havia checado todas as opções possíveis, desde onde poderia ficar contido até entrar em contato com Lupa, mas ele havia desaparecido de sua vista, e isso a deixava completamente desesperada. Manter suas emoções sob controle era uma parte essencial do seu trabalho como centuriã, contudo, estava agindo como Mira, a mulher que não iria aceitar perder mais ninguém que se importava.
Os fios brancos caíam por sua face, e ela rapidamente jogou todo o cabelo para trás. Não teve paciência para fazer suas costumeiras tranças, deixando toda a extensão solta à mercê do vento, onde mais fios brancos se misturavam aos escuros. Estava abusando de sua magia e sabia, seu corpo cobrava. Ao invés de escutar os sinais, inclinou-se na janela do quarto, esperando que o vento dissipasse suas lágrimas. No entanto, a brisa apenas acariciou suas bochechas, e ela logo cedeu aos seus pensamentos confusos.
Descalça e de vestido branco, Miranda graciosamente pulou a janela, pousando sem dificuldades na grama. Estava acostumada com a acrobacia e determinada a pelo menos caminhar à luz da lua para se acalmar, sequer ligando para monstros ou alguma ameaça. A noite não era segura de verdade para os semideuses, mas era o lugar perfeito para uma nascida das sombras, alguém que pertencia às encruzilhadas e estradas desertas. E, confiando puramente em seu instinto, seguiu o seu caminho, incerta do que o destino a reservava. Lembrava apenas de uma coisa enquanto sentia a grama em seus pés, com o frio cortante da madrugada arrepiando os pelinhos em seu braço: era preciso primeiro se perder para se encontrar. Quantas vezes se sentiu desamparada? Quantas vezes colocou os pés numa estrada para achar o seu caminho de volta?
Como se o universo estivesse lhe oferecendo algo, Mira bateu os olhos no que parecia ser uma trilha maior e começou a segui-la, esperando encontrar a sua resposta. E esta demorou a chegar até seus pés doerem, mas veio em forma de olhos brilhando no meio da escuridão. Mira permanecia inconsequente e destemida, tanto que parou e esperou a criatura da lua alcançá-la. Não precisava de muito para reconhecê-lo, afinal, era capaz de fazê-lo de qualquer jeito, em qualquer forma. Lecter era familiar como a palma de suas mãos, mesmo que nunca tivesse admitido isso em voz alta.
Seria estúpida de dizer que não estava em perigo, pois não tinha uma garantia que o homem ainda teria alguma consciência sob a lua cheia. Duvidava, entretanto, que Mitchell iria reconhecê-la por ser Miranda, nenhum dos dois estava em sua forma humana. Enquanto ele estava transformado pela licantropia, Mira estava engolida por espirais de sombras, como se a bruxa fosse uma só com o elemento. A lua iluminava ambos, refletindo as íris amareladas do lobo e evidenciando o quão escuras as escleras da mulher haviam se tornado.
Sem dizer uma única palavra, Mira respirou aliviada, sorrindo para o outro. Virou-se de costas e começou a andar, escutando os passos pesados do lobo atrás de si. Por um segundo, pensou se Orfeu se sentiu dessa maneira ao sair do Submundo, com Euridice seguindo-o silenciosamente. Não estavam tão amaldiçoados assim, Mira repreendeu a si mesma, fazendo o caminho de volta sem se atrever a olhar para trás até a manhã chegar.
10 notes · View notes
levinazareth · 7 months
Text
Hoje, dia 21 de fevereiro, se fazem 4 dias que eu iniciei um propósito na intenção de alcançar alguns objetivos, evoluir como pessoa, desenvolver firmeza nas minhas decisões, ter plenitude na minha vivência e forma de expressar, renovar as minhas energias e criar foco para traçar alguns objetivos. Estou tentando e ter boas perspectivas sobre as coisas que me ocorrem, sendo mais grato ao universo e buscando ficar mais atento aos sinais que me são mostrados. Existe uma prática havaiana chamada 'Ho'ponopono' que serve para trabalhar a reconciliação e o perdão. Pra além disso, ela nos incentiva a assumir a responsabilidade por nossos pensamentos e ações, permite um estado de bem-estar e paz interior e serve também como uma ferramenta muito forte de autodescoberta e cura. É uma prática muito bonita e eu quero aderir para a minha vida. Sendo assim, tenho praticado esse mantra e vou deixar aqui para que eu possa lembrar sempre que voltar.
HO'OPONOPONO
"Divino Criador, Pai, Mãe, Filho, todos em Um. Se eu, minha família, meus parentes e antepassados, ofendemos sua família, parentes e antepassados, em pensamentos, fatos ou ações, desde o início de nossa criação até o presente, nós pedimos o seu perdão. Deixe que isso se limpe, purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas. Transmute essas energias indesejáveis em pura luz e assim é. Para limpar o meu subconsciente de toda carga emocional armazenada nele, digo uma e outra vez, durante o meu dia, as palavras-chave do Ho'oponopono: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Declaro-me em paz com todas as pessoas da Terra e com quem tenho dívidas pendentes. Por esse instante e em seu tempo, por tudo o que não me agrada em minha vida presente: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Eu libero todos aqueles de quem eu acredito estar recebendo danos e maus tratos, porque simplesmente me devolvem o que fiz a eles antes, em alguma vida passada: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Ainda que me seja difícil perdoar alguém, sou eu quem pede perdão a esse alguém agora. Por esse instante, em todo o tempo, por tudo o que não me agrada em minha vida presente: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Por esse espaço sagrado que habito dia a dia e com o qual não me sinto confortável: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Pelas difíceis relações às quais só guardo lembranças ruins: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Por tudo o que não me agrada na minha vida presente, na minha vida passada, no meu trabalho e o que está ao meu redor, Divindade, limpa em mim o que está contribuindo para a minha escassez: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Se meu corpo físico experimenta ansiedade, preocupação, culpa, medo, tristeza, dor, pronuncio e penso: "minhas memórias, eu te amo. Estou agradecido pela oportunidade de libertar vocês e a mim". Eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Neste momento, afirmo que te amo. Penso na minha saúde emocional e na de todos os meus seres amados. Te amo. Para minhas necessidades e para aprender a esperar sem ansiedade, sem medo, reconheço as minhas memórias aqui neste momento: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Amada Mãe Terra, que é quem eu sou: se eu, a minha família, os meus parentes e antepassados te maltratamos com pensamentos, palavras, fatos e ações, desde o início da nossa criação até o presente, eu peço o teu perdão. Deixa que isso se limpe e purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas. Transmute essas energias indesejáveis em pura luz e assim é. Para concluir, digo que esta oração é minha porta, minha contribuição à tua saúde emocional, que é a mesma que a minha. Então esteja bem e, na medida em que vai se curando, eu te digo que: eu sinto muito pelas memórias de dor que compartilho com você. Te peço perdão por unir meu caminho ao seu para a cura, te agradeço por estar aqui em mim. Eu te amo por ser quem você é."
3 notes · View notes
da5vi · 1 year
Text
O Exorcista: O Devoto não é o abismo que estão falando
Tumblr media
Um dos lançamentos mais aguardados por mim esse ano, sem dúvidas, era o do novo Exorcista. Quando vi o trailer com a Ellen Burstyn e as cenas de possessão, fiquei maravilhado e com muitas expectativas para o longa... qual a minha surpresa, porém, quando o filme saiu nos EUA (uma semana antes que aqui) e tanta gente começou a massacrá-lo?
Na história, duas garotas que estudam na mesma escola desaparecem por três dias. É mostrado que elas tinham ido à floresta tentar contatar a mãe falecida de uma delas. Quando finalmente voltam para casa, os sinais de possessão demoníaca mostram-se cada vez mais evidentes.
Poderia ser mais um filme que usa a dualidade Deus e Diabo para assustar alguém, poderia ser um exorcismo meia-boca desses que reduzem o efeito do clássico de William Friedkin a uma mudança de voz e cabeças rodando... mas não, O Devoto tem em seu coração o desejo de trazer a atmosfera pesada do original de volta, e é parcialmente bem sucedido nessa missão.
Na construção da narrativa de O Exorcista, o que faz com que os efeitos especiais e todo o diálogo com o demônio tenham um peso na gente enquanto espectador é a relação que o filme constrói entre nós e Regan. Sabemos que ela é uma garota doce, inocente... que a mãe, devido a rotina de trabalho, talvez não lhe dê tanta atenção, e ela descobre um "dispositivo" (o tabuleiro de Ouija) que lhe permite fazer essa ponte com o outro mundo, trazendo o espírito para seu corpo.
E embora o roteiro desse novo filme tente fazer toda a conexão de uma das meninas com a ausência da mãe, ele não é eficaz em criar esse tipo de relação entre AS DUAS crianças e a gente. Além disso, o negócio da floresta com o desaparecimento também ameniza um pouco o horror que, por exemplo, sentimos ao ver Regan indo embora aos poucos no original.
Creio que o subtítulo "O Devoto" venha da questão da "dualidade" entre as duas famílias -- uma não acredita em Deus pela forma como a esposa faleceu, a outra é extremamente assidua e presente na igreja (e SPOILER: é justamente essa família que acaba cometendo um erro gravíssimo), e embora isso seja algo importante para a narrativa, especialmente para o conflito com a entidade demoníaca, também é servido de forma rasa na história.
Um filme como O Exorcista original funciona bem porque ele foi, também, feito em um tempo da história onde as pessoas eram mais tolerantes com a construção de uma narrativa cinematográfica. Friedkin não tinha que lidar com os gaps de atenção do público moderno, e talvez esse tipo de preocupação tenha cortado elementos que poderiam fazer de O Devoto um filme bem superior do que ele realmente é, mas não é um filme ruim.
É um dos poucos filmes novos de exorcismo que realmente me surpreendeu positivamente -- e me assustou de verdade em uma cena. Isso por que não falei do mal estar sentido durante toda a sequência do exorcismo...
Além disso, foi ótimo reencontrar Regan e sua mãe, mesmo que parte da participação de Chris na história seja meio que ela "sentindo" o demônio nas crianças... um elemento doido que não tinha muito a ver. Gosto, porém, dela como mentora dos pais, sugerindo o exorcismo e buscando reatar as relações com a filha.
Enfim!
Claro que nada vai superar o impacto longo do clássico de 1973, mas diminuir esse filme em função disso não parece algo sábio -- e nem digno da comunidade de horror. Se puder dar uma chance a "O Devoto", dê. É muito mais interessante que A Freira, por exemplo (ainda não superei quão ruim é aquilo).
3 notes · View notes
lyricls · 2 years
Photo
Tumblr media
     아름    ⸻  a single two-syllable word meaning ❛ 𝒃𝒆𝒂𝒖𝒕𝒚 ❜                           𝐊𝐈𝐌 𝑨𝑹𝑬𝑼𝑴  ,  clueless princess
Tumblr media
 não  é  surpresa  contar  com  a  presença  de  kim  areum  no  instituto  de  rosis  esse  ano  !  todos  sabem  que  ela  é  um  duquesa  ,  vinda  da  coreia  ,  porque  aqui  as  fofocas  correm  rápido  .  ouvi  dizer  que  apesar  de  seus  vinte  e  um  anos  ,  ela  pode  ser  bastante  temperamental  quando  está  de  mau  humor  ,  mas  sua  determinação  compensa  .   
Tumblr media
don't get 𝒍𝒐𝒔𝒕    ♡  ❛  𝒈𝒐𝒅𝒉𝒐𝒐𝒅 𝑖𝑠 𝑗𝑢𝑠𝑡 𝑙𝑖𝑘𝑒 𝒈𝒊𝒓𝒍𝒉𝒐𝒐𝒅 .       ⊰   pinterest . playlist . connections . tags   ⊱                   𝑎 𝑏𝑒𝑔𝑔𝑖𝑛𝑔 𝑡𝑜 𝑏𝑒 𝒃𝒆𝒍𝒊𝒆𝒗𝒆𝒅.  ❜
⸻   one    ♡  
nome kim areum .
idade 21 anos , 10 de maio .
enfp ativista .
temperamento sanguíneo .
alinhamento moral neutro puro .
qualidades romântica, despreocupada, sincera, organizada, determinada .
defeitos temperamental, invasiva, teimosa, ingênua, inconstante .
dormitório 112 .
matérias optativas condicionamento físico , artes visuais e cênicas .
extracurriculares desenho e pintura, gastronomia , arquearia .
⸻   two   ♡  
♡    areum marca o fim inesperado da linha de sucessão dos kim. um ponto de desiquilíbrio para a família supersticiosa que carregava vastas convicções sobre o simbolismo do número 3 — três filhos na predição de uma linhagem próspera e afortunada. a quarta filha chegou tal como um agouro que sondava a crendice oriental acerca do número 4, um prelúdio para a morte; seu nascimento complicado quase custou a sua vida e a da rainha. 
♡     fraca sem motivo aparente, passou os primeiros meses de sua vida sob supervisão médica constante e só foi apresentada formalmente à sociedade aos dois anos de idade e, ainda assim, continuou vivendo extremamente protegida pelos monarcas em um misto deturpado que envolvia o mínimo de preocupação com a progênita quando posto em uma balança adjacente ao que ela poderia representar num futuro próximo. apesar de nunca ter dado indícios de grande inteligência ou outros fatores que podiam vir a torná-la uma boa líder, ainda era possessora de um título, podia e devia ser usada como uma vantagem um dia. 
♡     mesmo criada aparada pelos mais altos padrões reais, não pôde fugir da superficialidade. não é particularmente brilhante, mas é dona de uma beleza estonteante o suficiente para cair nas graças do povo mesmo diante de seus aparentes sinais de estrelismo quando cresceu tendo tudo que queria à mão quando queria, método nada ortodoxo que os pais encontraram para não precisarem lidar mais do que o necessário com a caçula.   
♡    direta ou indiretamente, foi amestrada a pensar que é superior aos venéficus, mas a verdade é que sua falta de opinião forte o suficiente e a carência por atenção a condicionaram a criar laços sem distinções entre humanos e feiticeiros depois de seu ingresso no instituto. mesmo com a aparente complacência, a kim é dona de uma personalidade um tanto complicada de domar, areum é uma pessoa muito intensa, talvez por nunca ter sido permitida sentir, ou sequer viver à sua completa capacidade, agora vive em conflito com seus sentimentos e emoções tão intensas. apesar de tudo, consegue ser bastante ingênua e foi só no instituto que aprendeu que não era tão inofensiva ou estúpida quanto imaginava.
⸻   three   ♡
001 ♡  tba .
17 notes · View notes
stefiehub · 1 year
Text
ㅤ ㅤ      ㅤ ㅤ         ㅤ ㅤ                       this is an closed starter
@maekar-c
Depois de ver as notícias sobre o que tinha acontecido naquela noite, Stefan ficou dividido sobre os seus sentimentos, primeiro foi a frustração de ter sido um dos mocinhos a agir daquela forma, depois veio a decepção junto a vergonha da forma como agiu na noite em questão, mas o último sentimento foi o de preocupação, pois conhecia um dos Charming, no qual haviam dividido um dos momentos mais perigosos que poderia ter vivido na vida, ainda tinha sinais do dia em questão muito firmes em sua memória, na sua pele e agora, havia aquele complemento em seu poder que conseguiu fazer uma vez, e nunca mais tentou fazer de novo. Desde o dia em que destruiram um monstro juntos, levando com eles a cabeça como prova, Stefan pareceu mais apegado a figura, sempre presente e buscando fazer coisas novas com o homem mais velho.
Porém, aquela festa havia conseguido apagar um pouco o brilho do jovem Di Rose, não sabia quantas pessoas tinham visto as suas ações naquela noite, sentia envergonhado e quase o tempo todo evitando pessoas. Bem, não podia ignorar a gravidade daquelas acusações, por isso que não evitou mais o encontro com o amigo, ao menos era isso que Stefan entendia por parte do outro, que eles eram amigos. Foi até o lugar onde sabia que iria encontrá-lo, chegando um pouco incerto se devia mesmo. “Hyung? Estive pensando… você quer ir até os três flechas comigo?”
Tumblr media
2 notes · View notes
Note
❛ i promise you i'll never make the same mistake again. ❜ / robb e margot
 ✍🏻 *  ―  ROBB SALAZAR MCCOY.
UMA RISADA deixou o fundo da garganta de robb ecoando pelas paredes do apartamento como se voltasse para o próprio o lembrando que a culpa toda de estar naquela situação era sua, não havia porque ser sarcástico com margot ou tentar esconder o quanto sua mágoa o corroía por dentro, ela nunca tinha mentido para ele, e claro haviam sinais misturados e confusos que o faziam se deleitar em uma fantasia que tinha criado em sua mente de que talvez - só talvez - ela pudesse mudar de ideia sobre suas diretrizes de relacionamentos e eles poderiam parar de ser o que quer que eles fossem no momento e se tornar algo que valesse a pena mencionar para as pessoas que amavam e os cercavam. robb não a forçaria a nada, ele sabia limites, sempre soubera, mas havia alguma coisa em margot que o fazia ficar ainda que tudo gritasse para que ele corresse para o outro lado, sua mãe sempre o dizia que a parte mais difícil de se amar alguém era saber quando desistir, para robb aquilo não era verdade, para robb a parte mais difícil de se amar alguém era constantemente aceitar o pouco de afeição que lhe era oferecido para que pudesse manter aquele pseudo-relacionamento.
ou talvez fosse a parte mais difícil de amar margot, ela não tinha o pedido para que a amasse, os olhos azuis de margot pareciam furar sua mente, queimar suas memórias como um brasão em chamas para deixar claro a quem pertenciam. como um animal marcado robb perguntava a si mesmo se algum dia seria capaz de amar alguém da forma que amava ela, da forma incoerente que tomava para si cada pedaço que ela o permitia ter, da forma inebriada que seus dedos se entrelaçavam nos cabelos loiros quando era aceito em sua cama, da forma desesperada que olhava seu celular a cada momento se tornando disponível a cada mensagem ou ligação que a hetfield oferecia, da forma insana que se preocupava com ela mesmo que essa preocupação fosse prontamente dispersada. ainda assim, ela tinha deixado claro desde o primeiro momento que não queria nada sério, ela tinha o avisado que aquilo não era sério, que aquilo não seria uma história de amor, difícil de amar, era assim que haviam classificado margot, para robb aquilo era bobagem.
ele desejava que ela fosse mais difícil de amar, que não fosse tão fácil para ele se perder nos olhos azuis e nas curvas do corpo de margot, ele desejava com todo seu ser que houvesse um maior grau de dificuldade em gravar seus maneirismos, seus trejeitos, suas feições, suas falas, seus gostos e desgostos, ele desejava que sua personalidade parasse de constantemente se moldar às necessidades únicas de margot e que o nome margot amandine d'aboville hetfield não rolasse tão facilmente de seus lábios como se pertencesse a eles, como se sua voz só fizesse sentido de ser ouvida se fosse ouvida por ela. sempre que olhava para ela havia um desejo maior de que tudo aquilo fizesse sentido, como se tivesse algo por trás que o fizesse entender porque era tão fácil para ele amar e entender ela quando todos a sua volta insistiam que não deveria ser assim, que ele deveria estar confuso, que ele deveria se afastar, que as coisas não deveriam funcionar da maneira que ele estava tentando fazer funcionar.
por outro lado talvez de fato estivesse confuso e não a entendesse tão bem, mas isso não faria sentido, afinal se não a entendesse tão bem talvez estaria mais irritado com a situação, talvez não estivesse tão resignado, derrotado, talvez não estivesse entendendo que aquele era o final da linha para ele e que ele tinha conseguido tudo o que poderia conseguir, margot tinha lhe oferecido quase um ano e meio daquela troca, não havia porque tentar insistir que desse mais, ele poderia implorar, ou se rebaixar, poderia dizer que não se importava com a forma que ela queria fazer isso, que estaria disponível para ela e que uma mensagem de texto bastaria para que ele a mantivesse entretida. ele não queria isso. um ano e meio daquela situação tinham esgotado suas forças para ser um peão, ele sabia disso, se conhecia suficiente para saber que dali para frente só haveria rancor se continuasse achando que podia fazer isso, que podia ser o cara descolado que a esperava ligar e fingia não saber que ela não sentia o mesmo por ele, para ser o 'ficante número 1' enquanto para ele não havia sentido em tentar outros relacionamentos. ele sabia quando se afastar e sabia quando desistir, aquele era o momento para fazer os dois.
como um soldado ferido ele faria exatamente o que precisava ser feito, se retiraria da situação, ele tinha as memórias boas que nunca esqueceria e ele tinha o carinho, amor e afeto que sentia por margot para carregar consigo. as noites em claro no telefone enquanto em turnê, as sessões privadas de música com um piano e taças de vinho, as brigas, os beijos, as conversas profundas deitados em sofás no escuro, conversas essas que nunca eram referidas mais tarde e que permaneciam no fundo da sua mente como segredos bem guardados, os dedos entrelaçados por debaixo de mesas enquanto jantavam com amigos em comuns, os olhares roubados em premiações musicais e os shows dedicados a alguém que a mídia só conseguia tentar especular sobre. ele levaria tudo aquilo para si para sempre e duvidava que alguém fosse tomar o lugar de margot, mas também cada vez mais parecia que ele não tinha o que era preciso para ser suficiente para ela, para ser a pessoa que ninguém conseguiria tomar o lugar e uma vez em sua vida, robb parecia criar um pouco de amor próprio e respeito por seu coração.
sua voz soou quebrada quando finalmente falou. ❛  it wasn't a mistake, margot. it was a choice. ❜ os ombros foram levantados brevemente e então abaixados, a luz do luar entrava pelas grandes janelas do apartamento de robb, ele se perguntava se alguém mais do famoso residencial belle epoque estava tentando aquele tipo de conversa, se algum de seus vizinhos conseguia sentir que aquela não era uma noite boa para todos, ou se algum outro casal do prédio estava tendo a melhor noite da suas vidas. não que ele e margot fossem um casal, esse era o problema. ❛ you made a choice and it's fine, i get it, you wanted to and there's nothing wrong with it. you're single. i'm single. we are just having fun and lately we've been fighting a lot, so it defeats the purpose of having fun, doesn't it? i wish you'd tell me sooner, i really do, because we could've avoided this whole conversation and skipped to the last of it, but...it's fine, you don't owe me explanations, you don't owe me satisfaction, you're a beautiful young woman with so much talent and i would be a fucking blind man if i didn't know you were desired and wanted by any man or woman that goes your way. i do however feel like this changes things for us. ❜ um suspiro pesado foi dado enquanto colocava as mãos nos bolsos.❛  i don't feel like this is doing me any good, margot. i feel constantly anxious, sad and i fear that i have become someone who only exists to wait for you to acknowledge his existence. unfortunaly i wasn't raised to be that person and i'm choosing to erase myself from this narrative. ❜
havia um bolo em sua garganta o impedindo de falar naturalmente, sua voz embargada mostrava o que aconteceria no momento em que terminasse de falar e seus olhos claros se tornavam cheios d'agua mesmo piscando constantemente para afastar as lágrimas. ❛  i want you to delete my number. ❜ ele estava sendo duro e drástico, sabia disso, mas também sabia que não aguentaria ser amigos. ❛  while i know i'm going to sound like a jerk for saying this, i want to be honest with you, i don't think i can be your friend and i don't want to be whatever this is anymore, i have strong feelings for you and i completly understand your fear of relantionships and how you didn't want to be in one and how we started knowing that, but i'm not afraid when it comes to you and i'm not going to force your hand asking you to choose or to stay. so i wish you the best, and all the love, if you need me, truly need me for something, i'm here for you, but i do not wish to be treated as a friend or anything else than a acquaintance. i gather your things and put them in four boxes so you can take it to your apartament, if there's anything mine there you can just throw it out. i'll walk you to the door. ❜
Tumblr media Tumblr media
2 notes · View notes
a-sixth-sense · 1 year
Text
Eu.. eu não te reconheço mais
olho pra garota que eu conheci há 8 anos e não te encontro
busco nas memórias os bons momentos
me alegro
mas porque parecem tão distantes?
eu não entendo
sabemos que as pessoas mudam
mas eu não imaginava que mudariam tanto
não consigo mais olhar nos seus olhos
encontrar um porto seguro
eu não te vejo mais
aquelas palavras de afeto, a preocupação, a empatia
o respeito, tudo que consideramos essencial
para onde tudo isso foi?
é bem estranho como podemos perder boas pessoas
ter um luto em vida
não pelo ideal criado, mas pela pessoa que você era
hoje você não é mais
e por isso eu não te reconheço
não consigo mais ver a amiga que acolhe
olhos nos seus olhos e vejo mentiras e desonestidade
mas apesar de tudo eu continuei tentando
e depois de muito, percebi que desrespeito era o modus operandi
de uma pessoa que parecia não ser mais quem eu conhecia
e de fato não é
a amiga que eu conheci era muito inteligente
era divertida e sabia ter escuta ativa
me entristece saber quem você se tornou
me entristece ainda mais ter que me afastar por conta disso
mas chega um momento que tudo fica demais
aguentar ofensas se torna um fato muito pesado
eu realmente tinha esperança que fosse ingenuidade
talvez um traço daquela menina que conheci
eu realmente achei que existia um senso de honestidade
com certeza mais uma das coisas que me iludi
e apesar de todos os sinais vermelhos, eu ainda tive esperança em você
pois não queria aceitar naquilo que minha grande amiga viera a se tornar
acreditei nas suas palavras
por mais infiéis à realidade que fossem
lhe convidei ao meu ambiente
mesmo com suas ações se mostrando não merecedoras
juntei todos os resquícios de paciência e carinho que ainda restavam
já sabendo que seria uma decepção
mas não imaginei que tão grande
você entrou sem pedir licença
verificou cada ponto com julgamento
e rejeitou tudo o que ouviu
não disse nada para não criar conflito
mas eu vi seus comentários sobre nós
senti seu nojo, sua aversão e seu desprezo
e por isso não te reconheço
olho para você e não consigo ver mais a garota que conheci
eu permiti que você entrasse no meu mundo
você revirou tudo sem qualquer consideração
desrespeitou a mim, ao meu lar e ao meus companheiros
eu que parei minha vida
mobilizei dezenas apenas para te prestigiar
o que recebo em retribuição?
ódio, violência e falta de consideração
você mentiu para mim
desonrou minha casa e aos meus
eu realmente não te reconheço
por muito tempo pensava que era ingenuidade
falta de compreensão
talvez realmente eu não tenha usado as palavras certas
mas não foi uma questão didática
foi de caráter
e nesse momento não consigo te reconhecer
eu queria ao menos entender
como alguém pode mudar tanto?
eu tentei te trazer
eu tentei compreender
eu tentei, tentei muito
mas é necessário que eu tenha consciência
preciso ser honesta com a minha história
entender que nem tudo é necessário
que eu não mereço isso, muito menos meus companheiros
é preciso coragem para dizer basta
e isso me dói muito
como pode alguém mudar tanto?
estou em luto
pois depois de tantos comportamentos complicados
percebi que não, aquela menina não existe mais
estou de luto pelo cadáver gentil que eu insistia em reanimar
inútil
assim como minhas diversas tentativas para te fazer entender
hoje eu não te reconheço mais
porque a pessoa que eu conheci não existe
e depois de muito sofrer percebo que estou cansada
as pessoas mudam, isso faz parte da vida
meu erro foi ter esperança
de que a garota que eu conheci ainda estava entre nós
ela se foi
foi um erro esperar que ela fosse ressurgir dos mortos
pois é algo que talvez nem ela mesma seja capaz de fazer por si mesma
e não há problema
todos nós somos frutos do meio
nós escolhemos nossas próprias batalhas
hoje eu escolho não lutar mais
porque eu não mereço essa retribuição
porque estou cansada de tentar reanimar um cadáver inerte
e porque fiz tudo que estava ao meu alcance
eu sofri muito nesse processo
e hoje escolho parar de sofrer, parar de insistir
eu perdi essa batalha assim como perdi a garotinha que conheci há quase uma década
estou de luto, mas a deixo ir com a consciência tranquila de que fiz tudo que estava ao eu alcance
ninguém é obrigado a corresponder expectativas alheias
e eu sei que as pessoas mudam
Eu só não imaginava o quanto
3 notes · View notes
rsshq · 2 years
Photo
Tumblr media
É perto do amanhecer quando o cardeal reúne a todos no entorno da fogueira e a acende, queimando o boneco que representa o Tenebroso. As faíscas crepitam enquanto o pano é consumido, e o aroma de alecrim preenche o ambiente - a erva é conhecida por representar renovação e equilíbrio, aspectos comemorados no festival.
“O mal está derrotado, mais uma vez.” O cardeal anuncia e então despede-se dos presentes, sumindo cidade adentro com o seu pequeno compêndio. Alguns cochicham sobre aquilo ser assustador, veneficus dizem se sentirem desconfortáveis, herdeiros dão risada pelo mal ser um boneco de pano, mas todos sabem que qualquer crítica pode ser apontada como heresia, e é por isso que os comentários são reservados aos amigos mais próximos. 
O boneco ainda está queimando quando os alunos são instruídos a voltarem para o Instituto, e por alguns bocejos é entendido que realmente já está na hora de dormir um pouco. Os primeiros raios de sol acompanham herdeiros e veneficus no caminho de volta, mas as conversas baixas são interrompidas por um grito agudo no meio da estrada.
“Um monstro!” Leta, uma venefica do módulo II, aponta em direção a uma luz azulada há alguns metros - uma trincha de onde um leshy surge, avançando em direção aos alunos. Num campo como aquele, o caminho entre a cidade de Ethos e o Instituto de Rosis sendo composto apenas por vegetação, os alunos estão em grande desvantagem sem a presença de venéficos mais experientes que integram o corpo docente. E é por isso que, mesmo à distância, o monstro consegue controlar raízes que tentam prender os alunos no lugar. E os gritos tornam-se mais desesperados, a confusão se tornando enorme enquanto tentam fugir. É irônico que, o lugar mais seguro do mundo, esteja passando por um ataque como aquele.
É no tumulto ocasionado pela tentativa de fuga que Luis, o duque português, acaba empurrando Percival, um feiticeiro do segundo módulo, em direção às raízes que enrolam-se em seus braços e pernas antes de suspendê-lo no ar. O duque não apresenta sinais de preocupação com o garoto enquanto corre em direção aos portões do Instituto, sem sequer olhar para trás, salvando a própria pele. Uma raíz também é vista ao redor do pescoço do garoto, o que explica o fato de o rosto do veneficu rapidamente assumir um tom escuro de roxo diante de todos. Quando professores e guardas que estavam no Instituto alcançam a metade do caminho até a Vila Ethos, incendiando as ramificações do leshy, é tarde demais: Percival estava morto. 
O pânico instala-se ainda mais com a constatação, e os corporalkis que compõem o corpo docente precisam usar suas habilidades mágicas para acalmar os alunos, levá-los para dentro do Instituto e, posteriormente, aos seus aposentos. Todos ficam afetados por uma espécie de calmante mágico que os fazem dormir, mesmo após o terror vivenciado, enquanto o diretor, o vice-diretor e seu pequeno conselho tomam as decisões cabíveis. Não podem acusar um duque português mesmo após ouvirem alguns relatos, e durante uma pequena reunião decidem que o melhor é pintar Percival Lachir como um herói, um mártir. 
Quando os alunos acordam na manhã seguinte, recebem três comunicados: primeiro, as aulas no Instituto de Rosis estão suspensas por uma semana, em memória ao amigo deles que faleceu e, também, para que todos possam se recuperar dos danos físicos e psicológicos causados pelo ataque. Segundo, o psicólogo da instituição, Dr. Venon Grayfellow, estará disponível para atender todos aqueles que desejarem. E, terceiro, um campo de força foi instalado ao redor do Instituto pelos telekis mais habilidosos, de modo que a saída e entrada no lugar está proibida até segunda ordem.
Algumas perguntas, contudo, permanecem na cabeça de todos: como foi que aquela trincha surgiu no caminho para o vilarejo? Depois de um século sem que se visse um monstro no Chipre, por que aquele estava aparecendo justo agora? Estariam as barreiras protetivas em torno da ilha falhando? O que o futuro lhes reservava? Todas elas sem resposta.
OOC:
Eis o primeiro plot drop e que dá início ao nosso plot! Espero que tenham gostado da leitura e estejam prontos para uma trama cheia de mistérios.
O plot drop marca o fim do nosso evento, e vocês podem continuar suas interações do evento como “flashback” se desejarem. Já estão autorizados também a fazerem interações pós plot drop, ou seja, no dia seguinte ao ataque.
Para aqueles que desejarem postar um pov do ataque, ou uma conversa com o psicólogo, a tag é: #rssfinismali
AQUI você pode verificar o que é um leshy.
AQUI existe uma notícia publicada no dia seguinte pelo jornal on-line da Instituição.
10 notes · View notes