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#transfusão
hematonaweb · 2 years
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Excelente repostagem que aponta como a transfusão não deve ser um processo automático, baseado apenas em números. É fundamental a avaliação clínica do paciente a ser transfundido. Por isso sempre pergunte, é necessário? Vai melhorar com a transfusão? Qual a causa? #hemoterapia #hematologia #transfusão #medicinatransfusional #doesanguedoevida (em Hemose-SE) https://www.instagram.com/p/CjqGmSLOofh/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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liz-ayumi · 3 months
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Minha menstruação tá atrasa já uns 17 dias. E tô com medo de ser anemia de novo, não suportarei ser internada com anemia e precisar de transfusão de sangue de novo. Minha mãe sempre está de olho em mim me dando várias vitaminas, perguntando sobre a menstruação, olhando minhas palmas da mão e dizendo que estão brancas demais, que meu corpo está frio e tal. Eu odeio isso mas no fundo agradeço ela pois eu mal sei os sintomas de anemia e se não fosse ela correndo pro hospital comigo em 2019 eu com certeza teria m0rrido já que não ligo pra nada. E não, não há possibilidade de eu estar grávida pois sou uma nerd virjola🤓☝️ graças a Deus, até porque só tenho 20 anos, uma gravidez agora faria eu com certeza me m4tar. Será que essa ausência na menstruação é normal? Meu ciclo é bem desregulado mas nunca atrasou tanto assim, exceto quando eu tinha 13 anos e passei 4 meses sem. Mas fora isso o máximo de atraso é de 4 dias. Não acho que seja por conta da Ana pois eu ainda estou bem acima do peso 🤔
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pursimuove · 5 months
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Ando um pouco acima do chão / I walk a little above the ground (English translation below)
Ando um pouco acima do chão
Nesse lugar onde costumam ser atingidos 
Os pássaros
Um pouco acima dos pássaros
No lugar onde costumam inclinar-se
Para o voo

Tenho medo do peso morto
Porque é um ninho desfeito

Estou ligeiramente acima do que morre
Nessa encosta onde a palavra é como pão
Um pouco na palma da mão que divide
E não separo como o silêncio em meio do que escrevo

Ando ligeiro acima do que digo
E verto o sangue para dentro das palavras
Ando um pouco acima da transfusão do poema

Ando humildemente nos arredores do verbo
Passageiro num degrau invisível sobre a terra
Nesse lugar das árvores com fruto e das árvores
No meio de incêndios
Estou um pouco no interior do que arde
Apagando-me devagar e tendo sede
Porque ando acima da força a saciar quem vive
E esmago o coração para o que desce sobre mim

E bebe

© 1998, Daniel Faria
Poesia. Quasi, Vila Nova de Famalicão, 2003
-
I walk a little above the ground
In that place where birds 
Are usually hit.
A little above the birds
In the place where they usually lean forward
To take flight

I fear dead weight
Because it is a scattered nest

I am slightly above what dies
On that slope where the word is like bread
A little in the palm of the hand that breaks it
And like the silence that attends my writing I do not separate 

I walk lightly above what I say
And I pour blood into my words
I walk a little above the poem’s transfusion

I walk humbly through the word’s outskirts
A passer-by one invisible step above earth
In that place of trees with fruit and trees
Engulfed by fire
I’m a little inside what burns
Slowly dwindling and feeling thirsty
Because I walk above power to satiate whoever lives
And I squeeze my heart out for what descends on me

And drinks
© Translation: 2004, Richard Zenith
Fonte: bit.ly/2OEt6Ze
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Soprado por Luís Caetano (A Vida Breve)
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lidia-vasconcelos · 28 days
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SOBRE NÃO DEMONSTRAR AMOR...
Houve um tempo em que eu amava, mas não demonstrava, pois me diziam que demonstrar AMOR era coisa de gente boba, vulnerável.
Por causa disso, o AMOR andou desbotando, perdendo o rebolado.
E, por desbotar e desandar, ficou sem graça, perdeu o viço, ficou parecendo coisa nenhuma.
Quando eu me apaixonava, dizia que era tudo, menos AMOR.
O AMOR quase morreu.
Mas, felizmente e a tempo, tratei de reanimá-lo: chacoalhei, fiz massagem cardíaca, respiração boca a boca, uma transfusão.
Renovei sua identidade biométrica e hoje ele está tinindo: robusto, espaçoso, risonho, falante, todo "amostradinho"!
Não dá para escondê-lo nem disfarçá-lo: onde ele está a semente vinga, a vida brota, o fruto aparece, independentemente da aprovação de terceiros.
Se eu me sinto boba e vulnerável por senti-lo? Mais do que pensam.
Se eu me importo com isso? Menos do que esperam.
Lídia Vasconcelos
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diariodelecina · 5 months
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Pela segunda vez com Leucemia
Hoje estou internada no hospital Santos Dumond na cidade de São José dos Campos - SP, lutando para vencer uma doença terrível chamada Leucemia Mieloide Aguda. Estou bem na medida do possível, ainda não comecei fazer quimioterapia por causa da autorização do convênio Unimed. 
A guia de remédios feita pela Dra. Júlia da equipe da Dra. Leila Magalhães - Hemacore. Fazem 4 dias já estou internada, realizei uma operação com a Dra. Debora Cardiovascular, onde coloquei um cateter no pescoço para ser utilizado durante o primeiro tratamento na recintava da doença. 
No dia 23/04/2024 foi difícil para mim, onde fui picada por várias vezes nos braços para coletar exames de sangue e as enfermeiras "não conseguiam", até que pela última tentativa conseguiram tiraram o sangue por em torno das 16h. Para "ajudar" eu tenho as veias de difícil acesso, então em reunião com as doutoras foram de comum acordo colocar o cateter em meu pescoço. 
No dia 24/04/2024 no terceiro dia de internamento começou de maneira intensa com discussões no quarto, mas tudo foi resolvido. Logo na parte da tarde a madrinha Elza que é um amor, veio ficar de acompanhante comigo aqui no quarto. Estou em isolamento todas as pessoas que entram aqui no quarto utilizam mascara e roupa especial, tudo isso ocorre pela a minha proteção. Umas 18h recebi o preparatório para transfusão de sangue onde recebi durante 2h. Hoje acordei bem com um pouquinho mais de cor e disposição. 
Logo pela manhã a doutora Júlia passou com a visita de rotina, falando a questão do meu tipo sanguíneo que havia questionado, onde me disse que o sangue as plaquetas sou A+ (positivo). 
Antes da doença me acometer era O+ (positivo), mas com o transplante fique como a doadora A+ (positivo). Bom, estou com o sangue de 36 mil de plaquetas; 8,6 de hemoglobina e 4 800 imunidade. Tomando soro de maneira continua no cateter e antibiótico por causa da sinusite, que foi um dos motivos que alertou a doutora a fazer o exame de medula em mim. A minha bochecha do lado esquerdo esta inchado e no exame foi constatado que estava com sinusite. A Dra. oncológica acha que pode ser talvez por causa da doença, já fazem 2 semanas que estou com a bochecha inchada. 
Os remédios que tomo de uso continuo são Valtex; Acido Fólico; Cloridrato de Hidroxizina até o momento, bom até que descobri a doença novamente que aconteceu no dia  19/04/2024 exatamente as 16h. 
Na quarta-feira que se antecedia o tal dia, 17/04/2024 realizei o exame pedido pela Dr. Leila em consulta médica oncológica no Santos Dumont no dia 15/04/2024. O exame foi realizado pela Dra. Ana no Hemacore, fui bem recepcionada pela doutora e quanto ao exame ocorreu tudo bem. Bom, quanto ao exame medular é mais ou menos, né! Para quem já fez sabe como é difícil quanto ao pensamento e insegurança quanto ao resultado. Quanto a dor é tolerável, no meu caso sinto dor no fêmur e no osso do quadril onde é furado para retirar o sangue que existem as células da medula mesmo com a anestesia aplicada. São dias de inquietação e medo, o que conforta é a Fé em Deus e sua misericórdia. 
Bom, não sabe o por que isso voltou, mas sei que irei lutar com todas as minhas forças e primeiramente com toda fé em Deus.   
No momento em que estiver sem respostas e sem esperança, aguarde no Senhor. Deus vai curar suas feridas e trazer o conforto de que você tanto precisa.
Eu e a enfermeira, paramentada para entrar no quarto para dar os medicamentos
Quarto dia de hospedagem e em busca da cura 🙏
Enfermagem é a arte de cuidar incondicionalmente, é cuidar de alguém que você nunca viu na vida, mas mesmo assim, ajudar e fazer o melhor por ela. Não se pode fazer isso apenas por dinheiro...Isso se faz por e com amor!
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say-narry · 2 years
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Memories - Epílogo
notas da autora: Chegamos ao fim. avisos: menção a morte, acidente, muita angustia. flashback em itálico e recuo. capitulos anteriores | masterlist
Eu não me recordava de como havia sido meu processo pré-morte durante o acidente, mas a dor e impacto com certeza estava sendo maior agora.
O som da bala saindo pelo cano do revólver da mão dominante de Niall me assombrava o tempo inteiro. Era um som agudo, um som que fazia meu coração alterar a frequência de uma maneira ruim, meu estômago tinha calafrios terríveis.
A sequência de ações de S/n caindo aos meus pés e o líquido vermelho escarlate saindo de seu peito era o pior dos meus pesadelos. Niall derrubando a arma no chão, tremendo sem parar e seu rosto banhado em lágrimas instantaneamente era algo que eu não iria esquecer.
No mais, eu me lembro de S/n falando do nosso filho, da dor, do destino trágico que ela havia tido logo agora que teria o nosso bebezinho.
As sirenes no maior volume possível e seu som ficou ainda mais em evidência quando os paramédicos me jogaram para o fim da ambulância enquanto tentavam manobras de recessucitação em S/n.
Toda minha vida com ela passou em frente aos meus olhos. De novo.
O nosso primeiro beijo, as risadas, os choros, as noites fazendo amor e todas as decepções que causei.
Foram horas de cirurgia, papeis e mais papéis, horas de condições que haviam sido impostas, como “faremos tudo para que ela sobreviva, mas a hemorragia está intensa” ou até mesmo “não damos certeza quanto a vida do bebê”.
Minha cabeça girou e girou o tempo inteiro, um sentimento de culpa me invadindo pois no fundo, eu sabia que era eu que deveria estar no lugar de S/n, ela deveria estar por ai planejando o quarto do bebê e não numa sala de cirurgia de emergência correndo risco de vida.
Niall havia sido preso e a notícia estourou nos jornais na manhã seguinte, os rapazes estavam em choque assim como eu. Ninguém conseguia acreditar que tínhamos chegado a essa situação.
Eu andava de um lado para o outro, desesperado em busca de notícias até que o médico veio em minha direção, minhas pernas fraquejaram e meu coração pulou no peito compulsivamente.
— Parentes de S/n S/sn? - Ele olhou pela sala de espera aonde os rapazes e suas respectivas estavam sentados.
— Sou marido dela. – Me pus em frente a ele.
— Preciso que mantenham a calma, está certo? – O médico de meia idade vestido com a roupa estéril azulada me olhou – S/n teve uma hemorragia gravíssima, foram usados vários pacotes de sangue na transfusão, retiramos o projétil que por sorte não eclodiu dentro do corpo dela… - Ele revesava o olhar entre mim e os rapazes que se aproximaram - Por fim, ela está estável, sua pressão está variando bastante, é provável que a induziremos ao coma até que seja estabilizado.
— Acho que se algum dia eu te perder, eu não sei o que eu faço, sabe? Se você… morrer ou sei lá. Não consigo nem imaginar isso. – S/n sussurrou pra mim enquanto estávamos deitados na sua cama, na época da faculdade.
— Você vai se virar, você sempre consegue fazer as coisas melhor do que eu. – Ri sem graça, acariciando seu braço enquanto encarava o teto.
— Isso não quer dizer que eu não vá sofrer, mas imagino que você não vá sofrer o tanto quanto eu… – Sua voz estava rouca, com certeza ela estava prestes a chorar. Podia ser a TPM ou palavras sinceras, mas na época, eu não ligava muito pros sentimentos dela então acabei piorando as coisas. Como sempre.
— Somos jovens, dá pra ser feliz com outras pessoas.
Senti ela levantar o rosto e me encarar. S/n se afastou do meu meio abraço e concordou com a cabeça.
— Talvez você esteja certo, não vou mais me preocupar com isso. Você vai ficar bem sem mim.
Pelo resto da tarde, S/n ficou em silêncio provavelmente magoada e pensando que ela não fazia qualquer diferença na minha vida. Mas ela fazia, eu só não admitia.
Com certeza o Harry daquela época estaria se batendo com a estupidez das suas palavras. Eu estava muito errado, agora eu sabia que não importa a minha idade ou condição, eu não conseguiria ser feliz sem ela.
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Havia passado alguns meses desde tudo, S/n continuava hospitalizada, todos os dias uma grande equipe médica vinha até seu quarto, mas sem muitas novidades, nosso bebê ainda permanecia vivo e isso era o que mais impressionava a todos. Talvez era alguma força divina me dando um chance de ser feliz de novo.
Mas tudo mudou quando retiraram S/n da indução do coma e ela não acordou. Seu corpo estava prestes a entrar em estado vegetativo se não fosse por suas funções cerebrais ainda estarem ativas de acordo com as inúmeras ressonâncias.
Estavamos ha quase cinco meses nessa, o sexto mês de gestação surgindo e meu desespero aumentando nas possibilidades que me deram.
— Eu sinto muito, senhor Styles. – O médico, Dr. Andrew sibilou - Se a senhora Styles não acordar em algumas semanas, eu indico a indução ao parto para que não haja nenhuma possibilidade de haver complicações com a criança. Caso não fizer e se S/n não começar a responder aos estimulos, é provável que ambos não sobrevivam…
Eu negava com a cabeça, eu não poderia fazer uma escolha tão difícil. Não poderia escolher entre a mulher da minha vida ou o meu bebê. Eu precisava que os dois sobrevivam, os dois inteiros e completos pra que possamos viver felizes para sempre.
Me retirei do consultório do médico e fui direto para o quarto onde S/n estava. Ela precisava acordar logo, acordar pra que a gente aproveitasse como uma verdadeira família o resto de nossas vidas.
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Semanas depois...
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Chris, minha mãe e minha irmã revesavam seu acompanhamento, por mais que eu apenas conseguia ir pra casa tomar banho e trocar de roupa. Eu comia quando minha mãe ou os rapazes me forçavam a isso, senão, eu não fazia nada além de monitora-la.
Eu dormia e acordava ao seu lado, sempre olhando para os fios ligados por todo seu peito, rosto e barriga. Por vezes eu pegava em sua mão e começava a conversar, mas não havia nenhum reflexo de que ela estivesse me ouvindo. Os papéis de autorização da indução ao parto e do desligamento das máquinas ligadas a S/n estavam intactos e continuariam assim. Sempre fui covarde e agora, mais do que nunca.
O que me mantinha mais ou menos são a essa altura, eram as sessões de terapia que eu fazia de forma online com Sebatian. Ele me instigava a manter pensamentos positivos mas com os pés no chão, já que com toda certeza eu teria entrado em colapso se não fosse por nossas conversas.
Fora isso, eu apenas conversava com S/n. Tentava sempre ficar o mais próximo possível dela e do nosso bebê, que eu ainda não sabia qual era o sexo pois queria descobrir junto com ela.
— Ontem à noite, eu sonhei que nosso bebê era uma menina. – Iniciei nossa conversa logo após o horário de almoço - Ela era tão linda, S/n. Ela tinha seu nariz e os olhos verdes como os meus… - Deixei um beijo na parte de trás da sua mão – Quando fui pra nossa casa hoje cedo, eu pensei em alguns nomes tipo Heather, Alice ou Zoe… – seu rosto permanecia sereno, como se ela estivesse dormindo – Sobre Zoe, eu procurei e li que significa vida e é o que vocês duas significam pra mim.
O lençol com a estampa do hospital estava esticado, eu sentia meus olhos lacrimejarem enquanto segurava sua mão com as minhas duas mãos. O choro estava entalado na minha garganta há muito tempo, mas eu precisava ser forte por nós três.
— Mas se for um garotinho, eu gosto de Thomas ou Henry… Você se lembra quando conversamos no parque naquele dia? - Mantive meu tom de voz baixo, como se fosse uma conversa íntima – … Se tivessemos um garoto, seria Thomas Edward Styles, nome de principe da Disney, não acha? – Eu ri sem graça focando em um ponto ao sul do quarto, ela não se moveu ou qualquer reação que esperançosamente eu tinha – Enfim, qualquer um que vier eu vou ser grato e vou ser o melhor pai desse mundo, eu prometo. Nós três vamos ser muito felizes juntos.
Apertei suas mãos e fechei os olhos rezando uma prece que eu me lembrava de quando era criança.
Vamos, S/n. Não me abandona agora, por favor…
Eu sei que mereço tudo de pior desse mundo, mas por favor…
— E-eu gosto de Th-Thomas. – Sua voz saiu baixa e meu corpo todo se arrepiou.
Por alguns segundos, eu pensei que era minha cabeça pregando uma peça ou que eu estivesse sonhando mais uma vez, mas S/n piscava lentamente e os cantos de sua boca tremiam e arquearam minimamente em um sorriso.
As cenas seguintes era eu correndo pra chamar as enfermeiras e os médicos. O quarto se encheu, alguns fios foram retirados e a ajeitaram na cama.
Os médicos estavam boquiabertos, era algo impressionante e fora da curva, mas algo em mim sabia que ela não permaneceria naquela situação por muito mais tempo. Eu sabia que ela não iria se render.
A minha S/n era forte, destemida e inabalável.
Pediram pra que eu ficasse fora do quarto, eu tremia e chorava de alegria, meu estômago parecia com uma grande sensação de montanha russa.
Liguei pra minha mãe e pros rapazes, todos ficaram eufóricos com a notícia e já estavam vindo para o hospital.
Eu me sentei em uma das poltronas disponíveis e meus joelhos começaram a chacoalhar, agradeci mentalmente a todas as boas forças do universo.
Finalmente, a minha S/n estava de volta.
A minha S/n e o nosso bebê.
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— Agora para finalizar, um belo sorriso dos papais! – A fotógrafa pediu e nós sorrimos.
S/n havia chegado aos nove meses de gestação e estávamos aproveitando esse finalzinho antes do nosso filho chegar, criando memórias físicas desse momento com um ensaio fotográfico.
Sim, filho.
O nosso Thomas.
Assim que S/n acordou do coma, foi uma correria para exames e diagnósticos. Uma pequena parte da sua memória e um pouco da sua estabilidade havia sido comprometida devido ao coma e ao tiro, mas tudo poderia ser revertido com os cuidados necessários.
Ela saiu do hospital alguns dias depois, tendo toda atenção possível.
S/n aceitou ir para a nossa casa, desde que eu contasse tudo que havia acontecido para que ela fosse parar ali estando grávida. Ela não se recordava dos últimos acontecimentos antes do coma, mas fiz questão de relembra-la de tudo.
Eu havia contado pra ela sobre a aposta novamente, contado sobre Courtney e Niall. S/n achou a história mirabolante, mas mostrei as provas de que estava dizendo a verdade e ela aceitou.
Niall por sua vez iria responder em liberdade, mas conseguimos uma medida protetiva contra ele. S/n a quebrou quando ouviu o que ele tinha a dizer, obviamente ela o perdoou sendo uma boa pessoa, mas pediu pra que ele respeitasse a ela e ao bebê. Niall concordou, desde então, não ouvimos mais falar dele. Ele vendeu a empresa e não entrou mais em contato.
Nós seguimos o que os médicos receitaram, pelo bem dela e do próprio bebê, como alimentação e sem estresse.
Minha mãe e Gemma ajudaram a comprar roupas que coubessem em S/n. Ela ficava linda com as calças de gestante e as blusas divertidas que os rapazes e suas respectivas fizeram questão de presentea-la.
“Mamãe do ano” era sua favorita, com toda certeza.
Nós não dormíamos juntos ainda, mas por vezes na madrugada, eu ia até seu quarto por ouvi-la angustiada em seus pesadelos, todos os dias desde a saída do coma, eles vinham perturba-la. Quando eu estava com ela em meus braços, ela conseguia dormir. E também havia o grande bônus que eu podia sentir o bebê chutar e também acalma-lo.
Em um dos retornos do médico, fizemos a ultrassom e descobrimos que teríamos realmente um menino, o nosso Thomas, o que levou a nossa piada interna de que ele acordou S/n quando ouviu eu falar o nome dele.
Ele já era o garotão do papai.
— Em alguns dias, encaminho pra vocês as fotos editadas! E se o Thomas vier antes da data, me liguem que eu vou correndo! – Karen, nossa fotografa orientou e nós concordamos.
Já era fim de ano, estava nevando em Nova York. Nos agasalhamos e saímos do estúdio. S/n por vezes caia em pensamentos, me deixando de fora, mas eu respeitava até que ela viesse falar comigo.
— Thomas está quieto hoje. – Ela estava sentada no banco do passageiro enquanto eu estava dirigindo.
— Ele deve estar aproveitando ficar ainda mais próximo de você antes de vir pra cá. - Brinquei, acariciando a barriga dela. – Mas se quiser ir ao médico, podemos ir.
— Será? Eu tenho tanto medo de não ter conseguido proteger ele… de ter falhado de novo. - S/n murmurou.
Tudo que era relacionado ao bebê, com certeza era um tópico sensível.
— Shh, shh, shh… – Sussurrei – Não fale isso, lovie. Ele está bem, você está bem, nós estamos bem e vamos continuar! Nada aconteceu e nem vai!
S/n estava lacrimejando e concordou com a cabeça, segurando minha mão sobre sua barriga.
— Será que a pintura do quarto terminou? Não vejo a hora de ver! Os dinossauros foram uma ótima ideia! – Comentei, tentando desviar o assunto.
— Dinossauros é a cara do Louis, já sabemos de onde vem a obsessão de Freddie por eles. – S/n sorriu.
Entrei na rodovia indo em direção ao condomínio, mas não antes de testar superficialmente os freios.
O trauma foi grande.
— Harry. – S/n me chamou e eu desviei o olhar rapidamente.
— Sim?
— Acho que preciso fazer xixi… – Percebi as pernas de S/n sendo cruzadas, mas uma mancha enorme crescendo na sua legging e franzi o cenho – Na verdade, acho que já fiz… – Suas bochechas coraram.
— Não tem problema, Lovie… Depois pedimos pra lavar o carro. É só xixi.
— Harry, não acho que seja só xixi… É o bebê!
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— Vamos, Thomy… Diga… Pa-pai! – As duas grandes esferas esverdeadas me encaravam com um sorriso banguela logo abaixo.
A colherzinha azul com um coelho desenhado em torno dela chamava mais atenção do meu garoto do que minha súplica por qualquer pronunciamento dele.
Thomas já estava com 4 meses, sua pele rosada e macia me fazia quer abraça-lo o tempo inteiro, mas por vezes ele preferia a minha ex-atual esposa.
Eu não poderia julga-lo, eu também a queria o tempo todo.
Nosso garoto veio ao mundo na mesma tarde do ensaio fotográfico, obviamente foi uma correria, mas valeu super a pena. Minha mãe e minha irmã choraram por alguns minutos assim que exibi Thomas pelo vidro do berçário. Louis estava todo pompozo falando que era o padrinho mais legal, Freddie perguntava o tempo todo quando Thomas poderia sair pra brincar com ele. Khai tinha ciúmes de Thomas com Freddie e Bear, mas tudo foi resolvido quando explicamos que os primos iriam proteger a princesa Khai de todos os monstros.
E pela primeira vez na minha vida, eu realmente tinha tudo que eu sempre quis.
— Papai está te forçando a falar, meu bebê? Diga a ele que você só conversa comigo, antes da naninha. – S/n beijou a cabecinha do garoto, que por sua vez chacoalhou as perninhas e os bracinhos extremamente animado.
Ele era apaixonado na mãe dele.
E eu também.
S/n o pegou no colo e sentou-se ao meu lado no sofá, onde eu tentava alimenta-lo com o alimento mais sólido, mas eu não podia negar que ele era mais experto e sabia que a mãe dele o amamentaria.
— Também quero participar das conversas… – Fiz bico – Vou precisar amamentar pra acontecer isso?
Nós gargalhamos enquanto Thomy sugava o leite do seio da minha esposa, seus olhinhos já estava começando a fechar. Ele a encarava com admiração, seus longos cílios dando um charme a mais e meu coração se enchia com a cena.
A família que eu perdi, mas por algum milagre divino, eu tinha de volta.
— Vocês já tem o momento de vocês no banho, não é, meu amor? – S/n falou baixinho enquanto fazia carinho com as pontas dos dedos no rosto do bebê. – Diga ao papai que isso é algo só seu e da mamãe…
Desde que S/n deu a luz a Thomas, nossa rotina era exatamente a mesma e isso com certeza não era uma reclamação.
Pela manhã, eu dava banho no bebê logo após S/n dar de mama. Enquanto isso, ela cuidava das coisas da StandArt.
Durante a soneca do nosso garotinho, nós conversávamos sobre as próximas consultas de nós três, já que de alguma forma, os três precisavam constantemente estar com exames feitos.
Almoçávamos juntos, tirávamos a soneca pós almoço juntos, durante a tarde, S/n brincava com Thomy enquanto eu participava de alguma reunião na SM.
Sim, eu havia voltado já que agora Gemma também estava querendo formar uma família, então dividíamos as tarefas e compromissos.
Durante a noite, jantávamos juntos e novamente, eu dava banho em Thomas e isso durava algum tempo já que eu amava ver seus gritinhos de felicidade quando a água morna tocava sua pele ou sua facinação pelas minhas tatuagens, seus dedinhos adoravam passear por elas.
S/n também tomava banho e colocava Thomy para dormir. Ela sempre conversava com ele nesse processo, o que fez com que o nosso garoto balbuciace algumas vezes como quem estivesse entendendo.
Por fim, Thomas pegava no sono e ia pro berço.
Pra nossa sorte, ele era um bebê calmo durante a noite e muito alegre durante o dia, só durante as tempestades ele tinha dificuldade pra dormir, algo que sabemos de quem ele tinha puxado. Mas tudo se resolvia com um mama da mamãe e um ninar do papai.
Já S/n e eu havíamos quase voltado às boas. Tudo era muito intenso pra ela e não seria eu que a forçaria a algo, mas vez ou outra acontecia alguns beijos rápidos e alguns abraços mais longos do que o comum.
— Você acha que ele gosta de mim? – Perguntei dobrando o edredom.
— Quem? Thomas? – S/n fazia o mesmo movimento que eu logo após ajustar a babá eletrônica ao lado na mesa de cabeceira.
Nosso garoto estava em um sono bem gostoso, dava pra ver sua respiração calma através do visor.
— É…
— Está com depressão pós parto, Harry? – Ela riu e eu fiz uma careta.
— Quando ele estava na sua barriga, parecia que ele respondia mais a mim do que agora… Não é à toa que eu chamei ele e ele te acordou… – Me deitei na cama com o braço cruzado no peito.
S/n me olhava com compaixão, mas ainda dava pra perceber que ela segurava o riso.
— Lovie, sabe que você está falando besteira, não sabe? – Ela se sentou na cama ao meu lado e eu assenti, suspirando derrotado – Thomas é nosso bebê, nosso filho. Não é uma competição…
— Sei lá, vai que ele sabe o quanto eu fui mal pra você e…
Senti meu rosto sendo puxado e S/n me calando com seus lábios. Fechei os olhos e a puxei pra mim.
— Me perdoa? – Falei com ela no meu colo e ainda de olhos fechados.
— De novo? Você diz isso todos os dias desde que eu acordei do coma, Hazz…
— Nunca vai ser o suficiente. – Abri meus olhos e S/n me encarava com a cabeça inclinada pro lado, sinal claro que ela estava com vergonha.
— Você sabe que eu já te perdoei, não sabe?
A fitei por alguns instantes. Ela nunca havia dito em voz alta. Coloquei as mãos em ambos os lados da sua cintura e me ajeitei na cama, encostando na cabeceira.
— Como é?
— Harry, eu já te perdoei. Eu pensei que soubesse disso. – Ela franziu o cenho enquanto seus lábios formavam um sorriso.
— Você nunca disse em voz alta.
— Harry… Pelo amor, eu tive um filho com você… Um filho! – Ela falou divertida como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
Nos encaramos por mais alguns minutos e começamos a dar risada.
— Mas calma… Aonde nós estamos? – Perguntei confuso.
— Condominio San Claire, Nova York, Manhattan, Estados Unidos, America do Norte… – S/n começou e a puxei pra mim, beijando seus lábios.
— Estou falando sério… Estou falando quanto a nós dois, S/a.
— Eu sei, estava brincando. – Ela se ajeitou, desviando o olhar – Acho que nosso status é temos um filho juntos?
— Mas você realmente me perdoou?
S/n desceu do meu colo, mas minhas mãos não deixaram sua cintura.
— Acredito que 90% de mim, sim. Quando eu estava grávida, meu maior pesadelo era perder o Thomas. Antes disso, era perder você… E eu perdi, não é? Mas por um lado, você me quebrou, Harry… Mas por vezes, eu ouvia uma voz distante, enquanto eu estava no coma, falando que eu deveria pensar em te perdoar. Eu ouvia o arrependimento na sua voz também… você vem sendo um ótimo pai pro Thomas, um bom amigo pra mim também…
— Mas e os outros 10%?
— Eles são minha auto defesa. Eu não consigo confiar que você nunca vai fazer algo assim novamente, eu realmente espero que não, mas é meu subconsciente dizendo pra ficar em alerta já que você pode me machucar de novo. Acredito que tudo que passamos juntos, me fez amolecer… Ainda mais pelo carinha do quarto ao lado.
Eu neguei com a cabeça fechando os olhos.
— Eu nunca faria isso de novo. Te perder mais de uma vez já foi mais que suficiente, simplesmente… não… E eu sou muito, mas muito grato pela vida de vocês dois. Nunca trocaria isso!
— Nem mesmo se Courtney aparecer aqui? – Eu conseguia perceber sua insegurança.
— Nenhuma outra mulher, meu amor. Nenhuma outra vida. Todas as memórias que eu tive me mostraram que desde o início, eu te amei mas não consegui me permitir. Fui um grande idiota que no fundo eu sei que não merecia seu perdão, mas sou grato por isso. De corpo, alma e coração.
— Bom saber disso… - S/n riu fraca e eu a puxei pra mim.
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— Agora, uma foto dos noivos com o bebê mais lindo desse mundo! – Karen pediu.
S/n segurou Thomas entre nós dois e eu a abracei, sorrindo pra foto.
É, nós resolvemos casar. De novo.
Chamamos os amigos mais próximos e alguns sócios de ambas as empresas. Depois que S/n me perdoou, eu não poderia perder a chance de oficializarmos o que nós tínhamos.
Em pouco mais de duas semanas e com ajuda de todos, montamos um pequeno casamento na fazenda da família.
— É… – Cocei a garganta batendo levemente no microfone – Oi, pessoal. Hmm… Eu queria agradecer a presença de todos. Definitivamente é uma surpresa muito boa estar em falando com vocês de novo no meu casamento e ainda mais sendo com a mesma pessoa. – Ouvi algumas pessoas rindo, principalmente S/n. – Não vou prolongar muito antes que Zayn e Louis acabem com os docinhos e as bebidas.
Os rapazes riram e levantaram as garrafinhas de vidro como se fosse um brinde.
— Com certeza nesse último ano minha vida deu uma grande virada. Nunca pensei que acordaria de um coma sem lembranças de como foi minha vida antes disso, nunca pensei que teria uma segunda chance em estar e casar com a mesma mulher que eu amo desde a faculdade, mas eu sou grato por isso e pelas poucas memórias que tive no decorrer disso, foram elas que me guiaram e me mostraram o quanto eu errei no passado e o quanto eu precisava mudar pra ter um bom futuro. É muito estranho pensar em como nossa vida pode mudar do dia pra noite. Um amigo se torna um desconhecido, um choro se transforma em riso e memórias se tornam tudo que nós temos. Estamos sempre no automático, perceberam? Acordar, viver, dormir. Todos os dias de nossa vida, vez ou outra temos a sorte de encontrar por ai, pessoas que parecem certas pra nós… do fio de cabelo aos dedos dos pés. Eu li recentemente em algum lugar na internet que a nossa vida é como as linhas das batidas do coração, se não houver altos e baixo, sinal que não estamos vivendo… Obrigado S/n, por estar comigo nos altos e baixos, e acima de tudo, cuidar de mim e do meu coração. Eu amo você.
Ouvi uma salva de palmas e entreguei o microfone aos músicos.
S/n entregou Thomas a minha mãe e veio abraçar.
Puxei-a pra mim, abraçando seu corpo e encaixando-o ao meu. Ela era oficialmente a minha esposa. O amor da minha vida, a minha esposa e a mãe do meu filho.
— Harry, posso te pedir algo? – Ouvi S/n sussurrar baixinho.
Me afastei brevemente dela, encarando seu rosto.
— O que quiser, lovie.
— Que tal a partir de hoje criarmos novas memorias? – Ela sorriu. – Sabe, você perdeu algumas e eu também…
Sorri deixando um beijo em sua bochecha.
— Eu acho uma excelente ideia!
Peguei uma taça de champanhe e outra de suco para S/n.
— A nós. A nossas memórias!
Fim.
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Nota autora: Muito obrigada a todos que tiveram paciencia de me acompanhar nessa historia. Memories foi baseada em um sonho que eu tive há muitos anos atrás, foi muito bom compartilha-la com vocês, definitivamente. Espero que de alguma forma tenha tocado e feito voces refletirem sobre algumas coisas. Eu vejo que muita coisa que me mantem firme são memorias de bons momentos que tenho, são as minhas memorias que me motivam.
Espero que vocês me acompanhem na nova historia que eu pretendo começar a postar em Fevereiro de 2023.
Um enorme abraço, Lau :)
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O meu quintal é maior do que o mundo
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Manoel de Barros é um dos poetas mais originais de nosso tempo. Sua obra inaugura um estilo único, que transforma a natureza, os objetos e a própria condição humana em expressões poéticas carregadas de significado e emoção. Esta antologia inédita reúne poemas de todas as fases do escritor, oferecendo um panorama abrangente de sua produção literária. Em mais de setenta anos de ofício, Manoel redesenhou os limites da linguagem e seus sentidos. Embora fosse um erudito, Manoel de Barros preferia ocultar-se atrás de diversas máscaras, inclusive a da ignorãça, como ele grafava, à antiga. Numa de suas entrevistas, ele diz: "O poeta não é obrigatoriamente um intelectual; mas é necessariamente um sensual." É esse sensualismo poético que lhe permite "encostar o Verbo na natureza". Talvez nenhum outro poeta tenha tido uma relação tão intensa com ela. A obra de Manoel de Barros foi escrita para o futuro. Meu quintal é maior do que o mundo revela a força, a vitalidade e o alcance universal da obra deste poeta inimitável.
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Manoel de Barros é um dos poetas mais originais de nosso tempo. Sua obra inaugura um estilo único, que transforma a natureza, os objetos e a própria condição humana em expressões poéticas carregadas de significado e emoção. Esta antologia inédita reúne poemas de todas as fases do escritor, oferecendo um panorama abrangente de sua produção literária. Em mais de setenta anos de ofício, Manoel redesenhou os limites da linguagem e seus sentidos. Embora fosse um erudito, Manoel de Barros preferia ocultar-se atrás de diversas máscaras, inclusive a da ignorãça, como ele grafava, à antiga. Numa de suas entrevistas, ele diz: "O poeta não é obrigatoriamente um intelectual; mas é necessariamente um sensual." É esse sensualismo poético que lhe permite "encostar o Verbo na natureza". Talvez nenhum outro poeta tenha tido uma relação tão intensa com ela. A obra de Manoel de Barros foi escrita para o futuro. Meu quintal é maior do que o mundo revela a força, a vitalidade e o alcance universal da obra deste poeta inimitável. Manoel por Manoel: "Eu tenho um ermo enorme dentro do olho. Por motivo do ermo não fui um menino peralta. Agora tenho saudade do que não fui. E com esta senectez atual me voltou a criancês. Acho que o que faço agora é o que não pude fazer na infância. Faço outro tipo de peraltagem. Quando era criança eu deveria pular muro do vizinho para catar goiaba. Mas não havia vizinho. Em vez de peraltagem eu fazia solidão. Brincava de fingir que pedra era lagarto. Que lata era navio. Que sabugo de milho era boi. Eu era um serzinho mal resolvido e igual a um filhote de gafanhoto. Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação. Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um orvalho e sua aranha, de uma tarde e suas garças, de um pássaro e sua árvore. Então eu trago das minhas raízes crianceiras a visão comungante e oblíqua das coisas. Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina. É um paradoxo que ajuda a poesia e que eu falo sem pudor. Eu tenho que essa visão oblíqua vem de eu ter sido criança em algum lugar perdido onde havia transfusão de natureza e comunhão com ela. Era o menino e os bichinhos. Era o menino e o sol. O menino e o rio. Era o menino e as árvores."
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Sobre o autor MANOEL DE BARROS (1916-2014) nasceu em Cuiabá, mas foi criado numa fazenda próxima a Corumbá. Em 1937, publicou seu primeiro livro de poesia, Poemas concebidos sem pecado. A partir de então, conquistou vários prêmios importantes, nacionais e internacionais, e sua obra foi traduzida para diversos idiomas.
Detalhes do produto
- Editora ‏ : ‎ Alfaguara; 1ª edição (24 fevereiro 2015) - Idioma ‏ : ‎ Português - Capa comum ‏ : ‎ 168 páginas - ISBN-10 ‏ : ‎ 8579623642 - ISBN-13 ‏ : ‎ 978-8579623646 - Dimensões ‏ : ‎ 23.2 x 14.6 x 1.4 cm https://www.amazon.com.br/Meu-quintal-maior-que-mundo-ebook/dp/B00U2QVO48?_encoding=UTF8&qid=&sr=&linkCode=ll1&tag=domquixote-20&linkId=a0d79fac1c335629c8e34fd6c040d20c&language=pt_BR&ref_=as_li_ss_tl Read the full article
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garotadoinverno · 1 year
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Famiglia Piazza
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Isso aqui é só um resumo do resumo, para eu me guiar depois.
Desde a infância, Mariana e Amalia viveram a vida observando a mãe saindo as escondidas de casa, toda a juventude sendo marcada por uma série de traições com seu pai que vivia viajando a trabalho. Não apenas ela, havia casos parecidos com colegas de escola e até mesmo casas vizinhas. Por mais que nenhuma das duas sequer tocassem no assunto, no sub consciente, achavam que relacionamentos não funcionavam. Pessoas traiam o tempo todo e elas já tinham cansado de ver isso com os próprios olhos ao longo dos anos, com diversas pessoas diferentes.
Mariana, 17 anos.
A magia curava a maior parte das coisas, mas quando uma doença misteriosa aparece em sua corrente sanguínea e ninguém consegue descobrir o que é, resta apelar a medicina bruxa e trouxa ao mesmo tempo. De alguma forma, entraram em consenso de que ela precisaria de uma transfusão de sangue, por mais que ainda fosse adolescente. O risco de morte era maior do que o risco de rejeição pela transfusão. Houve uma comoção em geral para que os familiares fossem ver compatibilidade. Teste por teste, até o momento em que no meio dessas análises, descobriram que não existia qualquer tipo de similaridade com o de seu pai. Ou de quem achava que era seu pai. Aquilo causou um alvoroço familiar. Mariana quase deixa de receber ajuda, porque não era filha legítima de Antonio Piazza. Aos 16 anos, ela viu a morte de perto, no mesmo momento em que foi expulsa da família depois de tantas brigas e confusões. Se mudou para os Estados Unidos para morar junto com sua avó, onde precisou recomeçar a vida. Sua mãe sentia vergonha do que havia feito e sequer falava com ela, automaticamente, fez com que ela perdesse contato com Amalia, já que era proibida de tentar se comunicar com a mais nova.
Amalia 10 anos
Não sabia muito bem o que estava acontecendo, sabia que no meio dessa confusão familiar, havia perdido sua irmã. Era proibida de citar o nome dela ou tentar procurar a mais velha de alguma forma. Entre os Piazza, desde que Mariana saiu de casa, era como se ela nunca tivesse existido. Amalia sempre sentiu a falta dela, e viu com seus próprios olhos desde cedo, como uma traição destrói uma família. A dela, especialmente. Sequer sabia como havia sido a recuperação da mais velha, se por acaso tivesse tido algum tipo de rejeição e viesse a falecer, jamais saberia.
Mariana 24 anos.
Quando se especializou em aparatação, era pura e simplesmente pelo motivo de liberdade. Mariana se tornou muito boa no que fazia, ao ponto de que foi chamada para dar aula em Ilvermony. Era um grande mérito ser professora, afinal, para estar ali, existia algum respeito existente na comunidade bruxa, entretanto, quanto mais sabia e descobria as coisas das escolas, pior se tornavam. Agora ela não aparatava apenas porque era boa nisso, ela continuava treinando para conseguir chegar o mais longe que conseguisse em um período curto de tempo. Não bastando isso, precisava que os alunos aprendessem também.
Amalia 17 anos.
Sequer imaginou que aos 17 anos, a mesma idade com que a irmã quase morreu, iria ver a morte de perto também, por outros motivos. Por isso, achava que o sangue das Piazza de alguma forma era amaldiçoado e se permitia fugir de tudo o que pudesse a manter realmente presa. Não queria ser um karma na vida das pessoas e nem confiava 100% nelas, em relacionamentos fora amizade. Foi assim que começou sua carreira de relampago marquinhos, especialmente, quando envolvia relacionamentos amorosos. Existia uma trava em sua mente que a proibia de tentar qualquer coisa e corria na primeira oportunidade, sem olhar para trás.
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portalimaranhao · 4 days
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STF está a um voto de reconhecer que Testemunhas de Jeová podem recusar transfusão de sangue
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na quinta-feira (19) o julgamento que definirá se as testemunhas de Jeová podem recusar transfusões de sangue em tratamentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Corte também analisará se o Estado deve arcar com tratamentos alternativos que não envolvam o uso de transfusões, uma vez que os membros do grupo religioso não aceitam o procedimento…
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f5noticias · 4 days
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STF tem 5 votos pela recusa à transfusão por testemunhas de Jeová
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta quinta-feira (19) o julgamento que vai decidir se o grupo religioso de testemunhas de Jeová pode recusar transfusão de sangue em tratamentos realizados pelo Sistema Único da Saúde (SUS). A Corte também decidirá se o Estado deve custear tratamento alternativo que não utilize a transfusão. Por razões religiosas, as testemunhas não realizam o…
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hematonaweb · 1 month
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Entendendo a doença falciforme: Um guia abrangente de cuidados
Conhecer sobre esse problema pode fazer a diferença na qualidade de vida! Introdução A doença falciforme (DF) é um distúrbio genético do sangue que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada pela produção de glóbulos vermelhos com formato anormal, essa condição pode causar dor intensa, danos a órgãos e complicações com risco de morte. Apesar dos avanços no tratamento, a DF continua…
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liz-ayumi · 1 year
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⚠️Possível Gatilho⚠️
Oi gente, vim aqui avisar que mais uma vez tô começando do zero. Me orgulho? Obviamente não né... mas enfim, muita coisa aconteceu: perdi uma pessoa muito importante para mim, não passei numa prova que eu estudei 2 anos para passar, fiz um exame de sangue e estou com níveis extremamente baixos em tudo, tô tomando uma penca de vitaminas + vários outros remédios, tive que fazer transfusão de sangue por conta de anemia grave, meu estado mental piorou muito, durante todo o tempo que sumi daqui eu comi muito, tive compulsões horríveis e comi mais do que havia comido antes do t.a, resumindo: engordei 3 kg. Eu não sei como permiti isso, mas vivi um inferno, todo dia foram mais de 2000kcal e até meus pais que antes me forçavam a comer agora estão assustados com o quanto estou comendo. Com tudo isso tentei "desviver", claramente deu errado, passei 5 dias no hospital e aqui estou eu novamente para tentar consertar pelo menos um pouco essa m3rda que chamo de vida. Agora pretendo voltar com tudo para a Ana e evitar ao máximo qualquer comida (algo me diz que os remédios que estão me fazendo comer tanto, mas enfim...) não tenho mais nada a perder então vou me afundar de vez no t.a até que eu m0rra, o que pelo visto não vai demorar para acontecer. Se puderem me recomendar dietas para quem está retornando (começando talvez?) Eu ficarei grata :)
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drrafaelcm · 4 days
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STF inicia julgamento sobre tratamento de saúde diferenciado por convicções religiosas
Plenário avalia dois recursos envolvendo pacientes que são Testemunhas de Jeová e buscam direito a procedimentos alternativos à transfusão de sangue, vedada pela religião. Continue reading STF inicia julgamento sobre tratamento de saúde diferenciado por convicções religiosas
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schoje · 4 days
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A servidora da Secretaria de Estado da Saúde (SES), enfermeira Euseli de Assis Batista, foi homenageada com o Prêmio Anna Nery 2024, durante o 26º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF). A premiação reconhece profissionais que se destacam por sua excelência, dedicação e contribuições significativas à profissão e ao sistema de saúde do país. Euseli foi indicada pelo plenário do Conselho Regional de Enfermagem de SC, entre mais de 80 mil profissionais da enfermagem catarinense. O evento foi realizado na última terça-feira (17), em Recife. Atualmente, Euseli atua como enfermeira de voo no Batalhão de Operações Aéreas do SAMU Aeromédico e na emergência do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Em 2021, a servidora participou da implantação do serviço de transfusão de sangue total das aeronaves Arcanjos, uma iniciativa pioneira no Brasil, tornando o país o quarto no mundo a realizar transfusões de sangue total em aeronaves, ao lado de Estados Unidos, Noruega e Israel. “É uma honra receber esse prêmio e gratificante ao mesmo tempo porque valoriza o nosso trabalho. Estou muito feliz. Mas acredito que todos os profissionais catarinenses são merecedores desse prêmio. É um reconhecimento e valorização de um esforço diário para entregar o melhor de nós. Afinal, o sucesso de um trabalho depende do empenho de cada”, ressalta Euseli. Prêmio Anna Nery Criado em 2012, o prêmio é oferecido pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais a profissionais que contribuem para o avanço da enfermagem com dedicação e comprometimento. Desde então, mais de 351 personalidades já foram homenageadas. O nome do prêmio homenageia Anna Nery, pioneira da enfermagem no Brasil, conhecida por seu trabalho voluntário durante a Guerra do Paraguai no século XIX. Fonte: Governo SC
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giraleta · 4 days
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talvez já não acredite mais
já não acredito no passar dos segundo que viram minutos e depois horas, e depois mas não tão depois já estou em outro mês, acredito mais nos filmes de longa duração que me roubam tempo que não percebo ser furtado de mim, tempo que levo deitada no sofá olhando pra luz e pros pixels na televisão, tempo que já não me faz mais dormir no sofá e acordar em minha cama
já não acredito tanto nas pessoas, acredito mais na gargalhada, na piada da vida que faz com que cada mínima coisa seja motivo de rir até que me doam as costelas e me torne difícil respirar, acredito nas histórias que são tão engraçadas que o final delas sempre é a risada
já não acredito mais no acordar, na capacidade de levantar todo dia porque talvez seja tão preferível deitar e acabar dormindo sem perceber, tenho apego ao meu sono, ou ele que se apega em mim? tenho preferência no fechar dos olhos, talvez seja pela anemia que me deixa na intensa e infeliz sensação de fadiga, fazendo com que meu corpo encontre nos travesseiros o vácuo da realidade acordada que não gosto de ver
já não acredito mais na escola e em seus ensinamentos rasos, o fato de que o inglês ensinado lá me fez aprender muito pouco comparado às músicas da Beyoncé que escuto desde muito pequena. acredito mais nas paradas de ônibus que me fazem esperar o que nunca chega no horário, e ver o mundo através dos vidros sujos me torna crente da vida
já não acredito mais tanto em mim, talvez acredite mais nas mentes que andam nos corredores da minha escola. acredito na menina inteligente e zelosa que tira notas altas, acredito na outra menina carinhosa que me mostra amor através dos olhos, acredito no rapaz da sala da frente que abraço todo dia e que me faz transfusão de serotonina, acredito nas minhas almas gêmeas escolares, acredito no som que essas almas ecoam e na humanidade que elas me passam, me mostrando talvez, que eu estou viva e que eu deva ser menos descrente
Zara
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abraaocostaof · 22 days
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Liberdade religiosa, saúde de pessoas trans, fechamento de hospitais psiquiátricos: a pauta do STF no mês
Tribunal discutirá, por exemplo, se testemunhas de Jeová podem receber tratamento médico e fazer cirurgias sem transfusão de sangue, por razões religiosas. O Supremo Tribunal Federal (STF) pode julgar, em setembro, recursos que discutem se, por razões de convicção religiosa, testemunhas de Jeová podem receber tratamento médico e fazer cirurgias sem transfusão de sangue. Além disso, deve concluir…
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