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#vamos esperar as cenas dos próximos capítulos
jaywritesrps · 1 month
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yulyeong-hq · 2 years
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Oi mod! Queria pedir para vcs fazerem o discord da cmm pq saiu notícia que o Elinho trancou todos os escritórios do Twitter e isso pode, a longo prazo, matar o Twitter em algumas horas/dias. Por essa estabilidade (mental) queria sugerir o movimento pro discord pra gente não perder as cnns caso DO NADA Twitter morra. Ele é muito de lua, então nunca digam nunca
Oi, nony!
Sabemos dessa preocupação e que desde que o Elinho inventou de se meter no twitter as coisas andam bem inconstantes.
Porém, nós não temos a intenção de mudar de plataforma. Nem sabemos mexer no Discord direito. Se o twitter vier a acabar (o que é bem difícil, ninguém investe bilhões em algo pra fechar), a comunidade provavelmente acabaria junto.
Mas não sofram por antecedência, vamos esperar cenas dos próximos capítulos.
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vibraste · 2 years
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Olá! sou Jhulianne, tenho 24 anos, achei engraçado pois ontem achei um diário contendo sobre minha história e hj vi o post de vocês kkk vamos lá
Eu namorava Natan, dos 15 anos até os 18 anos, estudávamos juntos no ensino médio e fomos fazer cursinho juntos, lá conheci Gabriel. Sabe quando você olha pra uma pessoa e pensa: meu deus… é ele… foi assim. Nos tornamos muito amigos, ele sentava na cadeira atrás de mim, me emprestava a blusa dele e passava a aula toda fazendo carinho no meu cabelo, logo terminei com Natan pois sabia que estava apaixonada por outro. Ficamos cada vez mais próximos, enquanto toda a escola que estudávamos nos odiava por ter feito Natan sofrer na cara dele, mas eu não ligava. Logo começamos a namorar, e era absolutamente incrível, uma conexão sensacional, eu nunca estive tão feliz. Nos víamos todos os dias, era como se nos conhecêssemos a séculos. Logo no primeiro ano ele começou a ter algumas atitudes estranhas, como socar a parede com raiva, grilar por eu sair com amigas (as vezes até aparecer em algum encontro com elas), e como eu tinha emendado o relacionamento no outro e não tinha superado, acabei terminando, falando pra ele que ainda amava o ex, mas que queria manter contato com ele por ele me tratar bem. Uma das cenas que mais me marcou, foi quando ele foi fazer a inscrição para o exército, enquanto ele estava chateado pensando em como não queria ir, eu disse a ele que não importaria o tempo, eu ia o esperar, ele chorou muito e disse que me amava, enquanto isso eu pensava em como eu queria que isso acontecesse pra que eu pudesse retomar com meu ex sem culpa. O tempo foi passando e cada dia ficávamos mais próximos, eu perdi muito contato com amigos e família, superei totalmente o meu ex namorado e cada dia estava mais apaixonada por gabriel, chegando em um ponto que eu não sabia mais viver sem ele. Ele precisou fazer uma viagem com o pai que duraria 15 dias, mas eu não suportaria passar tanto tempo sem ele, então foi quando todo o inferno começou: Fiz tanta pressão psicológica que ele acabou sendo internado, e quando voltou a viagem, terminou comigo. Eu não conseguia acreditar, estava arrasada, fui atrás várias vezes e me humilhei, nada disso adiantou… até que eu pensei: tudo bem, não estava saudável… eu vou tentar seguir em frente, procurar terapia… e quando dei o primeiro passo pra isso, ele me procurou de novo… e vamos pro segundo capítulo kkk
Depois disso, nossa relação mudou completamente, eu tinha pavor de perder ele, e ele não ligava mais pra mim. Só que sempre que eu tentava sair, ele ia atrás e me fazia ficar. Começaram as ameaças psicológicas e físicas, tanto a mim quanto a outras pessoas que eu poderia me interessar. Ele sumia do nada, me humilhava, xingava, dizia o quanto fazia caridade e eu tinha sorte em ele ester comigo, considerando o lixo de pessoa que sempre fui. Isso durou 4 anos. Ele só me assumiu como namorada de verdade no último ano (em 2020). Ele tinha vergonha de mim, me traia várias vezes, mas eu não conseguia acreditar nisso… tudo que ele falava pra mim era verdade absoluta, não me interessava o que as outras pessoas falavam dele. Cada vez mais eu estava sozinha, com a auto estima destruída e sem o menor desejo de viver. Nos terminávamos pelo menos uma vez por mês, e era sempre o mesmo ciclo: terminar, eu ficar arrasada e ir atrás, ele me humilhar, eu desistir e tentar seguir, ele voltar. Até que ele decidiu terminar de vez comigo, mas eu já estava no meu limite. Gabriel era minha vida, eu não sabia mais viver sem aquilo, além de ter acreditado em todas as coisas que ele me falou sobre mim, eu tinha certeza que minha vida seria um inferno sem ele. Nesse momento, acabei tomando muitos remédios. eu não queria morrer, eu só queria que parasse, eu queria parar de sentir aquela dor, sofrimento. Fui parar no hospital, o que assustou todo mundo. Depois disso ele continuou dizendo que tinha acabado de vez, e eu acreditei nisso, até porque estava muito grave. Até que, ele teve covid, e voltou magicamente a conversar comigo, já que ele estava em isolamento. Foram 15 dias de ligação o dia todo, muito amor e carinho, vários planos para quando nos encontrássemos… e assim que ele saiu do isolamento ele simplesmente sumiu. Logo acabei tomando os remédios de novo. No fim ele voltou mais uma vez, até que ele finalmente encontrou outra pessoa e me descartou. No dia do meu aniversário ele tinha me ligado e falado que me amava e nos via juntos no futuro, uma semana depois ele me ligou dizendo que amava outra pessoa, que tinha ódio de mim, nojo, vergonha de já ter ficado comigo. Passou 15 min apenas me humilhando no telefone, eu chorava de soluçar e não conseguir formular uma frase. Eu desliguei porque não aguentava mais ouvir, ele me ligou de novo, várias vezes até eu atender e ele falar tudo que queria. Depois disso eu disse que o odiava e que ele era o maior arrependimento da minha vida. Eu o bloqueei e passei meses sem nenhum contato.
6 meses depois ele retorna, chorando, pedindo desculpas. Vem até minha casa, nos tivemos um momento, ele tenta me beijar mais eu nego. Passamos semanas conversando, era como nos velhos tempos, inclusive a minha sensação de ansiedade e angústia. Dias depois descubro she ele está namorando, tento tirar satisfação, afinal ele tentou me beijar, ele diz que isso nunca aconteceu e que foi tudo interpretação errada minha, tudo coisa da minha cabeça e que eu continuava louca. No fim parei na terapia pra descobrir se eu estava louca ou não, pois comecei a duvidar da minha própria capacidade mental e memória.
Coisas que aprendi com essa história: Sempre fugir nos primeiros sinais de abuso. Um erro no passado não pode ser justificativa pra qualquer tipo de violência. E que o perdão é apenas um discurso religioso e católico, quando perdoamos alguém, esquecemos o que foi feito com a gente, dando a oportunidade da pessoa fazer de novo.
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Ei,  Jhulianne. O texto baseado em sua história foi postado por @poeridico e você poder ler aqui! Obrigado por compartilhar sua história com a gente.
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my-super-hero-life · 3 years
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Crítica #6 – WandaVision 1x07: Ameaça, enfim, revelada! – Ou ao menos uma parte dela (SPOILERS!)
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A reta final de “WandaVision” se aproxima. Faltam agora apenas dois capítulos e o episódio lançado nesta sexta-feira, o antepenúltimo, já foi o responsável por trazer a maior revelação da série até o momento. Mesmo que ela não tenha sido assim tão surpreendente para a maioria dos fãs. Intitulado “Derrubando a quarta parede”, temos agora o “Mockumentary”, que emula o estilo documentário fake de séries como “The Office” (2005) e “Modern Family” (2009). Toda a dinâmica desse episódio, especialmente as interações de Wanda com os filhos e com a câmera são muito inspiradas em “Modern Family”, enquanto o tema de abertura lembra MUITO “The Office”. Sem dúvida foram as maiores inspirações da produção e dos roteiristas para construir esse ambiente na realidade fictícia da protagonista. Realidade essa que está desmoronando, como os últimos capítulos já indicavam. Em crise, Wanda não consegue mais manter a realidade como ela é – nem mesmo dentro de sua própria casa – o que indica que o “conto de fadas” está próximo de um fim. E, possivelmente, um fim trágico.
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Antes de falar sobre a grande revelação do episódio, temos Visão e Darcy trabalhando juntos, desta vez de dentro do “Hex”. Darcy havia sido engolida pelo domo no episódio anterior, Visão a reconhece e a tira do transe. A dinâmica dos dois funciona muito e traz cenas hilárias e também tocantes. Enquanto ela atualiza o herói sobre os acontecimentos do passado que ele não lembra mais, Visão vai, aos poucos, entendendo toda a dor e sofrimento que Wanda Maximoff passou ao vê-lo morrer duas vezes – sendo a primeira pelas próprias mãos dela – e também ao ter perdido seu irmão, em “Era de Ultron”. Obviamente que não é desculpa, mas o modelo de “vida perfeita” criado por ela (agora descobrimos que não sozinha) para fugir da sua dolorida realidade de solidão e luto, foi a forma que a personagem encontrou de lidar com a perda. O que é muito triste, se parar para pensar. No fundo, a série trata de temas pesados como luto e depressão, não á toa temos aqui um comercial do antidepressivo Nexus.
Leia mais: Crítica #5 - WandaVision 1x06: Hospedando o diabo no Halloween? (SPOILERS!)
Esse nome parece familiar para você? Se sim, é porque ele já apareceu no MCU antes. Mais precisamente em 2013, no filme “Thor: O Mundo Sombrio”, a última aparição de Darcy até seu retorno em “WandaVision”. Nexus nada mais é do que uma espécie de portão para todas as realidades, universos e dimensões, o que casa muito bem com o mote da série e com os temas que serão abordados pela Marvel Studios daqui para frente. “Homem-Aranha 3” e “Dr. Estranho: No MULTIVERSO da Loucura” são exemplos disso. O estúdio caminha a passos largos para adotar tramas muito mais ligadas a essas temáticas, mas sem perder seu tom super heroico que lhe fez fama. Tanto é que temos a origem de uma nova super-heroína contada em tempo real, bem na frente dos nossos olhos, enquanto a série progride. Ela é Monica Rambeau, em breve Fóton – ou talvez Espectro.
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O episódio traz Monica encontrando com sua amiga engenheira espacial, o que pode ter sido uma decepção para muitos fãs, que esperavam a aparição de um personagem mais importante (Hulk, Hank Pym e até Reed Richards foram citados). No fim, era apenas a Major Goodner, o que não quer dizer que ela ainda não poderá ser revelada como alguém mais. Nada me tira da cabeça de que Goodner pode, na verdade, ser uma Skrull se passando por uma militar e colaborando com a S.W.O.R.D. Quem lembra da filha de Talos, que Monica conheceu ainda como criança em “Capitã Marvel”? Por que não as duas poderiam ter continuado a amizade e mantido contato desde então? É uma hipótese que seria interessante, ainda mais com o anúncio da chegada de “Invasão Secreta”, série do Disney+ que chegará à plataforma em 2022 e terá os próprios Skrulls como centro da trama.
Leia mais: Crítica #4 – WandaVision 1x05: Uma surpresa GIGANTESCA! (SPOILERS!)
Mas voltando para Monica, vemos a personagem ganhar, enfim, seus poderes, ao entrar mais uma vez no domo e ter suas células ainda mais modificadas pela radioatividade que emana do local. Seus olhos brilham na cor azul e ela até demonstra um certo controle ao ser atacada por Wanda e aterrissar no chão com o famoso “pouso do super-herói” (Deadpool aprova!). Talvez Monica possa se juntar no combate final com suas novas habilidades. Algo que será muito incrível de acompanhar, certamente. E esse embate contará com a presença, claro, da grande vilã da série. Enfim, revelada. A confirmação de Agnes como a bruxa Agatha Harkness foi, confesso, algo previsível. Não surpreendeu a maioria dos fãs. No entanto, a forma como isso foi mostrado, com a sequência da personagem vivida por Kathryn Hahn interferindo nos acontecimentos e fazendo a “abertura” de sua própria série, foi fantástica. Até esse momento, ela havia ficado só comendo pelas beiradas, mas a atriz teve finalmente seu ponto alto neste episódio, ficando no centro dos holofotes.
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O que deve permanecer até o último episódio, acredito. Fica nítido que ela queria as crianças desde o início. Vamos rever as ações da personagem por um minuto: Foi Agnes quem planejou a noite de “amor” entre Wanda e Visão, carregou Wanda para a reunião de bairro “pelas crianças” e fez tudo para que os gêmeos fossem concebidos. Participou do desenvolvimento dos garotos, tanto no crescimento, quanto na evolução de seus poderes, e estava no controle até do “falso Mercúrio”. Tudo para manter Wanda naquela ilusão. Agora, ela sequestrou os meninos e sumiu com eles, sabe-se lá por qual motivo. Fica claro ao final que ela estava no controle de Wanda o tempo todo, fazendo-a pensar que ela quem tinha as rédeas da situação. Provavelmente a própria foi quem induziu Wanda a roubar o corpo do Visão, pois precisava dele para ter os gêmeos. Depois que ele não lhe era mais interessante, Agatha o descartou e até o indicou a saída do “Hex”, o que quase levou o herói à morte (pela terceira vez).
Leia mais: Crítica #3 - WandaVision 1x04: Perspectiva do mundo real traz respostas, mas muitas outras perguntas (SPOILERS!)
No fim, Wanda é a protagonista de sua própria realidade, mas Agatha era a “diretora”. Não à toa aparece sentada na cadeira atrás da câmera. Fica revelado até que a própria foi quem matou Sparky, o cachorrinho dos gêmeos. A pergunta que fica agora é: ela está sozinha ou à serviço de uma força maior? A teoria de Mephisto ou Pesadelo segue vigente. Sabendo que “WandaVision” terá conexão direta com o filme do Doutor Estranho, poderia Agatha ser a vilã dessa série, mas estar trabalhando para uma entidade mística maior que será a ameaça enfrentada por Stephen Strange em seu filme, aliado à Wanda. O livro no porão pode indicar isso. Parece muito que foi retirado da biblioteca do Kamar-Taj, não? Wong está de olho!
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Mas para encerrar, pela primeira vez na série temos uma cena pós-créditos, que mostra Monica tentando entrar na casa de Agatha Harkness e sendo abordada por “Pietro”, que agora sabemos não se tratar de Mercúrio coisa alguma. A cena em si não explica se ele trabalha para a vilã (Será o tal marido Ralph sempre mencionado, mas nunca visto?) ou se está ali apenas como um cidadão comum de Westview, mas indica que teremos mais Evan Peters nos dois episódios finais. Graças a Deus, pois seria um desperdício colocar um ator do seu calibre apenas para fazer uma ponta em dois episódios e um fan service com seu personagem dos filmes dos “X-Men”. Veremos como a história se conclui nas próximas duas sextas. Ainda podemos esperar uma grande batalha e a aparição de um personagem surpresa, segundo declaração do autor Paul Bettany em entrevista. Quem pode ser?
WandaVision 1x07 Nota: 4,0/5,0
Por @PV_Vasconcellos
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Imagine Harry Styles - Parte VI
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Parte V<<
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S/N on:
Passei a noite na casa dos meus pais e contei à eles tudo o que aconteceu. Meu pai disse que eu não estava em condições de voltar para casa, então acabou que eu dormi com Charlie no meu antigo quarto. Na verdade eu não preguei o olho. A preocupação que eu sentia era gigante e além disso tudo a tristeza tomou conta do meu coração por compreender o que Harry fez comigo. Eu estava devastada!
Me levantei de madrugada indo até o banheiro e quando olho para o espelho vejo o colar que Harry me deu há algumas horas atrás. Eu me imaginava feliz, como os pingentes dos bonequinhos, amando cada um dos meus meninos, me cansando com Harry, aumentando nossa família e principalmente, me imaginava que viveria o resto da minha ao seu lado. Chorei ao perceber que tudo isso havia ido embora, assim como a minha confiança em Harry.
...
Após Charlie acordar, minha mãe botou o café na mesa mas apenas tomei um xícara pequena de café preto, para dar um up no meu humor.
Charlie: Mamãe, você está com medo que eu vá viver com meu pai? - meu filho perguntou preocupado comigo e eu concordei deixando algumas lágrimas caírem - Não precisa, eu nunca vou te deixar tá bom? - ele falou com a voz mais calma do mundo e enxugou meu rosto com as suas mãozinhas pequeninas - Eu te amo mamãe! - Charlie me abraçou forte e eu dei vários beijos em sua cabeça.
S/N: Eu também te amo meu amor! Te amo muito!! - sorri para ele ainda chorando.
Charlie: Então para de chorar! - assenti e dei um beijo em seu rostinho.
S/N: Vamos para casa? - Charlie concordou e foi pegar sua mochila no quarto.
Mãe: Tem certeza que vai para casa filha? - minha mãe perguntou se aproximando de mim.
S/N: Tenho! Preciso de um tempo sozinha com o Charlie para que ele entenda tudo isso! - minha mãe assentiu e meu deu um abraço - Obrigada por tudo!
Mãe: Estarei sempre aqui para você! Me avise quando chegar ok? - concordei.
Charlie: Tchau vovó! - Charlie abraçou minha mãe, que o encheu de beijos - O bolo estava uma delícia!
Mãe: Fico feliz que gostou! Cuide da mamãe por mim, pode ser?
Charlie: Claro! - sorri e peguei a mãozinha dele, indo para o carro. O caminho todo fui pensando em como contaria a Charlie essa história toda, mas sou tirada dos meus pensamentos quando vejo Harry me esperando na frente de casa. Ele saí do carro e eu o encaro. Estaciono e digo para Charlie ficar dentro do automóvel.
S/N: Eu não fui clara quando disse que era para você me esquecer? - digo enquanto saía do meu carro.
Harry: Eu nunca vou te esquecer! Você mudou a minha vida e nossa história não acabou!
S/N: Acabou no momento que você mentiu para mim! - disse brava e seu olhar ficou triste.
Harry: Eu só quero conversar com você.. Por favor S/A!
S/N: Entra logo - falei séria e dei passagem para ele entrar. Tirei Charlie do carro e todos nós entramos em casa.
Harry: Oi Charlie - ele sorriu e o menino acenou para ele desapontado- Você pode ir para o seu quarto rapidinho enquanto converso com a sua mãe?
S/N: Não! Ele vai ficar aqui e ouvir a sua explicação! Charlie tem o direito de saber! - disse e sentamos no sofá.
Harry: Bom.. - Harry começou a contar desde quando ele e Ellen namoravam. Disse que ela não queria ter filho e quando soube que estava grávida surtou, não queria ter o bebê, mas Harry a ajudou a aceitar e cuidaram de Charlie até os seis meses.
Meu filho não tirava os olhos de Harry em nenhum instante. Tanto ele quanto eu estávamos concentrados nas palavras do homem em nossa frente - Eu queria tanto te encontrar filho! Fiquei anos preocupado com você, querendo te dar um abraço, querendo te estar contigo nos aniversários, natais, queria te ver crescer. E quando eu descobri uma maneira de estar com você, eu perdi a cabeça e deixei a emoção me levar, não ligando para as consequências que viriam. Eu perdi o controle da situação, me apaixonei pela S/N e só pensava em ter os dois comigo para sempre! - Harry terminou com os olhos cheios d’água. Dava para ver a angústia em seu peito e o medo gritava pelos seus olhos. E apesar dele ter tido uma noite uma mal dormida, cabelo bagunçado, roupa amassada e totalmente perdido, ele continuava lindo! Eu estava apaixonada por ele a ponto de agarra-lo a qualquer instante e esquecer toda essa situação, mas tentei ser forte o suficiente para não cometer nenhuma atitude emocionada - Eu peço desculpas do fundo do meu coração por ter mentido para vocês, nunca foi minha intenção, eu juro! E o amor que eu sinto por cada um sempre foi verdadeiro e sincero! Vocês literalmente me mudaram e me fizeram uma pessoa melhor! Eu não me vejo sem vocês ao meu lado! Me perdoem por tudo o que eu causei!
Charlie: Papai, eu te desculpo. Todo mundo erra e a mamãe sempre me ensinou que devemos dar uma segunda chance para as pessoas que amamos, e eu te amo, desde que você era o Tio Harry e não o meu pai! - Harry e Charlie riam e eu sorri - E eu vou te amar para sempre pai!
Harry: Posso te dar um abraço? - Charlie nem esperou e pulou no colo do pai, que chorou quando sentiu seu filho tão próximo a ele - Eu te amo filho! Você é tudo para mim!- umas lágrimas saíram vendo a cena dos se abraçando e não contive o sorriso - Filho, posso conversar com a mamãe agora?
Charlie: Pode, eu vou brincar lá no meu quarto! - ele sorriu fraco e correu para o quarto.
Harry: Você ouviu seu filho, não ouviu? Você mesma o ensinou a dar uma chance as pessoas que ama! - ele pegou minhas mãos, as segurando com delicadeza- Eu te amo tanto e estou completamente arrependido por ter mentido para você! Mas nada do que aconteceu entre a gente foi mentira! Eu sempre de você e aos poucos você foi ganhando meu coração, e hoje tenho a plena certeza que você é o amor da minha vida! A única coisa que eu quero é passar o resto dos anos que ainda tenho pela frente ao seu lado, ter mais filhos com você e envelhecer te vendo acordar todo dia ao meu lado! Por favor amor, dá uma chance para mim! Dá uma chance para o nosso amor!
S/N: Só porque eu te amo muito! - Harry sorri e me beija sem esperar- Não me magoei mais Styles, ou sumo daqui!
Harry: Você não tem coragem!
S/N: Eu finjo ter! - ele riu e revirou os olhos.
Harry: Promete nunca me abandonar?
S/N: Prometo! E você? - ele assentiu e me beijou - Isso foi um sim?
Harry: Com todas às letras!
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Acabouu! Amei escrever cada capítulo e espero que vocês tenham se divertido lendo. Mas eai, O que acharam?? Gostaram?? Me contem porfavor! Quero muito saber a opinião de vocês!
xoxo
Ju
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armyhome · 4 years
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A Verdade Não Dita: Capítulo 13
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↳ sinopse - Kim Seokjin não é só um herdeiro chaebol, ele é O herdeiro chaebol. O conglomerado Kim é o que a Coreia do Sul tem de mais próximo a família imperial da dinastia Joseon e assim como o imperador Taejo, tudo sobre o solo coreano pertencia a família Kim, quer dizer, quase tudo. Pouco antes de morrer, o avô de Seokjin vende uma das propriedades mais antigas da família, o que deixa seu neto inquieto já que o que essa era a propriedade onde a avó crescerá, porém a família que comprou o local se nega a vender de volta para Seokjin independente do valor que ele oferecesse, o que o leva a brilhante ideia de se disfarça como o trabalhador chamado Jin e assim descobrir o motivo de uma família não vender para ele o agora único prédio de Seul que não pertence a seu conglomerado.
↳ rating -  Livre;
↳ pairing - Seokjin x Hye Jeun;
↳ gênero - Enemies to Lovers;
↳ avisos - Essa é uma obra ficcional, inspirada na estrutura de um k-drama porque, a autora que vos escreve cansou de esperar a boa vontade da grande hit de colocar meu menino Seokjin em um, espero que gostem, sejam gentis e construtivos se tiverem criticas por favor!
- Até pouco tempo atrás, eu não sabia que na Coreia as mulheres não aderem ao sobrenome do marido, achei isso incrível, então peço desculpas pelo meu equivoco cultural nos próximos episódios.
↳ capítulos anteriores: 01 / 02 / 03 / 04 / 05 / 06 / 07 / 08 / 09 / 10 / 11 / 12
↳ status: 13/16
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Minji termina de colocar a mesa silenciosamente como sempre, Sra Kim agradece com um leve gesto então a governanta se retira, aquilo não parecia o jantar entre um casal, a cena lembrava mais um jantar após o enterro de um ente falecido. 
A dona da casa considerou tantas coisas até aquele momento, os próprios cinquenta anos, seus filhos mais velhos com quase trinta e o mais novo a pouco tempo de chegar a maioridade, viveu tanto tempo para aquele casamento, que nem ao menos existia e se perguntava se alguma vez existiu. 
^_________^
Do outro lado da cidade...
Hye Jeun leva Seokjin até o parquinho onde ia durante a infância e adolescência, como a maior parte do bairro, dava para ter uma vista muito bonita de Seul. Já era madrugada, mas as luzes da cidade permaneciam acesas. Eles se abraçam enquanto observavam a paisagem.
-Senti tanto sua falta nos últimos dias…- Confessa ela, Seokjin beija o topo de sua cabeça, respira fundo, eles estavam correndo tanto com os próprios afazeres que o tempo juntos tornou-se curto - Estou tão ocupada com a abertura do segundo restaurante, lendo os contratos de franqueamento e você também ocupado com o contrato da empresa de telecomunicações…
Seokjin segura o rosto da sua namorada e sela seus lábios com um beijo, não queria falar de negócios, naquele momento só queria estar com Hye Jeun, ela passa os braços envolta do seu pescoço e os dedos entre os fios de cabelo na nuca, os braços de Seokjin se tornam firmes ao redor da cintura da namorada, uma parte do seu inconsciente tenta lembrá-lo que estavam na rua, tinham que respeitar os limites do ambiente público. Quando eles se separam Hye Jeun resmunga em protesto. 
-Por que você não dorme no meu apartamento hoje? - Questiona Seokjin, ele segura a mão dela entrelaçando os dedos. 
-Ah, tudo que eu queria, passar a noite te beijando, vai soar tolo, mas não quero deixar de te beijar, se eu pudesse só faria isso da minha vida! Hahaha' - Ele a puxa para um selinho rápido - Mas amanhã tenho que ir bem cedo olhar como estão as obras do segundo restaurante e de tarde conversar com as pessoas interessadas em abrir seu próprio São Francisco, explicar como funciona, as receitas, dar todo o panorama antes de assinar qualquer coisa com eles. 
^_________^
Enquanto observa o marido jantar, ela se perguntou se ao menos ainda sentia vontade de beijá-lo ou se ele tinha vontade de beijá-la.
-Esse jantar incrível, de os parabéns a Minji - Isso a irrita, ele abre a primeira vez na noite e não se dá ao trabalho de perguntar como ela estava, por fim concluiu que tudo nele a irritava, como comia, se vestia, até o jeito como respirava. - Por que está me olhando assim? Eu disse algo errado?
-Não, é que quem fez esse jantar não foi Minji! Foi sua futura nora. 
-Uau como Sophie é talentosa! - Ela se controla para não revirar os olhos, sabia muito bem que o marido tinha plena noção de que seu filho estava envolvido com alguém que não é Sophie - Você está me olhando estranho novamente.
-Sei muito bem que você sabe, Seokjin não está com Sophie e nem precisa estar! Conheci a senhorita Jung Hye Jeun e sua família, aprovo muito o relacionamento dos dois!
-É só uma aventura! - Sr Kim responde com escárnio e por algum motivo aquela fora a última gota para ela. 
-Julgue como bem entender, vou apoiar o meu filho no que ele escolher, posso não ter feito isso a vida toda, mas agora definitivamente vou mover céus e mares para proteger os três! - Ela respira fundo - E vou querer o divórcio também.
^_________^
Por muito tempo Hye Jeun pensou que não seria capaz de amar romanticamente novamente, o amor que sentirá por Yoongi e o que sentia por Seokjin em seu coração eram  diferentes, seu primeiro amor foi tudo que ela quis, intenso, recíproco, era como uma maratona que eles tinham corrido sem esperar a existência de uma reta final, e por fim sem nenhuma gota de arrependimento pelo que foi vivido. 
O amor por Seokjin era calmo, maduro, e forte, como se eles fossem um time, torcem um pelo o outro, protegiam, ela via o delea relacionamento como uma caminhada que eles decidiram dar as mão para realizar, e algo dentro do seu coração dizia que não sentiria vontade de soltar nunca mais. 
-Kim Seokjin, quando essa nossa correria der uma pausa, o você acha, quer dizer, você aceita casar comigo? 
As bochechas do namorado de Hye Jeun assumem um tom rubro intenso, ele abre e fecha a boca diversas vezes, até conseguir pronunciar alguma coisa.
-Mas, sem anel? Que tipo de pedido é esse? - Hye Jeun sorri de forma sapeca e tira a caixinha de jóias do bolso.
-Eu SABIA que você diria uma coisa assim! - Ela abre a caixinha e Seokjin deixa escapar algumas lágrimas - E eu já falei com a sua mãe, então se você der mais alguma desculpa eu desisto tá ouvindo? Aí você vai ter que pedir em  casamento, pelo menos umas cem vezes antes de eu pensar em acei…
Ele a beija, Seokjin tem certeza que poderia passar o resto de sua vida calando aquela mulher reclamona com beijos, era tudo o que ele precisava.
-Sim, mil vezes sim! 
^_________^
-Você não pode estar falando sério! - Era a terceira vez que seu ex-marido gritava isso pela casa, respirou profundamente, não cairia naquela armadilha. 
Enquanto jogava as coisas na mala, ele batia na porta fervorosamente, pegou só o necessário para passar uma semana, e suas jóias mais simples porque, as mais caras ficavam guardadas no seu banco. Nem ao menos planejava ficar com aquelas roupas, sua vida seria diferente a partir dali, prometeu ao seu reflexo. 
Quando abre a porta, encontra o ex marido completamente decomposto no corredor, fingiu que não o viu mas quando chegou nas escadas encontrou o filho mais novo em pé, nem havia trocado de roupa, ainda estava de uniforme escolar, os olhos estavam inchados pelo choro, ela desce ao seu encontro, ele havia crescido tão rápido, já estava mais que ela.
Taehyung abraça a mãe com todo o desespero que havia em seu corpo, ela não poderia abandoná-lo daquele jeito, ela o abraça com o mesmo impétuo, eles choram juntos.
-Meu bebê - Ela seca as lágrimas do filho -Não espero que entenda, mas por favor não me odeie, assim que mamãe organizar um lugar para ficar, você pode vir comigo! Eu sempre vou estar por perto não se preocupe. 
-MEU FILHO NÃO VAI A LUGAR ALGUM! SUA VAGABUNDA! 
Taehyung passa na frente da mãe ficando entre ela e o pai, seu olhar carregava tanto ódio quanto era possível para um menino de dezessete anos. 
-Pai, você não pode usar esse tipo de linguagem com a minha mãe, eu sou vou avisar uma vez de forma educada! E mesmo que eu não vá com ela hoje, não vou ficar aqui, estou indo para o apartamento do hyung Seokjin! - Ele respira fundo, ainda amava o pai, mas estava com muita raiva naquele momento - O senhor deve estar precisando de um tempo sozinho para pensar. -Taehyung se vira para mãe - Pode ir com o secretário Choi mãe, ele acabou de me deixar, provavelmente ainda está lá fora, vou pedir um táxi.
Ele manda uma mensagem para o irmão explicando a situação brevemente, chama o táxi e acompanha a mãe até o carro do secretário Choi, eles se despedem e Taehyung se segura para não chorar novamente, ele tinha que manter a firmeza na frente do pai.
Mas assim que o táxi chega ele se joga dentro dele e desaba, queria ser forte como os irmãos mais velhos, Namjoon sempre disse que ele tinha que ser mais seguro, firme porque as pessoas tentaram derrubar ele para atingir os dois, mas o coração de Taehyung sempre foi mais sensível. 
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O secretário Choi para no semáforo, Jihyo sentia seu coração prestes a atravessar o peito, sua boca estava seca, mas os olhos molhados, ela então deixa o choro vir com força.
Choi Jaehwi ainda sentia dor por ver Jihyo daquela forma por causa daquele homem, já faziam quantos anos? Trinta e cinco? Ele estaciona o carro e espera ela chorar tudo que tinha para chorar e do nada o choro se transformou em risadas, Jaehwi se perguntou se deveria levá-la ao apartamento ou no médico.
-Finalmente pedi o divórcio Jaehwi! - Jihyo gargalhava - Nem eu acredito oppa! Estou livre e em breve LEGALMENTE! Meu deus, aaaaaaaaa quanto tempo guardei isso tanto tempo, empurrei esse casamento por tanto tempo! Oppa vamos comer tebokki apimentado com soju? Por favor?
Ela esfregava as mãos como se fosse uma garotinha de dezessete anos, não tinha como resistir a ela, nunca havia tentado de qualquer forma, não seria agora que começaria, não que Jihyo tivesse dado espaço para ele durante o casamento, ele aceitou completamente o papel de motorista e melhor amigo, manteve seguro os filhos dela como se fossem os seus e os amou tanto quanto, mas chega um momento na vida, que algumas pessoas podem julgar como tarde demais outras como o tempo certo para você cagar para o que as outras pessoas esperam que você faça ou decida, aquele momento tinha chegado para Jihyo.
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Quando Tae chegou ao prédio, Seokjin e Namjoon o esperavam na entrada, os irmãos Kim se abraçaram com firmeza, não importava o que acontecesse, sempre teriam uns aos outros. 
-Sempre fomos nós por nós mesmos... - Desabafa Namjoon - Os três mosqueteiros! 
-Eu queria ter sido forte como o hyung disse que era para ser, mas não tenho certeza que consegui - Tae olha para Namjoon como se pedisse desculpas - Mas acho que precisamos conversar com mamãe, depois de tudo o que ouvi hoje, acho que ela não teve como decidir muitas coisas até hoje…
-Ela nunca agiu como nossa mãe Tae - Namjoon diz se tornando sombrio, Seokjin coloca a mão sobre o ombro do irmão.
-Namjoonie, sei que você tem seus motivos e não tiro razão de nenhum deles, mas concordo com o Tae, desde que ela foi ao São Francisco, ela pergunta de você, está sendo mais presente na vida do Tae e conhecendo a família do nosso pai, talvez ela realmente não tenha tido escolha, vamos ouvir, ponderar, se mesmo assim você não mudar de ideia, vou te apoiar! 
Namjoon respira fundo, tentando por as ideias no lugar, a mágoa que sentia dos pais era muito profunda, viu seu irmão mais velho se desdobrar em mil para suprir o rombo emocional causado por eles, na cabeça dele perdoar seria a última coisa que faria na sua vida. Eles entram no prédio silenciosamente perdidos nos próprios pensamentos.
Quando a porra do apartamento abre Jimin, Hoseok e Jungkook correm para abraçar Taehyung, que olha surpreso para eles e os abraça de volta.
-Achei que precisaria do apoio da sua equipe hoje! - Diz Seokjin bagunçando os cabelos de Taehyung.
-Obrigado hyung!
-Não precisa agradecer, fiquem a vontade meninos! 
^_________^
Jaehwi observava Jihyo dançar pela sala de estar, pareciam ter vinte e poucos anos novamente, ele havia acabado de conseguir o emprego como assistente pessoal do avô de Seokjin, tinha ido até um alfaiate caro, para impressionar no primeiro dia, gastou os únicos wones que tinha, ele estava tendo um problemas com a gravata, sem saber como dar o nó, então Jihyo apareceu, lembrava até da roupa que ela estava usando, um vestido florido, uma boina vermelha e saltos finos, ela sorria facilmente, caminhou até ele e fez o nó da sua gravata, como se não fosse nada a proximidade que havia entre os dois. 
Ele volta para realidade, Jihyo senta ao seu lado no chão oferece uma taça de vinho para ele e fica com outra. Ela respirou fundo, tudo parecia renovado aos seus olhos, não importava o quanto tentasse, tudo, até as coisas mais triviais pareciam novas.
-Meus avós provavelmente sentiriam vergonha de mim, pelo simples fato de ter casado com um Kim - Jihyo suspira - Meu avô principalmente, ele lutou tanto para manter aberto o jornal que era de seu pai, foi preso tantas vezes lutando pela independência desse país, meu pai tomou conta com tanto empenho que transformou em uma emissora de televisão, que se opôs à ditadura nos anos oitenta quase indo a falência, eu era uma adolescente tão fútil, nem percebi a importância daquilo na época e a família da minha mãe todos mulheres ou homens todos com condecorações militares, por protegerem a pátria e a liberdade… O que aconteceu comigo e com meus irmãos? Como não pude ler as entrelinhas do que esse relacionamento significava Jaehwi oppa?
Jaehwi abraça Jihyo, como amigo de longa data, ela encosta a cabeça em seu peito ele começa a cantarolar Son-e Son Japgo, a música da abertura das olimpíadas de 1988, ela gargalha pela brincadeira, e depois se junta para cantar. Aquela música trazia uma sensação agridoce, a abertura foi a último encontro como mais que amigos daquelas duas pessoas, dois anos antes do casamento de Jihyo. 
-Não se preocupe com a opinião de pessoas que não estão mais entre nós, não é como se isso fosse mudar alguma coisa agora, temos que pensar naqueles que estão vivos - Jaehwi suspira - Os meninos, eles não precisam sofrer com o passado de nenhum dos lados da família, principalmente o menino Taehyung, ele tem um coração mais sensível, que muitas pessoas e digo isso como virtude, não sou todos os seres humanos que podem vir a esse mundo e não deixar seu coração tão duro quanto ele.  
 -Eu sei, oppa você tinha que ter visto como ele me defendeu, ele já está se tornando um homem e ao que me parece, um bom homem - Ela abre a foto dos três no celular - Se não fosse por você, eu não teria os visto crescer, todas as vezes que fiquei trancada em algum hotel na europa, ou até mesmo em Hong kong! Quando perdi a formatura, as apresentações de dia das mães deles, as reuniões, obrigada por estar lá - Ela volta a chorar - Eu era tão nova, tão estúpida, não sabia como usar a minha influência! Eles me encarceraram completamente, não consegui lutar por mim ou pelos meus meninos! Tentei me enganar, tentei me tornar uma Kim realmente, pensei até que poderia fazer a mesma coisa que meu ex-marido, subornar a menina Hye Jeun para ficar longe de Seokjin, mas não consegui, eu sei que machuquei eles demais, percebo a raiva como Namjoon olha para mim, sabe porque dei esse nome à ele? - Jaehwi faz que não - Por causa da palavra Namju, árvore, queria que ele tivesse raízes fortes como uma, para suportar o inverno rigoroso e nunca esquecer de florescer na primavera.
-Vocês quatro, precisam sentar e conversar, os meninos Kim, mesmo tendo sido separados de você, cresceram carregando muito do seu jeito de ser e pensar, foi algo muito divertido de assistir, ver suas manias aparecendo neles, sem que nem eles se dessem conta, por exemplo a teimosia e determinação - Jihyo faz uma careta - Quando esse meninos colocam uma coisa na cebça vão até o fim, foi assim que Seokjin acabou encontrando Hye Jeun! Eles são seres humanos decentes tenho certeza absoluta deste fato, marque um almoço, assim que acabarmos de organizar esse apartamento, vou falar com o menino Seokjin, talvez ele me escute e assim os outros também. 
-Sim, vou deixar esse local perfeito para receber todos eles, inclusive minhas noras, vou retomar as rédeas da minha vida Choi Jaehwi, pode ter certeza disso! - Jihyo se aconchega nos braços dele - Mas só por hoje, podemos dormir assim? Consigo me sentir tão segura, aqui tenho certeza que nada nesse mundo pode me machucar! 
Jaehwi beija o topo de sua cabeça os dois se ajeitam no cochão no chão mesmo, em muitos anos foi a primeira noite tranquila que Jihyo teve, pode sonhar com a vida que iria ter dali para frente  e aquele sonho era muito bom, cheio de momentos de felicidade. 
Algumas pessoas podem considerar até que era tarde demais para aqueles dois ficarem juntos, por muito tempo Jihyo acreditou que existia um amor para sua vida e o amor da sua vida e que nem sempre eles eram a mesma pessoa, hoje ela considerava isso uma crença falsa, Jaehwi desde o primeiro encontro, mesmo sendo sete anos mais velho que ela, sempre fora o amor da sua vida e agora seria para o resto dela. 
Não existiam mais dúvidas e amarras, como ela amava repetir isso para si mesma, como amava estar abraçada ao homem que amava e desejava, como queria compartilhar isso com seus filhos, isso se eles a perdoassem. Jihyo teria fé que só as melhores coisas do mundo estariam para lhe acontecer a partir de agora.
Antes de dormir ainda pensou mais uma vez que aquilo tudo realmente estava acontecendo, não era mais um sonho ou uma fantasia dentro da sua cabeça.
^_________^
Jihyo entra na emissora e todos os funcionários estampam sua surpresa em seus rostos, estava determinada a pegar de volta o que tinha lhe sido tomado, mas era seu por direito, o controle da maioria das ações. 
Quando entra na sala da presidência seu irmão mais novo até engasga o café ques estava bebendo, Jihyo espera ele se recompor, não conseguia entender como tinha se deixado levar por uma pessoa tão patética.
-Noona, não precisava vir até aqui para renovar a sua concessão? Eu entregaria diretamente ao seu marido…
-Estou me divorciando, não tem que entregar mais nada a Kyungsan! - O rosto do irmão se torna vermelho, Jihyo abre a bolsa e joga o balanço dos caixas dos últimos três anos da emissora - E não vou assinar mais uma concessão sequer à você! 
-Você deve estar ficando louca…
-Eu estava, quando assinei uma concessão de mais de vinte anos à você que ao meu ver só sabe se divertir às custas do esforço de seus familiares e dor da sua irmã mais velha, todos os outros estão trabalhando duro e você o diretor financeiro de uma das empresas mais tradicionais desse país se metendo em escândalos com prostitutas, drogas... 
-Aquilo foi mal interpretado, eles estão distorcendo a realidade para… 
-Cala a boca quando os mais velhos estão falando - Jihyo o interrompe - Já conversei com Sunyah e Yeojoon, eles concordam comigo que você não é a pessoa mais apropriada no momento, então Soohyun peço que renuncie o seu cargo, em silêncio antes que eu tenha que te demitir.
-Vou conversar com o cunhado, ele vai dar um jeito nisso, você só pode estar ficando louca Jihyo! - Soohyun começa a berrar - Não tem medo de perder a guarda do seu filho mais novo com esse divórcio?
-Eu já perdi a vida toda dos meus filhos, a família do meu sogro, meu marido e você fizeram questão de garantir isso, mas vejo pelo lado bom, como alguém que já perdeu tudo, isso significa que posso ir com tudo, afinal não tenho mais o que possa ser perdido, então venha com tudo Soohyun - Ela se apoia sobre a mesa com suas mãos em punhos - Porque vou fazer questão de te destruir, assim como você fez comigo todos esses anos, e como aprendi com você, não vou ter um pingo de piedade, vai se arrepender de um dia ter mexido comigo e com os meus filhos, eu prometo.
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shield-o-futuro · 5 years
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Jovens Vingadores : Guerra Infinita — Capitulo 2.
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DEPOIS DE 84 ANOS, EU TO DE VOLTA COM MAIS UM CAPITULO DO NOSSO PEQUENO ESPECIAL DA GUERRA INFINITA !! Pois é, foi mal pela demora gente mas as vezes acontece ¯\_(ツ)_/¯ Eu deveria esperar até ter os outros prontos pra postar mas, como já faz tanto tempo, resolvi postar agora mesmo.
Por isso, já quero deixar bem avisado que o próximo pode demorar também. Porque eu vou tentar terminar todos pra postar tudo junto ( tem mais uns 2 ou 3 ) então.... é, pode demorar um poquinho. E como já faz muito tempo, eu vou deixar as cenas anteriores aqui caso vocês queiram reler : PRÓLOGO || CAPITULO 1
Bom, eu espero que vocês gostem desse capitulo, não se esqueçam de me dizer o que acharam depois de ler, beleza ??
Ps: Além desse, que outro especial e contos vocês gostariam de ver por aqui ?? Porque eu to pensando em fazer mais desses e ai queria saber o que vocês gostariam de ler ;) Me digam nas asks ou nos comentários desse post que eu vejo o que dá pra fazer !!
                                     ESPECIAL GUERRA INFINITA
                                    CAPÍTULO 2 - CONNOR FOSTER
Algumas horas antes.
— Você tem certeza de que são essas coordenadas certas? — Mason questionou um tanto incerto, verbalizando a dúvida que todos nós tínhamos. Era para estarmos chegando em Wakanda mas, ainda estávamos no meio do nada. Nenhuma indicação de que existia alguma civilização por perto.
— Foram as coordenadas que o Capitão nos passou. — Hazel respondeu, tentando soar convincente. Ela e Logan assumiram as posições de pilotos já que Danvers não estava conosco. 
— Além do mais, estamos seguindo a nave deles e.. pra onde eles foram? — Pude ver o que deixou Stark alarmado pois, em um piscar de olhos, a nave a nossa frente sumiu antes de bater contra uma pequena montanha.
— Já devem estar em Wakanda. — E assim que Megan diz isso, nós também passamos pelo escudo invisível que separava a cidade africana do resto do mundo.
Meu queixo caiu assim que meus olhos viram a beleza do lugar no qual entramos. Sim, já tínhamos ouvido algumas histórias sobre Wakanda mas, como eles eram muito reservados, era a primeira vez que tínhamos o privilégio de ver a cidade de perto. 
— Caramba… esse lugar é…
— Sensacional. — Scarlett completou minha fala, também admirada com tudo que víamos.  —  É uma pena que a gente tenha vindo aqui sob circunstâncias tão ruins porque, eu adoraria conhecer a cidade de verdade.
—  Teremos tempo pra isso, não se preocupe. —  Logan virou-se rapidamente para a namorada, antes de olhar para nós, passageiros. — Estamos descendo. Se preparem. 
Descemos suavemente e pousamos logo atrás da nave dos Vingadores. 
—  Então é isso. — Sam atraiu nossa atenção, assim que já estávamos todos de pé e prontos para sairmos de nossa nave e nos juntarmos aos Vingadores e ao Rei T’Challa e sua guarda. —  Chegamos. E provavelmente logo estaremos indo para a batalha. 
—  Pois é. —  Scarlett balançou a cabeça enquanto abraçava Logan pela cintura. —  Essa vai ser a nossa maior missão até agora. Estão todos preparados?
—  Claro que sim! —  Respondi de imediato com convicção, recebendo olhares de meus amigos. — Estamos preparados pra isso. Vamos vencer essa droga e nos livrar desse Thanos maldito.  Vamos lutar ao lado dos nossos, nossas chances são enormes.
—  Disse tudo, Connor. —  Scarlett sorriu para mim antes de olhar para todos os outros. Sem Danvers aqui, ela era nossa líder, e ela estava fazendo um ótimo trabalho até então.  —  Beleza. Estamos nessa juntos, não de esqueçam disso. —  Ela fez um sinal para Hazel e a porta do nosso quinjet abriu. —  Vamos, eles estão nos esperando. 
Peguei minha espada e não pude deixar de sorrir. Não estávamos na melhor das situações, mas eu tinha certeza de que poderíamos dar conta do recado. 
[ x ]
 Agora.
Corto um dos bichos alienígenas que vêm em minha direção com minha espada, fazendo mais gosma de monstro cair em cima de mim.  É nojento, eu sei. Mas pelo menos, eu ainda estou inteiro, e é isso que importa no momento.
Mais três deles veem em minha direção e, assim que lido com eles também, preciso fazer uma pequena pausa para recuperar o fôlego. Olho para o campo de batalha, vendo guerreiros de Wakanda e aliados lutando juntos contra esses monstros que parecem não parar de surgir. Já enfrentei diversas bestas Asgardianas com meu pai e seus amigos mas, nada que se comparasse a isso.
Inspiro profundamente e levanto minha espada outra vez, indo em direção a um grupo de monstros que se jogam por cima de um guerreiro. Confesso que a batalha estava se tornando um tanto cansativa mas, minhas forças foram renovadas completamente quando vi meu pai chegar da melhor maneira possível aqui. Lutar ao lado dele por alguns momentos, como fazíamos em Asgard, me deu mais energia para continuar no jogo.
No entanto, nos separamos e já não consigo vê-lo. Também não consigo ver mais nenhum dos Vingadores e grande parte da minha equipe também sumiu. Acredito que todos tenham atendido ao chamado do Capitão e de Scarlett para auxiliar o Visão mas, os Banner e eu decidimos ficar no campo junto aos outros guerreiros.
E por falar nos gêmeos, posso ver os dois em suas formas Hulks destroçando alienígenas a todo vapor e é uma das cenas mais lindas que eu já vi em toda minha vida.
— Tá indo bem, grandão! — Grito para Mason assim que ele passa correndo como um trator gigante, e em troca, recebo um olhar um tanto quanto julgador de uma Dora Milaj. — Aquele ali é meu amigo. — Aponto com minha espada, sentindo a necessidade me explicar. — Ele gosta de elogios.
Ela não parece com muita paciência para me ouvir, já que revira os olhos e sai correndo. Sigo seu exemplo e corro para a direção contrária, em busca de mais monstros para enfrentar. Eu estava tão energizado por ver todos lutando  juntos, por ver meu pai e por ter lutado ao lado dele que eu simplesmente só me joguei na batalha. 
[x]
Não sei quanto tempo fiquei fora do ar mas a próxima coisa que me lembro com clareza foi de uma voz me chamando.
— Garoto. — Sinto algo me cutucar e lentamente abro os olhos. Por um segundo, me sinto completamente desorientado. Não sabia onde estava ou o que havia acontecido. Mas as lembranças de onde eu me encontro logo apareceram como um raio em minha mente, fazendo com que eu me sentasse em um pulo. — Ele está vivo! — A Dora Milaj que estava a minha frente grita para alguém antes de me olhar novamente. — Garoto, você está bem?
Maneio a cabeça.
— Acho que sim. — Ainda me sinto um pouco confuso, mas muito mais alerta do que momentos atrás. Eu ainda estou no campo de batalha, não posso baixar minha guarda. 
— Eu… Um daqueles monstros me pegou de jeito. — Não comento sobre a sorte que tenho de estar vivo. Ou será que alguém me ajudou? Acho que só vou descobrir mais tarde. Me levanto e pego minha espada ao meu lado.  — Mas eu já estou pronto pra voltar pra briga.
A guerreira balança a cabeça negativamente.
— A batalha acabou. 
Sem mais explicações, ela me deixa sozinho.  Como assim a batalha acabou? Quanto tempo eu fiquei apagado de verdade? E porque ela parecia tão… abalada? Se a batalha acabou, por que não estamos comemorando? Será que… Não! Me recuso a pensar no pior. 
Olho para todos os lados e sinto meu coração afundar.
— Mas que diabos….— Engulo em seco. Os monstros parecem ter desaparecido mas, o moral está lá em baixo. É quase palpável o sentimento de derrota.
Lentamente, ando sem uma direção certa pelo campo, ainda confuso. Vejo muitos feridos e muitas pessoas parecendo tão confusas quanto eu. Tento usar meu comunicador para falar com qualquer um de minha equipe mas percebo que ele está quebrado. Até que reconheço uma figura conhecida. 
— Mason! — Corro para onde meu melhor amigo está ajoelhado e me abaixo ao seu lado, com uma mão em suas costas. — Mason, o que foi que aconteceu aqui? — Espero por uma resposta, mas ele parece nem me ouvir. Seus olhos esverdeados estão focados no chão, no que parece ser uma pilha de terra ou pó. — Cara, fala comigo. Que merda tá acontecendo? — Mais uma vez, não consigo obter qualquer tipo de reação. É como se ele estivesse em estado de choque. Começo a temer o pior. — Mason…. Onde está a Megan?
Só o nome da irmã é capaz de fazer com que ele balbucie algo.
— Cara, eu não estou conseguindo te entender. Você precisa…. — Me coloco à sua frente e, assim que piso na terra em que seu olhar estava fixo, Banner explode.
Mesmo sem estar em sua forma Hulk, ele me empurra tão forte que eu praticamente voo para trás, batendo minhas costas com força no chão, há alguns metros a frente. 
— Não chega perto! — Ele grita tão alto, que provavelmente até as pessoas na cidade puderam lhe ouvir. 
Atordoado e um pouco assustado com sua reação, me aproximo novamente mas não muito. Redrobro minha cautela. Mason é como um irmão para mim, por isso sei que preciso ter cuidado com ele as vezes.
— Banner… fala comigo, cara. O que tá rolando? Onde está a Megan?
Meu amigo abaixa a cabeça e começa a chorar como uma criança.
— Ela estava…. ela estava bem aqui. — Ele tenta me explicar e eu tento ao máximo compreender seu relato. — A Megan estava bem aqui na minha frente e… ela simplesmente sumiu. Eu não…. eu não pude fazer nada. Ela estava bem aqui.
Engulo em seco mais uma vez ao ver meu amigo desmoronar na minha frente sem saber o que fazer.
O que ele quer dizer com, “ela estava bem aqui e sumiu?” Não há sangue no lugar onde ele está nem próximo a ele, então nada de muito ruim pode ter acontecido com Megan... certo? É no que quero acreditar, mas pela reação de Mason, não tenho tanta certeza.
Jogo a cabeça para trás e olho para o céu azul em busca de respostas. Nada parece fora do lugar mas alguma coisa parece errada.
O que diabos está realmente acontecendo?
Ainda não sei, só sei que por enquanto, preciso ficar com Mason para que ele não faça nenhuma besteira. Preciso descobrir o que realmente o deixou nesse estado. Depois, vamos juntos procurar meu pai, Megan e os outros. Só depois de ver que todos estão bem é que poderei relaxar.
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ir0nzheart-blog · 5 years
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Capítulo Único – Was it real, or was it all in my head?
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Entrou na cafeteria apressada e chacoalhando o enorme sobretudo que usava, suspirou ao ver o tamanho da fila e bufou por ver que todo mundo teve a mesma ideia que a sua. Decidiu que esperaria um pouco mais e por isso, apenas direcionou-se a uma mesa vaga que estava ao lado da janela, mostrando a chuva que caía pela cidade. Jogou suas coisas e respirou fundo, como se o que fizesse fosse capaz de esgotar suas forças. Mas diferente do que ela deveria ter feito, soltado o ar, o susto tomou conta de sua feição.
Ele estava ali.
E para a infelicidade da ruiva, estava acompanhado. Aquilo fora como um tapa em sua face. Pensou em juntar suas coisas e dar o fora dali, mas já era tarde demais. Os olhos escuros, que antes faziam par com um sorriso lindo, agora olhavam em sua direção, sérios e tristonhos, como se nada ao seu redor poderia lhe fazer feliz. Pepper não soubera o que fazer, por isso apenas abaixou a cabeça e focou em seu smartphone, deixando que o olhar do rapaz queimasse sobre si. Podia sentir que ele ainda a olhava, como se quisesse lhe dizer algo, mas não teve coragem de ir até ali. Nenhum dos dois tivera.
Parecia tanto tempo para ele, que mal sabia como tinha conseguido superar. Superar, até parece, quem eu estou tentando enganar, o pensamento retumbou e olhou mais uma vez para a mesa. Ela estava tão linda, como sempre fora, mas parecia ter perdido seu brilho, sua essência. Queria se levantar e ir até ela, perguntar como havia passado as últimas semanas, mas sabia que não tinha forças para tal.
— Tony?
Voltou bruscamente para o mundo real e viu a mulher que lhe chamava a atenção.
— Ahn… oi.
— Aconteceu algo? — A loira perguntou claramente confusa por falar por longos minutos e o rapaz não lhe dar atenção.
— Não… não aconteceu nada. Vem, vamos nos sentar ali.
Apontou um lugar qualquer do outro lado do estabelecimento e, junto com a mulher que lhe acompanhava, direcionaram-se para a mesa que haviam escolhido. Pepper não conseguiu acreditar naquilo, não fazia tanto tempo, fazia? Quer dizer, não que ele fosse obrigado a parar sua vida por ela, mas não tinha um mês que tinham terminado e ele traz uma garota para o lugar em que ele dizia ser apenas dos dois? Os olhos claros queimaram de vontade de chorar, mas segurou, não daria esse gosto a ele. Uma coisa não podia negar, a garota era bonita, sempre soube que Tony fazia boas escolhas sobre as mulheres com quem saía, ele parecia feliz e Pepper acreditava que deveria seguir da mesma forma por ele, afinal, a felicidade dele era a dela.
— Talvez tenha sido tudo na minha cabeça…
Justo ele, que parecia tão interessado e tão apaixonado, assim como ela, que nunca escondeu amar Tony Stark. Desde quando entrara naquela maldita empresa, como estagiária e o vira pela primeira vez, até sua arrogância parecia ser parte do seu charme. Suspirou e decidiu que não ficaria mais ali, remoendo o passado não tão distante dos dois. Já deveria esperar isso dele, afinal, Tony sempre foi assim. Pegou suas coisas e se levantou, rápido demais, saindo apressada da cafeteria.
Tony, que observava a saída, sem dar atenção para a mulher que estava com ele, viu a ruiva cruzar a porta apressadamente, quase derrubando, pelo menos, três clientes que ali estavam. Ele se levantou num ímpeto de momento e a garota lhe olhou confusa.
— O que houve?
— Eu… ahn… preciso ir. Prometo que te ligo depois.
— Ah… okay? — O que era pra ser uma afirmação, saiu mais como uma pergunta. Mas não tinha como ela dizer algo a mais, já que Stark já se direcionava para a porta. — Ei, você tem meu telefone?
Mas ele não fez questão de responder, já que sabia qual seria o final daquilo tudo: ele nunca ligava para as garotas, por isso, apenas acenou com a mão e saiu pela porta, sem se importar com a chuva. Ouviu Jarvis lhe dizer alguma coisa, mas não deu importância naquele momento, havia algo que precisava fazer. Olhou para os lados e demorou alguns segundos para notar que ela estava praticamente correndo sob seus saltos agulha, com o sobretudo cor caramelo e uma revista na cabeça, lhe protegendo inutilmente da chuva.
Caminhava o mais rápido que podia, para procurar abrigo em algum outro lugar e para esquecer a cena que presenciara há alguns minutos. Atravessou a rua praticamente correndo enquanto praguejava alto por ter escolhido sapatos nada confortáveis para a ocasião. Mas também como adivinharia que encontraria seu ex com outra, bem ali?
— EI, PEPPER!
Paralisou ao ouvir o apelido ser pronunciado e virou-se para ver quem lhe chamava, dando de cara com a maior surpresa em sua vida. Tony estava parado, com um sorrisinho presunçoso em seu rosto, enquanto a chuva forte fazia seu trabalho de ensopar os dois. Pepper franziu a testa, buscando uma resposta para aquilo tudo, mas a única coisa que sua cabeça conseguia pensar era no quanto ele era lindo e ficava sexy demais com aquele sorriso cafajeste no rosto.
— Fugindo de alguém?
— Talvez… — Não conseguiu prosseguir. — Precisa de alguma coisa?
— Wow, calma lá. Nem estamos na empresa para você agir assim, não precisa ter medo de mim Potts, eu não vou fazer nada…
Pepper suspirou e mordeu o lábio.
— Bom, então eu preciso ir e…
Sabia que precisava fugir dali, por isso atropelou as palavras rapidamente e se virou, na intenção de deixá-lo ali, mas o que aconteceu fugira de todos os seus planos. Tony não deixaria que ela lhe escapasse mais uma vez, por isso, ao ver o corpo se virar para ir embora, ele grudou sua mão no braço da ruiva e lhe puxou, fazendo com que ela praticamente perdesse o equilíbrio e caísse onde ele mais queria. Em seus braços. Pepper lhe encarou e o sorriso em seu rosto foi alargado.
— Onde pensa que você vai? — Perguntou risonho ao ver o rosto, com sardas, tão próximo do seu.
— Eu… é… eu… ahn…
E se beijaram.
Tony não deixou espaço para que a moça em seus braços falasse algo, grudou seus lábios aos dela e agradeceu a Deus por isso, por não ter conseguido esquecê-la, por ainda amá-la de modo avassalador e intenso. Assim como ela o amava, não podia negar. O beijo, na chuva, como um belo clichê, foi interrompido pela falta de ar depois de um tempo e, assim que ela abriu os olhos, deu de cara com um Tony molhado, mas que a segurava firme, como se temesse pela fuga dela.
— O que pensa que está fazendo? — Perguntou claramente confusa, mas deixando claro que havia gostado do que tinha acontecido.
— Correndo atrás do que é meu e parando de fazer merda na minha vida…
Após dizer isso, soube que agira certo. Pepper sentiu seu coração disparar, como nunca havia feito. Ambos sorriram e ela deixou ser abraçada novamente, sob murmúrios do quanto ele havia sentido falta dela. E como um pedido silencioso vindo dos olhos claros, Tony decidiu que era melhor saírem dali e rumarem para um lugar onde pudessem conversar, onde pudessem se acertar e, o mais importante, pudessem se amar sem que nada ou ninguém pudesse lhes atrapalhar…
  — Senhorita Potts?
— Ahn…?
Acordou do devaneio, quase como que tivera recebido um soco em sua cara, atordoada, notou a pessoa que lhe chamara: uma atendente da cafeteria onde estava. Ela segurava seu pedido em mãos, com uma cara confusa e tentando entender o que estaria se passando na mente da ruiva. Pepper sentiu o rosto corar de imediato, por ter sido pega em um momento apenas dela, de um maldito devaneio que não queria ter. Olhou para o outro lado da cafeteria e viu que ele ainda estava ali, sequer notara ela, parecia feliz, com a risada mais linda que ela já tinha ouvido em sua vida. Voltou à atenção para a atendente assim que a mesma pigarreou, suspirou e pediu desculpas.
Pegou o copo e o pacote onde estava seu lanche matinal e se levantou, pegando suas coisas com certa dificuldade e saiu da cafeteria, deixando Tony e sua nova companhia para trás, lembrando que havia muitas coisas que precisavam de sua atenção e que se recordar do término dos dois não lhe faria bem, por isso, ignorou a chuva e saiu andando, enquanto bebia um gole generoso do cappuccino que estava em suas mãos em direção a empresa pela qual ela daria sua vida.
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hellicamiranda · 3 years
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[CRÍTICA] A Barraca do Beijo 3: Um é pouco, dois é bom, três é demais?
(SE TRATANDO DA HISTÓRIA DE ELLE, LEE E NOAH, TALVEZ DOIS JÁ FOSSE DE BOM TAMANHO).
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Por Hellica Miranda
AVISO: Contém spoilers!
Lançado em 2018 pela Netflix e estrelando a veterana Joey King ao lado dos galãs Jacob Elordi e Joel Courtney, A Barraca do Beijo foi um sucesso, principalmente entre o público adolescente, o que já era de se esperar: o livro que inspirou o filme, publicado em 2012, já tinha uma legião de fãs na internet.
De acordo com a Netflix, um a cada três espectadores reassistiram à produção pelo menos uma vez, um índice 30% mais alto do que a maioria dos filmes que são reassistidos na plataforma, e que também falou mais alto que a crítica – não tão favorável ao romance – ao confirmar o segundo filme, que chegou em julho de 2020, menos envolvente, mas mais apelativo que o primeiro, com direito a triângulo amoroso e um novo interesse para a protagonista.
No terceiro filme, lançado nesta quarta-feira, recebemos o trio protagonista em suas férias de verão, com os melhores amigos Lee e Elle aguardando a ida para a faculdade, e Elle escondendo dos irmãos Flynn – seu melhor amigo e seu namorado – que foi aceita nas universidades em que ambos desejavam que ela estudasse.
Decidida a mudar-se para Boston com Noah e estudar em Harvard, Elle quebra a promessa de infância de estudar com o melhor amigo e, para se redimir, propõe que tenham um verão inesquecível, fazendo algo em que são realmente muito bons: uma lista. Dessa vez com coisas divertidas para garantir que suas férias sejam memoráveis.
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Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
As aventuras de verão devem marcar, além de tudo, muitas despedidas. Principalmente no que diz respeito à infância e as lembranças que Elle construiu com Lee e Noah na casa de praia da família, que será vendida ao final da estação.
É claro que vemos os jovens se divertindo, mas é quase possível esquecer dessas cenas depois de presenciar o sofrimento de Elle o filme inteiro.
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Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
A protagonista criada por Beth Reekles foi apresentada, em 2018, como uma garota divertida, espontânea e inteligente, mas, agora, é demasiadamente insegura e é praticamente impossível contar quantas vezes ela pede desculpas durante o filme, que tem pouco menos de duas horas.
Elle também chora demais. E não é sem razão: a carga emocional sobre ela, uma menina de 17 anos, é de toneladas, e ela não pode contar com as pessoas pelas quais mais se dedica: tanto Noah, seu namorado, quanto Lee, seu melhor amigo, que exigem demais dela. Ao mesmo tempo em que tem que trabalhar para ajudar com as contas da faculdade, ela deve fazer companhia ao namorado ciumento e ao melhor amigo possessivo sempre que desejado – por eles.
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Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
Para aqueles que procuram um novo capítulo de uma história de romance, esse não é o lugar certo. Mas até mesmo os piores dos filmes costumam guardar lições que podem ser muito valiosas.
Em ‘A Barraca do Beijo 3’, a maior dessas lições vem de uma breve conversa da mãe de Noah e Lee – e também o mais próximo de uma mãe que Elle tem – com a protagonista, em que a personagem de Molly Ringwald a alerta sobre fazer decisões pensando em si mesma, em suas vontades e em suas paixões.
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Créditos de imagem: Netflix (Reprodução)
Ainda que leve mais de meio filme para que Elle abra os olhos, é muito tempo de tela desperdiçado até que ela finalmente se expresse – e se liberte para, de fato, deixar a infância para trás e crescer.
“Sabe, tudo que eu fiz nesse verão, tudo, por você e por todos, provavelmente prova que me importo demais. Era para ser nosso melhor verão de todos, mas nunca poderia ser. Porque todas as coisas que tornavam nosso verão tão bom acabaram, e nunca vamos recuperar isso. Mas talvez essa seja a questão, talvez não devêssemos recuperá-las. Pelo menos quem precisa crescer em algum momento”. — Elle, para Lee.
Apesar de romper com ambos os irmãos Flynn, ao final da história a protagonista consegue se reconciliar com o melhor amigo e dizer adeus a seu primeiro amor, ficando em paz consigo mesma para a parte de sua jornada que nunca veremos.
O final definitivo da história acontece seis anos depois, com Elle e Noah adultos, cada um em sua motocicleta, em desfechos semelhantes aos dos dois primeiros filmes, que também acontecem na estrada.
Sobre a pergunta-título: eis uma resposta diferente daquela que veio logo em seguida. Talvez não, dois não fosse de bom tamanho, e precisássemos ver a protagonista Elle Evans passar pelo – sofrido – processo de crescer, amadurecer e ter de perceber-se independente, mas também livre, no mundo.
Originalmente veiculado em Click Ceunsp.
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myyoungheartscan · 3 years
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Capítulo 1.6 - Infeliz Temporada
Gelo sendo derretido.
Oliver parou no bar de um amigo depois de muito tempo. Era um bar de esportes não muito longe do estádio dos Tigres Azuis. Devido ao acesso frequente dos jogadores, foi considerado um local sagrado imperdível entre os fãs dos time. Durante a temporada ele evitou ir a esse lugar, por isso fazia um bom tempo que não vinha ao local. Um amigo que lavava um copo o cumprimentou com uma cara amigável.
"Oi, acho que é o fim da temporada. Finalmente vejo seu rosto."
"Você diz todo tipo de coisas inúteis. Dê-me uma bebida, Mike."
"Você precisa de uma bebida para comemorar o título de vice-campeão, ou um pouco de consolo?"
"Filho da puta ..."
Escolher a parte mais sensível e tocá-la era como seu velho amigo fazia. Quando o rosto de Oliver escureceu, Mike se afastou.
"Que dia é hoje? Os outros jogadores de hóquei de Chicago estão chegando."
"O que quer dizer?"
"Não, eu vi rostos familiares desde a tarde. O goleiro do seu time veio e foi embora, os jogadores de Pittsburgh vieram e ..."
Mike parou de falar e olhou para o lado. Oliver também se virou e olhou pra lá. No momento seguinte, a expressão de Oliver mudou radicalmente.
"Por quê ele está aqui?"
"Ele deve estar aqui para beber. O que mais há para fazer?"
Mike respondeu dando a Oliver seu uísque favorito. No entanto, sua carranca mal se endireitou.
Por que ele ainda não voltou para Pittsburgh?
Timothy Winter estava sentado em um grande sofá no canto do bar.
Com um rosto liso e braços e pernas longos, sem seu equipamento de proteção e uniforme, ele parecia mais um modelo com um bom físico do que um atleta. Havia alguns jovens ao seu redor. Mike que preparava o coquetel pedido, estalou a língua.
"Eles não são boas pessoas. Assim que chegaram reconheceram seu rosto e imediatamente se agarraram a ele"
"Ele permitiu isso?"
Oliver perguntou curioso. Embora odiasse Timothy, ela sabia muito bem que o presunçoso Scarlett cuidava de si mesmo. O que você não gosta, você odeia, e o que tem de verdade, você tem que admitir. Mike olhou por um momento e respondeu.
"Ele está bêbado desde o momento que chegou aqui."
Huh, isso é algo importante.A curiosidade surgiu nos olhos de Oliver ao testemunhar a situação inesperada. Não importava que a temporada tivesse acabado, ele não era daqueles que ficavam bêbados assim. Pelo menos o Timothy Winter que ele conhece. Para Oliver, que estava olhando para trás com interesse, Mike aconselhou cuidadosamente.
"Eu sei que vocês não se dão bem, mas ainda vamos esperar para ver? Por que você não o leva para respirar?"
"Por que eu deveria fazer isso?"
"Ei, vai ser um pouco estranho se algo ruim acontecer com ele. Acho que está bêbado além de seu controle."
O amigo garçom de Oliver tinha uma queda por Scarlett. Mike também frequentou o internato onde Oliver e Timothy estavam. Mas ele nunca foi próximo dele. Ainda assim, ele tinha um vago favor porque também era um beta. Oliver não conseguia entender a sensação de jeito nenhum. Havia tantos betas no mundo. Qual é o significado de dizer que são unidos apenas por serem betas?
"Você é um estranho. Eu nunca tive essa sensação com os outros alfas"
"Isso é porque você é alfa, seu idiota."
Mike, que colocou um copo na frente do convidado, rosnou para Oliver.
"Faça pelo menos metade do que eu faço por você, na verdade eu o sirvo como um príncipe."
Ele era um hipócrita e, se meu dinheiro acabasse, você agiria de forma diferente? Ah é? Eu nem quero que você me trate assim.
Oliver, que resmungou para o bravo Mike, se virou novamente. Sem perceber, seu olhar se desviou naturalmente para Timothy.
Não, espere, por que estou prestando atenção em um cara assim?
Oliver questionou suas ações. Mas graças a essa situação oportuna, ele foi capaz de capturar os eventos suspeitos que estavam acontecendo em torno de Timothy Winter.
O que diabos está acontecendo?
O homem sentado ao lado de Scarlett estava borrifando algo em um copo que parecia alguma droga.
Oliver, que testemunhou a cena do crime inesperado, ergueu as sobrancelhas. São Drogas? Não era apenas uma cena comum, era algo muito ruim.
Ele olhou para as instalações. Mike tinha câmeras de segurança em todos os cantos da loja desde uma briga de bêbados alguns meses atrás. Felizmente, o assento do grupo de Timothy não era um ponto cego, então a cena em que a droga estava sendo derramada a um momento atrás deve ter sido suficientemente filmada.
Ele não pôde evitar. Não tinha escolha a não ser carregá-lo.
Oliver foi forçado a se levantar de seu assento. Mike estava certo. Por pior que fosse o relacionamento deles, era impossível esperar para ver mesmo depois de testemunhar tal cena.
Ao se aproximar, o homem ofereceu uma bebida ao beta. Timothy, entretanto, golpeou seu braço com frieza.
Oh! Graças a deus. Seu caráter é o mesmo quando você está bêbado.
Foi quando Oliver pensou sobre isso. O rejeitado ficou furioso e de repente agarrou Timothy pelo pescoço.
"Filho da puta! Isso é arrogante!"
Todos aqueles caras tinham um jeito terrível de falar. Suspirando por dentro, Oliver estendeu a mão e removeu o braço do homem dele.
"Ei, deixe-o em paz."
"O que você está!"
O homem gritou alto, mas sua expressão logo mudou para uma de dor. Isso porque Oliver deu força à mão que segurava seu antebraço. Ele sorriu com indiferença e continuou.
"Você vai dar um soco em alguém que está mentalmente e fisicamente fraco? É melhor não. Você sabe quanto vale isso?"
Oliver inclinou a cabeça para dentro enquanto falava. Qual foi o seu salário anual? Timothy estreou depois de Oliver. Provavelmente não era muito dinheiro porque o contrato de entrada ainda não havia terminado, e não faz muito tempo que ele começou a se destacar seriamente.
"Ei, ei, ei. Vou processar você."
"Ah, você está dizendo algo engraçado. Se você quiser me processar, faça o que quiser. Existem câmeras de segurança neste bar. Elas devem ter pego você agarrando-o pelo pescoço primeiro. Além disso, você estava colocando drogas na bebida. O que você acha? Pelo menos, se você é um cara formado em direito, não custa nada, não é? "
Ele apertou ainda mais o braço do homem. Talvez seja pela dor ou pela ameaça, o rosto do homem começou a ficar branco aos poucos.
"Receio que os advogados que contratarei sejam muito capazes. Estou pagando muito dinheiro e isso é o suficiente."
Qualquer advogado que trabalhasse para Oliver poderia abalá-lo até o fundo de sua alma. Claro, ele não pretendia fazer um trabalho tão bom para Timothy Winter. Ele só estava tentando assustá-lo um pouco. E a ameaça funcionou tão bem que a multidão sentada trocou olhares ansiosos. Oliver sorriu.
"Agora, quem merece ser processado aqui?"
"Woo, vamos parar ... isso não é mais divertido."
A mulher, que parecia ser a amante do homem, agarrou o braço dele e arrastou-o para longe. Oliver gentilmente soltou seu braço, e o homem fingiu não recuar e seguiu a mulher. O resto da multidão saiu correndo do bar. Oliver deu de ombros e disse a Mike olhando para cá.
"Chame a polícia. Seus rostos devem ter sido gravados também, eles serão pegos em breve."
"De acordo".
Oliver olhou para Timothy, enterrado no sofá, enquanto Mike desaparecia para fazer uma ligação.
"Ei, Scarlett, você está bem?"
"... Há muito barulho".
Timothy murmurou com uma careta. Oliver estava animado na hora, mas decidiu ser um pouco mais generoso do que gentil com ele. Ele se inclinou e pegou Timothy. Quanto álcool ele havia bebido, ele mal conseguia se controlar. Seus longos membros caíram nos braços de Oliver.
"Eh, eu não quero ... é irritante ..."
"Ei, quem está realmente incomodando você agora? ..."
Oliver, que estava ficando irritado, de repente ficou em silêncio. Timothy, apoiado nos braços, olhou para ele com os olhos embaçados.
Olhos vermelhos. Ambas as bochechas coraram. Os lábios se separaram ligeiramente.
Foi estranhamente sugestivo. Oliver, que fez uma pausa, olhou para o rosto de Timothy. No momento em que seus olhos vislumbraram seus lábios umedecidos com álcool.
"Solte!"
Timothy sacudiu o braço que o segurava com força. Oliver estava realmente chateado. Devo jogar fora?
"Mesmo que uma pessoa real ajude é uma bagunça..."
"Timmy?"
Então alguém apareceu atrás de Oliver e falou com Timothy. Apelido amigável, voz amigável. Timothy, cambaleando, conseguiu abrir os olhos e falar o nome do homem.
"Alex?"
Afastando-se do braço de Oliver, ele caiu nos braços de Alex, que o abraçou sem qualquer escrúpulo.
"O que aconteceu com você? Por que diabos você bebeu tanto?"
Alex, criticando com uma voz gentil, olhou para trás. Oliver se sentiu mal ao ver a hostilidade no olhar dele.
Por que esse olhar mal-humorado? Fui eu quem o ajudou. Você não será capaz de me agradecer o suficiente.
Alex olhou para Oliver como se ele fosse o culpado pela embriaguez de Timothy, e Oliver se sentia cada vez pior. A pequena nuca nos braços de Alex também o incomodava.
"Com licença primeiro."
Alex, que já estava olhando para ele há algum tempo, foi rápido em ajudar Timothy. Oliver, que voltou à sua posição original, ficou furioso.
"Que diabos, cara! Ele só estava olhando para mim com uma cara má."
"Não é o jogador de basquete? Alex Flynn?"
"Sei lá?"
Rude, Mike fez barulho. Droga, ele deveria ter pegado seu autógrafo. Era tão popular hoje em dia. Oliver esvaziou o copo na frente dele de uma vez e o abaixou com um baque. No telão da frente, estava sendo disputado o sétimo jogo, que os Tigres Azuis haviam perdido. Quanto ao resto, o mau humor logo apareceu. Ele descontou sua raiva em Mike por nada.
"Nojento. Eu não deveria ter ajudado você, se você não tivesse dito isso ..."
"Ei, isso se chama bondade. Claro que você tem que ajudar. Você fez o que devia."
Mike disse algo como um elogio, mas Oliver não melhorou. Em outras palavras, ele estava começando a se acalmar, mas estava mais ofendido. Ele se lembrou do rosto de Timothy, que ele acabara de testemunhar.
... Um rosto que estava prestes a explodir em lágrimas.
Especialmente aqueles lábios e olhos vermelhos que pareciam tristes. Já fazia muito tempo que ele não olhava atentamente para o rosto dele, então foi uma impressão estranhamente profunda. Oliver balançou a cabeça, limpando a imagem residual de sua cabeça. Eu não me importo com o tipo de expressão que ele faz.
Oliver, pensando assim, ergueu o segundo copo. Naquele momento, duas mulheres hesitantes perguntaram cuidadosamente.
"Oi, você é o Oliver Kent, certo?"
"Posso ter seu autógrafo, por favor?"
"Ah, claro. Você tem caneta e papel?"
"Meu Deus, obrigado! Aqui está a caneta e o papel."
"Fomos ver o jogo final. Lamento pelo resultado."
"...Haha Obrigado".
Ele estremeceu por um momento, mas aceitou de bom grado a caneta com um sorriso educado no rosto. Enfim, com sabedoria. Mike, que estava assistindo a cena, balançou a cabeça.
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CONTINUA...
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chavesrevolution · 3 years
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CAPÍTULO 3 - DO OUTRO LADO DO RIO
— Eu passei por um grupo de revolucionários quando estava vindo pra cá — disse Seu Madruga.  — Se eles ainda estiverem lá, nós podemos pedir pra nos acompanharem até o outro lado do rio. Vamos pegar o Quico de surpresa, mas isso não quer dizer que ele tenha menos homens ou menos armas.
Chiquinha concordou. Era uma ótima opção. Ela tinha pensado em passar no galpão conseguir mais alguns revolucionários, mas se, como seu pai havia dito, alguns deles estivessem no caminho que tomariam, tudo seria bem mais rápido e a surpresa seria mais efetiva. Esperava que ainda os encontrassem lá.
— Marmota! — Chiquinha gritou para o rapaz que recolhia os corpos. — Quando chegar ao galpão, avise que Chaves estará a caminho em breve.
Marmota sorriu e abanou a cabeça concordando feliz.
— Então vamos! — Ela comandou.
Os três iniciaram a caminhada a passos rápidos na direção que Seu Madruga esperava encontrar o grupo. Disse que provavelmente aquelas pessoas iriam ao galpão, então não deveriam estar longe de onde os três se encontravam agora.
Chaves reparou que Seu Madruga não parecia tão velho quanto ele imaginava que estaria. O velhote estava firme e usava roupas leves que mostravam que, apesar do corpo magro, mantinha-se bem mais saudável do que quando era mais jovem. Entre todas as pessoas que já tinha visto desde que acordara, Seu Madruga era o que menos usava equipamentos de proteção. Usava somente uma camisa de algodão abotoada até metade do peito sobreposta por um colete de couro aberto onde carregava vários objetos presos nas dezenas de bolsos e tiras costurados. A luva e as botas compridas, assim como o capacete, era o que mostrava que pelo menos se preocupava o mínimo com a própria segurança. Levava apenas uma arma: uma pistola dourada e arredondada presa em um coldre amarrado num cinto de couro que atravessava seu peito.
E tinha o braço. O braço mecânico, que misturava peças velhas de cores já desbotadas com peças novas e brilhantes, que Chaves tinha ouvido falar na conversa entre os dois uns minutos antes.
— Esse braço ficou muito legal no senhor! — Disse Chiquinha alisando o braço mecânico de Seu Madruga.
— Senhor é uma ova! — Ele respondeu enquanto acendia um cachimbo que tinha acabado de colocar na boca.
Chaves percebeu que aquilo que Seu Madruga tinha usado para acender o cachimbo era muito parecido com um objeto que ele encontrou no bolso da sua calça enquanto caminhavam pelas ruas ainda próximo ao hospital. Um objeto em formato de um ovo de galinha, dourado como a pistola de seu madruga e com ZAP inscrito em alto-relevo em sua lateral. Quando Seu Madruga apontou a extremidade mais estreita para o cachimbo, Chaves viu uma luz ou fogo azul em formato de lâmina que surgiu e não se apagou com o forte vento que passava por eles. Chegou a se perguntar se ele mesmo fumava, uma vez que tinha um igual aquele.
— Esse braço era do Quico? — Chaves perguntou.
Seu Madruga olhou para ele com desconfiança. Tinha esquecido da falta de memória do rapaz.
— Eu ouvi vocês conversando enquanto brigavam — ele se justificou.
— Eu peguei do Quico sim... — Seu Madruga começou a contar. — Você não lembra mesmo? Não faz muito tempo. Foi quando começaram os sequestros. Eu fui o primeiro a ser sequestrado. Eles estão tentando reaver a área aos poucos. Estão tentando pegar pelas bordas, lá próximo a ponte, áreas que nunca utilizamos. Acreditamos que queiram formar uma base lá em breve. Ficarão bem mais próximos de nós, sem o rio para atrapalhar qualquer movimentação.
Ele puxou a fumaça do cachimbo profundamente, tragou e soltou em um único sopro.
— Eles pediam como resgate uma parte dessa área...
Chiquinha interrompeu:
— E é claro que não entregamos. Pelo menos de início. Meu pai saberia sobreviver até que conseguíssemos resgatá-lo, nós sabíamos. Mas conforme os dias foram passando a preocupação foi aumentando, até o dia que mandaram uma prova de vida.
Ela encarava Chaves nos olhos, pensando que talvez ele se lembrasse desse momento, mas não viu nenhum reconhecimento em seu rosto.
— Eles mandaram em uma mala de viagem o braço do meu pai. Eu e você abrimos juntos e ficamos chocados quando vimos aquele sangue todo ainda fresco. Quase desmaiamos pensando na dor que ele devia ter passado.
Chaves olhou espantado para Seu Madruga.
— Doeu pra caralho! — Contou o velho. — O desgraçado do Quico me torturou psicologicamente enquanto eu estava amarrado todo esticado sobre uma parede. Ele nunca esqueceu do dia que lancei um foguete contra o grupo dele e a explosão acabou atingindo seu braço, tendo que amputá-lo. Sempre colocou a culpa em mim, mas ele que foi burro o suficiente de duvidar que aquele lança-foguetes funcionaria. Depois, cortou meu braço com uma serra. Sinceramente quando terminou o corte eu senti alívio, pois não doía tanto quanto na hora que estava serrando o osso. Talvez também por eu já estar quase desmaiando quando ele terminou — deu mais uma forte e apressada tragada em seu cachimbo. — Quando acordei, eles já tinham cuidado bem do ferimento. Fiquei até impressionado. Acho que sentiram pena, ou até medo da retaliação que poderia vir. Ou, talvez, foram pela primeira vez um pouco humanos. Não sei...
Chiquinha continuou o relato que Chaves não lembrava:
— Nós ficamos desesperados e acabamos concordando em passar uma parte daquela região para eles. Nem a usávamos mesmo e ainda fica longe da ponte, tornando impossível que cheguem até lá sem passar por nossa área antes que construam uma nova ponte. E também é só um pedaço de papel que pode ser rasgado. Valeria a pena. A gente foi lá e assinou os papéis na frente do Quico e então eles soltaram meu pai.
Seu Madruga riu.
— Foi a melhor sensação do mundo. Acho que eu ainda estava sob efeito de alguns remédios e a euforia de estar livre me fez sair correndo e pular em cima do Quico. Não sei de onde eu tirei tanta força naquela hora, mas pisando no tronco dele e usando meu único braço eu consegui arrancar essa belezinha aqui — bateu com a mão normal em seu braço mecânico. — Claro que eu preferia o meu antigo braço, mas eu não poderia deixar quieto — ele olhou para Chiquinha. — E se aquele desgraçado conseguia colocar um braço desses no próprio corpo, por que eu não conseguiria?
Chiquinha abriu um grande sorriso e levantou a mão em um clássico high five.
— Hahahaha. Você é incrível papi! Queria ver a cara dele quando percebeu o próprio braço no inimigo.
Seu madruga bateu na mão da filha.
— Foi impagável. Mas eu também fiquei surpreso quando vi que ele já tinha outro braço no lugar. E um braço muito mais foda do que era esse.
O sorriso de Chiquinha se desfez.
— Mas não vai durar por muito tempo...
Os três continuaram caminhando rapidamente em silêncio por um tempo. Somente o vento e a poeira daquele deserto batendo em seus óculos pareciam fazer algum barulho ali. Chiquinha que não conseguia ficar quieta quebrou o silêncio:
— Pai, ali onde estávamos não era caminho pra você passar se estivesse indo de casa ao galpão. Bom, você estava com a serra, então suponho que tenha vindo de casa. Mas então como o senhor encontrou a gente ali?
Seu Madruga pensou por alguns segundos.
— Não sei. Eu senti que tinha algo errado ali. Me deu uma vontade súbita, como se algo tivesse me chamado para aquele lugar. Quando vi, já estava no meio da poeira e vendo Quico com aquele braço inacreditável apontando pra cabeça do Chaves.
Chaves estava se lembrando da cena. Lembrou-se do sonho que teve.
— Eu tive um apagão naquela hora — Ele disse.
Os dois o olharam inquisidores. Ele continuou:
— Na verdade não foi bem um apagão. Eu tive uma visão... Um sonho naquela hora. Sonhei que pedi para que Jaiminho chamasse o senhor pra me ajudar a bater no Quico.
Os dois ficam encarando Chaves em dúvida. Seu Madruga perguntou:
— Quem é Jaiminho?
Chaves iria começar a falar sobre o carteiro, mas então percebeu que o olhar de Chiquinha e, posteriormente, também o de Seu Madruga focados no horizonte. Ele também olhou. Lá estava um grupo de pouco mais de dez pessoas, caminhando no meio da poeira com suas armas, quase na sua direção. De longe parecia muito com o grupo de Paty, mas assim que se aproximaram Chaves percebeu que aquele grupo conseguia ter uma imagem mais deprimente. Suas roupas eram quase farrapos e as armas que carregavam eram uma anarquia de remendos, além de grandes. Seu Madruga levantou seu braço normal em saudação.
— Salve! — Disse gritando em meio ao barulho que o vento fazia. — Madruga aqui!
Mesmo a distância Chaves percebeu que o corpo das pessoas que vinham se retesou assim que ouviram a menção ao nome do Seu Madruga. Então eles correram em sua direção e o que seguia na frente chegou dizendo:
— Senhor Madruga! Que honra encontrar o senhor! Estamos indo ao galpão para a assembleia! Não imaginávamos encontrá-lo.
Apesar do vocabulário polido, Chaves percebeu que o grupo pertencia a algum lugar distante, como uma vila afastada que vivia com suas próprias regras e com escassez de mantimentos e, talvez, até de recursos naturais. Não só pelo vestuário, mas pela forma que se comportavam, pela magreza de seus corpos e pelo cheiro que sentiu quando chegaram bem próximos.
— Precisamos fazer um desvio por algumas horas — disse Seu Madruga. — Precisamos aproveitar a oportunidade e encurralar o inimigo enquanto temos tempo. Vocês nos apoiam nessa?
— Mas e o encontro no galpão? — Disse o que parecia ser o líder do grupo.
— Ele pode esperar. Não podemos perder a oportunidade que temos agora. E o encontro só vai começar quando Chaves chegar. — Seu Madruga apontou o polegar despretensiosamente para Chaves ao seu lado. — E ele vai pra batalha conosco!
Eles olharam atordoados para Chaves. O líder do grupo se ajoelhou no chão e foi seguido pelos outros.
— Sim, senhor! Iremos para a batalha com o senhor!
Chaves ficou sem graça diante daquela atitude. Por que tinham se ajoelhado à sua frente daquela forma? Achou totalmente desnecessário e, então, fez um leve e envergonhado gesto com a mão pedindo para que se levantassem. Foi um gesto tão breve que ninguém nem o percebeu.
— Então vamos! — Disse Seu Madruga já caminhando e passando por entre os ajoelhados. — Precisamos nos apressar ou Paty pode não aguentar segurá-los.
Andaram por alguns quilômetros até que os ventos começaram a diminuir. Ao longe era possível ver um grupo de árvores baixas com seus galhos se entrelaçando a ponto de formar uma parede. Tinha um motivo para aquelas árvores ainda estarem vivas no meio daquele deserto: elas ficavam ao lado do rio. Eles chegaram até esta pequena mata e usaram seus galhos emaranhados para atravessar a correnteza, se pendurando e passando com agilidade por um caminho que Seu Madruga já conhecia. Ao chegarem do outro lado do rio, Seu Madruga e Chiquinha arrumaram o mato e os galhos para que ninguém pudesse ver por onde tinham passado. Aquele era um atalho que eles não queriam que os inimigos descobrissem.
Caminharam algum tempo por entre aquela floresta e em breve chegaram a uma paisagem em comum ao lado do rio de que tinham vindo: uma imensidão de terra vazia. Mas pelo menos ali não parecia que ela era tão desolada quanto a que tinham saído. Seu Madruga olhou para o céu e então viu que horas eram em um grande relógio de bolso que carregava dentro do seu colete.
— Espero que uma daquelas geringonças que chamam de carro tenha enguiçado no caminho, ou senão poderemos chegar muito tarde.
Ele disse isso e apressou ainda mais o passo. Todos aumentaram o ritmo.
Chaves percebeu que Chiquinha estava olhando para ele com um de seus revólveres na mão.
— Você ainda lembra como usa isso? — Ela perguntou.
Chaves pegou o grande revólver da mão dela e observou por algum tempo. O tambor era bem maior do que os que lembrava de ter visto na TV, em revistas ou no cinema. Tão grande que precisava de uma estrutura maior para suportá-lo sobre a mesma base de um revólver como conhecia. Essa estrutura fazia com que o cano fosse bem curto a sua frente. Ele passou a mão pela ponta onde deveria sair a bala. Chiquinha lhe disse:
— É bem curto, o que não é bom na precisão. Mas pelo menos as balas são explosivas.
— Acho que posso atirar com ele, sim. — Sentia-se incrivelmente excitado. Não lembrava de ter atirado alguma vez na vida, mas pelo que Chiquinha disse, ele já o havia feito.
Ela pegou algumas balas que retirou de um bolso preso ao seu cinto e entregou a Chaves.
— Não desperdice! — Ela disse e então deu um risinho.
Caminhando com pressa, ele conseguiu entender a estrutura do revólver e colocar as balas com facilidade, como se já tivesse feito isso muitas e muitas vezes. Assim que fechou o tambor ouviu Chiquinha dizendo:
— Se alguma das balas sair sem pressão e cair logo a sua frente, se jogue no chão por precaução. Isso não tem acontecido com frequência depois que meu pai adaptou o cão, mas nunca é demais contar tudo que pode acontecer...
Agora ele reparava que o cão tinha uma adaptação que ligava diretamente ao cano da arma, improvisadamente amarrado com uma tira de borracha. Não sabia o que aquilo ajudava, mas não entendia muito sobre estruturas de armas. Levantou a cabeça e viu prédios à frente. Não eram muito diferentes dos que tinha visto perto do hospital. Talvez tivessem um ou dois andares a mais e nem todos tinham a aparência de abandonados. Chaves foi sugado de seus pensamentos quando Seu Madruga falou:
— Estão prontos? Vamos correr assim que chegarmos na rua. O bunker do Quico fica a umas quatro quadras daqui, então não podemos correr o risco de que os avisem antes de chegarmos, ok? Corram como se tivessem dois pulmões!
Chaves dá um riso.
— Haha, todos temos dois pulmões!
Seu Madruga bateu as cinzas do seu cachimbo e o guardou em um dos bolsos do colete soltando a última tragada antes de começar a corrida.
— Eu não!
Eles correram por entre os prédios baixos, casas e construções inacabadas e não viram uma pessoa nas ruas. Apesar de essa região não ter sido brutalmente arrasada como a região do hospital em que Chaves acordou, as pessoas ainda ficavam reclusas em seus imóveis, evitando sair às ruas por medo ou receio.
Chaves já não estava mais aguentando correr quando começou a ouvir tiros. Estavam vindo de longe, mas percebia que se aproximavam. E eram muitos.
Ao dobrarem uma esquina eles encontraram os guardas de Quico abaixados atrás dos seus carros, de costas para eles. Estavam concentrados nos inimigos que atiravam pelo outro lado e isso alegrou Seu Madruga que pôde se acalmar sabendo que o grupo de Paty tinha chegado a tempo e que eles também.
— Tudo bem — ele disse se abaixando e encostando sobre um muro. — Cuidem com o fogo que pode vir pelo outro lado. O melhor é nos mantermos pelas bordas da rua e assim que eu der o primeiro tiro vocês podem começar.
Todos concordaram com um meneio de cabeça. Seu madruga fez sinal para que alguns atravessassem a rua e então avançou para a retaguarda do grupo de Quico.
Ele deu um tiro com sua pistola dourada e o que saiu dela não pareceu uma bala, mas sim um rastro de fumaça quase sem som que atingiu um dos homens de Quico pelas costas e o fez arquear. Chaves percebeu que o uniforme do guarda começou a derreter e que os cabelos que apareciam em sua nuca começaram a se encolher como se estivessem queimando. O homem gritou, mas Chaves não pôde ouvi-lo por muito tempo, pois na mesma hora o barulho ensurdecedor de vários disparos iniciou-se ao seu lado. Ele levantou o revólver que Chiquinha lhe dera e atirou. Viu uma cabeça que acabava de virar em sua direção explodir. Não soube dizer se foi do tiro que veio da sua arma ou se foi de outra pessoa.
— Meu Deus! — Disse Chaves impressionado. — Balas explosivas...
Então descarregou seu revólver. Os outros cinco tiros foram aleatórios enquanto ele gritava. Viu que um deles acertou o peito de um homem que já atirava contra eles e o fez voar alguns metros batendo forte com suas costas sobre um dos carros. Logo o homem se levantou e saiu rastejando para ficar entre dois carros, com a mão no peito. Chaves não viu sangue, então achava que eles deviam usar uma armadura por debaixo daquele uniforme ridículo. Seus outros tiros acertaram a lataria dos carros e ele viu que suas balas deixavam grandes marcas de queimado onde acertavam.
— Bela pontaria! — Ele ouviu Chiquinha gritar.
A porta de um dos carros se abriu e Quico começou a atirar por ela com seu braço-metralhadora. Não estavam esperando por isso e alguns dos farrapos foram atingidos por seus tiros. Outros escaparam se jogando no chão. Chaves ficou parado como uma estátua.
Não sabia mais o que fazer, estava sem balas. Lembrou que tinha mais algumas no bolso e quando tentou recarregar o revólver ouviu um som estridente, quase como um alarme de emergência. Já tinha ouvido aquilo antes, mas não lembrava o que era. Então olhou para cima, onde tinha percebido uma movimentação estranha e viu um telão no topo do prédio em frente onde estava o grupo de Paty. Provavelmente fosse o bunker de Quico, pois quem aparecia no telão era a velha coroca da mãe dele, agora bem mais velha. E o alarme que ele ouvia não era nada mais do que o próprio grito de Dona Florinda.
— CHEGAAAAA! — Ela gritava e aquele som era amplificado de alguma forma que Chaves não conseguia compreender. Provavelmente tinham muitos alto falantes em volta, pois todos tentavam tapar seus ouvidos diante daquele som estridente e desumano. Assim que o alarme "CHEGA" acabou, ela continuou:
— PAREM COM ESSA BAGUNÇA NA MINHA ÁREA!
Chaves ouviu um barulho diferente agora que os tiros cessaram e que a voz de Dona Florinda se desfazia no ar. Pareciam batidas ritmadas. Então surgiram por detrás do telão três helicópteros.
Eles eram formados por uma espécie de tanque de ferro, com a ponta ovalada e a traseira feitas de madeira. As hélices eram sobrepostas umas às outras e giravam em uma velocidade vertiginosa que quase era impossível vê-las. Assim que essas máquinas passaram por cima de suas cabeças, objetos foram lançados sobre eles.
— Se protejam! — Gritou Seu Madruga se lançando de peito sobre o chão.
Os objetos explodiram. Chaves percebeu que eram apenas de fumaça, provavelmente para assustá-los e para não machucar o filho que estava no meio daquele fogo cruzado. Assim que a fumaça se levantou os gritos de Dona Florinda voltaram a irritar os ouvidos de todos:
— VÃO EMBORA! VOCÊS NÃO DEVERIAM TER VINDO ATÉ AQUI! ESSA É A ÚLTIMA CHANCE QUE EU DOU PARA VOCÊS!
A fumaça começava a se dissipar devido às hélices logo acima, empurrando ar para baixo. Seu Madruga estava se levantando do chão e então gritou em direção ao telão onde estava Dona Florinda.
— Pois se o seu filho mimado não for complicar nossa vida, nós não iremos retrucar, está bem?
Seu Madruga ainda mantinha o braço normal esticado em direção ao telão quando um dos helicópteros desceu do céu e o atingiu com seu bico de madeira. Seu Madruga voou alguns metros e caiu de costas no chão, se apoiando sobre seus braços. O helicóptero ficou flutuando a um metro dele, levantando a poeira com as hélices que agora Chaves podia avaliar melhor. Não eram várias sobrepostas, mas sim uma única hélice em formato de parafuso com quatro ou cinco níveis. Mas o que chamou ainda mais sua atenção foi quando viu dentro do helicóptero. Quem o pilotava era a própria velha carcomida, como eles costumavam chamá-la.
— VÃO EMBORA! E NÃO RETORNEM MAIS, OU ACABAREI COM ESSA GENTALHA!
Seu Madruga acenou com a cabeça concordando e então o helicóptero se afastou da rua. A porta do carro onde estava Quico se abriu e ele, junto com seus guardas, caminharam tranquilamente em direção ao prédio onde deveria estar seu bunker. O grupo de Paty abriu um pequeno espaço apertado para que ele passasse, o que ele fez com todo seu orgulho em tom de provocação. Apesar da vontade de meter uma bala na cabeça do inimigo, todos se seguraram. Sabiam que irritar Dona Florinda seria a pior decisão possível naquele momento.
— VÃO! — Dona Florinda deu seu último grito assim que o último guarda de Quico entrou no prédio fechando a porta atrás de si. Então os helicópteros foram embora e o telão se apagou.
Chiquinha correu até seu pai que se apoiava com o braço mecânico no chão e o normal sobre a barriga, demonstrando em seu rosto uma forte dor.
— Papai!
— Estou bem. Não se preocupe. Já estou acostumado...
Ele queria passar tranquilidade, mas Chaves percebeu a ira nos olhos do homem quando ele olhou na direção onde se foram os helicópteros.
Seu Madruga se levantou com um pouco de dificuldade — talvez pela dor que ainda sentia do impacto com o helicóptero e também por não ter mais um corpo jovem — limpou suas roupas da poeira, batendo com as mãos nelas e se virou ao grupo de revolucionários moribundos que agora se reunia com o grupo de Paty no meio da destruição causada pela batalha.
— Uma assembleia nos espera! Sobre isso — ele aponta com a cabeça em direção ao prédio onde Quico entrou — vamos resolver em um momento mais oportuno.
Todos menearam com a cabeça e então Seu Madruga começou a caminhar rapidamente para fora dali. Mancava um pouco.
Chaves olhou para os corpos estirados no chão. O sem cabeça, que ele mesmo tinha arrancado, e mais dois jaziam ali sem movimento. Curioso perguntou:
— Ele foi embora e nem recolheu os seus mortos?
Chiquinha respondeu:
— Para ver como ele é um grande egoísta filho da puta.
Chaves se encolheu levemente imaginando que Dona Florinda voltaria a gritar no telão caso ouvisse essa última frase de Chiquinha. "NÃO SOU PUTAAAAAA!!!" ela gritaria. Mas nada veio além do silêncio.
— E dos nossos? Alguém morreu? — Perguntou ele.
— Cinco feridos — quem respondeu foi Paty. — Um deles em estado grave — ela apontou com a cabeça a um homem deitado ao chão com uma mulher sobre ele fazendo uma bandagem. — Provavelmente vão ficar um pouco para trás. Não podemos mais atrasar essa assembleia.
Chaves olhou para os dois. Eram dois dos que tinham encontrado pelo caminho e se ajoelhado a sua frente. A mulher o encarou e concordou com a cabeça, dizendo estar de acordo com o que Paty falara.
— Obrigado! — Disse ele para a mulher.
Pensou em como aquele mundo era tão diferente do qual ele lembrava, do qual tinha vivido. Talvez, pensou ele, o mundo era mais inocente quando visto dos olhos de uma criança, e ele não percebia todas aquelas mazelas. Mas alguma coisa lhe dizia que nem sempre o mundo foi assim, e que ele estava mudado. E que deveria encarar essa nova realidade.
Seguindo atrás de todos os cabisbaixos, que já tinham seguido Seu Madruga, ele também se encaminhou para fora daquela vila deixando os dois revolucionários para trás.
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cartasparavoc3 · 3 years
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Belo Horizonte, 21 de janeiro de 2021.
Oi, pai!
Hoje não aconteceu nada demais, foi tudo igual. Exceto pelo fato de ter conseguido cumprir tudo que eu tinha proposto para o dia de hoje.
Enfim, ainda não recebi o resultado da faculdade, e vc me conhece, eu tô pirando com isso. Tô com medo de ter q pagar a mensalidade da outra faculdade. Sei lá. Agora me deu vontade de ficar na mesma. Já tá tudo certo lá, pra q mudar. Vamos esperar cenas dos próximos capítulos.
Amanhã eu tenho exame pra ver se eu tenho algum problema no coração. Amanhã eu te conto o q aconteceu.
Sinto sua falta!
Te amo!
Sua filha.
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amor-a-escrita · 4 years
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Hoje o post é diferente, temos entrevista com a @autoraigsousa autora de O Despertar da Profecia! Vamos a entrevista? 📚 1 - O que te inspirou a criar a minha diva maravilhosa Kira? 📖 R: Kkk, eu precisava de um vilão e queria que fosse uma mulher forte, determinada, sarcástica. Acho que a Kira tem um pouco da Katherine Pierce de Diários de um vampiro. 2 - Quem é o seu personagem favorito do livro? 📖 R: Amália e Heron. Gosto da química dos dois e como sempre está pelo outro. 3 - Qual foi a maior dificuldade que você teve que lidar no processo de criação da história? 📖 R: Na época tive muitos problemas pessoais para lidar, o que interfere na escrita, pois quando estou triste eu não consigo escrever. Além disso o fato de ter que colocar a narrativa no tempo presente e passado (ps: sou péssima com isso) 4 - Qual cena foi a mais difícil de escrever em O Despertar da Profecia? 📖 R: Primeiro foi o último capítulo que muda o narrador. Segundo foi a cena em que a Amy está no cativeiro e ela tem que ser extremamente forte e calculista. Terceiro as mortes principalmente a do penúltimo capítulo. 5 - Tem alguma coisa que você gostaria de mudar em O Despertar da Profecia? Se sim, o que você mudaria? 📖 R: Acho que não mudaria nada. Gosto do livro da forma que ele está. Acho que consegui passar tudo o que precisava nesse primeiro livro. 6 - O que devemos esperar para o próximo livro da Série O Despertar da Profecia? 📖 R: Bom, vai ser revelado o conteúdo da carta (que sei que está curiosa para saber kkk). A Amália vai ter que enfrentar novos vilões. Novos segredos virão a tona. E novamente a Amália vai ter que ser forte para proteger aqueles que ela ama. Gostaria de agradecer a Ingrid pelas perguntas, adorei participar da entrevista. Fico muito feliz com o convite. Espero que gostem! 📖 É isso mesmo produção, primeira entrevista com uma autora e inauguro com a minha xará de nome, lógico que estreou com estilo mesmo 😂😂😂😂 📖 Até a próxima! 📚 #leitura #livros #amolivros #amoleitura #livroseleitura #literaturanacional #editoralettre #parceiroslettre #parceria #livrolettre #euleiolettre #leialettre #lendolettre #livrolettre #odesp #odespertardaprofecia https://www.instagram.com/p/CCBKmNzDdIk/?igshid=1svbw9vd6odw9
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armyhome · 4 years
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A Verdade Não Dita
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↳ sinopse - Kim Seokjin não é só um herdeiro chaebol, ele é O herdeiro chaebol. O conglomerado Kim é o que a Coreia do Sul tem de mais próximo a família imperial da dinastia Joseon e assim como o imperador Taejo, tudo sobre o solo coreano pertencia a família Kim, quer dizer, quase tudo. Pouco antes de morrer, o avô de Seokjin vende uma das propriedades mais antigas da família, o que deixa seu neto inquieto já que o que essa era a propriedade onde a avó crescerá, porém a família que comprou o local se nega a vender de volta para Seokjin independente do valor que ele oferecesse, o que o leva a brilhante ideia de se disfarça como o trabalhador chamado Jin e assim descobrir o motivo de uma família não vender para ele o agora único prédio de Seul que não pertence a seu conglomerado.
↳ rating-  Livre;
↳ pairing- Seokjin x Hye Jeun ;
↳ gênero - Enemies to Lovers;
↳ avisos - Essa é uma obra ficcional, inspirada na estrutura de um k-drama porque, a autora que vos escreve cansou de esperar a boa vontade da grande hit de colocar meu menino Seokjin em um, espero que gostem, sejam gentis e construtivos se tiverem criticas por favor!
Capítulo 1/16
Eram seis e meia da manhã em Seul, Seokjin já estava acordado pelo menos há cinco minutos. Como sempre, acordar antes do despertador alarmar era uma aposta pessoal que ele fazia desde o ensino médio e ele nunca perdia, assim como em qualquer outra coisa, perder não era uma opção, nunca foi.
A vista do seu apartamento era ampla, assim ele conseguia observar seu império sempre que quisesse, já que quase tudo em Seul era da sua família, e por causa de ‘quase’ que se levantava tão cedo.
Existem cinco famílias que comandavam Coreia, nada absolutamente nada, acontecia sem o aval delas, ninguém se elegia ou se quer construía uma casa. Era esse o lugar que Seokjin pertencia, a disputa entre os impérios na Ásia era como a guerra silenciosa, sarcástica. Mas Kim Seokjin era mais do que bem treinado nesse campo de batalha, havia nascido e crescido nele.
Repassou sua agenda do dia mentalmente enquanto tomava banho, tirando o jantar de noivado ridículo que sua mãe tinha inventado com aquela garota francesa Lee Sophie, seus pais insistiam que esse casamento abriria uma porta para o ocidente e que a Ásia já tinha se tornado insuficiente para eles.
“Como eles podem pensar assim, quando não era tudo deles ainda?” 
Seokjin se perguntava, mas ir contra os mais velhos não era de sua natureza, se livrou daqueles pensamentos o mais rápido que pode... Pensar demais só pioraria tudo, era melhor aceitar afinal a menina nem era das piores. Ele podia enfrentar aquilo, não havia nada sobre fidelidade neste contrato e eles não estavam apaixonados nem nada também. 
Ajeitou a própria gravata, fazia isso sozinho desde pequeno, com seus próprios uniformes escolares então o fazia com perfeição. Observou seu reflexo no espelho, tudo parecia perfeito, sentia aquele incômodo de sempre no peito, mas depois de consultar sete médicos diferentes e todos afirmarem que sua saúde é perfeita, talvez fosse algo de fundo emocional, Jin resolveu ignorar aquela idiotice, “fundo emocional”, ele tinha tudo que pessoas matariam para ter do que diabos seu emocional sentiria falta ou por que se abalaria? Bufou, quanta babaquice! 
Na saída do seu prédio, secretário Choi já estava a sua espera com seu café na frente do carro, por uns segundos Jin olhou para o céu encoberto e lembrou-se de quando era mais novo e fugia dele, não poderia negar que uma parte dele queria fazer isso agora. Não podia deixar se afetar assim se queria ter tudo, então respirou fundo, pegou seu café e entrou no carro.
-Quer ouvir música hoje senhor presidente? 
- Bom dia senhor presidente! – Cumprimento rapidamente, Seokjin observou aquela criatura, todas suas assistentes passavam por um belo “pente fino” antes de serem sequer cogitadas ao cargo, não conseguia entender aquele
- Sim, quem sabe isso não melhora meu humor não é? 
 Secretário Choi sorriu amistosamente, sempre sentiu um pouco de pena do pequeno mestre, em tamanha contradição que ele vivia, as pessoas acreditam que ter muito dinheiro lhe daria a liberdade de fazer o que quiserem, já o que realmente acontecia era extremamente o oposto e a cada ano que passava ele ficava mais e mais preocupado, mas o que um secretário poderia fazer afinal?
Jin pegou a pasta com o resumo dos últimos acontecimentos da empresa feito por Namjoon , e já na primeira página a ficha completa de Sophie, logo no inicio da pagina tinha um post-it amarelo onde estava escrito:  
Louca de pedra, sinto muito hyung.   
Seokjin engoliu seco. Sophie era mestiça, sua mãe francesa, pai coreano a família dele comandava o ramo de imóveis e sua esposa era de uma família aristocrata, foi então que percebeu ... Eles tinham dinheiro e títulos por isso sua mãe estava tão empenhada nesse casamento;  as duas próximas páginas eram sobre os delitos que o pai dela  havia encoberto...
- Secretário Choi?- sussurrou.
- Ne presidente!
-Poderia me informar se meus pais me acharam no lixo? – Sua mão se fechou em um punho, como poderiam ter escolhido tamanho desastre pra ser a esposa de Kim Seokjin? Ele deveria ter deixado Taehyung ou Namjoon nascer primeiro... Respirou fundo, uma, duas, três vezes, mas não foi o suficiente – POR QUE SECRETARIO CHOI? POR QUE?
Um sorriso se formou no rosto do secretário, o pequeno mestre estava vivo por dentro, mesmo que antes estivesse adormecido, ele só precisava de um motivo pra dar sinais de vida. Mesmo que fosse um ataque de ódio, ele preferia isso a aquela expressão vazia e apagada que ele sustentará nos últimos anos. Então pegou o caminho mais longo para chegar a sede das empresas Kim, assim o presidente poderia se recompor. 
Quando chegaram, nada parecia ter acontecido, eles caminharam em silêncio até o elevador que era do uso exclusivo da presidência, assim que entram o secretário abriu a agenda e começou a repassar todos os compromissos que  ele teria naquele dia . Assim que pisaram no andar presidencial uma das assistentes veio correndo em direção aos dois, ela parou de repente com os olhos arregalados. 
- Bom dia senhor presidente! – Cumprimento rapidamente, Seokjin observou aquela criatura, todas suas assistentes passavam por um belo “pente fino” antes de serem sequer cogitadas ao cargo, não conseguia entender aquele comportamento – Presidente, não posso explicar a situação agora ,mas acho melhor o senhor voltar só daqui a alguns  minutos! 
- Qual o seu nome?  - Seokjin pergunta enquanto sai do elevador, se aproximando da assistente - Não melhor, qual é seu cargo aqui? Presidente? O seu sobrenome é Kim? Somos irmãos? Primos? – Ele para a alguns centímetros rosto a rosto.
-De forma alguma presidente - Ela responde olhando para o chão.
-Então, da onde você tirou a ideia absurda de que pode me dizer quando eu devo vir pra MINHA  empresa trabalhar?
-Senhor pre-pre-presidente, é que...
- EU SÓ SAIO DAQUI QUANDO ENCONTRAR COM O PRESIDENTE ! 
 A voz feminina esbravejava, ele então viu uma mulher que deveria ter mais ou menos sua idade, ela vestia um macacão jeans, daqueles de fazer jardinagem  e seu cabelo preso em um meio coque. Com toda certeza ela não pertencia a qualquer lugar nesse prédio ou em qualquer outro em Seul!
-Meu hyung ainda não chegou – Não pode ser possível, o que diabos Taehyung  estava fazendo fora da escola? Esse dia só ficava cada vez pior! Seokjin se esconde atrás do balcão das assistentes, primeiramente porque não queria o podia se envolver em algum escândalo e também para ouvir melhor a conversa já que o irmão não gritava como fazia à desconhecida – Mas você pode resolver comigo sabe, também sou herdeiro do Império Kim!   
O secretário Choi mal pode conter o riso e Seokjin revirou os olhos, sério mesmo que ele estava dando em cima de uma maluca daquelas?  Esticou o pescoço e então pode ver o rosto dela, engoliu seco, é ele não poderia julgar o irmão. Ela então puxou Taehyung pela gravata o que fez o sangue do mesmo congelar em suas veias. 
- Então presta bastante atenção no que vou dizer, se eu vir ou ouvir mais um dos empregados dele trazendo propostas para comprar o estabelecimento da família Jung, eu mesma vou vir aqui de novo e o fazer conhecer minha coleção de facões com corte especial para carne! – Ela faz um gesto com de corte na frente da própria cintura, era a vez do Taehyung engolir seco – Okay? - ele apenas concorda com a cabeça, então ela sorri pra ele e solta sua gravata, com a outra mão ela entrega um algo que estava embrulhado por um tecido rosa – Coma e viva bem!
Ela caminhou em direção ao elevador de serviço e partiu. Todos ficaram silêncio por alguns segundo por causa do choque que ela havia instaurado, Seokjin se recompôs e saiu do esconderijo, ajeitando seu próprio terno e todos a sua volta o seguiram.  Taehyung permanecia parado abraçado com o embrulho rosa, Seokjin observou á cena curioso.
- Será que vamos precisar de um médico secretário Choi? – Sussurrou balançando a mão em frente aos olhos do irmão.     
-Hyung, desde quando pessoas pobres têm permissão para ser bonitas? – Tae podia sentir seu coração bater forte e colocou a mão sobre seu próprio peito.
-Aish criança, vamos pra minha sala porque eu quero saber o que você está fazendo aqui e não na escola Taehyung – Ele observou que todos ao seu redor ainda estavam estáticos – O show acabou e quem não quiser perder o emprego pode começar a trabalhar agora que tal? Agora, rápido!
Ao entrar no escritório ele respirou fundo, nada tinha sido destruído ou desorganizado, ainda bem, o que uma garota como aquela teria que o interessasse o suficiente para vir até a sede? E quem é que seja o encarregado porque não ofereceu dinheiro o suficiente pra comprar o que ele queria? Família Jung?  
Sentou-se em sua cadeira, era tanta coisa acontecendo, noivado, invasão na empresa (coisa que ele tinha que pontuar com a equipe de segurança, ele não pagava um valor exorbitante pra qualquer um conseguir entrar na sua empresa assim), seu irmão mais novo inconsequente, menor de idade,  que estava cabulando aula bem na sua frente sem vergonha nenhuma na cara e abraçado a um pacote dado por uma estranha! Seokjin pegou a pasta sobre a sua mesa e bateu com ela na cabeça do mais novo, essa que deveria ser oca!
-HYUNG! Isso dói! - Taehyung se protege com o embrulho o que só aumenta a raiva do irmão.
-Sinceramente, o que você ainda está fazendo com isso Kim Taehyung? Me dá isso aqui! – Diz entanto arrancar o embrulho, Tae arregala os olhos e o esconde atrás de si.
-Não, a Noona deu isso pra mim! É MEU!
- Noona? Que noona Taehyung? Você tem usado drogas na escola? – Ele tinha se apegado a uma pessoa em menos de cinco minutos?
-Sobre a escola... Preciso que você vá lá por mim hyung! – Seokjin arqueou a sobrancelha - É que teve um pequeno problema, com certo aluno que ficou em... 133º lugar! 
-Por que você não pediu isso pro Namjoon? – Seu tempo estava acabando, ele teria a primeira reunião do dia em uma hora e precisava se preparar.
-Achei que se o presidente da corporação Kim fosse iria impor mais respeito etc...- Se explica enquanto começa a abrir o embrulho sobre a mesa.
“Como uma criança pode ser tão folgada com o seu irmão mais velho? Tenho pelo menos um pingo de respeito vindo desse ser humano?”
-Em primeiro lugar você sozinho deveria construir o respeito das pessoas a sua volta, afinal  como você mesmo afirmou para aquela maluca, também será uma das pessoas a herdar o Império Kim! E segundo não tem tempo para esse tipo de coisa Tae, eu estou muito ocupado no momento gerenciando tudo desde o acidente do papai...
- Uau, você realmente é filho dele! Até a entonação é igual! “Não tenho tempo para esse tipo de coisa, estou muito ocupado no momento!” – Ele imita o irmão mais velho e isso belisca o coração de Seokjin, quantas vezes tinha ouvido a mesma coisa do pai e havia ficado furioso por isso?  
Taehyung descobriu que o ‘presente’ que ele havia ganhado era comida, se perguntou se a noona mesmo que tinha feito aquilo tudo enquanto espalhava os alimentos pela mesa do Senhor Presidente que era muito ocupado para lhe estender a mão, pensava com amargura, só faltava o seu hyung  ficar igual ao pai...Aquilo cheirava tão bem!
-Okay, okay eu vou pedir pra agendar uma reunião na escola com seus professores e a diretora, mas só se você prometer que isso nunca mais vai acontecer e suas próximas notas serão no mínimo do 50º lugar pra cima!
-Ne! – Tae começa a dividir o arroz em potes diferentes- Quer comer com a gente secretário Choi?
-Não se dê ao trabalho de negar secretário, se vamos morrer intoxicados com a comida daquela doida, o senhor como um bom amigo e empregado tem que ir junto! – As palavras do irmão fazem o rosto de Taehyung se contorcer em uma careta.
-Minha noona não é louca... – Murmura Taehyung.
A porta se abre dando passagem a Namjoon, o que estava acontecendo com as pessoas hoje? Ou elas estavam forçando um casamento, invadindo seu prédio, entrando na sala atrasado e sem bater, ele nunca deveria ter parado de praticar gongyo e esse era o efeito colateral por isso!
Ele usa o embrulho de escudo assim que acaba de falar, Seokjin pode ver a expressão de espanto que o secretário Choi não pode conter, mais uma coisa pra acrescentar a lista de problemas do dia, não iria fazer a audácia de perguntar ao universo se ele tinha mais alguma coisa pra mandar porque era bem capaz dele responder.
- Vocês – Namjoon aponta - Combinaram uma refeição sem mim? Sério mesmo?
-Se você tivesse chegado no horário certo, talvez soubesse que uma malu... – Taehyung enfia uma colher cheia de arroz na boca do irmão.
-Já disse que minha noona não é louca ou maluca! – Namjoon senta se na cadeira antes ocupada pelo secretário Choi.
- Sua noona? – Pergunta curioso.
-Essa criança está doente só pode, já tentei explicar, mas parece que o cérebro dele congelou -Seokjin diz enquanto enche seu próprio potinho de comida, se ela mesmo tivesse feito aquela refeição,essa menina realmente cozinhava bem.  
- Em uma escala de zero a dez, quanto ela é bonita? – Namjoon pergunta sem rodeios e uma parte do arroz entala na garganta de Seokjin.
-Ahh tão linda hyung, acho que se estivesse em uma escala seria no mínimo quinze! Porque além de ser linda experimenta isso  - oferece uma colher da sopa de carne – Ela cozinha bem! Tem um restaurante e tudo!
- Restaurante? – Seokjin não se lembrava dela ter mencionado isso.
- Sim olha aqui o cartão!
RESTAURANTE SÃO FRANCISCO DE COMIDA CASEIRA DA FAMÍLIA JUNG 
TELEFONE PARA DELIVERY : 111-110-101
ENDEREÇO: XXXXXXX NÚMERO: 3112 
-----------------------X-------------------------
Hye Jeun batia repetidamente sua cabeça contra a janela do ônibus enquanto lembrava-se do que tinha feito mais cedo naquela manhã, depois uma loucura daquelas como ia conseguir olhar nos olhos do seu pai? Deus soquinhos no seu próprio peito, mas também como ela poderia ficar calada, já haviam recusado tantas vezes e explicado de diversas formas que não venderiam o restaurante e eles insistiam em aumentar a proposta e até fazer ameaças!
Será que não tinha passado dos limites? Precisava ligar para JuDa, não tinha considerado o fato da sua melhor amiga poder perder o emprego, sua mãe estava certa nunca deveria seguir seus instintos, burra, burra, burra!
Assim que desceu no seu ponto precisou tomar coragem pra começar a subir a rua, o restaurante não se chamava São Francisco sem motivo, ficava em uma das subidas mais íngremes da cidade, a qual não estava nem um pouco a fim de subir!
-Noona? – “Se existe um Deus, por favor que seja alguém me confundido com outra pessoa e não o Hoseok por favor!” pediu de olhos fechados, quando os abriu de novo era encarada por dois pares de olhos, faltava alguém ali....
-Onde está o Kookie? Por que vocês ainda estão aqui e não na escola?     
 -Ai essa mulher, nem diz bom dia ou pergunta como as pessoas estão – Jimin reclama – É só “onde está kookie?” “por que não estão na escola ainda?” 
- Hey quem você está chamando de “essa mulher”? Ninguém te ensinou a respeitar as pessoas mais velhas Park Jimin? – Hye Jung dá uma “chave de braço” no melhor amigo do seu irmão mais novo - Quer saber não tem problema, eu posso te ensinar boas maneiras!  
-Desculpa noona! – Então ela começa a bagunçar o cabelo que ele tanto ama – Aigoo não faz isso, por favor!
-Só paro quando vocês me explicarem o porquê de uma hora dessas estarem aqui e não na escola! – Hoseok coça a nuca, seja o que for que tenha acontecido não era nada bom, isso preocupa Hye Jung .
-Kokkie está com problemas e nós estamos indo ajudar... - Ele explica – Não precisa se preocupar, não é nada de mais! Por favor, não conta para o pai! - Ela solta Jimin e observa os dois cuidadosamente, ela sabia como adolescentes poderiam ser cruéis uns com os outros , Hoseok segura sua mão – Sério noona, não precisa mesmo se preocupar!
- Se passarem um pouquinho, segundos se quer do horário que vocês chegam normalmente ou com um machucado que seja, faço um escândalo vocês estão me ouvindo? Vou atrás com o exército! Okay? 
-Siiim noona - Responderam juntos. -Então podem ir! Eles não deram a chance dela se arrepender e saíram correndo, Hye Jung olhou pro céu tentando não se arrepender de tudo que havia feito desde que acordara, mas hoje estava sendo difícil, “Seria o momento ideal, pra você estar aqui bobo!” mas do que adiantaria pensar  naquilo que não dava pra desfazer... Aish já estava próximo do horário do almoço, papai, deveria estar abrindo o restaurante! 
^-^ Cinco garotos do último ano em um beco próximo ao restaurante, faziam um cerco em volta de Jeon Jungkook, o líder deles segurava a gola de sua camisa e ele se preparava psicologicamente para o soco que levaria, dessa vez não tinha dado tempo de avisar os seus amigos.
-Quantas vezes eu pedia, hum, muito mais do que amigavelmente vamos dizer – Todos em volta riram – Para você ajudar a mim e aos meus rapazes nas lições?   
 -E-e-e-eu....-Jungkook não conseguia encontrar as palavras de tão nervoso.
-Quantas vezes eu pedi educadamente para pessoas do seu nível, não frequentarem o almoço... - Woo-bin bate o pedaço de madeira na parede do beco.
-Engraçado alguém como você falar de níveis, quando seu pai não passa de um gerente qualquer, de uma das infinitas de filiais de automóveis do Império Kim, não é Lee Won-bin? - Todos viraram suas cabeças em direção à voz, não era de nenhum dos amigos de Kookie, nenhum deles seria louco o suficiente! Então viram um garoto loiro que vestia o uniforme da escola mais cara de Seul escorado , Won-bin deu um passo pra trás.
-Presidente Kim?
 - Olha ele não é tão burro quanto parece! Que tal você e seus pitbulls darem o fora daqui antes que seu pai perca o emprego do qual você estava a se vangloriar segundos atrás? 
-Sim presidente! – Disseram batendo continência e se afastando - Ah e antes de irem, se eu souber que algo remotamente parecido aconteceu, vai ficar difícil pagar as... Como vocês chamam? – pergunta olhando para Jungkook.
-Contas? – Sussurra, “Meu deus quem é esse doido?” Jungkook ficava se perguntando
 -Isso – Estala os dedos – Contas! Estamos entendidos? -Ele arqueia a sobrancelha   -Sim presidente!- Afirmam novamente antes de sair correndo. 
-Ah, mas eles nem se esforçam para parecer corajosos! – Diz Taehyung rindo.
-Se o presidente estivesse no meu lugar a cinco minutos atrás! – ele começa a limpar toda a sujeira que o concreto tinha feito no uniforme dele, a mãe dele iria ter um infarto se visse aquilo. -Não diria isso. 
-SAIAM DE PERTO DO MEU MENINO – Um  Jimin entra no beco gritando com um pedaço de madeira na mão, acompanhado por Hoseok – Oxi, quem é a loira Kookie?
-Pelo amor de deus Jimin, cala a boca! - Implora Hoseok irritado.
-Primeiro: não sou seu menino Jimin...-Reclama Jungkook, olhando atordoado para seus hyungs.
-Ingrato...- Jimin murmura contrariado.
- Segundo: tenha mais respeito, além de ter me salvado dessa vez, parece que ele é presidente de alguma coisa... – Jungkook faz uma pequena reverência – Kamsamnida, muito obrigada  pela ajuda Presidente Kim! 
- Não precisa agradecer, odeio pessoas como aquele garoto e meus irmãos me ensinaram que é gente como ele que eu tenho que colocar no devido lugar.-Taehyung alinha o terno do uniforme caro ao seu corpo.  
- Kamsamnida, por ter salvado nosso amigo!- diz Hoseok – Agora vamos Kookie, temos que encontrar um lugar pra ficar até o fim do dia e ligar pra noona, ela deve estar preocupada! 
-Kookie você nem vai acreditar, ela me deu uma ‘chave de braço’ você não vai acreditar  em quanto da nossa pele se tocou, pelo menos um tanto assim! – fez um sinal com as mãos e levou um tapa de Hoseok – Ai hyung!
- A única pessoa de quem ela realmente é noona aqui sou eu, pare de falar dela com tanta leviandade e intimidade!  
-Aish! Okay desculpa, mas essa é a segunda vez que eu sou agredido pela família Jung  na próxima,vou processar vocês com certeza!  
 “Família Jung, será que é a mesma da minha noona?” Taehyung arregala os não acreditando na coincidência.
-Vocês por acaso conhecem  Jung Hye Jeun ?
^-^
-I don’t wanna feel bluuuue – Hye Jeun cantarolava na cozinha enquanto picava alguns  legumes, quando começava a cozinhar o tempo passava de uma forma que ela não percebia, por isso adorava a profissão que tinha escolhido para si - Huuuuu!
-Ah, mas você vai FICAR todinha azul – A voz de JuDa a chamou de volta pro mundo real, aish não havia dado tempo de fazer o kimchi de desculpas por conta do alto movimento, já era tão tarde assim?  Hoseok e os meninos ainda não tinham chegado, o pensamentos corriam na cabeça de Hye Jeun...  – De tanto tapa que eu vou te dar Hye Jun!
-Unnie...
-Nem vem com  ‘unnie’ pro meu lado – JuDa levanta o batedor de carne que tinha pego sobre a pia –Eu poderia ter perdido o emprego sua  louca! Todo mundo ficou comentando o dia inteiro sobre a maluca que tinha ameaçado transformar o maior herdeiro de um chaebol em um eunuco! 
-Talvez eu tenha passado só um pouquinho dos limites – Admite para a garota de cabelos laranja.
-Um pouquinho? UM POUQUINHO? - JuDa pega o batedor de carne na mão.
-Por que tanto barulho na minha cozinha crianças – Pergunta  Sr. Jung ao entrar na cozinha.
-Ai senhor Jung, sua filha que eu considero praticamente uma irmã de sangue acordou hoje decidida a puxar o meu tapete – JuDa estava ficando louca só pode, ela não contaria... Contaria? Hye pega uma folha de alface e enfia na boca  pelo sim, pelo não, era melhor não arriscar.
-HA.HA.HA.HA não dê ouvidos a ela pai, sabe como JuDa é brincalhona não é? – Senhor Jung observa a cena desconfiado, porém estava cansado demais pra fazer caso daquilo, fora um dia muito movimento, ainda bem, e melhor ainda por não ter nenhum empregado do Império Kim rondando o restaurante como um urubu - Vou ali fora conversar com ela rapidinho... Eu aproveito e já levo o lixo está bem?  
-Está bem! Nós já estamos fechando mesmo, daqui a pouco eu vou subir pra fazer companhia a sua mãe e a Hae Soo! - O pai dela suspira massageando os prórpios ombros -  Hye Jeun  e pode avisar pro arruaceiro do seu irmão que ele vai levar a bronca que ele nunca levou na vida! Aish uma criança menor de idade que a essa hora ainda não chegou em casa!
Enquanto o pai reclamava Hye Jeun arrasta a amiga para fora da cozinha e a leva aos fundos do restaurante.
-Unnie, você perdeu o juízo?  
-Não, não mesmo, quem deve ter perdido é você que entrou como um búfalo raivoso no lugar onde trabalho para gritar com uma das pessoas mais importantes de lá, não só de lá não, mas do país inteiro!  Se brincar, do continente! 
-Ah e por isso ele tem o direito de vir incomodar minha família? Porque ele tem dinheiro, o qual em primeiro lugar ele nem teve que batalhar para ter ele só herdou!- Esbraveja Hye Jun- Por causa disso ele tem o direito de vir aqui, um lugar no qual meus pais colocaram todo o suor, sangue e lágrimas, insultar de formas inimagináveis...
-Oferecer dinheiro não é insulto Hye...
-Quando você recusa das formas mais educadas possíveis dizendo que dinheiro não é a questão, passa a ser JuDa! Ele não é Deus, as pessoas não tem que mudar de casa ou lugar que trabalham, só por que ele deseja assim! – Ela nem havia percebido que tinha começado a chorar até JuDa abraçá-la.
-Está tudo bem, não precisa chorar Hye, você sabe que quando você chora, eu choro também... E a minha, maquiagem, foi tão difícil de fazer entende? – “Essa é a intenção” pensou maleficamente Hye Jeun.
-POR QUE AS COISAS TEM QUE SER TÃO DIFÍCEIS NA MINHA VIDA UNNIE? – Hye ‘’desaba’’ e leva JuDa com ela, seria uma cena engraçada se não fosse humilhante. 
-EU NÃO SEI HYE! – Pareciam duas viúvas – A GENTE SE ESFORÇA E TUDO MAIS, MAS A VIDA SÓ SABE BATER E BATER MAIS NA GENTE!
- AAA UNNIE!
-EU SEI, EU SEI! 
Hae Soo tinha certeza que as unnies tinha ficado loucas, observando ali da porta, aquilo parecia cena de um dos dramas que sua mãe assistia enquanto acreditava que ela estava dormindo.
-Unnies – Os olhos de Hye encontram sua irmã mais nova, ela vestia um macacão de panda – Por que vocês estão chorando?
-Nada meu amor – diz pegando ela no colo – O que você veio fazer aqui bolinho de arroz? 
-Unnie tinha me pedido pra avisar quando o oppa chegasse...
-Aí ele chegou graças a Deus! - Hye Jun sentiu seu coração pesado durante toda tarde pensando no irmão mais novo.
-Sim e trouxe um garoto novo com eles, unnie aquele sim é um oppa bonito!
-Aigoo você já está na idade de achar oppas bonitos Hae Soo? – pergunta JuDa.
-Não é uma questão de ter idade e sim olhos... – A resposta da garotinha de quatro anos, faz as mais velhas gargalharem.
-Conhecem o ditado “Se é bonito, é um oppa!” - Brinca Hye Jeun - Vamos lá ver o Oppa bonito vamos!
Quando elas chegam no balcão que separa a área de funcionários e a dos clientes JuDa e Hye congelam no seus lugares.
-Me fala que estou tendo alucinações Hye...
-Se você tá tendo eu também estou – Kim Taehyung estava ali todo sorridente acompanhando seu irmão e os amigos, quando ele vê Hye Jeun seu sorriso só fica maior.
-NOONA! –ele diz acenando, “Por que diabos ele esta me chamando de noona? Nós só nos vimos por cinco minutos!” Hye acena de volta sem jeito e Jimin contorce a cara.
-Vocês estão todos bem? – pergunta se aproximando – Demoraram tanto pra chegar...
-Está tudo bem noona, nós só caminhamos mais devagar na volta da escola – afirma Hoseok, “A mentira!” Hye começa uma busca minuciosa nos quatro de qualquer arranhão  – Pare de analisar a gente nós estamos bem sério!
-Okay! – Hye Jeun concorda – Parei pronto! – Ela se vira para o garoto loiro e Hae Soo esconde o rosto no seu pescoço – Desculpa a indelicadeza, mas o que está fazendo aqui?
- É jovem mestre Kim, o que o senhor está fazendo aqui? – Completa JuDa com uma voz polida de um jeito que ninguém fora do trabalho havia escutado.
-Hum, descobri que a noona é dona de um lugar bem popular entre os funcionários da empresa! Fiquei curioso e vim conhecer, por coincidência esbarrei com os meninos que estavam voltando da escola.  Ah claro que eu também queria ver a noona de novo! – Jimin cerrou os punhos, “Como ele podia ser tão abusado com alguém que tinha acabado de conhecer? Honestamente!” – Eu sei que já estão fechando, mas será que a noona poderia fazer uma sopa igual “aquela” pra mim? Eu pago!
-Sim... Claro! Hae, você pode ir com o Oppa Kookie? –Jungkook estica os braços pra segurar a menininha que rapidamente se aconchega nele – Trago comida para todos em cinco minutos! Vem comigo JuDa?
- Sim! - As duas correm pra cozinha e param na porta - Deus o que vamos fazer? Alimentar ele, depois mandar embora! -Diz Hye Jeun como se fosse o plano perfeito.
-Hye, ele não é só um pacote que a gente despacha! Ele é o irmão mais novo do meu chefe! -JuDa achava de verdade que iria enfartar.
-Eu sei, eu sei, estou tão morta, tão mortinha! Burra, burra, burra! – Elas entram na cozinha que a equipe de limpeza já começava a arrumar, Hye olhou no relógio já eram  vinte pras dez da noite, pegou algumas marmitas pré prontas e colocou no micro-ondas – Como os pais dessa criança ainda não estão atrás dele?
-Provavelmente estão, mas pelo que eu sei dos irmãos Kim eles são mestre em escapar dos seguranças particulares!
-Aigo JuDa e se eles acharem que eu sequestrei o filho deles? Eu posso ser processada, além de ameaça irão incluir sequestro! - Hye Jeun lamenta enquanto monta os pratos.
-Não tem problema amiga, vou te visitar todos os domingos sem falta! - JuDa começa a ajudar.
-Isso. Não. É. Hora. De. Fazer. Piada. Unnie!
-Então anda logo com isso - diz JuDa ajudando a montar a bandeja, mais rápido – Quanto antes ele comer, mais cedo ele vai embora entende?
-Okay – assim que acabam elas levam as comidas ao salão que os meninos com exceção de Jungkook por estar segurando Bolinho de arroz, ajudavam a equipe de limpeza organizar. 
Hye colocou as coisas sobre o balcão e começou a organizar  as coisas enquanto observava o menino rico limpando e arrumando as coisas feliz, como se fosse natal, como aquilo poderia ser real? Assim que terminaram elas já haviam terminado de ajeitar as coisas também.
- Rápido meninos, venham comer que já está tarde! Não quero vocês andando na rua tarde da noite! – Eles sentaram em volta da mesa, Hye pegou a irmãzinha de volta em seus braços e sentou-se também.  
-Não precisa se preocupar, meu hyung está vindo me buscar – Hye e JuDa sentiram como se o coração delas estivessem congelando – Posso dar uma carona para o Jimin e o Jungkook!
-Se-se-seu irmão mais velho? 
-Não precisa se preocupar porque não é o hyung presidente  –JuDa deu um alto suspiro de alívio “Obrigado universo, muito obrigado!” agradeceu .
Eles comeram como se estivessem voltado da guerra no Afeganistão, não sobrou um grão de arroz  em nenhuma vasilha, isso confortou Hye Jeun , estavam todos alimentados ,saudáveis e seguros! 
JuDa foi a primeira a partir, tinha que trabalhar cedo no outro dia e estava de moto por isso não pegaria carona com os meninos. Este que por sua vez se ofereceu para lavar a louça, depois do dia que tivera só sendo muito louca mesmo pra recusar.
Um carro branco, que de longe dava pra perceber que custava pelo menos um milhão de dólares estacionou na frente do restaurante, outro garoto loiro saiu dele, deveria ser o Kim do meio, será que o mais velho também era tinha o cabelo descolorido? Hye se perguntou.
Ele caminhou  em sua direção sorrindo amavelmente , mesmo com o carro caro e as roupas de grife ele parecia alguém que não iria te transformar em pedra caso você se negasse a fazer o que ele queria.
-Uau, eles estavam absolutamente certos! Você realmente é nota quinze! – Afirma ainda sorrindo, Hye Jun percebe que o jovem tinha covinhas “Da vontade de coloca o dedo nelas...  ai meu deus você se controla mulher!” 
-Hum, obrigada? – Respondeu e Hae bocejou em seus braços, ela havia ficado muda por conta da presença de Kim Taehyung, nem havia percebido que ela tinha dormido – Mas eles quem?
-O pequeno punk que se escondeu hoje aqui e meu hyung!
-Seu irmão me viu? - Por que se sentia tão nervosa se essa era a intenção no principio?
-Sim e tenho que te dizer, nunca uma mulher causou tanto impacto naquele cara, acho que a parte onde você diz que vai cortar as ‘coisas’ dele fora, foi o que agarrou ele! – Hye pode sentir a maçã do seu rosto em chamas.
-HYUNG! –A voz de Taehyung surgiu. 
“Fui salva pelo punk”   Agradeceu Hye Jeun.
 -Ei já está tarde pra ficar gritando seu punkzinho, não está vendo que as luzes em volta já estão desligadas?  Não acha que já aprontou demais hoje não?
- Sinto muito noona, desculpa, não queria causar nenhuma confusão hoje! – Taehyung pisca pra ela, e Jungkook segura o braço de Jimin “Esse garoto deve estar querendo morrer só pode!” começa a pensar. – Vamos amigos o expresso Kim já está saindo!
-Muitíssimo obrigado, estou muito agradecido por cuidar do meu irmão mais novo senhorita Jung Hye Jeun! - Namjoon parecia um príncipe de tão educado, eles eram realmente a realeza coreana como se comentava nos jornais, ou pelo manos agiam como se fosse.
- Não tem com que se preocupar, de nada, vão com segurança e cuide bem dos meus meninos esta bem? – Kim Namjoon acenou um sim com a cabeça sorrindo, então todos entram no carro e partem. 
-Acho que você tem muita coisa pra explicar noona! – Um Hoseok de semblante preocupado afirma.
-Sim e você também! Mas pode ser amanhã? Hoje estou só o pó! – Então Hoseok pega bolinho de arroz do colo da irmã.   
-Está bem, mas só porque eu também estou exausto hoje!
Os dois entram em silêncio no restaurante e pela escada interna sobem até o segundo andar, pelos roncos seus pais já estavam dormindo. Hoseok colocou Hae na própria cama e foi para seu quarto assim como Hye Jeun foi para o dela.
Ela se sentou na cama, não queria pensar no quão desastroso fora aquele dia, se enfiou no primeiro pijama que encontrou , pegou seu celular e rapidamente encontrou a sua playlist favorita “Para acalmar a nervosinha!” era seu nome, criada por M.Y. Colocou os fones de ouvido e se jogou na cama, o aleatório tinha escolhido UR da Taeyeon. 
Hye Jeun tomo isso como um sinal verde do universo, poderia derrubar mais algumas lágrimas naquele dia e o fez até finalmente dormir.
Cap 2
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redenoticia · 4 years
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Novela “Salve-se Quem Puder”: Helena e Téo contratam Luna como fisioterapeuta
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Novela “Salve-se Quem Puder”: Luna (Juliana Paiva) consegue emprego no restaurante do Empório e vê Téo (Felipe Simas) despencar de uma escada. Ela socorre o rapaz, ele não se lembra dela no incidente do México, mas fica muito agradecido. Logo depois, Helena (Flávia Alessandra) almoça no restaurante com a família e Luna serve o vinho. Helena e Úrsula (Aline Dias) destratam Luna e ela é demitida por Baggio (Amauri Reis). Luna deixa o local, Téo pega as muletas e sai atrás da jovem: “Cê não é fisioterapeuta?... Adiei a minha cirurgia. Preciso continuar com a fisio. Tentar recuperar os movimentos do pé direito. Do calcanhar...” Luna diz: “Cê não pode tar falando sério. Não posso trabalhar pra você”. Téo insiste: “De cara entendeu qual era o meu problema. Foi honesta sobre os riscos da cirurgia. Mostrou... Atitude ... Fiona...Não foi você que disse que eu merecia um final feliz? Por que me machuquei tentando salvar uma garota num furacão? ... Então me ajuda a me recuperar. Não quero fazer essa cirurgia”. Helena se aproxima: “Téo! Vamos já pra minha sala! ... A conversa vai continuar lá em cima... Com vocês dois! ... Estou disposta a passar uma borracha no que aconteceu no evento. Você com certeza entrou no Empório pra procurar emprego... Saiu de casa sem se alimentar... Foi o que você disse naquele dia, não foi? ... A Fiona deve entender que toda aquela situação foi muito estranha. Qualquer pessoa no meu lugar ia suspeitar. Não é? ... Bom, chamei você aqui pra dizer que... Já falei com o Baggio... Pode continuar cobrindo as folgas dos garçons da cantina”. Téo esclarece: “Aí é que tá, a Fiona não vai poder... É que a Fiona já tem outro emprego, na área dela. Ela vai ser minha fisioterapeuta”. Luna mostra seus conhecimentos: “O Téo me disse que teve uma fratura de L5 sem deslocamento significativo. A L5 é uma das vértebras da coluna lombar. Não sei se a senhora está familiarizada com esses termos ... É claro que a fisioterapia não vai fazer um milagre. Se o edema não diminuir e continuar comprimindo a medula, o Téo vai ter que fazer a cirurgia. Mas se ele quer esperar pra ver se o corpo reage, a fisio vai ajudar na recuperação da parestesia transitória do pé direito ... Se eu não for boa, vocês podem me demitir, e eu fico só na cantina. Fica bom assim pra senhora?”. Helena concorda. Cena prevista para dia 20 de fevereiro na novela “Salve-se Quem Puder”. "Salve-se Quem Puder": resumo dos próximos capítulos da novela “Salve-se Quem Puder”: Três mulheres com novas identidades e uma única certeza: suas vidas estão entrelaçadas para sempre. Salve-se Quem Puder conta a história de Alexia (Deborah Secco), Luna (Juliana Paiva) e Kyra (Vitória Strada), que ingressam no Programa de Proteção à Testemunha e mudam de vida após presenciarem um crime. Para sobreviver, elas mudam o nome, a aparência, o estilo de vida e vão morar na fictícia Judas do Norte, no interior de São Paulo, depois que são dadas como mortas. Alexia vira Josimara, Luna assume o nome de Fiona e Kyra é Cleyde, novas pessoas com um padrão de vida bem diferente. Elas serão acolhidas por uma família protetora - que não sabe nada sobre o passado delas - e vão precisar seguir regras rígidas para permanecerem no programa. A primeira delas é a interrupção imediata de qualquer tipo de contato com conhecidos, por isso, celulares e rede sociais são proibidos, assim como frequentar os mesmos lugares e cultivar hábitos do passado. Read the full article
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omundodamarina · 5 years
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“Este volume é centrado no casal Kabakura e Koyanagi quando ainda estavam no colegial, mostrando como se conheceram e o início de sua relação. Enquanto isso, a amizade de Naoya, irmão do Hirotaka, com Kou parece mostrar indícios de seguir um novo rumo.” ▬ A cada volume e a cada post de Wotakoi tenho que começar dizendo o quanto eu adoro esse mangá, ele está cada vez melhor e aparentemente os próximos acontecimentos serão inéditos. Espero não estar enganada. Vamos aguardar cenas dos próximos capítulos. ▬ Eu adoro demais o flashback da Hana-chan e do Kabakura de quando eles se conheceram e de como essa história de amor começou. Ao todo foram 3 capítulos, para contar isso. ♥ . O que eu também adoro é a aproximação do Nao-chan com o Kou-kun, Eles estão cada vez mais amigos e no final dessa edição fica no ar... Será que o Nao-chan descobriu que seu amigo na verdade é sua amiga? Espero que o próximo volume já comece com a continuação dessa cena... Pelo que eu me lembro, até onde terminou o anime ele não tinha descoberto que o Kou na verdade é a Kou... Ahhhh! Eu torço de mais para os dois ficarem juntos... ♥ ▬ Sempre que um volume chega ao final é uma tristeza porque a gente quer continuar essa leitura deliciosa... Porém, vamos ter que esperar o volume 5, que vai sair só lá no check-list de outubro ;; . Quem aí está acompanhando o mangá, o que estão achando? ▬ Parceiros marcados nas fotos, não deixem de irem lá conferir o trabalho de todos ♥ ▬ #wotakoi, #fujita, #paninicomics, #planetmanga, #mangaspanini, #manga, #leitura, #quadrinho, #gibi, #comic, #hq, #viciomangas, #otaku, #instamanga, (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/B27fhtqjahR/?igshid=1gu2hx1siip51
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