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#Metapsicologia
dagreciaatehoje · 1 year
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Depois que o racionalismo científico esqueceu o significado dessas coisas e a consciência do eu se apossou da totalidade da psique, novamente volta-se a requerer da psicologia médica moderna concepções que têm um parentesco surpreendente com as concepções primitivas mencionadas acima. Na verdade, teve-se que assumir que o eu consciente é apenas um aspecto da psique; pois certas aparições, especialmente na vida anímica anormal, praticamente não podem ser esclarecidas de outra maneira que não seja a existência de regiões da alma externas à consciência do eu, e que não apenas os sonhos, mas muitas outras aparições e sintomas devem ser atribuídos aos conteúdos e atividades aí existentes. Essas áreas da alma externas à consciência são reunidas sob a denominação de "Inconsciente". Pesquisadores como Janet, Flournoy, Breuer, Freud e outros apresentaram provas da existência desse inconsciente psíquico.
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latigredizoan · 2 months
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Listen to the most recent episode of my podcast: L'agorafobia della coscienza https://podcasters.spotify.com/pod/show/mary-burgarella/episodes/Lagorafobia-della-coscienza-e2h5qac
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<CARTA DO DIA>
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[ RUPTURA ]
(Arcano Maior XI)
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"Converter a derrocada em uma ruptura, eis toda a função de um mestre. O psicoterapeuta simplesmente põe remendos. Essa é a sua função. Ele não está ali para transformá-lo. Você precisa de uma metapsicologia - a psicologia dos Budas.
Sofrer uma derrocada conscientemente é a maior aventura da vida. É o maior risco, porque não há nenhuma garantia de que a derrocada se transformará em uma ruptura. Ela se transforma, mas essas coisas não podem ser garantidas. O Caos em que você se encontra é muito antigo - por muitas, muitas vidas você tem estado no Caos. Trata-se de um Caos espesso e denso. É quase um Universo em si mesmo. Portanto, quando você o desafia com sua capacidade limitada, é claro que há perigo. Sem desafiar, porém, esse perigo, ninguém jamais se tornou integrado, ninguém jamais se tornou um indivíduo, indivisível.
O Zen, ou a meditação, é o método que irá ajudá-lo a passar através do Caos, pela noite escura da alma, com equilíbrio, disciplinado, alerta.
O alvorecer não está muito longe, mas antes que lhe seja possível alcançar o nascer do dia, a noite escura precisará ser atravessada. À medida que a alvorada for se aproximando, a noite se tornará ainda mais escura."
{ Osho }
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COMENTÁRIO
A predominância do vermelho nesta carta indica, logo à primeira vista, que o seu tema é a energia, o poder e a força. A aura brilhante emana do plexo solar ou centro de poder da figura, e a sua postura é de exuberância e determinação.
Todos nós atingimos ocasionalmente um ponto em que 'bastante é o bastante'. Nesses momentos parece que precisamos fazer alguma coisa, qualquer coisa, ainda que mais tarde essa coisa se revele um engano. Precisamos deixar de lado as cargas e restrições que nos estão limitando. Se não fazemos isso, elas ameaçam sufocar e neutralizar nossa própria energia vital.
Se neste momento você está sentindo que 'bastante é o bastante', aceite o risco de romper com os velhos padrões e limitações que têm impedido a sua energia de fluir. Ao fazê-lo, você ficará surpreso com a vitalidade e com a energia que essa Ruptura trará à sua vida.
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MOVIMENTO <CARTA DO DIA>
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queerographies · 11 months
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[Sensi migranti][Stefano Candellieri][Davide Favero]
L’obiettivo delle giornate di studio/performance è stato quello di sensibilizzare e aumentare la conoscenza/competenza dei partecipanti relativamente ai fenomeni di indebolimento identitario, nel senso che dà Vattimo al termine, fenomeni sempre più riscon
Susan Sontag con Note su “Camp”, Gender Trouble di Judith Butler, la Teoria Queer con le sue sfide all’identità di genere, il lavoro decostruzionista di Derrida, poststrutturalista di Foucault e soprattutto quello semioanalitico di Kristeva sono stati gli assi culturali portanti in cui si sono inscritte le giornate di studio. Si è cercato di porre in comunicazione la metapsicologia junghiana,���
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bleedingpeach · 2 years
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METAPSICOLOGIA Dicc. LaplanchePontalis  Término creado por Freud para designar la psicología por él fundada, considerada en su dimensión más teórica. La metapsicología elabora un conjunto de modelos conceptuales más o menos distantes de la experiencia, tales como la ficción de un aparato psíquico dividido en instancias, la teoría de las pulsiones, el proceso de la represión, etc. La metapsicología considera tres puntos de vista: dinámico, tópico y económico.
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benevenutoconsultor · 2 years
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<CARTA DO DIA>
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[ RUPTURA ]
(Arcano Maior XI)
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"Converter a derrocada em uma ruptura, eis toda a função de um mestre. O psicoterapeuta simplesmente põe remendos. Essa é a sua função. Ele não está ali para transformá-lo. Você precisa de uma metapsicologia - a psicologia dos Budas.
Sofrer uma derrocada conscientemente é a maior aventura da vida. É o maior risco, porque não há nenhuma garantia de que a derrocada se transformará em uma ruptura. Ela se transforma, mas essas coisas não podem ser garantidas. O Caos em que você se encontra é muito antigo - por muitas, muitas vidas você tem estado no Caos. Trata-se de um Caos espesso e denso. É quase um Universo em si mesmo. Portanto, quando você o desafia com sua capacidade limitada, é claro que há perigo. Sem desafiar, porém, esse perigo, ninguém jamais se tornou integrado, ninguém jamais se tornou um indivíduo, indivisível.
O Zen, ou a meditação, é o método que irá ajudá-lo a passar através do Caos, pela noite escura da alma, com equilíbrio, disciplinado, alerta.
O alvorecer não está muito longe, mas antes que lhe seja possível alcançar o nascer do dia, a noite escura precisará ser atravessada. À medida que a alvorada for se aproximando, a noite se tornará ainda mais escura."
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COMENTÁRIO
A predominância do vermelho nesta carta indica, logo à primeira vista, que o seu tema é a energia, o poder e a força. A aura brilhante emana do plexo solar ou centro de poder da figura, e a sua postura é de exuberância e determinação.
Todos nós atingimos ocasionalmente um ponto em que 'bastante é o bastante'. Nesses momentos parece que precisamos fazer alguma coisa, qualquer coisa, ainda que mais tarde essa coisa se revele um engano. Precisamos deixar de lado as cargas e restrições que nos estão limitando. Se não fazemos isso, elas ameaçam sufocar e neutralizar nossa própria energia vital.
Se neste momento você está sentindo que 'bastante é o bastante', aceite o risco de romper com os velhos padrões e limitações que têm impedido a sua energia de fluir. Ao fazê-lo, você ficará surpreso com a vitalidade e com a energia que essa Ruptura trará à sua vida.
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Coleção Freud - 13 Volumes ( Em Italiano ). Editora: Grandi Tascabili Economici R$150 Clique para comprar. #freud #sigmundfreud #psicanalise #psicanalista #totem #sullacocaina #metapsicologia #psicoanalisi #coleçãofreud #sebocabofrio #sebodolanati #livrariacabofrio (em Sebo do Lanati) https://www.instagram.com/p/CSh-K98LRnb/?utm_medium=tumblr
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psicoviamexico-blog · 7 years
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Te invitamos a leer el nuevo Artículo "El Sueño pensado desde la Metapsicología" de la Psic. Jocelyn Arellano con maestría en Psicoterapia Psicoanalítica.
"El sueño pensado desde la Metapsicología"
“Un hombre que no se alimenta de sus sueños, envejece pronto”
-William Shakespeare-
El mundo de los sueños ha sido siempre un tema de gran interés por las artes, las ciencias y las disciplinas en general. Se han desarrollado creencias y teorías de todas índoles, para encontrar un significado verosímil en sus contenidos y elementos...
Sigue leyendo en nuestro sitio web:
https://www.psicovia.com/art%C3%ADculos/
#PsicoviaArticulos #Sueño #Metapsicología
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Il livello di saturazione mentale che solitamente raggiungo nel cuore dell'estate è paragonabile a quello che tutti gli altri raggiungono alla fine di dicembre, dove il gusto di definirsi e sentirsi "arrivati" è giustificato, almeno, dall'illusione del concludersi di un ciclo.
Divento terribilmente approssimativa, grossolana, appoggiandomi sulla sicurezza e sfrontataggine di poter intuire, a distanza di tempo, la completezza di concetti complessi che, nello scritto come nelle forme, accenno soltanto.
È per questo che negli appunti ho ritrovato - cosa di cui, guarda un po', mi ero completamente dimenticata (e qui mi meriterei uno scappellotto, leggero leggero, tra capo e collo) - scritte, in forma sintetica, le metodologie della Mahler, "diretta-filmetti-specchio", per dire, in realtà:
Osservazione diretta di interazioni caregiver(madre)-bambino
Analisi sequenziali dei singoli secondi di videoregistrazione di interazioni madre-bambino consapevoli di essere osservati
Osservazione e analisi simultanea, per quanto possibile, di interazioni madre-bambino attraverso uno specchio monodirezionale che impediva lo svolgimento di qualsiasi tipo di bias da compiacenza al ricercatore o desiderabilità sociale da parte dei soggetti
di contro alla metodologia di semplice analisi del trattamento terapeutico e riflessione teorica alla base della metapsicologia tipicamente freudiana.
Ecco, mi viene quindi in mente lo specchio monodirezionale, quello stesso specchio di cui non mi ero accorta quando una cricca di psicologi sociali (sempre malefici) mi aveva chiusa in una stanza a costruire un meccanismo con una serie di rotelle colorate, chiodi di plastica e manopole, finito il quale avevo deciso di farmi un giro per la stanza, affacciarmi alla finestra che dava sul retro della facoltà, controllare (ansia da prestazione) un'innumerevole quantità di volte che il sistema costruito funzionasse, riaffacciarmi alla finestra, decidere di richiamare i ricercatori, ripensarci per ricontrollare che le manopole girassero davvero, tornare all'uscita, voltarmi di nuovo a controllare che tutto fosse in ordine, aprire la porta e trovarmela lì davanti, la dottoranda, a chiedermi: "hai finito?"
Beh, che dire, esperimento riuscito.
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problemapc · 7 years
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Casi di abduction uno studio clinico sui rapimenti UFO
Casi di abduction uno studio clinico sui rapimenti UFO
Casi di abduction uno studio clinico sui rapimenti UFO Sulla rivista medica francese L’evolution psychiatrique il 30 agosto è uscito uno studio clinico rilevante per l’ufologia.
Casi di abduction uno studio clinico sui rapimenti UFO – È opera di Thomas Rabeyron, studioso che ricopre la cattedra di psicologia clinica e psicopatologia presso l’Università della Lorena, a Nancy.
Rabeyron è anche…
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psicpetruskamenezes · 5 years
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Em 1920 o trauma ressurge do "além", intimamente ligado com o novo postulado pulsional. Em 'Inibições, sintoma e ansiedade, de 1926, porém, torna-se um dos "âmagos" fundante do pensar metapsicológico freudiano. O trauma é, então, constitutivo do psiquismo, sendo sua porta-voz a angústia. A partir desse artigo teremos o nascimento da segunda teoria da angústia, que passa a ser a responsável pela criação do recalque. Isto nos autoriza a dizer que sem trauma e angústia não há recalque, sendo um dado importante diante das patologias atuais, no qual o traumático não se faz presente pela angústia, mas sim pelo vazio. (MACHADO; PAIM FILHO, 2016, p.30) MACHADO, Ana Paula Terra; PAIM FILHO, Ignácio Alves. O trauma primordial na dialética do representável e do irrepresentável. IN: PAIM FILHO, Ignácio Alves. METAPSICOLOGIA: UM OLHAR À LUZ DA PULSÃO DE MORTE. Porto Alegre: Movimento, 2016) (em Centro Medico Luiz Cunha) https://www.instagram.com/p/BzYp1xPBCvv/?igshid=1tcx3zpxnorve
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gustavohjort · 5 years
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RESENHA - Depressão – Uma ‘Psicopatolologia’ Classificada nos Manuais de Psiquiatria
O texto aborda a questão da depressão na psicopatologia, além de um retrospectiva da origem do termo, uma vez que o termo depressão era utilizado na psiquiatria, na psicanálise, antes, a depressão era chamada de melancolia ou estado melancólico. Historicamente, tal fato é consequência de um percurso que levou a disciplina de psicopatologia a restringir o diagnóstico dos transtornos psiquiátricos em torno de uma linguagem comum, a da classificação psiquiátrica.
           Da mesma forma, o presente artigo, também realiza uma discussão sobre o diagnóstico. Uma vez que nas tendências que influenciaram a psicopatologia, a psiquiatria organicista reforça a ideia de que a depressão seria de natureza biológica. Já a psicanálise, ressalta a noção da gênese do conflito psíquico, abrindo espaço para as intervenções psicanalítica e psicoterapêutica.
           Além disso, o texto também mostra a história do conceito de psicopatologia, sua origem e transformações. Foi utilizado, a princípio, em alemão, por Emminghaus, em 1878, e equivalia à psiquiatria clínica. Posteriormente estabeleceu-se como método e disciplina, na França, no início do século XX. Antes tinha o nome de psicologia patológica, com o tempo o termo foi abandonado e substituído por psicopatologia.
           Também aponta que apesar de situar a psiquiatria e a psicopatologia entre as ciências positivistas, reproduzindo apenas o postulado médico que imperava nos séculos XVIII e XIX. O texto aponta que Freud já discorria sobre a temática da psicopatologia, desenvolvendo a teoria psicogênica das neuroses e das psicoses em contraponto às teorias mais mecanicistas que prevaleciam na época. Ao criar a psicanálise, introduziu o conceito de inconsciente, elaborando uma metapsicologia situada na ideia de conflito que poderia ser abordada a partir de suas relações dinâmicas, tópicas e econômicas; propôs uma nova teoria, cuja prática é o método clínico em função do trabalho de interpretação.
           De fato, segundo o texto, no século XX, não existia nenhuma identidade entre a psicologia e a psicanálise; em termos metodológicos, a Psicologia começara a fazer uso da experimentação, e, mesmo que não aplicasse o método científico vigente, cobria outra temática: a instância do consciente. Na psicanálise, o interesse de Freud se concentrava em torno do conceito de inconsciente.
           No que se relaciona à questão da depressão, o texto salienta que é importante localizar que o termo é originalmente introduzido pela psiquiatria, em que, tal como é conceituado na atualidade, veio a se desenvolver. A influência da biologia como a ciência-guia da psiquiatria é base para a disseminação da ideia de que a depressão, no homem, pode ser originada, tratada e, finalmente, curada biologicamente. Também ressalta que o termo depressão nem sempre esteve associado de forma tão contundente às ciências naturais como na atualidade.
           A inserção do termo depressão se deu por via da relação com a temática da melancolia, passando a ser utilizado, inicialmente, durante o século XIX. Com relação à psicopatologia, as influências da filosofia, da psicologia, da psicanálise e da antropologia ainda eram consideradas, sendo marcante a utilização dos manuais apenas após o advento da Idade Moderna. Além disso, o texto aponta que a melancolia não era considerado antigamente uma doença, mas sim um estado de profunda intelectualidade e refinamento social. Esse conceito perdurou até o século XIX, porém ainda hoje existem traços deste conceito antigo, segundo o texto.
           Já no final do século XVIII, Philipe Pinel empreendeu a primeira tentativa de uma categorização psiquiátrica acerca da melancolia, que consistia, junto com seu discípulo, na observação e categorização de seus sintomas em seu estado melancólico. À época, definiu a como um quadro comportamental de tristeza, abatimento, desgosto de viver, que se faz acompanhar de um delírio ou ideia fixa. O texto mostra que na obra freudiana, não existe uma teoria definida sobre depressão, embora o autor tenha identificado e descrito manifestações depressivas nas diferentes categorias nosográficas sem, no entanto, assemelhá-las à melancolia nem reuni-las em critérios para diagnóstico, tal como se vê nos atuais manuais de psiquiatria. De fato, o texto mostra que, apesar de Freud ter dedicado maior atenção à melancolia, fazendo poucas referências à depressão, observa-se a descrição de fenômenos depressivos no caso Dora (1922/1980a), neurose histérica, e, no caso do Homem dos Ratos (1895/1980b), neurose obsessiva. No caso do artigo Um caso de cura pelo hipnotismo, encontra-se uma diferenciação entre depressão e melancolia, fundamentando, assim, a ideia de que Freud (1893/1974c) considerava a depressão um sintoma presente na neurose.
           Contudo, o artigo mostra que é no texto Luto e melancolia que Freud se debruça especificamente sobre o tema, fazendo uso do termo para caracterizar um quadro psicótico, anteriormente descrito pela própria psiquiatria. No referido artigo, Freud aborda a problemática, assinalando que, se, em alguns, a perda leva à elaboração de um luto, em outros, conduz aos precipícios da melancolia, pois as características distintivas são as mesmas encontradas no estado normal de luto, à exceção de uma: no luto, é possível ter certeza de qual objeto foi perdido; na melancolia, a perda objetal é retirada da consciência e recai sobre o próprio ego. Como Freud não estabeleceu uma diferenciação precisa entre melancolia e depressão, da mesma forma que se dispôs a distingui-la do luto, torna-se bastante significativo buscar a contribuição de psicanalistas contemporâneos a fim de fundamentar, neste trabalho, o conceito de depressão.
           Segundo o texto, a partir do artigo Luto e melancolia, que a depressão deve ser concebida como luto, indicando também uma definição mais precisa para se detectar, na melancolia, uma alteração psíquica importante, portanto, os termos depressão e luto são aqui compreendidos como equivalentes. Assim, baseando-se nesse posicionamento, reservasse, para a melancolia, a indicação de formas mais severas de inibição motora e afetiva, assimbolia, nas quais pode ocorrer a alternância de episódios maníacos e de paralisia, e, para a depressão, indicar-se-ão quadros clínicos bem definidos de neurose ou sintomas que se apresentem nas mais diversas neuroses, onde a elaboração dos lutos aí está colocada. Todavia, é exatamente em torno da falta, da perda do objeto, que a estruturação do sujeito é norteada, levando, assim, o luto a ocupar um lugar central, e, na medida em que se correlaciona com a questão dos sintomas depressivos e da melancolia, observa-se uma tendência à depressão dentro da própria constituição humana. Ainda acrescenta que a depressão caracteriza um modo de existir hodiernamente por meio de um estado em que o homem se pensa incapacitado para encontrar outra maneira de lidar com as novas exigências da sociedade contemporânea, seja pelo individualismo reinante, pela cobrança excessiva de competência no trabalho, seja pelo avanço tecnológico e o desemprego.
Nessa perspectiva, a depressão pode ser considerada uma reguladora da vida psíquica, atrelada tanto a uma condição de origem do espaço psíquico como ao próprio estado de desamparo inerente à condição humana. É uma forma de reação da civilização aos seus mal-estares, é o recurso que surge ante as ameaças da vida psíquica. Dessa forma, ressalta-se outra contribuição da psicopatologia psicanalítica: a diferenciação entre os termos depressão e melancolia. Para o primeiro termo, reservam-se formas menos graves de quadros neuróticos, que se apresentam em manifestações episódicas também relacionadas aos quadros evolutivos do desenvolvimento humano. Para o termo melancolia, indica-se uma alteração psíquica importante, relacionada a uma estrutura de personalidade: a neurose narcísica, cujas manifestações psicopatológicas se devem à elaboração anormal dos lutos.
O texto também mostra como os manuais classificam a depressão. Os manuais psiquiátricos sugerem uma classificação e uma semiologia dos transtornos do humor - DSM-IV (APA, 1995) ou transtornos afetivos (OMS, 1993), cujas condições clínicas para a identificação dos referidos transtornos são diagnosticadas pela presença de sintomas que se manifestam numa certa intensidade, freqüência e duração (Pontes, 1993). Por exemplo, o episódio depressivo maior do DSM-IV - critérios para adultos - é relacionado como um transtorno, uma doença, composta por, no mínimo, cinco dos critérios diagnósticos arrolados: (1) humor deprimido ou irritável; (2) interesse ou prazer diminuídos; (3) perda ou ganho significativo de peso; (4) insônia ou hipersonia; (5) agitação ou retardo psicomotor; (6) fadiga; (7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva; (8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se e (9) ideação suicida, tentativa ou plano suicida. O humor deprimido é presença obrigatória entre eles. A distinção entre a classificação de uma depressão maior ou uma reação de adaptação depressiva costuma ser realizada através do preenchimento ou não dos critérios diagnósticos.
Igualmente o texto mostra que foi ao longo do século XX que foram surgindo as dicotomias: depressão hereditária e psicogênica, depressão neurótica e psicótica, depressão primária e secundária, depressão endógena e reativa, etc. Essas nomenclaturas tinham em vista realizar, ainda, uma distinção básica entre a depressão chamada de melancólica, correspondente à psicose maníaco-depressiva, e as outras formas de depressão, ditas reativas, psicogênicas ou neuróticas. A distinção entre melancolia e depressão foi mais difundida somente até os anos 80, quando existia um interesse da psiquiatria apenas na melancolia, e a depressão nela estava incluída como sintoma.
Por fim, o presente artigo aborda que apesar de, em sua origem, a psicopatologia reconhecer o fato patológico, atualmente a influência de tantas correntes termina por sugerir o desaparecimento de todas as referências psicopatológicas, gerando praticamente uma substituição da psicopatologia, na sua perspectiva de compreensão e conhecimento do fato patológico, pela psiquiatria, com ênfase no diagnóstico descritivo. Na vertente “biologicista”, uma das concepções mais influentes na psiquiatria e na psicopatologia, a depressão é definida como uma doença biológica cuja etiologia está associada principalmente a fatores hereditários. Entre o psíquico e o psicopatológico, haveria uma diferença que é função de uma diferença puramente biológica. É a intervenção do biológico, que pode transformar o psíquico em psicopatológico, já que o psíquico, ele mesmo, não pode produzir nada, por ser apenas um produto. A causalidade nunca poderia ser psíquica, apenas extrapsíquica e neurobiológica.
A literatura pertinente definiu duas perspectivas predominantes para se versar sobre o tema da depressão: a teoria psicanalítica, onde se faz uso tanto do termo melancolia como do termo depressão, e a perspectiva da psiquiatria biológica, que faz uso somente do termo depressão. Da mesma foram não se trata, porém, de simplesmente desqualificar o uso das categorias diagnósticas, pois estas contribuíram para o desenvolvimento da tarefa diagnóstica através do uso da observação sistemática e do estabelecimento de um sistema de categorização. Trata-se, principalmente, de esclarecer seus limites, visto que a atividade diagnóstica se encerra na classificação. Já a psicanálise não encerra sua investigação sobre o adoecer mental na identificação de uma categoria nosológica, mas busca desvelar o desenvolvimento dos processos que levaram a tal identificação. Outro contraponto, mostrado no texto, relaciona-se ao fato de a própria vivência humana caracterizar-se por perdas: perdas de pessoas, de situações, de papéis, dentre outros, e, em consequência, exigir a elaboração do luto concernente a tais perdas, acrescentando aos sentimentos uma expressão de tristeza que, nesse sentido, nem deve ser considerada uma experiência negativa, mas, talvez, uma elaboração necessária e construtiva.
   Referencia:
 Monteiro, K. C. C. & Ana Maria Vieira Lage, A. M. V. Depressão – Uma ‘Psicopatolologia’ Classificada nos Manuais de Psiquiatria. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, v. 27, n. 1, jan./set. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/>. Acesso em: 06 out. 2015.
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institutogamaliel · 6 years
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Bacharelado em Psicanálise
Formar psicanalistas e transmitir a psicanálise com o apoio dos três elementos essenciais da formação: análise pessoal, estudo crítico da teoria psicanalítica e supervisão de casos clínicos. Desenvolver a escuta psicanalítica a partir do sólido estudo da metapsicologia freudiana e de sua ampliação para os aportes das escolas francesas e inglesas.
A Psicanálise tem como proposta o uso de novas…
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benevenutoconsultor · 2 years
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Todos nós atingimos ocasionalmente um ponto em que 'bastante é o bastante'. Nesses momentos parece que precisamos fazer alguma coisa, qualquer coisa, ainda que mais tarde essa coisa se revele um engano. Precisamos deixar de lado as cargas e restrições que nos estão limitando. Se não fazemos isso, elas ameaçam sufocar e neutralizar nossa própria energia vital.
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Do Amor ao Pensamento A Psicanálise, a Criação da Criança e D. W. Winnicott Heitor O'Dwyer de Macedo R$60 Frete Grátis para todo Brasil. #psicanálise #acriaçãodacriança #acriacaodacrianca #winnicott #vialettera #livrodepsicanalise #psicanaliseinfantil #doamoraopensamento #livrariasebo #sebolivraria #sebos #sebodolanati #cabofrio #psicologia #psiquiatria ##heitorodwyerdemacedo ##metapsicologia #espaçotransicional #teoriadaintegraçãosocial #dissociacaohisterica #defesamaníaca #regressão #inquietude #maeebebe #desenvolvimentoinfantil https://www.instagram.com/p/ByAhNdhj3gn/?igshid=1wh9pl50t27l7
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Próximas leituras teóricas (Psicanálise) | Escolhendo Seu Livro
Próximas leituras teóricas (Psicanálise) | Escolhendo Seu Livro
Livros citados: Psicologia das massas e análise do eu, Sigmund Freud Além do princípio do prazer, Sigmund Freud Artigos sobre metapsicologia, Sigmund Freud Fundamentos da psicanálise vol. I, Marco Antonio Coutinho Jorge Como ler Lacan, Slavoj Žižek Cinco lições sobre a teoria de Jacques Lacan, J.-D. Nasio Introdução à topologia de Lacan, J.-D. Nasio Os Outros em Lacan, Antonio Quinet Interpretação…
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