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#memorial da resistência história
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Leila Danziger. Papéis de um Dia (Cinelândia). 2019-2022. Tinta gráfica sobre papel e fotolitografia sobre papel. Foto Wilton Montenegro
Desde aquele domingo de outubro vejo a menina
no exato instante em que se eleva sobre a pedra e o bronze
em aceno: contra monumento à derrota. 
Se durante vários anos apaguei seletivamente páginas de jornais, agora as refaço. No centro destas páginas está uma praça, cinemas esquecidos, um palácio demolido, um monumento, uma espera, e, sobretudo, um gesto realizado por uma menina que se eleva como um contra monumento à derrota daquela noite, de tantas noites. No início, há uma foto trêmula, feita quase às cegas, sem qualidade ou definição. No início – novamente, porque são muitos os inícios –, há um desejo de escrita, inseparável do desejo de imagem (do desejo da imagem da página, essa quase obsessão). A menina que acena na Cinelândia, sobre o monumento ao Marechal Floriano, é minha vaga heroína, com sua silhueta frágil e rosto indefinido (o que a resguarda e protege das identificações sempre policialescas). Não cesso de tentar refazer seu aceno em texto-imagem, em imagem-texto. Preciso vê-la de novo e de novo, sustentar seu gesto, para que ele dure e se desdobre, em outros tempos a vir.
Leila Danziger. Artista e poeta, suas produções articulam arte, história, memória e esquecimento; imagem e escrita; arte e mídia. Entre suas exposições individuais recentes estão Navio de Emigrantes (Caixa Cultural, São Paulo, 2019) e Ao Sul do Futuro (Museu Lasar Segall, São Paulo, 2018). Entre as mostras coletivas destacam-se Lands, Real and Imagined: Women Artists Respond to the Art and Travel Writings of Maria Graham (Otterbein University, Westerville, EUA, 2022); On the Shoulders of Giants (Galeria Nara Rosler, Nova York, 2021), MemoriAntonia (Centro Maria Antonia/USP, São Paulo, 2021); Théâtre d’Ombres (Galerie Dix9 Hélène Lacharmoise, Paris, 2021); 47% de Mulheres nos Acervos (Museu de Arte Contemporânea, Porto Alegre, 2021); O Rio dos Navegantes (MAR, Rio de Janeiro, 2019); Hiatus: A Memória da Violência Ditatorial na América Latina (Memorial da Resistência, São Paulo 2017); Imagetexte (Topographie de l’Art, Paris, 2016). Entre suas publicações de artista estão Cadernos do Povo Brasileiro (Relicário, 2021) e Navio de Emigrantes (Caixa Cultural, 2018). Como poeta publicou Cinelândia (2021), Ano Novo (2016), Três Ensaios de Fala (2012), todos pela editora carioca 7Letras. Tem graduação em artes pelo Institut d’Arts Visuels d’Orléans (DNSEP, Orléans) e doutorado em história pela PUC-Rio. É professora associada do Instituto de Artes e do Programa de Pós-graduação em Artes da Uerj e pesquisadora do CNPq.
🔗 Esta obra integra a exposição coletiva “Espaços do Ainda”, em cartaz de 1. de julho a 13 de agosto de 2023 no Centro Cultural São Paulo - CCSP, São Paulo, SP. Acesse mais informações aqui:
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demoura · 5 months
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DIA 27 DE ABRIL DE 2024 : CINQUENTA ANOS DEPOIS DA LIBERTAÇÃO DOS PRESOS POLÍTICOS DE PENICHE EVOCO MEU PRIMO JOAO PULIDO VALENTE ANTIFASCISTA DE CORAGEM FÍSICA SEM IGUAL E D.JUAN A QUEM O’NEILL DEDICOU O POEMA OLHO AZUL : meu primo o médico João Carneiro de Moura Pulido Valente pertenceu inicialmente ao PCP e veio a ser fundador da UDP. De estatura meã tinha uma coragem física sem igual e era um “street fighter” temível . Célebre era ter enfrentado sozinho Salvação Barreto e os seus capangas. Morava no andar acima do nosso em S. Bernardo 116 e eu ia lá fumar .Com ele conheci a vida noturna lisboeta e os grandes fadistas da época como Alfredo Marceneiro. Era também um grande sedutor a quem o grande amigo Alexandre O’Neill dedicou o poema “Olho Azul « .Torturado pela PIDE nem o nome disse.! Cinquenta anos depois da libertação dos presos políticos em Portugal, o Museu Nacional Resistência e Liberdade – Fortaleza de Peniche (MNRL) abre portas no dia 27 de abril de 2024 enquanto espaço de memória histórica e símbolo da coragem dos milhares de portugueses que sacrificaram a liberdade e a vida na luta pela democracia.
O Dirigido pela museóloga e historiadora Aida Rechena, o museu abre com o memorial dedicado aos quase 2.700 presos políticos que a fortaleza deteve entre 1934 e 1974, e com um percurso expositivo que passa pelas celas de alta segurança, as celas individuais, a Galeria da Liberdade e a exposição "Resistência e Liberdade". A visita envolve ainda a Capela de Santa Bárbara, que conta a história da fortaleza e da prisão, o Fortim Redondo, lugar de isolamento e castigo, o parlatório, o pátio da cisterna e a livraria especializada.Em 2016, a Fortaleza de Peniche, no distrito de Leiria, classificada como Monumento Nacional desde 1938, tinha sido integrada na lista de monumentos históricos a concessionar a privados, mas passados dois meses a polémica levou a Assembleia da República a defender a sua requalificação. Foi então decidida a criação de um museu dedicado à memória da luta contra a ditadura, do combate pela liberdade e àqueles que ousaram resistir.
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capitalflutuante · 6 months
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O Caminhos da Reportagem que vai ao ar neste domingo (31) trata dos desdobramentos, ainda hoje presentes, do golpe militar no Brasil, que há 60 anos colocou fim ao governo de João Goulart. Uma após a outra, tropas do exército aderiram à sublevação iniciada em Juiz de Fora, na madrugada daquele 31 de março de 1964. O movimento teve apoio de setores conservadores da política e da sociedade, de empresários, da Igreja Católica e das Forças Armadas. Castello Branco assumiu a presidência em 15 de abril, tornando-se o primeiro dos cinco presidentes-generais. A ditadura civil-militar iniciada ali durou 21 anos. A atriz Dulce Muniz lembra bem daquele dia. Ela ouviu o anúncio pelo rádio: “Veio uma voz… a partir deste instante, a Rádio Nacional passa a fazer parte da cadeia da legalidade. Pronto. Estava dado o golpe. Eu tinha 16 anos.” José Genoíno entrou para a clandestinidade após o AI-5 - TV Brasil José Genoino saiu da pequena Encantado, um distrito de Quixeramobim, no Ceará, para estudar em Fortaleza. Em 1968, quando é decretado o AI-5, ele fazia parte do movimento estudantil. Genoino entra para a clandestinidade, vai parar em São Paulo e, depois, para a região do Araguaia. “A minha geração só tinha três alternativas: ou ia para fora do país, ou ia para casa e podia ser presa e morta, ou então ia para a clandestinidade”. Ele é um dos poucos sobreviventes da Guerrilha organizada na região que hoje faz parte do norte do Tocantins. Até hoje, são raros os espaços de memória que contam a história dos anos de repressão. O principal deles é o Memorial da Resistência, criado no prédio que abrigava o temido Departamento de Ordem Política e Social, o Deops, em São Paulo. Para a diretora técnica do Memorial, Ana Pato, “a criação de centros culturais de memória dedicados à memória dessa violência do Estado são fundamentais para que as gerações seguintes não só aprendam isso, mas que a própria sociedade consiga elaborar o trauma.” No Rio Grande do Sul, o projeto Marcas da Memória tenta demarcar, identificar e explicar a história de importantes espaços repressivos em Porto Alegre. Dos 39 aparatos da ditadura conhecidos no estado, apenas nove ganharam placas. Algumas delas já estão apagadas. Coordenador do movimento de Direitos Humanos, Jair Kirshner e a repórter do Caminhos da Reportagem Ana Graziela Aguiar - TV Brasil Segundo Jair Krischke, coordenador do Movimento de Direitos Humanos, e um dos idealizadores do projeto, não há interesse por parte do poder público em iniciativas como esta: “Nós, como organização privada, estamos fazendo aquilo que o Estado deveria fazer. Como não faz, nós fizemos, provocamos.” O desejo de Krischke, e de todos que trabalham e lutam para que as marcas da ditadura não sejam esquecidas, é transformar esses espaços pelo Brasil em museus e memoriais. Uma das grandes referências no tema é o Museu da Memória e Direitos Humanos de Santiago, no Chile. Para María Fernanda García, diretora do museu, “é muito importante se dizer que aqui houve atropelos do Estado. É preciso lhes dar a visibilidade e a dignidade às vítimas, o que não lhes foi dado durante aquele período, e também depois, durante muitos anos”. Não prestar contas com o passado faz com que a democracia brasileira se torne frágil e que a violência do Estado ainda seja recorrente. “A questão da impunidade é altamente contagiosa. A violência que constatamos ainda hoje é fruto disso, da impunidade. A tortura ainda é usada pelas polícias e nos presídios. É uma herança que nós não conseguimos nos livrar”, afirma Jair Krischke. Violência policial que em 2015 matou o filho de Zilda de Paula. Ele é um dos 17 mortos na chacina de Osasco e Barueri, cometida por policiais militares encapuzados. Até hoje, Zilda busca justiça. “Perdi meu filho único, Fernando Luiz de Paula. Nunca pensei que eu ia passar por isso, nunca pensei.” Na faixa que ela tem em casa, com os rostos de outros mortos da chacina, lê-se a frase: “Sem justiça não haverá paz”. Dona Zilda conclui: “Não vai ter justiça e nem paz.
Não tem justiça, porque esse caso para a justiça já foi encerrado.” O programa Caminhos da Reportagem – 1964: Memórias que Resistem vai ao ar neste domingo, às 22h, na TV Brasil. Clique aqui e saiba como sintonizar a TV Brasil Com informações da Agência Brasil
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gazeta24br · 11 months
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No mês da Consciência Negra, data focada em relembrar as lutas dos movimentos negros pelo fim da opressão provocada pela escravidão, o Rolé está a caminho de mais um destino pelo Brasil, desta vez saindo do Rio de Janeiro em direção a Salvador. Ao longo do trajeto, onze pontos serão visitados pelos rolezeiros. O encontro acontece dia 11 de novembro, a partir das 14h. Desde 2016 o Rolé visita diversas cidades pelo Brasil e, em parceria com projetos locais, cria trajetos para revisitar a história a partir do que as ruas podem falar. Já tendo passado por cidades como Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Manaus, São Paulo, Florianópolis, Belo Horizonte, chega pela 4ª vez na capital da Bahia, com o tema “Caminhos da Liberdade”. O trajeto passa por pontos conhecidos da população, mas nessa abordagem os rolezeiros são convidados a experimentar a cidade refletindo sobre as camadas de tempo, e com especial enfoque nas manifestações de resistência criados pelo povo negro, que vão das revoltas históricas nem sempre abordadas em sala de aula até os caminhos para a liberdade por meio da cultura e da expressão artística. “Caminhar por Salvador trazendo outras perspectivas e vislumbrando os cenários de liberdade e resistência estabelecidos pela população negra séculos atrás, é também um movimento de transformação e olhar para o futuro da cidade e seus cenários turísticos e culturais, que se preocupa em destacar a história negra e reverenciá-la”, reforça Eldon Batista das Neves, historiador e realizador do Odú Imersão Cultural, projeto parceiro do Rolé na cidade. Com objetivo de resgatar esse protagonismo na luta pela liberdade e na própria história da cidade, o roteiro começa pelo Monumento a Maria Felipa, chamando atenção para o protagonismo das mulheres negras na construção do Brasil. Ao longo do passeio os professores evidenciam outras mulheres negras cruciais para construir caminhos de liberdade, como Dandara dos Palmares, Maria Firmina dos Reis, Tereza de Benguela, Lélia Gonzales, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, entre tantas outras. Na sequência, os rolezeiros caminham em direção ao Elevador Lacerda. Um dos principais pontos turísticos de Salvador, assim como o primeiro elevador urbano do mundo, traz em sua oculta história a reflexão sobre a mão de obra que levantou a cidade. Na Câmara Municipal, o Rolé passa pelos legados de resistência e lutas que aconteceram ao longo do século XIX. Na Praça da Sé, o Memorial das Baianas de Acarajé é ponto do Rolé não só para revisitar a história e tradição do ofício dos bolinhos que são bem cultural nacional, mas também para reverenciar novamente o papel das mulheres negras, escravizadas, livres ou libertas, não só em Salvador mas por todo o Brasil, nas lutas pela libertação, como por exemplo as caretas do Mingau, figuras históricas pouco conhecidas do Recôncavo Baiano. Já no monumento Zumbi dos Palmares, símbolo de resistência contra a escravidão e representante do Dia da Consciência Negra, os rolezeiros vão conhecer a importância da interação indígena-africana na formação dos primeiros Quilombos. O Rolé continua o trajeto por outros marcos como Largo Terreiro de Jesus, assim como pela Sociedade Protetora dos Desvalidos, Casa do Olodum, Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e Casa do Benin. “Sabemos que uma caminhada pelo Pelourinho pode não ser uma novidade, mas a cidade conta história e nossa proposta é passar por esses pontos já conhecidos e valorizados como pontos turísticos e patrimônio cultural, destacando que muitos desses lugares foram essenciais para momentos históricos que definiram o que hoje entendemos por liberdade. ” diz Isabel Seixas, idealizadora do Rolé. O Rolé é um passeio gratuito, aberto ao público e livre de inscrições e conta com o patrocínio da White Martins. Para participar, é só encontrar o grupo no ponto de encontro, Praça Visconde de Cayru, na lateral do Mercado Modelo, próximo ao Monumento em Homenagem a Maria Felipa, às 10 horas. O passeio tem cerca de 2 (duas) horas de duração.
Serviço Gratuito Rolé Carioca em Salvador Horário: 14h Data: 11 de novembro Local: Praça Visconde de Cayru, na lateral do Mercado Modelo, próximo ao Monumento em Homenagem a Maria Felipa Endereço: Praça Visconde de Cayru. Comércio. Salvador Bahia Patrocínio: White Martins Mais sobre o Rolé Nascido no Rio de Janeiro, o Rolé já chegou há mais de 10 cidades, sendo um projeto cultural que pesquisa, cataloga e difunde conteúdo sobre o patrimônio histórico e cultural dos territórios que visita. Com mais de 55 mil seguidores nas redes sociais, o Rolé tem a missão de formar um acervo multiplataforma sobre a história, cultura e memória da cidade, com ações que o apresentam em diferentes formatos, tais como passeios guiados por mais de 650 roteiros, banco de dados com mais de 500 pontos mapeados, canal de vídeos, site, jogo, aplicativo etc. O projeto considera as dimensões sociais, culturais e naturais para construir plataformas práticas de difusão da memória da cidade: uma memória social, histórica e afetiva. Por sua metodologia e resultados, o Rolé foi um dos vencedores de 2019 do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, concedido pelo IPHAN a iniciativas de preservação e difusão do patrimônio histórico e cultural. https://www.instagram.com/rolecarioca/ Sobre o estúdio M’Baraká (UM-BA-RA-KÁ) Criado há 17 anos por Isabel Seixas e Diogo Rezende, o estúdio M’Baraká desenvolve projetos múltiplos com profissionais de diversos segmentos e se destaca por sua metodologia, que envolve criação, pesquisa, planejamento estratégico e direção de arte. Desde 2013, a economista Larissa Victorio faz parte da sociedade. Os projetos do grupo são únicos, focados na criação de experiências relevantes, que geram conhecimento e valor para seus públicos. Realizador e idealizador do projeto Estúdio M’Baraká (UM-BA-RA-KÁ) Informações para a imprensa LEAD Comunicação - Rio de Janeiro | Brasil (21) 2222-9450 | (21) 99348-9189 [email protected] | www.leadcomunicacao.com @leadcom
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UNESCO Amplia Lista de Patrimônio Mundial com 42 Novos Locais
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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) realizou uma significativa expansão em sua renomada lista de Patrimônio Mundial, incorporando 42 novos locais de valor inestimável para a humanidade. Este acréscimo eleva o número total para 1.199 locais, distribuídos entre culturais, naturais e mistos. Evento de Seleção em Riade A seleção dos novos patrimônios ocorreu durante um evento especial realizado na cidade de Riade, na Arábia Saudita, entre os dias 10 e 25 de setembro. O processo de avaliação e inclusão contou com a participação de representantes dos 21 Estados-Membros da organização. Diversidade Cultural e Natural Dentre os 42 locais adicionados, 33 são categorizados como culturais e 9 como naturais. A diversidade dos novos patrimônios é notável, abrangendo desde sítios arqueológicos e monumentos históricos até paisagens naturais e reservas ecológicas. Destaques da Lista Um dos destaques da nova lista é a Cidade Velha de Kuldīga, situada na Letônia, que preserva a arquitetura medieval e o charme de uma pequena aldeia da época. Na América do Sul, o Museu e Memorial ESMA, localizado na Argentina, ganhou reconhecimento como um símbolo de memória e resistência, por ter sido um centro clandestino de detenção, tortura e extermínio durante a ditadura militar argentina (1976-1983). Patrimônio em Perigo Além das novas inclusões, a UNESCO também designou alguns locais como Patrimônio Mundial em Perigo, uma categoria que sinaliza a necessidade de medidas urgentes de preservação. Entre eles, estão a Catedral de Santa Sofia e o mosteiro de Kiev-Pechersk, em Kiev, e o centro histórico de Lviv, ambas cidades situadas na Ucrânia, que enfrentam riscos devido ao conflito armado na região. Reflexão e Preservação A expansão da lista de Patrimônio Mundial da UNESCO ressalta a importância da preservação da diversidade cultural e natural ao redor do mundo. Cada local incluído carrega consigo uma riqueza histórica, cultural ou natural única, que agora recebe reconhecimento e proteção internacional. A designação como Patrimônio Mundial não apenas valoriza esses locais, mas também promove a reflexão sobre a história, a cultura e a natureza, incentivando a educação e a conscientização global. Conclusão A inclusão de 42 novos locais na lista de Patrimônio Mundial da UNESCO é um passo significativo para a valorização e preservação da herança cultural e natural da humanidade. Cada local, com sua singularidade e importância, passa a ser reconhecido e protegido, contribuindo para a memória coletiva e a diversidade do nosso planeta. Leia: Jovens “Nem-Nem” no Brasil: Uma Geração entre a Aspiração e a Apatia Read the full article
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treicylima · 1 year
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"20 DE NOVEMBRO: CONHEÇA O QUILOMBO DOS PALMARES"
No dia 20 de novembro é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra. A data comemorativa foi criada com a intenção de conscientizar a população brasileira sobre a luta e resistência do povo negro, que sofreu com a escravidão durante a época da colonização e sofre até os dias atuais com o racismo enraizado na sociedade.
Em Alagoas, as comemorações acontecem principalmente na Serra da Barriga, local de existência do Quilombo dos Palmares, o maior quilombo da América Latina. Manifestações culturais e religiosas preenchem o 20 de Novembro de fé e resistência, com o intuito de manter viva toda história da ancestralidade palmarina.
Extinto em 1695, após a morte de Zumbi dos Palmares - o maior e último líder do local, o quilombo era formado por escravos fugidos dos engenhos e ganhou o nome de Quilombo dos Palmares devido a grande quantidade de palmeiras existentes no local que proporcionavam benefícios aos quilombolas.
Considerado o maior da história, o Quilombo dos Palmares é um dos grandes símbolos de resistência e luta contra a discriminação racial do país, pois chegou a abrigar cerca de 20 mil quilombolas que subsistiam da caça, da colheita de diversos alimentos plantado nos locais e da produção de artesanato.
Atualmente no antigo reinado de Zumbi, Dandara, Ganga Zumba e Aqualtune está localizado o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, que foi implantado em 2007 pelo Ministério da Cultura, através da Fundação Cultural Palmares, e conta durante as visitas toda a historicidade do local.
Para mais informações sobre o Parque Memorial Quilombo dos Palmares acesse:
http://serradabarriga.palmares.gov.br/
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rodadecuia · 2 years
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poesia-marginow · 2 years
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Duas etapas versarão sobre as habilidades dos candidatos à estagiários A Escola Técnica Estadual de São Bento Quirino (Etec), em Campinas, no estado de São Paulo, abre nove Processos Seletivos para formação de cadastro reserva no cargo de Professor de Ensino Médio e Técnico em diversas áreas. As áreas estão separadas entre os respectivos editais: Edital nº 043/64/2022: Matemática -Administração Integrado ao Ensino Médio;Edital nº 043/65/2022: Língua Estrangeira Moderna -Inglês Administração Integrado ao Ensino Médio;Edital nº 043/66/2022: Química -Administração Integrado ao Ensino Médio;Edital nº 043/67/2022: Geografia - Administração Integrado ao Ensino Médio;Edital nº 043/68/2022: Educação Física - Administração Integrado ao Ensino Médio;Edital nº 043/69/2022: Artes - Administração Integrado ao Ensino Médio;Edital nº 043/70/2022: História - Administração Integrado ao Ensino Médio;Edital nº 043/71/2022: Resistência dos Materiais e Ensaios Tecnológicos dos Materiais-Mecânica Integrado ao Ensino Médio;Edital nº 043/72/2022: Processo de Fabricação III -Mecânica Integrado ao Ensino Médio.A fim de atuar no cargo, é necessário que o candidato tenha 18 anos, seja brasileiro nato ou naturalizado, esteja em dia com obrigações eleitorais, e militares quando do sexo masculino, possua licenciatura ou equivalente acompanhado do diploma de curso de bacharelado ou de tecnologia de nível superior, dentre outros requisitos. A remuneração será de R$ 20,19 hora/aula ministrada. As inscrições devem ser realizadas pelo site do Centro Paula Souza, a partir do dia 9 a 23 de dezembro de 2022, até às 23h59. Da Seleção Os candidatos serão avaliados em exame de memorial circunstanciado, que consiste em prova de títulos, e prova de métodos pedagógicos. Para mais informações acesse o edital completo em nosso site. EDITAL DE ABERTURA Nº 043/64/2022 EDITAL DE ABERTURA Nº 043/65/2022 PCI Concursos
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jornalgrandeabc · 2 years
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Memórias do Futuro, com Mário Medeiros, ocupa o Memorial da Resistência de SP
A exposição apresenta ao público do Memorial da Resistência um panorama histórico de mais de um século de lutas por direitos da população negra no estado de São Paulo, abrangendo o período de 1888 até os dias de hoje #cultura #jornalgrandeabc #direitos
A partir do dia 04 de junho, quem for visitar o Memorial da Resistência em São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, irá conferir a exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência que ocupa 689 m²  do museu e faz um resgate das lutas pelos direitos da população negra no estado de São Paulo do período de 1888 até os dias de hoje…
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viagemladob · 3 years
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Este prédio marcante em São Paulo foi projetado por Ramos de Azevedo e tem muita história, antigamente ruim, e agora boa, com o Memorial da Resistência e o Museu Estação Pinacoteca, que sempre tem ótimas exposições. . #viagemladob #viagem #trip #sp #estacaopinacoteca #pinacotecasp #museudaresistencia #saopaulocity #museu #sourbbv (em Pina Estação) https://www.instagram.com/p/CVnpKxzppW5/?utm_medium=tumblr
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Perfil - Columba
Nome Completo: Dawn Marie Granger
Espécie: Humana
Cidadania: Americana Estado Civil: Solteira Olhos: Azuis Cabelo: Branco Altura: 1, 64m Peso: 54kg
Sexo: Feminino
Codinomes:
Avatar da Paz, Columba
Ocupação: 
Aventureira, Vigilante
Parentes:
Russ Granger (pai), Marie Granger (mãe), Holly Granger (irmã, falecida)
Afiliações:  
Rapina e Columba, Anteriormente Titãs da Costa Leste, Aves de Rapina
Base de Operações: Washington D.C.
Universo: Terra-1 | Nova Terra
História:
Durante a crise, Dawn Granger estava em Londres com a mãe. Sua mãe, uma mensageira diplomática, estava na embaixada americana quando os terroristas assumiram o controle e ameaçaram explodi-la. 
Incapaz de obter conseguir da polícia, que estava muito ocupada com o pânico causado pela crise, Dawn foi contatada por vozes que lhe ofereceram o poder de lidar com o problema. Ela concordou, foi transformada em Columba e facilmente subjugou os terroristas.
Enquanto presumiu inicialmente que era uma dos vários Columbas, soube mais tarde que o outro Columba havia morrido durante a Crise, e ficou preocupada que ele tivesse morrido porque havia tomado o poder dele. 
Dawn viajou para o serviço memorial dos heróis caídos, onde conseguiu identificar Rapina em sua identidade civil de Hank Hall, e o seguiu para tentar descobrir quem ele era. Ela o seguiu por um tempo, vendo-o se tornar cada vez mais instável, mas o perdeu quando teve que entrar em ação como Columba.
Rapina e Columba:
Dawn finalmente o localizou em Washington, onde ela e Hank Hall eram estudantes da Universidade de Georgetown. Ela deduziu que o Columba original tinha sido o irmão de Hank, Don. A medida que Dawn se tornava parte do círculo de amigos de Hank, se aproximou de dele, embora o mesmo se opusesse agressivamente a trabalhar com ela. 
Ela o ajudou contra Kestrel, um agente dos Senhores do Caos, que estava tentando transformar o cada vez mais instável Hank em seu agente antes que a nova Columba pudesse agir como um agente calmante. 
Columba conseguiu acalmar Rapina antes que ele fosse completamente transformado, e os Senhores do Caos, decepcionados com isso, destruíram Kestrel por seu fracasso. Rapina aceitou Columba como seu novo parceiro.
Columba e Rapina participaram da resistência à invasão, onde Columba entrou em contato com outros membros da comunidade sobre-humana, depois se estabeleceu no combate ao crime principalmente na área de Washington, onde enfrentaram inimigos como Gauntlet, Azure, Os Intocáveis, Shellshock, Cobra Venenosa, Morte Súbita, Os Loucos, Tigre de Veludo e as Fúrias Femininas. Ela também iniciou um relacionamento com o detetive Brian Arsalla, chefe da Unidade de Crimes Especiais de Washington, tanto como Columba quanto como Dawn. 
Columba e Rapina foram contatados por Barter, um comerciante muito antigo, que lhes ofereceu as identidades dos benfeitores místicos, para recuperar uma bíblia antiga para eles. Eles o adquiriram do Conde San Germaine, um antigo adversário de Barter, e ele conheceu seu lado na barganha, dando-lhes o nome de seus benfeitores, Terataya e T'Charr, Senhores da Ordem e do Caos, respectivamente. Quando perguntado por mais informações, Barter insistiu que seria necessário um serviço adicional para as informações adicionais, e eles recusaram.
Kestrel foi recriado e conseguiu se apossar da namorada de Hank, Ren, a qual atacou Columba e Rapina, antes de viajar para outra dimensão, desafiando-os a segui-la. Eles entraram em contato com Barter, que concordou em organizar a passagem em troca do verdadeiro nome da dimensão, que Kestrel lhes dissera. 
Quando chegaram a Druspa Tau, Columba e Rapina encontraram seus poderes aumentados pela maior quantidade de magia no avião, e que seus trajes agora podiam ser removidos. A forma dos pombos é levemente aviária, emitindo constantemente uma luz calmante. 
Columba uniu-se às forças da Ordem, que governavam pacificamente o mundo, enquanto Rapina estava convencido a se juntar às forças do Caos, lideradas pelo Senhor do Caos M'Shulla, que estava tentando derrubar a Ordem. Os dois entraram em conflito e lutaram para imobilização enquanto as forças do Caos derrubaram a Ordem existente. 
T'Chaar e Terataya, que haviam sido adorados neste mundo, antes que M'Shulla usasse a magia para obscurecer a memória de seus nomes, foram finalmente convocados e combateram M'Shulla. M'Shulla venceu e T'Chaar e Terataya se retiraram para uma caverna próxima para morrer, convocando Columba e Rapina para eles.
T'Chaar era um senhor do Caos e Terataya um Senhor da Ordem, que se apaixonaram e se tornaram párias de ambas as casas. Eles haviam se combinado em uma unidade, para provar o potencial da Ordem e do Caos trabalhando juntos. A criação de Hawk e Dove havia sido parte desse experimento, que resultaria em uma criança extremamente poderosa, uma criança da Ordem e do Caos. Quando morreram, T'Chaar e Terataya transferiram suas essências para Columba e Rapina, tornando os feitiços que os capacitaram permanentes e aumentando seus poderes.
Respondendo a uma mensagem misteriosa de que seu pai estava com problemas, Columba, junto com Rapina e outros ex-membros dos Titãs da Costa Leste, foram para os Laboratórios S.T.A.R., e descobriram que os pesquisadores haviam aberto um portal para um Limbo onde almas mortas esperavam antes de ir para o futuro, e que haviam perdido uma equipe de pesquisa dentro dele. 
A equipe entrou e descobriu um grupo de vilões mortos, incluindo o Major de Ferro, Pião e Geada, tentando escapar. Com a ajuda de Geada reformado e do general Jeb Stuart, eles detiveram os vilões. Antes de partir, Rapina havia pensado em tentar encontrar seu irmão e devolvê-lo à vida, mas estava convencido de que Don estava em um lugar melhor e não deixara nada por fazer pelo que precisaria voltar.
Hank foi contatado por alguém que estava convencido de que era seu irmão morto, pedindo sua ajuda para retornar. Ele concordou e seguiu as instruções de seu "irmão", até roubando uma pedra preciosa de um museu e sequestrando um corpo já morto de um acidente, o de um amigo da família, o senador Tommy O'Neill. Quando a cerimônia terminou, descobriu que a alma trazida dos mortos era a de Roscoe Dillon, o Pião, que alegou à polícia que Hank havia tentado matá-lo. 
Percebendo seu erro, Hank foi atrás de Tommy O'Neill novamente, apenas para ser parado por Columba e Tio Sam. Enquanto Tio Sam convenceu Tommy O'Neill a desistir de seu assento no Senado, Rapina se entregou à polícia. Ele foi libertado sob custódia dos pais até o julgamento e impedido de se tornar Rapina.
Monarca: 
Pouco antes disso, Columba e Rapina foram visitados pelo ser conhecido como Tempus, e o sentiram lendo o futuro deles, embora não pudessem vê-lo ou ver o futuro que ele via. Ele veio de um tempo futuro, onde o mundo estava sob o domínio do herói que se tornou o ditador Monarca. 
Tempus tinha a capacidade de viajar no tempo e de ler o futuro dos outros. Ao ler o futuro de Columba e Rapina, ele descobriu que em todo o futuro que podia ver, eles acabavam se opondo a Monarca, e eram os únicos que haviam sobrevivido para se opor ao mesmo.
Antes do julgamento de Hank, enquanto estava acampando com Brain Arsalla, Dawn e Hank foram sequestrados por Monarca, que havia viajado de volta do futuro seguindo Tempus, e Brian Arsalla foi morto durante seu sequestro. Monarca aparentemente executou Dawn revelou ser um Hank Hall mais velho. O Hank mais novo matou o mais velho, pegou sua armadura e se tornou Monarca.
Dawn realmente não tinha sido morta por Monarca. Mordru usou sua magia para fazer parecer que ela havia morrido. Mordru, um ser de energia, precisava de um corpo capaz de lidar com os poderes da Ordem e do Caos, então enlouqueceu Hank, transformou-o em Exstante, o possuiu e engravidou Dawn. 
Antes que Mordru pudesse habitar o corpo de seu filho, no entanto, a alma de Hector Hall foi atraída por ele. Mordru disfarçou Dawn como a incosciente Lyta Hall, na tentativa de enfraquecer a psique de Hector, e só foi despertada disso quando Mordru voltou a controlar o corpo. 
Dawn ajudou a Sociedade da Justiça a derrotar Mordru, permitindo que Hector recuperasse o controle do corpo e depois partiu, alegando que havia um novo Hank por aí que precisava encontrar.
Jovens Titãs:
Dawn depois de se reunir com sua irmã Holly, se tornaram as novas Columba e Rapina. Logo depois, ajudaram os Titãs a derrubar o Dr. Luz.
Mais tarde, Ciborgue formou uma nova equipe de Titãs com Columba e Rapina como membros. Elas foram quase imediatamente atacadas por um agressor desconhecido e todos ficaram gravemente feridos. No entanto, Columba e Rapina se recuperaram completamente.
A Noite Mais Densa:
Quando Nekron atacou e os mortos começaram a ressuscitar do túmulo, o antigo parceiro de Dawn, Hank, voltou à vida como um zumbi. Embora ele não pudesse machucar Dawn, conseguiu matar Holly. 
Dawn descobriu mais tarde que era capaz de emitir uma misteriosa luz branca de seu corpo que poderia ferir os portadores de anéis de Nekron. Ela passou a ser um grande trunfo para derrubar os seguidores de Nekron. Quando Nekron foi finalmente derrotado, e a Luz Branca estava segura, um pequeno grupo de heróis e vilões retornaram à vida. Entre esse grupo estava Hank Hall, que assumiu o manto de Rapina no lugar da irmã de Dawn, Holly.
Desde o retorno dos mortos, Hank tem sido muito agressivo, mesmo para ele. Isso levou Dawn a ficar cada vez mais preocupado com ele.
Algum tempo depois, Dawn e Hank se juntaram aos heróis de Gotham para lutar contra os Sete Homens da Morte e os impediram de alcançar seu alvo, Vicki Vale.
Poderes e Habilidades:
Quando Dawn manifesta o avatar da paz e se torna Columba, e aprimora a inteligência e a compaixão, bem como a força, a capacidade de voar e um senso de perigo. A certa altura, depois de serem atraídos para Druspa Tau, a casa dos senhores da Ordem e do Caos, foi revelado que eles poderiam tirar seus roupas enquanto ainda estivessem em forma elétrica. 
Por baixo havia pássaros como criaturas. Essa experiência também aumentou seus poderes. No entanto, é improvável que essa capacidade de se transformar em uma criatura parecida com um pássaro seja um poder canônico. Apesar de ser o Avatar da Paz, Dawn não é avessa à violência. 
No entanto, em suas batalhas, Columba mantém uma mente mais fria e procura encontrar soluções mais pacíficas, em oposição ao seu parceiro. Também tem a capacidade de projetar luzes brancas brilhantes. 
Em A Noite Mais Densa, Columba era a única personagem capaz de ferir os Lanternas Negros além dos Lanternas Brancas. Ela pode ver e conversar com os mortos, como foi capaz de ver o Desafiador e até o namorou por um tempo. Columba é uma lutadora muito hábil, sendo capaz de enfrentar oponentes maiores. Geralmente, luta defensivamente usando a força dos oponentes contra eles.
Poderes: 
Transformação de Senso de Perigo:
Quando na presença de perigo, seja ela mesma ou outras pessoas, Dawn pode bradar a palavra "Columba" e ser transformada em sua forma de Pomba. 
Dawn não precisa estar ciente do perigo da transformação ocorrer. Porém, se ela dissesse a palavra enquanto estava em perigo sem saber, a transformação ocorreria. A transformação apenas reage ao perigo real, portanto, se Dawn incorretamente acreditasse que estava em perigo, seria incapaz de se transformar em Columba. 
A transformação desaparece pouco tempo depois que o perigo passa, a menos que Columba tenha sofrido ferimentos graves que matariam Dawn. Nesse caso, permaneceria como Columba até que o perigo dos ferimentos passasse. Em mundos de alta magia, Dawn pode permanecer como Columba por longos períodos, independentemente de haver algum perigo presente.
Hiper Vigilante:
À medida que, suas aptidões naturais são aprimoradas, como sua capacidade de julgar pessoas e situações, permitindo que Dawn leia pessoas e objetos em uma situação, em segundos, e saiba como eles agirão e reagirão.
Voo:
A transformação muda Dawn para uma força menor da Ordem e ela ganha algumas características físicas aviárias brilhantes, que geralmente são escondidas sob seu traje.
Agilidade Sobre-humana:
Columba pode se esquivar quase indefinidamente, várias vezes, de várias fontes de ação. Ela se esquivou de socos, espadas, balas e mais várias vezes.
Luminosidade Concentrada:
Nos mundos de alta magia, seus poderes são aprimorados, e Columba pode concentrar seu brilho em um feixe de luz ofuscante. Da mesma forma, durante a Noite Mais Negra, foi capaz de canalizar a Luz Branca da Criação para destruir os Lanternas Negros com sua aura.
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leopoldopaulinoblog · 5 years
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Rafael Martinelli: Presente!
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Faleceu o grande brasileiro Rafael Martinelli, aos 95 anos.
Rafael Martinelli foi um quadro crucial na luta sindical dos trabalhadores ferroviários. Ativo militante, foi preso e torturado pela ditadura militar, e sempre se portou com dignidade.
No final da vida, já doente, continuava sendo um importante líder da luta pelo Socialismo, mantendo a mesma firmeza revolucionária com a qual participou da fundação da Ação Libertadora Nacional ao lado de Carlos Mariguella.
Sabia Rafael que não demoraria a nos deixar, devido à idade e à doença que enfrentava, mas eu não podia aceitar a idéia de sua derradeira partida.  Ele, que nunca abdicou em dar a sua palavra, em nos brindar com suas análises e nos incentivar a continuar a luta e levar a mensagem aos jovens. Rafael Martilnelli é o exemplo vivo  de uma luta incessante. Nosso mestre se foi mas seu exemplo fica.
Ao receber a notícia de sua morte, passou um filme me minha cabeça e fui relembrando essas últimas décadas em que convivi com ele na militância, seja nos inúmeros atos em que participamos juntos, por Memória, Verdade e Justiça, seja nas horas de gravação de seu depoimento para o Documentário “Tempo de Resistência”, seja recebendo os estudantes que participavam do Projeto Tempo de Resistência nas visitas ao Memorial da Resistência quando partilhava a História do Brasil e sua própria luta. Seus ensinamentos eram alento para todos nós e definitivamente ele foi muito importante para todos nós Revolucionários brasileiros.
Chamava-me “menino”, e assim se dirigiu a mim na última vez que nos vimos, na casa do camarada Carlos Russo.
Sua figura sempre me fez lembrar Moacyr Alves Paulino, ferroviário por 14 anos na Companhia Paulista de Estrada de Ferro, época em que adquiriu consciência política e meu avô Domingos Teixeira, comunista e ferroviário da mesma Companhia, onde foi um dos fundadores do Sindicato dos Trabalhadores da categoria.
Martinelli se foi. Mas eu, menino de 69 anos ainda o vejo pilotando uma Composição Ferroviária com destino ao Socialismo e em busca do Homem Novo que  Che Guevara idealizou.
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Porquê o Nazismo vence a Segunda Guerra Mundial como Memória?
“Se há dez pessoas numa mesa, um nazista chega e se senta, e nenhuma pessoa se levanta, então existem onze nazistas numa mesa.” - Ditado alemão
Certamente o dia 30 de abril de 1945 não foi o último dia de 1933. A morte escandalosa, vigarista e covarde de Hitler é encarada como o fim de um regime escatológico, nefasto e incivilizador. Mas na verdade, o que acorre na Alemanha é um duro processo de desnazilização nas esferas da sociedade civil, como a população, militares e setores públicos. O intenso processo de desnazilização começou pelos juízes e promotores que colaboraram com herr Hitler. Assim, os alemães elegeriam a máxima, sic semper tyrannis, “assim sempre aos tiranos” é a maneira como os romanos lutavam para extirpar as tiranias. Mas na mesma medida em que se instaura esse tipo de política, surgem os reacionários que fazem resistência a esse processo, logo, não é raro sabermos de dirigentes do partido, simpatizantes que fugiram dos julgamentos e também desse novo establishment, o refúgio notório foi a América do Sul.
Hitler viver! O Estado nazista abraçava as diretrizes totalitárias e persecutórias, tem como pilar a própria eliminação do indivíduo em detrimento à sociedade, exigindo da própria população a eliminação de preceitos judaico-cristãos, a autoridade é exercida por der Führer, assim, a lealdade e o subjugar-se estava sobre a égide do líder, aqueles que negam delatar, judeus, comunistas, homossexuais, ciganos para Gestapo, esses eram duplamente culpados, primeiro por negar suas raízes arianas e por colaborar com “inimigos à pátria” ou seja, eram criminosos em lesa-pátria. Uma esquizofrenia total, mas que se definiu como uma terceira via as realidades políticas do século XX. Para Hannah Arendt, a famigerada autora judia e alemã. “O sujeito ideal do governo totalitário não é o nazista convicto ou o comunista convicto, mas pessoas para quem a distinção entre fato e ficção (isto é, a realidade da experiência) e a distinção entre verdadeiro e falso (isto é, os padrões de pensamento) não existe”. E novamente a história do mundo se encontra diante da história do nazismo, só que não mais como algo teórico, passou a ser institucional. O nazismo volta de forma sintomática num governo travestido de liberal, cujos nomes ainda prevalecem nos corredores da Gestapo.
Hitler vive! Entre 1932 e 1939 o ocidente ignorou o que acontecia na margem esquerda do rio Reno, obliteramos esse passado para afirmar uma imprevisibilidade, é uma farsa histórica e mais uma vez estamos repetindo esse erro, os paralelos sociais que se constituíram em 1919-1920 na República de Weimar é muito parecido com o processo que observamos em 2019-2020, era o momento de entendermos esse processo e repudia-lo com veemência, a luta contra o nazismo não pode se esgotar, a Alemanha de Merkel nunca se esquece de reafirmar os erros do passado e mesmo assim, existem células simpatizantes e saudosistas ao nazismo, isso já ultrapassou qualquer limite de um espírito de tempo (zeitgeist) se tornou a verdadeira tônica temporal, o repúdio violento deve acontecer em amplas frentes, como o governo, a sociedade civil, organismos internacionais. Parece que assistimos de um mezanino toda a luta contra o nazismo morrer, como víboras nas areias do deserto, ressurgem os fanáticos, os ultradireitistas e os reacionários, estes que ainda não entenderam o seu lugar na história, o lugar da vergonha e do fracasso. É um dever moral lutarmos com violência contra aqueles que imperam sobre as hastes do tempo se orientando para um passado de destruição da civilização.
Hitler vive! Em dezembro de 2019 em um bar em Unaí Minas Gerais José Eugênio Adjuto, de 57 anos usa uma suástica no braço, se autodeclarando um nazista, seria ele mais um dito herdeiro da águia prussiana? O mais engraçado é perceber a postura de um latino, de um sul-americano frente a uma figura que nos desprezava. É um escândalo ninguém se levantar, e pior ainda a polícia não fazer nada, já que alegavam que o homem também não estava fazendo. Será que não? O artigo 20 da Lei nº 7.716, de 1989, diz que é proibido “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”. A pena é de dois a cinco anos de prisão e multa. As instituições brasileiras precisam de fortalecimento e imparcialidade contra aqueles que ferem o estado de direito. O discurso negacionista deve ser enfrentado pela verdade, o fantasma de Hitler se diverte ao notar o quanto o seu imperativo ainda prevalece, e essa resistência não se dá de forma tacanha, mas é algo declarado, o nazismo já provocou repúdio, vergonha, condenação, hoje, parece envaidecer aqueles que acreditam que a solução final é uma ótima alternativa, para política, arte e sociedade. Quando os deuses modernos entrarem no salão de Valhalla, temos que estar prontos com porretes e assegura-lhes uma surra civilizadora. A coisa mais importante do nosso tempo é desconstruir o mito do bom nazista.
Hitler vive! O nazismo vence quanto memória, enquanto aqueles que ousam brandir suas espadas contra a civilização, pela derrota e o silêncio daqueles que não podem mais falar, os que lutam para garantir a sobrevivência da cultura e da tradição, e tradição aqui não é algo imutável e dantesco, mas as permanência e reinvenções da cultura e de convicções. Somos dotados de sabedoria para entender que quando o ovo da serpente eclode o ideal é matar os filhotes e a mãe. Hitler vence enquanto reafirmarmos que o nazismo não era tão ruim, que são equívocos históricos e histéricos dos Aliados. Segue alguns fatos em cronologia daqueles que negam o holocausto. 1942-1944: Para ocultar as evidências da aniquilação dos judeus na Europa, os alemães e seus colaboradores destruíram provas de covas coletivas dos centros de extermínio, bem como de milhares de locais de operações de fuzilamento em massa em territórios ocupados da Polônia e da União Soviética, e também na Sérvia.
1959: A publicação antissemita Cross and the Flag (A Cruz e a Bandeira), pelo pastor americano Gerald L. K. Smith alega que seis milhões de judeus não foram mortos no Holocausto, mas sim que emigraram para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. 1966-67: Harry Elmer, historiador americano, publica artigos no periódico libertário Rampart Journal afirmando que os países Aliados exageraram a extensão das atrocidades nazistas para justificar uma guerra de agressão contra as forças do Eixo. 1977: David Irving publicou o livro Hitler's War (A Guerra de Hitler), argumentando que Hitler não havia ordenado, e que sequer toleraria uma política nazista de genocídio contra os judeus europeus. Para tal, Irving distorceu evidências históricas, além de tentar utilizar métodos acadêmicos para conferir legitimidade à sua tese. 1987: Bradley Smith, na Califórnia, funda o Comitê para o Debate Aberto sobre o Holocausto. No início da década de 1990, a organização de Smith publica anúncios de página inteira ou editoriais em mais de uma dúzia de jornais estudantis dos EUA, com a manchete “A história do Holocausto: o Quanto é Falso? Justificativa para um Debate Aberto”. A campanha de Smith ajuda a embaçar a linha que divide a promoção do ódio da liberdade de expressão. 1987: Jean Marie Le Pen, líder do partido francês de extrema direita Frente Nacional, sugere que as câmaras de gás foram apenas um “detalhe” da Segunda Guerra Mundial. Le Pen se candidata a presidente da França em 1988 e fica em quarto lugar. 1988: A pedido de Ernst Zündel, Fred Leuchter (um auto-declarado especialista em métodos de execução) viaja ao local do centro de extermínio de Auschwitz. Mais tarde, ele lança Leuchter Report: An Engineering Report on the Alleged Execution Gas Chambers at Auschwitz, Birkenau and Majdanek, Poland (Relatório Leuchter: um Relatório de Engenharia sobre as Supostas Câmaras de Gás em Auschwitz, Birkenau e Majdanek, Polônia), que, segundo os negadores do Holocausto, lança dúvida sobre o uso de câmaras de gás para assassinatos em massa. 1990: O governo francês aprova a Lei Gayssot, segundo a qual questionar a escala de existência de crimes contra a humanidade (conforme definido na Carta de Londres de 1945) é um delito criminal. Esta lei foi o primeiro estatuto europeu a declarar ilegal a negação do Holocausto. 1991: A Associação Histórica Americana, a mais antiga organização profissional de historiadores, emite uma declaração: “Nenhum historiador sério questiona a ocorrência do Holocausto”. 2000: Um tribunal britânico condena David Irving como um “negador ativo do Holocausto”. Irving havia processado Deborah Lipstadt, historiadora da Universidade de Emory, por calúnia e difamação após a publicação de seu livro de 1993, Denying the Holocaust The Growing Assault on Truth and Memory (Negação do Holocausto: a Crescente Agressão Contra a Verdade e a Memória). 2005: Em discurso transmitido ao vivo pela televisão em 14 de dezembro, o então presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad chama o Holocausto de “mito”. 2006: O governo do Irã patrocina um encontro de negadores do Holocausto em Teerã, sob o pretexto de uma conferência acadêmica chamada “Revisão do Holocausto: Visão Global”. 2007: Em 26 de janeiro, as Nações Unidas adotam uma resolução condenando a negação do Holocausto. A Assembleia Geral da ONU declara que a negação é “equivalente à aprovação do genocídio em todas as suas formas”. 2007: A União Europeia aprova a legislação que torna a negação do Holocausto um crime punível com prisão. 2009: O bispo católico Richard Williamson, nascido na Inglaterra, nega a existência das câmaras de gás e minimiza a extensão do extermínio durante o Holocausto. Após algum tempo, o Vaticano solicita que Williamson se retrate das declarações. 2010: em fevereiro, Bradley Smith publica o primeiro anúncio online sobre a negação do Holocausto, que aparece no site Badger Herald, da Universidade de Wisconsin. A Internet – devido à facilidade de acesso e disseminação, anonimato e pretensa autoridade – torna-se o principal canal da negação do Holocausto até o presente.
Hitler vive! Em 2020 o Secretário da Cultura Roberto Alvim (nom d'artiste) do governo Jair Bolsonaro copia o discurso do Reichminister da propaganda de Hitler, Joeseph Goebbles, qualquer semelhança é mera coincidência? O presidente diz que é insustentável permanecer um homem em seu governo que compactua com o nazismo. Será? Quantos mais darão a César o que é de César? Richard Wagner o compositor favorito do Führer não está ao acaso fazendo parte da composição cenônica, é a sonoplastia ideal para um regime de opressão, são esqueçamos os gritos das Cavalgadas das Valquírias, a Ópera Lohengrin e a Das Rheingold são utilizadas como odes ao Nacional Socialismo Alemão. O ouro do Reno foi roubado e para retomá-lo é preciso eliminar aqueles que fogem da autoridade. Arte heroica? Imperativa? Nacional? Vinculante, ou então não será nada? A frase como o secretário diz é perfeita. A cineasta, fraülein Leni Riefenstahl com o cinema nazista O Triunfo da Vontade, Olympia são as obras perfeitas que compactua profundamente com esse discurso, o secretário não é heroico, mas uma vergonha nacional. Ambos acreditavam num declínio moral e intelectual na Alemanha e por isso apoiavam dirimir as práticas culturais que consideravam degeneradas.
Hitler vive! O secretário da Cultura foi demitido pela presidência do dia seguinte, uma mera demissão. Notas de repúdio, mas e o concurso que a secretaria está promovendo? Os crimes contra o povo judeu? Mas as máculas permanecem, e sempre permaneceram. O Governo diz não se pronunciar a respeito do conteúdo dos vídeos, mais um erro, o silenciamento não é uma dádiva, é a conivência, fazendo isso Governo descortina ainda mais e dar voz aqueles que não tem mais vergonha de estar nas sombras. Ao que tudo indica estamos nos banhando nas águas do equívoco. Devemos eliminar as ervas daninhas, fazer a danação da memória (Damnatio memoriae) de Hitler, não à maneira romana, ao ponto de salgar Berlim ou sua casa, mas uma condenação moderna, onde a figura se torna um exemplo dissuasivo, não a figura romantizada de self-made man. Não é a o apagamento ou a obliteração da figura, mas dar a ele e ao seu regime o túmulo escriturário necessário, agir de forma com que a política se torne mais agressiva contra os sujeitos de um regime totalitário e aqueles que insistem em ter simpatia, isso não é liberdade de expressão ou de pensamento, é a condenação de milhares de pessoas que ainda tem seus corpos insepultos e tudo o que restou foi o gosto amargo, farisaico de cinzas em nossas bocas, cinzas do povo apenado, que sofreu o holókautos (corpo todo queimado - cremação em grego) cujas cinzas ainda permanecem em sofrimento infinito. É inaceitável que em 2020 ainda precisamos ensinar o que aconteceu na Alemanha e o que não devemos fazer. Tão pouco ensinar a história da Alemanha para os alemães e continuamos tentando e falhando nisso, aumentando ainda mais a nossa vergonha, quero dizer, nossa falta de vergonha. Se há um nazista num governo e ninguém se retira do governo, então temos um governo nazista. Enquanto deixarmos isso acontecer, o nazismo vence quanto memória e cada vez que evitarmos esse debate, Hitler permanecerá em júbilos eternos, melhor dizer de maneira bastante alemã, shandenfreude, isto é, alegria ou contentamento pela destruição, a Teoria do valor da ruína faz ainda mais sentindo e portanto, se Berlim ainda se desespera, o que será de nós? Será que o diabo não é tão feio quanto se pinta? Ele é pior.
Gabriel Costa Pereira - Professor e Historiador da Arte da rede particular de ensino, pesquisador de estética, arquitetura e política nazista. Ensaio escrito no dia 17 de janeiro de 2020.
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gazeta24br · 2 years
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O roteiro é conhecido. No dia 1º de março de 1565, um capitão português chamado Estácio de Sá fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro aos pés do Pão de Açúcar. Na época, nada mais era do que uma base militar para garantir a posse do território. Havia a concorrência dos franceses, que ocupavam áreas da Baía de Guanabara desde 1555, e de diferentes povos indígenas, que habitavam a região há pelo menos quatro mil anos. Os conflitos entre os grupos tiveram um desfecho na Batalha de Uruçumirim, em 1567: a aliança dos portugueses/temiminós derrotou a dos franceses/tamoios (ou tupinambás). Passados 458 anos da fundação do Rio, as lembranças da vitória e da ocupação portuguesa têm destaque na paisagem urbana carioca. Mas a participação dos povos indígenas, mesmo sendo protagonistas nesses eventos e no desenvolvimento da região, é praticamente invisível. A Igreja de São Sebastião, no bairro da Tijuca, reúne os principais símbolos portugueses daquele período. Lá encontra-se uma pedra retangular com um desenho do brasão de armas do país. Acredita-se que seja o marco fincado na terra pelo grupo de Estácio de Sá quando da fundação da cidade. Na igreja, estão também a lápide (construída em 1583) e os restos mortais dele. Além desses vestígios históricos, um memorial ajuda a perpetuar a fama do português no Aterro do Flamengo. Uma pirâmide de pedra, projetada pelo arquiteto Lucio Costa, foi inaugurada em 1973, como Monumento a Estácio de Sá. No subsolo, há um centro de visitantes com réplica da lápide e material informativo sobre o homenageado. A maior parte dos vestígios antigos dos povos indígenas foi destruída durante o período de colonização portuguesa. E hoje em dia não há memorial equivalente ao de Estácio de Sá que faça menção à herança desses povos na construção e na formação do território que veio a ser o Rio de Janeiro. [caption id="" align="alignnone" width="754"] Monumento a Estácio de Sá, no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio. Tânia Rêgo/Agência Brasil[/caption]   Existe uma estátua de Araribóia, líder dos temiminós e colaborador dos portugueses, do outro lado da baía, na cidade de Niterói. No Rio, mal se conhece o nome de Aymberê, por exemplo, que liderou a resistência dos tamoios. A estátua do Curumim, na Lagoa Rodrigo de Freitas, é a única referência da presença pré-colonial dos tamoios (sem nenhum tipo de placa informativa). Mesmo assim, é um marco genérico por se referir a uma palavra da língua tupi que significa criança ou menino. Até o nome da lagoa é um símbolo importante de apagamento: enquanto os habitantes nativos a chamavam de Sacopã, Piraguá ou Sacopenapã, o nome que persiste até hoje é o de um português, capitão do exército, Rodrigo de Freitas. “Desde 2015, com a efeméride dos 450 anos, essa data da fundação da cidade vem com muita força. Mas a gente tem que lembrar que, bem antes da guerra de fundação da cidade, em 1565, a região já tinha sido ocupada por outros povos que não eram os portugueses. Então, é importante falar da nossa herança indígena”, lembra o historiador Rafael Mattoso, especialista na história do Rio. “A cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi construída em cima de aldeias indígenas. A fundação dela marca a redenção do colonizador sobre os povos originários. E para esse triunfo dos portugueses, muito sangue indígena foi derramado. A partir de então, toda a visibilidade da memória coloca o colonizador como protagonista, quando na verdade não foi assim. Para os portugueses conseguirem consolidar a colonização, tiveram de fazer aliança com lideranças indígenas. O número de franceses e portugueses era infinitamente menor do que o dos tupinambás, tamoios e temiminós”, reforça a historiadora Ana Paula da Silva, doutora em memória social e pesquisadora do Programa de Estudos dos Povos Indígenas (Pro Índio), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). No século 16, quando os europeus chegaram à região, cronistas franceses estimaram que exi
stiam entre 30 e 40 aldeias ao redor da Baía de Guanabara, com população que variava entre 500 a três mil por aldeia. A colonização portuguesa avançou sobre os territórios e provocou a morte de indígenas por meio de conflitos armados e doenças. Muitos dos que sobreviveram foram usados como força de trabalho compulsória na abertura de estradas, construção de engenhos, de fortalezas e de estruturas que hoje são pontos turísticos do Rio de Janeiro. Como é o caso do Passeio Público, do Paço Imperial e dos Arcos da Lapa. Mas essa participação, mesmo que feita sob coerção e violência, é esquecida. Mão de obra explorada “Há muitos documentos que mostram essa exploração da mão de obra indígena no Rio de Janeiro. E não existe a materialização dessa memória. Você vai nos Arcos da Lapa, não tem sequer uma plaquinha dizendo que a estrutura foi construída a partir do trabalho indígena”, critica a historiadora Ana Paula da Silva, sobre o processo que aconteceu nos séculos 17 e 18, de criação do que então se chamava Aqueduto da Carioca, para conduzir água do Rio Carioca para o centro. Outro ponto emblemático para a historiadora é o Outeiro da Glória, onde hoje está situada a Igreja de Nossa Senhora da Glória. Antes chamado de Uruçumirim, o morro foi o lugar da já mencionada vitória de Portugal em 1567. A estrutura católica foi construída em cima do que era uma aldeia tupinambá, chamada Kariók ou Karióg, que na língua tupi significava “casa de índio carijó”. O nome pode ter dado origem à palavra carioca. A permanência do gentílico nos dias atuais é um símbolo de resistência indígena às ações de apagamento e silenciamento ao longo do tempo. Por mais que a materialidade desses povos seja rara, ela se mantém forte por meio das heranças imateriais. Herança cultural O patrimônio linguístico carioca deve muito aos habitantes mais antigos da terra, mesmo que a origem dos termos não seja tão popular. No artigo “O Rio de Janeiro continua índio”, do professor e antropólogo José Ribamar Bessa Freire, são listadas as principais marcas imateriais desses povos no cotidiano da cidade. Há, por exemplo, bairros e acidentes geográficos que conservam nomes de aldeias: Guanabara (baía semelhante a um rio), Pavuna (lugar atoladiço), Irajá (cuia de mel), Iguaçu (rio grande), Ipanema (rio sem peixe), Icaraí (água clara), Maracanã (semelhante a um chocalho) e outros como Tijuca, Jacarepaguá, Guaratiba, Sepetiba, Acari e Itaguaí. Cultivos de plantas e hábitos alimentares específicos também vêm dessa herança. Basta lembrar itens básicos de sustento como o milho, o amendoim, a mandioca, o feijão. E o conhecimento sobre plantio e consumo de frutas hoje comuns como o abacaxi, o pequi e o caju. Arqueologia e museus As pistas da ocupação ancestral indígena do território estão nos sambaquis, sítios arqueológicos formados por conchas, mariscos e pedaços de madeira. Levantamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-RJ) indica que há no município 40 sambaquis cadastrados. Um dos mais recentes foi encontrado em 2018, nas obras do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, e data possivelmente de quatro mil anos. Os sítios arqueológicos não são lugares de fácil acesso ao público leigo, ficam mais restritos aos trabalhos de especialistas. Os principais museus dedicados aos sambaquis estão fora do município: Museu do Sambaqui da Tarioba (Rio das Ostras) e Museu do Sambaqui da Beirada (Saquarema). Documentos e objetos etnográficos relacionados aos indígenas podem ser encontrados em instituições como o Arquivo Geral da Cidade, o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, a Biblioteca Nacional e o Arquivo Nacional. O município tem um espaço dedicado especialmente ao tema, o Museu do Índio, em Botafogo. Mas ele está fechado para reformas desde 2016, com previsão de reabertura apenas no segundo semestre de 2023. O museu está nesse endereço desde 1978. Antes disso, a sede ficava em um espaço – criado em 1953 - ao lado do estádio do Maracanã. O edi
fício antigo ficou abandonado e foi ocupado por indígenas em 2006, que pediam a criação de um espaço cultural. Em 2013, houve uma reintegração de posse violenta por forças do estado. Uma parte dos ocupantes deixou o local e outra permanece até hoje. O governo estadual prometeu restaurar o prédio e criar um Centro de Referência da Cultura dos Povos Indígenas, mas o projeto ainda não saiu do papel. A Agência Brasil perguntou à Prefeitura do Rio se há projetos para valorização e maior visibilidade da herança indígena. Não houve resposta até o fechamento da matéria. Sobre a Aldeia Maracanã, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro respondeu, em nota, que planeja abrir diálogo com o novo Ministério dos Povos Indígenas para encontrar uma solução.
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keliv1 · 5 years
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Sobre adesivos, potências, Arte e Cultura
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Não sou de olhar para trás. Não gosto muito disso, acho que vou encontrar ali muito arrependimento. Mas este 2019, que está dizendo “adeus”, me pediu para fazer isso. E que ano: do trabalho como oficineira ao livro “Mulheres & Quadrinhos”, de vários cursos de Artes e concursos de desenho – bordar no papel! – até rever e encontrar pessoas que jamais imaginei. Fora um monte de coisas que ocorreram até com o meu corpo, de extração de dente ao adesivo “Acredite em Você”, para exaltar a autoestima, que chego ao de número 60!
Sim, 2019 foi intenso.
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E jamais imaginei que poderia ajudar e ser ajudada tanto. No dia 19.12, teve na Biblioteca Raimundo de Menezes um evento muito especial: a ida do Jefferson Costa para falar de identidade e visibilidade nas HQs. Eu tinha o encontrado, em 01.12, durante a Butantã Gibicon e falei do trabalho, eventos que acontecem e que já participei por lá. Afinal, ele nasceu na ZL e sabe o quanto a Arte e a Cultura são libertadoras. Que presente, que alegria, foram dois encontros potentes, com fala e escuta e a esperança de dias melhores.
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Antes, no dia 14.12, fui à tradicional Festa de Natal da Lola, negócio social que, sempre que dá, ajudo nos mutirões de preenchimento de bonecas. Foi dia de muita escuta, de histórias, de colocar bilhetinho de natal e por um 2020 que mereça ainda mais força, ainda mais cuidado.
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 Jamais imaginei que o adesivo “Acredite em Você” iria reverberar tanto. Em 30.11 teve o lançamento do livro de poemas (e algumas boas prosas) “Silêncios em Versos”, da psicóloga Jeane Silva, também na Biblioteca. Ela fala que eu fui a inspiração para ela fazer os livros (ela encabeça o projeto Continuar, cujo propósito é levar poesia e arte ao público idoso), mas é ela que me inspira a prosseguir. Em agosto, participei da Jornada do Patrimônio e a presenteei com um Dôdu, personagem da Lola, e um adesivo “Acredite em Você”. Para meu espanto e alegria ela mandou confeccionar um chaveiro em formato de almofada e um imã com uma caricatura dela e a frase: “Deixa o Universo Conspirar”. Caraca, fiquei com a boca aberta.
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 Dos adesivos, desta vez, boa parte eu os colei em lugares mais inusitados e, conforme prometido, segue a lista.
43 (1). Em 07.11, enquanto fazia o curso de narrativas bordadas, pedi à coordenadora da sala de Tecnologias e Artes do Sesc Consolação se poderia colar um na caixa de ferramentas deles. A Ana, uma fofa, deixou. Fiquei megafeliz, mas não sei se ainda está intacto, pois nas aulas seguintes, a caixa não estava mais lá. Ah, eu a presentei com um adesivo;
44 (2). Logo que saí, 07.11, colei na Av. Consolação, pertinho do Sesc e em frente de uma escola, numa lixeira com vários sacos de lixo em volta. Estava bem detonado o recipiente, tanto que na semana seguinte, o mesmo não estava mais lá;
45 (3). No dia 21.11, último dia do curso, colei em dois endereços: na R. Ana de Queiroz, bem perto do Cemitério da Consolação e...
46 (4). ...Na esquina entre Consolação e r. Maria Antônia. Foi bem engraçada essa hora porque tomei um susto com um moço que pediu informação e ficou olhando com olhar fofo pro adesivo. Mas acho que ele ficou com vergonha – e eu mais ainda – para aquele desenho no poste, rs!
47 (5). Já em 29.11 fui ao Descomplica SP de S. Miguel para tirar (de novo) o RG. Na saída colei em uma lixeira bem em frente. Dia 11.12 passei por lá e ele só estava desbotado. Sobreviveu ao dilúvio que rolou no dia anterior;
48 (6). O primeiro adesivo de dezembro foi bem no dia 1º, em um hidrante da estação São Paulo-Morumbi. É a segunda vez que colo em hidrante, mas o da Paulista já era. Tomara que ele esteja bem com seus outros adesivos companheiros. Reparei, nesse meu laboratório, que os hidrantes são os menos colados pela cidade. O pessoal curte mesmo os postes de sinalização;
49 (7). Por falar neles, colei um na Av. Eliseu de Almeida, no Butantã, também no dia 01.12, enquanto esperava atravessar a rua. Depois que saí da Butantã Gibicon, lá pro meio-dia, estava ainda por lá;
50 (8). Este foi importante, bem numa lixeira em frente à Casa de Cultura do Butantã, que foi um evento megapotente, de impacto;
51 (9). Novamente voltei a colar na região da Av. Nordestina, por conta que os anteriores foram embora junto com as lixeiras, antes plásticas, agora em ferro, no dia 07.12. Reparei que o adesivo de colmeia meio que me persegue, já o vi em vários postes, especialmente no centro. Seria que cola da ZL e está espalhando pela cidade como eu? Para pensar;
52 (10). Já em 14.12 colei na região da Barra Funda, que estou sempre por ali. Esse foi bem perigoso, bem na saída da estação do metrô, sentido Memorial da América Latina, mas ninguém me barrou não (ainda bem!);
53 (11). Já esse, no mesmo dia, está entre as esquinas da Av. F. Matarazzo com a P. Machado, perto do shopping West Plaza. Preciso ser um pouquinho mais alta, pulando nos postes, vou acabar caindo, rsrs!;
54 (12). Olha lá novamente o adesivo da colmeia, desta vez em frente ao shopping West Plaza e de cor diferente, amarelo. Seria feito pela mesma pessoa?;  
55 (13). Esse está bem perto do Allianz Parque, na praça Osmar de Oliveira;
56 (14). Esse é bem engraçado. Na rua Palestra Itália tem um monte de lambe-lambe, adoro essa técnica. Aí eu vi dessa banda: “Cigarretes after” errr... Isso mesmo que você está pensando! Colei, né. Aliás, ouça, muito bom;
57 (15). No dia 19.12, quando fui ao evento do Jefferson Costa, colei os dos 60 que havia prometido. Este, pela manhã, bem em frente à biblioteca, que fica na Av. Nordestina.
58 (16) Já à tarde, foi em um poste, na r. Tem. Miguel Délia e;
59 (17) E na caixa de luz em frente à biblioteca.
60 (18) Por fim, passei em um mercadinho e olha só o adesivo da abelha de novo!
Sou péssima em contas e pela minha contabilidade, já cheguei ao de número 61. Mas deixemos assim, que depois, com calma, farei uma recontagem. Não importa a quantidade e sim a qualidade que a experiência está proporcionando.
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Uma amostra dos bordados em papel que estou fazendo
Agora percebo que, sim, é preciso olhar para trás, ligar os pontos. Hoje, 20 de dezembro completa cinco anos que foi publicado “São Miguel em (uns) 20 contos contados”. E ontem, na biblioteca, reencontrei um conhecido que me disse que, ao ajudar uma amiga em um trabalho de conclusão de curso, usou trechos das crônicas do livro. E, que alegria, ela tirou 10!
Agora é esperar o Ano Novo ser Novo, que consiga realizar os planos. Vamos esperar não de braços cruzados, mas fluindo para que os dias sejam melhores. Sejam potentes.
Seja resistência em 2020.
Sigamos!
(Volto a postar em janeiro, inté!)
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raqueldepassagem · 5 years
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Museu do Aljube (2019)
Museu do Aljube Resistência e Liberdade Dedicado à história e à memória do combate à ditadura e ao reconhecimento da resistência em prol da liberdade e da democracia.
Museum of Aljube Resistance and Freedom Dedicated to the history and memory of the fight against the dictatorship and the recognition of resistance in favour of freedom and democracy.
ig: raqueltalvez
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