#claramente fez algo sim
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[text] YOU ONE BRAINCELLED BITCH (albamis)
[ texting: Alba Marion ] Por favor, não.
[ texting: Alba Marion ] Toda vez que você me manda uma mensagem assim, é me culpando de alguma coisa. Seja lá o que você acha que eu fiz, não foi eu.
[ texting: Alba Marion ] A não ser que Nicolás tenha te dito alguma coisa.
[ texting: Alba Marion ] Não que eu tenha feito algo com seu irmão.
[ texting: Alba Marion ] Não dessa vez.
[ texting: Alba Marion ] Enfim. O que foi?
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Licencioso é um adjetivo que descreve alguém ou algo que age sem pudor, sem respeito pelas normas morais ou sociais, especialmente no que diz respeito à conduta sexual. Pode indicar libertinagem, devassidão ou falta de decoro.
Parte 2 de dissoluto baseado e inspirado nesse prompt.
hbottom - ltops - traditional - enemies - jealous - betrayal - dirty talk - possessive - breeding kink - overstimulation - anal sex - blowjob - love bit.
— Sim… Isso pode dar certo, com certeza! — Rose comentou com entusiasmo, segurando o tablet de última geração enquanto fazia uma chamada de vídeo com seu estilista. A animação em sua voz parecia preencher o silêncio da sala espaçosa.
Não era para menos. Óbvio!
Louis jamais permitiria que ela, a sua filha, ficasse com um aparelho ultrapassado enquanto o mais novo modelo já estava disponível — ou ainda em pré-venda. Por favor, era quase uma ofensa.
O que ocasionalmente fez Harry revirar os olhos dentro de suas pálpebras.
— O que você acha disso, amor? — Rose perguntou, usando o apelido carinhoso a se referir a Harry, enquanto mantinha os olhos azuis brilhantes na tela.
— Hum? — Harry respondeu com atraso, desviando o nível de seus pensamentos sobre como aquilo se tornava cada vez mais superficial.
Ele queria estar em outro lugar.
E sua mente o levou a memórias que ele não queria. Não queria lembrar, o que o fez se remexer desconfortável no sofá.
— ...O lenço do seu terno para combinar com o meu vestido, H — Rose disse de repente, sua voz interrompendo os devaneios de Harry. Ele piscou, tentando voltar à realidade. Rose já havia se levantado e caminhava até ele, o tablet agora largado sobre a mesa. Seu andar era elegante, a confiança quase palpável. Claro.
A confraternização.
— E vai ser o momento perfeito para finalmente te apresentar como meu namorado. — Ela sorriu com aquele charme que sabia usar bem.
Rose se sentou ao lado dele de forma calculada, como se cada movimento fosse ensaiado. Como se tudo fosse apenas uma cena de uma série. Antes que ele pudesse responder, ela se inclinou e depositou um selinho em seus lábios. Um gesto rápido. Harry inclinou a cabeça e trocou rapidamente um desvio de olhar para o outro lado da sala.
Nada.
Harry se remexeu no sofá e voltou a focar no que sua namorada dizia.
Sua namorada.
— Isso vai ser ótimo para nós, não acha? — Rose continuou, ajustando uma mecha de cabelo enquanto mantinha os olhos fixos nele, como se esperasse um entusiasmo que ele não sentia no momento.
— Claro — Harry respondeu automaticamente, tentando esconder o desconforto.
Do canto da sala, Louis levantou os olhos do celular por um instante, observando a interação entre os dois.
Rose começou a falar sobre a escolha do restaurante e como aquilo a estava estressando. Mas Harry mal a ouvia. O pequeno movimento de Louis ao inclinar a cabeça, como se procurasse uma posição mais confortável, chamou sua atenção. A cada gesto, Louis parecia emitir um tipo de gravidade que puxava Harry para mais perto, mesmo sem mover um músculo em sua direção.
Harry tentou se concentrar. Rose era linda, inteligente e claramente investia no relacionamento deles. Ele sabia que deveria se sentir grato, ou ao menos presente de verdade. Mas havia algo em Louis — sempre Louis — que o fazia questionar tudo. Como se o que ele realmente queria estivesse ali, tão perto, mas ao mesmo tempo completamente fora de alcance.
E então, como se para piorar ainda mais as coisas, Louis ergueu o olhar outra vez. Desta vez, seus olhos encontraram os de Harry por mais tempo do que o habitual. Não foi um olhar acidental. Foi deliberado, intenso. E terminou com um leve arquear de sobrancelha, um quase desafio.
Harry sentiu o estômago se revirar.
— Harry não parece muito empolgado hoje, sweetheart — Louis comentou com aquele tom arrastado e provocativo. — O que houve, querido? Não dormiu bem noite passada?
A pergunta veio como um golpe direto. As olheiras de Harry, marcadas e evidentes, eram prova suficiente de que a noite tinha sido longa e nada tranquila.
Ele levantou os olhos para Louis, incrédulo. A irônia naquelas palavras era quase cruel, considerando o motivo real de sua insônia.
A lembrança da noite anterior veio à tona num instante. O barulho. Os gemidos abafados, depois já nem tão abafados assim. A cama batendo contra a parede. Tudo tão alto que o acordou no meio da madrugada.
Ele e Rose também tinham transado naquela noite, mas sem fazer um escândalo. Agora, porém, Harry era obrigado a encarar a lembrança do que ouvira no quarto de Louis.
E então, de manhã, descendo as escadas ao lado de Rose, ele ainda meio sonolento viu Louis no fim do corredor, como se nada tivesse acontecido. Ele estava ali, tranquilo, beijando uma mulher que Harry nunca tinha visto antes. Rose também pareceu não reconhecer.
A loira, alta e elegante, estava com as mãos entrelaçadas na nuca de Louis, que a segurava com naturalidade. O pigarreio de Rose os interrompeu. A mulher, meio sem jeito, se despediu com um selinho rápido nos lábios de Louis antes de sair.
Louis, completamente impassível, apenas continou com a sua xícara de café e deu um gole, como se nada na cena fosse digno de nota.
Aquela indiferença foi o que mais perturbou Harry.
Agora, encarando Louis no sofá, Harry sabia que ele estava esperando uma resposta.
— Só uma noite difícil — Ele respondeu, forçando a voz a soar estável. Mas um leve tom amargo escapou, e ele percebeu que Louis notou.
Por um instante, foi quase imperceptível, mas houve uma reação. Um mínimo desvio de olhar.
— Tenho certeza de que logo você estará melhor, amor. Hoje à noite vai ser incrível — Rose interveio, sua voz doce e cheia de entusiasmo. — E você vai ficar deslumbrante com a roupa que escolhi.
Ela se inclinou, os olhos brilhando de expectativa.
— E quem sabe o que pode acontecer depois dessa noite?
Harry se mexeu no sofá, desconfortável, sentindo o rosto esquentar. Rezou para que Louis não tivesse ouvido, mas claro que ele ouviu. Louis sempre ouvia tudo.
Quando Harry olhou para ele, encontrou apenas a expressão neutra de sempre, os olhos fixos no celular, como se nada tivesse sido dito. Como se ele não tivesse ouvido.
— Mas antes, preciso encontrar um local que seja bom o suficiente. Isso vai me dar olheiras e rugas antes do tempo! — Rose reclamou, cruzando as pernas e soltando um suspiro impaciente.
— Não se preocupe com isso, sweetheart. Vá descansar. Eu cuido disso para você.
A voz de Louis era calma, mas carregada daquela autoridade natural que fazia as pessoas obedecerem sem pensar.
Rose abriu um sorriso radiante, aliviada, e o agradeceu com um olhar brilhante.
Harry desviou o olhar, desconfortável, sentindo o peso da cena. Louis tinha o tipo de poder que fazia parecer que ele podia, se quisesse, comprar o maldito restaurante ali mesmo. A sala parecia menor com a presença dele.
— Vou levar o tecido do meu vestido para o estilista. Não me esperem para almoçar, vou almoçar com uma amiga. — Rose se levantou, se inclinando para beijar a bochecha de Harry, antes de sair com um sorriso despreocupado.
O som dos passos de Rose desaparecendo pelo corredor deixou um silêncio pesado na sala. Louis finalmente ergueu os olhos, seus movimentos lentos e calculados. O olhar azul que pousou em Harry era afiado, como se pudesse desvendá-lo por completo.
— Ansioso para a festa, Harry? — A voz de Louis soou firme, quase um desafio.
— Por que estaria? — Harry respondeu, esforçando-se para soar indiferente, mas a tensão em sua voz o traiu.
— Por que tão arisco, meu querido? — Louis inclinou levemente a cabeça, a calma em seu tom tão irritante quanto intimidadora. Seus olhos azuis faiscaram, carregados de um poder dominador. — Noite difícil, meu amor? — Sua voz baixou, carregada de intenção. — Não conseguiu dormir... com tanto barulho?
A insinuação era inconfundível, trazendo à tona memórias que Harry tentava, em vão, enterrar.
Harry sentiu o coração acelerar. Ele sabia exatamente a que Louis estava se referindo, e a lembrança da noite passada fez o estômago revirar novamente.
— Você sabe muito bem por que não dormi — Harry respondeu, a frustração e a raiva escapando em sua voz, embora ele soubesse que nada daquilo afetaria Louis.
Louis se inclinou um pouco para a frente, sua presença avassaladora preenchendo o espaço entre eles. Um leve sorriso curvou o canto de sua boca, mais predatório do que gentil.
— Sei. Mas eu adoro ouvir você admitir isso. — A voz de Louis veio baixa, arrastada, carregada de algo perigoso e indecifrável.
— Você é um desgraçado. — Harry cuspiu as palavras entre os dentes, o peito subindo e descendo com a raiva fervendo dentro dele.
Louis apenas inclinou a cabeça, um sorriso de canto se formando, como se estivesse se divertindo com a reação do garoto. Ele adorava essa faísca em Harry, esse fogo que ardia mesmo quando ele tentava resistir.
— Você acha que pode controlar tudo, mas comigo não funciona assim. — Harry continuou, a voz dura, os punhos cerrados ao lado do corpo.
Louis deslizou a língua pelo interior da bochecha, sem pressa, sem perder a calma. O olhar dele não vacilou nem por um segundo. Sempre impassível. Sempre no comando, mesmo quando Harry cuspia fogo na sua direção.
— Posso, sim, meu amor. — Ele respondeu, a voz baixa, quase preguiçosa, como se estivesse apenas afirmando um fato inquestionável.
— Não, não pode. — Harry rebateu, o maxilar travado de tanta tensão.
— Você diz isso, mas seu corpo conta outra história. — A voz de Louis era tão calma que beirava a crueldade. — Você está ansioso para me ter de novo te tomando, querido.
Um arrepio percorreu a espinha de Harry, mas ele se recusou a ceder. Odiava como Louis sempre conseguia mexer com ele, como aquele olhar fazia sua pele queimar e seu coração disparar.
— Vai se foder. — Ele rebateu, mas sua voz saiu menos firme do que gostaria.
Louis ficou em silêncio por um instante, apenas observando-o. Seu olhar deslizou lentamente pelo corpo de Harry, como um toque invisível, intenso o suficiente para fazê-lo estremecer.
— Diga isso de novo, Harry. — Sua voz abaixou, carregada de algo perigoso.
Harry sentiu o próprio pau endurecer dentro das calças, a lembrança da boca de Louis gemendo seu nome invadindo sua mente como uma tempestade.
Ah, ele se lembrava de tudo. Do calor. Do som rouco do prazer escorrendo dos lábios de Harry enquanto seu corpo arqueava sob ele, implorando por mais. Ele se lembrava de estar enterrado fundo, explorando cada centímetro, cada curva, enquanto Harry tremia, entregue e vulnerável. Apenas pensar naquilo era suficiente para levá-lo à beira do controle.
Mas Louis sempre controlava. Ele precisava controlar.
Desviou o olhar por um breve segundo, pensativo. Rose sempre soube o que queria. Era ambiciosa, feita para os holofotes e os grandes palcos de Hollywood. E Harry? Louis ainda não tinha certeza. Talvez ele a seguisse. Talvez deixasse tudo para estar com ela. A ideia incomodava, mas Louis sabia que não podia mudar isso. Então, enquanto Harry ainda estava ali, enquanto pertencia àquele instante, ele precisava aproveitá-lo. Cada toque. Cada suspiro. Cada segundo.
Isso teria que bastar.
Louis sorriu, lento, quase predador, e largou a xícara de café sobre a mesa de centro. Depois, afastou as pernas, convidativo, como se já soubesse que Harry não resistiria.
— Gosto de como me olha assim, querido. — Murmurou, a voz casual, mas perigosamente carregada. — Agora, pare de me demonizar nos seus pensamentos e venha até aqui.
Harry hesitou, lutando contra a vontade que crescia em seu peito como uma onda prestes a quebrar.
— Por que eu deveria? — Ele perguntou, tentando manter o tom desafiador, mas o tremor em sua voz o entregava.
Louis inclinou a cabeça, o sorriso permanecendo nos lábios.
— Preciso mesmo dizer o quão ansioso você está para isso? Antes mesmo de eu chamá-lo, você já estava lutando contra a vontade de vir. Quer que eu diga isso, Harry? Quer que eu descreva como você está faminto por mim?
Harry fechou os olhos por um momento, respirando fundo, mas não conseguiu resistir.
— Você me irrita. — Ele disse, a voz tingida de frustração, enquanto se levantava e caminhava até Louis.
Louis o observou se aproximar, cada passo um misto de hesitação e desejo. Tudo em Harry o excitava. O jeito como ele lutava contra si mesmo, como seu corpo parecia se mover contra sua vontade, era algo completamente obsceno.
Quando Harry parou na frente dele, Louis ergueu a mão, e acariciou de forma leve a cintura dele.
— Você me adora. — Louis sussurrou.
O calor entre eles era palpável, como um incêndio prestes a consumir tudo ao redor. Louis queria mais do que apenas possuí-lo; ele queria deixar sua marca. Ele queria tatuar seu nome na alma de Harry, tomar cada pedaço dele até que não restasse dúvida de quem ele pertencia.
Ele queria marcá-lo, espalhar seu cheiro por cada centímetro de pele, como um lembrete constante de sua posse. Queria impregnar Harry com sua presença, fazê-lo sentir-se tomado, dominado, pertencente a ele.
— Ajoelha pra mim, amor. — A voz de Louis era um comando velado de desejo. Seus olhos, escuros de luxúria, quase não deixavam transparecer o azul usual. Ele sentia o próprio pau endurecer outra vez, a tensão pulsando em seu corpo. Era impossível não imaginar aquela boca — atrevida e entregue — sendo o destino final de todo o seu desejo.
Harry se ajoelhou, os olhos cravados nos dele, postura perfeita de submissão, mas o olhar carregado de determinação. Louis sentiu o ar escapar por entre os dentes ao encarar aquela visão. Sua mandíbula travou, o autocontrole pendendo por um fio.
Lentamente, deslizou a mão sobre o volume rígido em sua calça, pressionando, sentindo o pré-gozo umedecer o tecido. Um gemido rouco escapou de seus lábios antes que enfiasse a mão por dentro da calça, libertando seu pau — grosso, quente, pulsante — diante do olhar faminto de Harry.
De volta ao presente, Louis acariciou a glande inchada e capturou parte do pré-gozo com os dedos. Se inclinando, ele roçou contra os lábios de Harry, espalhando o líquido como um gloss pecaminoso. Os lábios dele ficaram brilhantes, convidativos.
— Porra, querido — Louis murmurou com a voz grave e rouca, os olhos escuros cravados em Harry. — Eu penso tanto em como vai soar a sua voz depois que eu foder essa garganta com o meu pau. É isso que você quer, não é? Que eu vá tão fundo que suas cordas vocais se rendam a mim? Que o meu pau seja a única coisa capaz de calar você, amor?
A respiração de Harry estava descompassada, o peito subindo e descendo rapidamente enquanto ele absorvia cada palavra. Seus olhos estavam fixos em Louis, seguindo os movimentos lentos e deliberadamente provocantes que ele fazia. Cada gesto parecia planejado, uma tortura sensual que fazia o sangue pulsar nos ouvidos de Harry e seu coração bater forte. Seus lábios se entreabriram, como se respondessem automaticamente ao comando silencioso.
Louis segurou o próprio pau, os dedos deslizando pela pele quente enquanto observava Harry com um sorriso malicioso nos lábios. Ele parecia saborear o controle que tinha, uma satisfação evidente em seu olhar, como se dissesse sem palavras: Você já é meu. Sempre foi.
— Abra sua boca pra mim, querido. — A voz de Louis era baixa, quase um sussurro, mas carregada de autoridade. Uma ordem envolta em doçura.
Harry, sem hesitar, deixou toda a relutância de lado, assumindo sua total entrega. Ele abriu a boca com devoção, tomando a glande entre os lábios e fechando-os ao redor do comprimento de Louis, arrancando dele um gemido grave e rouco.
Porra, aquilo era alucinante.
A mente de Louis se esvaziou de qualquer outra coisa. Nada mais parecia existir. A sensação era esmagadora, uma onda de prazer que fazia suas células vibrarem e sua química corporal explodir em dopamina.
Harry se inclinou mais, tomando o membro de Louis com determinação. O contraste da pele quente e dourada de Louis contra os lábios rosados de Harry era bonito demais, quase hipnotizante. Mesmo que fosse impossível para Harry engolir tudo sem engasgar, ele tentava. E isso era suficiente para fazer Louis fechar os olhos com força, mergulhado na intensidade daquele momento.
Nenhuma outra boca, nenhum outro toque, jamais tinha sido assim. Harry fazia aquilo parecer mais que prazer; era quase arte.
Naquele instante, Harry era a estrela de um filme que nunca seria exibido nos telões de Hollywood, mas Louis construiria um cinema inteiro se fosse necessário, apenas para garantir que ele continuasse a brilhar como a protagonista.
Harry gemia ao redor do pau de Louis, inalando seu cheiro e movendo a boca com maestria. Os sons molhados e gulosos ecoavam pela sala como uma melodia proibida, enchendo o ambiente com uma sinfonia de prazer aumentando o tesão de Louis, Louis esse que se arrepiava a cada instante, completamente rendido à visão diante de si: os olhos brilhantes de Harry, o olhar ardente, o jeito que ele se dedicava, mesmo enquanto a mão de Louis agarrava com força seus cachos.
Seus quadris estalaram para frente em busca de mais ritmo frenético, e Harry pressionou as palmas contra as coxas de Louis. Mas, em vez de afastá-lo, Harry o puxou ainda mais para si, as mãos agarrando suas coxas com firmeza. Ele revirou os olhos, completamente entregue, enquanto Louis enchia sua boca até o limite. A garganta de Harry apertava ao redor dele, tornando a sensação ainda mais intensa.
Era pura devoção.
— Bom garoto, querido — Louis elogiou enquanto acariciava os cabelos macios de Harry.
Então, com um gemido rouco, Louis atingiu o ápice se derramando profundamente na garganta de Harry que fez pressa em engolir e relaxar para que toda a porra descesse e não o engasgasse. O orgasmo parecia não ter fim, dominando seu corpo e sua voz. E, mesmo enquanto ele se recuperava, Harry continuava sugando com dedicação, como se esperasse por uma segunda vez ao ter o gosto de Louis em sua boca.
A sala estava elegantemente decorada, cheia de pessoas bem-vestidas que conversavam com taças de champanhe em mãos. Luzes quentes iluminavam o ambiente, destacando os móveis refinados e o toque luxuoso do evento. Harry estava ao lado de Rose, que parecia ainda mais encantadora em um vestido elegante que realçava sua beleza clássica. Ela era o centro das atenções, apresentando-o para todos os convidados importantes com um sorriso impecável e uma fala articulada, que soava quase ensaiada.
— Harry é tão dedicado. Vocês não acreditariam na determinação dele. — A voz de Rose era doce e polida, cheia de adjetivos e elogios. Ela os oferecia generosamente a cada pessoa que os abordava, como se estivesse representando um papel em um filme.
Harry tentava acompanhar, mas sua mente estava em outro lugar. Ele observava Rose gesticulando e sorrindo, mas a maneira como ela falava e se portava parecia quase artificial. Como se cada palavra tivesse sido cuidadosamente escolhida para impressionar. Era exaustivo e ele mal conseguia lembrar o nome das pessoas para quem havia apertado a mão naquela noite.
— Sim, senhor, ele é incrível, está cursando... — A voz de Rose o trouxe de volta ao momento, enquanto ela falava com um homem que Harry havia escutado ser dono de uma das maiores empresas presentes. Não tão poderoso quanto Louis Tomlinson, claro, mas ainda assim, influente o suficiente para atrair a atenção de Rose.
Ao ouvir o nome de Louis, Harry não conseguiu evitar. Instintivamente, seus olhos começaram a procurá-lo pela sala. Ele sabia que Louis estava ali, mas até então, tinha se mantido longe.
E então, ele o viu.
Louis estava do outro lado do salão, conversando com uma mulher loira que Harry reconheceu imediatamente. Era ela. A mesma mulher que ele viu com Louis naquele dia – o dia em que ele se despediu dela com um selinho casual antes de arrastar Harry para sua sala e, como um idiota, ele se deixou levar e o chupou ali, escondido.
A visão deles juntos fez algo ácido revirar no estômago de Harry. Louis estava próximo demais dela, o braço descansando de forma descontraída ao redor de sua cintura. Eles riam, trocavam olhares cúmplices. Pareciam perfeitos juntos, como um verdadeiro casal.
Harry apertou os punhos discretamente, um nó de raiva e amargura se formando em sua garganta. Aquela intimidade entre eles o incomodava de um jeito quase irracional. Era ridículo. Ele sabia disso, mas não conseguia evitar.
— Harry? — Rose chamou, interrompendo seus pensamentos. Ele percebeu que estava distraído, com o olhar fixo em Louis e a loira, mas ela não parecia ter notado.
— Desculpe, estava pensando em algo. — Ele respondeu rápido, forçando um sorriso enquanto passava o braço pela cintura de Rose, a puxando para mais perto.
Rose sorriu, contente com o gesto, e continuou a conversa com os convidados. Mas Harry não conseguia tirar os olhos de Louis, mesmo enquanto mantinha Rose ao seu lado, quase como um escudo.
Era irritante. A maneira como Louis estava tão à vontade, a proximidade com aquela mulher, como se nada no mundo pudesse tocá-lo. A raiva de Harry crescia com cada risada que eles trocavam.
Para disfarçar o tumulto em sua mente, ele decidiu se agarrar ainda mais a Rose. Passou a mão pela lateral do vestido dela, murmurando algo sobre como ela estava deslumbrante naquela noite. Ela riu e virou-se para ele, tocando suavemente seu rosto.
— Você está bem? Parece tão... pensativo. — Rose perguntou com um sorriso gentil, seus olhos o estudando de perto.
— Estou, só admirando você. — Ele mentiu, se inclinando para dar um beijo rápido em sua testa.
Ela corou levemente, rindo de forma adorável, enquanto os dois voltavam a interagir com os outros convidados. Mas Harry ainda sentia o peso do olhar de Louis atravessando o salão, como se ele soubesse exatamente o que estava fazendo.
E então, como se para confirmar suas suspeitas, Louis ergueu os olhos e encontrou os de Harry. Ele não sorriu. Não fez nenhum gesto. Apenas manteve o olhar firme, carregado de algo que fazia o sangue de Harry ferver e a raiva dentro dele aumentar ainda mais.
Naquele momento, Harry soube que Louis estava brincando com ele, testando seus limites.
Ridículo, pensou Harry, apertando a cintura de Rose com mais firmeza, como se quisesse convencer a si mesmo de que estava tudo bem. Mas ele sabia que, enquanto Louis estivesse ali, nada estaria.
Harry sentia o corpo tenso, como se cada fibra de seus músculos estivesse prestes a estourar. Era insuportável o jeito como Louis parecia tão despreocupado, tão desleal ao que eles tinham, mesmo que “o que eles tinham” fosse algo que não deveria nem mesmo existir. A raiva e o ciúme fervilhavam sob sua pele, enquanto ele apertava ainda mais a cintura de Rose, buscando algum alívio para o incômodo.
— Você está estranho hoje. — Rose comentou, rindo suavemente, enquanto acariciava o rosto de Harry com a ponta dos dedos. — Não gosta de festas assim, né?
— Não, é só... — Ele hesitou, forçando um sorriso. — Só estou cansado.
Era mais fácil mentir do que dizer a verdade. Como ele explicaria a ela que não conseguia tirar os olhos de Louis? Que cada risada da mulher loira o fazia sentir como se estivesse sendo esfaqueado?
Rose parecia satisfeita com a resposta e puxou Harry pela mão, levando-o para outro grupo de pessoas. Ele tentou se concentrar, prestar atenção nas apresentações e nas conversas, mas sua mente estava presa do outro lado do salão, onde Louis continuava próximo àquela mulher, rindo e agindo como se fosse o centro do universo.
E então aconteceu.
Enquanto Harry ainda olhava disfarçadamente na direção de Louis, ele viu algo que fez sua respiração parar. Louis inclinou-se, aproximando a boca do ouvido da mulher loira. O sorriso que ela deu, junto com o jeito como tocou o braço de Louis, foi como um soco no estômago de Harry.
Era demais.
Sem pensar, ele se virou para Rose e, em um movimento impulsivo, a puxou para mais perto.
— Você está tão linda hoje. — Ele murmurou, a voz um pouco mais rouca do que pretendia.
Rose riu, claramente surpresa, mas não rejeitou o carinho.
— Obrigada, amor. — Ela respondeu, tocando suavemente o rosto de Harry antes de se inclinar para beijá-lo.
O beijo foi lento, mas Harry colocou mais intensidade do que de costume, como se quisesse que alguém visse, como se quisesse que Louis visse. Ele segurou a cintura de Rose com firmeza, aprofundando o beijo enquanto sua mente gritava por controle.
Quando finalmente se afastaram, Rose estava levemente corada, um sorriso brilhando em seu rosto.
— O que foi isso? — Ela perguntou, rindo.
— Só queria lembrar você de como eu sou sortudo. — Ele mentiu novamente, forçando um sorriso que não alcançava os olhos.
Mas quando Harry voltou a olhar na direção de Louis, percebeu que o outro homem não estava mais sorrindo. Louis os observava com uma expressão indecifrável, mas seus olhos brilhavam com algo que Harry conhecia bem: irritação.
Porém, Louis não fez nada de imediato. Ele apenas se recostou na cadeira, levando o copo de uísque à boca de forma lenta, os olhos ainda fixos em Harry. Era um jogo, claro, e Harry sabia que estava sendo manipulado. Mas isso não o impediu de sentir um fio de satisfação ao perceber que havia conseguido chamar a atenção de Louis.
Alguns minutos depois, Rose precisou se afastar para conversar com uma amiga que acabara de chegar, deixando Harry sozinho por alguns instantes. Antes que ele pudesse sequer respirar fundo, sentiu um toque em sua coxa. Apertando o meio de sua coxa macia.
Olhou para o lado e lá estava ele. Louis, sentado ao seu lado, com a postura relaxada, mas os olhos carregados de intenções.
— Parece que você está se divertindo muito. — Louis murmurou, sua voz baixa o suficiente para que apenas Harry pudesse ouvir.
Harry tentou se afastar, mas a mão de Louis apertou sua coxa com força, mantendo-o no lugar.
— Se limite aos carinhos enquanto eu estiver aqui. — Louis disse, a voz ainda baixa, mas carregada de autoridade.
Harry se virou para ele, os olhos faiscando de raiva.
— Você não manda em mim, Louis. — Ele respondeu, a voz saindo em um sussurro furioso.
Louis riu suavemente, o polegar deslizando pela coxa de Harry em um toque provocador.
— Eu mando mais do que você gostaria de admitir, amor. — Ele rebateu. Então, se inclinou mais perto, quase colando os lábios ao ouvido de Harry. — Me encontre perto da sauna em quinze minutos. Não me faça repetir isso.
O coração de Harry disparou, e ele se sentiu dividido entre a raiva e o desejo.
— E se eu não for? — Ele desafiou, tentando recuperar algum controle.
Louis soltou uma risada baixa, quase como se estivesse se divertindo com a tentativa de desafio. Mas, dessa vez, havia algo mais escuro em sua expressão. Sem se abalar, ele se aproximou ainda mais, o suficiente para que Harry sentisse o cheiro familiar do perfume dele. Os dedos de Louis subiram lentamente pela coxa de Harry, apertando com força suficiente para causar uma mistura de dor e prazer.
— Você vai, querido. — Louis sussurrou, com uma confiança desconcertante, que fazia a espinha de Harry se arrepiar. Harry tentou se afastar, mas a mão de Louis continuava firme em sua coxa, como uma corrente que o prendia no lugar. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, sentiu os lábios de Louis roçarem sua bochecha, o toque tão leve que parecia mais uma provocação do que um gesto carinhoso. — Eu preciso de você de novo, meu amor! Me ajude a te ter de novo.
Harry fechou os olhos instintivamente. A respiração saiu em um tremor involuntário quando a boca de Louis ficou perigosamente perto do canto de seus lábios. Ele sabia que deveria afastá-lo, que deveria dizer algo, mas o calor do toque de Louis o envolvia como um véu. Seus dedos tremiam enquanto apertavam o braço de Louis, numa mistura de raiva e rendição.
— Louis... — Ele começou, mas a voz morreu antes que pudesse completar a frase.
Harry permaneceu em silêncio, os olhos fechados, tentando recuperar o fôlego. Cada fibra do seu ser parecia gritar contra a ideia de ceder, mas a vontade de resistir desaparecia mais rápido do que ele conseguia controlar.
Com uma confiança inabalável, Louis se levantou e ajeitou o paletó. O sorriso satisfeito em seus lábios era quase irritante, mas, ao mesmo tempo, fascinante. Ele olhou para Harry uma última vez antes de murmurar:
— Não se atrase.
E então, Louis caminhou tranquilamente pelo salão, como se nada tivesse acontecido. Ele não olhou para trás, não precisou. Louis sabia que Harry iria. Ele sempre ia.
Harry ficou sentado, o coração martelando no peito, enquanto tentava processar as palavras e o toque de Louis. A sensação da mão apertando sua coxa ainda estava ali, como um lembrete de que ele era incapaz de resistir.
— Tudo bem? — Rose perguntou, voltando e tocando suavemente o ombro de Harry, interrompendo seus pensamentos.
— Sim. — Harry mentiu, a voz quase um sussurro.
Mas, por dentro, ele sabia que era só uma questão de tempo. Ele não queria ir. Ele não devia ir. Mas a verdade era óbvia e impossível de ignorar. Ele iria.
E enquanto os minutos passavam, Harry continuava sentado, lutando contra o desejo que sabia ser inevitável. Ele olhou para o relógio, o ponteiro marcando o tempo exato que o separava de Louis.
Quando se levantou, com uma desculpa rápida para Rose, ele sabia que a batalha já estava perdida.
O vapor denso tomou conta de Harry assim que ele empurrou a porta da sauna. Ele estáva nu, exceto pela toalha, que ele está segurando para salvar sua vida, se agarrando a ela como se fosse algum tipo de cobertor de segurança.
Não é o que ele esperava - embora ele não possa dizer exatamente o que esperava.
Ele nunca esteve em um desses lugares antes - com muito medo de que alguém o visse entrando ou saindo e então seu segredo fosse revelado. Rose.
Ele poderia se culpar por não pensar nela nesse instante.
Nem todas as surpresas são ruins.
Para começo de conversa, o lugar é menos decadente do que Harry esperava. Há uma atmosfera quase jovial, como um clube de campo exclusivo, como se todos estivessem ali para algo tão inofensivo quanto uma partida de golfe—o que seria cômico, considerando tudo.
Mas não é isso que prende sua atenção.
O ambiente é impecável, com uma estética moderna que beira o escandinavo: linhas limpas, tons de neon sutilmente espalhados, a iluminação baixa e envolvente. O ar está impregnado com uma mistura de cloro e patchouli, um cheiro que consegue ser ao mesmo tempo higiênico e sensual. O calor o envolve de imediato, uma sensação úmida e sufocante contra sua pele. Mas não é isso que faz seu coração disparar.
É ele.
Louis está lá.
Sentado sobre os bancos de madeira, o vapor envolvendo seu corpo nu como um véu malicioso. Seu cabelo está úmido, desgrenhado, as gotas de suor escorrendo pela curva de seu pescoço, pelo contorno do peitoral. Mas são seus olhos que fazem Harry prender a respiração.
O olhar de Louis o percorre sem pressa, deslizando lentamente, devorando cada centímetro de sua pele. As pupilas dilatam à sua frente, e Harry vê o momento exato em que o maxilar de Louis se contrai, como se lutasse contra algo inevitável.
Seu. Seu. Seu.
A palavra ressoa dentro de Harry como uma corrente elétrica, aquecendo-o de dentro para fora.
Ele se move para frente, passos calculados, sem desviar os olhos de Louis. Sabe exatamente o que está fazendo, exatamente o que quer provocar. E funciona—porque, com cada passo que ele dá, o corpo de Louis responde.
A respiração de Louis vacila. Seu pau endurece, erguendo-se contra a pele de seu abdômen, uma evidência crua de desejo, de necessidade. Mas mais do que isso, é o modo como ele olha para Harry—como se estivesse à beira de perder o controle, como se estivesse esperando pelo momento certo para reivindicar o que já é seu.
Harry se deleita com o poder que sente. Com o modo como pode afetá-lo, com a tensão que paira entre eles, espessa como o vapor ao redor. Mas, mais do que isso, o que o excita de verdade é lembrar.
Lembrar de como aquele mesmo pau, agora rígido e latejante, já esteve dentro dele. De como aquelas mãos, tão marcadas por veias salientes, seguraram sua cintura com força suficiente para deixá-lo tonto. De como seus dedos afundaram em sua carne enquanto Louis o puxava para mais perto, mais forte, mais fundo.
E de como foi divino assistir Louis se desfazer sob sua boca, os gemidos quebrados, o gosto quente e salgado na sua língua.
Harry se aproxima mais.
Agora, ali, naquele espaço abafado e solitário, ambos estão despidos. Não há nada entre eles. Nenhuma barreira, nenhum pretexto, nenhuma desculpa. Apenas pele, desejo e aquela sensação pulsante de que nada além disso importa.
E, ao ver os olhos de Louis queimando sobre ele, Harry percebe—ele já perdeu essa batalha há muito tempo.
Harry para diante dele, tão perto que consegue sentir o calor que emana do corpo de Louis. Ele abaixa o olhar, deslizando lentamente pelos ombros largos, pelo peito brilhando de suor, pela tensão nos músculos da barriga—até finalmente parar no pau de Louis, duro e pesado, repousando contra sua própria pele.
Ele engole em seco, sentindo o corpo inteiro responder à visão.
— Você não tem vergonha nenhuma — provoca, sem conseguir disfarçar o tom afetado.
Louis dá um sorriso preguiçoso, inclinando um pouco o corpo para frente, diminuindo ainda mais a distância entre eles.
— Você gosta disso.
Harry sente o rosto esquentar, mas não é vergonha—é desejo, puro e pulsante.
— Arrogante.
Louis ergue a mão e toca a cintura de Harry, os dedos quentes e úmidos da sauna se fechando sobre sua pele nua.
Harry prende a respiração.
Louis sorri de novo, quase como um aviso.
— Quero foder você. - Louis disse. Harry não notou o momento em que se sentou sob o colo de Louis, mas ele estava sentado de frente a ele.
A toalha não o cobria mais, e isso o deixava a mercê de Louis.
— Eu quero foder você, amor. Te marcar com o meu pau, sentir você em cada espasmos que você me der.
— Louis... — Harry engole em seco, os pulmões pesados pelo calor e pelo desejo esmagador que ameaça consumi-lo por completo.
Louis observa sua reação de perto, os olhos semicerrados, os dedos afundando um pouco mais na carne.
Harry fecha os olhos por um segundo, tentando recuperar algum controle, mas é inútil. Seus dedos se apertam nos ombros úmidos de Louis, buscando alguma âncora, algum resquício de resistência.
Mas já é tarde demais.
Ele nunca quis ganhar essa batalha.
— Seja um bom garoto pra mim, amor.
O corpo de Harry respondeu antes mesmo que ele pudesse processar as palavras. Um arrepio percorreu sua pele, um fogo ardente que não tinha nada a ver com a sauna. Ele se sentia febril, ofegante, como se cada célula do seu corpo vibrasse em antecipação.
Passou a língua pelos lábios secos, umedecendo-os de forma involuntária, mas o movimento não passou despercebido. Os olhos de Louis seguiram o gesto automaticamente, fixando-se na boca molhada e entreaberta de Harry.
Um brilho malicioso surgiu no olhar dele.
Com uma calma quase cruel, Louis deslizou as mãos pelas costas de Harry, pressionando-o firmemente contra si por um breve momento, antes de deitá-lo lentamente contra o banco de madeira.
O contraste da pele quente de Harry contra o material sólido e levemente áspero fez um arrepio percorrer sua espinha. As luzes vermelhas e baixas da sauna lançavam sombras sensuais sobre seus corpos, o tom quente iluminando a pele clara de Harry, fazendo-o parecer ainda mais intocado, vulnerável — algo precioso a ser adorado.
Louis se afastou ligeiramente, os olhos devorando cada detalhe como se estivesse diante de uma obra-prima renascentista.
Harry estremeceu. Seu corpo estava em chamas, os músculos tensos, as coxas pressionadas uma contra a outra, tentando conter o desejo que ameaçava transbordar.
Então Louis se moveu novamente, as pontas dos dedos deslizando devagar sobre sua pele febril, explorando-o com paciência torturante.
E então, quando finalmente seus olhos desceram pelo corpo de Harry e se fixaram entre suas pernas, ele murmurou, com um sorriso satisfeito nos lábios:
— Tão perfeito… Como se estivesse esperando só por mim.
Harry soltou um suspiro trêmulo.
Ele estava. Sempre esteve.
— Você sabe que eu sou o único que te tem assim, querido. Não existe mais ninguém.
Harry fechou os olhos quando sentiu Louis tocá-lo ali, com uma lentidão torturante. Ele queria que Louis o fodesse logo, devagar, mas com firmeza. Ainda assim, os toques provocativos do outro o preenchiam de prazer, acendendo cada nervo do seu corpo.
E então Louis se abaixou.
Harry gemeu alto, seu pau pulsando forte, chamando atenção. Louis ergueu o olhar, os lábios perigosamente próximos à entrada do outro e ao seu pau, esquecido entre as pernas trêmulas.
— Você quer que eu te toque aqui, amor?
Louis pressionou um beijo curto na pélvis de Harry, perto demais do seu pau dolorido. A pulsação involuntária fez com que a glande quase roçasse o rosto de Louis, que apenas sorriu.
— Quer que eu cuide disso pra você, querido?
Harry assentiu desesperado, choramingando quando Louis sussurrou "bom garoto" contra sua pele, repetindo as palavras como uma provocação lenta e torturante. O sopro quente atingiu a glande de Harry, fazendo-o arfar e se contorcer, tomado pelo desespero.
— Por favor, Louis… por favor…
Ele odiaria estar implorando, mas naquele momento, nada importava além de sentir Louis.
— Coloque na minha boca, querido…
E como se o próprio pau de Harry tivesse vida, ele se ergueu, encontrando a língua de Louis. Quando os lábios quentes e macios se fecharam lentamente ao redor dele, sugando-o, Harry gritou. Sua cabeça tombou para trás, os olhos revirando com a onda avassaladora de prazer, enquanto seu quadril se ergueu, faminto por mais.
Harry cravou as unhas na madeira abaixo de si, arranhando com força enquanto sentia os beijos deslizando por cada centímetro da pele sensível de seu pau. Ele pulsava, vazando pré-gozo.
Uma das mãos de Louis repousava em sua cintura, enquanto a outra envolvia seu pescoço. Ora apertava com firmeza, arrancando arranhões desesperados do pulso de Louis, ora aliviava a pressão, apenas para torturá-lo mais.
Os lábios de Louis apertavam ao redor dele, sugando, chupando, levando-o até o fundo da garganta. Foi demais para Harry. Sem aviso, seu corpo sucumbiu, um orgasmo violento tomando conta dele.
Louis apertou sua garganta no instante em que ele gozou, restringindo parte do ar que entrava em seus pulmões. A visão de Harry escureceu por um segundo antes de clarear novamente, e quando o ar voltou com força, ele sentiu seu prazer se expandir, alcançando um patamar inimaginável.
Seu peito subia e descia rápido demais, tentando recuperar o fôlego.
Louis subiu por sua pélvis, deixando um rastro úmido de beijos e lambidas da sua entrada até a barriga. Então, fechou os lábios ao redor da coxa de Harry e mordeu, forte o suficiente para deixar a marca de seus dentes na pele branca e sensível.
— Preste atenção.
Harry parecia fora de órbita, perdido no prazer, mas Louis não lhe deu trégua.
— Querido, quero que foque no que vou dizer.
Ele afastou os cachos úmidos de suor que caíam sobre os olhos e a testa de Harry. Os olhos verdes voltaram para ele, ainda brilhantes e turvos.
— Não quero que feche os olhos quando eu estiver te fodendo. Quero que me olhe o tempo todo enquanto eu te tomo. Entende o que quero dizer?
Harry arfava, sentindo Louis se mover sobre ele — lento demais, provocante demais. A espera era torturante.
— Louis… por favor… só…
A glande de Louis passou pela sua entrada em uma provocação insuportavelmente lenta, arrancando um gemido trêmulo de Harry. Seu corpo reagiu, arqueando-se, um soluço escapando de seus lábios sem que ele percebesse… até sentir os dedos de Louis capturando uma lágrima solitária que escorria por sua pele.
— Não precisa chorar, amor… Eu vou te dar o que você quer.
A voz de Louis era baixa, rouca, carregada de promessas.
— Consegue sentir? Seu corpo está ansioso, implorando por mim… Você sente o quanto ele gosta quando eu estou dentro de você, querido?
Harry arqueou as costas, gemendo forte ao senti-lo finalmente entrar, preenchendo-o com firmeza. O desespero, a frustração e a agonia evaporaram de seu corpo, dando lugar ao prazer absoluto.
As mãos de Harry deslizaram pelas costas de Louis, as unhas cravando na pele quente enquanto ele sentia o outro entrando devagar dentro de si. Tentou afastar mais as pernas, em busca de mais espaço, mas Louis não permitiu. Ele estava completamente no controle.
Os olhos permaneceram conectados—uma linha invisível de tensão entre os dois. Sem mais demora, Louis começou a se mover sobre o corpo de Harry, entrando lentamente e saindo no mesmo ritmo torturante. Sua mão segurava firme a coxa de Harry, puxando sua perna para se encaixar melhor em seu quadril.
Harry parecia hipnotizado. A maneira como Louis saía completamente de dentro dele apenas para entrar de novo, tão devagar, o fazia implorar por mais.
— Você pode fingir o quanto quiser, exibir-se para qualquer pessoa, querido… Mas isso não muda nada. Você ainda é meu.
Os dedos de Louis cravaram na coxa de Harry, arrancando dele um engasgo misturado com um choramingo. O corpo de Harry tremeu ao contato, e seus olhos brilharam sob a luz vermelha do ambiente, as pupilas dilatadas pelo desejo.
— Você me entende, amor? — A voz de Louis era rouca, baixa, enquanto as lágrimas silenciosas de Harry continuavam escorrendo por suas bochechas suadas.
E Harry sabia. Sabia que Louis não tomava apenas seu prazer, seu calor, suas lágrimas. Ele tomava tudo. Ele sempre tomava tudo.
— Não foda mais ninguém.
As palavras escaparam antes que ele pudesse segurá-las. Ele não tinha o direito de dizer aquilo, e talvez, em qualquer outro momento, tivesse se arrependido. Mas agora… agora sua mente estava dormente demais para se importar.
Louis arqueou as sobrancelhas, o estudando com atenção.
— Você não quer? — Louis provocou, os lábios roçando levemente os de Harry.
— Eu não quero que você faça isso com ninguém além de mim.
Os olhos de Louis se tornaram afiados, um brilho perigoso se formando ali.
— Diga, amor… — Ele murmurou contra seus lábios, os músculos do corpo se contraindo quando Harry apertou em torno dele. — Ou será que você é só uma putinha manipuladora e gostosa, que faz de tudo pra receber minha porra?
Harry arfou, o corpo inteiro tremendo ao ouvir as palavras seguintes:
— Aposto que você seria capaz de se banhar em uma banheira do meu esperma se eu pedisse.
O prazer de Harry se intensificou. Ele não conseguia negar.
As palavras de Louis fizeram o corpo de Harry estremecer violentamente. O desejo e a vulnerabilidade o consumiam por inteiro, deixando-o exposto, entregue.
— N-não… foda mais ninguém além de mim… — Ele implorou, a voz falhando em meio a soluços, os olhos marejados transbordando emoção.
E Louis atendeu ao pedido da única maneira que sabia.
Com um movimento bruto, ele estocou fundo, arrancando de Harry todo o ar dos pulmões. O choque percorreu seu corpo como um raio, fazendo suas costas arquearem contra a madeira dura sob si. Os dedos de Harry se agarraram ao lençol, desesperados por algum tipo de ancoragem enquanto seu mundo girava ao redor do prazer avassalador.
Antes que ele pudesse sequer recuperar o fôlego, Louis deslizou a mão entre seus corpos, envolvendo seu pau com firmeza. Não precisou de muito — apenas um toque lento, o polegar acariciando a glande com suavidade torturante. Foi o bastante para que o corpo de Harry se rendesse completamente, tremores violentos o percorrendo, músculos contraindo-se de prazer.
Mas o melhor…
A melhor parte foi senti-lo.
Sentir o jeito que Louis estremeceu dentro de si, os espasmos tomando conta de seu corpo quando ele se derramou fundo, enchendo Harry, preenchendo-o até que tudo parecesse demais.
Demais e, ao mesmo tempo, nunca o suficiente.
O peito de Louis subia e descia rapidamente, os olhos fixos em Harry como se ele fosse a única coisa que importava no mundo. Ele deslizou uma mão pela nuca de Harry, puxando-o para perto, colando suas testas enquanto tentavam recuperar o fôlego.
— Só você… — Louis murmurou contra seus lábios, ainda dentro dele, ainda queimando de desejo e sentimento. — Eu só quero você, Harry.
E Harry acreditou.
Porque, naquele momento, era impossível não acreditar.
Harry não sabia exatamente quando adormeceu, mas quando acordou, percebeu que não estava mais no mesmo lugar. O ambiente ao seu redor era diferente, e o travesseiro sob sua cabeça tinha uma textura macia, com pelinhos que faziam cócegas em seu nariz.
— Se você apertar mais meu peito, vai acabar me esmagando. — A voz rouca e arrastada de Louis ecoou contra seu ouvido.
Num sobressalto, Harry abriu os olhos, piscando algumas vezes antes de se afastar rapidamente. Foi então que percebeu o quão entrelaçados estavam. As pernas de um enroscadas no outro, uma das mãos de Louis ainda pousada firmemente em sua cintura, segurando-o no lugar.
E Louis…
Louis parecia que havia acabado de sair de um filme pornô. Os cabelos bagunçados, os lábios inchados e avermelhados, os olhos azuis tão claros e intensos. E, claro, as marcas em seu pescoço, em seu peito—marcas que Harry sabia muito bem de onde tinham vindo.
Sentindo o rosto corar levemente, ele ergueu o cobertor e espiou Louis por cima dos cílios.
— Venha aqui. — Louis puxou Harry para cima de si e o beijou.
Harry se perdeu no contato, se perdeu na sensação das mãos quentes de Louis segurando sua cintura, apertando como se quisesse fundi-los em um só. Seu corpo inteiro pedia por mais, queria se esfregar contra Louis como um filhote carente buscando atenção. E, quando se ajustou no colo dele, percebeu algo.
Algo duro e quente se pressionando entre suas coxas.
A ereção escancarada de Louis.
Harry arfou, surpreso, mas Louis apenas riu, os olhos semicerrados de puro prazer.
— Por que essa surpresa, amor? Você já o tomou noite passada… — A voz arrastada de Louis carregava um tom de provocação.
Sentindo-se subitamente envergonhado, Harry escondeu o rosto na curva do pescoço dele. Mas não foi o suficiente para impedir que os dedos ágeis de Louis se movessem até sua bunda, segurando-o e guiando seus quadris para rebolar lentamente sobre ele.
— Você é um… um ordinário… — Harry murmurou entre os dentes, incapaz de segurar um gemido baixo enquanto a fricção crescente acendia seu desejo mais uma vez.
Louis apenas sorriu, jogando os braços atrás da cabeça, como se estivesse se deliciando com o espetáculo.
— Você parece tão necessitado do meu pau, querido… — Ele lambeu os lábios, os olhos brilhando de malícia. — Por que não me mostra o quanto quer?
O olhar faminto de Harry encontrou o de Louis, e, sem hesitar, ele ergueu o quadril e se posicionou.
— Senta, minha putinha… — Louis ordenou com a voz carregada de luxúria.
Harry obedeceu.
Desceu lentamente, sentindo cada centímetro do pau de Louis o preencher, o abrir e o fazer gemer de puro prazer. Louis apertou os punhos contra o colchão, a respiração entrecortada.
A combinação de reboladas lentas e quicadas ritmadas sobre o colo de Louis o levava à loucura. Os gemidos de Harry se misturavam aos rosnados baixos de Louis, o calor entre seus corpos criando um ritmo intenso, insaciável.
— Porra… — Harry jogou a cabeça para trás, os olhos se fechando conforme o prazer crescia.
Mas Louis não permitiu.
Com um puxão firme nos cachos de Harry, ele o fez abrir os olhos novamente.
— Eu disse para não fechar os olhos. Quero vê-los enquanto te faço gozar.
Harry soltou um soluço de prazer, rebolando mais rápido, sentindo seu limite se aproximar.
E então, em uma única descida, ele atingiu o ápice.
Seu orgasmo o atingiu com força, seus músculos se contraindo ao redor de Louis, fazendo-o gemer alto e afundar os dedos na pele de Harry. A pressão interna foi demais para ele, e Louis veio logo em seguida, derramando-se dentro de Harry enquanto os dois desabavam, ofegantes.
Harry caiu sobre o peito de Louis, exausto, o coração martelando contra o dele. As pernas de Louis se entrelaçaram às suas, e os dedos longos se moveram até seus cachos, brincando suavemente com os fios suados.
O momento, por mais insano e carregado de luxúria, parecia doce.
O peito de Louis subia e descia sob Harry, suas respirações ainda descompassadas enquanto o calor entre seus corpos começava a esfriar. Os dedos de Louis continuavam brincando com seus cachos, num carinho distraído, quase automático.
Harry fechou os olhos por um instante, se permitindo aproveitar aquele toque. Permitir-se esquecer, ainda que por alguns minutos, o que isso significava.
Mas a realidade bateria à porta cedo ou tarde.
E Harry sabia disso.
Ele se afastaria, Louis deixaria escapar um comentário provocativo, e tudo voltaria ao normal — ou ao que quer que fosse esse estranho jogo de desejo, ódio e saudade que insistiam em repetir.
Ainda assim, por mais que soubesse que deveria se levantar, se vestir e ir embora, ele ficou.
Permaneceu ali, com o rosto enterrado no pescoço de Louis, sentindo seu cheiro, seu calor.
Porque, independentemente de tudo… estar ali, estar contra o peito de Louis, ainda era — e sempre seria — bom demais para abrir mão.
Obrigada pela sua leitura, e até breve! 🤍🪽
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ㅤㅤㅤㅤㅤ"POÇÃO OU FEITIÇO?" ✦— L. H.
— Haechan ex!boyfriend × Leitora.
— categoria: smut (e enrolação porque vocês me conhecem).
— word count: 1302
— notinha da Sun: antes que vocês digam que é plágio KKKKKK Me inspirar na estética da @hansolsticio pra esse post foi estrategicamente planejado KKKKKKK A verdade, Solie, é que eu já tava há muito tempo com esse seu pedido na mente, mas nunca soube muito bem como desenvolver. Bom, até hoje KKKKKKKK Fiz uma fusão das maiorais “Poison” do Dream e “Spell” do Seventeen. Afinal, como toda Glinda tem sua Elphaba, toda czennie tem sua carat 💚🩷

Você não conseguia simplesmente ignorar sua respiração acelerada, a gotinha solitária de suor descer devagar pela sua espinha, molhando o collant preto. Haechan tinha parado de reclamar de cada passo seu. Na verdade, você sabia melhor do que ninguém que ele não estava somente te enchendo o saco. Em parte, sim, afinal vocês eram ex-namorados que teoricamente deveriam se odiar, mas não era exatamente o que acontecia. Haechan continuava te protegendo em segredo das garotas da escola de balé metidas a besta, que claramente tinham inveja da que elas chamavam de suburbana, e você continuava ficando até o último minuto no estúdio só pra tentar dividir o mesmo ônibus que ele, mesmo que, quando ele colocava os AirPods, sua atenção instantaneamente recaísse sobre a música nos seus ouvidos.
Já estava escuro quando vocês repassaram pela última vez o dueto que aprenderam quando ainda namoravam. Você fez de tudo para tentar mudar sua dupla, mas nenhum dos garotos tinha a facilidade que Haechan sempre teve de se conectar com você. Não era só sincronia; era conexão de almas.
Tanto você quanto Haechan já tinham trocado de roupa quando, de repente, a luz se fez ausente no estúdio, muito provavelmente devido à chuva torrencial que desabava lá fora, fazendo todo seu ânimo de retornar para casa desaparecer, porque você sabia que ficaria por um bom e precioso tempo estagnada no trânsito da cidade, e você já conseguia escutar as buzinas de gente estressada à distância.
— Tô com a chave do estúdio. Você tá com pressa? A gente pode ficar aqui e esperar um pouco — Haechan balançou o celular, fazendo a lanterna acender e te olhando, tentando manter a frieza nos olhos castanhos, mas você conseguia contemplar o tom chocolate derreter toda vez que ele direcionava o olhar para o seu, o que fez seu coração doer. Até pouco tempo atrás vocês eram feitos à luz um para o outro.
— Pode ser. — Você deu de ombros, como se não se importasse, mas os cabelos da franja dele, meio molhados devido ao fato de ele provavelmente ter lavado o rosto para organizar seus pensamentos condizentes a você, provocavam o mesmo nervosismo na sua barriga como na primeira vez que ficaram juntos no seu apartamento minúsculo.
Você se aproximou da barra em frente ao espelho de corpo inteiro. Não era como se estivessem no breu. A luz dos postes da rua e da lua lá fora iluminavam a sala. Certamente acontecera algo com o gerador do prédio para a luz estar demorando tanto para retornar.
Os dedos levemente ásperos e gelados de Haechan tocaram sua cintura com hesitação. Você sempre teve a postura impecável, mas, surpresa, ajeitou os ombros tentando endireitar-se quando sentiu-o abraçando-o de costas, cobrindo seu abdômen com a palma da mão, invadindo a camiseta larga que você combinara com a calça jeans. Ele escondia e esfregava o rosto na sua nuca, nos seus cabelos soltos que delineavam cachos abertos que o deixavam simplesmente maluco por você.
Ele ergueu os olhos, contemplou seu perfil pelo reflexo do espelho. Os olhos escuros, densos feito chocolate mesmo, daqueles 90% cacau, não transmitiam um desafio; pelo contrário, pareciam de um animal recém-domado, dóceis como os de um gatinho amável.
— Você sabia que eu tinha um encontro pra hoje, não é? Sua bruxa — Haechan te virou na direção dele tão rápido quanto ele te rodopiava no balé, as mãos contornando sua cintura, apertando, pressionando, sentindo você estremecer com o toque pesado e, ao mesmo tempo, gentil. Suas próprias mãos, mesmo ansiosas para tocá-lo fora de qualquer coreografia, permaneciam no ferro da barra, apertando cada vez mais, sentindo cada membro do seu corpo gradualmente perder as forças da sustentação.
Haechan não queria e nem era capaz de tirar os olhos de você nem por 1 segundo. Sendo assim, as pontinhas do cabelo meio molhado espetaram sua pele quando ele pôs a boca na sua clavícula, aproveitando a maleabilidade do tecido da camiseta que desceu, dando-o a liberdade para aspirar na sua pele, chupar a região, utilizar os dentes até se separar da sua derme e contemplá-la avermelhada.
Queria te marcar, mesmo sabendo que você não era mais dele.
— Foi só eu sentir esse seu perfume de novo pra ficar enfeitiçado — Você nem conseguia falar, sentia-se meio muda, mas suas mãos, suas mãos queriam senti-lo contra o toque e, quando o fez, tocando os braços, os bíceps e os ombros, sentiu Haechan se retesar e respirar fundo em resposta ao contato. — Porra... Você não faz ideia do quanto sinto sua falta.
— Sente? — Você questionou, os olhos pesados de tesão, e ele nem te tocara de um jeito sexual, pelo menos não até o momento. Haechan te virou de novo, te fez contemplar a si mesma e ele atrás de você, os braços envolvendo seu corpo de repente frágil, debilitado. Quando o Lee estava por perto, você precisava de um complemento que era exclusivamente ele, só ele.
— Todo dia — Ele beijou seu pescoço, te encarando pelo espelho, reconhecendo seus sinais, sua respiração acalorada que refletia na quantidade de vezes que você inspirava o ar no decorrer de 1 minuto, o coração acelerado que ele percebia só de encostar os lábios gordinhos sobre a pele do seu pescoço. A mão esquerda dele se alojou na sua cintura, enquanto a direita desceu pra sua calça jeans. Ele tirou o botão da sua casa utilizando somente o dedão e o indicador e desceu o zíper devagar. — Posso tocar uma pra você?
— Literalmente há alguns segundos atrás você tava dizendo que tava com saudades de mim, Haechan. Como você... — Você disse com um sorriso tímido. Ele sabia bem como te deixar constrangida, mas você costumava perder fácil a timidez, principalmente com as luzes apagadas. Então, quando ele inseriu o dedo médio, você revirou os olhos, pega de surpresa.
— Abre as pernas. — Você o fez, tão rápido quanto costumava corrigir a postura sempre quando era atingida por um bastão de balé por sua professora mais rígida na adolescência. Ele cobriu sua intimidade com a palma da mão enquanto o dedo médio te acertava suavemente, a fim de te instigar, esticar. Observava sua respiração, te beijava com doçura por onde sua boca conseguia alcançar. Ele se perdeu um pouco, com sua pulsação lá embaixo, o aperto nos agora dois dedos que iam e vinham. Ele te socava gentil, mas com a firmeza que um parceiro no balé deveria ter, e, quando você abriu a boca num gemido sem som, ele sorriu para o espelho, aumentando a velocidade, te fazendo tão dele que era difícil acreditar que vocês eram apenas ex-namorados.
— Senti sua falta também — Você admitiu, totalmente sem fôlego. Haechan sorriu, sem parar, sua mão praticamente te engolia.
— Engraçado você falar isso quando tô perto de te fazer gozar.
Você sorriu, os olhos quase fechados, as bochechas vermelhas, o coração acelerado. Sua mão segurou o braço dele, tentando fazê-lo parar antes que te superestimulasse. Afinal, você não sabia se conseguiria permanecer em pé sem que seus joelhos fraquejassem. Haechan cessou os movimentos gradualmente, te acalmando com beijinhos espalhados pela sua pele, afastando seu cabelo e prendendo-o com o próprio punho só pra beijar sua nuca.
— Pode me responder uma coisa, bruxinha? — Ele perguntou, olhando para você, agora de verdade. Te virou nos braços dele, envolvendo sua cintura com firmeza, te impedindo de cair de joelhos, mesmo que ele adorasse o ângulo.
— Não vou te impedir se eu disser não mesmo — Respondeu, com um brilho de brincadeira no olhar, e ele revirou os olhos, divertido.
— Foi poção ou feitiço?

@sunshyni. Todos os direitos reservados.
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penso muito no jeitinho do wonwoo todo tímido, todo 🤏🏻🐰🤓🥰 mas essa carinha dele n me engana! pq na minha cabeça esse homem deve ser o cão na cama. come com força, ama uma dirty talk e tapas
muito se fala do shua carinha de santo, mas vocês esquecem de tentar combater o maior demônio do seventeen que é o wonwoo





n/a: basicamente você e o wonu tendo uma conversa super saudável sobre isso (eu li as palavras 'dirty talk' e simplesmente perdi a mão)
"Vocês dois têm jeito de casal virgem."
Wonwoo remoía a frase pela enésima vez desde que vocês chegaram em casa. O engraçado é que ele fazia isso como se o assunto fosse realmente digno de reflexão, como se fosse importante.
"... jeito de casal virgem." e tem como ter jeito de virgem? Seja lá o que isso for — Soonyoung só podia estar inventando moda, nunca havia ouvido algo assim.
O controle da TV parecia fazer parte da contemplação, pois descansava na mão dele. O monitor apagado deixando claro que ele havia esquecido de ligar a televisão — era até melhor assim, quem diabos decide ver TV às três da manhã?
"Não vai deitar?", você reapareceu no cômodo. Havia se livrado do vestidinho curto, vestindo apenas uma camisa do seu namorado. Foi para o colo dele sem muita cerimônia, sentava mais ali que em qualquer outro lugar. Ele negou vagarosamente, o olhar distante por trás das lentes dos óculos explicitando que ele quase não havia te escutado. "Algum problema?"
Hesitou por uns bons segundos, tinha medo de soar idiota. E era idiota. Ele sabia disso.
"A gente tem jeito de casal virgem?", foi cauteloso e sério demais para uma pergunta tão estúpida. Você caiu no riso, não havia como impedir.
"Mentira que você levou isso a sério."
"Não levei... só tô pensando sobre.", desconversou, mas estava claro que era mentira.
"E isso importa?"
"Não sei.", a pausa dramática tirou toda a credibilidade dele. "Talvez.", ou seja, sim.
"O Soonyoung tava bêbado, amor. E outra: ele só não 'tá acostumado a ver gente que age com decência.", selou o biquinho bonito, esbarrando nos óculos pelo caminho.
"Não?"
"Claro que não. Ela tava literalmente sentado do lado do Mingyu, por Deus.", explicou. Mingyu tinha fama de sempre sumir com a namorada em todos os encontros de vocês — e todo mundo sabia bem o motivo do sumiço repentino. Wonwoo concordou, porém não pareceu ter mudado de opinião, ainda pensou por uns bons segundos antes de falar novamente.
"Mesmo assim... 'cê acha que eu tenho jeito de virgem?", você quis rir outra vez, mas impediu. Wonwoo tinha raros momentos de paranoia — geralmente sobre coisas bobinhas — e você achava um barato entrar na mente dele nessas ocasiões.
"Hmm.", fingiu pensar. "Um tiquinho.", fez pinça com os dedos, simulando a quantidade.
"Um tiquinho?", parecia desacreditado e até meio ofendido.
"É."
"Como assim?"
"É que 'cê é tão quietinho quando tem gente em volta, amor. As vezes parece até que tem medo de mim.", você deu de ombros, tentando fazer a explicação parecer casual — não admitiria, mas parte daquilo era meio verdade. "Chateado?", tentou esconder a provocação.
"Não.", sim. E ia ficar mais ainda.
"Eles devem achar que sou eu quem faz tudo, Nonu. Tô acostumada a mandar em você.", agora isso aqui era claramente mentira.
"Tenta.", rebateu de imediato. Você soltou um "hm?" desentendido. "Mandar em mim.", esclareceu. "Você sabe muito bem o que acontece.", o olhar pesou. Era complicando mexer com Wonwoo, mas você sabia muito bem como fazer isso.
"Então você ficou chateado, Wonnie? Achei que você não se importasse com isso.", desfez-se do comentário anterior, relaxando-o num cafuné gostoso.
"E não me importo. Só fico curioso com o jeito que as pessoas me veem.", deu de ombros.
"Hm. Eu conversei com as meninas sobre isso, inclusive. Elas me perguntaram como você é na cama...", não achava que ia compartilhar essa informação com seu namorado nem tão cedo, mas o momento veio a calhar.
"E o que você falou?", soou desconfiado, as mãos pressionando suas coxas por reflexo.
"Nada ué. Você mesmo disse que não curte expor essas coisas."
"E elas não questionaram?", pelos cálculos de Wonwoo a presença da namorada de Soonyoung no seu grupo de amigas talvez tivesse contribuído pros boatos de 'casal virgem'.
"Óbvio. Mas aí falei que a gente ainda não tinha feito tanta coisa assim e elas deixaram quieto.", era uma memória interessante. Ainda se recorda dos rostinhos meio penosos por acharem que você era inocente demais para estar participando daquela conversa. "Foi engraçado, saí como santinha."
"É? Espera elas descobrirem que 'cê gosta de levar tapa até na buceta.", ele não parecia muito impressionado, mas o seu rostinho chocado foi suficiente para tirá-lo desse estado — não esperava Wonwoo te atacando do nada. "Que foi? Menti? Nunca te vi gozar sem apanhar."
"Claro que eu já gozei sem apanhar.", rebateu, ainda meio mexida com a mudança de energia.
"Comigo não.", esclareceu. Arrumava os fios do seu cabelo de um jeito condescendente. "Se não for tratada igual putinha, você não para de encher meu saco.", lembrou de maneira amorosa, um sorrisinho sinistro surgindo. "Talvez eu deva falar isso pro Soonyoung.", era blefe, você sabia.
"Você não teria essa coragem."
"Não? Mas é o único jeito de me livrar dessa fama de casal virgem, amor.", apertou seu maxilar com uma das mãos, tão vagaroso que você mal notou. "Imagina só o que ele vai pensar se souber que você se mela toda só com uns tapinhas na cara?", simulou dois tapinhas na sua bochecha, como se estivesse provando o próprio ponto. "Ou será que eu deveria falar de quando fodi sua boquinha na festa de aniversário dele?", os dedos também acompanharam essa ação, roçando as pontinhas nos seus lábios. Seu corpo já havia esquentado por inteiro, Wonwoo sabia ser muito filho da puta.
"Vai ficar me provocando?"
"Tô conversando com você.", rebateu em tom de correção, como se tudo aquilo realmente fosse só um simples diálogo. "Inclusive a gente precisa consertar as coisas com suas amigas também. De santinha você não tem nada...", te olhava faminto, sabia que você cederia a qualquer uma das vontades dele. "Se bem que você tá certa em não ter dito nada, amor. Puta minha não se exibe."
"Puta sua?", questionou desacreditada.
"Minha.", confirmou. "A única que eu tenho."
"Eu não sou puta.", detestava admitir (ou pelo menos fingia), mas era sim — especialmente para Wonwoo.
"Ah não? Mas aposto que já se molhou inteira só de conversar comigo. Isso é coisa de puta, amor.", o odiava 'pra caramba nesses momentos, odiava que ele estivesse certo.
"Por que você não vai se foder, hein?"
"Chateada?", usou suas palavras, quase rindo do seu rostinho raivoso. "Tá pensando em foder comigo desde o começo dessa conversa, não tá? Sua carinha não me engana.", inclinou o rosto, o sorrisinho meio canalha só crescia.
"Wonwoo-"
"Não. Me escuta... e se eu contar 'pra todo mundo que minha virgenzinha abre as pernas 'pra mim em qualquer lugar, hm?", ameaçou te beijar, roçando o narizinho no seu. "Que é viciadinha 'pra cacete. Só sabe dormir se for com a buceta toda machucadinha, cheinha de porra.", sussurrou essa parte, sabia que era imoral 'pra caralho e gostava de fingir que se importava com isso.
E você, que não aguentava cinco minutinhos de provocação na mão do seu namorado, já se sentia febril. Arrepiava inteirinha, o corpinho parecia doer de carência por Wonwoo, pelas coisas que só ele sabia fazer com você. Apertava os ombros fortes tentando se mover no colo dele, tentando sentar-se no voluminho convidativo que aparecia na calça folgada que ele usava. Mas Wonwoo era um insuportável que não deixava você fazer o que queria, apertava suas coxas te mantendo imóvel.
"Nonu, não faz assim...", choramingou. "Deixa, por favor. Só um pouquinho..."
"Deixar o quê?"
"Deixa eu-", tentou se mover novamente, crente que conseguiria. Seu namorado te apertou com mais força. "Que saco!"
"Você não tá sendo clara, amor."
"Eu quero você. Me fode agora, rapidinho.", arrastava a vozinha, olhando-o de um jeito dengoso.
"Ah é? Quer que eu te coloque de quatro aqui no sofá? Ou é melhor deixar você sentar em mim? Ai eu encho essa carinha de tapa, amor. É melhor desse jeito, não é? Você quer assim?", falava manso, seu cérebro mal conseguia processar o jeitinho tranquilo. Só sabia que se molhava inteira, mas nem se importava com mais nada. Só sabia pensar em uma coisinha só, era tudo o que queria.
"Quero, Nonu. De qualquer jeito, por favor..."
"De qualquer jeito? 'Tá com tanta vontade assim, meu bem?", forçou surpresa. Você só soube acenar, as mãozinhas correndo pelo torso dele. "Eu até podia dar o que você quer, mas tenho que fazer jus aos boatos, amor.", olhou-o em confusão. Não sabia o que ele queria dizer com isso. "Você mesma disse que eu sou quietinho e... como era mesmo? Que eu tenho medo de você, não foi?", justificou. Nem ferrando, só podia ser brincadeira. "Então não posso, amorzinho."
"Won-"
"Se insistir é pior. Te deixo sem por mais tempo ainda."

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Woozi, como marido, por favor!🙏


“Ciúmes? Você?”
(Woozi Marido | Romance, Ciúmes Inesperado, Tensão e Reconciliação) 🐣 🌙 🌸
⭑ Você não esperava que fosse uma noite diferente. O jantar com seus amigos estava agradável, Woozi ao seu lado como sempre, ouvindo as conversas e participando aqui e ali com seus comentários pontuais. Ele nunca foi do tipo que monopolizava atenção, mas quando falava, todos paravam para ouvir.
O problema começou quando um amigo seu – um conhecido de longa data – decidiu ser um pouco mais… amigável do que o necessário.
Ele tocou seu braço de um jeito casual demais, riu um pouco alto demais das suas piadas e, por alguma razão, parecia esquecer que seu marido estava bem ali, ao seu lado.
Você não achou que fosse grande coisa. Woozi, por outro lado, permaneceu em silêncio.
Ele não fez cena. Não interrompeu a conversa. Não te puxou para perto de forma possessiva.
Mas você sentiu.
A forma como ele largou os hashis na mesa com um pouco mais de força do que o normal. Como seus dedos tamborilavam contra a coxa em um ritmo controlado demais. O olhar rápido que ele lançou na direção do seu amigo quando achou que ninguém estava prestando atenção.
O jantar seguiu normalmente, mas quando vocês chegaram em casa, o silêncio entre vocês era quase palpável.
Você se virou para ele, cruzando os braços.
— Ok, pode falar. Você está estranho desde o jantar.
Woozi ergueu os olhos para você, apoiado contra a bancada da cozinha, os braços também cruzados.
— Eu não estou estranho.
— Woozi. — Você estreitou os olhos.
Ele suspirou, passando a mão pelos cabelos, claramente incomodado. Quando finalmente voltou a te encarar, seu olhar estava carregado com algo intenso
— Ele gosta de você. Ele disse, direto ao ponto.
Você piscou, surpresa.
— O quê?
— Ele gosta de você. — A voz dele era calma, mas a maneira como suas mãos se fecharam em punhos ao lado do corpo o traía.
Um sorriso começou a se formar no canto dos seus lábios.
— E daí? — Você provocou.
Woozi franziu a testa.
— Como assim ‘e daí’?
— Eu sou sua esposa, amor.— Você deu um passo à frente, se aproximando. — Isso não te incomoda, né?
Ele te olhou por um segundo, os olhos avaliando a situação, mas o leve rubor subindo em suas bochechas denunciava que, sim, incomodava.
— Só acho engraçado. — Ele murmurou, desviando o olhar.
— O quê?— Você já estava sorrindo abertamente agora.
— Ele não tinha que ficar tão perto.
Ah. Então era isso.
Você encurtou a distância entre vocês, seus dedos tocando a barra da blusa dele. Woozi ficou imóvel, seu olhar agora fixo nos seus.
— Você tá com ciúmes, Lee Jihoon?— Sua voz saiu num tom provocador, e ele fechou os olhos por um segundo, como se tentasse se controlar.
— Não.
— Mentiroso.
Você deslizou as mãos pelo peito dele, sentindo a respiração dele vacilar por um segundo. Ele não recuou, mas também não se moveu. Só ficou ali, te olhando, os olhos agora mais escuros, mais atentos.
— Você sabe que eu só tenho olhos para você, né? — Sua voz saiu baixa, íntima.
Woozi finalmente suspirou, os ombros relaxando. Ele deslizou os dedos pela sua cintura, puxando você com delicadeza para mais perto.
— Eu sei. — Ele murmurou, e antes que você pudesse dizer qualquer coisa, sentiu os lábios dele nos seus.
O beijo foi lento no começo, como se ele quisesse tomar seu tempo, mas logo se tornou mais profundo, como se precisasse te lembrar – ou lembrar a si mesmo – que você era dele.
Quando ele se afastou, seus olhos estavam carregados de algo intenso, algo que te fez arrepiar dos pés à cabeça.
— Mas se ele encostar em você daquele jeito de novo, eu não vou ser tão educado.
Você riu, deslizando os dedos pelos cabelos dele.
— Lee Jihoon, você é ridículo.
— E você adora.
Ele te beijou de novo. E, dessa vez, você não discordou.
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Surpreendente | Zayn Malik
AVISOS: linguagem agressiva, casamento "forçado", imagine foge um pouco da realidade do Z, violência (não contra a protagonista, calma).
N/A:. Amigas, já faz um tempo que não escrevo nada com o Zayn, espero que vocês gostem disso aqui porque geralmente, imagines com ele as pessoas não curtem muito não. Como deixei nos avisos, esse imagine foge da realidade do Zayn porque trata de um assunto que ocorre muito em livros de romance rss e ele não é famoso aqui <3 Enfim, se quiserem deixar suas opiniões depois também vou ficar muito agradecida! Escrevi com muito carinho para recompensar o sumiço, torcendo p vcs curtirem. 💋

— Senhora, deseja tomar alguma coisa? Remédio, chá... Qualquer coisa. — Moira resmungou olhando para você de uma maneira extremamente preocupada, uma vez que você está enrolada nos lençóis de sua cama há horas, e ao menos deu as caras na sua faculdade.
A dor de cabeça, a tontura e a alta temperatura corporal, juntas, te deixam extremamente frustrada, principalmente por não poder se levantar para tomar um banho devidamente, você sabe que se tentar pode acabar caindo e batendo com a cara no chão.
Além de tudo isso, você não deixa de se sentir magoada com o seu marido. Sim, o Zayn! Ele não se importa com você, já fazem horas que não volta para casa e você sabe que ele está trabalhando, por isso mesmo não se importa contigo. Para ele, o trabalho é muito mais importante.
Vocês são casados há dois anos. Não é muito tempo, mas você se sente sufocada pela falta de atenção dele. Certo... O casamento de vocês foi estritamente contratual. Zayn é um rico empresário e para poder ressuscitar os negócios em sua empresa, ele precisava limpar a imagem de mulherengo e irresponsável que carregava nas costas durante grande parte da sua vida. Com o falecimento de seu pai, ele se viu na obrigação de mudar e casar-se com uma boa moça para mostrar à sociedade que agora é um “homem de família” e para não acabar falindo. Todavia, óbvio, essa ideia veio de seus assessores, porque ele nunca aceitaria algo assim.
Você estudou com ele na adolescência no ensino médio. Por um ano. Um único ano, porque no seguinte acabou perdendo a bolsa que ganhou por falta de notas dignas daquela instituição que estudava. Depois daquele ano, você achou que nunca mais veria o Zayn, mas o destino mais uma vez cruzou ambos os seus caminhos. Por alguma razão desconhecida.
Até hoje, você nunca entendeu como ele chegou até você novamente. Mas para resumir a história, ele simplesmente mandou um de seus assessores ao posto de gasolina que você trabalhava, numa tediosa manhã de quarta-feira e te fez a proposta que lhe trouxe à essa mansão, ao casamento em que está inserida hoje.
Zayn propôs à sua família estabilidade financeira, além de pagar a sua faculdade para que aceitasse se tornar a Sra. Malik; você, claro, aceitou depois de muita insistência e após analisar o cenário caótico que sua família se encontrava, logo após seu pai perder o emprego e por seu salário não cobrir todos os gastos de sua família.
Mas não imaginava que seria tão humilhada. Até porque, desde que se casaram, Zayn não tocou em você. O que, no início, você achou o máximo por jurar que jamais se apaixonaria por ele, que o seu toque não lhe faria a menor falta... Porém, hoje em dia, está fazendo muito e você não aceita se sentir assim, Zayn é o homem mais frio que você conhece.
Atualmente, você não sabe como aguentou por tanto tempo tudo isso. Talvez pela faculdade, você sempre quis cursar medicina e atuar na área como pediatra. É o seu sonho que está se realizando tão agilmente... É essa a razão pela qual você está suportando a frieza e indiferença do Zayn.
Mesmo diante dessa situação, você sabe que acabou quebrando várias das regras do “contrato” de vocês. Regras essas que incluíam, claramente, não se apaixonar ou se interessar um pelo outro, até porque tudo não se passa de uma farsa.
De alguma maneira, no entanto, você interessou pelo seu marido. É isso o que te deixa tão magoada e entristecida.
— Muito obrigada, Moira... Mas eu não estou com vontade de comer ou tomar nada. Estou enjoada! — você resmungou em resposta, sentindo que sua cabeça dói mais à medida que as palavras saem da sua boca.
Moira encarou o monte dentro dos lençóis e suspirou, se aproximando da cama. Temerosa, traumatizada pelas broncas que acaba levando do dono da casa. — Senhora, se me permite insistir... Sei a receita de um chá que combate os sintomas que está sentindo agora. Se tomá-lo, amanhã já estará bem melhor, eu tenho certeza! — ela insistiu mais um pouco, torcendo para que você concorde.
Suspirando, você pensou que talvez seja melhor tentar. Já não aguenta mais estar deitada, é ruim para você. — Tudo bem, Moira. Me traga esse chá, por favor!
Com um sorriso animado, a mulher disse um “ok” e foi correndo preparar o tal chá.
Enquanto estava sozinha, você pensou no seu marido. De novo! Pensou se ele sabia que estava doente, pensou se poderia pelo menos, por um segundo, ter se preocupado contigo, com o seu estado de saúde; até porque, se não estiver bem, não poderá continuar fingindo que é a esposa dele.
Mas você sabia a resposta. De alguma forma, seu interior respondeu àqueles questionamentos de uma maneira dolorosa, mas verdadeira: “Para de ser estúpida. Você sabe que ele não liga”.
Moira voltou rapidamente com uma xícara em mãos. O chá ainda estava parcialmente quente, o que o fazia fumegar dentro do objeto. — Aqui está, senhora. — ela disse, estendendo na sua direção.
Você encarou o líquido dentro da xícara e pelo cheiro não parecia nada bom.... Mas ainda crente na promessa de Moira de que, no dia seguinte você estaria melhor, acabou tomando aquilo rapidamente antes de vomitar no carpete do quarto. — Vou preparar um banho para a senhora. Vai se sentir bem melhor e dormirá bem.
Você permaneceu sentada na sua cama, ponderando sobre assuntos que se resumiam ao moreno tatuado, mas tentava desviar seus pensamentos dele, até porque o mesmo não merecia toda aquela atenção. Você até pensou que ele poderia estar te traindo!
Isso te fez ferver ainda mais, mediante a raiva que sentiu.
— Já está pronto, Sra. Malik! — Moira exclamou e você revirou os olhos.
— Não me chame assim, Moira. Sabe que não me sinto confortável.
— Tudo bem, desculpe. — lamentou — Quer que eu ligue para o seu marido? Posso avisar a ele que-
— Ele ligou para saber sobre mim? — questionou, rígida. A mulher negou. — Então, não é necessário que ligue para ele. O deixe. Não preciso da preocupação dele.
Você disse aquilo mas sabia que estava mentindo. Moira também sabia... Ela percebe muitas coisas entre vocês dois, inclusive o sentimento que você vem alimentando a respeito dele. Mas como sendo apenas uma empregada, sabe que não pode se envolver nos assuntos de seus patrões.
Entrando no banheiro, você tomou banho calmamente, lutando para se manter firme, já que a tontura ainda não havia te abandonado.
• • •
No dia seguinte, tal como Moira prometeu, você acordou bem melhor e se sentiu disposta o suficiente para ir à faculdade. Zayn não deu as caras, e isso te motivou a avisar a Moira que você não voltaria para casa naquele dia, ficaria na casa de uma amiga durante a noite; claro, isso depois de agradecê-la pelo chá que você intitulou “milagroso” por, de fato, ter lhe restaurado as forças.
— Tudo bem, senhora. Tenha um ótimo dia! — foram as suas últimas palavras antes de você sair de casa e entrar no carro do seu marido (este que não estava sendo dirigido por ele, só para constar) e rumar para a sua faculdade.
— Sério que você vai poder dormir lá em casa hoje? Seu marido realmente autorizou? — o tom de choque era evidente na voz de Louisa, que sabia muito bem o tipo de marido que Zayn é.
Mas, ao contrário do que ela pensa, ele jamais te proibiu de se divertir, ou de dormir na casa de quem quer que seja. O que é justo e compreensível, uma vez que ele se importa mais com o cachorro do vizinho do que contigo.
Pelo menos é o que você acha.
— Sim. Ele nunca me proibiu de fazer qualquer coisa! — você respondeu, como se não se importasse com a situação em questão e a sua amiga, inocente, acreditou. Ela admirou o seu casamento por isso.
O dia se passou de uma maneira... Cotidiana. Lógico, uma vez que pensar no Zayn e imaginar uma realidade paralela à sua já se tornou rotina, você se sente mais confortável em imaginar que, se chegasse em casa nesse momento, seu marido iria te cumprimentar educadamente, beijar a sua boca e admitir o quanto sentiu a sua falta. Talvez depois disso ele te convidasse para tomar um banho e transaria contigo loucamente no banheiro.
Bom, você jamais admitiria que pensa dessa forma.
Aliás, o corpo de Zayn sempre foi um mistério para você. Pelo menos por inteiro... Porque você já o viu sem camisa, em inúmeros momentos em que foi pega de surpresa pela imagem dele dessa forma. Você ficou hipnotizada, mas ele ao menos deu atenção a você ou a sua presença. Nem um comentário engraçadinho sobre você estar o secando... Nada.
Quando as aulas terminaram, você dispensou seu motorista para ir a um restaurante com Louisa. Almoçariam juntas e em seguida, iriam para a casa dela, provavelmente encher a cara poucas horas depois do almoço. Esse comentário é o que ela mais fala desde que você aceitou dormir na casa dela por esta noite.
Vocês passaram ótimas horas juntas. Falaram sobre diversos assuntos, de fato beberam até perderem o próprio controle (pelos céus, você estava doente há poucas horas, mas ainda queria arriscar). Se embriagar era a melhor opção para você quando estava sóbria, mas quando já o tinha feito, se arrependeu amargamente por ter começado, uma vez que, com o álcool percorrendo seus vasos sanguíneos, você pensava ainda mais no seu marido estúpido e em como gostaria que ele... Olhasse, gostasse de você.
Da mesma forma que você começou a gostar dele.
Mas que porra, isso é um absurdo! Mas como você poderia estar morando há dois anos sob o mesmo teto que um homem como o Zayn e não se apaixonar? É meio improvável.
E como isso se iniciou você ao menos sabe... O que é uma droga. Você ainda tem esperança que um dia supere tudo aquilo. Talvez quando concluir a faculdade e finalmente poder se desvincular de Zayn Malik e de tudo o que o envolve.
As horas foram se passando e você só se lembra de sua amiga capotando no sofá de sua sala, afirmando que não estava mais aguentando permanecer de pé.
• • •
Um cheiro muito forte de cigarro inundou seus sentidos e você fez uma careta, se perguntando quando Louisa começara a fumar, até porque ela sempre detestou cigarros e tudo o que tem haver com eles. — Mas que porra! — resmungou ao se levantar (ainda com os olhos fechados), mediante a pontada que sentiu na cabeça. — Louisa, que merda! Apaga essa droga de cigarro!
— Eu não sabia que você era uma alcoólatra, S/N. — ao ouvir a voz dele, você abriu os olhos no mesmo instante, por causa do susto.
Olhou para ele e o viu sentado numa poltrona, bem de frente para ti. Você analisou com cuidado o local onde estava e percebeu estar deitada num sofá, no escritório dele.
Mas não acreditou que aquela cena era verdadeira... Desconfiou que tudo aquilo se tratava de uma alucinação. Talvez tenha bebido demais. — Sai da minha cabeça. — você ordenou, passando as mãos pelos cabelos incansáveis vezes. Até massageou o próprio couro cabeludo, na esperança de se curar da dor de cabeça que sente.
Zayn bufou, ao mesmo tempo que revirava os olhos. Se levantou e pegou um copo de água que havia em sua mesa, e jogou dentro do mesmo uma aspirina. — Além de ser uma bêbada, também é doida? Pelo amor de Deus. — ele entregou o copo em suas mãos e você até pensou em negar e não beber, mas pelo olhar que ele te lançou, você sabia que não poderia recusar. Não tinha opções.
As coisas pareciam estar ficando cada vez mais reais.
— Eu não estava aqui. Quem me trouxe? — perguntou, ácida.
— Você ainda pergunta? — indagou de volta, quase sem esperar você terminar de falar. — Fui eu quem te trouxe.
— Eu não pedi. Você não pode se envolver nos meus assuntos desse jeito. — mesmo sendo grossa, Zayn a ignorou completamente.
— Claro que eu posso. Sou o seu marido. Ou você se esqueceu disso?
— Nosso casamento é uma grande mentira e você sabe muito bem que não deve se basear nisso para justificar seu comportamento tóxico. — ele já tinha virado as costas para colocar de volta o copo na mesa, mas voltou a te olhar. Com uma sobrancelha arqueada.
— Qual a porra do sobrenome que está nos seus documentos de identificação? — questionou, duramente. Ele não desviava o olhar do seu e você sentiu sua pele arrepiando.
— Isso n-
— O meu sobrenome está na tua identificação, caralho. Isso quer dizer que eu sou o seu marido e tenho autoridade para ir te buscar e dizer que você não devia ter dormido fora de casa.
— Você faz isso o tempo inteiro, Zayn. Por que eu não posso fazer? Eu só estava me divertindo com a minha amiga, já me cansei de estar presa nesta casa, não aguento mais viver assim! — respondeu num tom cansado, falava mais alto para demonstrar a sua indignação que não passou despercebida por ele.
— Eu tenho estado muito ocupado no meu trabalho, S/N. Você sabe disso. Independente de qualquer coisa, quando chego em casa quero que esteja aqui. — ele falou e foi então que te deu as costas mais uma vez.
— Você é a merda de um hipócrita, não tem o direito de me tratar desse jeito, quando tudo o que você mais tem feito durante esse tempo que estamos casados é me tratar como se eu fosse um lixo. Não seja ridículo, Zayn. Você me prende nesta casa, não posso sair sem um motorista e ainda fala como se se importasse comigo?
— O problema é você sair com o motorista? Tudo bem, pode sair sem ele. É só escolher a merda de um carro na garagem, eu não me importo! Mas não te quero dormindo na casa de ninguém, principalmente daquela tua amiga! Ela tem um tarado morando com ela e eu não quero você perto daquele cara!
Ele se referiu a Tom, o irmão mais novo de Louisa. — O quê? Ele é irmão dela!
— Não quero saber, S/N. Você é uma mulher casada, a minha mulher! Eu exijo que você me respeite e nunca mais vá dormir na casa de qualquer pessoa sem me avisar.
Você ficou sem acreditar naquelas palavras tão duras. Simplesmente se levantou e saiu andando, sem sequer olhar para trás.
Zayn foi bruto nas palavras, estava agindo movido pelos ciúmes e a raiva que sentiu quando entrou na casa de Louisa e flagrou Tom checando se você estava bem, até porque havia capotado no sofá e já não reagira. O garoto estava sendo inocente nas suas ações, mas seu marido não enxergou a situação desse jeito.
Nos dias que se passaram, vocês dois não se falaram. Mas uma chave apareceu na cômoda ao lado de sua cama e quando você chegou na garagem para saber a qual carro aquela chave pertencia, notou que Zayn havia te dado permissão para dirigir a sua Porsche Panamera, um dos carros mais lindos que estão na garagem.
Seu queixo foi ao chão.
S/N pov
Não entendi a razão pela qual Zayn realmente me deixou dirigir aquele carro divino. Mas eu não pensei muito... Talvez devesse ser orgulhosa numa situação como essa e não aceitar dirigir um carro dele, mas não conseguia. Seria boba demais se o fizesse.
Destravei-o e entrei. Encarei aquele painel e mesmo estando um pouco nervosa, me atrevi a ligá-lo e dar partida até a minha faculdade.
A princípio, eu me dei bem. Sai do condomínio do Zayn e com bastante cuidado e atenção, segui pelo caminho muito conhecido por mim. Parei no primeiro, no segundo e no terceiro sinal. Tudo parecia estar fluindo muito bem, até eu chegar no quarto sinal... O último antes de chegar na faculdade, só para constar.
Foi aí que um carro entrou na rodovia na contramão. Ele fez uma curva para, ao que parece, tentar dar a volta mas não deu tempo... Bateu na lateral do carro do Zayn, o que me fez rodopiar na pista até que batesse num muro. Minha cabeça bateu com muita força no vidro, e eu até gritei pelo susto.
Um barulho muito alto consegui ouvir, mas com certeza foi a lataria do carro amassando ao entrar em contato com o muro, com tamanha força. Meu coração estancou dentro do peito e eu só conseguia pensar no que Zayn falaria pra mim depois de saber o que eu fiz.
— Tem alguém lá dentro! — eu ouvi alguém gritando do lado de fora, passados alguns momentos.
Mesmo tonta, eu abri a porta do carro e saí andando, me apoiando nele pois sabia que poderia cair se tentasse me equilibrar. — Oh, meu Deus! Você ‘tá bem, moça? — a mesma voz me perguntou, e eu olhei na direção do som, percebendo se tratar de um homem..
— Não muito, eu... Ah, que droga! — fiquei muito mais nervosa e trêmula quando olhei a situação do carro.
Jesus Cristo, o Zayn vai acabar comigo.
— Calma, moça. Já chamamos a ambulância! — ouvi outra pessoa murmurar.
Recebi a atenção devida até que a polícia chegasse. Logo, eles vieram falar comigo e alguns outros foram falar com o engraçadinho que bateu em mim. — Senhora, tem alguém com quem possamos entrar em contato? — perguntou-me uma policial.
— Tem o meu marido, mas não quero que ligue pra ele, não. — respondi, já o imaginando me falando coisas horríveis.
— Como assim? — ela me perguntou, sem entender.
Foram se juntando algumas pessoas em volta do carro, algumas até gravavam. Tudo isso só aumentava o meu nervosismo. Pouco tempo depois, os policiais afastaram os curiosos e isolaram a área, mas eu ainda não conseguia me sentir bem.
Eu não precisei nem explicar para a policial o porquê eu não queria que ligasse para o Zayn naquele momento, porque a droga do carro dele estacionou ali perto e eu nem precisei de muito esforço para reconhecê-lo. — Cadê a minha mulher? — ele gritou com um policial e simplesmente veio andando em minha direção. Sua expressão não estava nada boa. — Quem foi o infeliz que fez isso com ela?
Ele olhou para o rapaz e foi na direção dele como a droga de um foguete. — Escuta aqui seu irresponsável de merda, eu vou acabar com a sua vida! Você poderia ter matado a minha mulher, seu infeliz!
— Senhor, peço que se acalme-
— Me acalmar? Esse desgraçado tentou matar a minha esposa e você ainda me pede pra ter calma? — ele não estava conseguindo se controlar. E o pior, eu não conseguia nem me mover porque estava apavorada, sabia que ele iria surtar comigo. Porra, esse carro deve valer o meu corpo no mercado ilegal, a primeira vez que coloquei as minhas mãos nele já o destruí. Ele teria total razão em me matar por isso.
Os policiais o seguraram e pediam a todo instante para que ele se acalmasse, já que estava querendo avançar no rapaz que claramente está alcoolizado. A situação dele não está das melhores.
Precisei me aproximar e tocar nele, tentando chamar a sua atenção. — Zayn, por favor... Se acalme. — eu pedi, baixinho. Apertei o braço dele e isso bastou para que ele me olhasse. — Me desculpa, eu deveria ter prestado mais atenção, sei que o seu carro-
Minha tentativa de explicação foi interrompida quando ele me agarrou, me abraçando apertado. O primeiro abraço que ele me dá, em dois anos de casamento... E ele simplesmente me apertou com bastante força, como se eu fosse escorregar pelos seus braços.
Jesus, o que está acontecendo aqui?
— Meu Deus, não imagina o quanto fiquei preocupado. Você está bem? — ele perguntava, enquanto analisava o meu corpo. Até que olhou para a minha cabeça e deve ter visto o pequeno corte que se fez mediante o impacto no vidro.
— Eu... Eu tô bem-
— Eu vou matar esse infeliz. Esse bastardo vai pagar muito caro-
— Se acalma, eu... Eu estou bem. Foi um acidente, Zayn.
Ainda não consigo acreditar que estamos tendo essa interação e que ele, está pelo menos fingindo que se importa comigo. — Não. Ele causou isso e vai pagar. — ditas essas palavras, ele se afastou de mim e dessa vez, não o conseguiram impedir de chegar perto do rapaz.
Zayn deu um soco na sua boca, o que o fez se desequilibrar e cair de bunda no chão. — Você vai custear o meu carro, todos os danos causados. Não quero saber como vai fazer isso, mas a conta de tudo o que você estragou vai estar chegando na sua casa hoje mesmo. E se não quiser que eu acabe com a sua raça você vai pagar tudo, caralho! Tudo!
Meu marido ligou para um de seus assessores e conversou com o mesmo por algum tempo. Assim que desligou a ligação, não demorou muito para que este estivesse ali também. Zayn só o chamou para dar continuidade à resolução daquele problema, pois logo veio até mim. — Vamos embora, você precisa ir ao hospital.
Dito isso, ele colocou seu braço sobre meu ombro e me guiou até o seu carro, tão bonito quanto aquela Porsche. — Não quero. Eu quero ir embora, me leva pra casa, por favor. — não me sinto mal, eu só quero poder me enfurnar no quarto e tentar me recuperar.
Ele realmente iria embora. — E o carro? — me arrisquei a perguntar, ainda com o rosto queimando de vergonha.
— Não se preocupe, Sam vai cuidar disso para mim. — respondeu ele, sério.
Ao abrir a porta do carro pra mim, também entrou e então deu partida até a sua casa. — Não vai brigar comigo? Eu peguei aquele carro pela primeira vez e já o destruí.
Ele me olhou com uma sobrancelha arqueada.
— Está esperando que eu brigue com você pelo quê exatamente, S/N? — indagou, mas não ficou me encarando por muito tempo, focou na pista à nossa frente.
— Eu bati o seu carro. — repeti, sem acreditar que ele não vai brigar comigo.
— Bateram em você. — corrigiu.
— Mas-
— Para de bobeira, S/N. Eu não vou brigar com você, por que raios faria isso?
Eu não sabia o que dizer. Ele nunca agiu desse jeito, era muito inacreditável para mim. Só fiquei em silêncio, e Zayn também não tentou conversar mais.
Chegamos em casa e ele estacionou o seu carro. Na garagem. Ainda vestia suas roupas de trabalho, claro que ele saiu correndo para checar o que tinha acontecido, é por isso que eu fico ainda com mais vergonha.
Pelos céus. Nunca mais coloco as minhas mãos nos carros deste homem; na verdade, os motoristas não me incomodam.
— Está com dor de cabeça? Precisa de algum remédio? — perguntou ele, ao estacionar. Só desligou o veículo e voltou a sua atenção totalmente para mim.
— Não.
— Claro que precisa. — ele rebateu — Eu ainda acho que vou te levar ao médico. Não confio em você.
— Eu estou bem, já disse. — reafirmei. Já estava sem graça demais por tudo o que aconteceu, sendo assim, abri a porta do carro para sair dali. — Enfim, obrigada por ter ido lá me buscar e... Bem, por não brigar comigo. Eu realmente não fiz por querer, Zayn. — ao falar assim, eu realmente saí do veículo.
Não olhei nem para trás, mas ele veio atrás de mim. — Eu quero cuidar de você, S/N. — ele disse do nada, me assustando. Fiquei simplesmente sem reação, meus pés travaram no chão. Não consegui andar mais, nem ao menos me virar para ele.
— O que? — perguntei, desacreditada.
— Você me ouviu. Eu não posso deixar você desse jeito. Você acabou de sofrer um acidente, preciso ficar de olho em você. — repetiu. Pela forma como falava, eu senti que ele também estava sem jeito e eu, pior ainda.
Finalmente me virei para olhar em seus olhos e vi na expressão dele como estava atordoado. E não é pra menos... Zayn é tão frio e orgulhoso, para mim é uma grande surpresa tudo o que aconteceu hoje. Preciso de um tempo para digerir tudo isso.
— Não precisa se preocupar, obrigada.
— Será que dá pra você sair da defensiva? Eu só quero ajudar. Porra, S/N. Colabora aí.
Percebi que ele estava disposto a me infernizar até eu dar o braço a torcer. E além disso, também estava completamente sem graça; sendo assim, eu não me opus mais. Fiquei quieta. Zayn, mais uma vez me surpreendeu... Ele me pegou no colo e me levou até o nosso quarto.
No caminho, dei de cara com Moira. Ela estava nos olhando em completo choque. — Você precisa de um banho. — afirmou ao me deixar sentada na cama.
Como se eu fosse uma criança. Ele me ajudou a tirar as roupas, preparou um banho quente para mim e me ajudou com as feridas em minha cabeça. O toque dele era delicado, muito cuidadoso. Eu jamais admitiria em voz alta, mas eu esperei por tanto tempo por isso; a paixão que eu alimentei por esse homem nesses anos em que estamos casados é o que faz o meu coração acelerar tanto por tê-lo tão pertinho de mim, e ainda mais, me cuidando desse jeito que eu jamais imaginei que aconteceria.
Eu sinto que estou sonhando.
Me senti uma inválida quando ele me ajudou até a deitar na cama e ajeitou os travesseiros atrás de mim. Zayn ficou com o rosto bem próximo do meu. Beijou a minha testa com os olhos fechados e, sem se afastar, ele sussurrou:
— Me perdoe, S/N. Me perdoe por ser tão estúpido com você durante todo esse tempo.
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celoso. enzo vogrincic x fem!reader
fem!reader, enzo vogrincic x reader, fluff (?)
cw: ciúmes! comportamento meio possessivo (?), angst with a happy ending.
sinopse: seu namorado enzo em uma crise de ciúme.
wn: segue seu request, @girlinpiecescardigan! fiquei devendo o smut e se você fechar bem os olhos o comportamento do enzo pode ser até fofinho! hehehehe dá próxima da certo. obrigada, viu?
enzo suspirou. era obviamente claro que havia algo de errado, embora ele já tivesse falado umas duas vezes que não, que estava tudo bem. mas você o conhecia o suficiente para saber que estava mentindo. o cabelo dele estava preso, seu maxilar estava tenso e ele não tinha de dito uma palavra de carinho se quer desde que se encontraram pela primeira vez no dia. tinha um livro nas mãos, mas seu olhar estava vazio e preso na mesma página a pelo menos 5 minutos.
sabia que era, de certa forma, cutucar a onça com a vara curta (até porque ele já deixara claro que não queria conversar com você), mas também sabia bem que tinha que insistir. não tinha a menor condição de ficar naquele clima horrível.
“enzo, é sério. se a gente não conversar, isso não vai…”
antes que conseguisse continuar o raciocínio, o homem se levantou de supetão, largando o livro que fingia ler no sofá e andando em direção a cozinha. ele andava de costas pra você, como se sua presença fosse algo que ele gostaria de fingir que não estivesse ali.
doia um bocado, para ser sincera. mas você não podia deixar a mágoa falar alto.
“engraçado que agora você quer conversar.” ouviu ele murmurando ao longe, mexendo em algo na cozinha.
“não entendi.”
“eu disse…” e ele retornou a sala, um copo de vidro vazio em mãos. seu andar transmitia raiva. “que agora você quer conversar.”
“estou tentando conversar desde cedo, enzo.” paciência, você pensava consigo mesma. não podia ceder às provocações dele. não queria brigar e nem transformar aquilo em uma briga.
de qualquer forma, quando um não quer, dois não brigam.
“sim, está mesmo.” ele ia beber do copo, mas, ao perceber que estava vazio, marchou de volta para a cozinha. “mas não é comigo que você estava tentando conversar, é?” gritou, por cima do ombro, embora o rosto continuasse na lateral. evitava seus olhos a todo custo.
você não aguentou. “isso é por conta do matías?” foi cínica. pontual. o silêncio disse tudo que precisava.
bingo.
“não.” ouviu um pigarro, depois do longo silêncio. mal deu para ouvir a negativa.
o uruguaio voltou, agora com o copo cheio, mas claramente a água foi apenas uma distração. deixou o copo abandonado na mesa de centro, sem se importar muito com ele.
“não se faça, enzo.”
“você quem está se fazendo.” pegou o livro e retomou a leitura de mentira (o livro estava de cabeça para baixo).
queria gritar, subir em cima dele, obrigar ele a te ouvir a todo custo e quebrar aquele clima horroroso de tensão. queria que ele te beijasse, pedisse desculpa por estar sendo um idiota e voltasse tudo do jeitinho que você gosta. mas enzo não parecia estar particularmente fácil naquela noite. e nem muito colaborativo.
“honestamente, enzo.” você começou, tentando recobrar a postura calma. “ele é seu amigo. estávamos conversando sobre você, inclusi…”
enzo te interrompeu de novo, jogando agora o livro na mesa, quase derrubando o copo tamanho o estrondo.
“eu não quero ouvir o que vocês conversaram.”
“se você não me ouvir, não vai entender. e eu preciso que você…”
“você não precisa de nada meu. pode ligar para o matías. ele te ajuda.”
enzo se levantou do sofá - estava inquieto, indo de canto em canto - e marchou, agora, em sua direção. você estava em pé, encostada no batente da porta. ele não fez menção de nada, apenas ficou parado, te encarando. seu rosto estava levemente franzido e você via o resquício de tristeza lá no fundo.
por mais que estivesse chateada, entendia o ciúme. você e matías estiveram bem próximos nos últimos dias e falando sobre assuntos que deixavam enzo de fora, com pouco espaço para se enturmar, para conversar junto.
era hora de fazerem as pazes.
você aproveitou a proximidade e estendeu os braços para ele. enzo não aguentou (ele nunca aguentava quando você pedia abraço) e te deu um beijinho na testa. toda a pose de macho bruto que ele sustentava com tanto orgulho a uns minutos atrás se desmanchou. era ali sua deixa. “mi amor, não seja assim. você está sendo injusto. eu te amo tanto.” você falou baixinho, aproveitando para enfim abraçá-lo. o contato das peles foi o suficiente. você se sentiu relaxando quase que automático. como amava aquele peitoral e aqueles braços.
o homem derreteu junto com você, aproveitando para apertar seu rosto entre as mãos fortes. “ai, nena.” ele suspirou, enchendo seu rosto todo de vários beijos. “me desculpe. acho que fui injusto mesmo.”
“e ciumento.” não conseguiu evitar o comentário. o moreno te apertou mais forte, parando os beijos brevemente. capturou sua boca com calma e você sentiu que ele estava tentando evitar a chateação. era quase palpável.
“e ciumento.” ele repetiu baixinho, quase inaudível, encostado nos seus lábios.
você se deu por satisfeita. uma confissão por vez.
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Reaction - Quando ele descobre que você está grávida
Personagens: leitora!feminina, membros
Genêro: fluff (leve angst mas nunca dura muito)
Cont. de Palavras: 3.9k
Avisos: se não estiverem prontes para ter um bebê, usem proteção besties
N/A: oi oi, como estão?? Tudo bem? Aproveitando feriado?? Pois eu estou. Me tornei uma jovem idosa esses últimos meses, então acordei muito mais cedo do que o necessário pra um feriado e fiquei tomando meu cafézinho enquanto terminava isso aqui. Falar pra vocês que gravidez é uma coisa muito louca pra mim. Parte de mim meio que acha encantador, e a outra parte tem mais medo disso do que de aranha (e eu tenho muito medo de aranha). Mas enfim, isso definitivamente não é algo com o que eu tenha que me preocupar no momento (uma vantagem eu tenho que ter em ser encalhada <3). Bom, vou parar de falar merda, espero que gostem, me desculpem por qualquer erro, e tenham uma boa leitura!
Kim Namjoon
O Namjoon acordou assustado no meio da noite, ouvindo um barulho estranho vindo do banheiro da suíte de vocês. Ele abriu os olhos ainda sonolento, se assustando quando passou a mão pelo seu lado da cama e não encontrando ninguém. Ele se levantou em um pulo, cambaleando em direção ao banheiro sem se importar em estar arrastando junto toda a roupa de cama de vocês.
“S/N?” Ele disse, entrando pelo banheiro e se desesperando quando te viu ajoelhada na frente do vaso sanitário, colocando pra fora tudo aquilo que tinha comido mais cedo. “Meu Deus Jagi, o que aconteceu? Você tá bem?”
Você claramente não conseguia falar naquele momento, então apenas acenou com a mão para que ele saísse do banheiro, o que obviamente não foi feito. Ao invés disso, ele se ajoelhou ao seu lado, segurando o seu cabelo para trás para que saísse do seu rosto, deixando de lado qualquer nojo que ele teria caso a pessoa vomitando na frente dele fosse qualquer outra pessoa que não você.
“Quer que eu pegue água? Ou um remédio pra enjoo? Quer qualquer coisa?” Você fez que não com o dedo conseguindo enfim parar de vomitar um pouco, suspirando um pouco antes de conseguir falar, fazendo ele já ficar em pé para providenciar seja lá o que você quisesse.
“Olha em cima da pia.” Você murmurou, com a voz fraca por conta da sua garganta estar sensível.
E assim ele o fez, percebendo só então o pequenino pedaço de plástico que estava na bancada. Ele fitou o objeto por alguns segundos, até conseguir raciocinar o que era, se dando conta instantes depois do que aqueles dois risquinhos vermelhos queriam dizer.
“S/A…” Ele disse, pegando o teste de gravidez na mão, e o observando em completo silêncio por alguns segundos.
Você conseguiu se levantar devagar, suspirando ao observá-lo em completo choque.
Acontece que, apesar da expressão de desespero estampada no rosto do Namjoon, ele estranhamente estava sentindo mais sentimentos bons do que ruins. Sim, ter um filho naquele momento seria um caos, e teriam que abrir mão de muitas coisas para poder criar a criança da forma adequada. Mas, ainda assim… a ideia de poder ter uma pequena família com você, onde poderiam se perder em seu próprio mundinho e serem apenas os pais do seu bebê, o agradava de uma forma inesperada.
“Eu sei que não planejamos isso, mas acho que podemos conversar sobre o que fazer a partir de agora…” Você disse, de repente, depois de ficar alguns segundos apenas o observando, e ainda um pouco fraca. “Mas pra ser sincera… acho que eu quero ficar com ele.” Disse, colocando a mão na barriga ainda discreta e olhando para baixo, mas mesmo assim conseguiu perceber quando ele te olhou perplexo.
“Mas é claro que vamos ficar com ele, S/N.” Ele falou, se aproximando e levantando o seu queixo para que o olhasse. “Sei que não estávamos sequer pensando nisso, mas… ainda assim é nosso bebê.” Ele sorriu, colocando a mão na sua barriga. “E agora eu não vejo a hora de começar oficialmente a nossa pequena família.”
“Sério?” Você perguntou, se tranquilizando um pouco. “Mas e o grupo? E os meninos?”
“Acredite em mim, acho que se bobear eles ficarão mais felizes que nós dois com um bebê.” Ele disse, e você riu de leve. “Vão transformar nosso filho no mascote do grupo, tenho certeza que a primeira oportunidade de colocarem a criança em um MV eles vão aceitar sem nem pensar duas vezes.” Dessa vez você riu mais alto.
“Vão debutar o bebê igual o Tae debutou o Tannie.” Completou, e foi a vez do Namjoon rir, contente por ver você tranquila.
“Vai dar tudo certo.” Ele falou, por fim, te dando um selinho. “Nós vamos fazer dar certo.”
Kim Seokjin
Você e o Jin estavam estranhamente quietos naquela noite, apesar de terem planejado passar uma noite romântica. Mas a verdade é que ambos estavam secretamente nervosos com o que fariam, e só não sabiam disso ainda.
“Ficou muito gostoso.” Você disse, quando terminou o prato que ele havia preparado. “Como sempre.” Sorriu, fazendo ele fazer o mesmo.
“Fico contente.” Ele respondeu, soltando um profundo suspiro logo em seguida. “Na verdade… eu não preparei o jantar por acaso.” Ele engoliu em seco, e você começou a sentir o seu coração palpitar.
Em seguida foi como se tudo estivesse acontecendo em camera lenta para você. Você observou com calma como o seu namorado se levantou da cadeira dele, e se ajoelhou ao seu lado, tirando uma pequena caixinha de veludo do bolso, e fazendo os seus olhos já marejarem.
“Eu acho que já estamos juntos por tempo o suficiente para eu saber que é você que eu quero ao meu lado para o resto da minha vida.” Ele abriu a caixinha com calma, mostrando um lindo e delicado anel com um diamante no topo. “Eu quero poder um dia construir uma família com você, S/N, e acho que agora é o momento de começarmos isso.” Com essas palavras, os seus olhos se arregalaram.
“O que você disse?” Perguntou, ansiosa. “Quer construir uma família comigo?”
“Sim…” Ele franziu o cenho, confuso, ainda parado na mesma posição. “É claro que sim, por que-”
Ele mal teve chance de terminar a frase, você se virou e pegou uma pequena caixa de papel que estava na cadeira ao seu lado, fazendo ele se perguntar como não tinha a notado.
“Abre…” Você disse, o entregando a caixinha e fazendo com que ele franzisse o cenho, mas te obedecesse.
Ao abrir a tampa, ele quase sentiu o coração dele sair pela boca. Ali dentro ele conseguiu ver uma pequena roupinha de bebê, como uma imitação de uma roupinhas de marinheiro, e em cima, dentro de um pequeno plastiquinho, havia o que ele logo reconheceu como um teste de gravidez. Mas não era apenas um teste aleatório, e sim um teste claramente positivo de gravidez.
“S/N…” Ele disse, sentindo a voz falhar pela emoção.
“Acho que nossa família já começou.” Você respondeu, igualmente emocionada.
Ele deixou a caixa de lado e se levantou com rapidez, te puxando para um abraço carinhoso e um beijo apaixonado logo em seguida.
“Ah, espera aí!” Você disse, se afastando e olhando em volta, procurando a caixinha com a sua aliança, que logo encontrou na mesa, e a pegou, a entregando ao Jin. “Você não terminou isso.”
Ele riu, te dando um selinho e ajoelhando novamente.
“S/N S/S” Ele disse, tentando permanecer estável enquanto dizia o seu nome completo. “Você quer fazer a honra de ser não apenas a mãe do meu filho, mas também a minha esposa, para o resto de nossas vidas?”
“Claro que sim!” Você disse, rindo enquanto ele colocava a aliança no seu dedo anexar e se levantava, te puxando para mais um beijo. “Eu te amo.” O disse, segurando o seu rosto.
“Eu também te amo.” Ele respondeu, sorrindo, e logo em seguida se abaixando no nível da sua barriga. “E amo você também…”
Min Yoongi
Você apenas levantou a cabeça do sofá quando ouviu a porta do seu apartamento abrir, observando o seu noivo entrar com tranquilidade.
“Eles tinham o remédio que eu pedi?” Você perguntou, vendo ele aproximar com uma acola maior do que precisava para apenas uma caixinha de remédios para enjoo.
“Sim, mas antes.” Ele mexeu um pouco dentro da sacola, tirando de lá uma caixa um pouco diferente. “Por que não faz isso antes, jagi?”
Você franziu o cenho, sem entender ao certo o que ele queria dizer, mas quando pegou a embalagem na mão e percebeu que se tratava de um teste de gravidez, revirou os olhos para ele.
“Eu não tô grávida, Yoongi.” Disse, ficando estranhamente chateada por ele ter pensado isso.
“Pro sim ou pro não, não custa nada você fazer o teste.” Ele rebateu, tranquilo. “Além disso o remédio que quer não é recomendado para gestantes, então a moça da farmácia disse que é bom fazer de qualquer forma por causa disso também.” Deu de ombros, e você acabou se dando por vencida, levantando do sofá bufando, mas indo até o banheiro para fazer o teste.
“Sorte sua que eu precisava fazer xixi de qualquer jeito.” Murmurou enquanto passava por ele, que soltou uma leve risada e foi atrás de você, o que fez você parar na porta do banheiro e o encarar de maneira engraçada. “Você não tá querendo entrar comigo, né?”
“Ué o que é que tem.” Ele rebateu. “Você vive fazendo xixi quando eu tomo banho, não vai ser nada demais.”
“Yoongi…” Você disse, soltando um suspiro sem nem mesmo saber ao certo como argumentar sobre aquilo. “Só me espera aqui, tá bom?”
E assim ele fez, ficando plantado do lado de fora da porta, a encarando firmemente enquanto você realizada o teste lá dentro. A verdade é que a tranquilidade do Yoongi era apenas fachada naquele momento, porque dentro dele estavam passando um turbilhão de sentimentos e pensamentos. E se você estivesse mesmo grávida, o que fariam? Se casariam logo como planejavam, ou iriam adiar para fazer a cerimônia depois que o bebê nascesse? E além disso, aquele apartamento era muito pequeno para vocês formarem uma família, teriam que se mudar, mas para onde?
Enfim, os pensamentos dele foram cortados quando ele viu a porta se abrir, alguns minutos depois, dando lugar à uma você visivelmente ansiosa.
“E então?” Ele perguntou, fazendo você dar de ombros.
“Ainda não sei, tem que esperar alguns minutos.” Apontou para o pequeno teste que estava na bancada da pia, e logo ambos estavam lado a lado na frente do mesmo, o observando de forma concentrada. “Você comprou desses mais caros, aparece na telinha.”
“É, eu quis pegar um que nos desse certeza.” Ele disse.
Depois de alguns minutos, que mais pareceram horas para vocês dois, o resultado enfim saiu.
“Grávida
6 semanas”
Nenhum de vocês ousou dizer qualquer coisa naquele instante, ambos ocupados demais digerindo a informação. Todas as preocupações anteriores se triplicaram na cabeça de ambos, mas, estranhamente, não estavam decepcionados.
“Nós… vamos ter um filho.” Ele foi o primeiro a falar alguma, olhando para você com um sorriso preocupado no rosto, e te puxando para um abraço amoroso. “Como você se sente?” Perguntou quando se soltaram.
“Sinceramente?” Você disse, sorrindo também. “Eu acho que eu estou feliz.” E foram com essas suas últimas e simples palavras que todas as preocupações do Yoongi foram embora, ao menos temporiamente.
“Isso é tudo que eu preciso saber.” Ele disse, sorrindo mais uma vez e te puxando, dessa vez para um beijo delicado.
Jung Hoseok
“Jagi, tá tudo bem?” O Hobi perguntou pra você, que olhava de forma nervosa para o seu celular.
“Não sei…” Você disse. “Minha menstruação está atrasada.” Levantou o olhar para ele. “Meus ciclos são sempre bem regulares, e se… ?”
“Será?” Ele disse, de repente elétrico, se sentando na cama e já tirando as cobertas de cima dele. “Quer que eu vá na farmácia comprar um teste?” Ele nem mesmo te deu tempo de responder, já se levantando e indo até o armário para pegar uma roupa. “Eu vou lá, será que posso pegar qualquer um? Ou tem um melhor? Quer que eu ligue pra minha irmã e pergunte?”
“Hobi, não, calma.” Você disse, rindo um pouco do desespero dele. “Pode ser estranho se alguém te ver comprando um teste de gravidez… não acha melhor pedirmos para entregarem ou algo assim?”
“Você tá certa, faz sentido…” Ele disse, se acalmando um pouco.
Por mais que ainda mal tivessem a resposta, algo dentro de vocês já estava lhes dizendo que você estava, de fato, grávida. Mas ainda assim foram rápidos em pedir o teste, e em cerca de meia hora receberam ouviram o interfone tocar, lhes avisando que a encomenda havia chegado.
“Quer que eu fique com você?” Ele perguntou, enquanto você entrava no banheiro.
“Não… abro a porta pra você assim que terminar, okay?” O falou, com um sorrido cúmplice, e ele concordou com a cabeça, lhe dando um beijo suave antes de entrar para o banheiro.
E dito e feito, em poucos minutos você abriu a porta para ele entrar, se sentando no chão do banheiro logo em seguida, e sendo seguida por ele. Ambos ficaram em silêncio por alguns instantes, mas você deitou com a sua cabeça no ombro dele, que passou o braço pelos seus ombros e se aproximou de você para que ficasse mais confortável.
“Sabe, eu não estava esperando ter um filho agora…” Ele começou a falar, fazendo com que você levantasse a cabeça para poder olhá-lo. “Mas eu meio que não odeio a ideia.” Você riu, e ele logo lhe acompanhou. “Sempre sonhei em um dia ter uma família com você, e se o universo acha que esse é o momento certo, então fico muito feliz em começar agora.” Você sorriu também, beijando a bochecha dele de leve.
“Eu digo o mesmo.” Ele sorriu para você de forma doce. “Não esperava ficar grávida assim tão cedo… mas acho que eu até gosto da ideia.” Você colocou a mão na barriga, fazendo ele te fitar com um olhar apaixonado. “Mas a gente nem sabe se eu tô mesmo grávida!” Disse, de repente se lembrando do teste em cima da pia, e se levantando, sendo seguida pelo Hoseok.
“E então?” Ele disse, passando a mão pela sua cintura e olhando sobre o seu ombro.
“Deu positivo…” Você disse, se virando para ele e levantando o teste para que ele conseguisse ver os dois risquinhos. “Nós vamos ter um bebê.” Falou, sorrindo, e ele fez o mesmo, te abraçando pela cintura mais uma vez e te dando um beijo suave, mas apaixonado.
Park Jimin
O Jimin estava aflito do seu lado no quarto de hospital, muito mais preocupado do que o necessário para o que você estava sentindo.
“Eu já disse que tô bem, Jimin…” Você falou, suspirando. “Só passei mal, deve ter sido por causa do calor ou algo assim.”
“Você quase desmaiou, o seu nariz começou a sangrar e ainda vomitou, jagi.” Ele disse, te olhando indignado, e você estava prestes a dizer que não era nada demais, mas foi interrompida pela médica que entrou pela porta.
“Okay, acho que já sabemos o que aconteceu com você, S/N.” Ela disse, com um sorriso calmante no rosto. “Sobre o sangramento no nariz, foi mesmo provavelmente por conta do tempo, o seu corpo parece não ter reagido bem com ele.” Você olhou para o seu namorado ao seu lado, contente pela medica ter reforçado o seu palpite.
“E o resto?” Ele perguntou, ignorando o seu olhar orgulhoso.
“Bom, sobre o resto…” Ele olhou para a prancheta que carregava, tirando de lá um papel e lhe entregando. “Acho que podem ver por si mesmos.”
Vocês dois ficaram meio confusos, mas assentiram e pegaram o que parecia ser os resultados médicos de algo. Levou alguns segundos para entenderem do que se tratava, mas logo raciocinaram o que era ao lerem as palavras “gravidez” e “positivo”.
“Isso é…?” Você falou, olhando assustada para a médica, que apenas sorriu e assentiu em resposta.
“Sempre fazemos o exame de sangue como procedimento em casos como o seu.” Ela explicou. “Então parabéns, vocês serão papais!”
Você e o Jimin ainda estavam em choque, o que fez a médica rir e se retirar do quarto, dizendo que iria lhes dar privacidade para assimilar as notícias.
“Eu… to grávida?” Você questionou, em choque, e o Jimin enfim te olhou.
“É.” Ele enfim quebrou a expressão assutada, dando uma leve risada. “Acho que vamos ter um filho, Jagi…”
“É.” Repetiu ele, o olhando com um sorriso no rosto. “É estranho eu meio que ter gostado da notícia?”
“Se for, somos dois estranhos então.” Ele deu de ombros, soltando uma risada contente e genuína. “Nós vamos ter um bebê!” Ele falou, empolgado. “Eu vou ser papai!” Você também riu, um pouco incerta do seu futuro, mas ainda assim calma e com o coração quentinho pelo seu companheiro ter aparentemente ficado tão feliz quanto você.
Kim Taehyung
“Okay, terminei o último.” Você disse, suspirando e se jogando ao lado dele na cama. “Estão lá na pia, daqui uns minutos vamos conferir.” Ele concordou com a cabeça, deixando o celular dele de lado.
“Você fez quantos testes, mesmo?” Ele perguntou, se ajeitando na cama e te puxando para perto.
“Sete.” Respondeu, se aninhando no peito dele, e sentindo ele dar uma leve risada, fazendo você se juntar à ele. “Te prometo que não foi de propósito.”
“Deve ser o destino então.” Ele respondeu, dando um beijo no topo da sua cabeça.
Você e o Tae estavam tentando ter filho há já alguns meses, para falar a verdade, mas não tinham tido sucesso até o momento. Haviam até mesmo ido ao médico para verem se tinham qualquer problema que estivesse os atrapalhando, mas aparentemente estava tudo sob controle. Ainda assim, não podiam deixar de lado o medo de não conseguirem cumprir o que era um dos maiores sonhos de vocês dois, que é poder construir uma família juntos.
“E se eu não conseguir engravidar, Tae?” Você disse, de repente, fazendo ele afastar um pouco a cabeça e te olhar.
“Podemos continuar tentando por quanto tempo desejar jagi.” Ele disse. “E se um dia se cansar, podemos sempre tentar começar a nossa família de outro jeito.” Foi sua vez de levantar a cabeça e o olhar. “Podemos sempre adotar.” Ele deu de ombros. “Tenho certeza que faria qualquer criança se apaixonar por você, não seria difícil encontrarmos alguma perfeita para sermos os pais.”
Você sorriu de forma doce, se inclinando e lhe dando um leve selinho.
“Se tem alguém aqui que conquistaria qualquer criança nesse mundo, esse alguém é você.” Você respondeu, recebendo um lindo sorriso como resposta.
Vocês ficaram por mais um bom tempo falando sobre o futuro e as diferentes possibilidades que ele lhes guardava, até mesmo se esquecendo dos testes de gravidez. Foi apenas depois de quase uma hora de conversa que você se lembrou do que é que estavam esperando, e logo vocês dois tinham se levantado em um pulo para irem conferir os testes.
“Eu começo dessa ponta, e você dessa.” Você falou, apontando para a fileira de testes de gravidez que tinha na sua frente, recebendo um aceno de cabeça do Taehyung como resposta.
E assim vocês fizeram, observando calmamente cada um dos pequenos testes que tinham em sua frente, sentindo o coração de vocês disparar mais e mais com cada um. Quando chegaram no teste que estava no meio, o último, ficaram alguns poucos segundos observando os dois risquinhos nele, até se olharem, ambos com lágrimas nos olhos.
“Todos deram positivo.” Vocês falaram em uníssono.
Foi questão de segundos para vocês dois estarem quase gritando de animação. O Tae foi rápido em te puxar para um abraço apertado e cheio de sentimento.
“Vamos ser pais!” Ele falou, com um sorriso enorme no rosto, se afastando e te olhando de forma apaixonada, logo se ajoelhando para ficar na altura da sua barriga. “Eu prometo pra você que vamos ser os melhores pais do mundo, bebê.” Você riu, observando ele falar com a sua barriga. “Sei que sua mãe vai ser a sua favorita de qualquer jeito porque ela é incrível, mas vou me esforçar bastante também, eu prometo.”
Jeon Jungkook
“Jagi?” O Jungkook disse, tirando a sua atenção do livro que estava lendo e fazendo com que olhasse para ele. “Você está se sentindo bem?”
“Acho que sim.” Respondeu, franzindo o cenho. “Por que?” Você percebeu ele ficar meio envergonhado com a pergunta, sem saber ao certo como te responder.
“Você tá meio cansada esses dias…” Ele começou a falar, e você fechou o seu livro, o deixando de lado e dando total atenção ao seu namorado. “Às vezes fica enjoada fácil, e também fica acordando a noite inteira para ir ao banheiro.” Você ficou ainda mais confusa, e ele ainda mais envergonhado. “E além disso, sua menstruação está atrasada…”
“Como você sabe disso?” Perguntou, mais surpresa do que qualquer outra coisa.
“Eu tenho um aplicativo pra conferir seu ciclo no seu celular.” Você o olhou, sendo pega de surpresa por aquela informação. “É pra eu saber quando vai estar de TPM e não brigar com você por ser grossa…” Falou, de forma meio embolada, fazendo você revirar os olhos.
“De qualquer maneira.” Você falou, tentando ignorar o fato de ele ter te chamado de grossa. “O que quer dizer com tudo isso?”
“Fadiga, náuseas, fazendo muito xixi, menstruação atrasada…” Ele falou, começando a arregalar os olhos. “São todos sintomas de gravidez, S/N!”
“Não, eu não tô grávida!” Disse, arregalando os olhos tanto quanto ele. “E desde quando você sabe tanto assim?” Franziu o cenho, fazendo ele ficar envergonhado.
“Eu pesquisei quando vi que seu ciclo atrasou…” Ele murmurou. “Mas não vamos mudar de assunto!”
“Eu não posso estar grávida, Kook, eu tomo a pílula!” Disse, tentando mais convencer a si própria do que a ele.
“Sabe que ela não é 100% eficaz, jagi.” Ele suspirou, pegando na sua mão e te olhando. “O que vai fazer hoje?”
“Nada, ia só descansar e arrumar umas coisas em casa…” Disse. “Por que?”
“Vamos fazer um exame de sangue para saber se está grávida.” Disse, se levantando.
“De sangue?” Perguntou, indignada. “Por que não fazemos um de farmácia?”
“O de sangue vai nos dar mais certeza.” Ele deu de ombros, já indo até o quarto para se trocar, e você não teve muita opção além de ceder para ele.
Mais tarde, vocês dois estavam jogados no sofá, com a TV rodando alguma série aleatória que nenhum de vocês estava prestando atenção. Você tinha feito o exame mais cedo naquele dia, e a equipe da clínica disse que até o final do dia você teria o resultado enviado para o seu e-mail.
“Nada ainda?” O Jungkook perguntou, te olhando ansiosos enquanto você conferia o seu celular, mas recebeu apenas uma negação com a sua cabeça como resposta.
“Kook…” Você disse, e ele te olhou. “O que vamos fazer se eu estiver mesmo grávida?”
“Como assim?” Ele franziu o cenho, se aproximando de você e te puxando para que se encostasse no peito dele.
“Isso pode prejudicar a sua carreira…” Murmurou, amuada. “Se as pessoas já ficaram indignadas quando dissemos que vamos nos casar, imagina se descobrem que vamos ter um filho!”
“Jagi…” Ele disse, de forma doce. “Ás vezes eu acho que você não faz a menor ideia do quanto eu te amo.” Você levantou a cabeça, fazendo um leve biquinho com os lábios que ele não teve outra escolha além de beijar. “Se o meu amor por você já é absurdo, imagina por um bebê nosso…” Você começou a se acalmar um pouco, percebendo que talvez um filho não fosse o fim do mundo. “Ele vai ser o fruto do nosso amor, e não tem nada que vai poder estragar isso pra mim.”
Você sorriu, se inclinando para o beijar no mesmo instante em que ouviram uma notificação vinda do seu celular. Vocês logo se agitaram, e você pegou o seu celular, o desbloqueando e indo até o seu e-mail, confirmando o que já esperavam.
“Eu tô grávida.” Disse, com um misto de emoções dentro de você, mas um sorriso no rosto, que apenas cresceu quando olhou para o seu noivo e viu que ele estava à beira das lágrimas. “Meu Deus Kook, não precisa chorar!” Disse, apesar de estar sentindo a emoção chegar para si mesma.
“São lágrimas de felicidade.” Ele murmurou, enquanto você o espremia em um abraço. “De muita felicidade.” Ele disse uma última vez antes de te puxar para um beijo apaixonado.
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Quando se ama, mesmo querendo ficar, às vezes é preciso partir. Isso não significa deixar de amar, mas sim fazer o que é necessário pra não se autodestruir. A vida tem dessas… Porque, naquele momento, não era pra ser ou, talvez, nunca tenha sido pra ser com você. É difícil entender, eu sei. Queremos tanto permanecer, principalmente com alguém que despertou algo verdadeiro depois de tanto tempo. Os dias vão continuar. Isso não vai desaparecer em um estralar de dedos. Desculpa, mas vai passar.
A gente não esquece, só se acostuma. O verdadeiro sentido está em sentir cada emoção: a saudade, a decepção, as lembranças. E, então, se perguntar: "Me fazia feliz?" Claro, foi bom no início. Todas as mensagens trocadas até altas horas, conhecendo um pouco mais um ao outro, os sentimentos foram fluindo... Mas, como qualquer tempo ruim, a tempestade veio.
E com ela vieram as madrugadas em claro, depois de mais uma briga, a falta de reciprocidade e a ausência de empatia. Não… Isso, claramente, não era a 'felicidade'. E tá tudo bem não ter nascido no peito do outro tudo o que transbordava no teu. Ninguém tem culpa do que sente, do que quer ou do que acha que precisa. As pessoas só têm culpa de uma coisa: não serem honestas sobre os sentimentos que possuem. O único erro é iludir, fingir que sente, despertar expectativas que não podem ou não querem cumprir, brincar com o coração alheio. E, quando acaba, o máximo que você pode fazer é reconhecer e ser honesto consigo mesmo: "Tudo o que senti foi verdadeiro." Afinal, você fez o que podia com o que tinha. E, mesmo doendo, a vida continua. Mas vai passar.
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NÃO SEI COMO ISSO SE ENCAIXARIA, mas que tal um enemies to lovers Jason Todd x leitor masculino com eles em um relacionamento? Tipo um casal briguento, que torna qualquer situação mundana numa rixa
Jason Todd — Male reader.

Era uma noite chuvosa em Gotham, o tipo de noite que fazia a cidade parecer ainda mais sombria. [Nome] estava de patrulha, mantendo a ordem nas ruas. Como membro de um grupo de vigilantes, sabia que a tarefa era solitária. Mas o que não esperava era a companhia inconveniente de Jason Todd.
Desde o primeiro encontro, Mori e Jason nunca se deram bem. Ele era teimoso, impulsivo, e, na sua opinião, irritantemente autossuficiente. Toda vez que os dois se encontravam, qualquer interação casual acabava virando uma discussão acalorada. Mesmo uma simples troca de informações sobre a movimentação de bandidos terminava em rixas.
— Você acha mesmo que sabe tudo, não é? — ele resmungou, ajustando a máscara com um sorriso sarcástico.
— Melhor do que um Robin renegado que acha que pode resolver tudo sozinho — [Nome] rebateu, cruzando os braços.
Ele sorriu, os olhos brilhando de um jeito desafiador.
— É? Vamos ver até onde essa sua atitude vai te levar.
E a atitude levou em namoro, ambos opostos começaram um relacionamento, não tinha carinho, palavras de afirmação, apenas um sexo bruto e aparência.
[...]
E em uma das festas que foi convidado, [Nome] estava decidido a impressionar. Ele escolheu um visual que exalava sensualidade: uma camisa justa, entreaberta no peito, e uma calça que delineava perfeitamente suas curvas, com um zíper horrível que dificultava um pouco na hora de fechar. Precisando de ajuda, ele chamou Dick, que estava por perto, e este prontamente se aproximou, ajustando o zíper com um leve sorriso no rosto.
— Você está realmente matador hoje — comentou Grayson, com um olhar de aprovação.
Jason, que observava a cena de longe, sentiu um desconforto imediato ao ver o olhar de Dick e o leve sorriso de [Nome] em resposta. Um toque de ciúmes começou a surgir, e ele não pôde evitar lançar um olhar nada amigável para o Asa Noturna.
O Todd não conseguiu esconder o descontentamento. Ele caminhou até onde seu namorado estava, sua expressão séria e o olhar cheio de ciúme.
— [Nome], a gente já devia ter saído — disse Jason, tentando manter a voz neutra, mas seu tom estava carregado de insatisfação.
O Mori levantou uma sobrancelha, percebendo o tom na voz do capuz vermelho.
— Qual é o problema, Jason? Só pedi ajuda ao Dick, nada demais.
— Nada demais? Você sabe que ele gosta de te provocar, e mesmo assim fica todo sorridente com os elogios dele. — Jason cruzou os braços, claramente incomodado.
— Você está exagerando, Jason. Não é porque alguém me elogia que significa algo. — [Nome] suspirou, impaciente.
— Sabe — Jason bufou, sua frustração evidente. — As vezes eu sinto que você gosta de chamar atenção... especialmente de pessoas como o Dick.
[Nome] estreitou os olhos, chateado com o comentário:
— E o que isso quer dizer, Jason? Que eu sou algum tipo de exibido? É isso que você pensa de mim?
Jason hesitou, mas o ciúme o fez continuar.
— Talvez sim. Talvez você goste de provocar as pessoas só pra me deixar inseguro.
— Isso é ridículo, Jason. Eu nunca faria algo assim de propósito, e é injusto você me acusar disso. — [Nome] deu um passo para trás, balançando a cabeça em descrença.
— Ridículo ou não, é assim que eu me sinto. E você nem se importa em me tranquilizar. — Todd não recuou.
[Nome], agora irritado, cruzou os braços.
— Talvez o problema esteja mais em você do que em mim, Todd. Se você não confia em mim, essa relação não vai funcionar.
Jason ficou em silêncio por um momento, as palavras de [Nome] o atingindo profundamente. — Então é assim? Está me colocando a culpa? Eu só queria que você entendesse o que eu sinto.
[Nome] suspirou, olhando para o chão antes de responder.
— Eu entendo que você sinta ciúmes, mas eu não vou mudar quem eu sou ou como ajo por causa disso. Se você não consegue lidar com isso, talvez precise pensar sobre o que realmente quer.
A tensão entre eles era palpável, e ambos ficaram em silêncio. Infelizmente tal situação se repetiu por mais vezes, mais e mais vezes ao ponto de Jason achar que você estava transando com Bruce. O término de vocês foi violento, chegando ao ponto de um levantar a faca pro outro.
#fanfic#leitor masculino#male reader#imagine#dom reader#alpha reader#tokyo rev x reader#boku no hero academia#omega reader#lactophilia#jason todd#bruce wayne#dick grayson#alfred pennyworth#damian wayne#red riding hood#red robin#red riot
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✧ 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟏ㅤ⸻ㅤ𝐎 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐑𝐎𝐆𝐀𝐓𝐎𝐑𝐈𝐎ㅤ⊹ ₊
Vincent correu os olhos pelas paredes rochosas da sala com uma expressão de nojo, desconfortável com a imundice do lugar não por algo que podia ver, mas por saber que estavam recebendo changelings no mesmo local. Que desrespeito com a realeza! Com o queixo erguido do jeito naturalmente arrogante, o príncipe cruzou as pernas ao se sentar na cadeira, não muito interessado em colaborar com a investigação sobre um incêndio. Oras, como ele poderia ajudar em algo se sequer estava presente?
“Posso fumar aqui?”, perguntou ao interrogador, que reagiu a pergunta inesperada com um levantar de uma das sobrancelhas. “Eu prefiro que não.” E Vincent, que não estava esperando pela negação, soltou um ar muito insatisfeito pela boca, a expressão se inundando com amargura para retrucar: “Certo, isso é uma prisão então. Sorte sua que estamos no subsolo e não no último andar, porque já que é assim eu deveria me jogar pela janela para agilizar seu trabalho de destruir minha vida!”
O interrogador revirou os olhos, desacreditado com tamanho drama. Estava acostumado a lidar com os mimados da nobreza, mas o príncipe conseguia se superar em todos os níveis. Iria considerar pedir um aumento a seus superiores mais tarde.
“Onde você estava no momento em que o incêndio começou?”
Vincent ergueu uma sobrancelha, como se achasse a pergunta um desperdício de tempo — o que ele realmente achava, se quisessem mesmo saber a opinião dele a respeito daquele teatrinho. Deveria haver uma investigação, é claro, mas chamar o príncipe para ser interrogado era um insulto.
“Não me lembro.”, respondeu o loiro, simplesmente. “Mas onde mais eu poderia estar? Dormindo. Com alguma dama ou qualquer coisa assim. Vagando pela biblioteca, talvez… Não é como se eu pudesse ir pra muito longe daqui, não é?” O interrogador não se abalou com o tom meio atravessado na resposta do príncipe. Ele anotou algo na caderneta em suas mãos e lançou a próxima pergunta com a mesma calma: “Você notou algo incomum ou fora do lugar antes do incêndio, seja no comportamento de outras pessoas ou no castelo de Wülfhere?” O loiro deu de ombros, indiferente, e respondeu: “Nada que possa ter a ver com os acontecidos.”
“Você notou algum dos dragões agindo estranho no dia do incêndio?” A pergunta foi tão inútil e desnecessária que Vincent preferiu se ocupar em cutucar uma lasca de madeira se soltando da mesa do interrogador, pois julgou que valia mais de sua atenção. “Sei lá. Não são sempre estranhos por natureza?” Dragões não eram basicamente demônios voadores? Vincent não tinha muito contato com dragões, mas não ousaria confiar em algum deles.
“Você teve algum sonho ou pressentimento estranho antes de saber do incêndio?” A pergunta o desperta da distração, deixando-o pensativo por um momento, como se tentasse resgatar algo no fundo da mente. “De estranho? Bem… Eu sonhei que Kieran estava usando um vestido meio provocante da Narcissa. Foi traumatizante.” O príncipe fez uma careta, encolhendo os ombros com a lembrança. “Como era o vestido?”, o interrogador perguntou, de cenho franzido. Vincent fechou a cara, mudando da água pro vinho com o interesse inesperado do coroa. “Irrelevante. Mais alguma pergunta inapropriada sobre minha família ou pretende continuar o interrogatório?”
O homem limpou a garganta, voltando a olhar para os papeis com suas anotações. “Você acha que o incêndio foi realmente um acidente, ou acredita que pode ter sido provocado por alguém? Quem se beneficiaria disso?”
“Não acho que foi um acidente, mas não dá pra apontar um culpado em específico. Há um traidor no exército, claramente.” Vincent começou a tamborilar os dedos na mesa, não com impaciência, mas sim pelo incômodo com a falta de respostas sobre o assunto.
“Na sua opinião, quem estaria mais interessado no desaparecimento do Cálice dos Sonhos e na interrupção do acesso ao Sonhār?” Para Vincent, só havia uma resposta para isso: “Uthdon, é claro. Talvez tenham se unido com alguns changelings. Algum tipo de revolução secreta liderada por uma minoria insatisfeita com o sistema, talvez?” O interrogador ergueu as sobrancelhas, surpreso que alguém mimado e imprestável como Vincent aparentemente havia realmente pensado no assunto, já que tinha a teoria na ponta da língua. “Qual o problema do sistema?” Secretamente, o interrogador só queria ouvir Vincent admitir os próprios privilégios e, pela primeira vez, reconhecer a desigualdade como parte do problema. Mas em vez de atender as expectativas, o loiro abriu um sorriso largo, os olhos com aquele brilho caótico, e disse: “Quase se bate demais num cachorro, é esperado que ele se revolte.”
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Minhas impressões sobre Mileven e Byler e o que eu acho que possa acontecer com eles na 5 temporada

Recentemente eu assisti Stranger Things pela segunda vez.
Na minha primeira vez assistindo eu não dei nenhuma atenção pra nenhuma das relações amorosas da série; e quando descobri Byler pela primeira vez, eu achei que não fazia o menor sentido.
Entretanto, observando os detalhes com mais atenção e assistindo alguns vídeos sobre o assunto, eu me permiti interpretar mais profundamente os acontecimentos e detalhes da série em volta desse triângulo amoroso.
Então, aqui, eu vou falar minhas opiniões sobre ambos esses casais de acordo com as tempos e baseado unicamente nos acontecimentos da série. O que significa que não vou citar o que ator A ou B disse, ou o que os diretores disseram ou deixaram de dizer.
Com isso dito, vamos lá. Vai ser longo.

Mileven — temporada 1
Na última temporada, quando o Mike faz aquele discurso sobre a vida dele ter começado quando encontrou a Eleven na floresta, não precisa de muito pra constatar que não é uma verdade total.
Antes de argumentar eu quero deixar claro que não sou aquelas pessoas que desacreditam totalmente de um sentimento intenso e mútuo vindo do Mike e da Eleven. Ou seja, eu acredito sim que eles se amam.
Mas existem muitos poréns nessa história.
Vamos aos fatos dessa história.
Ambos Mike e Eleven tem doze anos de idade nos acontecimentos dessa série.
O Mike é uma criança imatura qualquer, que está passando por um momento difícil com o desaparecimento do seu melhor amigo. Já a Eleven, acabou de escapar dos seus abusadores que se disfarçavam horrivelmente atrás de uma visão distorcida do que é uma família. A Eleven não conhece, e não compreende nada além dos conceitos que são apresentados pra ela no laboratório. Ela é um simples rato de laboratório feito pra seguir ordens, e sua infância — uma parte extremamente importante no desenvolvimento do ser humano — foi jogada no lixo.
O Mike não se apaixona pela Eleven de primeira, como ele deixa transparecer no seu discurso pra ela na última temporada. Mas ele sentiu sim empatia por ela.
Ele fez o que qualquer criança naquela idade faria. Acolheu uma menina que estava claramente indefesa, e depois pretendia entregar ela pra que a mãe tomasse as providências.
Não dá pra culpar o Mike por não ter gostado da Eleven de cara, mas é problemático o Mike ter mentido sobre isso.
O interesse do Mike na Eleven começa quando ela revela ter poderes, porque o primeiro pensamento que ele faz é que ela pode ajudar a encontrar o Will.
Da pra perceber que o Mike não está apaixonado pela Eleven pela maneira como ele surta com ela toda vez que ela não faz algo que ele quer — consequentemente, atrapalhando encontrar o Will. Porque o foco do Mike não tá na Eleven, tá no Will.
Mas novamente, ele é uma criança.
Agora, a Eleven vê no Mike a única pessoa que lhe deu abrigo, comida e que a tratou decentemente.
Devemos pensar que a Eleven não sabe nem o que é viver, porque ela existia pra ser um teste de laboratório. Muitos conceitos básicos da vida ela não entende. Ela não sabe o que são amigos. Não sabe o que é gostar. Não sabe o que é amar. E definitivamente não sabe o que é viver fora daquele laboratório. Ela é tão privada de tudo naquele lugar, que é difícil começar a pensar quais outros conceitos básicos a Eleven desconhece.
Mas, enfim. A temporada continua e a Eleven se mostra bastante proativa pra encontrar o Will, e enquanto os outros meninos acreditam que ela pode ser um empecilho, o Mike acredita que ela é a chave pra encontrar ele, e ele está apostando todas as fichas nela. Afinal, no momento em que ele toma ciência de que há monstros envolvidos na história, ele chega na simples conclusão de que sozinhos eles não conseguem, e com a Eleven, eles tem uma chance muito maior de encontrar o Will.
Enquanto a história continua e ela continua ajudando, não tem como o Mike não sentir empátia.
Primeiro que ela é uma menina completamente indefesa e que o Mike sabe que passou por coisas inimagináveis de onde ela veio, e essa mesma menina, que nunca recebeu simpatia de ninguém, está ajudando ele a encontrar o melhor amigo desaparecido dele.
Enquanto isso, a Eleven está recebendo comida, conforto e uma vida minimamente decente em troca dos poderes dela. É um contrato amigável e teoricamente justo. Ambos desenvolvem uma amizade porque é inevitável não sentir simpatia um pelo o outro.
Também vale lembrar que eles se conhecem por pouquíssimo tempo. A Eleven aparece um dia depois do desaparecimento do Will, e em um momento da série, ela desaparece depois de brigar com o Mike.
Então, eles se conhecem nessa brincadeira por menos de uma semana.
Entretanto, com a sensação de que o mundo está acabando e sendo tomado por monstros, e aqueles meninos sendo constantemente expostos a perigo mortal, é natural que os laços entre eles cresçam e se tornem mais intensos.
E quando se é uma criança nos anos 80, vindo de uma família extremamente tradicional, com o pensamento de que sua única meta de vida é criar outra família tradicional, é muito simples que o Mike distorça toda a admiração que ela sente pela garota que ajudou a salvar sua vida inúmeras vezes, tem super poderes e ainda ajudou a encontrar seu melhor amigo desaparecido, em amor.
É uma conexão simples e fácil de fazer. O Mike tem doze anos, mesmo que ele conheça os conceitos das diversas facetas do amor — como amor fraternal e romântico —, ele não sabe o que é sentir, e muito menos sabe diferenciar essas coisas quando sente.
Já a Eleven nem sabe o que é o amor.
Na cena em que o Mike está convidando a Eleven para o baile, ela diz que eles são tipo irmãos. O que é compreensível, afinal, é o único conceito de relacionamento que ela conhece.
Como ela sabe que ela gosta do Mike? Não tem como.
Mas é óbvio que ela quer estar com ele. Ou é estar com ele ou ser torturado pelo próprio pai. Seja lógico, qual que ela escolheria?
E, claro, não estou jogando os sentimentos que eles cultivam no lixo, mas também não estou disposto a dizer que é sentimento intenso como amor ou paixão.
Quando a Eleven some no final da série enquanto derrota o Demogorgon, o Mike fica devastado.
E ele fica esperando por ela. Mas novamente, isso é algo lógico de se sentir, não está necessariamente ligado ao sentimento de amor e paixão. Essa menina ajudou ele pra caramba, salvou a vida dele, ajudou a encontrar o amigo dele, e eles nem tiveram chance de começar uma amizade. Ele sente falta dela, sente falta de algo que eles nem puderam começar a construir.

Byler — temporada 1
A gente é mostrado desde a primeira temporada que esses carinha tem uma conexão diferente.
Não é esfregado na sua cara. São detalhes sutis que fazem você inconsciente chegar a conclusão de que, dentro do grupinho de amigos, esses dois são mais próximos, o que é comprovado na segunda temporada, visto que ambos se conhecem desde o jardim de infância.
Detalhes como o Mike guardar os desenhos do Will num fichário. Ou o Will não conseguir mentir pro Mike que tirou um valor ruim no dado — mesmo que seus outros amigos peçam pra mentir —. O fato de que quando a Eleven sincronizou o Walkie-talkie no mundo invertido, no momento em que ele fez um mínimo barulho, o Mike já reconheceu de quem se tratava e reconheceu a música que ele cantava — mesmo que ele mesmo chamasse a música de "esquisita".
Obviamente que esses detalhes não significam que ambos esses garotos carreguem sentimentos românticos um pelo outro. A questão é que, eles tem um terreno firme pra brotar uma relação romântica.
O Mike e a Eleven não. Eles não sabem nada um do outro. Mas isso também não significa que essa relação não possa ser construída.
Como nessa temporada o Will nem aparece direito, eu não tenho muito o que citar se não esses pequenos detalhes, então vamos pra segunda temporada.
Mileven — temporada 2
Em contraste com a primeira temporada, quem sumiu dessa vez foi a Eleven, enquanto o Will está presente.
Aqui, da mesma maneira que acontece com o Will na primeira temporada enquanto ele está sumido, o Mike demonstra interesse por ela mesmo que ela não esteja presente. Ele fica falando com ela no Walkie-talkie mesmo que ela não responda e conta os dias. Nega a Max como se ela fosse "tomar" o lugar da Eleven, mesmo que não vá.
E isso, como eu descrevi anteriormente, é porque ele perdeu alguém que esteve presente em momentos extremamente delicados da sua vida; qualquer chance que eles tiveram de ao menos de criar uma amizade foi tirada brutalmente deles.
Quando ela volta, ele se mostra bastante magoado pelo Hopper ter escondido ela, e ele demonstra de maneira bem sincera essa tristeza.
Agora sim, o chão pra um talvez relacionamento foi lentamente se construindo. Tem um laço bem mais forte do que na primeira temporada.
Quando eles finalmente se encontram nessa temporada, eles sabem que vão finalmente ter a oportunidade de estarem juntos. O Mike já está apaixonado por ela, e ela finalmente pode ver a pessoa que a acolheu quando ela mais precisava.
Aqui eu genuinamente acredito que, além de se amarem, eles sentiam muita paixão um pelo outro — que é aquele amor que ferve.
Eles são crianças, passaram por coisas muito significativas juntos e o laço que eles criaram na primeira temporada foi testado com a distância, e não enfraqueceu, mesmo que a esperança quase acabasse, ele continuou ali.
Contudo, essas duas temporadas engatinham pra transformar esses dois em um casal, e poucos antes desse desenvolvimento dar os seus primeiros passos, ele regride. A partir daqui, eles praticamente não tem evolução nenhuma.
Byler - temporada 2
Sinceramente, essa temporada é um prato cheio pra nação Byler.
Se a gente pôr Mileven e Byler numa balança, a história desses dois pesa mais. Porquê? Porque tem sustento. Eles tem história juntos e uma história longa.
Aqui é esfregado na nossa cara como eles são mais próximos e são de fato, melhores amigos.
O Will sente que o Mike é seu confidente. Enquanto ele está lidando com os traumas do período em que ele sumiu, e tentando lidar com os flashbacks, ele sente que mesmo que ele tente voltar a sua vida normal, todo mundo trata ele como se ele fosse de porcelana; mesmo que ele esteja de fato, vulnerável.
Ele acredita que todo mundo o trata como um bebê indefeso, menos o Mike. E isso é evidente quando ele conversa com o Jonathan sobre isso, cita o nome de todos menos o do Mike.
Já o Mike está sempre consolando o Will de uma maneira que ninguém sabe exatamente como. Enquanto as outras pessoas ficam estranhas na presença dele e fazem ele se sentir deslocado, o Mike sabe exatamente como acolher o Will nos momentos difíceis sem sufocar ele.
Não é atoa que, na cena em que eles estão pedindo doces, quando o Will tem mais um dos seus flashbacks, o primeiro — e único nome — que ele grita, é o do Mike.
O Will sabe que o Mike vai proteger ele, e sabe que o Mike vai consolar ele. E o Mike está disposto a isso. Visto que ele é o primeiro a notar o que estava acontecendo com o Will, e o primeiro a se pôr na frente dele como um escudo, pegando a responsabilidade de proteger ele naquele momento sensível e de consolar ele quando ele precisa.
Quando eles vão pra casa do Mike, mesmo que o Mike cite a Eleven, no momento em que ele percebe que o Will precisa de um conforto e precisa de alguém diga que vai tudo ficar bem, ele desvia o assunto e essa cena icônica acontece:

O Mike consegue enxergar o Will além do trauma dele. O que é impressionante pra crianças tão novas entenderem um amigo com esse nível de profundidade. Ele tem que sentir muita empatia e até mesmo amor.
Mesmo que não seja amor romântico, tem amor envolvido. E muito.
E é compreensível e lógico que tenha muito amor nessa relação. Eles tem história pra isso. Eles se conhecem e se entendem.
Quando a Joyce vai buscar o Will para ir ao laboratório, antes mesmo que isso aconteça, o Mike já nota que o Will está agindo um pouco mais estranho que o normal.
Quando o Will começa a piorar, o Mike é o primeiro que se voluntaria a estar ao lado dele. Ele dorme no chão do seu quarto. Ele vai até a Joyce quando ele nota que o Will está piorando. Ele dorme numa cadeira desconfortável do lado da maca em que ele está internado.
E acima de tudo, o Mike se expressa muito bem com o Will.
Muitas pessoas quando tentam justificar a maneira como o Mike não consegue se comunicar de maneira saudável com a Eleven, dizem que ele veio de uma família emocionalmente distante e etc.
Mas além de ele não vir de uma família emocionalmente distante, e a única pessoa distante ser o Ted — pai do Mike —, e todo o resto serem emocionalmente presentes; o Mike continua sendo extremamente comunicativo e sabendo expressar bem os seus sentimentos e entender melhor ainda os sentimentos do Will.
Eles sincronizam quando estão juntos.
E isso é óbvio por aquela cena em que ele descreve como eles se conheceram enquanto o Will está amarrado e possuído.
Apesar do Mike precisar dizer aquelas coisas, o discurso inteiro é muito natural, é muito sincero, cru e cheio de sentimentos em sua forma mais primitiva e verdadeira. Ele chora, porque ele está com medo do que pode acontecer com o Will e perder a pessoa na qual ele carrega tantas memórias queridas.
Mileven — temporada 3
Essa tempora me faz pensar bastante na sexualidade do Mike, então vamos começar por isso.
Muitas pessoas na comunidade Byler acreditam que o Mike é a pessoa distante e babaca no relacionamento com a Eleven, e que isso pode até vir do fato dele ser gay, mas eu tenho meus pensamentos em relação a isso.
Eu acredito fielmente em Mike bissexual.
Principalmente porque nessas primeiras cenas deles juntos, é inegável que o Mike aprecia e até está bastante fixado na Eleven.
Aqui tem as famosas cenas de pegação.
Eu sou da comunidade LGBT, e é lógico que eu entenda ao menos um pouco das vivências das pessoas Queer, principalmente no processo de descoberta da sexualidade, e não é anormal que por muito tempo a gente fique um pouco alheio da própria sexualidade, principalmente se estamos num ambiente hetero normativo, como, nesse caso, era os anos 80.
Uma coisa que acontece muito é que, mesmo que muitas pessoas LGBT acabem namorando e se relacionando intimamente — mesmo que seja com beijos ou até sexo — com pessoas do sexo oposto, elas não necessariamente gostam disso.
O que acontece é que muitas pessoas se relacionam dessa maneira e acreditam que apesar de momentos como esses serem necessários, é normal que não sejam tão interessantes ou que não causem tanto prazer neles.
Não consigo contar nos dedos quantas pessoas LGBT simplesmente acreditaram não gostar de beijar ou fazer sexo, simplesmente porque não sentiam atração por seu parceiro.
Eu fico um pouco nessa corda bamba quando estou pensando Mike nessa temporada, porque pode sim acontecer do Mike simplesmente não entender que ele não sente atração pela Eleven. Porém!
O que eu acredito é que ele de fato sente atração pela Eleven, e enquanto o relacionamento deles se mantém na rotina — até o Hopper intervir —, a relação deles é até que okay.
É a partir dessa intervenção do Hopper que a gente começa a ver que a Eleven não entende o que é um namoro e não sabe se comportar em um.
O Mike está disposto a namorar a Eleven. Ele se importa com ela. Se sente atraído por ela e presta atenção nela. Mas a Eleven...
Muitas pessoas costumam dizer que o Mike é a pessoa que não gosta da Eleven, eu já digo o contrário.
A Eleven nem estava verdadeiramente irritada com a óbvia mentira do Mike. Ela só começou a sentir raiva quando ela conversou com a Max.
O Mike foi um idiota por mentir em cima de um problema tão pequeno, mas a Eleven — simplesmente por não ter senso crítico e só copiar o que a Max pensa da situação — transformou isso num problema ainda maior. Ela aumentou o problema e transformou numa tempestade o que era um simples desentendimento.
Mas okay, isso é comum no desenvolvimentos de casais. Então, continuamos.
Tudo o que a gente vê durante essa temporada é o Mike tão fixado em resolver um problema — que a Eleven claramente não está nem ligando pra resolver — que saiu de proporção, negligenciando seu melhor amigo — Will, por um negócio que a Eleven nem entende direito.
A Eleven está sim magoada pelo Mike ter mentido, afinal, eles tem aquela frase "amigos não mentem", mas esse problema sai de linha, não porque ela interpreta o que está acontecendo, mas porque ela está imitando a maneira que a Max reage a esses desentendimento.
A Max é uma pessoa totalmente diferente da Eleven. Ela tem uma personalidade forte, ela tem visões de mundo e opiniões formadas. A Eleven não, ela praticamente age como uma esponja que suga e contém tudo o que ela consegue tirar da Max.
A Max é a pessoa que vê que a Eleven nem sabe direito se ela gosta do Mike. Ela pergunta se ele beija bem: ela não sabe.
Sejamos sinceros, não é fácil dizer que seu namorado beija bem por simplesmente ser o fato de ser seu namorado? A pessoa que você ama e se sente atraído, mesmo que você não tenha tido experiências antes? Ele pode não ter o melhor beijo do mundo, mas se você gosta — o que ela demonstra que gosta toda vez que eles estão se beijando —, porque você não consegue dizer que sim?
Enfim.
E não é só nesse quesito. Ela não sabe o que ela gosta. Nem de vestir. Ela nem deve saber se ela sabe o que gosta de comer mesmo. Ela só gosta daquelas waffles porque é a primeira comida que o Mike da pra ela.
Ela não tem personalidade, não tem opiniões, ela só segue a vida com o Mike sem nem questionar. Quando você olha por esse lado, é até lógico que você se questione se ela tem sentimentos ou não por ele, ou se simplesmente tem a necessidade de ser amada por alguém, ter um namorado e ser normal.
A gente até vê que a única referência de relacionamento que ela tem é dos filmes que assistia na cabana do Hopper na segunda temporada. Coisas fantasiosas que não funcionam na vida real.
Enquanto o Mike tá tentando por os sentimentos da Eleven em primeiro lugar e reconhecendo que ela deve ter se sentido magoado pela mentira dele, ela nem sente a falta dele. Na verdade, ela está feliz sem ele, porque ela finalmente está explorando sua própria personalidade.
E esse é um dos problemas da Eleven e porque ela não sabe manter um relacionamento. Ela pulou muitas partes da vida que são necessárias para que você possa se tornar um ser humano apito a se relacionar romanticamente. Ela pulou a infância — que a parte mais importante pra se criar uma personalidade —, viu e se "apaixonou" pelo o Mike em menos de uma semana, ficou separada dele por um ano e quando finalmente voltou, ela não conheceu ele primeiro — e se conheceu primeiro —, ela pulou diversas etapas e foi direto namorar com ele sem nem saber o que é um namoro!
Nessa temporada, mesmo quando o Mike se desculpa e fala tudo o que aconteceu, ela continua não dando chance pra ele. Ela continua naquela mágoa que ela criou com a Max, que de início sequer existia.
Não dá pra dizer que ela não ama o Mike, até porque, mais pro fim da temporada ela vai ficando menos irritada com ele e dando mais abertura pra aproximação por conta da saudade. Ela ama ele, ele ajudou ela, mas ela não sabe amar ele da maneira que ele quer ser amado.
O término desses dois é tratado como comédia, o que mostra que, desde a segunda temporada, nenhum dos dois cresceu juntos. Eles não aprofundaram esse sentimento. Eles não fortaleceram esse laço. O Mike até se preocupa, ele fica tentando achar maneiras da Eleven voltar com ele, enquanto isso, ela tá se divertindo, usando os poucos momentos calmos dessa série pra se auto-descobrir, literalmente nem ligando pra esse término.
Mas de ambos os lados, isso não é algo impactante. Não muda praticamente nada.
E como sempre, é preciso o mundo estar acabando pra eles se tocarem dos seus erros e começarem a tentar voltar a amarrar os laços quebrados. E mesmo assim, não tem conversa profunda.
Eles não sentam e discutem aquele erro. Eles não prometem mudar. Eles não se abraçam e se beijam e dizem que vai ficar tudo bem. Eles não lutam pelo relacionamento.
Eles são imaturos e acreditam que o amor vai resolver tudo. E não vai.
Byler — temporada 3
Nessa temporada é muito provável que o Will já sabia que não gostava de meninas, apesar disso, não tenho certeza se ele já tinha notado os seus sentimentos pelo Mike. Eu creio que inconscientemente sim.
O empecilho desses dois aqui é que estão em fases diferentes da vida.
O Mike não teve nada impedindo que ele crescesse normalmente. Ele aproveitou a infância dele, e agora, no auge da adolescência, ele está deixando os velhos hábitos pra trás e focando em sua namorada.
O Will não.
O Will passou a primeira temporada inteira sumido e a segunda temporada inteira tendo flashbacks desse trauma e sendo possuído, eventualmente. A infância dele foi brutalmente destruída. E no momento que ele finalmente para de ser o alvo — essa temporada —, ele quer recuperar os momentos perdidos da infância.
E a raiva do Will nessa temporada é mais direcionada ao Mike do que ao Lucas.
Aquele é o melhor amigo dele, que quando ele finalmente tem a oportunidade de aproveitar o tempo perdido, está focando toda sua energia em uma menina que não conhece ele a um terço de tempo que eles se conhecem. A raiva é justificável e agora com a confirmação que o Will é gay e apaixonado pelo Mike, dá até pra chutar e dizer que é ciúmes.
O conflito desses dois é levado muito mais a sério do que o término de Mileven.
Quando o Will fica irritado por não estar recebendo atenção, o Mike automaticamente percebe que errou e pede desculpas.
Uma diferença gritante entre o Mike com o Will e o Mike com a Eleven, é que não demora pro Mike reconhecer que ele errou com o Will, mas com a Eleven, ele precisa de muito esforço e até um toque externo — que outras pessoas acordem ele — pra que ele reconheça e vá pedir desculpas.
E ele insiste no Will. Ao contrário de esperar e pensar no que fazer como ele faz com a Eleven, no momento em que ele nota que ele erra com o Will, ele vai atrás e se desculpa. Não uma, mas várias vezes.
No momento em que o Will saí de bicicleta na chuva. Ele vai atrás. E quando ele vê que ele não está em casa, ele vai até o Castelo Byers.
Na tempestade.
E essa cena toda é um contraste com o término de Mileven nessa mesma temporada. Porque enquanto o Mike fazia uma cara confusa e até chocada quando a Eleven termina com ele, com o Will, ele fica preocupado com o próprio erro.
Quando ele descobre que a Eleven espionou ele, ele fica com raiva, indignado, até aumento o tom com ela.
Quando ele solta, num tom um pouco mais alterado essa seguinte frase:

Ele automaticamente reconhece o erro, diminui o tom e começa a se explicar com calma e cuidado. E mesmo que o Will continue magoado, ele ainda vai atrás dele, ele insiste e não pensa duas vezes antes de pedir desculpas.
Agora analisa, essa discussão poderia ter sido menos intensa. Ela poderia ter sido levada na mesma leveza e comédia que o termino de Mileven, mas não foi, porquê? Porque ambos Mike e Will se importam.
Enquanto nem o Mike e nem a Eleven estavam se importando muito com o término, qualquer balanço negativo do relacionamento de Byler é extremamente significativo pra eles.
O relacionamento do Will e do Mike tem profundidade. Eles tem coisas a perder quando brigam.
O Will perde o confidente dele. O seu protetor. A pessoa que o acolhe em momentos ruins. O Mike perde a pessoa que entende ele. Que compreende. Que se sacrifica por ele.
Se o Mike e a Eleven terminam?
A Eleven não sabe nem dizer o que ela gosta no Mike.
Na verdade, ele não demonstra nenhum interesse em conhecer ele mais profundamente. No início da série enquanto eles se beijam, o Mike para pra cantar uma música que ele gosta, e ela fica mandando ele parar pra voltarem a se beijar. Ela não se importa se ele gosta daquela música. Ela não quer mostrar interesse e cantar com ele, enquanto ele estiver fazendo o que ela acha interessante, ela está feliz.
Muitas cenas desses dois que poderiam ser significativas e impactantes, muita das vezes não sou. Como já citei, o término. Mas também quando o Mike diz que ama a Eleven.
A cena é rápida e sem muito impacto. Os personagens ao redor ficam meio desconfortáveis e o eu te amo é nervoso, não tem espaço pra sinceridade ao carinho e a trilha sonora desse momento é mais tensa do que romântica.
Esse tipo de eu te amo é uma coisa bem clichê que você em qualquer lugar. Mas normalmente acontece com personagens que não querem admitir que se amam e normalmente não tem nenhum relacionamento. Mas esses dois já namoram, porque essa questão do eu te amo é tão intensa e pior, muito complicada e desconfortável?
No final dessa temporada é quando a Eleven vai dizer o "eu também te amo" e então rola o beijo mais sem impacto do planeta terra.
Poxa, imagina, você ama uma pessoa e ela finalmente diz que te ama de volta. Vocês passaram por um momento conturbado no relacionamento e meio que conseguiram superar. Esse eu te amo é pra significar MUITO, mas quando ela beija, é um beijo meio desajeitado, o Mike mal corresponde, não fecha os olhos e ele nem esboça nenhuma reação além de choque.
Cara, esse mano deveria estar na lua de felicidade. Porque ele reage daquela maneira?
Além de que eles estavam indo embora. Eles ficariam muito tempo longe. É aquele beijo que ele pode proporcionar à própria namorada antes dela ir pra outro estado?
Essa cena quase deixa um gosto amargo na língua. Como se as coisas estivessem bem mas nem tanto.
Já com o Will a coisa é sútil. Não tem aquela pressão que Mileven tem. Eles falam poucas coisas pra dizer que estão bem. A despedida dele dá a esperança que as coisas não vão mudar.
A sensação que eu tenho é que Mike e Eleven sentem que precisam dar certo, enquanto o Mike e o Will só sabem que deu certo.
A despedida de Mileven é só estranha.
Mileven e Byler na quarta temporada
Na quarta temporada as coisas ficam ainda mais claras. Das temporadas acima até dá pra engolir e tentar defender, mas nessa temporada é impossível.
A Eleven está sofrendo bullying e tudo o que ela quer é se encaixar. Ser vista como normal e viver uma vida normal, e ter um namorado faz parte disso.
Ela cria essa fantasia na mente dela, onde o Mike é o centro e ele é o namorado perfeito e eles tem o relacionamento perfeito.
O Mike já passou pelo bullying, ele entende perfeitamente o que a Eleven passa, mas mesmo assim ela escolhe mentir pra ele.
Desabafar com o Mike, explicar e procurar abrigo nele aprofundaria pra caralho a relação desses dois, mas ela resolve se afastar.
Novamente, a Eleven não sabe o que é namorar.
Namorar com uma pessoa vai além do social. É mais que andar de mãos dadas na rua, trocar beijos e ir a encontros. Você confiar esses momentos vulneráveis da sua vida a essa pessoa. Se abrir e procurar conforto no seu parceiro é mais que esperado quando você está em um relacionamento. Reforça os laços, torna aquela relação profunda e forte.
Mas não, vulnerabilidade e qualquer momento ruim em um relacionamento vai estragar essa imagem fantasiosa de um relacionamento perfeito que a Eleven criou, então óbvio que ela escolhe mentir, MESMO QUE na temporada passada ela tivesse passado o tempo todo brigada com o Mike por ele ter mentido pra ela.
Novamente, a Eleven pulou muitas fases da vida. Ela é muito imatura. Ela não entende relacionamentos. Ela não tá pronta pra um relacionamento.
O Mike até tenta ser o namorado que a Eleven quer que ele seja, mas eles não se completam e eles não fazem o que namoros saudáveis fariam; encontrar um meio termo.
Quando ele finalmente chega, óbvio que eles estão felizes em se ver depois de tanto tempo, mas quando eles finalmente vão passar um tempo juntos, a Eleven pensa num dia inteiro com coisas QUE ELA GOSTA. Ela em nenhum momento cogitou em adicionar uma única atividade que fosse de interesse do Mike.
Num relacionamento esses tipos de coisas não funcionam. Um relacionamento não é unilateral. Não é só um lado que importa. É uma parceria. Ambos os lados necessitam de atenção.
Não seria muito mais carinhoso, muito mais significativo e não enriqueceria ainda mais o relacionamento desses dois se, enquanto eles tivessem trocando cartas, eles planejassem o que queriam fazer juntos?
É isso que você faz quando você tá num relacionamento saudável.
Vamos usar Lumax como referência.
Eles estão separados praticamente a temporada inteira. Mas mesmo assim, o Lucas se importa.
O Lucas consegue notar que a Max está mal e ele corre atrás dela e se desculpa, oferece apoio.
Quando ela está sendo possuída pelo Vecna e eles precisam da música favorita, ele sabe que música é, mesmo que eles mal se falem.
Esse interesse no gosto do parceiro não vem só dele, na temporada anterior, a Max já sabia quais eram os jogos que o Lucas gostava, mesmo que ela não curtisse.
Aqui a Max não quer compartilhar as dores dela, e ela nem demonstra essas dores, mas ele percebe.
Já Mileven:
O Mike sabe do que a Eleven gosta. No aeroporto ele fica explicando o porquê dele ter escolhido aquelas flores pro buquê: eram as cores favoritas dela.
Enquanto isso, ela não tem nada pra dar pra ele e o dia inteiro é só sobre ela, e não sobre eles. Ela só quer mostrar o quanto ela é feliz, popular e não genuinamente matar a saudade do namorado que ela não vê a um ano.
A menina tá claramente desconfortável e o Mike simplesmente não nota. Chega a ser ridículo.
O Mike é insensível. Quando ela bate na Ângela, mesmo ele sabendo que ela acabou de ser humilhada, ele não oferece conforto. Não abraça. Não beija. Não diz uma palavra de conforto. Depois disso, ele ainda é mais insensível sendo passivo-agressivo quando eles estão na mesa, comendo.
Quando ele nota que ela está magoada e vai atrás dela, ele apesar de não ter pedido desculpas pelo comentário, ele tenta minimamente mostrar que está ali por ela e oferecer conforto, mas ela não se abre.
Cara dá até uma agonia ver essas cenas.
Ele mostra que entende ela, que ele sofreu bullying também, que ele está lá por ela e daí ela age como se o "eu te amo" que ele não consegue dizer fosse resolver aquela situação.
Ela não quer um namorado. Ela quer uma fonte de felicidade, estabilidade, ela quer ser normal e viver uma vida perfeita, mas essas vontades são irreais e o Mike não pode suprir essas necessidades.
O Mike também não conseguir falar eu te amo é bizarro. Ele já falou antes sem ela nem pedir, mas aqui, de repente, é uma tarefa muito difícil. Porra, imagina, sua namorada tá num momento difícil, sofrendo bullying, acabou de ser humilhada, tá chorando e sofrendo na sua frente e tudo que ela pede é um "eu te amo" e ele simplesmente não consegue. Pior ainda, ele culpa ela! Ele mente na cara dura dizendo que ele diz que ama ela, mas ele consegue dizer tudo, menos que ama ela.
E isso pra mim é o maior indicador que ele sim, gosta dela, ele se importa, se preocupa e até ama. Mas não ama romanticamente e definitivamente não ama do jeito que ela quer que ele ame ela.
Quando ela é presa ele até mostra preocupação, mas quando o pessoal chega lá mandando eles ficarem em casa, ele automaticamente fica mais calmo. A preocupação vai pro ralo.
E esse eu te amo é tema pra esses dois até o fim da temporada. Como se dizer eu te amo fosse a coisa mais complicada do universo, sendo que quando você ama alguém, você quer dizer eu te amo e você diz o tempo todo. Mas com eles é diferente por algum motivo.
Usando outras relações como paralelo:
Nenhum outro relacionamento precisa dizer eu te amo pra demonstrar que ama.
Lucas e Max nunca disseram eu te amo um pro outro e são um relacionamento perfeitamente saudável e que funciona.
Jonathan e Nancy também nunca disseram eu te amo um pro outro, e mesmo passando por dificuldades, eles continuam tentando fazer as coisas darem certo.
Hopper e Joyce nunca precisaram falar, eu te amo pra demonstrar que se amam profundamente.
Sabe qual casal falava eu te amo? Steve e Nancy.
A Nancy até consegue retribuir os te amo no início da série, mas no momento em que o relacionamento começa a desandar e ela começa a ficar infeliz na relação, ela é incapaz de dizer te amo.
E eles terminaram, o Steve era imaturo e eles não conseguiam suprir as necessidades que ambos tinham no relacionamento.
Assim como Mike e Eleven. Eles não conseguem suprir as necessidades que ambos tem no relacionamento.
O Mike quer uma pessoa pra proteger. Alguém que ele possa segurar. A Eleven durante essa temporada descobre cada vez mais que ela é melhor sozinha, até porque é verdade. Ela precisa se conhecer primeiro pra poder finalmente saber o que ela quer em um relacionamento.
Aquela declaração do Mike foi terrível.
Primeiro que ele foi pressionado pelo Will pra conseguir começar aquela discurso. Muita das coisas que ele diz são verdades. Ele gosta dela apesar dos poderes e ama ela. E acha ela incrível. E isso é verdade.
Mas esse discurso todo parece forçado. É só comparar com os outros discursos desse gênero. O que o Hopper diz da Joyce. O que Mike diz do Will. O que o Lucas diz pra Max. Quando você vai colocando essas declarações lado a lado, essa declaração do Mike é só fraca. Não é impactante e pode até ter verdades, mas não foi sincera. Não foi ele que fez por vontade própria e ele decidiu — novamente — que agora que o mundo tá acabando, é um bom momento pra tentar reatar aquilo que eles quase estragaram.
E a Eleven simplesmente não é impactada. O discurso do Mike quase não faz diferença pra ela. O mais motiva ela além dele gritando "luta" foi ela ver que a Max — a única amiga dela —, quase morrendo.
Quando tudo se "acalma" ela não está feliz. O relacionamento deles não está melhor. Eles não voltaram. Ela continua estranha.
A gente já sabe que o amor é muito mais forte que o ódio em Stranger Things, mas porque diabos o amor do Mike não fez essa menina vencer o Vecna?
Em constraste nós temos Will e Mike.
Não precisa nem entrar em discussão os sentimentos do Will pelo Mike. Ele é apaixonado por ele e ponto final.
Vendo pelo lado do Mike, ele é um melhor amigo pro Will do que um namorado pra Eleven.
Eles tem aquela discussão quando estão naquele date de Mileven, mas no momento seguinte, ele já tá reconhecendo seu erro e agradecendo o Will por ter acordado ele pra vida. E assim como o Will mesmo diz, ele literalmente não disse nada e mesmo assim o Mike reconheceu o erro e pediu desculpas.
Mas a Eleven joga o erro na cara do Mike, diz como ele pode resolver e mesmo assim ele não sabe o que fazer.
Ele passa a temporada inteira desabafando com o Will. Eles conversam um bilhão de vezes sobre esse lance da Eleven, e o Will sempre diz que vai ficar tudo bem e eles vão conseguir se resolver. Mas não é suficiente pra ele, ele continua dizendo que como aquele erro foi grave e não tem mais volta. Mas, mano, É CLARO QUE TEM VOLTA, ela deu o tutorial de como ganhar ela de volta e mesmo assim ele não segue.
Desculpa, eu fico muito indignado com isso nessa temporada.
Enfim, a sensação que dá é que o Mike tá procurando motivo pra terminar com a Eleven. E fica escancarado que eles não estão felizes nesse relacionamento.
Conclusão
Existem alguns pontos que eu poderia dizer, mas honestamente estou cansada de escrever, talvez em algum outro momento eu traga eles.
A questão é: Mileven endgame ou Byler endgame?
Minha honesta opinião é:
Acho difícil Byler terminar como um casal. Mas acho ainda mais difícil Mileven terminar como casal.
O que eu acho que vai acontecer é que o Mike vai saber que o Will gosta dele. Mas se eles vão namorar é uma questão. Talvez até role tensão romântica, mas não acho que termine em namoro.
Apesar dos Duffer Brothers apoiarem a comunidade LGBT, ter um casal gay como casal principal numa série tão grande ainda traria atenção negativa. Eu não botaria minhas esperanças lá em cima.
Agora, se Mileven for endgame eles vão ter que se desdobrar pra fazer esses dois darem certo. Eu acho que a Eleven só tá no início do arco de independência dela.
Enfim, cansei mesmo de teclar, então essa foi minha opinião, espero q alguém veja isso 😞 tchau! <3
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❝ 𝓟or favor me dá uma chance de te chamar de minha namorada. ❞ 𖥔 ₊ ֗𝓫estfriends to lovers, fluff, talvez um shy!mark, ambientado na bahia, br au
𝓪/𝓷: continuação não planejada de Gatinha, mas tá tudo bem, aqui do até um pouco mais de detalhes sobre minha cidade, primeiro post do ano, aproveitem meus amores (finjam que eu gostei de como ficou
𝓣alvez realmente estivesse apaixonada por Mark, não tinha aquela certeza mas, toda vez que via ele ou ia na casa dele — para noites de filmes e Uno — seu coração batia mais rápido. Falava isso pra tua mãe, que dizia ser coisa de jovem, esse negócio de se apaixonar, mas sentiu a mesma coisa pelo teu pai um dia. Depois daquele sábado uma chave virou dentro de ti, e se ele estivesse tentando dizer algo com aquele apelido, e se ele gostasse de você de outro jeito, ou não? As dúvidas rodavam tanto a sua cabeça que começou a ter mais dor nela do que o normal. Mark causava isso em você, e isso definitivamente não era nada normal.
Saiu de casa tentando parar de pensar no Lee, para se divertir mas, parece que o fato da cidade ser tão pequena quanto um ovo não ajudou. Quando chegou no lago, que fica exatamente no centro da cidade deu de cara com o mesmo junto de alguns amigos. Ele te olha de cima a baixo, analisando a teu vestido bonito e a maquiagem bem feita, com um brilho estranho nos olhos. – Ei! Gatinha, vem cá. – Mark te chama, não percebeu tua amiga te esperando na sorveteria logo a frente de onde estavam. – Tá indo aonde assim, tão arrumadinha? – Vou ali em Neto tomar um açaí, e tu, tá fazendo o que aqui? – Ah... – Ele abaixa a cabeça e coca a nuca, procurando uma outra desculpa para não dizer "tô indo ali ficar com uma menina 'pra tentar te esquecer". – Tô só; andando por aí com os caras aqui, é. Aproveita o açaí viu, cuidado pra não sujar a roupa como tu sempre faz. Manteve a expressão neutra, depois desses acontecimentos esqueceu que o Lee te conhecia muito bem.
E então ele se vira para voltar a ficar com o grupo de amigos, e você volta sua rota original, atravessa a rua indo para a sorveteria e encontrar tua amiga. – Amiga, ficou sabendo não? – Ela não espera nem você sentar, já vai soltando alguma fofoca do qual você provavelmente vai esquecer daqui a alguns minutos. – A tal da Luísa pediu pra ficar com o Marquinhos. Tu não gosta dela né?
Teu sangue gela. Então era para isso que ele tava aqui? Ele sabia que você não gostava da garota então por que logo ela? Não pensa duas vezes, sai de perto da mesa externa do local e vai em direção ao lago que fica logo em frente, sabia onde iria encontrar o Lee naquela noite de sábado, claro que ele estaria na batalha de rima tosca que acontece nos arredores do lago.
– Marcos! Vem aqui! – Grita por ele no meio da multidão, desesperada para separar ele daquela garota nojenta — sem rivalidade feminina, ela só era muito desagradável mesmo —. E mesmo com todo aquele barulho da rodinha da batalha ele consegue ouvir tua voz claramente, óbvio que iria saber que era você, era a garota dele; quer dizer, a melhor amiga dele. Avista os cabelos platinados entre a multidão e corre até ele, ofegante. – Meu amor, aconteceu alguma coisa? – Ele coloca as mãos nos teus ombros, com um semblante preocupado. – Bê, calma, respira. Você coloca as mãos nas coxas, se curvando um pouco e se permitindo respirar melhor agora. – Cadê aquela vagabunda? Por que aceitou ficar com ela 'ein? – Se irrita, cerra os pulsos e bate contra o peitoral do garoto. Ele não entende de primeira o que você estava falando, então percebe a burrada que fez em não te falar sobre isso antes. – Amor; não é bem assim... Eu aceitei sim, mas na hora que eu vi ela eu só conseguia pensar em você! Eu... Eu não sei o que tá acontecendo comigo, mas eu só consigo pensar em você ultimamente. – Ele segura teu rosto com as duas mãos, fazendo questão de te olhar nos olhos, mostrar confiança naquilo que está falando. – Você sabe... Não é? – O quê? – Que eu gosto de você... Que eu gosto de quando você me chama de gatinha, princesa, meu amor. Que eu gosto quando temos nossa noite de cinema porque eu posso te abraçar mais. Você sabe disso não é? Droga, Mark! Eu me apaixonei por você! – Eu não sabia, desculpa meu amor por não ter percebido antes. Por favor, por favor me dá uma chance de te chamar de minha namorada, eu tô com esse pedido a tanto tempo entalado aqui, porra, você não sabe o quanto eu te amo. – Me faz ser tua então. – Ele não tira as mãos de ti, se aproxima até que você possa sentir a respiração quente dele se misturando com a tua.
Ele te beija com intensidade, paixão, carinho. Estão presos em um transe, onde só existe vocês dois.
Esquecem dos amigos do Lee — esses que estavam comemorando por finalmente ele 'tá com a 'mina que ele sempre quis —, da tua amiga que foi correndo atrás de você, da multidão de pessoas aleatórias da roda que pararam só para observar vocês dois, gritar o nome de vocês. Foi lindo, histórico. Ele para o beijo para te dizer baixinho:
– Você é o meu amor, pra sempre vai ser.
#mark#mark fluff#mark scenarios#mark fanfic#mark x reader#mark nct#mark imagines#mark lee#nct#nct dream imagines#nct fanfic#nct scenarios#nct fluff#nct x reader#nct dream fluff#nct dream x reader#nct dream scenarios#nct dream fanfic
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TASK 001: A REVELAÇÃO (POV)
do lado de fora, sentindo o coração ainda acelerado e a pele arrepiada pela água gelada, camilo tentou compreender tudo o que havia acontecido. ele? uma das tais almas reencarnadas? era impossível. olhando para cada um ao seu redor, tentou achar alguma pessoa em comum a todos, alguém que pudesse estar por trás de alguma brincadeira esquisita e exagerada— orquestrada com maestria, ele diria. mas não parecia o caso, não com aquelas pessoas, não daquela maneira. se fosse apenas uma pegadinha, como raios eles teriam conseguido silenciar a água? então domenico roubou sua atenção, fazendo a pergunta idiota. “sim. ficou lá dentro, vai buscar pra gente, he-man” respondeu irritado, antes de erguer a voz, a fim de que todos ouvissem sua próxima frase. “isso é claramente uma brincadeira de gosto duvidoso” a frase foi uma tentativa de convencer a si mesmo, porque ele não tinha tanta confiança naquela hipótese quanto transparecia. sob a luz da lua cheia, perguntou a si mesmo pela primeira vez quem poderia ser sua alma gêmea. uma vida inteira fugindo do amor nunca o fizera pensar naquilo, quem dirá com a facilidade de uma lista de opções.
os olhos pousaram na primeira pessoa à sua direita, olivia. não podia ser, certo? lembrava-se de anos antes, quando considerou seriamente que podia até ser aceitável se casar com a garota. mas não… não depois que ela o havia trocado daquele modo. além do mais, se almas gêmeas de fato existem, ele presumia que elas deviam nutrir algo diferente de asco e ressentimento. aaron foi o próximo em que seu olhar recaiu, e o ricci franziu o cenho diante da possibilidade. gostava do rapaz, ok, mas o que eles tinham que poderia funcionar? praticamente falavam uma língua diferente. graziella estava perto, e poderia ser uma sólida aposta, se não achasse que os dois certamente enlouqueceriam um ao outro se presos a um relacionamento sério e duradouro. domenico… ‘ah puta que pariu’ foi seu único pensamento quanto a isso. só na outra reencarnação, mesmo.
neslihan estava tão bonita quanto sempre sob a iluminação lunar, não deixou de notar, e considerou que talvez a inegável atração que tinha por ela fosse um sinal de que havia algo mais ali. balançou a cabeça para o próprio pensamento, sabendo que o que existia entre os dois nada mais era do que fogo de palha. no momento que camilo a conquistasse, buscaria a próxima. pasqualina foi a próxima a ser analisada naquele turbilhão de pensamentos, e pelo bem da garota, podia apenas torcer para que não fosse ela a escolhida. o que alguém como camilo ricci poderia oferecer a alguém como ela? maxine era uma peça nova naquele tabuleiro, e sua aposta na moça se dava por eliminação - mas isso só se os outros fizessem entre si casais mais improváveis do que os que ele listava mentalmente. amelia podia ser compatível o suficiente, considerando a veia dramática e o estilo de vida luxuoso; mas não seriam aqueles detalhes superficiais demais para uma boa combinação? por último, imediatamente ao seu lado, estava christopher. deu dois tapinhas no ombro do amigo. “se for verdade, espero que seja você” fez graça, como de costume entre eles. mas podia dizer que era a opção que ele menos desgostava. claro que teria que aguentar a cantoria sem fim e o violão de rodinha de fogueira, mas pelo menos ele era gostoso. “olha, gente, isso foi super divertido. bora repetir um dia desses! mas agora eu to indo, viu, valeu aí ”
finalmente se movimentou para sair da água, sentindo o tecido do paletó molhado pesar conforme o fazia. antes que o grupo se reunisse para teorizar demais e assustar o ricci ainda mais, preferiu fugir dali. não tardou a se retirar, murmurando para si mesmo no caminho sobre o quão bem ele estava, e como não precisava de toda aquela dor de cabeça na sua vida, até alcançar o carro de onde viera outrora. parecia que o mundo, pausado até aquele momento, retornava ao normal. desistindo de sua reserva, entrou no automóvel e dirigiu até a fazenda, correndo muito mais do que o limite de velocidade permitia, como se somente no local poderia voltar a respirar direito. lá, estacionou o carro em frente à cabana de madeira geralmente reservada para si, onde planejava passar aquela noite (e quem sabe as próximas duas).
após cumprimentar alguns dos vários cães já crescidos no caminho, camilo se encontrou nos estábulos, visitando especificamente tango, o garanhão que resgataram há dez anos. durante muito tempo, o animal não permitia que ninguém chegasse a menos do que dois metros de si, traumatizado com o tratamento antes de chegar na fazenda. afastava-se com destreza, dando passos para trás toda vez que alguém se atrevia a se aproximar, arrastando-se com elegância pela grama — daí o nome. aos poucos, tango se acostumou com a presença dos funcionários, mas só havia uma pessoa em quem o cavalo parecia de fato confiar: camilo. o homem ainda lembrava do dia em que permitiu que ricci o escovasse pela primeira vez, como se camilo sentisse a rara sensação de ser escolhido. o homem retirou o blazer molhado, tendo a sorte do espaço ser suficientemente quente mesmo na noite fria. ou talvez seu corpo ainda estivesse fervendo em resposta à tudo que havia acontecido.
alcançou a escova, penteando com cuidado os pêlos escuros como a noite do animal. “você me entende, não é?” perguntou, como se o animal pudesse ter lido todos os seus pensamentos naqueles curtos segundos. obteve um leve relincho em resposta, e o corpo do animal tremeu debaixo da escova. “quer dizer, não faz sentido me colocar nessa situação. se esse amor de alma gêmea fosse real, ele tinha que ser mais forte que uma maldiçãozinha." e ele não sabia se ficava com mais medo de ser verdade ou não. e se todos encontrassem suas respectivas almas gêmeas, menos camilo? e o que afinal queria dizer uma alma gêmea? para alguém negligenciado a vida inteira, não sabia como seria amar alguém. e se havia uma forma de amar errado, ele tinha certeza que o faria.
ora essa, e daí se alguém ali realmente fosse sua alma gêmea? quem disse que ele estava disposto a encontrá-la? quem disse que ele queria tudo aquilo? não. sabia que não haveria maldição nenhuma que fosse pior do que ele mesmo. já havia feito as pazes, dentro do possível, com o fato de que ele simplesmente não era alguém que merecia o amor. e se permitisse a si mesmo acreditar no contrário, isso só serviria para que tivesse esperanças, para logo em seguida as terem frustradas. "não, não. eu vou fingir que nada aconteceu, isso sim” embora o tom fosse decidido, seria impossível esquecer o que havia vivenciado aquela noite, e mais impossível ainda escapar dos pensamentos agitados. “você acha que…” aproximou-se da face do animal, segurando de modo a virá-la em sua direção. “acha que alguém me amaria assim?” sussurrou, como se o absurdo de tudo aquilo fosse sua pergunta, e não o fato de fazê-la a um cavalo. riu desgostoso da própria esperança inevitável, que já começava a aparecer. “é, eu sei. mas tudo bem. você me ama que eu sei. e já está bom pra mim“ brincou (embora o sorriso no rosto fosse triste), afastando-se apenas para pegar algumas cenouras e oferecer ao animal, aproveitando o sentimento mais próximo de amor que ele conhecia, reconfortando-se nele. tinha certeza de que ficaria sozinho no fim das contas, mas ao menos ainda lhe restaria aquele lugar.
@khdpontos
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⠀⠀⠀⠀CORE MEMORIES — THE FIRST RITUAL.
Uma respiração profunda, foi tudo o que precisou para que Angus sentisse o corpo cair num abismo sem fim. Ou pelo menos essa era a sensação, bastante semelhante a de quando estamos dormindo e simplesmente sonhamos que estamos caindo. O corpo chocando-se contra o colchão, com um pequeno susto que é capaz de despertar. Mas, no caso do Delaunay, seu corpo não tinha para onde cair e seu despertar não se fez como comumente acontece. Os olhos piscaram algumas vezes, tentando dar foco a imagem que se formava diante de seus olhos. Era claro demais, levemente desconfortável também, sentia o corpo clamando para que se movesse e buscasse por um ponto de sombra, ou para que corresse o mais distante possível dali. Não era um espaço agradável, conseguia perceber nos poucos segundos que esteve lá, mas tinha uma tarefa a cumprir.
Em seu pensamento, tentava emanar aquilo que julgava ser essencial para atrair um dos deuses que desejava. Pensava em ondas, navegações, no cheiro que o sal do mar deixava no corpo após um mergulho e da exposição ao sol. Se ele se concentrasse o suficiente, poderia sentir a movimentação do corpo, como ondulações que quebravam a margem de uma praia. Não tinha como dar errado, era o que ele pensava, havia treinado sua mente para aquele momento, lido tantos livros, se informado com tantos outros antes dele, era praticamente impossível. Não era? Ao respirar fundo uma segunda vez, percebeu um aroma completamente diferente de sal e mar, algo como, videiras e uvas sendo espremidas. O cenário, antes claro e desconfortável de mais para os olhos, ganhava um tom mais escuro, um dégradé de roxo, em suas várias tonalidades, do que ele associava como céu, até o que entendia como o chão sob seus pés, misturando-se de forma que parecia ser infinita.
Desviou por um curto momento, perdendo-se ao horizonte infinito, indagando-se o que aquilo poderia significar, mas não recebia qualquer sinal. Olhou de um lado para o outro, até que no fim de um deles, conseguiu ver uma sombra correndo em sua direção. As pálpebras se estreitaram na tentativa de dar foco a imagem. Angus não sabia quanto tempo tinha levado até que conseguisse distinguir claramente a imagem de um touro vindo ao seu encontro, apenas sentia que vinha rápido demais e isso o aterrorizou por dentro. As pernas travadas no lugar, demoraram para respondeu ao seu comando de fuga, correndo no sentido oposto. Mas não importava o quanto se esforçasse, jamais seria rápido o suficiente e o impacto veio como uma rasteira, derrubando-o no chão de vinho. Sim, tinha caído numa poça de vinho. As vestes brancas, agora encontravam-se na tonalidade avermelhada, não sobrando uma parte que fosse em branco.
Assustado e ofegante, girou o corpo, ficando frente a frente com o animal que bufava o ar quente contra seu peito. O que diabos estava acontecendo? O que tudo aquilo significava? Angus não encontrava a respostas em sua mente, tampouco, conseguia coloca-las em voz alta, não importava o quanto os lábios se entreabrissem, nenhum som era emitido por ele. O touro aproximou-se ainda mais, sua respiração diminuía aos poucos, quase como se encontrasse o ritmo outra vez. Por alguns segundos, o Delaunay ficou imóvel, as íris azuis fixas nas castanhas daquela criatura que poderia acabar com sua vida num piscar de olhos, mas que não o fez, ao contrário disso, deixou um pequeno ramo de videira sobre o peito do Delaunay e se virou, partindo na mesma direção que tinha vindo.
Angus finalmente conseguiu respirar aliviado, apoiando-se em uma das mãos para levantar o tronco do chão empoçado, enquanto a outra aparava aquele pequeno ramo em sua palma. "Mas que merda é essa?", murmurou por entre os lábios trêmulos, com sua voz ligeiramente falhada. Em resposta, um clarão se fez no horizonte e uma voz ecoou por todo o espaço, tão grave que ele chegou a cogitar que agora era uma manada de touros que vinha em sua direção. "Nos vemos do outro lado, Angus.", reverberou a voz desconhecida, criando ecos em seus ouvidos. E como num piscar de olhos, lá estava Angus, levemente atordoado, sentado no meio da sala, com vários de seus amigos despertando ao seu redor.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀INTERLUDE - BACO
Aquele era um momento com o qual já estava acostumado, a visita de novos hospedeiros em potencial, em nada era vista como algo extraordinário pela divindade, na verdade, Baco encontrava-se deveras entediado, reclamando vez ou outra do quanto preferia estar em uma de suas festas sem fim, quando uma presença distinta chamou sua atenção em meio aos outros mortais. Os fios dourados, os olhos azuis, o maxilar largo, traços que certamente eram irrelevantes para Baco e, de fato, não foi isso que chamou sua atenção quanto a Angus, mas sim o pensamento modulado, tão firme e decidido do que queria, tão diferente dos outros, que o deixou levemente intrigado. Era tão diferente dele, descompromissado e relaxado.
Em uma analise mais aprofundada, buscou pela aura de Angus, qual cor e energia ela emanava. Se fosse muito distinta da sua, o deixaria para a divindade que o quisesse eventualmente, no entanto, o que encontrou foram alguns traços de similaridade impossíveis de se ignorar. Assim como o Delaunay, o deus se sentia deixado em um segundo plano, não era tão relevante quanto os irmãos, ou deuses maiores de seu panteão. Ao mesmo tempo, não era totalmente ignorado, fosse por estes ou pelos seus devotos no mundo dos mortais. Para alguns, Baco era a representação das farras, álcool e tudo que pudesse ser considerado impuro nesse meio. Por outro lado, também era o deus das colheitas, da plantação, do vinho e tanto mais. Fazia parte do processo de criação, tanto quanto seus parentes. Mas, assim como Angus, se via como pouco. E se juntos eles pudessem ser muito? E se juntos pudessem mostrar que não eram exatamente como costumavam vê-los?
Poucos segundos de ponderação, antes que Baco batesse o martelo: he's mine!
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❛ don’t act like you know me. ❜ (connor e cassidy)
as palavras de cassidy ecoaram no pub vazio, e tudo o que connor foi capaz de fazer foi encará-la. não era fácil encontrar palavras exatas em uma situação em que a sua mente turbilhava de pensamentos, e estava quase chocado com a facilidade com que ela, de todas as pessoas, poderia estar argumentando algo assim. como se a resposta não fosse completamente óbvia. “tá zoando?” conseguiu soltar após o que deveria ter sido quase um minuto, não tardando a rir em escárnio. só poderia ser uma brincadeira e de extremo mau gosto, tal como tudo que se desenrolava com cassidy desde o seu retorno à portland. e connor estava cada vez mais incerto de se em algum momento seria capaz de perdoá-la. “é óbvio que eu não te conheço, porra.” gesticulou com uma das mãos ao falar, irritado. anteriormente, acreditava que sim. se davam tão bem durante a maior parte de seu relacionamento que, na época, costumava a se reconfortar no fato de que não precisava se explicar muito para que cassidy conseguisse entender a que estava se referindo. agora, nem mesmo reconhecia a mulher diante de si.
“se eu te conhecesse de verdade, nunca estaria passando por uma merda dessas. já saberia muito tempo atrás que você era quase sociopata o suficiente pra fingir durante dois anos que eu… que eu não existia mais, cassidy.” e, antes mesmo de ler a expressão no semblante da ex-namorada, fez já questão de adicionar: “porque foi exatamente isso que você fez, cassidy. não tem o que justifique a merda que você fez.” ninguém queria ir atrás de um ex após o término, e connor era testemunha disso para todos os efeitos. nunca tinha ido atrás de nenhuma namorada, mesmo de cassidy, embora em uma quantidade maior de ocasiões do que gostaria de admitir havia tentado descobrir sorrateiramente - nem tanto, na realidade - com iris e peter informações sobre como ela estava. contudo, nenhum deles sabia sobre ela. dois anos depois, entendia a razão de seu desaparecimento. e isso o enchia de raiva e mágoa. “você escondeu de mim por quase dois anos que eu tinha uma filha, qual o eu problema? o que você achava que eu ia fazer? virar as costas pra você depois de tudo e fingir que não era comigo a história? mandar você ir se virar sozinha?” precisava desesperadamente de uma justificativa e, por mais que cassidy já houvesse dito várias coisas desde o momento em que apareceu na porta de seu apartamento com a garotinha dormindo em seus braços, nada entrava em sua cabeça. era simplesmente impossível para connor conceber a ideia de que ela havia voluntariamente escondido algo assim dele, e nenhuma justificativa poderia ser plausível o suficiente para que entendesse o lado dela da história. tal como a abbot fizera questão de deixar claro durante aquela discussão, claramente não a conhecia como acreditava antes. “fala sério, o que eu fiz pra você? o que te fez me odiar tanto ao ponto de não achar que eu nem merecia saber que a emilia existia?” indagou, a mágoa se sobressaindo à raiva por um instante.
#deixando silenciosamente uma askzinha aqui#partner: zoya.#in character: answers.#character: connor dempsey.#* ⠀ 𝙞𝙣𝙫𝙞𝙨𝙞𝙗𝙡𝙚 𝙨𝙩𝙧𝙞𝙣𝙜 ⠀ ﹕ ⠀ connor & cassidy.
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