Tumgik
#talvez tenha algumas repetidas
silencehq · 6 months
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Como mais uma noite comum, no pavilhão do acampamento, os semideuses se reuniam para mais um jantar. O ambiente era acolhedor com a fogueira queimando ao fundo e com todo o local recém construído após o desastre do dia da festa dos líderes. O brilho suave das tochas dispostas estrategicamente ao redor do espaço junto com as mesas de madeira e o aroma tentador de comida fresca flutuando pelo ar, uma mistura deliciosa de especiarias que abria o apetite de todos os presentes criava uma atmosfera bem tranquila para a noite. Risadas e conversas animadas preenchiam o pavilhão, cada mesa representando um chalé com seus moradores trocando informações sobre o dia cheio que tiveram até então.
O céu noturno se estendia sobre o acampamento, a lua parecia seguir escondida por trás de um véu de nuvens espessas, as estrelas há tempos não eram vistas, apenas aquela penumbra sombria era conhecida ultimamente pelos campistas. Essa única parte incomum já parecia ter se tornado parte da rotina, há quanto tempo não viam o sol nascer corretamente ou a lua tomar o espaço do céu noturno? Olhar para o céu pareceu perder a graça quando já não se tinha nem as estrelas para contemplar e talvez tenha sido por essa falta de interesse de olhar para cima que todos perderam o primeiro sinal: Relâmpagos.
Como luzes fracas e pouco chamativas, os relâmpagos começavam a aparecer nas nuvens que cobriam o céu. Em seguida vieram os raios, os barulhos agora dos trovões sendo mais perceptíveis, cortando a escuridão da noite e finalmente atraindo a atenção de todos que, aos poucos, se calavam. Era apenas um aviso de que a chuva da madrugada começaria mais cedo naquele dia ou um novo mau presságio de que algo estava prestes a acontecer? Os semideuses trocaram olhares nervosos, todos já começando a ficar tensos em seus lugares. Alguns levavam as mãos para as armas que carregavam as deixando já em cima da mesa, outros tentavam agrupar as crianças para que fosse mais fácil protegê-las de alguma ameaça.
Mas o que vinha não era algo ruim. Inesperado, sim, mas não ruim.
Enquanto a atenção parecia estar no céu, na entrada do pavilhão surgia uma figura esguia, com vestes brancas e simples. A fumaça verde saía de seus olhos, os passos robóticos e não naturais eram a indicação de que ela poderia estar de pé… mas talvez não estivesse ali. Rachel Elizabeth Dare, o Oráculo.
Seu cabelo ruivo parecia perfeito como sempre, os cachos bem arrumados e iluminados agora à luz dos relâmpagos. “É a Rachel?” uma voz infantil soou no meio da mesa do chalé de Deméter. Os semideuses se espantaram, Quíron se endireitou na mesa principal e Dionísio …. suspirou. Lá vamos nós de novo, pensava o deus.
Mas para surpresa até de Dionísio, Rachel, com a voz alta que era projetada para cada canto do pavilhão, começou com uma simples mensagem: “Eu, Zeus, através do Oráculo residente, reivindico a atenção de todos vocês. Atenção, a mensagem não será repetida. Estou ciente da situação do Acampamento. Embora muitos de vocês acreditem que nós não nos preocuparmos com a segurança de vocês, estão enganados. E é por isso que hoje, nesse momento, convoco semideuses para realizarem missões que irão decidir o rumo desse refúgio. O lar de vocês, o Olimpo e o mundo estão em perigo.” Suas palavras pareciam carregadas com o peso do destino não só daqueles presentes ali para ouvir, mas de toda vida na terra. Conforme Rachel falava, o ar ao redor dela parecia vibrar com energia que a fumaça verde emanava. Os relâmpagos e raios no céu continuavam a iluminar o local junto com o fogo das tochas e ninguém ousava interromper o que acontecia.
A ruiva caminhou até Quíron e Dionísio, o papel que ela segurava em mãos foi deixado na mesa na frente de ambos. “Os nomes dos semideuses que estão sendo convocados para as missões. Eles serão os líderes. A cerimônia de escolha das equipes deve ser feita por vocês.” as sobrancelhas de Dionísio subiram em surpresa com isso, os campistas normalmente escolhiam suas equipes mas colocar ambos os diretores para designar os nomes? Em todo o seu tempo de castigo, isso não tinha acontecido.
O Oráculo virou-se novamente para os campistas pois agora a fala voltava a ser direcionada aos jovens que assistiam com espanto e inquietação a situação. “No sótão estão os pergaminhos com as instruções das missões, cada líder deverá receber um. A partida é obrigatória, quem recusar, estará recusando uma ordem direta minha e as consequências serão inimagináveis. O destino do mundo, do Olimpo e do Acampamento está nas mãos de vocês. Boa sorte.”
Com as últimas palavras sendo ditas, Rachel despencou no chão de joelhos. Curandeiros correram para ajudar a ruiva, era nítido que ela estava mais uma vez de volta ao véu do Espírito de Delfos. Os olhos desfocados, em voz baixa murmurando palavras desconexas.
O silêncio pairava no pavilhão pois ninguém parecia estar disposto a falar algo então foi Dionísio quem quebrou aquele clima. “Bem, parece que finalmente vou conseguir me livrar de alguns pestinhas!” ele soltou uma risada alta, completamente satisfeito com a diminuição de campistas que aconteceria nos próximos dias dentro dos limites do acampamento. “Vocês ouviram o manda chuva, amanhã a cerimônia de revelação das equipes irá ocorrer no Anfiteatro. agora será que alguém pode me trazer uma nova coca diet? Estão muito devagar, como querem sobreviver a essas missões?” reclamou. Quíron parecia finalmente sair daquele estado taciturno, levantando-se para impor sua presença de maneira tranquilizadora aos campistas que já começavam a murmurar nervosamente entre eles nas mesas. “Acalmem-se, minhas crianças.” ele começou, atraindo os olhares ansiosos para si. “As missões sempre ocorreram e sempre vão ocorrer. Amanhã após o jantar, todos devem comparecer ao Anfiteatro para que possamos entregar os pergaminhos com as informações das missões. No mais, aproveitem o final do jantar e voltem para seus chalés. Tudo acabará bem.”
Ou ao menos era o que Quíron almejava para aquelas crianças. Que os deuses tivessem piedade daquelas pobres almas.
INFORMAÇÕES SOBRE A CERIMÔNIA
A cerimônia ocorreu um dia após a convocação de Zeus. Assim como Quíron e Dionísio afirmaram, o local marcado foi o ANFITEATRO após o horário do jantar.
No papel de Rachel apenas os nomes dos líderes estavam escritos, em IC, os semideuses que compõem as equipes destes foram escolha dos dois diretores presentes como ordem de Zeus. Em ooc, foi feito um sorteio para os membros das equipes e sorteio de quais líderes assumiriam tais equipes. Lembrando que a liderança delas era para figuras de autoridade no acampamento: Participantes das equipes; Caçadoras; Conselheiros de chalés; Instrutores.
Convocados para as missões, seus líderes já receberam o roteiro da tarefa que vocês irão desempenhar. Também receberam se essa tarefa vai ser CONCLUÍDA COM SUCESSO OU SEM SUCESSO. Se a equipe teve sucesso ou não, também foi sorteio. Qual roteiro pegaram, também foi sorteio.
Quem não está nessa leva, automaticamente estará na próxima leva.
SOBRE OS PRAZOS
Prazo para a conclusão do turno, interação, small, postagem de POV, QUALQUER forma de desenvolvimento que vocês adotarem, serão de TRÊS SEMANAS a partir de amanhã. Ou seja do dia 13/03 para o dia 03/04 .
Players têm até 48h para CONFIRMAR aqui na central que conseguiram falar com os membros de suas equipes e que eles confirmaram que irão participar. Passadas 48h, quem não tiver retorno de algum participante, comunicar a central para que possamos realocar os semideuses. Se algum líder não entrar em contato com os componentes da turma, também podem vir comunicar a gente para que possamos resolver.
Passado três semanas, no dia marcado (dia 03/04), o prazo de entrega será dado como encerrado. Equipes que CONCLUÍREM seus turnos/interações/POV/o que for combinado entre vocês dentro do prazo de três semanas, ganharão um bônus de 100 dracmas cada que poderá ser usado em IC no futuro OU uma arma mágica. (Iremos fazer as armas disponíveis para a recompensa e quem tiver concluído poderá escolher uma do arsenal, caso opte pela arma).
EQUIPES AQUI
Começaremos a enviar os roteiros aos poucos para os líderes por causa do chat. Mas todo mundo vai receber hoje!
Quem conseguir confirmar com toda equipe, já poderá confirmar na central e iniciar os planejamentos para a entrega.
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veleiro · 1 year
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notas pessoais sem intenção alguma
de novo as palavras no espaço minúsculo do não dito. de novo. a barriga ronca, mas não é de fome. o espaço apertou, ardeu, e então vazou, mais uma vez.
tenho notado o meu nariz mais parecido com o do meu pai, que é igual ao do meu avô e que juntos comigo formam a santíssima trindade dos animais enclausurados em si mesmos, mas eu sou mulher, eu preciso arrancar as estranhas pra fora.
eu gosto muito de vinho e cerveja mas agora até essa merda tem me caído mal.
é, parece que a única saída é mesmo para dentro da vida. ainda bem. 
estômago frágil, coração baqueado, tá nas mãos de Deus.
adotei um cachorro filhote e a responsabilidade me acorda de madrugada. isso não tem nada a ver com amor ou talvez tenha. só sei que foi nessa coisa de abraçar o plural que eu confessei um pecado, cometi outro erro ridículo e depois mergulhei fundo em um mar que sempre me coube – mesmo na tragédia.
é que eu queria ser mais segura, me masturbar mais, queria gostar de cigarros, eu quero tanta coisa, mas aqui estou eu,
viva,
e pretendo continuar. 
a mulher de vermelho me trouxe um recado, eu te disse, e assim como eu você também se perdeu. o tempo não traz só as rugas, traz também o sentido.
qual é a sua maior dúvida?
ouvir bethania conserta tudo aqui dentro. ouvir bethania me atropela repetidas vezes até que o meu corpo, os pedaços e o sangue se espalhem como mercúrio.
a minha maior desgraça foi queimar até virar cinzas e o triunfo foi destruir você. eu não sou pouca merda, nunca fui, ando tão rápido como falo e penso, mas amar pra mim, não tem nada a ver com rapidez, porque eu não sou carro e você também não.  
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calsnaps · 11 months
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UnderBrothers - Um pequeno conto de amor, de Puzzle Papyrus
Com o passar do tempo, tenho me sentido desapontado, um conclusão endireita de insatisfação própria com minha vida pessoal, afetando meu estado pensando de comprometimento ao "trabalho", estou insatisfeito com meus resultados perante meu irmão, tento dar o melhor de mim, e aprender a ser bom para com ele, mas não estou sendo o suficiente, não o consigo compreender tão bem quando consigo analisar os hábitos de batalha de alguém, talvez eu precise de mais preparação, material ou conteúdo de análise, até tive algumas ideias para me ajudar nisso, mas o máximo que consegui foi o observar interagindo com outras AU e perceber que o quanto mais eu tento, menos eu o entendo, no começo parecia que o caminho era curto e fácil
Mas devo ser sincero, o observar é agradável, o ver feliz me faz sentir satisfeito, por um curto tempo, conversar de rotina é a única base de diálogo que tenho seguido, o que faz com que eu tenha que me levar a pensamentos conflitantes
E se o erro continuar sendo eu?
E se eu precisar me mudar para chegar ao que eu quero?
Bem, é isso que eu estou tentando em meu novo método, tenho observado o cotidiano de Papyrus mais normais
Bem, eles tem rotinas entediantes e desnecessárias, treinando por um longo tempo, como se quisessem chegar a perfeição, apenas para terem uma mentalidade fútil e jogarem fora todo aquele esforço, apenas pelo Bel prazer de dizer "Eu estou treinando e serei da guarda real", eu realmente não me enxergo nisso, eu deveria me angustiar e esforçar em um trabalho constante em algo apenas para trocar as mesmas frases repetidas com Sans e passar o resto do dia longe? Não, eu realmente prefiro meus estudos no laboratório, talvez eu pudesse trocar a Guarda Real por isso? Ou tem algo além que não consigo enxergar?
Bem, em um novo teste, comecei uma interação com Undyne daqui, venho frequentemente vê-la, treinamos juntos, conversamos sobre seu dia a dia, ela me conta sobre seus problemas e frustrações, e eu sobre o quão entediante e meu momento de vida atual e meus projetos no laboratório, o que eu tenho estudado, normalmente ela ri quando eu termino de falar e usa como uma "ofensa inofensiva", dizendo algo como 'Espero que saiba usar isso para me vencer, ou estou perdendo meu tempo', mas ao mesmo tempo ela parece gostar de quando eu falo, e quando não dou iniciativa de falar, ela me pergunta sobre e relembra algo que já disse sobre um de meus projetos anteriores, isso faz eu me sentir confortável
Undyne é realmente graciosa, em questão de luta e personalidade, eu a acho muito agradável, com o passar do tempo, mais eu quero vê-la, de novo e de novo, anseio mais por nossas lutas e treinos, ela faz eu me sentir de verdade feliz comigo mesmo, não me sinto tanto alguém terrível perto dela, de verdade eu quero faze-la me ver de um jeito melhor, também quero que ela se sinta tão bem quanto eu, aos poucos começando a me esforçar para impressiona-la, quando chego em casa Sans me pergunta porque pareço tão feliz, nem eu sei responder
Eu tenho voltado a minha inspiração, meus projetos indo mais longe e dando mais certo, tudo parece tão perfeito, parece que de repente sei exatamente quem eu devo ser e como agir, os resultados antes tão inconclusivos agora parecem tão alinhados e compreensivos
Sans me fez falar como me sentia e o que andava acontecendo, tudo que eu soube dizer era como Undyne tem feito meus dias serem mais coloridos, como fez eu me sentir melhor comigo mesmo, como cada vez que ele lá se interessa por algo em mim, percebo que essa parte de mim não me incomoda mais
Sans pareceu preocupado, forçou um sorriso e colocou a mão em meu braço, tentando parecer caloroso "Bem… Eu posso estar errado, mas- Você está gostando dela, irmão?" A fala de Sans me fez travar, eu tossi e senti meu peito doer um pouco, depois disso evitei ir por alguns dias vê-la, Sans não cansou em me pedir desculpas, mas não era culpa dele, eu apenas estava em choque "Não era para isso ter acontecido" "Não era?… Talvez não seja errado… Tentar não poderia ser melhor?" Sans fala sentado contra a porta do meu quarto, eu estava deitado em minha cama, "escondido" entre as cobertas, com a fala de Sans eu dou um pulo, deixo as cobertas caírem no chão e abro a porta, fazendo Sans me encarar caído no chão "Está falando para eu- Tentar algo?" "Bem- Tentar ser feliz não é um crime, certo?" Eu corri até chegar em nosso local de treino, lá estava ela, lutando contra o ar, ao me ver ela da uma risada "Achei que não vinha mais, você está bem? Me deixou preocupada, você é uma ótima marionete de treino, punhado de ossos"
Eu cheguei mais perto e comecei a falar, disse que percebi meus sentimentos e fui sincero, olhando para o chão, não conseguindo a encarar, mas com o pouco de esperança que tinha em mim
Quando terminei, de dizer que a amava, olhei em seu rosto e o vi se contorcer "Ah- Olha, você é um Papyrus assim como o daqui, eu não conseguiria te ver diferente de uma criança brincando de herói, não é sua culpa, mas talvez você seja muito infantil para mim, entende?"
No mesmo momento que ouvi sua resposta, virei as costas para ela e fui embora, Sans se culpou todos os dias depois disso, a solidão ficando mais conflitante, eu decidi deixar meus sentimentos de lado e me enfiei cada vez mais no laboratório, Sans me acompanhando, agora ele não saia mais do meu lado, ou talvez eu não consegui mais sair do lado dele, depois disso todos aqueles sentimentos bons apodreceram como flores murcham tão facilmente
Me consumiu como vinho consome a mente embriagada dos tolos, minha felicidade esvaindo como luz do dia se esconde a noite
Aos poucos me deixei ruir junto de todos sentimentos bons que surgiram no meu peito, deixei morrer com cada expectativa que algum dia nasceu, decidindo que me esconder do mundo real seria melhor, eu sou um monstro, não sou igual a um humanos que precisa ter determinação, então que se dane, sempre gostei mais da alma da bravura mesmo
Tudo permaneceu assim, até Sans decidir me convencer que não tinha outra saída se não nos desculparmos com os Naps, e novamente me salvando de minhas próprias ideias imbecis
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renegado9 · 8 days
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Bom, o ruim é eu nem poder questionar o motivo pelo qual isso aconteceu, crescemos praticamente juntos, e eu me lembro de quase tudo, de eu e outros amigos nossos fazendo parkour e você não conseguindo acompanhar, porque digamos que era um pouquinho acima do peso, mas depois emagreceu e calou a boca deles todos, lembro de irmos um na casa do outro jogar vídeo game, das coxinhas da sua mãe que sempre pedia algumas pra levar pra casa rsrs lembro de coisas ruins também, como sua briga com um amigo meu de ônibus da faculdade, e como mesmo ele sendo muito mais velho que você, você deu um único soco de pura sorte e o derrubou, eu estava namorando na época queria ficar longe de confusão como sempre.
Crescemos juntos, mas quando fiquei mais velho segui outros caminhos, e eu nunca fui de olhar para trás, de me importar com tudo a minha volta, deve ser por isso que mesmo sabendo do seu mal caminho, eu nunca fui atrás de você, mas sempre que nos encontrávamos, a gente nunca se tratou diferente, você brincava “um dia você vai construir minha casa”, e eu brincava de volta de uma forma que não poderei escrever aqui porque só a gente entenderia.
A última vez que nos encontramos deve ter uns 2 anos e pouco, conversamos de várias coisas, e eu esperei da a hora de você ir embora para voltarmos conversando juntos, você me perguntou e as namoradas? Eu respondi o de sempre estão por aí kkk, então eu te perguntei e a sua? “A entre idas e vindas mas agora separamos em definitivo de vez mesmo”, eu falei “besteira, já já vocês voltam” você só riu, acho que eu era o único louco o suficiente que entendia o quanto gostava dela, a gente se encontrava poucas vezes, mas nas suas redes sociais eu estava la entre seus melhores amigos, eu via como você era com ela e sem ela, e realmente vocês voltaram, mas depois de mais um tempo terminaram de novo.
Talvez eu tenha sido um péssimo amigo, nas poucas vezes que te encontrei depois de adulto, nunca te perguntei porque escolheu esse caminho, nunca te aconselhei a seguir outro, eu simplesmente aceitei sua escolha, não que eu ache que eu pudesse ter mudado alguma coisa, mas nem tentar me parece um pouco insensível de minha parte olhando agora, mas por outro lado, eu nem ter tentado talvez tenha mantido a nossa amizade sempre como foi, mesmo eu e você sumindo e aparecendo várias e várias vezes a gente sempre se tratou como quando éramos crianças…
Mas a quem quer saber quem realmente era você eu vou contar uma história de um menino, que saiu de bicicleta com outro amigo, ambos desceram uma rua inclinada em alta velocidade e um deles perdeu controle e capotou bicicleta em alta velocidade, você ficou desesperado, parou o primeiro carro que viu na rua, pediu ajuda colocou esse amigo no carro, e pediu para que o levassem ao hospital, montou na sua bicicleta e veio desesperado contar para os pais dele, mas eu o parei no meio do caminho, e perguntei “o que aconteceu”, você estava tão desesperado que só conseguia falar e repetir “o (Zin) morreu, ele morreu”, e chorava repetindo isso, e eu dizendo “calma me fala o que aconteceu”, e você não conseguia, até que eu falei “você não pode chegar lá na mãe dele e falar desse jeito, a gente tem de saber o que aconteceu”, e aí finalmente ele conseguiu contar o que aconteceu, eu falei com ele calma, você nem sabe que aconteceu ainda, no final de tudo era só uma clavícula quebrada. Mas isso mostra como era o coração dele, ele se preocupava com os amigos.
Mas eu jamais lembraria de você com tristeza, prefiro lembrar da vez que eu estava voltando da faculdade, e você estava com várias figuras da copa, eu pedi para olhar todas, e te devolvi, você tirou essa do CR7 e disse toma é sua, eu perguntei “mas você tem repetida?” Você disse “não” rindo, você sabia que era meu jogador favorito, e mesmo que eu não tivesse te pedido você sabia que eu queria, talvez soubesse que eu ia guardar e nunca iria esquecer, então que descanse em paz meu velho amigo.
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irl-kiseo · 2 months
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August 2, 2024.
Tédio estava sendo um de seus melhores amigos no período das férias, mesmo com as ocupações que tinha, se ver livre por uma hora que seja durante o dia era algo deveras cansativo. Apertou a bolinha antiestresse em sua mão, brincando com o objeto jogando-o para cima repetidas vezes, enquanto encontrava-se jogada sobre a cadeira confortável. Apertou o típico botão do gravador, deixando o objeto a certa distância sobre a escrivaninha.
— Gravação do dia dois de agosto de dois mil e vinte e quatro. Dizem que agosto é o mês mais longo do ano, mas tenho minhas dúvidas depois de verificar minha agenda e colocar na ponta do lápis o cronograma mensal da Ewha. Ou talvez nada seja lento para a vida estudantil mesmo.
Riu fraco, jogando a bolinha para o alto mais uma vez, desta vez vendo o pequeno objeto atingir o teto e cair em sua mão novamente com dificuldade, fazendo o corpo impulsionar a cadeira giratória para trás, provocando um susto imediato.
— Porra... Quase faço merda. Enfim, prosseguindo, para alguns as férias podem ser libertadoras, para mim, em contrapartida, tem sido quaaase como um castigo, não por falta do que fazer, mas porque sinto saudades dos estudos regulares. De participar de projetos sociais de saúde, de atender pessoas e ser chamada de "minha netinha" por alguma senhora, de mexer com medicamentos e ouvir todas as explicações de conteúdos nas aulas, permitindo que eu possa aprender cada dia mais... No fim das contas, tudo que envolva a vida acadêmica me deixa saudades quando faço uma pausa. Admito que não esperava ter todo esse carinho pela vida universitária porque apesar de boa aluna, nos meus últimos anos escolares fui um tanto desligada e recuperar esse vigor todo parece até ironia, mas isso faz eu me sentir tão viva e, tão completa, que desejo que qualquer um tenha a oportunidade de viver algo assim da forma mais palpável possível um dia.
Deixou a bolinha de lado, desta vez pegando seus fones de ouvido e colocando-os por pura inquietação. Balançou a cabeça para os lados, com o intuito de testar a firmeza dos fones novos.
— Até que são bons, é a primeira vez que invisto em materiais realmente profissionais para minhas músicas ou para além delas, já que quero expandir um pouquinho esse talento. Recentemente venho pensando muito sobre como deveria desenvolver meu lado musical com maior qualidade, seja como compositora, produtora, cantora... E tô tirando do papel, sem pressa, meu pequenino projeto. Não quero nada grande porque fujo de holofotes e, menos ainda que fuja da minha individualidade, prezo muito por isso. A escolha do nome vem muito disso, significa transformação, equilíbrio e cura, pessoalidade e harmonia interna. Ah, tô mandando bem pra caramba pra uma mera iniciante, vai?!
As perguntas retóricas sempre faziam-na rir, afinal, estava falando consigo mesma e mantendo guardado num gravador portátil, também conhecido por seu fiel confidente. Deixou os fones de lado, desta vez relaxando o próprio corpo para encarar os arredores do próprio quarto.
— Inacreditável que darei início a isso, se me perguntassem isso há seis meses, jamais apostaria que estaria rolando... Ainda me questiono como vou sustentar tantas atividades. Luísa Chai is the new Julius. Dois empregos. Mas é certo que vale a pena investir, faço isso porque gosto, então jamais seria desperdício. No mais, é isso aí. Hoje tagarelei um bocado. Tsc... Aulas voltam dois dias depois do meu comeback, animação a mil. GO, KISEO, GO!
Encerrou a gravação rapidamente, recostando-se na cadeira macia. Olhando as caixas que haviam chegado no canto do quarto com novos itens de trabalho, esboçando um belo sorriso satisfeito e orgulhoso.
✷ ──┈ 그녀의 머리 속에서 무슨 일이 일어나고 있는지 궁금한 적이 있습니까? 탐험해보자! ~~ㅋㅋㅋ ⓒ 𝗂𝖭 𝖱𝖤𝖠𝖫 𝖫𝖨𝖥𝖤, 𝖵𝖮𝖨𝖢𝖤 𝖱𝖤𝖢 ●ᅟᅟ         
ᅟᅟ         
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femmefctale · 2 months
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Dra. Quarks [SMS]: Consiga 13 sacolas pretas como a da imagem para carregar armas. Elas podem ser encontradas em lojas de armas, lojas de caça e pesca, lojas de material esportivo, nas unidades da Merryweather na universidade ou no departamento de uniformes das Indústrias Dragna, nas Dragna Towers
— Pai, posso pegar seu cartão?
— Claro, minha princesa.
— Eu também posso?
— Não.
Uma conversa simples naquela noite do jantar da família Parton. Coraline ainda absorvia o fato de ter tido um vislumbre de seu rosto em dez anos, e não sabia se havia gostado ou não dele. Uma pequena, minúscula parte de si se perguntava se o cara que ela havia trocado de telefone, bem antes da loucura de virar a Garibalda, teria gostado daquele rosto. Mas era uma parte minúscula mesmo, que Coraline nem cogitava em escutar. Eles só haviam trocado algumas mensagens e nada mais, algo que ela havia feito diversas vezes naquela mesma semana, nada que fosse preocupante demais. Nah, seu foco era apenas imaginar se seu futuro ela ainda seria a esposa de alguém, como a maioria dos viajantes haviam lhe dito, e tal pensamento a deixava num misto de aflição e animação: isso significa então que alguém iria se apaixonar por ela no futuro? Era algo bom, né? Significa que ela não iria morrer sozinha, ou sei lá. Ela era bonita, iriam gostar dela de um jeito ou de outro. Ou não....
No dia seguinte aquela ideia ainda estava fixada em sua mente, martelando diversas vezes, ou melhor, eram diversas vespas picando repetidas vezes sua mente, a envolvendo em ideias e mais ideias que, sinceramente? Não era muito saudáveis. Talvez a foto, o vislumbre do seu futuro, não tenha sido uma boa ideia.
No fim, era uma missão simples, sem muito alarde. Coraline só precisou do cartão do papai, uma loja de artigos esportivos e voilá! O carro que ela também havia pego emprestado do pai estava com as 13 sacolas pretas. Nada de diferente, perigoso ou que Alexander pudesse se preocupar.
"Feito, medusa."
Coraline enviou a resposta dias depois. Um vislumbre de um sorriso surgiu em seus lábios quando outro contato respondeu algumas mensagens anteriores.
Número Desconhecido:
"Fico lisonjeado."
"Meu apelido na escola era Gordo."
"De Gordo para Gostoso é realmente um grande avanço."
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Ainda que a idade não seja tão pouca; como uma criança conheço pouco do mundo, mas sei demais da vida. Ainda não fiz descobertas que muitas crianças já fizeram. O mar...Ah o mar; nunca vi uma onda, mas fui derrubada inúmeras vezes pela fúria de um mar revolto.
Conheço poucos Estados, tampouco outros Países, mas tenho viajado todos os dias e ido longe sem sair do lugar. Sonhos me levam para lugares bem distantes, como o futuro que nos escapa por entre os dedos.
Pouco provei das gastronomias típicas, nem de outros Estados, quem dirá de outros Países, mas provei muitas vezes do gosto amargo da dor, da tristeza e da rejeição. Dos dissabores da vida, provei quase todos, mas continuei a ser a favor da doçura, principalmente a minha, não seria eu, se me deixasse levar pelas amarguras da vida para que pessoas à minha volta não experimentem quão amargas são algumas situações.
Talvez eu nunca tenha a oportunidade de fazer coisas que outras pessoas fizeram repetidas vezes. Levo uma vida agitada e parada ao mesmo tempo, sentindo dor física e na alma. Talvez eu nunca encontre uma companhia para me acompanhar em novas descobertas, para ir junto comigo desbravar novos mares e belos horizontes, e quem sabe nunca tenha a oportunidade de experiênciar algumas coisas, antes do último suspiro, mas sei que apesar de ter saído tão pouco do lugar, ainda tenho um mundo todo para oferecer dentro do peito e mostrar que dá para ir longe sem um passaporte nas mãos, e talvez continue a construir experiências para compartilhar, que muitas vezes pessoas viajadas jamais tenham tido e nunca terão.
Eu sei que ainda que nunca tenha visto o mar, vi muitos sonhos virarem pó como a areia da praia, mas sempre fui um mar calmo em um dia ensolarado, ainda que tenha visto a fúria das ondas tomando minha vida e arrastando tudo para o fundo do mar. Hoje eu sei, ainda que eu conheça muitas culturas e saiba de várias histórias, essas conheci viajando da forma mais incrível que tem, dando um mergulho em belos livros.
Pretendo sim continuar agregando mais e mais nas histórias que ei de construir, mas uso o passado para irrigar a paciência e plantar no amanhã, minhas próprias espécies de flores e usá-las para alegrar a vida, tanto a minha como a de quem eu conhecer pela estrada da vida.
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nanabueno-blog1 · 5 months
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pra você
Mais uma vez aqui. Como eu disse antes, as coisas que tenho pra falar nunca acabam. Na verdade, essas coisas são até repetidas demais, e eu insisto em repetir mais ainda, e acho que isso faz parte da negação de ter que deixar você ir embora. De verdade, espero que você tenha acreditado em mim no dia que eu fui na sua casa. Eu fui completamente sincera, honesta e vulnerável com você esse dia. Eu olhei no fundo dos seus olhos e você olhou nos meus, e espero que fazendo isso você tenha acreditado pelo menos um pouco em mim. Tantas coisas passam pela minha cabeça ao longo do dia enquanto to fazendo minhas coisas, enquanto to estudando, na velocity, conversando com os outros, tomando banho, voltando pra casa... sei lá. Penso em você e em tudo literalmente 24 horas por dia, e vai ficar assim por um bom tempo. Reconheço que o que vou dizer agora pode ser uma coisa bem triste a ser dita mas é a verdade; de tanto que não aguento mais pensar em tudo, de tanto que a culpa e a sua falta estão me sufocando eu torço pra todos os dias passarem e acabarem mais rápido, e quando eu vou dormir é um alívio pra mim não pensar em mais nada. Alívio mais ou menos né, a cabeça sempre pesa no travesseiro e o choro vem. Sendo muito sincera, por mais que eu insista em você, e faça tudo isso, eu tenho na minha cabeça que você não vai voltar, e eu não tive nenhuma esperança depois de ter ido à sua casa. Quando eu fui na sua casa, eu queria ter sentido alguma faísca de esperança, ou faísca de sentimento vindo de você, depois de tanto tempo. E por mais que eu amei ter beijado você, eu não senti o seu amor. Você não me ama mais, e agora a ficha realmente tá caindo. Você simplesmente não me ama mais, e tá tudo bem, não te culpo. Por mais que eu saiba que a pessoa que sou hoje talvez seja um pouco merecedora do seu amor, eu te dou razão por fechar esse capítulo da sua vida, ou deixar com que sua vida esteja à prova de mim. Foi muito produtivo pra mim ter ido à sua casa e ter te mostrado a verdade de quem eu sou atualmente. Mesmo que 2 meses seja pouco, o mínimo e o que deveria ser mudado, eu mudei. Mas confesso que a conversa que tivemos na quinta e depois na sua casa sexta deixaram meu coração ainda mais pesado e com a culpa maior, e a vontade de consertar tudo e fazer certo também ainda maior, e dói muito saber que você nunca vai permitir que isso aconteça de novo - com razão, mas dói muito, porque a situação nunca mais seria a mesma. Nesses últimos dias eu fiquei caçando assuntos pra te mandar mensagens, e várias coisas me vieram a cabeça, pra te contar e desabafar, conversar e bater papo, mas eu sabia que você não queria, eu sei que a minha notificação não é nem um pouco bem vinda no seu celular, e sei que estaria te incomodando, então simplesmente não mandei nada do que estava pensando e tentei continuar um assunto que na verdade já havia acabado. Eu fiquei tão feliz que você me ligou e contou comigo pra falar sobre aquele assunto. E eu sei que você não vai e eu obviamente não desejo que nada aconteça na sua vida, não to falando disso, mas eu queria tanto receber uma ligação sua pra falar sobre literalmente qualquer coisa, pra me abrir com você, pra você se abrir comigo. As vezes eu fico esperando, mesmo no fundo sabendo que não vai acontecer, eu fico esperando uma ligação e uma mensagem sua dizendo qualquer coisa. Todo mundo fala que o tempo cura mas a cada dia que passa sem você na minha vida é mais difícil pra mim. Eu não me acostumei, nem um pouco. Você falar que encerrou esse ciclo da sua vida pra valer foi duro demais, mas eu preciso aceitar. Mas a esperança de que um dia você vai me ligar de novo, precisar de mim de novo, querer me encontrar de novo, me ver de novo, me beijar de novo e me amar de novo não vai morrer. E eu vou estar aqui. Eu vou atender. Você me liga e eu vou. Sempre.
Eu espero que você tenha acreditado em mim pelo menos 1%. Nesse momento eu to soluçando, como eu disse antes, tá foda. Mas eu vou tentar ressignificar a sua falta na minha vida, junto com a esperança que um dia você vai voltar. Ressignificar, porque eu genuinamente acho que nunca vou parar de sentir esse sentimento.
Eu, infelizmente, te amo muito. Digo infelizmente porque seria muito mais fácil se eu tivesse parado de te amar. Eu ainda preciso do seu abraço, da sua presença, da sua voz, de você. Vou continuar insistindo em você, de longe, mas vou. E quem saiba um dia você tenha vontade de voltar pra mim.
Eu te amo muito.
me procura um dia, por favor. eu sempre vou dar sinais de que ainda estou aqui.
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considerandos · 7 months
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Entre a Ficção e a Realidade
Escrever é, para mim, um ato impulsivo. Raramente tenho uma ideia precisa daquilo que vou escrever, quando começo um texto. Tenho um mote, uma ideia latente, sobre a qual pretendo divagar, mas por vezes nem a opinião está ainda verdadeiramente formada, quando inicio a escrita, vai-se formando, ao longo das linhas e dos parágrafos.
Isto no que concerne a estas divagações, pretensamente literárias, porque quando escrevo profissionalmente, as coisas passam-se de modo completamente oposto. Tenho as ideias bem definidas e organizadas mentalmente e a sua redução a escrito, obedece geralmente a uma lógica rigorosa, apenas muito esporadicamente complementada, por alguma questão avulsa que se me afigure pertinente a posteriori, o que raramente sucede. A escrita profissional brota-me ordenada, pela prévia reflexão e pesquisa, por oposição à recreativa, que me advém ao sabor da pena, sem carência de grande reflexão ou planeamento.
Talvez por isso tenha dificuldades em escrever uma novela ou um romance. Há necessidade de todo um trabalho de construção, de planificação, de pesquisa para a obra, que não se compadece com inspirações, ou meras fluências a partir de uma ideia ou mote. Um conto ainda pode ser escrito assim, com repentismo, a partir de um facto, de um história, de um episódio quotidiano que nos inspire. Um romance não, carece de muitos episódios, de muitos personagens, de muita pesquisa, um planeamento rigoroso, sob pena de sair incoerente, desequilibrado, desinteressante.
Há assim duas formas completamente distintas de escrever, que bem podem servir de metáforas para a forma como também se vive. A planificada e a espontânea.
Quem planifica rigorosamente a escrita (e a vida) ambiciona a perfeição e pode virtualmente escrever sobre qualquer coisa, bastando-lhe estudar prévia e aprofundadamente o tema, e desenhar com detalhe os personagens, os cenários, o enredo. Esta forma de escrita, que tem o seu quê de académica, é um jogo de construção, em que se juntam peças, como num puzzle ou num Lego de palavras, de onde resulta uma obra impressionante, no seu plano, detalhe, rigor, monumentalidade até, se for especialmente conseguida. Só lhe falta espontaneidade.
O improvisador não pode ambicionar a tanto. Não se constroem monumentos literários de repente, num mero impulso criativo. Podem escrever-se pérolas de sabedoria, revelar-se pensamentos profundos, exprimir-se e provocar epifanias, ao leitor. Podem até escrever-se poemas inspirados, contos surpreendentes, ensaios geniais, mas não se podem escrever novelas ou romances. Não é possível improvisar construções dessa envergadura. Cairiam ao primeiro sopro, sem estrutura que os sustentasse de pé.
E também não se pode improvisar sobre qualquer coisa. Quem escreve por impulso, por necessidade, escreve forçosamente sobre o que conhece, o que vive, o que sente. Escreve sobre o seu tempo e o dos que o rodeiam, sobre os seus anseios e frustrações, sobre vivências e ambições, crises e exaltações, tensões e tréguas. Escreve sobre si próprio, sobre o seu dia a dia e o daqueles que com ele o partilham.
E aqui surge um problema enorme para o escrevinhador de vidas: a descoberta que a sua vida não é só sua, mas também de todos aqueles que consigo a partilham, em casa, no prédio, no círculo de colegas de trabalho, de amigos, de amigos de amigos e de familiares. Por mais anónimos que tentemos ser, na escrita, há sempre quem se reconheça nas nossas linhas, quem identifique histórias comuns, partilhadas ou comentadas com o autor, personagens que são caricaturas dos próprios ou de gente conhecida, metáforas usurpadas, piadas repetidas, ironias decalcadas das vivências em comum.
É recorrente na ficção, sobretudo cinematográfica, refletir sobre este criador/criação, que vive prisioneiro da sua vivência, entre a realidade e a ficção, frequentemente ostracizado pelos que o rodeiam, cansados de se verem retratados, nem sempre com lisonja, nos personagens ou simples reflexões do escritor. Ossos do ofício, dirão alguns, devassa inadmissível da vida alheia, dirão outros.
A minha defesa é simples, pois se guardei anonimato, como pode alguém sentir-se ofendido com o que escrevo? Como pode o leitor saber se me inspiro em factos verdadeiros ou ficcionais? Na verdade, as duas coisas podem ser verdadeiras e geralmente são-no. A inspiração em alguém, em algo de real, que se passou ou disse, quase nunca é literal, mas sim hiperbólica, eufemística, irónica, razões mais que suficientes para afastar os preconceitos das fontes, que, além de anónimas, se tornam irreconhecíveis, após um adequado tratamento estilístico.
Mas esta argumentação, infelizmente, não convence ninguém.
Desde logo porque, mesmo disforme, o modelo revê-se invariavelmente no personagem, o que mais o incomoda, pois além de devassado na sua intimidade, sente-se ridicularizado, aviltado pela versão grotesca apresentada de si próprio, como se se visse num daqueles espelhos de feira, onde a imagem aparece monstruosamente reflectida.
Depois há um medo insano de ser reconhecido pelos outros. Se o autor, geralmente, não tem receio que o identifiquem na obra, senão não escreveria, pois tudo o que escrevemos, pelo menos em modo de improviso, acaba por ser mais ou menos autobiográfico, se não literal, pelo menos simbolicamente, já o outro, o convivente que se sentiu usado, pelas nossas incursões literárias, não quer, de todo, ser identificado, nem sequer simbolicamente. Acha-se no direito de impedir que o usem como matéria prima literária, por mais oculta que esteja a fonte de inspiração. Se ele se reconhece, outros o poderão reconhecer também, e tal nem será especialmente difícil, entre o grupo restrito de pessoas com quem o autor se relaciona.
Estaremos assim condenados a escrever sobre o que desconhecemos? A imaginar absurdos que possam passar pela cabeça dos outros, que só conhecemos das notícias, da ficção, das conversas anónimas? Isso seria lamentável. Sem prejuízo de poder sentir necessidade, ocasional, de refletir sobre um tema que me seja estranho e que vá buscar fora do círculo de pessoas que me rodeia, na verdade, o que nos puxa para a escrita, para o comentário, a reflexão, são os factos quotidianos, as conversas, as experiências que vivemos ou assistimos. Há quem as debata, sem pudor, à mesa do café, cortando na casaca alheia, como se tivesse um dever moral de o fazer. Que direito terá essa pessoa, para criticar a minha apropriação de uma vivência, que também é minha, por mais partilhada que seja? Ainda por cima, tendo o cuidado de lhe colocar um véu púdico por cima, escondendo identidades, mudando contextos, exagerando ou moldando deliberadamente os factos, com o duplo intuito de melhor explorar o seu significado e ao mesmo tempo salvaguardar o anonimato das fontes.
Viver é ser-se comentado, criticado, exemplificado quotidianamente. Que diferença faz que seja oralmente ou por escrito? Ainda por cima salvaguardado o anonimato?
Não me deixo intimidar por esses falsos pudores. Escrevo o que vivo, o que penso e o que sinto e faço-o para mim, não para expor nem ridicularizar ninguém. Ao contrário das más línguas de café, eu não chamo os bois pelos nomes, nem personalizo criticas ou incoerências.
Não tenho culpa se alguém achar que a carapuça lhe serve.
Essa conclusão é dele ou dela, não é minha.
22 de Fevereiro de 2024
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cmechathin · 10 months
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when i'm ready to be bolder, i'll put my future behind (POV)
Andou até o quarto de Madeleine com a imagem do rosto de Cedric sendo repetida em sua mente. Não sabia descrever muito a expressão em seu rosto. Estava enojado? Não… surpreso? Decepcionado? Aborrecido? Uma mistura dos três?
Para além disso, a cena dele sendo seguido cômodo a fora por sua assistente também não saía de sua cabeça. O que fariam depois? Iriam conversar nos corredores do castelo ou caminhariam diretamante ao quarto do herdeiro para isso? E então… talvez… Celeste expulsou o pensamento imediatamente. Não importava.
Olhou para sua irmã atrás de si, que estava estranhamente quieta desde que saíram da sala de jantar, e se xingou internamente por ter sido tão dominada pela raiva que esqueceu que a pequena estava assistindo o desenrolar da discussão. Devia ter sido meio assustador para ela presenciar tal cena.
Perdida nos pensamentos que passavam em sua cabecinha, Madeleine trocou de roupa rapidamente e deixou que a irmã penteasse seu cabelo sem falar nada. Já na cama, a mais velha perguntou:
�� Você vai ficar bem aqui sozinha? ー Maddie tinha seu próprio quarto tanto na Mansão Mechathin quanto na casa da maga de fogo, mas ali era um ambiente estranho e temia que fosse afetada por seus pesadelos novamente ー Está vendo algum espírito?
A menina negou com a cabeça e Celeste sorriu.
ー Está bem, então. Se preocisar de alguma coisa, sabe onde é meu quarto ー disse, ajeitando as cobertas. Antes que se levantasse, no entanto, Madeleine lançou uma pergunta que fez com que parasse no lugar.
ー O tio Cedric odeia a gente?
A primogênita fechou os olhos, pesarosa. Era claro que ela pensava isso, Cedric tinha deixado claro o quanto os Mechathin lhe causavam aversão, e sendo uma, ela entraria no pacote.
ー Isso você teria que perguntar a ele ー respondeu, subitamente mal humorada. Também gostaria de saber, pensou. Percebendo que Maddie franziu o cenho com a resposta, entretanto, tentou conter os danos e corrigiu: ー Não acho que ele odeie você, princesa ー tentou abrir um sorriso leve para consolá-la. A maga tinha certa afeição ao Bondurant e devia ter levado isso ao coração ー Tem algumas coisas que são complicadas entre as nossas famílias…
ー Ele é um Bondurant não, é? As pessoas que são más? ー ela questionou ー Mas ele não parece ser mau.
Era óbvio que Madeleine sabia que Cedric era da Casa Bondurant desde o início, já que o mago de ar não saía da grade televisiva, mas parecia que ali a ficha tinha caído e as peças do quebra cabeça começavam a se encaixar.
ー Ele… não é ー disse, mas a frase saiu meio incerta. Admitiria que ele era diferente dos outros Bondurants? Ou teria que dizer para sua irmã que sim, seu tio aparentemente amigável era uma pessoa detestável assim como o restante de sua família? ー Como eu disse, é complicado. Um dia você vai entender e se você quiser, a gente pode conversar sobre isso mais tarde, mas não agora. Agora você tem que dormir, está bem? Não pense muito nisso, durma e tenha bons sonhos.
A criança pareceu se conformar com o fim da da conversa e se ajeitou melhor para dormir. Após um beijo em sua testa, Celeste desligou as luzes com a exceção de uma fraca luminária longe de sua cama, e saiu.
No caminho de volta para seu quarto, estava ainda perdida nas palavras de Madeleine quando levantou os olhos e avistou uma senhorinha no fim do corredor apreciando a vista. Antes que pudesse perceber, seus pés faziam a rota até ela, mas antes que chegasse, Ava falou:
ー Boa noite, menina. Não conseguiu dormir?
ー Estava a caminho, na verdade, senhora.
Celeste olhou para ela timidamente enquanto tomava o lugar ao seu lado. A maga de fogo pegou sua mão, beijou, levou até a testa e só então olhou em seus olhos novamente. A Anciã não desfez o aperto, no entanto, e a Mechathin não soube o que falar em seguida.
ー Está aqui para o restante da leitura? ー ela perguntou, com um sorriso simpático.
A herdeira não respondeu de imediato. Achou que tinha tido uma experiência desagradável o suficiente para não querer que lessem seu destino nunca mais, mas já estava ali, e só eram elas duas, que mal poderia fazer? Começou a levantar seu braço em direção à Ava, mas esta falou:
ー E se você não gostar do que tem no futuro? ー Celeste sentiu um arrepio em sua espinha e trouxe a mão para perto rapidamente. Existia algo que não gostaria de ver? Não se tornava governadora dessa vez? Ou pior, nunca chegava à presidência? A sacerdotisa abriu um sorrisinho divertido. ー Existem coisas fora do nosso controle, criança, e às vezes é melhor deixar seguir naturalmente… Está vendo aquele riacho ali? ー ela apontou à sua frente, mas obviamente a Mechathin não viu nada, pois estava escuro como uma noite sem lua.
ー Não... ー admitiu tímida.
A mais velha soltou uma pequena risada e continuou:
ー Tanto a água e a terra precisam conviver em equilíbrio para que ele consiga seguir seu fluxo natural. Muita água, ele transborda, muita terra e...ー Celeste franziu o cenho, confusa e a Anciã virou-se para ela ー É importante estabelecer os próprios limites, mas também se deixar fluir. Sei que isso aqui ー e apontou para sua testa, depois para seu coração ー e isso aqui estão sempre brigando ー então, colocou a mão em cima do peito da mais nova ー mas às vezes você tem que deixar seu coração ganhar.
Esse mesmo coração pulou duas batidas e a sacerdotisa deu um risinho o qual Celeste não acompanhou, pois não viu graça. Estava falando do que achava que estava falando? Não podia estar falando do que achava que estava falando. A maga deu um freio em seus pensamentos rapidamente quando percebeu que a menção ao seu coração fez com que pensasse automaticamente no Bondurant. Que ideia estúpida. Claro que não estava falando dele ー deles. Se referia à ela, à sua teimosa, sua necessidade de controle. Ainda que estivesse falando sobre amor, não era sobre Cedric. 
A não ser que… A mulher suspirou e lhe trouxe de volta à realidade.
ー Não é fácil, eu sei. O mundo tem bastante êxito em roubar a essência das coisas, mas dando um pouquinho mais de atenção ao que você sente… talvez você encontre o que tanto procura. 
O que procurava era obviamente sucesso em sua carreira, era seu único objetivo em vida, aquele para qual se preparou durante anos. Procurava conseguir chegar ao mais alto cargo e tomar a posição de matriarca Mechathin e, muito no futuro, se casar e ter filhos com alguém aceitável. Mas o que que isso tinha a ver com sentir?
ー Ele é bom, o seu coração, mesmo que você ache que não ー ela continuou e a maga percebeu que não tinha falado nada desde o início de seu monólogo. A voz da velha parecia embalá-la ー Claro que existem linhas que uma vez cruzadas, não tem mais como descruzar ー Ava a olhou profundamente, como se visse sua alma com clareza, e em seus olhos tinha uma pitada de melancolia. Celeste sentiu o arrepio pela segunda vez  ー Mas nunca é tarde demais para retornar a si mesmo.
A morena franziu o cenho com as palavras, pois ainda que não entendesse claramente sobre o que falava, algo ainda ressoava nela. O mundo em que viva não era exatamente gentil e para sobreviver nele tinha-se que deixar de lado alguns princípios, digamos assim. Na verdade, fora criada desde cedo para não fortalecer tais princípios, até restar apenas algumas bússolas que guiavam suas ações: Sangue. Compromisso. Poder.
Não tinha sido sempre assim, porém. Quando mais nova, mesmo que já fosse mais reservada que as crianças de sua idade, ainda era possível encontrar doçura nela, característica incentivada principalmente por seu pai. Com a morte dele e o início de sua adolescência, chegada a idade de começar a ser mais intensamente moldada para seu destino, a disciplina em casa mudara e ela se tornou mais taciturna.
Foi apenas após o incidente, entretanto, que tudo mudou radicalmente e ela se tornou a Celeste Mechathin que o mundo ー e sua mãe, na maior parte do tempo ー aprovava. A que se referia, então? Que linhas eram essas que tinha cruzado? Corrupção? Jogar fora os poucos compassos morais que tinham sobrevivido à morte de seu pai? A frieza necessária para obter sucesso naquele mundo?
Ou falava de algo muito pior, aquilo que tinha feito anos atrás com as próprias mãos?
ー Não entendi ー admitiu.
Ava deu uma risada um pouco mais alta e a Mechathin se inquietou, meio constrangida.
ー Você ainda vai entender ー falou e Celeste quase grunhiu de frustração. Percebeu um segundo depois que tinha falado a mesma coisa para sua irmã mais nova no quarto ー Você queria que eu lesse seu destino, então posso falar uma coisa que é quase como uma verdade absoluta para qualquer oráculo: seu destino depende de você, depende se você aproveita as oportunidades que estão à sua frente ー ela disse olhando-a novamente nos olhos e dando uma ênfase desnecessária. Então, desviando-os, riu baixinho: ー Ou não.
Pelos deuses, ela não falava nunca de maneira direta? Por um momento, achou que a Anciã não era tão sábia assim e falava bobagens vagas e palavras difíceis para que achassem que sim.
ー Foi uma boa conversa, menina ー declarou, o que Celeste discordou veemente. Mal tinha sido uma conversa, mas mais um monólogo ー Mas vou dormir que temos um dia cheio à frente. Bom sonhos, minha querida ー falou, e se virou de costas e começou a andar ー Durma bem.
Sozinha, Celeste encarou a vista por um tempo, mais confusa do que nunca.
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kamigun · 1 year
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Fim
A casa permanecia em clima movimentado de energias levemente distorcidas pelo forte consumo do álcool, um caduco violão de seis cordas visivelmente gastas com o longo período de uso, o corpo do instrumento adesivado com logos pouco comentadas pela região, marcas de pequenas empresas, mas que por alguma razão, tinha valor simbólico para o dono. Conversas extensas, duravam longas horas de puro papo de lixo, pessoas vazias trocando míseros centavos por linhas de tempo conturbadas. Por incrível que possa soar, é notável o quão importante era para mim aqueles olhares de medo, pouca sensatez e puro egoísmo aflorado. Naquela mesa minúscula de madeira, rondavam vermes que se alimentavam de drogas razoavelmente usadas diariamente, e muito, muito alcoolismo. Em fração de segundos, o ambiente se inverte, o obscuro dos olhos de quem me enxergava como luz, se tornaram vislumbres ainda mais negros. Um olhar de repulsa, de cor castanho fosco, foi devorando minha alma por inteiro, sem deixar partes ilesas. Como eu poderia ter jurado minha morte naquele instante? Como poderia ter eliminado minha própria luz com apenas um único golpe certeiro, sem dor, nem suspiro, apenas desejando incansavelmente que aquele capítulo da minha vida em seu momento desastroso, estivesse na mais horrenda dor física? Como... Como... Lhe perguntava repetidas vezes, todas as miseráveis vezes que estaria sozinha, procurando uma resposta inexistente do fim. Ele, caro seja lá quem for, ele temia de me perder, juro por todos os santos mais santos que todos os meus santos, que ele me queria como se fosse o ser mais único da terra, a única pisar na terra mais firme que qualquer outra mulher já pisara antes. Num momento inesperado, a obsessão tenha dado sua cartada final, seu argumento vitalício, seu último gesto voltado para o meu corpo já sem alma. Me consumiu ao desespero mundano em frente ao véu que me prometera ser meu, em nosso glorioso dia de selar a nossa união. Aqui, carrego uma lápide com nome, uma data, uma frase, talvez seria a última que fora dita naquela cena no palco de madeira podre. As cortinas finalmente se fecharam. Sem agradecimentos. Sem aplausos. Apenas o ensurdecedor silêncio de mil eras. - kami.
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trinityhqs · 3 years
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mwf?
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coralineotaku · 3 years
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Conta que eu traduzi: tumblr married-to-google-translater
(S/O que é muito agressiva) 𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹•𖧹𖧹•𖧹•𖧹
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Yandere Neige leblanche  Oh porra … Escute meu amigo, você está agora em grandes problemas. Tudo começou no dia em que você decidiu ir às compras.  E "por acaso" Neige se deparou com você em sua loja favorita.  (este perseguidor é definitivamente tem tudo planejado) e agora Neige está seguindo você em todos os lugares e se recusando a entender o que a frase "eu quero estar sozinho" significa.  Isso vai realmente frustrá-lo.  Porque toda vez que você vai a algum lugar Neige está lá e esta mesma fórmula é repetida.  Agora, no entanto, você tem o suficiente e porque você sabia que falar gentilmente não iria ajudá-lo a decidir começar a ameaçá-lo.  E depois que você disse "não sou o seu amante, então perca-se antes de eu te matar" Niege começa a chorar.  E isso não é um problema.  O problema é que alguns fãs do Neige viram a situação, filmaram em vídeo e agora todo mundo te odeia.  Neige tira o máximo proveito desta situação e começa a sacrificar-se nas redes sociais (cabaz astuto) e porque não cabe em suas mentes delirantes a ideia de que você não gosta dele, Neige começa a culpar indiretamente Vil pelo que aconteceu.  "Estou realmente chocada com o que minha querida namorada Y/N me disse. *começa a chorar* eu não acho que eu vou superar isso, porque eu amo S/N tanto. I— eu só espero que eles tiveram um dia ruim e eles não queriam … Ou talvez um dos meus concorrentes da mesma escola tenha falado mal de mim. Eu simplesmente não posso acreditar que minha amada me odiasse. Isto é obrigado a ser alguma maldição do mal. S/N se você ouvir isso voltar para mim. Eu perdoo você e nós podemos ser Eu te perdoo e nós podemos estar juntos para sempre.” você eventualmente terá que pedir desculpas a ele, porque a raiva que você recebe dos outros vai começar a se tornar insuportável.  Vil também está colocando pressão sobre você porque ele não quer sua carreira arruinada por causa de você.  Neige só pode vencer nesta situação. Yandere Malleus Draconia
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Yandere Malleus Draconia
Malleus começou algo que os dragões chamam de escolher um companheiro e outras pessoas normais chamam de assédio.  Ele vai lhe deixar um monte de presentes caros, segui-lo em todos os lugares e tentar assustar todos as outros pessoas para longe de você.  Malleus é realmente bom nisso.  Mas bem, você ficaria feliz se você fosse perseguido 24/7 por um dragão agressivo que decidiu fazer de você seu parceiro? (Note que a pergunta era retórica.)  E você aguentou por uma semana.  O que é realmente um bom desempenho considerando a sua personalidade.  Então você decidiu parar com isso  "Então minha querida, o que você tem para mim? Por que você está de pé em uma cadeira? Se você quiser me beijar eu posso curvar ao seu nível. Não fique bravo minha querida, era apenas uma piada … Então você queria me dizer que se eu não deixasse de amar você me mataria? * risos * isso foi uma piada muito boa. Tenho que dizer isto a Sebek e a Lilia. não era brincadeira? Você pode tentar me matar por ouro, mas não pode. Diga-me de quem você teve essa idéia. De outro homem? Eu sabia que eles só lhe dariam más impressões. Não discuta caro. Não se preocupe logo eles não vão mais te incomodar * sorriso *" Então a única coisa que você conseguiu foi que agora Malleus é ainda mais paranóico e cético.  Ele iria te sequestra muito mais rápido depois disso.  E Sebek está realmente bravo com você por ameaçar seu mestre.  Eu realmente não recomendo fazer isso.
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irreversa · 3 years
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Eu espero que você não tenha se sentado na frente da tela cinza do seu computador surrado e digitado no google aquela palavra específica que você sabe que te levaria até mim do único jeito que agora, te restou. Espero que você não esteja lendo esse texto nesse exato presente momento, na iluminação fraca e por vezes amarelada do seu quarto, tarde da noite de uma quase quinta-feira. Eu espero que amanhã você também não me procure, mesmo que seja numa quinta-feira... Nem nela. Nem nessas quintas-feiras que costumavam ser nossas. Espero que amanhã você não resolva me procurar no único lugar que você sabe que eu ainda estou. Nesse lugar fictício, figurativo, imaterial, impalpável, fisicamente inalcançável. Nesse amontoado de desabafos secretos e textos ruins que eu publico anonimamente para contáveis desconhecidos, espero que você não seja uma conhecida entre eles. Espero que você não tenha contado o nome que leva o caminho até aqui para a minha melhor amiga que você vai a casa quase todas as quartas feiras, porque acredite se quiser, ela não sabe disso aqui. Eu contei só pra você. Então espero que não tenha contado meu segredo a ninguém (porque aqui é o único lugar em que posso ser quem eu ainda estou descobrindo que sou). Eu sei que eu disse que eu não esperava mais nada de você, e que eu não esperaria mais nada, mas esse texto desde seu início, que narra sobre a possibilidade de talvez você estar aí, há um céu de distância de mim, lendo essas palavras no seu presente momento, sentada nesse cômodo que um dia já me conheceu tão bem, representa a maneira que essa parte de mim ainda espera por você. A que espera que você ainda me decepcione, ou não. A que espera que você não me queira, ou queira. A que espera que você me procure, ou não. E a que espera que você não esteja, ou esteja. Mas se você aí bem estiver, isso torna a minha espera real, e eu não quero que ela seja real. Mas parte dela, é. Frustrantemente, ainda é. Te confesso (ou talvez não te confesse, já que não tenho a certeza de sua presença) que durante esses últimos tempos evitei escrever. Evitei escrever porque eu não queria concretizar as minhas verdades. Eu não queria olhar para elas, não queria aceitá-las. Eu não queria trazer à tona essa minha parte que ainda espera por algo, depois de jurar que nunca esperaria mais nada de você, nem pelos “sins”, nem pelos “nãos”. “Espero que você...”, “Espero que você não...”. Nem pelos “sins”, nem pelos “nãos”. Na teoria parece tão simples... Não esperar. E nesse meu amontoado de esperas enterradas sem sucesso, os meus dias têm sido repletos de sóis e luas paradoxais. Contando cada dia que passa aos anoiteceres e não percebendo quantos dias já se passaram aos entardeceres. Dias difíceis e fáceis. Libertadores e sufocantes. De esperas e não esperas. Repletos de despedidas diárias. Vomitando palavras com a confiança de que ninguém de fato lerá, mas me perguntando a cada uma delas se você por acaso estaria lendo uma por uma. E talvez você não esteja. Continuarei agindo como se não estivesse, mas é realmente, uma das possibilidades dessas esperas. Eu posso estar escrevendo “você” repetidas vezes para um você que jamais lerá tal palavra. Talvez eu esteja escrevendo para o nada. O nada de mim mesma. Talvez a única pessoa conhecida que um dia lerá sobre minhas esperas, seja alguma versão de mim mesma no futuro. Talvez eu esteja lendo isso tudo agora mesmo, anos e anos à frente, rindo para a tela de [seja lá o que eu estiver segurando], achando graça da minha inocência. Pensando o quanto eu era fraca e ingênua, o quanto eu ainda tinha tanto pra viver. O quanto eu era boba e dramática, sofrendo mais uma vez por conta de um amor falido, escrevendo as mesmas coisas, nos mesmos padrões anuais, romantizando os calafrios impulsivos que corriam pelo meu corpo frequentemente aos meus 17 anos. Talvez eu acabe me lembrando dessa idade, das minhas amizades, dos meus amores antigos (amor no singular talvez fosse mais adequado), e de como eu acreditava tanto nos felizes para sempre. Talvez eu me lembre de como a vida costumava ser, e de como eu me apaixonei mais vezes e jurei outras mais que daquela vez só podia ser o amor da minha vida. Talvez eu sinta saudades. Talvez eu ainda esteja rindo agora mesmo, lendo esse texto e me lembrando que o escrevi com meus alarmes ligados. Nunca dá pra saber qual das esperas se concretizará, ou se um dia sequer se concretizarão. Mas seja você, seja eu ou seja um ninguém que esteja lendo esse texto, nada disso importa nesse meu espaço de tempo tão pequeno. Ou importa. O fato é que eu não queria escrever, porque não queria que mais um dos meus textos fosse sobre você. Sobre esse clichê antigo que eu coloco no final de (quase) todos eles, de que daqui 10 anos a gente vai se esbarrar e ter nosso final feliz. Sobre estar me despedindo dessa ideia, de você e de tudo. Sobre meu medo. Porque talvez, realmente, você não esteja lendo esse texto agora. E talvez você nunca o leia. E talvez, o nosso último encontro na vida seja daqui alguns meses, e isso me assusta, porque essa maldita parte de mim escorre água pelas bochechas quando encara o fato de que ela não quer se despedir de você pra sempre. Porque ela ainda espera pelos felizes para sempre, pelos momentos de silêncio, sem alarmes, sem calafrios, deitadas na cama de meia. Ela ainda espera pelos momentos chatos que eu te prometi, pelos supermercados nas terças-feiras, pelos vinhos baratos, pelas cervejas na praia, pelo casamento na areia, pelos meus livros de romance de sucesso, pelos reencontros, pelo recomeço. Ela ainda espera pela nossa história trágica mas com final feliz. Pela minha história trágica com final feliz. Ela ainda espera mesmo que eu negue a esperança. E ela chora com a sua partida. Porque eu estou me despedindo de você. Eu estou deixando você ir de mim. Dos meus olhos brilhantes, do meu corpo, do meu perfume, dos meus dias, dos meus planos, do meu futuro, dos meus textos, dos meus sonhos, dos meus medos, das minhas músicas, dos meus anos... de mim. Estou te deixando ir de mim, e droga, isso é tão difícil. Essa parte de mim só quer você, só busca você, só pensa em você, só lembra você. E talvez seja por isso que é tão difícil, porque essa parte está indo embora também... Essa parte minha que tinha você. E com esse processo todo de te deixar ir, estou aprendendo a viver esses dias repletos de mim mesma sem você, de sorrisos sinceros, de tristezas e saudades, de baixos e altos. Estou aprendendo a me querer, a não desistir de mim, a não me deixar ir. E escrever é doloroso, mas é uma forma de ser sincera com quem venho me tornando. É uma forma de ser gentil com essa minha parte que se vai, se despedindo aos poucos, se soltando aos poucos. Se acostumando aos poucos a não te contar mais as coisas, usando essas palavras pra me permitir imaginar pelo menos por um momento, que você está aí lendo esse todo, me ouvindo indiretamente te contar como eu ando, e me dizendo através da lua e das estrelas que você tá tentando ficar bem também, seguindo em frente. Se você estiver aí, queria te contar um segredo... Mas promete guardar segredo? Promete. Daqui um ano provavelmente estarei em outra parte do continente... ou talvez até em outro continente. Quase ninguém sabe, só quero contar quando as passagens estiverem compradas e a festa de despedida marcada, pra não atrair mal olhado, sabe como é... Eu realmente quero que o intercâmbio dê certo. Não contei nem pra minha melhor amiga (aquela das suas visitas de quarta-feira). Pra você ver! É possível que eu parta em meados de março do próximo ano e volte só um ano depois. É assustadoramente empolgante o quanto as coisas começam a se tornar reais depois de uma decisão. Sentei com meu pai na mesa da cozinha e decidimos! Agora ando correndo atrás de agências, de amigos e de suas histórias, de indicações e conselhos em vídeos no youtube... Uma loucura! Mas é essa loucura boa que eu sempre quis viver. E às vezes é uma pena o quanto eu ainda gostaria de compartilhar tudo isso com você. Os novos sonhos, as novas ideias, os novos planos. Você ainda não conheceu a nova versão de mim... Mas nem sei se seria possível, porque eu mesma ainda estou a conhecendo. Mas às vezes é tão triste lembrar o quanto eu já quis compartilhar essa vida com você. Com as minhas novas versões. Mas talvez você não caiba mais em nenhuma delas... E elas não caibam em você. Mas essa minha parte sua ainda espera um dia se encontrar com você naquele futuro que a gente tanto falava. Ela se ainda se conforta em segredo naquela frase “se for pra ser, será...”. E eu espero ainda me encontrar com você, te agradecer pelos aprendizados, pelos mal momentos, pelas despedidas, pelos bons momentos, pelo tanto de amor que nos demos e recebemos. Espero ainda te agradecer por tudo, te dar um abraço apertado e dizer “boa sorte bonita!”.  
E espero depois disso, não viver de esperas.
Não espero que esse seja meu último texto sobre você, mesmo que no final de muitos deles sempre pareça, sei que ainda tenho muito de ti para deixar em palavras e rimas.
Mas espero que depois disso, nem meus textos, e nem minhas esperas, sejam mais sobre você...
Espero te deixar ir de mim completamente, e um dia, ser grata por te ter apenas em lembranças.  
Estou aprendendo a deixar ir. 
irreversa.
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nanatyy · 2 years
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Rosas ..
o medo me persegue como gato atrás de rato..
isso me espanta
como será a vida de alguém perfeito?
talvez não exista
talvez as ondas do mar parem de soar nas conchas
talvez os pássaros parem de voar o mais alto que podem
um dia eles podem cansar de serem os mesmos sempre
a vida é tão repetida
insignificante
nem sempre terá aquele brilho no olhar, aquele riso sincero, aquele sorriso mais lindo do mundo que todos falam
nem tudo são rosas
afinal, elas tem espinhos até demais quando devem
ou quando não querem
querem ser livres de dores, mas seus espinhos a atrapalham, e quanto mais ela tenta tirá-los mais machucam
então oque resta fazer é se aceitar e deixar os espinhos ali
pois são eles que mostram o quanto ela passou, sofreu,e o quanto demorou pra se recuperar depois de anos tentando se encontrar
não só machucou a si mesma, como machucou quem ja disse amar um dia
nem todas as feridas cicatrizam, até você se acostumar com elas, e elas fazerem parte de você
e hoje ela brilha com seus espinhos
dizendo a todos o quanto se ama, e ama seus espinhos por mais que ja tenha os odiados com toda a força do mundo um dia
hoje ela sabe quem ela realmente é, sabe oque quer
sabe oque se tornou
sabe que é forte, incrível, brilhante, linda
e mais algumas coisas
suas pétalas apesar de caírem com frequência, mesmo sem elas continua com seus espinhos
e continua linda mesmo assim
sem ao menos dizer uma palavra quando chora, sabe mostrar o quão forte é ao amanhecer
e hoje ela segue a vida, tentando ser ela mesma
sem que os outros a rebaixem pelos seus espinhos e marcas
e ainda assim, ela continua forte, incrível, brilhante, linda..
e mais algumas coisas..
- a garota e seus espinhos
Naty
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devil--j · 3 years
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B L A C K
Juliana Fernandes ( D E V I L - J )
C A P Í T U L O - U M: ROMEU E JULIETA
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◆ B l a c k ◆
◀—•—•—▶
"No, I can't forget this evening
Or your face as you were leaving
But I guess that's just the way the story goes
You always smile but in your eyes your sorrow shows
Yes, it shows"
"DROGA DE MÚSICA!" Berro batendo no volante "Fala sério! Comigo não" Imploro limpando com ferocidade as lágrimas que provavelmente estragaram a maquiagem do meu casamento.
"No, I can't forget tomorrow
When I think of all my sorrow
When I had you there but then I let you go
And now it's only fair that I should let you know
What you should know"
"HOJE NÃO!" Grito. Trocando para outra estação.
"Just like the day that I met you, the day I thought forever
Said that you love me, but that'll last for never
It's cold outside like when you..."
"AGORA NÃO!" Bato com força no volante, desligando logo em seguida com agressividade a música. E sorrindo aliviada com o silêncio que se instalou dentro do carro.
"...And ain't it funny how you said you were friends?
Now it sure as hell don't look like it
You betrayed me"
"Por favor não" Sussurro. Apoiando minha cabeça contra o volante e sentindo as lágrimas fluindo ao som de Olívia Rodrigo "É muito pedir um pouco de paz?" Fungo.
Sinto o bolso de minha jaqueta vibrar a música tema de The Walking Dead começar em poucos segundos. Respiro fundo e coloco a mão no bolso e o retirando, virei os olhos encarando a tela onde Meu amor piscava na tela.
"Vai se ferrar. Vão se ferrar todos vocês! Filhas da puta" Resmungo jogando o celular no banco do carona e o ignorando.
O sinal verde indicava que já podia seguir com meu caminho — talvez eu vá direito para o inferno —. Estava cansada e o vestido de noiva pesava sobre meu corpo, minha maquiagem borrada provavelmente era a causa de todos me encararem ao parar o carro em frente ao famoso bar do norte — ou talvez as latinhas que eram arrastadas no chão. Maldição —.
Pego minha bolsa de oncinha do banco do carona juntamente com o celular que ainda tocava sem parar. Mal me importei se estava parecendo uma louca, fala sério! Eu tinha acabado de pegar meu noivo transando com minha irmã no banheiro da igreja! Da maldita igreja onde nós iamos nos casar e tudo que eu precisava no momento era de uma boa bebida.
A enxurrada de lágrimas vem mais uma vez ao me lembrar da cena. Malditos filhas da puta!
"O mais forte que tiver" Peço por um fio de voz. Enterrei minha cabeça nos braços e fugi de todos os olhares que estavam sobre mim nesse momento. Eu estava horrível, por favor né!
"Dia difícil?" — Não imagina! — A atendende pergunta com um sorriso fraco ao colocar um copo com alguma bebida não identificada por mim — no momento —.
"Eu peguei minha irmã transando com meu noivo" Desabo "Eu não quero chorar, mas... Mas..." enfio meu rosto em mãos.
"Nossa! Isso é... Pode beber à vontade. É por conta da casa" Ela sorri de forma torta.
"Obrigada" Murmuro e mais uma vez ouço a música tema de The walking Dead começar "Fala sério, não vai me deixar em paz um minuto?" Reclamo, ignorando quem quer que fosse.
Encaro o copo em minhas mãos e por fim tomo coragem de provar. Eu nunca havia bebido em toda minha vida! Sempre fui a garotinha do papai o oposto de Ingrid. Minha irmã mais velha, essa vadia! Sempre quis tudo o que era me dado, meus sapatos, minhas roupas, minhas bonecas e meus namorados.
Mais quando eu encontrei Mark Tompkins, eu finalmente achei que havia encontrado o amor da minha vida! Que desta vez Ingrid não conseguiria tomar mais um de meus namorados... Ou pelo menos, eu achei.
Eu conheci aos vinte e um anos em uma de minhas entregas de pizzas. Mark Tompkins! O homem que toda mulher se jogaria aos pés — e eu não fui exceção — para ter ao menos uma noite com ele, mais ele tinha olhos só pra mim... Ou eu achava que tinha.
"Mais um" Peço.
"Essa é a última do dia?" Pergunto. Estava doida para ir embora e um idiota havia pedido uma pizza no último instante.
"Sim. Depois dessa você pode ir pra casa" Miller responde enquanto me ajudava a terminar de arrumar os itens dentro da bolsa de entrega.
"Obrigada. Tenha uma boa noite Miller" Aceno com a mão.
"Pra você também. Nós vemos amanhã"
Arrumo o bone em minha cabeça e aperto a campainha da imensa casa a minha frente. Quem não conhecia o maior bairro de Seattle? Fala sério! Eram imensas casas e carros magnificos que passavam a todo instante por aqui. Quem não gostaria de morar em um lugar como esse?
Escuto alguns passos rápidos e imagino que provavelmente a pessoa vinha correndo, com medo de que eu fosse embora e ela ficasse sem a pizza.
"Desculpa a demora" Sorriu enquanto se apoiava no joelho recuperando o fôlego.
"Tudo bem. Queijo duplo e atum com brócolis?" Pergunto incerta com o pedido. — Quem come pizza de atum e brócolis? — Recebendo um aceno de cabeça como resposta "São trinta dólares"
E foi assim o meu encontro com o homem que gostava de pizza de atum e brócolis. Depois foram as repetidas chamadas de última hora e cantadas baratas em minha direção.
Semanas depois começamos a sair. Foi um sonho, em todos os sentidos! E meses depois veio o pedido de namoro — E eu fiquei radiante! Quem não gostaria de namorar com um homem como ele? Apesar de seu gosto estranhos para comida — ele era um bom homem, romântico e tinha sua própria carreira. Mark Tompkins era médico e trabalhava no melhor hospital de Seattle! E eu estava perdidamente apaixonada pelo homem de pele negra e olhos verdes.
E então eu fui pedida em casamento, um ano após nosso namoro! Eu estava mais feliz que peixe dentro d'água.
"Belos momentos" Murmuro perdendo a conta de quantos copos eu havia bebido em menos de uma hora.
"E o que seria belos momentos?"
Puxei sem vontade minha cabeça para o lado. Sem vontade de nenhuma de conversar com quem quer fosse o babaca que estava puxando conversa comigo — só até eu ver esse gostoso —.
"Garoto, você é um anjo?" Sorri alegre. Puta merda! Só tinha homens bonitos em Seattle?
"Eu posso ser o que você quiser" Afirmou "Basta você pedir"
"Incrivel! Você pode se tornar um assassino também? E matar aqueles traidores?" Murmurei entorpecida pelo olhar 51 que ele me dava — se você quer transar, é só bater palmas! Por que a minha princesinha, meu amor... Haha, ela ta babando —.
"Só falar quem eu devo matar. Tudo por você" Brincou.
"Isso foi uma cantada barata. Você sabe, né?" Ri — Por favor senhor bonitão, leve-me para a cama —.
"É. Foi" Riu "Você não acha que já não é hora de parar?" Encarou o copo em minhas mãos.
"Você acha? Por que eu não! Quando esse bar fechar eu vou pra outro" Revirei os olhos.
"Tudo bem" Levantou as mãos em rendição.
"Você é solteiro?" Perguntei o olhando com certo interesse. Ele sorriu e levantou as mãos, indicando que não havia nenhum anel sobre seu dedo "Você parece ótimo de cama" Provoquei.
"Eu não sou um consolo" Arqueou as sombrancelhas.
"Mais poderia ser o meu consolo!" Sorri.
"Talvez quando tiver sóbria" Murmurou "Belo vestido" Encarou o vestido com a barra suja de sangue — infelizmente eu não havia matado ninguém —.
"Pelo menos você acha" Resmunguei "Eu me arrumei toda pra'quele canalha! Comprei as lingeries mais caras daquela maldita loja" Funguei "Pra perceber que eu não fui o bastante pra ele!" Olhei pro Sr. Bonitão "Sr. Bonitão, você acha que eu mereci isso?"
"Ele não sabe a mulher que perdeu" Me bajulou — Ótimo homem, ganhe-me pelo ego —.
"Como ele pode?! Bem no dia... NO DIA DO NOSSO CASAMENTO?" Gritei "Antes cedo do que tarde" Concordo comigo mesma "EU TE ODEIO MARK TOMPKINS! EU DESEJO QUE VOCÊS DÃO PARA O INFERNO. SEUS TRAIDORES DE MERDA" Berrei antes de bater com força a testa no balcão de mandeira "Sr. Bonitão" Virei minha cabeça para encará-lo.
"Hun?" Encarou-me com as sombrancelhas arqueadas e com um pequeno sorrisinho nós lábios — e que lábios! Eu sento e me acabo —.
"Você quer transar comigo?" Funguei.
"Eu não acho..."
"Tudo bem. Eu vou procurar outra pessoa" Resmunguei levantando-me e arrependendo logo em seguida ao sentir tudo girar ao meu redor "Porra!" Xinguei.
"Tudo bem. Vem cá, eu te levo pra casa" O sr. Bonitão revirou os olhos enquanto segurava minha cintura.
"Minha nossa! Sr. Bonitão, que mãos são essas?!" Exclamei soltando uma gargalhada "Elas concerteza deve me levar ao paraíso em instantes" Gargalho alto.
"Vamos" Me arrastou para fora do bar e ignorando totalmente o que eu havia acabado de falar.
"Você é muito mais bonito que meu noivo" Ri escandalosamente.
"Obrigada pelo elogio"
[…]
"Você quer se casar comigo?" Mark se agachou, enquanto abria a caixinha de veludo. Mostrando-me dois anéis belíssimos.
"Sim, eu aceito" Sorri sentindo as lágrimas de felicidade fluirem por meus olhos.
"Babaca" Resmunguei "Eu quero beber!" Bati as mãos no estofado de couro, que provavelmente custava uma fortuna.
"Chega de bebidas pra você. Onde você mora?" Perguntou pela milésima vez e sendo totalmente ignorado por mim.
Suspirei e sorri ao encarar o bar do outro lado da rua. Virei o rosto pro lado e o encarei, amanhã eu me odiaria por dar tanto trabalho à um desconhecido. Contudo, torcia para que eu esquecesse tudo o que eu estava fazendo essa noite.
"O que está fazendo? Coloque-o de volta" Pediu ao me ver tirar o cinto de segurança.
Serrei os olhos e abri a porta do carro. Agradecendo a Deus pelo fato de eu estar sem saltos, antes de correr em direção ao bar.
"GARÇOM! A MAIS FORTE QUE TIVER" Gritei ao entrar no estabelecimento que se encontrava totalmente lotado.
Eu ri ao sentir o líquido descer fervendo por minha garganta. Mal sabia o que eu estava bebendo e tudo ao meu redor girava.
"Pai" Chamei a atenção do homem careca que me ajudava a colocar o colar de pérolas "Eu preciso ir ao banheiro"
"Esmeralda. Faltam poucos minutos antes de você entrar na igreja" Me repreendeu.
"Vai ser rápido! Vapiti-vupiti" Implorei. Recebendo um aceno de cabeça de sua parte.
Sorri e me levantei o mais rápido que pude, torcendo para que eu não encontrasse com Mark no meio do caminho. Morria de medo daquela superstição boba, onde o noivo não podia ver a mulher vestida de noiva. Coisa boba, claro! Mais ainda assim eu morria de medo.
Sorri feliz e agredeci aos céus por não encontrar Mark durante o caminho para o banheiro. Resmunguei e entrei em uma das cabine que havia ali no canto. Senti minhas bochechas esquentarem ao escutar o som obsceno que vinha da última cabine, contudo a pitada de nojo veio mais forte! Estavam no meu maldito casamento e não em um motel.
Decidida arrumei o vestido e caminhei até a última cabine do banheiro. Torcendo para ser um desconhecido e não minha irmã com alguns de seus amigos drogados — que eu a proibirá de trazer ao meu casamento — e bati com força na porta da cabine.
Encarei atordoada a pessoa que abria a porta e arrumava o terno preto de marca.
"Mark?" Murmurei incrédula. Encarando a pessoa logo atrás dele que me encarava com um sorriso triunfante enquanto arrumava o vestido vermelho vibrante que usava.
"Esmeralda?" Mark me encarou incrédulo. Alternei o olhar entre os dois sentindo minha boca se abrir.
"Puta que pariu! Mark?" Arregalei os olhos "JURA MARK? COM ELA?" Berrei histérica.
"Amor. Olha só, não é isso que você ta pensando ok? Ela só tava me mostrando uma coisa" Segurou meus braços.
"te mostrando uma coisa?" Perguntei incrédula "ELA TAVA TE MOSTRANDO ONDE VOCÊ PODIA ACHAR A MALDITA BUCETA DELA? É ISSO MARK?" Gritei me soltando.
"Amor, não é isso que ta pensando. Por favor acredita em mim" Pediu histérico.
"E o que séria que o eu estou pensando maldição? Que vocês dois estavam transando no banheiro da igreja?" Perguntei sorrindo amarga "NA MALDITA IGREJA ONDE NÓS IAMOS NOS CASAR EM POUCOS MINUTOS?"
"Amor..." O encarei em acreditar.
"Credo irmãzinha, pra que isso tudo? Não foi nada demais"
"SUA... SUA VADIA! DESGRAÇADA, EU VOU ACABAR COM SUA RAÇA! SUA VAGABUNDA" Gritei sentindo o ódio fervendo dentro de mim.
"Eu bati na minha irmã" Expliquei o sangue que manchava a barra do meu vestido "Minha nossa, você tinha que ver" Eu ri alto "Ela ficou acabada!" Murmurei sentindo mais uma vez meus olhos quentes.
"Ela mereceu" Concordou comigo.
"Eu deveria ter batido naquele palhaço também" Ri sem humor "Como ele pode fazer isso comigo? Com a gente?" Perguntei encarando a garrafa de cerveja apoiada no chão.
"Ele não sabe o que tinha em mãos" Sr. Bonitão me acompanhou.
"Se eu pudesse... Eu matava os dois" Resmunguei "Mais se eu matasse a Ingrid... Meu pai ia chorar e nunca mais ia olhar na minha cara" Finguei "Eu amo meu pai, sabe? Ele criou nós duas sozinho! Mais aquela vagabunda sempre querendo mais, sempre reclamando que meu pai não tinha dinheiro suficiente" Afundei o rosto em minhas mãos "Eu odeio aquela vadia. Minha mãe deveria ter levado aquele filhote do capeta quando resolveu fugir com o vizinho rico"
"Seu pai deve ser um ótimo homem" Sorriu enquanto me aconchegava em seus braços.
"E ele é" Concordei "Ele deve ta desesperado atrás de mim. Eu deveria falar com ele, não é?" Perguntei não esperando uma resposta antes de responder a mim mesma "É eu deveria. Só não... Não agora" Murmurei.
Sentia-me uma completa idiota, estava bem cara que aquele babaca comia minha irmã no sigilo. Mas eu fingia não ver os olhares deles quando estavamos perto um do outro.
"Na verdade, eu bem que já sabia" Admiti para um total estranho que eu era uma corna conformada "Eu via os olhares deles quando faziamos um domingo em família. Mas eu fingia não ver" Chorei "Eu queria não ver. Por que eu sabia... Eu sabia, que se eu desse atenção para minhas paranoias... Eu sabia que ia ter razão"
"Tá tudo bem. Você sabe? Todos nós erramos em algum momento de nossa vida" Segurou minhas mãos, tentando me passar conforto.
"Eu queria acreditar que Mark não séria capaz de fazer isso comigo. Eu queria acreditar que ele teria olhos somente para mim" Solucei "Burra! Eu fui uma burra em não dar atenção a isso"
"Você não foi burra. Você só quis acreditar" Afagou meus cabelos "Acreditar que Mark amava-te tanto que não teria coragem de fazer o que fez. Está tudo bem, as vezes..." Respirou fundo "As vezes apenas nós apaixonamos pela pessoa errada"
"Você tem certeza de que não quer ser meu consolo?" Perguntei. Sentindo seu peito vibrar pela risadinha.
"Não. Neste momento não" Riu "Deveriamos nós conhecer melhor. Eu espero que você não se esqueça de mim amanhã quando acordar"
"Eu não vou. Não quero me esquecer de você" Murmurei "Mais ainda acho que você deveria me consolar" Brinquei — ou talvez não —.
"Eu deveria. Mais agora não, não dessa maneira"
Ali estavamos. Sentados a beira da praia em algum lugar de Seattle, enquanto eu reclamava do meu casamento fracassado para um total estranho! Que havia feito questão de ouvir minhas necessidades de bêbada e comprar garrafas de cervejas — que tinham gosto de barata — e se recusar a fazer companhia para mim. Alegando estar cuidando de uma total estranha e que não poderia se embebedar comigo, pelo menos não hoje — bêbada, eu? Estava mais sóbria que qualquer um dessa cidade —.
"Meu nome é esmeralda. E o seu?" Encarei o nada.
"Romeu"
"Romeu?" Segurei o riso.
"Sim, por que eu acabei de encontrar minha Julieta"
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JULIANA FERNANDES ( D E V I L - J )
◆ B L A C K ◆
Capítulo revisado.
███
Postado também no Wattpad.
Capítulo Revisado. Qualquer erro de ortográfica será corrigido após o termino da fanfic.
Os personagens são originais e pertecem totalmente a mim! Assim como toda a história.
Todos os direitos são reservados e eu não tolero NEHUM — ouça bem! Nenhum — NENHUM tipo de plágio.
Juliana Fernandes — Vulgo Nickname — ( D E V I L - J ).
Será postada no Wattpad também — e provavelmente no Spirit. E eu avisarei quando isso ocorrer — :)
Uma capa logo será feita e publicada com os devidos créditos.
Uma playlist em breve também será postada.
Um cronograma será feito.
Obrigada por ler e não se esqueça de clicar no "CORAÇÃO" e compartilhar com os amiguinhos.
Beijos da D E V I L - J
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