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#como escrever um livro
tionitro · 1 year
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O Contador de Histórias e o Ouvinte e Os Segredos Mais Importantes da Criação de Narrativas! | NITRODICAS PARA ESCRITORES PODCAST #002 | #escrita #dicasparaescritores
No segundo episódio do nosso podcast, exploramos os três elementos essenciais da narrativa: o Contador, a História e o Ouvinte. Descubra como o Contador de Histórias tece um jogo intrigante com palavras e frases, selecionando e conectando momentos intensos e emocionantes para proporcionar experiências emocionais e racionais ao público. Entenda como o Contador mantém o público engajado ao revelar…
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anyyzz · 1 year
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Como saber se o casal da sua história é cativante:
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Aqui vai uma pergunta para vocês, escritores, o casal da sua trama precisa de cenas de beijos ou hot para que os leitores saibam que estão apaixonados? 
Esta é uma boa pergunta para se questionar, e se a sua resposta for sim, talvez você tenha que rever os conceitos do seu romance. 
Quando os leitores leem nossa história, precisamos fazer com que a tensão amorosa seja palpável, em outras palavras, tem que parecer real. Já citei em um post anterior a frase "não é só porque não é real que não pode parecer", aplique ela aqui, e aplique com intensidade, o leitor tem que acreditar naquilo que lê. 
Tente construir personagens que por mais que não tenham se tocado, ainda transmite essa tensão, um casal que arrebata os leitores, entendem?
Uma dica valiosa é sempre se lembrar da palavra tensão, ela que irá alavancar o romance desse casal.
Estude algumas linguagens do corpo, desta forma você consegue mostrar melhor como seus personagens ficam quando se esbarram sem querer, quando se encaram em silêncio, etc.
Lembre-se, o corpo reage a qualquer interação que temos com quem gostamos.
Espero mesmo tê-los ajudado de alguma forma, aguardo vocês no próximo post.
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nofuckingbody · 10 days
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e se a taylor for meio vinicius de moraes vivendo pelo amor e poderia ter sido uma das maiores poetas se nao tivesse amado o mpb dos eua (pop)
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so-um-brasileiro · 4 months
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Meus pais: Você fazer um esporte abre mts portas!!1!1!!11!
Eu: Eu gosto de artes marciais e luta de espadas :D Eu estaria disposto a tentar
Meus pais, após eu sair da sala: Entra por um ouvido e sai pelo outro falar do esporte
Eu: ????????
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brainmoss · 2 years
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Eu @ Pepetela
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voarias · 5 months
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te sorri num domingo onde nada era certo, por mais que promessas preenchessem todo o espaço em torno de nós. compartilhamos toques tímidos de nossas mãos uma na outra, um beijo meio sem jeito enquanto meus olhos encontravam os teus sob a meia luz do teu quarto. você falou sobre futuro como se tivesse certeza que íamos render incontáveis páginas de um livro de vida inteiro, e eu ri porque nada daquilo poderia acontecer de fato na vida real. compartilhamos segredos pouco antes dos nossos corpos partilharem um ao outro. tua boca percorreu caminhos na minha pele que tua voz logo depois jurou permanência. teu suor se misturou com o meu na medida em que teu cabelo meio molhado destacava a cor dos teus olhos: aquela que sempre foi minha preferida. gritei pela necessidade que senti do teu corpo sem um único som reverberar pela minha garganta; ainda que não acreditasse em um amanhã, desejei tê-lo. ainda que não restasse nós depois da despedida ensaiada de promessas de um futuro, desejei teus dedos mais uma vez em torno dos meus. ainda que soubesse que não tínhamos história para virar livro, desejei te escrever em cada linha que me derramo desde então.
voarias
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imninahchan · 2 months
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﹙ ʚɞ˚ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒:﹚uni!au, academic rivals(?), trisal, nossos dilfs queridos aqui são twinks, dirty talk, oral fem + fingering. Vocês não sabem o quanto eu esperei pra escrever issooo
⌜ 𝐄 𝐃𝐈𝐅𝐈𝐂𝐈𝐋 𝐒𝐀𝐁𝐄𝐑 𝐀𝐎 𝐂𝐄𝐑𝐓𝐎 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐕𝐎𝐂𝐄𝐒 𝐒𝐀𝐎. Amigos? Sim, possivelmente. Onde um está, os outros dois estão também. Sempre andando pra cima e pra baixo pelo campus, combinando a grade de horários ao máximo pra conseguir estar na mesma sala de aula. Estudando — quer dizer, ‘estudando’ — juntos nas salinhas individuais da biblioteca. Quando Cillian está se apresentando com a bandinha alternativa dele nos bares de esquina, estão lá pra vê-lo tocar e defendê-lo de qualquer chato que rogue praga dizendo que aqueles quatro desempregados no palco não vão chegar a lugar nenhum com esse som de merda. Na pior das hipóteses, não tem problema, Swann pode rachar a garrafa no balcão e caçar briga com o primeiro esquentadinho, embora saiba que vai voltar pra casa com olho roxo e dor nas costelas, como sempre acontece.
Inimigos? De certo modo, também.
Impossível não esquecer da atmosfera pesada na quadra quando os meninos estavam jogando e você assistindo das arquibancadas. Era uma clara disputa masculina além da pontuação no painel. Ou até mesmo quando se trata de notas. É uma competição pra ver quem tem o melhor rendimento, quem se destaca mais, quem tem mais contatos no meio acadêmico. Às vezes, parece que estão um rezando pela queda do outro.
Mas não ligam para o quão difícil é para os outros entendê-los. Gostam da fraternidade da relação, de estar dormindo na mesma cama, e gostam igualmente da inimizade, do gás extra que corre pelas veias com a ambição de se superarem. Você, particularmente, curte demais a rixa, consegue subtrair mais aspectos positivos do que esperava no começo.
Nesta tarde, por exemplo, deveriam estar em sala, numa disciplina pra lá de entediante, porém estão aqui: no apartamentinho apertado e mal mobiliado, matando aula juntos. Porque, para eles, o ócio é insuportável por vezes, cabe a ti incitá-los. Swann embarca com muito prazer em quaisquer que sejam as aventuras propostas, é um libertino que não esconde suas raízes. Cillian, em contrapartida, prefere bancar o certinho. Faz charme, não quer se igualar, mas no fundo é tão, senão mais, sórdido que vocês dois somados.
A mão delicadinha, que já viajava por debaixo da sua blusa larga, agora foca só na completude absurda que o seu seio causa ao ser conservado na palma quente. O rosto fino, de maçãs proeminentes se esconde no seu pescoço, abafando a voz bêbada de desejo. Mon amour, escuta-o te chamando, com manha. O joelho entre as suas pernas, impossível não sentir a ereção roçando na sua coxa. Cillian te oferece um olhar, sentado no tapete próximo à cama. “Melhor cuidar desse chato”, te avisa, tornando os olhos para o livro grosso em mãos, “senão ele vai ficar miando o dia todo.”
Swann ergue o rosto, a carinha pimenta de quem quer a adrenalina de foder ou entrar numa briga. “Ah, e você não quer meter muito nela agora, né?”, agita, torso levantando só pra conseguir sussurrar o mais perto possível do ouvido do irlandês com as costas apoiadas na lateral da cama, “vou foder essa buceta e gozar nesse seu livrinho de merda, seu bosta”, dá um tapa nas páginas de qualquer jeito pra atrapalhar a leitura alheia.
Você sorri. É tão revigorante ver os seus garotinhos se alfinetando assim. Com os dedos, acaricia a nuca do Murphy, amassando de levinho os fios abundantes do corte dele. “Tem certeza que não quer me comer também, Kiki? Hein?”. Uma pena que não pôde flagrar os olhinhos claros revirando na forma mais farsante possível, teria sorrido de novo. “Ou esse seu livro é tão bom assim que te deixou duro?”
A ereção logo abaixo da capa amarelada do exemplar não mente. Talvez seja a juventude, mas é mais provável que tudo aquilo que o irlandês não gosta de assumir em voz alta seja verdade: ter vocês dois o excita. Muito. De diversas maneiras. Aí, não dá mais pra aguentar, o livro já não mascara a vontade, a inveja que vem ao presenciar o francês tão emaranhadinho ao seu corpo. Acontece que dessa vez, não, não vai deixá-los aliviar ao mesmo tempo. Vai ter que ser um de cada vez, bem obedientes esperando pelo turno. E pra ganhar a oportunidade de ser o primeiro, vão ter que te provar que merecem tal posição.
Puxa a calcinha perna abaixo, arrasta o quadril até sustentar os pés na beiradinha da cama. Separa as pernas. Estão os dois sentadinhos no tapete agora, com a boca salivando diante da visão. Tão toscos e perdidos que você precisa se apoiar nos cotovelos e murmurar um não vão começar, não, otários?
Cillian tem um timing melhor, embora a mão do outro tente segurá-lo no ombro. Está faminto, vai direto na entradinha, empurrando a língua e bebendo todo o melzinho que já te molhava. Pega nas suas coxas, afunda o rosto, ocupa espaço como se fosse o único a se alimentar. Chupa, pressiona os lábios de modo que estalam alto, encharcados. Parece selar beijos e mais beijos.
Você respira fundo, começa a controlar as emoções pra durar ao máximo. Por isso, observar Swann se torna uma saída pra sensação gostosa que se forma no ventre.
Ele assiste o amigo, boquiaberto. Por vezes, umedece os próprios lábios, com certeza de boca seca. Tonto, apressadinho, vai se escorando no irlandês. Ombro no ombro pra disputar local, “tá, agora sou eu, vai...”
Cillian cede, a contragosto, porque é praticamente enxotado. Limpa o cantinho do rosto, respira, meio sem fôlego, mas sem tirar a atenção do lugar onde estava a pouco. Anseia por retornar.
Swann chega no seu pontinho sensível, é certeiro. A língua curta, feito um felino, lambendo a região com ainda mais habilidade quando usa os dedos em v para te abrir. Um arrepio percorre o seu corpo, faz rebolar sobre o colchão. “Tu aimes ça, uh?”, sussurra na língua estrangeira, um sorriso sacana brotando facilmente na face. Lambe a mão só pra bater com ela úmida na sua buceta. Descarado, curtindo demais te ver estremecida, apertando os olhos. “Chega”, entretanto Cillian não espera pra cortar o deleite.
Chupa dois dos próprios dedos, ambos brincando de contornar a entradinha antes de realmente se afundar. Beija a parte interna das suas coxas, até raspa os dentes só pelo gosto de arranhar mesmo. Lá dentro, os dedos se curvam, ganham ritmo no vai e vem. É delicioso, nossa... Tocando numa parte gostosa, se banhando na excitação que escorre pela vulva. “Cê vai gozar nos meus dedos, não vai, linda?”, te diz, encarando com os lábios ainda molhadinhos e vermelhos, “quero meter em você logo. Eu mereço meter primeiro, né? Olha só como você tá se derretendo com dois dedinhos, hm... Imagina o quanto vai gozar no meu pau...”
Swann ouve a fala suja, sorri de cantinho. Está tão ébrio de tesão que recosta no outro, a cabeça tomba até se escorar na do amigo. Você o analisa, o jeito que os olhos azuis profundos se corrompem frente ao entrar e sair melado, barulhento. Pervertido como é, você deveria ter previsto o próximo passo do francês, mas é pega desprevenida quando a língua dele se soma à equação.
Ao contrário do que se poderia esperar, porém, Cillian não o afasta nem questiona. Permanece deixando chupão atrás de chupão pelo interior das suas coxas, cada vez mais próximo de retornar pro centro. Os lábios úmidos tocando na pele da virilha até se empaparem todinhos outra vez na bagunça molhada de saliva e excitação.
Você não segura o gemido agora, agarrada ao lençol da cama. São duas línguas, o dobro de prazer lambuzando cada partezinha da vulva. O dobro de mãos apertando a sua perna, arranhando. E quando pausam pra respirar, o dobro de dedinhos tentando socar pra dentro do seu corpo. Não sabem de quem é a saliva que sorvem, se encostam língua na língua. As bochechas resvalando até ruborizar a face, o ar que bate assim que os gemidos arrastados ecoam de ambos. “Meninos...”, você apenas chama, incapaz de completar já que a onda que te percorre dos pés à cabeça rouba todo o seu fôlego. As perninhas tremem, a coluna arqueia. É abatida tão intensamente que só permanece de joelhos separados porque os rapazes não largam a fonte.
Deita as costas no colchão, respirando pesado, ou sequer enchendo os pulmões por causa dos espasmos. Resmunga, manhosa, querendo mexer as pernas num reflexo automático, já que as mãos buscam pelos cabelos masculinos para forçar mais o rosto deles na sua buceta.
Swann escapa do seu apego, os fios curtinhos demais para serem domados. Sorrindo, sórdido. “Gozou tão fácil, amor...”, nota, num tom debochadinho, “Ah, que foi? Hm? Não queria que a gente te chupasse? Não queria, hein? Poxa, agora vai virar essa putinha boba prontinha pra pica. Duas num buraquinho só, do jeitinho que cê precisa” ⌝
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sunshyni · 17 days
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𝐤𝐞𝐞𝐩 𝐭𝐡𝐢𝐬 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨
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sinopse: pra Haechan você era uma deusa intocável.
w.c: 0.9k
notinha da Sun: eu nem sei bem o que se passou na minha cabeça pra eu escrever isso KKKKK Mas eu pedi uma música pra @ldh0000 e ela escolheu “Bambi” do maioral Baekhyun, e a @amordelunes me pediu uma vez “Haechan nerd tímido”, falhei no “tímido”, mas no intelectual acertei KKKKK
boa leitura, docinhos!! 🌩️
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— Metida a Indiana Jones, volta aqui! — Haechan gritou, quase tropeçando nas ruínas do templo grego. Você continuava praticamente escalando as pedras e, quando chegou ao ponto mais alto, virou-se para olhar para o seu assistente. Àquela altura, ele já não enxergava nada; os óculos estavam cobertos de gotículas de água e o cabelo caía sobre o rosto. Você engoliu em seco quando ele os afastou para trás, a camiseta molhada colando ao seu corpo. Tentando desviar o olhar de Haechan, você focou em qualquer coisa ao redor, sentindo algo fervilhar em seu peito. Era difícil admitir, mas o que você sentia não era raiva. Era um misto de ansiedade e estresse que acabava descarregando no Lee.
— Você leva alguma coisa a sério? Não temos tempo pra você ficar me arrastando pra festinhas na Europa — você reclamou, e Haechan revirou os olhos em resposta. Ele tirou os óculos, agora sem conseguir enxergar você com clareza, mas sem se importar, pois estava irritado. Irritado com o fato de que você era uma arqueóloga brilhante que havia descoberto um artefato especial, capaz de parar o tempo ao alinhar-se com a cronologia das estrelas, mas também porque, apesar de seu talento, você era insegura. Estava sempre se minimizando, achando-se insuficiente, nunca confiando em seu trabalho, mesmo que fosse impecável. Para ele, você era uma boba, uma idiota... e ele queria tanto te beijar naquele momento que seus ossos doíam, como se fosse uma carência psicológica.
— Você está obcecada por esse projeto há meses! — Haechan se aproximou. A chuva caía tão forte sobre ele que já havia se acostumado com a sensação. Sua respiração acelerou ao sentir Haechan tão próximo de você, quase irreal. Estudante de história, ele havia se tornado seu assistente temporário para pesquisas em uma pequena ilha na Grécia. Haechan era perfeito: te acordava com café todos os dias, ajudava com as coordenadas geográficas e sabia lidar com as pessoas locais que poderiam fornecer pistas sobre o “tesouro” que vocês procuravam. Apesar de ser um amante dos livros e da pesquisa, o carisma de Haechan era avassalador, conquistando todos ao redor desde o dia que vocês chegaram à ilha, o que o tornava ainda mais atraente — um garoto inteligente e irresistível.
— E você sabe do meu potencial, então por que continua me colocando pra fazer tarefas inúteis? Levantar caixas, essas coisas? Você sempre precisa que tudo seja do seu jeito, não é? — Haechan estava tão próximo agora que a diferença de altura entre vocês era mínima. Talvez ele fosse alguns centímetros mais alto, mas isso não mudava a intensidade do olhar que vocês trocavam. Você olhou para o maxilar travado dele, para o fogo que cintilava em seus olhos, as bochechas coradas e a pontinha do nariz vermelha por causa da chuva que encharcava seus corpos.
— Haechan, eu...
— Você não percebe, não vê que aceitei ser seu assistente porque acredito em você? Sei o quanto esse projeto é importante pra sua carreira. Só queria... Só gostaria que você fosse um pouquinho menos dura consigo mesma, que relaxasse um pouco — ele disse, os olhos suavizando, mas seu coração ainda batia acelerado. Parecia que a qualquer momento ele faria o que você estava esperando havia tanto tempo. Difícil admitir, mas você desejava seu assistente e se sentia mal por tê-lo tratado como se fosse insignificante, quando ele era tão incrível, atento... e lindo.
— Eu te enxergo, Haechan, te enxergo mais do que eu gostaria, e isso tem me enlouquecido, porque não consigo parar de pensar em te beijar — você confessou, quase à beira das lágrimas. Nem lembrava mais do projeto, o único mistério que queria desvendar naquele momento era o homem à sua frente, com a pele dourada como um deus grego. Queria ter o artefato nas mãos para parar o tempo e prolongar esse instante. Quando Haechan olhou para você, transbordando carinho e alívio, você fungou, tentando impedir as lágrimas de escaparem.
Haechan se aproximou ainda mais, encostando sua testa na sua. Ambos encharcados, ele acariciou seu rosto com uma delicadeza que te fez estremecer. Não havia lugar melhor para revelar o que sentiam um pelo outro do que aquele templo em ruínas, sob o brilho das estrelas. Você mordeu o lábio, e Haechan seguiu o gesto antes de te beijar. Foi um beijo voraz, repleto de desejo. Ele envolveu seus braços ao redor de você, explorando sua boca com maestria e volúpia. Ele te queria por completo, mas se contentou com o choque entre os lábios.
— Você não tem ideia do quanto é preciosa pra mim — ele sussurrou, ainda com a testa encostada na sua. Sua respiração estava tão falha quanto a dele, e o corpo de Haechan pressionava deliciosamente o seu, fazendo você perder o controle. Ele acariciava sua bochecha como se estivesse diante de uma deusa, te admirando como se Afrodite ou Psiquê estivesse ali, representada em você — Ah, meu amor... você não faz ideia.
Ele te beijou novamente, incapaz de suportar a ideia de ficar longe de você. O beijo foi tão intenso que parecia que vocês poderiam se entregar ali mesmo, apenas com um toque. Seu corpo formigava enquanto ele descia os beijos pelo seu pescoço, pelos ombros, embriagado pelo seu cheiro. A chuva caía sobre vocês, tornando impossível admirar a lua e as estrelas, mas isso pouco importava.
— Diz de novo... diz de novo que me enxerga, que eu sou importante pra você — ele quase gemeu, e você se sentia fraca diante de tantas carícias. Ainda assim, reorganizou os pensamentos para respondê-lo. Com as mãos arranhando levemente as costas de Haechan, você o fez sorrir com a pressão de suas unhas.
— Ai, meu Deus... Eu te vejo, Haechan — você disse, beijando-o e tocando-o, quase se fundindo a ele. — Você é essencial para mim.
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amethvysts · 3 months
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DEAREST READER — F1 GRID.
#sumário: headcanons sobre os pilotos inspiradas no universo bridgerton, e também nessas fotos aqui. #pilotos: carlos sainz, charles leclerc, george russell, lewis hamilton, max verstappen. #avisos: 7k de palavras então tá longo! algumas tropes são inspiradas em bridgerton (duh), e, muito provavelmente, existem algumas inconsistências históricas. só papo de casamento. não tive criatividade pra criar um título bonitinho pros divos, então é tudo na base do nome. não tá revisado.
💭 nota da autora poderia ter escrito um drabble pra cada um? SIM! but i didn't want to *laser eyes*. então, fiz uns headcanons que tão bem grandinhos porque simplesmente não consegui parar de digitar. tem uns que eu tinha desenvolvido muito mais, mas ficou simplesmente gigantesco, então cortei pela metade. gostei bastante de escrever esses, então espero que vocês gostem também! todos os créditos para a parte do russell e do sir lewis vão para a musa @imninahchan ♡ espero que gostem!
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1 – O FAMILIAR CONDE VERSTAPPEN.
♡ㆍA família Verstappen havia se mudado para a propriedade ao lado há pouco mais de dez anos. E desde então, é impossível pensar em uma vida onde Max Verstappen não faça parte. 
♡ㆍVocê, a mais jovem entre seus irmãos, e ele, o herdeiro ao título do pai, tornaram-se amigos rapidamente. Pela idade similar e o interesse mútuo em cavalos rápidos de corrida, a ligação havia sido instantânea, mesmo que reclamasse da competitividade do garoto sempre que assistiam a uma corrida juntos. 
♡ㆍCom o passar dos anos, estabeleceram que eram melhores amigos. Não que não fosse óbvio aos olhos alheios, mas foi como firmar um contrato verbal. Um arranjo para a vida.
"Você é a garota mais legal que já conheci," ele declarou, na tenra idade de onze anos. Estavam escondidos embaixo da mesa do escritório do seu pai, dividindo uma travessa de doces que haviam surrupiado da cozinha. Mesmo tão jovem, já era uma pessoa difícil de jogar elogios por aí, e talvez por isso, seus elogios fossem tão ruins. Mas você o conhecia bem o suficiente para saber que o que dizia era sincero.
"Que bom," responde, distraída enquanto retira o recheio de cereja do bombom. "Porque você é o garoto mais legal que já conheci". 
♡ㆍA propriedade dos seus pais rapidamente se torna o refúgio de Max, uma maneira de fugir das expectativas e implicância do pai e viver como um jovem comum. Descobre a felicidade de fazer nada com você, após passar a manhã se esforçando para completar as lições de seus tutores. Leem livros e discutem sobre os enredos e seus personagens favoritos, conversam sobre os eventos da alta sociedade e também sobre suas expectativas para a corrida de cavalos daquele fim de semana.
♡ㆍPassam os momentos mais relaxantes juntos, mesmo com as discussões que surgem quando escolhem equipes opostas para torcer. Longe dos teatros da corte, podem ser genuínos um com o outro. Você não precisa fingir ser alguém que não é quando está com ele. Não precisa monitorar a altura das suas gargalhadas, a quantidade de biscoitos que come, ou a maneira que está sentada. 
♡ㆍE percebe que ele também não se importa em ser aquilo que o pai o obriga a ser durante todos aqueles eventos rigorosos. Em sua companhia, ele deixa o futuro título de lado e pode ser apenas o Max. O seu melhor amigo que já quase se afogou quando caiu no lago de patos da sua propriedade, salvo por você, e que em troca, te salvou de quase cair do seu cavalo quando saíram para passear pelo bosque. 
♡ㆍMas o tempo, às vezes, também pode ser traiçoeiro. Antes, aquele que os tornou inseparáveis também tornou-se motivo de distância. Ao atingir a idade adequada para começar a lidar com os negócios da família, o seu Max foi tirado da sua vida de forma abrupta e dolorosa. 
♡ㆍVocê nunca ignorou a maneira a qual o pai de Max, o Conde Verstappen, tratava o filho como se fosse nada mais do que seu herdeiro, uma pedra preciosa que necessitava ser polida para os seus próprios jogos políticos. Era difícil não perceber o peso da responsabilidade nos ombros de seu amigo, que assim que atingiu a idade considerada apropriada pelo pai, se fechou totalmente. 
♡ㆍAo visitá-lo em sua residência, quando sabia que Conde Verstappen não estava por perto, você era sempre recebida da mesma forma: a preceptora de Max, com aquela cara azeda, tinha o prazer de atendê-la apenas para te dizer que "o herdeiro Verstappen está muito ocupado no momento, senhorita". E mesmo com sua insistência, o máximo que conseguia era apenas deixar uma mensagem que nunca era repassada. 
♡ㆍEntão, com sua estreia, passaram a se encontrar apenas nos eventos da alta sociedade. Por um tempo, sentia tanta raiva do rapaz que mal conseguia encará-lo por muito tempo, e procurava sempre escapar de qualquer possibilidade de interação.
♡ㆍEssa necessidade de evitá-lo fazia com que você se tornasse alheia a atenção, sempre tão dedicada e repleta de anseio, do rapaz. Os olhos azuis te acompanhavam pelo salão, morosos e ardentes, carregados da saudade que só você seria capaz de identificar.
♡ㆍE, apesar de ser um dos homens mais cobiçados do recinto, Max havia ganhado uma reputação que nada lembrava aquele que você conhecia. Dava a impressão de ser um recluso, sempre afastado e desagradável. Passava a noite conversando com os amigos de seu pai, todos relacionados a política, e recusava ser apresentado a qualquer moça, raramente participando das danças. 
♡ㆍNão surpreendia que, mesmo com toda a popularidade que ganhou sendo um Verstappen, ele ainda não tivesse garantido uma esposa, já em sua segunda vez participando ativamente dos eventos da temporada. Claro, sendo um homem, as suas tentativas não seriam contabilizadas. 
♡ㆍVocê, ao contrário de seu velho amigo, teria fazer valer a pena cada dança, conversa e trocas de olhares nos salões que frequentava. Tinha sempre seu cartão de danças preenchido, dando o seu melhor em qualquer coreografia e tornando até os piores pares em uma companhia agradável. Havia se tornado uma das estreantes mais populares, e por isso, o seu valor aumentava cada vez mais. O que te leva a crer que foi justamente por isso que Max Verstappen decidiu se aproximar de você mais uma vez. 
♡ㆍPreenchia um copo de ponche para acalmar os nervos após ter dançado uma fervorosa quadrilha junto de um jovem lorde, e respirou fundo quando notou que os pés doíam depois de tanto esforço (e pisoteadas). Mal havia levantado o braço para bebericar quando percebe a chegada de alguém a mesa que estava. 
♡ㆍ"Ainda tem espaço para uma dança?" Max, é claro. A voz parecia mais madura, mas ainda reconhecível. Não sabia se seu coração havia acelerado por nervosismo de, finalmente, conseguir conversar com ele novamente, ou se por pura raiva. Talvez um pouco dos dois.
"Felizmente não," responde com uma mentira, mais seca do que intendia. Geralmente, ao lado de homens da alta sociedade bonitos e solteiros, você era simpática, tão doce que doía os dentes. Mas esse não era um rapaz qualquer. Era Max, seu antigo melhor amigo, que foi covarde o suficiente para quebrar seu coração sem justificativa.
Sua resposta pareceu desestabilizá-lo por alguns segundos, e você pôde acompanhar o brilho nos olhos azuis desaparecer após sua rejeição. A possibilidade de cutucá-lo com a mesma adaga que te machucou parecia interessante em seus secretos planos de vingança, mas realizá-los, de fato, não surtiu nenhum prazer.
Bebeu um pouco do ponche, e distraída, perdeu o momento em que os olhos do rapaz conseguiram avistar um bloco em branco do seu cartão. Sem mesmo pedir licença, Max segurou o pequeno objeto em sua mão, capturando a pequena caneta e deixando sua assinatura ali. "Podemos dançar a valsa," anuncia, deixando claro que não teria outra opção. E então, te faz uma curta cortesia, se despedindo, "Lady". 
♡ㆍFoi assim que, contra a sua vontade, por uma mudança ridícula do destino, você finalmente teve Max Verstappen de volta em sua vida. Passara anos desejando a presença do rapaz, e quando finalmente conseguiu… tudo estava diferente.
♡ㆍApesar de sua latente desconfiança, que sempre se erguia como uma barreira em sua reaproximação, estar perto de Max era como voltar a sua infância, e por mais que odiasse a afeição que borbulhava em seu peito, não podia evitá-la. Encontrava conforto em saber que o seu Max ainda existia por baixo daquela máscara estoica que usava em todos os bailes, e que surgia sempre quando entravam em uma discussão sobre a corrida da semana, agora ainda mais sarcásticos e maduros. Tudo ainda estava ali, adormecido, parecendo apenas esperar que o causador de tais sentimentos voltasse para revirar tudo novamente. ♡ㆍO cortejo público poderia não ser mais do que uma estratégia, mas quando estavam juntos, dividindo uma conversa ou uma dança, você sentia que talvez estivesse enganada acerca de suas suspeitas.
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16 – O MUSICAL PRÍNCIPE CHARLES.
♡ㆍVocê não morava embaixo de uma pedra. Todos comentavam sobre o príncipe estrangeiro que havia chegado para cortejar a escolhida da rainha naquela temporada, e você, contra sua própria vontade, sabia tudo sobre vossa alteza real. 
♡ㆍEra fato conhecido de que a cor favorita de Príncipe Charles era o vermelho, que faz parte do emblema de sua dinastia. Por isso, todas as debutantes (e solteironas, no geral) aderiram a detalhes vermelhos em seus vestidos para o primeiro baile da temporada. Dizem, também, que vossa alteza é um amante de animais, e você pode jurar que até a mais frígida das moças da sociedade adotou um cachorrinho. 
♡ㆍNão que você estivesse fazendo diferente, já que a noção de ter alguém diferente frequentando os mesmos espaços te despertava mais curiosidade do que deveria. Mas também estava ciente da dura realidade que enfrentava: agora, iniciando a sua terceira temporada consecutiva, não poderia esperar mais do que um lorde com poucas posses como marido. E mesmo assim, esse cenário ainda é muito otimista para sua situação. O mercado casamenteiro é impiedoso. 
♡ㆍPor isso, tentava não criar expectativas como as outras garotas da sociedade. Enquanto elas sonhavam em agarrar a atenção do príncipe para longe de sua prometida, você se contentava com o destino que sabia que não poder fugir. Pelo menos, tinha mais chance em ganhar os olhos dos outros aristocratas e, quem sabe, conseguir laçar um marido logo.
♡ㆍNão que tivesse pressa, mas saber que poderia se tornar um peso a mais para os seus pais era algo que não saia de sua cabeça ultimamente. Ainda mais sabendo que estavam realizando um grande esforço ao patrocinar o primeiro baile da temporada na propriedade da família, fazendo de tudo para que conseguissem se destacar no meio de tanto furor. 
♡ㆍE então, na noite que daria o pontapé para o início da nova temporada, todos são surpreendidos com a reviravolta: o príncipe não estaria presente naquela noite. Os membros da alta sociedade, tão arrumados e reunidos no salão de bailes do casarão de seus pais, são pegos de surpresa com a notícia. As mulheres escondem o suspiro de surpresa com seus leques, enquanto os homens conversam entre si, acordando que, certamente, teriam menos competição pelo resto da festividade. 
♡ㆍA notícia, no entanto, chega para você como um soco no estômago. Não tão decepcionada pela ausência, mas pelo grande ato de babaquice real. O grande baile que seus pais haviam planejado foi minado pela notícia de última hora, que fez com que os presentes se sentissem desanimados. A atração principal havia cancelado, e o que seria da noite?
♡ㆍTalvez pela abrupta mudança de planos e a confusão generalizada causada por ela, onde todos os convidados pareciam meio perdidos – o que apenas mostrava a rigidez desses eventos, onde todo tipo de interação é previamente ensaiada –, você conseguiu escapar da multidão de vestidos e paletós que cobria o salão para a sala de música, cômodo vizinho.
♡ㆍDecerto, não esperava nada ao entrar na sala e encostar-se contra a porta, soltando uma respiração aliviada. Mas ouvir a melodia das teclas de marfim do piano te alcançou desprevenida. Alguém daquele salão teve a mesma ideia que você, e ainda não sabia se isso era bom ou ruim. Pelo menos, não tocava como um ogro. 
♡ㆍA sala era pouco iluminada, apenas com alguns candelabros acesos, mas que faziam pouco para clarear o espaço amplo. Era capaz de observar uma figura elegante sentada à frente de seu piano – todas as moças devem ter, pelo menos, algum tipo de talento, foi o que sua mãe disse ao te ensinar as escalas do instrumento, quando ainda tinha nove anos. O cavalheiro parecia ter cabelos castanhos, iluminados pelas velas amarelas em seu entorno. O nariz pontiagudo e a covinha em sua bochecha eram sombreados, mas os olhos estavam escondidos pelos cílios grossos. Até o momento em que levantou a cabeça para te encarar. Sem perceber, você acabou prendendo a respiração mais uma vez.
♡ㆍSentiu o coração dar um solavanco contra o peito. Pensou ser porque estava na companhia de um completo estranho, em uma sala, sozinhos. E então, adicionou isso ao fato de estar diante do completo estranho mais bonito que já viu em toda sua vida. Aí, o coração errou uma batida. 
♡ㆍ"É um bom piano, não?" é a pergunta que sai dos lábios do estranho, uma maneira de quebrar a atmosfera que pesava a sua volta. Os olhos dele pareciam esverdeados à distância. Talvez castanho, também? Impossível de dizer de onde estava parada. 
♡ㆍA pergunta ecoa em sua mente por alguns segundos. Ele também não fazia ideia de quem você era, se não, já estaria se levantando e pedindo desculpas por tocar em algo que te pertencia. Mas essa ideia não te incomodava tanto, pelo menos não quando o escutou dedilhar um trecho de uma de suas sonatas favoritas. O toque a fazia soar mais suave do que realmente era. 
♡ㆍ"Sim," concorda e, antes que pudesse perceber o que fazia, já dava passos na direção do seu instrumento. Ou melhor, para o estranho que o tocava.
♡ㆍ"A senhorita se interessa pelo piano? Toca?" a voz dele era suave, como se não quisesse atrapalhar o som que os próprios dedos produziam. As mãos se moviam com destreza sob as teclas, e a agilidade dos movimentos a encantavam. No entanto, os olhos do rapaz não saiam de seu rosto, que estava queimando embaixo de tão devota atenção. Você consegue apenas assentir, o que ele responde com um sorriso animado. E então, outra pergunta, "Me acompanha?"
♡ㆍEnquanto toca, chega um pouco para o lado, te dando espaço suficiente para sentar-se a frente da região grave. Retirando sua mão esquerda, o som fica incompleto até você, de fato, ajudá-lo a completar a melodia. Uma maneira um tanto inortodoxa de conhecer alguém, mas completamente divertida.
♡ㆍDurante alguns minutos, permanecem dividindo as teclas e misturando os sons. Quando a canção que ele iniciou termina, você traz uma nova para que ele te acompanhe. É um desafio acertar as composições com apenas algumas notas inacabadas, mas é um joguinho que deixa os dois entretidos por um bom tempo. E, depois de algumas vezes, percebe que têm um gosto extremamente parecido. Seguem sempre o caminho das melodias mais delicadas, um tanto etéreas. 
♡ㆍDão risada quando as canções intercaladas passam a ficar mais complexas, e suas bochechas queimam quando suas mãos se tocam ao alcançar a região central das teclas. Consegue sentir o calor da mão do rapaz na sua, mesmo que esteja coberta por sua luva. Em um momento, chegam até a quase entrelaçar os braços, trocando as escalas. Isso é o que mais rende risos, porque a posição apenas torna tudo mais difícil. Mesmo que em silêncio, parecem trocar ideias bem ali, nas teclas de seu sagrado piano.
♡ㆍFoi um daqueles momentos em que o coração guarda com carinho, mas que você entende ter que acabar. A última canção se encerra naturalmente ao compartilharem a nota final. Você levanta os olhos, animada, e percebe que, enquanto estava encarando as teclas de marfim, o olhar do rapaz já estava em seu rosto há tempos. Isso faz um calor subir de seu peito até as bochechas.
♡ㆍ"Preciso me retirar, milady," ele se desculpa, mesmo que não faça nenhum movimento para se levantar do banco que dividem. Com os olhos dele sob os seus, você pensa: azuis com castanho. Combinação estranha… e mais encantadora que já vi. No entanto, responde com um murmúrio positivo, algo entre 'tudo bem' e 'eu entendo'. 
♡ㆍE apenas após escutar sua aceitação, mesmo que nem um pouco animada, o rapaz se prepara para partir. As duas mãos abotoam seu paletó, e você observa uma pequena insígnia no anel que leva no dedo indicador. Cavalo rampante. 
♡ㆍAlgo em seu peito incomoda ao vê-lo andar pela sala, para longe de você. Sem conseguir se segurar por muito tempo, decide dar um fim ao mistério que os rondou durante o tempo que compartilharam. Depressa, se introduz, revelando que era a filha dos donos da propriedade em que estavam, a filha do Conde.
♡ㆍSeu coração reage com mais um solavanco mal-comportado ao vê-lo sorrir, esperto. "Oh, eu sei," ele responde, como se você não tivesse que se preocupar com isso. "E eu sou o Charles". Céus.
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44 – O SURPREENDENTE DUQUE HAMILTON.
♡ㆍTodos da alta sociedade conheciam Duque Hamilton. Não apenas por sua elegância natural, que faz com que pareça Adônis reencarnado em qualquer roupa que vista, e nem só por sua riqueza e propriedades, mas, principalmente, por seu estilo de vida hedonista. 
♡ㆍDesde quando estreou na sociedade, no ano passado, percebeu que as aparições do duque eram raríssimas. Poucas foram as vezes que chegou a vê-lo nos salões de baile que frequentava, e menores ainda foram as oportunidades que teve para sequer interagir com ele – surpreendeu-se apenas por imaginar que ele sabia de sua existência. 
♡ㆍMas, quando conversavam, sempre mantendo a distância de desconhecidos, mas a educação daqueles que querem se conhecer, você imaginou que todas aquelas histórias mirabolantes sobre o duque e seus pernoites eram apenas rumores sórdidos. Certamente, seria impossível que um homem tão cortês causasse tanto estrago. Mal conseguia imaginá-lo em uma das festas ensandecidas que as más línguas descreviam.
♡ㆍNo entanto, sua opinião mudou radicalmente logo no final da temporada passada, durante uma belíssima ópera patrocinada pela Rainha. Ao se ausentar para ir ao banheiro, foi surpreendida pela visão do Duque Hamilton com uma das cantoras, que interpretava um dos papéis menores no espetáculo.
♡ㆍCom os olhos esbugalhados e o sentimento de desespero que crescia por flagrar um casal em um momento íntimo, acabou se escondendo atrás de uma das grandes pilastras. Uma decisão a qual se arrependeu amargamente.
♡ㆍAinda era capaz de escutar tudo, e sentia o nojo se espalhar por suas entranhas ao escutar o som molhado dos beijos que compartilhavam, bem no meio do hall do teatro. Com as portas principais fechadas, ninguém podia vê-los e estavam distantes o suficiente para que o som do espetáculo fosse abafado. 
♡ㆍAté que escutou a voz melódica do duque dizer uma sequência de palavras sedutoras, sem dúvidas as mais apetitosas que já ouviu um homem falar em sua vida. Caíram como explosivos em seus ouvidos inocentes, e despertaram muito mais do que sua curiosidade. Sentiu seu peito arfar, como se tudo o que Duque Hamilton estivesse falando fosse direcionado para você.
♡ㆍDeixou-se devanear por alguns segundos, se perdendo na própria imaginação ao escutar o barulho que o casal fazia, apenas alguns passos atrás da pilastra, até serem interrompidos. Sua acompanhante para a ópera, a sua dama de companhia, abriu as portas que separavam o hall da plateia e o barulho acabou por sobressaltar tanto você quanto o duque. 
♡ㆍ"Como a senhorita demorou!" ela anuncia ao te encontrar, escondida como um ratinho (e sentindo-se tão suja quanto) atrás da pilastra. Ao fundo, conseguia escutar o barulho apressado dos passos do casal, provavelmente procurando um local mais reservado para que pudessem continuar suas atividades. 
♡ㆍDesde esse dia, não duvidou dos rumores que passavam por seus ouvidos, e também não conseguiu mais parar de prestar atenção em tudo o que o duque fazia. Alguns argumentariam que estava apaixonada por ele, como todas as jovens mulheres da sociedade, mas você gostava de acreditar que seu interesse era um resultado puro de sua própria curiosidade. 
♡ㆍMas em momento nenhum ousou sonhar que seria, um dia, quem sabe, cortejada pelo belo duque. Essa era uma ilusão que não queria alimentar de forma alguma. Mesmo assim, você não conseguia parar de pensar nele.
♡ㆍE isso se seguiu até o início da nova temporada. No começo, foi difícil para de procurar pelo duque em todos os lugares que ia. Sentia-se frustrada por ele não estar presente para vê-la tão arrumada, tão linda. Decepcionava-se ao ter que gastar mais um belo vestido para conhecer outros pretendentes que não eram ele. E seguiu dessa forma pelos primeiros bailes, até, finalmente, conseguir direcionar sua atenção para outro homem.
♡ㆍLorde Burton era um visconde de posses pequenas, mas valiosas. Era simpático o suficiente para manter uma conversa interessante e tinha boa aparência. Te elogiava constantemente, ao ponto de se tornar um tanto inconveniente, e parecia gostar realmente de você. Um pouco demais. 
♡ㆍNo início, falhou em se atentar na emboscada que havia caído. Era uma boa combinação, o suficiente para que você não fosse considerada mais uma na fila das solteironas da sociedade, e também para te tirar daquele fascínio pelo duque, um homem que você sabia estar fora de cogitação. 
♡ㆍMas esqueceu de pensar que Lorde Burton, por mais benquisto que fosse, jamais manteve um cortejo por tempo o suficiente, apesar de seu histórico dizer que já havia tentado muitos. A essa ponto, deveria imaginar que o homem estava tão desesperado para se casar a ponto de se agarrar a você como sua última esperança. 
♡ㆍO que foi, outrora, ameno, agora estava se tornando uma amolação. Não conseguia escapar de seus braços durante os bailes e tinha que suportar suas intermináveis conversas sobre o seu casamento – que não havia sido acordado por sua parte. Lorde Burton era extremamente carente por sua atenção, e sua paciência era curta. 
♡ㆍEm um dos eventos realizados na casa de uma das amigas da Rainha, um baile luxuoso e muito bem frequentado, você se sentia sufocada ao lado de seu… galanteador. Mesmo após três taças de champanhe e o uso de seu leque, sentiu que não conseguiria passar mais um minuto sequer ao lado de Burton. 
♡ㆍFazendo charme, tocou o braço do homem para alertá-lo que não estava se sentindo nada bem, e que precisava se retirar do salão para recuperar-se por alguns instantes. Enquanto Lorde Burton ainda pensava em se oferecer para te acompanhar, você imediatamente o calou, alegando que passava por problemas femininos – a desculpa perfeita para manter qualquer homem afastado. 
♡ㆍAssim que recebeu um olhar de preocupação, mas compreensivo, do seu par, não esperou nem um segundo para sair do salão. Apenas não correu porque ainda precisava manter a pose debilitada. 
♡ㆍAproveitou os momentos que tinha antes de, inevitavelmente, Lorde Burton vir ao seu encontro, para passear pelos corredores próximos. Não fazia a menor ideia de por onde ir, já que a residência era imensa. Decidiu que seria melhor manter a exploração aos ambientes próximos à festa, assim, poderia caminhar de volta sem muito esforço.
♡ㆍEntrou em um extenso corredor, repleto de retratos e pinturas paisagísticas. Foi o que te distraiu o suficiente para que não visse que uma nova pessoa havia entrado no mesmo lugar que você, e estava tão aéreo quanto. Sem perceberem, acabam por se esbarrar bem no meio do corredor, enquanto hipnotizados por um dos quadros pendurados na parede.
♡ㆍ"Me desculpe," você nem havia encarado o rosto da pessoa a qual falava e já pedia desculpas. Quando seus olhos finalmente se encontraram, suas bochechas queimam ao completar, "Duque Hamilton". E oferece uma curta cortesia com a cabeça, a que ele retribui rapidamente.
"Senhorita," te dá um sorriso encantador, e você sente o coração disparar dentro de seu peito. Parecia até uma garotinha, admirada por tudo o que esse homem fazia. "Acredito que esteja tão perdida quanto eu". 
"Um pouco," admite, ainda um tanto desnorteada. Estão mais próximos do que deveriam, devido ao esbarrão. Sente a saia de seu vestido roçar contra os joelhos do duque. "Não quis me afastar muito do salão".
"Decisão sábia," oferece uma risada, então, em um tom confessional, diz, "Estava à procura do toalete, mas acabei aqui". 
♡ㆍÉ um momento simples, mas que te deslumbra. Enquanto ri, aproveita para apreciar a maneira com que os olhos do duque se fecham ao sorrir, e como ele parece tão à vontade criando uma conversa fiada – depois de tantos anos na sociedade, deve ser um mestre. 
♡ㆍNo entanto, antes que pudesse responder a sua revelação, vocês são pegos de surpresa com a chegada de um novo integrante à conversa: Lorde Burton. Como era de se esperar, após ter demorado tanto para retornar à festa, o seu pretendente havia iniciado a sua busca – mais cedo do que o imaginado, contudo. 
♡ㆍVocê deixa escapar um suspiro de consternação, alto o suficiente para que o duque te encare com um olhar confuso. Ele imediatamente nota como o seu corpo pareceu tensionar com a chegada do cavalheiro. E parece não gostar da maneira com que Lorde Burton o ignora, dirigindo-se diretamente a você, como quem procura tirar satisfação. 
♡ㆍ"Aí está você!" exclama, em um tom falsamente bem-humorado. Um sorriso contido, mas sabichão, aparece nos lábios do lorde, fazendo seu estômago revirar de irritação. Era melhor que tivesse se perdido naquele casarão. Então, com um olhar de soslaio para Duque Hamilton, completa: "Pensei que estivesse lidando com problemas femininos, mas vejo que já está bem melhor, não?"
♡ㆍEstava claro que falava aquilo em voz alta para te constranger na frente do duque, uma maneira de te dar o troco por fazê-lo esperar, sozinho, no salão. Você se retrai e olha para baixo, evitando contato visual com ambos.
"Já es-," antes que pudesse completar a sua frase, complacente, é interrompida pela voz do duque. Ele ajeita a própria postura, e parece crescer diante de seus olhos. Os olhos castanhos se estreitam enquanto encaram Lorde Burton, intensos. 
"A senhorita sente-se muito bem, meu lorde. Apenas precisava de um momento longe do tumulto," é como se roubasse todas as desculpas da sua mente. "E não é necessário se preocupar, todos os problemas femininos já foram resolvidos". Ou talvez não todas. 
♡ㆍSeus olhos se alargam ao escutar a réplica do duque, e é preciso morder o próprio lábio para não deixar que uma risada incrédula te escape. Curiosa, sua atenção cai imediatamente sob Lorde Burton, que parece mais atribulado que o normal, chocado tal insolência. Ao voltar seu olhar para Hamilton, percebe que ele encara o lorde como se perguntasse, silencioso, 'o que vai fazer?'.
♡ㆍFoi respondido em apenas um segundo. Lorde Burton olha para os dois, e ainda nervoso, bate o pé em retirada do corredor. Seu rosto parecia vermelho como um tomate, e bufava.
♡ㆍAssim que o homem se distancia o suficiente, você e o duque se encaram e, sem se comunicar, desatam de rir ali mesmo. Sente a sua barriga doer e lágrimas escorrerem por seus olhos, que seca com os dedos assim que se acalma.
♡ㆍ"Obrigada," agradece ao duque, mesmo que, no fundo, soubesse que havia arranjado um grande problema para resolver. Em troca, ele faz uma pequena cortesia com a cabeça, ainda rindo. Passam alguns segundos em quietos, o silêncio sendo interrompido apenas pelas respirações pesadas após a crise de risos. 
"Não é preciso me agradecer," responde, mas logo se contradiz, ao sugerir, "Ou talvez… a senhorita queira me agradecer me concedendo uma dança?"
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55 – O ENCANTADOR MARQUÊS SAINZ.
♡ㆍSer de uma família do campo, de renda modesta, nunca pareceu um impedimento para qualquer coisa em sua vida. Você foi criada e educada sem a ajuda de criados, fazendo as tarefas para ajudar seus pais, e em conjunto com seus irmãos. Aprendeu a ler e foi bem-educada na arte da conversação com a ajuda de sua mãe, mas também aprendeu a lidar com os animais da fazenda com seu pai. 
♡ㆍNunca aspirou casar-se com ninguém fora de seu círculo, e já sabia que teria que se contentar com algum rapaz de boa aparência, tolerável e com escassas terras em seu nome. Uma garota do campo como você raramente teria grandes chances em subir socialmente.
♡ㆍNo entanto, sua madrinha, que morava na cidade e pareceu nunca ligar muito para sua existência, tinha outros planos. Lady Federline havia acabado de perder o marido e também perdia as esperanças de conseguir um casamento próspero para as duas filhas solteironas, que embarcavam em sua quarta temporada na sociedade. Pediu para que seus pais concedessem a sua guarda para que, finalmente, obtivesse sucesso no mercado casamenteiro. 
♡ㆍ"É meu dever como madrinha," foi o que a mulher disse, mesmo que tivesse muitas outras obrigações que jamais cumpriu. Mal se lembra da última vez em que a viu, mas decidiu aceitar o ato de boa vontade – não que tivesse muita escolha, já que seus pais ficaram deslumbrados pela oportunidade de sua filha se casar com um homem de boa fortuna, que pudesse melhorar o estilo de vida da família. No fundo, você sabia que era apenas mais uma tentativa da mulher não se afundar ainda mais perante àquela sociedade tão crítica. Com dois fracassos em uma mão, talvez um casamento bem-sucedido pudesse salvar um pouco de sua reputação. 
♡ㆍEm sua chegada na cidade, rapidamente fora escoltada para a modista, que se tornou um de seus lugares favoritos. Não pelas roupas, que apesar de lindas e glamourosas, não enchiam seus olhos. Foi ali, enquanto tirava suas medidas e ajustava alguns vestidos disponíveis, em que pôde saber mais das histórias da alta sociedade. Fofocar era um hábito que não morreria tão cedo em você.
♡ㆍDescobriu que sua teoria estava mais certa do que gostaria. Uma das filhas de sua madrinha havia se envolvido com um rico político, já casado, e trouxe escândalo para o nome da família. Enquanto a outra era tão antipática que poucos conseguiam manter uma conversa por mais que alguns minutos. Você já era considerada um achado diante de seus pares. 
♡ㆍE como era de se esperar, a sua popularidade também trouxe a inveja das filhas de sua madrinha, já cientes dos destinos muito diferentes que teriam. Mesmo com a preferência óbvia de Lady Federline, isso não as impedia de te tratar como nada mais do que uma intrusa dentro da residência da família. Não chegavam nem a vê-la como uma igual, e constantemente te rebaixavam a uma posição inferior. 
♡ㆍPor mais que fosse fácil de sempre vencer uma discussão, visto se importavam com pouco além da própria mesquinhez e com a fortuna herdada de seu pai, você não poderia se indispor completamente com as duas. E por saber disso, iniciaram uma campanha de pequenas sabotagens para te prejudicar. 
♡ㆍTinha imaginado que as irmãs do mal tentariam te envergonhar logo na cerimônia de apresentação à rainha, mas o que te aguardava era definitivamente muito pior. A rivalidade, unilateral, chegou em seu ápice pouco tempo depois, no primeiro grande baile da temporada. 
♡ㆍSua diversão, alimentada pelas consecutivas danças e conversas que tinha com os lordes e grupos de moças que pareciam interessados o suficiente em conhecer a garota do campo, teve um fim sórdido no meio do salão. E, para piorar, foi no momento mais feliz de sua noite.
♡ㆍDisputada por boa parte dos solteiros naquela noite, você foi surpreendida quando, enquanto tentava se livrar de um rapaz um tanto inoportuno, sua conversa foi interrompida pelo ilustre Marquês Sainz. Um tipo que você jamais imaginou sequer te notar, devido ao grande prestígio e popularidade que havia acumulado na alta sociedade. O conhecia apenas por nome e reputação, já que sua madrinha e as más-línguas na modista haviam sussurrado sobre o espanhol. Ele havia viajado para a cidade para resolver os negócios do pai, e acabou por se mudar para uma residência não muito distante do centro, e tornou-se um dos solteiros mais cobiçados pelas moças.
♡ㆍAo saber de sua existência, pensava que o marquês havia conquistado tal fama por sua fortuna, mas, estando cara a cara com o homem, entendeu que era muito mais que isso. Era tão bonito que te fazia sentir o peito queimar. E aquele sotaque! Fazia a sua interrupção ainda mais bem-vinda.
♡ㆍ"A senhorita já tem um par para a próxima dança," ele anuncia para o cavalheiro que lhe importunava. Não foi uma mentira bem contada, porque Sainz imediatamente te encarou como se pedisse a sua permissão para tal, mas fez com que o rapaz que tentava chamar sua atenção se afastasse. Você apenas assentiu, com um sorriso grato nos lábios. 
♡ㆍAo iniciarem a dança, com sua mão enluvada sobre a dele, você sente que não conseguiria manter-se séria embaixo do peso dos olhos do marquês. Pareceu não notar seu óbvio encantamento – talvez já estivesse muito acostumado com as pessoas se derretendo sob seu olhar –, e apenas disse, "Peço desculpas pela interrupção, senhorita. Mas não acho que uma mulher bonita como você deveria suportar as chatices do Lorde Calder". É o suficiente para render uma risada, e a partir daí, a conversa se desenrola durante o resto da música. 
♡ㆍDistraída demais conversando com o marquês – que logo mostra que, por baixo de toda a pompa, é extremamente gentil e um tanto adorável –, mal percebe que uma das irmãs aproveitou a oportunidade de te ter vulnerável na pista de dança para pisar na barra de seu vestido com o salto. E, envolvida em sua dança, você se move para frente e o tecido, frágil, fica para trás. O barulho de sua saia rasgando parece ecoar três vezes mais, interrompendo sua conversa e trazendo a atenção de todos do salão para você. O ofego surpreso das pessoas ainda ressoa na sua mente. 
♡ㆍDe imediato, seus olhos se enchem de lágrimas. Não por sentir-se triste, mas humilhada. Estava com metade das pernas expostas para a nata da sociedade e envergonhando-se na frente do marquês, até então a pessoa que mais gostou de conhecer durante sua estadia na cidade. Mal conseguiu encará-lo, mantendo a cabeça baixa e tirando suas mãos das dele, agarrando a barra do vestido antes de correr para fora do salão. 
♡ㆍSentiu-se cega e surda por alguns segundos, com a cabeça girando e as lágrimas pesando. O mundo parecia ruir à sua volta e seus pulmões doíam de tanto segurar o choro. Permaneceu de cabeça baixa até se distanciar o suficiente da festa, terminando sua corrida da vergonha na entrada do jardim. Apenas ali, se deixou chorar.
♡ㆍEra terrível sentir-se tão imponente e a mercê. Estava distante de tudo o que conhecia, por uma decisão de terceiros e ainda havia sido humilhada na frente dos maiores predadores da cadeia alimentar. Um pesadelo total.
♡ㆍEnquanto sentia o lábio inferior tremer, não querendo deixar os soluços rasgarem sua garganta, foi surpreendida por aquele mesmo sotaque que te fez rir há alguns minutos, "Ei," o tom é suave, quase como se quisesse te confortar. No entanto, o marquês mantém a distância, mesmo que seus olhos castanhos mostrem límpida preocupação. Suas mãos estão estendidas, como se quisessem te tocar. Pareceu não saber o que falar agora que tinha a sua atenção, vendo o seu rostinho tão infeliz. "Quer… Precisa que eu chame a sua carruagem, senhorita?"
♡ㆍA expressão que tinha em seu rosto era fascinante. Ao mesmo tempo que parecia amargo por te ver daquela maneira, também procurava te encorajar a aceitar sua sugestão. O marquês Sainz não parecia ter muita experiência em lidar com mulheres com vestidos rasgados, mas certamente fazia um esforço para tentar te consolar naquele momento. Não suportava vê-la assim. 
♡ㆍTe ofereceu um sorriso caloroso ao te ver acenar com a cabeça, aceitando o alento. Então, estendeu a sua mão para que segurar a barra do vestido para você e, em seguida, o braço para que segurasse para acompanhá-lo até a entrada da residência.
♡ㆍ"Uma pena o vestido ter sido arruinado dessa forma," ele comenta enquanto caminham. Você não podia evitar, em meio de suas fungadas, de exprimir um murmúrio positivo, concordando. Sainz te encarou de rabo de olho, percebendo que continuava tão abalada quanto antes. "Você não deveria se preocupar. Minhas irmãs viram o que a senhorita Federline fez. Ela será sortuda se conseguir sair do salão com o vestido intacto até o final da noite", e suas palavras foram seguidas de uma piscadela. Isso a fez rir, e ele sorriu, satisfeito com a realização. 
♡ㆍConversaram sobre algumas peculiaridades da festa até chegarem em seu destino, e ele pareceu querer te distrair mais do que tudo. Procurava dizer alguns gracejos para te manter sorrindo, ou te incitando a dizer coisas piores. Ao chegarem ao local em que os cocheiros estavam reunidos, a mão do homem pareceu segurar a barra de seu vestido com ainda mais força, e se manteve um pouco à sua frente, te escondendo dos olhares curiosos e furtivos daqueles homens.
♡ㆍTe surpreendeu ao chamar a carruagem de sua família ao invés da Federline. Uma ação um tanto chocante, se não imprópria, mas, parada ali com seu vestido rasgado, não se importava com polidez – de qualquer forma, tudo no marquês te dizia que ainda se veriam muitas vezes… ou você queria acreditar que sim. 
♡ㆍTão tarde da noite, a chegada à residência Federline foi mais rápida do que ambos esperavam, e tiveram que interromper mais uma conversa. Não era possível expressar em palavras o quão grata se sentia pelo ato de gentileza de Sainz, e a tristeza de ter que deixá-lo seguir sua viagem sem você. 
♡ㆍDe qualquer forma, ficou com a lembrança do sorriso e do som da risada do marquês, que repetia a cada momento como uma forma de suportar os dias seguintes, sem nenhum evento em que pudesse revê-lo. No antro de seu ser, já estava convencida de que o homem havia se arrependido, e nem mesmo falaria com você caso se esbarrassem nas ruas da cidade, ou mesmo em outro baile, na frente de todos. 
♡ㆍTalvez por estar tão cega por seu pessimismo que se surpreendeu ao receber uma encomenda endereçada a você. Ao abrir, se deparou com um vestido da mesma cor daquele que usou no baile, no entanto, mais leve e ainda mais bonito e rico. Preso à caixa, um bilhete que dizia: "Espero que chegue aos pés do arruinado. Por que não usá-lo em um passeio no parque? Talvez na próxima quarta-feira, digamos que às três. Cordialmente, Mr. Sainz". 
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63 – O MESQUINHO CONDE RUSSELL.
♡ㆍVocê nunca imaginou que a vida de casada seria tão detestável. Tinha o exemplo de seus pais que, mesmo tendo se casado por uma estratégia de negócios, haviam achado o amor em sua união e permanecido juntos e felizes durante todos esses anos.
♡ㆍEssas são palavras que você jamais se atreveria a dizer sobre a sua própria união com o jovem Conde George Russell. Nutriam um desprezo tão grande um pelo outro que, por vezes, imaginava que a palavra ódio seria incapaz de descrever sua relação. 
♡ㆍDesde que suas famílias acertaram sua união – por sua parte, para benefício financeiro para os negócios de seu pai, e para a parte de George, para assegurar sua herança –, vocês dois haviam se jurado de morte, recusando até mesmo a passarem tempo junto durante o noivado. Seria torturada diariamente, então por que se submeter a tal flagelo antes de ser estritamente necessário? 
♡ㆍA aversão do rapaz não te afeta mais, porque não é como se seu marido alimentasse afetos por toda a sociedade. Muito pelo contrário, o seu jeito um tanto mesquinho o faz criar apatias latentes, quase sempre unilaterais. Diz não gostar de Lorde Brooke porque vive a se gabar por seus resultados no críquete, mas mal sabe segurar o taco corretamente. Evita engajar em conversas com Lady Evans porque não sabe pronunciar seus 'r' e, quando eram solteiros, parecia se jogar nos braços de George em qualquer oportunidade.
♡ㆍNão que duvidasse da popularidade de seu marido, pois a testemunhou de perto. Todas as mulheres solteiras da região sonhavam em conquistar o rapaz por rumores de sua recheada herança, então, a família Russell esteve alerta para evitar possíveis oportunistas. 
♡ㆍComo seus pais, Lady e Lorde Russell puseram o coração à frente da razão, dando a oportunidade que o filho escolhesse uma mulher a qual pudesse se apaixonar e viver uma vida feliz. E George pareceu levar tal preocupação a sério até demais; passadas três temporadas, o rapaz ainda não havia escolhido uma esposa e parecia colocar defeitos até na mais perfeita e doce das debutantes.
♡ㆍA demora trouxe uma nova consternação à tona: o herdeiro Russell assumiria seu título sem uma esposa? Tal possibilidade não agradava o lorde nem um pouco, que logo estabeleceu que o filho apenas teria acesso a sua herança e a sua posição caso se casasse… e com a lady que eles escolhessem.
♡ㆍSe a união foi um castigo para George, você não faz ideia. Mas sabe que certamente pode ser considerado um para você. Afinal, como ser feliz em uma residência em que mal encontra outras pessoas? E que sempre quando esbarra em seu marido, ele faz de tudo para te evitar? De todos os empregados, apenas as suas damas de companhia tinham coragem de conversar com você, e rapidamente tornaram-se suas únicas confidentes. 
♡ㆍQuando estava perto de George, mal conseguia passar cinco minutos sem discutir sobre alguma coisa completamente irrelevante. Mas já era um avanço, porque nos primeiros meses do casamento, não eram capazes nem de dividir a mesma mesa no café da manhã – o que terminou em uma acalorada troca de comida… que acabaram esfregando um na cara do outro. 
♡ㆍEnvergonhada, pediu desculpas apenas aos empregados que acabaram limpando a bagunça que deixaram na mesa da sala de jantar, enquanto ainda estava coberta de suco de laranja. Pelo menos, saiu tranquila por saber que tinha deixado seu marido muito pior após esfregar uma bandeja de ovos poche em seu precioso cabelo. 
♡ㆍAgora, pelo menos, conseguiam brigar com menos impulsividade – também ajudava que, durante as refeições, permaneciam quietos. Terminavam as discussões com um "humpf" ou deixando o outro falando sozinho, saindo batendo o pé por não suportar dividir o mesmo ambiente. 
♡ㆍRaramente tinham momentos em que se sentiam em paz com a presença do outro, mas estes geralmente aconteciam quando faziam visitações em conjunto às casas do condado. No início, sabiam que era necessário manter as aparências e fingir que estava tudo sempre florido no relacionamento de vocês. Por isso, mantinham sorrisos e disfarçavam a vontade de se esganar. Pensavam no bem-estar e na segurança da administração.
♡ㆍMas era difícil não deixar se encantar pelo charme natural que George emanava sempre que conversava com algum dos habitantes. Por mais irritante e mesquinho que fosse a portas fechadas, ele sabia exatamente o que fazer para conquistar as pessoas ao seu redor. Doía admitir, mas sempre o achava mais atraente quando se fazia de bom moço, tão educado e simpático com todos que o buscavam.
♡ㆍTornava-se ainda mais complicado quando o via interagir com alguma criança do vilarejo. Elas sempre eram privilegiadas por George, e pareciam nutrir uma admiração pelo conde que você jamais pensou existir. 
♡ㆍConforme o tempo passou e as visitas se tornaram mais frequentes, você passou a perceber que tudo aquilo não era apenas charme, ou uma máscara que seu marido colocava para encantar os súditos. Era ele. Apenas ele. E a verdadeira fachada era aquela que ele apresentava para a sociedade. Uma reviravolta surpreendente… mas extremamente agradável. 
♡ㆍ"Eles parecem gostar de você," George te disse, um dia. Era a primeira vez em que falava diretamente com você há dias, depois de mais uma briga. O peso de seus olhos azuis pesava contra sua face enquanto ele parecia te analisar, tentar discernir se você era boa o suficiente para receber aquela atenção. Um acesso de ciúmes, foi o que você pensou. "Isso é bom". 
♡ㆍFoi a primeira vez em que mostrou algum tipo de reação positiva a algo que você fazia. Seu peito se encheu de um novo senso de vaidade, sentiu-se feliz por receber um elogio do rapaz, geralmente tão crítico. Mas, tão rápido quanto se instalou, também foi embora. Você não precisava da aprovação de George para nada, tentou se convencer. Mas era tão bom…
"Eles gostam de você, também," observa, porque não sabia o que responder. 
"Eu tento," responde, e por mais que suas palavras tenham soado um tanto ríspidas, você se surpreende ao notar um certo tom de humildade nelas, algo parecido com uma vulnerabilidade que era nova entre vocês. 
♡ㆍSe encararam, um tanto desconfiados. Essa situação era nova e vocês não tinham ideia de como navegar por ela. Deveriam continuar conversando? Fingir que isso não havia acontecido e levantar um motivo para uma nova intriga? As perguntas rondaram sua mente até o momento em que George assente levemente para você, mas os orbes azuis brilhavam com reconhecimento. Você não pode evitar e retribui o gesto.
♡ㆍ"Deveríamos jantar juntos," ele diz, de repente. "Uma das senhoras foi gentil o suficiente em fazer um guisado. Acredito que não o comeria inteiro". E com isso, te fez uma curta cortesia com a cabeça e voltou a andar pelo vilarejo, te deixando para trás, atônita.
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prettynerd01 · 22 days
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Seja inteligente por si mesma!
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🖋️ ₊⠀·⠀𓈒⠀⁺ +⠀꙳ 🎀
Oii Girl's! Como seis tão?
Hoje eu trouxe um tópico que gosto muito de dialogar e tenho certeza que vocês vão adorar.
Seja inteligente por si mesma! Não seja inteligente para a escola, não seja inteligente para as provas, não seja inteligente para seu namorado, não seja inteligente para sua família, não seja inteligente para pessoas que não estão fazendo nada na vida, não seja inteligente para aqueles que só te põem para baixo, não seja inteligente para os seus amigos, não seja inteligente para os outros ou para provar o seu raciocínio.
Seja inteligente para você mesma se orgulhar do seu eu interior, seja inteligente para você ir a um lugar turístico e saber a história por trás dele, seja inteligente para você conseguir conversar qualquer tipo de assunto, seja inteligente para você viajar para outro país e fingir que é outra pessoa enquanto fala outro idioma, seja inteligente para você poder falar que já leu todos os livros do seu autor predileto, seja inteligente para você poder gabaritar de primeira as provas sobre o assunto que você estudou, seja inteligente para ter o conhecimento de como sair de qualquer situação, seja inteligente para amar a vida e viver melhor a cada dia, seja inteligente para colecionar experiências que lhe trarão enorme alegria no futuro, seja inteligente para voar alto independente de onde você queira voar.
Trago aqui uma reflexão, você está sendo inteligente por si mesma ou está sendo escrava de um sistema que lhe faz engolir informações inúteis todos os dias para que você as use nas mais impossiveis situações?
Uma coisa que aprendi com a vida é que não adianta aprender sobre coisas que não nos tornam inteligentes para nós mesmos, para mim ao menos, inteligencia vai muito além de fazer cálculos de cabeça e escrever uma boa redação, inteligencia é a riqueza do intelecto, cultivado e cuidado dia após dia com as maiores variedades imagináveis de todo tipo de conhecimento.
Meninas estudem, estudem muito, mas não estudem apenas para a escola, para passar em provas, estudem para ir a qualquer lugar que vocês queiram, estudem tudo, os mais diversos tipos de assuntos mas principalmente os que lhe levarão à ser quem vocês são. Por exemplo, você quer ir fazer faculdade fora do país, no exterior o que mais é levado em conta é a personalidade e as habilidades do indivíduo, então naturalmente, se você for uma pessoa interessada em muitos assuntos, com extracurriculares, com vontade de conhecer e aprender coisas novas você será interessante, claro que o conhecimento básico escolar conta, mas ele é o de menos nesse quesito, agora uma pessoa que nunca fez nada, não lê, não exercita seu corpo, não tem nenhum hobby, não faz nenhum extracurricular, não tem vontade de sair da zona de conforto, não vai ser tão bem avaliada para estar naquela instituição visto que eles procuram personalidades, não um corpo ambulânte que não vive e apenas estimula uma parte do cérebro.
Espero que compreendam que o que eu quero dizer é, se você não for interessante para aquela instituições você tem menas chances de ser aceita, você não está sendo inteligente em não estimular essas outras áreas da sua vida , que são "essenciais" para ir estudar no exterior, para voar até esse desejo. Obviamente eu usei palavras radicais, usei um exemplo raso e isso não se aplica a todas as metodologias de ensino, aqui no Brasil mesmo por exemplo é totalmente diferente.
Ficou claro? Procure ser inteligente por você, naquilo que vai lhe fazer ir longe e principalmente lhe fazer bem, lhe fazer feliz, lhe fazer saudável. Tenha hobbys, dos mais diversos, aprenda instrumentos, faça cursos em áreas que você gosta, leia, estude, aprenda um idioma novo, pratique sua linguagem corporal e etc.
Seja inteligente para ser feliz, ter boas lembranças e conseguir o que quer.
Seja inteligente por você e para você.
Se você não for inteligente para você viverá em razão da inteligência exigida dos outros e nunca encontrará o real prazer de ser inteligente por si mesma.
🎀𝆬⃝𝆬⃝♡ 𝆹 〫· ꒱
Demorei para trazer um novo POST mas finalmente deu certo, espero muito que entendam o meu ponto de visa, fazia bastante tempo que eu queria compartilhar isso com vocês só que não tinha coragem para escrever e tornar isso público, enfim trouxe.
Um super beijo da Kitty para minhas gatinhas que praticam a lei da suposição e para as gatinhas que precisam conhecê-la 💋💋
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tionitro · 1 year
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Elementos Básicos de Criação de Histórias | NITRODICAS PARA ESCRITORES PODCAST #001 | #escrita
Primeiro Episódio do Podcast NitroDicas para Escritores no ar! Há algum tempo, eu sonhava em lançar este podcast como uma evolução dos meus vídeos de dicas para escritores e das mais de 60 aulas sobre escrita criativa, roteiro e outros assuntos no meu canal Newton Nitro no YouTube Minha experiência em trabalhos profissionais para editoras e no Estúdio Ghost Jack me fez perceber a importância de…
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hansolsticio · 6 months
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ᝰ.ᐟ xu minghao — "esperar".
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— melhor amigo ! minghao × leitora — gênero: fluff + sugestivo (& um tiquinho de angst). — conteúdo/avisos: best friends to lovers (?), a leitora foi corna (alô, kim mingyu, tá podendo falar?), consumo de bebida alcoólica, o hao é intenso (escorpiano), alternância de pov (majoritariamente pov do hao), pegação ♡. — word count: 3271. — nota da autora: escrever homem emocionalmente inteligente parece até um crime.
Mesmo com tantos anos de amizade, Minghao ainda se impressionava com o quão facilmente ele conseguia te ler, por vezes percebia coisas sobre você que nem você mesma era capaz de notar. Quando se tratava das suas vontades, Hao te enxergava como um livro aberto. Havia se tornado involuntário antecipar seus próximos passos, sabia de tudo: o que você queria pedir no delivery, se estava com vontade de sair (ou não), se estava de mau humor, se precisava dos conselhos dele, se já não gostava de alguém que acabara de conhecer, enfim, absolutamente qualquer coisa. A época na qual você se irritava com o fato de parecer tão previsível aos olhos de Minghao era passado — mesmo que ainda discutissem aqui e ali sempre que ele insistia em predizer coisas que estavam na ponta da sua língua —, hoje em dia você só aceita e até gosta, já que não precisa explicar tudo o tempo todo.
Toda essa percepção extraordinária, pelo menos quando se tratava de você, não veio "de graça" para Minghao. Desde o início, ele sempre soube que havia algo maior por trás. Mas, mesmo assim, demorou muito até admitir para si mesmo que estava completamente apaixonado. A negação só perdurou por tanto tempo, uma vez que Hao sabia que você ainda estava longe de sentir o mesmo — te conhecer tanto assim tinha seus males. Ora, mas se ele sabia tudo sobre você, bastava manipular a situação o suficiente até que você também se apaixonasse, certo? Errado. Minghao abominava sequer especular sobre algo assim, estava determinado: se algum dia você fosse retribuir, seria pelo que ele era, não pelo que finge ser. Ele iria esperar.
E esperar trazia consigo consequências meio dolorosas. Minghao assistiu a, praticamente, todas as suas experiências amorosas desde a adolescência. E, desde que tinha tomado consciência dos próprios sentimentos, assistir deixou de ser só assistir. Sentia a própria mente pesar a cada vacilo que seus "pretendentes" cometiam; não por ser seu amigo e querer te ver feliz — bom, isso também —, mas sim porque sabia que podia fazer muito melhor. A dor de te ver toda chorosa quando nenhum garoto te chamou para dançar na festinha na escola, não era nada diante da dor de ter que te consolar quando Mingyu quebrou seu coração uns cinco meses atrás. Você ainda se recuperava da 'pancada' e Minghao jurava que nunca seria capaz de esquecer a raiva que sentiu ao descobrir a traição do Kim.
Depois do acontecido você havia ficado mais grudenta do que nunca — não que Hao se importasse. Ele realmente levava esse lance de "esperar" pro coração, mas não era de ferro, se sentia nas nuvens toda vez que você ligava toda carente para dizer que precisava dele. O homem não via nada de muito excepcional nisso, sabia que o rompimento com Mingyu tinha te deixado fragilizada e, se ele sempre esteve contigo em qualquer situação, não seria agora que ele iria te deixar sozinha. Em todas vezes, ia de prontidão para o seu apartamento, seja para comer besteira vendo um filme bobo ou para conversar enquanto ele desenhava. Mas algo mudou.
E mudanças traziam consigo pensamentos intrusivos. Você havia ligado novamente, a escolha de palavras esquisitas e a pronúncia meio embolada deixavam claro para Minghao que você havia bebido. Foi para o seu apartamento com um pouco mais de pressa, sabia que você ficava meio desastrada sob o efeito do álcool. Cuidou de ti como sempre cuidava nessas ocasiões, esperaria você cair no sono para finalmente ir embora.
A primeira irregularidade daquela noite aconteceu quando você pediu para o homem deitar contigo — coisa que você nunca havia feito antes — e, mesmo receoso, Minghao obedeceu. Quem sabe assim você dormiria mais rápido. Mas tudo se tornou um borrão assim que, agarradinha nele, você quase implorou pro homem te beijar. Hao achava que seu coração ia sair pela boca, tentava se afastar argumentando que aquilo era errado e que você estava bêbada demais. O coração vacilou assim que te viu quase chorando com a rejeição, mas ele fez o máximo para te confortar e, com muito jeitinho, te colocar para dormir.
[...]
Minghao se aproximou com cautela no dia seguinte, acreditava ser o único com discernimento suficiente para lembrar da noite passada. Se ele não agisse estranho, você também não agiria. Simples assim. A questão é: Minghao jurava que estava se comportando normalmente, então por que você estava esquisita? Tinha medo de perguntar. Reconheceu de longe o sorriso forçado que você só sabia dar quando estava desconfortável, estranhou a recusa em ficar perto dele e, principalmente, achou muito suspeito o quão quieta você estava — visto que você não sabia calar a boca quando ele estava perto. Será que você lembrava? Não. Não era possível. Hao já tinha virado um expert em cuidar de você bêbada, sabia muito bem que você nunca lembrava de nada no dia seguinte — até mesmo te repreendia uma vez ou outra, pois você fazia besteira e sequer se recordava. Você não lembrava, Minghao estava convicto.
O homem só veio descobrir a fonte do seu comportamento mais tarde naquele dia. Era óbvio, como que ele não adivinhou antes? Mingyu. Hao precisou segurar o fervor dentro das veias quando te ouviu dissertar sobre como foi a experiência de dar de cara com o Kim aos beijos com alguma mulher aleatória — logo você, que amava pagar de superada. Suas amigas até tentaram mediar a situação, mas nenhuma conseguiu te convencer a não encher a cara.
Você já esperava a bronca de Hao. Sabia que ele iria te repreender por ser inconsequente, por ficar naquele estado sozinha em casa e, especialmente, por deixar Mingyu ser a razão de tudo aquilo. A bronca não veio, mesmo o homem estava incrédulo com a própria falta de atitude. Queria muito ficar "bravo" com as suas ações, mas saber que o Kim ainda mexia com você fazia Minghao perder as forças. Poxa, ele jura que está tentando ser paciente. Às vezes cogitava te contar tudo, porém detestaria te colocar contra a parede. E você estava tão perto ultimamente, tão mais apegada a ele, que Hao até considerou que começava a ter chance com você. Mas aparentemente esse não era o caso.
Observar a expressão de desapontamento no rosto do homem era muito mais dolorido que ouvir ele reprovar suas ações. Doía, porque, seja lá o que Hao pensou, ele se recusava a falar. Será que você tinha vacilado tanto assim? Sentiu os olhos arderem. Minghao era seu porto seguro, não importa o que acontecesse você sabia que podia sempre voltar para o abraço do seu Hao. Então por que ele se recusava a abrir os braços para você agora? Temia questionar. Não conseguiu segurar as lágrimas, nunca teve medo de ficar vulnerável na frente dele. Da mesma forma, Minghao nunca te deixou desamparada em situações assim. Te envolveu nos próprios braços, ignorando o peso que sentia no coração.
𐙚 ————————— . ♡
A situação anterior caiu no esquecimento, bom, pelo menos para você. Minghao ainda se martirizava todos os dias sobre o quão estúpido era insistir nessa história. Queria ser só seu melhor amigo, assim como foi durante todos esses anos, mas o desejo excruciante de ser seu nublava os pensamentos mais do que nunca. Você estava piorando tudo. De onde vinha tudo aquilo? Parece que deliberadamente escolheu brincar com o homem. Você sempre foi carinhosa, claro, sempre foi. Mas Hao achava que iria enlouquecer se você insistisse em abraçá-lo por mais um segundo sequer. Sentir seu rostinho enfiado na curva do pescoço dele estava fazendo o cérebro do homem derreter. Será que ele estava exagerando? Não. Não tinha como. Seu toque nunca foi desse jeito. Minghao sentia o corpo esquentar, o carinho gostoso das suas unhas na nuca dele fazia os pelinhos do homem se levantarem.
"Você não quer ir na cozinha fazer algo 'pra comer?", ele sugeriu como quem não quer nada. Precisava muito que você se afastasse ou não sabia o que iria acabar fazendo. Sentiu você afastar o rosto do pescoço dele e suspirou aliviado. Okay, bem melhor, certo? Errado. Abortar missão. Olhar 'pro seu rostinho dengoso é literalmente a pior coisa que poderia ter acontecido com ele nesse momento.
"Quero ficar com você, Hao.", você disse com toda a manha que conseguiu forçar. E isso foi desastroso. Minghao sentiu a própria calça ficar mais apertada. Não, não, não! Isso definitivamente não poderia acontecer. Droga. Quem é doente ao ponto de se excitar com algo assim?! Os olhos desceram involuntariamente para os seus lábios. Poxa, mas só um beijinho não machuca, né...? Não. Não podia acontecer. O homem se levantou abruptamente, te assustando no processo. As palavras saindo atrapalhadas enquanto ele explicava que misteriosamente lembrou que havia descoberto uma nova receita e que você precisava provar. Andou aos tropeços para a cozinha.
𐙚 ————————— . ♡
Minghao suspirou enquanto você entregava o quinto? sexto? bom, talvez oitavo vestido para ele segurar. Ele sabia muito bem que você gostava de provar bastante coisa sempre que vocês saíam para fazer compras, mas hoje ele admitia que você estava inspirada. Já estavam a uns 45 minutos dentro da mesma loja e você parecia não gostar de nada. O homem não te julgava, também gostava de se vestir bem e sabia que escolher essas coisas levava tempo. Te ajudou a organizar as roupas nos cabides assim que você decidiu que era hora de entrar no provador. Estava sentado do lado de fora e tecia um ou dois comentários toda vez que você aparecia para perguntar a opinião dele sobre as peças que testava.
Estranhou quando você o chamou para dentro do provador, sob o argumento de que precisava de ajuda com uma das peças. Minghao sentiu a pressão baixar quando te viu num vestido que ele jurava não ser uma das opções que ele te ajudou a carregar. A peça era sexy e delicada ao mesmo tempo. A parte de cima possuía uma modelagem justa, era praticamente um corset com um decote nada discreto. O cérebro de Minghao só voltou para o solo terrestre quando você estalou os dedos, explicando que precisava de ajuda para ajustar as amarras da parte de trás. Ele se prontificou imediatamente, puxando com delicadeza e certificando-se de que não estava apertado demais. Finalizado o processo, Hao não conseguia evitar, encarava seu corpo descaradamente através do espelho. Droga, ele estava agindo igual um pervertido, não é? O homem queria sumir.
"Gostou, Hao?", você se virou para olhá-lo de frente e Minghao precisou buscar forças no fundo da própria alma para não olhar para baixo. As paredes do provador pareciam diminuir, prestes a engolir vocês dois.
"É... talvez outra cor seria melhor, não acha? Isso. Outra cor. Eu vou lá fora perguntar se tem.", balbuciou a desculpa esfarrapada. Prendia a respiração, parecia temer respirar o mesmo ar que você. Saiu do provador as pressas, nem sabe que direção tomou. Ainda fingia procurar outra opção de cor quando você saiu do provador.
"Quero ir embora.", disse sem olhar para o homem.
"Tem certeza que não quer levar nada? Você tinha gostado tanto daquele primeiro.", viu você negar com a cabeça, já se direcionando a saída da loja.
[...]
"Vai me falar o que rolou?", Minghao perguntou, estacionava o carro na garagem do seu prédio. Você soltou um 'hm?' confuso, como se não soubesse ao que ele se referia. "Na loja. Alguma coisa aconteceu?", esclareceu, com o carro já parado.
"Nada.", você forçou uma falsa convicção.
"Achei que a gente já tinha passado dessa fase. 'Cê sabe muito bem que não consegue mentir 'pra mim.", te viu suspirar exasperada. As mãos já se dirigindo para abrir a porta do carro, mas a trava soou assim que você cogitou sair — tinha que admitir, ele era mais rápido que você. "Nem tenta fugir. Conversa comigo.", você deixou o corpo relaxar no banco, derrotada.
"Você me acha feia?", era patético falar isso em voz alta. Sequer olhou na direção do homem, seria vergonhoso demais.
"Não. Você sabe que não. Mas o que isso tem a ver com a birra que 'cê tá fazendo?", não demonstrou o menor sinal de espantamento com a pergunta. Anos e anos de convivência faziam qualquer assunto parecer trivial.
"Eu não tô fazendo birra.", não precisou olhar para saber que o homem arqueava a sobrancelha para te questionar. "Nem vem. Não é birra. Eu só... só quero entender uma coisa.", observava suas próprias mãos brincando com a barra das suas roupas, estava inquieta.
"Me pergunta então."
"Já perguntei. Mas sua resposta não tá me ajudando."
"É mais fácil se você simplesmente me disser o que tá na sua cabeça. Eu te conheço muito bem, mas não sou telepata.", ele soltou um risinho, tentando deixar a situação mais leve. "Sério. Fala comigo...", você finalmente se virou, apreensiva.
"Você me acha atraente, Hao?"
"Sim. Já falei que te acho linda.", disse como se fosse óbvio.
"Não foi isso que eu perguntei.", negou veementemente com a cabeça. "Perguntei se você me acha atraente. Você me pegaria? Ou ao menos já cogitou me pegar?", okay, agora você foi direta até demais.
"De onde veio isso?", o homem questionou totalmente atordoado.
"Veio do fato de eu estar praticamente me jogando em cima de você faz um bom tempo e continuar sendo ignorada. Veio disso.", estava muito chateada. "Se você não quer, tudo bem. Mas ao menos me rejeita logo, por favor.", Hao não viu outra saída que não fosse a verdade:
"Sim, eu te pegaria.", disse simplista.
"Então por que não faz nada?", a afobação era nítida no seu rosto.
"Eu não vou servir de tapa-buraco pro Mingyu, _____. Não importa o quanto eu te queira.", o desgosto estampava o semblante do homem.
"E que diferença isso faz?", para você, isso era irrelevante. Claramente, você não sabia sobre a profundidade dos sentimentos de Minghao.
"Repete isso em voz alta e observe o quão egoísta você soa.", a resposta veio afiada. "Diferente dele, eu não quero só um lance. Vai muito além disso. Então eu me recuso a te ajudar a provar seja lá o que você está tentado provar.", esse era um dos momentos em que você detestava o fato de Hao conseguir ver através de você.
"E o que eu tô tentando provar, Minghao? Me diz."
"Me diz você. Eu não sei o que é, mas se você tá agindo desse jeito ultimamente, não é por minha causa.", ele deu de ombros. Seu semblante questionador foi o suficiente para Minghao ler um 'agindo como?' nas suas expressões. "Primeiro que essa palhaçada de não se achar atraente só apareceu depois do Mingyu. 'Cê sabe muito bem que eu sempre te achei linda, nunca precisou perguntar. Agora, isso de querer me pegar? Não tô te entendendo de verdade.", tentou ao máximo não soar grosseiro, sabia que você levava as coisas para o coração.
"E se eu realmente quiser? O que tem de errado nisso? Você já disse que também quer. Então por que continua me rejeitando? Se for por medo de estragar a amizade, sinceramente... nós já somos crescidinhos demais pra isso.". Minghao achava que o momento no qual ele finalmente confessaria os próprios sentimentos seria muito mais bonitinho, mas se era para ser enquanto vocês estavam no meio de uma "lavação de roupa suja", então que fosse.
"Pois é por medo de estragar a amizade mesmo, algum problema com isso? Eu quero te pegar. Mas, muito mais que isso, quero que você seja só minha. Deu 'pra entender?", você estava meio chocada. "Qual o motivo da surpresa? Tava na cara que eu te queria esse tempo todo.", agora o homem é quem parecia estar meio irritado.
"Se me quer tanto assim, por que 'cê não me beijou quando eu pedi?"
"Você-"
"Sim, eu lembro. Agora me responde."
"Você tava bêbada, quem 'cê pensa que eu sou pra fazer algo assim? E segundo, já te expliquei, não sou tapa-buraco. Desiste dessa ideia.", o homem penteou os cabelos para trás com impaciência.
"Que insistência com essa história! O que te faz ter tanta convicção de que é pra isso que eu te quero? Eu não posso só te querer?", suspirou mais uma vez.
"Acho que você tem que descobrir a resposta pra essas perguntas primeiro que eu.", ele tombou o rosto para o lado quando percebeu sua frustração. "Eu te amo e sei que você nunca me machucaria de propósito. Mas eu não vou te deixar fazer isso sem pensar direito.", tentou se fazer compreensível.
"Mas eu também te amo, Hao..."
"Eu sei que sim, não estou questionando todos esses anos de amizade." disse como se lesse sua mente. "Só que você não me ama ainda... não do jeito que eu preciso."
"É que eu...", você não se achava capaz de terminar.
"Tá com medo de investir nisso e acabar se decepcionando de novo?", e o Hao telepata ataca novamente. "Eu sei. Mas quando eu digo que te quero mais que tudo eu não tô brincando. Seria até meio esquisito falar sobre o quão obcecado eu sou por você.", o homem deu um sorriso ladino.
Você sentiu seu coração bater diferente com a confissão. Mas ainda era tão difícil acreditar em algo assim, parecia tão distante da sua realidade. Você suspirou ansiosa, voltando a observar seus dedos brincarem com a barra das suas roupas. Minghao soprou meio estressado, como se estivesse prestes a ir contra os próprios valores. Você sentiu dois dedos virando seu rosto de forma abrupta, o corpo retesando assim que os lábios do homem pousaram nos seus. Eventualmente fechou os olhos que haviam se escancarado com a surpresa. Minghao te beijava lentamente, mas sem falhar em transmitir todo o desejo que sentia. O contato quente fazia vocês dois suspirarem em puro frenesi. Hao sorvia seus lábios com necessidade, mal conseguia acreditar que isso finalmente estava acontecendo, o coração prestes a sair pela boca.
"Aqui.", o homem murmurou afobado, te puxando para o colo dele como se a proximidade não fosse satisfatória. Passou a te beijar com mais urgência, os dedos firmes emaranhados no seu cabelo deixavam nítida qual era a sensação de anos e anos de desejo reprimido. Hao se sentia completamente entorpecido, parecia não conseguir ter o suficiente de você — considerava a ideia de viver embaixo da sua pele.
A língua quente dentro da sua boca e os apertos constantes no seu corpo faziam sua mente girar. Mas quando sentiu os lábios dele no seu pescoço você achou que ia desmaiar ali mesmo. Os beijos molhadinhos te deixavam mole, involuntariamente ondulava os quadris em cima do colo do homem. Ele se afastou vagarosamente, apoiou-se no encosto do banco. Observava o modo como seu corpo se movia, os olhos semicerrados e cheios de lascívia.
"Hao-", ele negou com a cabeça, sabia bem o que você ia pedir. "Por favor.", tentou mais uma vez.
"Não.", o homem não conseguia conter o sorriso satisfeito. Seu rosto começava a arder, se lançou na curva do pescoço dele — uma tentativa boba de se esconder. "Olha pra mim.", sentiu uma mão firme te puxando pela nuca. Ele não te deixava escolha, se sentia minúscula sob o olhar intenso. "Escuta: você vai subir 'pro seu apartamento, vai ficar bem bonita 'pra mim e eu vou te levar 'pra jantar. Tudo bem?", você concordou com a cabeça, subitamente dócil. "Com palavras.", ele estimulou.
"Tudo bem, Hao.", você jura que sua voz nunca havia soado tão açucarada.
"Perfeito.", ele te deu um sorriso bonito.
"Mas pra quê?", a pergunta não havia sido clara. "O jantar... pra quê?", explicou.
"Porque quero fazer as coisas do jeito que elas deveriam ter sido feitas desde o início e, além disso, porque vou fazer você se apaixonar por mim."
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interlagosgrl · 7 months
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escreve algo com o agustin pardella plsss!!! c uma brasileira q ele acabou de conhecer de férias no brasil, na praia..
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— aviso: álcool, maconha (viciado em pente viciado em maconha), oral!male, penetração vaginal, sexo desprotegido, linguagem imprópria. (+18)
— word count: 2,9k.
— nota: além da pessoa anônima que deu essa ideia INCRÍVEL, dedico este à @imninahchan!! que vivan los hombres. (p.s: a mulher (eu) disparou em seu período fértil e não consegue PARAR de escrever). aproveitem do sofrimento alheio.
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o gostinho amargo do chá mate que você tinha acabado de comprar de um ambulante dançava na sua boca. talvez fosse pelo fato do calor escaldante queimar sua cabeça e o líquido geladinho te dar um refresco para o dia quente. ou talvez era porque aquele era seu segundo beck e você já estava tão passada que sentia até os dedos formigarem.
aquela praia era a sua praia favorita. distante, quietinha. somente algumas famílias, casais e corredores passavam por ali. você conseguia ouvir o barulho do mar sem nenhuma caixinha de som tocando pagode ou um funk proibidão estragar sua onda. você nadava tranquila, sem medo das suas coisas serem roubadas. você conseguia ler todos os livros que tinha vontade durante uma tarde inteira. e o melhor, podia fumar quantos beck quisesse sem que ninguém sentisse o cheiro e viesse pedir (ou te xingasse por estar fumando em um ambiente público).
seus amigos sempre vinham com você. era sempre a mesma onda, fumar e ficarem deitados jogando conversa fora. vez ou outra ir no mar, jogar uma altinha, beber cerveja até o corpo se tornar uma pedra pesada que não se movia da areia. sempre apenas curtindo o barulho da natureza. totalmente ripongas, como sua irmã costumava a dizer.
seus olhos estavam fechados curtindo os raios quentes de sol quando você ouviu aquela voz pela primeira vez. um português arranhado com muito sotaque espanhol e algumas palavras que se perdiam na tradução. seus olhos se abriram e você retirou os óculos de sol para enxergar melhor. a maconha lerda tinha te derrubado em segundos e seus sentidos estavam todos embaralhados.
junto dos seus amigos que tinham acabado de sair do mar, vinha um homem repleto de tatuagens e um cabelo cheios de cachinhos. conversava animado como se conhecesse vocês há muito tempo. mas, ninguém o conhecia. "achamos um gringo no mar e chamamos ele pra fumar um com a gente." seu amigo explicou para o restante da turma, que concordou indiferente. era sempre muito comum que alguém puxasse um desconhecido para rodinha quando se tratava de maconha.
"qual o seu nome?" você perguntou, oferecendo o beck que estava na sua boca. ele se sentou do seu lado antes de aceitar, as mãos geladas de água do mar causando um choquezinho ao tocarem as suas.
"Agustín." ele sorriu. você se apresentou e ele começou a explicar como tinha vindo para o Brasil. era argentino, completamente maluco, viajante solo. e bolava um beck como ninguém.
tomou do seu mate, justificando que aquilo não chegava nem perto de tomar um verdadeiro mate argentino na cuia. ensinou os seus amigos soprarem a fumaça pelo nariz. explicou cada tatuagem que tinha e fez você explicar as suas também. tinha sido difícil explicar o porquê de você ter o zeca urubu (e quem era o zeca urubu) tatuado na canela, mas ele tinha adorado.
"o mate pode ser melhor na Argentina, mas a cerveja é melhor no Brasil." você disse um pouquinho implicante, servindo o copo dele pela sexta vez.
"as mulheres também, mami." ele brindou, bebendo tudo de uma vez enquanto os olhos esverdeados não se desgrudavam dos seus.
quando o sol se pôs, você já estava tão atraída pelo argentino que não pôde evitar de convidá-lo para seguir você e sua turma até um bar para comerem alguma coisa. ele concordou e vocês andaram pelo calçadão um do lado do outro, discutindo coisas banais como seus livros favoritos, filmes e cantores. era impressionante o quanto ele era vivido. e o quanto era gostoso. o sorrisinho travesso e infantil fazia você querer beijá-lo cada vez mais.
ao pararem em um bar, você jurou apresentá-lo à melhor combinação gastronômica de toda a vida: pastel de camarão e caipirinha de limão. Agustín se apaixonou pela cachaça no primeiro gole. e depois disso a noite tinha voado. vocês tinham dançado pagode abraçadinhos, jogado sinuca juntos contra os seus amigos e quando vocês se encontraram no saguãozinho que levava até os banheiros, ele a puxou pelo braço carinhosamente.
"você vai me dar um besito antes da noite terminar, não é?" ele pediu. os olhos brilhavam enquanto ele te olhava e você não seria louca de negar um pedido como aquele. seus lábios encontraram os dele antes que você formulasse uma frase para respondê-lo.
uma das mãos de Agustín parou na sua cintura, acariciando a pele desnuda por causa do biquíni. a outra permaneceu bem baixa nas suas costas, a puxando para mais perto, se certificando de que não existisse espaço entre vocês. a língua quentinha deslizava pela sua com tanta maestria que você se perguntava como seria em outras partes do seu corpo.
eram três e meia da manhã quando o bar anunciou que ia fechar e os seus amigos deram a noite por encerrada. você decidiu dividir um táxi com Agustín, que também iria para zona sul. depois que seus amigos fizeram você compartilhar a sua localização em tempo real e prometer que daria notícias à cada cinco minutos, você deixou o bar em um carro amarelinho.
"o Rio é muito melhor do que eu pensava." ele disse, escorando a cabeça no encosto do assento, te olhando como um homem apaixonado. os dedos dele procuraram pelo seu, se entrelaçando de um jeitinho gostoso que a fazia flutuar.
"a primeira vez é sempre inesquecível, não é?" você brincou, apoiando seu queixo no ombro dele. alguns beijinhos foram trocados enquanto o motorista escutava menina veneno na rádio local. a mão livre de Pardella sempre segurava a sua nuca com necessidade e delicadeza, como se te beijar fosse levá-lo à loucura.
quando o carro popular estacionou na frente do hotel de Agustín, você sentiu uma pontada de tristeza. durante toda a noite vocês não se lembraram de trocar seus números de telefone ou alguma rede social. você reunia a coragem para perguntar se vocês iriam se ver novamente quando ele respondeu seus pensamentos.
"não quer subir um pouquinho?" ele perguntou, o sotaque se embolando ao tentar pronunciar a palavra no diminutivo. você não conteve o sorriso bêbado de desejo. "te prometo que o café da manhã daqui é incrível."
você olhou para os dedos dele entrelaçados aos seus, os cachinhos embolados e os braços tatuados. se dissesse que não gostaria de subir, estaria mentindo. mas, aquele medo de Agustín ser um maníaco também gritava no fundo da sua cabeça. antes, você criticava qualquer pessoa que conhecesse pessoas em aplicativos de namoro e iam se encontrar com elas sem mesmo conhecê-las. e agora você entendia bem como era louca a vontade de cometer uma loucura.
"a gente vai ficar por aqui mesmo, senhor." você anunciou para o taxista. Agustín abriu um sorriso tão grande que você sentiu que havia feito a escolha certa. entregou uma nota de cem para o motorista, não se preocupando em receber o troco antes de te puxar rapidamente para o saguão do hotel. ele parou somente para pegar a chave, te puxando para o elevador.
no pequeno cômodo, ele beijava o seu pescoço e sentia o cheirinho do seu corpo de pós sol. os braços fortes prendiam o seu corpo num abraço apertado. a pele quentinha fazia você suspirar. o rosto dele estava avermelhado e você achou aquilo adorável. era mágico como vocês tinham se dado tão bem em pouco tempo. sua mente débil se perguntou se era possível que almas gêmeas fossem de países diferentes.
"o que você acha da gente fumar um?" ele sussurrou no seu ouvido, fazendo seu corpo se arrepiar. se ele planejava te deixar lerda de maconha e te comer pelo resto da noite, ele estava completamente certo. com certeza você desejava aquilo mais do que nunca. "enquanto eu te faço uma massagem."
"massagem?" você abriu um sorriso, sonhando para que aquilo envolvesse Agustín tirando a sua roupa. só de imaginar as mãos hábeis correndo pelo seu corpo já fazia o seu biquíni umedecer. "em quais partes do corpo?"
ele riu baixinho, mordendo o lóbulo da sua orelha com delicadeza e prensando o seu corpo ao dele. "em todas." ele murmurou, puxando o seu cabelo para trás para que pudesse dar um beijinho nos seus lábios.
a porta finalmente se abriu e o argentino te guiou pelo corredor até o quarto dele. Agustín pediu que você ficasse à vontade e você não hesitou antes de se deitar na cama. ele colocou uma música baixinha para tocar na televisão e arrancou uma bolsinha da mochila. ele espalhou tudo pela cama e você viu a florzinha de maconha num ziplock.
"vai usar um óleo pra me massagear?" você perguntou, abraçando as suas pernas enquanto o admirava dichavar e jogar todo o conteúdo em uma blunt. você tinha ficado excitada somente ao vê-lo enrolar o cigarro com tanta facilidade e lamber a seda para fechá-lo.
"só se você merecer." ele deu de ombros, acendendo o cigarro e dando alguns tragos antes de passá-lo para você. você estreitou o olhar, tragando profundamente enquanto encarava fixamente as íris esverdeadas.
"eu não estou merecendo?" Agustín fez que não com a cabeça, muito sério. você apoiou os seus joelhos na cama, ficando de quatro. você engatinhou devagarzinho, colocando as mãos nas coxas fartas dele. "então, tenho que fazer por merecer."
Pardella roubou o cigarro dos seus lábios assim que você desceu do colchão. quando você o puxou para a beirada da cama, os olhos dele entregavam que ele sabia muito bem o que você iria fazer. a camiseta que ele usava foi retirada do seu torso em segundos, fazendo você gargalhar. seus dedos foram até a barra da bermuda soltinha de praia que ele usava, a puxando lentamente para baixo. ele ergueu o quadril para facilitar o seu movimento e seus olhos foram agraciados com o membro rijo de Agustín.
você se ajoelhou no chão fofinho do quarto do hotel, os olhos ainda fixos no do argentino a medida que você se colocava naquela posição de submissão. cada vez que ele tragava o cigarro você tremia um pouquinho. seus olhos, então, se ajustaram à visão do pau enrijecido, deixando um pouquinho do pré-gozo escapar da cabecinha saliente.
você segurou as coxas novamente, as tatuagens ali fazendo a sua buceta contrair. tinha como aquele homem ser mais gostoso? porra. sua atenção estava direcionada à dar o máximo de prazer para aquele gringo filho da puta, jurando que ele jamais esqueceria do chá de buceta do Brasil.
suas unhas resvalaram pela derme quentinha, arrancando um suspiro longo do argentino. a mão achou o seu caminho para a base do pau dele, segurando-o com firmeza antes da sua boca se aproximar da ponta, deixando um beijinho ali antes da língua deslizar pela fenda e descer para o freio, demorando-se muito mais tempo ali já que era uma área sensível que arrancava gemidos e suspiros do homem.
quando você finalmente se bastou de torturá-lo, deixou que a sua boca abrigasse toda a extensão de Agustín. ele segurou os cabelos da sua nuca com força, a empurrando mais, mesmo que tudo já estivesse dentro da sua boca. a sensação da cabeça do pau dele batendo contra a sua garganta a fazia respirar profundamente, tentando não se engasgar. toda a reação necessitada e sôfrega do argentino fazia com que todo o seu esforço fosse recompensado.
"la madre que te parió..." o clamor urgente saiu da garganta de Agustín em um tom roufenho, te fazendo gemer baixinho só de ouvi-lo indo à loucura. "você mama como uma putinha."
seus movimentos de vaivém ganharam ajuda da sua mão destra, punhetando o membro lentamente na base. os efeitos do cigarro começavam a atingi-la, sua boca se tornando deliciosamente dormente enquanto você o chupava com tanto afinco.
a mão presa no seu cabelo te manteve quietinha quando ele decidiu que foderia a sua boca autonomamente. o quadril dele se movimentava rapidamente, saindo e voltando de dentro da sua boca com agilidade, fazendo com que barulhos lascivos tomassem conta do quarto, sobressaindo a música calma que vinha dos alto-falantes. seus olhos estavam fixos aos dele, aproveitando da feição de desespero prazeroso e da coloração avermelhada do rosto do argentino.
quando você menos esperava, ele saiu de dentro de você. a expressão revelava que ele precisava demais. você sabia que era um efeito colateral de estar fumando e bebendo o dia inteiro: ele precisaria de muito estímulo para gozar. o que te dava total licença poética para ser o mais cadela possível.
"deita na cama, gostosa." ele te deu a mão para que você voltasse a se deitar, dessa vez de bruços. "você fez por merecer a sua massagem." deixando um tapa forte na sua bunda, Agustín se perdeu no banheiro do quarto por alguns segundos antes de voltar com um recipiente na mão. era um óleo com fragrância de uva que acertou os seus sentidos inebriados como uma onda muito gostosa.
Agustín colocou o beck na sua boca e o acendeu novamente antes de despejar o óleo pelo seu corpo. você tragou enquanto as mãos fortes começaram a massagear os seus ombros, descendo por suas costas e se demorando um pouco mais na sua lombar. parecia que você estava derretendo e as pontas do dedo dele eram uma extensão sua. você já estava num alto grau de desconexão do mundo real.
"você é a mulher mais gostosa que eu já vi." ele murmurou, beijando a tatuagem de onça nas suas costas antes das mãos começarem à massagear a sua bunda, apertando a carne com força, fazendo você gemer. "eu preciso te foder até você pedir pra eu parar."
"pedir pra parar?" você riu, o olhando por cima do ombro. ele estava investido em massagear as suas coxas, subindo e descendo antes de dobrar seus joelhos e massagear os seus pés. "eu não vou pedir pra parar."
"não? vai aguentar tudo?" ele deixou um beijinho nos seus pés antes de virar de frente. Agustín se encaixou no meio das suas coxas, ajoelhando-se. as mãos agora massageavam a sua cintura, subindo aos poucos até os seus seios. ele segurou tudo entre os seus dedos antes de se inclinar e beijar o vão entre eles, dando uma atenção especial para cada mamilo em seguida.
"tudo." você confirmou um pouco bobinha, sorrindo enquanto ele a enchia de beijos e carícias. quando ele se afastou da sua pele em chamas foi para que posicionasse o pau dele na sua buceta, deslizando a cabecinha de um lado para o outro antes de meter bem devagar em você.
ele elevou suas pernas até que o seu calcanhar estivesse apoiado nos ombros dele. e a partir daquele movimento você viu estrelas cada vez que ele investia o quadril contra você. você não sentia nada além da sensação gostosa de estar sendo fodida muito bem. a dor tinha sido completamente apagada do seu espectro de sensações. aquela plantinha tinha deixado seu corpo dormente e sua mente enevoada, fazendo com que todo o seu foco fosse somente na relação carnal.
então, não era surpresa que os gemidos saíam mais altos e frequentes do que o normal. Agustín abraçou suas coxas para ganhar um pouco mais de força nos movimentos, te fodendo num ritmo gostoso que fazia suas pernas estremecerem, mesmo quando estavam erguidas. seu coração batia forte enquanto o seu canal era preenchido por uma quantidade obscena de diâmetro.
"vai me fazer gozar assim, boludo." você gemeu. Agustín pegou a pontinha do beck que restava nas suas mãos e deu mais alguns tragos enquanto metia firme e fundo em você. sua mente explodiu em desejo vendo aquela cena. seus gemidos não foram mais os mesmos depois daquilo. eram mais arrastados, manhosos e o nome dele saía da sua boca como se fosse pornográfico.
"se continuar apertando a sua bucetinha desse jeito, também vai me fazer gozar, linda." ele mordeu a carne da sua panturrilha, arrancando um suspiro seu.
era verdade que por ele ter tanta profundidade naquela posição, seu canal apertava à cada investida profunda. aquilo causava uma sensação gostosa, aumentava o tesão que se embolava no âmago do estômago com a vontade de gozar. era como se algo no centro do seu útero a puxasse, querendo explodir. estava sempre tão perto e ao mesmo tão longe... a mudança de ritmo, a força errada e tudo poderia ser estragado. mas Agustín era tão habilidoso que os seus movimentos eram sempre muito bem executados. ele não poderia estragar o seu orgasmo nem que quisesse.
suas mãos agarravam o travesseiro como forma de escape daquela dor prazerosa de ansiar pelo seu orgasmo. os gemidos dele estavam mais frequentes e a respiração estava pesada. ele sabia que estava durando mais por todo o álcool e pela maconha, porque o jeito que o pau dele era apertado por sua intimidade fazia um arrepio cruzar as costas dele à cada segundo.
ele te fodeu por incansáveis minutos. quando você se deu por si, uma luzinha dourada iluminou o rosto de Agustín, fazendo seus cachinhos brilharem. eram os primeiros raios de luz da manhã. aquela epifania fez você atingir o tão desejado orgasmo, fechando os olhos enquanto aquela onda de prazer tomava todo o seu corpo e a fazia tremer em espasmos descontrolados.
você abriu o olho para testemunhar que você não havia terminado sozinha: Agustín tinha atingido o seu ápice e se derramava na pele bronzeada da sua barriga. os jatos quentinhos do fluído alheio a fizeram se sentir recompensada. era muito bom saber que você tinha feito um argentino gemer seu nome como um pobre coitado. a reparação histórica era real.
"é agora que a gente toma o café da manhã?" você deixou um beijinho nos lábios alheios quando ele escorou a testa dele na sua. "porque eu 'tô numa larica da porra."
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presente pra quem leu tudo <3
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conjugames · 8 months
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João, te esqueço como quem apaga uma conversa antiga, queima velhas cartas ou tira algum livro da estante. Já não faz sentido te ler mais. Não me encontro em nenhuma de nossas linhas, acho até que tal caso tenha se estendido demais. O mau uso da gramática traz a tona esses equívocos de usar virgulas em locais que se deve fazer uso do ponto final. Foram muitos erros e nem me refiro mais aos gramaticais, foi um conto rápido e diria até que bonito. Mas não cativante, e sim daqueles que nos deixa melancólicos e cansados ao fim da leitura. E talvez por isso eu não tenha motivos para me escrever em parágrafos seus, eu prefiro seguir minha própria narrativa.
l.
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cherryblogss · 3 months
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ME DUELE HASTA LOS DIENTES
+18! avisinhos: ciúmes, relacionamento tóxico (pipe tóxico né), recaída, menção de abuso verbal e emocional, angst, dubcon, squirt, overstimulation, fingering, sexo desprotegido (não apenas não 👎), degradação?, sexo oral (f), chorar no ato, size kink, eu me prolongando demais em sentimentos, um pouco de degradação.
notinhas: tpm chegou e com ela o desejo de me m💀, então pra me consolar decidi ser tóxica e escrever sobre meu bicudo favorito🫂 espero que gostem e piedade com a cherryzinha que digita no celular dela caso tenha erros. Título de uma das minhas músicas favoritas da camila🧚‍♀️.
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Sinopse: Você já tinha decidido que nunca mais ia cair nos encantos de Felipe, mas ele encontra um jeito bem persuasivo de te trazer de volta para os braços dele. ☆
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Seu relacionamento com Felipe era um lugar seguro na sua vida. Os momentos com ele te faziam suspirar por ser tudo o que sonhou quando era uma adolescente viciada em livros de romance, você finalmente tinha encontrado seu príncipe encantado. Vocês estavam juntos há um bom tempo e tudo indicava que ficariam por muito mais tempo. Claro, se não fosse as crises de ciúmes extremas do seu namorado.
Felipe era o ciumento da relação, sempre reclamando quando seus amigos homens te abraçavam, quando um homem te seguia no Instagram ou até quando você sorria pra qualquer um. Toda vez que acontecia alguma dessas coisas, já sabia a expressão no rosto dele de cor, os lábios em um biquinho emburrado, cenho franzido e olhos sérios fixos em qualquer ponto menos em você. Apesar de não ser sua culpa, ele acabava descontando em você as frustrações com os sentimentos possessivos, mas ele sempre corria atrás, pedia perdão e dizia que não podia evitar se sentir assim namorando com uma garota tão especial e gostosa. Entretanto, ultimamente ele se tornava cada vez mais agressivo nas acusações. Além disso, vinha acumulando várias mágoas pelo jeito que ele parecia não confiar em você, sempre ferindo seus sentimentos com as inseguranças que sentia.
Admitia que no início achava adorável o jeito que ele era ciumentinho e acabava te fodendo mais forte que nunca. Todavia, no decorrer do relacionamento se tornou desgastante, sendo a gota d'água pra terminar definitivamente quando Pipe pediu para falar em espanhol quando conversasse com seus amigos do Brasil para ele poder entender o que você falava com a outra pessoa.
Claro que você também tinha ciúmes dele, sempre cercado de garotas querendo autógrafos, abraços e tocando ele. entretanto, entendia que não estava no controle de vocês dois as reações que eram consequências da fama. As vezes dava um gelo no Pipe quando uma garota era assanhadinha demais para o lado dele, mas nunca começou a brigar por causa disso.
Nem sempre foi assim. Durante os 3 anos do seu relacionamento vocês eram os maiores confidentes um do outro, compartilhavam tudo e ficavam presos no mundinho criado. Reparou que tudo mudou quando ele voltou de uma série de viagens longas a trabalho e você disse que voltou a falar com um amigo do ensino médio, juntando o cansaço extremo com o tempo longe, foi o suficiente pra mente dele entrar em um espiral de dúvidas.
Pipe sabia que te machucava quando explodia, mas não podia evitar sentir sua distância conforme a carreira dele exigia mais e mais. Sempre que chegava dessas viagens aproveitava quando você dormia pra pegar seu celular, revirando seu histórico de conversas, sua galeria e até via seus aplicativos de corrida procurando qualquer coisa pra alimentar as paranoias da sua cabeça.
Depois que terminou com ele, tudo parecia desandar, seu trabalho e universidade estavam insuportáveis, seus amigos não sabendo como lidar com a separação de vocês, a insônia consumia suas noites, tudo parecia estar errado na sua vida. Tentava não associar isso a ausência dele, mas era impossível quando já se sentia tão derrotada.
Com 1 mês de término notou que várias coisas suas ficaram no apartamento dele, então desbloqueou o contato que costumava ser seu fixado e mandou mensagem pedindo as peças de roupas e acessórios. Quando ele respondeu, suspirou aliviada criando coragem pra fechar esse capítulo da sua vida.
Seu rosto se contorceu ao ver a resposta do argentino, ele jurou que não achou um dos itens, pedindo que você fosse tentar procurar na casa dele. Sabia que podia ser uma armadilha, afinal, evitava falar com Felipe desde que terminaram pra não ceder aos mil pedidos implorando pra voltar.
E tudo isso não adiantou de nada, porque agora mesmo você se encontrava beijando os lábios que jurou nem direcionar o olhar.
Só lembra que virou pra ir embora depois de achar a peça no chão do closet dele, se encaminhando rápido pra porta ao passo que Pipe te seguia pedindo pra ficar um pouco pra conversarem. Você se esforçava pra ignorar as exigências dele caminhando até a porta da casa em silêncio.
Quando colocou a mão na maçaneta pra sair, o maior segurou seu braço te girando pra encarar ele e te pressionou contra a porta. Sentiu uma onda de apreensão e irritação passar pelo seu corpo. Por que ele só não desistia de te perturbar? Aparentemente, nada do que você falou pra ele no dia que terminaram adiantou.
Mas quando ele chegou perto demais do seu rosto, roçando os lábios carnudos nos seus falando baixinho pra você ficar calminha que ele só quer te ver depois de tanto tempo (mesmo que ele vigiasse os locais que você passava todos os dias) . As feições tão próximas das suas te recordavam sobre tudo que te atraiu pra ele, então no momento que ele te beijou, você correspondeu relaxando pela primeira vez em muito tempo. Sentia tantas saudades e o calor do corpo dele misturado ao cheiro do perfume, não ajudavam a criar uma resistência e recitar na sua mente porque aquilo não podia acontecer.
Tentava empurrar ele, que segurou suas mãozinhas prendendo-as acima da sua cabeça com uma só. Voltou a te beijar, apesar de você gemer em protesto, mas com a movimentação da sua boca, ele enfiou a língua pra acariciar a sua. Começou a te beijar do jeito que sabia te deixar mais afetada e fogosa, lento e apertando sua cintura com a mão gigante.
Percebendo que você já não lutava mais contra ele, Felipe baixou as alças da sua regatinha junto, distribuindo beijos pelo seu rosto e seu pescoço até chegar na parte que ele sentia tanta saudade. Abaixou as abas do seu sutiã, fazendo seus peitos ficarem ainda mais estufados. deixou selinhos ao redor dos mamilos eriçados. Soltou gemidos manhosos agarrando o cabelo ondulado, quando ele começou a chupar seus peitos tentando engolir o máximo que conseguia, se afastou para admirar sua pele babada com um sorrisinho no rosto. Empolgado, juntou as mãos à ação dos lábios, massageando a carne farta, beliscando o biquinho até você arfar de dor. Ao perceber que já havia te torturado o suficiente, Felipe te encaminhou até chegarem perto do sofá grande dele.
"Posso beijar sua bucetinha, mor? Você ta tão tensa." Diz te deitando no sofá e já se metendo no meio das suas pernas. Quando você fica tensa ao ver ele retirando suas roupas, pipe beija sua barriguinha tentando te acalmar. "Calma, que eu vou te deixar bem relaxada"
Você adora que a voz dele não era tão grave, parece um carinho nos seus ouvidos e aquecia seu coraçãozinho escutar quando ele ria fininho.
Felipe soltou um grunhido ao ver que sua intimidade já se encontrava molhada somente com as carícias dele.
"Não deu pra ninguém né, amorcito" Disse passando os dedos pelos seus lábios melados de tanto tesão. "Nem um boludo te come do jeito que eu faço"
Escutava os absurdos se segurando pra não revirar os olhos, ele vivia dizendo essas coisas, mas não fazia sentido nenhum quando ele mesmo tirou sua virgindade e você nem sequer conseguia olhar pra outra pessoa.
Com a boca grande conseguia chupar quase toda sua intimidade pra dentro da boca dele, sugava a carne molhinha, beijando seus lábios e clitóris como se fosse a sua boca, primeiro com selhinhos e depois afagando entre as dobrinhas com a língua. Ele te torturava soltando barulhinhos estalados e gemidos roucos, se exibia totalmente sabendo quanto você gostava que ele fosse vocal durante o sexo.
Abrindo com dois dedos sua intimidade começou a chupar avidamente seu clitóris, massageando suavemente com a ponta da língua. Seus gemidos ficavam mais agudos e desesperados conforme o clímax chegava, suas pernas davam espasmos com a estimulação intensa junto com os sentimentos conflitantes pelo argentino.
"Vou gozar, Pipe" Falou ofegante pouco antes da sua buceta se contrair intensamente jorrando líquidos no queixo do seu ex-namorado. Gritando, agarrou um dos seus peitos apertando a carne com vigor, enquanto a outra mão puxava os cachinhos na franja do garoto.
Esperava ele cessar os movimentos, mas Felipe só afastou a boca da sua intimidade pulsante pra aproximar dois dedos, inserindo um pouquinho e tirando, depois metendo mais alguns centímetros e retirando, repetindo esse movimento até estar te fodendo intensamente, socando com as pontas dos dígitos aquele ponto que fazia miados saírem da sua garganta.
"Fala que não me quer por perto, mas a sua bucetinha só falta me engolir, perra" Diz sorrindo ao te observar totalmente submissa a ele sem nem ter enfiado a pica em ti.
A sua bucetinha sensível não aguentava mais tanta estimulação, se contraindo novamente e soltando mais líquidos nos dedos de Felipe, após isso, choramingou, empurrando a mão dele para longe, dizendo que não aguentava mais.
Felipe retira o resto das roupas de vocês dois, em seguida te puxando para os braços dele e te carregando até o quarto que você era extremamente familiar. Te deita sobre a cama, voltando a unir os lábios de vocês em um beijo mais calmo e romântico, massageava os seus lábios com os dele juntamente com a língua, tentando relembrar o seu gostinho.
"Queria te comer de quatro, gatinha, mas vou matar a saudades do seu rostinho" ficou de pé ao lado da cama te puxando pelos tornozelos até a sua virilha colar na dele, logo em seguida colocou suas pernas esticadas ao longo do torso comprido e musculoso, com seus pés descansando nos ombros dele.
"Que saudade dessa bucetinha, amor" com uma mão segurava sua perna, enquanto a outra descia pra punhetar o membro se preparando pra penetrar no seu buraquinho estreito. Ele sabe que deve ir devagar, a diferença de tamanho entre vocês chega a ser alarmante nessas horas.
Pincelando a cabecinha rosa na sua fendinha, ele apertava mais ainda sua coxa, Pipe mordia os lábios observando como seu melzinho estava melando o pau duro. Quando ele enfiou tudo, ambos soltaram gemidos aliviados, você buscava Felipe com suas mãos, logo achando as dele, entrelaçadou os dedos na hora que ele começou a se mexer devagar.
Ele sabia que você não gostava muito quando ia devagar, por isso te torturou, até te escutar implorando para ele te foder mais forte. Agora ele ia te fazer pagar por ter terminado o relacionamento. Felipe segura suas pernas firmemente e impulsiona os quadris com força, acelerando sem piedade da sua bucetinha. Você parecia uma gatinha no cio com os sons altos e manhosos que saiam da sua garganta, até o jeito que se contorcia era extremamente fofo e sexy aos olhos dele.
Sua buceta se contraia mais e mais ao redor do pau grande, que desloca tudo ao redor para te preencher. Quando Felipe se inclinou para perto do seu rosto, pedindo para você abrir a boca e, burrinha de pica, você abre sem nem pestanejar. O argentino solta um filete de saliva nos seus lábios entreabertos, você solta um gemido alto ao sentir o cuspe dele. Testando sua obediência depois da separação, sabendo que você ia esperar ele te mandar engolir, o de olhos azuis brinca com seu desespero, demorando para te responder e rindo baixinho com a forma que o seu rosto ficava mais aflito e corado. Pelo ritmo frenético, os corpos faziam sons altos e estalados cada vez que se chocavam, a sua intimidade encharcada soltava barulhinhos molhadas cada vez que ele metia tudo.
"Pipe, me faz gozar, amor." Diz com a voz ofegante sentindo seu inteiro pulsar intensamente, implorando por alívio.
Passando a remexer seus quadris contra a virilha do mais alto, tentando arrancar o máximo de estimulação. Vocês dois soltavam sons cada vez mais altos e Felipe levou uma das mãos para o seu pontinho sensível, variando os movimentos entre esfregando de um lado para o outro e fazer círculos, suas costas arquearam na hora que sua buceta apertou ele com mais força ainda, quase expulsando o membro comprido e molhando-o ainda mais com o seu orgasmo. Felipe urrou quando o próprio clímax chegou, jorrando o leite quente dentro da sua bucetinha apertada e sujando ainda mais o meio das suas pernas com a quantidade abundante do líquido branco. Recurando o fôlego, Pipe se jogou sobre seu corpo, te abraçando enquanto murmurava vários pedidos de desculpa.
"Yo te amo mucho, gatita"
Sentiu um gota cair na sua bochecha, quando voltou a abrir os olhos viu pequenas lágrimas rolando pelo rosto de Pipe. Não podia evitar consolar ele mesmo sabendo que a maioria da culpa de vocês se encontrarem assim era do argentino.
Colocou a mão na nuca dele colando o rosto dele no seu, acariciando as ondas sedosas enquanto dizia baixinho pra ele se acalmar que ficaria tudo bem.
Os olhos dele te causavam um sentimento agridoce, você ama aqueles olhos, sempre dizia como era encantada pelas orbes azul aquarela, mas não conseguia evitar pensar que eles eram tão cheios de amor em constraste com o jeito que ele te tratava as vezes.
"Promete pra mim que vai buscar ajuda? Eu não vou mais falar com você se acontecer tudo de novo." Agarrou as bochechas branquelas coradas do mais velho, fazendo ele te encarar.
"Eu faço qualquer coisa pra você nunca mais ser infeliz comigo, princesa" Diz se aproximando para te dar um beijo na testa.
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enfim se vcs conhecerem esse louco mandem pra minha casa eu juro que vai ter tratamento aq (mt chá de bct)
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moetrj · 1 month
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𝐀𝐐𝐔𝐄𝐋𝐀 𝐆𝐀𝐑𝐎𝐓𝐀
Para a minha garota que, na verdade, não é minha.
Dizem que só conseguem escrever sobre amor aqueles que verdadeiramente sentem, Então com um lápis na mão, mostro que meu coração não mente.
Para aquela garota que eu já vi rir e chorar, Aquela que já vi cair e levantar. Aquela garota calma, mas que se irrita facilmente, Aquela que escreve como fluxos de riachos; normalmente.
Não posso nem imaginar o que ela já teve que passar sozinha, Queria protege-la de todos os seus tormentos, mesmo não sendo minha. Queria abraça-la e estar do seu lado quando tudo der errado. Mesmo que eu só seja um qualquer ferrado.
Aquela seria a única garota que eu salvaria, Diante toda a melancolia.
Eis aquela garota de cabelos ondulados como leves ondas, Eis aquela com os olhos castanhos que escondem as sombras. Eis aquela garota com sorriso cativante, Eis aquela com a voz fascinante.
Tulipas, livros belos, olhos felinos, Coisas que me lembram você e que me fazem escrever versos lindos. A marca roxa no meu coração, Foi implantada com o afloramento daquela emoção.
Não é uma pessoa revoltada, apenas é obrigada a ouvir o que não merece, Aquela garota que parece sorrir atoa, mas tem problemas que a seguem. Aquela garota nova demais para enfrentar problemas desnecessários, Aquela mesma que nasceu com amor precário.
Aquela garota que se sobrecarrega sem culpa, Aquela mesma que para ter reconhecimento; luta. Aquela que sempre tem seus altos e baixos na vida, Aquela garota que mesmo com tudo, se mantém erguida.
A minha garota que não é minha, Aquela garota que eu sempre admiro, "porquê? Me diga". Aquela garota é minha mais nobre inspiração, Aquela mesma garota que não vive só na minha imaginação.
Ao longe a observo, sabendo que a distância me tortura, Mas a amizade é isso, mesmo que não exista postura. Com ela descobri que é possível não ser amado, mas amar, Aquela garota que me fez perceber a diferença de amar e só gostar.
É estranho, mas para mim está tudo bem, O amor várias formas tem, Não foi uma opção, foi apenas inevitável. E por incrível que pareça, agora isso não é lamentável.
Eu demorei para entender, Mas agora percebi que isso é apenas crescer. Pessoas existem, vem e vão, Mas as lembranças e os sentimentos lá no fundo sempre ficarão.
É estanho e confuso, mas dá para aprender a lidar, Muita coisa na vida é difícil, como amar. Mas nós aprendemos a se contentar. Afinal, se isso não acontecer, o que nos resta é chorar e lamentar.
Mas enfim, sempre será aquela garota que não posso dizer que tinha, Minha garota que não é e nunca será verdadeiramente minha. Meu amor, minha maior dúvida, minha inspiração, Sempre será assim e, realmente, vale a minha dedicação.
Não sei se ela sabe, talvez só não queira se impor, Isso é confuso e torturante, mas incolor. Às vezes é necessário ter essa maturidade. Afinal, depois vai ser tarde.
— Merj.
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