Tumgik
#ent vindo aí:
so-um-brasileiro · 4 months
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Sapo trans...
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Oioi Cah, eu queria fazer um pedido do H baseado na msc I love my boyfriend da cantora Princess Chelsea
(pra contextualizar um pouco a msc, a garota q namora sente uma atração sexual por outro cara, tipo eles tem aquela química do crlh. Ele até chama ela pra fugir c ele e tals, mas ela recusa pq obv ama o namo. Na msc eu n entendi se ela trai o namo ou n, mas se quiser colocar q sim ou n a escolha é sua)
E tipo, vai ser a s/n e Harry namorando, e a s/n sente aquela atração por outra pessoa (vc pode escolher uma celebridade tbm se quiser) entendeu??
Se eu deixasse só o primeiro parágrafo, eu n sei se tu ia entender a msc ou o meu pedido, ent eu expliquei aq né, sla
<3
|My Crush is not My Boyfriend?
Sinopse: Depois de um dia ruim e um pequeno desastre S/n acabou conhecendo o novo baterista da banda de seu namorado, o qual a ela nunca deveria sentir coisas, mas seu coração e mente eram bem mais traiçoeiros do que ela pensava.
Emparelhamento: Namorado Harry x Leitora.
Avisos: Ciúmes, relacionamento instável, angústia.
NotaAutora: Foi divertido e desafiador escrever este espero que goste do resultado.
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Hoje tinha sido um daqueles dias, aqueles que nem gostaria de ter saído da cama, preferiria ter ficado dormindo ao lado do Harry, mas meu trabalho como assistente de um dos melhores estilistas da Gucci, não me permitia esse luxo.Para piorar o dia, eu prometi a Harry que estaria no estúdio esta noite para vê-lo recrutar novos talentos para a banda, infelizmente Mitch e Sarah não poderíamos mais viajar em turnê com Harry por conta de seu filho, era uma decisão difícil e Styles pediu para que eu estivesse lá para ele se sentir um pouco mais confortável com a decisão de escolher outro membro para a banda.
Mas como já comentei, esse não era meu dia. Já se passara uns 40 minutos do horário que Harry havia marcado quando rapidamente eu passei pela porta com uma bandeja de cupcakes de “sinto muito” em mãos. Eu mal disse um oi para o porteiro, só passei reto, estava tão concentrada em meu telefone em uma mão e os cupcakes na outra que não vi uma pessoa vindo em minha direção com pressa e no instante seguinte eu estava no chão.
"Merda!"
Minha blusa preferia estava toda manchada de chantilly
"Você está bem?"
Quando olhei para cima e o homem a minha frente parecia um anjo, será que tinha morrido?
"Ei." A voz rouca dele era sedutora.
Eu vi aquele homem bonito limpando a camisa. Ele era tão lindo, isso era tudo que conseguia pensar porque ele me deixou completamente sem palavras.
"Moça?"
"Sim!" Pisquei algumas vezes. "Eu sinto muito."
Eu estava brava e acabei de se desculpar? O que aquele homem acabou de fazer comigo?
"Tudo bem, eu estava meio apressado." Ele diz sorrindo. "E também não estava olhando para onde estava indo, eu estava muito feliz com a notícia que recebi hoje."
Oh! Aquele sorriso, ele era um dos mais lindos que já tinha visto em toda sua vida.
Quando ele estendeu a mão, levantando-me, seus olhos encontraram os meus por um segundo e jurei que não conseguia respirar, meu coração bateu mais forte, minhas bochechas provavelmente coraram.
"Bem! Bom pra você! Me desculpe mais uma vez." Suspiro, limpando um pouco da sujeira de minha blusa.
"Foi mal aí pelos cupcakes." Ele gentilmente tentou pegar alguns, mas todos estavam tortos ou destruídos.
"Tudo bem, hoje não é meu dia de sorte."
Meu celular apitou, rapidamente vi : eram três mensagens de Harry.
Ele provavelmente estava zangado.
"Ah, estou atrasada" Sorri sem graça. "Eu realmente eu tenho que ir. "
"Tudo bem, eu sou Jack e qual seu nome? Talvez eu possa pagar um café para compensar."
"S/n! Aí está você." Harry apareceu logo atrás dele.
"Eu sou a S/n!" repeti.
"O que aconteceu com você?" Harry pareceu preocupado.
"Um dia longo e desastroso, me perdoe por não ter chegado a tempo amor."
Minha última palavra causou uma reação diferente em Jack, ele pareceu descontente.
"Vejo que já conheceu o novo baterista." Harry se pôs ao meu lado enrolando um dos braços a minha cintura.
"Oh! Jura?! Como foi isso?"
"Eu o ouvi tocar e no instante seguinte eu soube que era ele."
"Conexão instância." O bateria entusiasmado concordou.
"Então te desejo sorte Jack, pois Harry e a banda são os melhores e espero que nas próximas vezes que nos encontrarmos também sejam menos desastrosas." Comentei, fazendo-o rir. "Sobre o café vou deixar para uma próxima."
"Oh! Claro, sem dúvidas, eu não sabia que você era a senhora Styles."
"Só S/n, por favor.” Dei um sorriso, mas senti uma mão forte apertar meus quadris. "É que não somos casados ainda." Olhei para Harry.
"Claro, me desculpe, eu preciso ir, mas foi um prazer conhecê-la, S/n." Ele estendeu sua mão. "E Harry muito obrigado pela oportunidade."
"Prazer é todo meu."
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"Eu sei que isso é loucura e você tem todo o direito de dizer não e se disser eu vou respeitar isso." Harry implorava fazendo um pouco de drama.
"Me explica isso só mais uma vez."
"Jack precisa de um lugar para ficar por uns dias, ele veio lá do Texas só para esse teste e não conseguiu nenhum lugar ainda tão rápido! É só alguns dias eu prometo!"
Droga! Aquele homem que me deixa parecendo uma adolescente com tesão acumulado , passaria dias na minha casa?
Eu poderia recusar?
"Tudo bem." Sorri falsamente. " O que for melhor para você e para a banda."
"Muito obrigada." Ele me encheu de beijinhos.
"Quando ele vem?"
"Amanhã."
"E onde ele está hoje?"
"Um hotel, eu paguei, não pensei que aceitaria tão rápido."
"Não há nada no mundo que eu não faria por você." Dei um sorriso de lado.
Óbvio que não disse à Harry, mas desde que vi Jack pela primeira vez não conseguia tirar ele da cabeça e aceitá-lo para ficar em casa talvez não fosse a escolha certa a se fazer.
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Era plausível a maneira como meu relacionamento com Harry mudou depois da chegada do novo baterista, ele parecia tranquilo e inocente, mas logo pareceu algo a mais, Jack começou lentamente a se aproximar e uma amizade foi rapidamente crescendo, juntamente com uma atração que me deixava de pernas bambas, aquele homem era um flertador nato e eu estava me deixando levar pelos seus truques. Seu corpo tonificado não ajudava em nada a parar de cobiçá-lo.Nada disso mudaria o fato que era com Harry que queria se casar, com quem queria ter filhos e envelhecer. Jack era mais como um passatempo e um grande desejo sexual.
"Bom dia, senhorita." O sorriso encantador de Jack apareceu.
Gotinhas de água pingavam por seu abdômen sarado, a toalha branca enrolada em sua cintura e os cabelos molhados indicavam que havia acabado de tomar banho.
"Bom dia Jack." Minha voz quase falhou quando o vi entrando na cozinha pela manhã.
Ele não tinha roupa? Não tinha medo de que Harry poderia estar em casa e vê-lo assim perto de sua namorada?
"Harry já saiu para correr?" Ele perguntou casualmente.
"Sim."
"Legal." Ele solta uma risadinha.
"Você já malhou?"
"Sim, por isso o banho, ficar só de toalha incomoda você ?"
"Não." Minha voz saiu mais fina do que gostaria "Café?" Ofereço, colocando uma xícara no balcão.
"Sim, Por favor."
"Dois ovos, torrada e bacon?" Lhe entreguei um prato juntamente com a xícara fumegante. "Acho que já decorei o que gosta de café da manhã."
"Uau! Obrigada." Ele sentou-se na bancada mordendo um pedaço generoso de bacon. "Sei que Harry odeia bacon, mas isso é tão bom."
"Realmente é." Me aproximei pegando um pedaço do prato dele.
Harry odiava que pegasse comida de seu prato mas Jack nem pareceu se importar.
Jack mal conseguou respirar logo que sentiu o calor tão perto do si, a minha perna encostou em sua coxa, comigo de pé ele podia ter a bela visão de meus seios cobertos somente pela fina camisa de seda do pijama.
"Pensei que não comesse bacon." Ele gaguejou.
"Há muitas coisas que você não sabe sobre mim." Sussurrei em seu ouvido, afastando-se rapidamente em seguida. "Bem, eu vou indo trabalhar, espero que tenha um bom dia."
"Você também." Ele suspirou fundo observando cada passo meu ao sair da cozinha.
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O dia no trabalho foi cansativo como sempre, eu estava exausta, pensando somente em um banho quente, minha cama e Harry, ele esteve tão distante nesses dias e talvez fosse minha culpa. Com os pensamentos turbilhando, suspirei irritada voltando para casa. Tudo o que eu queria era um tempo com meu namorado para me fazer se sentir melhor.
"Harry?" Chamei-o, logo que empurrei a enorme porta branca, mas foi recebida com silêncio.
Tem sido assim quase diariamente, Harry a deixa sozinha sem nem um aviso de sua ausência.
Arrastando meu corpo para o andar de cima, fui até o quarto em que compartilhamos para tentar encontrá-lo, mas o cômodo estava vazio, cansada demais para procurar em outros lugares, fui ao banheiro, liguei a água do chuveiro para um banho demorado antes de vestir roupas confortáveis. Ao descer as escadas com os cabelos molhados, virando- se para a cozinha, de repente senti um cheiro delicoroso.
Harry estava fazendo o jantar?
Ele estava tentando resolver as coisas?
Oh! Ele era um namorado tão bom e o meu corpo faminto agradeceu por isso.
"Harry." Pronunciei-me feliz ao entrar pela cozinha.
Porém, o homem com um sorriso no rosto chamando minha atenção não era meu namorado.
"Céus! Jack, o que faz aqui?"
"S/N! Que bom que já está em casa!" Ele veio ao meu encontro envolvendo-me em um grande abraço, levantando-me do chão.
"Cadê Harry?" Disse um pouco sem fôlego logo que foi posta no chão.
"Reunião de emergência com Jeff."
"Como assim? Ele nem me avisou."
"Pensei que soubessse."
"Não! Nem uma mensagem recebi." Bufei." Já deveria esperar por isso! Trabalho e dinheiro vem sempre em primeiro lugar na vida dele, eu sempre estou em segundo plano." Confesso frustada.
"Sinto muito." Ele aproximou-se. "Eu realmente não ligo para dinheiro, faço o que faço porque eu gosto, então nunca em minha vida eu colorcaria o dinheiro a cima de você, você seria meu mundo, se fosse minha eu sempre a colocaria em primeiro lugar, você seria minha vida, é o que merece. " Confessa um pouco tímido. "Mas quem sou eu para falar né! Sou o cara morando de favor por alguns dias na sua casa."
"Obrigado, isso foi realmente muito gentil."
"De nada."
"Mas o que você está fazendo aí?" Aproximei-me do balcão.
"Eu estou tentando fazer o jantar para agradecer por deixarem um estranho ficar em sua casa, também sei que você deve estar faminta depois do dia difícil que teve no trabalho." Ele diz baixinho, um leve constrangimento em seu tom. "Eu tentei não me intrometer, mas acabei ouvindo que é uma semana de coleção nova e tem sido difícil."
Eu sorri , as borboletas voltando a voar em meu estômago, mas eu sabia que não podia se apaixonar por esse homem.
Não mesmo.
"Realmente não precisava fazer tudo isso, foi um prazer para nós ajudá-lo."
Nos dois silenciosamente se olhávamos e depois começamos a apreciar a presença um do outro, me ofereci para ajudá-lo, ele gentilmente me alcançou uma faca para cortar vários ingredientes enquanto ele ficava no fogão, eu não podia mentir que juntos nós funcionávamos bem como um par. Nós parecíamos um casal em uma rotina doméstica que sempre sonhava em ter com Harry, mas por conta do trabalho dele eu raramente tinha uma chance. Com o jantar quase pronto, ambos próximos demais para apenas amigos, entregando um ao outro os utensílios para compor a mesa, deixei ele segurar minha cintura enquanto me ajudava a colocar os pratos na mesa somente para dois.
"Não devemos esperar o Harry?" Disse um pouco apreensiva.
"Ele disse que não tinha hora para voltar." Sorrindo, despejou um pouco de vinho tinto em duas taças.
"Tudo bem, vamos comer enquanto ainda está quente."
Sentandos a mesa, frente a frente, Jack e eu olhávamos ansiosamente nos olhos um do outro, a tensão sexual claramente no ar, nossos rostos quentes e mãos trêmulas expondo nossas reações. Nesse momento a minha mente flutuava em todas às coisas que poderia ter com Jack, todas às coisas que nem fiz com ele, todas às coisas que eu nem tentei, tudo o que poderíamos ser se não houvesse nada para impedirmos de cometer uma loucura.
"Você está linda hoje." As mãos grandes pousaram em cima da minha.
"Eu estou de moletom e sem maquiagem." Confessei envergonhada. "Você está sendo gentil."
"Estou falando a verdade, a mulher mais linda que já vi." Seus dedos faziam um pequeno carinho em minha pele.
"Que merda é essa?" A voz rude e alta de Harry ecoou o local.
"Amor." Levantei-me num susto. "Nós estávamos jantando."
"Jantando? Parece que ele estava querendo jantar outra coisa."
"Não! Não é nada disto do que está pensando!" Jack esquivou-se quando Harry se aproximava dele. "Eu nunca faria isso."
"Ele não fez nada, nós não fizemos nada, só estávamos jantando." intrometi colocando a mão no peito do meu namorado. "Eu juro."
"Você acha que eu sou idiota? Eu vi como você está agindo perto da minha mulher."
"Acha mesmo que vou acreditar nisso?" A fúria de Harry me assustou.
"Harry, por favor, podemos conversar? Em outro lugar." Implorei com os olhos cheios de água.
Estava com medo de Harry socar Jack ali mesmo.
"Eu não quero conversar!"
"Por favor."
"Ok" Harry deixou duas sacolas de comida chinesa em cima da mesa.— Aquelas que provavelmente ele trouxe para se desculpar comigo pelo atraso. Indo atrás de mim até nosso quarto. "Me diga logo o que tem para falar." O homem cruzou os braços sentando na beirada da cama.
"Eu sei que você pode não acreditar em mim, mesmo que agora nós não estamos em um momento bom em nosso relacionamento, mas eu nunca te trairia Harry."
"E porque eu deveria acreditar em você? Eu vi, eu cheguei em casa me sentindo culpado por ter que estar em uma reunião de emergência e encontrei vocês dois rindo, ele com as mãos em você, o que eu deveria pensar em S/n?" Ele gritou.
"Foi um grande mal-entendido, eu sei o que parece, mas ele só estava tentando agradecer fazendo aquele jantar para nós, por temos deixado ele ficar aqui, nada mais." Me defendia a todo custo.
"Ele fez o jantar? É claro que ele faria." Ele bufou revirando os olhos. "Tudo para impressionar você e depois te foder."
"Ele nunca encostou em mim, essa não era a intenção dele."
"Mas você queria que sim."
"O quê?" Questionei indignada. "Que merda está falando?"
"Desde dia que ele chegou, você olha para ele diferente, é como você olhava para mim no começo de tudo, eu sabia, mas fui burro demais em não acreditar em minha intuição, eu deveria ter ouvido Jeff."
"Você está falando baboseiras, eu amo você, você é um bom homem, tão gentil comigo, cuida de mim quando eu preciso ou onde quer que eu esteja, é o único com quem eu desejo casar e ter filhos e não há nada no mundo que eu não faria por você, nunca duvide disto!" As lágrimas ardiam nos meus olhos, por mais que me sentisse culpada, tudo que eu dizia era verdade. "Eu sei que não estamos bem, mas isso não quer dizer que eu não te ame, porquê te amo Harry."
"Então você não sente nada por ele?"
"Harry."
"Eu sei quando mente! Olhe nos meus olhos e diga a verdade." Ele levantou-se me confrontando
"Eu…Talvez sinta atração por ele, mas é só isso." Confessei de cabeça baixa.
"Eu sabia.” Harry estava em negação. "Você quer fuder com ele?"
"Não! À atração é algo que não controlo, mas eu não faria nada para magoar você."
"Seja verdadeira pelo menos uma vez, você transaria com ele no segundo que tivesse chance."
"Não fala assim de mim, eu amo você."
"Me ama, mas quer fuder com a porra do meu baterista?"
"Eu não disse isso ok? Me desculpe, mas você tem me deixado tão sozinha, nem tem tempo para mim, quando está em casa mal me olha ou só brigamos, talvez eu só quisesse um pouco de atenção." Bufei frustada com tudo.
"Então a culpa é minha de você querer abrir às permas para ele? E me trai?"
"Eu não fiz isso e não faria isso, quantas vezes eu tenho que falar que não te trai você."
"Mas se eu chegasse minutos mais tarde, eu veria você em baixo dele."
"Não."
"Você é uma mentirosa!" Ele gritou. "Quer saber, eu não suporto mais ouvir isso, vai embora."
"Harry, esta casa também é minha." Gritei de volta. "Eu tenho direito de ficar."
"Não importa, você perdeu esse direito quando quis foder com ele."
"Por favor, não faça isso."
"Acabou S/n, se você não for eu vou."
"Harry."
Eu olhava para ele, minhas bochechas manchadas de lágrimas.
"Eu já tomei minha decisão." Endireitou-se. "Saía." Às palavras frias cortaram meu coração.
Eu estava prantos, virei as costas para ele e fui embora, não sabendo que rumo tomaria agora.
"Ei, você está bem?" Jack me surpreendeu assim que deci as escadas.
"Você ainda está aqui?" Tentei secar algumas lágrimas. "Harry provavelmente não te quer mais na banda."
"Eu não poderia sair sem saber como estava, estava com medo dele sei lá atacar você." Ele aproximou. "E sobre o emprego eu realmente não ligo, só ligo para você."
"Obrigado por ficar, mas Harry nunca encostaria um dedo em mim." Confessei com meu peito doendo. " E você deveria se preocupar com seu emprego porque você não tem para onde ir e nem eu." Voltei a chorar. "Harry terminou comigo."
"Eu sinto muito." Sua voz soou como tristeza, mas sabia que ele no fundo, estava feliz. "Eu sei de um hotel aqui perto, talvez possamos passar a noite."
"Juntos?"
"Não, cada um em seu quarto, mas se você não quiser dormir sozinha, eu posso te fazer companhia."
"Tudo bem, vamos."
Jack e eu deixamos a casa que um dia já foi minha em um veículo preto, janelas escuras escondendo meus olhos inchados de tanto chorar. Ele foi gentil ao abraçar minha cintura no trajeto até o hotel, pagar o uber e depois pagar dois quartos um do lado do outro enquanto estava no banheiro limpando meu rosto .
"Então 402 é o seu." Disse Jack me entregando uma chave.
"Muito obrigado, por tudo mesmo, você tem sido um ótimo amigo." Dei um pequeno sorriso. "Sei que era a última coisa que gostaria de estar fazendo agora."
"Não agradeça, eu faria tudo para vê-la bem e isso foi um pouco por minha culpa, se eu não tivesse segurando sua mão…" Ele disse timidamente se aproximando de mim.
"Não se culpe!" As mãos dele pousaram em minhas bochechas. "Harry e eu já estávamos mal, bem antes desse jantar."
"S/n."
"Sim."
"Sei que essa é a pior hora para te dizer isso, mas eu posso te beijar?" Seus lábios estavam quase colados aos meus.
"Jack, eu não posso." Fechei os olhos forçando-me a negar qualquer desejo. "Eu amo o Harry."
"Tudo bem." Ele estava cabisbaixo. "Saiba que vou estar aqui ok? Quando estiver pronta pra fazer isso."
"Obrigado por ser tão compreensivo."
"Você quer que entre com você?"
"Obrigado Jack, mas eu preciso ficar um pouco sozinha agora."
"Tudo bem, boa noite, S/n." Ele deixou um pequeno beijo no canto de minha boca.
"Boa noite."
Eu não conseguia dormir era impossível quando meu namoro foi por água abaixo e o único culpado era eu.
Eu precisava concertar isso.
Eu estava do lado de fora da casa tão familiar, a chuva caindo escorrendo pelo meu rosto mascarando um pouco as minhas lágrimas.
Eram 3h09 da madruga.
Harry provavelmente não estava acordado.
Eu fiquei lá parada na chuva pelo que pareceu uma eternidade, mas foram apenas uns 20 minutos, antes de finalmente criar coragem para bater na porta.
"Que porra você está fazendo aqui? Acabou, já não deixei claro?" Ele disse pronto para gritar.
Eu nem percebi que estava paralisada o encarando, só estava tentando gravar em minha memória o quão lindo estava em seu pijama clássico e seu cabelo bagunçado pelo sono.—Talvez essa fosse a última vez que o veria.
"S/n?"
"Eu precisava ver você, ouvi-lo dizer que vamos ficar bem, porque tudo agora não parece bem e sei que a culpa é minha." Meus lábios tremiam.
Ele olhou em volta antes me puxar para dentro e fechar a porta.
"Já volto, vou pegar algumas roupas suas secas."
Foi alguns longos minutos de silêncio apenas o som da água pingando em minhas roupas enquanto estava parada na porta.
"Aqui! Vista." Ele entregou um moletom junto com uma calça do mesmo tecido. "Tem um banheiro ali, mas você já sabe."
"Obrigado."
Eu voltei de lá um pouco mais apresentável, meus cabelos presos em um coque encharcado, roupas secas, mas olhos vermelhos inchados denunciavam o quão mal estava tão facilmente.
"Então, por que está aqui?"
"Eu quero lhe dizer a verdade."
"Você me traiu?" Ele gaguejou.
"Não, mas eu quis." Minha voz falhou pelo arrependimento corroendo meu peito. "Se eu dissesse que não seria mentira, mas eu nunca plajeitei isso, eu fui estupida e negligente ao aceitar flertes de outro homem, eu me arrependo eternamente por isso, eu sei que não deveria ter dado corda para algo assim."
Doía demais admitir meu erro, doía mais vê-lo tão magoado, Harry era a última pessoa que Eu gostaria de machucar.
"Eu sei nunca deveria me deixar levar por uma atração, isso não vale a pena,e desejos que nem se comparam pelo amor que eu tenho por você, ainda assim minha mente enganosa me fez pensar que poderia brigar com fogo e não se queimar, porém eu acabei percebendo o erro tarde demais." Continuei meu discurso e minhas lágrimas voltaram a cair. "Harry, você é e sempre será a minha pessoa, se um dia você puder me perdoar e sentir que pode amar de novo, eu vou estar aqui, porquê eu amo você e vou esperar você o tempo que for preciso."
Chegava ser patético o jeito que eu estava implorando, mas ele precisava saber, talvez ele pense e veja que eu realmente estava sendo sincera.
Eu pensei que ele recuaria ou me mandaria embora no segundo seguinte, mas o que ele fez me surpreendeu, sem hesitar os braços fortes me puxaram enquanto eu chorava, o calor dele trazia o conforto. O conforto que precisava
"Eu ainda estou muito bravo com você." Ele sussurrou com o queixo em minha cabeça. "Mas eu sei quando você fala a verdade."
"Me perdoe, tudo o que eu quero é que um dia nós possamos voltar a ser quem nos éramos." Disse baixinho, mas ele ainda pôde ouvir. "Eu farei de tudo para que isso aconteça."
"Me promete?"
"Eu prometo."
Eu sabia que minha jornada de volta ao coração de Harry não seria fácil, ter meu relacionamento de volta seria ardo, mas eu não me importava, por não há nada no mundo que não faria por ele.
Espero que tenha gostado, sinta-se à vontade para dizer o que achou! Minha ask está sempre aberta. 🥰
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reinolirico · 1 month
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ÀS PASSANTES...
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E seguem as passantes… Musas desse poeta também anônimo Que nem sabem que ele existe, Mas que tanto passam ou já passaram pelo meu caminho! Passantes que vêm e que passam… Que não podem ser minhas nem do Dick, do Lúcio ou do Tom! Vindas do nada, e indo em alguma direção… 'Teresas', 'Elisângelas' correndo ou zanzando por aí…! Cruzam o meu caminho, atravessam, 'trombam comigo' e logo desaparecem! Indo para seus trabalhos vindo de suas casas, seus 'casos'… Seguem o coração, aos seus destinos, com suas sinas, histórias e boletos a pagar! Itinerantes, 'retirantes', operantes, bacantes, bacanas, ciganas, rostos, semblantes, visitantes, distantes, 'instantes'! A pé, de salto ou chinelo… Num ônibus seguem sentadas, embarcadas ou 'abarcadas'! Que saem de saia, elegantes na moda ou não, pelas passarelas do trem ou de qualquer 'estação'! Que levam para passear esses vestidos arredios, levados e que se deixam levar por um vento qualquer e pervertido! 'Florais', 'sociais', de calças rasgadas, saias rodadas ou paradas criando raízes, varizes numa dessas filas demoradas! Que deixam seus filhos, maridos ou netos para sem querer(ou não) saírem encantando batendo pernas e 'esvoaçando' por aí! Que passam por mim e eu por elas 'invisível'… Simpáticas, rindo de mim ou para mim, com suas 'caras amarradas', 'soltas', despenteadas, lisas, livres, leves, 'saidinhas de praia' e invadindo o calçadão de Bangu! Pelas praças do povo, da alegria e 'de alimentação'… nos pegue pagues do mundo! São o mundo para alguém… vindas de algum lugar, indo para outro! Em todo lugar 'tem'… Mulheres alheias e tão alheias a um indiscreto olhar! Com seus compromissos, patrões, padrões, parangolés e borogodós De passo firme com seus blusões, shortdolls, meiões três quartos em crochê…! pelos portões, descalças e de camisola exalando prazer! 'Amanhecidas', mal dormidas, belas da tarde, hespérides, noctívagas, sonâmbulas, Vênus matutinas! Pela frente, por trás… Apressadas, atrasadas, gestantes, interessantes, debutantes, insinuantes, recalcadas! Passantes, pagantes, acompanhantes, intolerantes, falantes, acanhadas, andarilhas, ambulantes, perambulantes, maltrapilhas, apaixonantes, estonteantes, protestantes, banhistas, exibicionistas, desportistas e passistas num abre alas! Me dão as costas e vêm em minha direção… Que me ignoram ou pedem informação Passam pela janela, calçada, pela minha vida e diante dos meus olhos! São pessoas, números, transeuntes, 'trans', pedestres, pedantes, vidas, vultos, sombras, formas, 'curvas', entes, gentes, agentes e que apenas passam não sei onde vão!
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lheo74 · 1 year
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Parte 1
julho 5th, 2023
Olá me chamo killian e tenho 19 anos.
Como conheci Fc?
Conheci Fc por uma amiga minha, Isa. Conheci Isa no 1ª ano do Ensino médio, ela sentou do meu lado e aí em diante nós no tornamos amgs. Só q aí veio a pandemia, e tivermos que ficar em casa por conta do vírus da COVID19, com passa do tempo nos ser falava por telefone etc. Com tempo ela começou a namorar com o Fc, eles dois combinavam muitos. Com isso quando eu via eles na rua comprimentava eles sempre q os via, aí acho q isso despertou curiosidade nele em saber quem era eu. Com passa do tempo sempre falava com eles, via na rua, igreja, praça etc. Até que então passei a seguir ele no Instagram, só que ele não me seguiu de volta, mas por me estava tudo bem, comecei a ver ele com mas frequência na rua, Tipo com muita frequência mesmo que até parecia que sabia a hora q ele saía, Por ele ser uma pessoa BONITA e bem conhecido na minha cidade, tinha minhas inseguranças em falar com ele e ser amigo dele, por conta das pessoas dizerem alguma coisa, aí então tinha muita vergonha mesmo de falar com ele.Um Certo dia eu estava em casa deitado, até minha prima querer ir na casa da amiga dela, pq ela ia dormir lá, então fui deixar ela, mas o inesperado aconteceu q até hoje não consigo esquecer. Quando estava quase chegando pra deixar minha prima na casa da amiga dela, vejo o Fc na moto dele, uma Bros, com os amgs dele, os amgs dele estava em outra moto, biz, vejo ele e a encaro olhando no fundo dos olhos dele como ser eu e ele quisesse ser comunicar um com o outro, passei de moto entre eles pelo meu lado certo da rua, pq estava indo e ele estava vindo. Quando dobro a esquina e paro pro carro passa, escuto uma zuada Forte de moto como ser estivesse apressado, até então e ele FC para do meu lado e falar comigo. Fiquei tão nervoso q não lembro oq falei, e oq ele falou, pq a voz dele era bonita, ele e mas bonito pessoalmente, ele tem cabelos loiros grandes caidos nós olhos, olhos azuis, rosto hidratado e bonito, maxilar perfeito e alinhado, lábios vermelhos e lindos, queixo com um cortezinho no meio, sombrancelha perfeita. Esse era o FC.
– Oi leo, tudo bem? Felipe pergunta
– Oi Felipe, tudo bem, e com vc…
– ……… mudo
– Isabela falou de vc pra mim, q vc e uma pessoa engraçada e…
– serio! Aaaa q bom, fico feliz em te ver…
Nesse momento eu idiota falo
– Eeee tenho q ir pq vou deixar ela na casa da amiga dela entes q fique tarde taaa
– Tá bom, tbm tenho q ir. Tchau. Felipe responde
Nesse momento ele pega na minha mão, um aperto de mão como já ser tornamos amigos naquele exato momento, quando deixo minha prima na casa da amiga dela e chego em casa com tanta felicidade e alegria que minhas tias percebem e pergunta, só que aí eu falo que não e nada, cheiro a mão e o perfume dele ficar impregnado em minha mão, passo cada segundo sentindo o cheiro do perfume porque e muito cheiroso. Imediatamente ligo pra minha melhor amiga, contando oq aconteceu a alguns minutos atrás, na maior alegria que nem eu conseguia explicar, mas aí me acalmei e contei tudo, ela ficou muito feliz tbm.Até então apartir daquela noite em que ser conhecemos, ele começou a me seguir de volta, me colou no melhores amigos dele no insta, e eu tbm coloquei ele no meu melhores amigos.
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tapecariaincanto · 1 year
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inws · 4 years
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Nessa semana que acaba hoje completou 1 ano desde que excluí esse mesmo Tumblr, com tudo o que tinha, deitada em uma maca de hospital com morfina na veia depois de tanto pedir que uma dor física me fizesse esquecer a dor emocional que eu vinha sentindo desde que tu me deixou pela penúltima vez.
Naquele dia havia decidido de uma vez por todas acabar com a tua existência dentro de mim. Falando hoje, talvez tivesse sido mais poético ter te relacionado aos dois cálculos renais que me botaram pra ver a vida com olhos mais gentis do que eu andava vendo. Naquela época, por mais irônico que possa parecer, a vida por aqui só tinha cor quando eu te tinha ao meu lado – apesar de termos convencido a nós mesmos de que os dias cinzas eram os nossos favoritos.
Pensando bem, te relacionar àquelas duas pedras de 0,2mm e 0,5mm, respectivamente, teria sido a melhor analogia feita: a dor que me fizeram sentir não eram nada proporcionais ao tamanho (e aqui tamanho, relacionado a ti, é metaforicamente). Mas calma lá que eu juro que o intuito aqui não é ofender ninguém.
De lá pra cá o universo, meu melhor amigo, mexeu os seus pauzinhos e nos colocou frente a frente novamente; e lá estávamos nós, depois daquele fatídico 9 de abril, juntos novamente. E dessa vez, ao que tudo parecia indicar, juntos de verdade. Coitada de mim.
Lá por julho a tua casa passou a ter ares de lar pra mim. Passava mais tempo com a tua família do que com a minha, vivia o teu dia-a-dia, conhecia melhor os teus entes queridos e passei a perceber que de ti gostava muito menos do que deles. Eu só demorei pra perceber.
(...)
Eu não estou aqui pra te dizer nada do que tu não saibas; ou melhor, talvez saiba, mas jamais percebeu.
Aliás, eu não estou aqui pra te dizer absolutamente nada, pois não tenho o mínimo intuito de te fazer chegar até aqui. Se um dia tu chegares, seja bem-vindo. Como sempre foi. Prepara um café preto bem forte sem açúcar e aprende a beber, e eu poderia pedir que em homenagem a mim e a esse momento, mas me limito a adiantar que é pra perceber que até mesmo um café-preto-torra-escura-sem-açúcar-bem-forte vai te parecer doce perto do que tu talvez perceba desse parágrafo pra frente.
Mas volto a dizer: juro que o intuito aqui não é ofender ninguém.
Se tu estás preparado pra ouvir uma das nossas histórias sobre a minha perspectiva, como costumava ser por aqui, dá mais um gole nesse café aí. E sem mais delongas...
 Quando tu me deixaste pela última vez.
A partir daí, nunca mais nada foi sobre ti. Te juro. Até a primeira letra desse texto, te prometo de dedinho que nunca mais foi.
Mas isso aqui é. E vai ser. Vai ser muito mais sobre mim. Vamos lá.
Não foi tão dolorido por aqui quanto pode ter parecido. Talvez tu tenhas percebido que não foi mesmo. Eu estava cansada de não me sentir querida por ti. Estava cansada de tentar te provar que mesmo com os meus erros eu achava que te amava o suficiente pra me reduzir tanto a ponto de, lá naquele 6 de outubro, nem saber direito por onde começar sozinha depois de tanto tempo vivendo meus dias em função de ti.
Estava mais do que tudo, farta de ti – não de nós dois.
Demorei, mas não muito, pra perceber que nós não éramos o problema. O problema por aqui era a tua existência ocupar tanto espaço na minha a ponto de mim, sozinha, não saber o que era meu e o que era teu. E não vou aqui, de maneira alguma, tentar me colocar no teu lugar pra demonstrar que eu sou empática quando finalmente eu consigo falar de mim sem que tua existência interfira na minha.
Em junho de 2018 dêmos um Match que viria a dar início em tudo o que vivemos até meados de 2020. Nunca foi um namoro, mesmo quando tu tentavas fazer com que eu ficasse satisfeita com a falta de denominação – afinal, praticamente morávamos juntos.
Nunca foi um namoro.
Lá em 2018 a Nannie tinha seus 22-quase-23 anos, recém-saída de um relacionamento intenso e dolorido demais. Ele bebeu e me bateu, muito. Mais de uma vez. Dolorido de verdade e não de maneira abstrata. Com faculdade trancada. Desempregada. Recém mudada pra casa da mãe e com um medo absurdo de ter perdido o ritmo da vida que ela sonhava viver. Tudo parecia longe, distante, difícil, e ali em meio a um inverno rigoroso e uma Copa do Mundo que mais uma vez frustrou uma nação, aquele rosto conhecido de tantos anos surgiu e passou a oferecer companhia, atenção e afeto a alguém que vinha se sentindo perdida na própria vida.
Não precisou de muito mais do que isso pra ainda durante as meras trocas de mensagens, antes de qualquer noite juntos, eu já estivesse apegada a ti de uma maneira avassaladora. Nenhuma novidade até aqui.
Entre idas e vindas, meses e anos de sentimentos, vontades, brigas, desentendimentos e muitas inseguranças, a Nannie foi aos poucos se encontrando e botando a vida nos trilhos novamente. Volta pra faculdade, emprego, outra mudança, mudança de estilo (afinal, uma mulher define as fases de sua vida conforme a maneira como ela se enxerga no espelho), mudança de círculo de amizades. Aí se forma, acaba, termina, volta com o Gabriel, e briga, e ama, e termina, e volta. Qualquer uma na minha situação ficaria como eu fiquei com tudo isso: sobrecarregada e perdida. E vivendo no automático, tentando empilhar pratinhos.
Nossa relação era pra ser o porto seguro de nós dois como já havia sido. Doce ilusão.
Eu não sabia mais o que poderia fazer, onde poderia ceder, como poderia mudar mais pra tentar te agradar. Absolutamente cada passo, like, acesso, vontade que eu tinha era atrelada à uma necessidade de estar dentro dos teus critérios para não te aborrecer e isso começou a me destruir.
Em determinado momento eu já não sabia mais se eu gostava mesmo daquelas músicas, daquele jogo ou daquele hábito.
Tudo parecia me incomodar.
Não sabia se aquilo realmente era meu ou se era apenas eu tentando me encaixar dentro das tuas expectativas. Me vi dentro do teu quarto tolerando hábitos que para mim são intoleráveis. Me vi sem saber se fazia sentido eu querer tomar tanto leite mesmo depois de dois cálculos renais. Quando dei por mim, não sabia se aquela era a minha personalidade. Tentei tanto te agradar e estar dentro dos teus moldes que me esqueci, e acho que tu também te esqueceste, que o encanto aconteceu lá em 2018 quando tu me conheceu machucada, mas livre, espontânea e serelepe ao teu lado. Tu tinhas de mim algo que nunca ninguém teve. Minha espontaneidade fiel e sincera. Confortável pra ser meu eu em essência e alma ao teu lado. Eu era poesia para mim, e acho que pra ti também.
Mas isso tinha acabado.
Quando chegamos ao fatídico outubro de 2020, o nosso fim definitivo, poucos dias foram suficientes para que eu percebesse o alívio que era estar sozinha novamente. Ainda levei alguns dias pra, por exemplo, me sentir livre para dar like na foto de um amigo querido, e aí percebi o quão absurdo foi ter me sentido tanto tempo submissa às tuas permissões. Cheguei a pensar, por algumas vezes “e se o Gabriel ver? será que ele vai achar que estou tentando provocar ele?” quando já havíamos terminado e momentos como esse me fizeram perceber o quanto tu amarraste as minhas asas.
Deixei de usar meu apelido carinhoso nas minhas redes sociais quando percebi que, pela primeira vez na vida, tinha passado a me observar e a me sentir como uma mulher adulta. Simbolicamente, tomei a decisão de não mais querer ser associada – e nem a me associar – a Nannie jovem, insegura, ingênua, facilmente manipulável e que não sabia muito bem quem era. Eu sabia muito bem quem eu era. Ou achava saber. Mas com certeza eu estava nesse processo que me trouxe onde estou hoje.
Me recordo de tu teres elogiado a minha decisão quando alterei meu nome em todas as redes sociais e a Nannie passou a ser, definitivamente, a Etiane que nunca deveria ter deixado de ser. Talvez tu não soubesses, mas desde aquele momento eu já sabia que não duraríamos tanto quanto eu gostaria.
Quando outubro chegou após a minha saída abrupta da tua casa, em uma madrugada de domingo, eu sabia que não teríamos solução. Meu emocional queria muito alimentar a dependência emocional que eu havia criado em ti, mas ele também queria que eu fosse feliz. Foi quando a minha razão se encontrou com essa pontinha do meu emocional dentro de mim que a chavinha virou e tu passou a ser uma história do meu passado – daquelas que a gente tem como aprendizado pra nunca mais repetir.
Recentemente “Eu Esqueci Você” caiu no aleatório do Spotify (sim, até meu player de músicas mudou) e me senti levemente representada – não por ela desejando a volta do amado pra mostrar a ele o quanto ela mudou – mas pela suavidade em transmitir o encerramento de um ciclo dolorido tendo como consequência principal um reencontro consigo mesma. O nosso fim me proporcionou isso, e nem pense que vou te agradecer; o mérito é todo meu.
Depois de tantos dias ao teu lado em 2020, o meu dia mais feliz do ano foi o dia em que reuni os meus melhores amigos pra fazermos coisas que adoramos fazer, juntos. Foi quando me dei conta que nós dois nunca fomos juntos em uma cafeteria. Nunca vimos o pôr-do-sol juntos, nem mesmo ficamos à noite juntos na rua vendo o céu. Nunca deitamos na grama a noite com bebidas longe da internet pra ficarmos falando devaneios e contemplando a companhia um do outro. Contigo todos os dias eram extremamente iguais e mesmo a virginiana elevada à quinta potência aqui gosta de um pouquinho de aventura e poesia (e merece).
Foi me percebendo como uma mulher adulta solteira pela primeira vez durante a vida adulta quando terminamos que eu percebi o quanto eu poderia ser – e sou – incrível. Um universo de possibilidades se abriu diante de mim simplesmente porque eu finalmente percebi que sem as tuas imposições e limitações sobre como eu deveria agir, eu poderia fazer o que eu quisesse. Eu poderia finalmente ser quem eu quisesse ser, sem que isso pudesse soar mal pra ti, simplesmente porque a tua opinião deixou de ser fator determinante para que eu tomasse as minhas decisões.
Talvez tu não tenhas percebido o quanto eu brilho hoje. Com certeza tu não vês o quanto eu sorrio sincero hoje sem vergonha de parecer ridícula. Com certeza tu não me vês cantando feliz com meus amigos dentro de um carro aquele rap acústico que muito já me fez lembrar de nós dois. Com certeza tu não percebeste o quanto eu cresci nesses pouco mais de 4 meses que se passaram desde nosso fim e que mais parece outra vida.
Longe de ti eu pude perceber, sozinha, o quanto eu sou interessante. O quanto meu gosto musical não é chato e o quanto ele me faz feliz. Longe de ti eu maratonei tantas séries que tu julgarias ridículas e jamais iria querer assistir ao meu lado, mesmo que fosse me fazer feliz ter a tua companhia. Hoje eu tenho novas séries favoritas que tu sequer fazes ideia de quais são. Eu me diverti tanto assistindo coisas que certamente tu me julgarias e agirias comigo com reprovação que não teria nem como quantificar, e o melhor é que nem sempre foi sozinha.
Longe de ti eu descobri o quanto eu sou querida pelas minhas pessoas e o quanto elas me respeitam e gostam de mim mesmo com todos aqueles defeitos que tu julgavas tanto. Pra muitas delas, aqueles defeitos são virtudes e eu descobri o quanto estar ombreada pelas pessoas certas favorece a nossa felicidade.
Descobri que eu ser tagarela assim ao escrever, desse jeito que tu detestas, é motivo pra que muitas pessoas me admirem e gostem de me procurar quando precisam de um colo e de um conselho. Isso me faz maravilhosa no meu trabalho.
Descobri, longe de ti, que eu não preciso ser perfeita pra ninguém e muito menos que preciso ser igual a alguém pra ser feliz ou desejada. Descobri o jogo que gosto, fiz amizade com uma comunidade inteira sem medo de estar sendo “aberta demais” por estar simplesmente interagindo com as pessoas. E fui aberta o suficiente quando quis chamar a atenção de alguém que me interessou.
Longe de ti eu tive a oportunidade de lembrar como era me relacionar com pessoas que estavam sendo honestas e sinceras comigo; sejam aquelas que estavam afim de um sexo e uma companhia tranquila ou aquelas mais emocionadas que queriam algo mais sério. Fiquei tanto tempo me sentindo insuficiente ao teu lado que havia me esquecido como era simples e leve simplesmente deixar as coisas rolarem entre pessoas dispostas a serem honestas sobre as intenções delas.
Tenho nova rede social favorita, player de música favorito, nova roupa favorita, dezenas de novos amigos. Séries favoritas, série favorita da vida nova. Lugares favoritos. Hábitos novos favoritos, como a academia e a corrida que comecei no exato dia em que tu terminaste comigo. O estudo mais uma vez voltou pra minha vida e só quando eu estava debruçada em livros percebi o quanto é essencial para o meu bem-estar e para a minha evolução me alimentar de conhecimento. Meu café favorito mudou. Meu espaço mudou. Meus critérios mudaram. Tem quem diga que até a minha dicção e o meu olhar mudaram.
Uma vida inteira aconteceu desde que tu se foi daqui. Hoje tu não me conheces mais e eu tenho certeza de que se tu tivesses a oportunidade de chegar aqui pertinho, tu nunca mais irias querer sair. Hoje a palavra que define quem eu sou é certeza e nem mesmo uma paixão avassaladora como a que eu tive por ti me faria entrar novamente em moldes que sempre foram pequenos demais para eu me encaixar.
Eu te via com olhos de quem via poesia em termos sido coleguinhas de escola e nos reencontrado anos depois, tendo nutrido sentimentos que, pelo menos para mim, eram bonitos e poderiam ter nos levado longe. Tu jogaste na minha cara que era mera coincidência e nada demais. Se um dia foi provada a nossa falta de sintonia, foi nesse. Daí em diante, eu nunca mais olhei pra trás. E que sorte a minha: na minha frente haviam pessoas que viam a vida como arte assim como eu.
E assim tem sido e vai permanecer sendo.
Obedecendo às sugestões de pessoas próximas, queridas e que me querem bem, sendo algumas delas pessoas que tu insistias não torcerem pela nossa relação – e unicamente pela sugestão delas – ainda existem meios para que tu me procures.
Se um dia tu encontrares isso aqui e se um dia tu quiseres se valer dessa oportunidade que essas pessoas acham que tu mereces, tu vais saber como.
 Fevereiro de 2021.
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burnbookofkrp · 3 years
Note
Oi! Tudo bem? Espero que sim! Eu vim aqui, dar as caras mesmo, só pra fazer um adendo sobre os polêmicos comentários OOC em turnos da Altalune. Eu sei que isso pode atrapalhar a imersão. Concordo plenamente com isso. Mas tenho alguns pontos para defender a prática, que acho que devem ser levados em conta: 1. Os comentários serviram de estímulo para muitos players continuarem postando seus selfpara (algo incomum em comunidades slice of life). Eu mesmo fui estimulada e senti que outras pessoas +
começaram a publicar mais paras depois disso. 2. Muitas pessoas também se sentiram mais tentadas a ler os turnos, depois que viram o "burburinho" na timeline e isso foi até mesmo dito e repetido várias vezes nos próprios comentários. 3. Eu vi plots que tinham mais a ver com o próprio desenvolvimento do personagem surgirem só por conta dessa leitura mais intensa de paras. Dito isso, eu reconheço que nem todos receberam comentários. Eu mesmo não consegui sentar para ler/comentar todos os turnos porque estou doida com a vida ooc e muitas vezes mal tenho tempo de entrar no meu personagem direito. MAS sei o quanto isso é chato e o quanto ao mesmo tempo que há estimulo, pode desestimular.
Agora falando diretamente para a pessoa que disse que "texto sem sentido sendo elogiado", achei o comentário um tanto que foda, no sentido de que... sei lá. Eu vejo o RPG como uma forma de estimular a escrita criativa/aprendizado das pessoas. Não tem um nível sabe? E se tem, tá todo mundo igual, aprendendo em conjunto. Tá todo mundo na mesma situação, sabe? Enfim, posso estar falando besteira. Só queria realmente reconfortar le anon que acha que escreve mal e dizer que o RPG tá justamente aí pra nós "errarmos" (se é que existe erros tão grotescos assim nesse sentido de uma escrita que é feita como forma de aprendizado/diversão). Queria até pedir para elu não ter medo de postar, nem desenvolver o personagem, pois a graça do RP pra muitos é justamente essa...
Outra coisa sobre os comentários ooc em Altalune que é muito importante falar: 1. Assim que os primeiros comentários demonstrando incomodo sobre isso chegaram, a primeira atitude das mods (que, em minha opinião, foi muito sensata) foi abrir uma enquete [Disponível aqui: tinyurl. com /enquetealtalune] para ver quem se sentia incomodado ou não. A enquete recebeu 78 votos (mais da metade dos players, na época) e 82,1% disse que não se sentia incomodado. Só depois disso, foi que a moderação fez um comunicado e respondeu a ask [Disponível aqui: tinyurl. com /comunicadoaltalune], de uma forma, diga-se de passagem, bem educada e explicando os pontos que foram colocados pelos próprios players em ooc, em anexo à Thread...
Eu tô bem sim, bunny e você? Bebeu sua água hoje? Ufa, peguei aqui minha água para comentar essas asks que você enviou e tem pontos muito interessantes e que concordo contigo, bunny. Só que sentem que lá vem um textão, a Fish não pode responder uma ask grandona sem divagar sobre o assunto.
Os comentários nos selfparas são uma faca de dois gumes, realmente atrapalha a imersão, como você bem disse, entretanto estimula o pessoal a desenvolver mais. Mas tem DM também, sempre li os selfparas e elogiei no privado, isso em um mundo perfeito em que as hashtags funcionavam, mas vou falar mais disso depois. Todos os pontos favoráveis que você levantou são sim válidos, concordo com toda parte que você falou que isso serve de estímulo e dá um gás para escrever cada vez mais e melhor, mas eu penso que ao mesmo tempo você ver um selpara alheio com cinco comentários e você ter apenas um vindo de um amigo, realmente te desestimula.
Eu tenho um sério problema com síndrome do impostor, e o twitter não está entregando todo o conteúdo das hashtags, aparentemente. A Peixolinha aqui se não recebesse likes ou comentários ia ficar pensando: é a plataforma que me odeia ou são as pessoas? Será que os selfparas dos outros são muito melhores ou ele só tem mais amigos do que eu?
Outra coisa é que o twitter parece estar entregando mais conteúdo que tem engajamento, então suponhamos que eu ou você estejamos sozinhas em uma comunidade. A gente posta um selfpara e não tem amigos para dar aquele like maroto e ler o que escrevemos e comentar, se a plataforma tá mesmo selecionando o que aparece, a chance de mais gente ver é pequena.
Já testei recentemente com uma conhecida que tinha dois personagens em uma comunidade e a timeline de ambos era diferente, mesmo com todas as opções de exibição iguais. As fotos e o conteúdo mudava de um pra outro, não sei se só a gente que notou isso.
Fora essa divagação sobre o twitter, realmente existem gostos quanto à escrita. Tem quem não goste de primeira pessoa, que prefira o lirismo e outros que não ligam para nada muito técnico e gostam de tudo. Eu, Paixola, sou técnica no que diz respeito ao que eu entendo. Se alguém escreve um absurdo sobre algo que estudei e conheço na prática e que principalmente, você consegue saber depois de uma rápida pesquisa no Google, não tô falando de ler uma tese de doutorado, mas só de dar uma diagonal no assunto, fico tentada a ir lá e fazer a correção, porém... Como que a pessoa vai receber a crítica? Como carteirada? Como hate? Vai aceitar numa boa e pedir ajuda? Sim, quanto mais eu escrevo e erro, mais eu aprendo, porém eu acho que muita gente no krp não está pronto para lidar com crítica, até porque a gente sabe que vai ter gente que critica pelo prazer de falar mal e é quase inerente ao ser humano ser pau no cu quando quer.
Achei legal a moderação perguntar aos players sobre isso, porém eu sempre penso que uma comunidade tem uma rotatividade alta de jogadores. Talvez fosse o caso se repetir a enquete quando muitas reclamações comecem a chegar. Porque o que eu soube da Altalune, tanto aqui no talker quanto relatos de conhecidos, é que existem várias panelas, e isso não é exclusivo da Altalune, eu vou deixar bem claro aqui, panelão tem em todo lugar. O que eu acho que ocorre, é que dentro dessas panelas, os amigos engajam entre si e quem tá meio na moita fica sem nada. Ou que suspeitam ser X player que um no grupo não gosta, ou que teve desentendimento em 2018...
Li o comunicado da moderação e vi que elas sugeriram que quem não se sente confortável com comentários, pode alterar quem pode responder. Só que o problema da questão, pelo que eu entendi, não é o desconforto de quem está sendo comentado, mas sim de quem recebe poucos ou nenhum, por mais que tenha se esforçado para escrever, ido atrás de referências e dado tudo de si.
Essa não é uma questão fácil de resolver, porque divide opiniões igual ketchup na pizza. Mas assim como a Owl, eu acho que existe DM para fazer esses elogios
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tigerwxrrior · 4 years
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in war, victory. 
                                                 in peace, vigilance. 
                                                                                                  in death, sacrifice.
TRIGGER WARNING: sangue; violência física; 
nota ooc: e aí galerinha do mal, estou postando o blocão de texto no blog pra ficar guardado&bonito aqui mas como esses theme chique deixam a letra pitica que ninguém consegue ler nada, recomendo a leitura no google drive.
                                                                                                                                       intro
O súbito entra-e-sai de aprendizes da floresta deixava claro que não era o único atormentado pelo murmúrio constante chamando-o para o meio do mato. Que não era um deles deixava claro que Fa Qi Liang não era um paspalho: uma voz ameaçadora chamando aprendizes para uma floresta que todos sabiam que era assombrada? Antes o visitante indesejado em seus sonhos viesse logo falando “venham aqui para que os matemos um a um, pois será mais fácil do que em grupo”; seria ao menos mais honesto, e honestidade era algo que o chinês valorizava. O fato de que inúmeros aprendizes já tinham se embrenhado entre as árvores e voltado com nada além de lindas histórias sobre suas jornadas de autoconhecimento era prova o suficiente, ao menos para ele, que o chamado era uma farsa arquitetada pelos inimigos de Aether. 
Seria uma mentira dizer que estava completamente desinteressado, óbvio; sua necessidade de meter o nariz aonde não deveria e tentar resolver problemas que não tem nada a ver com ele ficou bastante clara durante os eventos da maldição do sono. Sua carreira de salvador de Aether tinha começado e acabado com o auxílio que prestou à irmã em sua busca por pérolas no lago encantado. Estava decidido a voltar à normalidade tanto quanto podia, frequentar as aulas, cuidar dos seus, e deixar para que Merlin — o velho desaforado que havia basicamente feito um discurso mandando-o embora se estava tão incomodado com alunos desaparecendo sem explicação em eventos escolares — resolvesse as situações. Não tinha investimento emocional algum em nenhum dos alunos desaparecidos, mesmo, e tinha até um desafeto entre eles. Não se colocaria em perigo por isso.
No fundo, uma voz — que não seja confundida com a voz em seus sonhos, veja bem — o flagelava por seu egoísmo. Sua mãe salvou toda uma nação que, se soubesse sua verdadeira identidade, desonraria a ela e sua linhagem por ousar lutar por sua família. Mulan o fez por que era, e sempre foi, uma verdadeira heroína. E se Qi Liang não seguisse seu exemplo, se ele não era um herói, o que seria ele?
Tal como o chamado para a floresta, essa voz também foi sumariamente ignorada em favor de fingir que estava tudo bem.
                                                                                                                23.05
O caminho do salão de festas até o próprio quarto foi ruidoso, os pés atingindo o chão com muito mais força do que necessário. O som dos próprios passos ecoando pelo vazio dos corredores na madrugada só servia para deixá-lo ainda mais irritado — era um adolescente, por acaso, para sair por aí emburrado e pisando duro? —, o suficiente para que as íris tivessem uma coloração alaranjada incandescente, perigosa e inconstante, crepitando como fogo. Por que era assim? Por que não podia simplesmente deixar que a mais nova tivesse um dia bom, em meio à tantos dias ruins? Já era tarde demais para sensatez; já tinha dito o que tinha para dizer, coisas que não poderia simplesmente retirar. Nenhuma mentira, justificava a vozinha presunçosa que tinha na cabeça; a mesma que o impedia de admitir que talvez, apenas talvez, tinha passado dos limites. Ela também o irritava. 
Nem mesmo o conforto de seu quarto era o suficiente para que se acalmasse; era como um fio descascado, faiscando silenciosamente até que alguém encostasse. Não tinha sequer confiança para buscar algum conforto na própria cama, temendo acordar cercado de cinzas e acompanhado de um corpo carbonizado na cama ao lado. Assim, o mármore do chão fazia as vezes de cama, o braço de travesseiro, e os sussurros clamando por aqueles que amava na floresta. Tsc, como se precisasse que a floresta os afastasse de si, quando já estava ele mesmo fazendo isso. A situação toda fazia do sono um objetivo tão impossível quanto um dia de paz naquele castelo amaldiçoado — costumava ser uma forma de falar, antes, mas tornava-se cada vez mais uma hipótese crível —, com a briga com a irmã, vozes ecoando na cabeça como se o crânio fosse um grande salão vazio, os estalos pontuais do chão sob as costas, o calor que emanava de si fazendo com que o piso se expandisse de forma muito mais violenta do que aquilo para que fora projetado. Ah, ele tinha prestado atenção às aulas, afinal. Uma pena que eles não ofereciam um curso para que aprendesse a ser um bom irmão. No presente momento, tinha lá suas dúvidas se realmente estava aprendendo algo em sua grade de heróis. Por dias, ouvira o chamado. Por dias, o ignorou. Mas como podia fazê-lo, depois de tudo que tinha falado à mais nova? Que grande herói era ele, se conseguia ouvir ameaças à seus entes queridos e simplesmente deixar que eles lhe embalassem o sono? Fossem reais ou uma armadilha, estava sendo covarde. Omisso. Tudo o que acusara a mais nova. Implicando que ele, o filho pródigo, tinha moral o suficiente para fazê-lo com a consciência limpa; não era nenhuma dessas coisas. Era? 
Não. Não. Não. 
A repetição em pouco ajudava para que a ideia de fato entrasse na cabeça. Só havia uma maneira de se convencer: tinha que entrar na floresta. Tinha que atender ao chamado. O transmissor fora deixado sobre a cama, e a espada esquecida encostada em algum lugar do quarto. As vestimentas ainda eram as que usara para comemorar o aniversário da irmã — por que isso tinha ido muito bem —, o impulso que o levou à floresta que delimita Aether fazendo qualquer preparação ou cautela parecer pouco importante. O manto da madrugada fazia com que as árvores parecessem cada vez mais ameaçadoras à medida que adentrava mais e mais profundamente entre elas, as copas frondosas o suficiente para impedir que o brilho fraco da lua adentrasse por entre as folhas; o breu parecia pronto para engolir qualquer um estúpido o suficiente para enfrentá-lo, a chama dançando na palma esquerda era a única arma de Qi Liang para fazê-lo. E foi tudo o que precisou para andar e andar e andar e andar. Não tinha rumo ou direção, a iluminação precária fazendo com que não tivesse certeza sequer se estava em linha reta, ainda que não se recordasse de ter feito curva alguma. Já não teria percorrido a distância suficiente para dar de cara com a barreira de Merlin à essa altura? A casa da árvore no alto da figueira-brava que abrigava os anilenos tinha sido ultrapassada há tempos; estaria ele andando em círculos, enganado por todas as árvores que lhe pareciam exatamente iguais entre si? 
O raciocínio foi interrompido por um grito desesperado, o som quase cristalino em meio ao silêncio opressor. Viu-se correndo antes que o cérebro pudesse pensar; apesar de todas as suas reclamações sobre a casa de Branca de Neve — mais especificamente, sobre as pessoas com a qual dividia o azul e dourado —, Fa Qi Liang era dolorosamente ralieno e, portanto, completamente incapaz de ouvir um pedido de socorro sem atendê-lo, danem-se as consequências. 
Um odor pútrido invadia as narinas com cada vez mais intensidade a cada passo que dava na direção do alerta, fazendo o coração bater tão rápido que podia sentir cada batimento reverberando por si. E se estivesse indo apenas de encontro à uma pilha de cadáveres, largados para apodrecer no quintal de Merlin desde a excursão na Ilha dos Prazeres? O pensamento era grotesco o suficiente para fazê-lo sentir mal por todas as vezes que tinha insinuado, em tom jocoso, a morte dos desaparecidos. Até mesmo Ali. Estranhamente, os gritos pareciam estar vindo de encontro a si, e cada vez mais eram acompanhados de um thud pesado, como uma tonelada de pedras estivesse atingindo o chão em intervalos ritmados. 
Passos. 
O cheiro de carne podre foi o suficiente para fazer sentir o gosto de bile na garganta, e a visão da criatura veio em conjunto com a realização de que tinha caído direitinho em uma armadilha velha como o próprio tempo. O general Li Shang estaria profundamente decepcionado com tamanho amadorismo. Poderia pensar sobre as várias maneiras que estava decepcionando o pai ultimamente depois, no entanto; a questão do monstro horrendo vindo em sua direção lhe parecia, de alguma forma, um pouco mais urgente do que seu martírio. A velocidade era demasiada para que pudesse escapar correndo, e se a trilha de árvores tombadas em seu caminho fosse indicativo, esconder-se entre as copas não faria muito além de causar uma queda feia. Quando os olhos cruzaram com a íris da criatura, Qi Liang, no alto de sua bravura, paralisou.
Não era algo que tinha visto nos bestiários biblioteca do castelo; se lembraria de algo assim. A figura animalesca e selvagem era cercada de moscas, os três metros de bicho cobertos por uma pelagem acastanhada, pés arrendados como um pilão levantando poeira o suficiente a cada passo para que pudesse inferir que seu peso estava nas toneladas. Um único olho brilhava ameaçador, a fraca luz amarela iluminando os primeiros dentes de uma boca vertical com dentes demais para contar que ocupava o espaço onde deveria estar seu torso. De dentro dela podia ouvir, agora de perto, os gritos humanos que o trouxeram em sua direção. O sangue do chinês gelou nas veias; se essa era sua estratégia de caça, suas presas não eram animais. 
Eram humanos.
Sem ter certeza da direção que o levaria de volta ao castelo, Qi Liang não viu opção além de ficar e lutar. Tinha lutado contra os trasgos, afinal, e saído apenas com hematomas; gostaria de pensar que, depois de tal evento, tinha alguma experiência com bestas enormes. Assim, sua primeira ação fora repetir a estratégia que tinha usado no campo de baseball, desviando da investida de seu oponente e virando um chute por detrás do joelho… Sem sucesso algum. Uma dor lancinante subiu pela perna, fazendo o guerreiro perder o equilíbrio enquanto a criatura simplesmente virou-lhe um tapa com as costas da mão enorme, imperturbável em sua postura, enviando Qi Liang para trás uns bons metros de costas no chão, o tecido da camisa em frangalhos com o toque das garras. 
Certo, talvez a comparação com os trasgos não tivesse sido assim tão acertada, mas o possível estiramento do músculo da perna era o que ele merecia por subestimar tamanha ameaça. Já tinha aprendido sua lição: não poderia subjugar aquilo com força física. Os pontos fracos mais óbvios eram as mucosas, alvos convenientemente muito maiores do que seriam em um oponente humano. Não precisou de muito para testar sua teoria; mal tinha se levantado, o inimigo já estava novamente em seu espaço, movendo-se absurdamente rápido para algo tão grande. Com o punho em chamas, Qi Liang usou o tronco de uma árvore próxima como impulso para lançar-se na direção do monstro, atingindo em cheio o globo ocular enorme que ocupava o topo da besta… Apenas para que ele o pegasse no ar com agilidade surpreendente, ignorando completamente o ataque prévio, apertando-o pelo tronco com as duas mãos enquanto o levava à boca aberta, as fileiras de dentes e mais dentes podendo ser vistas até o ponto em que a garganta tornava-se escuridão, cobrindo quase completamente o interior visível. Era sua chance de atingi-lo boca adentro para testar sua teoria, mas com a velocidade do animal, não sabia se conseguiria fazê-lo antes de perder um membro. Bem, os braços estavam livres, e a alternativa era morrer, então estendeu a esquerda e concentrou toda a sua energia em um único pensamento.
Fogo.
Com a velocidade dos movimentos da criatura, o braço já estava metade dentro de sua a boca quando as chamas escaparam pela palma em uma explosão flamejante, e fechou-se em volta do antebraço como que por reflexo quando foi atingido. Por alguma benevolência divina, o monstro abriu a boca para gritar, dessa vez de dor, por tempo o suficiente para que recolhesse o braço, apenas para que o algoz o jogasse no chão com força, a cabeça atingindo… Algo. Não sabia dizer, mas o zunido agudo nos ouvidos e o gosto ferroso invadindo a boca não poderiam ser bons sinais.
Conseguia sentir pelo corpo as vibrações de cada um dos passos da criatura ao se afastar, o sangue que escorria da boca e pelo rosto gotejando e misturando-se com o que escapava pelos ferimentos no braço rasgado pelos dentes monstruosos, empoçando debaixo de si, a visão embaçando de forma que só conseguia ver figuras brancas em meio da escuridão, cada vez mais próximas… A última coisa que ouviu antes de perder a consciência foi o som molhado do rosto caindo na poça do próprio sangue.
                                                                                                                25.05
…                                                                                                                 26.05
…                                                                                                                  27.05
…                                                                                                                 28.05
Qi Liang acordou com uma tranquilidade preguiçosa, não se dando sequer ao trabalho de abrir os olhos. Dormira um sono sem sonhos e sem vozes pela primeira vez em dias, mas ainda assim, sentia-se absolutamente fatigado, como se estivesse em seu quinto dia seguido sem pregar o olho. Poderia muito bem simplesmente voltar a dormir, pois estava tão confortável… Mas por que estaria confortável, depois de ser absolutamente demolido pela criatura na floresta? Muito a contragosto — pois estava perfeitamente satisfeito onde estava — teve que admitir para si mesmo que tinha algo errado. Moveu os membros com resistência, como se estivesse suspenso em algum tipo de substância gelatinosa. E isso era por que estava; os olhos recém abertos enxergavam apenas silhuetas vagas e embaçadas, os dedos encontrando à frente de si uma membrana translúcida e delicada, e o chinês finalmente percebeu que não se sentia asfixiado, apesar do fato de que não estava respirando. Certo, o que fosse que estivesse acontecendo, era ainda mais errado do que sua admissão anterior.
Bastou usar as mãos para abrir um rasgo na membrana para que caísse para frente, despejado no chão junto com o gel incolor que o cercava por todos os lados. Sentiu uma dor aguda na nuca, um filete de sangue fazendo uma trilha morna pescoço abaixo, e imediatamente se sentiu péssimo. Todas as dores voltaram lancinantes, o mundo girou, e sentiu-se afogado. Seria esse seu karma? O corpo reagiu de imediato, expelindo toda a substância gosmenta que ocupava as vias aéreas e o impedia de respirar, em tamanha quantidade que sentia a garganta e nariz ardendo com o esforço. Estava fraco o suficiente para enxergar tudo preto por um segundo quando levantou a cabeça rápido demais; se já não estivesse sentado, certamente teria caído. Teve que esfregar os olhos com a costa da direita — o braço esquerdo estava em frangalhos e, longe do casulo que parecia estar mantendo o corpo inteiro, sangue já começava a brotar dos ferimentos — para que retomassem o foco, e olhou em volta. Pelo narrador, que tipo de lugar era aquele?
Estava no interior de uma caverna, os caminhos profundos nas paredes rochosas e estalactites acima denunciando que a água havia escavado a pedra por milhares de anos. Era um espaço enorme, vazio de decorações, cheio de seres translúcidos de braços esguios e tentáculos no lugar de pernas. Enfileirados, centenas destes estavam simplesmente lá, inertes, como se estivessem desativados de alguma forma. Na outra extremidade da caverna, podia ver um lago, suas águas emitindo um brilho azulado completamente sobrenatural que banhava toda a cavidade da caverna. “venha até mim”, ouviu diretamente dentro da cabeça, e de alguma forma, soube exatamente o que deveria fazer.
Levantou com cuidado para não escorregar na bagunça gelatinosa sob si, as pernas bambas dando passos vagarosos em direção ao corpo d’água, caindo de joelhos à margem e apoiando-se sobre o direito para olhar para a superfície da água, o brilho azulado muito mais forte em sua fonte fazendo com que os olhos demorassem a se acostumar. O lago parecia infinitamente grande, e impossivelmente profundo — era esse tipo de coisa que se escondia na floresta de Aether? Sob a superfície, pôde ver a aproximação de um ser gigante. Ao menos quinze metros de tentáculos, três olhos, a boca como a de uma lampreia… Deveria ser absolutamente assustador, mas de alguma forma, parecia acolhedor. “bom garoto.” ainda que a voz soasse diretamente dentro da cabeça, o tom era condescendente, como se estivesse parabenizando um cãozinho por sua obediência. Abriu a boca para respondê-lo, mas não tinha voz, ou mesmo energia para uma discussão. Nunca em sua vida inteira tinha se sentido tão esgotado. “é você quem tem chamado os aprendizes até a floresta?” a pergunta veio em pensamento, em sua falta de palavras. O ser parecia satisfeito o suficiente com a solução.
“minha influência não chega até tão longe. está muito distante de casa, qi liang.” a casualidade fez com que Qi Liang sequer se incomodasse com o fato de um monstro abissal da floresta amaldiçoada saber seu nome; a bem da verdade, também sabia o dele: Aboleth. A informação simplesmente apareceu em seu cérebro. “ainda não se recuperou. deveria voltar a descansar.”
“não posso ficar aqui.” 
“por que?”
“por que preciso voltar.” 
“por que precisa, e não por que quer?” a réplica o deixou sem reação. Ora, desde quando alguém se importava com o que Fa Qi Liang queria? Ninguém nunca o perguntou se queria ser um guerreiro, se queria ser um herói, se queria ser o primogênito; simplesmente colocaram-no uma espada na mão e o mundo sobre os ombros. “poderia simplesmente ficar aqui, qi liang. seria uma vida simples.”
“e virar um deles?” indicou com a cabeça as fileiras translúcidas às costas, e o som gutural que ressoou na cabeça do chinês foi reconhecido como uma risada, ainda que pudesse ser considerado ameaçador.
“ora, não se desfaça dos meus preciosos skums. estava quase lá, qi liang. é só voltar para o casulo, e lhe darei o que você tanto quer.”
“e como sabe o que eu quero?”
“estava ligado à mim esse tempo todo.” instintivamente, sabia que se referia ao que quer que fosse que tinha grudado à nuca ao acordar. “conheço sua mente melhor do que você mesmo, e está uma bagunça. deixe-me te ajudar com o que deseja.”
“e o que é que seria isso?” a pergunta era genuína; ele já não fazia mais ideia do que queria para si. Queria ser um herói pela mãe, queria ser honrado para sua família, queria ser uma boa pessoa para os irmãos, queria ser uma rocha por aqueles que amava… Mas o que queria por si?
“paz.” sem que Qili pudesse controlar, sentiu lágrimas escapando pelos olhos pela primeira vez em anos, trilhando um caminho úmido pelo rosto, ainda que a expressão permanecesse a mesma. Ah, isso. Se esse era realmente o desejo de seu coração, era ali que deveria ficar — após Aether, sua vida seria toda espadas, sangue e ordens. Guerra, como a da mãe. Inescapável, traçado desde antes de saber o próprio nome. Seu destino, sobre o qual não teve escolha. “junte-se à nós, qi liang. não precisará mais sofrer. está cansado, e ainda nem saiu debaixo das asas de merlin. a guerra quebrará você.”
Sem responsabilidades, sem fardos, sem expectativas. Apenas ele. A ideia era sedutora tanto quanto assustadora; fugir nunca sequer passou pela cabeça. Era contente com seu fardo, pois não conhecia nada além de carregá-lo. Qi Liang engoliu em seco, apertando os olhos em uma tentativa inútil de parar de chorar pois, por um segundo, queria aceitar. As dores, as cicatrizes, se apenas pudesse viver livre de tudo isso… Sentia-se egoísta, fraco, covarde por sequer pensá-lo. Se ficasse, deixaria os seus para trás para juntarem os cacos. Os irmãos teriam que arcar com as responsabilidades que lhes deixaria de herança, e a escolha seria tirada deles. Era inaceitável. Aquele era seu fardo, querendo ele ou não: era pra isso que tinha nascido. 
E, naquele momento, era o que tinha escolhido para si.
“ah. que decepção.” não deveria surpreendê-lo que um ser que lia seus pensamentos soubesse sua decisão antes que pudesse manifestá-la diretamente para ele. “uma pena. poderíamos ter feito isso do jeito fácil.” havia simplicidade no tom, como se estivesse comentando alguma amenidade pouco importante; atrás de si, Qi Liang pôde ouvir os tentáculos pegajosos dos skum deslizando sobre a pedra em sua direção, e o som lhe causava calafrios. Sentiu os dedos longos e pegajosos de pelo menos quatro mãos agarrarem-lhe os braços e o arrastarem novamente para o fundo da caverna. Não queriam matá-lo, então. Conveniente. Estava fisicamente fraco e emocionalmente esgotado, os olhos ardendo apenas por estarem abertos; precisava de algo, combustível o suficiente para uma última combustão. Buscou forças nos rostos dos pais, de seus amigos mais próximos, mas nada parecia o suficiente para inflamar algo em si. Arrastado pelo chão como uma criança, a cabeça tombou para frente, o queixo tocando a clavícula e ele sequer tinha forças o suficiente para levantar o olhar das calças arruinadas. As mesmas do dia do aniversário da mais nova; lembrava dela pedindo, por favorzinho, não venha de bermuda, gege, eu nunca te pedi nada além de todas as outras coisas que já te pedi. Um sorriso puxou os cantos dos lábios com a memória dos choramingos da caçula, imediatamente substituído por uma careta ao lembrar-se dos termos em que estavam da última vez que se viram.
Meili. 
Precisava se desculpar com a irmã.
O fogo saiu de si por todas as direções, muito menos impressionante do que seria caso Qi Liang não estivesse em um estado deplorável. Ainda assim, a explosão foi o suficiente para afastar os skums de si, e a adrenalina começou a correr pelo sistema. Mesmo que estivesse em petição de miséria, ainda tinha força o suficiente para socar alguns drones gelatinosos — não eram especialmente resistentes, não sendo necessária uma potência excepcional para atravessar a membrana fina de sua pele. Em sua mente, conseguia ouvir Aboleth falando “pare!”. O ignorou uma vez, duas vezes, três vezes, quatro-
“basta!” a exclamação de Aboleth foi acompanhada de uma onda de choque partindo do lago; os skum restantes ficaram inertes, como se alguém os tivesse desligado, e Qi Liang foi jogado para trás com o impacto, batendo a cabeça nas rochas com força, o cérebro embaralhado pela magia do ser aquático antes mesmo de cair no chão. Não estava inconsciente, mas também não totalmente consciente. Arrastou-se até uma parede onde pudesse se apoiar para levantar, sem ter muita certeza do que estava acontecendo no momento — pelo canto dos olhos, poderia ter visto o corpo de Aboleth emergir à superfície por alguns segundos antes que voltasse para as profundezas de seu lago, caso não estivesse com a visão absolutamente embaçada —, mas sabendo que tinha que sair dali. 
A mão direita sempre rente à parede foi o suficiente para levá-lo de volta à superfície, e caiu pra frente assim que a superfície que o apoiava se fez ausente. As copas das árvores eram tão densas quanto antes, mas o sol a pino era capaz de iluminar a floresta de maneira que a luz machucava-lhe os olhos, e a fauna fazia um barulho completamente insuportável. Conhecia esse tipo de sintoma. Uma concussão. Só teve força para se virar, de forma que estava de costas, coberto de gosma de skum, um lábio cortava, uma sobrancelha aberta, o cabelo grudado em uma mistura de gel, sangue seco de seus ferimentos anteriores e sangue fresco que escorria do corte onde sua cabeça tinha atingido a rocha dentro da caverna. E ainda por cima, não sabia aonde estava. Por um momento, os olhos se fecharam. Ele poderia descansar, só um pouquinho… 
Mas aparentemente ninguém o deixaria ter sossego naquele inferno de dia. Sentiu um puxão na orelha, abrindo apenas um olho para ver o que diabos era agora. Uma pixie. Mexeu a direita no ar sem muita vontade, tentando enxotá-la, mas não tinha forças nem pra isso, e a fadinha não parava de puxar qualquer coisa que suas mãozinhas pudessem segurar, fosse seu nariz ou seu cabelo; poderia jurar que ela estava falando alguma coisa, mas não conseguia se concentrar o suficiente para entendê-la. Abriu a boca para xingar a fae, mas ainda não conseguia emitir som algum além de um grunhido patético. Inferno de garganta inútil.
Foi vencido pelo incômodo em poucos minutos, pondo-se sentado com a pior postura que já teve na vida, apenas para ver a pixie tentando puxar um de seus dedos. Queria levá-lo à algum lugar? Não é como se estivesse no meio de algo importante, e talvez a criaturinha pudesse levá-lo mais próximo de Dillamond. Levantou com a destreza de uma velha perneta, cambaleando até a árvore mais próxima para segurar-se em pé. A fadinha foi em frente, como quem indicava o caminho; para Qi Liang, ela se tornou apenas um pontinho de luz com a distância. Arrastou-se, aos tropeços, para outra árvore. 
Foi a caminhada mais longa de sua vida, figurativa — pois caiu pelo menos quatro vezes, vomitou duas e desmaiou uma, a pixie tendo que bater-lhe na cara com uma folha para acordá-lo — e literalmente: já anoitecia quando viu uma figura embaçada, com longos cabelos negros, uma espada na mão e…. Ah, era ela. Tudo ficaria bem.
Assim que sentiu a mínima sensação de segurança, permitiu-se desmaiar pela segunda vez. Sabia que teria alguém para apará-lo dessa vez.
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consciencia-alfa · 4 years
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A saída do labirinto
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A vida era um enorme labirinto. Frio, escuro, e silenciosamente tenebroso. 
Deus me fez nascer no centro e disse: 'Vai, anda, e procure a saída'. 
Saí e caminhei em meio àquela gigante prisão de paredes mortas sem alegria ou sentido. Procurei, procurei, e quanto mais a saída eu procurava, mais labirinto eu encontrava. Cansei-me e disse: Não tem saída! E Deus respondeu-me: "Anda e procura!".Segui o caminho, mas já começava a achar que Deus não era algo real e que minha vida era andar perdido.
Encontrei outras pessoas, também perdidas. Mas elas não pareciam tão preocupadas quanto eu. Deus já havia falado com elas há muito tempo e tinham se esquecido de que viviam num labirinto. Eu lhas disse: A vida é um labirinto!Temos que achar a saída! -  Elas me responderam: Do que você está falando? Não estou entendendo nada... -  Tentei explicar mas redarguiram: Veja, eu não quero ficar andando por aí. Estou bem como estou! Tenho minhas ocupações, filhos, e sonhos por aqui. Não me encha mais com essa história. - Eu reparei bem e elas pareciam realmente felizes. Pareciam...
De fato no labirinto havia muitas coisas e pessoas. Ocupações, jogos, diversões, festas. Muitas eram as possibilidades, propósitos e objetivos ali dentro. Certo dia, cansado de andar e nada encontrar, vi uma festa acontecendo. Pensei: Por que não? ... Entreguei-me a farra a noite inteira e foi muito bom não se preocupar com quem eu era e onde eu estava.
Ao fim da festa, senti um amargo sabor de melancolia. Enquanto o lixo era recolhido e as coisas colocadas de volta no lugar, as paredes frias, escuras e silenciosas novamente se formaram à minha frente. Voltei a caminhar, lembrando da ordem que Deus havia me dado.
Mais alguns passos, e vi uma bela paisagem por uma janela. Não conseguia ver a paisagem com muita nitidez mas senti paz e plenitude emergindo do local. Imaginei que aquilo fosse o “lado de fora” do labirinto. Aquilo me deu forças e motivo para continuar... 
Depois de muitos passos, achei uma proposta de emprego. Perguntei por que eu iria querer um emprego nesse lugar e responderam-me: Pra você conquistar um espaço mais confortável e seguro nesse local. - A principio não fazia sentido e isso não parecia ter nada relacionado com a ordem de Deus, mas eu via todos fazendo aquilo, e acreditando que era possível alcançar esse local “seguro e confortável”. Eles acreditavam nesse “lugar” muito mais do que eu acreditava na saída do labirinto. Não custa tentar..  -  pensei.
Trabalhei por anos. Fiz amigos, me apaixonei, constitui família. Esqueci completamente da minha missão. Era como se ela não existisse mais e o labirinto na verdade fosse o palco de uma vida paralela. 
Notei depois de muito tempo que a promessa que me fizeram não era lá aquelas coisas. Por mais sofisticada, confortável, bela e ornamentada que fosse determinada “classe” do labirinto que eu conquistava, continuava sendo nada mais que paredes mortas e tristes que me faziam ir e voltar às mesmas cenas todos os dias. 
Certo dia, meus amigos se foram. Meu emprego não precisou mais de mim. Minha família morreu. Tudo perdeu o sentido. As paredes frias e tenebrosas novamente se formavam, trazendo de volta a cruel realidade. Eu estava num labirinto.
Chorei, sofri, e não quis encarar essa realidade. Pedi para Deus me ajudar e ele disse: Segue, anda, e procure a saída!”
Reparei que as outras pessoas também sofriam com a realidade e a verdade da vida. E para não encarar essa dor, elas se mantinham distraídas com as tarefas e propósitos do labirinto, que as mantinham paradas no mesmo lugar. Mas tentar ajuda-las a perceber o que estavam fazendo era inútil e até um pouco violento. 
Esforçando-me para encarar a realidade, segui em frente. Mas havia muitas tentações. Eram projetos, pessoas, ideias, situações, indo e vindo. Esbarravam em mim. Seguravam-me pela mão. Confundiam meus olhos! E eu não conseguia seguir. A todo momento, requisitava um descanso, uma pausa, uma festa, uma ocupação. Mas nada era real. Tudo tinha um começo, um meio e fim. Os entes queridos morriam, os projetos eram erguidos e depois desmoronados, as festas uma hora acabavam, as diversões em algum momento se tornavam entediantes...E quando essas coisas chegavam ao fim, as paredes frias, escuras e silenciosas do labirinto se mostravam novamente e a realidade voltava à tona. 
Cansado dessa “brincadeira de Deus”, decidi achar a saída a qualquer custo. Estudei a respeito do labirinto. Falei com pessoas, procurei os sinais. Deus havia me dito que os sinais estavam ao longo do caminho, e que se eu não me distraísse, eu os entenderia. 
Vi alguns comerciantes vendendo mapas falsos. Esses mapas levavam as pessoas ao seu círculo de ideias, e acreditando que estavam no caminho certo, elas ficavam presas dentro do setor do labirinto que era dominado por essas pessoas. 
Eu mesmo acreditei em alguns desses mapas e fiquei anos passeando em círculos por corredores que não levavam à saída alguma.
Fiquei estarrecido com as pessoas que discutiam, brigavam e faziam guerra sobre como era a melhor forma de “cuidar” ,“manter” ou “lotear” esse labirinto. Vi algumas passeatas e protestos de pessoas que acreditavam em uma “ideia de labirinto” mais justa, humana e correta e aquilo era só mais uma das muitas distrações que mantinham suas consciências adormecidas.
Em outras épocas, me mantive por anos a fio perdido, simplesmente por “acreditar” que esse labirinto tinha alguma lógica, e que raciocinando em cima dela eu acharia a saída.
No auge da minha busca, fui surpreendido com algo bizarro. Eu havia chegado a um local que era idêntico ao que eu comecei, como se eu não tivesse avançado absolutamente nada. Por um momento acreditei que eu estava preso em um labirinto sem saída.
O sofrimento de se sentir incapaz de achar a solução desse “desafio de Deus” era tão doloroso quanto à desilusão que eu sofria em me distrair com os falsos objetivos do caminho.
Assim era a vida e ela parecia não ter outra solução. A saída parecia impossível, e ficava mais difícil quando eu parava para descansar nas "distrações da vida" dentro do labirinto, e me esquecia de seguir a jornada.
Mas as novas ilusões já não tinham a mesma força. Quando eu parava para me distrair com alguma coisa, não importa se essa distração durasse dias, meses ou anos, eu já sabia que o resultado seria o mesmo. Não havia esperança de fugir da realidade. A vida era um labirinto no qual eu estava preso, e a ordem era procurar a saída. Essa convicção me tornou ao mesmo tempo mais resistente à força das ilusões, porém, mais triste por saber que a realidade nunca era o que parecia.
Até que um dia tomei uma importante decisão. Por que não seguir o caminho em frente sem alimentar qualquer expectativa ou sem sofrer preocupações? Oras, Deus disse que eu deveria encontrar a saída, mas não disse QUANDO eu encontraria, e muito menos O QUE eu encontraria. E talvez a saída também seja uma ilusão. Talvez o caminho seja infinito, com labirintos dentro de labirintos sem fim. Ou talvez tudo seja sonho e não haja labirinto algum. Eu só sabia de uma coisa: Que Deus havia colocado em mim a certeza íntima de seguir em frente e confiar. Pois havia um destino fora daquele espaço e que persegui-lo era a razão da minha vida. Mas a principal decisão foi a de seguir o caminho aceitando e se divertindo com as distrações. Eu aprendi que deveria me manter atento e vigilante, para não esquecer que eram distrações, e para não sofrer a desilusão. 
Nem sempre consigo. Às vezes, a cena das paredes frias e tenebrosas acenam violentamente, depois que acordo dos sonos voluntários aos quais me permiti dormir. Mas nem as constantes desilusões já me afetam mais. Pois embora Deus tivesse dito que era para procurar a saída, na realidade eu percebo que no fundo é Ele quem me guia para ela. Eu apenas tomo as decisões do que sentir e de como experimento as situações, e aprendo com elas. Quando meus sentimentos são infelizes e confusos, O  PRÓPRIO DEUS me confunde, fazendo-me entrar em saguões de corredores sem saída. Quando meus sentimentos são nobres e puros, ele me aponta a direção no sentido certo.
Há quem goste de pensar que Deus não se mete nesse processo e que as dificuldades do caminho ocorrem por falta de racionalidade. Ele apenas observa e não faz nada. O labirinto por si só, e as coisas que há dentro dele, são suficientes para achar a saída. Há quem pense que viver no labirinto é a melhor opção. Há quem não compreende esse texto e nem desconfia que vive num labirinto. 
Eu não argumento nem tomo partido de nenhuma teoria. Minhas convicções foram formadas pela minha experiência, e a experiência de cada um deve mostrar o caminho  que lhe é próprio. 
Na minha convicção, Deus quer que eu faça essa experiência, pois ele quer me preparar para uma nova vida que existirá no futuro, fora do labirinto. Se eu tiver mais amor por essa promessa, do que pelo valor das coisas passageiras que encontro no caminho, a chegada será inevitável. É tudo uma questão de abrir os olhos e ver a realidade. Distinguir a diferença entre se esforçar no caminho, ou se esforçar nos projetos e distrações. E colocar as duas coisas na sua devida ordem de importância.O caminho certo é aquele que seu coração aponta, sua cabeça não entende, e seu ego se apavora.
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asatrueliberdade · 5 years
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"A Natureza não existe"
Dizer isso pode soar um pouco estranho vindo de um pagão, mas tenha paciência e se aconchegue junto ao fogo do nosso lar, tome uma porção de comida e receba nossa mais sincera hospitalidade enquanto lhe conto melhor sobre isso.
Não quero aqui falar sobre “o homem” como uma entidade abstrata, mas, durante muito tempo, vários grupos humanos ancestrais que tive o prazer de conhecer suas histórias, viveram sem sequer uma palavra para “Natureza”.
Isso à primeira vista pode parecer absurdo e contraditório, porque temos a ideia razoavelmente acurada de que eles eram povos que viviam do que chamamos de Natureza e para o que chamamos de Natureza, e seria bastante estranho se eles sequer a percebessem como uma entidade separada.
Essa divisão entre Homem versus Natureza é produzida na cultura ocidental como uma consequência do modo de pensar romano, ainda no grego physis (Φύσις) é usado para se referir à totalidade integrada das coisas existentes, incluindo-se aí o humano, que seria apenas a parte dotada de pensamento ou racionalidade (λόγος). Mas é ainda entre os gregos que a physis, sua forma de entender a Natureza, passa a se opor ao nomos (νόμος), a lei ou costume, isto é, à “civilização”.
Mas o que essa discussão nos interessa enquanto heathens germânicos, sejamos anglo-saxões ou nórdicos? O fato de que ao expandir sua “civilização” e cultura, tanto pela espada como pela Bíblia, os romanos fizeram com que adquiríssemos essa noção de separação do meio natural.
O idioma anglo-saxão carece de uma palavra nativa para “Natureza”, bem como o nórdico antigo o importa do latim. Esse fenômeno não é restrito aos germânicos, os povos indígenas do Brasil que conheço, por exemplo, não possuem uma palavra para “Natureza”.
Isso porque a “Natureza” como algo abstrato e separado do humano, contra o qual estamos constantemente lutando, não era exatamente vista como querem Hobbes, Locke, Marx e outros pensadores que tendem a colocar essa separação ocidental como um fato essencial no processo “evolutivo” dos seres humanos.
Nas culturas nativas, e os paganismos são um tipo de cultura nativa, a Natureza não está separada de nós, mas os diversos entes animais, minerais, vegetais, fungos, etc. que a compõem são vistas em estreita relação com os humanos. Os humanos não se veem como esferas individuais mas como rizomas, raízes profundas, o tempo todo interrelacionando-se com o outro e definindo-se a partir dessa relação.
Nesse sentido, o que nós chamamos de “Natureza” — aquilo que não é humano, que exploramos em vez de interagir —, em oposição à “Sociedade” — aqueles com quem interagimos socialmente — não exatamente existe. A “Natureza” é parte da sociedade; ancestrais podem habitar em árvores e montes, um carvalho poderia ser testemunha de juramentos e casamentos, o Mar era visto com temor, os trovões as batidas da marreta do campeão dos deuses.
Deuses esses que em si faziam parte do mundo, pertencendo a ele imanentemente, ou seja, não eram espíritos transcendentais e afastados do que aqui acontece. A Natureza é cheia de personalidades, e então não é apenas um véu que mistifica e oculta, mas o próprio revelar-se daquilo que é sagrado, isto é, daquilo que é vivo e proporciona vida.
E assim, a “Natureza” era uma ideia dispensável, porque, de fato, a relação dos povos pagãos com a Natureza era tão profunda que eles não conseguiam se enxergar como algo separado dela, um ente assustador contra o qual lutavam absurdamente.
Penso eu que essa seja uma linda lição que os antigos povos pagãos têm a nos ensinar, principalmente numa época em que aqueles que seguem cegamente o deus pregado decidiram destruir completamente o que chamam de Natureza, que para nós pagãos, é a parte mais sagrada de nosso “self”, e não uma mera fonte de recursos a ser destruída sem reflexão.
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MY GOOD MAN
“Eu quero ser um bom homem só para você. Eu dei o mundo só para você, eu mudei tudo só por você. Agora eu não me conheço, quem é você?”  - Fake Love, BTS.
Eu não sentia preguiça, mas meu corpo sentia, por isso eu estava deitado na cama enorme do quarto do Namjoon, já que ele sempre soube escolher melhor que eu. Não havia forças em mim para qualquer movimento brusco, ou vibrações que fizessem minhas cordas vocais dizer alguma coisa, eu estava exausto, portanto minhas atividades se concentravam somente em meus olhos. Eles, sim, estavam bem atentos e observavam tudo ao seu alcance.
Bem diferente do meu quarto, ali tudo parecia calmo, os lençóis brancos, a cortina de renda clara que deixava a luz do fim de tarde entrar aos pouquinhos, algumas luzes de led espalhadas pela cabeceira de ferro - Namjoon não gostava do escuro - e os móveis que eram totalmente vintage, como ele gostava de chamar ao invés de abrir o jogo e assumir que eram doados de um brechó de antiquários. Cada centímetro do cômodo tinha a personalidade dele, inclusive a foto emoldurada de Betty Page, ele amava aquela mulher, era viciado na vida dela e em seus olhos marcantes. Era mesmo um visual de se admirar, mas eu não daria a ousadia de dizer isso a Namjoon, caso contrário eu seria obrigado a entrar em seu mundo de pesquisas sobre pin-ups.
Francamente, até o teto do cara era decorado, seguia a mesma cor pastel das paredes e preso ao bocal da lâmpada ainda havia um lustre minúsculo. Eu me lembrava dele, havia sido um presente do amigo secreto de fim de ano da empresa, um presente de Taehyung, outro louco pelos anos 60. Talvez fosse mal de Kim.
Respirei fundo e me arrependi, até meus pulmões doíam, eu sabia que eu não devia ter nadado até às quatro da manhã na piscina olímpica do hotel, ainda mais depois de um show de três horas e um voo nada tranquilo de volta para casa. O fuso horário piorava tudo, era tão injusto que Seul estivesse tão depois de Londres, pois agora eu me encontrava acabado.
Contudo, infelizmente, eu não podia ficar naquele aconchego para sempre, então eu cometi o maior erro do meu dia: estiquei o braço até o criado mudo e peguei meu celular. De acordo com as notificações na minha tela de bloqueio, minha mãe havia me ligado sete vezes, meu irmão duas e Namjoon nove. Nove. Foram nove vezes, sendo que eu estava exatamente sob seus lençóis agora.
Dramático.
Levantei-me sem vontade, quase choramingando por sentir meu corpo oscilar nas molas daquele colchão incrível. Era um pecado aquela cama usada ser tão boa, já que a minha tinha vindo de uma loja um tanto cara e não tinha nem a metade daquele conforto. O mundo não era justo. Insatisfeito, tirei o edredom branco de cima de mim e senti frio, eu estava usando um short curto demais para o outono gelado da Coreia e a janela estava entreaberta.
Era um saco estar cansado.
Mas fui impedido de continuar reclamando quando a porta branca do quarto se abriu e a figura alta de Namjoon apareceu sutilmente, apenas metade do corpo para dentro. Parecia brincadeira, mas ele estava mesmo com receio de entrar no próprio quarto. E ele nem dividia com ninguém, era só dele, uma vantagem de ser o líder do nosso grupo, mas ainda assim aquele homem enorme se encontrava receoso de me atrapalhar em algo.
- Vem cá. - Chamei.
Ele entrou rapidamente e bateu a porta com o pé, pois segurava um copo de chá preto em uma mão, eu podia sentir o cheiro forte da erva, e na outra um copo d'água. Objetos que colocou sobre o criado mudo com certa pressa, pois a calça branca de algodão que ele vestia estava frouxa demais, caindo em seu quadril.
Namjoon estava todo largado, usava meias de pares diferentes, uma blusa cinza velha de algodão e a bendita calça folgada, que agora ele apertava os cadarços da cintura, o único rastro de seriedade em si era o óculos de armação fina e transparente. Quando terminou, olhou para mim com um sorriso que chegava até em seus olhos, estava se desculpando mentalmente por sua falta de jeito. Eu conseguia ler sua mente só de escutar sua respiração, ele era um cara transparente, totalmente sincero.
- Dormi muito? - Bocejo.
- Porra, são quase seis da tarde, Yoongi. - Um cara sincero e boca suja também. Eu sentia saudade da época em que ele precisava ser formal comigo. - Toma, beba isso qui.
Entregou-me um comprimido vermelho que estava guardado em seu bolso da frente, um Advil para dores musculares, mas ele me conhecia bem o suficiente para me oferecer o chá como acompanhamento ao invés da água. O único líquido que m faria despertar em segundos.
- O que dói? - Perguntou, colocando meu cabelo para trás, enquanto eu ainda bebia. Virei tudo de uma vez.
 - Tudo. - Era um exagero, mas eu não saberia me expressar de outra forma. - Temos algum compromisso hoje? Estou perdido na agenda.
- Não. - Pegou o copo da minha mão e deixou ao lado do copo d'água. - Estamos de folga hoje, deita aí, vai.
Sua cama era encostada na parede, bem embaixo da janela, por isso eu não tive alternativa a não se chegar meu corpo para o lado, Namjoon queria espaço e, como ele era gigante, ia precisar de muito. Antes de deitar, tirou os óculos e virou o copo inteiro de água, tomou tudo em apenas três goles e se encolheu debaixo do lençóis brancos, jogando o edredom grosso por cima de nós dois.
- Tem certeza que não temos nada? - Pergunto e ele nega.
- Taehyung e Jin-hyung tinham umas fotos juntos pela manhã, Jimin e Hope-hyung estão na empresa - Revirou os olhos, divertindo-se com as informações. - não sei do paradeiro do Jungkook, mas sei que ele não precisa de você aonde está agora. - Riu de uma maneira que precisou até fechar os olhos.
- Por que todos têm tarefas e nós estamos em casa? - Foi inevitável não bocejar mais uma vez.
- Porque eu cuidei de tudo. - Gabou-se, deitando a cabeça em meu peito cansado, como se eu fizesse parte do conjunto de travesseiros. - “Os produtores precisam de um tempo”.
- Foi essa a desculpa que usou? - Dessa vez quem riu fui eu. - Então por que o Hope está na empresa?
- Porque ele é louco. - Falou com desdém e olhou para cima, procurando por mim. - Eu tive um trabalhão para nos deixar em casa para ele me dizer que ia aparecer na BigHit por estar com saudade de dançar. - Sua revolta não era tão séria assim, mas ele falava como se fosse. - Dançamos durante três semanas seguidas com a turnê, conseguimos brechas para apenas um fim de semana de descanso e ainda assim ele quis dançar. Dá para acreditar nisso?
- Deixa ele. - Apoio minha mão em suas costas, prendendo seu corpo no meu.
Eu conseguia entender a sina de Hoseok, dança era a paixão dele, o combustível que o permitia continuar seguindo sua jornada. Eu o entendia perfeitamente, horas e horas conversando depois de uma madrugada de treino nos rendia revelações desse gênero, Jung Hoseok era de longe o meu melhor amigo. Inclusive, lembro-me bem do dia em que ele me confessou isso, estava exausto e sentimentalmente vulnerável, inseguro, o que me fez abaixar a guarda de minha barreira emocional e lhe confessar algumas coisas também.
Naquela noite eu revelei a Hoseok qual era o combustível que me dava energia, apesar de amar música e ser completamente apaixonado por ela, não eram as notas corretas de um bom arranjo que me fazia continuar, era o sossego. Não havia nada melhor no mundo que me trouxesse de volta ao meu eixo, me trouxesse paz interior e vontade de lutar, que não uma noite de sossego. Eu gostava do silêncio, da calmaria e, de certa forma, da solidão que o sossego me trazia. Era revigorante.
E hoje, nesse exato momento, era o que Namjoon estava me dando, ele vinha fazendo isso há alguns anos desde que nos tornamos amigos. Com o tempo, meu corpo e mente foram se acostumando com o esforço que ele fazia para eu me sentir bem. Começou com uma garrafa d’água nos ensaios, um copo de café nas madrugadas que virávamos produzindo, depois um “bom trabalho” nas apresentações, até que eu me peguei sentindo falta de seus abraços pós shows.
Ele era bom em muitos aspectos, não só um bom líder, por isso foi questão de tempo até eu me ver perdidamente apaixonado por um cara que rimava promiscuidades, mas que também era introvertido o suficiente para ter vergonha de se olhar no espelho ao escovar os dentes pela manhã. Eu não sabia exatamente como, ou o porquê, mas Namjoon sempre sabia o que eu gostava ou queria, tudo na medida perfeitamente certa. Devia ser proibido alguém saber tanto de mim assim, ele fazia o certo até quando brigávamos e, bom, nossas brigas eram feias o suficiente para nos explodir em erros, mas ainda assim ele arrumava um jeito de contornar.
Talvez fosse algo em sua forma de falar, é, devia ser isso, a culpa disso tudo era o seu poder não humano de se expressar muito bem. Pelo menos deveria ser, já era o único argumento que eu tinha contra o mínimo de orgulho que havia em meu peito.
- Dormindo? - Sua voz baixa me despertou de meus pensamentos.
- Não, pensando. - Respondi na mesmo hora, má ideia, pois seu rosto redondo olhou para cima.
- Em algo importante? - Franziu a sobrancelha, estreitando os olhos para me analisar. - Eu já disse que está tudo bem.
- Era exatamente isso que eu tinha em mente. - Falei mais baixo, pois agora estávamos pertinho, cara a cara. - Você sempre faz tudo ficar bem e isso é muito bom, mas... - Suspirei, tirando uma mecha teimosa de sua franja escorrida da testa. Francamente, o cara ficava lindo até de  loiro acobreado, mesmo esse sendo um tom usado em homens que escondem seus fios grisalhos. Foi impossível não sorrir.
- “Mas” o quê? - Perguntou, ainda sério. Parecia preocupado.
- Mas - Repito. - você não precisa se esforçar tanto. - Digo. - Namjoon, você move o mundo para fazer a coisa certa, a coisa certa para mim, enquanto eu não movo nem a mim mesmo. - Explico com calma e baixo, claro, prendendo seu corpo no meu para que não houvesse risco dele ficar bravo e se levantar. Afinal, aquele ninho de lençóis estava gostoso demais para ser desfeito. - Não é justo, nossos esforços não são compatíveis.
- Não entendo, eu-
- Calma. - Pedi, segurando seu rosto com a minha mão livre. Eu sempre me surpreendia com a diferença de tom de nossas peles. - Tenha calma, Mon, você não precisa me provar nada, você não precisa provar nada para ninguém.
- Por que está dizendo tudo isso? - Sua voz rouca e estabanada soou um pouco alta. - Não quero provar nada, não tenho nada para provar. Por que está dizendo isso?
Suspirei mais uma vez, só ele conseguia esse efeito retardado em mim. Então fechei os olhos e o soltei, colocando minhas mão embaixo na minha cabeça, essa posição me ajudava a organizar minhas ideias, era uma mania de infância, porém seu efeito foi por água abaixo quando eu senti o peso de Namjoon sobre meu corpo e as laterais do colchão se afundarem.
- O que está havendo, hm? - Perguntou, dessa vez foi ele quem colocou minha franja escura para trás, óbvio que isso descontraiu o clima tenso entre nós, pois ele sempre ria da minha testa. Para mim, ali mesmo já estava tudo resolvido, poderíamos encerrar aquele assunto, contudo eu sabia que não seria tão fácil. Namjoon iria até o fim, ia solucionar nosso suposto problema com o seu mágico diálogo. - Estou sufocando você, hyung?
- Não. - Abri os olhos imediatamente e segurei seus dedos que acariciavam meu rosto. Sua voz havia soado espontânea, mas eu havia sentido sua insegurança, pois ele havia usado o honorífico comigo. Namjoon nunca era formal comigo, não depois que entramos em um relacionamento, nunca sem necessidade. - Não, Mon, você não me sufoca nunca, eu só - Revirei os olhos, era um saco não saber me expressar. - só estou preocupado.
- Com o quê? - Sua boca macia beijou a minha, enquanto seus dedos longos massageavam meu couro cabeludo. Paraíso.
- Comigo, com você. - Era um esforço manter os olhos abertos, mas eu estava conseguindo. - Não quero que se doe muito e não receba o suficiente de volta, quero que tenha calma, eu não preciso de tanto.
- Precisa. - Rebateu, assentindo bem devagar. - Precisa e eu vou te dar.
- Não preciso, não. - Sorri, pois ele parecia meio indignado com aquela conversa. - Eu só preciso receber aquilo que eu posso te oferecer em troca, não quero ficar sempre correndo atrás para retribuir todas as coisas maravilhosas que você faz por mim, porque eu não sou assim, Namjoon. - Seu olhar não estava em mim, ele olhava para a própria mão que estava apoiada no lado esquerdo da minha cabeça, isso significava que estava pensando sobre, pois nunca me encarava quando estava ponderando algo que eu havia falado. - Não quero parecer falso, Mon, quero ter a consciência tranquila quando eu te presentear apenas com um abraço depois de ganharmos uma premiação, enquanto você já havia planejado nossa fuga para um hotel Daegu depois da gala. - Relembrei o que fizemos no último MAMA e sorri. - Não quero me sentir culpado.
- Você se sente assim? - Perguntou com os olhos estreitos, concordei, mas ele ainda não olhava pra mim. - Desculpa.
- Ah, não, isso não. - Abracei seu corpo, isso fez seus braços perderem o equilíbrio e seu corpo cair sobre o meu. - Não é culpa sua, eu devia ter sido sincero com você há mais tempo.
- Eu só quero ser um bom homem. - Murmurou abafado, pois seu rosto estava contra o travesseiro, na curvatura do meu pescoço.
- Só para mim? - Ri um pouco, pois essa era a linha de uma de nossas músicas. - Você é bom, Namjoon, sempre foi.
- Então deixa eu continuar sendo. - Pediu ao mesmo tempo que eu senti sua boca mordiscar e beijar minha nuca. - Min, olha, é assim que eu sou, tá legal? - Ele se colocou de frente para o teto e me puxou para si, bagunçando ainda mais os lençóis. - Não sei se consigo parar. - Apoiei minhas mãos em seu peito e meu queixo sobre elas, o filho da mãe continuava bonito, mesmo desse ângulo. - Eu estou com você, não estou?
- Está, está sim. - Sorri, pois essa era uma das poucas coisas que eu podia me gabar.
Assim, ele deu aquela discussão como encerrada quando decidiu me puxar mais para cima, fez pelos meus ombros como se eu não pesasse nada, como se eu fosse uma criança que precisasse ser tomada no colo, privilégio de ser duas vezes maior que eu. Quando percebi seu intuito, já era tarde demais, Namjoon havia me colocado montado em si, seu sorriso era enorme e seus lábios grossos ajudavam a tomar quase todo o rosto, até que ele se sentou e finalmente me beijou. Um beijo de verdade depois de toda aquela conversa furada que, obviamente, não havia dado em nada.
Suas mãos eram possessivas em mim, assim como meus dedos quase arrancavam seus fios acobreados, pois ele era merda de homem lindo que sempre acabava com meus argumentos. Nem mesmo seu poder da fala eu podia julgar mais, pois agora não estávamos falando uma letra sequer, apenas sentindo nossos lábios e línguas. Namjoon beijava de maneira macia e eu amava isso, tanto que não notei quando ele encerrou nosso contato de tão inerte que eu estava naquele momento.
- Não se sinta culpado. - Sua voz  me fez abrir os olhos, pois era quase uma súplica. - Eu sou desse jeito, tá? Sou metódico, exagerado e perfeccionista, é algo meu. - Apoiou as mãos no colchão e inclinou o corpo um pouco para trás, em uma pose natural e relaxada. - É desse jeito que eu sei amar e se eu mudar, não serei mais eu. - Balançou os ombros. - Se você mudar, não será mais você também. - Falou mais baixo e sorriu, desviando o olhar. Ali estava a versão envergonhada de Kim Namjoon, algo que totalmente diferente do RM dos palcos. - Não quero que mude, eu te amo assim, não quero que faça mais nada do que já faz, porque é desse jeito que você me ganha. Seu abraço tem valor, seu beijo também tem e eu não quero nem falar dos elogios e frases intensas que você me diz sem ao menos perceber.  - Riu sem jeito e me olhou brevemente. - Você faz muito mais do que imagina, Min, você faz com que eu me ame aos pouquinhos.
- Você merece amor, Mon, próprio e do mundo inteiro. - Rebati um pouco baixo, mas fui ouvido.
- Aos pouquinhos. - Ele reforçou. - Você está conseguindo me fazer acreditar nisso aos pouquinhos. - Puxou minha blusa para si, até que meu rosto foi de encontro a sua blusa de algodão que cheirava a amaciante. - E quando a gente transa, eu me sinto o melhor homem do mundo.
- Você é. - Murmurei.
- Só para você. - Riu baixo e em seguida forçou-me a encará-lo. - Não me peça mais isso e não se sinta mais assim. - Sussurrou.
- Tá. - Respondi do mesmo jeito, aceitando seus lábios nos meus.
Namjoon deixou-se levar para o colchão de mola, trazendo-me consigo, ainda deixando-me montado em si, no fim das contas era desse jeito que ele gostava que fosse. Ali naquele beijo, eu senti todo seu carinho e sinceridade, o que espantou a minha insegurança para bem longe daquele quarto decorado, era o poder que ele tinha sobre mim. Meu corpo dolorido e meu pulmão cansado, por causa do nado da noite anterior e das rimas incessantes da turnê, não permitiram que continuássemos o beijo até onde ele deveria ir, mas não foi de todo ruim, pois Namjoon cuidou de mim.
Ficamos longos minutos deitados na mesma posição, eu como um coala em seu peito, enquanto sua mão compria fazia carinhos em minhas costas por dentro da blusa. Ficamos em silêncio, apenas aproveitando a quietude rara daquele apartamento, logos os meninos estariam de volta e momentos como esse seriam raros para nós dois, pois era muito assunto para colocar em dia depois de três semanas seguidas de show. Em certo momento, eu até senti fome, mas tentei ignorar, expor isso significava que eu ou ele teria que deixar a cama para perder tempo na cozinha, algo fora de cogitação em meu pensamento. Até que duas notas ecoaram, a campainha.
- Bibimbap para mim, Galbi para você, delivery caseiro. - Resmungou. - Comida coreana depois de quase um mês na Europa.
- Você pediu? - Ele resmungou mais uma vez que sim. - Você pensa em tudo.
- Só para você.
A gente riu junto por um momento, até que ele se levantou para atender o entregador e me deixou sozinho no quarto, o que me fez cobrir meu corpo quase que por completo ao sentir um vento forte que chacoalhou a cortina delicada. Era frio sem ele ali.
Eu tinha que aceitar de uma vez por todas que Kim Namjoon era um bom homem e  também tinha que agradecer que ele era meu, não havia outras alternativas. Não havia sentido em mudar, não havia sentido em fingir e nem fugir disso tudo, apenas aprender a lidar e aproveitar cada segundo daquela benevolência de um metro e oitenta e um.
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contoserotico · 3 years
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Porra! Tu rasgou o meu cu
Fala aí, rapaziada, blzão? Sou Johnny, 1,80cm moreno claro, macho ativo, putão e dominador. Sou nordestino, mas moro na região sul do país. Gosto de bater uma bolinha com os parças, natação, capoeira... Desde o início da pandemia estou sem fazer qualquer atividade física, isso implica dizer que estou meio acima do peso. Kkkkk
CONTINUAÇÃO DO CONTO "Fudendo o novinho no meio da rua".
Aprendei desde muito cedo que puta quando recebe uma pegada forte ela gama e sempre volta atrás do seu macho ou dono do seu cabaço. Com o Thiago não foi diferente. Esse novinho tinha acabado de fazer 18 anos e já vinha me seguindo a alguns dias. Depois do trato que dei nele, eu saí sem sequer dar tchau. Mas sabia que ele iria me procurar. Rsrsrs
Dois dias depois, tava na minha cama depois de um dia exaustivo de trabalho, meu celular vibra, acabara de chegar uma msg de um número não agendado. Não visualizei. Só apaguei de tão cansado que tava. Acordei 2h depois, percebendo que o pau e saco tava colado de suor rsrs, foi aí que lembrei que ainda não tinha tomado banho kkkkk. Após tomar meu banho, resolvi pegar o celular, vi que tinha 3 msg e 2 ligações do mesmo número. Ao visualizar as msg, tinha lá:
THIAGO: E aí seu gostoso.
THIAGO: Oieeee, responde pow.
THIAGO: Já liguei 2 vzs pow. Atende aí, por favor.
Mas não respondi as msg. Kkkkk Simplesmente fui jantar, só mais tarde que retornei.
EU: E aí cara. Quem é que ta falando? - Dei uma de doido. Kkkkkkkk
THIAGO: Porra mano, vc só visualizou. Sou eu pow, o Thiago, aquele cara que te encontrou na saída da academia. Lembra?
EU: Ah sim, é o garotinho psicopata. Kkkkkk - Falei debochando.
THIAGO: Eu que sou o psicopata e vc foi quem me fudeu. - Falou dessa vez em áudio dando uma gargalhada.
Eu tbem rir. Kkkkkkkk Percebi que mesmo sendo jovem, ele era bem resolvido. Mas algo não saía da minha mente naquele momento.
EU: Como vc conseguiu o meu número? E o que tu quer cmg mano?
THIAGO: Consegui no grupo da academia. E eu quero você!
EU: Tu tá no gp da academia? Mano, tu já sabe como eu ajo, afinal já provou do que eu sou. É melhor tu ficar na tua. - Falei já tentando encerrar a conversa, afinal não tenho muita paciência para momento melosos.
THIAGO: Pedi á um amigo meu que ta no gp. Eu disse que vc tinha me ajudado com o carro e eu só queria agradecer pelo favor. Kkkk. Ah, e é exatamente pq vc agiu daquele jeito bruto e macho sedento por foda que eu não consegui tirar vc da minha cabeça. Nos últimos 3 dias eu já bati umas 10 punhetas. Eu desejo vc, meu macho alfa!
EU: Ta bom. Mas eu não quero vc. - Falei sendo ainda mais grosso querendo encerrar aquela porra de conversa.
THIAGO: Faço o que vc quiser. Eu só quero ser seu novinho. Quero que tu me ensine a te servir como tu gosta. Vai, meu macho, por favor. Fico com a boca cheia de saliva toda vez que lembro do sabor do teu leite. Que ele de novo. Vai, por favor. - Falou mandando áudio afinando a voz como que um menino mimado tentando convencer a conseguir o que quer.
EU: Ta bom, mlk. Mas depois não vem com frescuras, pq não curto puta molenga. Amanhã é minha folga. Quero vc agora.
THIAGO: Mas agora não posso.
EU: Ent não quero mais. Vlw. - Falei já dando tchau.
THIAGO: Espeeeeeeeeera. - Ele pediu já desesperado. Kkkkk
EU: Fala logo carai. Não tenho tempo pra perder.
THIAGO: Manda tua localização. Eu vou.
EU: Eu te dou 10min pra vc chegar. Se vc se atrasar um só minuto, eu não quero mais porra nenhuma.
THIAGO: Mas eu vou levar uns 20 min pra chegar aí. Dar mais um tempinho para mim, por favor. - Era incrível ver toda aquela situação. Kkkkkk
EU: O tempo já ta contando. Acho melhor vc correr. - Falei já rindo kkkkkk
Depois daquela conversa, simplesmente o mlk não falou mais nada. Eu tinha certeza que ele não chegaria a tempo. Kkkkkk Mas se ele atrasasse 30 min, eu iria ficar com ele. Afinal eu sabia que ele nunca chegaria em 10 min. Kkkkkkkkk
Na minha casa, eu sempre fico pelado de cueca. Detesto dormir vestido. Rsrsrs Mesmo no frio, eu to pelado, mas bem coberto. Kkkkkkk Passado alguns minutos, meu celular toca, e eu atendo.
EU: Johnny. Boa noite! - Falei como sempre atendo meu celular.
THIAGO: Ah, que voz grossa de macho tesudo. To aqui na frente da sua casa, meu homem. - Ele falou como se tivesse cansado. Kkkk
EU: Tô indo aí. - Falei incrédulo de suas palavras.
Ao abrir a porta, o novinho já foi pulando nos meus braços como se fosse "uma mulher que há muito tempo não via o seu marido". O carinha começou a cheirar e beijar meu pescoço e rosto.
THIAGO: Nossa! Que cheiro gostoso. - Falou assim que o coloquei no chão.
EU: Calma aí cara. Que me matar de susto? - Falei colocando a mão no peito (coração), afinal ele pulou do nada em cima de mim.
THIAGO: Desculpa, meu macho. Não resisti. Seu cheiro é muito bom, tomou conta de mim. Kkkkkk Falou com uma baita cara de safado.
EU: Bem vindo a minha humilde residência. - Falei abrindo os braços mostrando a casa.
THIAGO: Aonde é o quarto? - Falou o mlk já pegando pela minha mão e puxando sem saber a direção.
EU: Caralho! A cadela tá no cio? Segue-me! - Falei e dessa vez fui eu que o conduzi. Kkkk
THIAGO: Eu to louco por vc, meu macho. Não paro de pensar em vc. Não paro de sonhar com vc. Acordo todo gozado. - Ele falou tudo sem nenhuma vergonha.
Assim que eu ouvi aquilo tudo, eu simplesmente paro na porta do meu quarto e já o jogo na parede de frente para mim. Pego seu braços, colocando-os acima da cabeça.
EU: Tá preparado para ser a minha puta submissa? - Falei e já lhe dei um tapa na cara.
THIAGO: Simm. Muuuito. - Falou entre gemidos.
Dei-lhe um beijo selvagem, demorado e molhado. Depois soltei os seus braços, puxei seus cabelos, fazendo-o levantar a cabeça, e comecei a lamber e morder o seu pescoço.
EU: Vem! - Falei abrindo a porta e o deixando lá. Quando olhei para trás, o vi no chão. KKKKK Sentei na cama, afinal já sabia pq ele tava daquele no chão. Eu continuei olhando ele com uma puta cara de macho dominador.
THIAGO: Mano, o que vc fez comigo? Não consegui ficar mais em pé, minhas pernas bambearam e cai. - Ele falou ofegante e mole.
Eu só ria de tudo aquilo. O novinho era realmente cabaço. E o melhor me deseja tanto que só com uns bjs e chupadas no pescoço, ele ficou daquele jeito. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
EU: Tá fazendo o que aí? Eu mandei vc vir. - Falei já mostrando quem é que manda.
THIAGO: A gente ainda não fudeu e eu já tô assim, já imagino como vou ficar depois. Kkkkk Eu quase gozei. - Ele falou tentando se levantar e vindo ao meu encontro. Mas antes dele chegar na minha cama, falei:
EU: Para aí. Tira tuas roupas e vem de 4 como uma cadela no cio. Vem bjando e chupando os pés do teu macho.
THIAGO: Delícia! - Era só o que ele conseguiu dizer. Começou tirar suas roupas e o tempo todo olhando para mim. Ele fez o que eu mandei. Ao tocar nos meus pés com sua língua eu não aguentei.
EU: Ah, caralho! - Falei lambendo os lábios e o encarando.
O safado, ouvindo aquilo e vendo a minha cara de satisfação, ele caprichou muito naquilo que fazia. O novinho, além de lamber todo o meu pé, ainda cuspiu e chupou todos os meus dedos.
EU: Ta bom. Vem, vc agora vai ganhar o que vc tanto quer. - Falei já apertando meu pau, ainda dentro da cueca.
THIAGO: Que saudades. Como ele é cheiroso. Esse seu cheiro é muito bom. - Ele falava e enfiava a cara no meu saco e pau, inspirando forte, como se quisesse memorizar o meu aroma natural. Kkkkkk
EU: Tira a cueca do teu macho, mas não ouse em usar suas mãos. Tira com a sua boca.
Ele não respondeu, só mostrou sua cara de puta obediente e começou a puxar minha cueca, de um lado e depois do outro, até que conseguiu tirar. Eu já tava com pau durão.
THIAGO: Quero vc todos os dias, meu macho. - Ele falou e ja bateu meu pau na sua própria cara.
EU: Não mama ainda.
THIAGO: Por quê? - Ele perguntou, meio que decepcionado.
EU: Quero que vc nunca esqueça do cheiro e sabor do seu maho. Dar um trato em tudo, menos no pau.
THIAGO: Brigadoo! - Ele agradeceu. Aquilo me deixou surpreso. Kkkkk
Ele caiu de boca, na minha virilha, lambendo e cheirando meus pêlos fartos e escuros. Lambeu tudo e eu só observava e gemia. Era difício imaginar que ele nunca tinha feito aquilo. Após alguns minutos ele lambendo, cheirando e bjando , eu pedi para ele parar.
THIAGO: Tenho sua permissão, meu macho? - Ele pediu, parecendo realmente uma cadela. Kkkkkk
EU: Permissão concedida. - Falei e rir de sua cara. Aquilo tudo me deixava com mais tesão e ao mesmo tempo era muito engraçado.
O novinho, não com sede ao pote. Era como se ele quisesse realmente registrar tudo. Ele começou a cabeça e lamber a cabeça do meu pau. Só depois de ele fazer isso algumas vzs, ele engoliu tudo de uma só vez.
EU: Eita mizera! Assim eu vou acabar gozando rapidinho, minha putinha safada. - Dei-lhe um tapa na sua cara e mostrando o quanto eu gostei daquilo.
THIADO: Delíciaaaa meu macho tesudo. - Ele falou e já engoliu novamente.
O novinho mostrava o que ele queria. Ele agora tava devorando o meu pau e só fazia gemer. Depois de alguns minutos, eu me levanto.
EU: Para agora! - Falei afastando sua boca do meu pau.
THIAGO: Não, por favor. - falou de joelho, implorando para que o deixasse continuar. Era incrível como aquele situação me dava tesão.
EU: Deita na cama de barriga pra cima, com a cabeça fora da cama. - Ele fez o que mandei sem saber o que eu iria fazer. Kkkkk
THIAGO: Tá bom assim, mestre? - Ele chamou de mestre, eu elouqueci, já dei um tapão na cara do safado, puxei os seus peitinhos, o fazendo gemer de dor e tesão.
EU: Abre a boca agora. E se tu ousar mover sequer as tuas mãos para me parar, eu vou te castigar. - Felei o encarando e bjando sua boca.
Eu me aproximei, encostei minha rola na sua boquinha e soquei de uma vez. Ele engasgou e e lacrimejou e eu ri de tudo aquilo. Mas em momento nenhum ele se moveu.. E eu continuei socando até o talo. Eu urrava de tesão.
EU: Isso, assim que eu gosto. Aguenta tudo. Eu não aguentei muito. Acabei descarregando todo o meu leite dentro daquela garganta. Ele não aguentou e acabou botando meu leite até pelo nariz.
POR HOJE É SÓ GENTE. Kkkkkkk
P.s. O Thiago acabou passando a noite cmg. Tentarei continuar o conto até quarta. Ah, votem e comentei a vontade.
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recantodaeducacao · 3 years
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Mortes por Covid-19: Como ajudar crianças a lidarem com o luto na pandemia
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Cada um dos mais de 2,9 milhões de mortos pela Covid-19 no mundo eram pessoas importantes na vida de alguém. Seja pai, mãe, avós ou amigos, as crianças sofrem com a perda súbita de entes queridos e, devido à pandemia, assim como os adultos, não podem se despedir. Se já é difícil entender a morte e viver o luto na idade adulta, os pequenos lidam de forma diferente com a questão. “A criança vai entender o luto de acordo com cada faixa etária. Até os três anos de idade, o fim da vida é percebido como uma ausência. Entre três e oito anos, a criança assimila a morte de uma forma mais fantasiosa, achando que a pessoa foi viajar e que pode voltar. É a partir dos nove anos que a criança começa a ter consciência da morte de forma mais clara”, explica a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em psicologia clínica pela PUC-SP.
No entanto, independentemente da idade, é importante evitar analogias — mas falar da forma mais simples possível. “O importante é dar a notícia de forma clara, sem muitos detalhes, principalmente se for uma morte trágica, e evitar as metáforas. Um exemplo é dizer que a pessoa ‘virou uma estrelinha’. Isso pode confundir a cabeça da criança e fazer com que ela tenha a esperança de que a pessoa possa voltar.” A psicóloga explica que é importante ajudar a criança a expressar o que está sentindo para elaborar o luto — que é um estado emocional que se caracteriza pelo sentimento da perda. Afinal, a morte é o rompimento mais definitivo de um laço de amor que alguém pode viver.
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‘Nosso inimigo é o vírus, não o presidente nem o governador’, diz Bolsonaro
Há alguns anos, falava-se em estágios do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Hoje eles não são mais considerados peças-chaves no momento. Cada pessoa enfrenta o processo de forma bastante individual e não linear — alguns vivem de forma mais intensa, outros menos. Além disso, a princípio, o luto não é uma doença. Mas, a depender do contexto, pode se tornar patológico. Por isso, fique atento a sinais como culpa, dificuldade na concentração, tristeza profunda e alterações de humor. “É importante ajudar a criança a expressar o que ela está sentindo para elaborar o luto. Rituais são muito bem-vindos, como fazer um desenho, cantar uma música, soltar um balão no céu. Perguntar para a criança como ela gostaria de se despedir e o que ela gostaria de falar é muito importante, pois contribui para o entendimento dela sobre a morte”, avalia Vanessa.
E o segredo está aí: não determinar um tempo para o luto durar, porque pode levar um período para aceitar a condição e adaptar o novo contexto. Fazer terapia também ajuda muito no processo e contribui de uma forma muito positiva na ressignificação da perda. No caso da Covid-19, é importante também aproveitar o momento para explicar a gravidade da doença e os riscos de contaminação, além do motivo do caixão ser lacrado. “Pode ser dito que o velório será substituído por um encontro virtual, com várias pessoas e, nesse encontro, poderá ser organizado um ritual de despedida, onde a criança terá a chance de se manifestar e expressar seus sentimentos. Essa ação pode ajudar a minimizar o sofrimento e a expressar seus sentimentos nesse momento tão difícil”, finaliza a psicóloga.
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wanezaliberto · 3 years
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Crise existencial é um sentimento, um episódio marcado por dúvidas e incertezas diversas, que praticamente todas as pessoas passam em algum momento da na vida. Também é correto dizer que essa situação faz parte da nossa natureza. Afinal, o ser humano é racional e, por isso, fazer perguntas sobre o seu papel no universo deve ser algo encarado com normalidade. Quando bem aproveitados, esses momentos de reflexão podem ser muito bem-vindos, servindo como divisores de águas na transformação pessoal de alguém. É uma oportunidade para desenvolver o autoconhecimento e trabalhar a inteligência emocional, por exemplo, entre outros tantos aprendizados. O problema é quando a crise existencial não é tratada de uma forma natural. Aí, sim, a pessoa pode sofrer até mesmo com alguns sintomas de ordem mental.
Para evitar casos mais graves, é importante ficar atento a alguns sinais característicos da crise existencial e tentar identificar a causa deles o mais rápido possível. Reconhecendo a origem, fica mais fácil atuar sobre o problema.
Uma pessoa pode parecer introspectiva e calma para quem olha de fora. No entanto, sua cabeça, durante uma crise existencial, costuma estar a todo vapor. Pensamentos dos mais variados começam a tomar conta da sua mente – e isso não é o pior. O problema acontece de verdade quando o pessimismo assume as rédeas da situação. Então, começa a haver motivos para se preocupar. É preciso expulsar esses sentimentos o mais rápido possível e mandar essa ansiedade embora. Procure emanar boas energias. Troque o “não consigo” pelo “vou tentar”. Não deixe que a negatividade e o esgotamento mental se apoderem de você.
Para tentar controlar a agitação dos pensamentos, é comum que uma pessoa em crise existencial procure se isolar para ter momentos de solitude e reflexão. No entanto, isso não pode servir de desculpa para fugir de todos os seus compromissos sociais. Desmarcar uma ou duas vezes até é aceitável, o que não pode é a exceção virar regra. Não é porque a crise existencial é um conflito introspectivo individual que você deve se afastar de tudo e todos. Uma conversa com os amigos a respeito do momento que está passando, inclusive, pode ser muito benéfica para trocar experiências e encontrar soluções. Quem sabe uma pessoa próxima não tem uma dica valiosa para ajudar você a superar essa fase? Vale a tentativa.
As crises existenciais podem ocorrer de forma aleatória, sem nenhuma explicação racional. Mas, via de regra, elas surgem em decorrência de um acontecimento marcante. Pode ser a perda de um ente querido, o término de um relacionamento, problemas no emprego e a chegada a uma certa idade – conforme veremos mais à frente. Por se tratarem de momentos delicados, todo o cuidado é pouco para que o pessimismo e o desânimo não ditem as regras do jogo. Por mais difícil que possa parecer em um primeiro momento, essas situações acontecem por algum motivo e sempre é possível tirar algum aprendizado delas. Além disso, essa crise vai passar. Nada dura eternamente.
Se sentir perdido no mundo, talvez, seja o principal sintoma da crise existencial. Nossa cabeça fica com tantas dúvidas que chegamos a perguntar o que estamos fazendo na Terra. A pessoa se sente perdida e se questiona sobre o que pode ser feito para encontrar um caminho a ser seguido. Dúvidas sobre o futuro, sentimento de impotência, desorientação e insegurança são outros sinais de que esse momento não está sendo fácil de encarar. Aqui, mais do que nunca, a presença dos amigos se faz necessária. Ter alguém em quem se confia para exaltar a sua importância em diferentes contextos é fundamental para que um quadro de depressão não acabe se instalando.
Com todas essas confusões mentais, o nosso organismo também começa a sentir os efeitos. A ansiedade por encontrar respostas e as tentativas frustradas de superar essa crise existencial impactam de maneiras diferentes as pessoas. A alteração do apetite é um dos sintomas mais comuns, mas também pode se dar de maneira distinta. Enquanto alguns indivíduos exageram nas refeições, outros perdem completamente a vontade de comer. Outros manifestações comuns são: problemas com sono – seja insônia ou sonolência em excesso -, mudanças bruscas de humor
e, por consequência a tudo isso, diminuição da imunidade.
A crise existencial, por si só, não necessita de tratamento. Ela é um processo natural na vida de todos – que pode ser muito benéfico, inclusive. Por outro lado, ela pode se tornar um problema. Por se tratar de um conflito de natureza reflexiva e individual, quem está com dificuldades de superar essa fase pode tentar se questionar a respeito desses sentimentos. Buscar identificar a razão é o caminho para encontrar a solução. Tentar desopilar, fazendo algo que você goste – como escutar uma música, fazer uma atividade física ou conversar com um amigo – também pode ajudar. O importante é colocar na cabeça que não há problema algum em não ter todas as respostas que procuramos naquele exato momento. Se mesmo com essa introspecção você ainda estiver com dificuldades e alguns dos sintomas acima citados não passarem, é importante procurar ajuda. Não há nada de errado nisso também. Não é sua culpa não conseguir superar uma crise existencial sozinho. Existem profissionais capacitados para oferecer todo o suporte que você precisa, inclusive focando no seu desenvolvimento pessoal  para que, sozinho, possa se habilitar às soluções.
#WanezaLiberto
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my-super-hero-life · 4 years
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Crítica #7 – WandaVision 1x08: Flashbacks e a origem da Feiticeira Escarlate (SPOILERS!)
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Pessoalmente, gosto muito de episódios explicativos. São eles que amarram as pontas soltas e nos colocam a par de toda a situação. O penúltimo capítulo de WandaVision, lançado nesta sexta-feira, dia 26 de fevereiro, fez exatamente isso. Por meio de uma série de flashbacks, contou ao público um pouco da origem da vilã – agora sabemos que trata-se, de fato, da bruxa Agatha Harkness – e, principalmente, da origem da protagonista Wanda Maximoff e de seus poderes, através de sua infância, juventude e o início de sua “carreira” como Vingadora. Entendemos um pouco melhor da motivação da antagonista e, algo que eu já especulava há algum tempo, que os poderes de Wanda podem não ter vindo diretamente da joia do infinito, mas sim sempre terem existido nela. Foram apenas potencializados pela gema. O episódio já começa com Agatha contando à Wanda sobre o que a levou até Westview, o que deixa implícito qual seu objetivo ali.
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Agatha é mostrada como uma bruxa sedenta por poder. Em seu flashback, no século XVII, vemos ela ser julgada por outras bruxas por ter desrespeitado seu clã e ultrapassado os limites de sua magia, se envolvendo com artes das trevas. Porém, ela mata todas as suas inquisidoras – incluindo sua própria mãe – e drena delas seus poderes e suas formas de vida. O que explica o motivo pelo qual ela praticamente não envelheceu mais de 300 anos depois. A assinatura de energia dos feitiços de Wanda foi o que levou a bruxa até Westview, que tem interesse em saber como a protagonista fez tudo aquilo e de que forma tudo aconteceu. É um poder que Agatha, pelo menos a princípio no episódio, desconhece, e que ela quer para si. Nessa tentativa de entender como Wanda criou aquela realidade fictícia e apossou-se de toda uma cidade, a bruxa leva a Feiticeira Escarlate em uma viagem ao seu passado. E aí que as coisas começam a ficar interessantes.
Leia mais: Crítica #5 - WandaVision 1x06: Hospedando o diabo no Halloween? (SPOILERS!)
Entendemos porque Wanda é fissurada por sitcoms no primeiro flashback de sua infância e de onde ela tirou a inspiração para fazer Westview à sua imagem. As séries retratadas desde o início, como “The Dick Van Dyke Show”, “I Love Lucy”, “A Feiticeira”, “Malcolm” etc, são literalmente mostradas aqui. Não fica apenas na referência. O que é muito bacana como homenagem a essas produções. Presenciamos a perda de seus pais e a famosa bomba da Stark Industries que atingiu seu apartamento, mas não estourou. Aqui, fica bastante claro, ao menos para mim, que não foi por acaso que ela não detonou. Agatha diz com todas as letras que a menina, mesmo sem saber, mexeu com as probabilidades e salvou a si própria e ao irmão, o que indica que ela já tinha algum tipo de poder, que não conseguia controlar direito, desde pequena. Acho que é seguro dizer que essa é a semente para os mutantes. Não pode ser outra coisa. O gene X será explicado em breve e Wanda pode ser oficializada como a primeira mutante do MCU. Acredito firmemente nisso.
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Mas sua escala de poder aumentou consideravelmente após a experiência com a joia da mente, feita pela H.Y.D.R.A. Outra cena revisitada pela personagem nos flashbacks. Ao entrar em contato com a pedra, vemos a silhueta da Feiticeira Escarlate dos quadrinhos, com seu sobretudo e adereço na cabeça. Algo como se fosse uma entidade antiga e que escolheu Wanda para ser a portadora de todo o seu poder. Eis a explicação para o poder imensurável da protagonista. A cena com Visão no complexo dos Vingadores, em “Guerra Civil”, apesar de não muito reveladora, tem também uma importância vital. Além de desenvolver mais o relacionamento do casal, reforça a mensagem principal da série, que nada mais é do que luto e superar suas perdas. A frase dita por Visão para confortá-la, logo após a perda de seu irmão, é de extrema poder. “O que é o luto se não o amor que perdura”, o amor que insiste em existir. Uma das cenas mais bonitas e emocionantes dessa série até aqui e que faz um paralelo com a vida real, onde muitas pessoas estão perdendo entes queridos em função da Covid e lutando para seguir em frente. Sensibilidade fantástica da Marvel Studios.
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No último flashback, entendemos que Wanda, na verdade, nunca roubou o corpo de Visão da S.W.O.R.D (Hayward, seu mentiroso!). Ela o criou a partir de seus poderes. Wanda vai visitá-lo na sede da organização e tinha a intenção de despedir-se dele e dá-lo um enterro apropriado. O diretor da S.W.O.R.D, obviamente, não permitiu que ele fosse levado. Tinha planos de fazer do corpo do sintozoide uma arma senciente para proteger a Terra. Lembra algo? Sim, exatamente como Tony Stark queria fazer com Ultron, em “Era de Ultron”. Wanda sai de lá e dirige até Westview, onde Visão havia comprado para ambos uma casa em que poderiam “envelhecer juntos”. É nesse momento que a protagonista entra em colapso e cria seu mundo de fantasia. Não foi Mephisto. Nem Pesadelo. Nem mesmo Agatha Harkness. Foi Wanda o tempo todo. Se recusando a lidar com a dor da perda mais uma vez – depois dos pais e do irmão – e vivendo seu luto da maneira como um ser super herói com poderes de manipulação da realidade faria.
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No fim, Agatha entende que Wanda carrega um poder antigo dentro dela. E, pela primeira vez desde que a personagem apareceu no MCU, a chama de Feiticeira Escarlate. Arrepios nesse momento. Arrisco que no último episódio, veremos Wanda Maximoff com o traje completo de sua personagem em uma batalha fervorosa com Agatha, que deve ter também a participação de Monica Rambeau. Mas muitas questões ainda estão em aberto e devem ser fechadas no último episódio da trama. O Mercúrio era “fake”, ok, isso já entendemos. A própria Agatha diz no começo. Mas seria ele apenas um cidadão comum de Westview e que foi apossado pela bruxa – e que, coincidentemente, tinha a cara do Evan Peters – ou podem ser sinais do início de um multiverso, com a vilã tendo buscado o personagem de uma outra realidade, a da Fox, e controlado sua mente? As duas possibilidades são válidas e teremos que esperar o desfecho para saber qual delas se concretizará. Estou apostando mais na primeira. Foi apenas um fan service e nada mais.
Leia mais: Crítica #4 – WandaVision 1x05: Uma surpresa GIGANTESCA! (SPOILERS!)
Tem ainda uma cena pós-créditos MEGA importante para a história, onde vemos o diretor Hayward dando vida à sua arma do projeto Catarata. Nada menos do que o Visão versão branca. Isso não é novo, tem nos quadrinhos. Quando morre pela primeira vez, o personagem retorna em uma versão branca, sem nenhuma memória de sua vida passada e novo em folha, basicamente como um CD virgem. Essa pode ser a deixa para a manutenção do Visão no MCU, será? Existe a chance do Visão criado pela Wanda transferir sua consciência/alma para essa máquina de alguma forma e poder continuar existindo fora do “Hex”. É uma forma da Marvel aproveitar o personagem, só que com uma nova roupagem. E os gêmeos, como o MCU fará para que eles não desapareçam no fim das contas com a quebra do domo? 
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Bom, em suma, é mais um episódio espetacular de WandaVision – que mostra como a Marvel Studios evoluiu de fazer apenas histórias de super-heróis para temas mais densos e profundos – e que inicia com chave de ouro as séries do MCU na Disney+. O último episódio sai na próxima sexta-feira e já estou com saudades. Louco para ver como tudo isso vai ser finalizado e como será a conexão com Dr. Estranho (Será pelo livro de Agatha Harkness?). Só sei que a chance do Mago Supremo dar as caras é grande, e mal posso esperar
WandaVision 1x08 Nota: 5,0/5,0
Por @PV_Vasconcellos
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imapochemuchka · 4 years
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Morte e Amor
Estar vivo significa estar sujeito a uma série de pegadinhas.
Digo pegadinhas porque na maioria das vezes as coisas nos encontram sem que nós estivéssemos esperando por ela e mesmo quando estamos esperando, os sentimentos que nos atingem podem ser uma imensa surpresa.
A morte se encontra nessas duas possibilidades.
Esse foi um assunto que me assustou por muito tempo. Eu não entendia como em um momento alguém poderia estar aqui e de repente não estar mais. Eu não gostava de ouvir parentes falando que um dia morreriam ou ouvir conversas sobre morte. Quando passava próximo de cemitérios e funerárias eu tinha o costume de virar o rosto, uma tentativa falha e infantil de evitar o inevitável.
Até que ela chegou a mim pela primeira vez.
Não que eu não tivesse tido notícias de que alguém tivesse morrido antes dos meus dez anos, mas nessa idade eu tive a primeira experiência onde eu pude de fato compreender o que é morrer. 
E é interessante pensar que a partir daquele momento em que eu a conheci eu não a temi mais. 
Acho que é aquela frase que dizem por aí, que só temos medo daquilo que desconhecemos.
Eu ainda tenho medo sim de como vai ser quando algumas pessoas da minha vida se forem, mas já consigo compreender que é um processo natural da vida e que em algum momento vai acontecer.
Mas voltando ao início do texto, é intrigante ver que de acordo com a forma e quem morreu nós reagimos de formas diferentes.
Quando as pessoas morrem de repente é assustador, parece que o mundo inteiro vai ruir. Parece que tudo saiu dos eixos e nós não tivemos tempo de nos preparar para o que estava vindo. Parece que nunca mais teremos força de levantar e seguir a vida como fazíamos sem nem nos darmos conta. É como se o chão tivesse desaparecido. A dor é dilacerante e não há remédio que cure essa ferida.
Porém, a iminência da morte não garante que a dor seja reduzida ou que não haja sofrimento. Por experiência pessoal, tudo parece ficar mais confuso. São todos os sentimentos de uma única vez, os bons e os ruins, os trágicos e os otimistas. Não dá para saber o que estamos realmente sentindo.
Existem casos específicos que às vezes nos fazem questionar inclusive o amor que sentimos pela pessoa acamada. Ver alguém que amamos em situação de sofrimento é dolorido, mas saber que a morte é a única cura possível para aquele sofrimento dói mais ainda. Só que sem que nos déssemos conta, começamos a desejar a morte daquela pessoa. 
Nos repreendemos.
“Como assim? Você quer que ele morra? Mas isso não faz o menor sentido. Devia orar e pedir aos céus que lhe restabeleça a saúde. Que os médicos sejam iluminados pelo Senhor e cure tudo que há de ruim no corpo dele.”
Não há necessidade alguma de repreensão.
Às vezes o sofrimento do ente querido é explícito e todos os esforços médicos já foram realizados.
Desejar o ato final não é sinônimo de desejar algo ruim.
É o mesmo que desejar que tudo fique bem.
É exercitar o desapego daquela pessoa.
É saber que seria egoísmo demais pedir para que fique mais um pouco quando ela claramente já não tem mais forças para fazer isso.
Pode parecer cruel, eu sei, mas eu vejo como um verdadeiro ato de amor permitir que elas partam.
A saudade vai doer todos os dias e você vai se acostumar com ela.
E por mais que não possa parecer o sofrimento do coração, do sentimento, é bem menos pior do que o sofrimento físico.
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