Tumgik
#Etnias Indígenas
antonioarchangelo · 11 months
Text
O Brasil e suas 170 línguas maternas
O Brasil é uma nação conhecida por sua riqueza cultural e diversidade. Essa riqueza não se limita apenas à música, dança e culinária, mas também se estende às línguas faladas por suas comunidades indígenas. No vasto território brasileiro, mais de 300 línguas indígenas foram identificadas, formando um mosaico linguístico único e intrigante que representa um patrimônio inestimável da nação. As…
Tumblr media
View On WordPress
3 notes · View notes
falangesdovento · 8 months
Text
4 notes · View notes
edsonjnovaes · 1 month
Text
Javyju - Estréia - EDIÇÃO AGORA / ON-LINE
Edição: 24 ago 2024
0 notes
unspokenmantra · 5 months
Text
Tumblr media Tumblr media
O nome dela é: GRAZIELA SANTOS!!! Guardem esse nome aí.
🖤🖤🖤
via DW Brasil/Deutsche Welle
0 notes
miku-earth · 2 days
Text
Tumblr media
Tb fiz um design inspirado na etnia indígena Pataxó (pq eu sou pataxó!!) mas ainda não acabei. POR MAIS MIKUS INDÍGENA by Jack_Eriel
45 notes · View notes
saopauloantiga · 8 months
Text
Tumblr media
PARABÉNS SÃO PAULO - 470 ANOS!
Ela tem problemas, é congestionada, poluída, caótica e ao mesmo tempo é acolhedora, rica, atrativa e dinâmica. É a cidade que amamos odiar e odiamos amar.
Seja para viver, trabalhar ou “turistar”, São Paulo tem um charme único que não sabemos explicar, movido pela força de indígenas, negros, portugueses e tantos outros povos e etnias que fazem dessa cidade um incrível caldeirão cultural e gastronômico.
58 notes · View notes
rupalpspodrace · 1 year
Text
ICYMI: The Chilean Star Wars Visions short, "In the Stars" was inspired by the genocide of the Selk'nam, an indigenous group in Patagonia.
You can read a little bit about that here:
But yesterday, after a long campaign, the Selk'nam finally gained official recognition from the Chilean government:
Here's a little bit in English about what it means for them to be officially recognized, and what it took to get there (written beforehand):
This official recognition also includes the Chilean government admitting its fault in the genocide publicly, which is a really big deal.
Also, a movie about the Selk'nam genocide, "The Settlers" (Los Colonos), which won an award at Cannes, was also just selected by the Chilean Film Academy as Chile's entry for the Oscars this year (and will be coming out for wider audiences soon!):
"In the Stars", sadly, was disqualified from the Emmys this year on a TECHNICALITY - there will be NO short form animated entries this year because of a mess behind the scenes.
All that being said, it's wonderful news for the Selk'nam this week, and it's really cool when Star Wars reflects a real world struggle against fascism.
135 notes · View notes
projeto-potiguara · 25 days
Text
Quem é a Eliane Potiguara ?
Eliane Lima dos Santos  nascida no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1950 mais conhecida por Eliane Potiguara é uma professora, escritora, ativista e empreendedora indígena brasileira. Fundadora da Rede Grumin de Mulheres Indígenas. Foi uma das 52 brasileiras indicadas para o projeto internacional "Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz".
Eliane é uma mulher indígena da etnia Potiguara, originária do estado da Paraíba, no nordeste do Brasil. Nasceu no Rio de Janeiro, pois seus antepassados tiveram que migrar das terras tradicionais da etnia Potiguara para o Rio de Janeiro, por conta das invasões de terra. Iniciou a exercitar a escrita ainda na infância, redigindo cartas a pedido de sua avó Maria de Lourdes, para que a família mantivessem os vínculos com os parentes paraibanos e não se afastasse das tradições de seu povo. A avó, referência de luta e ancestralidade, é figura central na produção literária da escritora e na aguerrida atuação que ela encampa pelos direitos, sobretudo, das mulheres indígenas.
Tumblr media
fontes : wikipédia e editora do brasil
6 notes · View notes
chocoevelyn1 · 6 months
Text
Segundo parcial
Estado de Chiapas
Chiapas es uno de los estados más ricos en diversidad y cultura de México. Es cuna de etnias indígenas como los tzotziles, zoques, chamulas, tzeltales y lacandones. El estado de Chiapas cuenta con hermosas ciudades prehispánicas como Palenque y Bonampak, Yaxchilán y Toniná; con un sagrado pasado maya.
La ciudad de las casas de San cristobal.
San Cristóbal de las Casas es una ciudad en la zona alta del estado de Chiapas al sur de México. Es conocida por su arquitectura colonial bien conservada, como la Catedral de San Cristóbal de color amarillo y con siglos de antigüedad ubicada en el Parque Central.
Llavero de fieltro bordados
Tumblr media
¿Que es ?
Un llavero de fieltro bordado es un accesorio para llaves hecho de fieltro, un material textil no tejido. Estos llaveros suelen tener diseños bordados en ellos, lo que los hace personalizados y decorativos. Son populares como regalos hechos a mano o como artículos de mercadería.
Material
El material más comúnmente utilizado para bordar sobre fieltro es hilo de bordar de algodón o poliéster. Este tipo de hilo es duradero y viene en una amplia gama de colores, lo que permite crear diseños vibrantes y detallados en el fieltro. Además del hilo, a veces se pueden utilizar otros materiales decorativos como cuentas, lentejuelas o cintas para agregar textura y detalles adicionales a los bordados.
¿para que se utiliza?
Los llaveros de fieltro bordados se utilizan principalmente para mantener organizadas y identificables las llaves. Además de su funcionalidad práctica, también pueden servir como accesorios decorativos o incluso como obsequios personalizados. Algunas personas los coleccionan como recuerdos de lugares visitados o eventos especiales.
¿Quien lo creo ?
La invención y el primer desarrollo de este arte debe atribuirse a los babilonios pues de Mesopotamia procedían los más famosos bordados en la Edad Antigua así como de Egipto los tejidos finos y las tapicerías en lino llegando a decir Plinio que el telar egipcio había vencido a la aguja Babilonia
https://es.m.wikipedia.org/wiki/Bordado#:~:text=La%20invenci%C3%B3n%20y%20el%20primer,vencido%20a%20la%20aguja%20Babilonia.
Second partial
State of Chiapas
Chiapas is one of the richest states in diversity and culture in Mexico. It is the birthplace of indigenous ethnic groups such as the Tzotzils, Zoques, Chamulas, Tzeltales and Lacandones. The state of Chiapas has beautiful pre-Hispanic cities such as Palenque and Bonampak, Yaxchilán and Toniná; with a sacred Mayan past.
The city of houses of San Cristobal.
San Cristóbal de las Casas is a city in the upper area of ​​the state of Chiapas in southern Mexico. It is known for its well-preserved colonial architecture, such as the centuries-old yellow San Cristóbal Cathedral located in Central Park.
Embroidered felt keychain
Tumblr media
What is ?
An embroidered felt keychain is a key accessory made of felt, a non-woven textile material. These keychains usually have embroidered designs on them, making them personalized and decorative. They are popular as handmade gifts or merchandise items.
Material
The most commonly used material for embroidering on felt is cotton or polyester embroidery thread. This type of yarn is durable and comes in a wide range of colors, allowing you to create vibrant, detailed designs on the felt. In addition to thread, other decorative materials such as beads, sequins, or ribbons can sometimes be used to add texture and additional detail to embroidery.
what is it for?
Embroidered felt keychains are primarily used to keep keys organized and identifiable. In addition to their practical functionality, they can also serve as decorative accessories or even personalized gifts. Some people collect them as souvenirs of places visited or special events.
Who created it ?
The invention and first development of this art must be attributed to the Babylonians since the most famous embroideries in ancient times came from Mesopotamia, as well as from Egypt the fine fabrics and linen tapestries, Pliny even saying that the Egyptian loom had defeated the babylon needle.
2 notes · View notes
vocativocom · 8 months
Text
Por que a crise dos Yanomamis persiste mesmo com novo governo
Imaginou-se que a mudança na presidência da República traria uma solução para a grave crise humanitária dos yanomami. Infelizmente não foi o que aconteceu. O Vocativo buscou especialistas para entender o que está acontecendo
No início de 2023, o país assistiu em choque à grave crise humanitária que se abateu sobre a Terra Indígena (TI) Yanomami, em Rondônia. As imagens de crianças em estágio avançado de inanição finalmente fizeram o restante do país perceber que a etnia enfrenta, há anos, uma realidade de miséria, desnutrição grave, malária, verminose, pneumonia e outras infecções respiratórias agudas. O principal…
Tumblr media
View On WordPress
2 notes · View notes
rod1on · 2 years
Text
igual…. no se si el concepto de raza es distinto acá que en eeuu, es decir seguimos siendo sociedades racistas con ideales de supremacía blanca donde mientras más europeo mejor y mientras más indígena y negro peor. eso es una realidad e ignorarla no sirve de nada la verdad. pero lo que si creo que es distinto es como funciona el tema identitario sobre todo por como fue el sistema de colonización que se llevo a cabo en cada lugar. cuando decimos acá somos todos mezcla (que tampoco taaan asi es) lo decimos porque los españoles llevaron a cabo la política de mejorar la raza y trajeron más que nada hombres solo para que se mezclen con las mujeres de los pueblos indígenas. no se bien como fue en eeuu pero tengo entendido que no hubo política de interacción o de mezcla siquiera con los pueblos indígenas (por más de que haya habido de hecho mezcla). y como resultado la raza o la etnia es algo que se puede contabilizar, no como acá donde es estupido hacer eso.
8 notes · View notes
antonioarchangelo · 11 months
Text
América: Território indígena
Este conteúdo educativo explora a complexa situação das terras indígenas no Brasil, destacando sua importância para a sobrevivência física e cultural dos povos indígenas.
Os povos indígenas das Américas têm uma rica história que remonta a milhares de anos. Atualmente, eles enfrentam uma série de desafios relacionados à terra, cultura, direitos e desenvolvimento. Esta visão geral examinará a situação dos povos indígenas em várias regiões das Américas, com foco especial no Brasil e suas populações originárias. I. Américas: Uma Diversidade de Povos…
Tumblr media
View On WordPress
1 note · View note
falangesdovento · 2 years
Text
Tumblr media
Garota Desana Brasileira, Rio Negro (Amazônia)
O povo Desana se autodenomina “Gente do Universo”.
“Segundo a tradição oral dos Desana, comum a outros povos Tukano orientais, os ancestrais da Humanidade seguiram o curso dos rios Amazonas, Negro, Uaupés e seus afluentes, saindo do Oceano Atlântico em um navio – a “Canoa -de-Transformação”. Ao longo da viagem pararam em inúmeras “casas de transformação”, onde realizaram celebrações. A viagem subaquática na Canoa-da-Transformação é assimilada à humanização e amadurecimento progressivo dos ancestrais da Humanidade. Eles encalharam entre as corredeiras de Ipanoré, no médio rio Uaupés. Foi nesse local que se deu a diferenciação entre brancos e índios. O ancestral dos brancos foi então para o sul, enquanto os índios subiram o curso do rio e seus afluentes procurando um bom lugar para morar.
5 notes · View notes
edsonjnovaes · 7 months
Text
MULHERES INDÍGENAS LUTAR É RESISTIR 1.2
Encontro Internacional – Mulheres de Abya Yala – Bartolina Sisa. Fórum Popular da Natureza – 2020 05 set As Mulheres Indígenas da Terra Jaraguá, povo Guarani de Pindorama (Brasil) participaram do Encontro Internacional – Mulheres de Abya Yala – Bartolina Sisa realizado em 05 de setembro de 2020, das 18h às 20h online pelo Forum Popular da Natureza. Bartolina Sisa fue una valerosa heroína…
Tumblr media
View On WordPress
#articulação pelos direitos humanos defesa seus povos e territórios#dez anos da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas#dia 05 setembro 1782 Bartolina Sisa#diálogo entre as mulheres indígenas Nações Unidas#direito à terra e processos de retomada#documentário Mulheres Indígenas: Vozes por Direitos e Justiça#educação#empoderamento mobilização social participação política de mulheres indígenas comunidades#empoderamento político#Encontro Estadual São Paulo de Mulheres Indígenas Lutar é Resistir 2018#Encontro Internacional - Mulheres de Abya Yala - Bartolina Sisa. Fórum Popular da Natureza#especificidades das mulheres indígenas#Guerreira Aymara Bartolina Sisa#Guerreiras Chirley Pankará Márcia Mura Cris Takuá Julieta Paredes#justiça defesa dos direitos individuais e coletivos#Letícia Indi Oba indígena da etnia Payayá organizadoras do ato#marco temporal demarcações de terras direitos dos povos indígenas#mulher quéchua esquartejada rebelião anticolonial de Túpaj Katari Alto Peru Bolívia#MULHERES INDÍGENAS LUTAR É RESISTIR#ONU Brasil abril 2018 Brasília DF)#ONU Mulheres apoio às mulheres indígenas#Patrícia Jaxuká Sônia Barbosa Tamikuā Txihi#políticas afirmativas autoafirmação ampliação mercado de trabalho jovens indígenas#projeto Voz das Mulheres Indígenas ONU Mulheres Embaixada da Noruega#propostas de saúde#reivindicações das mulheres indígenas#saúde educação segurança#tradições e diálogos intergeracionais#violação dos direitos das mulheres indígenas violência contra mulheres e meninas)
0 notes
tony999sworld · 1 year
Text
LITERATURA COLONIAL DE CHILE
¿COMO ERA EL ORIGEN DE CHILE?
Los restos arqueológicos mas antiguos de chile continental han sido ubicados en monte verde a finales del paleolítico superior, convirtiéndolo en el primer asentamiento humano conocido en américa en este periodo descolló la cultura chinchorro, desarrollaba en el norte del pais entre 5.000 y 1.700 A.C.
¿COMO ERA LA LITERATURA EN CHILE?
La literatura de Chile hace mención al conjunto de producciones literarias creadas por escritores originarios de ese país; ha sido producida habitualmente en español, aunque existen también autores, principalmente poetas, que utilizan otros idiomas, en particular el mapudungun. Especialmente en el ámbito de la poesía, cuenta con varios escritores de renombre, como Vicente Huidobro, Enrique Lihn, Gabriela Mistral, Pablo Neruda, Nicanor Parra, Pablo de Rokha, Gonzalo Rojas, Jorge Teillier y Raúl Zurita, entre otros. En el campo de la narrativa, destacan también Isabel Allende, Roberto Bolaño, María Luisa Bombal, José Donoso, Jorge Edwards, Pedro Lemebel, Antonio Skármeta, entre otros.
¿COMO ERA LA SOCIEDAD?
La sociedad colonial en Chile era estamental, es decir, presentaba una escasa movilidad social y estaba conformada en orden jerárquico por los conquistadores españoles, sus descendientes (criollos), las y los mestizos, la población indígena y los esclavos.
Los españoles, con el pasar del tiempo, se transformaron en una elite militar que traspasó su poder mediante las encomiendas. En la zona norte se dedicaban principalmente a las encomiendas y las actividades mineras, mientras que en la zona centro sur conformaron una elite encomendera de rasgo ganadero y agrícola.
¿CUANDO FUE LA COLONIA EN CHILE?
La sociedad colonial, entre los siglos XVII y XVIII, tuvo un carácter estamental y la vida de las personas estuvo marcada por la clase social, el lugar de nacimiento y el género. El grupo social más poderoso estuvo conformado por los españoles y criollos quienes se asentaron en grandes solares en las dos principales ciudades: Santiago y Concepción. Mientras las mujeres estaban encargadas de la economía doméstica, los hombres eran militares, se dedicaban al comercio o a la administración del campo.
El grueso de la población era mestiza y se dedicaron al trabajo rural, oficios urbanos y domésticos. Vivían en pequeños ranchos en los que se agrupaban muchas familias en un mismo espacio. Las mujeres mestizas eran sirvientas, cocineras o costureras, mientras que los hombres eran sirvientes o peones.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
AUTORES DE MEMORIA CHILENA
Tumblr media
¿COMO ES LA HISTORIA DE CHILE?
La historia de Chile se divide generalmente en doce periodos que abarcan desde el comienzo del poblamiento humano del territorio actual de Chile, hasta la actualidad.1​
El periodo prehispánico corresponde a la historia de las diferentes etnias amerindias presentes en el territorio, extendiéndose desde alrededor del año 14 800 a. C. hasta la llegada de los españoles. A partir de 1492, se iniciaron las exploraciones europeas en el continente americano. En 1520 Fernando de Magallanes y su expedición fueron los primeros europeos en llegar a Chile por el sur a través del estrecho que hoy lleva su nombre, y en 1536 Diego de Almagro comandó una expedición hasta el valle del Aconcagua y el norte del actual Chile.
El tercer periodo corresponde a la conquista hispana, que se extendió entre 1536 y 1598 con la guerra de Arauco, durante la cual los habitantes hispanos fueron atacados constantemente por los mapuche rebeldes. El período hispánico cubre algo más de dos siglos, entre 1598 y 1808, lapso marcado por el establecimiento de las instituciones reales.
El denominado periodo de la Independencia se desarrolló desde que Napoleón Bonaparte capturó al rey español de ese entonces Fernando VII en 1808 hasta la abdicación de Bernardo O'Higgins en 1823. Estuvo marcado por la guerra entre patriotas y realistas. La Patria Vieja, iniciada con un cabildo abierto el 18 de septiembre de 1810, llegó a su fin con la derrota patriota en la batalla de Rancagua en 1814, que dio inicio al periodo conocido como reconquista. Los patriotas sobrevivientes huyeron a la ciudad argentina de Mendoza, donde se aliaron con el gobernador independentista de la provincia, el general José de San Martín, y formaron el «Ejército Libertador de los Andes». La reconquista terminó en 1817 con la batalla de Chacabuco, en la cual el «ejército Libertador» derrotó al ejército realista. El triunfo militar definitivo se dio el año siguiente en la batalla de Maipú.
Entre 1831 y 1861, tuvo lugar el periodo de la república conservadora. Estuvo marcado por la puesta en vigor de la Constitución de 1833, establecida por Diego Portales, con un gobierno fuerte y centralizador. A pesar de algunos intentos de subversión, se mantuvo la estabilidad institucional y el país conoció la prosperidad económica.
2 notes · View notes
blogdojuanesteves · 1 year
Text
YEPÉ > EDU SIMÕES
Tumblr media
Em janeiro de 1909 o romancista francês Marcel Proust (1871-1922) experimentou uma recordação involuntária de uma memória de infância quando provou um biscoito. Em julho retirou-se do mundo para escrever um romance, terminando o primeiro rascunho em setembro de 1912. Du côté de chez Swann (O Caminho de Swann) tornou-se seu primeiro volume da obra monumental À la recherche du temps perdu ( Em busca do tempo perdido), recusado em várias ocasiões mas finalmente publicado às suas custas em novembro de 1913.
Tumblr media
Em Yepé (Instituto Olga Kos, 2023), o fotógrafo paulistano Edu Simões faz também uma espécie de revisão sobre a sua infância tendo como cenário a cidade que dá nome ao livro começando a fotografá-la em 2015. Iepê, no interior paulista, às margens do rio Paranapanema onde um dia habitaram os Guarani, um título que vem do tupi-guarani, que significa "lugar único". Uma das imagens do livro é uma urna funerária desta etnia, considerada a maior já encontrada por arqueólogos no país. Seus colonizadores, entre eles o ancestral do fotógrafo José Nogueira Jaguaribe Filho, em 1927 queriam colocar na cidade o nome de  Liberdade, mas este já existia.
Tumblr media
O gatilho de Simões para esta espécie de documentário pessoal, como feito pelo escritor francês, foi ter encontrado no lugar há poucos anos, amigos de seu pai e que ele não tinha lembrança, mas que lembravam dele. Resolveu então fazer um registro maior da cidade e cercanias onde passou inúmeras férias na fazenda da família, poucos quilômetros de Iepê. Um roteiro afetivo, mas atraído pelas peculiaridades do lugar. Ao apresentar boa parte das imagens ao editor da coleção de fotografias do IOK, João Farkas resolveu ampliar seu trabalho que agora apresenta. 
Tumblr media
Eduardo Simões é um fotógrafo de larga experiência. Desde o início dos anos 1980 quando fez parte da icônica F4, a primeira agência de fotojornalismo brasileira independente, que reunia fotógrafos como Nair Benedicto, Juca Martins, Delfim Martins e Ricardo Malta, entre outros. Ao longo de um percurso de sucesso, foi editor das revistas Goodyear e Bravo!, tendo publicado o belíssimo  Amazônia ( Terra Virgem, 2012) [ leia aqui review https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/146356003506/amaz%C3%B4nia-edu-sim%C3%B5es ] e o original Marmites ( Éditions Bessard, 2018) [ leia aqui review https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/182987343411/em-table-comes-first-family-france-and-the ] ambos trabalhos de fôlego e longo tempo.
Tumblr media
Farkas em sua apresentação escreve: "Desde que eu vi as primeiras imagens eu logo percebi que não se tratava apenas de mais uma série de imagens produzidas por ele. Eu vi ali quase que uma tese sendo exemplificada. O que o Edu nos oferece é uma avaliação do poder do olhar fotográfico de se apropriar e de discutir visualmente até a menos relevante das realidades, a realidade menos glamourosa ou menos espetacular e ainda as pessoas menos fantásticas, menos destacadas."
Tumblr media
Se quando menino, Simões e seus primos divertiam-se procurando vestígios dessa ocupação indígena, "na forma de pontas de flecha e machados de pedra ou no que chamávamos apropriadamente de "cacos de índio", isto é, os fragmentos de belas peças", conta ele, este imaginário tornou-se mais ontológico, ainda que se configure como um registro documental da região, repleta de campos de soja e cana de açúcar, pouco gado criado em sua maioria pela mãe do fotógrafo, próximos a pequena localidade que conta com cerca de oito mil habitantes segundo o censo de 2020.
Tumblr media
O resultado é um apanhado imagético poético e lírico, onde predominam os retratos, dos quais o fotógrafo é um reconhecido virtuose; paisagens rurais e a arquitetura urbana, destacando suas peculiaridades históricas e cotidianas em um percurso afetivo, fragmentos de sua existência, como as armas enferrujadas que o pai comprou quando adolescente; as estruturas da entrada da cidade com tucunarés esculpidos e moldados a colunas semelhantes a dóricas; até mesmo irônicos como um túmulo que ao invés de um jarro de flor, mostra um único tijolo; uma árvore arranhada por uma onça, que frequenta o lugar ou o velho ventilador de sua mãe, "por conta do calor infernal que faz no lugar", salienta Simões. Imagens que tornaram-se um complexo roteiro percorrido pelo autor.
Tumblr media
O fotógrafo, segundo ele mesmo, vai misturando suas memórias. Ele me conta que não é por terem menor importância que podem perder seu valor. Este olhar e pensamento, já reverbera no raciocínio de Simões quando ele fazia as fotografias para a "Geografia pessoal" dos escritores nos extintos Cadernos de Literatura publicados pelo Instituto Moreira Salles (IMS) a partir de 1996 com a monografia do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999) até 2012, o último, sobre o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). O ensaio fotográfico foi incorporado no número 2 com o paulista Raduan Nassar, com uma visita a sua  fazenda Lagoa do Sino, em sua Pindorama natal. Neste encontro, a imagem do escritor em seu ambiente, as referências em sua obra a uma visualidade indissociável de lugares e cidades. Por extensão, a familiaridade com esta produção de 20 Cadernos, estava mais que incorporada em sua obra e em suas narrativas documentais, que afloram agora em sua própria história.
Tumblr media
A narrativa em Yepé nos leva a análise que o parisiense Gilles Deleuze (1925-1995) faz de seu conterrâneo Proust*. Pode ser memorialista com fragmentos autobiográficos, em sua interpretação, ou melhor ao confrontar a realidade em planos paralelos de consciência que relacionamos a uma série de signos das imagens que aparecem ao longo do livro, conceitos de amizade e arte embutidos em sua forma, definida como a parte de um fenômeno cuja função é motivacional no que diz respeito ao sentido na mente de um intérprete. Portanto fotografias às vezes desconexas encontram um certo alinhamento no seu conjunto maior. Muito distante de publicações que procuram problematizar algo que revela-se inconsistente.
Tumblr media
Assim, Edu Simões fotografa carros antigos e a pegada de uma onça, que de certa maneira é algo circular, segundo ele. Ou então as curiosas descobertas feitas, como o salão de cabeleireiro chamado Askalon Studio, em uma pequena casa vernacular mas cujo nome remonta a última batalha da primeira cruzada de 1009. "Muitos na cidade sabem quem eu sou. Nela não sou fotógrafo, eu sou filho da dona Gilda, assim não tive muita dificuldade em ser recebido nas casas das pessoas. Elas que permitiram eu entrar nesse pequeno universo, relata o fotógrafo. Um relacionamento que torna-se cognitivo, o que nos leva a representação deste em imagens. 
Tumblr media
O livro traz também um descobrimento pessoal. "Foi uma descoberta e o motivo é o meu trabalho mais pessoal. Nunca pensei em fazer estas fotografias, muito menos que elas fossem publicadas." fala Simões, embora muitas vezes acontecesse de passar uma semana na cidade e produzir apenas uma única imagem. Como dificuldades ele lembra que os moradores já viram tudo. "então o que eu tinha era sempre sugestões de onde comer, essas coisas. A alma do projeto, óbvio, é o hábito que cultivo há anos, uma forma de ver, de entender o linguajar de pessoas que fui conhecer trabalhando na casa de minha mãe."
Tumblr media
Lembrando ainda Deleuze, é evidente que pensar em uma perspectiva memorialista da obra como um todo pode ser um tanto superficial. João Farkas define bem em seu prefácio: "O que pode ser retratado? O que fica? O que é revelado? Este ensaio do Edu propõe e resolve a questão. Este olhar que transforma e dá significado para o nosso cotidiano, para os elementos que nos cercam, para todas as pessoas e para todos os lugares é um exercício, digamos assim, quase zen de introspecção e busca do valor e da beleza do outro."
Imagens © Edu Simões.  Texto © Juan Esteves
*Proust and signs (George Braziller, 1972)
O livro será lançado  dia 9 de setembro, às 19:00hs na Bienal do Livro - Pavilhão Verde. - T27 - RIOCENTRO, Rio de Janeiro.
Lançamento em São Paulo no MIS em 23 de outubro 19:00hs- Av Europa, 158, Jardim Europa
Infos básicas:
Imagens: Edu Simões
Edição; João Farkas e Kiko Farkas
Design: Kiko Farkas/Máquina Estúdio/ Assistente Helena Ramos
Edição bilíngue português/ inglês
Realização Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural
Pré-impressão e Impressão: Ipsis Gráfica e Editora
Papel couché matte/ 3 mil exemplares/ Capa dura.
4 notes · View notes