Muitos de nós chegamos a casa dos 30 com nada resolvido. Mas queria que você soubesse que está tudo bem se isso acontecer com você ou estiver acontecendo, porque quando digo que somos muitos, é porque somos muitos.
Na verdade, não sei se está tudo bem, mas sei que acontece - bastante, como fiz questão de frisar - e parece ser tão assustador atravessar a porta dos 29, que te dizer isso pode ser um acalento, caso você esteja chegando nessa fase. Se você ainda morar com seus pais ou em uma kitnet mobiliada em que os móveis não seus ou talvez divida aluguel com amigos ou more em um quarto de república, está tudo bem, você está dando seus passos na medida que você consegue.
1. As crises política, jurídica e econômica
a. Crise Política:
O período anterior à Segunda Guerra Mundial foi marcado por intensas turbulências políticas. A emergência do totalitarismo nos países europeus, notadamente o Fascismo na Itália e o Nazismo na Alemanha, desafiou as normas democráticas prevalecentes e conduziu o mundo a um conflito global sem precedentes. Esses regimes, embora…
Críticas — Rainha Christina (1933), A Jovem Rainha (2016), Duas Rainhas (2018), A Jovem Rainha Vitória (2009), Trilogia Sissi (1955 —1957), Corsage (2022)
As melhores rainhas
Rainha Christina (1933) se popularizou na imponente interpretação de Greta Garbo, ora se vestindo de homem, disfarçada na multidão — longe da politicagem do palácio —, ora peitando dissidentes como uma autêntica monarca. Nesse sentido, A Jovem Rainha (2016) sob rigorosa educação luterana tentou acabar com a Guerra dos Trinta Anos, embora estivesse apaixonada pela dama de…
já quis muito da vida. esperei tanto que crescer fosse sinônimo de me tornar alguém multitarefas, desenrolada e segura o suficiente pra desenvolver qualquer coisa no mundo pra poder topar qualquer desafio que a vida quisesse me propor. esses desafios, eu acho que segundo a minha cabeça pareciam trazer um tempero pro meu sentido na Terra, sabe? acho que romantizei muito essa ideia de ser alguém na vida, alguém que teria a nomenclatura certa pras pessoas pensarem em chamar quando precisassem de alguém que chegaria para resolver qualquer parada. mas agora, em plena crise de retorno de saturno, a menos de dois anos até chegar na temida casa dos trinta eu só tenho pensado em como fazer pra alcançar sossego. comecei a reparar que as tantas coisas que eu fazia tanta questão, que eu enchia a boca pra dizer que queria era só porque naquele momento da minha vida, eu realmente não podia ter. quando a gente não pode, tudo parece mais interessante, mais necessário, às vezes até indispensável. quantas vezes eu já perdi o chão por cada uma dessas coisas. quantas vezes eu achei que se não fosse do jeito que eu queria, ia perder a respiração a ponto não conseguir saber como fazer pra continuar. a verdade é que eu sempre fui exagerada assim mesmo. dramática, imediatista, capaz de a qualquer desespero atear fogo nas minhas sensações como uma forma de procurar aliviar o que tivesse por dentro. e o que eu tive por dentro por todo esse tempo era ser alguém. e quanta vida isso me custou... porque ser alguém na minha cabeça, envolvia tudo o que se existe numa vida pra envolver. na família, no amor, no trabalho, na produtividade, na carência de me tornar o que eu buscava tanto ser sem ao menos ter tanta ideia assim do que era ser isso que eu achava tanto que devia. hoje, acho que só tenho pensado em viajar, mas dessa vez, pela primeira vez, não estou fugindo. também não estou indo em direção a nada específico. não há ninguém me esperando nem nada que dependa dessa viagem pra que eu mude a minha vida. eu sinto que só quero estar em outros lugares pra encontrar todas essas indecisões que antes eram tão indispensáveis e agora, não faço a menor de questão de saber o que elas podem ser. eu já não sonho mais em ser alguém, consegue entender? eu só tenho sentido vontade de saber um pouco mais sobre quem eu sou. não me parece mais ter sentido essa história de me esfolar e me desgastar tanto pra me transformar em alguém que vai precisar estar sempre condicionada a uma validação que virá de fora. não me enche mais os olhos essas coisas que venham de fora. de fora, eu só quero as paisagens, aquilo que possa se unir ao que tenho por dentro pra apagar aos poucos essa urgência que ainda sinto pertencer e que quero abandonar. eu já devia saber que não combinaria mais com a pressa, correr nunca foi o meu forte aliás.
Voltar para a mansão me causava ansiedade, porém, o pior era a espera angustiante do sermão que receberia do Batman. Meu pai ainda não havia retornado da crise. Tinha muitos relatórios a fazer, intervenções a realizar e equipamentos e locais para reconstruir.
Alfred cuidou de mim por aqueles dias até que seu patrão retornasse a Gotham. Continuei com minha rotina indo para os estágios e cuidando do Espantalho.
Durante a manhã um oficial de justiça apareceu na porta da mansão com uma prancheta e uma pasta cheia de documentos. Alfred assinou as folhas que estavam por cima com a caneta oferecida pelo oficial, o agradeceu como um belo cortês inglês, fechou a porta e veio até mim, que estava terminando meu café da manhã.
- Tem que assinar estas papeladas, senhorita Wayne.
- Do que se tratam, Alfred?
Olho para a pasta de couro, a abro e vejo o documento de declaração de emancipação. Ali já havia a assinatura do meu pai, a de Alfred e do juiz. Minha certidão de nascimento também estava anexada.
Certidão de Nascimento da cidade de Gotham City
Nome: Victoria Patrick Wayne
Data de Nascimento: 02/09/2005
Nome da mãe: desconhecido
Nome do pai: Bruce Patrick Wayne
Nascida em dois de setembro de dois mil e cinco. Parto realizado no Hospital Thomas Wayne. Mãe deu entrada no hospital sem documentos e sumiu logo após o parto. A criança, nascida do gênero feminino, foi entregue para o Orfanato de Gotham, porém toda a documentação de transferência e admissão está desaparecida.
Exame de teste de DNA foi realizado para a confirmação da adoção e declaração da jovem como filha legítima de Bruce Patrick Wayne de trinta e nove anos, nascido em sete de abril de mil novecentos e oitenta e um na Mansão Wayne, localizada em Bristol, cidade de Gotham City.
Não havia pedido minha emancipação para o meu pai, pois gostaria que tudo fosse conforme a lei natural das coisas. Seria dona de mim após completar meus dezoito anos, apensar de já ter responsabilidades de um adulto. Com tudo, ele parecia precisar que esse momento fosse adiantado para seus fins e objetivos.
- Eu não pedi a emancipação, Alfred. Foi meu pai que fez a petição? Por que ele faria isso sem me consultar?
- Não posso dizer, Victoria. Terá que esperar o retorno do patrão.
- E quando ele volta?
- Esta noite. Pediu-me para servir o jantar as nove.
- Não posso conversar com ele antes de assinar? – Alfred negou. A emancipação era uma ordem.
Após o dia dividido em três turnos de quatro horas em cada local em que trabalhava, iniciando na Torre Wayne, seguindo para o Hospital Geral e encerrando em Arkham, retornei para a mansão de transporte público. Senti o perfume do meu pai por perto e pude ter a certeza de que ele já havia retornado à mansão.
Subi rapidamente para o meu quarto para tomar um banho refrescante e me aprontar para o jantar. O encontrei sentado à mesa trajando o manto de Batman. Seu verdadeiro eu. Sempre entendia que a máscara, de fato, era a face de Bruce Wayne, aquele que se fantasiava para viver em sociedade. Jantamos em silêncio. Damian estava junto conosco e teve que se retirar quando nosso pai o ordenou para que pudesse conversar comigo a sós.
- Dick me informou que houve um incidente em sua ultima missão com a equipe. Li o relatório, mas gostaria de ouvir de você o que aconteceu.
- Acredito que foi um teste que Luthor aplicou depois de eu ter o desafiado meses atrás quando destruí a instalação construída unicamente para o meu projeto. Superboy foi atingido e muito ferido a ponto de constatar sua morte. Assumo que entrei em pânico e busquei uma alternativa de o reviver. Usei meu sangue do modo mais controlado possível para o trazê-lo de volta. Tecnicamente não era para ter dado certo. Nos meus arquivos tudo que posso fazer relacionado ao meu corpo é intrasferível. Assumo minhas responsabilidades pelo ocorrido, por ter falhado com a segurança da equipe e pela quase baixa do Superboy. Também assumo as consequências dos meus atos para com Superboy e quaisquer problemas que venham ocorrer adiante. Tenho consciência de que provavelmente serei a única a pará-lo se for necessário.
- Estou furioso pelo ocorrido, mas orgulhoso. – O olhei, confusa. Pisquei algumas vezes para ter a certeza de que não estava alucinando novamente. – Você solucionou os problemas, salvou um companheiro de equipe, trouxe todos para casa e assumiu a responsabilidade. Não mentiu ou omitiu no relatório.
- Não vai me suspender ou expulsar da equipe?
- Irá cumprir alguns trabalhos menos empolgantes e depois pensarei sobre como ficará na equipe. Discutirei com os outros sua nova posição em Happy Harbor. Assinou a emancipação?
- Sim, senhor.
- Quero que assuma meu lugar na empresa durante minhas ausências. Sinto que está preparada para isso. Você não fugiu do problema, enfrentou como um Wayne deve fazer. Você é uma Wayne, Victoria. – Meu pai se levantou e colocou mais uma pasta com papéis para assinar em cima da mesa na minha frente. – Quero que assine estes papéis. Será sócia majoritária ao meu lado, terá ações e será responsável pelas ações do seu irmão e pela parte sócia dele.
- Pai, não acha que. – Ele me interrompe.
- Você está pronta. – Ditou. Assenti. – Mais uma coisa. Nunca mais use seus poderes para salvar a vida de alguém. Não sabemos as consequências. - Eu compreendo. Não irá se repetir, pai. Eu prometo.
Neste texto da profecia de Jeremias encontramos um contraste de duas classes de pessoas: os que confiam no ser humano e os que confiam em DEUS.
O povo do Judá, contra quem Jeremias falava, confiava em deuses falsos e em alianças militares e não em DEUS. Por isto, eles viviam áridos e sem frutos.
Em contraste, os que confiam no SENHOR florescem como árvores plantadas junto à água (Salmos 1).
Em tempos difíceis, quem confia no ser humano se tornarão empobrecidos e serão fracos espiritualmente, assim não terão forças à quem recorrer.
Quem confia no SENHOR terão abundante fortaleza, não só para suas necessidades, como também para as de outros.
Você está satisfeito de não produzir frutos ou, como uma árvore bem regada, tem forças para os tempos de crise e algo mais para dar a outros enquanto você produz frutos para o SENHOR?
"SENHOR, que eu produza frutos a cem, sessenta e trinta por um! (Mateus 13.23)"
Márcio Melânia
Se você é abençoado por esta mensagem, não guarde para você somente, leia, medite, ore e passe adiante.
olá, sou a cass e essas são minhas personagens no @silencehq !!! caso queira combinar plot com alguma delas, pode me chamar no chat ou no discord #cassie1x1.
ASLIHAN MALBORA? Não! É apenas FAHRIYE AYDAN, ela é filha de HIPNOS do chalé VINTE e tem VINTE E CINCO ANOS. A TV Hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL II por estar no Acampamento há DEZ ANOS, sabia? E se lá estiver certo, FAE é bastante CALOROSA mas também dizem que ela é DISTRAÍDA. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
atividades: corrida com obstáculos e corrida de pégaso (modalidade individual).
biografia completa ・ wanted connections ・ desenvolvimento
depois de anos sendo rotulada de preguiçosa e sem qualquer potencial, ela descobriu sobre sua origem como filha do deus do sono, o que explicou muito sobre seu comportamento sonolento. depois de quase ser morta em um sonho, foi enviada para o acampamento, onde finalmente encontrou um propósito e deu inicio à sua caminhada de auto descoberta. seu poder é a névoa do oblívio, que consiste na habilidade de produzir uma névoa que faz o alvo imediatamente se esquecer do que estava fazendo e se sentir sonolento. de maneira geral, esse é um poder inofensivo, mas se a pessoa inalar uma quantidade grande desse névoa pode ter danos graves na memória. como uma boa filha de hipnos, é bem sonolenta e tá sempre tirando cochilos por aí, nos lugares mais inusitados, mas também se dedica bastante aos estudos e aos treinos durante seus picos de energia, tendo como atividades extracurriculares a corrida com obstáculos e corrida de pégaso, ambas participando individualmente. é uma pessoa extremamente receptiva e divertida, que tem muito carinho e bom humor para entregar por aí, mas não é inocente quanto aparenta.
ALYCIA DEBNAM-CAREY ? Não! É apenas AURORA ELYSIUS, ela é filha de QUIONE do chalé TRINTA E UM e tem VINTE E SETE ANOS. A TV Hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL III por estar no Acampamento há QUINZE ANOS, sabia? E se lá estiver certo, RORY é bastante PRESTATIVA mas também dizem que ela é APÁTICA.
atividades: co-líder da equipe azul da parede de escalada, faz parte da equipe azul de esgrima e pratica corrida de pégasos.
biografia completa ・ wanted connections ・ desenvolvimento
é filha de quione, concebida durante um romance fugaz com um mortal de bom coração. oriundos da finlândia, pai e filha moravam tranquilamente em uma região remota do país, até que o homem foi atacado por um monstro que queria ceifar qualquer linhagem da deusa da neve, por fim morrendo nas garras da criatura. ciente do que acontecia, quíron enviou um sátiro para resgatar a garota e leva-la para o acampamento, onde foi acolhida pela comunidade. ela só foi reclamada depois de quatro anos, após enfrentar uma criatura que ameaçava desencadear um inverno eterno sobre o mundo dos mortais. infelizmente, quione ressente muito a filha, pois ela remete à falha mortal em proteger a vida de se seu antigo amado e esse sentimento rendeu à semideusa uma maldição: todas as lágrimas derramadas por aurora se cristalizam, se tornando cristais de gelos dolorosos e cortantes. desde então, a semideusa não se permite mais chorar e tem dificuldade para lidar com os próprios sentimentos, reprimindo o que não pode ser traduzido a sarcasmo e crises de raiva. o poder dela é a criocinese e sua arma um cetro que amplifica seus poderes e lançam rajadas de ar.
Há relatos na família de que essa não foi a primeira vez (e talvez não seja a última). anos atrás foi a minha bisavó que se trancou no guarda-roupas e ateou fogo em seu próprio corpo. nem imagino o quanto deve ter doído, mas tenho plena certeza de que essa dor nem se compara à que estava sentindo em sua alma. como um Sol escaldante derretendo todos os seus sofrimentos e angústias de uma só vez. suicidou-se. logo depois, meu avô. descontrolado, mutilava seus braços sem piedade alguma, com giletes, sempre que passava por momentos de extrema raiva e estresse. a ansiedade! um verdadeiro artista de pintura rupestre tentando deixar marcas, como se quisesse dizer “ei! eu estive aqui”. faleceu jovem com seus poucos trinta e três anos, nos trilhos do trecho ferroviário onde trabalhava. a vida cortada ao meio assim como as lâminas faziam em sua pele. suicidou-se? e em 04 de maio de 2017, minha irmã. assim como meu avô, se foi muito jovem, trinta anos recém completados. “trintou!” dizia ela com um sorriso enorme estampado no rosto. o sorriso é claro! um disfarce impecável para quem sente demais, para quem sofre demais. eles não percebem! basta sorrir. e então, silenciosamente, depois de inúmeras tentativas que tive de te reerguer e colocar um pouco de alegria em seu rosto. suicidou-se. intoxicação exógena é descrito em seu óbito. morreu ao ingerir um agrotóxico minúsculo conhecido popularmente como um produto para o controle de roedores, mas que com a dose certa é capaz de derrubar um adulto facilmente. o veneno talvez à tenha feito sentir uma dor física insuportável, mas foi a dor da alma que a fez chegar a esse ponto. enfim, eu como um pós graduando em genética me questiono, qual será a sequência de bases nitrogenadas, o gene específico desse nosso complexo e incrível genoma, que é capaz de fazer com que o ser humano tenha essa enorme e assustadora coragem de ceifar sua própria existência? de interromper o frágil fio da vida? pois eu, por mais que sinta essa vontade, que me machuque nos momentos de crise e que queira com todas as minhas forças não estar mais aqui. eu não tenho essa coragem, eu sou fraco! então, em tese imagino que não deve ser algo hereditário ou uma síndrome simples como uma trissomia cromossômica. é muito mais complexo e talvez só o tempo poderá dizer, só o nível do sofrimento poderá desvendar e mostrar se essa coragem pode ser encontrada algum dia.
ʚ ﹕ ROSIE . . . ainda me lembro das vezes que cruzei com rosemarie elise de rouillé na kappa phi! ela era tão parecida com savannah lee smith, mas, atualmente, aos trinta anos, me lembra muito mais samantha logan. fiquei sabendo que, depois de cursar design de moda, atualmente é designer e influencer em hiatus e que ainda é bem intencionada e sem noção. uma pena acabar encontrando ela assim… não é possível que esteja envolvida com o acidente de fiona e a morte de victor, certo?
ʚ ﹕ aesthetics . . . looking down from your place in an ivory tower, the desperate search for love, laughter like sodapop, lips that don’t know how to lie, drowning in a sea of wilting roses, the way light hits cascading velvet, lining pens up by colour, long confident strides forward ; no matter the adversitie, never a stray strand of hair or a button out of place, softly demanding the best of others, a shelf of methodically categorized books
ʚ ﹕ resumo . . . após a morte de sua mãe, rosemarie foi criada pelo dedicado mordomo bernard, enquanto seu pai, dominic, se distanciava emocionalmente, quebrado pela perda. crescendo em um ambiente luxuoso mas carente de afeto, rosemarie, ou rosie, se tornou uma influenciadora famosa no youtube, cercada de amigos, mas que ela muitas vezes não sabiam diferenciar sinceridade de interesse. na faculdade, enfrentou desafios, como o trote em que cortaram seus longos cabelos. após a morte de uma amiga próxima, decidiu morar com o pai em paris, apenas para enfrentar conflitos com a madrasta interesseira. embora tenha alcançado grande sucesso profissional e popularidade, rosie se sentia cada vez mais infeliz. eventualmente, as crises de pânico a fizeram se afastar das redes sociais e retornar à tranquilidade de des moines. lá, encontrou paz e redescobriu antigos hobbies. no entanto, a morte de um ex-colega reabriu feridas antigas, trazendo de volta a ansiedade e memórias que ela sempre desejou esquecer.
𝒊. ( the tower ) 𝒊𝒊. ( musing ) 𝒊𝒊𝒊. ( cnns )
ʚ ﹕ personalidade . . . rosemarie é dona de charme e inteligência únicos, disfarçados por uma fachada de ingenuidade que frequentemente surpreende aqueles ao seu redor. cercada de amigos, seu círculo mais íntimo inclui seu chihuahua, croissant, e o leal mordomo bernard. com uma alma vibrante e empática, ela é uma otimista incorrigível que adora ajudar os outros, especialmente quando isso também lhe traz benefícios. sempre vestida nas últimas tendências, rosemarie brilha como uma estrela nas festas e eventos sociais. sua vaidade e mimo são temperados por uma intenção genuinamente boa, possuindo uma confiança inabalável. apesar de ser controladora e um pouco arrogante, seu coração é generoso e atencioso.
ʚ ﹕ biografia completa . . . naquele dia, algo dentro de dominic silenciou junto com léa. ele não era mais o mesmo homem e não podia ser o pai que a recém-nascida necessitava. assim, desde sua primeira hora de vida, rosemarie esteve só. prematura, a pequena passou várias semanas sob os cuidados dos médicos. quando finalmente foi para casa, seu pai não conseguia sequer pegá-la nos braços. não culpava a criança, mas estava profundamente despedaçado e tinha medo. como poderia cuidar dela se não conseguira proteger sua própria amada?
rosemarie foi criada pelos empregados, mas sobretudo pelo mordomo da mansão, bernard. raramente via o pai, que trabalhava em paris, enquanto ela permanecia em des moines, o lugar onde léa sonhara que ela crescesse. rosemarie jamais conheceu a falta. todas as suas vontades eram satisfeitas, seus desejos realizados antes mesmo que os expressasse. ela era recompensada pela única coisa que lhe faltava: amor do pai. por outro lado, bernard a criou como se fosse sua própria filha. ensinou-lhe valores como bondade e gentileza, sempre zelando por uma educação refinada. rosemarie irradiava uma aura angelical, espalhando sorrisos e positividade por onde passava. vivia em seu próprio universo, cercada de amigas e funcionários.
ainda na adolescência, rosie criou seu canal no youtube. fazia vlogs diários sobre sua vida, mostrando os luxos e mordomias, mas também seus estudos, amigos e festas. logo se tornou uma figura reconhecida, e todos na escola queriam ser seus amigos para aparecer nos vídeos. ela nunca soube distinguir quem era verdadeiramente seu amigo e quem apenas queria aproveitar-se de sua fama e riqueza. quando gostava de alguém, não media esforços para fazê-la feliz, acreditando que agradar era a chave para manter as pessoas por perto. no fim do dia, ainda era ela e bernard jogando xadrez na biblioteca da mansão.
quando chegou a hora de ir para a faculdade, escolheu o óbvio: design de moda. ela não precisava de uma profissão, mas bernard insistia que ela devia fazê-lo. por ela, continuaria vivendo às custas do pai e das publicidades que fazia. era tranquilo, só precisava ser bela e engraçada. mas foi para a universidade e entrou na fraternidade que sua mãe frequentara. quis desistir durante o trote, principalmente quando cortaram seus longos cabelos. mas aguentou firme, desabando apenas quando estava sozinha, como sempre fazia. no dia seguinte, chamou as cabeleireiras de seu salão favorito para consertar seu cabelo e o de todos que sofreram o trote, além de qualquer um que quisesse mudar o visual. a partir daquele momento, ninguém mais a perturbou.embora fizesse parte de um grupo de meninas, seu charme conseguia encantar a todos. ela conseguia se relacionar com quase todos, sempre curiosa e gentil. exceto com aqueles que queriam tirá-la de sua bolha, isso não. ela se recusava a ver realidades diferentes da dela. jamais fez bullying com ninguém, mas se omitiu em momentos que mais tarde se arrependeria.
após a morte de fiona, rosie decidiu que não queria continuar na cidade. foi para a casa do pai, em paris, na esperança de que eles finalmente se aproximassem. por mais que ele fosse simpático com a filha, estava sempre trabalhando, enquanto ela tinha que lidar com a madrasta. rosie tentou ser gentil, mas a mulher era o estereótipo do que se pode esperar de alguém 20 anos mais jovem que se casa com um velho rico. aos poucos, rosie precisou aprender a se defender das artimanhas da madrasta, que queria que ela deixasse a mansão.
nessa altura, rosemarie estava cada vez mais famosa. em paris, as oportunidades eram infinitas. fez parcerias com marcas de beleza e até desenhou uma coleção em colaboração com uma grande marca de moda. seu rosto era adorado, todas as portas se abriam diante de seu sorriso. ela nunca se envolveu em escândalos, mas nem tudo eram flores. em casa, rosemarie estava em pé de guerra com a madrasta. em algum momento, deixou de apenas se defender e começou a atacá-la também. isso não saía impune, já que o pai tendia a ficar do lado da esposa, deixando rosemarie com o coração despedaçado. aos poucos, a garota começou a perder seu brilho. até seus fãs notavam que ela já não parecia mais tão radiante nos vídeos, e os comentários negativos a feriam profundamente. ela não entendia porque nada a deixava tão feliz quanto antes.
"sinto muito" foi o título de seu último vídeo, em março de 2022. nele, explicou aos fãs que estava sofrendo com crises de pânico e que tiraria um tempo para cuidar de sua saúde mental. seguindo o conselho de bernard, voltou para sua casa de infância.
a calmaria de des moines fez bem à mulher. ela tinha uma rotina regrada e focada em seu bem-estar. meditação, pilates, chá com as amigas, compras, tênis, dormir cedo, comer bem. cada dia era calmo e parecido com o anterior, e as crises se tornaram cada vez menos frequentes. redescobriu antigos hobbies, como o desenho e a leitura – de romances, é claro.
a morte de victor, porém, trouxe à tona memórias antigas. lembranças do porquê decidira morar com o pai anos antes e novos episódios de pânico. bernard raramente a deixava sozinha, sempre preocupado agora que a sombra desse antigo pesadelo pairava sobre eles.
# ARON . ainda me lembro das vezes que cruzei com kim yoon-won na kappa phi! ele era tão parecido com jaehyun, mas, atualmente, aos trinta e oito anos, me lembra muito mais kim seon-ho. fiquei sabendo que atualmente é desempregado/fotógrafo e que ainda é gentil e melancólico. uma pena acabar encontrando ele assim… não é possível que esteja envolvido com o acidente de fiona e a morte de victor, certo?
𝒂 𝒔𝒕𝒖𝒅𝒚 𝒊𝒏 : an old camera slinging around neck ; showing up late to everything with a large coffee ; thoughts scattered on pieces of paper ; always leaving something unfinished - you can't bear for it to end ; idyllic dreams crushed like rose petals ; when the door closes - a lifetime of regrets return to you ; the contrasting feeling of anxiety and tranquility ; waking up in an empty bed ; an eternal crossroads and you chose the wrong path ; building walls around your very soul ; your grace is slowly running out ; expectations weighing heavily upon your shoulders ; your back aches from supporting tradition and history ; the drive por perfection ; newspapers draped across half eaten breakfast ; staying late in the office ; trying to keep the walls from crumbling down
kim yoon-wo era, ao olhar do mundo, o filho perfeito. ele conhecia seu lugar, suas responsabilidades e as desempenhava com precisão. como primogênito de três irmãos, estava destinado a herdar o cargo de diretor do sélectionnez l'hôpital spécialisé de des moines. desde sempre, yoonwon seguira o caminho esperado, fazendo tudo certo. mas, por trás dessa fachada impecável, havia um vazio que ele nunca conseguira preencher.
sua vida era um ciclo sem fim de obrigações cumpridas, emoções reprimidas e desejos nunca expressos. ele tornou-se um médico brilhante, mas sua alma permanecia estéril. relacionamentos duradouros eram desconhecidos para ele; a adrenalina e a empolgação eram sensações estranhas. sua única paz vinha das férias anuais, onde explorava novos países e capturava momentos com sua câmera. era sua única fonte de alegria, pequenos fragmentos de felicidade que ele colecionava como tesouros, lembranças de que o mundo ainda tinha algo a oferecer.
então, coisas estranhas começaram a acontecer. detalhes que ele nunca esquecia agora lhe escapavam. nomes, horários, até mesmo palavras se tornavam nebulosas. o auge do terror veio no aniversário de seu irmão, quando se viu perdido em um lugar desconhecido, incapaz de lembrar o endereço do irmão ou de digitá-lo no gps. no dia seguinte, com o medo enraizado em seu coração, ele fez exames. após algum tempo, o diagnóstico chegou: alzheimer precoce. fazia sentido, considerando que seus avós morreram em consequência da doença.
decidiu guardar o segredo e iniciou um tratamento silencioso, longe dos olhos de todos. mas a deterioração de sua memória era rápida demais. antes que cometesse um erro irreparável, pediu afastamento. ninguém acreditou inicialmente, atribuindo seu comportamento a uma crise de meia-idade, mas ele estava decidido. sabia o que o futuro lhe reservava e recusava-se a gastar seus últimos momentos numa luta infrutífera.
yoonwon resolveu viver. decidiu fazer tudo aquilo que se privara por tantos anos. iria viajar mais, fotografar mais, queria expor suas fotografias ao mundo. planejava divertir-se, ser leve e bobo, ignorando as pressões familiares. a única regra que impôs a si mesmo foi não se apaixonar. mas, como todos sabemos, o coração tem suas próprias vontades, e não há como mandar nele. agora, outra vez ele tem que reprimir seus sentimentos por medo de prender alguém a uma pessoa fadada a esquecer.
o apartamento E3 da torre AURORA não está mais vago. quem se mudou para lá foi PARK SAEROYI, que tem TRINTA E DOIS anos e, aparentemente, trabalha como POLICIAL (DETETIVE). estão dizendo que se parece muito com KIM NAMJOON, mas é bobagem. não esqueça de dar as boas vindas!
𝐓𝐑𝐈𝐕𝐈𝐀:
12 de setembro, sol em virgem, lua em peixes.
panssexual, solteiro.
línguas faladas: coreano e língua de sinais coreana.
aparência: usa roupa casual social, uma mistura de jeans com social, sapatênis e tênis vans, regata é uma peça permanente em seu guarda roupas.
está sempre com curativos e óculos escuros para esconder hematomas.
fumante, viciado em doces e café.
cabelos curtos, sempre com o mesmo corte, preto, liso.
quando tem crise de ansiedade, raspa a cabeça.
mora no complexo a vida toda.
𝐑𝐄𝐒𝐔𝐌𝐎:
A história de Saeroyi não foge muito do habitual de uma família tradicional coreana, exceto pelo fato de ser filho de uma talentosa e conhecidíssima xamã, essa coisa da espiritualidade e curandeirismo era tão comum em sua vida que não tinha mais nada que pudesse surpreendê-lo, e sim, mesmo tendo essa ligação espiritual dentro de sua família, ainda era super tradicional. O garoto rebelde que brigava fácil e sempre aparecia com o rosto machucado, humor ácido e temperamental, Saeroyi era conhecido como o justiceiro, pois quase todas as brigas envolviam casos de bullying e as suas vítimas eram sempre os valentões que ele passou a simplesmente odiar. E foi com esse pensamento que ele decidiu seguir a carreira militar, se alistou ao exército assim que terminou o ensino médio e foi a porta de entrada para ele sair do exército para o cargo na polícia, não demorando para estar de uniforme e fazendo rondas pela cidade, com os anos dentro da carreira militar, foi transferido de vários departamentos até chegar no departamento de homicídio onde aconteceu a definição da sua vida. Saeroyi é conhecido por ser impulsivo, mas o seu maior defeito é ser explosivo e inconsequente, por muitas vezes voltou pra cara com a cara estourada ou com algum tiro novo para sua lista, mas definitivamente, tinha uma lista enorme de sucessos em suas operações, até o dia que caiu em um caso de homicídio que acabou com a sua saúde mental, Saeroyi não conseguiu conter o seu temperamento até o momento que ficou cara a cara com o acusado, causando uma reação impulsiva e violenta.
biografia completa abaixo
𝐇𝐈𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘:
A história de Saeroyi não foge muito do habitual de uma família tradicional coreana, exceto pelo fato de ser filho de uma talentosa e conhecidíssima xamã, essa coisa da espiritualidade e curandeirismo era tão comum em sua vida que não tinha mais nada que pudesse surpreendê-lo, e sim, mesmo tendo essa ligação espiritual dentro de sua família, ainda era super tradicional. A começar pelo fato de sua mãe ter sido obrigada a criar seus filhos sozinha, após a morte de seu pai devido a uma doença, ela parecia já saber e estar conformada com esse fato, o que foi a primeira coisa a surpreender Saeroyi e também a primeira a fazer com que ele se acostumar com essa realidade em sua vida. E dentro dessa bolha dos esquisitos vindo de uma família estranha, outra coisa natural foi ele ser a pessoa superprotetora e, consequentemente, explosiva que ele se tornou. O garoto rebelde que brigava fácil e sempre aparecia com o rosto machucado, humor ácido e temperamental, Saeroyi era conhecido como o justiceiro, pois quase todas as brigas envolviam casos de bullying e as suas vítimas eram sempre os valentões que ele passou a simplesmente odiar.
E foi com esse pensamento que ele decidiu seguir a carreira militar, se alistou ao exército assim que terminou o ensino médio e foi a porta de entrada para ele sair do exército para o cargo na polícia, não demorando para estar de uniforme e fazendo rondas pela cidade, com os anos dentro da carreira militar, foi transferido de vários departamentos até chegar no departamento de homicídio onde aconteceu a definição da sua vida. Morando em Itaewon, trabalhava em um posto policial próximo e assim estava tendo contato com sua mãe apenas pelo telefone, quando tinha algum tempo para isso, a sua vida era dividida entre trabalhar e manter uma vida social falida, com poucos amigos e relacionados com resultados deprimentes.
( trigger warning: menção a violência e sangue )
Saeroyi é conhecido por ser impulsivo, mas o seu maior defeito é ser explosivo e inconsequente, por muitas vezes voltou pra cara com a cara estourada ou com algum tiro novo para sua lista, mas definitivamente, tinha uma lista enorme de sucessos em suas operações, até o dia que caiu em um caso de homicídio que acabou com a sua saúde mental, Saeroyi não conseguiu conter o seu temperamento até o momento que ficou cara a cara com o acusado, causando uma reação impulsiva e violenta, foi com as mãos sujas de sangue que acabou preso para conter a raiva intensa que sentiu naquele momento e acabou sendo julgado pela corregedoria que resultou em mais uma transferência de departamento, ficando em um posto policial próximo da casa de sua mãe. Não era só as lembranças do homicídio que foi obrigado a presenciar que vivia preso em sua mente, mas também a forma como a sua mente foi usada de maneira covarde durante a investigação, fazendo com que ele tivesse diversos traumas presos em sua mente.
𝐏𝐎𝐑𝐐𝐔𝐄 𝐒𝐄𝐔 𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐆𝐄𝐌 𝐄𝐒𝐓𝐀́ 𝐄𝐌 𝐇𝐀𝐍𝐄𝐔𝐋 𝐂𝐎𝐌𝐏𝐋𝐄𝐗?
Haneul era o prédio que fazia parte da sua história de vida, nasceu e cresceu ali, seus amigos de infância estão ali, a sua história foi construída ali, todos da vizinhança já conhecia o seu rosto cheio de marcas, o temperamento difícil e a ligação familiar que era uma das poucas coisas que recebia um elogio direto. E o ponto maior vinha do cuidado dele com a mãe, razão essa de ter decidido voltar a morar com ela quando foi transferido, não só pelo desejo de ter o famoso colo de mãe quando chegasse lá, mas também para manter todo o cuidado que ele tinha com ela.
Voltar para Haneul era voltar pros olhos curiosos de seus vizinhos e para a preocupação extrema relacionado a sua mãe, além da ligação espiritual que sempre foi muito cético, agora tinha a presença de seu sobrinho, mais um que despertou esse sentimento de superproteção, principalmente depois da morte de sua irmã que, por consequência, transformou o rapaz em um órfão aos dois anos de idade. Não era o melhor exemplo para ele, mas se esforçava ao máximo para ser uma boa pessoa só para continuar garantindo a segurança dos dois.
VAGA DE GARAGEM: tem um Mazda MX-5 Miata 1995 conversível vermelho.
A ano começou de maneira diferente para eles,estavam passando maus bocados,ela grávida e ele acabou de perder um bom emprego,vinha a anos crescendo e do nada foi pra rua,culpa da crise,talvez,mas e agora com os bebês chegando, eram trigêmeos,tinham que apertar o cinto daqui por diante,ela com trinta e cinco e em sua primeira gestação,tinha que ter certos cuidados,mas estava indo tudo bem,ele ia fazer cinquenta e dois,seria difícil se recolocar no mercado com essa idade,os jovens vinham voando para se colocar em seu lugar,e ele tinha que ter algum trunfo na manga para competir em igualdade de condições,na realidade teria que fazer mágica isso sim,a alguns meses gastaram muito nas compras para os bebês,podiam gastar, só que o ano mudou,a coisa mudou,o jogo virou,ainda bem que ser mais velho traz uma certa experiência,e ele já foi pra prancheta rascunhar como gastar,ela só fazia coisas relaxantes para acalmar os novos quase habitantes, Pedro,Juca e Maria,talvez Sofia,eles teriam seu papel de destaque nessa família,onde ela é a única filha,ele já tinha uma família gigante, filhos eram treze,mais netos , bisnetos, tataranetos e Cia, todos só falavam em seus filhos que seriam muito bem vindo por todos,e com certeza com ou sem dificuldades teriam os melhores pais desse mundo,pois o amor mora ali e não se importa com status,eles bem o amor está lá,eles mal o amor se agiganta pra dar apoio nesse que também sempre foi o seu lar, enquanto escrevia decidiram que ela vai se chamar Cecília, lindo nome,amei.
Em 2019, quando as crises de pânico começaram, eu estava em um relacionamento com uma pessoa maravilhosa, que eu chamava de "amor da minha vida" assim, com gosto. Que, apesar das diferenças, eu me identificava muito. Mas quando comecei a adoecer, me tornei agressiva, difícil de lidar, eu o machucava e ele nunca mereceu. Eu não queria terminar, mas sabia que precisava. Não por mim, mas por ele. Era injusto permitir que alguém quatro anos mais novo tivesse que viver com uma mulher emocionalmente descontrolada. Seria traumatizante. Era sua primeira experiência de namoro. E tomar aquela decisão foi o primeiro passo do meu processo de cura que é uma piada, porque se estende até hoje.
Depois, a pior das ideias: namorar um depressivo. Não funcionava, eu só piorava. Mas essa pessoa me convenceu a buscar tratamento. Depois de muita relutância e crises, aceitei. E também terminar com ele para me tratar era outra etapa do processo de cura. Até porque, no meio desse relacionamento, perdi minha mãe. Ele está bem, casou recentemente.
A vida da minha mãe foi uma vida de sacrifícios, renúncias e muita infelicidade, sobretudo conjugal. Quando ela morreu, fiquei em choque o suficiente para me conformar rápido e lidar com todas as burocracias relativas a morte de um familiar tão próximo. Achava que a reação seria contrária: que eu entraria numa depressão ainda mais profunda, que não sairia da cama. Mas fiquei estranhamente ativa e atenta. É que a ficha não tinha caído ainda. A ficha só caiu quando escutei os últimos áudios da minha mãe, a voz de uma pessoa que já não estava aqui.
Isso me acendeu o alerta de "a vida é uma só", de modo que comecei a dormir com todo mundo que estivesse disponível e me correspondesse. Eu chamo de "fase piranha". E um desses caras que me levou para a cama disse que talvez essa tivesse sido uma escolha inconsciente de lidar com o luto.
Em outubro do mesmo ano, comecei a namorar um homem que me entendia. Porque era tão diferente quanto eu, tão distante do socialmente aceito quanto eu sou. Então pensei: "que maravilha, enfim a compreensão plena". Mas ele teve problemas com os quais eu não soube lidar. Eu não estava lá quando precisou de mim, sendo que ele sempre estava comigo. E tomei a pior das atitudes, a traição. Traí a única pessoa que me amou exatamente como eu era. Traí uma pessoa que não tolera traição e eu sabia. Foi de propósito, foi autossabotagem. Ficamos juntos até outubro de 2022. Perdi meu pai em abril. Tomei outra decisão: nunca mais ter compromisso amoroso com alguém enquanto estiver em tratamento. E como o tratamento não tem data para acabar, provavelmente vou ficar solteirona.
Tomei essa decisão porque não quero machucar as pessoas, mostrando como sou boa em decepcioná-las. Daí não aceito o lindo discurso do "eu posso cuidar de você", porque profissionais devem fazer isso e na teoria é uma bela declaração de amor, mas a prática é outra. Conheço alguns de meus demônios, não quero apresentá-los como vilões de um romance. Conviver comigo é difícil, sou emocional e psicologicamente instável. Fico doente fácil, fico doente o tempo todo. A solidão deixou de ser um modo de vida ao qual fui conduzida e tornou-se uma escolha. Tenho amigos que se dizem surpresos, porque nunca ficava mais que duas semanas sem firmar namoro, eu emendava namoros, longos até. Me casei, uma vez. Agora pareço distante de quem fui um dia.
Minha ideia de felicidade era felicidade conjugal, familiar. Porque venho de uma família desestruturada, mas casei cedo. Achava que o casamento duraria para sempre, que aos trinta anos eu já seria mãe de pelo menos dois meninos, que viveríamos todos numa casa azul e branca em cidade interiorana, cheia de gatos e alguns cachorros. Que todo mundo acordaria com pássaros cantando de manhã. Minha ideia de felicidade era a estabilidade que nunca tive.
Mesmo quando separei, a ideia permaneceu por todos os relacionamentos seguintes. E sempre que eu me separava de alguém, também me despedia da pessoa que eu queria ser, para depois fingir que não aprendi nada com isso e arriscar de novo, fazer planos de novo.
Até que isso também cansou e eu entendi que quem precisa se aceitar, exatamente como é, sou eu. E é por isso que faço terapia, para tornar o processo um pouco menos solitário e doloroso, para não ter que conversar sozinha, com os diários que ainda escrevo, ou com as paredes.
Em todos os relacionamentos que tive, sem exceção, os términos passaram por um tribunal. Fui julgada por tudo que dizia, sentia. Fui confrontada com os segredos que escolhi contar, as confissões que decidia fazer. Por ser quem eu sou. Isso se estendeu até para amizades. Só é bom ser livro aberto se puder pagar alguém para te ouvir.
nome completo: miyazaki kaemon
apelido: kai
idade: trinta e seis anos
altura: 180cm
fc: sakurada dori
local de nascimento: tokyo, japão
gênero: homem cis
pronomes: ele/dele
sexualidade: panssexual
moradia atual: um hotel em zakynthos, grécia (há uma semana)
profissão: anteriormente delegado do departamento de policia de tokyo atualmente afastado do cargo por tempo indeterminado
conheça mais sobre o personagem abaixo do read more...
HEADCANONS
radamanto, ou rhadamanthus em grego, foi um dos juízes do submundo responsável por julgar as almas vindas do continente asiático e isso se refletiu em suas reencarnações como mortal, ele sempre seria uma asiático em todas as suas vidas e sempre estaria lidado a seguir carreiras que pregassem pelo que sua alma ansiava, justiça. fora de cavaleiro á soldado ou policial á juiz, assim como sucumbiria a perceber que o sistema em que vivia era falho e jamais seria justo. esse seria o seu karma que se repetiria todas as vezes. em algumas vidas ele acabava cedendo e se tornando tão corrupto quanto qualquer outro humano ou desistia porque não acreditava ter poder suficiente para mudar a verdadeira essência da humanidade ou acabava sendo condenado por lutar incessantemente por aquilo que julgava ser o certo.
kaemon é uma das suas reencarnações, seguindo a mesma trilha das outras, jamais soube mentir, sempre foi exorbitantemente sincero ao ponto de se meter em problemas mas jamais se arrepender, vingando e condenando quem achava que merecia porque acreditava que deuses não existiam e o universo não trataria daqueles assuntos então ele seria o próprio karma daqueles que eram infelizes demais pra ser almas podres. apesar de sempre ter sido apaixonado pela lei e ter feito faculdade de direito, parecia que sempre haveria algum conflito entre sua própria bússola moral e a do mundo em que vivia. digamos que ele é bom, na mesma medida que é mal, buscando sem muito êxito um equilíbrio entre os dois extremos da balança, porque mesmo quando fora um deus não se achava melhor que ninguém mas sim entendia talvez a conceito humano mais próxima a ser verdadeiro fosse a do yin yang*.
*segundo a filosofia chinesa o yin yang é a representação do positivo e do negativo, sendo o princípio da dualidade, onde o positivo não vive sem o negativo e vice e versa. o yin representa a escuridão, o princípio passivo, feminino, frio e noturno. o yang representa a luz, o princípio ativo, masculino, quente e claro. quanto mais yin você possuir, menos yang terá e, quanto mais yang possuir menos yin você terá. essa filosofia diz que para termos corpo e mente saudável é preciso estar em equilíbrio entre o yin e o yang.
como cresceu em uma família de policiais, acabou indo na mesma direção e tomando aquilo como legado, seguindo carreira de detetive e investigador criminal. ele era tão bom no trabalho que se tornou famoso pelos casos que solucionava, tendo uma longa lista de prisões. foi com isso que conseguiu ser promovido a delegado mas chamar tanta atenção assim nunca era bom e era claro que não acabaria bem, nunca acabava. em um dos casos, o mais absurdo e doentio de toda sua carreira, que parecia ter sido feito para atingi-lo de algum modo, ele não conseguiu evitar não se envolver mais do que deveria, acabou se tornando pessoal demais e não teve qualquer remorso por sujar as mãos de sangue. ainda que acreditasse que a alma daquele infeliz merecesse uma morte lenta e dolorosa, mas não era tão sangue frio pra isso.
como resposta kai foi afastado do posto por tempo indeterminado até que a delegacia conseguisse resolver aquela confusão. entrou em crise existencial já que ele sabe que não tinha o direito de decidir o destino de alguém mas ainda assim algo em si na hora dizia que ele podia, como se todo o poder de julgar estivesse nas suas mãos. talvez um dia, ele entendesse o porque mas agora tudo não passava de resquícios do submundo preso em sua alma mortal. seu superior vendo o estado que estava deu uma passagem para que curtisse umas férias em zakynthos, alegando ser um dos lugares mais lindo do mundo e que seria bom para o mesmo ficar por lá até a poeira abaixar. por alguma razão não questionou como se fosse seu destino ir pra lá e estranhamente se sentia muito melhor depois de chegar lá.
Olá, futuro player! Brevemente nos conte seu LURCH, ELA/DELA E 25+. Também diz pra gente como descobriu o RP e para FAMÍLIA MORROW.Obrigado!
Aposto que você não sabia, mas sim! CARON TELFORTH MORROW é morador de Windham! Pertencente à família MORROW, ele tem 44 e trabalha como PROGRAMADOR RADIALISTA. Como toda boa cidade pequena, as fofocas correm soltas, e já fiquei sabendo que ele é VERSÁTIL, mas também DESAPEGADO. Eu pessoalmente já o vi, e sabe o que achei? Que ele é a cara de TOM ELLIS. Engraçado, não? Típico de um morador daqui!
HEADCANNOS:
A família Telforth percebeu que tinha uma mina de ouro embaixo do nariz quando pegou Caron brincando com as bonecas da sua irmã mais velha. Não tentava colocar roupinhas ou mostrar algo proibido no seio da família religiosa. Não, não. O pequeno modulava a voz e interpretava personagens, transformava a boneca de plástico numa diva pop com milhões de CDs vendidos pelo mundo. E o vilão? A voz infantil abandonava o lugar de destaque para uma mais grossa e rica, lembrando dos demônios condenados nos cultos de domingo. Bastou levar para uma audição local, um projetinho minúsculo para uma propaganda sem grande alcance e BOOOM... Dois anos depois, Caron era a voz do protagonista da animação infantil mais popular do mundo todo.
Animações populares. Disney, Pixar, DreamWorks e aquelas ali ainda nem nascidas. Quem pagasse mais ou desse mais amplitude, qualquer coisa para fazer crescer o brilho de ganância nos olhos dos pais. Caron foi privado da experiência normal de uma criança, crescendo com todo o cuidado para preservar a voz e a aparência (porque uma criança bonita aumentava ainda mais a cobrança de cachê). Quando ele atingiu as telas como ele mesmo? Mais um sucesso, mais um estrelato. Era o que agitava o coração de todas as idades, o despertador mais comprado com aquele jeitinho gostoso de sussurrar... E com o sotaque delicioso britânico. Caron sabia todos os sotaques, aprendeu as línguas e dialetos com a facilidade que entrava no personagem. E de tanto que se aventurou e deixar levar pela influência dos pais, perdeu o melhor que tinha: a juventude.
Em algum momento ele se viu perdido. Com diversos prêmios lotando um cômodo inteiro na mansão a beira mar; o nome aparecendo nos tabloides porque ainda não tinha achado uma esposa. Esposa? Ele? Ainda tão novo... Espera, isso era um 30? Trinta anos de existência e seu único objetivo foi continuar o legado dos pais, que já estavam mortos a mais de 5 anos. Caron caiu numa crise existencial... O copo de cristal sempre cheio do líquido âmbar que nunca tinha provado. O copo virando garrafas, juntado em amigas e ocupando cada superfície vazia. Não, ele não faltou nenhum trabalho. Dentro de casa era um caos, mas fora dela continuava um santo e perfeito galã. E infelicidade tirando o brilho de encantamento dos seus olhos.
A salvação veio num próximo filme, a história do protagonista combinando demais com a que passava. Os problemas parecidos, os personagens dançando perigosamente perto do limite da realidade. E o pior... Ele sabia como executar aquele plano à perfeição. Caron esperou que todos os contratos terminassem, se desdobrou para adiantar projetos e ensaios fotográficos. No último dia, o seu assessor feliz da vida, e um pouco preocupado com a falta de continuidade, pediu um dia de folga. Caron concedeu e respondeu: vou fazer o que você sempre me pediu para fazer.
Os vídeos de segurança não mostram entrada ou saída de pessoal não autorizado. Se possível, foi o dia mais tranquilo na residência do Telforth. A piscina vazia, o mezanino intocado. Então, como Caron tinha desaparecido?
O que se sabe é que todas as contas desapareceram e o dinheiro sumiu num piscar de olhos. Todos os pontos soltos bem amarrados e ninguém saindo prejudicado. Uma equipe de mudança recolheu os pertences, um contrato de venda apareceu logo depois. Para quem? Por quem? Fantasmas e sombras. Uma carta garantindo que era autêntico seus desejos, reconhecido pelo advogado e grande amigo de Caron. Não se ouviu mais notícias de Caron Telforth por dez anos.
Agora ele ressurge, um pouco mais velho e barbudo, numa ilha exclusiva e bem adequada para a fortuna que só fizera crescer nesses anos por baixo dos panos. Caron penou um pouco para ser aceito na família Morrow, mas conseguiu driblar a barreira da idade mostrando que sabia falar a mesma língua. Ora, para desaparecer do radar por tantos anos, uma certa habilidade tecnológica era necessária, certo? E ele tinha talento de sobra para transformar os números e letras das telas brilhantes em comandos complexos. Agora é programador na carteira de trabalho, assumindo não tão secretamente a rádio e os meios mais 'antigos' de contato com o mundo exterior. Estranhamente, não atinge somente a população com mais idade. Engraçado, não?
ALGO A MAIS QUE QUEIRA ACRESCENTAR? Sempre mostrou interesse pela carreira tecnológica desde criança. Nos tempos livres brincava na internet, conversando com as pessoas por trás das câmeras. Com a idade passando, foi aprendendo e acompanhando a virada da tecnologia, amando a construção do conhecimento agora que tinha mais acesso. Fez cursos onlines, entrou numa faculdade quando estava desaparecido. Não se considera o melhor, mas consegue ensinar um ou duas coisas para essa geração que parece ter nascido com um celular nas mãos.
A casa dos 20 consegue ser mais surpreendente que a adolescência, mesmo que todos avisem que os adolescentes são um turbilhão de sentimentos.
E não me leve a mal, são mesmo. A diferença é que dificilmente, suas decisões aos 15 impactam diretamente no restante do seu futuro.
Quando você alcança o numero dois na frente da sua idade, tudo ao redor muda. Não em um passe de mágica, mas lentamente durante os dias, meses e anos.
Você se descobre e redescobre inúmeras vezes e nem sempre gosta da sua nova versão. É bem parecido a puberdade em quesito de confusão mental e física, só que agora com decisões tão pesadas sobre si que é cabível comparar com Atlas segurando o céu.
A pressão para ser alguém, como se você já não fosse um ser humano, estronda toda parte do seu ser. É uma busca por respostas que não existem e uma eterna esperança de que tudo faça sentido. Até que realmente faz, mas só por uns meses quando tudo bagunça mais uma vez.
Acho que ser jovem adulto é meio que isso. Se questionar, buscar fundamentos e quebrar a cara, reiniciando o ciclo. Uma prévia doída e trucidante da vida adulta.
Entendo que tudo que vier aos 30 são resultados do que faço agora nos 20. E soa aterrorizante, porque é.
Ciclos se encerram e outros aparecem com tanta rapidez que é difícil acompanhar. Em uma hora sua vida está estabelecida e uma semana depois tudo que era certeza vira um grandíssimo ponto de interrogação novamente. Não é justo porque não é para ser, estamos sempre em prova interna para sobreviver a vida adulta, é um inferno em terra.
O tempo pega a todos, especialmente aqueles que amamos. A visão muda e enxergamos que os rostos jovens de familiares, começarem a mostrar marcas. Passamos a acreditarem forças maiores para que os preservem, pois a ideia de perder mais alguém para o furacão que o tempo é, é de fato dilacerante. Estamos crescendo e eles também, nada reconfortante.
Colhemos o que plantamos, mas qual é a direção para aqueles que ainda tem medo de plantar qualquer coisa? Para aqueles que vivem inertes sem por a mão no solo com medo de uma plantação não farta?
Sei que a resposta para minha pergunta é óbvia: se você não planta, também não colhe. E se não colhe, ficará com fome. Não fazer nada também é uma decisão, quer queira ou não.
Dessa forma chego a conclusão que a crise dos 20 é tão real como a lua que aparece todas as noites, mesmo na escuridão nublada. É inevitável, mas tem sua beleza e é grandiosa. Beleza essa que provavelmente só saberei notar quando a juventude se despedir de mim, e finalmente saberei apreciar, com nostalgia, maturidade e sabedoria, como foi intenso e bom.
Odiava os quinze, ansiosa pelos vinte.
Aos vinte , sou saudosa com os quinze.
Anseio os trinta, sabendo que sentirei saudade dos vinte.