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#construção de mundo
albertossauro · 10 months
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Tanthores: os bárbaros com presas
Olá, caros leitores! Tudo bem com vocês? Espero que sim.
Passando por aqui para falar um pouco sobre o universo de sci-fantasy que estou trabalhando no momento: a Nova Terra, um mundo aonde, após um cataclismo temporal quase apocalíptico, seres inteligentes e criaturas bestiais do passado e futuro passam a lutar pela sobrevivência numa Terra desolada (posso entrar em mais detalhes no futuro, se assim desejarem).
E na postagem de hoje decidi falar um pouco de uma das novas raças que dividem esse mundo com a humanidade: os tanthores.
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Em meu universo, os tanthores são dicinodontes sapientes, cujos clãs habitam principalmente a Península Congelada do continente de Sulária.
"Mas, Alberto, o que é um dicinodonte?"
Bom, um pouco de paleontologia aqui para vocês: dicinodontes foram animais herbívoros que habitaram a Terra entre 270 e 205 milhões de anos atrás (mais ou menos), durante o período Permiano e o período Triássico. Esse animais tinham pernas curtas, um corpo em formato de barril e uma cabeça bem esquisita, munida de um bico afiado e um par de presas pontiagudas (por isso o nome "dicinodonte"). Uma aparência bem aterradora para um herbívoro, eu concordo, mas no geral eles eram animais pequenos e fofos, que não deveriam passar do tamanho de porcos, como é o caso do famoso Lystrosaurus. Claro, com algumas exceções, como é o caso do LIsowicia, que era grande como um elefante, e o Placerias (animal no qual os tanthores são mais inspirados). Apesar da aparência e do nome, os dicinodontes não eram répteis, muito menos dinossauros. Eles eram sinapsídeos, ou seja, estavam evolutivamente mais próximos de nós, mamíferos, do que de qualquer réptil. Apesar disso, não são nossos ancestrais diretos e o grupo foi extinto em algum ponto do final do Triássico. E sim, alguns deles viveram no Brasil.
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Bom, terminada essa breve aula de paleontologia, voltemos ao tema do texto: quem são os tanthores? Ah, preciso avisar que esta é uma postagem de apresentação, então não vou a fundo na lore desses lindos agora, mas posso dar mais detalhes no futuro (se quiserem, é claro).
Os tanthores são essa espécie de dicnodontes sapientes que habitam as terras frias e selvagens da Península Congelada, a parte mais ao sul do continente de Sulária. Sua origem é desconhecida, e não se sabe ao certo de onde eles vieram. Tudo que os povos de Sulária sabem é que eles apareceram na Terra logo após o Cataclismo, em algum ponto entre o final do Século do Caos e o início do Milênio dos Monarcas Arcanos. Os tanthores, por sua vez, tem seu próprio mito de origem (mas pretendo entrar no tema da religião politeísta tanthor em outro momento).
Eles se organizam em clãs e são criaturas que prezam muito pela honra, tradição e guerra. É dito que os tanthores são alguns dos mais excepcionais guerreiros do continente e uma opinião comum é de que um guerreiro tanthor vale o mesmo que dez guerreiros humanos. Para os tanthores, suas presas (que são bem maiores nos machos do que nas fêmeas) são armas de guerra natural dadas pelos deuses para que eles possam proteger seu clã, sua família e a si mesmos. Muitos tanthores conservadores veem elas como o símbolo máximo da honra tanthor, e perdê-las significa desonra e vergonha. São seres frios e rústicos, como o ambiente em que vivem.
Mas eles não são simples bárbaros uga-buga de RPG que pensam com os músculos o tempo todo. Sua sociedade é complexa e eles são sim bem inteligentes. São bons agricultores, navegadores, comerciantes e engenheiros, além de grandes poetas. Também possuem uma ligação forte com a Mãe Terra, o que lhes dá conhecimentos vastos nas áreas da astronomia e herbalismo (sendo habilidosos curandeiros e alquimistas).
E por que eu estou contando tudo isso para vocês?
Porque meu próximo livro será a apresentação oficial desse universo, e vocês vão acompanhar um protagonista tanthor! Na verdade, vocês já o conheceram sem perceber na primeira imagem dessa publicação: Torvan do Clã dos Rinocerontes de Gelo. Bonito ele, não?
E, bem, não vou me delongar mais nesta publicação, já que queria que ela fosse apenas uma forma de apresentar esse universo e essa raça (até porque, o livro está longe de ficar pronto, apesar do trabalho constante). É importante dizer também que os tanthores não são a única espécie inteligente nesse mundo tão mudado. Humanos de diversas espécies também vivem aqui, bem como os krokoas (troodontídeos inteligentes) e os zazteri (pterossauros não-voadores sapientes). Mas isso tudo é história para outra publicação...
Ah! E um fun fact aqui: no RPG que mestro dentro desse universo, os tanthores são seres bipedes e humanoides (como nas imagens abaixo), por uma questão de gameplay e identificação dos jogadores. Os tanthores "canônicos", por outro lado, são mais parecidos com o da primeira imagem lá em cima: seres quadrúpedes, com a fisionomia que se assemelha a uma mistura entre gorila e dicinodonte.
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Bom, por hoje é só, pessoal. Espero que vocês tenham gostado de conhecer o universo da Nova Terra. Se quiserem, ficarei feliz em falar mais dele no futuro! Muito obrigado pela atenção, um abraço e até a próxima. <3
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vozes-humanas · 2 years
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amethvysts · 3 months
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ATÉ O SOL RAIAR — M. RECALT HEADCANONS
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𖥻 sumário: headcanons aleatórios sobre o matías brasileirinho e atazanado, do jeitinho que a gente gosta. 𖥻 avisos: matías paulista. menção a drogas ilícitas e sexo.
💭 nota da autora: baseado no request de uma anon querida, trouxe alguns headcanons sobre o taz-mania argentino. tentei incluir um pouquinho da leitora, mas ainda tô pegando o jeito, então é basicamente uma construção de personagem kkk espero que vocês gostem! ♡
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✮ㆍMatí é muito paulista, e pior que isso, estudante ou da USP (ele não faz ideia de como passou, mas ele tá matriculado), ou de uma particular. 
✮ㆍSempre entra com uma caneta permanente no banheiro porque ele vai rabiscar alguma coisa na parede. Pode ser a letra de uma música que ele tá viciado no momento, um desenho que ele curte, ou um meme que ele viu de manhã no Twitter. 
✮ㆍAcho que ele não tem um time de futebol de coração, mas certeza que torce para o Corinthians só porque o avô também torce. E mesmo que não frequente os jogos assiduamente, tem uma coleção de camisas no armário. 
✮ㆍTodas as camisas são número dez, mas com nomes diferentes. Isso porque ele ama camisa com frases atrás, do tipo: "tudo nosso, nada deles", "apoio: nós mesmo" e "reclamo, mas resolvo". 
✮ㆍE como ele é moleque atazanado, mas de coração mole, com certeza tem uma combinando com o avô. Chegou até a sugerir o "Fodão" e "Fodinha", mas o velho não gostou e teve que se contentar em usar só o sobrenome mesmo.
✮ㆍO Instagram do querido é só foto em choppada e das férias no sítio da família. Uma época aí ele até era promoter de um evento da faculdade, mas encheu o saco e disse que não queria mais. Mas o close friends é movimentado, e do jeito que ele tem síndrome de vereador, deve ter adicionado mais de 100 pessoas.
✮ㆍAcredito que ele seja bem engajado nas atividades da faculdade, só pra ter uma desculpa pra faltar as aulas e abonar. Se for algum tipo de curso ou workshop gratuito para os estudantes, o Matías é presença confirmada. Já se candidatou até pra participar das aulas de forró para terceira idade oferecidas pelo departamento de Educação Física – e se tornou amigo de todas as senhoras. 
✮ㆍEnquanto o Simón é famoso no campus por ser um gostoso, Matí é popular por ser totalmente porra louca e gente boníssima. Ele tá em todas, e todo mundo (até a administração da faculdade) conhece ele; ou porque ele já deu muito problema, ou por ser um querido.
✮ㆍNem precisa dizer que tem um bando de gente apaixonada por ele, só por conhecer o jeitinho de moleque. O fato dele ser simpático com todo mundo também não ajuda muito. É até meio surpreendente porque ele anda sempre muito sério pra cima e pra baixo. 
✮ㆍOs calouros do curso adoram ele, apesar do Matí andar mais com a galera do período dele e os veteranos.
✮ㆍMesmo indo pra faculdade todo dia, ele só tá matriculado em três matérias. E trago aqui uma opinião (talvez) impopular: ele consegue tirar umas notas ótimas em todas as avaliações, e ainda é participativo. 
✮ㆍMatías só leva o celular, um maço de cigarro e o dinheiro da passagem pra faculdade. E apesar de todo mundo achar que ele passa mais tempo fora da sala fumando, o bloco de notas dele é lotado de anotações sobre as aulas. 
✮ㆍIsso não significa que ele não vai te cutucar no meio da explicação do professor te convidando pra fumar um no centro acadêmico. E agora que ele já te atrapalhou, não custa nada, né…
✮ㆍAndar com ele pelos corredores é ter a certeza de que ele vai parar pra cumprimentar umas dez pessoas ou mais. Menos quando ele tá se coçando pra ficar contigo sozinho, aí ele nem olha muito pra cara das pessoas. Segura teu braço e sai praticamente correndo até a sala abandonada mais próxima, ou para o banheiro.
✮ㆍNa minha cabeça, o Matías é come quieto e já deve ter passado o rodo na faculdade, mas sempre deixa muito baixo. E como ele é amigo de praticamente todo mundo, do jeitinho atirado dele, fica até meio difícil de descobrir com quem ele não ficou ainda.
✮ㆍMas, pra mim, se ele estiver apaixonadinho, acabou. Mesmo sem namorar oficialmente, ele mesmo se coloca na coleira e fica do teu lado, obediente. Até porque, se ele gosta tanto do teu beijo e da sua companhia, pra que ele vai ficar se engraçando pro lado de outras pessoas? Ele é emocionadinho, sim, mesmo que se faça de marrento.
✮ㆍEle vai te convidar (implorar) pra você passar as férias no sítio da família dele. E planeja tudo direitinho, tá? Chega até a convencer a mãe a entregar as chaves uma semana antes só pra passar esse tempo sozinho contigo. 
✮ㆍÓbvio que vocês vão transar em todos os cantos da casa – o que te deixa sentindo suja, mas é difícil negar qualquer coisa pro Matías. Ele faz questão de te acordar cedo todo dia, te dando bom dia no meio das suas pernas.
✮ㆍVai ter um piripaque interno sempre que te ver usando uma das camisas dele, mesmo que seja só pra cobrir teu corpo enquanto você anda do quarto pro banheiro. Ele para tudo o que tá fazendo pra ir atrás de você, já enfiando as mãos por baixo da barra da camisa e apertando sua bunda. 
✮ㆍAma ficar de molho na piscina contigo. Basta uma latinha de cerveja gelada, a água fresquinha e você do lado dele que o Matías esquece até de viver. 
✮ㆍÉ nessa viagem que você descobre que ele toca violão. Inclusive, se vocês tiverem gostos musicais muito diferentes (por exemplo, se você for mais da MPB), ele vai fazer questão de aprender a tocar tuas músicas favoritas.
✮ㆍFica você em um canto da rede e ele na outra, o violão no colo e a cifra aberta no celular. "Canta aí pra mim, princesa," ele murmura, concentrado, enquanto posiciona os dedos no braço do instrumento. "Não consigo fazer os dois ao mesmo tempo". 
✮ㆍO que é mentira, porque basta você chegar no refrão da música que ele começa a cantarolar contigo. 
✮ㆍNossa, e ele fica todo contente quando a família dele chega, e faz de tudo pra vocês se darem bem. Acho que ele se sente tão animado pelos dois mundos dele estarem se chocando que ele não consegue calar a boca. 
✮ㆍSe você estiver conversando com qualquer familiar dele, o Matías vai querer escutar e até participar. Chega uma hora que, depois de tanto se meter na conversa, a mãe dele vai dar um chega-pra-lá que deixa ele murchinho. 
✮ㆍNada que uns beijinhos de consolo não resolvam – mas ele vai ficar se fingindo pra você não parar nunca mais. 
✮ㆍEm off: com certeza já cogitou se inscrever no BBB.
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masterlist | navigation ── oi! tô com os pedidos abertos pra headcanons, cenários e blurbs sobre os meninos de lsdln. me manda um alô, se quiser conversar!
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be-phoenix · 4 months
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Buscando um novo rumo que faça sentido nesse mundo louco... Ou só fazendo releitura de citações que acho sinceras... Vai saber... Em qual esquina virei entre os desvios que caminhei... Palavras que um dia busquei, sozinho entreguei... Na construção de uma nova estrada me perdi, e me encontrei em jogo um xadrez com meus fantasmas e medos mais profundos, um xeque-mate da vida entre jogadas não pensadas que espalham histórias sobre o mundo...
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humanaaa · 7 months
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CARAI então, eu achei um doc do word q me salvou no enem. Como eu sei q tem gente q me segue q vai fazer o Enem vou falar um negócio que eu aprendi quando eu fiz a prova: o Enem não se importa muito com o que vc vai escrever, e sim como você vai escrever
O que eu quero dizer: ele quer que você tenha 1 parágrafo de introdução, 2 de desenvolvimento e 1 de finalização. Meus professores sempre me avisaram que era bom começar a redação com uma citação, e na última frase do último parágrafo fazer referência a essa frase (tmb colocar uma citação em um dos de desenvolvimento vai parecer q vc tem repertório.) Tipo, se eu começar com, “tinha uma pedra no meio do caminho ”, no último parágrafo falar ”medidas devem ser tomadas, pois assim conseguiremos diminuir a quantidade de pedras no caminho da população brasileira).
Eu tô fazendo esse post pq eu achei um doc q eu fiz com um monte de citação aleatória q eu peguei pra usar no Enem, so estou repassando meu conhecimento passado 🫡:
Segundo MARTIN LUTHER KING, ATIVISTA POLÍTICO, aprendemos a voar como os pássaros e a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos.
Segundo JOÃO PAULO II, PAPA, a violência destrói aquilo o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano.
Segundo JOHN PIPER, TEOLOGO ESTADUNIDENSE, a marca da cultura de consumo é a redução de ser para ter
Segundo GEORGE ORWELL, ESCRITOR INGLES, alguns de nós são mais iguais do que outros.
Segundo GUIMARÃES ROSA, ESCRITOR E MÉDICO BRASILEIRO, apenas quando a água de boa qualidade acabar ela será valorizada.
Segundo PABLO PICASSO, ARTISTA ESPANHOL, a arte é uma mentira que nos permite conhecer a verdade.
Segundo CONFÚNCIO, FILÓSOFO E PENSADOR CHINÊS, se quiser prever o futuro, se deve estudar o passado.
Segundo NELSON MANDELA, LÍDER NA LUTA CONTRA O APARTHEID, a educação é a arma mais poderosa que pode ser usada para mudar o mundo.
Segundo GIACOMO LEOPARDI, POETA ITALIANO, nenhuma qualidade humana é mais intolerável do que a intolerância.
Segundo MILTON SANTOS, GEOGRAFO BRASILEIRO, existem duas classes socias: a dos que não comem e a dos que não dormem com medo da revolução dos que não comem.
Segundo PAULO FREIRE, EDUCADOR E FILOSOFO BRASILEIRO, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.
Segundo Barack Obama todos somos iguais e temos direito a perseguir nossa própria versão da felicidade
Segundo António Lobo Antunes, escritor e psiquiatra português, A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.
Segundo um provérbio indígena, Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último rio for poluído é que o homem perceberá que não pode comer dinheiro
Segundo a OMS, organização mundial da saúde, “Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença.”
Segundo Manuel Castells, sociólogo espanhol, “A internet é muito mais que uma tecnologia. É um meio de comunicação, de interação e de organização social.”
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lostoneshq · 2 months
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Notas OOC antes da leitura:
Vocês ainda podem e devem jogar na parte I do evento.
O evento encerra, oficialmente, no próximo Sábado, dia 20/04, às 23h59. Usem os próximos dias para continuarem as suas interações e, se quiserem, abordarem o que aconteceu no plot drop em interações novas.
Vocês podem fazer interações após o baile: no dormitório, em suas casas, onde quiserem... Contanto que não se precipitem e façam nada "no dia seguinte", até porque o evento vai ser finalizado junto com uma orientação sobre os ânimos no Reino dos Perdidos após o que aconteceu.
Qualquer dúvida, perguntem na inbox! Mas como sabem, o divertido é ter mistério, então algumas coisas não serão respondida propositalmente ;)
Espero que gostem!
WELCOME FESTIVAL capítulo 1, parte 2: os caídos e os escolhidos.
Você estava no salão de baile, no Palácio da Magia, quando tudo começou a ruir. E se eu falar que foi literalmente, você acredita? Calma, respira. Eu vou narrar a história direitinho... Não é isso que eu tenho feito? Eu diria que sou incrível contando histórias! Melhor até que— Enfim... Onde estávamos? Ah, sim...
Você está no salão de baile cercado de seus novos amigos — se é que você pode chamá-los assim... Só se passaram cinco dias. Você se diverte ao som da trilha sonora de Bridgerton, digo, ao som da orquestra mágica que tem ritmos muito parecidos com músicas populares do seu mundo. A comida é incrível, a bebida não acaba nunca... Esse baile é definitivamente o melhor open bar da sua vida.
Você decide ir até o jardim e interagir com as estrelas. Você sabe que elas não só deixam cair o pó delas em você e iluminam o seu caminho, como elas também cabem na sua mão? Elas descem lá do céu, não como bolas de fogo destruídas, como pequenas formas geométricas que você está acostumado a usar para representar estrelas.. E elas deitam na palma da sua mão. Brilham, brilham, brilham... Até se apagarem, como se tivessem ido dormir. É um momento lindo, essa conexão entre um humano e uma estrela.
Então é claro que você estranha quando chega no jardim e elas não estão por aí, caindo ou piscando no céu. É onze da noite, de acordo com o relógio da Fada Madrinha que deu onze badaladas há pouco (essa é uma informação importante, mas você não vai descobrir o porquê hoje). As luas são tudo o que você vê lá em cima, e você não sabe se isso faz parte da magia do local ou se as estrelas desaparecendo significa algum tipo de mau presságio. Você procura alguém que possa saber a resposta e encontra aqueles figurões importantes da Academia da Magia olhando para o céu espelhando a sua confusão. A forma que até Merlin parece aturdido gera certa comoção, claro que gera... Aos poucos, perdidos e habitantes clássicos se aglomeram no jardim; todos olhando na mesma direção.
"O que está acontecendo?" Você escuta a voz de uma mulher. Ao se virar na direção dela, percebe que se trata de Chapeuzinho Vermelho. Você a conheceu mais cedo, na Socialização. A avó dela também.
"É um aviso." Merlin responde, mas ele não dá nenhuma explicação; nem quando a Rainha Legítima, Guinevere, pede por uma.
"Todos para dentro." Merlin pede uma vez, você não sabe dizer se ele está bravo ou calmo. Nervoso, provavelmente. Ele levanta a voz na segunda: "Dentro. Agora."
Com tantas pessoas presentes naquele baile, as ordens do Grande Mago acabam sendo um pouco... caóticas. De repente, você está pisando no vestido de Elsa, tropeçando em Robin Hood e empurrando os pombinhos Romeu e Tadeu. Isso sem falar na Astrid que acabou de te dar uma cotovelada que com certeza vai deixar um roxo.
No fim dá tudo certo, porque a magia do reino é forte o suficiente para que o lugar esteja em expansão à medida que vocês se acomodam de volta no salão. É uma sala infinita, algo digno do País das Maravilhas. Aliás, você encontra o Chapeleiro Maluco procurando o chapéu dele que caiu na confusão e pensa se deve ir ajudar.
Você não tem tempo de ir porque primeiro, há um estrondo. É como o início de uma construção ruindo. Depois, o céu clareia. Não como o amanhecer, mas como se estivesse pegando fogo. Você fecha os olhos quando o clarão de luz atinge o salão de baile. O estrondo se torna tão forte que você precisa cobrir os ouvidos...
Então vem o silêncio. Todos olham ao redor, procurando por qualquer sinal de que algo mudou. E o engraçado é que, aparentemente, nada mudou. Tudo permanece o mesmo e até as estrelas voltaram a brilhar. Você vê alguém perguntando ao Dr. Frankenstein se "isso é um fenômeno científico", mas nem o cara da ciência desse mundo consegue responder.
"Pride Lands..." Você escuta a voz de Nala. Os olhares dividem-se entre ela e Merlin, porque é com o feiticeiro que ela fala. "Foi Pride Lands, não foi? Eu consigo sentir..."
"Me desculpe, Nala..." Merlin estende a mão, mas a mulher recua.
Simba e Sarabi carregam o mesmo pesar em seus rostos e até Scar respira pesadamente.
"O que está acontecendo, galera?!" Jane Porter repete a pergunta de Chapeuzinho Vermelho mais cedo.
Você procura as faces dos outros figurões daquele mundo que talvez tenham respostas também. Arthur, Guinevere, Morgana, Fada Madrinha, Jafar, Glinda, o tal Feiticeiro aleatório... Mas ninguém mostrar entender. Ninguém além de Merlin e Rumpelstiltskin, que partilham o mesmo olhar.
"O reino de Pride Lands caiu, destruído pelas forças que estão mexendo com esse mundo." Direto ao ponto — você talvez começasse a gostar mais de Rumpelstiltskin por isso. "Não há nada que possa ser feito."
"Nós não sabemos ainda." Merlin intervém, mas você não sabe se pode confiar no cara. Todo poderoso, né? Então cadê as soluções? "Mas, sim. O reino de Pride Lands—"
"Haviam pessoas lá!" A grande rainha-mãe Sarabi interrompe. Ela pode não estar em sua forma de leoa agora, mas se porta como uma. "Você prometeu que elas ficariam seguras. Você prometeu que o nosso reino—os nossos reinos estariam seguros!"
"Isso é maior do que o meu conhecimento, Sarabi." Merlin ergue o tom com ela. "Estamos tentando. Estou tentando." Antes da sua aventura naquele mundo, você nunca imaginaria que deuses poderiam ficar nervosos e serem vulneráveis... Mas, é claro, você nunca leu Percy Jackson; uma falha de caráter sua.
Sarabi deixa os ombros caírem e recua. Merlin se volta na direção de Lancelot, o chefe da Defesa, e dá uma ordem simples: "Procurem por sobreviventes em Pride Lands." Depois, ele olha para Morgana, referindo-se à Academia: "Aumentem a proteção nos outros reinos. Usem a magia escondida."
Magia escondida? Epa, calma! Assunto para outra hora!
Você não sabia que pessoas haviam sido deixadas para trás nos reinos, até porque esbarrou com vários desconhecidos-figurantes-aleatórios por aí. Mas faz sentido que alguns tenham ficado, é claro, porque os reinos não poderiam ser abandonados... E você aprendeu que, embora os grandes livros foquem em alguns nomes específicos, o Mundo das Histórias é rico em magia, em histórias individuais, em vida... Pessoas nasciam lá, cresciam lá, tinham vidas à parte das história da Branca de Neve e da Rainha Má, do Robin Hood ou de Howl.
Conforme a Defesa e a Academia começam a agir sob as ordens de Merlin, um grupo partindo para cada lado, o Rei Legítimo se faz ouvido. "Todos vocês: vão para as suas casas! Não se preocupem quanto a sua segurança, há uma barreira protetora nesse reino e nós providenciaremos proteção para todos os outros. Por favor, descansem! O nosso trabalho não irá cessar, mas Rumpelstiltskin estava certo, por mais que eu deteste concordar com um lagarto das trevas." Rumpelstiltskin dá o dedo do meio para o Rei. Você definitivamente tem um favorito. "Não há nada que vocês possam fazer agora."
Você aprendeu em seu curto tempo naquele mundo que a palavra de Merlin é essencial, mas a de Arthur é lei. Pouco a pouco, as pessoas ao seu redor começam a se dispersar; cada uma mais chocada que a outra. Muitos param para desejarem as suas condolências a Nala e Simba. Se você não vai dormir esta noite tentando digerir tudo o que está acontecendo, imagine eles: um rei e uma rainha sem um reino. Sem os seus súditos.
Antes de sair do salão de baile e voltar para o Centro de Contenção de Crise pelo mesmo caminho iluminado que o trouxe até o Palácio da Magia, você escuta algo que não deveria.
É a voz de Peter Pan. Ele conversa com alguém.
"Algo aconteceu no outro mundo também. O que Nala sentiu, eu também senti. Mas sei que não foi sobre a Terra do Nunca."
"O que pode ter acontecido?" Você não reconhece a voz, mas chuta que é Clarion pelo tom.
"Não sei! Não é como se eu pudesse sair daqui e descobrir, não é?" Ele está amargurado por isso, é nítido.
"Não, Peter, você não pode. Mas eu conheço algo que pode." Com certeza é a Rainha da Fadas, sempre disposta a resolver problemas... Menos os do seu relacionamento, pelo que as más línguas dizem. "Não fale com Merlin sobre isso. Não fale com ninguém. Não queremos piorar a situação e causar ainda mais caos."
Bom, você sabe! Que engraçado, não é? E o que você deve fazer com essa informação? Engolir e fingir que está tudo bem? Mais uma vez, você tenta sair do Palácio, dar o fora dali de uma vez por todas para pelo menos tentar pensar no que fazer, mas algo o impede.
Você sente uma dor aguda na palma de sua mão, como se alguém estivesse cortando a sua pele. Você grita, mas ela não para. Ao olhar para a sua mão, você vê algo escrito. Uma única palavrq rasgando a sua pele.
"Escolhido."
Ela desaparece logo depois que você lê, mas a dor permanece pelo resto da noite.
Mais tarde, você descobre que não é o único que recebeu uma tatuagem demoníaca do além. Seu colega de quarto e os outros perdidos com quem você se comunicou também. Todos concordam que não devem falar com Merlin ou os outros figurões sobre isso: vai que decidem colocar a culpa em vocês ainda mais que já estão fazendo!
Mas todos vocês foram marcados.
Todos vocês foram escolhidos.
Escolhidos para o quê?
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omeulirico · 1 month
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faux
minha vida sempre foi uma incansável sequência de erros desde os meus dez anos, e depois de muito tempo eu admito que é por minha culpa. não que eu tenha idealizado me tornar uma casca vazia e fútil, apenas foi inevitável o contágio hollywoodiano na construção improvisada do meu eu.
por fora tão linda e fascinante quanto dentes brancos como pérolas incandescentes e por dentro, um buraco tão negro e vazio e desconhecido como aqueles estudados por cientistas que dedicam sua vida para entender os "segredos mais escuros do universo". mas o que poderia se esperar de uma garota criada no subúrbio, com uma coroa de plástico falsa, óculos vermelho com aro em formato de coração e filmes deturpados sobre a realidade famigerada da vida?
ao menos mamãe conseguiu me ensinar algumas coisas sobre viver, embora eu tenha desprezado receber tal conhecimento antes, agora entendo toda a analogia com cera de vela derretendo como a juventude de jovens arrogantes o suficiente para não perceberem que no fim das contas, alguma coisa sempre vai importar. não que eu seja velha o suficiente para entender sobre o mundo, só que é meio óbvio que até coelhinhos fofos podem ter dentes de ferro enferrujados esperando o momento certo para rasgar uma boa fatia de carne do predador.
às vezes eu tenho vontade de atirar fogo na doce mentira e nos sonhos dourados e inocentes da garotinha ingênua e incapaz que eu consegui me tornar, a questão é que eu sou egoísta o suficiente para admitir e tentar corrigir meus próprios erros, mesmo que eu seja a única sofredora do bizarro conto de fadas que eu transformei minha vida.
talvez meu egoísmo consiga me matar, não é como se vestidos, laços e cetim não fossem tão ofensivos quanto enguias elétricas gigantes dentro de pequenos aquários. uma hora ou outra a princesa cai da carruagem diretamente em uma cova rasa feita a colher. talvez eu consiga encontrar um pouco de alegria em uma daquelas fantasias debilitantes embaladas em pacotinhos plásticos em alguma banheira de hotel de quinta.
a questão é que, na verdade, não importa o quão fundo eu vá no abismo que eu me tornei, a imagem ilusionária de uma garotinha beijada por lábios flamejantes com a pura inocência sempre vai ficar sobreposta a carne pútrida. é mais fácil aceitar uma farsa criada por curtas de duas horas, do que dentes afiados banhados em toxina botulínica.
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re--escrevendo · 5 days
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O retrato
Me olho no espelho depois de dois anos.
Sou a mesma.
E...
Não sou a mesma.
Ainda gosto do feijão por cima do arroz e romances de época são meus gêneros literários favoritos, assim como naquela época.
Mas há algo estranhamente novo que, talvez, já tenha vivido em mim há algum tempo. Um novo velho que não me faz desconhecer-me de mim, mas conhecer o melhor que sempre esteve em mim.
Eu gosto de novos tipos de músicas.
De novas roupas.
De outros cortes e estilos e cores de cabelo.
Eu gosto de como eu me sinto quando escrevo uma coisa nova ou de como a minha voz pronuncia o inglês.
Eu gosto de como sou a mesma e como absolutamente não sou a mesma, e do quanto sou amada pelos dois motivos.
Eu gosto de amar de novo sendo a pessoa que me tornei, e ainda mais por mostrar essa versão de mim que é extraordinária a outro alguém.
Adoro o fato de que não preciso me agarrar ao que já fui.
Adoro fazer o que não fiz, viver o que não vivi, dançar na chuva, beijar na chuva, andar devagar sob as gotas como se não significasse nada, rir por horas com alguém que não vê o mundo ao seu redor quando me olha.
Eu adoro poder construir uma história de novo sem repetir a história anterior porque ela não existe mais, já que aquela que fui não existe mais.
Ele me ouve do outro lado da sala, pede pizza para mim, senta ao meu lado e pinta um quadro com uma história que ainda está em construção.
Nos sujamos de tinta.
Meu cabelo agora é castanho e não mais loiro.
Tenho quilos a mais.
Ele não é você.
Mas ele é tudo o que eu quero.
Ele mela meu nariz de tinta. Eu roubo um beijo ousado dele para que ele me segure pela cintura e me leve da sala do meu apartamento - que, você nem vai acreditar, eu consegui!
Ele sabe o que está fazendo. Ele não hesita em ser o que é.
Eu não quero que ele hesite e não tenho medo que me faça hesitar - no amor, no amasso, na entrega.
Ele ouve tudo que pode sair de mim.
Não sabia que era possível ouvir o inaudível até ouvir isso dele. Não ouço o que ele diz: ouço tudo o que ele faz.
Não sabia que podia chamar isso de amor até descobrir isso com ele.
Um tipo de amor diferente. Um amor que me fez não temer vivê-lo só porque você me mostrou o lado feio dele.
Me olho no espelho e sou a mesma, mas absolutamente não sou a mesma.
Porque não preciso ser para nada ou ninguém o que já fui para você.
Porque a história, enfim, não se repete.
Porque esse fim, finalmente, me deixou começar.
Um fim que é um começo.
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klimtjardin · 3 months
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Da poética à estética: o que é dar sentido? | Análise da identidade visual do NCT
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{Aviso de conteúdo: LONGO | Introdução: conceitos | 1. Como funciona na prática | 2. Minha visão sobre o assunto | 3. Identidade visual do nct | 4. Em cima do muro? | Conclusão}
Caras queridas, o conteúdo de hoje toca em assuntos mais técnicos. Quis trazer um pouco da teoria para que vocês entendam o que é conceitualizar, o que é criar uma imagem e como isso acontece (ou não) no nosso querido NCT.
Vamo que bora?
Introdução: conceitos
Todo mundo já ouviu a palavra estética empregada nem que fosse em uma piada {aqui no Tumblr, então, é a casa do "aesthetic" e de uns anos para cá, o Tik Tok também virou}. Mas vocês sabem qual a origem da estética e da irmã siamesa dela, a poética?
Para explicar-lhes devemos retornar no tempo, na Grécia Antiga. Aristóteles estudou e classificou as artes literárias em diferentes poéticas, sendo elas: comédia, tragédia, epopeia e poesia lírica. Divisões que futuramente se tornariam os nossos conhecidos gêneros literários.
O que isso quer dizer?
A poética é como uma narrativa. É sobre o que se trata a história. Ela é aplicável em todas as artes, mesmo as não visuais. Hoje em dia talvez a gente chame a poética de "tema" ou "tema central".
A estética diz respeito aos elementos que aparecem para contar a história. No caso das artes visuais é mais fácil visualizarmos, mas eles estão presentes em todas as artes de uma forma geral. Por exemplo, a literatura se apresenta em forma estética de texto. A arquitetura de construções, e cada construção também segue uma linha estética dependendo do arquiteto, e assim por diante.
Como funciona na prática?
Para dar um exemplo bem prático, vou usar o NCT, obviamente.
Sabemos que existe uma história do NCT que envolve os sonhos, não é? Então, essa é a nossa narrativa, a nossa poética.
Já a estética fica por conta dos elementos que são usados para contar essa história. No caso, fica a critério de cada diretor que faz cada MV. Geralmente o NCT tem um visual "tecnológico", mais polido e etc., então essa se torna a sua estética.
Minha visão sobre o assunto
Como penso que foi/é o processo criativo em relação ao NCT e porque isso é importante?
Bem, vamos começar pelo básico: qualquer peça de arte tem poética e tem estética. Ou seja: existe uma história por trás dela e como ela irá ser contada.
Pensando no quesito prático ou lógico, a estética não é algo essencial na nossa vida como comer e dormir o é, por exemplo. Porém, é claro que como artista sempre vou defender a beleza! A beleza é e não é essencial. O que seria de nós sem as histórias que contamos? O que seria de nós sem a beleza e o romance? Já dizia o professor Keating: é isso que nos mantém vivos!
Então, sim, é importante pelo menos na arte que haja uma organização das coisas, que haja então beleza.
Identidade visual do NCT
Vou traçar um caminho do abstrato para o concreto. O ponto de partida é a música, o mais abstrato em quesitos visuais.
Como é a sonoridade do NCT? Isso vocês bem sabem! Eles trabalham com inspirações no metal pop, industrial pop {tudo isso fica escondido debaixo do guarda-chuva "edm", mas está lá}. As músicas dos Neos são conhecidas por serem barulhentas, terem sons incomuns, "sons de construção", essa seria a marca sonora deles.
Agora, como transformar um som em imagem? Por que é preciso uma imagem. Como serão distribuídos os conceitos sem ela? As capas dos álbuns, os MVs, os figurinos, tudo isso...
O que acredito ocorrer é que, dentro da SM não há uma equipe focada somente nisso. "Como não, Klim?" É fácil chegar a essa conclusão quando percebemos que, geralmente, de um comeback para outro as ideias não se conversam. Existe um fundinho de conceito, sim, não é tão bagunça. Mas também não existe uma identidade tão demarcada. A SM contrata um diretor diferente para cada MV. Ou seja, cada estúdio de filmagem fica encarregado de dar o seu toque no MV. O que tem de errado nisso? Não tem nada de errado nisso, porém, ocorrem certas quebras de narrativa, isso é inegável. "Quem conta um conto aumenta um ponto", especialmente se não há uma direção única para qual se está caminhando {isso é tudo minha opinião, não sei se é de fato assim que funciona, mas é o que parece para mim}.
Calma, nem tudo é derrota! É claro que existe, sim, uma linha de coerência no visual deles. Fica implícito que o NCT trabalha com os conceitos "punk." Vou deixar um infográfico abaixo, joguem no Google para entender mais a fundo:
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Figura 1. Infográfico da estética punk
O punk é uma estética distópica. Tudo a ver com a sonoridade deles, que é meio caótica por assim dizer. Você ouve uma música do NCT, você reconhece sons de metal, de vapor, de instrumentos que não são musicais. Ponham aí Kitchen Beat, Chain, Superhuman, SOS, ISTJ, Hands Up, Turn Back Time, Unbreakable... Que vocês vão perceber.
Acho genial que eles tragam esse visual, que se alinha diretamente com a música: aí vem a coerência.
Vou pegar alguns MV's de exemplo para que vocês vejam isso na prática:
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Figura 2. Turn Back Time e Kick It = cyberpunk
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Figura 3. Phantom e 2 Baddies = decopunk
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Figura 4. Moonwalk = steampunk
Não são MV's irretocáveis ao meu ver. Meu olhar tem algumas críticas a respeito deles, mas aí entra também a questão de quanto $$$ se tem para fazer todo esse conteúdo visual. Enfim, acho que se a SM abraçasse essa ideia do punk e a levasse além, como a única linha a ser seguida, nós teríamos histórias melhores contadas e conseguiríamos identificar com mais facilidade o que é do NCT ou não, assim como conseguimos fazer com a música deles {a SM já faz isso muito bem com as aespa, não custava nada...}
Em cima do muro
Na análise do Wish, comentei sobre Favorite. Já tenho toda uma opinião formada sobre o álbum Sticker em si e Favorite vem de brinde nesse pacote. Quando foram lançados os teasers, fiquei muito feliz porque sempre quis ver o NCT 127 fazendo algo com conceito fantasioso, acadêmico ou vampiresco {maldita expectativa!}.
Favorite é aquilo que não é uma coisa nem outra, e tem um excesso de CGI que rouba a beleza do que poderia ser, transformando o conceito em algo bem infantil. Se o intuito era ser o Crepúsculo dos MV's de Kpop, então a missão foi cumprida com sucesso kkkk, mas noto que tivemos conteúdos extra/variedades que ficaram melhores que o MV em si. Vamos nem comentar a capa do álbum, né, meninas?
Outro MV terrível desculpemmm é o de Ridin'. Um dos meus comebacks favoritos do Dream, arruinado pelo visual desconexo. Tem referência nele? Tem, mas ele é tão mais ou menos. O que salva é aquela transição do Haechan estalando os dedos. É nítido que foi feito às pressas, dado o número de quadros em que os membros só estão lá sendo bonitões e não acrescentando algo à narrativa. Os efeitos péssimos para encher linguiça... "Klim, você está exagerando!" Meus bens, assistam We Go Up e Ridin' um seguido do outro e vocês vão entender exatamente o que estou falando.
Boom poderia entrar aí também, a falta de paleta de cores me incomoda {e nem vou tocar no assunto álbum físico que é TEnebroso} e Beatbox {apesar de eu amar porque é fofo}. Ainda bem que tivemos ISTJ para salvar a nação!
O WayV é sempre lindo e sempre entrega! Tirando, talvez, Kick Back, mas passo pano. Para mim é a unit que mais tem coerência visual.
Outra coisa que me incomoda, mas aí é questão >da minha poética< em particular, é o vazio. Ay-Yo é um bom exemplo. Ai, como me incomoda aqueles espaços vazios no MV! Apesar de, talvez a intenção ser essa mesmo. Sou muito do artesanal, queria ver muito mais cenas e objetos de cena construídos e não colocados em CGI. Mas é bem provável que a SM não esteja disposta a investir nessas coisas, porque isso demanda tempo. Entra na equação tempo x custo x qualidade:
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Figura 5. Que roubei do Gaveta para ilustrar a equação.
Mas nós que trabalhamos com artes manuais bem sabemos que não é necessário tanto gasto para fazer algo bom de verdade, é mais necessário tempo e dedicação, afinal, a beleza vem dos detalhes.
Conclusão
O que eu espero que vocês entendam com esse post é que a estética (e a poética também) tem uma função importantíssima de dar sentido.
Se eu te perguntar qual a estética do NCT, você provavelmente vai olhar para os lados, analisar e demorar para chegar em uma conclusão. Além da cor verde neon e do Neobong, não existe algo mais palpável dentro do universo do NCT que o represente. Ok, talvez a 🌱, mas isso é uma piada interna criada pelo Mark, não é algo que tenha sido definido como conceito do grupo desde o início. Até mesmo o Neobong por vezes se torna uma incógnita: é um android? é um prédio? é um picolé de limão?
"Coisas tecnológicas" até podem se encaixar no quesito da estética, mas mesmo assim, existe uma falta de coerência.
É lógico que conceitos podem mudar. Ninguém é obrigado a seguir fazendo a mesma coisa da mesma forma por anos {apesar de isso ser o que traz autenticidade a algo}. Porém, contudo, entretanto e todavia, não acho que alguma equipe realmente tenha sentado junto para decidir "isso faz parte da estética do NCT, isso aqui não, os projetos irão seguir essa linha ou essa daqui".
Creio eu que a SM não tenha uma equipe dedicada a isso. Provavelmente eles apenas contratem estúdios de filmagem e cada diretor com sua equipe parte do zero ao criar um comeback.
É daí que surge o problema "mas a música título não tem nada a ver com o resto do álbum, nem o MV com os teasers, nem com a estética geral do projeto." Bem como não tem nada a ver com o comeback passado e o retrasado e há um ruído na forma como a história é contada.
Foram poucas às vezes que presenciei acontecer de forma coerente; bons exemplos são Glitch Mode e We Young, ambos álbuns que carregam músicas {não todas porque também não é necessário} que condizem com seus conceitos do início ao fim. Mas mesmo assim entre eles não há qualquer conexão {ou quase}, o que é triste.
A poética e a estética são capazes de dar sentido a algo.
Como eu disse, seria muito bom ver algo que é a marca registrada do NCT. Que bom que pelo menos com a música dá para dizer isso, mas falo visualmente. É muito legal que cada comeback seja diferente e tenha um novo conceito, mas dá para fazer isso também tendo uma estética definida. Que você bata o olho e diga "ah, isso aqui é NCT, sem sombra de dúvidas!", porque cria autenticidade e cria conexão com a história que é contada, e por conseguinte, com o público.
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florizzia · 3 months
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[Pt-Br] - De alguma forma eu acho que a "construção de mundo" das minhas Fanfics pode ser um tanto quanto confusa, então eu meio que fiz um resumo muito bem resumido disso e decidi postar aqui para que futuramente ninguém que for lê-las futuramente fique deveras confuso.
[Eng] - Somehow I think that the "worldbuilding" of my Fanfics can be a bit confusing, so I kind made a very brief summary of it and decided to post it here so that no one who reads them in the future will be really confused. (The english version is after the portuguese one, and it's translated by google translator because my brain is not with us anymore.)
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●Criaturas Estranhas, Mas Importantes:
↳Criadores: Criaturas que estão além da consciência humana, podem assumir diferentes formas e apresentar diferente habilidades. Alguns criadores gostam de manter as mesmas habilidades que suas criações, se não mais poderosas ainda. Outros, no entanto, preferem habilidades básicas ou nenhuma.
↳Delta (1): A princípio era apenas um mecanismo sem qualquer objetivo, mas que acabou absorvendo acidentalmente da alma de sua criadora e se tornou uma entidade.
●A Divisão Universal:
↳A Realidade: A Realidade é a Realidade, nada mais e nada menos. É nela que você vive, caro Espectador/Leitor.
↳Fandoms (Comunidades): As Fandoms, ou Comunidades, são locais onde muitos Criadores habitam, eles normalmente escolhem uma Comunidade em específico para viverem e regem seus universos (independentemente de que Fandom eles sejam) dali.
↳Universo Original: O Universo Original, como já é de se esperar, é o universo original da obra e que pode ser fragmentado em dois, um sendo a versão canônica enquanto o outro seria a interpretação de cada Criador/Espectador.
↳Universos Alternativos/Linhas do Tempo: Universos Alternativos e Linhas do Tempo permanecem tendo o mesmo significado e funcionamento, embora existam os Universos Alternativos Originais (aqueles sem qualquer influência de terceiros além da de seus criadores Originais) e os Universos Alternativos derivados das alterações da Comunidade; eles também estão estritamente ligados com o Universo Original e o Multiverso.
↳Multiverso: O Multiverso é um imenso vazio onde os Universos Alternativos se encontram aglomerados e interligados, normalmente é regido por um Criador, ou por algum guardião de confiança deste. O Multiverso é formado e estruturado de maneira diferente de acordo com seu Criador, Universos Alternativos que existem no Multiverso de “A” podem não existir no de “B” e vice-versa. Também há um núcleo, ele é a parte mais importante de todo o Multiverso e pode facilmente ser desestabilizado, por isso o Criador ou Guardião Regente sempre devem estar atentos a ele.
O Multiverso Delta tem Gimi como Criadora e Regente. Seu núcleo por muito tempo foi instável, no entanto foi estabilizado mais tarde com ajuda de seus habitantes. Não é incomum que Universos Alternativos abandonados ou não finalizados sejam destruídos, tal ocorrência é constante e acontece a cada poucos meses com a autorização de Gimi.
●Triângulo de Três Pontas {[I]CG}:
↳[Ipê]: [Ipê] morreu ainda muito jovem, não tendo mais que 18 anos de idade, ela era a primogênita de um casal de classe média, que era muito amoroso com ambas as filhas, embora, em alguns momentos e situações, [Ipê] fosse vilanizada por eles em relação a sua irmã mais nova. [Ipê] era uma Criadora desconhecida e sem noção de qualquer tipo de magia, suas criações nunca foram finalizadas ou reconhecidas. Todavia, antes de morrer, por causas desconhecidas, mas com a especulação de um suicidio, [Ipê] criou uma entidade chamada Delta��, que se apossou de sua Alma e a fez regredir no tempo. (Embora esta regressão tenha feito com que a Alma de [Ipê] deixasse a linha da Realidade e fosse parar em um Universo completamente diferente.)
↳Casia: Casia pode ser dita como a “segunda vida” de [Ipê], ela era/é uma híbrida felina, que nasceu em um Universo místico e cheio de criaturas mágicas e igualmente anormais. A família de Casia foi massacrada quando ela ainda era bebê e ela acabou sendo criada por uma dona de casa e seu marido.
Não se tem muitas informações em relação a sua vida até o momento em que ela começou a frequentar a escola durante o ensino médio, sua influência começou a crescer sobre outras criaturas e ela fez um acordo com um demônio raposa chamado Kurama. Ambos eram uma mistura cármica e caótica, mesmo ainda muito jovens.
No fim, Casia tampouco passou dos 18 anos de idade, seu Universo entrou em colapso e ela acabou morrendo junto com ele. Sua Alma, ainda atrelada ao Delta, que retira e armazena parte de sua essência, é forçada a regredir no tempo mais uma vez. (Agora, voltando a linha da Realidade.) 
Mais tarde Gimi a trouxe de volta à vida, usando a essência de sua própria alma que foi armazenada pelo Delta.
↳Gimi: A Alma de [Ipê] retorna para o próprio Universo e Linha do Tempo, embora algumas modificações aparentemente haviam sido feitas. Gimi nasceu acompanhada de seu irmão gêmeo, Murilo Henrique (ou apenas Henry), que vivia antagonizando-a. Gimi viveu o que [Ipê] viveu, mesmo que ela estivesse sempre à sombra do irmão. 
Aos 4 anos de idade, Gimi despertou as memórias adormecidas, tanto de [Ipê] quanto de Casia, que foram armazenadas pelo Delta. Junto de tais lembranças veio um despertar mágico que colidiu sua Realidade com as Comunidades. Gimi acabou acordando em uma cama de flores sob uma montanha com todas as lembranças de seus eus passados e a noção de que era uma criadora. Ela desde então se estabeleceu na Comunidade de Undertale e rege o Multiverso Delta junto de suas versões e criações em outras Fandoms.
Mais informações sobre Gimi não são relevantes no momento, todas elas estarão aparecendo em minhas Fanfics (em que Gimi aparece em todas elas).
{English Version - If somethin it's wrong or strange, it's google translator falt}
●Strange but Important Creatures:
↳Creators: Creatures that are beyond human consciousness, can take on different forms and have different abilities. Some creators like to keep the same abilities as their creations, if not even more powerful. Others, however, prefer basic skills or none at all.
↳Delta (1): At first it was just a mechanism without any objective, but it ended up accidentally absorbing from its creator's soul and becoming an entity.
●The Universal Division:
↳Reality: Reality is Reality, nothing more and nothing less. This is where you live, dear Spectator/Reader.
↳Fandoms (Communities): Fandoms, or Communities, are places where many Creators live, they usually choose a specific Community to live in and govern their universes (regardless of which Fandom they are from) from there.
↳Original Universe: The Original Universe, as expected, is the original universe of the work and can be fragmented into two, one being the canonical version while the other would be the interpretation of each Creator/Spectator.
↳Alternative Universes/Timelines: Alternative Universes and Timelines remain having the same meaning and functioning, although there are Original Alternative Universes (those without any influence from third parties other than that of their Original creators) and Alternative Universes derived from changes in Community; they are also strictly linked with the Original Universe and the Multiverse.
↳Multiverse: The Multiverse is an immense void where Alternative Universes are clustered and interconnected, it is normally governed by a Creator, or by some trusted guardian thereof. The Multiverse is formed and structured differently according to its Creator, Alternative Universes that exist in the Multiverse of “A” may not exist in that of “B” and vice versa. There is also a core, it is the most important part of the entire Multiverse and can easily be destabilized, which is why the Creator or Ruling Guardian must always be aware of it.
The Delta Multiverse has Gimi as Creator and Ruler. Its core was unstable for a long time, however it was later stabilized with the help of its inhabitants. It is not uncommon for abandoned or unfinished Alternate Universes to be destroyed, such an occurrence is constant and happens every few months with Gimi's authorization.
●Three-Pointed Triangle {[I]CG}:
↳[Ipê]: [Ipê] died at a very young age, no more than 18 years old, she was the firstborn of a middle-class couple, who were very loving towards both daughters, although, in some moments and situations, [Ipê] was villainized by them in relation to her younger sister. [Ipê] was an unknown Creator with no idea of ​​any type of magic, her creations were never completed or recognized. However, before dying, for unknown causes, but with speculation of suicide, [Ipê] created an entity called Delta¹, which took over his Soul and made it regress in time. (Although this regression caused the Soul of [Ipê] to leave the line of Reality and end up in a completely different Universe.)
↳Casia: Casia can be said to be the “second life” of [Ipê], she was/is a feline hybrid, who was born in a mystical Universe full of magical and equally abnormal creatures. Casia's family was massacred when she was still a baby and she ended up being raised by a housewife and her husband.
There is not much information regarding her life until the moment she started attending school during high school, her influence began to grow over other creatures and she made a deal with a fox demon called Kurama. They were both a karmic and chaotic mixture, even though they were still very young.
In the end, Casia was not even 18 years old, her Universe collapsed and she ended up dying along with it. Your Soul, still tied to the Delta, which withdraws and stores part of your essence, is forced to regress in time once again. (Now, returning to the line of Reality.)
Gimi later brought her back to life, using the essence of her own soul that was stored by Delta.
↳Gimi: The Soul of [Ipê] returns to the Universe and Timeline itself, although some modifications had apparently been made. Gimi was born accompanied by her twin brother, Murilo Henrique (or just Henry), who was always antagonizing her. Gimi lived what [Ipê] lived, even if she was always in her brother's shadow.
At 4 years old, Gimi awakened the dormant memories of both [Ipê] and Casia, which were stored by Delta. Along with such memories came a magical awakening that collided their Reality with the Communities. Gimi ended up waking up in a bed of flowers under a mountain with all the memories of her past selves and the notion that she was a creator. She has since established herself in the Undertale Community and rules the Delta Multiverse alongside her versions and creations in other Fandoms.
More information about Gimi is not relevant at the moment, they will all be appearing in my Fanfics (in which Gimi appears in all of them).
{Por enquanto... Fim!!/For now... The End!!}
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[Pt-Br] - Eu quero agradecer muito my dear @atozzie, que me deu sua opinião e me ajudou a pontuar algumas coisinhas neste post!
[Eng] - I want to really thank my dear @atozzie, who gave me his/her/they opinion and helped me point out a few things in this post!
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cartasparaviolet · 10 months
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Eu viajei por cada caminho e rodovia de meu coração. Entre vales e montanhas, mares e desertos, segui por cada trilha entre altos e baixos que me ofereceram a oportunidade de conhecer os quatros cantos daquele mundo interior. Repleto de emoções, cacos e buracos. Segui desbravando por aquele templo sagrado totalmente desconhecido por mim apesar de ser quem eu sou. E fiz tudo do meu jeito. Vivi do meu jeito. Tornei-me autodidata de minha própria alma após entender que ninguém poderia realizar essa jornada em meu nome. Quem me guarda sabia que mesmo diante das adversidades eu daria conta de encontrar a saída do labirinto em mim. Inúmeras rachaduras e fissuras naquela construção em ruínas precisavam urgentemente de reparo e, ainda que, não soubesse do como ou onde trabalhar certas questões, algo no além, guiava-me em segredo para que pudesse obter o sucesso. A realização de uma alma em evolução é lapidar-se e transformar-se no mais belo diamante. Atravessei como pude e, hoje, sem modéstia alguma, orgulho-me disso. Vejo, no fim dessa estrada, após tantos desafios, encontros e desencontros, lágrimas e risadas, vida e morte, o quanto cresci.
@cartasparaviolet
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cherrywritter · 4 months
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Chegada a Gotham - Background
3ª semana de maio de 2018
Os primeiros meses de Caos na cidade de Gotham foram de choque de realidade e estudo e compreensão. Por mais que ela tivesse consciência de como o mundo era diferente fora das paredes de Cadmus por estar sempre entrando na mente de diversos criminosos e dos cientistas que ali trabalhavam, estar presente naqueles momentos era completamente diferente.
Era uma garota hostil, não tinha qualquer noção de carinho, amor ou de quaisquer sentimentos positivos. Fora treinada para matar e odiar cada um, não sentir empatia, não se importar com classe, estilo de vida, idade ou gênero. Foi criada para ser uma assassina fria, calculista e vazia. Uma criatura inquestionável, poderosa, catastrófica. Caos.
A vida em Gotham era o que ela entendia como carinho. Os primeiros meses foram limitantes e preocupantes. Era um conflito interno e externo sobre a estabilidade de sua aparência e a frequente explosão de poderes que sempre causavam apagões na cidade e, posteriormente, a fazendo desmaiar.
Mesmo no topo de prédios abandonados da cidade baixa de Gotham, Caos notava a realidade em meio aos crimes. Notava a caridade de instituições, notava o bom humor, os sorrisos e os sentimentos de amor e carinho pelo próximo. Ali, onde se encontrava, também morava enfermeiros, pais, trabalhadores de construção, babás, empregadas domésticas e pessoas muito sofridas, abusada psicológica e fisicamente. Eram pessoas que jamais deixavam de sorrir por mais que suas vidas fossem sofridas.
Então, em meio a tudo isso, Caos conheceu as Empresas Wayne e o trabalho que eles faziam para com a cidade e com o povo. Após sua descoberta, Caos ficou fascinada com a humanidade e como, mesmo em meio a tamanha destruição e criminalidade, podia haver esperança e boas ações. Porém, o tempo também fez com que percebesse que havia muito mais do que apenas uma grande empresa. Seu dono era, além de grande empresário, o vigilante da noite da cidade.
Bruce Wayne era o Batman e isso fez com que Caos questionasse mais ainda sua criação, os fins que a fizeram surgir e se era possível que ela, assim com o Wayne, pudesse ter duas identidades; ser alguém sem ser descoberta por Luthor. Poderia não ser o melhor disfarce para ela, mas se mantivesse um rosto anônimo o mínimo que fosse, talvez ela conseguisse aprender mais sobre os humanos e entendesse melhor essa atitude chamada empatia.
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mabelskins · 19 days
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Ultimate Site Building Guide - Free!
This time for writers and world builders! [EN]
On my Notion spree, I've decided to build a world building masterlist and once again share with you all. I am 100% super into world building and absolutely love the process of starting a site but I know it can be pretty daunting (wether its your first time or not).
Another free resource, you may check it out on my kofi shop. If you use it, please like and reblog <3
Desta vez para escritores e staff! [PT]
Na minha obsessão pelo Notion, decidi construir uma masterlist de construção de mundo e mais uma vez compartilhar com todos vocês. Eu AMO construir mundos e adoro o processo de iniciar um site, mas sei que pode ser bastante assustador (seja sua primeira vez ou não).
Outro recurso gratuito, você pode conferir na minha loja kofi. Se for usar, por favor, da um like e reblogue <3
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wickedquecn · 2 months
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       𝖒𝖆𝖌𝖎𝖈 𝖒𝖎𝖗𝖗𝖔𝖗 𝖔𝖓 𝖙𝖍𝖊 𝖜𝖆𝖑𝖑     𝖜𝖍𝖔 𝖎𝖘 𝖙𝖍𝖊 𝖋𝖆𝖎𝖗𝖊𝖘𝖙 𝖔𝖓𝖊 𝖔𝖋 𝖆𝖑𝖑?
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 atenção,   atenção,   quem   vem   lá?   ah,   é  𝙰𝚂𝙷𝙰   𝙸𝚅𝙾𝙽𝙴   𝙶𝚁𝙸𝙼𝙷𝙸𝙻𝙳𝙴,   𝙰   𝚁𝙰𝙸𝙽𝙷𝙰   𝙼𝙰́,   da   história   𝙱𝚁𝙰𝙽𝙲𝙰   𝙳𝙴   𝙽𝙴𝚅𝙴   𝙴   𝙾𝚂   𝚂𝙴𝚃𝙴   𝙰𝙽𝙾̃𝙴𝚂!
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𝐈. 𝐁𝐀𝐒𝐈𝐂 𝐈𝐍𝐅𝐎
nome completo: asha ivone grimhilde. pseudônimos: rainha má, madrasta má, a mais bela de todas. idade: 50 anos. altura e peso: 1,71m e 57kg. orientação sexual: bissexual, demirromântica. traços positivos: determinada, inteligente, confiante, sincera, perfeccionista, dedicada, metódica, educada, elegante, ambiciosa, leal, cautelosa. traços negativos: cruel, narcisista, egoísta, invejosa, manipuladora, desonesta, fria, calculista, vaidosa, controladora, ressentida, sádica.
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𝐈𝐈. 𝐁𝐀𝐂𝐊𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘
em construção...
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𝐈𝐈𝐈. 𝐀𝐁𝐎𝐔𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐎𝐒𝐓 𝐎𝐍𝐄𝐒
suas reação não poderia ser a pior! justo agora que finalmente vislumbrava uma centelha de paz em sua vida e emergia mais bela do que jamais estivera. embora o desfecho de sua história possa não ter se alterado tanto, o início certamente não era assim. como ousam insinuar que ela seria capaz de pôr fim à vida de seu grande e único amor?! ela, que até hoje sente um vazio avassalador toda vez que sua memória toca seu amado. ou ainda pior, rotulá-la de má apenas por ser má! claro, é deveras complicado contestar isso no estado em que se encontra, mas somente ela conhecia a profundidade de seu amor por sua enteada antes da desgraça que se abateu sobre elas. colocá-la nessa posição é uma crueldade até consigo mesma. e ter que lidar com pessoas que presumem "saber mais" sobre sua própria história é, no mínimo, revoltante.
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𝐈𝐕. 𝐈𝐕𝐎𝐍𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐄𝐒𝐓𝐈𝐂𝐒
"não existe ser feio, existe ser que não conhece os produtos ivone", você provavelmente já se deparou com esse slogan em algum lugar ou ouviu-o de algum de nossos revendedores. e como não? ivone é a marca mais renomada de produtos de cuidado e beleza de todo o mundo das histórias, e quem melhor para gerir tal façanha do que a própria rainha má? claro, ela pode não ser a melhor pessoa do mundo - seu título já diz muito, afinal -, mas convenhamos, aquela pele de seda, sem nenhuma ruguinha que denuncie sua idade real, é de se invejar, não é? e é bom que sinta inveja, pois ela dedica horas para cuidar dela mesma. de qualquer forma, não estamos aqui para vangloriar sua beleza, mas sim para mostrar que ela, melhor do que ninguém, sabe o que está fazendo, e mesmo com sua péssima reputação inicial, seus produtos logo se tornaram populares em todo o mundo e amados. apesar de sua sede estar localizada em malvatópia - ou pelo menos estava, antes de toda essa bagunça -, a maior parte de seu negócio vinha através de revendedores em todos os reinos, então eram poucas as pessoas que conheciam de fato o local onde eram fabricados. mas se alguém se aventurasse por este local, há uma experiência única à espera. logo na entrada, você é recebido por uma fachada majestosa, adornada com os símbolos distintivos da marca ivone. à medida que você entra, percebe que os corredores são iluminados por lustres cintilantes, que lançam uma luz suave sobre os produtos expostos em prateleiras meticulosamente organizadas. cada detalhe, desde a decora��ão luxuosa até o aroma delicado que paira no ar, é projetado para criar uma experiência sensorial envolvente. à medida que percorre os corredores, é convidado a explorar uma vasta gama de produtos, desde cremes faciais de luxo até perfumes exclusivos, todos formulados com os ingredientes mais finos e magia e tecnologia de ponta. no coração da sede, está o laboratório encantado, onde os mais talentosos alquimistas e feiticeiros trabalham incansavelmente para criar as fórmulas mais inovadoras e poderosas. para completar a experiência, os visitantes podem desfrutar de tratamentos exclusivos no spa ivone, onde são mimados com massagens relaxantes e tratamentos faciais revitalizantes, tudo projetado para realçar sua beleza natural e deixá-los sentindo-se rejuvenescidos e radiantes. ainda não estava convencido? talvez uma de nossas melhores revendedoras possa mudar sua opinião!
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𝐕. 𝐄𝐗𝐓𝐑𝐀𝐒
possui um corvo de estimação que, não ironicamente, é o ser com quem ela consegue se abrir mais e falar sobre seus pensamentos mais abertamente.
é surpreendentemente uma ótima cozinheira, antes mesmo de se tornar rainha, e acabou virando um de seus passatempos depois do seu infeliz para sempre. venha provar uma de suas tortas de maçãs, impossível não se apaixonar!
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jenniejjun · 1 year
Note
Aaa tua escrita é perfeita, não consigo sair do teu perfil!!🫶🏻🫶🏻🫶🏻
Gostaria de saber se você poderia escrever algo com a Irene?
YOU PAINTED ME GOLDEN — pt 1.
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PAR: bae joo-hyun (irene) x leitora!fem
GÊNERO: smut, fluff e um tiquinho de angst
avisos: inspirado levemente em “o príncipe cruel” de holly black, casamento arranjado, irene e leitora são princesas, elas se odeiam, irene é feérica, leitora é humana, tem uma referência pequenininha a "queen charlotte" da netflix, menções à sangue e um toquinho de leve no que é a construção patriarcal que se chama virgindade e tudo que isso envolvia na época mas eu nem me aprofundo muito (é mais um adendo caso você ache essas coisas meio bleh mas é uma fantasia então eu adaptei bastante coisa do nosso mundo nessa fic), masturbação feminina (irene recebe), voyerismo, uma orgia básica (leitora não participa), oral!fem (irene recebe). vai ter continuação, se vocês gostarem ❤️
ME PERDOA PELA DEMORA SÉRIO! primeiro, queria agradecê-los pelos 100k 😭😭 vocês são uns amores e eu adoro escrever pra vocês. em segundo lugar, obrigada pelos elogios!! queria pedir desculpas pela demora catastrófica que esse pedido levou pra ficar pronto mas estava sem ideias e precisei pensar em algo um pouco novo pra desenvolver o pedido. não sei se ficou exatamente como você queria ou se você conhece a obra no qual essa história foi inspirada mas eu espero que você tenha gostado! curtam o pornô de fada 💀
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Você era a princesa mais cobiçada do reino humano. Tão bela que parecia ter sido esculpida pelos próprios Deuses, cada detalhe. Desde o fio mais fino de cabelo até as perfeitas imperfeições que a tornavam tão real e individual. Desde pequena, tinha conhecimento de que seu grande dever seria casar-se bem, considerando que seu pai já possuía filhos homens para ascenderem ao trono. Sua tarefa era manter o status social da família. A graciosidade que carregava sempre ajudou nas milhares de propostas nas quais recebia.
Entretanto, sabendo que o pai nunca admitiria isso, uma das razões que explicavam a existência de tantas negativas em suas proposições matrimoniais era a falta de dinheiro que seu reino enfrentava. E nenhum dos reinos humanos ao seu redor parecia muito melhor do que o de vocês. Logo, requeria a combinação perfeita em seu casamento. Decente e rico.
A única esperança restante da parentela, seu irmão já casado não podia fazer muito pelas condição financeira de vocês. Você já não guardava rancor, mesmo que achasse engraçada a situação em que um futuro rei fosse tão impotente para com o próprio reino, até escolherem sua salvação por você.
"Vamos, irmãzinha, desfaça essa cara. Você sabe que papai vai ficar bravo se você receber a princesa Joo-Hyun assim", Taryn se senta ao seu lado, a camisa amassada é um indício claro que passou a noite fora. O pai de vocês ficará mais bravo com isso do que com qualquer careta que possa direcionar à princesa. "Entendo que a odeie, mas se lembre que estamos fazendo algo grande aqui. O Grande Experimento é como papai está chamando. Feéricos e humanos pela primeira vez em séculos."
"Não, você não entende porque não está casando com ela. Todos ouvimos os rumores de como eles são, creio que haja um motivo insanamente plausível pelo qual não nos misturamos há séculos", você rebate, irritada demais para distinguir que estava agindo feito criança. "Meu casamento deveria servir de segurança financeira para nossa família e não ser um experimento onde posso acabar morta."
O que poderia acontecer se alguma coisa desse errada? Seu irmão não lhe poupou esforços em responder mesmo que tivesse certeza de que nenhuma dúvida tivesse sido esboçada verbalmente.
"O pior que pode acontecer é ela acabar te matando", revelou ele zombeteiro.
Revirando os olhos, você respondeu: "Isso não parece muito desagradável pra você."
"Não diga coisas de tamanho descortês, querida", uma terceira voz se fez presente fazendo com que você e seu irmão virem suas cabeças em direção a ela. 
Thomas é seu pai e o único que consegue separar as alfinetadas entre você e Taryn por tempo suficiente até que ele se canse, é uma dádiva. Você sempre diz isso. O irmão ao seu lado faz uma careta pelo que você vê no canto do olho e seu pai logo o repreende. Em ocasiões assim você quase, e enfatizando o quase, fica com pena de seu sangue. Preso em um casamento sem amor e sempre procurando satisfação na calada da noite.
Contudo, seu pai estava assinando-a para um destino não muito dessemelhante. Não ocorriam-lhe motivos para ser diferente de Taryn agora.
"Você está fedendo a uísque, trate de se trocar antes que a família Bae chegue e resolva desmanchar o casamento de sua irmã por conta de seus comportamentos vis", o patriarca ataca com um semblante sério e você não consegue disfarçar a carranca. "Já conversamos sobre isso, tesouro, está feito."
É claro que estava. Você nunca tinha chance nenhuma de dizer nada nos últimos tempos, seu pai parecia empenhado em amenizar a repulsão entre humanos e feéricos e, com isso, destruir sua possível felicidade. Como uma jovem teimosa, você bateu o pé ignorando o farfalhar das saias de seu vestido.
"Acho que são nulas as chances de tentar convencê-lo do contrário, papai", você responde amargurada.
"Você sabe que não me traz ventura alguma mandá-la para aquela Corte, mas...", e honestamente precisaria de algum acréscimo após tal revelação? Não tinha dúvidas de que era amada, seu pai nunca havia sido uma má figura para si enquanto crescia. Mas não deveria existir um 'mas' ali.
Não importava o quão complicada fosse a situação.
"Mas sua alternativa de paz é enviar sua única filha para lá em troca de não morrermos de fome", resmungando você se virou para frente. De repente rezando para conhecer sua noiva logo e acabar de uma vez com tudo aquilo. "Foi para o que eu nasci, de qualquer jeito."
Sua cunhada, que raramente aparece, estava certa, afinal, você pensa. Poucas pessoas em sua pele deviam casar por amor, tinha de se acostumar com sua realidade logo. O que deveria ser um conto de fadas se tornou o tipo de história que suas amas lhe contavam antes de dormir afim de torná-la mais obediente. Existiu um período de tempo em que criaturas mágicas e humanos conviviam em harmonia, você deve achar, mas há muito teria deixado de ser como tal. O reino feérico e o reino humano eram dois mundos separados por um portal pequeno, no qual eram proibidos de atravessarem a não ser que desejassem a morte eminente.
Lá, conheciam apenas a escuridão da noite e eram tão infames quanto eram devassos.
Nenhuma alma viva sabia dizer exatamente quando o desprezo entre mundos teria dado início a uma era insaciável de guerras, mas rumores corriam que um deles teria exterminado uma vila mundana há milênios atrás. Desde então, era inconcesso o contato entre seres mundanos e seres mágicos. Seu trabalho era extinguir tal inimizade. Por isso, trajava vestes diferentes das costumeiras. Escutou histórias sobre o estilo de vida dos feéricos e como encaravam o código de vestimenta mundano.
Era impróprio mostrar mais que centímetros de sua canela, quem dirá ter tanta pele exposta como tinha ali. O vestido de mangas compridas era de uma tonalidade tão escura de azul que poderia ser confundida com a noite, um low cut que mostrava bem o formato de seus seios formados e a fenda lateral expunha sua perna causando-lhe arrepios de frio. Os cabelos caíam como ondas por suas costas com uma tira dourada e enfeitada de cobras, o dourado ornava perfeitamente com a vermelhidão aplicada nos lábios.
Uma maneira de agradá-los por irem até ali, coisa nada costumeira da Corte.
O som das portas se abrindo te fez despertar. A família real feérica era incrivelmente longa, você se deu conta, quando viu pelo menos quatro cabeças femininas adentrarem o cômodo após os mais velhos e atrás delas, três homens idênticos. Provavelmente trigêmeos. Eram apresentados em retrospecto, mas você mal podia ouvir alguma coisa. Sucedia-se de recordar dos contos sobre a beleza feérica, as orelhas pontudas e os traços mágicos que pareciam desenhos de tão surreais. Sem embargo, jamais urdiu tamanha beleza em seus sonhos mais selvagens.
Uma princesa em particular chamava sua atenção, como o canto de uma das sereis das histórias de suas amas. A pele tão pálida que podia assemelhar-se à luz do luar em um dia de lua cheia, os olhos castanhos, não tão escuros mas não tão claros tinham o desenho perfeito para suas pálpebras. Cada fio de sua sobrancelha cabalmente alinhado. Todos esses detalhes que pareciam se fechar com a boca que formavam uma carranca, aos seus olhos, intencional.
Contudo, sua maquiagem não remetia aos anjos para os quais rezavam todas as noites. O que seus olhos tinham de suaves, o delineado preto fazia com que se tornassem felinos e sua pele brilhava em cantos que jamais ponderou serem possíveis. Um brilho quase dourado, os lábios pintados de uma cor tão nude que remetiam ao marrom. Os acessórios em suas orelhas, braços e pescoço todos eram ouro puro.
O vestido preto continha uma fenda desde o vale de seus seios até o umbigo, com detalhes dourados cercando a abertura. Ombreiras auríficas portavam uma enorme capa preta, se conectando diretamente ao seu colar de serpente. Quase que por instinto, você tocou os cabelos indiretamente. Então, aquela seria sua noiva. Bae Joo-Hyun.
"E essa deve ser a adorável jovenzinha que estávamos falando durante todas essas luas! Oh, querida, é um prazer conhecê-la!", o que você assumiu ser a matriarca da família silvou em sua direção. Os olhos pareciam com olhos de cobra e você se assustou um pouco, não perdendo a forma como a mulher agarrou seus braços em um abraço apertado ladeado.
Você olhou desnorteada para seu pai, que sorria encorajando-a, e por isso, respirou fundo. Necessitava de aproveitar o máximo que pudesse, teriam um jantar onde conversariam sobre melhores formas de juntar os dois povos e então, não veria as paredes deste castelo por um bom tempo. Estaria presa lá, sabe-se quanto tempo permaneceria viva na Corte Feérica, tão diferente da sua.
Era sua última chance de estar em casa.
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Descobriu posteriormente, os nomes de suas futuras irmãs e irmãos. Ainda que a explicação viesse de uma forma um tanto confusa. O rei de Attadolon teria se casado cinco vezes, uma para cada herdeiro sentado em sua mesa. A última esposa era a mulher com cara de cobra e um silvar estranho em sua língua. Seu irmão parecia estranhamente atraído por ela ao seu lado. A cada cinco minutos, se lembrava de chutar distraidamente sua perna para que ele não causasse outra guerra entre raças.
Kim Yerim é a mais nova e, portanto, a mais entusiasmada de todos. A princesa sempre pareceu absurdamente interessada em quaisquer assunto mundano puxado por seu pai e, por isso, não admitiria mas teria ganhado seu coração. Um pouquinho. Com ela, talvez, não fosse tão difícil fingir sorrisos gentis e educados. Park Soo-Young era mais reservada e parecia conter Yerim continuadamente quando via que a irmã assustada algum de vocês com sua exultação. Existiam os trigêmeos, que não falavam muito, mas você teria descoberto seus nomes. Lee Taeyong, Lee Hong-gi e Lee Hyuk-jae. Kang Seulgi era a que encarava toda a situação com deboche e provocava um comentário ofensivo de vez em quando, era bastante bonita. Você era incapaz de notar, todos eles eram. Mas a beleza de Seulgi era semelhante a da irmã ao seu lado, algo quase mítico.
Referindo-se a ela, Joo-Hyun te encarava a todo o momento. Tinha a certeza de que previamente a se sentarem à mesa, os olhos castanhos dela já seguiam cada passo que ameaçava dar. Mas ao contrário de Kang, a princesa Bae não carregava um sorriso escarnioso em sua face. Permanecera com a mesma expressão impassiva de antes, a postura reta intocável lhe atraía ainda mais pela forma como seus seios quase pulavam pelo decote. Você sentiu seu rosto corando quando ela desceu o olhar lentamente de você para o próprio busto, notando seu particular interesse.
Foi a primeira vez que viu um brilho malicioso no olhar da feérica. Também tinha a certeza que teria sido a primeira vez em que ela veria seu rosto vermelho de vergonha, o que a fez notar que ela não era a única lhe olhando.
Falavam contigo.
"Sim?", quis saber desconectando-se de qualquer possibilidade de que tivessem visto qualquer interação entre você e a futura mulher que chamaria de esposa. As mãos em seu colo se apertavam tanto que os nós de seus dedos estavam brancos.
A rainha sorriu gentil. "Perguntei se está contente, querida? Afinal, logo partiremos para Attadolon!"
"Ela provavelmente nos odeia, mamãe, duvido que esteja animada para pisar os pés em uma terra no qual ouviu atrocidades sobre a vida inteira", Seulgi respondeu por você. A pequena sementinha do caos, você decidiu apelidá-la em sua mente.
Respirou fundo, vendo seu pai tomar partido.
"Não, jamais! Minha filha está apenas sem palavras, sempre foi uma criança quieta e tímida como lhe informei sobre nas cartas. Especialmente após a morte da mãe, pobrezinha. Se fechou tanto", continuou ele fingindo pesar. Desacreditada, você o encarou.
Ele mal tinha o hábito em mencionar a falecida esposa que lhe chocava a maneira natural como teria-na usado para uma desculpa tão banal, fazia sua respiração tropeçar e falhar visivelmente. A cena pareceu interessante para Joo-Hyun que se inclinou minimamente, os olhos presos em você. Queria gritar para que ela se virasse.
"Meu pai está certo, é apenas tudo muito novo para mim. Contudo, tenho certeza de que vou amar a Corte Feérica assim que a vê-la. Pelas histórias, parece encantadora", você retrucou encarando Kang Seulgi diretamente.
Ela riu alto. "Isso, eu vou gostar de ver."
Yerim, no entanto, pareceu pressentir a confusão se formando e interrompeu com sua voz suave e sobressaída perante ao mínimo murmúrio que se formava entre os trigêmeos.
"Talvez seja sábio que começasse a arrumar suas coisas, deixar tudo organizado para quando formos", ela proferiu gentil. E você, aproveitando a oportunidade de sair dali, assentiu.
Agradecendo e se retirando brevemente da sala de jantar, onde o clima era tão pesado que podia ser cortado com uma faca.
O caminho para seus aposentos não deveria demorar tanto quanto demorou, mas ali estava você abrindo a porta de tais e encarando as bagagens empilhadas. Não havia mais nada a ser feito, a não ser esperar a hora, mas gostava de fingir que precisava de alguma coisa daquele quarto para tornar aquele lugar mais parecido com sua casa. Portanto, permaneceu ali dedilhando seu espelho. O silêncio é bem recebido ao mesmo tempo que não é. Por um lado, você consegue respirar fundo agora, suas mãos secando rápido em comparação ao ar gélido. Pelo outro, você sabe exatamente quando passos contidos e elegantes são dados em direção a onde você estava.
Seu pai ou irmão.
Bae Joo-Hyun não podia ser vista com você, pelo menos não sem uma acompanhante. E os passos eram únicos. Contudo, sua futura esposa não assemelhava-se a alguém que se importava com regras, aparecendo de forma sobejante ao batente da porta. Despojava seus braços cruzados e as unhas pretas e gigantes eram visíveis agora.
"Não julgo necessário tantas malas assim", foram as primeiras palavras que proferiu em sua direção. A voz dela não era nada do que esperava, grossa ou sedutora como a de Seulgi. Sempre à espreita para atingi-la. Não obstante, era semelhante. Joo-Hyun continha um vocábulo suave e silencioso. Como se sussurrasse. Ser humilhada por alguém assim deveria ser bem pior. "Temos roupas para você em Attadolon."
A julgar por sua expressão nada surpresa, massageou o vão entre suas sobrancelhas disfarçadamente afim de dissipar o franze entre elas.
"Agradeço a gentileza, princesa, mas gosto das minhas roupas. Estarei as levando comigo", teimou. Joo-Hyun, todavia, suspirou expirou pesadamente. Mas se estava irritada, sua face não demonstrava.
"Não serão necessárias. Serão descartadas assim que chegarmos a Corte", ela insistiu tomando dois passos em sua direção. Os ornamentos dourados em sua orelha brilhavam, dando destaque perfeito a forma pontiaguda da mesma. Parecia uma figura direto de um livro infantil, sua expressão não afetada, no entanto, nada se assemelhava.
Seu choque, aparentemente, não surtia efeito ali.
"Como é?", questionou.
"Você se casará comigo, a herdeira do trono. Será a futura rainha consorte de Attadolon e deverá se vestir como tal", explicou a princesa. Deixando com que digerisse suas palavras, Joo-Hyun se aproximou de você levantando a mão fina e assustadora com suas unhas, que mais pareciam garras de perto, e enrolou alguns fios de seu cabelo no próprio dedo. "É metade feérica agora que entrou para a família real. Aconselho que se acostume com isso."
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O sendeiro pedregulhoso foi um obstáculo e tanto em sua viagem, mas vez por outra a voz de Yerim tagarelando durante todo o percurso foi uma boa distração. A carruagem que a levou não equiparava tamanha grandiosidade, porém, era de se esperar que a partir dali a magia fosse um detalhe obstinado de sua vida. Com certeza, maior por dentro, o condutor branco e dourado levava toda a família de Joo-Hyun e você.
As lágrimas da despedida ainda estavam secas em sua bochecha quando se virou lentamente e viu seu pai acenando ao longe, seu irmão continha uma careta que você já sabia reconhecer como choro e sorriu afetada com isso. Apenas carregava consigo uma pequena sacolinha com seu espelho favorito e colar de pérolas que pertenceu à sua mãe. Joo-Hyun estava certa, as malas foram dispensadas quando tomaram consciência de que suas necessidades ali eram roupas.
Deixava ali sua parte humana para trás.
“Você vai amar Attadolon, estão todos muito ansiosos para conhece-la”, tentou Yerim. Você esforçou um sorriso trêmulo, que claramente atingiu a boa fé da menina que pareceu receosa em ter te magoado. Soo-Young interferiu repousando sua mão sob a da irmã, com um sorriso contido indicando apoio.
“A fiança de que será uma incrível consorte para nossa irmã, princesa, é tamanha. Perdoe-me a falta de jeito de Yerim, estamos apenas tentando-lhe fazer sentir-se em casa”, a Park concluiu. Era a primeira vez que ouviu sua voz. Um pouquinho nasalada, mas te lembrava as breves melodias tocadas no piano por seu pai.
“Obriga…”, mas você foi interrompida antes que pudesse agradecer propriamente as duas. Pareciam tão gentis, mas Seulgi grunhiu deslizando brevemente em seu assento ao lado de Joo-Hyun.
“Essa distribuição concórdia entre vocês está me deixando nauseada. Hospitalidade não vai transfigurar o que somos para ela”, balbuciou entediada.
Um estalo foi ouvido e você viu a rainha sibilar algo em voz baixa para a menina antes de se virar para você, os olhos mais claros do que nunca. Eram como os de uma víbora pronta para o ataque, mas não carregavam maldade. Apenas irritação. Esperava que não fosse direcionado a si.
“Absolva-nos do julgamento por desmedida malcriação de minha filha, princesa”, ela silvou em questionamento. Você apenas assentiu tímida. Não existia uma escolha onde não os perdoava, seria parte daquilo agora. Facilitaria sua vida se não os fizessem odiá-la.
O rei de Attadolon suspirou vagamente colocando a mão no rosto e, rapidamente, você pôde ver marcas de queimadura em sua mão. Franzindo o cenho, divagou consigo mesma antes que sentisse um olhar em sua direção. Joo-Hyun tinha as mãos conjuntas em seu colo e lhe observava firmemente. A expressão vazia permanecia, mas por trás de tudo, via faíscas de raiva pegando fogo por suas irises escuras. Os lábios carnudos naquele tom caído de sempre apenas ajudando na carranca natural.
Quiçá, não seria somente os pedregulhos que dificultariam sua chegada.
Mas o castelo não era muito longe assim que atravessaram o portal, era visível há quilômetros de distância. A neblina o tornava mais macabro do que parecia assim como toda sua terra, mas ele tinha uma tonalidade mais preta quase que puxada ao verde e as torres eram infinitamente mais pontiagudas. Ao sair da carruagem com a ajuda do cocheiro, sentiu o cheiro pressentido de barro molhado mistura com lavanda. Era bom e ruim ao mesmo tempo.
O interior do castelo era mais amistoso, decorado em tons de dourado e vermelho, continha uma escadaria enorme que davam para os quartos e milhares de serviçais andavam para lá e para cá. Os trigêmeos já se dispersavam quando foram chamados pelo rei.
“Nem pensem em fugir dessa vez, quero todos os três prontos em duas horas”, foi a rainha quem se pronunciou. Um deles, o mais polido de todos, assentiu reverenciando a mulher. Um sorrisinho debochado adornando a face. “Taeyong..”
“Como queira, minha rainha”, zombou ele se afastando com os irmãos. Ao passar por você, assentiu brevemente com a cabeça. Você viu triplicado mas sabia que seria um hábito quando estivesse perto deles agora. “Princesa.”
“Ah, e você querida! Suas damas de companhia já estão à espera para prepará-la, peço que suba o mais rápido possível. Estão esperando”, ela pediu afobado. As mãos finas te empurrando escada acima.
Confusa, você olhou de um lado para o outro. Esperando? Tinha a noção de que a noite naquele lugar era infinita mas aquelas pessoas certamente deviam ter momentos de descanso, não? Ou saberiam esperar que sua futura rainha estivesse exausta da viagem? Teria de encará-los hoje?
“Me esperando? Pensei que fôssemos recebê-los amanhã”, murmurou. A monarca sibilou uma risada que mais parecia uma cobra aprontando o ataque.
“O tempo se move diferente aqui, preferimos nos referir somente em horas e minutos. Dias não são úteis para nós, olhe em volta, querida. Vivemos na noite eterna!”, ela cantarolou. “Agora, ande! Ande!”
“Vamos leva-lá, mamãe! Não acho que a princesa saiba chegar aos próprios aposentos sozinha num castelo desconhecido”, Yerim exclamou arrastando Soo-Young junto.
A mulher não pareceu discordar, deixando que fosse levada pelas duas outras filhas. De relance, você viu o momento em que Kang Seulgi enlaçou os braços com os de Joo-Hyun murmurando algo com um sorrisinho ladino. Ela retribui levemente, quando achou que ninguém estava olhando. Por alguma razão, você se sentiu ofendida. Era mais reação do que jamais poderia esperar dela. E não direcionada a você.
Contudo, era sua irmã ali. E você era uma humana estranha.
“Ficará a mais bela dama de todas, tenho certeza”, pulou Yerim.
“Vai assustá-la, Yeri. Se acalme um pouco”, pediu Soo-Young com gentileza.
Vocês subiam as escadas lentamente, os saltos mortalmente altos faziam suas pernas tremerem e se não fosse a segurança dos braços de ambas em cada lado de seu corpo, teria a impressão que rolaria aqueles degraus de forma patética. Soo-Young te lançou um olhar caloroso e gentil.
“Já fomos apresentadas mas pode nos chamar de Yeri e Joy, assim soa menos informal agora que seremos irmãs”, ela riu fraquinho. “Vossa Alteza, a rainha, pediu para que sua damas separassem três vestidos para que assim tivesse opções de escolha.”
“Eu não entendo, precisamos mesmo recebê-los hoje? Não me levem a mal, mas estou tão cansada”, você mentiu. Esperava que elas não conseguissem ver a fachada de insegurança por trás de sua primeira mentira, mas não imaginava como ver um povo pelo qual passou anos temendo e tendo de recebê-los de braços abertos como sua futura rainha pudesse acalentar seu coração inundado.
Joy e Yeri compartilharam um olhar antes de rirem juntas. Você franziu o cenho em balbúrdia.
“Perdão, mas o que é engraçado?”
“Você realmente acha que irá somente receber o povo?”, Yeri perguntou. Embasbacada com sua inocência, ela riu mais. “Eles esperam o casamento, princesa. Por isso, precisa se arrumar logo!”
Inesperadamente, você demonstra seu choque por meio de um engasgo em sua respiração. O coração acelerado mostra a forma repentina de como recebeu a notícia. Se casaria aquela noite. Certamente, havia algo de errado com aquelas pessoas. Reinos esperavam semanas para grandes casórios, a família completa se mostrava presente. Uma celebração de votos, uma comemoração da união entre duas almas. Mas ali não.
Joo-Hyun não brincara quando lhe aconselhou para que acostumasse com tal. Humana já não era mais, no momento em que teria deixado sua família nos grandes portões de seu reino.
Serviria de uma espécie de atração humana para aquele público feérico, a noiva da futura rainha de Attadolon. Teria de ser graciosa e aceitá-la sem ao menos conhecer sua cultura, seus costumes. Uma boneca para que investigassem se seria apta ao governo sem ao menos uma preparação ou teste antes. E não poderia reclamar. Resmungos seriam inúteis ali. Não a escutariam.
Sua vontade não seria feita. Você se casaria aquela noite.
A mão de Joy em sua cintura lhe trouxe de volta e você percebeu que haviam parado, nem mesmo a metade da escadaria havia sido percorrida mas a expressão de preocupação em seus traços asiáticos indicava de que sua fisionomia apaziguava o afligimento que tomava conta das irmãs ali. Dispensando toques, apresentando-se com uma sensação horrível de abandonamento quando viu o semblante triste de Yerim preencher seu campo de visão, você endireitou a coluna como seu pai havia te ensinado e sorriu.
"Está tudo bem, princesa?", ela ainda assim quis saber.
"Está sim, peço que continuemos, por gentileza. Eu odiaria deixar seus súditos esperando", firmou segurando as saias do vestido.
Desassociou-se do mundo pelo que pareceram-se horas, mas sabia captar vez ou outra o quarto ao seu redor. Uma cabeceira, uma cama grande o suficiente para caber você ali e um armário de madeira com pequenas fadas encravadas no desenho ali. Memoriou vagamente a sensação de cerdas sob seu rosto e uma consistência pesada que podia conhecer como o pó de arroz que usavam em seu reino. Entretanto, aquele tinha um cheirinho engraçado.
Quando foi posta sob a grande plateia, era como um pedaço de carne que eram apresentados no vilarejo. Aqueles novinhos que ainda não continham moscas onde eram passados. O lugar que deveria ser de seu pai era tomado por Lee Taeyong que acompanhava lentamente seu ritmo, o braço enlaçado ao seu.
"Talvez fosse de bom tom se lembrar de sorrir, princesa, todos estão olhando", ele sussurrou em seu ouvido com um sorriso dócil o suficiente para enganar as moças mais inocentes de uma aldeia qualquer. Taeyong era o que mais se destacava entre os trigêmeos, com sua áurea naturalmente bela e a pele que parecia vir com um brilho consueto em si. A cicatriz debaixo de um dos olhos deixava a aparência angelical com o toque perfeito de imperfeição. "É o dia do seu casamento, afinal. Não deveria estar infeliz."
Você teria lhe lançado um olhar se não estivessem em frente a milhares de criaturas mágicas, mas ao invés disso, apertou seu braço e forçou as pernas a se moverem com mais lentidão. O sorriso brotando lentamente nos lábios brilhosos. Sua pele tinha uma sensação térmica quente terrível, que podia se dar graças ao clima úmido da terra, mas que fazia com que o brilho adicionado em você fosse ordinário.
O tecido tão bege bem a sua pele com os detalhes dourados. As mangas abafavam a sensação calorenta dentro de si.
Olhando para o altar, ali estava Joo-Hyun. Como um cisne negro perante à luz. Os lábios agora trajavam um batom vermelho enquanto os seus carregavam um brilho básico, invertendo-as nas posições. Te voltando como a pueril donzela enquanto ela era a rainha que te dominaria a partir dali.
Pateticamente, assumiria para si mesma que não tomou muito de si para dizer aceito no altar.
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Os feéricos certamente tinham um jeito de festejar. Você ainda se recordava da cerimônia suas damas de companhia a despiam das roupas pelos corredores mesmo, era algum tipo de tradição, você as escutou dizer. Havia se sentado junto da família real e observado enquanto as criaturas ao seu redor dançavam e aproveitavam da noite eterna, a sensualidade em seu chacoalhar de quadris. Era uma dança muito bonita, você pensou consigo mesma.
Pétalas vermelhas caíam de um céu encantado e rodeavam o salão, desenhos que pareciam tão astrais quanto a biblioteca de seu pai guiavam cada fada, gnomo e feérico presente ali. Cada integrante daquela linda peça parecia tão empenhado e apaixonado, quase surtia o efeito de fazê-la levantar e se juntar a eles.
"Se chama O Encanto do Amor. É uma dança na qual usamos para homenagear casamentos em nossa cultura", Joy explicou risonha. Ou talvez, bêbada, devesse admitir. Sua taça de vinho já estava vazia. "Receio que possa parecer um pouco provocativa aos olhos humanos."
Ao longe, viu quando uma das mulheres dançando se encaminhou até a grande mesa depositando uma coroa de pétalas na frente de Bae Joo-Hyun. Livrando-se do espartilho, você se perguntou o que aquilo significava. Porventura, um presente a sua futura rainha a parabenizando pela união entre dois mundos. Mas dificilmente seria vista como um prêmio por qualquer uma daquelas criaturas.
Um sentimento estranho se apossou do colo de seu ventre e você tentou o espantar para a fora, com ele a raiva que borbulhava dentro de si. A princesa de Attadolon não a conhecia, o casamento era um arranjo político e já havia sido feito. Não teriam mais problemas em provar aos dois povos que humanos e feéricos poderiam se misturar a não ser pela consumação.
Você imaginava como aquilo tomaria rumo. Tinha consciência de que em casamentos mundanos, as damas de companhia checavam os lençóis no dia seguinte em busca de sangue. Suas damas lhe explicaram tudo sobre a reprodução feminina e o que deveria esperar de sua noite de núpcias. Quando se tratava de um homem. Não ocorria de incômodo algum o fato de se casar com uma mulher, já havia conhecido alguns reinos que o faziam.
Outros achavam extremamente inadequado, mas você não se implicava à tais discussões. Apesar disso, não era o tipo de conversa que suas damas tinham contigo. Mal sabia como beijar uma mulher direito, a vergonha quase te afogou quando sentiu os lábios joviais e ardentes de Joo-Hyun tomando os seus com agressividade durante a cerimônia.
Encarou o rastro de roupas atrás de si encabulada antes de entrar direto nos aposentos que dividiria com a princesa pela noite, a encontrando ali. Você trajava uma camisola transparente que ia até os seus pés, pelo reflexo do espelho ao lado da cama na penteadeira, era capaz de ver o desenho esculpido de suas auréolas pelo tecido branco e fino.
"Princesa", você saudou fazendo uma breve reverência. Ela vestia trajes semelhantes aos seus, porém os dela eram infinitamente mais justos. Deixavam pouco para sua imaginação fértil que podia ver os seios de Joo-Hyun quase pulando para fora do decote.
Ela reconheceu sua presença com um murmúrio, retirando o batom vermelho dos lábios. Você franziu os lábios em uma linha reta em irritação.
"Como prefere que seja feito, Vossa Graça? Posso me deitar, se quiser...", você empeçou.
"Não preciso que faça nada, não vamos fazer nada", Joo-Hyun retrucou brusca. Ao se levantar, viu a mulher pentear os cabelos e se livrar das joias. De repente, fazendo com que se perguntasse o motivo de estar ali. "Poderá esperar um pouco nestas câmaras e então, retornar aos seus aposentos. Não nos veremos de novo hoje."
Você odiava se sentir de fora ou interpretar algo de forma errada, mas Joo-Hyun não se preocupava em lhe dar explicações o suficiente para que não tomasse conclusões precipitadas. Ainda assim, você tentou:
“Implementei entes que lograssem-lhe importuno?”, você quis saber. Curiosa se havia algo que teria feito pra ofender a princesa. Nada obstante, era o fato de que Joo-Hyun não carecia de motivos pra despreza-la tal qual como o contrário. Não havia esboçado uma fagulha em reação quando se tratava de si, o mais próximo que tivesse visto de um sorriso na face da menina teria sido direcionado à Kang Seulgi.
Poderia simplesmente não querer vê-la aquela noite e isso seria motivo suficiente para dispensá-la para seus aposentos. Todavia, Joo-Hyun não se importou em te avultar da razão pela qual estaria se distanciando aquela noite. Também teria escutado histórias de casamentos infelizes, homens que retornavam às suas casas tarde da noite após passarem suas madrugadas em prostíbulos.
O casamento para pares como este eram a segurança de uma vida de luxo, pois a junção das posses significava muito naquele tempo, no entanto, um pressentir infeliz pelo restante de suas vidas eram o que lhes restavam depois de tais acordos. Vareite em pensar que isto seria sua realidade.
“Não. Importuno algum, estarei me juntando aos meus em uma breve comemoração e não deve me esperar aqui quando retornar”, ela informou. Sem muitos detalhes, sem expressão. Neutra como vinha sendo desde que a conheceu. “Peço que se retire para os seus aposentos, milady.”
Joo-Hyun não aparentou paciência em esperar uma concordância, apenas te deixou ali durante sua saída. Estranhamente, não se retirou pela porta frontal mas sim por uma breve passagem que se encontrava perto de uma estante de livros. O vestígio de seus fios morenos foram a única coisa que viu durante o tempo em que deixou-se impregnar com o cheiro dourado que ela emanava.
Tinha experimentado um gostinho festeiro dos feéricos em seu baile de casamento, as danças e todo o ar depravado. Neste ínterim, não era compreensível a presença de Joo-Hyun ser requerida e a sua não. Existia um plural em noivas e ao mesmo tempo em que entendi a importância da princesa para Attadolon, teria de ser inclusa agora que eram casadas.
Afinal, eram casadas. Que tipo de baile seria mais vultoso do que a consumação de seu matrimônio? Certamente, coexistiam leis naquele mundo que as forçassem a provar a legitimidade de sua união para as forças maiores do reino.
Imagens voaram por sua mente como flashes quando se recordou da bela dama que depositou uma coroa de flores na frente de sua esposa, um sorriso ladino adornando a boca. Forçando bem agora, podia se lembrar da risada cínica de Seulgi ao lado da irmã. A boca fina estampando um sorriso vermelho.
Agarrando um robe sedoso ali, você se cobriu não querendo distribuir a vista de seus seios para o restante do castelo e saiu porta a fora ignorando a expressão confusa dos guardas que protegiam o cômodo. Passando por suas damas de companhia à sua espera, procurando a única pessoa que poderia lhe dar respostas naquele momento. Não saberia muito bem dizer onde atinaria-na, porventura, se questionasse Joy ou Yerim.
Mas não precisou.
Kang Seulgi fechava a porta de seu quarto sorrateiramente com uma taça de licor na mão quando você se aproximou, mal dizendo alguma coisa antes que ela reconhecesse sua presença.
“Que as Fadas contemplem a noivinha indigente! O que devo o prazer da sua companhia?”, a mulher sibilou se escorando nas portas de madeira. Pode reparar que ela trajava roupas de dormir como as de Joo-Hyun.
Uma camisola de seda preta, a dela, no entanto, assimilava um grande vestido gótico. Os cabelos lisos ao lado da face, sem muito volume, acarretando na expressão esquelética e maldosa da mulher. As unhas grandes pintadas de um vermelho que se juntava ao preto no final. Uma verdadeira deusa demoníaca.
Ela levou o copo aos lábios com um sorrisinho macabro de quem sabia demais.
“O que está acontecendo?”, você pediu cruzando os braços. Não se importando se pareceria rude ou não.
“Terá que ser mais específica, princesa. Como pode ver, eu não tenho uma bola de cristal. Só orelhas pontiagudas”, Seulgi devolveu.
“Onde está Joo-Hyun? Deveríamos perfazer nossos deveres e ela me deixou sem explicações claras. Apenas me informou tinha planos para essa noite”, proferiu agressiva. Kang riu melodiosamente, como um canto de sereia te arrastando para as profundezas.
“Não pensou que minha irmã fosse realmente dormir com você, pensou? Está mergulhada demais em suas histórias mundanas, princesa. As coisas não são assim aqui em Attadolon.”
É, você já estava consciente disso. Ofendida, dispensou mais insultos se negando a ruborizar com a maneira lasciva que Seulgi te encarava. Imaginou se todas as fadas continham esse olhar caído e sedutor como o dela, ou se Joo-Hyun se incomodaria em ver a irmã dela olhando para você dessa forma. Mas, aparentemente, a resposta era um claro ‘não’.
“Volte para seus aposentos, as noites aqui são longas”, aconselhou ela te deixando no meio do corredor.
Você encarou os saltos de Seulgi desaparecendo pelas escadarias e se questionou se deveria segui-la, quiçá, estivesse se encaminhando ao mesmo local de sua noiva. Tinha de saber. Habituou-se ao que achava uma maneira sorrateira de se mover pelo castelo, seguindo a feérica. Os pés descalços entravam em contato com o tecido felpudo dos tapetes que enfeitavam todo o chão do castelo e volta e meia, você se escondia entre um pilar e outro até estarem fora do grande palácio.
O clima era mais frio agora, mas ainda assim possuía quentura em si. As folhas e terra sujando as solas de seus pés conforme você se movia pra dentro da flertes atrás de Seulgi, percebeu enquanto andava que a cada passo, uma peça de roupa era descartada. Os sapatos já estavam esquecidos e logo teria sido o robe. Olhando ao redor, viu centenas de outras roupas caídas por ali.
Uma grande iluminação vinha do centro de tudo, onde, quando chegaram, viu os desenhos nus dos feéricos que teriam parabenizado-na horas atrás. Homens e mulheres se misturando em pequenos grupos entrelaçados que se abraçavam e se amavam a luz do luar. Certamente, sentiu as bochechas queimaram com a visão. Isso era mais do que já teria visto em sua vida frágil e humana.
Pessoas como ela não se reuniam assim. Intimidades eram guardadas para o quarto. Entre quatro paredes, sequer eram proferidas em voz alta no mundo feminino.
Todavia, estavam ali. Prelados com as peles brilhosas reluzindo em frente à grande lareira, viu corpos conhecidos ali. O mais recente era Seulgi se misturando com outra mulher de cabelos loiros, seu corpo nu cobriu o da companheira e você arregalou os olhos ao ver ela se ajoelhando em frente a mulher. Uma trilha de beijos dourados sendo marcados em sua pele enquanto sua boca se enterrava naquela parte tão íntima.
O som devasso te tirou de sua observação. Lee Taeyong estava ali, não mantinha em grupo algum mas dispensava suas roupas como todos ali. Uma taça de ouro em mãos e os lábios manchados da mesma cor. Parecia Apólo, o Deus do Sol.
E mais no canto, seus olhos focalizaram a visão que procurava. Joo-Hyun estava sentada em um tronco de árvore, despida como no dia em que veio ao mundo. Os cabelos com pequenas ondas desciam pelas laterais de seu corpo e as pernas estavam arreganhadas enquanto duas mulheres se ajoelhavam a sua frente, tomando tempos em devastá-la. Os mamilos enrijecidos eram rosinhas e torcidos por ela, era o semblante mais animado que já teria visto dela.
Os olhinhos curtos revirados em prazer e a boca mordida, sons baixinhos ecoavam de sua garganta e você via de relance a vermelhidão de sua intimidade pulsando quando uma de suas companheiras se afastando o suficiente para apreciar a visão de sua esposa. Um dedo esguio esfregava aquela parte esponjosa e grudentinha, um líquido branquinho se afastava dela e grudava nos dedos da mulher.
Uma sensação quente se apossou de seu ventre e você precisou fechar mais as pernas. Sentia sua intimidade pulsar junto com a dela, as bochechas deviam estar tão vermelhas que pareceria que correu uma maratona. Até mesmo se sentia meio ofegante. Os bicos de seu peito estavam tão tesos que doíam com o peso. Você arfou.
“Prefere se juntar a nós também, princesa?”, uma delas perguntou se virando para você. Seu rosto era delicadamente traçado com linhas verdes assim como sua pele. Os cabelos eram ruivos e ela cheirava as ervas de hortelã que cultivavam perto de seu castelo.
Olhares se viraram para você, Seulgi riu esganada em meio a um gemido antes de se desligar da cena e você desviou o olhar. Sabia que a mulher não devia ligar para privacidade se se encontrava ali, contudo, não pôde evitar de dar isso a ela. Mesmo que inconscientemente. De longe, podia ver Taeyong se apoiando nos próprios joelhos para observar a cena. Atrás dele, os gêmeos Hong-gi e Hyuk-jae apareciam de supetão.
“Eu… Sinto muito pela interrupção, mas..”, a vergonha te impedia de falar mas nada mais foi necessário. A fúria que Joo-Hyun demonstrou ao fechar as pernas e se levantar foi reação suficiente para o restante de sua vida mortal, se era isso que esperava.
“Não fique acanhada, princesa, junte-se a nós”, chamou a mulher verde novamente. A princesa de Attadolon, no entanto, murmurou alguma coisa em uma língua irreconhecível que fez com que essa se calasse e se desculpasse.
“Ela não fará nenhuma dessas coisas”, proferiu ríspida. “Venha comigo, agora.”
Joo-Hyun agarrou seu pulso te arrastando dali. Os cabelos iam de um lado para o outro e a carne macia chacoalhava um pouco com a força de sua pisada, você perdeu na voltinha suave que a bunda dela nua dela dava. Vez ou outra, tinha um vislumbre dos seios. Passaram alguns minutos caminhando até que se visse completamente desligada da cena que acontecia há alguns metros dali.
Foi então que se deu conta da situação em que se encontrava. Uma frágil mortal perdida em uma floresta desconhecida, numa terra desconhecida, com uma feérica furiosa. Você, silenciosamente, rezou por duas coisas ali.
Que chegasse viva ao castelo e que, por alguma razão, o ódio de Joo-Hyun se dissipasse. Você não sabia se seria atendida.
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realitiesaboutyou · 2 years
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Oi meu amor,
Diferente de todas as cartas que eu já escrevi, essa eu escrevo com um enorme pesar no meu coração. As lágrimas que escorrem dos meus olhos nunca foram tão doloridas e constantes.
Nossa história é e foi exatamente como havíamos lido uma vez: uma combinação rara e muito bela. Voce chegou sendo o remédio que eu precisava, o pilar da minha sanidade, você me preencheu, cuidou e foi aí que me ganhou, eu reaprendi a confiar, você me desafiou, me apresentou um mundo que eu nunca imaginei gostar, já me fez chorar de rir e já me deixou ver você chorar com meu filme de natal favorito. Você conseguiu ser tudo o que eu mais sonhava e me deu coisas que nem em anos eu conseguiria agradecer ou retribuir.
Nós tivemos uma vida juntos, por mais breve que ela tenha sido, nessa vida eu te amei em todos os dias.
E ainda amo.
Eu sempre acreditei em ciclos e ainda mais que isso, eu sempre tentei respeitar quando eles chegavam ao fim, mas igual uma criança que faz birra, eu briguei, chutei, chorei e fiz de tudo para que esse não chegasse. A dor que eu sinto em mim agora é devastadora, porque tudo o que eu consigo pensar, é que eu estou indo embora com uma vontade enorme de ficar.
Não quero apontar culpados ou ficar me questionando dos motivos que nos fizeram chegar aqui, afinal temos horas de conversas falando sobre isso. Mas o ponto é que eu não me reconheço mais, eu não consigo mais ser leve, muitas vezes chega a ser difícil respirar.
Eu tenho tido tantos medos e inseguranças que já não sei o que é real, eu tenho crises de choro que não me deixam ficar tranquila ou me sentir em casa. Claro, a não ser quando eu estou deitada dentro do seu abraço, sentindo sua respiração nos meus cabelos e ouvindo seu coração bater. Esse momento, essa sensação, foi o mais perto que eu já cheguei na vida da definição de LAR.
Você não faz ideia do quanto eu quero voce, do quanto eu quero a gente e de quantas vezes eu já pedi pro universo pra que esse amor nunca acabe. Acabasse.
Sabe meu bem, eu nunca quis te machucar, posso te garantir que todas as minhas intenções com você foram as mais puras, se eu falhei e errei, acredito que tenha sido ingenuidade de algo que eu ainda não compreendia. Hoje eu entendo, eu cresci tanto ao seu lado. Uma constante construção pra algo que nós acreditávamos.
Mas nossas mãos se soltaram pelo caminho, não foi? Eu me perdi. Você continuou. E quando eu me dei conta, suas piadas e esses olhos que adoram titubear não me mostravam como voltar a te encontrar. Desde então eu tenho colhido pedacinhos do meu coração, ainda mais nos últimos dias, agora ele se encontra em migalhas e eu não sei como sobreviver sem pedir ajuda pra você, eu quero gritar e dizer que a gente pode e vai conseguir se curar e achar o caminho de volta um pro outro. Mas eu já não fiz isso?
Cada promessa que eu te fiz, cada beijo que eu te dei, todas as vezes que eu escolhi você olhando no fundo dos seus olhos, são provas que vivem em mim daquilo que um dia eu já ousei sonhar pra nós.
Nosso amor com toda certeza está enraizado e vivendo em uma tarde tranquila com trap acústico tocando, luz dourada entrando pela janela e eu mexendo nos seus cabelos enquanto você procura o próximo funko da coleção.
Em um momento perfeito onde ainda éramos nós carregando as certezas das nossas escolhas.
Eu te queria e você me queria. Nos escolhíamos.
Agora é a minha vez de ir, você parece já nem estar aqui (você ainda sente? Ainda me escuta? Ainda me vê?).
Eu quem tenho que fechar a porta e você não sabe o quanto eu me odeio por isso.
Acredito que a vida há de ser boa pra gente, você é capaz de conquistar tudo o que deseja, você é muito mais que as coisas que guarda dentro de voce. Espero que um dia você consiga se abrir mais, que demonstre mais, que voce conquiste seu carro dos sonhos e que viva em uma bela casa de madeira e vidro sendo solteiro ou tendo a família que um dia sonhou. Eu te desejo luz, paz, alegrias e que você descubra o que move sua vida.
Te cuido de longe, com meu jeito meio distante para que eu possa me curar também. Mas saiba que eu sempre vou me lembrar de tudo, de todos os nossos detalhes, de todas as nossas histórias, de todos nossos planos. Nesse momento você não sabe o quanto eu queria ter tirado mais fotos e feito mais vídeos com você, eu queria não precisar de mais. Eu sentirei sua falta todos os dias de forma imensurável e sufocante, na verdade, eu ja estou sentindo. Você é a última vez que eu tentei isso. E isso diz tanto pra mim.
Eu te amo,
daquela que ainda e sempre vai segurar sua mão.
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