Tumgik
#março 2020
anditwentlikethis · 4 months
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Ele não sabe que eu estou disposta a sacrificar a minha alma ao diabo para ele ficar no Sporting para sempre
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maluyoongi · 7 months
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título: October Wild data: 7 de março de 2024 programa: ibis paint x + photoshop 2020 feita para: doação da @trancyzp link: 🍂
# collab with @trancyzp
• eu tô MUITO feliz de ter feito essa collab e, de quebra, ainda ter me tornado amg dessa LINDA. a nat é um serzinho iluminadissimo e eu sempre aprendi muito com ela desde que eu comecei no photoshop lá em 2020. ela é uma capista gigantesca e eu me sinto tão realizada de ter meu user ali com ela, de ter feito isso com ela. UM BEIJO MEU AMOR!!!!!! (e deixo aqui também um beijo pra @luvsta q me ajudou bastante na minha parte da capinha).
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athclar · 26 days
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ㅤ ㅤㅤㅤMark Athalar ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤㅤTimeline
PARTE 1 ; EARLY LIFE
⠀⠀✗⠀⠀1998
Nascimento de Mark no dia 30 de maio. Melinoe apareceu com o pequeno embrulho na porta de Jung Ha-sung e esta foi a última vez que ele a viu.
⠀⠀✗⠀⠀2000, dois anos
Jung Ha-sung se casa com Mariah Porter, dando a Mark uma madrasta que o odiava.
⠀⠀✗⠀⠀2002, quatro anos
O pai de Mariah, avô de Mark, morre e ele tem sua primeira visão de um fantasma. A experiência o assustou tanto que passou a ser a causa de seus pesadelos.
⠀⠀✗⠀⠀2004, seis anos
Nasce sua primeira meio-irmã, Tonya. Mark leva sua primeira surra da madrasta ao tentar pegar a irmã no colo, alegando que ele estava passando sua maldição para o bebê.
⠀⠀✗⠀⠀2005, sete anos
Mark ganha mais dois irmãos mais novos, Nora e James, gêmeos. Ele tem seu primeiro confronto com um monstro, mas consegue escapar.
⠀⠀✗⠀⠀2008, dez anos
Nasce o mais novo de seus irmãos, Teucer.
⠀⠀✗⠀⠀2009, onze anos
Mark é perseguido por um monstro que incendeia grande parte da plantação de seu pai na fazenda. A madrasta o culpa e o espanca pelo ocorrido, expulsando-o de casa.
PARTE 2 ; TRAINING
⠀⠀✗⠀⠀2009, onze anos
Mark é enviado para um colégio interno, mas causa um acidente no caminho e é resgatado por Svetlana Athalar, a semideusa de origem desconhecida que se torna sua mestra e o ensina tudo o que sabe.
⠀⠀✗⠀⠀2009-2012, onze a quatorze anos
Foi treinado de diversas maneiras por sua mestra. Não tinham exatamente uma casa, viviam viajando pelo país para evitar serem encontrados por monstros, então ele conheceu várias partes dos Estados Unidos. Mas sempre andavam a pé e longe do mar, era sua maior regra. Nesse meio tempo Mark aprendeu a manusear muito bem armas variadas, assim como aprendeu luta corpo a corpo, sobrevivência em ambientes diversos e como caçar animais selvagens.
⠀⠀✗⠀⠀2012, quatorze anos
Mark foi atacado em um cemitério e quase morreu. Naquele momento, descobriu seus poderes ao derramar sangue no solo e pedir ajuda para os fantasmas ao seu redor. Percebendo que talvez não conseguisse mantê-lo viva sozinha e temendo que dois semideuses andando juntos fosse perigoso demais, Svetlana levou Mark para o Acampamento.
PARTE 3 ; CAMP HALF BLOOD
⠀⠀✗⠀⠀2013-2014, quinze a dezesseis anos
Treinou no acampamento ao lado de campistas de sua idade. Mostrou-se muito bom com vários tipos de armas e aprendeu a usar outros, inclusive a sua cimitarra dupla. Enquanto isso, treinava o uso de seu poder sozinho, evoluindo para o nível II.
⠀⠀✗⠀⠀junho de 2015, dezessete anos
Após invocar mais um fantasma na caverna dos deuses como se tornou seu costume, Mark recebeu uma visita de sua mãe pela primeira vez. Ela lhe alertou sobre não usar seu poder levianamente, mas ele achou ser apenas uma questão ética, então não levou o alerta muito em consideração. Mais tarde, naquele mesmo dia, ela o reclamou perante todo o Acampamento e Mark se mudou para o chalé 27.
⠀⠀✗⠀⠀setembro de 2015, dezessete anos
Mark sai em sua primeira missão para recuperar um objeto mágico para Quíron. Seu grupo obtém sucesso, mas ele ganha uma cicatriz nova na costela após uma luta com um minotauro.
⠀⠀✗⠀⠀2016, dezoito anos
Mark sai em mais algumas missões e adquire o costume de, sempre que sai em uma missão nova, faz uma tatuagem nova.
⠀⠀✗⠀⠀2017-2019, dezenove a vinte e um anos
Ele participa da batalha contra Gaia diretamente, estando quase sempre na linha de frente e fazendo uso de seus poderes para convencer alguns fantasmas a lutarem ao seu lado.
⠀⠀✗⠀⠀2019, vinte e um anos
Após a batalha contra Gaia, recebe uma visita de sua mãe o contando os reais motivos para ele não poder usar seus poderes tão desenfreadamente.
⠀⠀✗⠀⠀janeiro de 2020, vinte e um anos
Lidera sua primeira missão, mas esta tem um final trágico e Thomas, filho de Deimos, acaba morrendo no processo. Neste dia, Mark recebe uma maldição do deus.
⠀⠀✗⠀⠀março de 2020, vinte e um anos
Decide começar a estudar no mundo mortal, usando de seus contatos mortos e um pouco de manipulação da névoa para falsificar documentos para que acreditassem que ele tinha se formado no ensino médio com honras e entrar na prestigiada escola de Direito de Harvard.
⠀⠀✗⠀⠀2020-2023, vinte e um a vinte e cinco anos
Período de paz. Mark se reveza entre os estudos no mundo mortal e os verões no Acampamento, onde participa de mais missões, mas nenhuma tem um final tão trágico. Ele eleva de nível II para nível III, mesmo usando bem menos seus poderes em consequência do aviso da mãe, e se torna instrutor de arco e flecha.
PARTE 4 ; CURRENT TIMES
⠀⠀✗⠀⠀dezembro de 2023: o chamado e comemorações de natal
Mark estava estudando para provas de meio período quando o chamado de Dionísio chegou, e largou tudo do jeito que estava em seu dormitório para ir para o Acampamento. Ele é um pouco Grinch na época do natal, então não exatamente é a pessoa mais festiva do mundo, mas apesar de ficar meio de longe apenas observando, é possível vê-lo sorrindo discretamente ao ver seus amigos se divertindo.
⠀⠀✗⠀⠀janeiro de 2024, o ataque
Ajuda a proteger o acampamento do ataque do manticore e da quimera e não possui ferimentos graves, mas visita a enfermaria com frequência depois disso.
⠀⠀✗⠀⠀fevereiro de 2024, festa dos líderes e surpresa do submundo
Comparece à festa dos líderes e contribui fazendo drinks ao melhor estilo universitário que aprendeu durante sua estadia em Harvard. Após a abertura da fenda, passa a mandar fantasmas observarem Petrus de longe e lhe contarem o que ele estava tramando, mas não descobre nada nos primeiros dias e por isso acaba desistindo.
⠀⠀✗⠀⠀março de 2024, missões
Mark se revolta por não ter sido escolhido para nenhuma missão e acaba tendo uma discussão com Quíron por causa disso, o que lhe rende uma punição de lavar pratos por uma semana.
⠀⠀✗⠀⠀abril de 2024, segredos revelados e caça ao cão infernal
Não se surpreende por saber que Petrus realmente estava envolvido em merda, mas trinca os dentes e secretamente se enfurece por não ter sido ele a descobrir aquelas informações. Ajuda na caça ao cão infernal, usando seus contatos fantasmas para isso, e acaba ferido pelos escorpiões que saíram da fenda. Não foi diretamente envenenado, mas torceu o tornozelo de maneira vergonhosa ao lutar contra um.
⠀⠀✗⠀⠀maio de 2024, aniversário
Dá uma pequena festa de aniversário no chalé de Melinoe para comemorar seus vinte e sete anos, chamando apenas os amigos mais próximos de outros chalés. Porém, acabam sendo descobertos e todos os semideuses de outros chalés que compareceram, assim como o próprio Mark por ter organizado, são punidos e obrigados a limpar os estábulos por uma semana.
⠀⠀✗⠀⠀julho de 2024, ilha de circe
Ajudou a espalhar armadilhas pela ilha, mas só se deu ao trabalho de ficar lá enquanto fazia isso. Não aproveitou as comodidades da ilha, desconfiado demais de que acabasse caindo em alguma armadilha por lá, então voltou para o Acampamento e dormiu em seu chalé todos os dias.
⠀⠀✗⠀⠀agosto de 2024, fechando a fenda
Ajuda no combate a Campe durante o fechamento e não tem ferimentos, mas durante a batalha acaba tropeçando e quase cai na fenda antes dela ser fechada.
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cherrywritter · 7 months
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Encontro
Regal Hotel – Upper East Side, Gotham 
3ª semana de março – Ano 2020
Desde a explosão em Cadmus ocorrida em 2011  após a operação não autorizada de três jovens adolescente, que resultou na descoberta de uma nova arma em que os vilões produziram com maestria e em curto prazo de tempo, Bruce Wayne não conseguia descansar a cabeça em seu travesseiro por se questionar constantemente se haveria mais armas como aquela. Mesmo que a Liga tivesse assumido as instalações, ao menos as que tinham conhecimento, quando se tratava de Lex Luthor e da L.U.Z – conselho autoproclamado de sete membros que tentam trazer os fatores que supostamente são necessários para que a humanidade evolua e que foram neutralizados pela Liga da Justiça – nada poderia ser garantido.
Cadmus tinha sua fama de sempre esconder cada vez mais seus segredos, um maior que o outro, e isso enlouquecia àqueles que zelavam pela segurança de toda uma sociedade. A Liga da Justiça podia fazer muito sobre o combate contra a L.U.Z, mas Lex Luthor se tornava um oponente pessoal tanto para Bruce Wayne quanto para Clark Kent. Ambos tinham suas identidades ou álter egos conhecidos por ele. Além disso, Lex tinha suas companhias em ambas as cidades, circulava livremente e era capaz de qualquer coisa para se tornar ainda mais poderoso e letal. Já se comprovava esse fato com a criação de uma arma atualmente conhecida como Superboy e sua cópia letal.
Alfred Pennywood era, de certo, o homem em que Bruce mais confiava, além de Lucius Fox, a quem seu patrão ofereceu o direito de gerenciar as Empresas Wayne, e em Jim Gordon, o comissário de polícia e também fiel amigo. Naquela noite, assim como diversas outras, ele havia escutado as movimentações nos rádios dos policiais do Departamento de Polícia de Gotham City (DPGC) e da Unidade de Crimes Especiais (UCE) avaliando se havia alguma a se destacar. Durante esse processo, tentava descriptografar mais um arquivo sigiloso das instalações de Cadmus.
Sempre olhando atentamente para o computador, uma descrição ativou o alerta da caverna fazendo com que Alfred parasse tudo que estava fazendo. Tiroteio, vítimas baleadas ou mortas e uma refém. O criminoso destacado não era qualquer pé de chinelo de alguma gangue, da máfia ou trabalho solo. Era o velho Coringa. Esse combo fez com que Alfred ativasse às pressas o comunicador e informasse Batman sobre o ocorrido em Cape Carmine, Rio Leste – um dos municípios de Gotham que era cheio de gangues formadas por jovens.
Batman, com a informação e até um pouco incrédulo com a situação, se atirou em queda livre do topo do Regal Hotel para encontrar seu inimigo ou um imitador muito entusiasmado. Às vezes isso acontecia. Sempre tinha um louco de Arkham que escapava e desejava honrar o rei do crime de Gotham. O vento gelado batia e cortava a pele do rosto. As noites ao fim do inverno eram as piores para fazer uma ronda pela cidade. Faltava pouquíssimo para que o meio de março chegasse e a primavera desse as caras com o mesmo ar gélido. A capa teimava em não abrir e fazia com que o vigilante repensasse se havia feito o certo. Ele quase bateu em um outdoor antes de conseguir abrir a capa e trabalhar com a aerodinâmica que havia a projetado. Os ventos também não estavam ajudando muito no controle da direção. Batia vez ou outra em uma escada de emergência ou em paredes dos edifícios. Não era a noite mais agradável por mais que já estivesse nessa dupla jornada há quatorze anos. Tedioso e frustrante. Talvez a única emoção fosse realmente encontrar o Coringa e levá-lo mais uma vez para o Arkham Asylum. Pequenos delitos e jovens criminosos já não lhe traziam o prazer de uma luta e muito menos distraia-o de seus pensamentos conturbados.
Coringa estava em uma loja de conveniência vinte e quatro horas. Não foi difícil encontrá-lo, pois os tiros eram bem audíveis de longe. Estava com uma garota em seus braços em um mata leão desengonçado e com uma pistola 9mm com silenciador grudada em sua têmpora. A garota que estava contra o tronco do vilão não devia ter mais do que quatorze ou quinze anos. Ela apenas segurava para baixo com as duas mãos o braço que a asfixiava levemente. Alguns policiais estavam na redondeza tentando cobrir o perímetro e fazer com que o vilão desistisse de sua investida, mas não seriam mais de grande ajuda. Estavam baleados, jogados ao chão e sem nenhuma viatura por perto.
Mais tiros
Os civis, apavorados, viram os últimos policiais da linha de frente caírem secos no chão. Os gritos e choros se tornaram mais intensos e dolorosos, os policiais escondidos estavam a todo instante pedindo reforços pelos rádios e sendo ignorados. Se saíssem dali poderiam ser atingidos pelo louco, se ficassem talvez também se tornassem mais baixas. Estavam sem saída. Um adicional à situação era a loja praticamente destruída. Parecia que Coringa havia jogado bombas ali antes de começar a atirar e fazer vítimas. Não demorou para que a pistola voltasse a beijar a têmpora da jovem.
A jovem parecia não se impressionar como se aquele cenário fosse comum ou normal em sua vida, pois demonstrava tédio para com toda a situação. Até mesmo revirava os olhos enquanto Coringa sussurrava insanidades ao pé de seu ouvido dizendo que a levaria de volta para casa. Apenas parecia incomodada com o toque gélido da arma contra sua pele, já que tentava sutilmente se desvencilhar do bocal. Sua roupa estava banhada de sangue, seu rosto também tinha sangue escorrido, mas ela continuava serena.
Batman então notou sua primeira movimentação: ela começou a rodear o ambiente com seus olhos azuis marinhos. Parecia procurar por algo revirando a loja de cima a baixo e jurou que em certo momento ela o encarou. Não conseguia se mover. Estava intrigado com aquela cena e com medo de cometer um erro. Qualquer deslize resultaria em mais uma morte. A morte de uma inocente que tinha toda uma vida pela frente. 
Quando seu equipamento captou a risada gutural do Coringa, Batman sentiu seu coração acelerar em um misto de angústia e ansiedade. Você se acha muito esperta, pirralha, Coringa dizia com um sorriso nojento perto do pescoço da jovem. Bruce não estava conseguindo manter o personagem. Estava com medo e com cenas de déjà vu dançando em sua memória o fazendo recordar de um passado recente. Não queria sofrer mais perdas do que já tinha passado. Perdas, era com isso que ele lidava todos os dias junto aos seus demônios e, com isso, tentava ajudar a todos a superar tais sentimentos. 
Batman colocava a mão no sinto de utilidades quando foi atacado por uma onda de choque que fez com que seus equipamentos emitissem um som agudo antes de pararem. Tudo estava em pane. Houve uma explosão de luz logo em seguida o que ajudou ainda mais a deixar o vigilante desorientado. Batman acabou se sentando no parapente do prédio para tentar recuperar seus sentidos e entender o que havia acontecido. Segundos mais tarde os equipamentos do traje voltaram a funcionar e fora possível ouvir Alfred chamar pelo patrão com certa apreensão. Está tudo bem, Alfred, disse Bruce, e voltou a observar a cena de cima com surpresa.
O Cavaleiro das Trevas custou a acreditar no que via. A jovem tinha um ferimento novo na cabeça, provavelmente causado por um tiro, mas estava bem. Ela caminhou até os policiais e se agachou para verificar os sinais vitais de cada um que havia caído. Até mesmo conversava com uns dizendo que tudo ficaria bem e que ela chamaria ajuda. Nos mortos, o distintivo era colocado acima do peito. Coringa, por sua vez, se encontrava no chão com uma certa queimadura ou cicatriz recém feita, descargas elétricas eram vistas transpassando seu corpo e saindo dele também. Estava desmaiado e já não era mais uma preocupação.
A jovem retornou à loja, se agachou para pegar a pistola caída próxima ao corpo do vilão e a desmontou como peças de lego. Não tinha dificuldade alguma e habilidade incompreensiva. O Cavaleiro da Trevas jurou ver a arma com o cano amassado quando ela alcançou novamente o chão. Se aproximando do balcão, ofereceu a mão para uma mulher que estava escondida ali e a ajudou a se sentar. A observou como se a verificasse e caminhou até o telefone. Digitou três números, mas não foi possível entender com quem estava falando devido aos equipamentos terem fritado. Logo depois fez o mesmo movimento. E, por fim, viu que havia um lanche na abertura entre a cozinha e o balcão. O pegou, caminhou até próximo a viatura e se sentou no capô para se alimentar.
Sua serenidade era tamanha que Batman tinha certeza de que não era uma garota normal. Talvez fosse mais um meta humano, pensou. Ou talvez fosse um ciborgue. Ela então movimentou a mão direita e mais descargas elétricas foram emitidas. O poste de luz estourou, os equipamentos internos da loja de conveniência e locais específicos que pareciam onde câmeras estavam instaladas. Batman então notou que havia uma máscara que cobria seu nariz, boca e todo o maxilar. Não queria ser reconhecida. Vendo as luzes das sirenes se aproximarem há uns oito quarteirões do local, o Cavaleiro notou a jovem se levantar e subir um prédio e frente pela escada de emergência. Ela ficou ali por mais instantes até ver que tanto a polícia quanto as ambulâncias haviam chegado. Depois deu as costas para o cenário e caminhou pelos telhados.
A jovem desceu para as ruas quatro quarteirões do incidente. Caminhava por aqueles becos e vielas sem qualquer preocupação e parecia não ligar por estar cheia de sangue a cobrindo. Alguns homens tentavam a tocar ou puxar para perto, mas ela desviava, os socava ou os jogava contra a parede. Outros eram afastados apenas por seu olhar e Batman não resistia em segui-la mais e mais por aquela cidade. Estava interessado, curioso e preocupado. Talvez fosse um golpe de sorte tê-la encontrado, mas até onde ela iria e como estava sobrevivendo eram grandes questionamentos. Não maior do que a questão de saber sua origem e o motivo de Coringa estar tão interessado nela.
Bowery – Upper East Side, Gotham 
Mais tarde
Foi uma caminhada de pelo menos meia hora desde Cape Carmine, em Robbinsville, até o Beco do Crime, em Bowery. Ela havia feito com que ele atravessasse um limite que nunca imaginou que ousaria fazer fora do dia do aniversário de morte de seus pais, Thomas e Marta Wayne. Por um momento, Batman hesitou em continuar aquele caminho, mas não iria parar agora. Aquela jovem acabou com seus equipamentos e tinha conseguido lhe dar uma bela dor de cabeça após os zunidos cessarem.
A jovem estava instalada no topo de um prédio abandonado da região. Batman tinha a certeza de que ali ainda havia água e também percebeu que havia um estoque de comida, um colchão velho e algumas trocas de roupa. Deu passos cautelosos, mas logo parou quando um arrepio percorreu sua espinha. Ela estava olhando fixamente para ele enquanto limpava o rosto. Batman teve a certeza de que, por mais negro que estivesse aquele cômodo, ela estava o vendo. Aqueles olhos intensos e azuis brilhantes o reviraram dos pés à cabeça e fizeram com que a mesma dúvida que sentiu ao aceitar Tim se dissipasse. Ele a queria e tinha certeza de que ninguém em sã consciência ousaria enfrentá-la. Não, pensou, você está confiando demais em alguém que não conhece.
Se ela não fosse sua amiga, teria que ser sua inimiga e isso o apavorava. Não saberia se teria equipamentos para pará-la ou se haveria algo que poderia pará-la. Ao mesmo tempo ele tinha um sentimento estranho por ela como se já a conhecesse, como se sentisse carinho e quisesse praticar seu lado paternal para com ela. Era novo e extremamente confuso. Confuso por ser uma garota, confuso por essa ânsia e desejo de tê-la por perto. Provavelmente fosse sua idade chegando, fosse as conversas que Alfred tinha com ele sobre herdeiros, sobre família e como o legado Wayne acabaria com ele. Poderia ser o que faltava em sua vida para continuar a ter um sentido em sua jornada.
A jovem mexeu naquele monte de alimentos, se sentou perto de um balde com água e usou um pano para continuar a limpar o corpo. Ela continuava o encarar e se alimentava sem pressa. Parecia ter bastante fome. Não tinha preocupação alguma com a presença dele, mas também poderia estar fingindo que ele não estava ali. Talvez esperava alguma atitude, mas Bruce não conseguia se sentir preparado para iniciar um diálogo. Ela então suspirou.
- Vai dizer o que quer comigo ou vai continuar parado como um dois de paus? Logo vai amanhecer desse jeito. Pode te dar câimbras. – Tinha confiança em seu tom de voz e sua voz. Uma voz sutilmente rouca, mas ainda feminina. – Não finja não me escutar, eu vejo a energia do seu corpo.
- Eu sou. – Ela não o deixou terminar. 
- Bruce Patrick Wayne. Eu sei quem é. Sua cabeça é bem obscura e perturbada. Não parou de pensar sequer um segundo desde que começou a me seguir em Cape Carmine. É por isso que se fantasia de morcego e vaga pelas noites? Para tentar silenciar sua mente? – Bruce se recompôs. Não esperava tal abordagem. Não esperava tais poderes.
- Não é muito educado entrar na cabeça das pessoas sem autorização. – Disse desconfortável e inquieto. Ela se parecia com ele.
- Eu sei, mas se eu não entrar coisas ruins podem acontecer. A mente nunca esconde segredos. – Ela sorriu. – Segredos são péssimas armas contra você. Acredito que entenda isso tão bem quanto eu. Sua vida é rodeada de segredos. 
- Então por que perguntou o que quero com você se já sabe o que vim fazer aqui?
- Pergunto para ter a certeza de que consegue pronunciar seus desejos em voz alta. Sei que quer me levar com você e me oferecer abrigo, mas não esperava que eu o lesse. Ninguém espera, na verdade. É desconfortável saber que outra pessoa está dentro da sua cabeça. Agora mesmo seu subconsciente está o questionando se sou realmente confiável e se deve fazer isso, mas está com um impasse porque sei sobre suas identidades e tudo que gira em torno disso. 
- Isso não vai fazer com que eu mude de ideia. Tenho certeza de que minha residência é muito mais confortável do que um bairro cheio de criminosos e dominado por mafiosos. 
- Dentro das opções. – Ela deu de ombros, pegou uma mochila em meio a um monte de coisas empilhadas e a colocou por cima dos ombros. – Só estou indo pela água quente. 
- Achei que fosse pelo colchão macio e roupas limpas. – Bruce a fez sorrir. – E a comida que está aqui?
- Tem mais pessoas usando este esconderijo quando não estou. Vão fazer bom uso. Não se preocupe se eu desmaiar. É normal. Eu costumo acordar em algumas horas ou em um dia. Não mexa na minha mochila. Odeio que mexam nas minhas coisas.
- Como quiser. Vai descer pela escada ou vai se jogar daqui de cima?
- Não seja bobo! Vou me jogar, é claro.
Mansão Wayne – Bristol, Gotham 
2ª semana de setembro 
Havia dias em que o velho senhor inglês, que já não tinha muitos fios brancos em sua cabeça, questionava-se sobre o motivo de seu patrão ter trazido uma meta humana para a Mansão Wayne que não estava completamente adequada para alguém assim. Foi uma confusão nos primeiros dias, pois a cela de contenção não era o suficiente para conter as explosões que a jovem tinha durante o dia. Foram noites de sono perdidas, sistema da batcaverna destruído e até mesmo alguns equipamentos que estavam fora da rede. Ela era forte demais e só de ouvir que seu patrão a colocaria para treinar em alguma das salas de simulação já fazia com que seus pelos fininhos se erguessem.
Porém, por mais que houvessem as complicações diárias com sua chegada, a jovem sempre dava o seu melhor para manter tudo funcionando. Tinha energia de sobra e dormir não era uma necessidade. Alfred não sabia o que fazer para mudar isso. Era incansável. Uma versão que seu patrão com certeza gostaria de ser para combater freneticamente o crime de Gotham. Mesmo assim, ela parecia sentir dor. Por vezes seguidas ele a via se sentar no chão da cela de contenção ou se colocar em posição de yoga chamada postura da criança. Sempre fechava os punhos com força e se contraía. Isso causava descargas elétricas que pairavam e percorriam seu corpo em velocidade desumana.
Não podia negar que era esforçada, dedicada e comprometida a tudo que se propunha fazer. Ela também adorava quando seu companheiro de treino ia encontrá-la naquela sala. Um sorriso surgia de ponta a ponta do rosto e seus olhos brilhavam. Tim levava comida, passava horas deitado com ela e a ajudava a treinar. Se tornaram grandes amigos no primeiro dia e, com ele, foi aprendendo a ter confiança em seu estilo de luta e ter tato para não assassinar o primeiro que tocasse. Sua vontade era de conviver livremente pela sociedade sem causar danos colaterais e ser um exemplo. Queria causar boa impressão e boa imagem para a família.
A jovem também era ardida e sincera. Lia e relia a mente de Bruce e fazia questão de o responder antes mesmo que ele anunciasse a pergunta. Isso o deixava furioso e fazia a diversão de Alfred. Era bom ver aquele jovem rapaz quebrando a cabeça tanto quanto ele quebrou para o criar e educar. A garota não se comparava nem um pouco a leveza que Tim havia trazido a casa e a falta de rebeldia. O velho mordomo apreciava os momentos que tinha com o Projeto Caos a ensinando etiqueta, carisma e o belo ar inglês de lidar com as coisas. Ela estudava com ele todas as manhãs, tirava as tardes para pesquisar ainda mais sobre o que gostava de aprender. Sua evolução educacional chegou a um nível em que ele já não tinha mais respostas. 
Quando o controle total ressurgiu, a jovem ganhou o direito de passear livremente pela propriedade e fazer o que bem entendesse por ali. Bruce e Alfred chegaram a pensar que ela fugiria, mas, superando as expectativas, a jovem se demonstrou ainda mais fiel. Estudou todos os casos em que Batman havia trabalhado, pesquisou as inúmeras tecnologias, fatos, conhecimentos, memórias. Lia de sete a dez livros por dia, fazia suas anotações, desenvolvia teses e observava tudo ao seu redor. Era crítica e empenhada. Não parava. Havia dias em que o velho mordomo não sabia dizer onde ela se encontrava. Adorava vagar pela propriedade com os pés descalços, conhecer e apreciar de maneira verdadeira a natureza, o clima e a vida. Amava se sentir livre.
Bruce, sempre chamando a atenção de jornalistas e paparazzis, deu mais fome aos abutres comprando roupas femininas e as levando para a mansão. Notícias e boatos começaram a circular pela cidade, o que fez com que o último playboy de Gotham repensasse sobre suas atitudes para com a garota. Nos primeiros meses ele a tratava apenas como a arma de Cadmus, o Projeto Caos, mas, ao perceber seu erro, repensou em sua atitude e em como levaria tudo isso. Bruce se tocou de que deveria escolher um nome para a garota. Havia tardes em que ele passeava de um lado para o outro com uma revista de nomes como se fosse uma mãe escolhendo o nome do filho em meio ao pré-natal.
A movimentação na propriedade e a presença da jovem chamou mais ainda a atenção da imprensa, que começou a atacar. Manchetes e mais manchetes com fotos borradas da jovem vagando pela mansão ou pelo terreno. Não havia outra saída. Já não poderia mais esconder. Estavam até mesmo cogitando em ser um caso de abuso de menor e Bruce não poderia deixar que a reputação de sua família fosse manchada com tamanho absurdo e calunia. Por isso, junto a Alfred e após escolher o nome de sua filha, esta legítima, organizou uma festa de apresentação para a sociedade. Fora uma festa deslumbrante de quinze anos dando o nascimento de Victoria Wayne, apelidada carinhosamente de a Princesa de Gotham.
Vic encheu os olhos da comunidade com tamanha educação e carisma. Mostrou etiqueta, polidez e maestria para conversas profundas. O cenário que trouxe uma pequena mancha logo foi apagado pela belíssima atitude honrada de Bruce. Era impossível negar que ela se parecia com ele e assumir sua paternidade mostrou que o jovem Bruce Wayne estava completamente dedicado a honrar seus deveres para com ela. Contudo, ali também nasceu uma pequena jornada de brigas e desconfiança, até porque o senhor Wayne havia apresentado sua filha ao mundo, mas não contou com as formalidades para apresentar a Dick Grayson.
Victoria estava treinando no subsolo com Tim. O jovem estava com as pernas em volta do tronco de Vic, que decidiu ir para luta em solo jogando o corpo para trás para cair em cima das pernas de Tim e causar desconforto, o fazendo soltá-la por segundos preciosos. Ela rodou o corpo e ficou por cima o encarando com um sorriso estampado de satisfação. Vic segurou os punhos de Tim em cima da cabeça e bateu três vezes no tatame antes de o soltar e se levantar. Alongou o pescoço e encarou o mais novo a espera de um novo round. Ele não a decepcionou e seguiu para a troca de golpes. Tim girou e a acertou um golpe na nuca, trazendo certo desconforto. Então foi a vez de ela girar e chutar o peito de Tim, que caiu seco no chão. Vic correu em direção ao irmão e se ajoelhou desesperada. Não demorou para que ele caísse na gargalhada e a fizesse rir também. 
- Idiota! Quase me mata de susto! Pensei que tinha quebrado suas costelas! 
- Tinha que ver sua cara! Você caiu de novo, Vic! Palmas para o melhor ator desta casa! – Tim ria e se sentava de frente para Vic. – Não vai me quebrar, já disse. Confie em você. Esses golpes já estão bem calibrados. – Tim a viu arrepiar e olhar em direção as paredes. – O que foi, Vic? 
- Sei que está aí, senhor Wayne. Ainda tem medo de mim? – Bruce parou por uns instantes, apesar de pensar que estava acostumado com tudo aquilo. Ele, respirando fundo, adentrou a sala e se aproximou calmamente com as mãos nas costas. 
- Projeto Caos. – Aquelas eram as duas palavras que Victoria não gostaria mais de ouvir. Pareciam que tiravam sua legitimidade e sua nova e amada identidade.
- Vou dar um tempo para vocês. – O mais novo se levantou, cumprimentou Bruce com um estalar de mãos e saiu direto para o elevador. 
- Então conseguiram os arquivos. – Sorriu não muito surpresa e ajeitou sua postura para logo em seguida passar a mão na nuca. O maldito golpe de Tim, pensou. – Agora pode saber tudo sobre mim. 
- Foi difícil, mas consegui encontrar os arquivos sobre você. Nove anos e ainda me surpreendo de ainda ter acesso aos arquivos ultrassecretos. 
- Luthor é um homem esperto, mas é uma pena que use isso ao seu favor e para a destruição e dominação da sociedade. 
- Gostaria de me confirmar o que o dossiê diz sobre você? – Bruce perguntava enquanto pegava um banco de madeira para se sentar. – Ou apenas dizer o que você sabe? 
Quando Bruce se sentou, ela pôde perceber o arquivo em suas mãos. Era como reviver todas as vezes que presenciava um dos cientistas anotarem suas evoluções ou falhas. Cada imagem, cada seção. Tudo passava por seus olhos como um filme. Também a fazia lembrar das anotações que fez durantes os dois anos nas ruas de Gotham. Os problemas, as novas sensações, as idas e vindas de vários poderes, os apagões que tinha e até os dias em que se sentia completamente humana. Um turbilhão de emoções a cobria. Mesmo assim, se controlando e respirando fundo, ela removeu as faixas que envolviam suas mãos e encarou aquele que ela ainda estava se acostumando a chamar de pai. 
- Sou um projeto de engenharia genética. Tive uma base de seis super-heróis da elite da Liga, conhecidos como os fundadores da Liga da Justiça, incluindo o senhor. Além disso, tive desenvolvimento pessoal, treinamento de furtividade, letalidade e de lutas. Me ensinaram magia e controle das minhas células de maneira minuciosa, mas os processos não foram concluídos. Não fui produzida como o Projeto Kr, que demorou dias. Eu realmente fui criada do modo tradicional para que pudessem ter maior controle da minha personalidade, das minhas ações e dos meus pensamentos. Fui treinada minuciosamente para a perfeição, mas a genética foi mais teimosa que a criação e educação que me deram. 
- E como escapou de lá? – Vic não gostava de lembrar dessa parte, então decidiu resumir os fatos.
- Consegui causar uma falha de segurança. Não foi muito difícil, já que eles mesmos me ensinaram como fazer. – Sorriu. – Depois disso vim para Gotham. Nadei até Tricorner Yards e de lá me afundei pela cidade até chegar em Cape Carmine. Não há lugar melhor para o Caos que a cidade que é conhecida por isso. Me misturei aos criminosos para que Lex não me encontrasse e me levasse para mais uma das instalações de Cadmus para terminar o que havia começado. – Ela apertava os lábios lembrando das explicações que lhe davam sobre seu nome e sobre o que era. 
- Sabe que pode desabafar comigo. 
- Eles insistiam em explicar o motivo do nome do projeto. Eu ainda consigo ouvir suas vozes repetindo inúmeras vezes. Caos significa vazio primordial ilimitado e indefinido que deu a origem aos seres e realidades do universo. Que eu também era uma força catabólica e de separação, mas como um vazio, eu deveria ser preenchida por conhecimento. Alguns chamavam de yin e yang.
Um silêncio se instalou entre os dois. Bruce sabia que aquele assunto, por mais que ele acreditasse e presenciasse a maturidade que a filha tinha, de alguma forma, representava seus demônios. Ele tinha certeza de que Victoria havia passado por muito mais além daquilo, mas também respeitava o fato dela não estar pronta para conversar abertamente sobre. 
- Bom... Tenho boas notícias. – Ele começou a se levantar e a colocar o banco no lugar onde havia encontrado. – Uma surpresa, na realidade. 
- Vai me deixar fazer o teste de nivelamento para a universidade?! – Victoria já estava com o brilho nos olhos que Bruce tanto amava, mas ele iria desapontá-la. 
- Não, mas vou te apresentar a alguns amigos da Equipe de Operações Especiais. Tenho certeza de que está preparada para isso. 
- Bruce... eu não vou fazer parte da equipe enquanto o senhor não liberar o teste. Eu quero cursar a universidade. Dick estudou, Tim também. O senhor é um gênio formado em quase todas as áreas existentes neste mundo. É um polímata! Por que eu não posso ser um prodígio como vocês? Também tenho o direito de estudar. 
- Filha... – Bruce queria argumentar, mas foi impedido pela rapidez da filha.
- Pai, eu não aceito. Já lhe disse minhas condições. Se acha que estou preparada para a equipe, eu vou e me sinto lisonjeada por isso, mas eu quero a minha universidade antes e não aceito ser apresentada sem a garantia do teste. 
Bruce suspirou por longos instantes. Ele sabia que seu sangue corria naquelas veias e que sua genética, se assim fosse como ele desejava e imaginava, estaria gritando em seu corpo. Victoria, alguns dias depois de finalmente pisar na Mansão Wayne, se deslumbrou com todo conhecimento e tantos diplomas que o multimilionário tinha. O renomado senhor Wayne então se tornou exemplo e fonte de inspiração. Ela queria ser como ele e isso a fez ser completamente direta sobre seus objetivos após começar ter aulas mais profundas com Alfred. Victoria tinha sua vontade indomável e seria questão de tempo até que ela desistisse de ser a boa menina e ir atrás de seus sonhos por conta própria. Ela lhe daria trabalho assim como ele havia dado ao mordomo e tutor Alfred Pennyworth.
De fato, se tornaria malvisto se não a colocasse em alguma instituição para que começasse a estudar. Era o que ele havia feito com Dick e Tim e não poderia negar isso a filha. A sociedade começaria a cobrá-lo e isso afetaria a imagem das Empesas Wayne. Adiar já estava fora de questão, apesar de sua pequena insegurança paternal continuar gritando em seu subconsciente. Vencido e exausto, ele apenas suspirou. 
Todos têm medo, Bruce, mas também devem enfrentá-los
- Tudo bem. A levarei para fazer o teste na segunda-feira. Farei isso pessoalmente.
- Promete? – Ele afirmou com a cabeça.
- Agora você virá comigo para a apresentação? – Questionou em tom negociador.
- Claro, senhor Wayne. Apenas após a realização do teste. – Sorriu com audácia. – Só então será um prazer acompanhá-lo nesse passeio excitante até o quartel general da Equipe de Operações Especiais. – Victoria ouvia a risada abafada de Alfred do outro lado da parede e isso a fazia sorrir ainda mais. Em pouco tempo tudo estava melhorando drasticamente. Agora ela tinha um nome, casa e família.
-  Victoria, já disse para parar de invadir a mente alheia. – Disse a repreendendo.
- Eu sei, mas não resisti. – Com orgulho e um pouco de travessura, Victoria beijou o rosto do pai e seguiu para o quarto. Uma pequena vitória já lhe significava muito.
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livieboxd · 21 days
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Sobre Abril de 2024.
A virada do ano é um momento simbólico, elegido há bastante tempo, como o dia 31 de dezembro, de modo que o dia seguinte torna-se dia 1 de janeiro. É um marco arbitrário de passagem para um novo ano, o início de um novo ciclo, com direito a tradições como pular 7 ondas e fazer resoluções para o ano que virá. Mas, em uma ótica factual, não há nenhuma diferença significativa ou brusca do dia 31 de dezembro para o dia 1 de janeiro em nossas vidas.
Dessa mesma maneira, ocorreu a virada do ano de 2024, momento esse que passei em casa, escutando às músicas da Taylor Swift em uma sequência pré-determinada, de modo que Ready for It fosse a última música de 2023 e ME! fosse a primeira de 2024. Foi um breve momento emocionalmente significativo, mas só. Depois, fui dormir, como em qualquer outro dia.
Depois do ENEM em novembro, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro passaram em um sopro de brisa quente de verão. Mas nada mudou. Eu ainda era a menina que terminou o Ensino Médio sendo odiada por uma grande parte da turma por ter priorizado tanto a vida acadêmica que me tornei um desastre social; ainda era dependente das mesmas duas pessoas — minha melhor amiga e da minha então namorada — para conseguir ter qualquer ânimo de sair de casa. Mesmo com a aprovação no vestibular, o fato de ter deixado a escola fazia um buraco no meu peito que só fazia crescer.
Na verdade, eu acredito que o ano novo só acontece em meados de março/abril. É somente nesse período em que 2023 deixou de 2022 e 2024 deixou de ser 2023.
Em abril, minha então namorada se tornou minha ex. A primeira semana do mês foi o período mais triste que eu me recordo de ter vivido durante os últimos 5 anos — e, sem querer me gabar, mas muita coisa ruim já aconteceu comigo desde 2020 —, porém não posso fingir que, no fundo, eu não sabia que isso aconteceria. Parte de mim já sabia que eu iria perdê-la desde fevereiro; o que não diminuiu a dor que senti, mas diluiu-a.
Porém, em abril também, eu voltei para o mundinho das Simulações da ONU. Eu já fui mini simuleira em 2022, mas eu era muito, muito, muito tímida nessa época, tanto que fiquei calada praticamente durante todo o evento. Então, de certa forma, a CESONU em abril foi o meu (re)nascimento como simuleira. A CESONU apareceu no momento exato em que o buraco no meu peito se tornava tão grande que eu temia (desejava) algum dia ser sugada para dentro dele e sumir.
O mundinho simulação da ONU pode ser meio caótico, meio clubista, com uma safra de pessoas difíceis de lidar, mas, às vezes, ele pode ser um lar. Na CESONU, ele foi um lar.
Por algum motivo, algum longo e forte invisible string, nasceu o CELAC. O comitê sobre a soberania guianense (Guiana = eu) sob o território de Essequibo. E foi lá onde eu encontrei algo que eu precisava desde 2023: pessoas que me entendessem.
O meu 2023 foi um ano extremamente solitário. Não quando algumas pessoas intencionalmente pararam de falar comigo, na verdade isso começou bem antes de setembro de 2023. Perceber que eu entrei no TERCEIRÃO me deixou... desesperada, para dizer o mínimo. Além de toda a pressão padrão do estudante brasileiro em passar no vestibular, eu iria enfrentar a LOML (loss of my life) que seria enfim sair da escola. O mundo em que cresci e fui tão feliz, o meu espaço de conforto, muito mais meu lar do que a casa dos meus pais, estava se esvaindo ou, pior, estava me expulsando dele.
Enfim, ter tudo isso rodando em minha cabeça fez com que eu me fechasse em meu próprio universo em que tudo era controlado, mensurável e previsível: os estudos. Amo estudar e isso me faz muito bem, mas, em 2023, eu me desapeguei do mundo real e das convenções sociais de modo que meus estudos se tornavam mais importantes para mim do que minhas relações com as pessoas próximas. E, é claro, isso me fez me sentir mais sozinha do que nunca. As únicas pessoas que me faziam não me sentir completamente isolada da sociedade eram Novaga, Nefer e meu pai.
Com a CESONU, eu me senti enfim livre para relaxar, soltar o ar preso nos meus pulmões desde julho de 2023 e interagir novamente com as pessoas ao meu redor de maneira saudável. Foi nesses 3 dias de evento em que eu cresci muito como pessoa, aprendendo a lidar com meu socioemocional de forma extremamente significativa e com outras pessoas também.
Além disso, foi a CESONU que trouxe a minha roda de amigos atual, esses que tanto amo. Eu não seria quem sou hoje sem ter conhecido Artur, José, Nicole, Ravi, Alícia, Rana, JV, Dan, Isadora, e, principalmente, Andrezza Luiza. Muitos dos eventos que venho vivendo esse ano têm influência dessa daí que eu tanto amo.
Enfim. Em 2024, o meu verdadeiro Réveillon foi em abril, e eu tenho certeza que essa não é uma experiência individual. Claro, i'm the girl i've always been, estou longe de ser um perfect 10, porém, me sinto melhor do que eu estava em 2023, e esse sentimento me soa gratificante o suficiente por enquanto.
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multiplasidentidades · 3 months
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Boyceta
Boyceta é uma identidade transmasculina.
Pessoas transmasculinas são aquelas que foram designadas mulheres ao nascer, mas cujas identidades possuem alguma relação com ser homem e/ou com masculinidade. Boyceta é parte dessa ampla categoria, mas com características específicas que a distingue.
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Uma das características mais notáveis é a aceitação e ressignificação de características sexuais congênitas. Ao contrário de algumas narrativas transmasculinas que buscam a remoção ou alteração de características sexuais consideradas femininas, boycetas escolhem por reconhecer e subverter essas características, transformando esses aspectos corporais como parte de sua masculinidade ou transmasculinidade. Em resumo, aceitam suas bucetas como masculinas; de homens.
No contexto brasileiro, a identidade boyceta tem uma importância cultural e social significativa. Ela oferece uma alternativa às narrativas cisnormativas sobre sexo/gênero, promovendo uma perspectiva mais inclusiva e diversificada da experiência humana. Ao ressignificar características sexuais e desafiar normas estabelecidas, a identidade boyceta abre espaço para uma maior aceitação e compreensão das múltiplas formas de existir.
Como todas as identidades que desafiam o status quo, a identidade boyceta enfrenta uma série de desafios. Ataques e preconceito são realidades frequentes. O rapper Jupi77er concedeu uma entrevista ao podcast "Entre Amigues", e uma das várias pautas discutidas por ele foi sobre sua identidade de gênero em que ele conta sobre ser boyceta. Ao falar sobre sua identidade de gênero como boyceta, ele virou alvo de discursos de ódio e viu seu rosto estampado em perfis de representantes da extrema direita.
O termo boyceta teria surgido oficialmente em 2020, mas veio de processos mais antigos de autorreconhecimento. A autoria da concepção da identidade de gênero é dada a Roberto Chaska Inácio, um boyceta indígena e PCD ligado à cena rap paulistana — o nascimento do termo, inclusive, acontece na Batalha Dominação, um evento protagonizado por pessoas cisdissidentes, que ocorre no centro da capital paulista.
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A bandeira mais popular da identidade boyceta no contexto brasileiro foi criada em 17 de março de 2024 por Key Zimmer. Os significados para as cores da bandeira são azul para representar a transmasculinidade, sendo a transição do azul brilhante para azul claro a conexão entre gênero e corpo físico, destacando a interação entre esses dois aspectos. O rosa simboliza as características; corpo de cada pessoa transmasculina e boyceta, reconhecendo a diversidade e a individualidade dentro dessa identidade. O roxo representa não-binariedade, indicando que a identidade boyceta está além do binário de gênero ocidental.
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A flor de Clitória (de "clitóris") é utilizada como símbolo na bandeira, remetendo ao natural, belo. Como também por conta da associação das flores desta videira com a anatomia de uma vulva. Outro símbolo, que é levemente diferente do símbolo masculino tradicional, evidencia a unicidade e o "arco de possibilidades" que a identidade representa. A escolha da flor Clitória enfatiza a aceitação e subversão das características sexuais congênitas, um dos pilares dessa identidade.
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ddb-celiapalma · 9 months
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Canto a Vozes de Mulheres
Poéticas do Canto Polifónico
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(documentário, 2019)
“Canto a vozes de mulheres” designação criada numa sessão plenária no dia 1 de março de 2020 por cerca de 360 cantadeiras para referir uma expressão vocal coletiva, com três ou mais vozes polifónicas sem acompanhamento instrumental, mantida viva por mulheres, por vezes com o apoio de homens nas vozes mais graves, ao longo de sucessivas gerações, em comunidades do centro e norte de Portugal continental. Nas comunidades onde se faz cantar e ouvir, o canto a vozes de mulheres tem designações distintas, sendo conhecido como cantada, cantaraço, cantaréu, cantarola, cantarolo, cantedo, cantiga, cantiga em lote, cantoria, cramol, moda, modas de campo, ou terno.
Este tipo de canto é considerado dos mais raros e únicos na Europa.
No século XXI, o canto a vozes de mulheres vincula as cantadeiras e os cantadores na salvaguarda do saber fazer tradicional, na coesão das comunidades em que se inserem e na desocultação do papel das mulheres nos processos e práticas culturais, nomeadamente ao atualizar o conhecimento e memória coletivos no espaço público das suas comunidades.
Desde o início do século XX, foi extensamente documentado nas coleções de transcrições musicais e registos sonoros de folcloristas, etnógrafos, coletores e músicos como Gonçalo Sampaio, Armando Leça, Vergílio Pereira, Artur Santos, Michel Giacometti, Fernando Lopes-Graça, José Alberto Sardinha e Tiago Pereira.
Canto a Vozes de Mulheres entrou na lista do Património Cultural Imaterial português
(dezembro 2023)
"É um património riquíssimo, que não é divulgado, a maior parte dos portugueses não o conhece e ele é muito extenso e faz parte da nossa identidade enquanto povo e especificamente enquanto mulheres", defende a vice-presidente da Associação de Canto a Vozes - Fala de Mulheres, Margarida Antunes, que define este canto de trabalho, "que passa de forma oral, de mãe para filhas e netas", como um canto de superação, "um canto de liberdade".
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O Canto a Vozes de Mulheres, "não é exclusivo de mulheres, é inclusivo, há homens, mas é um tipo de canto que começou nos trabalhos agrícolas, que era essencialmente realizado por mulheres".
O canto "era usado para aliviarem o trabalho e as dores do trabalho, para estimularem outras mulheres, para se incentivarem e desafiarem, no fundo, era um canto libertador".
Estes cantos de mulheres tiveram um papel central na sociedade rural agro-pastoril durante séculos, até aos anos 80 e 90, do século XX: faziam-se ouvir no trabalho agrícola coletivo, das sementeiras às colheitas, na apanha da azeitona, na limpeza e preservação das florestas e nas festas e rituais religiosos como a “Encomendação das Almas”. O progressivo desaparecimento desses contextos performativos conduziu ao progressivo silenciamento do canto a vozes de mulheres.
"As mulheres viviam fechadas nos trabalhos domésticos e a cuidar dos filhos e depois na agricultura e era lá que soltavam o canto e se expressavam". Era um canto de liberdade.
O Grupo de Cantares de Manhouce, em São Pedro do Sul, distrito de Viseu, é dos grupos mais conhecidos graças ao trabalho da Isabel Silvestre.
O trabalho de Isabel Silvestre parte da ideia de registar o canto de Manhouce e das terras da sua infância. Cantora que co-fundou em 1978 o Grupo de Cantares e Trajes de Manhouce.
fonte: https://www.publico.pt/2023/12/14/culturaipsilon/noticia/canto-vozes-mulheres-entrou-lista-patrimonio-cultural-imaterial-portugues-2073757
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booklovershouse · 3 months
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Oiii, booklovers!
Hj vou responder uma tag mais visual - não dá pra vcs ficarem só lendo meus textos enormes, né? - sobre as minhas leituras do primeiro semestre.
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• | O melhor até agora
A Volta da Chave não é nem de longe o melhor livro que já li na vida, mas está ocupando o posto de melhor do ano. Gostei de todo o suspense, o estilo da narrativa e da protagonista, porém acho que algumas coisas poderiam ter sido mais elaboradas.
• | Me decepcionaram
Um ano cheio de decepções literárias 🫠
A Bússola do Coração no começo tava até legal, mas depois ficou tão repetitivo que eu simplesmente cansei. Era sempre a mesma história e ainda tinha descrições enormes da Margareth ajudando pessoas carentes.
Match Imperfeito foi a mesmíssima coisa: começou legal e depois ficou parecendo uma fanfic do Wattpad - embora o Wattpad tenha fanfics melhores do que esse livro. E o pior foi que, quando tava pesquisando a foto da capa para esse post, descobri que tem uma série. Uma série. Mds.
A Pequena Livraria dos Sonhos era meu sonho de consumo desde 2019. Eu fiquei totalmente apaixonada pela introdução da Jenny Colgan e pela história vendida. Mas houve um pequeno probleminha: odiei o par romântico 🙃
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• | Não botei fé, mas surpreendeu
Senhora foi a primeira leitura obrigatória do colégio nesse ano e eu realmente fiquei muito surpresa por ter gostado do livro. Claro, a linguagem atrapalha um pouco, mas no geral, não foi uma leitura chata.
Para ser sincera, eu estava até com medo de ler Amor & Azeitonas depois da tristeza que foi Amor & Sorte. Mas no geral, foi até legal. Não foi tão incrível quanto Amor & Gelato, nem peguei crush no mocinho, porém gosto da vibe "fofinha" que os livros da Jenna passam.
• | Me tiraram da ressaca literária
A Biblioteca das Histórias não Contadas era mais um dos nacionais empacados no meu Kindle, até q faltou energia e eu fui obrigada a ler alguma coisa pra não morrer de tédio 🤡 Achei a ideia da história bem diferente e interessante, gostei muito.
Na verdade, já tinha começado Ao Seu Lado uma vez e larguei, mas como estava sem conseguir me apegar a um livro, resolvi ir de Kasie West (a querida autora de Namorado de Aluguel e A Distância que nos Separa). Queria que traduzissem mais livros dela 🥹
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• | Espero que melhorem minhas leituras
Vcs sabem que eu não tenho meta de leitura, mas dá pra fazer uma previsão de quais serão as minhas leituras do segundo semestre :)
Os Três Mosqueteiros eu estou querendo ler desde que terminei a série Os Mosqueteiros (em abril/maio). Sempre gostei dos Mosqueteiros e tenho até uma versão "infantil" do livro em capa dura. Tô só esperando ficar disponível na Biblion pra começar. nota posterior da autora: minha reserva caiu, mas acho q só vou poder começar semana que vem (quero ler, mas ainda tenho que passar pelas provas do final do semestre)
Apenas Mais um Conto tbm tava juntando poeira no meu Kindle (não é nada pessoal, tem uns 200 nessa situação e nem todos são nacionais), aí vi um post sobre outro livro da mesma autora e fiquei interessada. Então me toquei de que já tinha um livro dela na minha biblioteca 🤡
Peripécias de uma Estudante de Moda foi um e-book recomendado por uma amiga virtual lá em 2020/2021. Desde então, venho esperando ficar gratuito (não sou mão de vaca, apenas não tenho dinheiro 🥲) e então aconteceu esse milagre! Vou esperar as minhas férias começarem pra ler mais à vontade, mas estou muuuuito feliz!!!
A Garota do Lago é bem famoso por ser "8 ou 80", mas estou afim de tentar. Ele está aqui pq fiz a reserva na Biblion em MARÇO e até agr nada. Então, virou leitura do 2° semestre.
Enfim gnt, é isso! Algum dia eu posto sobre minhas "coleções" no Kindle :)
Bjs e boas leiturassss <333
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sobreiromecanico · 22 days
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A descoberta de Björk e a redescoberta da música
Estávamos no Outono de 2019. Em escassos meses chegaria a Covid-19 e viveríamos todos a bizarra experiência colectiva dos confinamentos e do distanciamento social, mas em Outubro ninguém imaginava quão desfasadas da realidade viriam a estar todas as nossas resoluções de ano novo para 2020. A divagar pela Internet dei por mim no The Guardian, e deparei-me com o artigo "Björk - Her 20 Greatest Songs Ranked!", parte de uma série ocasional de artigos nos quais o diário britânico classifica 20 ou 30 canções, livros, filmes - enfim, uma abordagem própria às infames e batidíssimas "listas". Por curiosidade, e talvez também por estar em modo zapping, espreitei o artigo. Afinal, o nome de Björk será sem dúvida familiar a toda a gente que passou pelos anos 90 a ouvir música, como eu passei - mesmo que as suas canções não tenham integrado alguma das centenas (não exagero) de mixtapes que a minha irmã gravou, e que devem estar perdidas algures num caixote no sótão lá do Alentejo; a haver alguma música da islandesa nas cassetes, será a inevitável "It's Oh So Quiet", aquele caso raro de cover que transcende a canção original para se tornar na versão mais conhecida. Acontece que a lista do The Guardian não incluiu "It's Oh So Quiet", e ao ler as escolhas do jornal surpreendeu-me um pouco ser incapaz de identificar qualquer uma daquelas canções pelo título.
Haverá talvez um universo paralelo no qual eu terei seguido para o próximo link e nunca tenha descoberto a música de Björk (talvez esse universo não tenha conhecido a pandemia, quem sabe?). Não seria difícil: bastar-me-ia prosseguir o zapping e não regressar àquele momento para a islandesa regressar ao recanto da minha memória onde residem inúmeras referências difusas da década de 90, e para a minha experiência a ouvir música ser muito diferente daquela que tenho hoje. Mas naquela ocasião a curiosidade, aguçada também pelos comentários ao artigo, falou mais alto (as listas, com a sua subjectividade inevitável, são excelentes para promover engajamento junto dos leitores). Fui ao Spotify, fiz uma playlist com todos os discos da cantora até à data - do Debut de 1993 até ao Utopia de 2019 - coloquei o programa em modo aleatório, e cliquei em play.
O que ouvi deixou-me absolutamente maravilhado.
A primeira canção que a playlist lançou foi "Mutual Core", do sétimo disco de Björk, Biophilia (2011) - uma batida electrónica hiper-sensual que usa conceitos geológicos (no caso, tectónica de placas) para explorar a atracção e o amor, uma mistura que só poderia mesmo ocorrer a uma artista natural da Islândia. Por estranho que pareça - lá chegaremos à incongruência -, eu nunca fui especial fã de música electrónica, mas naquele momento aquela sonoridade cativou-me logo aos primeiros acordes. Não me lembro de que canção sucedeu a ""Mutual Core", mas pouco importa: nos dias, nas semanas que se seguiram ouvi praticamente tudo o que havia para ouvir de Björk. Percebi por que motivo o The Guardian nomeou "Hyperballad" como a sua melhor canção: é um tema magnífico e uma composição incrível pela sua simplicidade; será sem dúvida uma das minhas preferidas, mas há outras, tantas outras. Os álbuns em formato mp3 cedo foram parar ao meu telemóvel, e fui continuando a ouvir todos os dias, descobrindo a cada deslocação de e para o trabalho, a cada pausa com música, um pouco mais da vasta discografia da cantora islandesa.
E essas descobertas foram constantes. Por exemplo, recordo-me com exactidão do momento em que percebi quão assombrosa é "Unison", canção de Vespertine (2001): estávamos no início de Março, na altura em que surgiram os primeiros casos da doença no país; eu estava na aldeia, saí de casa depois de jantar para ir beber um copo com um amigo, e ao descer a rua com os auscultadores nos ouvidos a música apanhou-me na curva. Ouvi-a até chegar ao café, e não mais me saiu da memória. Foram os últimos dias que passei na aldeia com os meus pais em muito tempo, demasiado tempo; já desconfiava de que a Covid-19 iria dar para o torto que teria de passar algum tempo longe da terra, mas estava longe de imaginar quão prolongada viria a ser essa ausência. Como não podia deixar de ser, Björk foi parte significativa da minha banda sonora pessoa dos longos meses da pandemia. E pela primeira vez em duas décadas o topo das minhas preferências musicais deixou de ser um top 2 para se tornar num top 3, com a islandesa a juntar-se aos britânicos Radiohead e Portishead, bandas preferidas desde a adolescência e que ouço com frequência há mais tempo do que me lembro. Mas a descoberta de Björk, para além de a ter tornado numa das minhas artistas preferidas, teve um outro efeito transformador na forma como ouço música: com ela descobri o álbum, o disco.
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Aqui chegado, tenho de recuar um pouco mais (sim, a divagação vai longa, mas ando para a escrever desde o primeiro dia deste blogue; e se em 2024 um blogue não serve para divagações, então não sei para que servirá). Aludi mais acima às mixtapes que a minha irmã gravava da rádio - as cassetes de gravação eram compradas numa loja de electrodomésticos que já não existe na aldeia -, e foi com elas que fui descobrindo música nos anos 90, nessas idades formativas que vão dos cinco aos quinze anos. Ou seja, uma mistura constante de músicas e de artistas. Mais a meio da década ela foi comprando alguns CD, e mais tarde eu também; mas o CD, sendo já digital, permitia saltar com facilidade para as faixas preferidas, pelo que o álbum completo só se ouvia nas primeiras vezes. Depois seguiu-se o advento sísmico do Napster e dos seus sucedâneos, das quais se descarregavam músicas isoladas, ao sabor das preferências (as ligações à Internet eram lentas, sacar discos inteiros era demorado). E assim, nos rudimentares leitores portáteis de mp3 que iam aparecendo ou nas playlists do WinAmp no computador reproduzia-se em enormíssima escala a experiência das cassetes sem nenhum dos inconvenientes analógicos. Com isto quero dizer que nunca tive o hábito de ouvir discos completos, de fio a pavio; ouvi alguns, claro, mas não era a norma. Mesmo Radiohead e Portishead, que conhecia bem, e de quem tinha todos os álbuns em mp3, ouvia quase sempre em modo aleatório, e saltava com frequência para as faixas predilectas. Lembro-me, por exemplo, de durante vários anos ter saltado sempre a canção You and Whose Army?, de "Amnesiac" (2001); por algum motivo aqueles acordes iniciais repeliam-me. Até ao dia em que não saltei, em que deixei a música tocar até ao fim, quando dei por mim a pensar como é que eu nunca tinha ouvido isto antes?. Hoje, é a minha canção preferida da banda de Thom Yorke.
Estas descobertas e surpresas constantes mantiveram-me interessado durante anos - durante décadas -, sem sentir necessidade de mudar a forma como interagia com a música. Foi com Björk, e com as suas canções tão radicalmente distintas entre si, quase ao ponto da dissonância, que pela primeira vez tive curiosidade de explorar a música disco a disco, ouvindo as canções na sequência pretendida, sem saltos, procurando compreender a experiência musical mais abrangente que o registo pretende criar junto do ouvinte; e assim desvendado a evolução artística das letras, das composições, das sonoridades, numa discografia de três décadas. Isso, como é bom de ver, em nada mitigou a descoberta de novas canções preferidas de forma quase aleatória; bem pelo contrário, possibilitou a audição atenta de músicas a que talvez não tivesse ligado tanto no passado, agora com todo um contexto - o disco como mais do que um mero conjunto de canções - capaz de as elevar acima da sua qualidade individual. Falei acima do momento exacto em que descobri "Unison", e foi também assim que cheguei à belíssimas "Anchor Song" de Debut (há uma versão ao vivo em islandês que é das coisas mais belas que ouvi Björk cantar), "The Modern Things" de Post (1995), ou "Unravel" e "All Neon Like" do aclamadíssimo Homogenic de 1997. "Pleasure Is All Mine", uma das minhas três canções preferidas da cantora, abriu-me as portas de Medúlla (2004), dos onze discos o meu preferido; "Vertebrae by Vertebrae" é o meu ponto alto de Volta (2007), um disco no qual descubro alguma coisa nova sempre que lá volto. Em Vulnicura (2015) encantei-me com a pesadíssima "Black Lake"; sobre Utopia falarei mais à frente. E poderia concluir este parágrafo com um longo etc.
Esta mudança reflectiu-se tanto na musica que já ouvia como naquela que viria a ouvir depois. Quando, entre 2021 e 2023, descobri e redescobri Fiona Apple e PJ Harvey (respectivamente), já as ouvi disco a disco; agora que penso nisso, tenho uma certeza quase absoluta de que nunca as ouvi em modo aleatório, e já não é expectável que o venha a fazer. E todas as bandas que me acompanhavam até ali - Portishead e Radiohead, claro, mas também Joy Division, The National, Warpaint, Florence + The Machine, Magazine, Arcade Fire, Muse - passaram a ser ouvidas de outra forma. Com outros ouvidos, se quisermos.
Daqui ao interesse pelo vinil é um pequeno passo, como é fácil de imaginar; as características analógicas do formato, incluindo o seu carácter pouco prático, potenciam a experiência musical que procuro hoje em dia. E o disco, enquanto artefacto, é irresistível para quem, como eu, tem apego a formatos físicos e retira prazer de coleccionar algo de que gosta. Mais do que isso, o vinil permitiu-me redescobrir a música como uma actividade completa em si mesma, e não como mera banda sonora de qualquer outra coisa que se esteja a fazer. Com isto não quero dizer que não ponha um disco a tocar enquanto, sei lá, estou a cozinhar. Mas colocar um disco a rodar, sentar-me no sofá e ficar apenas a ouvi-lo, sem me preocupar com mais nada, é um prazer inexcedível.
Não por acaso, a discografia de Björk foi a primeira que completei em vinil, antes mesmo de Portishead (que já está completa - é curta, mas deu-me um trabalhão encontrar Third, entretanto reeditado, claro) ou de Radiohead (de quem ainda me faltam três álbuns). Quando Fossora saiu há dois anos pude comprá-lo e ouvi-lo logo no dia de lançamento; para isso fui a várias lojas de discos em Lisboa, outra experiência gratificante que descobri entretanto, e que a música digital ou o comércio online não proporcionam. E no início de 2023, quando comprei os bilhetes para o concerto no Pavilhão Atlântico, defini como objectivo ter todos os discos até àquela data. Resolução cumprida, e ainda bem: Utopia, álbum central do conceito da tour Cornucopia, com as suas flautas e os seus territórios sonoros oníricos, causou-me sempre alguma estranheza; e foi já no Verão, a ouvi-lo cá em casa, em que o disco fez click nos meus ouvidos e se tornou no meu segundo álbum preferido de Björk (lá está, mais uma vez, a descoberta constante).
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Chegamos por fim ao concerto, que na verdade é o objectivo original desta longa divagação - um dos motivos que me levou a regressar à blogosfera foi querer escrever este texto em particular e publicá-lo algures, e o plano era tê-lo escrito logo nos primeiros dias. Mas mete-se sempre alguma coisa, falta inspiração, falta vontade, dão-se muitas falsas partidas. Enfim, cá estamos; não está perfeito mas está feito, e isso é que importa. Sobre o concerto: é um privilégio absoluto podermos assistir a uma actuação ao vivo quando nos encontramos absolutamente embrenhados naquela música, estarmos na plateia no exacto momento em que aquelas canções mais nos tocam. Björk regressou a Portugal ao fim de quinze anos - a última vez que cá tinha estado foi, imagine-se!, num concerto em 2008 no Festival Sudoeste, a 30 quilómetros da minha aldeia -, e deu no Pavilhão Atlântico um concerto magnífico. A noite foi inaugurada pelo Coro Hamrahlíð, que a acompanha em digressão, que cantou versões lindíssimas de "Sonnets/Unrealities XI" e de "Cosmogony", aquecendo o público para Björk e para o tremendo espectáculo visual e musical que trouxe a Lisboa. O alinhamento, a base conceptual da Cornucopia Tour, está em Utopia, e nem o lançamento de um novo disco entretanto alterou o projecto: algumas músicas de Fossora, como "Ovule", "Victimhood" e uma fusão de "Fossora" com "Atopos" foram misturadas nas flautas envolventes e na natureza idílica de Utopia, álbum tocado quase na íntegra. Claro que houve espaço para alguns clássicos - Bjork trouxe a Lisboa "Isobel", "Hidden Place", e para os fãs de Medúlla como eu, duas pérolas: uma lindíssima versão acapella de "Show Me Forgiveness", e a enorme e enérgica "Mouth's Cradle". Tudo isto, uma vez mais, imaculadamente tecido no ambiente sonoro de Utopia, com um conjunto de flautistas incríveis em palco a elevar cada canção, e a fazer magia em momentos inesperados - a transição de "Pagan Poetry" (outro clássico) para "Losss" foi das coisas mais belas que vi e ouvi em concertos, feita com uma harmonia tal que quem desconhecesse as canções não imaginaria que estão separadas por dezassete anos e quatro discos.
E a magia manteve-se até ao final magnífico ao som de "Future Forever", último tema de Utopia, terminando a noite numa nota onírica e esperançosa. Não era canção que eu imaginasse para um fim de concerto - "Notget", que a anteceu, teria mais pujança -, mas estando lá rendi-me às evidências: nenhuma outra seria mais adequada. Não sei se o concerto de Björk foi o melhor a que já assisti - ocorrem-me outros dois ou três memoráveis. Mas foi sem dúvida o mais incrível espectáculo musical a que já assisti, uma conjugação perfeita de música, cenografia, e artes performativas, tudo tão bem feito que nem se deu pela acústica duvidosa do Pavilhão Atlântico (nesse aspecto foi de longe o melhor concerto que lá vi). Seria tão fácil para Björk fazer uma digressão só à passar pelos seus greatest hits, e a deixar os seus fãs maravilhados a ouvir e a cantar as suas músicas mais conhecidas, de "Human Behaviour" a "Jóga", "Earth Intruders" até, sei lá, "Lionsong". Eu sei que lá iria de bom grado, mas também sei que não seria bem a Björk que tanto gosto de ouvir se se limitasse a isso. O que ela fez na Cornucopia Tour foi exactamente o mesmo que fez em cada disco que compôs e lançou, e sobretudo na segunda metade da sua carreira: construiu um conceito, um tema, um registo sonoro, sem cedências ou compromissos, e convidou-nos a acompanhá-la. Quem foi com ela não terá decerto dado a viagem por perdida.
Eu sei que não dei.
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(As fotos do concerto são de Santiago Felipe, na produção do concerto. A dos discos, como se nota sendo tão tosca, é mesmo minha)
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anditwentlikethis · 5 months
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nunca ninguém na história do desporto mundial slayed tanto como o Amorim quando chegou ao Sporting em março de 2020 e escreveu no livro do museu "guardem espaço". Que homem
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neozhelps · 1 year
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ㅤㅤㅤ✧ᅠ—ᅠ⋆ᅠIDEIAS DE GRUPOS FICTÍCIOS.
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vi que mandaram uma ask para a rinn sobre um rp de idols, e como eu sinto falta de criar meus grupinhos (sim, eu já fiz parte do lado do wattpad que faz grupos de idols e etc), decidi compartilhar com vocês as ideias que eu tive a algum tempo. se tiver interessade em usá-los em um rp, só peço que me dê os créditos direitinho.
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— WICKED.
inspirações: 2ne1, brown eyed girls e t-ara.
WICKED (hangul: 위크드, rr: wikeudeu) é um girl group sul-coreano composto por quatro integrantes. O grupo debutou em 23 de junho de 2010 sob a empresa X Media. Em 18 de setembro de 2016 foi anunciado o disband do grupo e um processo contra a empresa, porém as integrantes voltaram a se reunir em 2019 sob uma nova empresa, Y Entertainment.
Elas ficaram conhecidas pelo conceito mais maduro, além de um pouco misterioso. Atualmente todas as integrantes tem carreiras solo e se reúnem ocasionalmente para lançar novas músicas. Elas tem entre 26 - 30 anos.
ideias de músicas:
midnight circus, sunny hill.
touch, miss a.
fire, 2ne1.
wonder woman, beg.
day by day, t-ara.
lonely, sistar.
hate you, ladies code.
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— DESTINY!
inspirações: red velvet, le sserafim, itzy e (g)i-dle.
Destiny! (hangul: 대스티느, rr: daeseutineu) é um girl group sul-coreano composto por cinco integrantes. O grupo começou seu projeto de debut em dezembro de 2020 através do reality show Our Destiny Starts Here!, com uma apresentação especial de seu single pré-debut no Mnet Asian Music Awards. O debut oficial aconteceu em 5 de maio de 2021 pela empresa Y Entertainment.
Atualmente as integrantes do Destiny! são conhecidas por seus vários talentos e a discografia impecável, sendo consideradas as novas princesinhas da indústria. Elas tem entre 18 - 24 anos.
ideias de músicas:
not shy, itzy.
psycho, red velvet.
antifragile, le sserafim.
nxde, (g)i-dle.
love dive, ive.
spicy, aespa.
no, clc.
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— LUCKY7.
inspirações: nct, stray kids, ateez e seventeen.
lucky7 (hangul: 러키새벤, rr: reoki saeben) é um boy group sul-coreano composto por sete integrantes. O grupo começou seu projeto de debut em outubro de 2022 através do reality show Lucky Road. O debut oficial aconteceu em 17 de janeiro de 2023 pela empresa Y Entertainment.
Seu estilo é experimental, podendo mudar em qualquer comeback, e os integrantes estão sempre participando da criação das músicas. Eles tem entre 19 - 24 anos.
ideias de músicas:
90's love, nct u.
s-class, stray kids.
deja vu, ateez.
hot, seventeen.
kick it, nct 127.
phantom, wayv.
now or never, sf9.
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— HARMONY.
inspirações: 2pm, b1a4, beast e winner.
Harmony (hangul: 하모니, rr: hamony) é um boy group sul-coreano composto por cinco integrantes. Sua estreia aconteceu em 15 de janeiro de 2012 pela empresa  Y Entertainment.
Eles ficaram conhecido por suas ballads emocionantes e os vocais que fazem jus ao nome do grupo. Tiveram um curto hiato desde 2019 por todos terem se alistado no exército juntos, mas seu comeback está previsto para 2022 em seu aniversário de dez anos. Eles tem entre 28 - 31 anos.
ideias de músicas:
adtoy, 2pm.
fiction, beast.
like a movie, b1a4.
for life, exo.
empty, winner.
i'm in trouble, nu'est.
haru haru, big bang.
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— SKULLZ.
inspirações: xtraordinary heroes, txt, rolling quartz e day6.
SKULLZ (hangul: 스크즐스, rr: seukeujeulseu) é uma banda sul-coreana mista composta por cinco integrantes. A banda teve sua estreia em 31 de março de 2017 pela A Records, mas foram descobertos pelo público geral apenas após vencerem um concurso de bandas independentes em 2016. 
Suas músicas com grandes influências no rock dos anos 90 e o emo dos anos 2000 marcaram a empresa, e o SKULLZ começou a crescer cada vez mais entre o público internacional. Eles tem entre 23 - 27 anos.
ideias de músicas:
blaze, rolling quartz.
shoot me, day6.
happy death day, xtraordinary heroes.
anti-romantic, txt.
pray, ftisland.
deja vu, dreamcatcher.
ring ma bell, billlie.
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— WYF.
inspirações: wjsn, pristin, iz*one e fromis_9.
Wonder Youth Faith, também estilizado como WYF (hangul: 와이프, rr: waipeu) é um girl group sul-coreano composto por dez integrantes. O grupo foi formado pela Y Entertainment, e foi anunciado em 24 de maio de 2022 através de um concept trailer. Seu debut aconteceu no dia 12 de julho de 2022 com o single Fiesta.
Seu conceito é fantasioso e alegre, separando as integrantes em três units, sendo elas Wonder, Youth e Faith, com a center sendo a junção de todas. Elas tem entre 18 - 24 anos.
ideias de músicas:
panorama, iz*one.
we like, pristin.
love bomb, fromis_9.
save me save you, wjsn.
mago, gfriend.
feel special, twice.
where are you?, clc.
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— POLARIS.
inspirações: exo, everglow, enhypen, kard.
Polaris (hangul: 포라리스, rr: polariseu) é um grupo misto sul-coreano composto por seis integrantes. Foi formado pela Y Entertainment e anunciado através do reality show Opposites Atrack em julho de 2022, mostrando a dinâmica entre os integrantes enquanto se preparavam para o debut, que ocorreu no dia 25 de setembro de 2022.
Assim como o WYF, Polaris é dividido em duas units, mas o foco é como os seis integrantes de gênero oposto formam um grupo poderoso e inovador.  Eles tem entre 20 - 26 anos.
ideias de músicas:
first, everglow.
love-dazed, enhypen.
monster, exo.
gunshot, kard.
unforgiven, le sserafim.
ptt, loona.
because, dreamcatcher.
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musicshooterspt · 10 months
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Reportagem Ana Roxanne, Passos Manuel
Ana Roxanne embalou-nos num sonho acordado
Foi, no dia 6 de dezembro, que Ana Roxanne tocou no Porto, no Passos Manuel, e que nos embalou e levou para um lugar quentinho do qual não queríamos sair: foi como estar num sonho bom sem estar a dormir. Numa sala cheia mas respeitadora do silêncio que também ele criava ambiente, a artista californiana utilizou baixo, sintetizadores, loops e a sua própria voz para ecoar e criar melodias que nos faziam viajar na história cósmica por ela criada.
Foi através das canções editadas no seu primeiro trabalho de longa-duração e único – se não contarmos com o seu projeto Natural Wonder Beauty Concept partilhado com DJ Python – que Ana Roxanne percorreu pela sua música ambiente que, naturalmente, é experimental e, portanto, dotada de improvisação.
Because of a Flower, lançado em 2020, foi assim sendo apresentado num ambiente que se fez acompanhar de visuais que nos ajudavam e guiavam numa viagem que durou pouco mais de quarenta minutos mas que, de bom grado, poderia ter durado mais uma hora: tal era o aconchego que se sentia.
Uma das primeiras foi “A Study in Vastness” do já referido álbum. O drone preenchia o espaço e o delay aplicado na voz da artista arrastava-se e fazia com que a música se expandisse a cada passo. “Camille” também do mesmo álbum esteve em evidência. Facilmente reconhecível pela conversa do filme francês “Mystère Alexina” (1985), a única sonoridade que apresenta beat vai sendo escutada e entrelaça-se com as vozes ao longo da canção criando, talvez, o ambiente mais “violento” de toda a sua performance: não fosse a dita conversa soar mais a discussão. Ainda assim, também aí continuamos no mundo dos sonhos onde Ana Roxanne tanto nos quer levar.
Com “Venus” a suavidade das ondas do mar transporta-nos, de novo, para uma realidade mais relaxante na qual não nos cansamos de estar. Finalizando os temas em nome próprio, houve tempo para duas versões que já são costume nas suas performances: “Forget About”, da alemã Sibylle Baier e “The World Spins” de Julee Cruise.
Terminando da mesma forma que começou, silenciosa e tranquilamente misteriosa, Ana Roxanne despediu-se e a sensação da sala foi unânime: não queríamos que este sonho acordado tão cheio de cor e de cosmos terminasse tão rápido.
Esta não foi a primeira aparição da norte-americana em terras lusas. Em 2019 abriu o concerto de Weyes Blood no B.Leza. Já, em 2022, apresentou-se nos Jardins Efémeros em Viseu. Este ano, dia 15 de março fez-se ouvir na Galeria Zé dos Bois, na capital, onde se apresentou pela primeira vez em nome próprio. Este mês esteve de regresso, tendo começado com um concerto no LISA, em Lisboa, a 1 de dezembro. Seguiu-se o Madeiradig, na Calheta, a 4 de dezembro e terminou a sua passagem por Portugal, quarta-feira, no Porto. 
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Texto e fotografia: Catarina Moreira Rodrigues
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blogdojuanesteves · 8 months
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JOGO DE PACIÊNCIA > ANA SABIÁ
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Entre março de 2020 e junho de 2021 - no auge da pandemia da Covid-19- a artista visual Ana Sabiá, professora de fotografia do Departamento de Artes Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), produziu um trabalho procurando possíveis encontros feitos pela arte. Ela conta que a ideia surgiu a partir de um lençol antigo herdado de sua tia, que possui uma abertura central similar a uma moldura. Foi basicamente construído com autorretratos, entretanto com seu rosto oculto.
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Sua obra transformou-se em um delicado livro-objeto, Jogo de Paciência ( Editora. Tempo d'Imagem+Lovely House Editora, com a primeira edição publicada no inverno de 2023. Uma série de 78 cartas como um baralho, em um estojo onde a autora registra suas performances diante da câmera, tendo como estrutura o lençol e objetos com os quais interagiu. Entre eles, cadeiras, rebatedores de luz, molduras e balões. Pelo meio destas, algumas imagens do seu filho, com o rosto oculto como o dela. Segundo os editores, um conjunto que pode ser compreendido como um "objeto-oráculo".
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"Paciência" escrito em várias línguas é um jogo de cartas, também conhecido como "Solitaire" o que, semanticamente, aproxima-se ainda mais da construção da artista. Um nome originalmente aplicado para indicar qualquer atividade relacionada a cartas de um único jogador. No entanto, a grande maioria dos jogos solitários de cartas, reflete a compreensão mais habitual da palavra, denotando uma atividade em que o jogador começa com as cartas embaralhadas e tenta, seguindo uma série de manobras especificadas pelas regras, organizá-las em ordem numérica, muitas vezes também separadas em seus naipes. Alguns passatempos deste tipo são jogados competitivamente por dois ou mais jogadores, questionando assim a adequação do termo paciência.
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Portanto, o livro torna-se um objeto interativo, quando o leitor adentra o universo peculiar e extremamente lírico de Ana Sabiá- uma característica de sua vasta produção-  em que, para ela, a escolha de um corpo sem face foi um esforço consciente na proposição do diálogo para além da vivência individual, abarcando também experiências coletivas. Diz a autora: "Compreendi que a proposta era afrontar o limiar vida-morte-vida nas esferas do cotidiano e que o ineditismo surreal do isolamento fazia-se necessário, também, no cenário das fotografias. O inalterável posicionamento da câmera no tripé; a repetição do enquadramento; a invariável apreensão de um tipo específico de luz; a recorrência dos lençóis instalados cada qual em seu respectivo idêntico lugar; o uso constante de camisolas- afirmou-se como um fazer metodológico que cumpria-se, minuciosamente, à risca."
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Seja qual for a sequência das cartas escolhidas pelo leitor, encontramos certa anamnese, uma rememoração gradativa, na qual descobrimos nossas verdades essenciais e latentes que remontam a um tempo anterior a existência empírica.Também uma espécie de animismo nas quais os objetos inseridos pela autora em sua performance acabam por adquirir uma essência mais espiritual. Um libreto com um índice  mostra definições das cartas pelo qual o leitor recebe certa ajuda, como por exemplo, em O Livro: Um livro é um portal para universos insuspeitos; mergulho da descoberta de outros-nós mesmos; papéis que imprimem nosso lento folhear nas marcações caligráficas e dobraduras de suas orelhas; o lugar de criação subjetiva. Seguido das palavras-chave: portal; criação; história; ideias; descoberta.
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A dualidade no uso de simbolismos, o deslocamento entre pólos opostos de conceitos, as vias duplas que apontam verso e reverso são espelhos multifacetados que reproduzem reflexos caleidoscópicos. Nesse sentido, a fabulação fotográfica da série “Jogo de Paciência" busca amalgamar antagonismos entre a realidade ficcional e a ficção realista em referência direta à estética surrealista.
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Para os editores, a escolha na fotografia em preto, branco e uma considerável gama de cinzas, evidência que demarca a supressão da realidade colorida visível aos olhos, remete aos primórdios da fotografia e suspende a temporalidade linear. O cenário composto por lençóis brancos delimita um palco surreal para os personagens e objetos. Por vezes o “fundo infinito” afirma o deslocamento espacial onde tudo está suspenso: não há paredes, chão ou teto e os elementos buscam algum arranjo emoldurados pela brancura amarrotada.
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As inúmeras variáveis propostas por Ana Sabiá nos remetem a um modo de criação, onde a participação do leitor no entendimento de suas ideias torna-se essencial. É próximo do que o grande autor italiano (nascido em Cuba) Ítalo Calvino (1923-1985) propõe em seu genial livro Il castello dei destini incrociati, publicado em 1973 ( por aqui no Brasil, O castelo dos destinos cruzados, Cia das Letras em 1991), um romance que explora como o significado é criado  seja escrito por meio de palavras pelo autor no livro, já que os seus personagens não podem falar entre si, ou por imagens (as cartas de tarô - consideradas proféticas por alguns, em que eles próprios estão abertos a muitas interpretações simbólicas). É como frequentemente nas obras  deste autor multifacetado, onde vários níveis de interpretações e leituras são possíveis, com base na relação autor-narrador-personagem-leitor, caso deste Jogo de Paciência criado pela artista.
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Assim como este livro, Jogo de Paciência nos mostra o pensamento plurifacetado da autora em suas mensagens subliminares que assimilam uma plêiade de informações inseridas em suas cartas que recontam suas propostas ao entrelaçarem entre si mesmas. O "livro" em suas múltiplas combinações é ao mesmo tempo fantasia e ficção imaginativa cujo efeito depende da estranheza do cenário e dos seus personagens incorporados através de uma narrativa multiforme não convencional, explícita de diferentes maneiras no índex do libreto que o acompanha. Nele o posicionamento das cartas desenha o assunto: "Uma cadeira é lugar de espera; acomoda o cansaço; morosamente recepciona os encontros ao redor da mesa..." Uma garrafa é chamariz e reserva da sede, acolhe a água e o vinho, ampara as flores...". Uma máscara como segunda pele; refúgio que cessa o riso; atmosfera filtrada contra o hostil, ausência de cor vibrante do batom...".
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Este Índex do posicionamento das cartas e suas deambulações não ampara somente uma questão descritiva, mas sim um forte complemento às imagens. De forma poética, aproxima e ao mesmo tempo irradia o pensamento de Ana Sabiá, seja por  meio de um micro ensaio literário e de certa forma também filosófico, no qual a autora exprime categoricamente seu talento literário, ao personificar os elementos de suas composições imagéticas em um texto lírico.
Uma das características mais marcantes do livro de Calvino é o processo de escrita; o romance foi escrito em parte por escolha consciente do autor e em parte como produto do acaso, uma possibilidade que encontramos no O Jogo de Paciência. O leitor pode encontrar as cartas certas para ilustrar seu pensamento e compor a própria história, ao identificar-se com as propostas da autora, ou no encontro aleatório, na busca de uma imagem discernível a partir da contingência de suas posições, que constituem o interessante processo semiótico visto anteriormente, em suas urdiduras, aproximando-se de um perfeito constructo.
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Jogo de Paciência não é o embaralhamento de histórias improvisadas. Há também um componente filosófico significativo, que convida à reflexão sobre a natureza da linguagem que a imagem é capaz de criar. À medida que os personagens criados por Ana Sabiá estão estáticos na fotografia, a linguagem humana revela-se simplesmente como outro sistema de signos que pode ser substituído por um baralho de cartas. Em menor grau, pode ser dito o mesmo da linguagem. Uma palavra não faz sentido em si mesma, assim como as cartas precisam de um contexto ( buscado pelo leitor, incitado pela autora). Isto faz com que estes  percebam que a linguagem humana também pode ser interpretada de múltiplas maneiras e, em última análise, leva à questão de quão precisamente a linguagem é capaz de transmitir significados e descrever o mundo em que vivemos.
Imagens © Ana Sabiá. Textos© Juan Esteves
Infos básicas:
Fotografia e Ilustração : Ana Sabiá
Edição de imagens: Ana Sabiá, Isabel Santana Terron e Luciana Molisani
Desenho gráfico: Ana Sabiá e William Bazzo
Textos: Ana Sabiá e Ana Martins Marques ( epígrafe)
Tratamento de imagens: José Fujocka
Impressão: Pigma
Caixa artesanal: Yume Ateliê
Papéis: Saville Row Plain e Offset
Tiragem de 100 exemplares assinados e numerados
*edição especial com um panô de cetim de seda sublimado com uma das 5 opções de fotografia da série em tiragem limitada de 3 exemplares cada.
Edição bilíngue Português/Inglês.
vendas: lovelyhouse.com.br
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animaletras · 1 year
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Hoje, dia 25 de Março, é celebrado no Brasil o dia Nacional do Orgulho Gay e para celebrar a data, o Animaletras separou uma recomendação de série para vocês: Heaven Official’s blessing.
Baseada na novel chinesa de mesmo nome, a animação lançada em 2020 está disponível pela Netflix, e sua primeira temporada conta com 13 episódios de 25 minutos que narram a história do príncipe herdeiro do reino de Xian Le, Xie Lian. Após ser expulso duas vezes do reino celestial, oitocentos anos depois, ele ascende pela terceira vez. Em sua trajetória se encontra com um misterioso jovem chamado Hua Cheng. Conforme o andamento da história, podemos observar a relação de Xie Lian e Hua Cheng se desenvolver, eles vivem um amor construído de uma admiração mútua.
Apesar das regras de conteúdo no país que impedem uma adaptação fiel de obras voltadas ao público LGBTQIA+, a animação sabe muito bem trabalhar com a dinâmica do casal, passando para a tela a química que foi anteriormente vista na obra original. A história conta com elementos da cultura chinesa antiga e do taoísmo, trazendo assuntos sérios numa narrativa recheada de reviravoltas, lutas e traições.
Infelizmente, não há uma data prevista para o lançamento da segunda temporada, mas é certo que tenha lançamento ainda este ano, enquanto isso, podemos consumir a história de Xie Lian e Hua Cheng na obra original ou no formato de manhua, que também está em publicação.
E aí, já conheciam a obra?
#animaletras#animação#animation#desenho#uerj#pesquisa#projeto#arte#newpost#lgbtqia#pride
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bloggossipboy · 11 months
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#Tbt Diego Miguel by Jeff Segenreich 
#TBT: Atualizando nossa tag #tbt vamos voltar para Março de 2020 com o modelo Diego Miguel pelas lentes de Jeff Segenreich para a revista digital Victor Magazine. Fotos: models.com ● Siga o GB nas redes sociais: ●● Facebook Page | Twitter | Tumblr | Pinterest | Instagram ●●
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keliv1 · 1 year
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Sobre entendimentos e encontros
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A imagem é do desenho que o aluno Viti, da EE Carlos Gomes, fez inspirado na Anastácia (bordado logo abaixo), que bordei e é capa do poema “Um sorriso no pós-fim do mundo” – foto: Keli Vasconcelos
“Vida, doce mistério”.
Essa frase é de uma música do Caetano Veloso e sob as bênçãos dele que inicio este texto.
Começo assim porque foi assim mesmo que me senti quando cruzava a avenida Pires do Rio, numa noite meio fria, meio quente, para me dirigir à EE Carlos Gomes, em 31 de março, para conversar com alunos do 2º ano do Ensino Médio. Já a tarde, mais quente e ainda mais emocionante, foi na biblioteca Raimundo de Menezes.
O convite da escola Carlos Gomes veio do professor Mário Peinado e de um jeito muito inusitado: num post no Twitter. Explico, em 17 de março, depois de tempos sem mexer no KDP da Amazon, percebi que “VooOnda”, HQ que desenhei em 2020/2021, e “Um sorriso no pós-fim do mundo”, poema que escrevi para participar do prêmio Tâmaras – 2021, foram vendidos.
Logo, em seguida, entrando no Twitter, vi o contato dele. Na hora, achei que fosse um trote, e entrei em contato por e-mail, que depois foi por telefone. Quem me conhece, sabe, sou bem “bicho do mato” (e admito que me sinto culpada por isso), e não tenho Whats, mas a conversa telefônica foi incrível.
Ele tinha me dito que usou os dois trabalhos em sala, já que os alunos foram instigados a procurar autores locais para serem objeto de estudo na disciplina Itinerários Formativos.
Ouvindo o Mário pelo telefone, gelei.
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Imagens dos professores da EE Carlos Gomes (a do meio é o prof. Mário)
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Atualização: o professor (de camisa azul, logo a frente) enviou as fotos da turma, poxa que alegria! Foto: Mário Peinado)
Simplesmente os trabalhos que eles tinham encontrado não falavam de S. Miguel, mas foram o link para eu falar de “Alguns verbos para o jardim de J.” e “São Miguel em (uns) 20 contos contados”, claro!
Na hora, após respirar e agradecer ao Universo, já marquei a ida à escola e mandei um material mais robusto, com temas que condiziam com o bairro, além de me preparar para conversar com a turma.
Para mim, aquele dia foi ainda mais tocante, já que o Brasil se consternava mais uma vez com situações de violência no ambiente escolar.
Ao chegar na secretaria, cuja a entrada é gradeada e dá para uma sala ampla cheia de computadores, sou recebida por uma professora com um sorriso sincero. Era Andrea (peço perdão se escrevi o nome incorretamente), que me levou para a sala de leitura, juntamente com outras professoras.
Encontrei uma escola bem conservada, com essa sala de leitura linda, repleta de livros, e, óbvio, alunos correndo, rindo, já que era a hora da janta.
Após conversar com o prof. Mário, nos dirigimos para a sala do IF e ali, em quase 20 anos como jornalista, fiquei totalmente sem reação ao ver um monte de jovens batendo palmas, felizes, em ver uma autora ali, na frente deles.
E olha que eu já passei por isso, conversando com crianças, jovens, mas ali foi diferente.
É uma galera que está na efervescência de seus projetos de vida, que cada um me disse com um sorriso nos lábios e muitas dúvidas na cabeça, mas que estão lá, sendo elas mesmas, num ambiente escolar com todos os problemas e desafios presentes.
No momento das perguntas, vi ali não só curiosidade, mas também os medos e mazelas que esses jovens enfrentam, em tempos ainda mais desafiadores e conectados. Teve gente que quer também escrever, mas não sabe por onde começar, professora que queria também entender os desafios da escrita, como é a rotina de um freelancer, como é esse ofício tão instável, como o viver.
Ri muito com o pessoal falando de VooOnda! Que não entendeu o contexto da história, que achou “lindo” o traço, mas não sabiam se era uma joaninha ou uma barata o inseto que desenhei, o porquê de uma sereia.
Ao final, fui surpreendida com um desenho do aluno Viti, que tem o seu projeto de vida ser do Exército, que fez na hora, a Anastácia, a boneca que bordei e usei de capa da “Um sorriso no pós-fim do mundo”.
Saí dali num Uber que gentilmente o prof. Mário me pediu, com um motorista curioso e feliz por eu ter relatado sobre uma escola que atua não só em ensinar o básico, mas também instiga os alunos a pensar no futuro hoje.
E como disse a eles, mesmo que os projetos de vida não se realizem, ao menos eles tentaram.
Não vou lembrar de todes, mas o Viti quer ser do Exército, o João, trabalhar com TI, o Cauê quer ter uma casa de chá, a Raíssa quer trabalhar com moda e comunicação. Há também quem quer ser artista, roteirista, advogada, veterinária, tem um mocinho que será Presidente da República (tomara, leva jeito!), e o Nicolas, que tem Síndrome de Down e me deu um abraço tão puro e sincero, que quer ser o que bem entender.
O que importa é que eles já são: seres em construção.
E tomara que o prof. Mário e todes dos profs. Da escola vejam esse futuro ali presente.
(e que ele tenha recebido o MMS com a foto que mandei desse meu celular maluco! Atualização: mano, ele não recebeu! Preciso levar esse aparelho à assistência técnica!).
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