Tumgik
#ajudei
egobrazil · 2 years
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MC Loma é questionada sobre irmão trabalhar de faxineiro e responde: 'Ajudei muito'
MC Loma e suas amigas Mariely e Mirella Santos, alcançaram o sucesso com o hit “Envolvimento” e tornaram-se fenômenos nas redes sociais. Apesar da fama, as três jovens são originárias de famílias humildes e alguns membros de sua família ainda levam uma vida cotidiana sem muitos luxos. Recentemente, foi atacada por internautas e teve que explicar por que seu irmão, conhecido como Pequenos Olhos,…
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dreamwithlost · 2 months
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RECARGA ACONCHEGANTE
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Ten x Reader
Gênero: Fluff, família feliz scr
W.C: 938
ᏪNotas: Essa aqui aqueceu o meu coraçãozinho, não costumo escrever muito sobre casais com filhos, mas acho que preciso, por que sempre me deixa feliz 😞🙏 (Pedidinho incrível!!!) Espero que gostem meus amores! Boa leitura!
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Você chegou em casa depois de mais um longo dia no escritório de advocacia. O relógio marcava dez horas, e o cansaço pesava sobre você como um cobertor de chumbo. Cada passo no salto alto era um esforço, e finalmente poder retirá-los e atirá-los para longe foi uma dádiva.
Seu corpo clamava por um banho quente e a suavidade da cama, mas o silêncio da casa, que por um momento lhe trouxe alívio, começou a incomodá-la. Com duas crianças em casa, o silêncio absoluto era raro, especialmente numa sexta-feira, quando as noites eram mais longas e animadas.
— Shh, papai — Ouviu um sussurro vindo da sala, reconhecendo a voz de Chen Tao, seu filho mais velho, com apenas cinco anos. Uma risada suave de Ten, seu marido, acompanhou o sussurro, aquecendo seu coração.
— Ten? — Você chamou por seu parceiro, pousando a bolsa sobre a bancada da cozinha e seguindo o som das vozes.
Ao chegar à sala, deparou-se com uma construção improvável: lençóis pendurados sobre cadeiras e o sofá marrom, formando uma cabana improvisada, iluminada pela luz quente de um abajur que projetava sombras suaves nas paredes. Era uma visão encantadora, um toque de magia no cotidiano.
— Meu Deus — Murmurou, mas logo uma risada escapou de seus lábios — O que vocês estão aprontando?
— Vem cá, mamãe! — Chen Tao exclamou, a animação traindo o segredo que tentava manter.
Com cuidado, você se abaixou para espiar a cena dentro da cabana. A luz suave iluminava os rostos de sua família, criando um cenário que poderia ser facilmente confundido com o próprio céu. Chen estava sentado com as pernas cruzadas, balançando-se ansioso ao lado do pai. Ten segurava Liang, seu filho mais novo, que dormia profundamente nos braços fortes e protetores.
Era impressionante como Chen Tao herdara seus olhos e sorriso, mas era cheio de energia como o pai, enquanto Liang, a cópia exata de Ten, apesar de ter apenas dois anos, já demonstrava traços de sua personalidade, tranquila e observadora; "haviam nascidos trocados", você costumava brincar.
— Surpresa! — Chen gritou, erguendo os bracinhos em celebração.
No centro da cabana, a mesa de centro havia se transformado em um espaço para um piquenique noturno, coberta com lanches leves e frutas cortadas em formatos divertidos — claramente ideia de Ten, que sabia da sua preferência por refeições leves à noite.
— O que é isso? — você perguntou, um sorriso de orelha a orelha, enquanto se juntava à cena aconchegante.
— Foi ideia dos meninos. Como cheguei mais cedo, ajudei a preparar essa surpresa — Ten explicou, estendendo a mão livre para pegar a sua e depositar um beijo suave nela. — Você está se esforçando demais nesse novo escritório, precisa descansar mais.
— Mas o Liang já dormiu, mamãe! Nem te esperou — Chen Tao pontuou, orgulhoso por ainda estar acordado, mesmo que um bocejo ameaçasse trair seu esforço.
Você escorregou para o lado, levantando-se um pouco para dar um beijo em seu marido, e aproveitando para acariciar as madeixas de Liang antes de lhe dar um selar na testa.
— É que ele ainda é pequeninho, meu bem, não é um homenzinho como você — Você disse a seu filho, puxando-o para o colo enquanto ele inflava o peito de orgulho diante o elogio.
Era um fato irrefutável que desde que abriu seu próprio escritório, a rotina se tornara mais caótica. No entanto, seu amor pela profissão a fazia suportar as dores e noites mal dormidas, certa de que estava construindo um futuro melhor para seus filhos, ao lado de Ten, que também trabalhava duro. Nem todos os dias eram perfeitos, mas a certeza de que o amor de sua família a aguardava em casa tornava cada obstáculo mais fácil de enfrentar. Quando Ten ofereceu um pedaço de lanche, o levando até sua boca, você aceitou com prazer, saboreando o momento. A exaustão de minutos atrás parecia ter desaparecido, substituída por uma paz reconfortante. Se em algum momento naquela noite estava exausta o suficiente para apenas para ir dormir, ignorando tudo, não se lembrava mais, adentrar naquela cabana fora como encontrar o paraíso onde não havia mais dor ou preocupações, e mesmo se houvesse, um simples sorriso de seu marido ou filhos poderia acabar com tudo aquilo.
Você permaneceu ali, ouvindo Chen contar sobre seu dia na escola e as aventuras com o pai que chegou mais cedo. Riu ao ouvir sobre como Liang quebrou um jarro de flores e viu o desespero de Ten tentando impedir que o filho revelasse o incidente já resolvido. Cada segundo era precioso, e você se deleitou com a inocência de Chen, observando-o enquanto sua fala se tornava lenta e seus olhos começavam a se fechar, adormecendo profundamente semelhante ao irmão mais novo.
Você apoiou a cabeça no ombro de Ten e sentiu o carinho de sua mão em suas madeixas.
— É assim que eu descanso — Você confessou, olhando para aqueles olhos nos quais ainda se perdia. — Vocês recarregam minhas energias em segundos. Mas prometo que não vou exagerar, e você também não.
— Combinado — Ten respondeu, selando o acordo com um beijo gentil. — Obrigado por ter me dado essa família.
Você riu, tocada pelo agradecimento inesperado.
— Eu te amo — Sussurrou, entregue a aquela emoção transbordante.
Poderia ficar ali para sempre, cercada por esse amor inabalável. Era ali que você encontrava sua verdadeira paz, entre os lençóis desarrumados e a improvisação que transformava uma noite comum em uma memória preciosa. Nesse espaço apertado, longe do mundo, era onde a vida fazia sentido, e você sabia que nenhum outro lugar poderia oferecer essa sensação de completa paz.
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paullobennett · 6 months
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Eu quis você na sua pior fase e te busquei de todas as formas que eu pude. Então eu te ajudei a atravessar esse inverno triste da sua vida, mas quando a primavera enfim chegou, não fui eu quem viu as flores.
-BENNETT
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crarinhaw · 15 hours
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Unethical
Olá estrelinhas, como estão?
Essa é a parte um de devaneios que tive enquanto estava em uma consulta médica 😭 então aguardem uma parte dois com mais surtos (e olha que o médico não se parecia nem um pouquinho com o Enzo.
Espero que gostem querides 🩵
Consultórios nunca me trouxeram boas memórias. Salas brancas inundadas pelo cheiro forte de produtos de limpeza que chegam a dar dor de cabeça, recepcionistas que fingem simpatia enquanto te servem um café amargo e detrás da porta sempre um doutor egocêntrico que te obriga a fazer baterias de exames, apenas para você voltar lá e ele dizer que o que tem não é nada, saindo com os bolsos cheios de grana para comprar uma ferrari nova.
Tá bom, talvez eu tenha exagerado um pouco, mas desde quando assumi os cuidados da minha avó que havia sido diagnosticada com arritmia cardíaca, boa parte das minhas semanas eram dedicadas a acompanhá-la em exames, consultas e tratamentos sem nenhum sucesso.
O doutor Caruso era o responsável pelo caso da minha avó, no começo ele prometeu tratamentos revolucionários que trariam a cura dela em pouquíssimo tempo, mas com o passar do tempo ele veio exigindo mais consultas totalmente desnecessárias, algumas onde ele nem sequer aferia os batimentos cardíacos nela, mandava ela continuar tomando os remédios e nos dispensava, enquanto eu deixava meu dinheiro suado do trabalho na recepção da clínica.
“Olha, eu sei que eu não deveria fazer isso, mas uma amiga que trabalha em outra clínica me falou que o médico cardiologista de lá é maravilhoso, é super atencioso e também soube que os tratamentos dele são bem eficientes, diferente do doutorzinho aqui” Fabíola, a recepcionista do consultório do Dr. Caruso que me disse isso, ainda entregando um cartão com o telefone da clínica dele.
“Obrigada Fabi, você não sabe o quanto isso pode nos ajudar!” peguei o cartão de contato após pegar por mais uma consulta sem resultados, esperançosa de nunca ter que voltar lá de novo.
‘Dr. Enzo Vogrincic’ especializado em cardiologia e eletrofisiologia, era o que dizia no cartão abaixo de uma logo minimalista e o telefone para contato. Marquei uma consulta no mesmo dia, era cara de qualquer forma porém não tanto quanto as do Dr. cretino, e seria minha última esperança com aquele tratamento tão prolongado que minha vó estava passando.
A clínica do Dr. Vogrincic era totalmente diferente das outras que eu e minha avó já frequentamos, as luzes amareladas davam um ar mais calmo e o cheiro de limpeza entrava em nossos narizes mais suave em todo o ambiente acolhedor.
Meu coração sempre acelera nessas horas, fico tonta e minhas pernas tremem de ansiedade pelo medo do que vou ouvir, aprendi a não esperar mais por boas notícias e a preparar meu psicológico e meu bolso para qual novo tratamento a vovó teria que passar.
Após poucos minutos de espera a porta do consultório se abre, revelando o doutor que até o momento eu não sabia como parecia. Alto, moreno, cabelo castanho penteado para trás e vestido de roupas sociais e um jaleco absurdamente branco, seria muito antiético desejar o médico que cuidará do tratamento da sua avó?.
“Próximo? Podem entrar, por favor”
Ajudei minha vó a se levantar e entramos na sala do doutor. Sei interior seguia a mesma paleta e iluminação da sala de espera, tons de nudes e vinho na mobília e nas paredes, sendo essas também decoradas com quadros de diplomas e fotos do doutor em sua formatura e com sua família, e talvez eu tenha suspirado um pouco aliviada por não ver nenhuma foto com uma talvez esposa.
“Você deve ser a Sra. Rosa Maria” Ele estende o braço para um aperto de mão, bem recebido pela vovó que a aperta com um sorriso no rosto “e você é?” e agora é a minha vez de apertar sua mão, era tão grande que chegava a quase cobrir a minha, mas quente e macia.
“Sou a neta dela y/n” Não sorrio, mesmo estando em um leve estado de paixonite pelo médico que acabei de conhecer, meu nervosíssimo por consultas médicas ainda estava de pé. Ele se senta em sua cadeira enquanto eu e vovó nos sentamos a sua frente.
“Bem, soube que a senhora está com problemas de arritmia cardíaca, certo? Pode me explicar o que aconteceu e quais exames já fez?”
Porra, que voz gostosa de ouvir
A vovó contou com alguns detalhes sobre desde o início das dores no peito até seu diagnóstico e as consultas e tratamentos mal sucedidos com o médico passado, o que fez o Dr. Vogrincic quase revirar os olhos ao ouvir o nome dele.
“Dr. Caruso? Bem, perdão pelo que vou falar agora mas ele é o médico mais desqualificado da união dos cardiologistas, não só em questões acadêmicas mas em questões éticas também, olha Sra. Rosa sinto muito em lhes informar mas todos os tratamentos que ele te submeteu são totalmente evasivos e desnecessários para o seu caso”
A informação salta sobre em mim como um raio atingindo minha cabeça, me seguro ao máximo para não ficar tonta enquanto minhas lágrimas lutam para não sair dos meus olhos. Então todo o tempo e dinheiro gastos não adiantaram de nada? Todas as promessas de cura, eram vagas?
Mesmo me esforçando para me manter sã durante a consulta, minha mente vagava por turbilhões de pensamentos, a voz do doutor parecia vaga e distante, até eu ouvir uma voz que sempre me acalmava.
“Filha? O exame” Vovó me chamou, me fazendo voltar a realidade e pegar os outros exames que ainda deviam ser apresentados.
Dr. Vogrincic os observava com um silêncio calmo, parei para perceber o quão atraente ele era, unia as sobrancelhas e mordia o lábio inferior levemente quando queria prestar mais atenção, a mão esquerda segurava o papel enquanto a direita balançava uma caneta entre os dedos, nenhuma delas portava um anel sequer.
“Boas notícias, Sra. Rosa, seu caso não é nem um pouco grave como achavam que era, mas é delicado, então devemos iniciar um tratamento novo bem mais tranquilo, vocês só precisam voltar aqui uma vez por semana” Respiro aliviada enquanto o médico gato escrevia os remédios que a vovó deveria tomar. “Prontinho, a senhora vai tomar todos os remédios como eu falei e y/n, não esqueça de aferir a pressão dela todos os dias e ir anotando pra passar pra mim, certo?”
Ele levanta de sua cadeira levando eu e minha vó a fazer o mesmo e nos acompanha até a porta “Foi um prazer ver vocês, até próxima semana” Dr. Vogrincic se despede com um sorriso. “Espera, y/n” Encostado na porta da sala, o médico me chama, tocando levemente meu antebraço, “esse é meu contato pessoal, pode me ligar, sabe, em caso de alguma emergência com a Dona Rosa” sua voz sai baixinho, quase como um sussurro.
Em casa durante o jantar, sou tirada dos meus devaneios sobre o doutor gato quando vovó puxa assunto, mas adivinha? O assunto era sobre o doutor gato.
“O que achou de hoje, filha? O doutor é bonito né? Educado, inteligente, ele parece solteiro, por que você não dá encima dele?”
Quase cuspo meu suco, espera, o que??
“Vó? O que é isso?”
“Oh minha filha vai ficar se fazendo de santinha agora? Eu vi como você olhou pra ele querida, e vai por mim, que eu acho que ele também gostou de você”
Sorrio, tentando não me iludir com as palavras dela.
“Eu posso apostar que ele só estava sendo simpático”
“Simpático? Minha querida ele sorriu pra você sem perceber enquanto você falava que eu estava tendo falta de ar, os olhos deles direto na sua boca, se isso não é estar interessado em alguém meus mais de cinquenta anos de vida amorosa não serviriam de nada”
Vovó sai da cozinha, me deixando sozinha com os pensamentos pairando sobre minha mente. Seria muito antiético da minha parte se eu tentasse? Seria mais antiético da parte dele se relacionar com a acompanhante de uma paciente.
Não, melhor não, que bobeira minha pensar que isso seria sequer uma possibilidade.
Mas eu tenho o telefone dele, né? Não custa nada mandar uma mensagem.
Não, ele é o médico da sua avó, não faz o mínimo sentido.
É vovó, não vai ser dessa vez…
parte 2!!
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sungsetport · 6 months
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— ★ tardes de domingo.
disponível
05.04.24
#NOTA: a capinha era pra ter sido feita pelo @minkisaur, mas acabou que meti meu dedo grande e ajudei nela. mais uma collabzinha nossa <3
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cuidado-fragil · 1 year
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você encostou a cabeça em meu ombro enquanto soluçava de tanto chorar e disse que eu era o seu refúgio. mas agora eu deixei de ser? parece que sim, porque ao primeiro sinal de melhora, você evaporou, me deixando de lado com as sobras do seu caos que ajudei a conter.
— cuidado-frágil
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94-cherry · 10 days
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O tumblr para eu é um refugiu, aquela casa na árvore que você nunca teve quando criança, um lugar mágico a onde você publica e rebloga o que você gosta, curte, demostra teus sentimentos/emoções, desabafa, mostra teus desejos, fantasias e fetiches. Você segue as pessoas que você se identifica, além de gostar do tumblr por conta da sua essência que são únicas.
Eu estou no tumblr a tanto tempo, já vi de tudo e conheci varias pessoas que me ajudaram ou eu ajudei elas sem ao menos ver o rosto, eu nunca liguei para números de seguidores, likes e reblogues. Minha ligação com tumblr é especial, marcou minha pré adolescência e agora na fase jovem adulta, mas eu admito que odiei quando o tumblr foi comprado e vieram "regras" sem noção, a onde você não tem mais tanta liberdade de expressar teu lado +18 como gostaria, pois tua publicação vai para análise sendo que não tem nada demais ou ele é sinalizado como adulto e não aparece para quem está no pc ( um dos motivos de ter feito novamente o 94-cherry). O tumblr é magico te faz sentir sentimentos e emoções que você não sabe da onde saiu e pq você está sentindo, uma hora você está triste, feliz e excitado ao mesmo tempo além de ser algo profundo como lindas poesias e um poema.
O QUE O TUMBLR SIGNIFICA PARA VOCÊS?
- Cherry
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Yes, Sir! —Capítulo 20
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Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 23 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo terá o ponto de vista de Aurora e Harry.
NotaAutora: Desta vez não demorou muito para sair, espero que ainda estejam animado com a história 💗.
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Harry
Ambos parecíamos exaustos depois dessa longa noite, mas silêncio na sala foi interrompido por passos leves descendo as escadas. Endireitei-me no sofá, tentando me preparar para o que estava por vir. Eu sabia que precisava me manter firme mesmo que parecesse impossível.
Aurora apareceu na porta da sala, os cabelos despenteados e o rostinho ainda marcado pelo sono. Quando seus olhos encontraram os meus, um sorriso radiante iluminou seu rosto, trazendo um pouco de alívio ao meu peito.
— Papai! — Ela gritou animada, correndo em minha direção com os bracinhos estendidos.
Quase não tive tempo de me preparar antes de sentir o impacto do abraço de Aurora, seus bracinhos envolvendo meu pescoço com força. Segurei-a com ternura, tentando absorver a pureza daquele amor incondicional.
— Oi, minha pequena. — Murmurei, beijando o topo da cabeça dela enquanto ela se aconchegava em meu colo.
— Eu estava com saudade, papai. — Ela disse com uma vozinha sonolenta e cheia de carinho, me derretendo por dentro.
Antes que eu pudesse responder, Isadora apareceu na sala, os passos pesados e o rosto fechado. Ela parou ao lado de Violeta, me observando com uma expressão que me cortou por dentro. A a distância em seu olhar... isso doía mais do que qualquer palavra.
O que aconteceu com aquela garotinha que sempre corria para os meus braços?
— Bom dia, Isa. — Tentei suavizar o clima. — Estava com saudade, será que mereço um abraço?
A resposta dela foi apenas um abraço breve e frio.
— Papai, tô com fome, podemos tomar café da manhã? — Ela perguntou, os olhinhos brilhando de expectativa.
Eu estava cansado, mas não podia dizer não a ela.
— Claro que podemos, meu amor. — Respondi com um sorriso, tentando esconder o desconforto. — Que tal a gente sair e comer panquecas? Sua mãe precisa descansar.
Aurora bateu palmas, empolgada com a ideia, enquanto Isadora permanecia em silêncio, os braços cruzados, me evitando.
Me levantei, ainda com Aurora em meus braços, e olhei para Isadora, esperando algum sinal de aceitação, mas ela apenas deu de ombros e seguiu-nos até a porta.
O caminho até a lanchonete foi tranquilo, mas o clima dentro do carro estava tenso. Aurora tagarelava sobre seus brinquedos e suas novas aventuras em que eu não estive presente, alheia ao que estava acontecendo, enquanto Isadora permanecia em silêncio, encarando a paisagem pela janela. Quando chegamos à lanchonete, ajudei Aurora a sair do carro e olhei para Isadora, que continuava a me evitar.
Sentados à mesa, pedi as panquecas favoritas de Aurora e Isadora.
— E então, Isa, como está a escola? — Disse tentando quebrar o gelo.
— Do que importa saber? Afinal por causa de você vou ter que deixar meus amigos.
— Isa isso não é verdade, eu nunca quis que vocês fossem para Boston.
— Claro, só você pode ir para lá né ? — Revirou os olhos.
— Tem visto o tio Bryan? — Perguntei casualmente, mudando de assunto como quem não quer nada, mas no fundo queria saber se existia alguma possibilidade de que Violeta e eles estivessem se encontrando novamente.
— Por quê? Está com medo que ele tome seu lugar, pai? — A resposta dela foi direta, carregada de sarcasmo.
Fiquei sem palavras por um momento, o peito apertado com o impacto do que ela havia acabado de dizer.
Será que ela sabia? Não! Impossível! Ela só estava ressentida comigo. Sabia que tinha deixado um vazio em sua vida, mas ouvir isso dela foi como um soco no estômago.
— Não, claro que não. — Respondi, tentando manter a calma. — Eu só queria saber como ele está, já que faz um tempo que não o vejo. — Tentei dar um sorriso.
Isadora me olhou por um longo momento antes de responder.
— Faz tempo que não vejo ele também... na verdade, faz tempo que não vejo ninguém. — Ela disse, a mágoa transbordando em cada palavra. — Não é só o tio Bryan que sumiu, pai. Você também sumiu.
O peso das palavras de Isadora caiu sobre mim com uma força esmagadora. Antes que eu pudesse responder, Aurora, puxou a manga da minha camisa.
— Papai, olha as panquecas! — Ela exclamou, apontando o garçom vindo em nossa direção com um prato cheio de panquecas cobertas de calda e frutas.
Sorri para Aurora, tentando manter o humor leve, mas o nó na minha garganta só apertava. Cortei as panquecas para ela, fazendo um esforço enorme para ignorar a dor que crescia em meu peito. Olhei para Isadora, que mexia na comida sem muito interesse.
— Isa, sei que você está chateada comigo. — Disse baixinho, para que Aurora não ouvisse. — Só quero que saiba que estou aqui agora, e que vou tentar ser mais presente, tá bom?
Ela não respondeu de imediato, apenas me encarou com um olhar indiferente.
— Veremos, pai. Veremos. — Finalmente respondeu, sem entusiasmo.
Suspirei, sabendo que tinha um longo caminho pela frente para reconquistar a confiança dela. O passeio continuou de forma mais leve, as levei para o parque,  Aurora animada brincava com as outras crianças enquanto eu a observava,  Isadora permanecia calada, mexendo em seu celular.
De volta em casa, encontrei Violeta dormindo no sofá, a expressão suavizada pelo sono. Olhei para ela por um momento, tentando ignorar o turbilhão de sentimentos que passavam por minha mente.  Isadora  também observava a mãe dormindo por um breve instante antes de se aproximar.
— Vou acordar a mamãe para levá-la para a cama.
Dei um passo à frente, querendo ajudar.
— Deixa que eu faço isso, Isa. — Sugeri, tentando me aproximar.
Mas Isadora rapidamente levantou a mão, para me afastar.
— Não precisa, pai. Eu cuido disso. — Ela respondeu em um tom ácido. — Já estou acostumada a fazer isso sozinha... afinal, você nunca está aqui.
As palavras dela me atingiram como uma faca afiada, cortando mais fundo do que qualquer outra coisa que ela poderia ter dito.
Fiquei parado, em silêncio, observando enquanto ela se abaixava ao lado de Violeta, tocando suavemente seu ombro para acordá-la.
— Mamãe, vamos para cama. — Isadora sussurrou, oferecendo ajuda para Violeta se levantar.
Violeta olhou para mim por um instante, eu senti a dor aguda da exclusão, mas engoli em seco, sabendo que, naquele momento, era melhor não insistir.
Aurora, olhou para mim e depois para a mãe, sem entender muito bem o que estava acontecendo.
— Papai, quer brincar comigo? — Perguntou com aquela inocência que fazia tudo parecer mais simples.
— Claro, minha pequena. — Respondi, tentando afastar a tensão. — O que você quer brincar?
— Boneca, vem.
Enquanto Aurora me puxava para o quarto com suas bonecas, vi, de canto de olho, Isadora ajudando Violeta a caminhar para o quarto.
O gesto de Isadora, era um lembrete gritante de que a distância entre nós era maior do que eu havia imaginado.
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Aurora
Saindo do hospital, a notícia ainda perturbava  minha mente, deixando um eco ensurdecedor, eu segurava o papel do ultrassom como se fosse um fardo insuportável.
Grávida?!
Como poderia ser real? Eu me sentia perdida, afogada em um mar de dúvidas e medos.
Minha mãe andava ao meu lado, silenciosa, mas com o rosto marcado por uma preocupação que ela tentava esconder. Meu pai, por outro lado, estava furioso. Eu podia ver o fogo nos olhos dele, Ele não conseguia disfarçar a raiva, e eu sabia que estava prestes a explodir.
— Entra. — Disse ele assim que abriu a porta do carro.
Eu só obedeci, antes que piorasse mais as coisas.
— Aurora, como você pôde deixar isso acontecer? — A voz rude ecoou, antes que ligasse o carro.  — Quem é o desgraçado? Quem é o homem que fez isso com você, Aurora? Diga o nome dele, porque eu vou arrebentar a cara desse miserável!
Engoli em seco, lutando contra a vontade de chorar.
Minha mãe e minha irmã permaneciam caladas no banco de trás.
— Pai, por favor... — Tentei defender-me, mas sabia que nada que dissesse poderia acalma-lo.
Eu sabia que não poderia contar a verdade. Não agora, não desse jeito.
— Não venha com "por favor", Aurora! — Ele gritou. — Você está grávida e não vai me dizer quem é o pai? Como acha que vou lidar com isso? Como acha que vai sobreviver sozinha? Quem vai cuidar de você? Quem vai assumir essa responsabilidade?
Eu senti lágrimas quentes começarem a escorrer pelo meu rosto, mas eu as limpei rapidamente.
Minha mãe finalmente interveio, colocando uma mão suave no braço dele.
— Calma, querido. Isso não vai resolver nada agora, — disse ela, tentando suavizar a situação.
—Como não vai resolver? — Meu pai voltou-se para minha mãe. — Nossa filha está grávida e não sabemos quem é o pai! Isso é inadmissível!
— Pai! — Georgia se meteu. — Por favor, vamos para casa, lá podemos conversar. — Georgia suplicou. — por favor!
Ele bufou, mas concordou com um aceno de cabeça. O caminho de volta para casa foi silencioso, mas cada segundo parecia uma eternidade.
Mas era inevitável, a conversa teria que acontecer, chegando em casa, nos sentamos na sala, o ambiente estava pesado, só meu pai permanecia em pé.
— Como isso pôde acontecer, Aurora? Eu pensei que você fosse mais responsável! — A voz dele cortou o ar como uma lâmina. — Isso vai estragar toda sua vida.
— Não é hora de gritar, por favor. — Minha irmã tentou intervir, lançando-me um olhar preocupado.
— Querido, precisamos apoiá-la agora. Não adianta apontar dedos.— Minha mãe me defendeu.
Mas ele estava implacável.
—Apoiar? Como eu posso apoiar isso?—  Sua voz subiu de tom, e eu me encolhi.
— Aurora. — Minha mãe começou, sua voz agora mais firme. — Sabemos que isso não é fácil, mas você precisa nos dizer... Como isso aconteceu? Quem é o pai? Nós só queremos ajudar.
— Eu não posso... Eu não posso dizer.— Murmurei, sentindo a vergonha e o medo me dominarem.
—Como assim não pode dizer? Eu juro, Aurora, que se eu descobrir quem é, vou arrebentar a cara dele! —  Ele socou a parede em sua frente e meu coração pulou uma batida.
Eu senti as lágrimas escorrerem pelo rosto, o medo e a vergonha se misturando em meu peito. Ela não queria que eles soubessem a verdade; a ideia de revelar que o pai de meu filho era um homem casado, e pior, meu professor, era insuportável.
— Você precisa de um plano, Aurora. — Disse ele com a voz mais controlada. — Você vai ficar aqui ou vai voltar para Boston? Você vai ter esse bebê?
—Eu… eu não sei. —  As palavras mal sairam dos meus lábios. —Eu preciso de um tempo para pensar.
Olhei para o papel do ultrassom  ainda em minhas mãos, Como poderia contar a verdade? Como poderia enfrentar a vergonha e o escândalo que viriam?
—Tempo?! — Meu pai  explodiu novamente. —Você não tem tempo, Aurora. As pessoas vão perceber, vão perguntar, como vai terminar a faculdade assim? Todos vão querer saber. Eu... eu só quero proteger você.
Eu ergui o olhar para o pai, vendo além da raiva pela primeira vez. Ele estava tão perdido quanto eu, todos estavam.
—Eu sei, pai...
— Nós estamos juntos nisso, Aurora. —  Minha mãe disse, sua voz um sussurro tranquilizador no meio do caos. — Mas precisamos saber a verdade para ajudá-la, afinal ele também tem parte nisso.
— Ele é... Ele é alguém que não posso expor. —   Finalmente disse, a voz tremendo. — Mas eu vou cuidar disso. Eu vou... encontrar uma solução.
— Então é assim?... eu esperava mais de você, Aurora. — Aquelas palavras cravaram fundo do meu peito. — Mas se você diz que vai cuidar disso, então cuide. — Continuou em um tom ríspido. —Mas lembre-se, as escolhas que você fizer agora... você vai carregar para sempre. —  Disse antes de sair dali em passos duros.
— Eu vou falar com ele depois, ele só está nervoso. — Minha mãe suspirou, acariciando meus cabelos.— Nós daremos um jeito em tudo isso.
Olhando para o papel do ultrassom em minhas mãos, eu realmente não sei se algum dia poderia realmente superar o que estava por vir.
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Harry
Faz dias que estava nessa casa que não parecia mais minha. O ambiente estava carregado, pesado, e a cada dia que passava, Isadora mal olhava para mim,Violeta… Violeta estava diferente, como se estivéssemos vivendo em mundos separados, mesmo dividindo o mesmo espaço, só a pequena Aurora ainda me adora como se eu nunca tivesse partido. Eu tentei manter fingir que nada estava acontecendo, que ainda éramos a mesma família de antes. Fiz o possível para ser um bom marido e pai, ajudando com a data da mudança, cuidando das meninas quando Violeta precisava. Até marquei uma consulta em Boston, onde ela iria continuar seu pré-natal prometendo que iria com ela. Mas, no fundo, eu sabia que era uma tentativa desesperada de segurar o que já estava se desfazendo.
O peso da culpa era esmagador, essa maldita culpa, não me deixava respirar. Entrei no banheiro, tirando minhas roupas. Precisava de um longo banho, para ser eu mesmo por alguns minutos, mas a água quente que escorria sobre mim não trazia o alívio que eu tanto procurava. Cada gota de água parecia carregar o peso das palavras não ditas, dos sentimentos que escondi, e da culpa que me corroía. Fiquei ali, sob o chuveiro, deixando o vapor encher o banheiro enquanto minha mente girava em um ciclo interminável de culpa e confusão.
Por que tudo tem que ser tão complicado?
Esfreguei o rosto com as mãos, tentando afastar os pensamentos que invadiam minha mente, mas quanto mais eu tentava, mais eles voltavam com força.
Aurora! O nome dela ressoava na minha cabeça, me lembrando de tudo o que eu não deveria sentir. Cada vez que fechava os olhos, era o sorriso dela que via, o toque dela que sentia. Ela me fazia sentir vivo de uma forma que não sentia há muito tempo.
Eu amava Violeta, ou pelo menos achava que amava. Mas então, por que Aurora tinha esse efeito sobre mim? Por que me pegava pensando nela, mesmo quando estava com minha esposa? Violeta... Ela estava grávida. Deveria ser o suficiente para eu esquecer Aurora, o suficiente para eu focar na minha família. Mas não é. E isso me consome.
O som da porta do banheiro se abrindo me tirou dos meus pensamentos. Sabia que era Violeta antes mesmo de ouvir sua voz, mas estava tão envolto na minha própria confusão que mal consegui reagir.
De repente, senti uma mão pequena tocar meu corpo. Ela havia entrado silenciosamente no banheiro e agora estava ali, tentando se aproximar de mim; seu toque era inconfundível, uma mistura de ternura e urgência.
— Harry... — a voz dela era suave, quase suplicante. — Sinto sua falta…
Eu não respondi. Não consegui. Então, sem dizer uma palavra, dei um passo à frente, afastando-me de seu toque.
— Vi… não posso.
As palavras que saíram da minha boca pareciam rasgar um pedaço do meu coração. Eu sabia que a estava machucando, mas também sabia que não poderia fingir que estava tudo bem.
— Harry... — a voz de Violeta tremia. — Por que você tem lutado tanto para não me amar? — O desespero começava a aparecer. — Porque eu sei que uma parte de você ainda me ama e está sufocada com toda a dor que te causei. — Ela fez uma pausa; eu ainda não conseguia encará-la. — Eu... eu me arrependo de tudo, Harry. Se eu pudesse voltar atrás, faria tudo diferente. Mas não posso...
— Violeta... — comecei, mas as palavras morreram em minha garganta.
— Eu quero ouvir você dizer que não me ama. Porque se você disser isso, eu não vou ficar na sua vida. — O peso de suas palavras me esmagava.
Como eu poderia dizer isso?
As palavras ficaram presas na minha garganta, sufocando-me.
— Vi... — Comecei novamente, minha voz falhando. — Eu perdi o gosto pelo que tinha de bom em nós... eu sinto muito. — Cada palavra parecia arrancar um pedaço de mim, mas eu precisava ser honesto.
— Não diga isso. — Eu a ouvi começar a chorar.
Eu senti um nó se formando na minha garganta. Era tão difícil. Estávamos, quebrados, incapazes de nos resgatar.
Eu me forcei a me virar para encará-la, mas senti algo dentro de mim vacilar. Ela estava ali, tão próxima de mim. Apesar de toda a confusão e dor que eu carregava, a visão dela me atingiu com uma força inesperada, meu coração errou uma batida.
Ela estava linda, seu corpo nu, sua barriga já um pouco aparente, seu rosto suavemente iluminado pela luz do banheiro. Era um lembrete doloroso do amor que um dia eu senti tão intensamente. Mesmo agora, no meio de todo o caos, eu não podia ignorar o quanto ainda me importava com ela.
Por um instante, fui dominado por um sentimento mais forte que eu. E, por um breve momento, isso foi o suficiente para que sem pensar, dar um passo à frente e a abraça-lá. Foi um movimento automático, uma resposta à necessidade urgente de segurá-la, de me agarrar ao que restava de nós. Quando meus braços a envolveram, senti seu corpo tremer levemente, como se ela também estivesse à beira de um colapso. Seu toque, ainda tão familiar, trouxe um conforto amargo, uma lembrança do que costumávamos ser.
Ela relaxou nos meus braços, segurando-me com força, como se estivesse se agarrando à última esperança que restava. Eu podia sentir seu coração batendo rápido contra o meu peito, e por um instante, tudo pareceu ficar em suspenso, como se o mundo tivesse parado.
— Vi… — sussurrei, minha voz carregada com uma mistura de arrependimento e dor. Segurei-a um pouco mais forte, tentando não pensar em como estávamos quebrados. — Você sabe… se uma coisa dá errado na minha vida, eu não consigo resolver. Eu sempre precisei de você, mas agora nós somos o problema, e isto está me matando.
— Me perdoa por ter feito isso com a gente. — Senti suas lágrimas molharem meu peito, e a culpa rasgou-me por dentro. Ela se afastou levemente, apenas o suficiente para me olhar nos olhos. Seus olhos estavam cheios de dor. — Eu prefiro consertar nossa relação quantas vezes for preciso do que começar outra com alguém que nunca vou amar como amo você. — A intensidade em sua voz, o desespero, fez algo em mim vacilar novamente.
Eu ainda a amava de alguma forma?
Se Violeta continuasse assim tão próxima eu não sei se conseguira continuar tão determinado com minha decisão, porque por um breve instante aqui com ela em meus braços todos os pensamentos sobre o divórcio se dissiparam, soterrados por todos sentimentos que me assombravam.
Eu precisava de distância, de espaço para pensar com clareza, longe dela, longe de tudo o que me prendia ao que fomos um dia, porque se não eu não iria conseguir, eu não iria deixá-la.
Essa era a verdade.
—Eu... eu preciso voltar para Boston, Vi. — As palavras saíram vacilantes.
Dei um passo para trás, saindo do seu abraço.
— Harry, por favor, não vá… — Ela me olhou, seus olhos suplicantes. Senti o peso daquelas palavras me puxando de volta, sua voz fazendo meu coração vacilar.
— Eu vou voltar, Violeta. Só preciso de um tempo… para entender o que está acontecendo comigo.
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Aurora
Os dias seguintes foram um borrão de incertezas e pensamentos confusos. Eu me forcei a seguir em frente, mas a cada passo, me sentia mais perdida.A ideia de voltar para Boston, de encarar tudo e todos, me atormentava e o meu estômago revirava a cada pensamento sobre enfrentar a faculdade e, principalmente, Harry.
Finalmente voltei para Boston, no final das férias, minha mente estava um caos. Eu tinha que ir à faculdade, pedir para mudar de sala. Não podia continuar na mesma turma, não com Harry lá. A simples ideia de vê-lo todos os dias me enchia de pavor.
Subi os degraus da faculdade, o peso de tudo parecia pesar sobre meus ombros. Quando entrei na sala do reitor, meu coração disparou. Ele me olhou por cima dos óculos, uma expressão de curiosidade e leve preocupação no rosto.
— Aurora, sente-se. O que posso fazer por você hoje? — Perguntou, enquanto cruzava as mãos sobre a mesa.
Eu respirei fundo, tentando manter a calma.
— Eu... Eu gostaria de pedir para mudar de sala, senhor, — Disse, tentando soar firme.
Ele franziu a testa, inclinando-se ligeiramente para frente.
— Posso saber o motivo? Está tendo algum problema específico?
Minha mente correu em busca de uma resposta.
— Eu... Só acho que seria melhor para mim, academicamente agora ir para a sala do Senhor Brown, afinal quero seguir uma carreira parecida com a que ele teve, se não houver problemas.— respondi, evitando seus olhos.
— Tem certeza ? Se há algum tipo de problema que possamos resolver, não hesite em falar. Quer dizer, uma mudança assim... — Ele fez uma pausa, esperando por uma resposta mais completa.
— Não há problema nenhum, eu só pensando melhor no meu futuro e acho que me encaixo melhor com o senhor Brown.
— Tudo bem, vou providenciar isso. Mas, Aurora, se precisar conversar, estou aqui.
Agradeci, saindo rapidamente da sala, com o coração ainda acelerado.
Agora eu precisava dar uma passo ainda mais difícil, precisava falar com Lily, sabia que, acima de tudo, precisava da minha melhor amiga de volta na minha vida. Caminhei lentamente até o dormitório de Lily, o coração batendo forte no peito. Cada passo era um desafio. Quando finalmente cheguei à porta dela, fiquei ali por um momento, a mão suspensa no ar, pronta para bater, mas incapaz de seguir em frente.
E se ela não quisesse me ver? E se ela ainda estivesse com raiva? Será que ela me ouviria? Será que conseguiríamos superar o que aconteceu?
Bati na porta, sentindo o coração na garganta, quando ela abriu, seu olhar foi duro, frio.
Eu sabia que merecia aquilo.
— O que você está fazendo aqui, Aurora? —
— Eu... Eu precisava te ver, precisava falar com você, — respondi, quase num sussurro.
Ela cruzou os braços, claramente ainda magoada.
— Falar o quê? Que você escolheu um cara ao em vez da nossa amizade? — A acidez em sua voz cortava como uma lâmina.
Senti as lágrimas começarem a se formar, mas eu não podia me dar ao luxo de chorar.
— Estou ciente do quanto eu estraguei tudo. Fui egoísta, mas quero me redimir. Eu posso entrar?
Ela hesitou, mas então deu espaço para eu passar.
Sentei-me na beira do sofá dela, sentindo as lágrimas ameaçarem cair.
— Olha, eu sei que te decepcionei... — Comecei, mas ela me interrompeu.
— Você não me ouviu, Aurora. Eu te avisei sobre ele. Eu te disse que isso ia acabar mal, mas você não me ouviu!
— Eu sei! Eu sei disso agora. — Minha voz falhou. — Eu descobri tudo sobre Harry, você estava certa sobre ele, e eu fui uma idiota por não te ouvir.
Lily soltou uma risada amarga, descruzando os braços enquanto me encarava.
— Então agora você percebe? Você não pode simplesmente voltar aqui quando tudo desmorona e esperar que eu te acolha de braços abertos.
Senti um nó se formar na minha garganta.
— Sinto muito, eu não espero isso de você, mas eu... eu só sinto sua falta. — Eu sabia que precisava contar a ela sobre a gravidez. Ela era minha melhor amiga. Podíamos estar afastadas agora, mas ela ainda era minha melhor amiga. — Eu... — comecei, a voz fraca. — Eu fiz uma coisa terrível, algo ainda pior do que você pode imaginar.
— Pior? — Ela balançou a cabeça, incrédula. — O que poderia ser pior do que trair nossa amizade por um homem casado?
— Lily... eu... — engoli em seco, as palavras quase me sufocando. — Eu estou grávida dele.
O rosto de Lily perdeu toda a cor, os olhos arregalados de surpresa. Eu abaixei o olhar, encarando minhas mãos trêmulas. Podia sentir o olhar de Lily queimando minha pele, mas não tive coragem de encará-la.
— Grávida...? — A palavra saiu da boca dela como um sussurro, como se ela não pudesse acreditar. — Aurora, você... você está me dizendo que vai ter um filho daquele... daquele homem?
Eu assenti, as lágrimas já escorrendo livremente pelo meu rosto. Não consegui responder, a vergonha me consumia.
— Como você pôde ser tão irresponsável? — A voz dela era firme. — Você se envolveu com um homem casado, ignorou todos os avisos e agora... agora você está grávida? — Ela se aproximou de mim, o olhar mortal. — Você não pensou em nada? Em ninguém? Ou estava tão cega por ele que decidiu destruir sua vida?
— Eu não planejei isso, Lily! Eu nunca quis que isso acontecesse! — Minha voz se quebrou em soluços involuntários enquanto eu tentava encontrar as palavras certas. — Eu fui cega, Lily. E agora estou aqui, despedaçada, sem saber para onde correr. Eu sei que errei, e esse erro está me consumindo... Eu só preciso de um caminho, de uma chance.
Lily ficou em silêncio por alguns segundos, o olhar distante. Ela parecia estar lutando contra uma tempestade interna, tentando decidir entre me abandonar ou me estender a mão. Quando voltou a me encarar, seus olhos estavam cheios de lágrimas não derramadas.
— Eu não sei se posso perdoar você pelo que fez... — Ela disse, sua voz baixa. — Mas talvez, talvez possamos começar a nos falar novamente. Você vai ter que trabalhar muito para merecer minha confiança de volta, Aurora. Eu não vou facilitar para você.
Eu quase desabei ali mesmo, mas me agarrei a essa mínima esperança. Fui até ela e, hesitante, envolvi-a em um abraço.
Lily não retribuiu de imediato, mas, eventualmente, senti seus braços ao redor de mim, ainda que com certa relutância. Eu sabia que nosso caminho juntas seria longo e difícil, mas o fato de ela estar disposta a me dar outra chance era a coragem de que eu precisava.
— Obrigada, Lily... eu prometo que vou fazer de tudo para consertar isso — sussurrei, sentindo uma pontada de esperança misturada com o medo do que ainda estava por vir.
Soltei-a do abraço, mas continuei segurando sua mão, olhando para o chão, sem coragem de encontrar seus olhos.
— Lily, tem algo mais que eu preciso fazer, e... eu não sei se consigo sozinha. — As palavras saíram hesitantes, com a voz embargada. — Eu preciso ir até a casa do Harry, pegar minhas coisas. Não quero voltar lá sozinha. Eu sei que não mereço pedir isso a você, mas... você viria comigo?
Lily ficou em silêncio por alguns instantes, e pude sentir a tensão no ar. Quando finalmente respondeu, sua voz estava firme, mas não sem um toque de compaixão.
— Aurora... — Ela suspirou, parecendo pesar a situação. — Eu vou com você, mas só porque sei que você precisa. Isso não significa que tudo está resolvido entre nós. Mas, se é isso que você precisa para seguir em frente, eu vou estar ao seu lado.
Eu não consegui conter as lágrimas de alívio que escorreram pelo meu rosto. Era um pequeno gesto, mas para mim significava o mundo.
— Obrigada, Lily.
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Teca e o desejo
Essa história é sobre uma menina chamada Teca (15 anos), ela vivia em uma casa junto com seus pais, estes que viviam discutindo, coisas normais entre casais. Teca sempre se trancava no quarto e ligava suas músicas para não ficar ouvindo, muitas das vezes ela se culpava por eles brigarem, muitas vezes chorava no travesseiro ou no banho.
Teca não tinha muitas amigas para desabafar e vivia acumulando aquilo tudo para si, o máximo que conseguia fazer era escrever em um diário suas emoções, em muitos momentos ela se perguntava o porquê de ter nascido, não conseguia ver uma solução para tudo o que vivia em casa, vivia se sentindo perdida em sua vida, rezava todas as noites por algo que mudasse tudo e em outras noites desejava não ter nascido enquanto dormia.
Certa noite após esse desejo, Teca abriu os olhos e notou estar em pé na rua em frente à sua casa, não estava entendendo nada, passou as mãos em seus olhos e se beliscou para confirmar que não estava a sonhar, olhou ao redor e não via ninguém em volta. Após um tempo a menina foi até a janela de sua casa e viu seus pais, pareciam um pouco diferentes, estavam discutindo sobre algo, quanto repentinamente aparece um menino pequeno e eles o pegam no colo, rindo, brincando e se sentando para comerem, Teca estava incomodada com aquilo e pensou em intervir, ela chegou até a porta e parou ao ouvir uma voz.
— Está com inveja? Querendo viver esse momento com eles? — Perguntou uma voz misteriosa
Ao se virar Teca se assustou e caiu no chão, não estava acreditando na figura em sua frente, se tratava de uma criatura alta, toda de preto, esquelética e com uma grande foice na mão, não a atacou, apenas ficou ali parada observando.
— Você veio me buscar? — Questionou Teca
— Ainda não, vou lhe mostrar algumas coisas antes. — Disse a Ceifadora
— Que coisas?! — Questionou Teca novamente
— Segure no meu braço e você vera. — Respondeu a Ceifadora
A ceifadora explicou que iria realizar seu desejo de nunca ter nascido, mas antes iria lhe mostrar cenários que poderiam ser verdadeiros ou não caso ela não existisse. Começou pela sua casa, lhe mostrou seus pais felizes com o filho, fazendo planos para o futuro e sem brigas, o que fez com que Teca refletisse sobre ela.
Teca é levada até a casa de algumas meninas que ela já havia conversado ao longo dos anos, mesmo aquelas que ela só conhecia virtualmente, algumas estavam bem, outras em profunda tristeza e uma delas estava hospitalizada, a ceifadora lhe contou sobre quem era essa e tudo que ela passava em sua vida.
— Essa menina assim como você estava no fundo do poço, quando você a conheceu vocês conversaram bastante, seus conselhos a ajudaram a buscar suporte e criar novos métodos para se distrair, aquelas outras que vimos antes também recebiam seus conselhos, suas dicas de como evitar algumas situações, algumas conseguiram dar a volta por cima, outras infelizmente não tiveram a mesma sorte. — Explicou ela para Teca
— Então eu ajudei essas pessoas? — Perguntou Teca
— Sim e muito, suas palavras tiveram um grande poder sobre elas. — Respondeu ela
A ceifadora explicou para Teca que todos aqueles cenários poderiam ser reais ou não, só dependeria dela para acontecerem, a mesma queria ensinar sobre o valor da vida para Teca, que ainda estava em dúvida se voltaria atrás com seu pedido.
— Você aceita uma aposta menina? — Perguntou a ceifadora
— Qual aposta? — Questionou Teca
— Um jogo, se você ganhar lhe darei um desejo, mas se eu ganhar te levarei comigo. — Explicou a ceifadora
— Que tipo de jogo? — Perguntou Teca
— Venha comigo, iremos para a sua infância jogar algo que você gostava muito. — Disse a ceifadora
Ao viajarem pelo tempo, chegaram a um pequeno fliperama que existia na cidade, a ceifadora mandou Teca escolher o seu jogo que iram decidir nele. Teca fechou seus olhos e enxergou no fundo, uma máquina que vivia jogando, era um jogo de corrida, ambas se posicionaram e começaram o jogo. A medida que as partidas passavam a ceifadora foi falando sobre tudo o que haviam visto, sobre o que poderia mudar para melhor e para pior, fazendo a menina pensar cada vez mais sobre seu desejo.
No final Teca saiu como vitoriosa e começou a dançar em comemoração, estava bem sorridente e fez a ceifadora rir.
— Parece que você se decidiu ou teremos uma revanche. — Disse a ceifadora rindo
— Eu pensei e quero fazer meu desejo agora. — Respondeu Teca confiante
— Diga-me então.
— Eu quero voltar, vou mudar tudo e vou seguir meus próprios conselhos
A ceifadora sorria por baixo do capuz, estendeu suas mãos para o céu e as bateu três vezes, no dia seguinte a menina acordou em sua cama, estava decidida em ajudar seus pais e saber sobre o que falavam tanto, acabou descobrindo que as discussões não eram sobre ela e sim planejamentos que estavam fazendo para todos e isso incluía a ideia de um novo filho, Teca abriu um sorriso largo e disse que gostaria de um irmão e que sabia que ele seria incrível, seus pais sorriam juntamente com ela, a mesma ao voltar para o quarto mandou msg para todas as amigas que já havia conversado e retornou as amizades, criou um blog aonde anotava seus conselhos e pensamentos. Desde aquele dia ela nunca mais desejou nunca ter nascido, só desejava ter uma vida longa e rezava pela sua amiga ceifadora do sonho.
Thadeu Torres
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vemlua · 2 months
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"Se um dia eu te ajudei, saiba que você nada me deve, nem mesmo gratidão, pois a minha bondade não faz reféns."
Minhas ações dizem sobre mim. Suas reações dizem sobre você.
– eusou_capaz (Twitter)
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sosowolfy · 2 months
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Hoje apareceu uma borboleta azul gigante no meu banheiro, ajudei ela a achar o caminho do basculante e ela foi embora, fiquei a noite toda pensando nisso...
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Eu recebo, eu aceito essa transformação 🦋✨
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zarry-fics · 7 months
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Sempre foi você | Harry Styles [parte um]
Avisos: Uma leve angústia, Harry é o casado deste imagine
N/A: Não me julguem por isso, é só um imagine :))
♡ imagines antigos | masterlist nova
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── Não entendo porquê você tem que ser tão grudado com esta mulher. Não faz sentido pra mim, Harry! ── Nora comentou, enquanto passava as mãos pelos cabelos louros. Ela andava de um lado para o outro no quarto, enquanto eu segurava o porta-retrato que contém uma foto minha e de S/N. Aquela foi a nossa primeira foto, neste dia capturado, tínhamos acabado de nos conhecer.
Ela era (e continua sendo) uma grande fã do meu trabalho e naquele registro tão antigo, é perceptível a emoção em seu rosto. Quando a conheci realmente, esta se tornou a minha foto preferida, porque é a foto preferida dela também. Afastei um pouco os cacos de vidro do que sobrou do tal porta-retrato, porque a minha esposa fez questão de quebrá-lo em um milhão de pedaços quando o encontrou dentro de uma de minhas gavetas — que por sinal, eu escondi lá justamente para que ela não encontrasse.
── Nora, S/N é a minha melhor amiga. Eu a conheço desde os meus 18 anos. ── expliquei baixo, enquanto encarava o rosto angelical de S/N na foto.
── Melhor amiga? Não seja estúpido! Homem casado não tem melhor amiga, Harry Styles. Principalmente quando a melhor amiga é aquela vadia! ── ela murmurou alto, e eu a olhei finalmente. Seu rosto branco está vermelho e quando age assim, está muito brava.
── Não fale dela desse jeito. ── a defendi meio que sem pensar. Nora rosnou, ficou muito mais irritada.
Toda essa briga começou quando eu levei S/N ao hospital, porque ela acabou passando muito mal e como mora sozinha em Londres, não tinha condições de se "autosocorrer". Eu sei que posso ter errado com a minha esposa, mas não consigo evitar. É muito mais forte que eu.
S/N, ao contrário do que minha mulher pensa, tenta ao máximo evitar qualquer briga com ela. Por isso nos afastamos há alguns meses... Tivemos uma conversa dolorosa, onde minha amiga me explicou que não poderíamos mais viver tão próximos como antes, porque aquilo não faria bem ao meu casamento e ela não queria ser culpada pelo meu divórcio, caso acontecesse.
Eu achei que conseguiria levar esse casamento à frente. Achei mesmo. Dei tudo de mim para dar total atenção à Nora, ao nosso relacionamento. Mas foi só saber, através de alguns amigos em comum, que S/N estava doente, eu corri à casa dela (depois de ter mais de 300 ligações recusadas). Quando cheguei, encontrei a mulher que eu tanto amo deitada em sua cama, estava debilitada e eu quase enlouqueci.
A levei para o hospital sem nem pensar duas vezes e foi então que tivemos o seu diagnóstico: ela estava só gripada. Mas mesmo assim, não deixei de me preocupar. S/N estava com febre, os sintomas persistiam há alguns dias. O médico a receitou alguns remédios e a aconselhou a ficar em casa.
(Ignoro o fato de que eu me preocupei tanto que não percebi que ela não estava tão debilitada assim. De fato, a minha preocupação me cegou completamente).
Eu fiquei com ela, a ajudei a organizar a sua casa e me mantive ao seu lado. Foi só a ver chorando, admitindo que sentiu muito a minha falta que eu me senti ainda pior. Algo em mim reacendeu... Um sentimento que eu ao menos sei explicar direito, mas que não é algo novo. Desde que nos aproximamos eu sinto uma conexão surreal com S/N, sou genuinamente feliz quando estou ao lado dela.
Éramos muito grudados e eu confesso que um dia, pensei que nos casaríamos. Até porque tínhamos tudo para dar certo realmente. Mas quando eu saí em turnê, acabei conhecendo Nora e foi ai que meus sentimentos embolaram, eu fiquei confuso e quando dei por mim, já estávamos casados há dois anos.
Vivia com Nora em Miami. E enquanto morávamos lá, eu tinha plena certeza que a amava e que ela era a mulher da minha vida, mesmo não me sentindo 100% feliz e confortável. Porém, quando voltei para Londres, coloquei os meus olhos em S/N e tudo aquilo voltou para mim como um soco no estômago e agora já não consigo ter paz. Principalmente porque S/N não quer ficar perto de mim, não quer estragar o meu casamento e eu, por outro lado, quero, mais do que tudo, estar perto dela.
Mas tudo parece mais complicado agora.
Nunca imaginei que pensaria dessa forma, mas hoje me arrependo amargamente de ter casado com Nora. Se eu tivesse dado ouvido aos meus amigos quando me aconselharam a romper o noivado e seguir o meu coração... Mas eu estava tão revoltado por S/N estar saindo com um outro cara que acabei até apressando o casamento.
Meio que queria chamar a atenção dela. E consegui. Pois nos afastamos e eu me sentia incompleto, sem um pedaço de mim. Porque é desse jeito que eu me sinto quando estou longe da S/N. É como se eu não fosse eu mesmo.
── Eu deixei toda a minha vida em Miami por você. Deixei os meus amigos, deixei a minha família. E eu também tinha um melhor amigo, mas rompi com a nossa amizade por você! E o que você faz por mim? Nada! Você continua inserindo aquela maldita mulher nas nossas vidas como se ela precisasse estar entre a gente, mas não precisa, Harry. Ela não precisa estar entre a gente!
Arregalei os olhos, chocado. Como ela pode jogar na minha cara tudo isso? Eu não pedi para que ela viesse comigo a Londres! Eu vim aqui pela minha família, vim para me reconectar com o meu passado. Lembrei-me muito bem que, mesmo que ela seja a minha esposa, não a convidei para vir. Afirmei que poderia fazer isso sozinho. Mas foi ela quem insistiu.
Por isso mesmo a relembrei deste pequeno detalhe, mas Nora simplesmente me ignorou. ── Você é um maldito ingrato, eu nunca deveria ter me casado com você! Nunca!
── Se você quiser o divórcio, sabe muito bem que eu posso assinar os papéis, Nora. Eu faço isso sem nem pensar duas vezes, só não vou aceitar que você fique se envolvendo numa parte da minha vida que aconteceu quando nem nos conhecíamos! ── ditas essas palavras, eu saí andando rapidamente. Peguei as chaves do carro, a minha carteira, e simplesmente saí de casa sem sequer olhar para trás.
Estava muito bravo e não queria brigar ainda mais, provavelmente falaria algo que me arrependeria depois, disso eu tenho certeza. Porque não é de agora que Nora implica com S/N, isso acontece desde muito antes de nos envolvermos de fato. Porque nossa relação começou com uma simples amizade, mas ela já odiava S/N por alguma razão antes disso. As duas nunca se deram bem.
Envolvi a minha cabeça com o mesmo capuz que estava usando ao ir pro hospital com S/N. Não queria ser reconhecido, mas sabia que isso poderia acontecer a qualquer momento; aliás, meu rosto já deve estar estampado em várias matérias na internet, principalmente depois de estar com a mulher que, no passado, todos juravam que eu tinha um relacionamento.
Entrei no meu carro e depois de dirigir sem rumo por um tempo, optei por ir à casa de minha mãe, aproveitando-me do fato de ela estar morando mais perto de mim. Preciso muito de um conselho, palavras de alguém que eu confio. E se eu não estivesse tentando dar um tempo a S/N, eu com certeza iria atrás dela. Mas como faria isso? Ela já afirmou que não é certo nos encontrarmos.
Eu estou confuso. E essa confusão é por causa dela. Como a mesma me ajudaria? Ela com certeza iria pensar que eu estou ficando louco.
Enquanto dirigia, eu pensava no que fiz com a minha própria vida. Eu já estava em dúvida quando pedi Nora em casamento, mas tentava me convencer de que eu estava fazendo a coisa certa, mesmo que no fundo eu soubesse que só estava me enganando. Só não queria acreditar que estava apaixonado pela minha melhor amiga.
Fiquei tão bravo, principalmente depois de ela assumir um cara que eu nunca me dei bem também. Mas esse "relacionamento" não durou nem 5 meses.
Ou seja, eu me ferrei por ser tão estúpido.
• • •
Assim que cheguei na casa da minha mãe, estacionei e entrei praticamente correndo, desesperado pelo aconchego da mulher que me deu a vida. Quando ela me viu, tomou um susto. ── Meu filho! Você não me avisou que viria! ── depois de se recuperar do pequeno choque, ela me abraçou com muita força. Seu sorriso é iluminado, sinto a saudade que ela sente pelo nosso contato.
Somente esse abraço foi capaz de me aquecer o coração. E por um segundo, eu esqueci do real propósito da minha visita. Já faz tanto tempo que não vejo a minha mãe que deixei de lado por um momento a minha frustração, e conversei com ela sobre vários assuntos. Ela perguntou sobre a turnê, sobre os países que visitei, até chegar no tópico ''Nora". ── Ah, mãe. Então... Eu acabei brigando com ela. ── expliquei, num tom mais baixo. Estou envergonhado, e com temor pela reação dela ao descobrir os motivos.
Mas tudo o que ela fez foi enrugar as sobrancelhas. ── Como assim, querido? O que aconteceu?
Expliquei a ela a situação, contei que levei S/N ao hospital e isso não agradou nem um pouco a minha esposa, que descobriu isso antes mesmo de eu chegar em casa. Essa descoberta abriu margem para que ela mexesse nos meus pertences e encontrasse a foto polêmica, que estava exposta na minha cômoda há muitos anos; mas quando voltamos para Londres eu a escondi justamente para não haverem brigas, mas de nada adiantou. ── Filho... Eu não sei nem o que te dizer, de verdade. É um assunto delicado. ── ela comentou, embasbacada. ── Eu sempre soube, Harry, que você não iria conseguir ficar longe da S/N. Sempre soube que havia algo entre vocês dois,
Quando ela chegou nessa parte, eu cocei a garganta. ── Mas Nora não entende isso, mãe. Eu só queria-
── Justamente por eu ter quase certeza que havia algo entre vocês dois, não entendi a razão pela qual você se casou com Nora. Porque meu querido, sejamos francos, você não a ama. ── simplesmente cuspiu as palavras na minha cara. As verdades. ── Não consigo entender porque você preferiu se meter nisso. Está na cara que você está infeliz, meu filho. Sempre que você chega aqui com a Nora eu noto a sua expressão, totalmente diferente de quando está com a S/N.
── Não espere que a sua esposa entenda a conexão que você sempre teve com a S/A. Ela não vai entender, meu filho. Assim como você também não entenderia se estivesse no lugar dela. É sofrido para os dois; continuar em algo que não te faz bem é como abraçar um cacto. E você está sendo egoísta em manter Nora casada contigo, mesmo não a amando.
── Eu gosto da Nora, mãe. Mas acho que eu tomei uma decisão precipitada em-
── Você precisa admitir, Harry. Não foi só uma decisão precipitada... Você errou, e errou feio. Você está magoando a pobre Nora, você sabe que não a ama. Escolheu se casar com ela para, de alguma forma, tentar magoar ou atingir S/N por causa do seu relacionamento com o Kyle. Mas hoje, o único magoado é você por ter insistido neste relacionamento. O quanto mais cedo você admitir e consertar isso, será melhor para ambos.
Ela estava certa. Eu sabia que ouviria isso quando chegasse aqui... Mas a verdade é que tenho medo. Sinto medo de S/N não me aceitar depois de tê-la magoado, tenho medo de acabar tendo entendido tudo errado, que nossa relação é puramente baseada na amizade e nada mais; e se eu entendi tudo errado?
Além de todas essas questões, ainda penso nos meus fãs. Eles podem acabar me massacrando por magoar os sentimentos de Nora, massacrar S/N novamente depois que descobrirem que foi por ela que eu pedi o divórcio. Me preocupo, mesmo não me importando tanto com o que pensam sobre as minhas ações... Não por mim, mas pelas pessoas que amo. Adoro as minhas fãs, mas confesso que às vezes eu me decepciono com algumas atitudes das mesmas.
Lembro como se fosse ontem de qual foi a reação deles quando eu apresentei S/N como a minha melhor amiga. Eu tinha comentado que havíamos acabado de nos conhecer, mas mesmo assim, eles a massacraram. Por puro ciúmes. Foram dias difíceis, achei que a perderia, mas por sorte, isso não aconteceu.
Para a infelicidade de alguns dos meus fãs.
Conversei com a minha mãe por muitas horas e foi reconfortante para mim. Eu sempre me sinto tão melhor ao conversar com ela, suas palavras (mesmo que sejam duras, por vezes), me trazem conforto, de verdade. Me deram um norte do que fazer.
Mas hoje, já não quero mais pensar nesse assunto. Estou tão cansado, minha cabeça dói muito e eu preciso descansar. Por isso mesmo a minha mãe organizou um quarto para que eu pudesse passar a noite. E eu aceitei de bom grado, eu não queria voltar para casa, não queria lidar com os surtos de Nora. Ela não vai parar de me atormentar por hoje, mesmo se eu voltar agora. Ela é bem insistente.
Comi algo depois de minha mãe muito insistir, e logo em seguida tomei um banho e vesti apenas uma boxer. Esta e muitas outras fazem parte de uma coleção de roupas que eu trouxe há um tempo e por sinal, já estava me apertando um pouco, mas nada tão desconfortável.
Me deitei e antes de dormir, pensei por muito tempo na S/N. Na nossa amizade, em tudo o que vivemos durante esses anos e até mesmo no que eu deixei de viver com ela, por causa do meu orgulho. Eu deveria saber que Kyle era só um caso passageiro, mesmo que naquele tempo eu enxergasse os dois como um belo casal — mas nunca admitiria isso em voz alta.
Meu celular apitou algumas vezes indicando que alguém me mandava mensagens. Até pensei em ignorar, até porque poderia ser Nora me infernizando mais um pouco, senti muita curiosidade e chequei.
“Harry, está tudo bem?”
“Você disse que avisaria quando chegasse em casa mas não avisou. Aconteceu alguma coisa?”
“Por favor, me responde! Eu estou muito preocupada! Liguei para a sua esposa mas ela não me atendeu."
“Eu estou muito preocupada, H. Por favor, me liga quando ver essa mensagem!”
Eu sorri sozinho por imaginar e ouvir perfeitamente, dentro de minha cabeça, S/N falando aquelas palavras, no seu típico tom nervoso. Até mesmo ligou para Nora, que a odeia com todas as suas forças... De fato, deve estar mesmo preocupada.
“Oi, S/A. Está tudo bem :) Não ligue para Nora, brigamos.”
“Não precisa se preocupar comigo, estou na casa de minha mãe. Amanhã conversamos, pode ser?”
“Queria mesmo te falar algo.”
Dito isso, guardei meu telefone sem ao menos aguardar uma resposta. Voltei a me deitar e dessa vez tentei dormir, porque preciso descansar devidamente para o dia de amanhã. Preciso enfrentar a minha esposa, não posso evitá-la por muito mais tempo.
• • •
Acordei no dia seguinte bem cedo e tomei um banho relaxante. Vesti roupas que me couberam muito bem, mas precisei voltar a usar o mesmo capuz de ontem. Depois de estar devidamente vestido, eu saí do quarto com meu celular em mãos; minha mãe já estava na cozinha, e assim que o liguei para checar as novas notificações, choveram de ligações perdidas de Nora, algumas mensagens também.
Fiquei assustado com tudo aquilo, mas não por muito tempo, porque lembrei como Nora pode ser manipuladora quando quer. Ela sempre faz isso quando brigamos. ── Oi, filho. Bom dia. ── a minha mãe me cumprimentou e eu respondi, educadamente. Mas ainda tinha meus olhos fixos nas mensagens que recebi. Na madrugada.
“ONDE VOCÊ ESTÁ, HARRY STYLES? JÁ TE LIGUEI INÚMERAS VEZES!!!!”
“Para de me ignorar, amor. Por favor, me liga! Eu estou muito preocupada e arrependida por ter brigado contigo.”
“Baby, eu te imploro... Sei que não agi da melhor maneira possível, mas eu quero muito conversar educadamente desta vez. Volte para casa ainda hoje!!!”
── Nora me ligou várias vezes durante a noite. ── ela comentou quando percebeu que eu estava focado no telefone. Talvez até saiba o que estou vendo.
── A senhora atendeu? Por favor, diga que não! ── bufei. Estou de saco cheio de toda essa situação.
── Óbvio que não, meu filho. Sabia que você precisava de um tempo. ── deixei um pouco o celular de lado para observar a minha mãe se mover pela cozinha. Rapidamente ela preencheu uma xícara com café e me serviu. ── Não quero te pressionar nem nada, mas você sabe que não pode adiar esse momento por muito mais tempo. Precisa ser sincero com a sua esposa!
Quando ela falou isso, eu suspirei. Sei que vou precisar enfrentar isso o mais breve possível, mas não agora. Agora eu quero mesmo é conversar com a S/N.
Tomei café com a minha mãe e depois precisei vir embora. Avisei a S/N que estaria indo à casa dela, se poderia me receber e, para a minha (não) surpresa, ela aceitou e avisou que já estava me esperando. Por isso dirigi até mais rápido, e assim que cheguei, já corri para dentro. O porteiro sequer precisou avisá-la de que eu estava ali, porque já me conhecia.
── Harry! ── S/A me cumprimentou quando eu bati à sua porta, me tomando num abraço reconfortante. Sorri comigo mesmo quando a vi esticando os braços para alcançar o meu pescoço. ── Pelos céus, Nora me ligou ontem à noite! Ela estava preocupada com você.
Ao ouvir a menção do nome da minha mulher, revirei os olhos. Não é possível que mesmo a odiando, ela ainda teve a audácia de ligar para a mesma. Com certeza estava esperando que eu estivesse com ela.
── Ela não estava preocupada, só queria saber onde eu estava, S/N. ── respondi, e entrei na casa dela quando a mesma me deu espaço para isso. ── Brigamos feio ontem, e eu fui à casa da minha mãe. Não queria dizer coisas que me arrependeria, porque Nora estava insuportável.
Me joguei no sofá e S/N veio logo atrás de mim. Ela me olhou com olhos complacentes, sabe que meu casamento não vai bem há um tempo. Desde que voltei para Londres, para ser mais exato. ── Brigamos porque ela não suporta saber que você fez e faz parte da minha vida, muito antes dela. Nora não entende que eu não posso simplesmente te anular de mim, do meu coração.
Ao dizer essas palavras, já comecei a ficar bastante nervoso. O que não é de todo incomum, desde sempre. ── Harry, eu não estou acreditando que vocês brigaram por minha causa de novo. ── ela ficou com a voz mais nervosa, aumentou minimamente o seu timbre. ── Eu sabia, eu sabia. Por isso eu estava tentando evitar que você viesse aqui, que soubesse que eu estava doente. Não queria te preocupar e também não queria atrapalhar vocês. ── S/N passou a mão pelos cabelos, meio nervosa.
── Aliás, como você está? Eu estive-
── Não muda de assunto, Styles! ── ela rebateu, um tanto quanto irritada. Eu o fiz sem ao menos perceber.
── É só me responder. Eu também estava preocupado com você! ── fui sincero nas minhas palavras e ela, que até agora estava sentada do meu lado, se levantou. Ao mesmo tempo suspirou pesadamente.
── Não tá certo você brigar com a sua mulher tão frequentemente por minha causa, Harry. Eu só quero que você entenda isso... ── comentou, num tom de voz cansado. ── Eu quero o seu bem. Sério, se você perder a Nora vai acabar-
── S/N, eu não me importo! ── me vi na obrigação de a interromper, porque ela acabaria não parando de falar em nenhum momento e eu não falaria o que pretendo. Perderia a coragem.
Seus olhos fitaram os meus, em choque! ── Como assim? Ela é a sua esposa!
── Não me importo em perder a Nora, o que eu não quero é perder você. ── disse tudo muito rápido, aproveitando meus segundos de coragem. ── Eu já cansei de fingir que estou feliz, S/N. Eu cometi um erro ao me casar com a Nora, entendo isso perfeitamente hoje! Eu acabei tomando uma decisão precipitada por causa da raiva que eu estava sentindo em ver você com o Kyle, achei que tudo mudaria, que me casar com outra mulher me faria esquecer tudo o que eu estava sentindo, os sentimentos que eu estava reprimindo tanto por medo de estar enganado, de você não sentir o mesmo. Mas não dá mais.... Não dá, eu simplesmente não consigo permanecer num casamento em que não há amor. Não suporto mais. Não suporto mais estar com a Nora, dormir com ela, quando tudo o que eu mais quero é fazer toda essa merda com você.
Quando eu falei assim, ela arregalou os olhos. Abriu a boca umas duas ou três vezes, talvez buscando palavras, mas nada. Nada saiu. ── Pelo amor de Deus. Já cansei de viver uma mentira! Não quero mais fingir que amo a minha esposa, porque a única mulher que eu tenho amado desde os meus 18 anos é você.
S/N seguiu sem palavras. Ela só me olhava da mesma maneira, mas consegui notar as lágrimas preenchendo os seus olhos. Sendo assim, eu me levantei e abracei, com bastante força, como se ela fosse escorregar dos meus braços; como se eu a fosse perder mais uma vez. E, tendo a mulher que eu tanto venero e adoro entre meus braços, eu recostei meu nariz em seus cabelos e suspirei aliviado por, finalmente, ter colocado parte do que eu sinto para fora. Um grande alívio me preenche por isso.
Eu poderia afirmar que sinto como se estivesse caminhando em nuvens. Mas não ainda, pois quero ouví-la dizer que me ama da mesma maneira. Que sempre quis me falar tais coisas, mas não tinha coragem. Eu preciso ouvir ela falando isso.
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escrevooqueeusinto · 5 months
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Já se passaram quatro meses...
Eu ainda não consigo acreditar que você fez isso comigo....
Achei que você poderia pelo menos ter um pouco de consideração...
Poxa.... eu fui tão bom para você.... o quanto eu te ajudei.... E quanto que eu chorei do seu lado quando você sentia dor...quando a gente ama alguém as dores passa a ser da gente também.... assim como a alegria.....Eu cuidei de você...de todos os lados.... todos os sentidos..... E o que mais me surpreende é eu ainda sentir falta de você.... mesmo depois de tudo que você fez comigo...sinto sua falta.....falta do seu corpo....do seu beijo...do seu perfume... da sua voz....do seu sorriso.... Já são quatro meses..... E é ao mesmo tempo que eu não te vejo..... Gostaria de saber como você está.... Mas não podemos nos comunicar.... Não faz bem.... Não faz bem mais para mim do que para você..... Você sempre soube lidar com tantas situações adversas....E acho que essa é só mais uma que você vai tirar de letra.... Mas eu não.....eu sempre sofri mais com os terminos dos relacionamentos..... Eu sempre demorei para tirar a pessoa de dentro do meu coração e com você tá sendo muito difícil também..... Mesmo sabendo que você deve estar com outras pessoas.... Beijando outras bocas.... Fazendo amor...... Eu não consigo ser assim..... Eu deveria tentar.... Mas acho que isso só vai me machucar mais... Dói demais....Ainda mais quando me vejo nesta solidão... nesta casa bagunçada....e é nessas horas que eu mais penso....Que nunca deveria ter te conhecido......
Nunca mesmo....
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chanyouchan · 9 months
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chany, você pode me dar exemplos das suas capinhas? tipo, dos estilos? eu ainda fico perdida nelas e só sei diferenciar as colagens ajdfshhfdfdjkvkkjks
Oi, xu, confesso que eu mesma tenho dificuldade para dizer "okay, essa capa é x estilo", mas vou tentar aushah. Eu tenho mania de misturar uns estilos ou fazer capa que eu digo que é tal estilo e a maioria dos capistas não chama daquele nome (resumindo, eu uso como fonte as vozes da minha cabeça), mas ENFIM ausbahsb, vamo lá:
Essa primeira é uma colagem com bem "cara de colagem". Confesso que não costumo fazer muitas capas assim, mas é muito legal :))):
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Essa aqui também é colagem (esse é o "tipo de capa" que eu faço que eu propriamente chamo de colagem), mas tem um pouquinho de divertida e talvez um quê de fluffy:
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Essa aqui é uma colagem também, mas puxa um pouco para o dark (tem as cores mais escuras e etc):
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Saindo agora das colagens, aqui tem uma divertida sem ser colagem (as cores são vivas e a capa é bem cheia, mas não tem fotos e sim pngs e não tem cara de colagem (?)):
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Essa capa aqui é uma dark (capas dark eu geralmente faço assim, mais focado no personagem e na iluminação do rosto):
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BUT essa aqui também é uma dark, mas uma dark texturizada (com texturas):
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Até certo ponto, essa aqui também (uahdiadh desespero) pode ser considerada dark, mas eu levo ela mais romântica mesmo porque me passa a vibe e porque tem esse holográfico aí (tem flor? Não tem, mas a gente finge (romântica geralmente tem flor :p):
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Essa aqui eu também considero romântica, mas ela pode ser considerada uma meio dark. Por quê? Não sei, mas é isso:
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Essa aqui é meu tipo de romântica. Essa em específico pode ser considerada dark pra alguns porque ela é mais escura, MAS ELA É ROMÂNTICA, EU JURO T-T:
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Agora vamos às cleans. Essa aqui é clean MAS ela tem um quê de romântica (eu sei, isso já tá ficando confuso) porque tem as flores e ela é mais delicadinha e não tão simples:
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Essa aqui é meu estilo de clean "normal". Eu sei, talvez ela não pareça, mas eu só sei fazer clean assim quando tem personagens (o choro é livre):
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Essa aqui é a mais clean que tem porque não tem nada nela audhsaidhui:
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E essa aqui é fluffy ("ah, mas ela parece a sua clean de antes", EU SEI mas essa é mais fofinha (fingindo que faz sentido)):
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Eu sinto que não ajudei em NADA porque, como eu disse, eu sigo meu kokoro ajdhiksehfw eu faço o que acho que é e é isso (meu eu que estudou os estilos de capa há uns anos chora em posição fetal neste exato momento). Se você quiser dar uma olhada a mais, basta clicar na lupinha que tem no topo do meu perfil e pesquisar lá por "capa clean", "capa dark", etc porque eu separo elas por estilos (novamente, os estilos que eu acho que são ajjhdhdsad). Eu tô rindo porque percebi agora que eu misturo tudo e no fim sai essas coisas aí que eu não tenho vergonha na cara e chamo de x estilo :DDD. Espero que tenha ajudado de alguma forma (kkkkkkk?) e perdoa minha confusão.
Obs: tô me sentindo uma farsa depois disso; eu literalmente não sei estilos de capa :pppppppppp
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sunnymoonny · 1 year
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MOCINHA - LHC
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haenanayu, tinhamu <3
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Quando tinha 13 anos, você corria rapidamente, pulando os degraus da escada de dois em dois. A bacia de fruta em suas mãos quase caí quando chega no topo das escadas, após um pequeno tropeço.
Toda aquela euforia era para apenas uma coisa. Reencontrar com seu irmão mais velho. Ele estudava em Seoul, e como sua família morava longe do local, era um evento raro o rapaz aparecer por ali, já que moravam em Jeju.
A mãozinha pequena, que não segurava a bacia, abriu a porta e logo você foi adentrando o local.
"Markie, eu trouxe melancia. Eu ajudei a mamãe a cortar e..."
"Olá, criança. Quem é você?"
Espera, aquele não era Mark. O cabelo moreno, as pintinhas que decoravam o rosto...tudo nele parecia perfeito.
"Essa é minha irmã, S/N. Da oi pra ele, pirralha." Mark apareceu no quarto, tirando a bacia de fruta de suas mãos.
Você ainda estava em transe, mas pelo menos conseguiu cumprimentar o mais velho.
"Então quer dizer que o Canadá tem uma irmãzinha?" O garoto disse, se aproximando de você, curvando o corpo para ficar da sua altura. "Meu nome é Lee Donghyuck, amigo de faculdade do seu irmão."
"Eu sou a S/N." Viu Donghyuck sorrir e passar a mãos sobre seus fios.
Escutou o mesmo murmurar um "fofa" e voltar a posição original.
"Agora pode sair, eu trouxe o Hyuck para estudar. Agradeça a mamãe pelas frutas."
"Mas Markie, eu também queria conversar com você, poxa, faz tanto tempo que a gente não se vê." Disse com um biquinho nos lábios, olhando para seu irmão e depois para Donghyuck, o vendo rir da situação.
"Deixa a menina ficar aqui, Markie" imitou a forma que você chamava seu Mark. "Ela deve sentir saudades de você, para de ser um mala e deixa a menina."
Viu Mark ponderar por alguns segundos, logo fechando a porta atrás de você e te empurrando para sentar na cama.
"Fica quietinha, escutou bem?" Concordou com a fala de Mark e logo o viu pegar dois controles de vídeo game e sentar ao lado de Donghyuck em duas poltronas que tinha ali no quarto, ligando a tv logo após. "Se você contar pra mamãe, eu nunca mais venho te ver em casa"
Fingiu trancar a boca com uma chave e logo a jogar fora, vendo Donghyuck sorrir com seu ato. O sorriso dele era lindo...
_____
Quando tinha 16, Donghyuck tinha 22 e você estava no ensino médio. E seu irmão, estava se formando.
Você foi para a formatura dele o mais produzida possível, afinal, queria impressionar Donghyuck. Que agora, além de amigo do seu irmão, havia se tornado sua paixãozinha de adolescência.
Chegado o momento das fotos, você tentava sorrir cada vez mais grande toda vez que Donghyuck trocava olhares com você, isso por que uma vez escutou o menino dizer para Mark que achava seu sorriso lindo.
"Vai assustar alguém sorrindo assim." Mark zombou, vendo você fechar o rosto após a fala.
"Como se o seu também fosse lindo, né?"
"Ei ei ei, chega os dois. Nem em um dia feliz desses vocês conseguem dar uma trégua, meu Deus." Escutou sua mãe dizer. Ela quem tirava as fotos, algumas saiam tremidas e tiveram que ser repetidas por conta das lágrimas de felicidade que insistir em cair dos olhos da mais velha. "Cadê o...ah, Hyuck, meu bem, vem tirar foto com Mark e a S/N."
"Ué, por que eu?" Perguntou confusa enquanto era puxada por sua mãe.
"Quero meus três bebês juntos, olha só..." Posicionou a câmera na direção de vocês três e tirou a foto. "Perfeito, agora podemos ir."
"Espera, Sra Lee. Pode tirar só mais uma foto?" Hyuck chamou atenção de todos ali com a fala, inclusive a sua.
"Claro, meu bem, quer uma sozinho? Com uma namorada?"
"Não, nada disso." Disse envergonhado, mas logo se virou para você e a chamou com as mãos.
"Comigo?" Perguntou confusa apontando para si mesma.
Viu Hyuck concordar, te puxando logo após. Se posicionou ao seu lado, entregou o buquê que havia ganhado de seus pais para você e apontou para a câmera.
"Não liga para o que o seu irmão diz, o seu sorriso é o mais lindo que já vi." Com a fala de Haechan, esse que havia descoberto ser apelido do mais velho, você sorriu naturalmente, olhando pra câmera ao mesmo tempo.
Aquela foto com certeza seria uma que guardaria para sempre.
________
Aos 20 anos, você já estava na faculdade, fazendo o que amava e seguindo com sua vida. Havia se distanciado de sua família por conta dos estudos em outra cidade e, consequentemente, de Donghyuck. Da última vez que havia o visto, em sua festa de 18 anos, o menino estava com uma garota que parecia ter a mesma idade dele. Ela era linda, e na sua cabeça, não chegava aos pés dela. Donghyuck a apresentou como a sua mais nova namorada.
A partir dali, decidiu deixar de lado seus sentimentos por Haechan e seguir sua vida como bem entendia.
E assim foi, estava em um karaokê com alguns amigos quando sua mãe te ligou, pediu licença e se retirou da sala. Desceu as escadas do local e se sentou sobre o último degrau, percebendo que a chamada havia sido perdida.
Tentou ligar para a mais velha novamente, mas sem sucesso.
"Depois ela reclama que eu não atendo ela."
"Quer ligar do meu?"
Aquela voz. Seria capaz de reconhecer em qualquer lugar. Virou-se de uma vez, era ele. As mesmas pintinhas, o cabelo moreno agora estava um pouquinho maior que o comum, o óculos de armação transparente o deixava ainda mais charmoso.
"O que foi, criança? Não lembra de mim?" Donghyuck zombou, vendo sua expressão de choque. "Quase que eu não te reconheço, mas o tamanho e a voz te entregaram na hora."
"Donghyuck? O que faz aqui?"
"Aqui em Seul ou aqui no karaokê? Por que se for a segunda pergunta, te garanto que a resposta é bem óbvia.
"Aqui em Seul, Donghyuck. O que faz aqui?"
"Meu departamento do trabalho foi transferido para Seul, estou trabalhando aqui tem uns dois meses...sabe o quão difícil foi te achar?" Te olhou de baixo para cima. "Senti sua falta, mocinha. Cadê meu abraço?" Abriu os braços em sua direção, vendo você recuar.
"Não acho que seja adequado."
"Ué, por que?" Haechan continuava com os braços abertos.
"Você tem namorada, não tem? Acho que ela não gostaria de ver você abraçado com outra garota."
Viu Haechan sorrir e logo soltar uma gargalhada, olhando para você logo depois com um biquinho no rosto.
"Eu terminei com ela tem sete meses, criança. Fica tranquila."
Ainda receosa, se aproximou de Haechan e o abraçou, finalmente sentindo o calor do garoto depois de anos.
"Ah, que saudade que eu tava de você, crian...AI" deu deu um tapa nas costas de Haechan.
"Eu não sou mais uma criança, Donghyuck, já tenho 20 anos, estou bem crescidinha já, ok?" Disse se separando do abraço.
"Ok, senhora crescidinha, vai lá com seus amigos. Cuidado para não beber demais, não quero ver você passando mal."
Estava pronta para se virar e voltar para a sala onde seus amigos estavam, quando escuta a voz de Haechan novamente.
"Tem com quem voltar?"
"Tenho sim, vou voltar com minhas amigas, não se preocupe comigo. Adeus, Donghyuck." Se despediu dele e o viu soltar um risinho novamente.
"Me chama de Hyuck, Chanie...qualquer apelido que você me chamava antes, não distancia a gente não, princesa."
Princesa? O que era aquele novo apelido? E por que mexeu tanto com você?
__________
Alguns dias depois, você se encontrava em sua casa, fazendo sua sessão de Yoga matinal. Tentava se concentrar, porém, o interfone começou a tocar, lhe fazendo levantar e checar o aparelho.
"Alô?"
"Senhorita Lee?"
"Oi Sr. Kim, pode falar!"
"Tem um rapaz aqui em baixo querendo subir para falar com a senhorita, o nome dele é Donghyuck, Lee Donghyuck. Pode deixar subir?"
Donghyuck? O que ele queria na sua casa? Pior...como raios ele sabia onde era sua casa?
"Senhorita?"
"Pode deixar subir."
Agradeceu ao porteiro e desligou o interfone, ainda em choque. Por que Haechan estava vindo para sua casa? Espera... você iria atendê-lo assim? Suada e com roupas de academia?
Não teve muito tempo para pensar, afinal, poucos minutos depois sua campainha tocou. Se olhou no espelho rapidamente e se direcionou a porta, destrancado a mesma e a abrindo.
"Pensei que não fosse abrir e..." Haechan começou a falar e logo parou assim que te viu.
"O que foi?" Perguntou confusa, olhando pra si.
"Nada não, é ehem...posso entrar?"
Deu espaço para o garoto entrar e fechou a porta assim que o menino o fez.
"O que faz aqui?"
"Te peguei de surpresa, estou certo?" Percebeu seus utensílios de ginástica no chão e a tv ligada em algum tipo de som da natureza.
"Claro né, inclusive, como sabia onde era minha casa?"
"O Mark me falou."
Tinha que ser...
"Bom, eu queria conversar com você, se não for ocupar muito do seu tempo, é claro." Haechan se sentou no sofá da sala, te chamando para se sentar junto.
"Não, pode falar, sem problemas, eu já estava finalizando mesmo."
Viu Hyuck lamber os próprios lábios e passar as mãos sobre as pernas cobertas pelas calças jeans, em um ato nervoso.
"Então, lembra do dia que nos reencontramos?" Você concordou com a cabeça. "No mesmo dia, falando com seu irmão, eu acabei descobrindo uma coisa."
Ai meu Deus.
"Olha, eu não quero que você se sinta pressionada pra me responder, a final, faz muito tempo que isso aconteceu e eu acho que nem tá rolando mais..."
Ai meu Deus
"S/N, você gosta de mim?"
Você travou, sabia que aquela pergunta viria. Como Mark sabia daquilo? Por que ele havia contado para Haechan?
"E-Eu..."
"Fica tranquila, não vou ficar chateado nem nada, só quero saber."
Respirou fundo, era a hora de contar.
"Hyuck, quando eu te conheci, eu tinha 13 e você 19, eu tinha te achado o garoto mais bonito do mundo, como aqueles ídolos que você vê na tv e são inacessíveis, esse era você para mim." Sentiu seus olhos começarem a marejar. " Foi ali que minha paixonite começou, mas ela só foi se intensificar do dia da sua formatura e, olha só!" Apontou para o quadro com a foto de vocês dois que estava sobre a mesinha de centro da sala. "Eu mandei revelar e enquadrar, por que eu lembro das exatas palavras que me fizeram cair de amores por você naquele dia."
Naquele momento, você era só lagrimas. Donghyuck te olhava confuso, não sabia que você escondia tanto por tanto tempo, Mark só havia lhe contado o básico.
"Quando você apareceu com uma namorada na minha festa de 18, eu prometi pra mim mesma que não sofreria mais com aquele crush inalcançável, afinal, poxa, você é 6 anos mais velho que eu, Donghyuck, nunca olharia para mim de outra forma além de uma irmãzinha e..."
"S/N" Haechan te interrompeu, se aproximando de você e enxugando suas lágrimas. "Calma, princesa. Hum?"
Você controlou sua respiração e viu Haechan sorrir para você.
"Como você consegue ficar ainda mais fofa com o rostinho inchadinho de choro?"
"Hyuck..."
"Estou falando sério, vem cá." Abriu os braços e te recebeu em mais um abraço quentinho. "Desculpa por nunca ter percebido e te feito sofrer sozinha."
"Que isso, Hyuck, eu que me iludi achando que um dia você poderia gostar de mim."
Haechan se separou abruptamente de você, olhando fixamente em seus olhos.
"E quem disse que eu não poderia gostar de você?"
"Haechan, cai na real, você é 6 anos mais velho do que eu, sempre me viu como uma irmã, além disso, o Mark sempre me disse que você nunca gostaria de mim."
"E desde quando você acredita no que seu irmão fala?" Haechan passou o dedo pelos seus fios, os colocando atrás de sua orelha.
Espera, o que Haechan estava insinuando com aquilo?
"Hyuck, eu não tô entendendo..."
"Não foi só por conta do trabalho que eu vim para Seul. Eu pedi transferência para cá por que me matava saber que você estava na capital da Coreia sozinha, me matava saber que a garota que eu gosto estava sozinha."
"Como assim?" Você perguntou confusa, já havia parado de chorar.
"Princesa, no seu aniversário de 18 eu só estava com aquela menina porque ela me prendia no relacionamento. Eu sou afim de você desde aquela época, o que me prendia de me declarar era seu irmão, eu morria de medo dele."
"Então quer dizer que..."
"Sim, esse sentimento é recíproco, princesa."
Não sabia o que falar, apenas abraçou o mais velho o mais forte que conseguia. Haechan se separou segundos depois, olhando no fundo de seus olhos e logo após, olhando para seus lábios.
"Posso?"
"Pode"
E Haechan se aproximou devagar, seus lábios se encontraram em um beijo terno e suave. Foi um gesto cheio de emoção, que expressava a profundidade da conexão de vocês. Haechan sentiu uma lágrima escorrer sobre sua própria bochecha durante o beijo.
Então era essa a sensação de beijar alguém com o mais profundo amor envolvido.
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donttryyyy · 7 months
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hoje eu tava treinando sozinha e tinha uma menina nova na academia e ela me pediu ajuda pra fechar um equipamento que é meio chato mesmo de fechar. ajudei, ela agradeceu e depois disse "você é tão magrinha, será que eu chego aí?", eu disse que claro! chegava sim! todo mundo consegue! mas fiquei pensando que uns minutos antes disso acontecer, eu tava super frustrada porque queria braços mais durinhos. e olha que eu sei que sou magra e não é falsa magra, eu sou magra mesmo. eu uso pp, calça 34, O QUE É A MINHA VISÃO DE MAGREZA. mas parece que a gente nunca tá feliz, né?
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