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#invólucro
inutilidadeaflorada · 26 days
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Um Amor que Entoa Níquel Como se Fosse um Precipício
Inauguro um movimento hermético Há de fazer um santuário dentro dos olhos Homenagens ou barcas desiquilibradas Para que arrastem Romas com os dentes
E não me enxergas mais com teu passo de progresso Ainda faltará revelar o sujeito por trás dessas cartas Exterminará toda a noite de minha vida Com seu toque de víbora
Questionar o sepulcro da obsessão Aquele momento único Em que um beijo é doce e relapso E você se da conta que mordia ossos
É um gesto vibrante que me parte ao meio Eu sabotaria o gosto passional do calvário Desejando envolver-me no aço fino Que tua espada promete
Me pertence o cemitério dos teus reis Me pertence o crânio de suas vitórias Me contém toda a tua crueldade Eu mesmo como invólucro de todo o mal
Atraso um estrondo, ante a queda A rotina de solver toda essa prata Em um oceano detalhado de precipitações Arranco esse odor de imortalidade
Uma pulsação com hiatos breves A cada par de morte se força o humo Confinado para a baía seca do estômago Inerentemente, aqui se faz um continente
Procurar matizes enquanto escavo As vinganças por baixo de pupilas Aparentemente, não se faz caça com níquel Um caçador de sinônimos, um inimigo da nitidez
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cherrywritter · 6 months
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Primeiro Teste - Background
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1ª semana de junho
Nosso pai disse que essa era uma missão para e unicamente do Batman.
Após o breve sumiço do filho, ele finalmente encontrou pistas. Meu irmão seria usado pela Liga das Sombras para objetivos maiores, isso incluía remover ele da existência. Seria um sacrifício. Batman havia seguido os rastros até o Poço de Lázaro. Obviamente, nem mesmo ele esperava por essa atitude de sua família materna.
A ressureição de Damian ou a ressurreição de Ra’s, não foi concluída. Ele seria um invólucro para Ra’s. Seu clone, ao menos, estava morto, mas nosso pai ainda estava lá.
Damian chegou à mansão gemendo de dores. Eu havia acabado de chegar da Caverna. Ele estava sozinho, o que me causou grande estranhamento e preocupação. Não deveria passar das duas da manhã.
Quando o alcancei, o vi extremamente ferido. Cortes profundos, ossos quebrados. Sua mente estava devastada.
Ele estava morrendo nos meus braços. Não conseguia sequer imaginar como ele havia chegado em casa naquelas condições.
- Victoria. – Era nosso pai pelo comunicador de Damian. – Faça o que for preciso.
- O senhor me fez prometer. – Damian desmaia. O coloco sobre a minha cama e respiro fundo. Me controlo e me acalmo.
- Salve o seu irmão, filha. Por favor, salve-o. – Sua voz estava estremecida e chorosa.
Bruce Wayne sabia sobre as minhas pesquisas e sobre meus testes no laboratório. Após minha recuperação da batalha contra o Coringa em dezembro de 2020, realizei pesquisas sobre a Hera e suas toxinas para encontrar antídotos ou reagentes que trouxesse a imunidade a quem os consumisse e imunidade para outros tipos de doenças e situações.
Aprimorei meus estudos de anticorpos e de regeneração com os meus soros/suplementos. O resultado foi de uma dose concentrada de algo muito semelhante as células tronco, porém imensuravelmente eficazes, concentradas e rápidas. Outro experimento era dedicado especialmente a mim. Doses potentes, concentradas e regenerativas que me mantinham por dois ou três dias dependendo do quanto eu usasse os poderes. Me mantinha muito bem alimentada e estável.
Os batimentos de Damian se tornavam cada vez mais fracos e não poderia hesitar em medicá-lo. Seria meu primeiro teste em humanos.
O primeiro teste no meu próprio irmão.
Pressão? Jamais. Só teria mais uma morte na minha lista e talvez o ódio, desgosto e remorso do meu pai pelo resto da vida dele.
Peguei bolsas de sangue na geladeira, separei o que precisaria e o levei para o meu centro cirúrgico. Coloquei todos os aparelhos que tinha disponível para monitorar seus batimentos, pressão, oxigenação e temperatura.
Estava muito fraco, temperatura muito baixa junto aos seus batimentos. logo entraria em choque.
Separei duas bolsas de soro de quinhentos mililitros, as agulhas, seringas, o kit de cirurgia, as luvas, sutura, e tudo mais que fosse necessário para o estabilizar e o manter vivo. Abri meu compartimento secreto que mantinha meus tubos de medicamentos refrigerados, peguei um tubo de cada e deixei tudo ao meu alcance. Um décimo da seringa do meu medicamento com nove décimos do outro.
Fiz o torniquete no braço direito do meu irmão, busquei sua veia e fiz o acesso. Retirei um tubo do seu sangue, depois coloquei o medicamento e, por fim, o soro para ajudar a hidrata-lo. Seria apenas a primeira bolsa. Em seguida, em outro ponto do acesso, coloquei uma bolsa de sangue para repor o que ele perdeu e o que ainda perderia.
Era momento de o abrir, mas antes deveria ver quantos ossos estariam fraturados de maneira extremamente comprometedora. A energia vital poderia ser usada de uma maneira bem medicinal nesse ponto. Aprendi a ter uma espécie de raio-x junto a uma tomografia e ressonância a usando como um 3D interno do paciente que eu tratava.
Clavícula, costelas, braço esquerdo, tornozelo e fêmur. Seja lá o que fosse seu clone, era terrivelmente mais forte do que ele para causar tal estrago. Precisaria de mais sangue e mais acessos. Teria muito trabalho a fazer com ele.
Com sua oxigenação despencando, fui forçada a entubar. Com os bisturis e os afastadores posicionados, comecei a realizar a remoção dos pequenos estilhaços de ossos espalhados pela carne e a colocar o restante no lugar. Controlei as hemorragias, o fechei e rezei aos deuses para que tudo desaparecesse.
Seu pós-operatório estava sendo uma tortura. Não passava de vinte minutos da cirurgia, mas estava me enlouquecendo já que os fluídos estavam correndo por suas veias.
Ansiosa, liguei meu computador já com dúvidas sobre a quantidade de medicação que havia o dado. Abri meus programas e refiz o cálculo. Tudo estava de acordo com o que meu instinto e segurança, porém o tempo de reação continuava incerto.
- Bruce falou sobre o ocorrido. – Era Dick correndo pelo corredor até meu centro cirúrgico. – Como ele está?
- Ainda não acordou. Não consigo ver os ferimentos dele sumindo. Apenas estabilizou.
- Estabilizar é um bom sinal, não é?
- Não nas condições em que ele está. Muitas fraturas e lacerações. Eu praticamente o abri por inteiro. Metade do fígado não tinha o que fazer. O baço estourou, pulmão perfurado pelas costelas quebradas, coração enfraquecido. – Suspiro. – Se ele não acordar em uma hora, talvez não acorde mais.
- Calma, você disse que os ferimentos não sumiram. Você fez de novo?
- Não exatamente.
- Victoria, fizemos um acordo com todos!
- Meu pai me ordenou. – Dick joga os braços para os céus e bufa. – O que você faria no lugar dele?
- Não me coloque nessa posição. Daqui a pouco ele vai deixar que nós usemos armas letais e matemos criminosos.
- Dick, por favor.
- Onde ele está?
- Poço de Lázaro. Ainda não voltou.
- Vou chamar o Tim. Cassie está na cidade, melhor que ela fique aqui com você.
- Não é necessário.
- Já se olhou? Está cheia de sangue. Seu rosto tem respingos, seu pescoço. Sequer tirou a roupa. Está em choque.
Cassie não demorou muito para chegar e me obrigar a tirar a roupa da cirurgia, já que eu não iria tomar um banho nem se ela me arrastasse até o chuveiro. Meu irmão ainda não apresentava melhora e o prazo de uma hora estava acabando. O medo de não ver seus olhos abertos novamente e sua cara emburrada me paralisava e causava ainda mais ansiedade.
- Vai enlouquecer desse jeito, amiga.
- Já estou. O prazo acabou e ele não me deu sinais de melhora. Talvez eu precise dar mais uma dose.
Não conseguia largar a mão do meu irmão. Estava sentada ao lado da cama aguardando esperançosamente que ele voltasse. Não estava em coma, mas não estava consciente.
- Vic, não se precipite.
- Tem noção que o primeiro teste do meu medicamento eu fiz no meu irmão? Sabe como é isso? É sentir uma falha dupla, Cassie. Falha com o meu irmão e com a minha pesquisa.
- Quanto tempo um corpo demora para reproduzir sangue novo?
- O plasma é reposto em vinte e quatro horas. Mas isso é para uma doação simples de sangue.
- Quantos litros de sangue você deu a ele?
- Um e meio. Foram três bolsas de quinhentos mililitros.
- O quanto seu medicamento reduz esse tempo de reposição para produção de novas células em perfeitas condições e capazes de regenerar por completo um organismo ferido como o dele?
- Era para ocorrer em uma hora, mas os resultados ainda não têm um padrão de tempo.
Senti minha mão ser apertada. Era fraco, mas era um aperto. Levantei rapidamente para olhá-lo. Peguei uma lanterna e chequei suas pupilas. Estavam reagindo.
- Oi, pirralho. Você quase morreu. Se lembra do que aconteceu? – Ele assentiu. – Não tente falar, está bem? Tive que entubar você. Chegou em um estado deplorável. Realizei uma cirurgia grande em você. – Vejo as manchas negras em volta do pescoço desaparecerem. – Sente dor?
- Não. Onde está o pai? Ele está bem?
- Dick foi buscá-lo. Ainda não chegaram. Como está o pulmão? Dói para respirar?
- Não. Só tira logo esse troço da minha garganta! – Sorri. Até mesmo em pensamento ele continuava a ser rabugento.
- Tá. Tá. Isso vai ser desconfortável. Também te amo.
- Não enche, Victoria.
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aquijaztodaaverdadx · 3 months
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Me vejo dentro de uma caixa, num invólucro de tudo que há de ruim no mundo, embalada num plástico filme que tenta me proteger da tristeza, mesmo que essa já more dentro de meu peito, a inquietude de meu coração me faz questionar o que realmente quero, se abrir mão de sonhar é a escolha correta, mas nessa caixa tão pequena e deprimente não há espaço para sonhos, aqui nem mesmo me cabe, fico insistindo em tentar expandir essa caixa, com esperança de que talvez ela se torne um castelo, mas sei que sozinha nada consigo. As dores das perdas se tornaram minhas melhores amigas, se tornaram a única coisa que tenho para me agarrar e saber que aquilo que vivi foi real, meus filhos existiram dentro de meu ventre, e existirão em meu coração enquanto ele bater.
Busco incansavelmente um modo de melhorar quem sou e quem cerco, busco dar o melhor de mim, ser o melhor que posso, e mesmo lutando, sigo sendo o pior que sou, não há mais caminhos para trilhar, fico sentada e vejo as luzes do palco se apagando, já perdi as contas de quantas vezes me mandaram sair do teatro, mas ainda tenho fé que o espetáculo vai recomeçar, me sinto cansada e sozinha, insuficiente e isolada, me sinto um nada no meio do mundo, queria ser algo para alguém, queria que meu alguém ainda quisesse algo comigo, meu coração está tão dilacerado e tão moído que nem mesmo consigo o diferenciar da poeira que tenho no peito.
Eu não sabia quantas vezes um coração podia ser partido, e ainda não sei, mas pela minha experiência, quem tu ama pode partir teu coração milhares de vezes num único momento.
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ravween · 11 months
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៹ 𓏲࣪                                     as bebidas de Wonderland eram gostosas mas não pareciam ter um alto teor de álcool. raven precisava de algo que tomasse sua mente hoje, que apagasse tudo, não de bebidas que divertissem. por isso tinha entre os pés no chão uma garrafa de firevodka, o fogo azul saia da boca do invólucro. ao sentir uma presença ao seu lado, franziu o cenho e virou a face apenas para se deparar com henri. a presença do amigo de infância trazia uma certa segurança para si, mas ao mesmo tempo não conseguia espantar aquela névoa pesada em seu peito. “ ━━━ não vou dividir minha vodka. estou invocando agora o direito de beber a garrafa inteira. primavera... tínhamos dezessete anos, lembra? pois estou cobrando esse card nesse segundo." declarou. poucas foram as vezes que esteve perto de usar aquele card contra o leblanc, mas agora que fazia uso agradecia mentalmente ter sustentado.
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amor-barato · 9 months
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Não importa o quanto amei alguém na vida, ou quão profundo é meu luto – depois que alguém morre e é enterrado, eu não visito mais seu túmulo. Há pessoas para quem cemitérios são santuários, mas não sinto nada quando estou ali. Uma caixa enterrada sob o solo úmido não se parece em nada com a pessoa que amei. “Quando eu morrer, podem me cremar”, aviso. “Removam meus anéis (boa sorte para quem tentar tirar todo o metal do meu corpo) e queimem meus restos mortais como em uma pira.” A grama agora cresce sobre minha avó e penso nela arrancando aquelas ervas daninhas amarelas do gramado, sem saber que o fim de sua vida estava à esgueira. Prestes a dar seu último suspiro, em pé, na grama, como no invólucro verde de seu local de descanso eterno.
Sinéad Gleeson – Constelações
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reinato · 3 months
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Devocional diário Vislumbres da Eternidade - Víctor Armenteros
Legendas
Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezam os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Mas vocês deviam fazer estas coisas, sem omitir aquelas! Mateus 23:23
Este é um dos textos de Ellen G. White que eu mais aprecio, porque coloca a lei no lugar adequado: “A lei é uma imagem do caráter divino. Pode-se contemplar no Pai celestial uma perfeita manifestação dos princípios que são o fundamento de Seu governo” (O Maior Discurso de Cristo, p. 55 [77]).
A lei divina não é simplesmente um conjunto de normas a serem cumpridas, mas sim o invólucro da graça, repleto do anelo de um mundo justo, da afeição pelos outros e da confiança em Deus.
Comparar a lei com as legendas de um filme é muito ilustrativo. Assim como as legendas nos permitem compreender a profundidade de um documentário japonês, por exemplo, os mandamentos nos ajudam a compreender a grandeza de Deus. Cada pôr do sol, cada ação de amor e cada reflexão sobre nossas vidas podem ser entendidos a partir das leis que regem o Universo e se traduzem nos preceitos do Eterno. Dessa forma, podemos contemplar o caráter de Deus em todos os lugares e ratificar que Sua perfeição está no fato de que Ele é bom.
Mas como aplicar esses princípios em nossa vida? Não se trata de seguir a lei de forma legalista, mas sim de ter uma relação verdadeira com Deus, que nos leva a fazer o bem naturalmente. Não podemos ser perfeitos no sentido legal, mas podemos ser bons em outros sentidos. Podemos ajudar a fazer deste mundo um lugar mais justo, trazendo alegria e empatia para os dias cinzentos. Podemos compartilhar nossa fé e confiança com aqueles que não a têm, mostrando-lhes o amor de Deus por meio de nossas ações.
No final das contas, o Senhor deseja que nossas legendas sejam melhores do que nossos títulos acadêmicos ou profissionais, que nossa vida seja compreendida pelas experiências que temos e que sejamos como Cristo a cada dia. E esse desejo pode ser o nosso também. Podemos orar para que Deus nos ajude a colocar em prática os princípios da lei e a fazer do amor e da justiça nossas prioridades. Pois só assim poderemos experimentar a verdadeira liberdade que vem de um relacionamento profundo com o Criador.
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ghstlymess · 3 months
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Da chegada do amor, de Elisa Lucinda
Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.
Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.
Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.
Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.
Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.
Sempre quis uma amor
que não se chateasse
diante das diferenças.
Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.
Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.
Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.
Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.
Sem senãos.
Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.
Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.
Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.
Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.
Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis uma amor que amasse
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almapoetica · 29 days
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[...] Talvez, o amor se desenvolveu naturalmente a partir de uma bela amizade, como uma rosa de coração dourado escorregando de seu invólucro verde."
- L.M. Montgomery
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delirantesko · 4 months
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O que você queria escrito na sua lápide?
Bem, eu prefiro ser cremado, mas o que eu poderia dizer se tivesse uma? Bem, primeiro, quem quer que seja, não fique triste. Eu não habito mais esse invólucro, não sinto mais dor, saudade, tristeza e nem alegria. Não sei se eu estarei em outro lugar, como alguns otimistas tanto propagam sem ter a mínima certeza do que falam. Morrer é a coisa mais comum que existe, um direito garantido a todas as criaturas. Se eu lhe magoei, espero que me perdoe, e se você me magoou, bem, não vou voltar pra lhe assombrar, pode ficar tranquilo. Eu perdoo você, e espero que você se perdoe também, e aproveite a vida, eu aproveitei a minha como me foi possível. Como eu estou morto, eu não posso mudar, aprender, então me perdoe se eu não estive a altura de suas expectativas. Não acredito que eu tenha feito tantas coisas ruins assim, então se espelhe nas boas. Mesmo eu não acreditando numa entidade superior, ainda assim acredito que as pessoas são capazes de agir para o bem alheio. Quando ficar triste, lembre das coisas que eu achava engraçado em vida. Se você rir, eu estarei lá. Se você chorar, espero que não seja por muito tempo, afinal a vida continua. Nós tivemos uma boa run, não foi? Eu adorei estar com você. Cuide-se!
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journaldemarina · 1 year
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Sábado, 02 de setembro de 2023
Que maluco, mais um mês começa e quase é fim de ano. Hoje não fui trabalhar. Acordei as 7h15 com minha gata batendo na porta. Levantei, abri para ela e voltei a deitar mas ela não parou quieta. Queria comida, óbvio. Fui lá, servi a madame, voltei para a cama mas o sono já tinha passado. Levantei, agora de vez, e rumei à feira que acontece toda terça e sábado aqui próximo. Fiquei com medo de encontrar algum match mas só dei as caras com a clientela da terceira idade. Bom.
O dia tá estranho, não sei muito o que fazer. À noite sairei com o RP, depois dele muito insistir. Tudo bem, ele é um amor e tem sido bom ter um amigo. Agora, pela tarde já, sigo arrumando a cozinha e as coisas que comprei na feira. Achei que hoje já teria o móvel de cozinha mas aparentemente não.
Coisas não mencionadas. Quase explodi o apartamento ou matei a minha gata. Meu ex instalou o gás de cozinha para mim mas fez muito meia-boca, o gás acabou vazando e todo mundo no condomínio ficou preocupado com razão. Ninguém desmaiou e minha gata segue bem, mas ainda não terminei de resolver a situação e sigo sem gás instalado corretamente. Não confiem em ex para isso, que fique de lembrança. Também quase morri passando um produto para limpar o inox da pia da cozinha. Vi uma embalagem inocente no mercado, resolvi levar, fui aplicar o produto na pia e comecei a palpitar. Corri ler o invólucro e nele sugeria usar botas, máscaras, luvas, de forma alguma encostar na pele e arejar muito o local. Fui ingênua. Mas, em minha defesa, a embalagem realmente era muito inocente, não muito diferente de um detergente, sabe. Não havia nenhuma caveira, letreiro em vermelho, um atenção grifado, um perigo garrafal. Nada. Minha pia seguirá feia e não farei nada a respeito.
Falaria das pessoas que vez ou outra converso ou saio ou algo assim mas, sinceramente, não quero atribuir importância lembrando aqui. Não sinto nada e tudo é esquecível.
Ontem fui no cinema, uma sessão quase vazia se não fosse os dois casais, uma senhora com a mobilidade muito reduzida e um grupo de quatro meninos. Mais eu. Vi Mirante, de Rodrigo John, um filme feito no centro de Porto Alegre, filmado no condomínio Corcovado. Achei bonito mas chato demais, sem rumo algum (e olha que eu não me incomodo com coisas sem muito fim nem muito propósito). A única coisa que ficou claro é que o diretor tem fetiche em pés.
Agora vou tomar um banho e ir assistir Retratos Fantasmas, finalmente. Até.
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elcitigre2021 · 6 months
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Refletir pensamentos... O que somos!?
Depois da Morte... O homem é um ser complexo. Nele se combinam três elementos para formar uma unidade viva, a saber:
O corpo, envoltório material temporário, que abandonamos na morte como vestuário usado; O perispírito, invólucro fluídico permanente, invisível aos nossos sentidos naturais, que acompanha a alma em sua evolução infinita, e com ela se melhora e purifica; A alma, princípio inteligente, centro da força, foco da consciência e da personalidade.
A alma, desprendida do corpo material e revestida do seu invólucro sutil, constitui o Espírito, ser fluídico, de forma humana, liberto das necessidades terrestres, invisível e impalpável em seu estado normal. O Espírito não é mais que um homem desencarnado. Todos tornaremos a ser Espíritos.
A morte restitui-nos à vida do espaço.
Que se passa no momento da morte? Como se desprende o Espírito da sua prisão material? Que impressões, que sensações o esperam nessa ocasião temerosa?
É isso o que interessa a todos conhecer, porque todos cumprem essa jornada. A vida foge-nos a todo instante: nenhum de nós escapará a morte. Deixando sua residência corpórea, o Espírito purificado pela dor e pelo sofrimento, vê sua existência passada recuar, afastar-se pouco a pouco com seus amargores e ilusões; depois, dissipa-se como as brumas que a aurora encontra estendidas sobre o solo e que a claridade do dia faz desaparecer. 
O Espírito acha-se, então, como que suspenso entre duas sensações: - a das coisas materiais que se apagam e a da vida nova que se lhe desenha à frente. Entrevê essa vida como através de um véu, cheia de encanto misterioso, temida e desejada ao mesmo tempo. Após, expande-se a luz, não mais a luz solar que nos é conhecida, porém uma luz espiritual, radiante, por toda parte disseminada. Pouco a pouco o inunda, penetra-o, e, com ela, um tanto de vigor, de remoçamento e de serenidade. 
O Espírito mergulha nesse banho reparador. Aí se despoja de suas incertezas e de seus temores. Depois, seu olhar destaca-se da Terra, dos seres lacrimosos que cercam seu leito mortuário, e dirige-se para as alturas. Divisa os céus imensos e outros seres amados, amigos de outrora, mais jovens, mais vivos, mais belos que vêm recebê-lo, guiá-lo no seio dos espaços. Com eles caminha e sobe às regiões etéreas que seu grau de depuração permite atingir. Cessa, então, sua perturbação, despertam faculdades novas, começa o seu destino feliz.A entrada em uma vida nova traz impressões tão variadas quanto o permite a posição moral dos Espíritos.
Por: Leon Denis. CAMINHOS DE LUZ.
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inutilidadeaflorada · 11 months
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A Cabeça Deteriorada de Deus
Há uma criatura por entre as máscaras sociais Pernas de cigarras, índole de formiga, cabeça de louva-a-deus Uma descoberta de pernoite, em toda a sua gula Sussurrada para dentro da afobação, amontoando os sentidos
Aqui, o afeto é barganha e ironia Provoca e convence a juventude A performar revezes do discernimento Pois o enfado se despe como um rei
Em suas pernas, cantam melodias insones Descobrir cada linha que sustenta o palco Em nome de uma violência endereçada ao falo Estimular açoites como alívio de ideais niilistas
Tal bordel precede o silêncio Devorar e povoar caleidoscópios retorcidos A imagem que entretém, mancha a pele E derrete como uma reza moderna: Eis-me ali
Entre o ajuste que promove cada sílaba A boca cospe a ferrugem de um fim de noite Dos olhos pulam lágrimas densas Como se expectorasse carne enquanto choras
Sempre alguém passa a vigília da porta Escolhendo a dedo agentes possíveis Tal recrutamento é feito pelo resgate Meu comprometimento e companhia por tua devoção
Engatar uma invasão ao tempo narrativo Distorcer sentidos, distorcer autos Como um deus moldar as sangrias, engatilhar castigos Tecer involuntariamente novos invólucros-iscas
Nem mesmo Caronte ou Virgílio serviriam O centro continuamente é disperso a despedida A chantagem do peito maternal se expande Adorar com desprezo, submergir ao mistério sem face
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nonsensemarcos · 8 months
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Com medo de acordar as gôndolas, o levantador de pesos (@Libido em dia) comia vírgulas empapuçadas de uma leguminosa que crescia pequenos narizes pontiagudos. Eu não sabia direito o que dizer, ou melhor, falhar em representatividades sociais (sovinas) e fumava um atrás do outro tentando parar por Deus de aliterar. O dry-fit molhadasso atendia a minha baixa expectativa em causar algum tipo de dano (a seringa e o dano feito), feitio este que nunca me abandonou, ainda que eu tivesse ganho em peso a idade que assomei, ou ganho em idade você entendeu muito bem o que eu quero dizer. Dano visual e colateral no dos outros, não sei se fui claro. A clareza é um sofisma dos amantes venéreos (Amarantes Venéreos, me segurei) da perplexidade tóxica dos adolescentes, açúcar-sintetizados, se não me falha a memória (ela insiste em não fazê-lo) desde que eu parei com a droga sugar blues, em causar um showmício de seus horrores privados assim em público, como quem dissesse algo importante ou imperdível para um público pagante de sei lá quantas almas, quantas quiméricas pocilgas da subjetividade monstro dos dias atuais. Essa vulgaridade em cometer as mimetizações mais simiescas, um palavrão invólucro que se passa por algo fogo-fátuo faustoso (o fumo insistente) fazendo seu efeito deprê na percepção do leitor aditivado, calmo e comum. Normalidade-cão. Um leito de morte precário, um nascedouro de crises da consciência disruptiva e uma puta saudade de quando o mundo era mais tétrico, talvez, menos quântico, muito menos perpassado por processos patológicos patrocinados pelo conluio Big Tech meets Big Pharma e so on e so on e so on .
CATATAU é uma chatice que só. Pura invencionice dos drogados com a letra e a prosódia e enfim estude pra passar no ENEM do Concurso Público e enfim , não tenho muito o que dizer além do óbvio, aquém dos óbitos, em dia com alguma sem-vergonhice puída, meio druída, aquele clipping de atmosphere na cuca.
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gralhando · 1 year
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Nome
Tão única entre os filamentos no além do ínvio se abre tua habitação sendo o silêncio o invólucro da tua morada.
Mas neste universo tuas costas resvala o mais novo instante sempre — na tua testa o tempo se retrai como uma ferida viva a matéria do futuro será intocável.
Agora que tua boca prediz o silêncio e o silêncio termina por absorver o que queima dentro do teu nome os que te amam tocam as pedras — e as pedras selam o peso mudo da recitação.
Agora o teu nome suavemente caminha sobre a luz e sobre a escuridão até o lugar de sua origem antes que houvesse mundo será sua chegada — onde o silêncio entra nas águas e abre sua voz.
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unknownsidesworld · 2 years
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Enfim, enfim quebrara-se realmente o meu invólucro, e sem limite eu era. Por não ser, eu era. Até o fim daquilo que eu não era, eu era. O que não sou eu, eu sou. Tudo estará em mim, se eu não for; pois "eu" é apenas um dos espasmos instatâneos do mundo. Minha vida não tem sentido apenas humano, é muito maior - é tão maior que, em relação ao humano, não tem sentido.
in A Paixão Segundo GH. pág 178. Clarice Lispector.
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richardanarchist · 2 years
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Invocação à mulher única
Tu, pássaro — mulher de leite! Tu que carregas as lívidas glândulas do amor acima do sexo infinito Tu, que perpetuas o desespero humano — alma desolada da noite sobre o frio das águas — tu Tédio escuro, mal da vida — fonte! jamais... jamais... (que o poema receba as minhas lágrimas!...) Dei-te um mistério: um ídolo, uma catedral, uma prece são menos reais que três partes sangrentas do meu coração em martírio E hoje meu corpo nu estilhaça os espelhos e o mal está em mim e a minha carne é aguda E eu trago crucificadas mil mulheres cuja santidade dependeria apenas de um gesto teu sobre o espaço em harmonia. Pobre eu! sinto-me tão tu mesma, meu belo cisne, minha bela, bela garça, fêmea Feita de diamantes e cuja postura lembra um templo adormecido numa velha madrugada de lua... A minha ascendência de heróis: assassinos, ladrões, estupradores, onanistas — negações do bem: o Antigo Testamento! — a minha descendência De poetas: puros, selvagens, líricos, inocentes: O Novo Testamento — afirmações do bem: dúvida (Dúvida mais fácil que a fé, mais transigente que a esperança, mais oportuna que a caridade Dúvida, madrasta do gênio) — tudo, tudo se esboroa ante a visão do teu ventre púbere, alma do Pai, coração do Filho, carne do Santo Espírito, amém! Tu, criança! cujo olhar faz crescer os brotos dos sulcos da terra — perpetuação do êxtase Criatura, mais que nenhuma outra, porque nasceste fecundada pelos astros — mulher! tu que deitas o teu sangue Quando os lobos uivam e as sereias desacordadas se amontoam pelas praias — mulher! Mulher que eu amo, criança que amo, ser ignorado, essência perdida num ar de inverno. Não me deixes morrer!... eu, homem — fruto da terra — eu, homem —fruto da carne Eu que carrego o peso da tara e me rejubilo, eu que carrego os sinos do sêmen que se rejubilam à carne Eu que sou um grito perdido no primeiro vazio à procura de um Deus que é o vazio ele mesmo! Não me deixes partir... — as viagens remontam à vida!... e por que eu partiria se és a vida, se há em ti a viagem muito pura A viagem do amor que não volta, a que me faz sonhar do mais fundo da minha poesia Com uma grande extensão de corpo e alma — uma montanha imensa e desdobrada — por onde eu iria caminhando Até o âmago e iria e beberia da fonte mais doce e me enlanguesceria e dormiria eternamente como uma múmia egípcia No invólucro da Natureza que és tu mesma, coberto da tua pele que é a minha própria — oh mulher, espécie adorável da poesia eterna!
Vinicius de Moraes
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