Tumgik
#namorados assassinos
livrosemepub · 2 years
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Manual de Assassinato Para Boas Garotas - Holly Jackson
Ordem dos livros
Manual de assassinato para boas garotas vol. 1
Boa garota, segredo mortal vol. 2
Boa garota nunca mais vol. 3
Descrição do livro #1
Todos em Little Kilton conhecem essa história. Andie Bell, a garota mais bonita e popular da escola, foi assassinada pelo namorado, Sal Singh, que se suicidou após o crime. Na época, não se falava em outra coisa. Cinco anos depois, Pip ainda vê as marcas que a tragédia deixou na cidade, desde as matérias tendenciosas da imprensa local até o ostracismo da família das vítimas.
Mas a garota tem a impressão de que há peças faltando nesse quebra-cabeça. Ela conhecia Sal desde a infância, e ele sempre foi gentil. Por que teria se tornado um assassino? E será que Andie era mesmo tão angelical quanto a imagem construída após a sua morte?
Prestes a se formar no Ensino Médio, Pip decide analisar o crime em seu projeto de conclusão de curso e questionar alguns pontos da versão oficial. Porém, quando a pesquisa revela segredos aterrorizantes, ela percebe que se aproximar da verdade pode custar sua vida.
Nessa investigação obsessiva e repleta de reviravoltas, Pip começa a se questionar se ainda é uma boa garota, no fim das contas. Porque, com a ajuda de Ravi, irmão mais novo de Sal, ela está disposta a tudo para fazer seu dever de casa, proteger quem ama e reescrever a história de sua cidade.
|✦| +15
|📚| pdf
|📚| epub
288 notes · View notes
iludidapelabeemoov · 11 months
Text
Agora que a segunda temporada de eldarya acabou eu posso dar minha opinião sobre tudo. e posso afirmar que essa temporada não foi boa, foi tudo muito corrido, eles ficam forçando a protagonista perdoa o lance, e os lugares que eles foram não tinha muita exploração como tinha na primeira temporada, e não tinha um vilão de verdade como tinha em the origem, não teve tanto desenvolvimento como os paqueras.
A protagonista só teve tempo para ela refletir tudo que aconteceu como ela no capítulo final.
Agora imagine, você na primeira temporada fica com o valkyon, ver seu namorado sendo morto pelo irmão dele aí vem a segunda temporada agente acorda oito anos de um coma ver o assassino do seu namorado ando na feira de boa sendo que para vc foi tipo ontem que ele matou seu namorado, vc fala como sua "amiga" que era como uma irmã para vc e ela fala para vc supera, SUPERA!!!
Depois ela manda você para várias missões pq o mundo tá acabando, não dá o tempo do luto pq eles tiveram o luto pq eu não posso te o meu.
Eu acho que fica pior se você namorou o valkyon em the origem e fica como o lance em New era.
Eu não gostei do final, pq tipo você lutou para salvar um mundo para no fim perder ele, agora a quelas criaturas de eldarya não vão ser tão livre como era antes. Elas vão ter que viver em um ambiente que não é delas, em um espaço apertado. e uma coisa que ficou em aberto cadê memória, ela tá na terra ou ela não existe mais??
A última interação com o paquera foi tipo, tu que mora em uma mansão luxuosa ou aqui na vila ou recomeça em outro lugar.
Para resumir minha opinião, eu não gostei e goste dessa temporada.
Eles meio que deixaram um final que dá uma brecha para uma terceira temporada, mas acho que eles não vão fazer pq parece que eles odeiam eldarya.
Tumblr media
23 notes · View notes
stuslover · 1 year
Text
calling – billy loomis
Tumblr media
pairing: billy loomis x fem!reader
avisos: menciona sangue e facas (não são realmente usadas), ghostface!stu leva uma surra do billy, reader não sabe nada sobre a franquia child's play, menção a um billy safadinho e gírias homofóbicas (billy e stu usando), billy psicótico no final.
notas da autora: estou com os pedidos abertos, caso tenha alguma ideia em mente estou mais que disposta em torna-la realidade (:
word count: 3280
revisado
não deveria ser nem dez da noite quando você finalmente escutou o telefone tocar no andar debaixo. não foi estranho, você já estava esperando uma ligação de seu namorado, billy, já que ele faltou a escola essa manhã e você ficou preocupada, indo a sua casa o visitar e questionar o motivo de sua ausência na aula, normalmente você ignoraria esse ocorrido porquê faltar as aulas de matemática era algo que billy fazia com frequência junto de stu, a questão é que hoje stu estava presente e isso era no mínimo suspeito quando havia um assassino em série a solta pela cidade matando adolescentes que transavam.
billy disse que estava se sentindo mal e que havia tomado um molho de remédios e isso desregulou seu sono, o que o fez dormir até às dez da manhã. você resolveu dar um tempo ao seu namorado porém pediu que ele ligasse quando se sentisse melhor, ele prometeu que faria ao anoitecer e horas passaram enquanto você esperava o toque do telefone residencial. o momento, por fim, chegou e você desceu as escadas correndo animada, com um sorriso de canto preparada pra uma sequência de conversa sem sentido até o sono bater ou seus pais chegarem do jantar de aniversário de casamento.
você pegou o telefone na mesa de centro, apertando no botão para iniciar a chamada, logo em seguida pôs o aparelho na orelha.
— oi, billy. — se jogando no sofá, você sorriu esperando que seu namorado respondesse mas não demorou nem dois segundos para que você percebesse que não se tratava de billy naquela chamada.
— quem fala? — uma voz sombria fez com que você fechasse seu sorriso, você pensou que a linha estivesse ruim por conta da voz levemente distorcida do outro lado. — alô? você não está me escutando?
— quem é? — respondendo sem muito humor, você se levantou do sofá.
— eu perguntei primeiro.
— como você não sabe pra quem ligou? — você revirou os olhos e suspirou estressada com essa situação. — com quem você quer falar?
— com quem eu tô falando?
— ah, vai se foder. — no mesmo instante apertou o botão de desligar, batendo com o telefone na mesa de centro e se preparando pra subir de volta para seu quarto.
deu alguns passos e subiu metade da escadaria quando de repente o telefone toca de novo. você imaginou que aquele homem suspeito fosse stu ou randy tentando te pregar uma peça, isso tem acontecido com frequência desde que a polícia vazou a informação de que o assassino psicótico escondido atrás de uma máscara de fantasma costuma ligar para suas vítimas e fazer perguntas sobre filmes de terror; pra sua sorte, você namorava um expert em filmes de terror e conhecia todo o gênero de cabo a rabo, você não tinha medo de ser perguntada sobre alguns filmes assustadores. no meio de seus pensamentos sobre seus melhores amigos estarem te pregando peças o telefone apitou mais uma vez.
você desceu os degraus mas dessa vez com sangue nos olhos, querendo xingar quem quer que estivesse mantendo a linha de seu namorado ocupada. dessa vez você atendeu preparada para xingar seus amigos.
— o que você quer, seu filho da puta? — as palavras saíram afiadas de sua língua.
�� wow, estou encrencado por faltar hoje ou coisa do tipo? — sua expressão se suavizou ao ouvir uma voz familiar.
dessa vez era seu amado namorado, você sorriu ao escutar sua voz preguiçosa e profunda, indicando que ele acaba de acordar de uma soneca.
— desculpa, meu amor. é que eu acabei de receber uma ligação super estranha de algum idiota tentado passar um trote. — com ar apaixonado você caminhou pela casa, indo do centro da sala de estar até a entrada da cozinha enquanto falava com o moreno. — então, você tá se sentindo melhor?
— mais ou menos, acho que foi todo doce que eu comi ontem a noite que me fez mal e... — você estranhou o silêncio repentino de seu namorado.
— o que foi, amor?
— tem alguém na porta, eu acho. — você pode ouvir ele gemer de desgosto, e o som das cobertas sendo arremessadas indicava que billy estava se levantando pra ir verificar quem é. — eu vou desligar e daqui a dez minutos eu te ligo de volta, okay?
em passos largos você foi até a janela, tentando ver a última casa no fim da rua, onde seu namorado morava, pra espiar quem poderia ser a essas horas da noite. já era esperado que você não conseguisse nem ao menos ver a casa com completa nitidez. estava tarde e você achou que seria uma ideia terrível destrancar as portas de casa.
você começou a se preocupar depois de dois minutos de espera e o telefone tocou de novo, você atendeu na hora, com a voz macia para seu namorado doente.
— quem era na porta, billy?
— não é o billy aqui. — a mesma voz sombria fez seu coração acelerar, você temeu o pior antes de respirar fundo tentando se concentrar em outras coisas, olhando pra janela para ver se conseguia ver seu namorado na rua. nada dele. — com que estou falando?
— como você não sabe pra quem ligou? — você tirou o telefone da orelha tentando manter a linha desocupada para o seu garoto mas dessa vez ele gritou, chamando sua atenção.
— desliga na minha cara de novo e eu vou estripar a porra do seu namorado como se ele fosse um peixe!
seus olhos se arregalaram de surpresa com suas palavras violentas e aí teve certeza de que se tratava do assassino mascarado que tem feito massacres nos últimos dias, o apelidado ghostface pela tatum. você levou o telefone de volta a orelha, com os olhos cheios de lágrimas e os lábios tremendo, seu coração acelerado dentro do peito.
— oh, pelo visto você desistiu de me deixar falando sozinho, não é?! — no fundo de sua voz tinha um tom cômico com sua reação apavorada. — não tente nenhuma gracinha, eu tô de olho em você.
— o que você quer? — você gritou pro homem no telefone, sentindo as lágrimas escorrerem pelo seu rosto e a garganta se fechar.
— acenda a luz do pátio e vá para a porta do quintal. — você fez. no gramado tinha um pequeno rastro de sangue que chamou sua atenção, te fazendo chorar ainda mais. — o que você vê?
— sangue...! tem sangue no chão! — o homem riu do outro lado da linha. — de quem é esse sangue? por favor, por favor, me deixe em paz!
— calma gatinha, nada vai acontecer com billy... — você chorou ainda mais, fechando os olhos com força enquanto encostava a cabeça na porta de vidro. sem reação pra sair e ajudar o menino aonde quer que ele estivesse. — ... se você jogar um jogo comigo.
— qualquer coisa! só deixe meu namorado e eu em paz!
— é assim que eu gosto. — ele limpou a garganta. — ouvi dizer que você realmente gosta de filmes de terror, não é? — sua mente nublada se satisfez com aquela proposta.
você não sabia se ele brincava de outros jogos sem ser esses, ghostface era sádico o suficiente pra planejar algo mais cruel contra suas vítimas, mas você teve sorte por ser questionada sobre seu gênero de filmes favorito. ele não poderia machucar billy se você o ganhasse em seu próprio jogo, assim você esperava.
— eu tenho observado você a bastante tempo, Y/N. te olhei de longe em todos os lugares que você possa lembrar que esteve nos últimos meses, eu sou como sua sombra e você foi burrinha o suficiente pra não me reparar ao seu redor a momento algum. nem ao menos quando conversamos.
todo seu monólogo lhe deixou confusa, isso só poderia significar que o ghostface era alguém próximo de você ou obcecado o suficiente pra te perseguir e de forma tão sutil que nem passou por sua cabeça.
— carrie, psicose e a hora do pesadelo são seus filmes favoritos, não são? — você acenou com a cabeça, sabendo que ele podia te ver de algum lugar da casa. — pois bem, vou tornar as coisas fáceis pra você, só pra você entender melhor como funciona esse jogo. eu te faço três perguntas sobre filmes e se você responder corretamente aquele filho da puta não morre, entendeu?
— certo.
— então lá vai sua primeira pergunta: em a hora do pesadelo, qual é o número da casa da protagonista, e final girl do primeiro filme, nancy thompson?
você pensou um pouco, ficando tensa ao tentar lembrar o número exato. você estava com medo de confundir as coisas e errar, a vida de billy dependia dessas respostas. quer dizer, você já assistiu a hora do pesadelo dezenas de vezes sozinha e com seus amigos mas noites de cinema. você não poderia errar, nem que quisesse.
— 1428 elm street... — soava mais como uma pergunta do que uma resposta definitiva, você se culpou por alguns segundos jurando que havia errado a resposta, você pode jurar que na verdade era 1438.
você assistiu a esse filme tantas vezes com billy que se culpou ainda mais, nunca podia prestar atenção nos mínimos detalhes quando estava ao lado do seu namorado safado por natureza.
— resposta correta! — você soltou o ar do seu peito, virando-se de costas pro vidro da porta e se sentando no chão da forma mais dramática e cinematográfica que você poderia imaginar. — pelo visto você realmente não quer que aquele viadinho morra.
— acaba logo com isso, eu te imploro!
— próxima pergunta: em carrie, o que eles usam para o sangue de porco? oh, estou deixando isso tão fácil pra você. sorte sua ser uma gostosa.
— essa eu sei, seu merda! é xarope de milho, mesmo que sissy spaceak tivesse insistido jogassem sangue de verdade nela.
mesmo com o desespero e a adrenalina correndo pelas suas veias, você se sentiu orgulhosa de si mesmo por estar mandando tão bem nas perguntas. uma parte dentro de você mandava abrir a porta e correr pra encontrar billy mas a outra estava determinada em ganhar o chamado ghostface em seu próprio jogo.
— garota, você definitivamente é uma expert em filmes de terror! queria ter a chance de te foder como billy faz. — o homem na chamada parecia tão sádico e pateta que você desconfiou que não fosse o real ghostface e sim seus amigos tentando tirar uma com sua cara.
mas os elogios do assassino, a forma como ele te chamou de gostosa e disse que queria te foder como seu namorado faz te deu ainda mais confiança sobre si. só faltava uma última pergunta antes que ganhasse aquela brincadeira de mal gosto. a confiança se dissipava todas as vezes que lembrava como a vida do loomis estava completamente e somente em suas mãos.
— próxima pergunta: em child's play de 1988 é introduzido o assassino em série praticante de voodoo conhecido como o estrangulador de lakeshore. embora seja conhecido como chucky, qual nome do estrangulador?
essa pergunta te pegou de jeito. você arregalou os olhos, sentindo seu coração parar por dois segundos ou até mais tentando lembrar da história daquele filme. você assistiu a child's play uma vez quando era criança, na estréia, e te deixou aterrorizada. anos depois, mais especificamente três semanas atrás, seu namorado lhe obrigou a assistir afirmando que era tão ruim que chegava a ser uma obra prima mas você realmente não quis fazer isso, não prestava atenção em detalhe algum por ser tão idiota e não lhe dar medo, billy desistiu de te fazer ver o filme e tirou a fita do aparelho, trocando por outro que vocês já conheciam de trás pra frente. você se culpou, ele tentou fazer que você gostasse de algo que ele gostava, agora seria útil e você resolveu ignorar. sua mente te martirizou por um tempo antes da voz misteriosa soar novamente no pé do seu ouvido.
— tic tac. o tempo tá passando. — a voz era macabra porém cantarolava de alegria ao ver você ficar sem palavras.
— eu não sei. — gaguejou, tentou não parecer fraca ao falar com o assassino mas dessa vez você fraquejou. — andy barclay? — apertando os olhos, a voz do outro lado gritou, mudando a sonoridade brincalhona e sádica pra irritada.
— porra, você é burra, garota? — ele gritou, te assustando, quase lhe fazendo derrubar o telefone no chão. — andy barclay é o final boy, qual seu problema? a resposta certa é charles lee ray! caralho, você nunca assistiu aos clássicos, sua retardada?
você voltou a chorar. o som de uma pedra pesada passando pela janela de vidro atrás de você chamou sua atenção e te assustou, você virou na direção da janela pra ver os cacos de vidro espalhados no chão e a pedra parando a poucos metros de você.
— não se assusta, não. ainda não te dei motivos pra estar assustada. — seu choro já era barulhento o suficiente pra que o assassino pudesse te ouvir e se deliciar com a voz.
algo dentro de você te mandou ser abusada, aquela poderia ser a última vez que você confrontava alguém em sua vida então resolveu que não poderia gastar essa oportunidade, você amava confrontar os outros.
— e qual motivo você me daria pra ter medo?
— esse! — da porta de vidro atrás de você pulou um homem alto vestido com as roupas do ghostface, fazendo você gritar apavorada.
ele te agarrou e o telefone voou longe, você teve sorte que o assassino ainda estava desnorteado por ter dado de cara com a porta só pra lhe causar medo já que isso permitiu que você pudesse fugir de seus braços com um aperto frouxo. você se abaixou enquanto corria pra pegar o telefone, correndo escada acima para seu quarto com o assassino na sua cola. você bateu a porta antes que ele pudesse entrar, abrindo a porta do closet pra impedir a passagem quando ele tentasse abrir. o telefone tocou de novo na sua mão, você teve esperança que fosse um vizinho questionando o porquê da barulheira essas horas da noite, o ghostface fazia força contra a porta pra poder abrir e você não teve outra escolha a não ser atender esperando que não fosse ele tentado te distrair pra te matar de vez.
— eu te liguei mas deu linha ocupada, quem era? — você suspirou aliviada ao ouvir a voz do seu namorado, sabendo que ele não estava em perigo. — que barulho é esse aí?
— billy, por favor, socorro! o ghostface! ele está aqui! ele quer me matar! — os passos de corrida dele foram um alívio ao seu coração, ele estava correndo em direção a sua casa o mais rápido que podia pra tentar impedir sua morte e essa foi a coisa mais fofa que alguém poderia fazer por você.
a porta não poderia o segurar por muito tempo, você não tinha mais do que dois minutos antes que o ghostface entrasse dentro de seu quarto e te furasse por completo com sua faca afiada. você procurou algo pra se defender, esquecendo o telefone e o um possível billy falando algo do outro lado. você pegou uma tesoura pra usar caso ele entrasse antes que billy chegasse na casa porém você pode ouvir o som da porta da frente sendo arrombado, só poderia ser o billy vindo pra te defender.
do outro lado da porta estava o stu com sua fantasia, imerso demais em seus pensamentos psicóticos de matar você pra se quer notar o estrondo da porta. não demorou pra que ele fosse arremessado com muita facilidade pro outro lado da parede, se rendendo no instante em que reconheceu seu melhor amigo e a faca gelada de caça do moreno forçada contra seu pescoço longo. stu engoliu seco, sendo desmascarado por seu melhor amigo logo antes de receber um soco na cara tão forte que poderia esquecer seu nome.
— qual a porra do seu problema? — billy pronunciou antes de soca-lo de novo, dessa vez na boca, causando um pequeno corte em seu lábio. — eu já disse que ela não, seu doente!
você não podia ouvir a conversa de onde estava, billy se certificou de sussurrar pra que você não entendesse o diálogo que ocorria, você só era capaz de ouvir os sons de luta e alguns gemidos de dor, você não sabia se seu namorado estava levando a melhor ou morrendo lá fora. você quis sair pra ajuda-lo porém suas pernas te impediam.
— eu te disse que ia me divertir essa noite, você falou que poderia ser qualquer uma! — loomis sentiu seu sangue ferver ao ouvir o macher te chamar de qualquer uma, ele quase matou o stu naquele exato momento porém sabia que ele era uma parte essencial para seu plano então conteve sua raiva e vontade de mata-lo, limitando a apenas mais um soco na cara do cúmplice.
— ela não é qualquer uma, seu filho da puta de merda! por que você não se preocupa em matar a sidney invés da minha garota, seu desgraçado? desde o começo eu disse que ela estava fora de questão! — dessa vez billy se levantou, chutando stu na costela pelo menos cinco vezes antes de deixar o rapaz se reerguer com o rosto levemente ensanguentado, inchado e roxo.
— olha o que você fez comigo! como eu vou explicar isso amanhã na escola? — stu se olhou no espelho que tinha na parede do corredor.
billy deu seu último golpe no mais alto, segurando sua nuca e empurrando seu rosto em direto ao espelho, quebrando em pedaços e deixando o rosto de stu ainda mais ensanguentado e cortado.
— sai daqui agora, sua bichinha! — billy catou sua faca de caça do chão, colocando seu amigo contra parede com a faca apontada para seu rim esquerdo. — e é melhor você deixa a Y/N em paz se não você seja a próxima vítima do verdadeiro ghostface, tá me entendendo?
o mais alto acenou de pressa, não era a primeira surra que ele levava do loomis mas definitivamente havia sido a pior até hoje.
billy deixou que stu vestisse sua máscara e saísse de sua casa. ele correu até seu quarto depois de rasgar um pouco sua camisa e fazer uns cortes em si mesmo com a faca em mãos pra que você não desconfiasse.
— Y/N, você já pode sair, ele fugiu. — você abriu a porta para billy desesperada, o garoto te abraçou com força, manchando a blusa do seu pijama com um pouco do próprio sangue saindo pelo corte em seu braço. — calma, não precisa chorar.
— ele me fez pensar que você estava em perigo, billy! — você chorou em seu peito, sentindo o loomis fazer carinho em sua nuca.
era até engraçado ver a forma como billy podia ser gentil segurando sua nuca quando a minutos atrás ele segurou esta mesma parte do corpo de seu melhor amigo pra bater contra a parede.
— ele já foi embora, eu estou aqui agora. — billy segurou suas bochechas, levantando seu rosto, você se preocupou ao ver uma marca de corte em seu rosto. — enquanto você estiver comigo ninguém nunca vai te machucar, eu não vou deixar.
billy secou suas lágrimas, beijando um ponto embaixo do seu olho, misturando a umidade de seu choro salgado com a dos lábios secos dele. você nunca se sentiu tão protegida e acolhida. um sorriso apareceu em seus lábios ao ouvir aquilo de seu namorado.
— eu te amo tanto, billy! obrigada por ser um namorado tão incrível.
— eu também amo você, sua chatinha. — billy te puxou pra um beijo protetor e acalorado, te mostrando que todo aquele transtorno já passou e que você não precisava se preocupar porquê enquanto você amasse ele e vivesse por ele ninguém iria encostar em você.
você só não sabia que se o deixasse em algum momento ele iria até sua casa com uma faca de caça nas mãos, mas dessa vez não seria pra te proteger de um assassino.
32 notes · View notes
worldastrospace · 1 year
Text
Tumblr media
Doação de plotes/ideias de fanfics.
Regras:
1. Só adote se for realmente usar!
2. Cada pessoa só pode adotar duas ideias.
3. Dê os créditos ao criador das ideias @Alexpacial no spirit fanfics.
4. Assim que a estória for publicada, por favor, entre em contato para que eu possa ler!
5. Não use sem autorização!
Como adotar.
Entre em contato comigo pelas mensagens privadas indicando o número do plote/ideia.
Caso tenha gostado do plote e não conseguir desenvolver, pode entrar em contato pelas mensagens privadas ou no spirit fanfics, irei estar a disposição para ajudar.
Os casais podem ser adaptados!
Plotes/ideias.
1. Após a descoberta de um câncer mortal, YeonJun, um jovem universitário, aproveita ao máximo seus últimos meses de vida.
Indisponível.
2. Durante tempos caóticos, SooBin imaginava um mundo mágico, um lugar onde ninguém envelhece e todos são felizes. Sobretudo, o mundo e a alegria não passava de alucinações.
Indisponível.
3. BeomGyu a todo momento se perguntava: "Por que não sou eu?". O Choi todos os dias se sentava no banco da quadra esportiva do seu colégio, esperando que pelo menos um daqueles que dizem ser seus amigos o notassem. Era todos os dias assim, se humilhando por amizades que não valia a pena.
Indisponível.
4. Soobin estava perdido, o trágico acidente que matou seus pais o deixou louco. Todas as noites voltava para a época que era criança, mas quando acordava, retornava a vida triste sustentada por ilusões.
Disponível.
5. TaeHyun não era o tipo de garoto que vivia na internet, mas seu blog todos os dias era atualizado com vídeos das noites felizes que tinha com seus quatro colegas de classe e únicos amigos.
Disponível.
6. O caso de Choi YeonJun foi solucionado e fechado com Choi BeomGyu como culpado, mas o que não imaginavam, era que o assassino de YeonJun era o Havaiano que tinha uma paixão psicótica pelo mais velho. HueningKai não aguentou sentir ciúmes dos dois garotos e teve que tomar medidas drásticas.
Disponível.
7. BeomGyu estava mais que falido e precisava sustentar sua família. Em um momento inesperado, Kang TaeHyun entrou em sua vida e como dizem "se apaixonou a primeira vista". De início, o Choi recusou qualquer flerte vindo do Kang, mas ao descobrir que ele era rico, BeomGyu não deixaria sua família definhar na pobreza, então faria o que fosse preciso.
Indisponível.
8. As paranóias nascidas dos problemas mentais os destinaram a se encontrarem. O colégio nunca mais seria o mesmo depois da tragédia que meros garotos fizeram. E em suas palavras, todos mereciam o caos.
Disponível.
9. YeonJun dava o seu melhor diariamente; as melhores notas, o melhor comportamento, prestativo e gentil. Mas o gritos e brigas dos seus pais todos os dias o levou a fazer coisas que não deveria.
Disponível.
10. Adolescentes só queriam aproveitar. Do que adianta passar suas vidas presos a ilusão criada por seus pais? Contos de fadas não eram reais. Cinco garotos fugiram de suas casas em busca da verdadeira felicidade: liberdade.
Indisponível.
11. Enquanto a neve caía, Kai observou todos que já foram importantes em sua vida indo embora.
Disponível.
12. TaeHyun se culpava pela morte dos amigos. O carrossel carregava suas almas, todos os lugares que um dia frequentaram alegremente. Agora havia fantasmas o observando. Só restou ele e quatro almas aprisionadas na terra por causa do seu egoísmo.
Indisponível.
13. "Você pode me ver?". Soobin ficou perplexo quando um ser que se auto denominava fantasma surgiu dizendo ser seu namorado. (SooKai)
Disponível.
14. Todos diziam que Choi YeonJun era o mais lindo dos homens. O líder de equipe sem duvidas era belo, mas a chegada do novo residente deixou YeonJun bravo, pois agora havia concorrência, a beleza de BeomGyu era de longe, perfeita.
Indisponível.
15. Soobin secretamente nutria sentimentos por HueningKai, o garoto de pele bronzeada e o mais lindo dos sorrisos. Em um dia comum, Soobin recebeu a tarefa de ensinar o mais novo membro do clube de música a tocar piano: Kai. Além de ensina-lo a tocar, era também encarregado de ouvir a risada mais linda do mundo.
Disponível.
16. Sorrisos de dentes amarelos que causaram o fim da vida de YeonJun. Ele não havia se matad0, foi assassinado por julgamentos.
Indisponível.
17. Depois de uma desilusão amorosa, BeomGyu prometeu que nunca iria amar ninguém. Mais uma promessa para ser descumprida, pois os cabelos azuis de Soobin o obrigaram a dividir o fone de ouvido com o veterano.
Indisponível.
18. Os surtos, a mente apocalíptica, a forma que o aspirante a rockstar odeia o mundo fez YeonJun se ver perdidamente apaixonado pelas mechas brancas perdidas nas castanhas do cabelo de BeomGyu.
Indisponível.
19. TaeHyun gostaria de voltar no tempo, voltar ao momento em que conheceu Kai, porque viver o amor que vivem na atualidade o fazia desejar nunca ter o conhecido.
Indisponível.
20. Pobre pequeno Huening, desejava tanto sair do escuro que se perdeu nas ruas mau iluminadas de LA, foi quando as luzes se acenderam que percebeu que sua vida não passava de uma mentira.
Disponível.
21. Fogo nas rosas. Os sonhos de HueningKai o deixavam paranóico. Quem era o homem de cabelos vermelhos que mesmo no fogo, não se queimava?
Disponível.
22. No ano de 1972, BeomGyu desembarcou do seu trem na Coreia do Sul, o país da sua falecida mãe. Quando criança, o americano ouvia sua mãe dizer que encontraria a felicidade lá. E seu guia para encontrar a tão desejada paz, foi Kang TaeHyun, um estudante normal que voltava de mais um dia de aula.
Indisponível.
23. Soobin não tinha muitas ambições, apenas desejava ser o grande amor da vida de TaeHyun, mas Kai já tinha esse posto.
Disponível.
24. YeonJun, HueningKai, Soobin e BeomGyu tentavam alertar os riscos do mundo perfeito, mas TaeHyun estava tão feliz no lugar, que sua ambição falou mais alto, e isso poderia custar sua vida.
Disponível.
25. BeomGyu ficou em choque quando descobriu os planos de alguns colegas para tirar a vida de seu amado TaeHyun, com medo de piores resultados contra o namorado, BeomGyu tomou medidas drásticas e fatais.
Indisponível.
26. TaeHyun achava as pessoas mais loucas, extremamente atraentes. Talvez seja por isso que é loucamente apaixonado por BeomGyu. Não via problema em pular a janela da casa do Choi toda noite para velo dormir. Mas... No fim da história, quem realmente é o louco?
Indisponível.
27. BeomGyu se encontrava em uma posição de merda, posição essa que é; aceitar que os planos daquele que mais odeia estava o afetando. Sem duvidas estava apaixonado.
Indisponível.
28. YeonJun precisava apenas de um amigo, se apaixonar pelo único disposto a ser seu amigo não foi planejado, mas estava realmente apaixonado por Soobin.
Disponível.
29. E ele chorou de novo, por nada. Ele só não sabia como parar. Ele é lindo com seus cabelos longos, mas isso não importava, pois não sabia fazer as vozes da sua cabeça pararem. Choi BeomGyu só queria ajuda.
Indisponível.
30. HueningKai não era bom para BeomGyu, mas sempre que o garoto mandava mensagem no meio da noite para andar nas ruas de Nova York, sentia outro sentimento nascer e crescer em seu peito.
Disponível.
31. Soobin sempre foi um ótimo mentiroso. Uma das suas mentiras mais contadas e mais belas, era quando dizia a HueningKai que o amava, mesmo sabendo que seu coração pertence a YeonJun.
Disponível.
32. Soobin era viciado em abraçar o corpo de Kai e Kai amava se sentir acolhido nos braços do seu melhor amigo. Melhores amigos, isso que deixava o deixava triste todos os dias, não queria estragar sua amizade de anos por sentimentos secretos.
Disponível.
33. No canto do banheiro HueningKai abraçava seu próprio corpo, o celular ao lado marcava a décima sexta ligação perdida e sempre no fim a mesma mensagem ecoava: " por favor, escute o som do meu amor. Não vou parar de ligar até me ouvir".
Disponível.
34. TaeHyun, um extra terrestre nascido em Netuno, com a ajuda da tecnologia, conseguiu se comunicar com os seres humanos, especificamente com Choi YeonJun, um estudante de direito que ama astronomia. Por influencia do amigo, o ET se interessou pelo planeta Terra e pelo amigo humano.
Indisponível.
35. No reino do céu, Choi Soobin, um cupido iniciante, recebe a sua primei missão; juntar Huening Kai e Choi YeonJun. Porém, inesperadamente, encontrou-se em uma situação crítica; estava atraído pelos dois garotos que deveria juntar.
Disponível.
36. Quando criança, Soobin acreditava que Kai, o filho dos seus vizinhos, era um robo. Muitas vezes presenciou cenas que para uma criança era desuma; cair e não chorar, levar bronca e não expressar uma expressão de tristeza ou raiva, na verdade, Kai era muito calado. Mas foi quando cresceram que Soobin descobriu que HueningKai era o garoto mais gentil que existe e tinha o sorriso mais maravilhoso do mundo.
Disponível.
37. Sempre antes de dormir, BeomGyu observava a silhueta humanoide na sua janela, mais tarde veio a descobrir que o diabo estava a sua procura e que ele era a vítima do pacto dos mil anos.
Disponível.
38. Rivais das pistas. YeonJun era um piloto de corridas clandestinas, considerado um dos melhores corredores, se não fosse Choi BeomGyu, o cara que ficava flertando no meio das corridas.
Indisponível.
39. Para que seus pais não descubram seu segredo, HueningKai aceita ser o cachorrinho de BeomGyu, que descobriu o que tanto escondia e o ameaçou contar aos pais do estrangeiro.
Indisponível.
40. TaeHyun acreditava que apenas Soobin o entendia. Paranóico após ser rejeitado por seus pais, TaeHyun se privou de todo mundo. Mas Soobin estava disposto a trazer o lindo sorriso do Kang de volta.
Disponível.
41. O garoto bom se tornou mal, agora TaeHyun iria provar para YeonJun que se matando iria renascer. Depois de anos de relacionamento, o Kang cansou de ser traído e humilhado.
Indisponível.
42. Soobin desejou a uma estrela cadente que o garoto que tanto sonhava fosse real, então, em meio a uma loja de doces, os cabelos roséos de YeonJun o fez agradecer a estrela durante a noite.
Disponível.
43. BeomGyu considerava Kang TaeHyun sua babá. Cansados da rebeldia do filho, os pais de BeomGyu contrataram Kang TaeHyun para ser a boa influencia do Choi, em outras palavras, um amigo. Mas BeomGyu era insuportável, depois que o garoto entrou na vida do Kang, ela se tornou caos.
Indisponível.
44. BeomGyu e TaeHyun estão em um relacionamento de longos e duradouros anos, e queriam dar os próximos passos da relação, mas eram inseguros sobre isso.
Disponível.
45. Kai tinha que dar adeus a Terra do Nunca, mesmo que isso custasse as lembranças dos bons momentos. O lugar estava desabando, Huening estava caindo. Por causa do humano, seus amigos mágicos estavam desaparecendo. Deveria salvar NeverLand ou salvar sua vida?
Disponível.
Notas finais.
Tudo que foi escrito aqui é totalmente autoral, se caso algo for semelhante a alguma estória já escrita, tudo não passa de mera coincidência.
Obrigado a todos que leram e adotaram uma ideia, espero ter ajudado!
21 notes · View notes
readsbymerilu · 2 months
Text
resenha #10 | o pior dia de todos
Tumblr media
‟[...] tirou dois revólveres da bolsa e apontou para as meninas sentadas na primeira fileira, Que legal, pensei. Achei que era uma demonstração de segurança.”
avaliação: ★★★★★︱contém spoilers!
Daniela Kopsch, escritora e jornalista catarinense, formada em jornalismo pela PUC, em Curitiba, e especializada em Literatura pela UFRJ, estreiou no gênero ficção com sua obra em torno do Massacre de Realengo, O Pior Dia de Todos.
Daniela, que trabalhava como jornalista da Capricho na época, ficou encarregada de cobrir o Massacre de Realengo quando ocorreu, em 2011. Esteve presente na escola minutos depois da tragédia e nos dias que se seguiram pôde conversar com a família das vítimas e as crianças que sobreviveram ao episódio do dia 7 de abril de 2011.
A partir deste evento trágico, que tirou a vida de 12 crianças, Daniela decidiu trazer a vida a essência e homenagear os sonhos de cada uma delas.
‟Às 8 horas começamos uma aula de Língua Portuguesa, e às 8h15, estava tudo terminado.”
Nesta obra de ficção — mas que possui um fundo verídico — acompanhamos Malu e Natália, primas que cresceram como irmãs. A mãe de Malu nunca foi muito presente na vida da filha, e isso só piorou quando decidiu mudar-se junto ao namorado abusivo, enquanto grávida de sua segunda criança, deixando Malu sob os cuidados dos tios.
Malu e Natália sempre foram inseparáveis, crescendo juntas desde a infância nas periferias do Rio de Janeiro. Natália é a melhor em sua turma quando o assunto é escrever. Sonha em fazer jornalismo e poder mostrar suas histórias brilhantes ao mundo. Já Malu, sonha em passar em uma faculdade pública e poder seguir a carreira de médica.
O Pior Dia de Todos nos ensina, acima de tudo, sobre os obstáculos que a vida coloca em nossos caminhos e como devemos superá-los. E que, mesmo quando a vida se encontra em seus piores momentos, devemos manter as esperanças vivas.
Acompanhamos uma história que se passa em um cenário econômico precário, entre duas meninas que enfrentam doenças na família, tratamentos caros, oportunidades únicas que escorregam pela ponta dos dedos pela falta de dinheiro e desconfiança do desconhecido.
Com elas, aprendemos sobre sonhos, honestidade, adolescência, amor, amizade, perdão e luto, que inevitavelmente bate em nossas portas alguma hora, mesmo que injustamente. Somos brutalmente forçados a encarar a realidade de nascer mulher no Brasil. Homens de confiança ou não, que tentam tirar vantagens de meninas como Malu, meninas que são mortas por serem meninas, como Natália, e ao fim do dia 7 de abril de 2011, representar 83% das mortes na Escola Municipal Tasso da Silveira.
Natália e Malu podem não ter existido de verdade, mas a história que representam está ao nosso redor todos os dias. Aquela vizinha que engravidou na adolescência, aquela menina que não sabe como atingir o que almeja, aquela menina que sonha em ter uma mãe.
O livro não é apenas sobre o massacre, e sim sobre toda a vida que existia antes dele, e o que restou depois. Nesta obra, vemos a profundidade de algo que o noticiário só nos mostra por cima. Sabemos quem foi o assassino, sabemos os horários em que tudo aconteceu, os nomes de todas vítimas, mas Daniela não nos deixa esquecer que estes também tinham uma história a ser contada para o mundo. Metas, desejos, uma vida inteira a ser traçada com as cores mais lindas, mas que foram interrompidas por um obstáculo que não se tem como superar.
Natália, que no livro representa uma das 10 meninas mortas durante o massacre, vivia uma vida simples e feliz com seus tios e sua prima. Possuía animais de estimação que a amavam, um menino sobre quem gostava de escrever, um caderno com todos os seu sentimentos escondidos e uma carreira que, já na infância, estava decolando. Assim como ela, Daniela nos conta no posfácio do livro, todos os sonhos que viviam no corações das verdadeiras vítimas:
Bianca tinha treze anos, e queria ser professora. Luiza, catorze anos, engenheira. Karine, catorze anos, atleta olímpica. Gessica, quinze anos, militar da Marinha. Rafael, catorze anos, especialista em informática. Mariana, treze anos, modelo. Laryssa, treze anos, militar da Marinha. Igor, treze anos, jogador de futebol. Larissa, quinze anos, modelo. Samira, treze anos, veterinária. Milena, catorze anos, atriz. Ana Carolina, treze anos, queria apenas continuar estudando.
‟Mais uma menina. Mais um disparo.”
O Pior Dia de Todos nos mostra como a vida é um sopro, e como devemos nos apegar àqueles que amamos, não somente nas horas difíceis, mas sempre que nos é dada uma oportunidade.
Uma leitura obrigatória para todos que se consideram fãs de literatura e desejam se conectar mais com a face real do mundo.
𝐅𝐈𝐂𝐇𝐀 𝐓𝐄𝐂𝐍𝐈𝐂𝐀:
𝐞𝐝𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚: tordesilhas;
𝐩𝐚𝐠𝐢𝐧𝐚𝐬: 344;
𝐠𝐞𝐧𝐞𝐫𝐨 𝐥𝐢𝐭𝐞𝐫𝐚𝐫𝐢𝐨: ficção;
𝐚𝐮𝐭𝐨𝐫: daniela kopsch;
𝐜𝐥𝐚𝐬𝐬𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐜𝐚𝐨 𝐢𝐧𝐝𝐢𝐜𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚: +14;
𝐩𝐮𝐛𝐥𝐢𝐜𝐚𝐜𝐚𝐨: 1 de abril de 2019;
𝐥𝐢𝐧𝐤 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐫𝐚:
5 notes · View notes
strawberryttea · 11 months
Note
Como seria namorar o Niko? Ele seria um bom namorado?
ADM: mas gente do céu, que coisa é essa de querer saber se um assassino seria um bom namorado akakakakakak quer saber como ele é? Tá aqui então: Um bosta total. Ele é a mesma coisa de sempre e não vai mudar por você, ele só mudou pela Anna e nunca mais vai mudar por ninguém. Ele vai ficar com cara de cú, ele vai ser curto e grosso, se vc chegar nele assim: "se eu fosse uma minhoca vc me namoraria?" Ele na hora ia dizer "Não. Eu ia te matar" KEKEKEKEKEKEKEK gente o Niko é um horror de pessoa
12 notes · View notes
agarotainfernal · 9 months
Text
Olá, pessoal! Aqui é a Madame Stark, a garota infernal!
Eu estava vasculhando o Pinterest quando achei essa fanart:
Tumblr media
O plot da minha próxima fanfic é uma inspiração em um filme de terror, mas como eu gosto de coisas nada convencionais, mas que seguiria o padrão de alguns filmes slasher que é o clichê em que existe um grupo de amigos ou pessoas aleatórias que se encontram, mas que acabam juntas para fugir de um assassino X.
Pra quem achou isso familiar é porque apenas uma cena do filme de Pânico na Floresta que veio a ser traduzido como "A Floresta do Mal 2" que chegou a passar na TV uma vez, mas nunca mais achei o filme porque a tradução BR nunca tem a ver com o nome original do filme e eu não sei o porquê. Então, por esse nome eu não acho.
Sinceramente, eu não exploraria muito as cenas de carnificina, a violência extrema e sim faria mais aquele jogo de "gato e rato". Então pegar personagens aleatórios que morreriam ou humanizar maldições aleatórias apenas pra gente ter aquele gostinho da vingança. Traçar uma linha imaginaria e paralela entre uma maldição como o Mahito e uma personagem do próprio filme que acabou sendo partida em dois nesse filme seria interessante, mas ainda fico imaginando o quanto da classificação indicativa eu teria que abaixar só para ser mais leve e alcançar pessoas mais sensíveis.
Tumblr media
Partindo para a história em si, ficaria mais como um "terrir" do que um terror em sim e isso porque estamos falando de Satoru Gojo como um dos principais protagonistas. Imagine que ele é o fodão, mesmo em um Universo Alternativo e banque o MacGiver para salvar sua "amada loirinha" estressada, nosso querido Nanamin.
Imaginem então que começaria na empresa aonde Kento Nanami trabalharia com seu irritante e amado namorado, Satoru Gojo. A empresa seria voltada ao jornalismo. Então Nanami seria o jornalista executivo focado em matérias sobre assassinos em série e Gojo seria o editor e principal câmera dessa empresa. Kenjaku e Geto seriam irmãos gêmeos, ainda estou pensando se deixaria o Kenjaku em forma feminina como a mãe do Itadori ou algo do tipo, mas eles seriam os donos da empresa de jornalismo que mandariam Nanami e Gojo para ir entrevistar o serial killer local.
Os dois estariam em um carro diferente dos demais, então Mahito, Jogo e Hanami iriam em outro carro. A princípio eles se conheceriam no local, mas Mahito por ser caótico toma um rumo diferente e tem os pneus de seu carro furados. Isso porque ele não ouviu o que o caipira desdentado alertou para não ir pelo caminho da esquerda. Hanami lhe daria uma bronca, mas seria Jogo quem começaria a perceber que no meio da mata densa eles não estavam sozinhos.
Já com Satoru e Kento, eles teriam se atrasado devido a motivos de casais. Uma mãozinhas bobas de Gojo que resultou em muita reclamação. Ao chegar no local deserto o jornalista ainda se certificaria de que aquele era o local, e resolvendo perguntar para alguém o albino questiona o mesmo caipira que aos risos fala:
"— Não vão pelo caminho da esquerda! O garoto com cicatriz não me ouviu e já devem ter virado presunto!"
Isso preocupa Nanami, mas nosso querido Satoru Gojo não é flor que se cheira e resolve ir pela esquerda com o discurso de que seria mais perto ainda insistindo que se algo desse errado ele o protegeria com a sua vida.
Tumblr media
Lá em cima eu citei três outros personagens, mas vai ter mais. No entanto, sobrará apenas os dois para contar a história. Ainda no estilo de Jujutsu os dois sairão machucados. Isso tudo não passou de um resumo. Como falei não pretendo ser fiel a franquia de Pânico na Floresta ou tão pouco parei um terrir pastelão estilo Todo Mundo Em Pânico. Vai ser algo em meu próprio estilo, apenas me inspirei em uma cena específica de um dos filmes. Uma mistura de terror com romance.
Por hora é só, se atentem a mais atualizações. Fiquem com Deus, um beijo da garota infernal e até mais.
13 notes · View notes
vinnysimmer · 8 months
Text
My Mystery Story #2
Capítulo 4: Os Segredos de Judith Ward
O interrogatório da família da famosa atriz estava sendo um dos mais complexos para os detetive Fernando e Luke. Desde o assessor aos filhos mais novos, todos pareciam ter um motivo para assassinar a atriz; seus depoimentos estavam cheios de inconsistências, com álibis fracos ou que os faziam parecer ainda mais suspeitos sem contar as mentiras ou os fingimentos. No fim do dia, já era possível vez o jovem marido de Judith Ward cedendo entrevistas a todos os plantões com seu choro copioso, e o sutil consolo do ex-assessor; os filhos da atriz pareciam estar se confortando e talvez, se conhecendo melhor já que Diana nunca foi muito presente na vida deles - talvez pelo fato de sua mãe ter sido mais presente para eles do que para ela. Fernando acreditava que todos os familiares dela passavam pelo luto e o choque, diferente de seu parceiro Luke. A única coisa em que Luke concordava naquele momento com seu parceiro, era que - baseado nas reações dos vizinhos em suas redes sociais - seria difícil, mas não impossível, encontrar o verdadeiro assassino de Judith Ward.
Os familiares de Judith estavam hospedados no melhor hotel de Del Sol Valley - exigido pelo próprio filho Damien - já que a Mansão Ward agora era uma cena de crime. Até a meia-noite, os policiais reviraram toda a casa por mais pistas, até que chegou ao detetive Luke - que já se preparava para sair da delegacia - um caderno rosa lacrado como uma prova onde escreveram "Diário da Vítima", sem pestanejar, Luke recolheu a evidência antes que as misturassem com as outras. Ao chegar em casa, e se preparar para dormir, Luke decidiu que sua leitura da noite seria o diário da famosa Judy Ward.
Tumblr media
Ele folheou o início - passando rapidamente os olhos - e viu que Judy teve uma infância triste e um tanto sofrida, até chegar na parte onde ela conheceu o suposto pai de Diana na época; graças ao estudo que Luke fez quando cursava psicologia em Foxbury, rapidamente ele reconheceu o perfil adúltero do novo namorado de Judy, sem contar a grande ambição da atriz… a história foi ficando mais emocionante e um tanto sinistra conforme ele foi lendo as pequenas conquistas de Judy e como ela se tornou famosa às custas de muitas pessoas e atos terríveis - que facilmente poderiam ser o motivo de seu assassinato e não surpreendeu Luke nem um pouco (Judy chegou a matar pela fama e ambição pela riqueza, mas ela não estava mais ali para pagar por aqueles crimes, alguém tinha se encarregado de fazê-la pagar, provar do próprio veneno…), seus casamentos que acabaram tristemente.
Tumblr media
Até que ele avançou para o final onde as palavras de Judy pareciam apenas de uma pessoa cansada, triste e depressiva, ela havia escrito frases do tipo: "Eu cansei de brigar!", "Eu estou cansada de tentar provar pra todo mundo que eu não sou quem a maldita mídia e os outros pensam de ruim de mim!", "Eu tenho sentido minha estrela da fama se apagando, as pessoas só pensam o pior de mim, talvez eu realmente mereça todo esse ódio", "Hoje eu flagrei o Braydon aos beijos com o Zayne, eu fiquei com raiva na hora, mas eu sei que ele é um cara legal, e o tempo está passando a cada dia pra mim, não importa quantas plásticas eu faço, uma hora a morte vai chegar, talvez seja hora de eu amarrar minhas pontas soltas, e tentar mudar pra mim mesma ao invés de mostrar para os outros!".
Luke olhou a hora e viu que já estava tarde e ele teria um dia longo para interrogar cada vizinho no dia seguinte, marcando onde parou e deixando o diário de lado e se deitando - tomando total cuidado para não pensar em seu ex-affair, Luca Maglioni, foi doloroso vê-lo chorando por alguém que não sentia o mesmo por ele, e assim ele voltou seus pensamentos para as últimas palavras de Judith Ward. Ela estava tentando mudar; talvez ela tenha morrido arrependida ao até mesmo triste por não ter conseguido cumprir tudo que queria… e por um instante, Luke começou a sentir pena daquela famosa atriz.
Créditos: A todos os criadores de Sims e CCs usados nesta história!
5 notes · View notes
navstuffs · 1 year
Note
Depois de descobrir seu blog, suas fanfics (que são maravilhosas, aliás) e que você é brasileira, eu tive que tomar a liberdade de vir aqui fazer a request em português, é tão difícil achar ficwriter brasileiro que compartilhe do mesmo fandom, evento raríssimo hshssj enfim! Se tratando de request agora, como você está escrevendo para o Assassino que é simplesmente l'amore della mia vita, me peguei imaginando como seria uma reader escritora/poetisa que teria o Ezio como fonte inspiracional, aquele romance bem bocó sabe? Com ela escrevendo detalhes que se encaixam nele e ele todo bocó de amor descobrindo, chega a manteiga derrete só de imaginar shshsh meu Deus isso aqui tá enorme, desculpa, me empolguei, enfim, continue fazendo seu trabalho incrível e que me tirou sorrisos enquanto lia, beijocas de morango <3
Cartas de Amor
Casal: AC2!Ezio x Leitora
Sumário: Você manda cartas para Ezio, como forma de acalentar seus corações.
Avisos: escrita em pt-br, melhores amigos à namorados, dois bobos apaixonados, namoro à distância, descrição da leitora não é mencionada, sem uso de s/n
Notas da Autora: primeiramente, quero pedir desculpas pelo tempo que demorei a escrever seu request. eu queria fazer o mais perfeito que eu pudesse e eu devo ter uns 3/4 rascunhos dessa fanfic. segundo, eu me sinto honrada pelo seus elogios. eu fui lendo sua ask e meus olhos foram enchendo de lágrimas pq apesar de eu escrever em inglês agora, eu iniciei em português. só quero te agradecer pelo pedido e a grande responsabilidade que foi escrever . essa fanfic já é meu xódo só por ser em português. espero que você goste! <3
Você e Ezio se conheceram ainda crianças em Florença. Sabe quando você vê uma pessoa pela primeira vez e fica momentaneamente sem palavras? Foi assim que Ezio sentiu. O garoto de dez anos estava calado e envergonhado, algo extremamente raro para Ezio.
Vocês se tornaram bons amigos e era muito engraçado para você a maneira que Ezio se encabulava. Aos dezesseis, Ezio pediu aos seus pais se ele podia cortejá-la, o que eles aceitaram. Após a morte da família e a fuga de Ezio de Florença, você achou que seria esquecida. Ezio retornou a cidade na mesma noite para buscar você e seus pais, que eram considerados também traidores.
Ezio admitiu que iria se vingar de todos que haviam matado sua família, e que não iria te culpar se você quisesse continuar sua vida. Você negou veemente, dizendo que iria ajudá-lo com a vingança e nunca desistiria dele. Ezio, obviamente, não aceitou sua ajuda por razões óbvias.
— Não vou conseguir me concentrar sabendo que você pode estar em perigo, tesoro.
Você até tentou argumentar, dizendo que podia cuidar de si mesma, sem sucesso. Você estava presa a Vila Monteriggioni. Pelo menos, você tinha Claudia Auditore como amiga e confidente. A ideia de mandar cartas para Ezio partiu dela, na verdade.
— Você tem certeza? Não quero incomodar. 
— Incomodar? Meu irmão está apaixonado por você. Acho que vão mais ajudar do que incomodar.
Naquela mesma noite, você decidiu escrever sua primeira carta. Ezio só foi receber dois dias depois, estranhando o envelope estranho no pombo mensageiro. Ele ficou mais surpreso ainda quando reconheceu sua caligrafia, os olhos percorrendo rapidamente pelo papel.
Querido Ezio,
Como você está? Espero que bem. Claudia me deu a ideia de escrever para você, mas realmente não sei o que dizer. Tudo está bem por aqui. Eu tento ocupar minha mente com livros ou em ajudar Claudia, mas tirando isso não sei bem o que fazer.
Eu sei que vai demorar um pouco para nos vermos, por isso, gostaria que você soubesse que sempre o guardo nos meus pensamentos. Se você está bem, se está ferido, se está dormindo bem, se está comendo bem. Queria tanto estar com você para poder ajudá-lo de alguma forma...
Aliás, não precisa se apressar a responder essa carta. Sei o quão ocupado você deve estar, mas espero que possa transmitir só um pouco do meu amor por você. 
Se cuide por favor,
Sua bella.
Ezio sentiu seu coração batendo mais forte a cada palavra lida. Era sempre assim quando o assunto era sobre você: como se tudo que tivesse acontecido até então, desaparecesse. Toda tristeza, mágoa, raiva não existiam mais e e um sentimento muito bom instalava-se em seu peito.
Era como se ele tivesse dezesseis anos novamente e tudo estava bem. Seu pai e seus irmãos estavam vivos, Maria e Claudia estavam felizes e ele teria pedido sua mão em casamento. Ezio fechou os olhos, dobrando a carta e guardando perto de seu coração. Assim, talvez, não doeria tanto ficar longe de você.
A segunda carta chegou três semanas após a primeira, em San Gimignano. Você não sabia se ele tinha recebido pelo menos a primeira e se tivesse, se Ezio poderia responder. 
Você também se sentiu mais confiante em sua escrita dessa vez. Era confortante e até ajudava um pouco com a angústia de não vê-lo.
Querido Ezio,
Como você está? Espero que esteja se cuidando. Seu tio me avisou que você está em San Gimignano agora, por isso espero que essa carta tenha chegado corretamente. Claudia está bem, sua mãe está bem. Eu e minha passamos algumas tardes com ela, falando sobre qualquer coisa e acho que vi ela sorrindo uma vez, mas pode ter sido uma ilusão.
Enquanto a mim, fico procurando ser útil. Durante o dia, estou sempre realizando tarefas, me ocupando. A noite, bom, não é fácil. Sinto tanta saudades de você, mio amore. Às vezes, subo no seu quarto e fico aguardando você aparecer de repente.
Quero tanto sentí-lo, tocá-lo. Me jogar em seus braços e esquecer de todo mundo lá fora. Quero beijá-lo. Sinto até falta dos seus flertes bobos. Mas principalmente, do seu sorriso. Aquele que me fazia me sentir a pessoa mais especial do mundo. E da sua risada! Céus, a sua risada é meu som favorito desse mundo! Acho que porque é tão bom te ver feliz, Ezio.
Estou aguardando seu retorno. Volte para mim inteiro, por favor? 
Sua bella.
Ezio dobrou o papel, encarando a San Gimignano a sua frente, a cidade se prepando para dormir. Havia sido um dia bom: ele tinha conseguido matar Bernado Baroncelli, conspirador da tentativa de assassinato de Lorenzo de' Medici. Ezio tinha até tentando te responder, mas as últimas semanas tinham sido tão ocupadas.
Ezio te entendia perfeitamente: as noites eram sempre mais difíceis. Ele não conseguia dormir, e nas poucas vezes que se obrigava a descansar, tinha pesadelos de seu pai Giovanni e seus irmãos sendo enforcados. Ezio acordava suando e tremendo, com terríveis pensamentos em sua mente. Ele se via procurando por sua carta, que ele sempre deixava embaixo do travesseiro e a segurava inconscientemente enquanto se acalmava. 
Por mais que Ezio quisesse voltar para você, ele sabia que não podia. Não agora, pelo menos. Guardando a carta em seu peito, Ezio pulou na escuridão.
BÔNUS: 
Você tinha acabado de entrar na mansão Auditore, quando ouviu Claudia chamando seu nome com urgência. De início, você ficou apreensiva, esperando que fossem más notícias, mas ao vê-la acenando com um pequeno envelope na mão e um sorriso feliz nos lábios, você engoliu em seco.
— Finalmente o idiota do meu irmão respondeu! Chegou hoje de manhã. Eu pedi pra irem te procurar, mas não te encontraram!
— Fui levar ums sacola pesada de frutas para uma senhora até fora da Vila — Claudia te ofereceu a carta, sorrindo animada e você pegou, as mãos tremendo. 
Você segurou a carta por alguns momento enquanto Claudia te olhava com expectativa. Quando você não fez nenhuma menção de abrir a carta, Claudia revirou os olhos.
— Vai, vai abrir a carta! Não quer ler o que o seu precioso Ezio tem a dizer? O quanto ele sente sua falta? O quanto ele quer te bei—
— Tá bom, tá bom — Você se virou para sair, mas antes, virou-se de novo — Obrigada Claudia.
Claudia fez como um não-há-de-quê com as mãos e você correu para a parte favorita da mansão, ou seja, o quarto de Ezio. Você subiu as escadas e sem fôlego algum, sentou-se na cadeira. Sem paciência, você rasgou o envelope, os olhos percorrendo cada linha da carta.
Mia cara,
Espero que não tenha ficado chateada pelo tempo que levei a te responder. Estou ocupado, mas o medo de não te responder do jeito que você merece foi o que segurou. Por isso, me desculpe. 
Estou em Veneza agora e a cidade é linda. Lembra que me dizia que um dia você queria vir para cá? Pois, eu entendo agora o porquê você gostava tanto dessa cidade. Mal espero poder trazer você aqui, num futuro próximo.
Como você está? Como estão suas noites? Não se engane, eu entendo perfeitamente o que disse sobre as noites. Elas são vazias e frias sem você ao meu lado. Veneza ajuda a matar um pouco dessa saudade: a cada esquina, eu me lembro do seu sorriso, sua presença, seu amor. 
Você não sabe o quanto dói ficar longe de você. Sei que você gostaria de ficar perto de mim, tesoro, mas a possibilidade de algo acontecer com você e ser minha culpa seria demais para mim. Eu não saberia viver em um mundo no qual você não existesse.
Paciência nunca foi o meu forte. Suas cartas ajudam tanto. Eu as guardo perto de meu coração como uma promessa para voltar para ti. Quando estou fraco, ou em um momento ruim, eu me lembro de você e continuo. 
Por favor, não me odeie tanto. Você é a coisa mais preciosa do mundo para mim. Mal espero em tê-la em meus braços novamente. 
Com todo meu amor,
Ezio
As lágrimas começam a percorrer seu rosto e você engole em seco, limpando-as com a palma da mão. Você se sente impotente, inútil por não estar lá para ajudá-lo. Principalmente, porque você sente tanta saudades de Ezio que dói dentro do seu íntimo. 
Mas, você entende que deve ser paciente. Você aperta a carta em seu peito, desejando que talvez no futuro, vocês poderão viver tranquilamente. Nada de assassinatos, templários ou qualquer coisa do tipo. Só você e Ezio, vivendo uma vida simples e feliz. Você fecha seus olhos, imaginando esse futuro, um sorriso tímido aparecendo em seus lábios. 
21 notes · View notes
vvitching-writer · 1 year
Text
Amigos de infância (TCM oneshot)
Tumblr media
Resumo: Thomas Hewitt estava perseguindo a última vítima do dia, quando, no meio do caminho, encontra um rosto familiar ― ou seria uma máscara?
CW: +18, violência, g*re, sangue, menções de c*nibalismo, palavrões. Palavras: 1131 Fandom(s): The Texas Chainsaw Massacre (1974), The Texas Chainsaw Massacre: The Beggining (2003) Pares: Thomas Hewitt x Bubba Sawyer (platônico) English translation: *coming soon*
Tumblr media
Os gritos da mulher e da serra elétrica só aumentavam a adrenalina na corrida de Thomas. Ela não iria escapar.
Os dois, assassino e vítima, cortavam a vegetação densa com toda a energia que suas pernas aguentavam. A noite talvez não ajudasse muito, mas apenas os sons que eles emitiam eram o bastante para identificar para onde deveriam ir ― ou de onde deveriam fugir. O suor grudava a máscara recém-arrancada do namorado daquela mulher no rosto do slasher e o couro atrapalhava um pouco sua respiração, mas o medo de deixá-la fugir e denunciar sua família para as autoridades era muito maior que esse incômodo. 
Correram uns bons quilômetros mata adentro, muito provavelmente chegando perto da propriedade vizinha à dos Hewitt. Foi então que, surgindo entre a folhagem, uma luz forte iluminou a silhueta da mulher. Foi possível ver que se tratava dos faróis de uma caminhonete. 
Um motor se aproximou, tão de repente quanto as luzes, mas não era do veículo.
Thomas, assim como a mulher que perseguia, parou ao avistar a figura que vinha na direção deles ― uma figura familiar. Seria um reflexo de si mesmo, se não tivesse reconhecido nos grunhidos indefinidos o vizinho que lhe mostrou que não era o único no mundo com problemas de autoestima:
Era o garoto dos Sawyer.
Crescido, mascarado e com sua própria serra elétrica.
Os dois se conheciam desde a infância, uma vez que suas famílias trabalhavam juntas no mesmo matadouro e moravam próximos. Chegou a ver o rapaz algumas vezes na escola, mas logo soube que sua família optou por educá-lo em casa ― os moleques que tiravam sarro com o rosto de Thomas eram ainda mais cruéis com o jeito inocente e abobalhado do outro.
Luda Mae, doce e solícita como era, levava o filho quando ia visitá-los com dó de que o menino crescesse sem amigos. Assim começou uma amizade que duraria até o início da vida adulta, quando um começou a trabalhar e o outro permaneceu isolado em casa. Parece que a família de Bubba não queria que o mundo o machucasse novamente.
E aqui estavam eles: reencontrando-se no mesmo local em que passavam horas a fio brincando enquanto suas mães tomavam chá na varanda de casa. Apenas a brincadeira de bola fora substituída pela perseguição sangrenta por pessoas.
A mulher parecia mais apavorada do que antes, agora com dois maníacos da serra elétrica encurralando-a no meio do nada. Com a tensão palpável paralisando os dois brutamontes, contou até três e saiu em disparada rumo à estradinha de terra que avistara graças ao veículo.
― Bubba, não fique aí parado ― alguém cortou a tensão. ―  Vai atrás da vadia!
Thomas surpreendeu-se com a voz masculina vinda da caminhonete.
Atordoado com a fuga da mulher, o Sawyer mais novo pôs-se a correr com sua arma cantando tão alto quanto a de Thomas. Este assistiu impressionado à velocidade e loucura com que ele a perseguia, até que alcançasse a pobre vítima no meio da estrada.
A luz da caminhonete não conseguia iluminar o estrago que estaria fazendo, mas, após alguns horríveis instantes, a agonia da mulher cessou. Bubba bradou sua serra elétrica no ar, aplaudido pelo homem que também comemorava ao saltar do veículo.
Era Nubbins, um dos irmãos mais velhos de seu amigo. Nunca gostou muito dele, que sempre atrapalhava o divertimento deles querendo intervir em seus jogos. Ele também nunca tratava Bubba tão gentilmente assim, o que, pelo visto, não mudou.
Bubba é outra pessoa, pensou Thomas. Não via mais o garoto desajeitado e assustado de sua infância. Ainda tinha o mesmo problema de fala, sim, mas agora estava imponente. Talvez fosse a intimidação da arma, ou talvez fosse a segurança da máscara ― ele conhecia esta última muito bem. Mesmo afastados, era incrível como suas vidas estavam interligadas até mesmo nesse tipo de coisa.
― Hewitt? É você mesmo?
Desligou a serra elétrica, o peso dela cansando-lhe os braços.
― Hey, Bubba! Olha quem tá aqui! Ah, seu filho da mãe, vocês também caçam gente! Depois que o…
Thomas não estava nem um pouco a fim de interagir com Nubbins. Ou com qualquer um que fosse. Só pensava no caminho extenso que teria que pegar até a sua casa e no banho que tomaria antes de capotar na cama. Botar conversa fora conseguia ser mais cansativo do que perseguir sua própria comida.
O som de mato sendo pisado e amassado o fez virar o rosto. Encarando-o olho no olho, o outro Sawyer ― seu terno azul todo respingado de vermelho ― vinha arrastando o corpo dilacerado da vítima pelos cabelos. Era um gigante mascarado mostrando a que veio. Um garoto que se tornou mais do que acreditavam que iria se tornar, mesmo sujando as mãos para tal.
Quanta coincidência…
Tommy queria perguntar tantas coisas ― o que aconteceu com você? por onde esteve? desde quando tem essa serra elétrica? que maquiagem é essa na sua máscara? ― mas o outro agiu mais rápido: resumiu tudo isso e mais um pouco num abraço de urso.
A serra elétrica escapou de sua mão. Sentiu os olhos marejarem. Há tempos não via alguém da sua idade que o pudesse abraçar como amigo.
Amigo, a palavra ecoou em sua mente.
Sem jeito, retribuiu o gesto. Bubba o balançou numa cadência alegre, enquanto balbuciava sílabas igualmente felizes. Os dois Leatherfaces ficaram assim até que Nubbins cortou o clima do reencontro.
 ― Vamos, já deu dessa melação toda ― afastou os dois amigos com dificuldade.
O Sawyer mascarado segurou o cadáver ao seu lado novamente pelos cabelos e, com uma bela pisoteada, quebrou o que já tinha sido a coluna da mulher. Ergueu a parte superior daquele corpo ensanguentado para o irmão, apontando da vítima para Thomas.
 ― Dividir? Isso aí não dá nem pra dois dias, seu idiota.
Bubba balbuciou insistentemente. Nubbins bufou ao revirar os olhos.
― Tá bom, vai. Mas é você que vai explicar pro Drayton porque ficamos só com as pernas.
Contente com a barganha, entregou ao amigo sua parte da caçada. Thomas jogou o presente sobre o ombro, pegando sua arma do chão logo em seguida. Olhou uma última vez para os vizinhos, nostálgico pelo reencontro ― a lembrança dos três ainda crianças passando diante de seus olhos.
A boca formou um sorriso por baixo da máscara, então despediu-se com um maneio de cabeça e da serra elétrica.
Caminhou de volta para casa ao som de grilos e das implicâncias daqueles dois irmãos. Abraçado pela escuridão, não se incomodou tanto com o longo trajeto como previa. O dia podia ter sido puxado, mas dormiria melhor sabendo que, mesmo desempregado, ainda não havia perdido os laços com Bubba.
Estava decidido: pediria à Luda Mae que o acompanhasse numa visita aos Sawyer no dia seguinte.
18 notes · View notes
cherrywritter · 6 months
Text
Irmãos
Mansão Wayne – Bristol, Gotham
2ª semana de julho, 00 horas e 31 minutos
Damian estava entre a fresta da porta do meu quarto há pelo menos quinze minutos. Sua energia demonstrava que estava mais calmo e essa foi a primeira vez em dias que ele veio até mim sem que eu o chamasse.
Nosso pai teve que viajar a negócios e Alfred o seguiu para auxiliá-lo. Ele acreditou que me enganou, mas eu sabia muito bem que quando Alfred ia com ele, com certeza estava em uma missão paralela para a Liga ou de cunho pessoal. A mansão ficou sobre minha responsabilidade junto com a obrigação de colocar Damian na linha até que ele retornasse para Gotham.
Estava tarde e se o deixasse mais um tempo plantado no corredor, ele não acordaria devidamente disposto para a aula na Academia de Gotham. Também teria que ter ao menos meio período de aula, então não poderia me demorar mais do que uma ou duas horar para terminar meus relatórios. Tim e Dick foram para as ruas realizarem a ronda. Era noite de folga do Dick e não iria atrapalhar.
- Você devia estar dormindo. – Comento.
- Devíamos estar nas ruas no lugar dos dois babacas. – Resmungou.
- Damian. – O repreendo e ele bufa.
- É verdade que você e o Superboy são amantes?
- Não dizemos amantes, Damian. Dizemos namorados e espero que não arrume confusão com ele como arrumou com todos os Robins. – Ele bufou novamente e deu de ombros.
- Você namora com o outro projeto de Cadmus? – Disse bem insinuativo. Virei-me para o lado da porta e mostrei estar desapontada. – Desculpa. – A palavrinha mágica que ensinei estava surtindo efeito. – Parei. Posso entrar? – Assenti. Ele caminha até minha cama e se senta nela. – Ele ainda está bravo pelo o que fiz com o Tim?
- O que você acha? – O encaro séria. – Você quase o matou. Já disse que não é assim que as coisas funcionam. Aqui é diferente. Tente entender isso e não crie uma competição sobre quem é o melhor Robin de todos os tempos, ninguém liga, só você. Não vivemos em competição, somos uma equipe. Entenda.
- E como você entendeu? – Sua pergunta foi um tanto curiosa.
Damian podia ser humano, mas já havia passado por muitas e até situações piores que as minhas. É perturbador como o ser humano é capaz de fazer de tudo para conquistar o poder. Certo dia, quando estava no meu laboratório, ele apareceu com cadernos e mais cadernos cheios de papéis soltos, fotos, desenhos. Não disse uma palavra. Apenas os deixou lá e foi embora. Minha curiosidade bateu, mas esperei alguns dias até que tivesse a certeza de que ele havia deixado seus arquivos lá para que eu investigasse. Meu questionamento foi de como ele havia conseguido todos esses arquivos estando em Gotham.
Seu crescimento foi acelerado assim como o meu e de Conner. Foi treinado para ser um assassino e, consequentemente, teve fraturas e lesões graves. Seus órgãos foram clonados e substituídos várias vezes assim como ele também fazia uso do Poço dos Lázaros, que seu avô utilizava para se curar e evitar a temida morte. Talia o jogou na Liga dos Assassinos e ali ele foi criado como um. Não conhecia outro mundo nem outro estilo de vida. Tinha muito de mim nele.
Eu o via como um brinquedo nas mãos de sua família materna. Quando quebrava, era levado para o conserto e colocado em jogo mais uma vez. Isso evitava falhas, mas ele continuava sendo uma criança humana. Uma criança de dez anos que passou por lavagem cerebral e que tinha dez anos há pelo menos cinco anos.
- O último ano em Cadmus foi crucial para que eu entendesse. Já havia me comprometido demais com as exigências deles. Já havia visto o mundo externo pela mente de alguns funcionários e depois consegui me conectar aos sistemas e adquirir informação externa com segurança e sem influência. Aprendi o que realmente era fazer o certo: salvar vidas. Naquele ano, um pouco antes de fugir, teria que realizar um atentado terrorista que mataria centenas de bilhares de pessoas. Disseram que isso seria o diferencial para um mundo melhor, mas era mentira.
- Você fugiu por que não queria matar? – Ele parecia um pouco confuso já que matar sempre foi natural diante da sua criação.
- Não era o certo a se fazer, mortes não resolvem problemas. Só incitam mais violência e iniciam ou pioram guerras. – Me sentei ao seu lado. – Matei muitos pelas minhas próprias mãos, a distância por armas e por meio de sistemas. – Puxo o ar e esvazio todo o peito. – Eu sei matar. Quando tinha sua idade cheguei a sentir prazer com isso porque, de certa forma, era um jogo e eu queria vencer. Aprendi história, sociologia, filosofia. Tudo foi se encaixando e mostrando o caminho do bem. Enfim, sei o seu lado melhor do que qualquer um aqui. Apenas tente separar nessa cabecinha que você não é obrigado a eliminar todos.
- Existem pessoas que não deveriam ter permissão para estarem vivas. – Disse baixinho, quase que em um sussurro.
- Sim. Existem pessoas que não deveriam estar respirando o mesmo ar que nós, mas temos que ser diplomáticos na guerra. Assassinar alguém tem que ser o último recurso. Vamos dizer que se você não matar o Bane, o mundo explode e todos morrem. É uma necessidade estampada na capa do jornal, não acha? – Ele assentiu. – Tente pensar assim.
- Não é tão simples. – Resmungou.
- Nunca vai ser, mas se há dificuldade é porque vale a pena. Se você se sente parte deste império, tente. De orgulho ao nosso velho e pare de ser um pirralho mimado e egoísta. Você tem muito o que aprender sobre o mundo real. A vida não é como te mostraram. Fiquei dois anos nas ruas e aprendi muito sobre a realidade. Demorei seis meses para me adaptar ao estilo Wayne. Para confiar nas pessoas. Me entregar a elas. Lá fora não é fácil...
- Me treinaria se eu pedisse? – Sua fala me surpreendeu e me fez sorrir.
- Apenas se me prometer que vai lutar para mudar.
- Eu prometo, Victoria.
- Ótimo. – Bagunço seu cabelo e o vejo levemente irritado, mas segurando um sorriso tímido. – Agora vá dormir, pode ser? Você tem aula de violino amanhã e depois tenho plantão em Arkham.
- Depois vai passar a noite no hospital? – Assenti.
- Te pego no meu intervalo e te deixo na Torre ou você pode ficar lá comigo. Meu turno vai acabar as duas da manhã no máximo. Combinado?
- Combinado. – Sorri. Tivemos uma boa conversa. Pensei que demoraria mais para que conseguíssemos. Isso me deixava feliz. De verdade, estava feliz.
- Boa noite, Damian.
- Boa noite, Victoria.
Meu irmão seguiu para seu quarto e caiu na cama, literalmente. Tinha um estranho costume de se jogar nela como se todo dia fosse o dia mais cansativo de sua vida. Talvez fosse cansativo ser o bom garoto.
Em relação aos relatórios, ainda não me conformava em ter uma única e gigantesca pasta dedicada ao caso e tratamento de Jonathan Crane. Estava conseguindo desenvolver longas e progressivas conversas com ele, além de perceber que estava tomando com mais frequência os remédios que eu havia prescrito. A frequência se resumia a três ou quatro vezes na semana. Era um progresso de qualquer forma. Meus outros pacientes não eram tão teimosos e suas pastas não chegavam a dez porcento da de Crane. Os via com menos frequência devido ao bom comportamento deles e a grande evolução. Tinha apenas três pacientes que eram casos perdidos.
Depois que terminei, enviei os últimos arquivos para meus tutores na esperança de que pudessem me aprovar para que eu conseguisse o diploma sem que eu completasse integralmente a carga horária exigida até a data estipulada. Queriam que eu desenvolvesse pelo menos mais três a cinco meses de estágio para contemplar a carga, mas todas as minhas avaliações eram de excelência. Chega a ser até um pouco tedioso essa situação, mas não queria me perdurar. Queria entrar em 2023 formada e apenas aguardar a tão estimada formatura.
Com tudo arrumado, separei o uniforme de Damian e o deixei pendurado no cabideiro do seu quarto. Ele dormia tão profundamente que nem me escutou entrar. Continuava com o velho costume de dormir com uma adaga perto do apoiador ao lado da cama. Também se remexia muito durante o sono e isso fazia com que eu pensasse que fossem reflexos do corpo transpassando os traumas enquanto dormia. Às vezes ele acordava gritando. Gritos de dor. Era assustador.
Já no andar de baixo da mansão, após limpar o superior inteiro, me direcionei para a cozinha para fazer a comida da semana, congelar as marmitas e deixar o café da manhã preparado. Quando Dick fazia sua estadia na mansão, o terror culinário acontecia. Não havia sequer uma comida que tivesse o cheiro e o gosto agradável. Ele acabava com a dispensa e deixava nada adequado para consumo. Era um furacão categoria cinco sem dúvidas. Certa vez Tim disse que podia ver a comida se mexendo sozinha como se fosse um mini alienígena gosmento. Todos riam.
O dia amanheceu.
Preparei o café da manhã caprichado para Damian e Tim com pequenas tortas de maçã, panquecas, waffles, suco, mel, geleia e frutas picadas. Dick nem tinha saído da batcaverna depois que chegou.
Desci com o auxilio do elevador até encontrar Dick, que ainda trajava o uniforme de guerra, mas sem a máscara. Tinha o mesmo péssimo costume do mentor de não tirar a maquiagem dos olhos ou tirar de maneira preguiçosa. Com um enorme copo de café bem forte com creme, um lanche reforçado e uma torta, caminho até ele, deixo a bandeja em cima da mesa auxiliar e o cutuco para que acorde.
- Dick, acorda. Você dormiu na cadeira de novo. – Nenhum sinal de consciência é detectado. Parecia um morto. – Dick, se não acordar, vou dar choque em você que nem da última vez.
Um resmungo audível foi solto, mas parecia que ainda era do sonho que estava tendo. Ele tinha quatro horas para ajeitar tudo e voltar para a delegacia e se eu o deixasse dormir mais tempo, seu cérebro não acordaria em tempo.
Um choque pequeno não vai lhe fazer mal.
- Mas que merda, Victoria! – Segurei a risada. – Toda vez você faz isso!
- É porque toda vez você não me escuta te chamar. Toma o seu café e sobe para trocar de roupa e tomar um banho. Teve algum ferimento?
- Nada demais.
- Dick, é sério. Teve algum ferimento?
- Talvez tiro de raspão nas costas. – Reviro os olhos, teimosia deve ser passada do tutor para os aprendizes e depois enraíza, só pode.
- Tá, termina o café e sobe que eu já resolvo isso.
- Que horas são? – Ele boceja e vai com a mão em direção a torta de maçã.
- Oito e meia. Você tem quatro horas até ter que se apresentar na delegacia. Tenho que levar o Damian para a aula de violino e Tim para o curso de T.I. avançado. Vou passar na Wayne, depois saio para ir ao Arkham e plantão.
- Está mandando eu ser rápido?
- Sua conta e risco. – Dou de ombros, sorrindo. – Talvez eu precise que você pegue o Damian. Não sei se vou ter tempo de pegá-lo no meu intervalo.
- Quer que eu o leve? – Se ofereceu.
- Não. – Rio. – Quero você bem acordado. Ele já acostumou a ir no meu horário quando necessário. Não é sempre que Alfred tem condições de levá-lo. Te espero lá em cima. Meia hora, Dick. Tenho que sair daqui as nove.
- Ele deve adorar ir de moto com você. – Comentou após dar um longo gole no café e expressar satisfação com o sabor.
- Ele gosta, mas não vai admitir.
Retornei para o elevador, subi as escadas e caminhei em direção ao quarto de Damian. Ele era péssimo para acordar cedo, saiu muito bem ao nosso pai. Ao abrir as cortinas e deixar a luminosidade clarear o quarto de morcego. Não demorou para que meu irmão resmungasse e fizesse com que eu risse da situação. Ele era muito como nosso pai e finalmente as coisas estavam caminhando de maneira fluida. Meses atrás ele estaria me xingando, para dizer o mínimo. Deixei-o sozinho para que acordasse no tempo dele e saí de seu quarto.
- Bom dia, princesa. – Não me surpreendo ao ver Tim no corredor.
- Bom dia, senhor Drake. Sempre no horário.
- Sou perfeito nisso, senhorita Wayne. – Disse convencido. – Já desço para tomarmos café. Ele já acordou? – Questionou-me apontando com a cabeça para a porta de Damian.
- Você sabe como ele demora.
- E o Dick?
- Na caverna. Deve subir logo. Você tem algum ferimento?
- Não. – Riu. – Só aquele meia idade, sabe? Escorregou e tomou um tiro de raspão.
Tim jamais me dava trabalho quando. Sempre se colocava a disposição e ajudava em tudo. Quando o senhor Wayne viajava, ele fazia questão de passar uns dias na mansão. Ainda não entendia bem como o pai dele via isso tudo, já que seu segredo estava bem guardado conosco. Descemos rumo à cozinha.
- Caprichando como sempre!
- É minha obrigação, não acha? – Sorri. – Como está o braço? Ainda me sinto um pouco ansiosa com você voltando a ronda.
- Já disse que está bom. Não se preocupe. Dick não seria tão negligente comigo. Você já sabe. – De fato ele era negligente apenas com ele mesmo.
- Essa noite eu faço a ronda. Vá descansar ou sair com certo alguém. – Sorrio o provocando.
- Quando soube?! – Tim ficou boquiaberto e surpreso.
- Sou sua irmã, esqueceu? Notei seus sorrisos frouxos há um tempo e você também tem vindo com um perfume diferente para casa. Óbvio que eu ia sentir.
- Você acha que Conner vai notar também? – Neguei. Ele era homem e homem não nota. – Você acha que se souberem...
- Shh... não faça isso com você. Apenas seja feliz, ok? O resto eu mesma cuido. Droga, cadê o Damian?! Ele está atrasado de novo.
- JÁ ESTOU DECENDO!!! – Berrou da escada e nós dois rimos.
Damian chegou à cozinha com sua típica cara amarrada e com a gravata do uniforme completamente errada. Ficava me perguntando quando ele ia aprender a dar o nó sem que eu ficasse na sua cola, mas nosso pai fazia o mesmo. O cabelo estava bagunçado, a camisa estava para fora da calça e a mochila aberta. Suspirei. Tinha que ter paciência. O puxei para mim e me agachei para ajeitar sua roupa. Ele odiava quando eu agachava. Vivia reclamando que odiava ser baixo, mas eu insistia em dizer que logo ele estaria maior do que Dick. Beijei seu rosto quando terminei e o vi ruborizar. Isso me deixava feliz. Finalmente estava abaixando sua guarda e derrubando seus muros.
Esperei que os dois terminassem o café e aproveitei para beliscar alguns waffles. Eles estavam com um cheiro tão delicioso que não resisti.
- Vai querer carona, Tim? – Ele sorriu e me olhou de cima a baixo. Me segurei para não rir. Seu celular vibrou e, com certeza, era o motivo dos sorrisos frouxos dele.
- Já te respondo.
Dick finalmente apareceu faltando dez minutos para o horário de sairmos. O olhei e depois olhei para o relógio. Bati palmas e ele riu. Pego o kit de primeiros socorros na ilha da cozinha e o chamo para se sentar à minha frente.
- Anestesia, por favor.
- O Dick chorão ataca novamente. – Damian não segura a língua.
- Você já sabe que gente velha é assim mesmo, Damian. – Tim só complementa. Me controlo para não rir.
- Eu luto desde os meus treze anos, vocês poderiam ter um pouco de consideração
- Eu fui treinado para matar desde que nasci. Não reclamo de dor nem peço uma anestesia para fazerem pontos. – Damian zombou. De fato, ele tinha um ponto.
- As crianças poderiam se acalmar? Damian, escovar os dentes para irmos. Rápido!
- Mas que...
- Damian! – Ele bufa e se cala.
Com a pomada anestésica em mãos, passou um pouco na região do ferimento e espero fazer efeito. Pego a agulha e a linha, costuro cada espaço, o que soma cinco pontos, e cubro com fita micro poro para que não infeccione.
- Liberado, senhor Grayson. Daqui dois dias dou uma nova olhada. É para trocar a fita toda vez que tomar banho, entendeu? Banho minimamente uma vez por dia, tá?
- Até você, Victoria? – Dou de ombros, rindo.
- Até amanhã. Já deu a minha hora. Damian!!!
- ESTOU DESCENDO!!!
Peguei a chave do carro e caminhei até a garagem. O escolhido do dia era EQC, um modelo elétrico da Mercedes Benz e produzido de maneira cem porcento sustentável. Completamente confortável. Adorava dirigi-lo. Não demorou muito para que meus irmãos chegassem e se acomodassem. Tim adorava provocar Damian ao sentar no banco da frente. Dizia que ele não tinha tamanho para se sentar como um adulto e isso o deixava furioso. Timothy, apesar de tudo que havia acontecido, não deixava seu bom coração e seu humor de lado. Era uma luz em casa. Um ser humano que todos deveriam tomar como exemplo de vida.
O rádio tocava nossa playlist favorita. Chamávamos de Dark Knight. Estava tocando Born For This, The Score. Uma das nossas músicas mais tocadas. A música dos guerreiros que aprenderam a amar a dor porque nasceram para isso. Era isso que éramos. Fomos de Bristol até o centro sem muita dificuldade. Acostumada com o trajeto, sabia de alguns atalhos infalíveis. Deixando Damian na escola de violino, segui caminho à escola de T.I. de Tim.
Indústrias Wayne – Old Gotham, Gotham
9 horas e 40 minutos
- Bom dia, senhor Fox. – Sorriu e adentro seu escritório. – Trouxe algumas papeladas que o senhor pediu para que eu revisasse.
- Senhorita Wayne! Bom dia! Que prazer vê-la aqui. O senhor Wayne ainda não retornou de viagem?
- Talvez retorne semana que vem. Ele não quis me dar muitos detalhes. – Suspiro e tento relaxar. – Eu fiz algumas correções nesse contrato e nessas duas propostas. Tenho certeza de que não foi o senhor que elaborou porque conheço bem o estilo de escrita do senhor. Recomendo que refaça o treinamento do Joshua. Também revisei alguns currículos e separei estes aqui. São cinco perfis muito bons para a empresa e para as áreas requisitadas.
- Apenas cinco? – Senhor Fox se surpreendeu. Fiquei um pouco sem jeito, mas deveria explicar meus motivos.
- É que os currículos têm energia também e eu acabei identificando os perfis ruins por isso. Depois queria uma reunião com a cúpula para acertar o orçamento deste mês. Acredito que o senhor tenha notado uma fuga relativamente pequena nos fundos de créditos. Pesquisei e notei que não houve nenhuma autorização vinda do senhor ou do meu pai para que isso acontecesse.
- Você realmente viu tudo isso em dois dias? – Assenti com um sorriso orgulhoso estampado no meu rosto.
- Quero participar das entrevistas também se meu pai não chegar a tempo. Ele me pediu um estagiário para o acompanhar. Foi um pedido bem inusitado.
- Seu pai faz pedidos bem inusitados. Lembra daquele tanque? – Ri.
- Como esquecer. Um tanque com propulsores para voar.
- Como está sua agenda hoje?
- Entro meio dia e meio em Arkham e depois plantão no H.G. Damian está pela minha conta também.
- Alicia. – Chamou senhor Fox pelo telefone. – Marque uma reunião para daqui uma hora. A senhorita Wayne exige que todos da cúpula estejam presentes.
- Claro, senhor Fox.
- Acredito que esteja com o dossiê em mãos com as informações de quem está realizando os saques.
- Com certeza. – Tiro a pasta kraft da mochila e o entrego. – Vamos avisar o RH que teremos algumas demissões hoje. Demissões por justa causa.
Asilo Arkham – Ilha Mercey, Gotham
13 horas e 25 minutos
- Ele continua te visitando?
Decidi visitar Crane nos meus primeiros horários em Arkham para que não chegasse a atrasar no final do turno e não ter tempo de chegar na hora no Hospital Geral. Crane estava tendo pequenos avanços desde que comecei a medicá-lo pessoalmente. Tornou-se um hábito perigoso. O doutor gostava do contato e eu era a única que ele autorizava ser medicado. Mais ninguém poderia se aproximar dele. Virava um louco, alguns enfermeiros diziam estar possuído. Transtornado.
- Ele parece muito interessado no seu tratamento. – Seu comentário me deixou intrigada. Ainda não tinha encaminhado meus documentos para um possível mestrado ou doutorado para a universidade por causa das provas finais. Precisava do resultado delas para poder realizar o envio.
- Acho que houve um mal-entendido. – Sorrio. – Não há tratamento que eu esteja desenvolvendo. Estou terminando a universidade ainda. Talvez ele esteja interessado no que posso oferecer. – Crane não gosta da minha fala. Sua cara fecha, ele se levanta rapidamente segura meu punho com força. Rodrigues se aproximou da porta. Olhei em sua direção rapidamente e movi minha cabeça em negativo para que ele não entrasse.
- Ninguém pode se interessar no que você pode oferecer. Não é uma presa fácil. É tão esperta quanto ele.
- Mas não tanto quanto você, não é? – Ele afirmou. – Jonathan. Não quer me machucar, certo?
- Nunca.
- Então me solte, por favor. – Ele arregalou os olhos e soltou meu pulso já verificando se havia o marcado. Uma pequena vermelhidão ficou no local e o vi se decepcionar consigo.
- Me desculpe, Victoria.
- Apenas não repita isso. Sente-se, vou te medicar.
- Não mereço.
- Sou eu quem dá as ordens aqui, esqueceu? – Seu olhar tinha sincera tristeza e desapontamento. Era intrigante. Realmente se importava comigo, sua energia dizia isso em bom som e cores. – Sente-se.
Crane não desobedeceu
Senti Rodrigues tenso do outro lado da porta, mas sorri ao olhar. Peguei o pequeno copinho de plástico da mesa com os comprimidos, peguei o de água e o entreguei. Como um homem obediente, ele prontamente os segurou e aguardou até que me colocasse atrás dele. Crane colocou os comprimidos na boca, aguardou minha mão tocar seu pescoço, o copo com água se aproximou de seus lábios e ele engoliu os comprimidos. Acompanhei com os dedos o movimento do seu pomo de adão. Claro que a visão além do alcance ajudava.
- Tenho que ir.
- Sentirei saudades. – Ele beijou meu pulso com pesar. – Até breve, Victoria. Logo vai estar melhor. Me desculpe.
Hospital Geral de Gotham City – Old Gotham, Gotham
19 horas e 00 minutos
Pronto-Socorro nunca é fácil.
Não sei como tive tempo de pegar Damian antes de chegar no hospital. Os casos de pacientes psicóticos e entorpecidos não era o pior que via ali. Talvez o costume de estar quase sempre em Arkham fez com que eu não me incomodasse com tais cenas perturbadoras. Alguns eram meus pacientes de longa data, pacientes que acordaram de coma, perdidos. Outros eram moradores de rua ou viciados. Poucos eram jovens que tentaram se divertir e quase foram de arrasta. Sempre tinha que atender tentativas de suicídio. Bem comum, infelizmente.
O que me preocupava era o estado de jovens entorpecidos. A cada semana os casos cresciam, mas as notícias abafavam a situação. A maioria dos médicos diziam que estavam apresentando sintomas clássicos, mas não conseguiam entender como não estavam entrando em overdose. Na minha opinião, algo estava bem diferente do que eles cogitavam por mais que apresentasse heroína, LSD e outros tipos de drogas que já conhecíamos. Havia uma nova droga circulando e provavelmente o Máscara Negra estava envolvido. Era o único que nos dava trabalho constante nos últimos meses.
- Você pode jantar aqui com o meu cartão. Aquela sala dezenove é a minha. Pode ficar lá o tempo que quiser. Tenho um computador, você pode jogar nele. É um horário cheio, então não vou conseguir ficar com você.
Agora começava a correria
A noite em Gotham sempre seria mais agitada que o dia dos justos. Trabalhadores saindo do serviço e vindo direto para o hospital, outros que arrumavam confusão em bares e chegavam machucados. O PS ficava lotado a cada hora. Meu irmão, após terminar de se entediar na minha sala, saiu para observar o corredor, olhando de um lado para o outro, sentado em uma cadeira de espera.
Passou duas, três, quatro horas e ele continuava ali.
Vez ou outra ele arregalava sutilmente os olhos com a correria das macas e com o sangue. Enfermeiros e médicos montados em pacientes com paradas cardíacas que seguiam até o centro cirúrgico. Outros tinham ferimentos bem bizarros que consideraríamos terem ganho após uma batalha árdua com algum vilão ou com herói de Gotham. Você nunca, em sã consciência, enfiaria um gancho na perna ou no braço.
Uma gritaria tomou conta dos corredores.
Corri para a entrada e vi três enfermeiros aflitos com uma maca em direção a ambulância. Meu coração disparou ao ver uma menina baleada. Não devia ter mais de onze ou doze anos. Auxiliei a empurrar o carrinho, gritando com que mais estivesse no caminho para que saísse. Pressa. Ela estava entrando em choque e teria que ir direto para a cirurgia. Cortei suas roupas e vi cortes pelo corpo. Cortes irregulares de tipos de facas diferentes. Uns mais profundos, outros superficiais.
A equipe de cirurgia a preparava procurando acessos intravenosos e colocando os aparelhos para o monitoramento da pressão e dos batimentos. Ela começou a estrebuchar na mesa, tivemos que a amarrar e dar mais sedativos, uma anestesia mais forte conseguiria ajudar. Era culpa da hemorragia. Meus olhos avançados vasculhavam seu corpo em busca das lesões e dos sangramentos. Escutei seus batimentos, seu pulmão. Nada bom. Estava com pneumotórax. Não tinha muito tempo.
Com o bisturi em mãos, higienizei a área e cortei entre as costelas. Meu colega pegou o tubo e o inseriu entre o espaço junto com a bolsa de água pronta. O ar foi saindo e fazendo com que bolhas de oxigênio surgissem na água. Passei para a extração das balas. Uma havia atravessado o peito e parado na clavícula, outra estava no abdômen e uma última na perna. Era uma cirurgia muito delicada. Estava muito perto da artéria e qualquer erro poderia acabar na morte dela.
A pressão caiu, os batimentos cessaram. Aquele som que eu odiava ouvir. O som continuo que anunciava que a vida se foi do corpo.  A energia vital sessava. O vazio consumia. Subi na maca e comecei a massagem cardíaca. Usávamos o desfibrilador, eu massageava, faziam a ventilação manual. Um, dois, três, quatro, cinco minutos.
- Victoria. Não podemos fazer mais nada. – Colocaram a mão no meu ombro e me olharam com pesar. – Hora da morte?
- Meia noite e quarenta e nove. – Engulo o choro e desço da mesa. – Eu dou a notícia a mãe. Fechem ela e peçam ao necrotério para deixá-la bonita.
Caminhei do centro cirúrgico até a área de espera na tentativa de me recompor. Deveria ser fácil diante de tudo que passei e fui treinada, mas viver no mundo era muito diferente do que estar isolada e não saber o que são sentimentos e a vida de verdade. Atravessei a porta, tirei as luvas rosadas e olhei para aquela mulher desesperada. Percebi que ela havia passado pelo PS também. Estava com hematomas escuros e também com cortes pelo corpo, muito provável ser vítima de violência doméstica. Quando seus olhos me encontraram, sua cabeça balançava em negação. Já sentia o que estava por vir.
- Sinto muito. Fizemos tudo o possível. – Digo com pesar.
- Não. Não. Não. Minha filha não! – A mãe gritava desesperada.
Eu a segurei e tentei acalmá-la. Ela se debatia em meus braços e sua dor era palpável. Me doía a ver daquela forma e ver a sua energia transmutar. Densa e escura. Triste. O azul mais escuro da noite mais escura. A aceitação seria difícil. O luto seria eterno. Senti algumas lágrimas escorrerem e vi Damian me encarar surpreso. Era como eu havia dito a ele. A vida aqui fora não é fácil. Ela então teve uma breve calmaria e me deu o tempo certo para conversarmos.
- O que eu puder fazer pela senhora é só me dizer. Sei que é uma situação difícil, mas posso ajudar com a papelada, com o enterro e algo a mais. – Fiquei ali a abraçando. Sua filha era minha última paciente e a quarta morte da noite. Uma morte de uma criança era muito mais dolorosa. Ela tinha uma vida inteira para aproveitar e se foi.
- Vamos embora, Damian. – Digo chamando sua atenção.
- Aquela garota... – Começou sugestivo.
- Não é sempre que conseguimos salvar a todos. – Pego nossas mochilas e caminho em direção ao estacionamento. – Você vai fazer a ronda comigo hoje.
- Tem certeza de que está bem para isso? – Sorri por dentro. Era bom vê-lo se importando comigo.
- E por que não estaria? Esqueceu de que fui treinada para perder vidas? Vamos assustar alguns bandidos. Nos divertir. – Bagunço seu cabelo para descontrair.
- Ela tinha minha idade, não é? – Mordi os lábios. Abro o carro e me sento no banco do motorista ainda me sentindo mal por ter perdido a criança.
- Quase da sua idade.
- E é assim que as pessoas ficam quando perdem alguém? Sentem... essa dor?
- Está sentindo empatia, irmão? – Sorrio. – Isso é bom.
- Não é empatia. – Resmungou. – Só fiquei curioso.
Fiquei em silêncio apreciando a pequena vitória. Eu tinha feito bem em o levar para o hospital para que ele saboreasse um pouco da vida dos meros mortais. O fazer verbalizar tais sentimentos era um avanço.
Fomos à mansão, nos trocamos e nos atiramos na noite. Dirigi pela Ponte Robert Kane e segui até Crime Alley. Era um bom lugar para começarmos a caçar bandidos.
Damian sabia ser silencioso, mas ainda era muito violento. Descompensado na luta corpo a corpo. Quanto mais eu o reprendia, mais irritado ele ficava. Seu automático fazia com que ele eliminasse em vez de apagar os criminosos. Foi quando lembrei das vezes que papai fazia seu interrogatório e depois amarrava o bandido em algum poste ou o deixava pendurado como um saco de pancadas.
- Preste atenção. – Sussurrei. – Vou pegar aqueles dois e você espera meu sinal. Depois os amarra e deixa a marca do Batman.
- Por que você fica com a parte divertida? – Resmungou mais uma vez.
- Porque você ainda não aprendeu a controlar os punhos. Lei da atração. – Ri com sua cara de desgosto. – Ao meu sinal.
Quando estávamos voltando para a mansão, senti uma energia diferente perto da Torre do Relógio. Eu podia jurar ter visto alguém pular dela, mas seria loucura. Bárbara já havia aposentado sua carreira como Batgirl e Spoiler havia sumido do radar. Muitos diziam que ela havia morrido. Talvez estivesse cansada e meu corpo começara a criar ilusões. Já fazia semanas que não dormia e basicamente estava testando minha capacidade de me manter acordada e sem me alimentar ao limite.
Chegamos na mansão por volta das quatro e meia da manhã. Se nosso pai estivesse em casa, com certeza estaríamos levando uma bronca por voltar tão tarde.
Tudo estava apagado.
Era estranho ver nossa casa assim, desligada. Era muita mansão para poucas pessoas, mas eu tinha que entender que ela estava na nossa família há gerações. Antigamente tudo era grande e volumoso.
Subimos as escadas nos arrastando. Estávamos cansados demais. Tomamos nossos banhos e fomos para o quarto do meu irmão. O observei por longos instantes até criar coragem para questioná-lo. Eu tinha certeza de que havia visto alguém saltar da Torre do Relógio em trajes tão negros quanto a noite.
- Damian. – O chamei.
- Hmm?
- Você viu alguém na Torre?
- Do relógio? – Afirmei. – Acho que não. Estou com muito sono, Victoria.
- Acho que também estou... – Resmungo sentindo minha cabeça doer.
- Acha que viu alguém? – Afirmo. – Você raramente erra...
- Isso que me aflige. Talvez se eu ligasse para a Barb, ela poderia me dizer.
- Amanhã, irmã... agora vamos só dormir.
3 notes · View notes
amor-barato · 1 year
Text
Tumblr media
Frida tinha decidido não ser uma antipática, mas sim a mulher sábia, calma, divertida, generosa e clemente que aparece no Autoretrato com cabelos curtos e encaracolados. Ela transformaria as "facadinhas" da vida em piada. Assim, a violência verdadeiramente devastadora que é tema da tela Umas facadinhas de nada é mitigada não apenas pelo estilo primitivista, mas também por uma forte nota de caricatura, o que se vê em detalhes furtivos e incongruentes — a delicada fronha com renda, as festivas paredes em rosa e azul, a liga cor-de-rosa e adornada com uma flor, e a meia abaixada da mulher morta, o que sugere que era prostituta. O mais incongruente de todos os detalhes é o par de pombas, uma preta, uma branca, que seguram nos bicos uma fita azul-clara com o título da tela; os pássaros pertencem a um cartão de Dia dos Namorados, não a um massacre. Frida disse que eles representavam o bem e o mal.
Hayden Herrera - Frida, A Biografia
(A obra pode ter sido baseada em uma reportagem de um jornal diário que relatou um assassinato em que um machista esfaqueou sua namorada por dezenas de vezes e continuou esfaqueando-a mesmo após ela estar morta. No tribunal, quando o juiz perguntou porquê ele teria feito aquilo, o assassino respondeu: "Mas eu só dei algumas facadinhas de nada nela!". Mas não há como fugir que a obra tenha sido inspirada no caso extraconjugal de seu marido, Diego Rivera, com sua irmã, Cristina Kahlo.)
3 notes · View notes
ampaganini · 2 years
Text
Comparação.
Tumblr media
Há alguns dias atrás, eu parei para pensar sobre o quanto eu me comparava com tudo e todos, e eu percebi o quanto a nossa existência nesse mundo é dolorosa. Eu não digo que é dolorosa apenas para as mulheres, não, é dolorosa para todos e todas. Mas aqui, venho falar sobre a nossa dor diária de ser mulher e sentir-se subordinada a uma indústria que tem como objetivo arruinar a nossa autoestima. A dor da comparação.
Nas revistas, na internet, na televisão no cinema, só o que vemos são padrões. De como ser e estar. Padrões estes, que estão tão distante da realidade da mulher que trabalha, estuda, que se alimenta do que tem em casa, que coloca as roupas na máquina de lavar e leva os filhos pra escola as 7:30 da manhã. Distante da realidade da mulher que tira apenas uma semana de férias no ano e aproveita pra “dar uma geral na casa”, ou das sortudas que conseguem passar um fim de semana na praia, naquele hostel baratinho. Distante da realidade da mulher que após passar uma hora olhando o feed do Instagram, recorre a uma panela de brigadeiro para se sentir viva, real.
Embora muitas mudanças estejam acontecendo, tanto no virtual quanto no real, ainda há muitos chão para se caminhar. Há todo um movimento para uma vida mais simples, de aceitação, de amor próprio até mesmo no Instagram (o que para mim é o maior assassino de autoestima nos tempos modernos), mas o conceito de beleza e do que é bonito e feio está tão enraizado em nós, que a cobrança nem sempre vem de fora, mas sim de nós mesmos. Não importa o quanto o seu namorado, amigo, pai, mãe, tia e passarinho nos diz o quanto somos bonitas e especiais a nossa maneira, no final do dia, nos olhamos no espelho, e a imagem refletida não é a que queríamos ver.
Baseado em conselhos e atitudes que busco aplicar na minha vida, darei aqui três dicas bem simples para amenizarmos a cobrança e o peso que carregamos no ombros por não sermos a Gisele Bündchen.
Pare de seguir feeds que não te fazem bem.Toda vez que você vê uma foto da Blogueira Fitness X, ao invés de se sentir inspirada você se sente infeliz? Feia? Se sim, deixe de seguir!
Não se compare com pessoas aleatórias na rua.Eu sei que você faz isso, eu também faço. Mas, toda vez que você ver aquela mulher maravilhosa na rua, pense: "que linda! Mas eu também sou." Não pense que ela é melhor que você, que se o seu namorado estivesse ali ele trocaria você por ela na hora, pare. Pare! Ela é linda, e nós também.
Diminua o tempo gasto em redes sociais.Ninguém é triste no Facebook ou no Instagram, não é mesmo? Nem você, mesmo que tenha chorado ontem o dia todo. As redes sociais são mais que amigas, são best friends da comparação. Fulana viajou, está linda na foto, mas uma semana antes foi demitida por justa causa sem direito a receber uma graninha de acerto. Blé.
Olha o segredinho da felicidade ai. Vamos comparar um restaurante com o outro, músicas e filmes. E quanto a nós, vamos nos amar, todos os dias, de janeiro a janeiro, até o mundo acabar.
11 notes · View notes
livrosepub · 1 year
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Todos em Little Kilton conhecem essa história. Andie Bell, a garota mais bonita e popular da escola, foi assassinada pelo namorado, Sal Singh, que se suicidou após o crime. Na época, não se falava em outra coisa. Cinco anos depois, Pip ainda vê as marcas que a tragédia deixou na cidade, desde as matérias tendenciosas da imprensa local até o ostracismo da família das vítimas.
Mas a garota tem a impressão de que há peças faltando nesse quebra-cabeça. Ela conhecia Sal desde a infância, e ele sempre foi gentil. Por que teria se tornado um assassino? E será que Andie era mesmo tão angelical quanto a imagem construída após a sua morte?
Prestes a se formar no Ensino Médio, Pip decide analisar o crime em seu projeto de conclusão de curso e questionar alguns pontos da versão oficial. Porém, quando a pesquisa revela segredos aterrorizantes, ela percebe que se aproximar da verdade pode custar sua vida.
Nessa investigação obsessiva e repleta de reviravoltas, Pip começa a se questionar se ainda é uma boa garota, no fim das contas. Porque, com a ajuda de Ravi, irmão mais novo de Sal, ela está disposta a tudo para fazer seu dever de casa, proteger quem ama e reescrever a história de sua cidade.
Download Epub
+15
4 notes · View notes
tempestadedoseculo · 1 year
Text
Tumblr media
GRANDES MULHERES NAO TEMEM A NOITE
Parte I : Onibus
Estou exausta e desanimada, presa em um trabalho que eu odeio. É véspera de Natal e, mais uma vez, estou trabalhando até tarde. Sinto um misto de inveja e tristeza ao pensar nas pessoas que estão celebrando com suas famílias, enquanto estou aqui, presa em minha rotina.
Enquanto espero pelo último ônibus para casa, começo a pensar na pandemia de Covid-19 e em como o mundo se tornou um lugar tão assustador. Eu também penso em parar de fumar, talvez seja a única coisa que eu possa controlar em minha vida. Lembro que chegando em casa ainda terei que lidar com o namorado novo da minha mãe, um policial baixinho, que força pra ser gentil comprando presentinhos, não gosto dele! Mas antes que eu possa pensar mais, adormeço.
Quando acordo, estou em um ponto desconhecido, da cidade, o motorista do ônibus me acordou e pediu pra eu descer, ele saiu de moto apressado depois de estacionar o ônibus, ele simplismente me ignorou. Longe da cidade e sem bateria no celular sinto uma sensação de pânico tomar conta de mim. Já senti isso antes, por isso as vezes odeio ser mulher. Começo a andar, numa rua deserta de grandes galpoes sem nenhuma casa por perto, logo percebo que estou sendo seguida por um homem desconhecido. Não sei de onde ele saiu. Droga, tinha que ser um homem logo agora. Não consigo ver seu rosto, mas sinto sua presença atrás de mim, quase sinto a respiração ofegante em minha nuca.
Parte II . Ataque
Ele me ataca quando começo a correr, luto com todas minhas forças. Sinto minhas mãos tremerem enquanto tento me defender . Mas ele é forte e implacável, ele me domina e me arrasta para uma área deserta. Ele ri enquanto arranca meu casaco e me imobiliza.
O homem de máscara e capuz então começa a me torturar, usando um canivete para me cortar e causar dor. Ele se delicia com meus gritos e gemidos de agonia, rindo de satisfação enquanto o sangue começa a escorrer nos minúsculos cortes feitos, ele não queria me matar assim, ele queria sentir me meu medo.
Estou entregue, totalmente fragilizada pensando em desistir de lutar, mas vejo ele abrindo seu cinto de couro e sinto um ódio crescente por pensar no que ele poderia fazer comigo, então lembro do álcool líquido em minha bolsa. Maldito álcool líquido barato. Uso como defesa, jogando nos olhos e rosto do assassino e começo a correr. Mas ele continua vindo em minha direção.
Correndo tento pegar o celular, mas ele não está mais ali, a única coisa que sinto é meu isqueiro. O estranho coberto por uma máscara preta, com seus olhos selvagens e vermelhos me alcança me jogando no chão, ele não percebe que estou segurando o isqueiro. Acendo-o perto de sua máscara encharcada de álcool, coloco fogo em seu rosto que se espalha por seu capuz. Ele grita de dor, mas ainda assim tenta me alcançar. Com todas as minhas forças, consigo escapar e correr, chegando num ponto e pego um táxi até a casa de Clarissa, minha melhor amiga, ela mora só e não acredita em natal, só ela poderia me ajudar agora.
PARTE III: FIM DO PESADOR INICIO DE OUTRO
No caminho decido não contar o que aconteceu. Tenho medo de que, se eu falar, o medo vai me consumir e consumir todos ao meu redor, ele deve estar morto e eu vou ser presa se falar. Eu tento esquecer, e invento que foi só um assalto, mas não consigo. Toda vez que fecho os olhos, vejo a máscara preta do agressor e seus olhos selvagens vermelhos.
Meu verdadeiro terror vem quando chego em casa no dia seguinte. Minha mãe está lá, com uma expressão preocupada no rosto. Mas não estava preocupada comigo. Ela me diz que seu namorado policial foi atacado e queimado no rosto, e quase morreu. Eu começo a tremer, e preciso conseguir esconder a verdade do que aconteceu comigo naquela noite. O ataque que pensei que havia deixado para trás, ainda estava lá, esperando por mim. E eu teria que lidar com esse problema agora.
2 notes · View notes
gatilhosemlivros · 2 years
Photo
Tumblr media
Uma Mulher no Escuro, por Raphael Montes // Brasil
Sinopse
Um crime brutal cometido há vinte anos, uma única sobrevivente, o retorno calculado do assassino. Em quem Victoria deve confiar? Neste thriller psicológico, Raphael Montes une romance e suspense em uma narrativa intrincada e sedutora.
Victoria Bravo tinha quatro anos quando um homem invadiu sua casa e matou sua família a facadas, pichando seus rostos com tinta preta. Única sobrevivente, ela agora é uma jovem solitária e tímida, com pesadelos frequentes e sérias dificuldades para se relacionar. Seu refúgio é ficar em casa e observar a vida alheia pelas janelas do apartamento onde mora, na Lapa, Rio de Janeiro. Mas o passado bate à sua porta, e ela não sabe mais em quem pode confiar. Obrigada a enfrentar sua própria tragédia, Victoria embarca em uma jornada de amadurecimento e descoberta que a levará a zonas obscuras, mas também revelará as possibilidades do amor. Um psiquiatra, um amigo feito pela internet e um possível namorado ― qual dos três homens está usando tudo o que sabe para aterrorizar a vida de Vic? E o que afinal ele quer com ela?
Lista de Gatilhos:
Morte 
Assassinato 
Violência explícita
Amputação
Abuso sexual 
Pedofilia 
Perseguição 
Abuso emocional 
Mutilação  
Assédio moral 
Gore
2 notes · View notes